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DO PODER JUDICIÁRIO
"Podemos, assim, afirmar que função jurisdicional é aquela realizada pelo Poder
Judiciário, tendo em vista aplicar uma lei a uma hipótese controvertida mediante processo
regular, produzindo, afinal, coisa julgada, com o que substitui, definitivamente, a vontade
das partes” (in “Curso de Direito Processual Civil”, editora Revista dos Tribunais, volume
1, pág. 149).
1
In “Curso de Direito Constitucional”, editora Saraiva, 4ª edição, 1981, pág. 78.
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g) Tribunais e Juizes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios (art. 125 e 126).
O STF, o STJ e os demais Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal e jurisdição
em todo o território nacional2.
Os artigos 94; 104, II; 107, I; 111, § 1°, I; e 123, parágrafo único, I e II, prevêem que
membros do Ministério Público e advogados participarão da composição de determinados
Tribunais.
a) garantias de independência:
- vitaliciedade;
- inamovibilidade;
- irredutibilidade de vencimentos.
Pela vitaliciedade, o Juiz, após dois anos de exercício (no primeiro grau), só pode perder
o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado. Antes dos dois anos,
estando o magistrado no período de estágio probatório, a perda do cargo pode operar-se
por deliberação do Tribunal a que o Juiz estiver vinculado. Nos Tribunais, a vitaliciedade
é automática com a posse no cargo, não havendo estágio probatório.
2
Cf. art. 92, parágrafo único da CF/88.
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O artigo 97 da CF/88 estatui que somente pelo voto da maioria absoluta de seus
membros ou dos membros do respectivo órgão especial 3 poderão os Tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
A criação de juizados especiais cíveis e criminais, além da justiça de paz, está prevista no
art. 98 da Constituição da República. A melhor doutrina moderna distingue entre juizados
de pequenas causas e juizados especiais de causas cíveis de menor complexidade 4.
A Lei Maior prevê, ainda, para Tribunais e Juizes, a respectiva competência, que pode
ser originária ou recursal.
3
Sobre órgão especial vide art. 93, XI, da CF/88.
4
Acerca do tema, vide Geisa de Assis Rodrigues, “Juizados Especiais Cíveis e Ações Coletivas”, editora Forense,
1997, páginas 17/22.
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Há que ser aferido o legítimo interesse, que deve ser jurídico. Só a Justiça Federal pode
dizer se as entidades listadas neste inciso são ou não interessadas no feito: “Ao juiz
estadual não cabe afirmar o interesse da União na causa” (STJ, CC 15286/PB,
18/05/1995).
A Súmula 235 do STF diz que “É competente para a ação de acidente do trabalho a
Justiça Cível Comum, inclusive em segunda instância, ainda que seja parte autarquia
seguradora”.
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Já a Súmula 501, também do STF, assevera que “Compete à Justiça ordinária estadual o
processo e o julgamento, em ambas as instâncias, das causas de acidente do trabalho,
ainda que promovidas contra a União, suas autarquias, empresas públicas ou sociedades
de economia mista”.
Além das hipóteses acima, o Juiz Federal é também competente para apreciar e julgar as
causas as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal,
ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta,
quando não se configura conflito federativo, pois nesse caso é inaplicável o art. 102, I, “f”,
da CF/88.
Vale ressaltar que da sentença cabe recurso ordinário para o STJ- artigo 105 II, c.
Não deve ser confundida essa hipótese com o art. 102, alínea “e”. Neste último caso, a
competência do STF é fixada em razão das pessoas que estão na lide, enquanto que na
hipótese do artigo 109, III, o que importa é o fundamento jurídico utilizado, e não as
partes, que normalmente são pessoas físicas ou jurídicas privadas. Obviamente, se a
União litigar com Estado estrangeiro ou organismo internacional tendo como fundamento
tratado ou contrato firmado entre ambos prevalece a competência do STF.
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Também são excluídos os crimes praticados por juiz ou promotor estadual, que em
qualquer caso (excetuando-se apenas o crime eleitoral, onde o julgamento será realizado
pelo TRE) são julgados pelo Tribunal de Justiça do Estado (art. 96, III, da CF/88), e não
pelo TRF (ao contrário dos Prefeitos - 29, X, CF/88).
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Quem exercer função delegada do poder federal também é considerado autoridade para
fins de mandado de segurança. Assim diretor de Universidade no exercício de atividade
delegada pelo MEC pode ser autoridade coatora, sendo competente a Justiça federal,
salvo se for uma universidade estadual.
O STF, primeiramente, decidiu que o maior direito dos indígenas é o direito à vida. Daí,
qualquer crime de homicídio praticado contra índio seria competência da Justiça Federal
(júri). Porém o STJ entende que é competente a Justiça Estadual para julgar crime
praticado contra índio ou por índio, dentro ou fora da reserva, quando não haja uma
conotação específica de luta por direitos indígenas. Posteriormente o STF alterou seu
entendimento:
Os crimes cometidos por silvícolas ou contra silvícolas, não configurando disputa sobre
direitos indígenas e nem, tampouco, infrações praticadas em detrimento de bens e
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Nessa linha, mesmo nas causas cíveis em que um índio seja autor ou réu deve ser
investigado o objeto da lide para fixar a competência.
§1- As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde
tiver domicílio a outra parte.
Súmula 40 do extinto TFR: “A execução fiscal da Fazenda Pública Federal será proposta
perante o Juiz de Direito da Comarca do domicílio do devedor, desde que não seja ela
sede de Vara da Justiça Federal”.
§ 2- As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária
em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato ou
onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.
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Neste parágrafo há uma autorização genérica para que o legislador delegue a jurisdição
federal ao juiz estadual como o fez na lei de usucapião especial 6969/81.
Quanto à lei da ação civil pública (7347/85) havia divergência quanto à competência do
foro do local do dano, mesmo que este não fosse sede de vara federal. Acontece que o
Código de Defesa do Consumidor ressalvou em seu artigo 90 a competência da justiça
federal para fins de ação civil pública. O STJ editou a Súmula 183 cujos precedentes não
ventilaram a questão do Código de Defesa do Consumidor. A tese da Súmula 183 foi
derrubada à unanimidade pelo STF.
§4- Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o TRF
na área de jurisdição do juiz do primeiro grau. Isso porque o juiz estadual estará
em exercício de jurisdição federal. Todavia se o juiz estadual incompetente chegar
a proferir alguma decisão ao arrepio do artigo 109, quem deve proceder à sua
anulação é o Tribunal de Justiça correspondente. Súmula 55 do STJ.
São funções essenciais à Justiça o Ministério Público (art. 127 a 130), a Advocacia-Geral
da União (art. 131 e 132), a Defensoria Pública (art. 134 e 135) e a advocacia (art. 133 e
135). Significa dizer que, devido ao princípio da inércia do juiz, sem essas instituições,
autorizadas a provocar a atuação judicial, o poder judiciário não poderia entregar a
prestação jurisdicional.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
1) BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10ª edição, revista e atualizada. São Paulo:
Malheiros Editores, 1994;
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3) SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 14 ª edição, revista.
São Paulo: Malheiros Editores, 1997;
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