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Muitas pessoas podem imaginar também que o nome Eletricidade deve-se ao elétron, já
que esta é a partícula responsável pela circulação e manifestação dessa forma de energia, mas é
justamente o oposto.
O âmbar e’ uma resina vegetal que escorre do caule de algumas espécies e solidifica- se,
formando pedras translúcidas de cor amarelada e superfície lisa. Em grego o nome para âmbar é
Elektron.
Pedra de âmbar, como a da experiência de Tales de Mileto. E’ comum essas pedras conterem insetos ou
pequenos animais muito bem preservados, pois eles ficam presos na resina enquanto ela esta fresca, e acabam
cobertos pela resina que continua escorrendo.
Na época de Tales e até mais de vinte séculos depois, não se tinha idéia de partículas
subatômicas, muito menos de elétron e até a noção de átomo era muito controversa. A existência
do elétron foi postulada por G. Jonhstone Stoney e descoberta por Thonson em 1897 enquanto
estudava os raios catódicos. Millikan em 1907 comprovou sua existência e conseguiu medir suas
propriedades.
Então o elétron foi assim descoberto e chamado, quando a palavra eletricidade já era
usada havia muito tempo.
Voltando à experiência de Tales de Mileto, embora tenha intrigado muitos estudiosos,
como já foi dito, passaram-se mais de vinte séculos sem que houvesse avanço no estudo da
eletricidade.
Eletrostática: é a parte que estuda o comportamento das cargas elétricas em repouso como, por
exemplo, o estudo e compreensão do que é carga elétrica, o que é campo elétrico e o que é
potencial elétrico.
Eletrodinâmica: essa é a parte que estuda as cargas elétricas quando em movimentação. Ela
estuda o que é corrente elétrica, os elementos de um circuito elétrico (resistores e capacitores)
bem como a associação deles, tanto em série quanto em paralelo.
Condutores: Formam o caminho para que as cargas elétricas possam circular do gerador
até o receptor transferindo a energia e retornar ao gerador. Normalmente são compostos de
metais.
A corrente elétrica é o próprio fluxo ordenado de elétrons e sua intensidade será tão maior
quanto maior for o numero de elétrons que atravessam uma secção do condutor em um mesmo
intervalo de tempo.
Um elétron possui uma carga elétrica de 1,6x10 E −19 Coulomb (o Coulomb (C) é’ a
unidade de medida de carga elétrica). Assim uma quantidade de 6,2x10E18 elétrons tem uma
carga equivalente de 1 Coulomb.
Equacionando:
Esta grandeza refere-se a diferença de potencial elétrico entre pelo menos dois pontos,
como por exemplo os pólos de uma pilha. A diferença de potencial de dois pontos exprime a força
que uma carga elétrica experimenta ao ser submetida ao campo elétrico entre esses dois pontos
ou seja, a tendência da carga de se deslocar entre esses pontos.
Em termos práticos, a D.D.P. e’ a condição fundamental para se fazer circular uma corrente
elétrica entre dois pontos, e a função do gerador no circuito e’ manter esta D.D.P.
A tensão ou D.D.P. da pilha determina a quantidade de energia que ela confere a uma
quantidade de cargas elétricas ao levá-las do pólo positivo ao negativo em um certo tempo.
No exemplo acima, seja uma pilha de 1,5 V (o Volt e’ a unidade de medida de tensão) e
admita-se que a lâmpada esta sendo percorrida por uma corrente de 1A. Então a pilha também
estará sendo percorrida pela mesma corrente. Como vimos, 1A equivale a circulação de um
Coulomb por segundo. Então a pilha esta repondo no pólo negativo uma carga de 1C/S e ela cede
a cada Coulomb de carga uma energia de 1,5 Joule ( O joule e’ a unidade de medida de energia). A
energia química da pilha neste caso diminui de 1,5 J a cada segundo e em algum momento ira se
esgotar.
Se fosse uma bateria de automóvel de 12 V, fazendo circular por uma lâmpada de freio
uma corrente também de 1A, ela estaria fornecendo a cada Coulomb de carga movimentada uma
energia de 12 Joules. Neste caso como a corrente também é de 1A (1 C/s), a energia da bateria
diminui de 12 C a cada segundo.
Equacionando:
U = E/dQ onde U = tensão elétrica, E= energia transferida, dQ= quantidade de carga movida.
Referência de zero: num circuito, normalmente toma-se um ponto que se considera como
de tensão zero, que passa a ser a referencia de zero ou massa. Muitas vezes e’ eleito o pólo
negativo do gerador que alimenta o circuito. Em relação a esse ponto exprime-se a tensão de
qualquer outro do circuito.
Quando na estrutura de um condutor metálico circula uma corrente elétrica, cada elétron
que salta de um átomo a outro próximo deixa para trás um íon positivo e neutraliza outro no
átomo onde “aterrissa”. Saltando deste novo átomo para um íon próximo, ele deixa outro íon para
trás de si e neutraliza um à sua frente. Isto gera uma ilusão de que os íons positivos se deslocam
em sentido oposto aos elétrons, na mesma quantidade.
Sabemos que na verdade os íons estão presos na estrutura metálica através de ligações
covalentes e não podem deslocar-se pela estrutura. Na verdade os átomos alternam entre a
condição de íon e neutro a cada elétron que salta.
Durante muito tempo imaginou-se que a corrente elétrica era formada por cargas positivas
livres que deslocavam-se do pólo positivo para o negativo. Embora equivocado, este raciocínio
nunca prejudicou o estudo dos circuitos elétricos. Alem disso oferece maior facilidade de analise.
Assim, mesmo hoje em dia convencionou-se tratar a corrente elétrica como sendo do
potencial mais positivo para o mais negativo. É o chamado Sentido convencional da corrente
elétrica.
Resistência Elétrica:
Como já foi dito os metais são normalmente usados como condutores de corrente nos
circuitos elétricos, por serem bons condutores. Porém nem todos os metais tem as mesmas
características e nenhum deles oferece uma facilidade total à circulação de corrente. A prata
oferece menos dificuldade que o cobre e o cobre menos dificuldade que o chumbo.
Assim dizemos que a prata é melhor condutora que o cobre e este melhor condutor que o
chumbo. De outra forma, podemos dizer que o chumbo oferece maior RESISTÊNCIA à passagem da
corrente elétrica do que o cobre ou a prata. Os materiais não se dividem apenas em bons
condutores ou isolantes. O carbono, como do grafite dos lápis, também conduz corrente elétrica,
mas oferece significante resistência à sua passagem. Isto também ocorre com algumas ligas
metálicas. Estes materiais são chamados maus condutores.
A 1ª Lei de Ohm:
Ele definiu a resistência elétrica como uma constante, definida pela razão entre a tensão
aplicada a um elemento resistivo e a corrente nele circulante.
Seja um determinado resistor. Aplicando sobre ele uma d.d.p. de 1V, admita-se que circule
uma corrente de 1A. Neste mesmo resistor, se aumentarmos a d.d.p. para 2V, a corrente passará
a ser de 2A .
Equacionando:
Potência Elétrica:
P = U x dQ / dt (3)
P = U x I Esta é a equação de potência mais conveniente para nos. Ela nos diz que para
obter a potencia dissipada em um elemento do circuito, basta multiplicar a tensão sobre ele pela
corrente que o percorre. Estas grandezas geralmente são conhecidas ou podem ser facilmente
calculadas. A unidade usada para medir potencia elétrica é o Watt (W). então:
W=VxA
Por exemplo se a lâmpada do farol alto de um automóvel é percorrida por uma corrente
de 5,4A , sendo a bateria do mesmo de 12V a potencia na lâmpada será de 12V x 5,4A = 65W .
Como outro exemplo, suponha que compramos outra lâmpada, para luz de freio, que traz
as especificações 12V , 21W e desejamos saber qual a corrente que vai circular por ela quando o
freio for acionado.
Circuito série:
Quando vários elementos são conectados um em seguida do outro e cada elemento tem apenas
um terminal comum com cada seu adjacente. A corrente elétrica tem um único caminho para
circular através de todos os elementos.
Num circuito série, a corrente tem a mesma intensidade em qualquer elemento do circuito.
Como a corrente é igual em todos os elementos, aquele que apresentar a maior resistência
elétrica, terá sobre si a maior parcela da tensão de alimentação.
Num circuito série, se um dos elementos for interrompido, a corrente cessa em todo o
circuito, ou seja todos os elementos param de funcionar.
Resistência equivalente no circuito serie:
Num circuito serie, a resistência equivalente ou resistência total e dada pela soma das
resistências de cada elemento. Logo a resistência equivalente será sempre maior do que a
maior resistência individual do circuito.
Req = R1 + R2 + R3 + . . . + Rn
Circuito paralelo:
No circuito paralelo, cada elemento tem os dois terminais em comum com os adjacentes.
Todos os elementos ficam sob a mesma tensão e a corrente divide-se por todos eles.
Propriedades do circuito paralelo:
Como todos os elementos estão sob a mesma tensão, quanto menor for a resistência de
um elemento, maior será a corrente através dele, e quanto maior a resistência, menor a
corrente através dele.
Num circuito paralelo, a resistência equivalente ou resistência total e dada pelo inverso da
soma dos inversos das resistências individuais. A resistência equivalente será sempre
menor que a menor resistência individual do circuito.
Os circuitos mistos são combinações dos circuitos serie e paralelo. Assim conforme o caso
aplicam-se as propriedades dos circuitos serie ou paralelo. Os circuitos mistos em muitos
casos podem ser simplificados para efeito de analise usando os conceitos de resistência
equivalente.