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Muzambinho
Junho / 2020
PERGUNTAS E RESPOSTAS
Estou terminando o doutorado em fertilidade dos solos, uma das culturas que
trabalhei foi com o café aranuã. Gostaria de saber se tem muita informação
dessa espécie na nossa região.
Grato!
Este material é oriundo de catimor x Icatú, estudado pela Epamig,
principalmente na região Capelinha no norte de Minas Gerais. Trata-se de um
material tolerante à ferrugem, com sementes de peneiras altas e de boa bebida
e ainda há informações de bom vigor e boa produtividade. No sul de Minas, a
fundação Procafé, na fazenda experimental de Varginha, tem buscado alguma
informação por meio de resultados sobre o material e sua adaptação nesta
região, com resultados não muito animadores em lavoura estudada com 5
safras. Para se ter uma ideia, em 70 materiais estudados e comparados em
varginha este material ficou abaixo dos 30 melhores. Não existe um farto
estudo sobre este material e, provavelmente, não será recomendado para
nossa região do sul de minas em recomendação que será em breve publicada
pelas instituições de pesquisa de Minas Gerais. A informação que tenho é de
que em São Gonçalo do Sapucaí tem uma fazenda com lavoura com este
material, mas não tenho mais nenhuma informação a respeito. Em resumo, é
um material comumente estudado e utilizado na nossa região.
http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/2016-05-27-17-05-35
Abraços !
Prof. Bebeto
Muito interessante a matéria, mas queria uma aula prática sobre isto.
É comum ouvirmos os produtores comentando sobre as podas, mas cada uma
tem uma característica específica, e as gemas são parecidas, tenho dificuldade
de diferenciar uma da outra.
Vamos lá !
No Cafeeiro, tanto os ramos Ortotrópicos quanto os Plagiotrópicos, nas axilas
das folhas, existem Gemas (que são tecidos de meristemas e que originam
outros tecidos) sendo, uma chamada cabeça de série e outras 5 ou 6
chamadas seriadas. Na maioria das vezes, ao olhar os ramos, não a diferimos
mesmo, mas, sabemos que originam diferentes órgãos ou tecidos diferentes.
No ramo Ortotrópico, as gemas cabeça de série (somente uma por axila
foliar) originam os ramos plagiotrópicos ou ramos produtivos do café, que ao
secarem ou morrerem não são substituídos, porque a gema cabeça de série
que os originaram era uma só. Portanto, plantas que perdem seus ramos
plagiotrópicos irão ficando improdutivas e, quanto mais pede-los mais
improdutivas serão. É aí que entra uma poda de renovação, que chamamos
"Recepa" e que vocês estudarão mais a frente no curso.
Já as Gemas seriadas no Ortotrópico, se localizam nas axilas dos ramos
plagiotrópicos, onde anteriormente também haviam folhas e elas já estavam ali
na axila (nos ponteiros dos ortotrópicos elas estão nas axilas das folhas). Estas
gemas, em grande número, ficam normalmente dormentes, mas se manifestam
formando brotações de outros ramos ortotrópicos (que chamamos ladrões) que
são indesejáveis, por uma série de motivos: ou porque concorrem com outros
ramos da planta "roubando" assimilados que levam a produção de grãos de
peneiras (tamanho) menores, ou porque dificultam os manejos, ou porque
aumentam o número de ramos e por sua vez, aumenta o sombreamento,
diminui arejamento e torna o interior das plantas com menor incidência de luz e
maior umidade, o que diminui o florescimento e o pegamento em fruto, além de
favorecer doenças. Vejam quanta coisa. Porém, após a poda de recepa citada
acima, as gemas seriadas do ortrotópico é que podem garantir a renovação da
parte aérea do cafeeiro. Embora não as enxergamos, vejam abaixo a
localização dessas gemas no ramo Ortotrópico. As gemas seriadas no
ortotrópico normalmente ficam dormentes e se manifestam em brotações
originando outros ramos ortotrópicos (ladrões) em algumas situações de stress
(hídrico, nutricional, mecânico) ou aumento de temperaturas ou ainda com o
avançar da idade das plantas.
Nos ramos Plagiotrópicos, tanto a gema cabeça de série quanto as gemas
seriadas se localizam na axila das folhas (vide figura abaixo). Não a
diferenciamos no olhar, mas sabemos que se localizam na região mais
"engrossada" na axila foliar. As gemas cabeça de série no ramo
plagiotrópico, originam outros ramos plagiotrópicos (ramificações
secundárias, terciárias, etc). A manifestação dessas gemas em ramificações é
uma questão genética (existem variedades que ramificam mais e outras
menos), mas também as ramificações ocorrem em maior número em ramos
primários onde ocorre seca de ponteiros, ou algum outro prejuízo mecânico nos
plagiotrópicos primários. Os grãos produzidos nas ramificações secundárias,
terciárias, etc....tendem a ser menores do que nos plagiotrópicos primários (há
uma divisão nutricional entre os mesmos). A medida que os ramos
plagiotrópicos vão crescendo, ano após ano, o vigor de desenvolvimento vai
diminuindo e, com menor crescimento a produtividade tende a cair, além de
diminuir o tamanho dos grãos (menor peneira). É aí que entra a poda de
revigoramento dos ramos plagiotrópicos que chamamos "esqueletamento", e
que vocês também verão mais a frente no curso.
Já as gemas seriadas no plagiotrópico irão originar os botões florais, após
as fases de indução e diferenciação floral que está ocorrendo nesta
época...agora em período mais seco, mais frio e de fotoperíodo mais curto
(abril, maio e junho). Após a fase de diferenciação, os botões começam a surgir
e serem visíveis, desenvolvendo até determinado estágio (estágio 4), quando
permanecem em "repouso" devido déficit hídrico. Com as primeiras chuvas de
fim de julho, agosto e até novembro/dezembro ocorrem as floradas ou antese.
Cada axila da folha tem de 5 a 6 gemas seriadas. Em um nó do ramo tem uma
folha de cada lado, então são 10 a 12 gemas seriadas por nó ou roseta. Cada
gema seriada origina 3 a 4 botões florais. Quer dizer que cada nó ou roseta
poderá originar POTENCIALMENTE entre 30 a 48 botões florais, o que seria
potencialmente 30 a 48 frutos por nó ou roseta, se dependesse somente das
gemas.... mas não é isso que se observa e, por isso dizemos que o vingamento
em fruto no cafeeiro, desde o inicio, é na faixa de 50 a 53%, em média.
Interessante isso, não?
Por uma série de motivos, o potencial de produção é alterado, como por
exemplo: um descarte natural, prejuízos na fase de indução e diferenciação
(temperatura e umidades não favoráveis), alto nível de sombreamento e baixa
luminosidade, baixo enfolhamento dos ramos e das plantas em geral,
deficiências nutricionais, e outros....
As gemas seriadas dos ramos plagiotrópicos, que já produziram botões florais
(depois flores e frutos) ...não produzirão mais....por isso o cafeeiro depende de
sempre continuar desenvolvendo e crescendo seus ramos plagiotrópicos
(produtivos) para também continuar a produzir grãos.
Bom pessoal, com isso, eu procurei discorrer do assunto com relações e
enfoques bem práticos que espero ser úteis para o momento.
Abraços !!! Prof. Bebeto.
Com relação as podas, nos vídeos da professora Anna Ligia, ela cita a relação
luminosidade e proximidade (adensamento) das plantas com a necessidade da
realização das podas.
Entendi que este artificio considerado mais radical, pode ser necessário por
outros fatores como a perdas das folhas na saia, correto?
Sendo este café espaçado corretamente e recebendo luminosidade, quais
seriam outras ações necessárias afim de evitar o uso das podas?
Toda planta algum dia ira precisar ser podada? É feita de tempos em tempos?
O assunto Podas do Cafeeiro de fato fica mais interessante, ainda mais quando
vamos compreendendo como tudo funciona na planta. Muitas vezes, o
cafeicultor realiza podas e não tem sucesso na regeneração das plantas,
gerando muitas falhas e uma lavoura antieconômica. Por razões assim é que
temos que nos apoderar dos conhecimentos mais básicos para obter sucesso.
Vou ser objetivo nas questões propostas, também porque um pouco do
conhecimento básico da relação de podas com a morfologia e a fisiologia do
cafeeiro Já tratamos neste fórum na proposição anterior e, solicito que leiam
para o completo entendimento.
Nos vídeos 1 e 2 da professora Anna Lygia, quando a mesma trata do
adensamento de plantio e a relação com luminosidade para o cafeeiro e,
informa que havia mais uma linha de plantio nas “ruas” da lavoura, está se
referindo a uma prática de implantação de lavouras em adensamento, onde se
planeja a eliminação de linhas intercalares após, aproximadamente, 4
colheitas, antes que as plantas “fechem” (se encontrem) nas ruas. Esta é uma
situação planejada, com intuito de obter maior retorno nas primeiras colheitas.
Normalmente, após a eliminação intercalada das linhas de plantas a lavoura se
transforma em uma lavoura semi-adensada e mecanizada. Claro que a
viabilidade desta prática depende de cada situação e deve ser avaliada e não
iremos entrar nesse mérito neste momento.
Atualmente os plantios são feitos no sistema de “renque” (espaçamentos na
linha entre plantas de 0,5 a 1 metro). Neste sistema as plantas se “fecham” (se
encontram) na linha de plantio, mas não nas ruas. O fechamento entre as
plantas na linha de plantio proporciona menor desenvolvimento nas partes das
plantas que se encontram, também menor vida útil da folha, menores
florescimento e frutificação, exatamente pela concorrência e, muito
provavelmente, concorrência por luz que é muito importante em todos estes
processos da produção.
Imaginem se as plantas fecharem também nas ruas? Claro que haveria
grandes prejuízos, além da inviabilidade de manejo da lavoura e ambiente
favorável a doenças. As podas (desponte ou mais comum, o esqueletamento)
podem ser usadas para evitar que as plantas se fechem na linha e levem a
grandes perdas das suas folhas e dos seus ramos produtivos.
O plantio em “renque” é atualmente utilizado por se mostrar vantajoso na
produtividade e também, por “regular” a produção individual de cada planta,
mantendo maior equilíbrio fisiológico com menor desgaste das plantas e com
isso, atrasando o depauperamento das lavouras (grandes vantagens). A boa
relação folha/fruto leva a um equilíbrio e menor desgaste das plantas (vide que
muitas lavouras com alta produção poderão levar muito tempo para se
recuperar de grandes desgastes pós-colheita e, nesta situação pode até
mesmo se verifica morte de plantas).
Viram só? a relação da luminosidade e da produção de café? Uma questão
importante é que, maiores arejamento e luminosidade contribuem para a
uniformidade do desenvolvimento e da maturação dos frutos (vide por
comparação da produção nos ramos mais baixeiros ou “saia” do café com o
terço superior das plantas), e isso contribui na qualidade do café. Viram a
importância da luminosidade? A realização de podas, quando necessárias.
Outra questão de podas planejadas é o manejo de “safra zero”, que intercala
livre produção com podas de esqueletamento, feitas a cada dois anos. Chama-
se assim porque a planta irá produzir em um ano, e no ano seguinte estará
formando novos ramos plagiotrópicos por consequência da poda sofrida
(portanto produz frutos ano sim e ano não). Análises de viabilidade devem ser
feitas para cada situação e também não entraremos neste mérito agora pois
vocês verão no decorrer do curso.
As podas, quando não são planejadas, somente são aplicadas mediante
necessidade, que deve ser detectada com visita à lavoura, avaliação das
plantas, da correção a ser feita e análise dos dados técnico-administrativos do
talhão (históricos de investimentos, produtividade, retorno econômico). Podem
ser indicadas, por exemplo: em lavouras depauperadas com perdas de ramos
produtivos, lavouras com perda de vigor e baixo crescimento de ramos
produtivos com queda de produção e grãos de peneira baixa (sementes
menores), para recuperação de lavouras pós-geada (aguardar o
reconhecimento dos danos), para lavouras com plantas que se fecham nas
ruas, e outras.
Lembrando que as podas mais drásticas (mais severas) levam a morte grande
parte das raízes mais finas, que se restabelecem de acordo com a situação
geral fisiológica e nutricional da planta podada. Plantas com severos prejuízos,
em vias de morte, podem não se recuperar.
Bom, espero ter contribuído. Não irei entrar mais na questão, pois durante o
curso vocês terão oportunidade de estudos mais específicos sobre o assunto.
Quando lá chegarem, lembrem-se das gemas e da fisiologia do cafeeiro.
Não deixem de ler as questões anteriores postas no fórum, pois tudo vai se
completando e construindo conhecimento....
Grande abraço !!
Prof. Bebeto.
Prof. Bebeto.
http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/1190/155585_Art013f.pdf
?sequence=1&isAllowed=y
https://www.scielo.br/pdf/brag/v62n3/v62n3a15.pdf
https://www.scielo.br/pdf/brag/v68n1/a18v68n1.pdf
http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/9558/40601_43-CBPC-
2017.pdf?sequence=1
https://www.scielo.br/pdf/cr/v39n2/a13v39n2.pdf
http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/5895/doc_222_33-
CBPC-2007.pdf?sequence=1&isAllowed=y
http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/315450/1/Silva_EmersonAlves
da_D.pdf
Isso não prejudica essa iniciação das flores? Tem algum período que é mais
indicado para inicio da colheita com base nessa iniciação?
Já observei também que alguns produtores em alguns anos termina a
colheita tardiamente, isso pode influenciar negativamente o desenvolvimento
dos primeiros botões?
Para quem quiser se aprofundar mais um pouco deixo a seguir algum material
sobre o assunto
https://www.scielo.br/pdf/pab/v39n2/19854.pdf
https://www.scielo.br/pdf/cagro/v33n1/v33n1a30.pdf
Sendo mais objetivo nas respostas, mas deixarei um material de revisão para
maior aprofundamento no tema. Vamos Lá!
Como já elucidado em respostas anteriores na fase de Indução e diferenciação
floral, a produção de botões florais pode ser reduzida caso as condições
ambientais não sejam adequadas, como já comentadas. Nesta fase alta
umidade ou temperaturas mais altas que as normalmente ocorre não seriam
desejáveis.
Se considerarmos como aborto floral o não “vingamento” da flor em fruto,
podemos relacionar este abortamento ao período que precede a antese
(abertura da flor) após uma chuva ou irrigação, acompanhado de queda
abrupta de temperatura. Neste período citado, assim como nos primeiros dias
após a antese (florada) temperaturas mais altas, ambiente muito ou mesmo
chuvas abundantes com grande umidade nas flores poderão prejudicar o
vingamento em fruto também pela ação de fungos.
Outros fatores também estão associados à prejuízos no vingamento da flor em
fruto, como: plantas estressadas e pouco nutridas; ausência de folhas nos
ramos e até mesmo nas rosetas fazem diferença (ramos sem folhas
apresentam baixo vingamento floral), sombreamento excessivo (veja que o
vingamento floral no terço superior do cafeeiro é bem maior que na “saia”) e
deficiências marcantes de Boro e Cálcio (estão envolvidos na ativação de
enzimas na formação do tubo polínico, como também na divisão celular). Existe
um controle natural, mas aumentar o pegamento significa um bom manejo da
lavoura observando os fatores que causam prejuízos para um pegamento
satisfatório. Assim devem-se observar as boas práticas de produção como
lavouras com população adequada de plantas, manejo de pragas e doenças,
adubação equilibrada, desbrotas quando necessário, e outras.
No desenvolvimento dos frutos, após mais ou menos, 8 a 12 são fases de alta
exigências nutricionais e hídricas. Quedas dos frutos poderão ocorrer por
deficiência hídrica, deficiência nutricional (marcadamente nitrogênio e
Potássio), baixo nível de reserva das plantas com alta carga frutos e também
baixa relação folha/fruto (a fotossíntese das folhas são mais importantes em
abastecer os frutos de carboidratos do que exatamente a reserva dos ramos no
cafeeiro)
Acredito que a última questão desta postagem já esteja discutida nas respostas
anteriores. Na verdade, os estudos sobre o florescimento do cafeeiro não são
muito conclusivos, até pela dificuldade de isolar tantas variáveis ambientais e
endógenas (da planta) e suas interações. Para maior aprofundamento e para
aqueles que desejarem ler um pouco mais a respeito vou deixar a seguir um
trabalho de revisão básica sobre o tema.
Abraços !! Prof. Bebeto.
http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/11883/356_44-CBPC-
2018.pdf?sequence=1
http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/informe_agropecuario/ia_cafe_
producao_qualidade.pdf
Informe Agropecuário pag. 21 a 23
O café arábica requer regiões com pluviometria média anual entre 1.200 a
1.800 mm. Lembrando que a distribuição anual deste volume é importante nos
diversos requerimentos da planta de acordo com sua fenologia e com suas
interações ambientais. A seguir tem um link para acesso a uma literatura
(Páginas 21 a 23) que trata a questão (regiões aptas, limítrofes e inaptas para
cafeicultura em MG, inclusive considera a irrigação) de uma maneira bem
didática, com ilustrações. Tem muito mais informações interessantes!!
http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/informe_agropecuario/ia_cafe_
producao_qualidade.pdf
Informe Agropecuário pag. 21 a 23
De fato, a irrigação não pode ser realizada sem o devido conhecimento das
plantas e tem que respeitar suas respostas ecofisiologicas, seus estímulos,
suas necessidades de acordo com as fases fenológicas.
Também as diversas condições da região devem estar alinhadas como o
manejo de irrigação do cafeeiro, como a quantidade de luz diária, a radiação, a
temperatura, solo (existem regiões cafeeiras aptas, mas com irrigação em que
os solos são muito arenosos e isso requer um turno de rega bastante reduzido,
com regas mais frequentes).
Não precisamos sair do país, tais condições entre o café do cerrado mineiro ou
do oeste da Bahia ditam diferenças para nossa região do sul de Minas, e,
portanto, diferentes estudos e recomendações de irrigação do cafeeiro. Não é
somente umidade, mas, temperatura e fotoperíodo e as interações desses três
fatores devem ser consideradas, e esta é uma dificuldade nos estudos (para o
isolamento e conclusão dos resultados).
Na irrigação do cafeeiro, talvez a principal preocupação seja satisfazer as
necessidades hídricas nas suas diferentes fases de desenvolvimento e ao
mesmo tempo, manter a sicronização das floradas, que tem um impacto direto
no manejo de colheita e qualidade da bebida. Vejam que, em algumas regiões
do mundo em que essa sicronização não ocorre (por não ocorrer déficit hídrico
marcante nas fases do florescimento que precedem a florada/antese), são
observadas 8, 12, ou até mais floradas, o que resulta em situações não
desejáveis, mas são ocorrências climáticas, praticamente sem controles.
Existem diversos trabalhos, principalmente nas regiões do cerrado mineiro e
Bahia, com recomendações. Acessem a seguir e pesquisem (café irrigado,
irrigação, exigências hídricas, outras...)
Biblioteca do café / Consorcio Pesquisa Café http://www.sbicafe.ufv.br/
Vocês terão no curso uma disciplina dedicada à irrigação do cafeeiro e acredito
terão oportunidade de aprofundar nas questões de manejo, época e quantidade
(considerando região, temperatura, evapotranspiração, solo, capacidade de
campo dos solos, exigência hídrica das plantas, etc). Então, procurei aqui
colocar as questões mais pertinentes com a fisiologia da planta. Outras
questões, como disse, serão consideradas futuramente na disciplina de
irrigação.
Na quarta questão, também comungo da ideia de que quaisquer acréscimos na
renda dos cafeicultores são bem-vindas, mas o resultado final desta relação
matemática não é tão simples assim. Veja que, aumentar 7% na polinização
não garante este incremento na produção. Após a polinização sem considerar
o manejo que poderia ser o ideal em tudo (nutrição, manejo de pragas e
doenças, densidade populacional, e outros...) temos ainda, outras situações
como umidade (grande maioria das lavouras não são irrigadas) e temperatura
nas diversas fases, além de um descarte natural da planta desde a fase do
florescimento.
Claro que, precisamos de mais estudos que nos mostrem, com melhor clareza,
a contribuição desta prática de aliar abelhas e cafeeiro para aumento de
polinização, o que não garante pegamento e resultado final em frutos e
sementes. Existe um ou outro trabalho aliando a presença das abelhas no
aumento do peso das sementes, ou seja, esta é outra linha. Com mais
trabalhos, inclusive retratando investimento/benefício e adequando manejo são
necessários.
Nos fóruns de dúvidas das semanas 1 e 2 tem questões relacionadas. Não
deixem de visitar estes fóruns!! Sempre encaminhamos as discussões aqui
para o tema da disciplina e assim, construir um conhecimento compartilhado e
sempre relacionando as situações.
Abraços!! Obrigado pelos temas!! Vamos aprendendo!!!
Prof. Bebeto.
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Olá boa tarde. Quais observações visuais nós como técnicos devemos fazer
para saber se uma lavoura e saudável ou não?
Além dessa observação visual quais outras são necessárias para se o obter
êxito no campo?
As observações visuais são importantes, também porque considerara a
experiência e conhecimento do técnico, que aliados aos monitoramentos
necessários permitirão quantificar tanto as situações, quanto os tratamentos e
as intervenções técnicas necessárias.
Ao visitar uma lavoura em produção com o objetivo de detectar a saúde das
plantas deve-se considerar também a época do ano e as fases fenológicas da
planta. Por exemplo, nos períodos mais secos e quentes do ano as plantas
podem expressar sintomas de deficiências minerais, que na verdade tem
causas nos processos de absorção/translocação e, não exatamente pela
indisponibilidade dos minerais no solo (é o que chamamos de sintomas de
deficiência mineral induzida).
Penso que são observações importantes: o bom enfolhamento das plantas com
folhas de coloração verde intenso; crescimento e desenvolvimento vigoroso de
ramos plagiotrópicos com baixa incidência de ramificações secundárias e
terciárias; ausência de sintomas de deficiências nutricionais; presença de
ramos baixeiros em boa situação (“saia”); baixa incidência de plagiotrópicos
secos e brotos “ladrões” e grande número de raízes mais finas nos primeiros
centímetros de profundidade do solo (promovem absorção mineral).
Outros procedimentos técnicos necessários são o manejo do mato, manejo de
pragas e doenças com seus devidos monitoramentos e a análise de solos e
folhas com adubação equilibrada. Para a produção sustentável é de extrema
importância a administração em separado dos talhões com registros de dados
de investimentos, produção e produtividade, que permitam tomadas de
decisões de intervenções técnicas.
Sobretudo, eu digo que o sucesso de uma lavoura de café inicia com os
cuidados e procedimentos corretos na implantação, ao se observar, por
exemplo, a conservação do solo e água; a locação da lavoura; as observações
do solo quanto à profundidade efetiva e textura; as correções químicas do solo
nas suas devidas profundidades; a correta adubação de plantio com adição de
matéria orgânica no sulco (avaliar disponibilidade e viabilidade); a utilização de
mudas de qualidade provenientes de viveiros registrados; adequada adoção de
densidade de plantas por hectare; mão-de-obra qualificada no plantio; o
manejo do mato, de pragas e doenças; a realização correta das adubações em
cobertura e desbrotas necessárias.
Abraços !!!
Prof. Bebeto
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Gostaria de saber em relação aos nematoides até que ponto pode prejudicar
lavouras adultas. Já ouvi que podem causar prejuízos, mas até que ponto? Sei
que o nematoide deve ser controlado porque não se consegue extingui-lo. Em
relação à fase vegetativa e reprodutiva quais seriam os danos?
O melhor “combinado” com os nematoides do gênero Meloidogyne, é mantê-los
longe das lavouras das lavouras de café. Para isso, as ações preventivas são
imprescindíveis como: realizar correta conservação de solo e água, adquirir
mudas de viveiros registrados, avaliar o histórico da área de implantação de
novas lavouras, utilizar água de qualidade no caso de irrigação e manter limpos
implementos e ferramentas ao trabalhar em talhões diferentes.
Uma vez detectado a presença destes nematoides, o acompanhamento dos
dados técnicos e econômicos do talhão infestado/infectado torna-se decisivo
para avaliação da sustentabilidade econômica do talhão. São registros
importantes, além do diagnóstico visual da presença do nematoide, também as
avaliações de respostas às adubações com expressões de sintomas de
deficiências nutricionais, percepção de sintomas de deficiências hídricas
comparativas, desfolhas e secas de ramos mais frequentes, quedas atípicas de
frutos em desenvolvimento ou sementes de menor tamanho e maior gravidade
na atuação de pragas e doenças. Também os registros econômicos são de
extrema importância como os investimentos e produtividades nas sucessivas
produções no talhão.
Todas estas observações acima estão envolvidas nesta questão de “ponto de
prejuízo”, já que os prejuízos causados são sistêmicos e progressivos com
velocidades que variam de acordo com a espécie de nematoide e com relações
planta-ambiente-solo. Além disso, o ataque de nematoides pré-dispõe as
plantas a prejuízos maiores, também por outras causas, que seriam menos
severos em plantas não infectadas. O “ponto do prejuízo” seria tornar o talhão
(ou lavoura) antieconômico, o que, sem os registros e acompanhamentos
citados acima, poderia ocorrer bem antes da real percepção da situação.
Completando o já descrito acima, imagine que a convivência do nematoide com
a planta vai prejudicando as funções das suas raízes, com respostas na
nutrição e na absorção de água resultando em desfolhas e seca de ramos
produtivos, redução do vigor de crescimento das plantas e com isso menor
florescimento, prejuízo no desenvolvimento e enchimento dos frutos resultando
em grãos menores (menor peneira) e defeituosos (chocos e mal granados).
Sem, no momento, entrar no mérito das questões que será visto por vocês em
outras disciplinas deste curso, alguns fatores relacionados com nematoides são
também a produção de mudas enxertadas (alto custo e podem ter problemas
de adaptação no campo) e a utilização de cultivares tolerantes ou resistentes,
como Catucai 785/15, Tupi RN IAC 125, Paraíso, Acauãs, Catiguá MG3 (para
M. exígua) e IPR 100 e 106 (M. incógnita e paranaense)
Para quem quiser se aprofundar mais no tema deixo duas literaturas muito
interessantes. Acessem nos Links a seguir.
Abraços!! Prof. Bebeto.
http://www.biologico.agricultura.sp.gov.br/uploads/files/pdf/Boletins/cafe/nemato
ides_parasitos_cafeeiro.pdf
http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/boletins_tecnicos/bt_aspectos_
tecnicos_nematoides.pdf
http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/2522/179995_Art008f.pdf
?sequence=1&isAllowed=y
A seguir, deixo para leitura, alguns trabalhos relacionados ao tema para quem
quiser mais detalhes. Os dois primeiros são mais simples e bem interessantes.
Só clicar nos Links.
Abraços !! Prof. Bebeto.
http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/11930/380200_44-
CBPC-2018.pdf?sequence=1&isAllowed=y
http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/10400/Pesq.%20Agrope
c.%20Bras._v.%2043_n.%204_p.%20465%20-
%20472_2008.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://www.scielo.br/pdf/cagro/v27n4/v27n4a09.pdf
http://www.consorciopesquisacafe.com.br/ojs/index.php/SimposioCafe2019/arti
cle/view/27
http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/267/214963f.pdf?sequen
ce=1&isAllowed=y
http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/spcb_anais/simposio9/89.pdf
Tem alguma maneira de identificação dos cultivares de café arabica sem ser
por meio morfológico? Uma análise laboratorial? Ou é somente analise
morfológico, pelo tamanho, cor da folha jovem, cor do fruto, tamanho da copa,
etc?
Boa noite Pedro Henrique e demais colegas!!
Certamente, análises ou testes genéticos ou bioquímicos em diferentes
materiais genéticos acusarão particularidades que permitam separação de
cultivares de café, no entanto, no âmbito da produção de café, já existem
estudos e trabalhos com descritores que permitem separações entre cultivares,
com boa margem de segurança. Nos processos de produção de café eu
desconheço a aplicabilidade de outros recursos, que não aqueles relacionados
a descritores morfológicos e fisiológicos na identificação de cultivares de café.
Em áreas mais específicas, como no melhoramento genético, outros recursos
podem até ser utilizados, mas eu sinceramente desconheço esta aplicabilidade.
Em soja, por exemplo, existe um teste enzimático (teste da peroxidase). Em
Glycine max o tegumento das sementes apresenta reação da enzima
peroxidase, que permite a separação das cultivares em dois grupos: um com
alta atividade, designada como reação positiva e outro com baixa atividade,
caracterizada como reação negativa. Essa característica pode auxiliar na
confirmação de eventuais dúvidas na distinção das cultivares. Em café, eu
desconheço aplicabilidades de semelhantes recursos como este.
Voltando aos descritores morfológicos e fisiológicos utilizados para a
identificação e separação de cultivares de café, segue matérias de consulta. O
trabalho de Aguiar et al. (2004) é bem interessante, vale a pena observar. Veja
a seguir.
Abraços!! Prof. Bebeto.
https://www.scielo.br/pdf/brag/v63n2/21367.pdf
Consultar Identificação de Cultivares de Café – páginas 112 a 124.
http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/publicacoes_tecnicas/Livro_Cul
tivares.pdf
Trabalho de descritores mínimos para identificação de cultivares
http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/spcb_anais/simposio8/199.pdf
Notícia e curiosidade
https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/18134351/projeto-genoma-
cafe-sera-disponibilizado-em-biblioteca-internacional-
Para quem quiser fazer mais uma leitura, deixo a seguir mais alguns arquivos.
Abraços !!!
Prof. Bebeto
Manual do Café – Emater-MG – Colheita e preparo do café (muito bom,
didático e ilustrado)
http://www.sapc.embrapa.br/arquivos/consorcio/publicacoes_tecnicas/livro_colh
eita_preparo.pdf
Assuntos relacionados: Vídeos Embrapa – Preparo do Café
https://www.youtube.com/watch?v=93IxTx6LZ1E&list=PL_1AsgucQzhqXJJStG
2x0iElk9zFxbH8n&index=2
https://www.youtube.com/watch?v=XAXgmuTu8q8&list=PL_1AsgucQzhqXJJSt
G2x0iElk9zFxbH8n&index=10
O produtor faz irrigação na sua lavoura em excesso, devido a essa irrigação o mesmo
vai obter bebida de qualidade ou não?
Os trabalhos científicos em irrigação no cafeeiro estão sempre ligados: ou a
irrigação suplementar em áreas aptas e má distribuição das chuvas; ou
fertirrigação; ou ainda, a irrigação em áreas em que seja indispensável, como
em lavouras no oeste da Bahia ou em áreas do cerrado mineiro. Em todas
estas situações a base de estudo é a exigência hídrica do café, a
evapotranspiração e as características do solo, que são bem conhecidas, além
do que, é uma tecnologia de investimento considerável e acredito que o
excesso de irrigação poderia ocorrer causas de administração falha da ação do
que, exatamente, do desconhecimento técnico do manejo.
Existem outros aspectos envolvidos na sua questão, por exemplo, este
excesso: em que fase da cultura? em que método de irrigação (aspersão,
gotejamento)? em que tipo de solo? em que região (quente, mais fria)?
em que é´poca do ano?. Ou seja, existem várias questões a serem
consideradas. Claro que, tanto o excesso de água no solo, quanto excesso na
parte aérea da planta, poderão acarretar prejuízos, ou por uma questão
fisiológica de deficiência de oxigênio na região da raiz, ou por proporcionar
maior incidência de fungos, tanto nas folhas e ramos, quanto nos frutos,
principalmente na maturação e pós maturação destes na planta (veja que este
último é um dos efeitos negativos de chuvas frequentes e abundantes na
colheita). Porém, todos estes prováveis prejuízos teriam que ser estudados
considerando todos os aspectos envolvidos que foram citados no início deste
parágrafo (em negrito). Além disso, um estudo seguro e que respondesse a
questão, teria que isolar muitos outros fatores que em conjunto determinam a
qualidade da bebida do café. Eu, particularmente desconheço qualquer estudo
neste exato sentido, embora pelas razões que levantei aqui (fisiológica ou
sanitária) sabemos que prejuízos, ainda que indiretos podem ocorrer, como por
exemplo pré-dispor a planta a doenças pelo excesso de água, mas por
irrigação, acho difícil.
Deixo abaixo alguns links de artigos que tratam da questão irrigação e
qualidade do café.
Abraços!! Prof. Bebeto.
http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/1079/155585_Art092f.pdf?sequ
ence=1&isAllowed=y
http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/3077/178.pdf?sequence=1&isAll
owed=y
http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/4888/F10n6_36-CBPC-
2010.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Boa tarde professor vi na matéria que o esterco de suínos é uma ótima fonte de
nitrogênio, qual é a quantidade necessária para o cafeeiro e de que modo ela
pode ser usada na lavoura?
O fornecimento de fontes orgânicas na forma de estercos e compostos é
bastante interessante, desde que avaliado a viabilidade de manejo e
econômica. A matéria orgânica apresenta diversas ações benéficas também às
propriedades físicas, químicas e biológicas do solo e, estas ações devem ser
consideradas além da contribuição no fornecimento de elementos. Assim, os
benefícios da adição de matéria orgânica devem também ser considerados a
médio e longo prazos, inclusive melhorando o aproveitamento dos fertilizantes
minerais.
A confecção de compostos orgânicos, que podem ser enriquecidos com
minerais (no mercado temos opções de fertilizantes organominerais), se mostra
uma boa opção também por facilitar o manejo do material, ou mesmo o uso do
esterco, desde que já “curtido”. A aplicação deve ser feita espalhando o
material sobre o solo, na projeção da copa das plantas.
O Quando 12.1, a seguir, refere-se à composição de diversas fontes orgânicas.
A contribuição nutricional deve ser calculada considerando a matéria seca da
fonte, seus percentuais minerais, as quantidades aplicadas e o requerimento
das plantas, que é obtido em tabelas de recomendações, utilizando como
referências a análise de solos e a carga pendente (expectativa estimada de
produtividade), podendo ter ajustes mediante a análise de folhas.
Vou ficando por aqui e, com relação aos cálculos, vocês farão a disciplina de
Fertilidade no próximo semestre e terão oportunidade de trabalhar toda esta
parte, que depende de conceitos e princípios que lhes serão apresentados.
Deixo a seguir algumas referências do assunto.
Abraços!!!
Prof. Bebeto
Artigos
http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/571/155537_Art269f.pdf?seque
nce=1&isAllowed=y
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/46895/1/circular-tecnica-58.pdf
http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/7482/237_41-CBPC-
2015.pdf?sequence=1&isAllowed=y
http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/4322/doc_78_34-CBPC-
2008.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Sobre adubação orgânica feita com estercos (bovinos – muito comum nas
propriedades cafeeiras). Teria alguma contraindicação, por que alguns
técnicos não recomendam usar esterco bovino.
Eu acredito que tal preocupação seja por dois motivos: primeiro pela
contaminação de sementes de plantas invasoras que podem ser carreados via
esterco e, também pelo uso de estercos não curtidos ou mal curtidos,
principalmente em implantação de lavouras ou lavouras com plantas jovens.
Assim, a confecção e aplicação de compostagem seria interessante do que o
próprio esterco, além de aumentar o rendimento do material orgânico a ser
aplicado. Deixo em aberto aqui para outras intervenções de colegas e
acrescento abaixo alguma literatura relacionada com a questão.
Abraços!!
Prof. Bebeto
http://fundacaoprocafe.com.br/faq/aduba%C3%A7%C3%A3ocorre%C3%A7%C3%A3
o/qual-melhor-forma-de-preparar-compostagem-de-esterco-de-gado-e-casca-de-
caf%C3%A9
http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/1114/155585_Art345f.pdf?sequ
ence=1&isAllowed=y
http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/12630/86-2167-1-PB-X-SPCB-
2019.pdf?sequence=1&isAllowed=y
http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/7280/147_39-CBPC-
2013.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Abraços!!
Prof. Bebeto
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Abraço!!
Prof. Bebeto