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CRIANÇAS- teórica

O aumento da inatividade física de crianças e adolescentes é fato no Brasil


e no mundo. Tal realidade foi demonstrada pelos estudos de Cureaui e
colaboradores (2016), no qual foram pesquisados 74.589 adolescentes do
nono ano da educação básica de todas as regiões do Brasil. Neste estudo
comprovou-se que mais da metade dos adolescentes são inativos em seu
tempo livre (considerando a recomendação de no mínimo 300 minutos/semana
de atividade física para a promoção de saúde). Além disso, relatam que a falta
de atividade física é maior nas meninas (70.7%) comparada com os meninos
(38.0%).

Isso decorre basicamente devido à fatores comportamentais e sociais como


o aumento dos compromissos estudantis e/ou profissionais. A disponibilidade
de tecnologia, o aumento da insegurança e a progressiva redução dos espaços
livres nos centros urbanos, reduzem as oportunidades de lazer e de uma vida
fisicamente ativa, favorecendo atividades sedentárias, tais como: assistir
televisão, jogar video-games e utilizar computadores (LAZZOLI e cols., 1998).
Diante desses fatos o NeoPilates traz uma proposta de trabalhar atividade
física e reabilitação de forma divertida e atrativa para esse público.

1. BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍFICA NA INFÂNCIA E


ADOLESCÊNCIA

Os efeitos benéficos da atividade física durante a infância são evidenciados


nos mais variados sistemas (HUBBARD e cols., 2016; CARVALHO SILVA e
COSTA JR, 2011; CRÉSIO E LIMA, 2008; LAZZOLI e cols., 1998):

- Cardiovascular: aumento do consumo de oxigênio, manutenção de boa


freqüência cardíaca e volume de ejeção, consequente melhora do
condicionamento cardiovascular;

- Respiratório: aumento dos parâmetros ventilatórios funcionais;


- Muscular: aumento de massa, força e resistência muscular;

- Esquelético: aumento do conteúdo de cálcio e mineralização óssea;

- Cartilaginoso: aumento da espessura da cartilagem e consequentemente,


proteção articular;

- Endócrino: aumento da sensibilidade insulínica, melhora do perfil lipídico e


metabólico e redução da prevalência de obesidade;

- Psicológico: aumento da auto-estima

- Social: desenvolvimento da socialização e da capacidade de trabalhar em


equipe.

2. RISCOS DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NA INFÂNCIA E


ADOLESCÊNCIA

Também é conhecido o fato de que a atividade física realizada de forma


imprópria, em desacordo com a idade, com o desenvolvimento motor e com o
estado de saúde, pode aumentar o risco de lesões músculoesqueléticas como
fratura, osteocondrose, tendinite, escoliose, osteocondrite, espondilose e
espondilolistese.

O pico de fraturas em pediatria coincide com o estirão puberal, talvez


decorrente do aumento da remodelação do osso cortical nessa fase do
crescimento. Por isso, as atividades de carga, embora possam evitar fraturas
na fase adulta, em crianças pré-púberes estão mais associadas ao risco de
fratura. As osteocondroses afetam o esqueleto em crescimento e a cartilagem
articular. A apofisite de tração é a mais freqüente delas, causada pela
combinação do crescimento e do excesso de carga na cartilagem de
crescimento devido à tração da unidade músculo-tendão. As duas apofisites
mais comuns são a doença de Osgood-Schlatter (tuberosidade tibial) e a
doença de Sever (calcâneo) (CRÉSIO E LIMA, 2008).

3. FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO NA INFÂNCIA


Os princípios gerais que regem as respostas do organismo ao exercício e
ao treinamento físico são os mesmos para crianças, adolescentes e adultos.
No entanto crianças, tanto funcional quanto estruturalmente, não são
semelhantes aos adultos. As modificações fisiológicas que ocorrem na infância
até o estágio de maturidade, podem ser tão grandes ou maiores até do que as
próprias adaptações resultantes de um programa de atividade física
(TOURINHO FILHO e TOURINHO,1998; CARAZZATO, 1999).

Segundo LAZZOLI e cols., (1998) existem particularidades da fisiologia do


esforço em crianças que decorrem tanto do aumento da massa corporal,
quanto da maturação, que se acelera durante a puberdade:

- VO2max.= Em relação à potência aeróbica, ocorre um aumento do


consumo máximo de oxigênio (VO2max) em termos absolutos ao longo da
idade, com maior aceleração em meninos do que em meninas.

- POTÊNCIA ANAERÓBICA= A potência anaeróbica aumenta em função da


idade em proporção maior do que o aumento da massa muscular, evidenciando
um efeito da maturação sobre o metabolismo anaeróbico. A potência
anaeróbica não difere entre meninos e meninas pré-puberes, mas cresce
proporcionalmente mais em meninos a partir da puberdade.

- LACTATO= A capacidade de produzir lactato é menor na criança do que


no adulto, sendo um dos motivos pelos quais ela se recupera mais rapidamente
após exercícios de alta intensidade e curta duração, estando pronta para um
novo exercício mais precocemente.

- TERMORREGULAÇÃO= A velocidade de troca de calor com o meio é


maior nas crianças do que em adultos, não só a perda de calor em ambientes
frios, mas também o ganho de calor em climas muito quentes, é mais
acelerado em crianças, aumentando o risco de complicações. Como
agravamento, a criança tende a ter menos sede do que o adulto, levando mais
facilmente a desidratação e conseqüente redução da volemia, com prejuízo do
desempenho e do mecanismo de termorregulação.

- APARELHO LOCOMOTOR= sabe-se que os ossos de uma criança ainda


estão em formação em geral até o final da segunda década. As placas de
crescimento são vulneráveis e lesões por traumatismos agudos e overuse.
Dessa forma, devem ser identificadas características anatômicas e
biomecânicas que possam facilitar a ocorrência dessas lesões.

4. RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA ATIVIDADE FÍSICA DE CRIANÇAS E


ADOLESCENTES

O Guia Americano de Atividade Física recomenda que crianças entre cinco


e 17 anos devem gastar 60 minutos em atividades físicas moderadas a
vigorosas por dia (HUBBARD e cols., 2016; MUTHURI e cols., 2016). O
treinamento deve envolver pelo menos três componentes: aeróbico, força
muscular e flexibilidade, variando a ênfase em cada um de acordo com a
condição clínica e os objetivos de cada criança (LAZZOLI e cols., 1998).

- Condicionamento aeróbico: a prescrição deve contemplar as variáveis tipo,


duração, intensidade e freqüência semanal, obedecendo os princípios gerais
de treinamento (LAZZOLI e cols., 1998).

- Treinamento muscular: deve ser realizado com cargas moderadas e maior


número de repetições, valorizando o gesto motor e com cargas submáximas
para diminuir o risco de lesões osteoarticulares (LAZZOLI e cols., 1998). As
cargas máximas só devem ser realizadas por adolescentes que tenham
atingido estágio puberal cinco de Tanner (CRÉSIO E LIMA, 2008).

- Flexibilidade: seu treinamento deve envolver os principais movimentos


articulares e ser realizado de forma lenta até o ponto de ligeiro desconforto e
então mantidos por cerca de 10 a 20 segundos. (LAZZOLI e cols., 1998)

5. CLASSIFICAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Com o intuito de facilitar a prescrição dos exercícios de NeoPilates para


cada fase do desenvolvimento de crianças e adolescentes, buscou-se na
literatura qual seria a forma mais adequada de classificação, pois em geral a
idade cronológica não é uma boa referência. Segundo TOURINHO FILHO e
TOURINHO (1998) para a prescrição de exercícios é mais importante a idade
biológica. Ela pode ser obtida por meio da avaliação das idades mental, óssea,
morfológica, neurológica, dental e sexual, o que possibilita que se formem,
basicamente, três grupos: pré-púbere, púbere e pós-púbere.

Já Carazzato (1999) sugere que a orientação quanto à atividade física


seja individualizada para cada fase do desenvolvimento:

- FASE DO CONHECIMENTO: zero a 1 ano;

- FASE DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR: 1 a 6 anos;

- FASE DE CRESCIMENTO: 6 a 12 anos;

- FASE DO DESENVOLVIMENTO: 12 a 18 anos.

6. RECOMENDAÇÕES PARA CADA FASE

Não recomendamos a realização de sessões de NeoPilates nas fases de


conhecimento e desenvolvimento neuropsicomotor. Portanto neste curso
abordaremos exercícios para crianças à partir dos 6 anos de idade.

Fase de crescimento (6 a 12 anos)

Nessa faixa etária, todos os atos motores são possíveis. Desta forma, é
importante lembrar que nessa fase a criança encontra-se em franco
crescimento, com alongamento de ossos e estruturas músculoesqueléticas,
não devendo haver sobrecarga aos mesmos (CARAZZATO, 1999).

Uma grande evolução na coordenação e controle motor ocorre nesta


fase, facilitando a aprendizagem de habilidades motoras cada vez mais
complexas. Durante esse período, a criança tem condições de entender as
regras e participar em programas estruturados de treinamento, sendo ainda
aconselhável uma grande diversificação dos movimentos. A adoção de jogos
reduzidos, com regras simples e voltadas para a realização de diversas
habilidades.

Ocorre também um aumento relativamente constante da força,


velocidade e resistência muscular, especialmente quando ocorrem estímulos
ambientais adequados. Assim, desde que adequado com as possibilidades da
criança, é importante que sejam oferecidos estímulos para a evolução dessas
capacidades, preferencialmente em situações que privilegiem o
desenvolvimento da coordenação e a integração cognição-ação (RÉ, 2011).

Fase de desenvolvimento (12 a 18 anos)

Durante a puberdade (aproximadamente dos 11 aos 16 anos de idade),


ocorrem diversas alterações morfológicas e funcionais que interferem
diretamente no envolvimento e na capacidade de desempenho esportivo. A
puberdade é um período dinâmico do desenvolvimento marcado por rápidas
alterações no tamanho e na composição corporal. Um dos principais
fenômenos da puberdade é o pico de crescimento em estatura, acompanhado
da maturação biológica dos órgãos sexuais e das funções musculares, além de
importantes alterações na composição corporal, as quais apresentam
importantes diferenças entre os gêneros (RÉ, 2011).

No entanto, em ambos os gêneros a velocidade de maturação biológica


é variável; portanto a idade cronológica não é um indicador confiável do estágio
de maturação biológica. Para tanto Tanner estudou e sistematizou a sequência
dos eventos puberais em ambos os gêneros, em cinco etapas, considerando,
quanto ao gênero feminino, o desenvolvimento mamário e a distribuição e a
quantidade de pêlos; e no masculino, o aspecto dos órgãos genitais e também
a quantidade e a distribuição dos pêlos pubianos (MENESES, 2008).

Alguns estudos indicam que a escala de Tanner nem sempre é um bom


parâmetro para determinar as fases da puberdade, no entanto ela é bastante
utilizada ainda devido a facilidade de obtenção desses dados, em relação a
outros como a idade óssea e dental.
A) Gênero Masculino

Nos meninos, o pico de crescimento em estatura ocorre


aproximadamente aos 14 anos de idade, com grandes variações
individuais, sendo normal sua ocorrência entre os 12 e os 16 anos de idade.
Aproximadamente seis meses após o pico de crescimento em estatura,
ocorre o pico de ganho de massa muscular, diretamente associado à
elevação do hormônio testosterona. Esse ganho de massa muscular e o
amadurecimento das funções musculares proporcionam um aumento na
capacidade metabólica. Logo, nessa fase deve ser iniciado o treinamento
visando diretamente um amplo desenvolvimento das capacidades de força,
velocidade e resistência muscular. Antes disso, principalmente até o estágio
dois de Tanner, o treinamento deve ter uma grande ênfase na coordenação
motora (RÉ, 2011).

B) Gênero Feminino

Diferentemente dos meninos, as meninas com maturação biológica


precoce (antes dos 12 anos de idade) não apresentam uma vantagem
transitória no desempenho esportivo. Isso ocorre fundamentalmente em
função da composição corporal. Nas meninas, o pico de crescimento em
estatura ocorre por volta dos 12 anos de idade e apresenta consideráveis
variações em relação à idade cronológica, podendo ocorrer entre os 10 e 14
anos. Após o pico de crescimento em estatura, ocorre a menarca,
diretamente associada à elevação da produção de hormônios femininos
(estradiol). Entretanto, não há um ganho acentuado de massa muscular,
uma vez que não há elevação significativa na produção de testosterona.
Assim, as meninas aumentam o percentual de gordura corporal
(principalmente na região dos seios e quadris), o que não favorece a
execução de habilidades motoras. Evidentemente, isso não significa que a
menina tenha uma queda no desempenho após a menarca; é comum (e
esperado) observar uma evolução do desempenho motor feminino após o
pico de crescimento em estatura e a menarca, especialmente se houver um
envolvimento adequado em atividades físicas/esportivas desde idades
anteriores (RÉ, 2011).

As meninas têm melhores condições de desenvolver a coordenação


motora antes da menarca. Após a menarca, o treinamento da força,
velocidade e resistência muscular podem ocupar um lugar de maior
destaque.

7. CUIDADOS

- Adequar a prática com suas habilidades e interesses;

- Adaptar a prática para crianças com necessidades especiais ou


limitações;

- Acompanhar o crescimento (peso, altura) e a evolução do


desenvolvimento puberal;

- Assegurar uma dieta balanceada com aporte calórico, de cálcio e de


ferro adequados;

- Prover condições de exercício seguras;

- Ficar atento para complicações físicas (tendinites, apofisites) e


emocionais (transtornos alimentares, distúrbios do sono, ansiedade);

- Aumentar o tempo de recuperação quando realizar atividades físicas


de carga elevada;

- Priorizar as atividades aeróbicas em lugar das anaeróbicas;

- Evitar situações nas quais sejam necessárias apnéias prolongadas;

- No treinamento de força, evitar cargas elevadas sobre a coluna;

- Nas atividades que exijam alta coordenação motora, ter em mente o


desenvolvimento psicomotor da criança;
- Priorizar movimentos e habilidades naturais no lugar de exercícios
elaborados;

- O componente lúdico deve prevalecer sobre o competitivo.

CONCLUSÃO
Empiricamente, diversos estudos demonstram uma forte relação entre a
coordenação motora na infância e nos anos de vida posteriores, além de
maiores índices de prática de atividade física em indivíduos fisicamente ativos
desde a infância, ou seja, parece que os primeiros anos de vida compõem um
período crítico tanto para a aquisição de habilidades motoras quanto para a
adesão à prática de atividades físicas. De fato, é desejável que até
aproximadamente os 10 anos de idade, a criança tenha um amplo domínio das
habilidades motoras fundamentais (CRÉSIO E LIMA, 2008; RÉ, 2011).

Nessa perspectiva, as oportunidades adequadas de prática motora na


infância e posteriormente o envolvimento com o treinamento esportivo, são
estratégias efetivas não somente para a geração de futuros atletas, como
também para a geração de cidadãos que utilizam o esporte como ferramenta
de educação, integração social, lazer, entretenimento e promoção da saúde.
(RÉ, 2011).

Os profissionais da área de saúde devem combater o sedentarismo na


infância e na adolescência, estimulando a prática regular do exercício físico
mesmo na presença de doenças, visto que são raras as contra-indicações
absolutas ao exercício físico (LAZZOLI e cols., 1998).
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CRIANÇAS- prática
Para facilitar a prescrição dos exercícios de NeoPilates, optou-se em
dividir em 3 fases:

-Pré-pubere (6-9 anos)

-Púbere (9- puberdade)

-Pós-Púbere

FASE PRÉ-PUBERE

FOCO:

- exercícios aeróbicos

- exercícios de coordenação

- exercícios de cognição

➢ Treino de respiração e ativação de Power-house


➢ Posturas de animais (gato, leão, cachorro fazendo xixi, elefante,
coelho, tartaruga, sapo, siri, minhoca, borboleta, cobra)
➢ Barquinho
➢ Super-man x banana

➢ Passando por baixo da ponte

➢ Marcações para os pés e mãos

➢ Carrinho do Skier
- sentado

- quatro

- DV nadando

- Foguete

- Trem
➢ Empurrando a bola

-sentado

-ajoelhado

-2 bolas

➢ Passando por baixo da ponte

➢ Pontes e bola
➢ Ponte pulando

➢ Arvorismo de lado

➢ Arvorismo de frente
➢ Perna de Pau

➢ Balanço na Lyra

➢ Balanço na Lyra com Feijão


➢ Macaquinho

➢ Preguiça

➢ Animais no Fix Ball


➢ Pulos para o lado

➢ Pulando com joelhos

➢ Basquete em dupla
➢ Jogo de bola

➢ Balançando na barra
DICAS:

- Utilizar recursos lúdicos (balões, papel e caneta, língua de sogra, cata-


vento, brinquedos da criança)

- Associar a atividade a uma música ou história infantil

- Sortear as brincadeiras ou número de repetições


FASE PUBERE

FOCO:

- exercícios de alongamento

- exercícios de coordenação e equilíbrio

- exercícios de fortalecimento sem carga

➢ Sentar e levantar em dupla

➢ Elefante e rolamento

➢ Alongamento Ísquio-tibiais
➢ Sentar na cadeira em dupla e variações

➢ Arabesque em dupla

➢ Alongamento adutores e cadeia lateral

➢ Jogo em abdução
➢ Flexão de braços

➢ Cadeira

➢ Árvore
➢ Preparação para estrela

➢ Missão impossível

➢ Balanço duplo
➢ Mouse deitado

➢ Agachamento em dupla

➢ Remada em dupla
➢ Abdução em dupla

➢ Corrida no feijão

➢ Swan
➢ Decolando

➢ Puxando o pé

➢ Espacato
➢ Ponte

➢ Batendo o pé

➢ Trocando as bolas em dupla e variação


➢ Escalando

➢ Balanço

Dicas:
- Gostam de exercícios em dupla
FASE PÓS-PUBERE

FOCO:

- exercícios aeróbicos

- exercícios de resistência e velocidade

- exercícios de fortalecimento

➢ Jogo de bola unipodal e variações

➢ Pulando Corda
➢ Passando por baixo da corda

➢ Equilíbrio no feijão em dupla

➢ Chute

➢ Girando e agachando na escada


➢ MMSS com elástico

➢ Adução de ombros deitado

➢ Ponte com elástico

➢ Afundo com rotação


➢ Afundo com jogo de bola

➢ Prancha e salto

➢ Pliometria
➢ Mobilização da pelve com o mouse

➢ Empurrando a prancha
➢ Abdominal com o carrinho do skier

➢ Abdominal com o core skate

➢ Preparação para a parada de mão

➢ Abdominal com o gravity


➢ Subindo e descendo

➢ Saltando

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