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RESISTÊNCIA E PERFORMANCE

INTRODUÇÃO
O objetivo do presente artigo é aprofundar a discussão entre o
trabalho de resistência e o de performance. Conceituar brevemente estas
duas valências e propor um trabalho conjunto para a otimização destas duas
valências.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Os fatores físicos da “performance” e as formas principais de
exigências motoras influenciam diretamente o nível das capacidades de
coordenação: Um mínimo de força é necessário para permitir um
movimento hábil. Uma boa dose de velocidade deve estar presente se a
capacidade, inerente à habilidade de resolver rapidamente um problema
motor situacional, tiver necessidade de ser realizado.
Do mesmo modo é preciso um determinado grau de mobilidade na
base das capacidades de coordenação para Ter no arranjo espacial de um
movimento um campo de operação maior e melhor possibilidades de
adaptar-se às necessidades espaciais de modificação. Enfim, a resistência é
paralelamente parte integrante da destreza, uma vez que a fadiga psicofísica
precoce leva a uma diminuição da precisão dos movimentos: pensemos na
freqüência crescente de lesões na roda de capoeira quando a fadiga
ascendente e destreza descendente por aí se associam originando um
quadro de alto risco.
Partindo da definição básica de resistência que é a capacidade de um
determinado grupo muscular realizar um número considerável de
movimentos sem apresentar fadiga temos a estrutura básica de uma aula de
capoeira.
Vamos admitir, uma aula que tenha como objetivo o
desenvolvimento técnico da bença ou benção para alguns. A bença é um
movimento de impacto frontal onde o pé de trás da ginga é lançado contra
o abdômen, preferencialmente diafragma do adversário após uma
hiperflexão coxa-tronco. Temos aqui as articulações coxofemural atuando
em máxima extensão, a articulação do joelho em semi flexão e o calcâneo
em máxima (já que o movimento prevê que o calcanhar é que deve atingir
o adversário), ao mesmo tempo exige-se um trabalho de resistência do
grupo agonista (quadriceps femural e outros) e um alongamento dos
antagonistas (posteriores da coxa e gêmeos solear).
Dentro destes parâmetros temos:
Desenvolvimento
Como aquecimento: um trabalho que priorize a flexibilidade da
articulações que serão solicitadas e principalmente dos grupos musculares
posteriores da perna.
A parte principal: Pode começar séries de movimento com apoio (por
exemplo, três séries de 12 com o apoio do lado contrário – este apoio pode
ser dado com um bastão). Este tipo de treinamento ira permitir ao professor
corrigir a técnica do movimento enquanto se efetua um trabalho base de
resistência.
Em um segundo momento ainda com o apoio solicita-se, do
executante a extensão completa do movimento com ênfase da hiper-flexão
do calcanhar mantendo a sustentação dos seis segundos. (Estamos no
momento principal do trabalho de resistência!). – três séries de seis
movimentos.
Terceiro momento: retira-se o apoio e solicita-se a execução plena do
movimento já acrescentando a ginga.
Quarto momento: trabalho de dupla com ginga e ataques alternados
com as respectivas “negaças”. Neste momento estamos alem de mantermos
o trabalho de resistência e técnica desenvolvendo agilidade e coordenação.
Quinto momento: Jogo combinado com seqüências a cargo do
professor onde irá se privilegiar naturalmente a técnica desenvolvida.
A parte final: Pode ser o jogo de roda com movimentos combinados
ou um alongamento de acordo com a necessidade da turma e os objetivos
do professor.

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