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CEADEMA

A mútua cooperação e estima entre paulo e seus pastores auxiliares

Pr. Pedro Aldi damasceno

O apóstolo Paulo ao escrever aos romanos faz a introdução da seguinte forma: “Paulo, servo de Jesus Cristo,
chamado para ser apóstolo separado para o evangelho de Deus”. Na carta aos corintianos, diz: “Paulo,
chamado apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de Deus, e o irmão Sóstenes”. Este, talvez o Sóstenes de Atos
18.17. Na segunda carta, usa o mesmo estilo de introdução. Mas, usando não mais o nome de Sóstenes, mas o de Timóteo.
Aos Gálatas, usa dizer “Paulo, apóstolo não da parte de homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo e
por Deus Pai que ressuscitou dos mortos”. Aos Efésios, escreve: Paulo, apóstolo de Jesus Cristo pela vontade de
Deus. Aos Filipenses: Paulo e Timóteo servos de Jesus Cristo. Bem, podíamos prosseguir na introdução de outras cartas,
mas julgamos que estas são o suficiente para entendermos que esta era a maneira para destacá-los e fazer conhecidos
em outras regiões os seus pastores auxiliares.

Compreendemos o modo como Paulo gostava de ser tratado e tratar os seus cooperadores. Em primeiro lugar, vemos a
paz, a harmonia entre o pastor Paulo e seus pastores auxiliares. E em segundo lugar, ele procurava destacar seus
amigos cooperadores. Tudo indica que não havia ciúmes, nem medo de alguns deles lhe superar. Mas dando um
excelente exemplo de confiança, procurava destacá-los, honrá-los. A exemplo, temos Epafras que Paulo colocou como
pastor na Igreja de Colossos. E, no verso sete do capítulo primeiro, Paulo o chama de professor, ao dizer “Como
aprendestes de Epafras nosso amado conservo”. Atenção! Entende-se, que Epafras não era empregado seu, mais
conservo. E, assim, procedeu com o companheiro Epafrodito, quando colocou como pastor na Igreja de Filipos. Na
ocasião, o mesmo recebeu dele (Paulo) elogios ao dizer “Tenho recebido e tenho em abundância; cheio estou
depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado como cheiro suave e sacrifício agradável e
aprazível a Deus”. (Fp. 4.18). Aqui temos outro lindo exemplo, deixado por Paulo ao confiar no seu cooperador, e
como Epafrodito era responsável e temente a Deus, ia ao campo recolhia e entregava tudo do que recebia para o seu
pastor.

Perguntamos a você que é cooperador de alguém, tens agido também assim? Tens correspondido satisfatoriamente
com teu pastor titular? E você que Deus tens confiado esta honrosa chamada, e bonito título de pastor presidente, tens
procurado em tudo destacar os teus cooperadores, a exemplo do que deixou Paulo?

O cooperador Tito, mereceu a confiança de Paulo ao ser colocado como pastor regional (presidente) em Creta, uma das
ilhas do arquipélago grego formada pelo o Mediterrâneo. Paulo diz a Tito “Por esta causa te deixei em Creta, para
que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já
te mande”. (Tito 1.5). Depois de preso em Roma, Paulo transfere Tito para Dalmácia, província romana, situada
na costa nordeste do mar Adriático, também chamado de Ilírico (II Tm 4.10). Que bom exemplo deixado pelo pastor
Paulo e seus cooperadores! Que relacionamento satisfatório entre o pastor titular e os pastores auxiliares. Que sincero
relacionamento entre eles. Digno, de ser imitado por nós pastores destes últimos dias...

E, na segunda viagem missionária, Paulo encontra-se com um jovem cristão por nome Timóteo, de mãe judia e pai
grego, em Listra, cidade Licaônica, o mesmo já convertido ao evangelho. Paulo o convida a tornar-se um dos seus
cooperadores. Amigo, o jovem Timóteo tornou-se, na verdade, companheiro forte na luta do evangelho. E, depois de
muitos traquejos, Paulo ora com o presbitério por ele e impõe as mãos sobre o mesmo tornando-o assim, pastor e
cooperador. Em seguida, Paulo o leva a Éfeso e o coloca na Igreja como pastor, dizendo: “Como te roguei, quando
partir para a Macedônia que ficasses em Éfeso”. Desse modo, Timóteo ficou pastoreando toda aquela região com
mais 11 cidades com igrejas organizadas.

Com o desejo, de que Timóteo lutasse pela conservação da fiel doutrina, o pastor Paulo recomendou ao mesmo que
tivesse cuidado com as fábulas e com as precipitadas ordenações de obreiros, sem os devidos requisitos legais, tendo
por finalidade somente, o de agradar os amigos.

Da mesma forma, conclamamos ao Santo Ministério, que é formado por homens de Deus, que devemos tomar os
mesmos cuidados e cautelas, hoje! Visto que, nestes dias, isso está campeando, levado pelo o profissionalismo cheio
de asneira das seitas que jactas de ser cristãs.

Na segunda viagem Missionária, Paulo chega à cidade de Corinto, que era a capital da Acaia, situada na península
grega do peloponeso. Ali, Paulo encontra-se com um casal de judeu que tinham por nome Áquila e Priscila, convertidos
ao evangelho, os quais haviam sido expulsos quando Cláudio baniu os judeus de Roma, no ano de 49. Tornaram-se
mui amigos e grandes cooperadores na obra do Senhor. Que bonito exemplo deixado de convivencia e respeito entre
eles. Pastor e esposa, que eram auxiliares de Paulo, vivendo na mais perfeita paz. Bem podia Paulo dizer: “Sede
meus imitadores, como também eu, de Cristo”. (1 Co 11.1).

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Preso, Paulo escreve a Timóteo ainda dando lembrança dos seus amigos cooperadores: Êubulo, Pudente, Lino, Cláudia e
outros nomes. Que cuidado! Quando Paulo foi preso pela última vez, talvez na cidade de Trôades, e levado para Roma,
mesmo na prisão, Paulo transfere o pastor Tíquico para Éfeso, para substituir o pastor Timóteo, e de imediato chama
Timóteo para vir depressa ter com ele em Roma, como diz: “Timóteo vem ter comigo urgente”.

A expressão urgente ou ás pressas revela os seus últimos dias, dos seus 33 ou talvez 35 anos de fé no Senhor Jesus.
E, tão logo Timóteo chega a Roma foi preso também. Mas, em seguida, posto em liberdade (Hb 13.32). Mesmo assim, foi
atender a ordem do Santo Ministério. Era o tudo que Timóteo pretendia fazer. Deixou uma igreja e região grande e foi
enfrentar a cadeia. Mas, atendeu a ordem ministerial. Você faria assim também? Parabéns!

E, logo naqueles dias, Paulo enviou o pastor Crescente para a região da Galácia, que era uma província romana,
situada no centro norte da Ásia Menor, hoje Turquia. Neste tempo, já havia várias igrejas na região, fundadas por
Paulo, na sua segunda viagem missionária. O que mais Paulo gostaria, era que Crescente combatesse uma heresia
que havia na região que pregava que para ir ao céu teria que obedecer a lei dos judeus e principalmente a circuncisão.
Que era, na verdade, uma distorção doutrinária.

Por último, preso e velho (Fm 9), sem nada mais poder fazer. Mesmo assim, Paulo sempre se manteve fiel aos seus
cooperadores. Diz, pesaroso, a Timóteo: “Deixei Erasto em Corinto” (Talvez o tesoureiro da cidade), e
Trófimo deixei doente em Mileto (Rm 16.23). Pois, Mileto, era o porto de Éfeso, localizado a 48 km, nas margens do mar
Egeu. Observe bem: “Deixei meu amigo e cooperador doente”. O que passou no coração e na mente
daquele homem de Deus, considerando a distância entre eles, Paulo em Roma (Europa) e Trófimo doente em Mileto (Ásia
Menor). São enigmas de Deus, somente Deus sabe porque Trófimo, o amigo de Paulo, ficou doente. E concluiu;
“todos me deixaram, ninguém me assistiu na minha primeira defesa; antes, todos me desampararam. Que isto
não lhes não seja imputado.”

Expressão de quem não guardava, não marcava, não odiava ninguém. Que exemplo de Pastor! Exemplo digno de ser
imitado nos nossos dias. “Só Lucas está comigo”. Eles foram amigos, nas horas alegres e nas horas das
adversidades. “Vem antes do inverno, vem depressa”. Assim, encerra a carreira e história do bravo soldado
de Cristo, o qual desempenhou, o dos mais árduo trabalho, como o é o de ser pastor, e amigo de pastor, e ministro de
Deus.

Enfim, finda, proclamando bravura: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a
coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor justo juiz me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também
a todos os que amarem a sua vinda”.

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