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Prof. Me.

GRECHIA, Luciano

ÁGUAS NA NATUREZA

Geralmente, a água é vista como um recurso abundante, até mesmo infindável. Na realidade, a água é
um recurso renovável, o que significa que a natureza a repõe mais rapidamente do que a consumimos. Como
veremos, isso pode deixar de ser verdade caso o uso desse recurso não seja controlado ou caso interfiramos de
maneira prejudicial no ciclo que o renova. Veja, a seguir, como esse ciclo funciona.

As redes hidrográficas
Os rios são as áreas mais baixas do relevo, por onde o excedente de água é drenado, e se organizam
em redes, chamadas de redes hidrográficas. Cada rede hidrográfica possui um rio principal, que deságua no
mar ou em um lago, e seus afluentes, que deságuam no rio principal.
Quando o rio principal deságua nos oceanos, essa rede hidrográfica é caracterizada por uma drenagem
exorreica (para fora do continente); e quando deságua em um lago ou mar interior, sua drenagem é endorreica.
Há também o caso de rios que terminam em desertos, simplesmente secando, o que é caracterizado como
drenagem arreica.
Os rios apresentam alto curso quando estão próximos de sua nascente e médio ou baixo curso quando
estão próximos da foz. Se, ao longo da maior parte desse percurso, o rio atravessa trechos de relevo acidentado,
formando quedas d’água e corredeiras, é um rio de planalto. E se, na maior parte de seu trajeto, o rio atravessa
terrenos planos, nos quais forma meandros (curvas) para poder ter vazão, é um rio de planície. Os primeiros
são bons para produção de energia elétrica, e os segundos para transporte.
A foz é onde o rio deságua. Existem dois tipos de foz: a foz em estuário, quando o rio deságua
diretamente por meio de um único canal, e a foz em delta, quando ele se divide em vários canais para desaguar.
Para finalizar, o regime de um rio ou dos rios de uma rede hidrográfica é o nome que se dá à origem
em periodicidade da alimentação, isto é, da água que mantém o rio vivo. Existem três tipos diferentes de
regimes: o pluvial (quando a água vem apenas das chuvas), o nival (quando a maior parte vem do derretimento
de neve) e o misto (quando a maior parte vem das chuvas, e uma pequena parte do derretimento de neve).
O uso da água
O uso indevido da água pode comprometer sua característica de recurso renovável. Isso pode ocorrer
pelo uso muito intenso, maior do que a capacidade de reposição do ciclo, ou por intervenções humanas no
meio que prejudiquem fases desse mesmo ciclo.
Apesar de parecer um bem abundante, a água pode acabar. Talvez não no mundo como um todo, mas
em determinados lugares nos quais ela não seja tão abundante, mesmo que se tenha a impressão do contrário.
Atualmente, destacam-se três principais tipos de uso da água: o doméstico, o industrial e o agrícola,
podendo haver variações de uso de um lugar para outro. Evidentemente, um país mais industrializado tende a
utilizar mais água na indústria do que um país pouco industrializado. No entanto, no geral, a agricultura
desponta atualmente como principal atividade consumidora de água.
Esse uso intenso de água nas atividades agrícolas está diretamente ligado à irrigação, técnica que
colabora para tornar algumas áreas mais eficientes para a produção de alimentos. No geral, a irrigação é uma
técnica boa e pode colaborar muito com a produção de alimentos, mas existem alguns exageros, principalmente
quando se quer plantar frutas que precisam de muita água em regiões semiáridas ou quando se quer expandir
as plantações além do que é ecologicamente viável.
Em geral, não há problema em se retirar água de rios e mares que têm grande disponibilidade. A
situação se torna mais grave quando se pretende retirar grandes quantidades de reservatórios que, mesmo sendo
volumosos, acabam não recebendo água em quantidade suficiente para realizar uma reposição. Este foi o caso
do Mar de Aral, entre o Uzbequistão e o Cazaquistão, conhecido como um dos maiores desastres ambientais
contemporâneos. É também o caso dos aquíferos, que demoram séculos para armazenar água, mas estão sendo
drenados rapidamente.
Poluição
O ciclo da água é responsável pela sua constante renovação, eliminando grande parte dos poluentes
que possam nela se encontrar. Porém, se ações humanas prejudicarem algumas etapas desse ciclo, sua função
deixa de ser cumprida. O que pode ocorrer é a poluição da água. A mais comum é a poluição direta dos
reservatórios, rios e lagos devido ao despejo de esgoto sem tratamento e a outros problemas. Há também formas
de poluição indireta, com destaque para duas:
• Poluição do solo: a água das chuvas infiltra-se no solo, encaminhando-se para rios, lagos ou
aquíferos. O percurso da água dentro do solo pode colaborar para sua purificação, mas também para sua
poluição, caso o solo esteja poluído. A forma mais comum de poluição do solo se dá na agricultura moderna,
por causa do uso intensivo de agrotóxicos e fertilizantes.
• Chuva ácida: entre a evaporação e a condensação na atmosfera, a água tende a se purificar. O
problema é que as atividades industriais e o transporte automobilístico levaram à intensa poluição atmosférica.
A condensação da água em uma atmosfera poluída leva à formação de chuvas também poluídas, sendo a
principal forma dessa poluição a chuva ácida.

ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS


ADVECÇÃO – é o transporte de fluido em função do gradiente (gravidade).
ADSORÇÃO – é a propriedade de um fluido ou íon em aderir às paredes de um corpo sólido; a atração sólido-fluido
é maior que fluido-fluido; o fluido molha.
ÁGUA SUBSUPERFICIAL – é aquela água, toda e qualquer, ocorrente na litosfera sob a superfície topográfica;
exemplo: água do solo; água subterrânea; contrário de água superficial. Inclui a água subterrânea e também a água de
retenção.
ÁGUA SUPERFICIAL – é toda aquela água líquida que ocorre em corpos de água com superfície livre em contato
direto com a atmosfera; ou seja, acima da superfície topográfica; exemplo: rios; lagos; mares. A ciência que estuda as
águas superficiais é a Hidrografia.
AFLUENTES – são rios “menores”, dentro de uma bacia hidrográfica, que desaguam em outro rio.
EFLUENTES – são rejeitos líquidos ou gasosos provenientes da atividade antrópica que são lançados,
respectivamente nos rios ou na atmosfera.
SATURAÇÃO – é a relação entre o conteúdo volumétrico de fluido no meio poroso e sua porosidade; 100% de
saturação equivale a porosidade; unidade: %; símbolo: q.
SATURADA – é aquela zona em que todos os poros da litologia estão preenchidos por água. Acima dela está a zona
não-saturada (ou: vadosa); esta inclui a zona capilar e a zona de água do solo; é a zona aerada.
MONTANTE – Em direção à nascente (de onde vem a corrente do rio).
JUSANTE – Em direção à foz (para onde as águas se dirigem).

ESCOAMENTO SUPERFICIAL

O ser humano, em seu processo de desenvolvimento, gradualmente provoca alterações no ciclo


hidrológico.
Em uma situação de cobertura natural do solo, em que apenas a vegetação ocupa a área, estima-se que
do total precipitado 40% corresponde à evapotranspiração, 10% ao escoamento superficial direto, 25% para o
escoamento subsuperficial e 25% infiltração profunda (recarga subterrânea).
Em uma situação de cobertura natural do solo, em que
apenas a vegetação ocupa a área, estima-se que do total
precipitado 40% corresponde à evapotranspiração, 10% ao
escoamento superficial direto, 25% para o escoamento
subsuperficial e 25% infiltração profunda (recarga subterrânea),
conforme apresentado na figura abaixo.

Figura 7.1 – Ciclo hidrológico sem processo de urbanização.


Fonte: EPA, 2008.

Logo ao início da ocupação da região com habitações,


pequenas mudanças já poderão ser percebidas pelo aumento da área
impermeabilizada em torno de 10 a 20%.
Nesse contexto, a infiltração que anteriormente totalizava
50% da precipitação (subsuperficial e profunda) e a
evapotranspiração sofrem redução, passando a ser 38% e 42% do
total precipitado, respectivamente.

Figura 7.2 – Ciclo hidrológico no início do processo de urbanização.


Fonte: EPA, 2008.

Com a continuidade do processo de ocupação, quando já se


observa uma área impermeabilizada variando em torno de 35 a 50%,
o total infiltrado passa a ser de 35%, sendo a maior parte
correspondente à parcela subsuperficial (20%). Mantendo se um
comportamento similar à situação do início do processo de
urbanização, a evapotranspiração continua sofrendo redução,
passando para 35%, e o escoamento superficial aumenta para 30%,
conforme apresentado na Figura 7.3.

Figura 7.3 – Alteração no ciclo hidrológico para uma condição intermediária de impermeabilização.
Fonte: EPA, 2008.

Considerando que praticamente toda a área foi ocupada, atingindo


de 75 a 100% de área impermeabilizada, o total infiltrado passa a ser
de apenas 15%, a evapotranspiração é de 30% e o escoamento
superficial aumenta para 55% (Figura 7.4).

Figura 7.4 – Ciclo hidrológico em área urbanizada.


Fonte: EPA, 2008

Observa-se, assim, que o processo de urbanização provoca diversos impactos ao meio ambiente,
refletindo diretamente na qualidade e na quantidade da água. A impermeabilização do solo, ocasionada pelas
construções de casas, prédios e asfaltamento de ruas, acaba por diminuir as existências de zonas permeáveis
que possibilitam a recarga dos aquíferos a partir do processo de infiltração da água no solo.
Com a redução da infiltração, há um estímulo natural do escoamento superficial, normalmente com
maior velocidade e magnitude, em direção às partes baixas do relevo. Os resultados desse processo são bastante
conhecidos: redução do volume de água na recarga dos aquíferos, erosão dos solos, enchentes e assoreamento
dos cursos de água.

Quadro 3 – Demandas hídricas no Brasil

Fonte: Barth (1987) Consumo de água no mundo

2010 2014

Água Virtual: Segundo a


SABESP, o termo "água
virtual" foi introduzido em
1993 por Tony Allan,
considerando a água
necessária aos processos
produtivos.
A porção de água na Terra
permanece estável desde o início
da formação do nosso planeta. A
água em nosso planeta encontra-se
distribuída 97,5 % nos oceanos,
1,8 nas calotas polares e nas
geleiras, e o restante, 0,7 nos rios,
lagos e reservatórios subterrâneos.
Prof. Me. GRECHIA, Luciano

REGIÕES HIDROGRÁFICA: AS BACIA HIDROGRÁFICA

A bacia hidrográfica corresponde a um sistema biofísico e


sócio econômico, integrado e interdependente, contemplando
atividades agrícolas, industriais, comunicações, serviços,
facilidades recreacionais, formações vegetais, nascentes, córregos
e riachos, lagoas e represas, enfim todos os habitats e unidades da
paisagem (ROCHA et. al., 2000). Seus limites são estabelecidos
topograficamente pela linha que une os pontos de maior altitude e
que definem os divisores de água entre uma bacia e outra adjacente.

Bacia hidrográficas do Brasil: O Brasil possui 12 grandes bacias hidrográficas sendo:

1 – Amazônica
2 – São Francisco
3 – Tocantins-Araguaia
4 – Paraná
5 – Parnaíba
6 – Atlântico Nordeste Oriental
7 – Atlântico Nordeste Ocidental
8 – Atlântico Leste
9 – Atlântico Sudeste
10 – Atlântico Sul
11 – Uruguai
12 – Paraguai

Bacia Hidrográfica Amazônica: com 7 milhões de quilômetros quadrados, essa é a maior bacia hidrográfica
do mundo. No Brasil, ela compreende uma área de 3.870.000 km², estando presente nos estados do Acre,
Amapá, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso e Pará.

Bacia Hidrográfica do Tocantins-Araguaia: é a maior bacia de drenagem exclusivamente brasileira


(767.059 quilômetros quadrados). Os principais rios são o Tocantins, que nasce em Goiás e desemboca na foz
do rio Amazonas; e o rio Araguaia, que nasce na divisa de Goiás com Mato Grosso e se junta ao rio Tocantins
na porção norte do estado do Tocantins.

Bacia Hidrográfica do São Francisco: com aproximadamente 640 mil quilômetros quadrados, essa bacia
hidrográfica tem como principal rio o São Francisco, que nasce na Serra da Canastra (MG) e percorre os
estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe até a foz, na divisa entre esses dois últimos estados.
Bacia Hidrográfica do Paraná: essa é a principal porção da bacia Platina (compreende os países da Argentina, Bolívia,
Brasil, Paraguai e Uruguai). No Brasil, a bacia hidrográfica do Paraná possui 879.860 quilômetros quadrados,
apresentando rios de planalto e encachoeirados, características elementares para a construção de usinas hidrelétricas:
Furnas, Água Vermelha, São Simão, Capivari, Itaipu (a maior usina do mundo), entre tantas outras.

Bacia Hidrográfica do Parnaíba: está presente nos estados do Piauí, Maranhão e na porção extremo oeste do Ceará,
totalizando uma área de 344.112 quilômetros quadrados.

Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental: com extensão de 287.348 quilômetros quadrados, a bacia
hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental está presente em cinco estados nordestinos: Piauí, Ceará, Rio Grande do
Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.

Bacia Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental: seus principais rios são o Gurupi, Pericumã, Mearim, Itapecuru
Munim e Turiaçu. Essa bacia de drenagem possui 254.100 quilômetros quadrados, compreendendo áreas do Maranhão e
Pará.

Bacia Hidrográfica Atlântico Leste: com extensão de 374.677 quilômetros quadrados, essa bacia hidrográfica engloba
os estados de Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo. Em sua região é possível encontrar fragmentos de Mata
Atlântica, Caatinga, Cerrado e vegetação costeira.

Bacia Hidrográfica Atlântico Sudeste: presente nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo
e Paraná, a região hidrográfica Atlântico Sudeste apresenta 229.972 quilômetros quadrados. Ela é formada pelo rio Doce,
Itapemirim, São Mateus, Iguape, Paraíba do Sul, entre outros.

Bacia Hidrográfica Atlântico Sul: com área de 185.856 quilômetros quadrados, essa bacia hidrográfica nasce na divisa
entre os estados de São Paulo e Paraná, percorrendo até o Rio Grande do Sul. Com exceção do Itajaí e Jacuí, os rios que
formam essa bacia de drenagem são de pequeno porte.

Bacia Hidrográfica do Uruguai: é composta pela junção dos rios Peixe e Pelotas. Com área de 174.612 quilômetros
quadrados, essa bacia hidrográfica está presente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Possui grande
potencial hidrelétrico, além de ser importante para a irrigação nas atividades agrícolas da região.

Bacia Hidrográfica do Paraguai: no Brasil, essa bacia hidrográfica está presente nos estados de Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul, englobando uma área de 361.350 quilômetros quadrados. Tem como principal rio o Paraguai, que nasce
na Chapada dos Parecis (MT). Possui grande potencial para a navegação.
Bacias hidrográficas de Mato Grosso do Sul

Regime fluvial
Os rios são veias abertas (superficiais) ou internas (subterrâneas) resultante do acúmulo de água nos
lençóis freáticos, das águas das chuvas (pluvial), ou do derretimento de neve (nival).
Existem três tipos diferentes de regimes: o pluvial (quando a água vem apenas das chuvas), o nival
(quando a maior parte vem do derretimento de neve) e o misto – pluvio-nival (quando a maior parte vem das
chuvas, e uma pequena parte do derretimento de neve).
Rio é um curso de água que corre naturalmente de uma área mais alta para uma mais baixa do relevo,
geralmente deságua em outro rio, lago ou no mar.
Esses cursos de água se formam a partir da chuva, que é absorvida pelo solo até atingir áreas
impermeáveis no subsolo onde se acumula, constituindo o que chamamos de lençol freático.
Quando o lençol freático aflora na superfície dá origem à nascente de um rio. Apesar dessa definição,
há rios que se formam de outras maneiras, como por exemplo, a partir do degelo em picos montanhosos, além
de alguns originarem de águas de lagos.
Os rios apresentam características diversas, podendo ser perene, ou seja, que não seca em nenhum
período do ano, nem mesmo com severas secas. Além disso, podem ser também temporários ou intermitentes,
neste caso, se trata de rios que secam em determinado período do ano, quase sempre na época da seca ou
estiagem.
Em regiões áridas e semiáridas do planeta, os rios perenes são de grande relevância, pois fornecem
água e condições para a realização da agricultura e da criação de animais. Esse é o caso do Rio São Francisco
no nordeste brasileiro.
Os cursos d’água podem, individualmente, ser objeto de classificação, de acordo com o período de
tempo durante o qual o fluxo ocorre (Lima, 2008):

a) perenes: há fluxo o ano todo, ou pelo menos em 90% do ano, em canal bem definido;
b) intermitentes: de modo geral, só há fluxo durante a estação chuvosa (50% do período ou menos);
c) efêmero: só há fluxo durante as chuvas ou períodos chuvosos; os canais não são bem definidos.
Tipos de Canais Fluviais

Os tipos de canais correspondem ao modo de se


padronizar o arranjo espacial que o leito apresenta ao longo do
rio.
Os canais Meandrantes descrevem curvas sinuosas e
semelhantes entre si, possuem um único canal que transborda
suas águas na época das cheias.
O meandro representa o estado de equilíbrio,
representado na formação dos meandros, poderá ser alterado
pela ocorrência de um distúrbio na região, como a atuação do
homem (plantio em áreas próximas aos meandros).

Deltas fluviais

O principal fenômeno na evolução deltaica é o deslocamento dos cursos fluviais em distributários


sucessivos. Como um delta progride cada vez mais em direção ao mar.

As planícies de inundação, conhecidas como várzeas, constituem a forma mais comum de sedimentação
fluvial.

Diferentes etapas da inundação sobre a planície: (a) Escoamento restrito à calha principal do rio, com
água armazenada em lagoas da planície decorrentes de cheia anterior, chuva local ou água subterrânea; (b)
Início do extravasamento da calha; (c), (d) Extravasamento da calha inunda a planície, alcançando lagoas e
seguindo fluxos independentes do escoamento principal na calha; (e) Inundação ocorrendo sobre toda a
planície e interagindo com a calha do rio ao longo de toda sua extensão; (f) Após passagem da cheia, acréscimo
do volume armazenado na planície em relação à situação inicial.
Terraços fluviais

Os terraços fluviais são antigas planícies de


inundações que foram abandonadas pelo sistema
fluvial. São patamares aplainados, de largura variada,
recobertos por materiais aluvionares Terraços
Aluvionares. Também podem ser derivados de
entalhamento em material rochoso das vertentes
Terraços Rochosos ou de movimentação tectônica
Terraços Encaixados.

Tipos de Leitos
Leito de Estiagem ou Vazante -
corresponde ao leito por onde corre um curso
de água durante os períodos de estiagem.
Constantemente, ele serpenteia entre as
margens do leito maior, acompanhando o
talvegue, que é a linha de maior profundidade
ao longo do leito.

Leito Normal ou Menor - como o próprio


nome indica corresponde ao leito normal do
rio, limitado pelas suas margens ou dique
marginais. Limite para a inundações, quando
ultrapassam esse limite.

Leito Maior ou de Inundação ou de Cheia


- nos períodos de chuvas intensas, por vezes,
as águas sobem e transbordam as margens do
leito normal, recebendo deposição de
sedimentos aluvionares.

Leito Excepcional: Grandes inundações.

BIBLIOGRAFIA

GUERRA, Antônio José Teixeira & CUNHA, Sandra Batista. Degradação ambiental. In: CUNHA, S. B.
Geomorfologia e meio ambiente. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996. p. 337-339.

CHRISTOFOLETTI, Antônio. Gemorfologia. SP: Edgard Blucher, 1980.

_____. Geomorfologia Fluvial. SP: Edgard Blucher, 1984.

Teixeira, Wilson et al. Decifrando a Terra. SP: Oficina de Textos, 2000.

JORGE, F.N e Uehara,K. Águas de superfície. In: Oliveira, A.M.S. e Brito.S.N.A. Geologia de engenharia.
São Paulo: Associação Brasileira de Geologia de Engenharia,1998.p101-109.

MOREIRA, Ceres V; PIRES, NETO, Gonçalves. Clima e Relevo. In: Oliveira, A. M. S. & BRITO, S.N.A.
(editores) Geologia de Engenharia. São Paulo: Associação brasileira de Geologia de Engenharia, 1998.

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