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Projecto de 2006
Norma Portuguesa
Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI)
Terminologia e definições das actividades de IDI
ICS APROVAÇÃO
01.040.03; 03.100.40 2006-10-30
ELABORAÇÃO
CT 169 (IPQ)
EDIÇÃO
Outubro de 2006
CÓDIGO DE PREÇO
X005
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Índice Página
0 Introdução ............................................................................................................................................. 4
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0 Introdução
As actividades de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) estão a ser objecto de uma especial
atenção e análise como consequência da sua importância para o crescimento económico e social. Isto faz
com que seja necessário harmonizar e desenvolver a terminologia e definições que se utilizam nas
mesmas, para que todas as partes interessadas possam entender do que se trata.
A constituição da Comissão Técnica Portuguesa de Normalização CT 169 “Actividades de Investigação,
Desenvolvimento e Inovação (IDI)” e o desenvolvimento dos projectos de Normas referentes aos
requisitos dos projectos de IDI e do sistema de gestão da IDI, utilizam uma série de terminologia e
definições que estão especificadas neste projecto de Norma.
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2 Referências normativas
NP EN ISO 9000:2005 Sistemas de gestão da qualidade – Fundamentos e vocabulário
(ISO 9000:2005)
3 Modelo de referência
O modelo de referência (ver figura 1) – Modelo de interacções em cadeia, Um modelo de inovação para
a economia do conhecimento1 – foi concebido com o objectivo de servir de referência a organizações de
qualquer dimensão e negócio na transição para a economia do conhecimento.
1
Caraça, Ferreira, Mendonça (2006), Modelo de interacções em cadeia, Um modelo de inovação para a economia do
conhecimento, Relatório COTEC, Outubro de 2006.
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4 Terminologia e definições
As definições utilizadas no conjunto de projectos de Normas Portuguesas sobre Gestão da IDI foram
sempre que possível retiradas das últimas versões dos manuais da OCDE, Manual de Frascati (OCDE,
2002) e Manual de Oslo (OCDE, 2005), por serem as internacionalmente utilizadas pelas empresas e
pelos organismos do estado.
4.1.1 Inovação
A Inovação corresponde à implementação de uma nova ou significativamente melhorada solução para a
empresa, novo produto, processo, método organizacional ou de marketing, com o objectivo de reforçar a
sua posição competitiva, aumentar o desempenho, ou o conhecimento. (adaptado de OCDE, 2005, Op.
Cit, pág 34)
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Organização no trabalho:
Implementação de novos métodos para distribuição de responsabilidades,
tomada de decisão, novos conceitos para estruturar as actividades, tais
como integração de diferentes unidades.
EXEMPLO: Implementação de sistemas de “build-to-order”, novos sistemas de tomada
de decisão, etc.
Relações externas:
Implementação de novas formas de relacionamento com outras empresas.
Não inclui fusões e aquisições. Estabelecimento de novas formas de
colaboração, novos métodos de integração com fornecedores, novas
formas de subcontratação ou consultoria.
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4.1.4 ID
Por ID entende-se “todo o trabalho criativo realizado sistematicamente com o objectivo de aumentar o
conhecimento, incluindo o conhecimento do homem, cultura e sociedade, e o uso desse conhecimento
para inventar novas aplicações.” (cf. Manual de Frascati, OCDE, 2002: 30)
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4.1.5 Investigação
Indagação original e planificada que pretende descobrir novos conhecimentos e uma maior compreensão
no âmbito científico ou tecnológico.
a) investigação fundamental ou básica: ampliação dos conhecimentos gerais científicos e técnicos
não relacionados directamente com produtos ou processos industriais ou comerciais;
b) investigação aplicada: investigação direccionada para adquirir novos conhecimentos com vista à
sua exploração no desenvolvimento de novos produtos ou processos, ou para suscitar melhorias
importantes de produtos ou processos existentes.
4.1.6 Desenvolvimento
Trabalho sistemático desenvolvido com utilização do conhecimento gerado no trabalho de investigação
e na experiência, com o propósito de criar novos ou significativamente melhorados materiais, produtos,
processos ou serviços, inovações de marketing ou inovações organizacionais.
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4.1.8.5 Análise interna e externa: análise do contexto interior e exterior da empresa inovadora e do seu
posicionamento tendo em conta oportunidades e ameaças relativas na envolvente.
4.1.8.6 Propriedade intelectual: gestão das possibilidades oferecidas pelos regimes de propriedade
intelectual para protecção, exploração e disseminação dos resultados obtidos no processo de inovação.
4.1.8.7 Criatividade interna: práticas de aproveitamento e estímulo da criatividade interna da empresa
inovadora.
4.1.8.8 Capacidade de organização: estratégias de concepção da estrutura e modelos organizacionais
para a inovação.
4.1.8.9 Gestão de conhecimento: práticas de geração, validação, codificação e difusão do
conhecimento existente na empresa inovadora e de gestão das necessidades de conhecimento externo.
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4.2.4 Consórcio
Grupo de organizações que se unem com o objectivo de desenvolver conjuntamente um projecto e que
se denominam parceiros do projecto.
4.2.6 Eficácia
Medida em que as actividades planeadas foram realizadas e conseguidos os resultados planeados.
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4.2.7 Eficiência
Relação entre os resultados obtidos e os recursos utilizados.
[NP EN ISO 9000:2005]
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4.2.12 Organização
Conjunto de pessoas e de instalações inseridas numa cadeia de responsabilidades, autoridades e
relações.
[NP EN ISO 9000:2005]
Pode ser uma companhia, corporação, firma, empresa, autoridade ou instituição, ou parte ou
combinação delas, sob a forma sociedade ou não, pública ou privada, que tem as suas próprias funções e
administração.
Para organizações com mais de uma unidade operacional, uma unidade operacional por si só pode
definir-se como uma organização.
4.2.15 Processo
Conjunto de actividades interrelacionados ou interactuantes que transformam entradas em saídas.
[NP EN ISO 9000:2005]
4.2.16 Produto
Resultado de um processo.
NOTA 1: Existem quatro categorias genéricas de produtos:
– serviços (ex.: transportes);
– software (ex.: programas de computador, dicionário);
– hardware (ex.: componentes mecânicos de um motor);
– materiais processados (ex.: lubrificantes).
Muitos produtos compreendem elementos pertencentes a diferentes categorias genéricas. A denominação do produto final
como serviço, sofware, hardware ou material processado, depende do que for dominante. Como exemplo, pode-se referir o
produto proposto “automóvel” que é composto por hardware (ex.: pneus), materiais processados (ex.: combustível, líquido de
arrefecimento), software (ex.: software de controlo do motor, manual de utilização) e serviço (ex.: esclarecimentos de
funcionamento dados pelo vendedor).
NOTA 2: Serviço é o resultado, geralmente intangível, de pelo menos uma actividade necessariamente realizada na interface
entre o fornecedor e o cliente. O fornecimento do serviço pode incluir, por exemplo:
– uma actividade realizada num produto tangível disponibilizado pelo cliente (ex.: reparação de um automóvel);
– uma actividade realizada num produto intangível disponibilizado pelo cliente (ex.: uma declaração de rendimentos para
efeitos fiscais);
– a entrega de um produto intangível (ex.: o fornecimento de informações no contexto de transmissão de conhecimentos);
– a criação de bom ambiente para o cliente (ex.: em hotéis e restaurantes).
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O software consiste em informação, é geralmente intangível e pode apresentar-se sob a forma de simulações, transacções ou
procedimentos.
O hardware é geralmente tangível, sendo a sua quantidade uma característica contável. Materiais processados são geralmente
tangíveis, sendo a sua quantidade uma característica contínua. O hardware e os materiais processados são muitas vezes
referidos como bens.
NOTA 3: A garantia da qualidade está principalmente focalizada no produto pretendido.
NOTA 4: Em português, os termos ingleses “software” e “hardware” têm um alcance mais limitado do que se lhe dá neste
projecto de Norma, não se limitando esta ao campo informático.
4.2.18 Recursos
Totalidade dos meios materiais ou imateriais, entre os quais os métodos, os processos, as competências
e o conhecimento tácito das pessoas.
4.2.20 Sistema
Conjunto de elementos interrelacionados e interactuantes.
[NP EN ISO 9000:2005]
4.2.22 Tecnologia
Conjunto de recursos técnicos próprios de uma actividade que podem ser utilizados de forma sistemática
para o desenho, desenvolvimento, fabrico e comercialização de produtos.
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Bibliografia
[1] Caraça, Ferreira, Mendonça (2006), Modelo de interacções em cadeia, Um modelo de inovação
para a economia do conhecimento, Relatório COTEC, Outubro de 2006
[2] OECD/Eurostat (2005) Oslo Manual: Guidelines for collecting and Interpreting Innovation Data
[3] UNE 166000 EX:2002 Gestión de la I+D+I: Terminología y definiciones de las actividades de
I+D+I
[4] UNE 166000:2006 Gestión de la I+D+i: Terminología y definiciones de las actividades de I+D+i