As civilizações clássicas que compõem a Antiguidade Ocidental, Roma e Grécia,
formaram a base da nossa cultura. Porém, ambas têm aspetos em comum e diferenças, entre quais, políticas, sociais e até mesmo religiosas. A primeira civilização foram os gregos, mais tarde dominados pelos romanos. A sociedade grega era dividida em 4 classes: cidadãos, metecos, mulheres e escravos. Os cidadãos era a única classe que tinha os direitos totais. Podiam participar na democracia e somente eles podiam participar na política. Porém nem todos eram cidadãos. Para se ser cidadão tinha de ter pai e mãe ateniense, ser homem, ter dezoito anos e ter cumprido dois anos de serviço militar. Tinham também direito de andar livremente pela cidade. A classe abaixo era os metecos. Os metecos eram estrangeiros que imigravam para Grécia, neste caso Atenas porque a regra da sociedade mudava dependendo da cidade estado. Os metecos tinham várias obrigações para serem aceites na cidade e se não cumprissem poderiam ser vendidos para efetuar o trabalho de escravo. Eles tinham de pagar o metoikion (imposto sobre os metecos), que era um imposto para terem o direito de exercer o comércio na ágora, tinham igualmente a obrigação de arranjar um patrono. O patrono era um cidadão ateniense que se encarregava de os representar na justiça. Os metecos tinham ainda de se inscrever como residentes num dos demos da Ática. Para facilitar o seu trabalho, comércio, a maior parte deles habitava no Pireu que era o principal centro de atividade económica da Ática. Finalmente, os metecos estavam obrigados, de acordo com a sua riqueza, aos mesmos deveres financeiros que os cidadãos. Raramente era concedida a cidadania a um estrangeiro, e quando isso acontecia era como recompensa por feitos de valor extraordinário. A última classe era os escravos e as mulheres e nenhum deles tinha qualquer tipo de direito. A cidade de Roma tinha uma sociedade bastante diversificada comparada com a sociedade da Grécia. Era constituída por 4 classes; patrícios, plebeus, clientes e escravos. Os patrícios era a classe mais alta. Formavam aristocracia romana e eram cidadãos que pertenciam a famílias ricas que possuíam terras e criação de animais. Podiam participar na política e tinham todos os direitos. A classe seguinte eram os plebeus, eram pobres agricultores ou artesãos, normalmente trabalhavam para os patrícios e não tinham participação na política de Roma, ou seja, só tinham direitos parcialmente. Os clientes era uma classe pobre constituída por quem não tinham dinheiro, escravos libertos, estrangeiros e filhos ilegítimos. Também não tinham participação na política e só tinham o direito de circular na cidade. A última classe eram os escravos. Os escravos constituíam a base da mão-de-obra de Roma. Eram normalmente prisioneiros de guerra e pessoas capturadas após a conquista do seu território. Trabalhavam para patrícios e alguns plebeus e não tinham qualquer tipo de direito. Outra diferença entre as duas cidades era a política. Um pequeno conjunto de instituições era suficiente para a governação da pólis ateniense. Eram ao todo seis instituições. A base da estrutura governativa era a Eclésia ou Assembleia popular. Reunia três a quatro vezes por mês, na colina da Pnyx onde participavam todos os cidadãos. A assembleia discutia e votava as leis, decidia a paz e a guerra e falar sobre qualquer assunto que fosse sobre a cidade. A bulé partilhava com a Eclésia o poder legislativo. Organizava as leis, os problemas sobre os quais a assembleia devia discutir. Ninguém podia ser membro da Bulé mais de que duas vezes na vida. Os arcontes eram magistrados, embora o seu poder fosse somente religioso e judicial. Eles eram encarregues de cerimónias funerárias, religiosas e a presidência dos tribunais; eram sorteados 1 por tribo. Normalmente eram antigos arcontes. Os únicos que eram eleitos eram os estrategos e eles comandavam a marinha e o exército e também a política externa e financeira. Por fim existiam os dois tribunais: o Areópago que era formado por antigos arcontes e as funções eram bastantes limitadas. Só julgavam homicídios e desrespeito aos deuses da cidade. O outro era o Helieu ou Tribunal popular que eram sorteados anualmente. Ficavam encarregados do julgamento dos delitos e no fim dos discursos de acusação, pronunciavam-se pela absolvição ou condenação. O documento sete na página 40 do manual demonstra os poderes de cada órgão do governo de Atenas e como estavam divididos. Roma passou de uma monarquia, para uma república e em seguida para um império. Na monarquia os poderes estavam todos concentrados no rei. Na República aristocrática o Senado era a Assembleia mais importante sendo composta pelos cidadãos mais prestigiados. Era uma assembleia permanente e tinha como funções validar as leis aprovadas pelos comícios, controlar o tesouro, administrar as províncias e decidir a política externa. O Senado controlava as magistraturas. As Magistraturas são altos cargos do Estado e são eleitos. Faze, parte das magistraturas cônsules, pretores, edis, questores, tribunos da plebe e censores. O ditador também era um magistrado. Os magistrados propõem as leis aos cônsules que representam o povo romano e têm como função a eleição dos magistrados e a aprovação das leis. Quando foi implantado império governado por Octávio Augusto este foi lentamente desenvolvendo os cargos, não o fazendo completamente mas ficando acima de todos e no total poder. No documento G da página 79 “Depois dessa época fiquei acima de todos em autoridade.2 demostra como ele ficou responsável da cidade e acima dos órgãos do governo. Em conclusão, os romanos inspiraram-se na Grécia, mas em alguns aspetos eram mais evoluídos e mais organizados. Alguns cargos políticos se mantiveram e a estrutura da sociedade é semelhante.