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MBA GESTÃO EM SAÚDE E CONTROLE DE INFECÇÃO

INTRODUÇÃO A MICROBIOLOGIA

LUCIENNE FRANÇA REIS PAIVA


luciennefranca@gmail.com

DEZEMBRO
2019
INTRODUÇÃO A MICROBIOLOGIA
PRINCÍPIOS E LIMITAÇÕES DOS
MÉTODOS MICROBIOLÓGICOS
ONU sedia uma reunião de alto nível sobre resistência antimicrobiana

Univadis 26/09/2016

Estima-se que a resistência antimicrobiana resultará em até


10 milhões de óbitos anualmente em 2050 se não for
controlada.
Lord Jim O’Neill, 2014. “Antimicrobial Resistance: Tackling a crisis for the
health and wealth of nations” (the AMR Review)

Na Assembléia Geral da ONU, chefes de estado, ministros da saúde e representantes


da indústria farmacêutica e de organizações internacionais de saúde concordaram com
uma série de ações para frear as taxas crescentes de resistência antimicrobiana.

Estima-se que as infecções resistentes a medicamentos são responsáveis por 200.000


mortes neonatais a cada ano. Tuberculose resistente a múltiplos medicamentos já foi
identificada em 105 países.

“A resistência antimicrobiana representa um risco fundamental, de longo prazo para


a saúde humana, a produção sustentável de alimentos e o desenvolvimento”, disse o
Secretário-geral Ban Ki-moon, na reunião. “Não é que possa acontecer no futuro.
Esta é uma realidade presente em todas as partes do mundo.”
A critical analysis of the review on antimicrobial resistance report
and the infectious disease financing facility
Journal List
Global Health
David M. Brogan and Elias Mossialos v.12; March 2016

A perspectiva de um mundo sem antibióticos eficazes


é assustadora. Algumas estimativas sugerem que as mortes atribuíveis
à resistência antimicrobiana podem subir da atual estimativa de
700.000 vidas por ano para dez milhões de vidas anualmente até
2050, a um custo para o PIB mundial de US $ 100 trilhões.
BACTÉRIAS RESISTENTES AOS ANTIBIÓTICOS
JÁ SÃO AMEAÇA GLOBAL
23/11/2017

Resistência a esse tipo de medicamento


poderá levar à morte 10 milhões de pessoas
por ano a partir de 2050

A resistência aos antibióticos pode afetar pessoas de qualquer faixa etária,


em qualquer lugar do mundo, sendo considerada uma das maiores
ameaças à saúde global atualmente. O alerta é da OMS, que promoveu,
entre os dias 13 e 19 de novembro, a Semana Mundial do Uso Consciente
de Antibióticos. O objetivo da campanha foi conscientizar a população,
os profissionais de saúde e gestores públicos sobre o problema.

“O uso indiscriminado desses fármacos por instituições de saúde, pela população e em


práticas agropecuárias tem contribuído para o aumento da resistência aos antibióticos”,
ressalta a bacteriologista Ana Paula Assef, do Laboratório de Pesquisa em Infecção
Hospitalar do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). “A lavagem correta das mãos e
dos alimentos, por exemplo, são práticas eficazes que devem ser estimuladas para a
prevenção da transmissão de bactérias. Além disso, é importante cumprir as
recomendações médicas sobre os antibióticos, evitando o uso por conta própria e a
interrupção da duração do tratamento recomendado pelo médico”, enfatiza.
Referências: Instituto Oswaldo Cruz: http://www.fiocruz.br
Avanço de superbactérias no Brasil preocupa autoridades de saúde

Univadis 17/07/2017

BBC Brasil: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-40561948

Especialistas afirmam que bactérias resistentes são


responsáveis por pelo menos 23 mil mortes por ano no país

As bactérias conhecidas por não responderem a ação antibióticos estão aumentando no Brasil.
Segundo especialistas, cerca de 23 mil mortes por ano no país são causadas por esta situação.
Os organismos infectam, normalmente, pacientes debilitados e podem se espalhar rapidamente,
já que faltam antibióticos que possam contê-los. Sendo assim, as superbactérias são
consideradas a próxima grande ameaça global em saúde pública pela Organização Mundial da
Saúde (OMS).

A pedido da OMS, o Ministério da Saúde, junto com diferentes ministérios e


a Anvisa, vem elaborando um plano nacional de combate a bactérias
resistentes desde dezembro. O objetivo é fortalecer o conhecimento científico
sobre o tema, além de ampliar a rede de saneamento básico no Brasil, o que
pode ajudar a prevenir infecções. O Ministério da Saúde informa que o plano
está finalizado, mas é preciso definir como será feita a implementação e o
monitoramento das ações. A previsão é que a proposta seja colocada em
prática a partir de 2018, com expectativa de conclusão até 2022.
No Brasil, são consumidas 22 doses diárias de antibióticos
por mil habitantes 03/12/18

Levantamento da OMS mostra que país está entre os 20


que mais consomem antibióticos no mundo.

Um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que há amplas


diferenças no consumo de antibióticos em diversos países. Pela primeira vez, o organismo
internacional coletou dados sobre o consumo desses medicamentos para a saúde humana
em 65 países, incluindo o Brasil.

O relatório aponta grandes discrepâncias nas taxas de consumo entre os países, variando de
aproximadamente quatro doses diárias definidas por cada mil habitantes para mais de 64
doses diárias definidas por cada mil habitantes. A grande diferença no uso de antibióticos
em todo o mundo indica que alguns países provavelmente estão usando antibióticos,
enquanto outros podem não ter acesso suficiente a esses medicamentos.

A região europeia da OMS, que forneceu os dados mais completos para o relatório, teve um
consumo médio de 17,9 doses diárias definidas para cada mil habitantes por dia. Nas Américas,
foram coletados dados de seis países: Brasil, Bolívia, Canadá, Costa Rica, Paraguai e Peru.
O maior consumo da região foi registrado no Brasil (22,75 doses diárias para mil habitantes) e
o menor, no Peru (10,26 doses).

Em comparação aos dados mundiais, o Brasil está entre os 20 países que mais consomem antibióticos, atrás de
Mongólia, Irã, Turquia, Sudão, Grécia, Sérvia, Montenegro, Romênia, Coreia do Sul, Chipre, Itália, França,
Bélgica, Geórgia, Eslováquia, Polônia e Irlanda. A menor taxa foi registrada em Burundi (4,44) e a maior,
na Mongólia (64,41). O relatório concluiu que a amoxicilina e o ácido clavulânico são os antibióticos
mais utilizados em todo o mundo.

Referências: OMS: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5801:novo-relatorio-da-oms-revela-grandes


-diferencas-no-uso-de-antibioticos-entre-paises&Itemid=812
Emerging Issues in Gram-Negative Bacterial
Resistance: An Update for the Practicing Clinician

Shawn Vasoo, MBBS, MRCP; Jason N. Barreto, PharmD; and Pritish K. Tosh, MD.
Mayo Clin Proc. 2015;90(3):395-403

KPC

Distribution of Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), New Delhi metallo-β-lactamase (NDM), and
OXA-48 group carbapenemases worldwide.
PROBLEMÁTICA DAS β-LACTAMASES

MÚLTIPLOS MECANISMOS SIMULTÂNEOS

KPCs: resistência aos β-lactâmicos + associação com genes de


resistência para aminoglicosídeos e fluorquinolonas.

ESBLs: resistência às penicilinas, cefalosporinas e monobactans.

AmpC: resistência aos β-lactâmicos, exceto cefalosporinas de


4ª geração (Cefepime) e carbapenêmicos.

MBLs: resistência aos β-lactâmicos, sensível aos monobactans.

OXAs: capacidade de hidrolisar oxacilina ou cloxacilina e carbapenêmicos


e/ou cefalosporinas.
ECDC preocupado com aumento do Enterococcus faecium
resistente à vancomicina

O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) manifestou preocupação com o


aumento da taxa de Enterococcus faecium resistente à vancomicina.

O relatório da agência sobre Vigilância da resistência antimicrobiana na Europa 2018 mostra


que a porcentagem média ponderada da população para Enterococcus faecium resistente à
vancomicina na União Europeia / Espaço Econômico Europeu (UE / EEE) aumentou de 10,5%
em 2015 para 17,3% em 2018. Nenhum padrão geográfico distinto foi visto.

Em 2018, mais da metade dos isolados de Escherichia coli e mais de um terço dos isolados de
Klebsiella pneumoniae eram resistentes a pelo menos um grupo antimicrobiano, e a resistência
combinada a vários grupos antimicrobianos era frequente.

Enquanto a resistência ao carbapenem permaneceu rara em Escherichia coli, vários países


relataram porcentagens de resistência ao carbapenem acima de 10% para Klebsiella pneumoniae.

A resistência ao carbapenêmico também foi comum em Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter.

O relatório afirma que, para o Streptococcus pneumoniae, a situação de resistência parece


estável, mas com grandes variações entre países. O declínio na porcentagem de
Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) continuou em 2018, embora os níveis ainda
fossem altos em vários países, e a resistência combinada a outros grupos antimicrobianos era
comum.

O ECDC afirma que os dados mostram que as ações de saúde pública para combater a resistência
antimicrobiana permanecem insuficientes.
Referência:
European Centre for Disease Prevention and Control. Surveillance of antimicrobial resistance in Europe 2018 . Published 18 Nov 2019.
Ameaça de emergência global de saúde, diz relatório da Lancet

The Lancet: climate change already damaging health of millions


globally. 30 October 2017

Especialistas estão alertando que o mundo enfrentará uma


emergência global de saúde se não forem feitos esforços para
combater a mudança climática.

Especialistas detalharam os impactos que a mudança climática já está tendo sobre a


saúde pública, incluindo o aumento das mortes por poluição do ar, ondas de calor e
desnutrição como resultado da perda de colheitas.

O relatório aponta que os profissionais de saúde têm não somente a capacidade, mas
também a responsabilidade “de agir como defensores da saúde pública ao comunicar as
ameaças e oportunidades ao público e aos elaboradores de políticas públicas e garantir
que a mudança climática seja entendida como um fator central no que se refere ao
bem-estar humano”.

Watts N, Amann M, Ayeb Karlsson S et al. The Lancet Countdown on health and climate change: from
25 years of Inaction to a global transformation for public health.
The Lancet. Published online 30 October 2017. DOI: 10.1016/S0140-6736(17)32464-9.
BACTÉRIAS RESISTENTES IDENTIFICADAS EM VIAJANTES
PREVIAMENTE HOSPITALIZADOS

16/07/2018

O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) sugeriu uma série de medidas
para reduzir o risco de transmissão e disseminação de Klebsiella pneumoniae produtora de
carbapenemase (OXA-48) de viajantes retornando.

Entre janeiro e abril de 2018, a Suécia e Noruega relataram 13 viajantes retornando para
casa, portadores ou infectados com K. pneumoniae ST392 produtora de OXA-48. Todos os
casos estavam associados a admissões hospitalares no arquipélago das ilhas da Gran
Canária.

O ECDC disse que se portadores da bactéria forem admitidos em um hospital no seu país de
origem e que, se a bactéria não for detectada e medidas adequadas de prevenção e controle da
infecção não forem implementadas, haverá um alto risco de transmissão e surtos subsequentes.

Ele orienta que os hospitais considerem colher o histórico detalhado de viagens e


hospitalizações na admissão de todos os pacientes. Todos os pacientes que foram
diretamente transferidos ou hospitalizados em um país estrangeiro até 12 meses antes
da admissão hospitalar podem ser considerados para triagem de enterobactérias
produtoras de carbapenemase (EPC), além daqueles hospitalizados em áreas com
prevalência de EPC.

Referência: Rapid Risk Assessment. Carbapenemase-producing (OXA-48) Klebsiella pneumoniae ST392 in travellers previously
hospitalised in Gran Canaria, Spain – 10 July 2018 . [Cited 12 July 2018]
Referência: Rapid Risk Assessment. Carbapenemase-producing (OXA-48) Klebsiella pneumoniae ST392 in travellers previously
hospitalised in Gran Canaria, Spain – 10 July 2018 . [Cited 12 July 2018]
SEM LUCRO COM ANTIBIÓTICOS, FARMACÊUTICAS
LARGAM PESQUISAS

16/07/2018

Uma das maiores empresas farmacêuticas do mundo jogou a toalha, gerando um novo revés
na luta contra infecções possivelmente fatais. A Novartis é a última grande empresa
farmacêutica a encerrar pesquisas antibacterianas e antivirais, seguindo o exemplo de
AstraZeneca, Sanofi, Allergan e Medicines. A GlaxoSmithKline colocou alguns ativos do ramo
de antibióticos em análise.

O revés reacende a preocupação a respeito de um mundo no qual infecções de rotina voltam


a se tornar letais pelo fato de as bactérias desenvolverem resistências aos medicamentos
existentes. As vendas de novos antibióticos são pequenas demais para que as grandes
empresas farmacêuticas recuperem os investimentos e as medidas públicas para incentivar
uma atividade maior não estão dando resultado.

“O mercado está quebrado”, disse David Shlaes, consultor e ex-executivo do setor farmacêutico.
“Estamos agora em um ponto no qual a resistência avança muito mais rapidamente do que nossa
capacidade de fornecer novos antibióticos. Esta é mais uma má notícia em meio a uma longa série de
notícias bem ruins.”
Dra. Maria Goreth Barberino
Consultora do Serviço de Microbiologia Hospital São Rafael – Salvador/BA
Nine million hospital-acquired infections in Europe annually

Univadis Medical News


15/04/2019

O Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças (ECDC) estima que nove milhões
de casos de infecções associadas aos cuidados de saúde (IACS) ocorrem em toda a
Europa todos os anos, em hospitais cerca de um em cada 15 pacientes de cuidados
agudos e um em 24 pacientes em cuidados de longa duração apresentam pelo menos
uma infecção em qualquer dia.

Na avaliação mais abrangente das IACS na Europa até o momento, as taxas de


testes microbiológicos também foram baixas e variaram amplamente entre os países.

Um micro-organismo foi relatado para pouco mais de metade (53%) das IRAS em hospitais de cuidados agudos.
Para 11% dos micro-organismos reportados, os resultados dos testes de susceptibilidade antimicrobiana não
estavam disponíveis. Em instituições de cuidados prolongados, mais de três quartos das infecções não tinham
resultados microbiológicos documentados. Em instituições de cuidados de longo prazo em geral, os resultados dos
testes microbiológicos estavam disponíveis por apenas 19%.

"Nossa análise mostra que as infecções associadas aos cuidados de saúde ainda representam uma
grande ameaça à saúde pública nos países europeus e nas instituições de saúde", diz Pete Kinross,
do ECDC. "A variabilidade dos testes microbiológicos sugere pouca disponibilidade de informações
para o tratamento efetivo, bem como alerta para potenciais surtos".

Kinross P, Latour K, Karki T, Ricchizzi E, Moro I, Jans B, Hopkins S, et al. Prevalence of healthcare-associated infections in acute care hospitals and
long-term care facilities in Europe, 2016-2017: results from two point prevalence surveys. Abstract 4685. European Congress of Clinical Microbiology &
Infectious Diseases. 13-16 April 2019. Amsterdam, Netherlands.
MICROBIOLOGIA NO CONTROLE DAS
INFECÇÕES

 Sem o apoio do Lab. de Microbiologia, sem o diagnóstico


etiológico, sem o antibiograma confiável, como será possível
fazer uma terapêutica racional?
 O controle de uso de antimicrobianos?
 A vigilância epidemiológica?

Fernandes et al., 2000


Microbiologia
ramo da biologia que estuda os micro-organismos, incluindo
eucariontes unicelulares e procariontes, como as bactérias,
fungos e vírus.
MICROBIOLOGIA
RELAÇÃO MICRO-ORGANISMO X SER HUMANO

DIVERSIDADE DE MO X IMPORTÂNCIA

 Equilíbrio ambiental
 Reciclagem de compostos químicos
 Aplicações comerciais e industriais
(alimentos, drogas, controle de pestes e
poluentes)
 Estudos de genética (modelo
experimental, produção de substâncias
essenciais)
 Causadores de doenças
Este texto é de autoria do Biólogo Paulo Alex

AGOSTO 2016
Causadores de
doenças....

A incidência de infecções hospitalares


(das infecções relacionadas à assistência à saúde)
por micro-organismos (multirresistentes)

Desafios para todos os profissionais da área de saúde


E a Microbiologia?
O LABORATÓRIO DE
MICROBIOLOGIA CLÍNICA
MISSÃO & IMPORTÂNCIA
Microbiologia

 BACTERIOLOGIA
 MICOLOGIA
 VIROLOGIA
CLÍNICA

PATOGÊNICOS
OBJETIVOS DA MICROBIOLOGIA CLÍNICA

Fundamental a interação

Clínico / Microbiologista

• O clínico deve compreender a necessidade de fornecer


informação sobre o doente e também a complexidade de alguns
testes, bem como o tempo necessário à sua execução.

• O microbiologista tem de conhecer o “doente” para valorizar


os resultados obtidos “na bancada” e poder ajudar o clínico a
interpretar esses mesmos resultados, em tempo útil.
Interação Microbiologista
Microbiologista X Clínico

Clínico
“COMUNICAÇÃO”

 O microbiologista necessita ter bom conhecimento de infectologia


para ser capaz de emitir resultados de exames da maneira mais
clara possível.

 Infectologista/clínico necessita ter bom conhecimento de microbiologia


para ser capaz de solicitar exames adequados e saber interpretá-los.

 Há necessidade de um profissional com experiência em microbiologia e


clínica para fazer uma ponte entre esses especialistas.
QUAL A ATUAL DEMANDA
DOS SERVIÇOS DE SAÚDE?

 Agilidade de liberação dos resultados (parciais e finais);

 Fidedignidade entre o resultado liberado e o perfil clínico do


paciente;

 Alimentação de dados ao Serviço de Controle de Infecções


Hospitalares (SCIH);

 Corpo clínico e técnico laboratorial pró-ativo e pronto para


atender a demanda clínica;
Qual a atual demanda dos serviços de saúde?

 Gestão da qualidade pré, intra e pós-


analítica;

 Rastreabilidade de resultados;

 Trabalho multidisciplinar
TIPOS DE LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA
CLÍNICA

 Ambulatorial
 Urocultura

 Secreções

 Micologia

 Hospitalar
 Hemocultura

 Secreções

 Urocultura

 Micologia
Qual a função de um
Laboratório de Microbiologia
Clínica?
BIOSSEGURANÇA NO LABORATÓRIO DE
MICROBIOLOGIA

Toda amostra biológica deve ser considerada


potencialmente infectante!!!!!!
MISSÃO DO LABORATÓRIO
DE
MICROBIOLOGIA CLÍNICA

 Identificação de micro-organismos em espécimes clínicos que se


possam associar à doença – etiologia.

 Orientação terapêutica – determinar a susceptibilidade dos micro-


organismos isolados aos antimicrobianos, quando relevante e
padronizado.

 Investigação epidemiológica Controle de infecção.


MICROBIOLOGIA CLÍNICA

Difere das outras especialidades


laboratoriais pela importância do
componente
INTERPRETATIVO
INTERPRETAÇÃO EM MICROBIOLOGIA CLÍNICA
Exemplo
Médico solicita exame de Secreção Vaginal de uma menina de 5 anos

Resultado da Cultura
Bacillus spp
Escherichia coli
Staphylococcus epidermidis
Klebsiella pneumoniae

Interpretação do Microbiologista e laudo emitido


Crescimento de micro-organismos da microbiota habitual.

“Não houve crescimento de micro-organismos considerados


patogênicos para o sítio de coleta em questão.”
MICROBIOLOGISTA
QUEM É E O QUE FAZ ESTE PROFISSIONAL?

Robert Koch

Antonie van Leeuwenhoek


MICROBIOLOGISTA
LABORATÓRIO CLINICO

 Organização do laboratório
 Aquisição, manutenção e atualização
de equipamentos
 Implantação de rotinas atualizadas
 Padronização de normas técnicas
 Atualização científica pessoal técnico
MICROBIOLOGISTA
LABORATÓRIO CLINICO

 Atualização científica pessoal técnico


 Ter bem sedimentado os conceitos
microbiológicos de contaminação, colonização e
infecção
 Rápida comunicação
 Educação continuada
MICROBIOLOGISTA
Serviço de Controle Infecção Hospitalar - SCIH

 Membro ativo - Ideal


 Rápida comunicação
 Monitorização de surto
 Confecção de relatórios
 Educação continuada
 Atualização de métodos de
detecção
Pilares Microbiologia

 Coleta da amostra biológica


 Conhecimento da:
 Microbiota autóctone
 Epidemiologia das infecções
 Epidemiologia hospitalar

• Teste para identificação e susceptibilidade dos micro-


organismos aos antimicrobianos
NO

LABORATÓRIO

DE

MICROBIOLOGIA

CLINICA......
CCIH

Slide de propriedade Dra. Antônia M. O. Machado - Unifesp


Microbiologia Clínica

COLETA

TESTE
MICROSCOPIA IDENTIFICAÇÃO
SUSCEPTIBILIDADE
PLANTIO PRIMÁRIO REAL PATÓGENO
ANTIMICROBIANOS

SUCESSO TERAPÊUTICO
MICROBIOLOGIA CLÍNICA

REAL PATÓGENO.....
EMISSÃO FINAL DO LAUDO

 Padronizado
- claro
- bem escrito
- contemplar todas as informações relevantes sem
deixar dúvidas

 Obedecer as normas da ANVISA


FERRAMENTAS PARA DIAGNÓSTICO
BACTERIOLÓGICO

Manual

Automatizada
- monitoramento de crescimento bacteriano
- identificação de bactérias e fungos
- teste de susceptibilidade aos antimicrobianos
É a realidade da maioria ?????

Faz milagres ?????

Não!
NECESSIDADE DE INVESTIMENTOS

2001....

 Apenas 38% dos


hospitais possuem
laboratório de
microbiologia.

ANVISA 2000.
NECESSIDADE DE INVESTIMENTOS

 Automação

 Métodos moleculares:
 Polymerase chain reaction (PCR)
 Sondas de DNA

 Novas tecnologias
TAT - DESAFIO DA MICROBIOLOGIA

TAT – TURN AROUND TIME “TEMPO EM HORAS”

IMPACTO CLÍNICO X TEMPO DE INFORMAÇÃO


....DESAFIO DO
LABORATÓRIO DE
MICROBIOLOGIA

...identificar o verdadeiro agente etiológico de um processo


infeccioso, num menor tempo possível, utilizando metodologias
confiáveis...
NECESSIDADE DE INVESTIMENTOS

 Automação

 Métodos moleculares:
 Polymerase chain reaction (PCR)
 Sondas de DNA

 Novas tecnologias
MALDI-TOF
Matrix-assisted laser desorption/ionization-Time Of Flight

O tempo de análise da amostra após o crescimento em placa é de


cerca de 30 segundos enquanto que em outras metodologias esse
tempo pode ser de horas e até dias. (10 minutos)
SOLUÇÃO ?????......

BASE MANUAL

Conhecer
fundamentos!

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