E O JOVEM
FUNDAMENTOS
DA PROPOSTA
DIÁLOGOS
SOCIOEMOCIONAIS
ANOS FINAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO
MODELO PEDAGÓGICO
O ADOLESCENTE E O JOVEM
1. Não existe consenso sobre o período exato que compreende a adolescência. A Organização Mundial de
Saúde (OMS) define como o período que vai dos 10 aos 19 anos. No Brasil, para o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), a adolescência começa aos 12 e vai até os 18 anos. De qualquer maneira, o consenso é
que esta fase é repleta de mudanças e que o contexto social dimensiona essas mudanças.
2. LEAL, Záira F. Rezende Gonzalez ; FACCI, Marilda Gonçalves Dias; SOUZA, Marilene Proença Rebello de (Org.).
Adolescência em foco: contribuições para a psicologia e para a educação. Maringá: Eduem, 2014.
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Durante muito tempo, o Ensino Médio foi percebido como uma fase
da formação configurada como um “trampolim” para a universidade,
ou voltada à formação profissional (sendo a tensão entre “formação
geral” e “ensino profissionalizante” um dilema frequente4). E, de forma
análoga, o jovem estudante dessa etapa da educação básica era es-
tigmatizado pela ideia de falta e pela ótica da negação. Muitas vezes,
o jovem era visto como o sujeito “pré-adulto”, numa fase de transição
para a vida adulta; como um indivíduo que “ainda não chegou a ser”.
3. Dentre elas, destaca-se a pesquisa Nossa Escola em (Re)construção, que disponibiliza questionário aos
jovens e sistematiza resultados por ano de resposta. Disponível em: https://porvir.org/nossaescola/. Acesso
em: 03 nov. 2020.
4. A política atual para o Ensino Médio, que compreende um currículo flexível e seus itinerários formativos,
busca a construção de uma escola que faça sentido para o estudante e o acolha em suas singularidades e
respeite as diversidades. É fundamental que professores e gestores se perguntem: quem é esse jovem que
está na escola? Quais são os seus interesses? O que eles almejam para suas vidas? Reflexões como essas,
acompanhadas por um processo de escuta ativa e permanente dos estudantes permitem conhecer quem
são os jovens que estão por trás dos estudantes.
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Por vezes é percebido como “problema social”, como uma faixa da po-
pulação à qual estariam associadas privações de direitos e situações
de risco as mais diversas.
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5. O estudo “Juventude Conectada 2”, da Fundação Telefônica e Vivo, indica que 85% dos jovens entrevistados
utilizam o celular como principal dispositivo de acesso à internet. Pesquisa disponível em: http://
fundacaotelefonicavivo.org.br/wp-content/uploads/pdfs/Juventude-Conectada-2016.pdf. Acesso em: 20
out. 2020.
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O CÉREBRO DO ADOLESCENTE
• O córtex pré-frontal passa por uma mudança radical. Ele se relaciona a um amplo
leque de funções cognitivas de alto nível, tais como tomada de decisões, planeja-
mento, inibição de comportamentos inapropriados; além de estar ligado à interação
social, à compreensão das outras pessoas e à autoconsciência.
• Nesse período da vida, ocorre um fenômeno que os neurocientistas denominam
“poda sináptica”, ou a eliminação das sinapses (as conexões entre os neurônios) não
utilizadas. Trata-se de um processo muito importante, que está ligado aos estímulos
recebidos: as sinapses que estão sendo usadas são fortalecidas, e as sinapses que
não estão sendo usadas são suprimidas.
• Outras mudanças se dão nas regiões cerebrais que usamos para entender as outras
pessoas e para interagir com elas, o chamado “cérebro social”. Desenvolvem-se fun-
ções cerebrais relacionadas à habilidade de levar em consideração a perspectiva de
outra pessoa ao definir o próprio comportamento, reforçando as dinâmicas de grupo
e os processos de construção de identidade. Esse desenvolvimento se consolida do
meio até o final da adolescência.
• Ocorre um acelerado desenvolvimento do circuito cerebral que utiliza a dopamina,
um dos neurotransmissores relacionados ao prazer e recompensa. O aumento da
dopamina pode fazer com que os adolescentes não deem atenção aos potenciais
riscos envolvidos nos seus comportamentos, estimulando a busca por situações
novas e intensas. Alguns cientistas discutem que, do ponto de vista evolutivo, é
esse aumento de dopamina que faz com que os adolescentes busquem conhecer
o mundo e construir seus próprios laços sociais, criando assim sua própria família
e permitindo a sobrevivência da nossa espécie. De qualquer maneira, a aparente
rebeldia e instabilidade, na verdade, estão relacionadas à necessidade de exploração
e experimentação do mundo.
• O sistema límbico (relacionado à sensação de recompensa quando fazemos coisas
divertidas, incluindo assumir riscos) é hipersensível em jovens, em comparação com
adultos. Vale lembrar que, ao mesmo tempo, o córtex pré-frontal, que evita que a
pessoa assuma riscos excessivos, ainda está em desenvolvimento.
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O adolescente, o jovem
e a escola
6. HALPERN, Robert; HECKMAN, Paul; LARSON, Reed. Realizing the potential of learning in middle
adolescence. West Hills, CA: The Sally and Dick Roberts Coyote Foundation, 2013.
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7. POH, M. Z.; SWENSON, N. C.; PICARD, R. W. A Wearable Sensor for Unobtrusive, Long-term Assessmente of
Electrodermal Activity. IEEE Transactions on Biomedical Engineering, vol. 57, n. 5, mai. 2010. Disponível em:
https://affect.media.mit.edu/pdfs/10.Poh-etal-TBME-EDA-tests.pdf. Acesso em: 28 nov. 2020.
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A formação do estudante
alinhada com as 10
competências gerais e as
competências socioemocionais
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8. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. Disponível em: http://
basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 28 nov. 2020.
9. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (BRASIL, 2013) esclarecem: Princípios Éticos:
da Autonomia, da Responsabilidade, da Solidariedade e do Respeito ao Bem Comum; Princípios Estético: da
Sensibilidade, da Criatividade, e da Diversidade de Manifestações Artísticas e Culturais; Princípios Políticos:
dos Direitos e Deveres de Cidadania, do exercício da Criticidade e do respeito à Ordem Democrática.
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MATERIAL PRODUZIDO PELO
INSTITUTO AYRTON SENNA, 2020
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