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DE
TRONCO COMUM
1º Ano
Créditos (CFG): 4
Número de Temas: 24
Fax: 23 32 64 06
E-mail: info@isced.ac.mz
Website: www.isced.ac.mz
Agradecimentos
Elaborado por:
Visão geral 1
Unidade 3. A Leitura 17
Introdução..............................................................................................................17
Sumário............................................................................................................................20
Exercícios.........................................................................................................................20
Unidade 5. O Resumo 25
Introdução..............................................................................................................25
Sumário............................................................................................................................27
Exercícios.........................................................................................................................27
Unidade 6. A Síntese 30
Introdução..............................................................................................................30
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E
ESCRITA
Sumário............................................................................................................................32
Exercícios.........................................................................................................................32
Unidade 7. A Ortografia 33
Introdução..............................................................................................................33
Sumário............................................................................................................................38
Exercícios.........................................................................................................................39
Unidade 8. A Pontuação 40
Introdução..............................................................................................................40
Sumário............................................................................................................................47
Exercícios.........................................................................................................................48
Sumário............................................................................................................................67
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E
ESCRITA
Exercícios.........................................................................................................................68
Sumário............................................................................................................................94
Exercícios.........................................................................................................................94
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E
Unidade 23. Texto ESCRITA
Expositivo-Explicativo 95
Introdução..............................................................................................................95
Sumário............................................................................................................................98
Exercícios.........................................................................................................................99
VISÃO GERAL
Objectivos do Módulo
Páginas introdutórias
Um índice completo.
Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os
aspectos-chave necessários para completar o estudo.
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção
antes de começar o seu estudo.
Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos
uma lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos
podem incluir livros, artigos ou sites na internet.
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E
ESCRITA
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer
comentários sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os
seus comentários serão úteis para nos ajudar a [re] avaliar e
melhorar este curso / módulo.
Ícones de actividade
Habilidades de estudo
Precisa de apoio?
Avaliação
UNIDADE 1
O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
Introdução
O Processo de comunicação
Ciclo comunicacional:
Tipos de Linguagem
Elementos da comunicação
A comunicação acompanha o ser humano desde seu nascimento,
sendo processada em todo tempo, independentemente da forma
ou da localização. O sucesso de toda a actividade profissional é
uma comunicação eficaz.
Funções da linguagem
Exemplo:
Pelo amor de Deus, preciso encontrar algo, nem que sejam cinco
meticais!
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E
ESCRITA
2. Função Informativa ou Referencial ou Denotativa
Exemplo:
Exemplo:
4. Função Fáctica
Exemplo:
5. Função Poética
Exemplo:
6. Função Metalinguística
Exemplos:
Sumário
Em síntese:
O processo da comunicação mobiliza todos os factores da
comunicação, partindo do emissor que codifica uma mensagem
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E
ESCRITA
que aborda um assunto do mesmo contexto, por meio de um
canal que respeita um determinado código, para um receptor
capaz de descodificar a informação veiculada da mensagem.
Todos os elementos comunicacionais referidos centram-se,
respectivamente, nas funções expressiva, poética, referencial,
fáctica, metalinguística e apelativa.
Exercícios
UNIDADE 2
1
RUIZ, J. Álvaro, Metodologia Científica: Guia para eficiência nos estudos,
São Paulo: ATLAS 1991
2
ESTANQUEIRO, A. G. Aprender a Estudar, Lisboa: Texto ed. 2001
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E
ESCRITA
3
RUIZ, J. Álvaro, Metodologia Científica: Guia para eficiência nos estudos,
São Paulo: ATLAS 1991
4
RUIZ, J. Álvaro, Metodologia Científica: Guia para eficiência nos estudos,
São Paulo: ATLAS 1991
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E
ESCRITA
perseverança, Estanqueiro cita também a necessidade de ocupar
as melhores horas do dia para o estudo individual.
Segundo Estanqueiro (2002:14)5
“ o estudo é uma actividade ciumenta que exige as melhores
horas do dia. Quais são? Várias experiências provam que o
rendimento intelectual da manhã é superior ao da tarde e ao
da noite. Ao princípio da tarde, ocorre sempre uma quebra de
vivacidade mental, fruto de uma certa sonolência que ataca a
gente e não apenas os que fizeram um grande almoço. Quanto
à noite, é natural que o cansaço acumulado de um dia
prejudique o rendimento, apesar de haver pessoas que se dão
bem a estudar na calma da noite.”
Sumário
Em síntese:
A adopção de um ou do outro método de estudo nos
estabelecimentos educacionais tem como objecto alcançar os
objectivos preconizados nos programas. Assim, com a adopção do
método PBL esperamos que o processo seja eficaz e que o aluno
sinta que tem todas as ferramentas necessárias para o seu
progresso.
A programação, a perseverança e a responsabilidade nas
actividades será como sempre a base do êxito educacional do
estudante.
5
ESTANQUEIRO, A. G. Aprender a Estudar, Lisboa: Texto ed. 2001
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E
ESCRITA
Exercícios
UNIDADE 3 - A LEITURA
Introdução
No processo de ensino e aprendizagem é preciso compreender
que o êxito nos estudos provém da adopção de técnicas de estudo
e de leitura. Fazer uma boa leitura significa criar condições para
que a leitura termine na compreensão dos conteúdos. Assim,
nesta unidade, pretendemos apresentar algumas técnicas que lhe
poderão ajudar nos seus estudos.
Ao completar esta unidade / lição, será capaz de:
6
Gomes A. Didáctica de Ensino da Língua Portuguesa, Vol. II, 2002
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E
ESCRITA
subjectivos.
Segundo Potts (1989:56)7
“No sentido genérico, a qualidade de uma leitura é a
soma de todos os elementos que estão presentes numa
peça impressa, que influencia o êxito que um grupo de
leitores consegue com ela. O êxito é medido pela extensão
em que o texto é compreendido, a velocidade óptima é tida
como interessante.”
Como se afirma na citação, o êxito da leitura é avaliado
pelo grau da compreensão do texto no processo de ensino e
aprendizagem. Se os estudantes não forem capazes de transmitir
o conteúdo patente no texto, ou seja, de mostrar que
conhecimentos adquiriram ou, ainda, de usar os conhecimentos
para responder a determinadas necessidades, então, eles não
entenderam o texto. Porém, a leitura é antecedida por uma
selecção de obras que normalmente nos é apresentada pelo
docente mas se assim não suceder siga as instruções que se
seguem.
7
In Didáctica de ensino da língua portuguesa.
8
ESTANQUEIRO, A. Aprender a Estudar, Lisboa: Texto ed. 2001
9
ESTANQUEIRO, A, Aprender a Estudar, Lisboa: Texto ed. 2001
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E
ESCRITA
Na mesma perspectiva de abordagem, Ruiz (1991: 35) 10, para além
dos elementos citados, acrescenta que “devemos ver o nome do
autor, o seu Curriculum, a orelha do livro, a documentação ou as
citações ao pé das páginas, a bibliografia, assim como verificar a
editora, a data, a edição e ler rapidamente o prefácio”
No processo de desenvolvimento da leitura é preciso ter em conta
dois passos que são considerados fundamentais para que se
efectue uma leitura efectivamente produtiva. Na primeira leitura,
procura-se ter um conhecimento global do texto e, na segunda,
faz-se uma leitura mais aprofundada procurando compreender e
assimilar o essencial.
A primeira etapa da leitura, de acordo com Estanqueiro, pode ser
designada Ler “por Alto” e a segunda Ler “em Profundidade”.
A primeira consiste em dar uma passagem de olhos pelo seu
conteúdo, procurando ter uma visão panorâmica do terreno a
explorar ou seja uma visão geral do assunto “a Ideia
Principal”. Nesta primeira leitura, pode-se fazer a leitura de alguns
parágrafos (os iniciais e os do meio e o último parágrafo).
As questões tais como:
“O Que diz o texto? Que pretende transmitir o
autor?
Que explicações são fundamentadas? Os factos e os
argumentos são esclarecidos?
Concordo com a opinião do
autor? Que novidades surgem no
texto?
Encontro informações úteis? Posso aplicá-las na
prática?
Que ligações tem o assunto com aquilo que já
sei?”
É bom notar que um bom leitor não regista passivamente tudo
aquilo o que lê nos livros, mesmo se os autores lhe merecem toda
a confiança. O bom leitor tem de manifestar o seu espírito crítico
perante todo o conteúdo que lê, ele analisa, compreende,
interpreta, compara e avalia. Esta prática torna-se eficaz a partir
do momento em que sabemos sublinhar o essencial do texto.
O acto de sublinhar as ideias-chave do texto desperta a atenção,
ajuda a captação e facilita as revisões. Assim para sublinhar e fazer
10
RUIZ, J. Álvaro, Metodologia Científica: Guia para eficiência nos estudos,
São Paulo: ATLAS 1991
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E
ESCRITA
anotações na margem do texto, o metodólogo Estanqueiro diz que
é necessário:
“Dar prioridade as definições, fórmulas, esquemas, termos
técnicos, e outras palavras ou expressões que sejam a
chave da ideia principal.
Destacar uma ou duas frases por
parágrafo. Sublinhar apenas os livros
pessoais”
Por sua vez, Ruiz reforça que temos de seleccionar apenas as
ideias principais e os detalhes importantes; não devemos
sublinhar por ocasião da primeira linha, reconstruir o parágrafo a
partir das palavras sublinhadas, ler o parágrafo sublinhado com a
continuidade e plenitude de sentido de um telegrama; sublinhar
com dois traços as palavras-chave da ideia principal, e com um
único traço os pormenores importantes; assinalar com linha
vertical, as margens mais significativas e finalmente assinalar com
um ponto de interrogação as margens dos pontos a discordar.
Sumário
Em síntese:
A qualidade de uma leitura é a soma de todos os
elementos que estão presentes nele, que influenciam no
êxito que um grupo de leitores consegue com ela. O
resultado da leitura é medido pela extensão em que o
texto é compreendido, a velocidade óptima é tida como
interessante.”
Exercícios
UNIDADE 4
A TOMADA DE NOTAS
Introdução
A Tomada de Notas
Um bom leitor, para além de sublinhar, também faz anotações
quer no papel quer no próprio texto de apoio. Estas anotações,
principalmente, as feitas no texto são a prova do seu espírito
crítico. Enfim, as anotações são reacções ou comentários pessoais
e podem expressar-se através de formas diversificadas:
Ponto de interrogação (?) como sinal de dúvida;
Ponto de exclamação (!) como sinal de surpresa ou
entusiasmo;
Letras diversas para fazer uma observação simples como
por ex: B - bom, I - importante ou interessante, N – não, R-
rever e outras;
Palavras que resumam o núcleo central de um parágrafo;
Uma nota de referência sobre os assuntos defendidos pelo
mesmo autor ou por autores diferentes (ESTANQUEIRO,
2001).
Nota:
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E
ESCRITA
Fazer anotações é enriquecer o livro e elas (as anotações) devem
ser claras e breves.
A actividade de tirar apontamento é complexa e constitui um dos
processos fundamentais para a captação e retenção da matéria,
pois, por meio dos apontamentos aprendemos melhor e as nossas
informações ficam guardadas para sempre.
11
Estanqueiro, A, Aprender a Estudar, Lisboa: Texto ed. 2001
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E
ESCRITA
facilmente reformulados.”
Tipos de esquemas:
Ainda na mesma abordagem, refere-se que existem os seguintes
tipos de esquema: Índices, quadros, gráficos, desenhos ou mapas
e todos estes tipos de esquema podem ser encontrados nos
manuais.
De acordo com Ruiz, as regras do resumo são:
Ser fiel ao texto;
Apanhar o tema do autor;
Ser simples, claro e destacar os títulos e subtítulos;
Subordinar as ideias aos factos;
Manter um sistema uniforme de observação.
Nota: Os esquemas não são aconselháveis pela insuficiência de
informações.
O resumo
Segundo Estanqueiro (2001: 52, 53),
Resumir é abreviar, tornar mais curto um texto. Isto exige
capacidade para seleccionar e reformular as ideias essenciais,
usando frases bem articuladas.
Às pessoas pouco treinadas na técnica do resumo, propomos a
seguinte metodologia:
1.º Compreender o texto, na sua globalidade;
2.º Descobrir a ideia-chave ou tópico de cada parágrafo;
3.º Registar numa folha de rascunho o conjunto dos vários
tópicos, recolhidos parágrafo a parágrafo;
4.º Reconstruir o texto, de um modo pessoal, respeitando
sempre o plano e o pensamento do autor.
Um bom resumo, tal como um bom esquema, tem quatro
características fundamentais:
Brevidade - os pontos principais da matéria são registados
de forma abreviada. Um bom resumo não ultrapassa um
quarto do texto inicial.
Clareza - os factos ou as ideias são apresentados sem
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E
ESCRITA
qualquer tipo de confusão ou ambiguidade.
Rigor - o essencial do assunto é reproduzido fielmente,
sem erros nem deformações.
Originalidade - a matéria é traduzida numa linguagem
original, própria de cada leitor, embora transmita apenas o
ponto de vista do autor. Resumir não é comentar!
Fazer resumos é um processo eficaz para compreender e assimilar
a matéria. É também um treino fundamental para a transmissão
das nossas ideias, de forma breve, clara, rigorosa e original.
Nas provas de avaliação, escritas ou orais, e pela vida fora, exige-
se capacidade para comunicar, com rapidez e eficiência, o
essencial das coisas que sabemos. Aprender a resumir é aumentar
as hipóteses de sucesso:
Sumário
Em síntese:
A actividade de tirar apontamento constitui um dos
processos fundamentais para a captação e retenção da
matéria, pois, por meio dos apontamentos aprendemos
melhor e as nossas informações ficam guardadas para
sempre. Os apontamentos podem ser de três tipos:
Transcrição, esquemas e resumos
Exercícios
UNIDADE 5
O RESUMO
Introdução
Sumário
Em síntese:
Resumir é apresentar de forma contraída, reduzida ou abreviada,
as ideias principais de um texto. E para chegarmos a ele, há que
fazer uma operação mental insubstituível: dispensar o que não é
significativo. Ao dispensar o que é secundário, valorizará só o que
é fundamental. Por isso, um resumo bem feito é económico em
palavras e rico em significado.
Exercícios
UNIDADE 6
A SÍNTESE
Introdução
Percurso de elaboração
Os passos a seguir para a elaboração de uma síntese assentam na
compreensão do texto, na elaboração de um plano ou no
reagrupamento das ideias e na redacção.
I. Compreensão do texto
Deve-se fazer uma leitura activa, tal como no resumo mas em
menor profundidade. Implica destacar as palavras-chave, ideias-
chave e fazer anotações numa folha, usando frases soltas.
II. Plano ou reagrupamento de Ideias
Engloba os seguintes pontos:
1. Apresentação – “Identifica o texto, o tema
tratado, o nome do autor e eventualmente a
tese”;
2. Ilustração – “expõe os factos respeitantes ao
tema; noutros casos, historia o problema”;
3. Causas – “diagnostica o estado da questão,
indo até às suas origens”;
4. Efeitos – “reúne as consequências”;
5. Remédios – “indica as soluções
apresentadas pelos autores para alterar os
efeitos ou resolver os problemas”;
6. Conclusão – “apresenta as considerações finais
dos textos.”
12
Esteves Rei, Curso de Redacção II, Porto: Porto Editora, p.82
13
idem
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ESCRITA
Aspectos a evitar
1. Não se deve utilizar frases e expressões inteiras
do texto;
2. Não se deve fazer comentários ao texto.
Sumário
Em síntese:
Exercícios
UNIDADE 7
A ORTOGRAFIA
Introdução
Conceito da ortografia
A Ortografia é a parte da Gramática que ensina a maneira correcta
de escrever as palavras. (Pinto; Lopes; Neves: 2001: 4)
A habilidade de escrever é uma arma eficaz de sucesso, tanto na
escola como na profissão.
Na escola, a escrita é uma das formas de expressão mais
valorizada na avaliação dos estudantes, em quase todas as
disciplinas.
Pela vida fora, as pessoas, mesmo seguindo profissões técnicas,
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E
ESCRITA
têm de escrever cartas, relatórios, actas, exposições,
comunicados, projectos, etc. A escrita é um instrumento
fundamental para informar, demonstrar, persuadir ou
simplesmente para interessar os outros pelas nossas ideias.
É possível ter sucesso sem saber escrever correctamente. Mas
aqueles que sabem escrever estão sempre em vantagem.
Na expressão escrita o mais importante é fazer-se entender, mas
isto não significa que se deve desprezar a ortografia. As palavras
têm de ser escritas com correcção.
Os erros ortográficos podem ter como causas a deficiente
aprendizagem no ensino básico, a falta de tempo e de motivação
para a leitura ou ainda a desvalorização da escrita em relação a
outras formas de expressão. A maioria dos erros é um reflexo da
oralidade. Espontaneamente, as pessoas escrevem as palavras
como as pronunciam na linguagem oral. Falando mal, pioram na
escrita.
Observemos exemplos dos erros mais frequentes, encontrados
nos trabalhos dos estudantes.
Eliminação ou troca de letras
Devido às confusões provocadas pela oralidade, acontece, por
vezes, ao nível da grafia, a eliminação ou troca de algumas letras.
É vulgar:
A eliminação do e ou do
i:
adequado
adquado (errado)
adivinhar
advinhar
(errado )
establecer ( errrado) estabelecer
intlectual ( errado) intelectual
opurtuno oportuno
(errado)
suburdinado (errado) subordinado
A confusão entre os prefixos es e ex:
esperiência (errado) experiência
espectativa (errado) expectativa
expectáculo (errado) espectáculo
Sumário
Em síntese:
A correcção na escrita é indispensável porque para se fazer
entender é necessário que a linguagem usada e a ortografia das
palavras sejam claras e correctas.
Contudo, saber escrever é ter a ferramenta necessária para
o sucesso no contacto em toda sociedade.
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ESCRITA
Exercícios
UNIDADE 8
A PONTUAÇÃO
Introdução
Pontuar uma frase escrita corresponde ao estabelecimento
das pausas na comunicação oral e é apresentar a ideia que se
pretende transmitir com exactidão e precisão.
A má utilização dos sinais de pontuação pode resultar na
completa ambiguidade comunicativa. Assim, nesta unidade
apresentamos os diferentes sinais de pontuação e as regras
usadas para a sua aplicação ou utilização.
Ao completar esta unidade / lição, será capaz de:
Aplicar correctamente os diferentes sinais de pontuação;
Identificar erros de pontuação em textos produzidos.
Enunciar as regras para a utilização de sinais de pontuação.
Objectivos
Definição
Designa-se por pontuação ao sistema de utilização de certos sinais
gráficos convencionais (NOGUEIRA, 1989:67). Entretanto,
FERREIRA e FIGUEREDO acrescentam que: “ a pontuação não é
só importante para exprimirmos com clareza o que pretendemos
dizer. É-o também para uma boa e expressiva leitura dos textos”.
Os sinais de pontuação contribuem para nos dar a entoação de
vida à leitura e fazer as pausas necessárias.
Tipos de pontuação
Os sinais de pontuação são: ponto final (.), ponto e vírgula (;),
vírgula (,), ponto de interrogação (?), ponto de exclamação (!) as
reticências (…), as aspas (« »), vírgulas altas (“ ”) o
parêntese ( ), e o travessão (-). Dentre vários sinais de pontuação
existentes podem ser agrupados em sinais que marcam a pausa e
os que marcam a melodia (cf. FERREIRA, FIGUEREDO e CUNHA e
CINTRA).
Vírgula (,)
A vírgula, que marca uma pausa de pequena duração. Emprega-se
não só para separar elementos de uma oração, mas também em
orações de um só período. Quando a vírgula se encontra no
interior da oração serve para:
a) Separar elementos que exercem a mesma função sintáctica
(sujeito composto, complementos, adjuntos), quando não vêm
unidos pelas condições e, ou e nem.
Ex: A sua frota, a sua boca, o seu sorriso, as suas lágrimas,
enchem-lhe a voz de formas e de cores…
Observação:
Quando os adjuntos adverbiais são de pequeno corpo (um
advérbio, por exemplo), costuma-se dispensar a vírgula. A vírgula
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E
ESCRITA
é, porém, de regra quando se pretende realçá-los. Compara-se
estes passos:
Depois levaram o Ricardo para casa da mãe Avelina.
Depois, o engraçado são as passagens de nível, os aparelhos de
sinalização, os vagões – cisternas.
Depois, tudo caiu em silêncio.
• Entre orações, emprega-se a vírgula:
i) Para separar as orações coordenada assindéticas
Ex: Subiram ao sótão, desceram a cave, espreitaram no poço.
ii) para separar as orações coordenadas sindéticas, salvo as
introduzidas pela conjunção e:
Ex: Ou elas tocavam, ou jogavam os três, ou então lia-se
alguma coisa.
iii) para isolar as orações intercaladas:
Ex: «Lá vem ele com as raízes», resmungou o Paulino, baixando
a cabeça.
iv) para isolar as orações subordinadas adjectivas explicativas:
Ex: Loa, que tinha relações sobrenaturais, diagnosticara um
espírito.
v) para separar as orações subordinadas adverbiais,
principalmente quando antepostas a principal:
Ex: Se eu o tivesse amado, talvez o odiasse agora.
vi) para separar as orações reduzidas de infinitivo, de gerúndio
e de particípio, quando equivalentes a orações adverbiais:
Ex: A não ser isto, é uma paz regalada.
Ponto (.)
O ponto assinala a pausa máxima da voz depois de um
grande fónico da final descendente.
Emprega-se, pois, fundamentalmente, para indicar o término
de uma oração declarativa, seja ela absoluta, seja a derradeira de
um período composto:
Ex: Entardecer no Anjico. Estou parada, sozinha, na frente da
casa de Estancia olhando para o poente. O Sol parece uma grande
laranja temporã, cujo sumo escorre pelas faces da tarde. O ar
cheira a guaço queimado. Um silêncio de paina crepuscular
envolve todas as coisas. A terra parece anestesiada, raras estrelas
começam a apontar no firmamento, mais adivinhadas do que
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ESCRITA
propriamente visíveis. Sinto um langor de corpo e espírito. De
certo é a tardinha que me contagia com sua doce febre.
i) Quando o período é simples ou composto se encadeiam pelos
pensamentos que expressam, sucedem-se um aos outros na
mesma linha.
Diz-se, neste caso, que estão separados por um ponto simples.
ii) quando se passa de um grupo a outro grupo de ideias,
costuma-se marcar a transposição com o maior repouso da voz, o
que, na escrita, se representa pelo ponto parágrafo. Deixa-se,
então, um branco o resto da linha em que termina um dado grupo
ideológico, e inicia-se o seguinte na linha abaixo com o recuo de
algumas letras.
Assim:
O Búzio não possuía nada, como uma árvore não possui nada.
Vivia com a terra toda que era ele próprio.
A terra era sua mãe e sua mulher, sua casa e sua companhia,
sua cama, seu alimento, seu destino e sua vida.
Ao ponto que encerra um enunciado escrito dá-se o nome de
ponto final.
Observação
Além de servir para marcar uma pausa longa, o ponto tem
outra utilidade. É o sinal que se emprega depois de qualquer
palavra escrita abreviadamente.
Assim: V. S.ª (vossa senhoria), Dr. (Doutor).
Nota-se que, se a palavra assim reduzida estiver no fim do
período, este encerra-se com o ponto abreviativo, pois não se
coloca outro ponto depois dele.
Os dois pontos
Os dois pontos servem para marcar, na escrita, uma sensível
suspensão da voz na melodia de uma frase não concluída.
Emprega-se, pois para enunciar:
i) Uma citação.
Ex: Armando voltou para dizer:
— Não enganei ninguém, camarada. Era bicho.
ii) uma enumeração explicativa:
Ex: Não foi ele, outros seriam: pajens, gente de guerra, vadios
de estalagens, andenjos das estradas.
iii) um esclarecimento, uma síntese ou uma consequência do
que foi enunciado:
Ex: e a facilidade traduz-se por isto: criarem-se hábitos.
Não era desgosto: era cansaço e vergonha.
Observação
Depois do vocativo que encabeça cartas, requerimentos, ofícios,
etc. Costuma-se colocar dois pontos, vírgula ou ponto, havendo
escritores, que nestes casos, dispensam qualquer pontuação.
Assim:
Prezado senhor: prezado senhor.
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E
ESCRITA
Prezado senhor, prezado senhor
Sendo o vocativo inicial emitido com entoação suspensiva, deve
ser acompanhado, preferencialmente, de dois pontos ou de
vírgula, sinais denotadores daquele tipo de inflexão.
Observação
O ponto de interrogação nunca se usa no fim de uma indirecta.
Termina com uma entoação descendente, exigindo, por isso, um
ponto.
Exemplo:
— Quem chegou? [= interrogação directa]
— Diga-me que chegou [= interrogação indirecta]
Sumário
Em síntese:
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E
ESCRITA
Pontuar uma frase escrita corresponde ao estabelecimento
das pausas na comunicação oral e é apresentar a ideia que se
pretende transmitir com exactidão e precisão.
A má utilização dos sinais de pontuação pode resultar na
completa ambiguidade comunicativa.
Exercícios
UNIDADE 9
Objectivos
Sumário
Em síntese:
Em qualquer língua, torna-se muito importante saber interpretar
textos com precisão embora seja uma tarefa que requer muito
treino; porém, há várias formas de se incrementar esta habilidade.
Exercícios
UNIDADE 10
A FRASE
Introdução
Muitos alunos, estudantes universitários e até académicos
têm demonstrado imensas dificuldades na compreensão da
estrutura frásica. É importante fixar o seguinte: a estrutura básica
do Português é SVO, significando: Sujeito, Verbo e Objecto.
Objectivos
A Frase
De acordo com Celso Cunha, a frase é “um enunciado de
sentido completo, a unidade mínima de comunicação.” 14
A Frase e Oração
A frase pode conter uma ou várias orações. A frase contém mais
do que uma oração quando tem mais do que um verbo conjugado.
Por exemplo:
“Durante a noite, houve uma grande tempestade.”
“Durante a noite, houve uma grande tempestade que
provocou muitos estragos.”
A Estrutura da Frase
A oração e os seus elementos
Os elementos fundamentais de uma oração são: o sujeito (simples
ou composto, subentendido, indeterminado ou inexistente) e o
predicado (verbal; nominal).
O sujeito “é aquilo de que se fala ou sobre que se faz uma
afirmação”. O predicado “é tudo o que se diz do sujeito”. 15
Os outros elementos são: o complemento directo, o complemento
14
Celso Cunha, Nova Gramática do Português Contemporâneo, p. 119
15
J.Esteves Rei, Curso de Redacção I, Porto, Porto Editora, p.14
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E
ESCRITA
indirecto, o predicativo do sujeito, o predicativo do complemento
adjuntos do nome.
A Qualidade da Frase
Sumário
Em síntese:
Os elementos fundamentais de uma oração são: o sujeito (simples
ou composto, subentendido, indeterminado ou inexistente) e o
predicado (verbal; nominal).
Ex. Franze (Suj) é o meu professor (Pred.)
Exercícios
UNIDADE 11
Objectivos
17
José Pinto e Maria do Céu Lopes, Gramática do Português Moderno, Lisboa,
Plátano ed., 2002, p.193
ISCED – MANUAL DE TÉCNICAS DE EXPRESSÃO ORAL E
ESCRITA
A ligação da frase complexa é feita pelos processos de
coordenação e subordinação.
Coordenação
Os campos cobriram-se de flores e as árvores encheram-se de folhas.
coordenada Subordinação
A Coordenação
As orações “da mesma natureza” podem ser coordenadas entre si
através de conjunções e locuções coordenativas”
A Subordinação
Segundo Esteves Rei, a subordinação é “ uma relação entre
duas orações que permite a inserção de uma na outra e estabelece uma
hierarquia sintáctica entre elas: uma depende da outra, determinando ou
complementando o sentido.”18
Exemplos: 19Aquela senhora gritou quando foi assaltada.
Oração subordinante Oração subordinada adverbial temporal
Aquela senhora gritou porque foi assaltada.
Oração subordinante Oração subordinada adverbial causal
As orações subordinadas dependem das orações subordinantes e
esta dependência pode ser feita através de:
Conjunções ou locuções subordinativas: “Ela gritou
para que a socorressem.” *
Pronomes ou advérbios relativos: “O rapaz que
caiu magoou-se.”
Pronomes ou advérbios interrogativos: “Ele disse quem
chega hoje?
Formas verbais não finitas (infinitivo, gerúndio e
particípio): “Pensávamos ter concluído o
trabalho. (= Pensávamos que o trabalho estava
concluído.”
18
J.Esteves Rei, Curso de Redacção I, Porto, Porto Editora, p.30
19
José Pinto e Maria do Céu Lopes, Gramática do Português Moderno, Lisboa,
Plátano ed., 2002, p.196
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ESCRITA
Sumário
Em síntese:
A Frase simples é aquela que possui um e único verbo enquanto,
as frases complexas são aquelas que são compostas por mais de
um verbo. Estas podem ser unidas por conjunções ou locuções
coordenativas ou subordinativas, conforme a relação de
coordenação ou subordinação, respectivamente.
Exercícios
UNIDADE 12
ESTUDO DO VERBO
Introdução
Objectivos
Quanto à Semântica
- O bebé gatinha.
Quanto à Conjugação
Quanto à Morfologia
Exemplos: caber, medir ("eu caibo", "eu meço", e não "eu cabo",
"eu medo").
Exemplos: ir, ser, ter ("eu vou", "ele foi"; "eu sou", "tu és", "ele
tinha", "eu tivesse", e não "eu io", "ele iu", "eu sejo", "tu sês", "ele
tia", "eu tesse"). O verbo "pôr" pertence à segunda conjugação e é
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ESCRITA
anómalo a começar do próprio infinitivo.
Sumário
Em síntese:
A Classe dos Verbos é a classe mais variável que designa uma
ocorrência ou situação. É uma das duas classes gramaticais
nucleares do idioma, sendo a outra o substantivo. É o verbo que
determina o tipo do predicado, que pode ser predicado verbal,
nominal ou verbo-nominal
Exercícios
UNIDADE 13
CONJUGAÇÃO PRONOMINAL
Introdução
A conjugação pronominal é aquela em que o verbo aparece
conjugado com os pronomes. Ela pode ser reflexa ou recíproca de
acordo com a acção do verbo.
Nesta unidade para além das regras também
apresentamos alguns verbos conjugados na forma pronominal.
Utiliza para tal os pronomes pessoais me, te, se, nos, vos,
se. (Ex.: Verbo “sentar-se” no Presente do Indicativo
- Eu sento-me; Tu sentas-te; Ele/ela senta-se; Nós
sentamo- nos; Vós sentais-vos; Eles/elas sentam-se)
Sumário
Em síntese
Como Já vimos, a conjugação pronominal é aquela em que o verbo
aparece conjugado com os pronomes o, a, os, as que tomam as
formas lo, la, los, las, depois de r, s, ou z e as formas no, na, nos,
nas, depois de ditongo ou vogal nasal (-m, -ão) distinguindo-se da
recíproca a conjugação pronominal reflexa utiliza para tal os
pronomes pessoais me, te, se, nos, vos, se.
Exercícios
UNIDADE 14
O Discurso Directo
O Discurso Directo é um meio de expressão pelo qual se
reproduzem as palavras de uma personagem tal como elas as teria
proferido.
Este tipo de discurso permite um contacto mais estreito entre a
situação criada e o receptor (leitor/ouvinte); actualiza e torna mais
viva a narrativa, mais espontânea, como no teatro.
No Discurso Directo as falas das personagens ganham em
naturalidade, não raras vezes tocadas pela emoção, que o
emprego de exclamações, interjeições, reticências, interrogações,
vocativos e imperativo reforça.
É de salientar que o Discurso Directo pode aparecer sob a forma
de monólogo interior.
O Discurso Indirecto
O Discurso Indirecto é o processo pelo qual o narrador informa o
leitor acerca do que uma personagem teria dito ou pensado, sem
reproduzir exactamente as suas palavras.
Na transposição do Discurso Directo para o Indirecto, notam-se
alterações nas categorias verbais (modo, tempo, pessoa), nos
pronomes, nos determinantes e nos advérbios.
Sumário
Em síntese:
Enquanto o Discurso Directo é um meio de expressão pelo
qual se reproduzem as palavras de uma personagem tal
como elas as teria proferido, o Discurso Indirecto é o
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ESCRITA
processo pelo qual o narrador informa o leitor acerca do
que uma personagem teria dito ou pensado, sem
reproduzir exactamente as suas palavras.
Exercícios
UNIDADE 15
A FICHA BIBLIOGRÁFICA
Introdução
Nesta secção, pretendemos dar algumas directrizes da
organização de uma referência bibliográfica. Como sabemos, em
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ESCRITA
qualquer trabalho científico assim como fichas de leitura teremos
de usar ou referenciar os autores das obras consultadas, para
distanciarmo-nos do plágio académico.
A apresentação da ficha bibliográfica não é uniforme,
podendo diferir de escola para escola, mas aqui pretendemos
apresentar um modelo que se pode usar.
Ao completar esta unidade / lição, será capaz de:
Elaborar uma ficha bibliográfica.
1. A Ficha Bibliográfica
Sumário
Em síntese:
As fichas são um instrumento de trabalho indispensável,
permitindo: identificar as obras, conhecer o seu conteúdo, fazer
citações, conservar críticas, nossas ou de outrem, analisar o
material a utilizar num trabalho.
Exercícios
UNIDADE 16
A FICHA DE LEITURA
Introdução
Na nossa vida de estudantes, temos, vezes sem conta,
deparado com situações em que empreendemos leituras de livros
e/ou outros materiais de consulta diversos, onde a memorização
constitui o elemento chave no processo de busca, sistematização e
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ESCRITA
armazenamento das informações. Ora, é difícil, senão mesmo
impossível, memorizar tudo o que se lê ou se consulta.
Vamos tratar, nesta unidade, sobre a mais recomendável técnica,
que quando estruturada de maneira específica e em formato
próprio, dá-se-lhe o nome de ficha de Leitura.
Ao completar esta unidade / lição, será capaz de:
Conhecer os diferentes tipos de fichas de leitura.
- brevidade;
- uso de verbos activos;
- ausência de repetições.
- sobre a forma;
- sobre o conteúdo;
- sobre a clareza ou a obscuridade do texto;
- sobre a sua comparação com outros textos
- sobre a importância da obra.
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Legenda:
Sumário
Em síntese:
Na nossa vida de estudantes, temos, vezes sem conta, deparado
com situações em que empreendemos leituras de livros e/ou
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ESCRITA
outros materiais de consulta diversos, onde a memorização
constitui o elemento chave no processo de busca, sistematização e
armazenamento das informações e dos conteúdos pesquisados.
Ora, é difícil, senão mesmo impossível, memorizar tudo o que se lê
ou se consulta. Por este facto, como auxiliares de memória, várias
técnicas e estratégias têm sido comummente usadas pelos
pesquisadores. Uns preferem recorrer à técnica de tomada de
notas; outros há que, preferem fazer pequenos resumos ou
sínteses da informação colectada. A esta última técnica, por sinal,
mais recomendável, quando estruturada de maneira específica e
em formato próprio, conforme o exemplo que vamos apresentar
neste módulo, ao documento final resultante dá-se-lhe o nome de
Ficha de Leitura, visto comportar as linhas de leitura então
efectuadas.
Exercícios
UNIDADE 17
O SUMÁRIO
Introdução
O sumário é um texto curto, por definição, e tem por objectivo
relatar as actividades de uma aula (estamos a tratar do sumário
da aula). Este texto relata fiel e fidedignamente as várias etapas
que compõem uma aula. É, com efeito, um texto objectivante
(objectivante na medida em que não é possível ser-se
completamente objectivo, daí que não nos autorizamos a usar o
termo objectivo). No sumário são também usadas expressões
nominalizadas (nominalizações, evitando-se assim a utilização de
verbos conjugados. Sendo o relato de actividades de uma aula
passada/ efectivada, ele deverá ser redigido no fim da aula (não
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ESCRITA
no princípio desta, como muitos dos professores erradamente o
fazem. Afinal, tema (tópico) da aula é diferente do sumário)
Sumário
Definição geral:
Técnicas de elaboração
Análise icónica
Análise linguística
Sumário
Em síntese:
Considera-se, no geral, sumário uma enumeração das divisões
principais e dos artigos contidos numa publicação periódica, num
livro, num relatório ou documento análogo, seguindo a ordem do
texto. Mas o sumário da aula é um texto de construção colectiva.
Exercícios
UNIDADE 18
TEXTOS ADMINISTRATIVOS
Introdução
O processo de redacção e compreensão de texto é tão complexo
que exige, até, o conhecimento da tipologia a que o texto por
produzir ou por ler pertence.
Porém, nesta unidade vamos apresentar e tratar especificamente
de textos de carácter administrativo, ou seja, textos funcionais.
Ao completar esta unidade / lição, será capaz de:
A Escrita administrativa
Sumário
Em síntese:
Os textos administrativos são uma tipologia textual que começa
agora a figurar entre os textos trabalhados pela escola. A mudança
de tipo de comunicação dentro da empresa é um outro factor a
explicar esse crescimento: a uma comunicação interpessoal,
individualizada e subjectiva substituiu uma comunicação formal,
tipológica e objectiva, numa palavra impessoal.
Exercícios
UNIDADE 19
FORMAS DE TRATAMENTO
Introdução
Conceito
Segundo Cunha e Cintra (2002:292)20, denominam-se pronomes de
tratamento certas palavras e locuções que valem por verdadeiros
pronomes pessoais como: você, o senhor, Vossa Excelência.
20
Ibdem
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ESCRITA
Embora designem a pessoa a quem se fala, isto é, a segunda
pessoa, esses pronomes levam o verbo na terceira pessoa.
Ex: Onde é que vocês estão?
Vossa Excelência Senhor Comendador terá de perdoar.
É lícito dizer-se
Sumário
Em síntese:
Exercícios
UNIDADE 20
A CARTA
Introdução
Na unidade 18, abordamos acerca de textos administrativos, num
cômputo geral. Agora, vamos tratar essencialmente da carta, um
dos tipos de texto que pertence à tipologia textual em causa.
Ao completar esta unidade / lição, será capaz de:
Conceber a carta do ponto de vista do conceito tradicional,
por um lado, e moderno, por outro;
Explicar as diferenças básicas encontradas entre a carta e
Objectivos
os restantes textos administrativos;
Justificar a estrutura fulcral de apresentação gráfica da
carta.
A Carta
É uma conversa por escrito, dirigida a uma pessoa ausente -
assim se define tradicionalmente a carta. A simplicidade da
definição não corresponde, porém, à dificuldade em escrever
cartas. Trata-se de um meio de comunicação muito antigo que
tem visto o seu espaço ser conquistado, no mundo moderno,
por meios mais rápidos como o telefone, a rádio, o fax e, em
muitas das suas velhas funções, pelo próprio jornal. Contudo, a
sua actualidade mantém-se tal como as suas características:
economia, personalização, substituto do diálogo.
Estrutura:
1. Cabeçalho (nas comerciais) - contém o nome da empresa, o
endereço, o número de telefone, o de telefax e o de
contribuinte.
Sumário
Em síntese:
A carta é, assim, definida tradicionalmente como uma
conversa por escrito, dirigida a uma pessoa ausente. Ela
classifica-se em privada e comercial, que, por sua vez,
conforme as situações e natureza da comunicação, subdivide-
se cada um dos grupos numa série de outros tipos.
Contribuem como qualidades tais como: a Clareza, a Precisão,
a Concisão, entre outras.
Exercícios
Introdução
Convocatória
Técnicas de elaboração
Análise icónica
Análise linguística
Sumário
Em síntese:
Convocatória é um documento que chama sócios, com
antecedência necessária, para reunir, elaborado por quem tem
poderes institucionais para o fazer. Todavia, não há uma técnica
propriamente dita, mas há elementos a ter em conta antes da sua
elaboração: uma agenda, um público-alvo bem definido, a
indicação do local e da data da realização da reunião.
Exercícios
UNIDADE 22
A ACTA
Introdução
Definição
Técnicas de elaboração
NB:
Sumário
Em síntese:
Exercícios
UNIDADE 23
TEXTO EXPOSITIVO-EXPLICATIVO
Introdução
O texto expositivo-explicativo dá a conhecer e/ou esclarece
determinadas situações ou factos. É um tipo de texto cujo
objectivo se prende essencialmente com o conhecimento da
realidade, a respeito da qual oferece um saber.
Definição
O texto expositivo/explicativo é um tipo de texto cuja intenção de
comunicação se prende essencialmente com conhecimento da
realidade, a respeito da qual oferece um saber.
A finalidade de acção da linguagem a atingir é a de informar, isto
é, de transmitir conhecimentos ao destinatário relativo a um
referente preciso. Por isso, o texto expositivo/explicativo é um
texto conceptual, visa instruir o estado cognitivo do destinatário.
Características
Quanto à organização textual
A análise de qualquer texto requer o conhecimento das regras do
seu funcionamento, da sua estruturação, isto é, da sua gramática.
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ESCRITA
Da mesma forma que o campo da linguística desenvolve estudos
visando a consciencialização dos elementos da frase, torna-se
imperioso o estudo dos elementos caracterizadores de cada tipo
de texto.
Collier (1986:8) apud Adam resume as fases de construção
do texto expositivo/explicativo em três momentos:
1) A fase de questionar
2) A fase de resolução
3) A fase de conclusão
Estes três momentos (introdução, desenvolvimento e conclusão)
podem ou não aparecer explícito na superfície do texto. Todavia, a
fase de questionar não contém necessariamente uma
interrogativa directa ou indirecta; poderá, por exemplo, ser
constituída apenas pela explicitação do tema / assunto da
exposição, às vezes, aparece no título do texto.
A ordem de ocorrência destas fases, regra geral, obedece ao
seguinte encadeamento: de questão poder-se-á ir à resolução, ou
optar-se pela antecipação da parte conclusiva.
Exemplo 1:
Introdução – uma reflexão sobre influência da droga no
rendimento escolar da camada juvenil.
Implicitamente temos uma questão:
A droga influencia? Porquê? Como?
Desenvolvimento – Expor-se-ão as principais ideias sobre
a influência da droga no rendimento escolar.
Conclusão – Apresentar-se-ão as principais conclusões
sobre o objecto problematizado.
Exemplo 2:
“A droga provoca um fraco rendimento escolar na
camada juvenil, o que origina o abandono dos estudos”.
Desenvolvimentos – Apresentam-se enunciados que
fazem compreender a observância do baixo rendimento nos
consumidores de estupefacientes.
Quanto ao tipo de enunciados
O texto expositivo/explicativo tem uma própria textura que
o distingue das outras formas de discurso.
Assim, este género textual é composto por três tipos de
enunciados:
1. enunciados de exposição, contendo uma sucessão de
informações que visam fazer saber.
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ESCRITA
2. enunciados de explicação que tem como finalidade
fazer compreender o saber transmitido.
3. enunciados que marcam as articulações do discurso:
anunciar o que vai ser dito; resumir o que se disse;
antecipar o que vai ser dito, através de títulos,
subtítulos, numerações, etc., focalizar o que é dito
através de sublinhados e de mudanças tipográficas.
Os discursos de manuais (usados nas escolas) têm a ver com
compreender o texto.
Características Linguísticas
O texto expositvo/explicativo é um discurso de verdade, a sua
objectividade manifesta-se através de formas linguísticas próprias.
Ele é emitido por um locutor ao qual não são contestados nem o
poder nem o saber. Quando se põe em causa esta autoridade,
entra-se no domínio da polémica, perdendo, assim o estatuto de
texto de explicação. É objectivo e isento de ataques.
A análise deste tipo de discurso mostra a existência de uma
diversidade de modos de comunicação:
emprego da passiva;
nominalizações;
apagamento do sujeito falante;
emprego de um presente com valor genérico;
uso de expressões que explicam os conteúdos
veiculados;
articuladores.
Uma das características do texto expositivo/explicativo consiste na
abstracção do sujeito entanto que membro duma sociedade
determinada; deve neutralizar tudo o que se possa resultar de
uma apreciação pessoal, subjectiva. O discurso expositivo deverá,
por isso, fazer desaparecer do enunciado toda a referência a um
caso particular, a um momento determinado e situar-se no
universal. A forma passiva é um mecanismo para tornar impessoal
o discurso científico; ela é usada como uma estratégia de
objectividade, de afastamento do sujeito enunciador do seu
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ESCRITA
discurso.
Em suma, usam-se procedimentos de invisibilidade, mesmo que
em alguns textos apareça um nós, eu, estarão desprovidos do
valor individualizante. Por se tratar de um discurso monológico,
observa-se a ausência de tu.
As nominalizações, processo que consiste na transformação de
um sintagma verbal, ou adjectival num nome, permite, em certos
casos, condensar o que foi dito, assegurar uma determinada
orientação da reflexão.
Exemplo:
“Quando os animais e as plantas morrem, os corpos
apodrecem (SV) e acabam por desaparecer na terra. O
apodrecimento (N) é provocado por organismos (...) ”.
Quanto aos tempos verbais, a forma essencial é o presente
com valor genérico ou estativo que enuncia as propriedades.
Exemplo:
“O gato é um animal vertebrado”.
A informação contida nesta frase constitui uma verdade
que perdura, independentemente da sua enunciação.
O presente genérico não pode ser oposto a um passado ou
um futuro, trata-se de uma forma temporal “zero”,
Mainguenean (1991:65).
Um presente com valor deíctico (actual) reenvia ao
momento de exposição.
As expressões explicativas têm um papel importante nos
textos expositivos/explicativos, permitindo ao emissor tornar mais
clara a sua comunicação e orientar a compreensão do receptor.
Definidos como elementos que asseguram as relações
entre as diversas partes do texto, quer a nível intrafrásico,
interfrásico, quer entre parágrafos, no texto
expositivo/explicativo, estes elementos com frequência são de
natureza lógica.
Estes conectores podem marcar laços de adição (também,
igualmente) oposições (mas, ao contrário) laços de consecução ou
de causalidade (porque, visto que, dado que)
Sumário
Em síntese:
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ESCRITA
O objectivo do texto expositivo/explicativo é o de comunicar de
forma clara e pormenorizada, a um leitor determinado, que se
supõe detentor de um saber insatisfatório, o que deve saber de
um facto, assunto ou de um problema.
A definição deste tipo de texto apresenta-se polémica, pois há
estudiosos que usam variada terminologia, fundamentando as
suas posições. Assim, é frequente encontrar em alguns livros
teóricos termos como: texto explicativo, texto expositivo, texto
argumentativo, etc.
Exercícios
UNIDADE 24
TEXTO EXPOSITIVO-ARGUMENTATIVO
Introdução
O texto argumentativo é um dos textos pertencentes à tipologia
de textos expositivos, no qual o autor apresenta as suas ideias ou
opiniões acerca do que vê, pensa ou sente, ao contrário do que
acontece com o explicativo – texto que apresenta factos sobre
uma realidade.
Nesta unidade pretendemos apresentar a definição do texto
argumentativo; estrutura e vias de argumentação e de explicação,
no quadro do texto expositivo-argumentativo.
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ESCRITA
Ao completar esta unidade / lição, será capaz de:
Conceito da Argumentação
para referenciar espaço aqui, ali, lá, acolá, além, naquele lugar,
o lugar onde, ao lado de, à esquerda, à
direita, ao centro, no meio, mais
adiante
para expressar condição, se, a menos que, a não ser que, desde
hipótese que, supondo que, se por hipótese,
admitindo que, excepto se, se por
acaso
a) Exposição do tema;
Vias de Argumentação
1. Via Lógica
Trata-se, neste primeiro percurso, de modelos de raciocínios
herdados das disciplinas ligadas ao pensamento: a indução, a
dedução, o raciocínio causal.
I. A Indução – é a forma habitual de pensar do
singular ao plural, do particular ao geral. Pode
tomar duas formas: totalizante, quando se
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ESCRITA
estabelece a partir do recenseamento de um
todo, adquirindo o estatuto de prova - como
quando, depois da chamada, afirmamos "os
alunos estão todos"; generalizante, quando o
recenseamento completo não é possível e o
raciocínio indutivo nos leva de uma parte ao
todo, por generalização - por exemplo quando
se afirma: "Os portugueses são hospitaleiros".
Este é o procedimento mais usual, mas o menos
rigoroso, pois a generalização implica
simplificação, e com ele vem o engano, o
idealismo e a teorização.
II. A Dedução - dois princípios estão na sua base: o
da não contradição - quando duas afirmações se
contradizem uma delas é falsa - e o da
progressão do geral para a particular - através
de articulação lógica expressa por "assim",
"portanto" ou "logo".
Por exemplo, o silogismo - constituído por três
proposições ou afirmações - chamadas premissas as
duas primeiras (apelidada uma de "major" e outra de
"menor", confome o termo que contém, e conclusão, a
terceira - deve possuir três termos e combiná-Ios dois a
dois. Veja:
Os Homens são mortais
Sócrates é um homem
Sócrates é mortal.
III. O raciocínio causal - "Asseguremo-nos bem do facto,
antes de nos inquietarmos com a causa" aconselhava
Fontenelle (L. Bellenger, 1988: 27), o papel
preponderante do raciocínio causal, na argumentação,
assenta em duas transposiões constantes: da causa
para o efeito e do efeito para a causa, conduzindo ao
pressuposto de que "o conhecimento das causas
permitirá remediar o facto constatado" (ibid. 27), quer
dizer, suprimamos as causas e o problema estará
resolvido, o que leva as pessoas a preocuparem-se mais
com as razões do presente do que com o modo de
melhorar o futuro.
Via Explicativa
A Via Explicativa à semelhança da anterior procura fazer
compreender e tornar inteligível a informação da argumentação.
Para Bellenger (ibid.: 36-45), via explicativa usa as definições, as
comparações, a analogia, a descrição e a narração. O explicar
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ESCRITA
pretende convencer com o máximo de objectividade.
I. A definição - definir é dizer a verdade e responde à
necessidade de compreender. A necessidade de definir
aumenta a credibilidade de quem quer convencer.
II. A comparação - usa-se a comparação para provar a
utilidade, a bondade, o valor de uma coisa, um
resultado, uma opinião. A técnica comparativa é
simples, fácil de compreender, inscrita nos nossos
hábitos, levando-nos a usá-la, activa e passivamente,
de forma natural e sem disso nos darmos conta. A
comparação procura fazer passar identidades entre
factos, pessoas ou opiniões diferentes e transpor
valores de sistemas independentes e autónomos: estas
passagens e transposições são manipuladoras e
pretendem chocar, colocar problemas de consciência,
questionar os modelos culturais e as normas vigentes.
III. A analogia – “é a imaginação em auxílio da
vontade de se explicar e de convencer.” (L.
Belllenger, 1988: 41). Trata-se de uma semelhança
estabelecida pela imaginação entre pensamentos,
factos, pessoas. Simboliza a vontade de bem se
exprimir e bem se fazer entender. Simplifica a
caricatura, prestando-se, assim, a uma fácil fixação e a
uma compreensão imediata, daí o seu uso frequente na
publicidade. Os antigos olhavam-na com alguma
reserva, aconselhando, por isso, a introduzi-la com
expressões como: de certo modo, quase como, uma
espécie de…
IV. Descrição e narração - para convencer alguém,
podemos descrever ou narrar uma situação ou um
acontecimento. São o ponto de partida da indução
socrática: narra uma história, uma experiência, uma
anedota, desencadeia um processo de inferência que a
partir de um facto nos conduz ao princípio ou à regra. É
o peso do concreto, do vivido e do testemunho que
passa através delas. Ambos os processos criam a
ausência, a falta de um complemento, de um remate,
de um "E depois?" - ouvido sempre que alguém, ao
narrar algo, aparenta parar ou desviar-se do enredo.
Sumário
Em síntese:
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Argumentar é um processo que apresenta dois aspectos: o
primeiro ligado à razão, supõe ordenar ideias, justificá-las e
relacioná-las; o segundo, referente à paixão, busca capturar o
ouvinte, seduzi-lo e persuadi-lo.
Exercícios
UNIDADE 2
O RELATÓRIO
Introdução
Na sua formação académica, a produção dos relatórios constitui
uma fase importantíssima, pois por meio dela o estudante (aluno)
será capaz de apresentar os dados de uma pesquisa.
Este trabalho permitirá que mais tarde, como profissional, possa
ter adquirido e desenvolvido a prática e o raciocínio crítico
necessários à elaboração de um artigo científico.
Ao completar esta unidade / lição, será capaz de:
Sumário
Em síntese:
O relatório é uma declaração formal dos resultados de uma
investigação feita por alguém, que em relação a ela recebeu
instruções de um outro, sob forma de pedido ou ordem.
Apresenta como características:
Uma linguagem simples, clara, objectiva e precisa;
A clareza do raciocínio,
Ser conciso e coerente;
As afirmações devem ser factuais e não opiniões sem
fundamentos;
Evitar o excesso de conclusões.
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Exercícios