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Pequenas Grandes Vidas

Em uma bela tarde de primavera, no alto de uma montanha, em um vale cheio de gêiseres
bem quentes, habita uma população minúscula, pessoas pequenas, trabalham tanto quanto
formigas, ele tem um palácio e casas feitas de casca de madeira e um barro resistente parecido
com os das casas de cupins, talvez seja apenas uma coincidência...

Dentre estes, está o jovem Seiya, um rapaz de vai fazer 21 anos e está prestes a receber a
coroa de líder da aldeia, seus pai, Afonso, é um rei bondoso e medroso, ele morre de medo
dos humanos, por experiências passadas provavelmente, e finalmente, Luca, o irmão de 1 ano
de diferença de Seiya, Luca é brincalhão e corajoso, sempre se colocando em riscos junto com
seu irmão, isso até já se tornou normal para seu pai.

O pequeno povo se prepara para a nova coroação que acontecerá na noite depois do
aniversário de Seiya, mas, Luca parece não muito feliz com isso....

Primavera, ao Sul da Rússia, é aniversário de Seiya, o povo comemora a véspera da


coroação, e para comemorar ainda mais, Luca convida seu irmão para um passeio na floresta,
Seiya muito feliz e empolgado aceita, e os dois saem de tarde e andam pela floresta. Passam
uma tarde divertida juntos, pulando de galho em galho, brincando com girinos e montando em
alces, até que, ao pôr do sol, enquanto se aproximavam de um pequeno riacho, Luca pergunta
a seu irmão:

-Seiya...você quer mesmo ser o rei? Tipo...não é muito novo?

-Claro que não, papai disse que um líder não precisa ter idade, e afinal, mesmo eu tomando
de conta da aldeia, ainda quero que esteja comigo...sabe, você e eu, irmãos juntos!

-É...pode ser também...

-Algo te incomoda? Parece ansioso. É pela minha coroação?

-Não não ,só....queria te dar meus parabéns...e também te dizer...que eu te amo irmão..

De repente Luca abraça Seiya, chegando ele um pouco mais perto da correnteza do riacho.

-E-Ei! Cuidado ai! Quase me derruba haha..

-Sabe que tem que tomar cuidado com esse lado da floresta...não é?

-O que?..

Então Luca pressiona Seiya para cima do riacho, e as pedras começam a deslizar, e a beirada
se desfaz e Seiya cai, podendo apenas se segurar na borda do rio.

-LUCA IRMÃO! ME AJUDA! PORFAVOR!

Com um olhar sombrio e sabendo do seus planos, Luca coloca seu pé sobre a mão de Seiya e
a preciona.

-Vida longa ao rei... – Luca solta e Seiya desliza para o rio e se debate na água enquanto some
rio abaixo e Luca se volta para a floresta com um sorriso mal...
Ao voltar para a aldeia, Luca se depara com o povo reunido esperando a chegada de Seiya para
sua coroação, mas Luca fingindo estar chorando e com vários machucados afirmou em voz
alta:

-SEIYA ESTÁ MORTO! Ele...acabou de me salvar de uma criatura, pulou na minha frente...me
salvando...uma coisa que *sniff* um real líder faria....

O pai indignado...e aos prantos, corre para seu quarto e bate a porta com força. Luca tenta
detalhar o caso para os habitantes, de forma mentirosa é claro.

Enquanto isso, na correnteza do rio, ainda descendo ladeira abaixo pelas águas, Seiya tenta
sobreviver, se debatendo e tentando se segurar em algo, mas é inútil, em uma de suas fugas,
ele escorrega ao tentar subir em uma pedra e a correnteza o bate contra a parede fazendo-o
desmaiar, e seguir rio abaixo...

Depois de algumas horas, ou dias, Seiya acorda, a beira de um lago, a beira do lado e coberta
por uma lama cinza e as árvores parecem um pouco mortas e congeladas, a água está mais fria
do que o habitual, e a grama parece estar branca. Seiya nunca havia vido neve em sua vida
ainda, essa era sua primeira experiência com esse bioma.

-Mas o que?...onde estou...mas que frio é esse?....

Seiya se levanta e vai até a grama congelada, e a mais frio ainda do que ele pensava, ele vê
então um pouco mais a frente uma espécie de tronco feito de metal, algo que ele caberia
facilmente, parecia estar meio nojento, havia algas e um cheiro horrível vindo de dentro.

De repende, Seiya escuta algo vindo da floresta, passos e uma voz grossa e roca dizendo “Aqui
Garoto! Venca cá vem.”

Os passos cessaram por alguns segundos, e então, rosnados foram ouvidos, e um estrondo
alto, como um trovão, então, saindo da floresta, um velho com um casaco de pele e uma arma,
junto com um pastor alemão sem um olho, se aproximam da beira do lago.

Seiya entra em pânico, afinal, é a primeira vez que ele vê um humano vivo na sua frente, e ele
não imaginava q eles seriam tão enormes! Sem contar naquele “lobo" ao lado do homem.

O cão então sente um cheiro estranho e começa a procurar, Seiya fica parado do lado do cano,
para se garantir, até q o cão o olha com apenas um de seus olhos, ele para por alguns
segundos, e avança para cima de Seiya, com sua agilidade, Seiya pula em cima do cão.

A atenção do caçador logo é chamada, e ele mal podia acreditar no que via ,um ser humano
pequeno e que estava em cima de seu cachorro! Sem pensar duas vezes, com a ideia de
empalhar uma nova criatura ele pega sua arma e corre para perto da briga.

Seiya acaba caindo do cão, e para de frente pro cano, o caçador se aproxima e dispara um tiro
do lado de Seiya, quase o ensurdescendo. Seiya rapidamente, pula para dentro do cano e
segue-o, mas, o caçador não desiste, quanto mais Seiya anda mais o caçador atira no cano,
passando na frente de Seiya ele da mais um tiro e suas balas acabam, Seiya então vê que o
cano não pode mais ser seguido em linha reta, apenas pode subir.

Seiya espera alguns segundos, e os passos e tiro param, Seiya começa a escalar o cano de
metal subindo até o topo, chegando em uma espécie de grelha com furos, ele bate nela e a
abre, e então, ele se vê agora em um lugar totalmente novo, uma cozinha, ele vê vários
humanos como aquele, mas com aventais brancos e chapéus engraçados, alguns levando
bandeijas com pratos de comida e outros em frente a panelas enormes e fugões de diversas
bocas.

Seiya vê um homem se aproximando da pia, onde ele está, rapidamente antes do humano
abrir a torneira ele pula do balcão caindo no chão, onde não param de surgir pês, ele olha para
o lado e a sua direita saindo da sala, um homem baixinho e com barba briga com todos os seus
submissos e da uma andada pela cozinha.

Se movimentando para um lugar menos povoado Seiya entra no armazem, um lugar que tinha
tanta comida que era quase incontável, por mais que Seiya tivesse um estômago pequeno, sua
fome o estava matando, subiu em cima de uma das prateleiras e pegou um queijo sem saber
que comida era aquela, provou e se apaixonou.

Enquanto comia, Seiya ouviu alguns passos se aproximando da porta, e escondeu-se, de


repente, uma mulher alta com cabelos castanhos e olhos claros se aproxima das prateleiras,
com um caderno nas mãos ela parece anotar tudo que está ali, Seiya olha e lembra-se do seu
pedaço de queijo ainda não terminado, e tenta pega-lo, com calma ele quase pega, mas, a
mulher olha para ele, ele entra em choque ficando parado e de vagarzinho ele pega o queijo e
se esconde nas sombras, a mulher termina de vistoriar tudo e sai do armazém.

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