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A dimensão internacional das políticas públicas de educação tem sido bastante discutida nos
últimos anos. Questionando como melhor conceituar teoricamente esse campo de estudo, o
artigo apresenta três abordagens teóricas: neoinstitucionalismo/ isomorfia, externalização e
teoria do regime internacional.
A Educação deve se adequar a Globalização sem, no entanto, ser manipulada pela mesma e
cabe aos professores, construir e reforçar a própria identidade, partindo de nós mesmos para o
mundo, do interno para o externo, do local para o global. Levantar, neste trabalho, questões
que demonstram que a globalização influencia diretamente as políticas públicas e práticas
pedagógicas, pretendendo criar um currículo único ao mundo, e que este modelo mantem as
sociedades desiguais e excludentes, sustentando este modelo econômico.
O desafio é construir projetos educacionais que desenvolvam as potencialidades individuais, de
forma crítica e democrática, manifestando nossas culturas, tão diversas, em consonância com o
mundo globalizado.
Já ocorrem mudanças globais entre os professores, mas elas são lentas eles serão agentes
ativos na transformação.
São pontos que se complementam. Imagine o professor do primeiro exemplo: ele adota um novo
aplicativo, digamos. Usa tal aplicativo em seu celular e em seu tablet. Permite e incentiva que alunos
também se envolvam com tecnologia. Mas, quando vai passar o conselho adiante, encontra professores
ou coordenadores de curso que não o incentivam. A cadeia do boca a boca se desfaz, e o conhecimento
morre no ponto de largada.
Ou seja, para que o futuro chegue mais rápido, é preciso que todos estejam de cabeça aberta e
dispostos a aprender o que há de novo. Desde os alunos, passando pelos professores, até os gestores e
mesmo o governo. A mudança é coletiva e não individual.
Aplicativos vêm e vão, e por mais que algumas pequenas startups possam ter uma existência breve ou
serem rapidamente compradas pelos gigantes da tecnologia, os aplicativos criados em “fundos de
garagem” geram impacto na vida das pessoas. Ou seja, tem que quem veja os novatos e as pequenas
instituições com descrédito, mas eles podem, sim, criar tecnologias que transformam a educação,
mesmo que elas sejam transitórias. Faz parte do jogo: sempre vai surgir um aplicativo melhor para
substituir aquele que foi pioneiro.
A perspectiva de Jeff Dunn é inédita por apresentar estes caminhos como comportamentos e
pensamentos que precisamos fortalecer se buscamos uma verdadeira transformação na educação. Ter
paciência com as mudanças, colaborar com os colegas e incentivar pequenas e individuais iniciativas é
essencial em qualquer contexto e, em especial, no do ensino superior.
Recomendações da UNESCO
Na 40ª edição da Conferência Geral da UNESCO, 193 Estados Membros incumbiram a Organização de
desenvolver um documento internacional de normalização sobre Ciência Aberta, sob a forma de uma
Recomendação com a chancela da UNESCO, para que pudesse ser adotada pelos Estados Membros.
Atualmente, as políticas educacionais têm seu lastro em orientações de organismos internacionais, tal
como analisadas anteriormente, desde a adesão do governo brasileiro às recomendações formais
expedidas pelas Conferências Mundiais sobre Educação para Todos e outros eventos patrocinados pela
Unesco e Banco Mundial, com objetivo único de melhorar a qualidade de ensino.
As organizações internacionais são umas associações voluntária de Estados estabelecidas por acordo
internacional, dotadas de órgãos permanentes, próprios e independentes, encarregados de gerir
interesses coletivos e capazes de expressar uma vontade juridicamente distinta de seus membros.
A CONVENÇÃO INTERNACIONAL
São acordos celebrados entre sujeitos de Direito Internacional – Estados e organizações internacionais
– que visam, em princípio, a prossecução de interesses comuns e produzem efeitos jurídicos entre as
partes contratantes
A Convenção afirma que a educação da criança deve ser voltada para o desenvolvimento de sua
personalidade, seus talentos e suas habilidades físicas e mentais, até o máximo de seu potencial; ao
desenvolvimento pelo respeito aos direitos humanos e liberdades fundamentais; respeito à sua
identidade cultural, à sua língua .
Instrumento de direitos humanos mais aceito na história universal. Foi ratificado por 196 países.
A Convenção sobre os Direitos da Criança foi adotada pela Assembleia Geral da ONU em 20 de
novembro de 1989. Entrou em vigor em 2 de setembro de 1990.
É o instrumento de direitos humanos mais aceito na história universal. Foi ratificado por 196 países.
Somente os Estados Unidos não ratificaram a Convenção. O Brasil ratificou a Convenção sobre os
Direitos da Criança em 24 de setembro de 1990.
Íntegra da Convenção sobre os Direitos da Criança e dos protocolos facultativos sobre a Venda de
Crianças, a Prostituição Infantil e a Pornografia Infantil; sobre o Envolvimento de Crianças em Conflitos
Armados; e sobre um Procedimento de Comunicações
Considerando que, de acordo com os princípios proclamados na Carta das Nações Unidas, a liberdade, a
justiça e a paz no mundo fundamentam-se no reconhecimento da dignidade inerente e dos direitos
iguais e inalienáveis de todos os membros da família humana;
Conscientes de que os povos das Nações Unidas reafirmaram na Carta sua fé nos direitos fundamentais
do homem e na dignidade e no valor da pessoa humana, e que decidiram promover o progresso social e
a elevação do nível de vida com mais liberdade;
Reconhecendo que as Nações Unidas proclamaram e concordaram, na Declaração Universal dos Direitos
Humanos e nos pactos internacionais de direitos humanos, que todas as pessoas possuem todos os
direitos e liberdades neles enunciados, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo,
idioma, crença, opinião política ou de outra natureza, seja de origem nacional ou social, posição
econômica, nascimento ou qualquer outra condição;
Lembrando que na Declaração Universal dos Direitos Humanos as Nações Unidas proclamaram que a
infância tem direito a cuidados e assistência especiais;
Convencidos de que a família, como grupo fundamental da sociedade e ambiente natural para o
crescimento e o bem-estar de todos os seus membros e, em particular, das crianças, deve receber a
proteção e a assistência necessárias para poder assumir plenamente suas responsabilidades dentro da
comunidade;
Reconhecendo que a criança, para o pleno e harmonioso desenvolvimento de sua personalidade, deve
crescer no seio da família, em um ambiente de felicidade, amor e compreensão;
Considerando que a criança deve estar plenamente preparada para uma vida independente na
sociedade e deve ser educada de acordo com os ideais proclamados na Carta das Nações Unidas,
especialmente com espírito de paz, dignidade, tolerância, liberdade, igualdade e solidariedade;
Conscientes de que a necessidade de proporcionar à criança uma proteção especial foi enunciada na
Declaração de Genebra dos Direitos da Criança, de 1924, e na Declaração dos Direitos da Criança
adotada pela Assembleia Geral em 20 de novembro de 1959, e reconhecida na Declaração Universal dos
Direitos Humanos, no Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (em particular, nos artigos 23 e
24), no Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (em particular, no artigo 10) e nos
estatutos e instrumentos pertinentes das Agências Especializadas e das organizações internacionais que
se interessam pelo bem-estar da criança;
Conscientes de que, conforme assinalado na Declaração dos Direitos da Criança, "a criança, em virtude
de sua falta de maturidade física e mental, necessita de proteção e cuidados especiais, incluindo a
devida proteção legal, tanto antes quanto após seu nascimento";
Dando a devida importância às tradições e aos valores culturais de cada povo para a proteção e o
desenvolvimento harmonioso da criança;
Artigo 1
Para efeito da presente Convenção, considera-se como criança todo ser humano com menos de 18 anos
de idade, salvo quando, em conformidade com a lei aplicável à criança, a maioridade seja alcançada
antes.
Artigo 2
Os Estados Partes devem respeitar os direitos enunciados na presente Convenção e assegurarão sua
aplicação a cada criança em sua jurisdição, sem nenhum tipo de discriminação, independentemente de
raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional, étnica ou social,
posição econômica, deficiência física, nascimento ou qualquer outra condição da criança, de seus pais
ou de seus representantes legais.
Os Estados Partes devem adotar todas as medidas apropriadas para assegurar que a criança seja
protegida contra todas as formas de discriminação ou punição em função da condição, das atividades,
das opiniões manifestadas ou das crenças de seus pais, representantes legais ou familiares.
Artigo 3
Todas as ações relativas à criança, sejam elas levadas a efeito por instituições públicas ou privadas de
assistência social, tribunais, autoridades administrativas ou órgãos legislativos, devem considerar
primordialmente o melhor interesse da criança.