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Os EUA tentam seqüestrar a visão do

mundo sobre a Rússia, mas mais países
não a compram
Por Global Times
Publicado: 03 de março de 2022 00:29

Ilustração: Chen Xia/GT

Ao mesmo tempo em que insta a China a condenar a Rússia, o Ocidente,

especialmente os EUA, também está pressionando a Índia a tomar uma posição

mais clara sobre o conflito Rússia-Ucrânia. De acordo com o New York Times
na terça-feira, a Índia "pode ​enfrentar escrutínio", já que seu equilíbrio com a
Ucrânia não é satisfatório o suficiente.

Desde que a tensão entre Moscou e Kiev aumentou, Washington tem feito
todos os esforços para atrair Nova Délhi para sua frente única anti-Rússia. Em
uma ligação com o ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam
Jaishankar, na sexta-feira, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken,

enfatizou "a importância de uma forte resposta coletiva para condenar a

invasão da Rússia". No entanto, a Índia até agora não mudou sua neutralidade
sobre o assunto.

A Índia tem tentado ao máximo encontrar um equilíbrio entre os EUA e a

Rússia mesmo antes da tensão em curso, como o ministro júnior de Relações
Exteriores da Índia, Rajkumar Ranjan Singh, disse em 24 de fevereiro que a
Índia é "neutra" no conflito Rússia-Ucrânia.

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Mas os EUA querem que a Índia quebre esse equilíbrio e se incline em direção a(/most shared/index.html)
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(/index.html) ele. E Washington provavelmente tentará mais arduamente em Nova Délhi,
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pressionando ainda mais a última, disse Liu Zongyi, secretário-geral do Centro
de Pesquisa para Cooperação China-Sul da Ásia nos Institutos de Estudos

Internacionais de Xangai, ao Global Times. Liu acredita que, mesmo que os

EUA tenham sucesso, será difícil para a Índia se comprometer nessa questão.

No entanto, Yuan Zheng, vice-diretor e membro sênior do Instituto de Estudos

Americanos da Academia Chinesa de Ciências Sociais, não descarta a

possibilidade de algumas pequenas mudanças na posição da Índia sobre a crise
da Ucrânia para mostrar um gesto mais pró-EUA. . "No entanto, é improvável
que Nova Délhi condene ou critique abertamente Moscou devido ao seu

relacionamento próximo", observou Yuan.

A Índia se envolveu involuntariamente no conflito armado em curso na

Ucrânia: um estudante indiano foi morto em um bombardeio na cidade de

Kharkiv, no leste da Ucrânia, na terça-feira, de acordo com o Ministério das
Relações Exteriores da Índia. Tal tragédia deu a Nova Délhi ainda mais motivos
para esperar uma solução pacífica para a crise na Ucrânia. Os EUA deveriam dar
à Índia espaço para decidir sua posição sobre o assunto, em vez de tentar
interferir em sua decisão por meio da opinião pública e da diplomacia.

Washington, como causa raiz da tensão na Ucrânia, não está em posição de

pedir a outros países que a sigam de perto para condenar ou sancionar a

Rússia. Não pode pedir ao mundo inteiro que pague pelo caos que criou.
Nenhuma outra parte além dos EUA e seus aliados próximos na OTAN deve
assumir a responsabilidade.

Parece que a defesa da condenação e sanções da comunidade internacional

satisfez principalmente os interesses dos EUA. Ao agravar ainda mais a
situação, os EUA aproximaram seus aliados europeus e ficaram mais

dependentes dela. Ao mesmo tempo, finalmente realizou seu sonho de

suprimir impiedosamente sua velha inimiga Rússia o quanto quiser.

Mas os interesses de Washington não são iguais aos interesses do mundo

inteiro. Os EUA já tentaram manipular a opinião da comunidade internacional
a seu favor sob o pretexto de "manter a ordem internacional baseada em
regras". Felizmente, os EUA não podem mais usar o mesmo velho truque para
enganar o mundo. Mais e mais países já perceberam o propósito descarado de
Washington de usá-los como peças de xadrez para promover seus próprios

interesses.

Isso pode ser comprovado pelo fato de que os países que decidiram seguir de
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perto a decisão de sanções dos EUA são geralmente os aliados mais próximos  (/most shared/index.html)
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(/index.html) dos EUA, a maioria dos quais também são membros da OTAN. Pelo contrário,
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México e Turquia alegaram que não vão impor sanções econômicas à Rússia.
Na América Latina, Bolívia, Argentina, Brasil e Panamá se recusaram a
condenar ou sancionar explicitamente a Rússia.

Esses países estão mostrando tal atitude em relação aos EUA por suas ações:
Não estamos seguindo você porque não é do nosso interesse nem conduz à
solução da crise.

No final, não importa o quanto eles tentem pressionar outros países, os EUA e
seus aliados da OTAN devem ser os únicos que se alimentam de seu próprio
suco.

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