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Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Curso
Curso Básico
Básico de
de Capacitação
Capacitação em
em
Propriedade
Propriedade Intelectual
Intelectual para
para NIT´s
NIT´s

Universidade Tecnológica Federal do


Paraná
Abril – 2007
INPI
Elizabeth Omar Ribeiro da Rosa
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Lei
Lei 9279/96
9279/96

O objeto da Lei de Propriedade Industrial


encontra base na Constituição Federal de 05 de
Outubro de 1988, que no seu artigo 5o, inciso
XXIX, estabelece o direito à Propriedade
Industrial mediante privilégio temporário
concedido pelo Estado.

“A Lei assegura aos autores de inventos


industriais privilégio temporário para sua
utilização (...) tendo em vista o interesse social e
o desenvolvimento tecnológico e econômico do
País”
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Lei
Lei 9279/96
9279/96

Art. 2º - A proteção dos direitos relativos à propriedade


industrial, considerado o seu interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e econômico do País,
efetua-se mediante:
Concessão de patente de invenção e de
modelo de utilidade
Concessão de registro de desenho industrial;
Concessão de registro de marca;
Repressão às falsas indicações geográficas;
Repressão à concorrência desleal.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Lei
Lei 9279/96
9279/96

De acordo com o Art. 5o da LPI, a Propriedade


Industrial é considerada um bem móvel.

Assemelha-se a qualquer outro ativo móvel da


empresa.

É um bem patrimonial.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Patente:
Patente: o
o que
que é?
é?

Título de propriedade temporário outorgado


pelo Estado ao inventor ou à pessoa
legitimada.

A patente permite que terceiros sejam


excluídos de atos relativos à matéria
protegida.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Patentear:
por quê e para quê

Patente de Invenção

Descreve

Tecnologia
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Patentear:
Patentear:
por quê
quê ee para
para quê
quê

Tecnologia
Conceito
Conceito

Ciência
Ciência aplicada
aplicada que
que depende
depende dede teorias
teorias ee
descobertas
descobertas científicas;
científicas;
Técnica
Técnica ou
ou conjunto
conjunto dede técnicas;
técnicas;
Ciência
Ciência que
que trata
trata da
da técnica;
técnica;
Processos
Processos industriais
industriais que
que podem
podem estar
estar em
em
diferentes
diferentes estágios:
estágios: embrionário,
embrionário, dominada,
dominada,
madura
madura ee obsoleta.
obsoleta.
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Patentear:
por quê e para quê
quê
Patente
Patente éé oo resultado
resultado da
da pesquisa
pesquisa
tecnológica
tecnológica que
que depende
depende
da
da base
base cultural,
cultural,
saúde
saúde ee
educação
educação
Recursos
Recursos humanos
humanos
capacitados
capacitados
Requisito
Requisito para
para um
um sistema
sistema forte
forte de
de patentes
patentes
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Patentear:
por quê e para quê
quê

País:
País: oo sistema
sistema de
de patentes
patentes éé .. .. ..
uma
uma ferramenta
ferramenta para
para aa disseminação
disseminação da da
informação;
informação;
uma
uma fonte
fonte de
de dados
dados para
para osos indicadores
indicadores do do
grau
grau de
de desenvolvimento
desenvolvimento tecnológico
tecnológico ee
econômico
econômico do do país;
país;
estímulo
estímulo ao
ao usuário
usuário ativo;
ativo; e,
e,
conseqüentemente,
conseqüentemente,
vem
vem aa atender
atender às
às expectativas
expectativas do do usuário
usuário
passivo.
passivo.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Patentear:
Patentear:
por
por quê
quê ee para
para quê
quê

Por
Por quê
quê Bem
Bem móvel,
móvel,
patrimônio.
patrimônio.

Para
Para quê
quê Ter
Ter aa proteção
proteção
legal
legal conferida
conferida
pelo
pelo Estado;
Estado;
excluir
excluir terceiros
terceiros
do
do mercado.
mercado.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Patentear:
por quê
quê e para
para quê
quê

Por
Por que
que patentear?
patentear? Para
Para aa empresa
empresa

comprovar
comprovar queque tem
tem tecnologia
tecnologia própria;
própria;
controlar/limitar
controlar/limitar aa concorrência;
concorrência;
assegurar
assegurar osos investimentos
investimentos da da empresa
empresa
em
em seus
seus elementos
elementos imateriais.
imateriais.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Patentear:
por quê
quê ee para
para quê
quê

Patentear
Patentear para
para quê?
quê?

Para
Para aa empresa
empresa ter
ter maior
maior poder
poder de
de
negociação
negociação nana comercialização
comercialização de
de seus
seus
produtos;
produtos;
Marketing
Marketing para
para aa empresa.
empresa.

A
A patente
patente éé aa verdadeira
verdadeira reserva
reserva de
de mercado.
mercado.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Patentear:
por quê
quê ee para
para quê
quê

Inventor
Inventor contratado
contratado pela
pela administração
administração
pública:
pública: patentear
patentear para
para quê?
quê?

fazer
fazer jus
jus àà remuneração
remuneração determinada
determinada pelo
pelo
Parágrafo
Parágrafo Único
Único do
do Art.
Art. 93
93 da
da LPI;
LPI;
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Características Fundamentais do
Sistema de patentes

País:
– Interesse público na divulgação da descrição
detalhada da invenção.
– Domínio público - após o prazo de vigência a patente
o conhecido descrito na mesma está livre para ser
utilizado. A propriedade é limitada temporalmente.
Esfera geradora do conhecimento:
– Segredo / publicação
– 18 meses de sigilo.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Tripé tecnologia, comércio exterior e


sistema de patentes

Tecnologia

Comércio Sistema de
Exterior Patentes
Instituto Nacional da Propriedade Industrial Art. 42

Lei
Lei 9279/96
9279/96

A Patente confere ao seu titular o direito de


impedir terceiro, sem o seu consentimento, de:
produzir,
usar,
colocar à venda,
vender ou importar
produto objeto de patente, processo ou produto obtido
diretamente por processo patenteado.
§1o - Ao titular é, ainda, assegurado o direito
impedir que terceiros contribuam para que outros
pratiquem os atos referidos neste artigo.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial Art. 6º

Lei
Lei 9279/96
9279/96

Titularidade
Salvo prova em contrário, presume-se o requerente a
pessoa legitimada a obter patente, o qual poderá ser
constituído por uma ou mais pessoas, físicas ou jurídicas.
A patente poderá, mediante nomeação e qualificação,
ainda, ser requerida:
Em nome próprio;
Herdeiros ou Sucessores do autor;
Cessionários;
A quem a lei determinar, como por exemplo, o
contrato de trabalho.
OBS: O inventor poderá requerer a não divulgação da sua
nomeação.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Lei
Lei 9279/96
9279/96

Titularidade

Art. 7o – Se dois ou mais autores tiverem realizado a


mesma invenção ou modelo de utilidade, de forma
independente, o direito de obter patente será
assegurado àquele que provar o depósito mais
antigo, independentemente das datas de invenção
ou criação.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial Art. 10

Não
Não são
são consideradas
consideradas Invenções
Invenções ou
ou
Modelos
Modelos de
de Utilidade
Utilidade
I . Descobertas, teorias científicas e métodos
matemáticos;

II . Concepções puramente abstratas;

III . Esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais,


contábeis, financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e
de fiscalização;

IV . As obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas


ou qualquer criação estética;

V . Programas de computador em si;


Instituto Nacional da Propriedade Industrial Art. 10

Não
Não são
são consideradas
consideradas Invenções
Invenções ou
ou
Modelos
Modelos de
de Utilidade
Utilidade
VI . Apresentação de informações;

VII . Regras de jogo;

VIII. Técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como


métodos terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no
corpo humano ou animal; e

IX . O todo ou parte de seres vivos naturais e materiais


biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela
isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser
vivo natural e os processos biológicos naturais.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial Art. 18

Não
Não são
são patenteáveis
patenteáveis

I. O que for contra a moral, bons costumes, segurança,


ordem e saúde públicas;

II. As substâncias, matérias, misturas, elementos ou


produtos de qualquer espécie, bem como a
modificação de suas propriedades físico-químicas e os
respectivos processos de obtenção ou modificação,
quando resultantes de transformação do núcleo
atômico;
Instituto Nacional da Propriedade Industrial Art. 18

Não
Não são
são patenteáveis
patenteáveis

III. O todo ou parte de seres vivos, exceto


microorganismos transgênicos que atendam aos
três requisitos de patenteabilidade – novidade,
atividade inventiva e aplicação industrial -
previstos no Art. 8o e que não sejam mera
descoberta.

Parágrafo único – para os fins desta lei, microorganismos


transgênicos são organismos, exceto o todo ou parte de
plantas ou de animais, que expressem, mediante intervenção
humana direta em sua composição genética, uma
característica normalmente não alcançada pela espécie em
condições naturais.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Invenções Clássicas

Criação

Invenções que
revolucionaram o
mundo
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Naturezas
Naturezas de
de proteção
proteção
Patente de Invenção

Concepção resultante do
exercício da capacidade
de criação do homem, que
produz um efeito técnico
novo em determinada área
tecnológica.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Naturezas
Naturezas de
de proteção
proteção
Modelo de Utilidade

Uma criação de forma ou


estrutura ou sua combinação
que apresente nova forma ou
disposição, envolvendo ato
inventivo, que resulte em
melhoria funcional no seu
uso ou em sua fabricação.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Naturezas
Naturezas de
de proteção
proteção
Desenho Industrial

Toda forma plástica que possa


servir para a fabricação de
produtos, que se caracterize por
nova configuração ornamental
Toda disposição ou conjunto
novo de traços, linhas e cores
ou sua combinação, que com
fim comercial, possa ser
aplicado na ornamentação de
um produto.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial Art. 8, 9, 11, 13 a 15, 24 e 95, 97

Dos requisitos para a patenteabilidade


Requisitos Básicos
 Novidade (Art. 8º, 9º e 96)
 Aplicação industrial (Art. 15 e 95)

Requisitos Específicos
 PI - Atividade Inventiva (Art. 8º e 13)
 MU – Ato Inventivo/Melhoria Funcional (Art.
9º e 14)
 DI - Originalidade (Art. 97)
Condição intrínseca essencial
– Suficiência descritiva (Art. 24)
Instituto Nacional da Propriedade Industrial Art. 11

Dos
Dos requisitos
requisitos para
para aa
patenteabilidade
patenteabilidade

Novidade
A Invenção e o Modelo de Utilidade são
considerados novos quando não
compreendidos no estado da técnica.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Exemplos de falta de novidade


Pedido: CH 542239
Data de depósito: 07/10/71
Data de publicação: 14/02/73
Título: Procéde de fabrication d’un
7 anos depois o mesmo
Bonbon-Jouet
inventor depositou pedido
Depositante: Enrique Bernat Fontladosa
idêntico

Pedido: PI 581140
Data de depósito: 23/08/78
Data de publicação: 26/02/80
Título: Caramelo brinquedo
Depositante: Enrique Bernat Fontladosa
Instituto Nacional da Propriedade Industrial
12 anos depois outro
Pedido: PI 7400900
inventor depositou pedido
idêntico
Data de depósito: 07/02/74
Data de publicação: 14/10/75 Pedido: US 3057349
Título: Instrumento para injeção de
mistura hipodérmica hidraulicamente Data de depósito: 14/12/59
acionada
Data de publicação: 09/10/62
Depositante: Augusto Amadeu de Souza
Título: Multi-dose jet injection device
Depositante: Aaron Ismach
Instituto Nacional da Propriedade Industrial Art. 13

Dos requisitos para a patenteabilidade


Pedidos de patente - PI

A invenção é dotada de Atividade Inventiva, sempre que, para um técnico


no assunto, não decorra de maneira evidente ou óbvia do estado da técnica.
Ferro elétrico Ferro elétrico
com fio sem fio
Instituto Nacional da Propriedade Industrial Art. 14

Dos requisitos para a patenteabilidade

Pedidos de patente - MU

O Modelo de Utilidade é dotado de Ato


Inventivo sempre que, para um técnico no
assunto, não decorra de maneira comum ou
vulgar do estado da técnica.
Pedidos de patente - MU

Acoplamento do dispositivo de Curvatura – variante construtiva


transmissão e recepção que facilitou o uso
Pedidos de patente - MU

Seção hexagonal

Curvatura do canudo
Instituto Nacional da Propriedade Industrial Art. 97

Registro de Desenho Industrial - DI

O Desenho Industrial é considerado Original


quando dele resulte uma configuração
visual distintiva, em relação a outros
objetos anteriores.
Pedidos de patente - MU

Seção hexagonal

Curvatura do canudo
Diferentes naturezas de proteção
sistema de aquecimento
PI
sistema de controle da
temperatura

MU ergonomia do cabo
dispositivo de apoio do
ferro
dispositivo para não
queimar os botões de uma
camisa
*DI modificação da forma
plástica, sempre com
caráter ornamental.
*Registro
Instituto Nacional da Propriedade Industrial Art. 11 § 1º

Estado da Técnica

Para fins de aferição de novidade, o estado da


técnica é constituído por toda matéria que se tornou
acessível ao público, antes da data de depósito do
pedido de patente, por descrição oral ou escrita, por
uso ou qualquer outro meio, no Brasil ou exterior,
ressalvados:
Período de Graça
Prioridade Interna
Prioridade Unionista
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

PI depositado em
02/09/2004

Linha do tempo

Estado da Técnica
Documentos publicados até 01/09/2006

Cuidado com o dia e hora da


publicação, que pode vir a ser
um dado importante
Instituto Nacional da Propriedade Industrial Art. 12

Período de Graça

Não será considerada como estado da técnica a


divulgação pelo INPI, por terceiros ou pelo
inventor, da invenção ou do modelo de
utilidade, quando ocorrida durante os 12 meses
que precederem a data de depósito ou da
prioridade do pedido de patente.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial Art. 16

Prioridade Unionista
PI/MU
A Convenção da União de Paris (1883) estabelece que qualquer pessoa
que deposite um pedido de patente de invenção, modelo de utilidade ou
desenho industrial em um país da União, tem o direito de reivindicar
prioridade, em todos os outros países da União dentro de um prazo
determinado, durante o qual o seu pedido de patente não poderá ser
invalidado por atos de outras pessoas.

Tal prioridade deverá ser reivindicada, no ato do depósito, no prazo de


doze (12) meses para Privilégio de Invenção (PI) e Modelo de Utilidade
(MU) e seis (06) meses para Desenho Industrial (DI), contados a partir do
primeiro depósito.

PRIORIDADE é uma salvaguarda, por um prazo determinado, dada ao


inventor que depositou seu pedido em um dos países membros da União,
resultando em que a novidade de um pedido depositado em um dos países
membros não será prejudicada por qualquer pedido idêntico, sua
publicação, uso, exploração ou concessão da patente .
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

O Técnico no Assunto

Técnico no Assunto – é a
pessoa detentora dos
conhecimentos medianos
sobre a matéria e não um
grande especialista ou
sumidade na matéria.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial Art. 15

Dos requisitos para a


patenteabilidade
Aplicação industrial

A invenção e o modelo de utilidade são considerados suscetíveis de


aplicação industrial quando possam ser utilizados ou produzidos
em qualquer tipo de indústria.
 

Uma invenção é aplicável à indústria sempre que resultante


da ação do homem com aplicação prática passível de
industrialização e de repetibilidade.

O conceito de aplicação industrial deve ser analisado com a


devida flexibilidade quanto ao seu significado, sendo aplicável
também às indústrias agrícolas e extrativas e a todos os produtos
manufaturados ou naturais.
 
Instituto Nacional da Propriedade Industrial Art. 24

Condição do pedido

Suficiência descritiva

São condições intrínsecas essenciais,


uma vez que a invenção deve ser descrita
de forma clara e suficiente de modo a
possibilitar sua realização por técnico no
assunto.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial Art. 22

Condição do pedido

Unidade de invenção (PI)

O pedido de patente de invenção terá de se


referir a uma única invenção ou a um grupo de
invenções inter-relacionadas de maneira a
compreenderem um único conceito inventivo.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Condição do pedido

Conceito inventivo
Exemplo 1
1- Bocal para a fabricação de películas em uma
extrusora;
2- Processo para a fabricação de películas;
3- Laminados fabricados a partir das películas.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Condição do pedido

Conceito inventivo
Exemplo 2
1- Processo para ativação da superfície de um
metal;
2- Processo para a preparação de um catalisador a
base do metal ativo;
3- Processo de síntese para a obtenção de um
composto “X”;
4- Composto X.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial Art. 23

Condição do pedido

Unidade Técnico-funcional (MU)

O pedido de patente de modelo de utilidade terá


de se referir a um único modelo principal, que
poderá incluir uma pluralidade de elementos
distintos, adicionais ou variantes construtivas ou
configurativas, desde que mantida a unidade
técnico-funcional e corporal do objeto.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Outros requisitos para a


patenteabilidade

Unidade Técnico-funcional (MU)

Exemplo 1:

               O objeto do pedido de patente de modelo


de utilidade trata de uma chave de boca
que apresenta uma configuração
curvada, que facilita a retirada de
parafusos em compartimentos estreitos
de uma máquina ou qualquer outro
dispositivo.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Depósito do pedido de patente

Requerimento

Guia de pagamento

Relatório descritivo

Reivindicação

Desenho, se for o caso

Listagem de Seqüência de Biológicas, se for o


caso

Resumo
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

O
O documento de patente

RELATÓRIO DESCRITIVO

Descrever o estado da técnica útil à compreensão,


citando os documentos que o reflita.

Destacar os problemas técnicos existentes.

Ressaltar as vantagens da invenção, ou do modelo, em


relação ao estado da técnica.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

O documento de patente

RELATÓRIO DESCRITIVO (cont.)

Definir os objetivos da invenção (PI) de forma


detalhada, clara e precisa de maneira a que um
técnico no assunto possa reproduzí-la.

Ressaltar quando necessário a melhor forma de


execução da invenção (PI).
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

O documento de patente

REIVINDICAÇÕES - PI

Delimitam os direitos do titular.

Totalmente fundamentadas no relatório


descritivo.

Número suficiente para definir o objeto da


invenção e numeradas em algarismos
arábicos.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

O documento de patente

Tipos de Reivindicações

INDEPENDENTES
visam a proteção de características técnicas
essenciais e específicas da invenção em seu conceito
integral (amplo).

DEPENDENTES
mantida a unidade de invenção, definem detalhes
e/ou características adicionais, contendo sempre uma
relação de dependência.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

O documento de patente

REIVINDICAÇÕES (CONT.)

Iniciarem pelo título (reivindicação principal) ou parte


do título (reivindicação dependente), segundo cada
categoria.

Expressão “caracterizado por”.

Definir de forma clara e precisa as características


técnicas a serem protegidas.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

O documento de patente

REIVINDICAÇÕES (CONT.)

Categorias de reivindicações:
– Produto
– Processo
– Aparelho, e
– Uso

OBS: Pedido com várias categorias de reivindicações -


desde que ligadas por um só conceito inventivo.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

O documento de patente
RESUMO

Iniciado pelo título.

Sumário do exposto no relatório descritivo (50 a 200


palavras).

Indicar o setor técnico.

Não fazer menção ao mérito da invenção.


Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Especificações Gerais- AN127


Papel A4
Margens
Texto

                                             

                                               
Numeração

3/3

Desenhos e 2/3
1/3
Resumo
5
1/1 5

Loureiro, Silvia; Omar, Elizabeth


Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Vigência do privilégio

Patente de invenção (PI) - 20 anos

Patente de modelo de utilidade(MU) - 15 anos

OBS: O prazo de vigências das patentes é contado a


partir da data de depósito do pedido e não será inferior a
10 anos para PI e 7 anos para MU.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Dos Direitos

Extensão da proteção – teor das


reivindicações – Art.42

Impedir terceiros de produzir, usar, colocar à


venda, vender ou importar produto ou processo
de patente
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Da Exclusão dos Direitos

Art. 43 - Atos praticados por terceiros não


autorizados
em caráter privado e sem finalidade comercial,
desde que não acarretem prejuízo ao interesse
econômico do titular da patente ou do registro de
desenho industrial ;
com finalidade experimental, estudos ou pesquisas
científicas ou tecnológicas
preparação de medicamentos com prescrição
individual;
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Da Exclusão dos Direitos

cont. Art. 43

O titular de patente não poderá impedir o uso


de objeto patenteado se colocado no mercado
interno diretamente por ele mesmo ou com seu
consentimento.

O Art. 43 também se aplica às patentes


relacionadas com matéria viva, desde que o
produto patenteado não seja utilizado para
multiplicação ou propagação comercial.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Da Exclusão dos Direitos

Do Usuário Anterior

Art. 45 - A pessoa de boa fé que, antes


da data de depósito ou de prioridade de
pedido de patente ou do registro de
desenho industrial explorava seu objeto
no país será assegurado o direito de
continuar a exploração sem ônus.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Do Direito de Indenização

Ao titular da patente é assegurado


o direito de obter indenização pela
exploração indevida do seu objeto,
inclusive em relação à exploração
ocorrida entre a data de publicação do
pedido e a concessão da patente.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Limites ao privilégio
A contrapartida do titular das patentes:

Uso regular e num determinado prazo, sob pena


de:
caducidade - 2 anos da concessão da primeira
licença compulsória(Art.80 da LPI) ou;

licença compulsória - exercício abusivo do


direito, abuso do poder econômico, não
exploração (3 anos da concessão),
dependência de patentes, emergência
nacional e interesse público (Art.68 LPI).
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Da Nulidade da Patente

Nulidade- Art. 46
patente concedida contrariando a lei;
insuficiência descritiva, contrariando o
Art. 24
as reivindicações não estão
fundamentadas no relatório descritivo,
contrariando o Art.25;
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Da Nulidade da Patente

Nulidade pode ser:

Nulidade Administrativa - Art. 51 -


instaurada no prazo de 6 meses
contados da concessão.
Ação de Nulidade - Art. 56 - instaurada
a qualquer tempo
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Extinção do privilégio - Art. 78

Expiração do prazo de vigência;


Renúncia do titular, sem prejuízo de
terceiros - Art.79;
Caducidade, se decorridos 2 anos
da concessão da primeira licença
compulsória;
Falta de pagamento de anuidade;
Falta de procurador para os não
residentes.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Da publicidade dos atos, despachos e


decisões

A Convenção da União de Paris em seu art.


12 exige e preconiza a ampla publicidade dos
atos, despachos e decisões relativos a
Propriedade Industrial, para os países membros.
Conforme a Convenção, o INPI efetua através da
Revista da Propriedade Industrial (RPI), a
mencionada publicidade.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Da Revista da Propriedade Industrial

A Revista da Propriedade Industrial (RPI) é


o veículo oficial do INPI, instituída no art. 9º da Lei
nº 5.648, de 11/12/1970, em consonância com o
Decreto nº 68.104, de 22/01/1971, em seu art. 24,
substituindo, assim, a seção III do Diário Oficial da
União (DOU) .
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Da Revista da Propriedade
Industrial

A Resolução 117 de 10 de junho de 2005


oficializou a edição da Revista Eletrônica da
Propriedade Industrial (REPI), em substituição à
antiga RPI impressa, como o único órgão
destinado a divulgar os despachos, atos e as
decisões provenientes da autarquia.

O acesso à publicação é gratuito e seu conteúdo


está disponível no endereço do Instituto na
Internet.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Da Revista da Propriedade
Industrial

A fim de facilitar o leitor, a revista adota


uma tabela de Códigos de Despachos, bem como
um Índice Numérico Remissivo que permite a
identificação do andamento do pedido ou da
patente.
A publicação do nome dos procuradores
junto aos despachos, por constituir serviço
suplementar, não tem caráter oficial. Portanto,
eventuais incorreções na publicação desses
nomes não implicarão em nulidade da intimação
correspondente, nem ensejarão sua republicação.
Fluxo
Fluxo processual
processual -- 1ª
1ª instância
instância
Apresentação do 12 m
Art. 19 Prioridade
pedido Art. 16

Art. 20 Exame formal preliminar

2.5
Art. 21
Exigência O pedido
N
para atende ao
Correção art. 19 ?
30 d Art. 75
S
Pedido S Há questão de
corrigido Pedido depositado segurança nacional?
2.1
N Legendas
Prazos
Pedido devolvido Artigo da Lei
ou arquivado Códigos de Despachos
Fluxo processual - 1ª instância (cont.)

Pedido depositado Art. 30 § 1º


Publicação
3.2
antecipada
Após 18 meses da Art. 30
data do depósito ou Publicação do pedido 3.1
da prioridade
Art. 33

Até 36 Há pedido Art. 33 11.1


N
meses do de Arquivado
depósito exame? 60 d

Art. 31 S
Requereu
Subsídio S o
Exame do
ao Exame desarqui-
Pedido
vamento ?
Art. 31 parágrafo único
O exame não pode ser iniciado antes de N 11.1.1
60 dias da publicação
Arquivamento
definitivo
Fluxo processual - 1ª instância (cont.)

Art. 34 Exame do Pedido


I - Objeções, busca e
exame de pedidos
correspondentes Art. 34 6.6
II – Documento para
regularização Há exigência S
III – Tradução simples formal
do documento informativa ? 60 d
prioridade
N

Cumprida Não cumprida

11.5
Arquivamento

Elaboração Relatório de Busca de Anterioridades


e Parecer Técnico
Fluxo processual - 1ª instância (cont.)

Elaboração Relatório de Busca de Anterioridades


e Parecer Técnico

Art. 36 Art. 37 Art. 36


6.1 9.1 7.1
1 Deferido

Exigência Art. 38 Expedição Ciência

2 Art. 38 § 1º 60 d 3
Há pagamento N Art. 38 § 2º

Art. 39 16.1 da Expedição ? 30 d

Carta Patente ou Arquivamento


S 11.4
Certificado de definitivo
Adição
Fluxo processual - 1ª instância (cont.)
Exigência Formal ou Divisão do
Pedido – art. 35 III
Exigência Técnica – art. 35 IV
Art. 36 Exigência
90 d 6.1

2
Art. 36 § 2º Art. 36 § 1º
Respondida Não respondida

11.2

Cumprida Não Cumprida Contestada Arquivamento


definitivo
Art. 37
Deferido
9.1 Prosseguimento do exame
1
Fluxo processual - 1ª instância (cont.)
Patenteabilidade – art. 35 I 7.1 OBSERVAÇÃO
Mudança de Natureza – art. 35 II Ciência Ocorrendo a
Art. 36
mudança de
90 d natureza, há
mudança na
numeração do
Art. 36 § 2º pedido - 15.10.

3 Contestada Não contestada

Aceita Não aceita

Art. 37 9.2

6.1 9.1 Indeferido


Exigência Deferido Art. 37

2 1
Fluxo processual - 2ª instância RECURSO

Indeferido

60 d

Art. 212 RECURSO 12.2


Qualquer pessoa
60 d com legítimo
interesse.
Art. 213 Há contra-razões?
S ou N

Exame do RECURSO - Colegiado


Fluxo processual - 2ª instância RECURSO
OBSERVAÇÃO
A decisão de
Exame do Recurso - Colegiado recurso é final e
irrecorrível na
esfera
administrativa Art.
215.
Art. 214 Art. 214
120 Ciência Exigência 121
60 d 60 d

Provimento ou não do RECURSO


111 Art. 212 § 3º 100
Indeferido Decisão do Presidente do INPI Deferido
Fluxo processual - 2ª instância
NULIDADE ADMINISTRATIVA
Expedição da Carta- Instauração por
OBSERVAÇÃO
Patente ou do Certificado qualquer pessoa
Aplica-se aos com legítimo
Certificados de de Adição interesse ou de
Adição – Art. 55. ofício (INPI).
6m

NULIDADE
Art. 51 17.1
ADMINISTRATIVA
60 d

Art. 52 Manifestação do titular

Exame da NULIDADE ADMINISTRATIVA - Colegiado


Fluxo processual - 2ª instância
NULIDADE ADMINISTRATIVA

Exame da NULIDADE ADMINISTRATIVA - Colegiado 205

60 d
Art. 53 Manifestação sobre o exame

S ou N
Provimento ou não da NULIDADE
ADMINISTRATIVA
Art. 53

Anulação Decisão do Presidente do INPI Manutenção

200 201
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Tratados Multilaterais
CUP e PCT

1883 – Convenção da União de


paris – CUP
Princípios Básicos
Tratamento Nacional
Prioridade Unionista
Territorialidade
Instituto Nacional da Propriedade Industrial Art. 16

Prioridade Unionista

PI/UM

Declaração no ato do depósito;


Comprovação em até 180 dias contados do
depósito;
Declaração substitui a tradução;
A falta de comprovação acarretará a perda
da prioridade.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Tratados Multilaterais
CUP e PCT

1970 – Tratado de Cooperação em


Matéria de Patentes – PCT
Objetivo do Tratado
Diminuir os custos do sistema de
patentes;
Avaliação prévia acerca da
patenteabilidade da invenção.
Fase Internacional
Fase Nacional
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Tratados Multilaterais
CUP e PCT

Fase Internacional
Depósito do pedido internacional
Busca – Autoridade Internacional de
Busca (ISA) – Organização Européia
de patentes, Áustria, EEUU, Suécia
Exame Internacional
Língua oficial pata o Brasil – inglês
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Tratados Multilaterais
CUP e PCT

Fase Nacional
Iniciada em até 30 meses do
depósito internacional
OBRIGADA
Elizabeth Omar da Rosa
Eng. Química, D. Sc.
bethrosa@inpi.gov.br
eomar@ima.ufrj.br
ribeirodarosa@gmail.com
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Referências Bibliográficas
1. WIPO - World Intellectual Property Organization, Background
reading material on intellectual property, WIPO Publication, no
659 (E), Geneve, 1988.
2. Mittelbach, M.M.R., O sistema brasileiro de patentes, Anais do
Seminário de Propriedade Industrial, Belo Horizonte, 14 (1985
3. Mittelbach, M.M.R., Patentes - formas de proteção, Seminário
da Propriedade Industrial e da Competitividade, Instituto
Nacional da Propriedade Industrial, Belém, 1997.
4. Di Blasi, G. , Garcia, M. S., Mendes, P. P. M., “ A propriedade
Industrial”, editora Florense, Rio de Janeiro, 1997.
5. Barbosa, D.B., “Uma introdução à propriedade intelectual”, 2a
ed.,RJ, Editora Lumem Juris, 2003.
6. Mathely, Paul, “Le nouveau droit français des brevet d
´invention, 1a partie, 1992.
7. Figueira Barbosa, A. L., “Sobre a Propriedade do Trabalho
Intelectual”, Editora UFRJ, 1999.
Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Referências Bibliográficas
7. Case Law of the Board of Appeal of the European Patent Office,
4th ed.,dec. 2001.
8. Idris, K., “A importância do uso de ativos de propriedade
intelectual”, revista da ABPI, nº 74, jan/fev 2005.
9. LPI 9279/96

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