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RM – Ressonância Magnética
3. Bobinas de superfície:
Apenas recebem o sinal dos tecidos. São utilizadas nas superfícies cutâneas.
Imagens adquiridas com bobinas de superfície têm ótima relação/ruído, possibilitando
adquirir imagens com maiores detalhes anatômicas.
Contraste na RM
1. Gadolínio
É uma substância paramagnética utilizada como meio de contraste em RM. O
gadolínio é usado na rotina clínica ligado a carreadores ou quelantes químicos como o
DOTA (ácido oxaltetra-acético) ou DTPA (ácido dietil-enetriamino-penta-acético).
A atuação é idêntica ao meio de contraste utilizado na radiologia convencional
e na TC, concentrando-se nos tecidos vascularizados e sendo eliminado via renal.
Via de Administração
Intravenosa, dose padrão é de 0,2 ml por peso corporal
Via de Eliminação
Via Renal
Efeitos Colaterais
Náuseas em 4%
Vômitos 2%
Hipotensão, distúrbios gastrintestinais menos de 1%
Contra Indicação
Gravidez e Lactação
Pacientes renais crônicos
2. Água
A água é endógena, logo não há via de administração, eliminação, contra-
indicações e efeitos colaterais. Utilizamos o sinal do próton da água retida em ductos e
vesículas.
Exs.: Colangio RM e Uro RM
3. Sangue
O sangue é endógeno, logo também não há via de administração, eliminação,
contra-indicações e efeitos colaterais. O princípio é baseado nas diferente
concentrações de oxigênio nas regiões encefálicas ativadas, esta é a base da
Ressonância Funcional .
Em condições normais temos dois tipos de estado de oxigenação sanguíneo,
isto é, hemoglobina com saturação total chamada de Oxi-hemoglobina e Hb com
saturação parcial chamada Desoxi-hemoglobina.
Nas áreas ativadas há um aumento do fluxo de sangue, logo há um aumento no
consumo de oxigênio, este aumento não é proporcional à oferta, fazendo com que
haja um sobra de oxigênio, isto é, sobra de oxi-hemoglobina gerando assim um maior
sinal de RM.
4. Ferro (Ferridex)
Meio de contrate a base de óxido ferroso associado à dextrose, nos dias de
hoje é pouquíssimo usado devido seus efeitos colaterais e contra-indicações e
principalmente devido a sua limitação do uso; usa-se normalmente quando a área de
estudo e a região gastrintestinal.
Via de Administração
Intravenosa, dose recomendada é de 0,05 ml por peso
Via de Eliminação
Via Renal
Efeitos Colaterais
Dores leves à intensas na costas, pernas, pescoço e alguns casos na cabeça,
diarréia, vômito e náuseas
Contra Indicação
Pacientes com história de hipersensibilidade e alergia ao ferro.
Artefatos na RM
1. Artefatos de movimento
É o tipo mais comum de artefato.
Pode ser secundário a movimentação voluntária ou involuntária, respiração,
deglutição, peristaltismo intestinal, pulsação arterial ou cardíaca.
A movimentação voluntária ou involuntária é mais comum em crianças e
idosos.
Para reduzir a chance de que haja movimentação deve-se conversar com o paciente,
verificar um posicionamento confortável e se utilizar de métodos de imobilização
como pesos e "tiras" de restrição.
3. Artefato de truncagem
O artefato de truncagem aparece como estriações paralelas, sendo mais visível
em interfaces de tecido onde há uma mudança de sinal abrupta e bem definida.
Este artefato ocorre quando o número de passos de codificação de fase de alta
resolução espacial é sub-amostrado, e desta forma, é incapaz de reproduzir de
maneira verídica o detalhamento anatômico verdadeiro da imagem original.
A sub-amostragem insuficiente se refere à amostragem obtida na direção da
codificação de fase.
Na prática este artefato é mais comum na interface entre gordura e músculo e
entre o LCR e a medula.
4. Artefato de desvio químico
O artefato de desvio químico acontece quando os prótons na gordura serem
mapeados erroneamente em relação à protons na água.
Devido ao fato de que a diferença na frequência de precessão entre prótons na
água e na gordura ser muito pequena, o sinal de diferentes estruturas químicas pode
ocupar diferentes posições na imagem, mesmo que os sinais se originem de uma
mesma posição no espaço. Isto é conhecido como desvio químico.
Ele se manifesta com áreas de alto sinal onde a água e a gordura se sobrepõem,
e áres de baixo sinal onde os prótons na gordura e na água se separam.
Pode ocorrer nos platôs vertebrais, gordura epidural, ligamento amarelo,
tumores gordurosos e em estruturas que contenham líquido circundado por gordura
(cistos).
Este artefato é mais evidente em aparelhos de alto campo magnético.
Cuidados na sala de RM
Como se preparar?
Geralmente, a maioria dos hospitais entrega ao paciente um questionário que
deverá ser preenchido antes do exame. É muito importante que isto seja feito com a
maior precisão possível. Na maioria das vezes, você o preencherá junto com o seu
médico ou especialista.
A necessidade de precisão nas respostas é vital, porque existem vários aspectos
do seu corpo que podem impossibilitá-lo de realizar o exame de RM, como, por
exemplo, implantes de cirurgias prévias, placas de metal, marcapasso etc. Após o
questionário, você pode discutir todo o procedimento do exame com o técnico e mais
uma vez confirmar todas as informações do formulário.
Para se fazer um exame de RM é necessária pouca preparação. Evitar comer e
beber aproximadamente 4 horas antes será útil se você for fazer o exame na região
abdominal ou pélvica. Também é aconselhável ir ao banheiro antes, para que não haja
a necessidade de interromper o exame.
Não é preciso interromper qualquer medicação que tenha sido prescrita
anteriormente.
Se desejar pode trazer um membro da família ou amigo para acompanhar o
exame. Entretanto, ambos não poderão entrar na sala de exame carregando objetos
de metal.
O ponto principal nos preparativos para um exame de RM é não se preocupar.
Ele dura pouco tempo, é indolor e é um excelente método diagnóstico.
Contra-indicações à Ressonância Magnética
Marca-passo cardíaco
Os marca-passos cardíacos podem apresentar risco aos pacientes, se
submetidos à RM, por vários mecanismos:
1. Movimento do gerador de pulso implantável ou movimento dos fios;
2. Modificação temporária ou permanente da função do aparelho;
3. Disparo inapropriado do dispositivo;
4. Aquecimento excessivo dos fios;
5. Indução de corrente nos fios;
Classicamente, os marca-passos são considerados contra-indicação à RM.
Entretanto, têm surgido na literatura médica, dados sugerindo que determinados tipos
de marca-passo (mais recentes) e determinados tipos de paciente possam ser
submetidos à RM (pacientes não dependentes são aqueles que têm o marca-passo
implantado, mas que não dependem constantemente do mesmo. O marca-passo entra
em ação apenas em caso de necessidade).