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DO PODER JUDICIÁRIO

Ao lado das funções de administrar e legislar, ao Estado também compete a função


judicial, ou jurisdicional, dirimindo as controvérsias que surgem quando da aplicação das
leis, que não se dá de forma automática e espontânea, como bem salienta Celso Ribeiro
Bastos1. De fato, o Estado, através do Poder Judiciário, exerce a função jurisdicional,
substituindo a atividade privada na composição das lides, que são conflitos de interesse
caracterizados por uma pretensão resistida. Vide art. 5°, XXXV, da CF/88.

A existência de lides é conseqüência natural da vida em comunidade, considerando-se


que os bens (finitos) são disputados por interesses humanos (infinitos), máxime na
sociedade capitalista. Ocorre então que por muitas vezes não há uma submissão
voluntária ao comando normativo por parte dos seus destinatários, fazendo com que
surja um conflito entre os interesses em tela, o qual deve ser dirimido pelo Estado,
evitando-se a autocomposição. É nesse sentido a lição de Arruda Alvim: ,

"Podemos, assim, afirmar que função jurisdicional é aquela realizada pelo Poder
Judiciário, tendo em vista aplicar uma lei a uma hipótese controvertida mediante processo
regular, produzindo, afinal, coisa julgada, com o que substitui, definitivamente, a vontade
das partes” (in “Curso de Direito Processual Civil”, editora Revista dos Tribunais, volume
1, pág. 149).

Segundo Pedro Lessa, a missão do Poder Judiciário é a de “aplicar contenciosamente a


lei a casos particulares”.

Os artigos 92 e seguintes da nossa Carta Constitucional tratam do Poder Judiciário, que


é composto pelos seguintes órgãos:

a) Supremo Tribunal Federal (art. 101 e ss.);

b) Superior Tribunal de Justiça (art. 104 e ss.);

c) Tribunais Regionais Federais e Juizes Federais (art. 106 e ss.);

d) Tribunais e Juizes do Trabalho (art. 111 e ss.);

e) Tribunais e Juizes Eleitorais (art. 118 e ss.);

1
In “Curso de Direito Constitucional”, editora Saraiva, 4ª edição, 1981, pág. 78.

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f) Tribunais e Juizes Militares (art. 122 e ss.); e

g) Tribunais e Juizes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios (art. 125 e 126).

O STF, o STJ e os demais Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal e jurisdição
em todo o território nacional2.

Os membros do Poder Judiciário são agentes políticos do Estado, e estão submetidos ao


Estatuto da Magistratura, de iniciativa legislativa do STF, observados os princípios do
artigo 93 da CF/88.

Os artigos 94; 104, II; 107, I; 111, § 1°, I; e 123, parágrafo único, I e II, prevêem que
membros do Ministério Público e advogados participarão da composição de determinados
Tribunais.

As garantias da magistratura estão inscritas no artigo 95 da Lei Maior, e podem ser


doutrinariamente divididas em:

a) garantias de independência:

- vitaliciedade;

- inamovibilidade;

- irredutibilidade de vencimentos.

b) garantias de imparcialidade, impressas nas seguintes vedações:

- exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo


uma de magistério;

- receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em


processo;

- dedicar-se à atividade político-partidária.

Pela vitaliciedade, o Juiz, após dois anos de exercício (no primeiro grau), só pode perder
o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado. Antes dos dois anos,
estando o magistrado no período de estágio probatório, a perda do cargo pode operar-se
por deliberação do Tribunal a que o Juiz estiver vinculado. Nos Tribunais, a vitaliciedade
é automática com a posse no cargo, não havendo estágio probatório.

2
Cf. art. 92, parágrafo único da CF/88.

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A garantia da inamovibilidade proíbe que os Juizes sejam removidos do local em que se


encontram, mesmo sob a forma de promoção, sem o seu consentimento, salvo motivo de
interesse público, caso em que deverá haver deliberação por 2/3 dos membros do
Tribunal a que estiver vinculado, assegurada ampla defesa. Refere-se não apenas à
comarca, mas até mesmo à vara na qual o juiz serve.

A irredutibilidade de vencimentos, por fim, almeja garantir aos magistrados a necessária


tranqüilidade para o exercício do cargo, protegendo-os de perseguições governamentais
de natureza econômica. Essa garantia foi estendida a todos os servidores públicos pelo
artigo 37, XV, da CF/88. O Supremo Tribunal Federal entende que a irredutibilidade
refere-se ao valor nominal, e não ao poder de compra da moeda, pelo que não pode
haver reposição automática da inflação.

A segurança da independência do Poder Judiciário se completa pela instituição de


normas constitucionais que lhe permitem o autogoverno. Compete à magistratura a
organização e a administração dos próprios serviços, consoante o mandamento
esculpido no artigo 96 da Carta.

O artigo 97 da CF/88 estatui que somente pelo voto da maioria absoluta de seus
membros ou dos membros do respectivo órgão especial 3 poderão os Tribunais declarar a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

A criação de juizados especiais cíveis e criminais, além da justiça de paz, está prevista no
art. 98 da Constituição da República. A melhor doutrina moderna distingue entre juizados
de pequenas causas e juizados especiais de causas cíveis de menor complexidade 4.

A Constituição assegura ao Poder Judiciário autonomia administrativa e financeira no


artigo 99, e no artigo 100 disciplina o pagamento dos créditos devidos pelas fazendas
públicas em virtude de determinação judicial.

Os Tribunais possuem sua composição prevista na CF/88.

A Lei Maior prevê, ainda, para Tribunais e Juizes, a respectiva competência, que pode
ser originária ou recursal.

3
Sobre órgão especial vide art. 93, XI, da CF/88.
4
Acerca do tema, vide Geisa de Assis Rodrigues, “Juizados Especiais Cíveis e Ações Coletivas”, editora Forense,
1997, páginas 17/22.

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Artigo 109. Aos Juizes federais compete processar e julgar:

A competência da Justiça estadual é residual, ou seja, será competente a Justiça


estadual para aquelas causas que não tocarem à Justiça do Trabalho, à Justiça eleitoral,
à Justiça Militar, nem à justiça federal, que embora seja uma justiça comum, pois não tem
especialização por matéria, tem sua competência prevista na Constituição Federal. A
competência fixada em norma constitucional é exaustiva e taxativa não podendo ser
modificada por lei ordinária ou por exegese ampliativa ou restritiva.

I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal


forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou opoentes, exceto
as de falência, as de acidente de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à
Justiça do Trabalho;

Há que ser aferido o legítimo interesse, que deve ser jurídico. Só a Justiça Federal pode
dizer se as entidades listadas neste inciso são ou não interessadas no feito: “Ao juiz
estadual não cabe afirmar o interesse da União na causa” (STJ, CC 15286/PB,
18/05/1995).

A expressão “entidade autárquica” abrange as fundações: “Compete à Justiça Federal


processar e julgar ação em que figura como parte fundação pública, tendo em vista sua
situação jurídica conceitual assemelhar- se, em sua origem, às autarquias” (STF, RE-
215741/SE). Antes abrangia ainda os Conselhos profissionais (até a edição da MP n°
1549- 39 de 29 de Janeiro de 1998).

Sociedade de economia mista não está na esfera de competência da Justiça federal.


Nesse mesmo sentido as Súmulas 517 (“As sociedades de economia mista só têm foro
na Justiça Federal quando a União intervém como assistente ou opoente”) e 556 (“É
competente a Justiça comum para julgar as causas em que é parte sociedade de
economia mista”) do STF e 42 (“Compete à Justiça comum estadual processar e julgar as
causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em
seu detrimento”).

O STJ vem entendendo que em se tratando de aplicação de verbas federais a Justiça


federal é competente mesmo que tenha o recurso integrado o orçamento dos Municípios,
Estados, sociedades de economia mista.

A Súmula 235 do STF diz que “É competente para a ação de acidente do trabalho a
Justiça Cível Comum, inclusive em segunda instância, ainda que seja parte autarquia
seguradora”.

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Já a Súmula 501, também do STF, assevera que “Compete à Justiça ordinária estadual o
processo e o julgamento, em ambas as instâncias, das causas de acidente do trabalho,
ainda que promovidas contra a União, suas autarquias, empresas públicas ou sociedades
de economia mista”.

Além das hipóteses acima, o Juiz Federal é também competente para apreciar e julgar as
causas as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal,
ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta,
quando não se configura conflito federativo, pois nesse caso é inaplicável o art. 102, I, “f”,
da CF/88.

II- as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou


pessoa domiciliada ou residente no país;

O litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o


Distrito Federal ou o Território são competência originária do Supremo Tribunal Federal
(102, I, “e”, CF/88).

Vale ressaltar que da sentença cabe recurso ordinário para o STJ- artigo 105 II, c.

III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro


ou organismo internacional;

Não deve ser confundida essa hipótese com o art. 102, alínea “e”. Neste último caso, a
competência do STF é fixada em razão das pessoas que estão na lide, enquanto que na
hipótese do artigo 109, III, o que importa é o fundamento jurídico utilizado, e não as
partes, que normalmente são pessoas físicas ou jurídicas privadas. Obviamente, se a
União litigar com Estado estrangeiro ou organismo internacional tendo como fundamento
tratado ou contrato firmado entre ambos prevalece a competência do STF.

IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens,


serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas
públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar
e da Justiça Eleitoral;

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Também são excluídos os crimes praticados por juiz ou promotor estadual, que em
qualquer caso (excetuando-se apenas o crime eleitoral, onde o julgamento será realizado
pelo TRE) são julgados pelo Tribunal de Justiça do Estado (art. 96, III, da CF/88), e não
pelo TRF (ao contrário dos Prefeitos - 29, X, CF/88).

V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a


execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou
reciprocamente;

É o caso de tráfico de entorpecentes. Mas há julgados no sentido de que “Se o lugar em


que tiver sido praticado o deleito for município que não seja sede de Vara da Justiça
Federal, o processo e o julgamento caberão à Justiça Estadual, com recurso, hoje, para o
Tribunal Regional Federal (v. art. 27 da Lei 6.938, de 21/10/76 e art. 108, II, CF)” (STF,
HC 70627-4/PA, 13/10/1994). O STJ, porém, entendeu o contrário: “PROCESSUAL
PENAL. TRÁFICO INTERNACIONAL DE ENTORPECENTES. COMPETÊNCIA.
INEXISTÊNCIA DE VARA FEDERAL NO LOCAL DO CRIME. LEI 6.368/76, ART.
23.DELITO COMETIDO A BORDO DE AERONAVE.CF, ART. 109, IX. 1. Ante a ausência
de previsão legal, não é possível o exercício da jurisdição federal pelo juiz estadual, por
delegação, em caso de crime cometido a bordo de aeronave. 2. Habeas Corpus
conhecido, pedido indeferido” (HC 14108/MS, 27/11/2000).

Também é o caso do tráfico internacional de crianças.

VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei,


contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;

Se a lesão é meramente ao direito individual trabalhista (omissão de registro de


empregados no livro próprio), sem ofensa ao sistema de órgãos e instituições que
preservam coletivamente os direitos e deveres dos trabalhadores, a competência é da
Justiça Estadual (TRF 1ª Região, Inq. 95.01.21799-0/MG, 07/03/1996).

VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando o


constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente
sujeitos a outra jurisdição;

Ex: oficial da Marinha de Guerra.

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VIII- os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal,


excetuados os casos de competências dos tribunais federais.

Quem exercer função delegada do poder federal também é considerado autoridade para
fins de mandado de segurança. Assim diretor de Universidade no exercício de atividade
delegada pelo MEC pode ser autoridade coatora, sendo competente a Justiça federal,
salvo se for uma universidade estadual.

Quando a questão for administrativa, os dirigentes dos Tribunais Regionais Eleitorais


responderão a mandados de segurança perante a Justiça Federal Comum, como
autoridades federais (TRF 1ª Região, Ag. 93.01.29657-8/MG, 22/03/1994).

IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a


competência da Justiça Militar;

X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de


carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a
homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção,
e à naturalização;

XI - a disputa sobre direitos indígenas.

Este inciso refere-se a causas cíveis e criminais.

O STF, primeiramente, decidiu que o maior direito dos indígenas é o direito à vida. Daí,
qualquer crime de homicídio praticado contra índio seria competência da Justiça Federal
(júri). Porém o STJ entende que é competente a Justiça Estadual para julgar crime
praticado contra índio ou por índio, dentro ou fora da reserva, quando não haja uma
conotação específica de luta por direitos indígenas. Posteriormente o STF alterou seu
entendimento:

“EMENTA: CRIME PRATICADO POR ÍNDIO CONTRA ÍNDIA. DECLINAÇÃO DE


COMPETÊNCIA PARA A JUSTIÇA ESTADUAL. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 109,
INC. XI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

Os crimes cometidos por silvícolas ou contra silvícolas, não configurando disputa sobre
direitos indígenas e nem, tampouco, infrações praticadas em detrimento de bens e

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interesse da União ou de suas autarquias e empresas públicas, não se inserem na


competência privativa da Justiça Federal (CF, art. 109, inc. XI).

Recurso não conhecido.” (RE 263010/MS, 15/06/2000)

Nessa linha, mesmo nas causas cíveis em que um índio seja autor ou réu deve ser
investigado o objeto da lide para fixar a competência.

§1- As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde
tiver domicílio a outra parte.

Súmula 40 do extinto TFR: “A execução fiscal da Fazenda Pública Federal será proposta
perante o Juiz de Direito da Comarca do domicílio do devedor, desde que não seja ela
sede de Vara da Justiça Federal”.

§ 2- As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária
em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato ou
onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.

Havendo litisconsórcio ativo facultativo, os litisconsortes podem optar pela propositura da


ação contra a União no domicílio de qualquer deles.

O mandado de segurança impetrado contra autoridade federal não se inclui na hipótese


deste parágrafo, pois a União não é ré.

§ 3- Serão processadas e julgadas na Justiça estadual , no foro do domicílio dos


segurados ou beneficiários ,as causas em que forem parte instituição de
previdência e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo
federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas
sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.

Há delegação de jurisdição federal ao juiz estadual. O entendimento majoritário é que se


trata de competência relativa no caso de ação previdenciária. Entende-se que os
mandados de segurança ajuizados contra autoridades previdenciárias e o habeas data
impetrado contra o INSS são julgados na Justiça Federal.

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Neste parágrafo há uma autorização genérica para que o legislador delegue a jurisdição
federal ao juiz estadual como o fez na lei de usucapião especial 6969/81.

No caso de usucapião especial o foro competente é o do local do imóvel usucapiendo,


como já visto, mas se tratando de usucapião comum prevalece a competência da Justiça
federal quando for o caso. Súmula 13 do TFR- “A justiça federal é competente para o
processo e julgamento da ação de usucapião, desde que o bem usucapiendo confronte
com imóvel da União, autarquia ou empresas públicas federais.

Quanto à lei da ação civil pública (7347/85) havia divergência quanto à competência do
foro do local do dano, mesmo que este não fosse sede de vara federal. Acontece que o
Código de Defesa do Consumidor ressalvou em seu artigo 90 a competência da justiça
federal para fins de ação civil pública. O STJ editou a Súmula 183 cujos precedentes não
ventilaram a questão do Código de Defesa do Consumidor. A tese da Súmula 183 foi
derrubada à unanimidade pelo STF.

O STF já decidiu que é competente a Justiça Estadual para as causas relativas à


execução penal de condenados pela Justiça Federal que cumprem pena em
estabelecimento estadual (RE 14318/RS, 26/04/1994).

§4- Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o TRF
na área de jurisdição do juiz do primeiro grau. Isso porque o juiz estadual estará
em exercício de jurisdição federal. Todavia se o juiz estadual incompetente chegar
a proferir alguma decisão ao arrepio do artigo 109, quem deve proceder à sua
anulação é o Tribunal de Justiça correspondente. Súmula 55 do STJ.

São funções essenciais à Justiça o Ministério Público (art. 127 a 130), a Advocacia-Geral
da União (art. 131 e 132), a Defensoria Pública (art. 134 e 135) e a advocacia (art. 133 e
135). Significa dizer que, devido ao princípio da inércia do juiz, sem essas instituições,
autorizadas a provocar a atuação judicial, o poder judiciário não poderia entregar a
prestação jurisdicional.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1) BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. 10ª edição, revista e atualizada. São Paulo:
Malheiros Editores, 1994;

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2) GOMES, Luiz Flávio. “A Dimensão da Magistratura no Estado Constitucional e


Democrático de Direito”. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1997;

3) SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 14 ª edição, revista.
São Paulo: Malheiros Editores, 1997;

4) VIEIRA, Oscar Vilhena. “Supremo Tribunal Federal – Jurisprudência Política”. São


Paulo: Revista dos Tribunais, 1994.

5) ZAFFARONI, Eugenio Raul. “Poder Judiciário – Crises, Acertos e Desacertos”. São


Paulo: Revista dos Tribunais, 1995.

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