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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB

Departamento de Ciências Humanas e Letras – DCHL


Curso de Letras – Campus de Jequié
Língua Portuguesa III – 2020.2

RESUMO DO FILME MY FAIR LADY

KELVIN BARBOSA E
TARCÍSIO SOUZA

Jequié
10/22
1. Quais questões apresentadas no filme “My fair lady” foram abordadas em sala
de aula?

O longa-metragem musical My Fair Lady (Minha Bela Dama, 1964), dirigido pelo
renomado George Cukor, foi baseado na peça teatral Pigmalião, escrita por George
Bernard Shaw.
Henry Higgins é um estudioso da fonética, que é capaz de identificar a origem
da pessoa através da sua fala. Ao ouvir a florista Eliza falar foi capaz de dizer que ela
era proveniente de uma camada pobre da cidade de Londres. Ele não se preocupa em
analisar os fatores que levaram a Eliza a falar uma linguagem mais coloquial, não
seguindo os padrões da norma culta, evidenciando então o preconceito linguístico.
Outro fator linguístico é a variação linguística que Higgins não respeita esse outro fator.
Higgins então diz que pode ensinar a Eliza a falar "bem", ela por sua vez, por querer
sair daquela situação, decide aceitar o convite do professor. Ele e seu amigo Hugh
Pickering, especialista em dialetos indígenas, fazem uma aposta que consistia em
transformar a moça em uma "dama", fazendo-a falar de acordo com a norma culta da
língua inglesa da época.
O método que o professor utilizou para treinar Eliza, foi mecânico, usando a
repetição exaustiva de sons vocálicos e consonantais. No momento do baile o dia tão
esperado, depois de seis meses de treinamento. Eliza falou tudo aquilo que foi instruído
por Higgins, no entanto um ex-aluno do professor e também estudioso da fonética,
mesmo Eliza falando bem, ela possuía um sotaque diferente daqueles que estavam no
baile. É comum para alguns corrigir algumas pessoas de acordo a norma padrão, o filme
My Fair Lady trás para nós estudantes de letras uma atenção para não cometer esse tipo
de erro.
É justamente nessa atitude do professor em adotar Eliza como a sua pupila que
se insere alguns estudos linguísticos abordados em sala de aula, entre eles estão: a
fonética; a sociolinguística juntamente com a dialetologia e o funcionalismo
Um dos métodos utilizados pelo professor Higgins para a realização do ensino
da norma culta da língua inglesa para Eliza, é por via de elementos fonéticos. A fonética
consiste em um estudo linguístico que tem como objetivo a sondagem de todos os sons
produzidos pelos falantes de uma língua. Sendo assim, Higgins na tentativa de assimilar
a norma culta da língua na mente de Eliza, usa exemplos de como os sons são
produzidos (sons utilizados para a comunicação).
A abordagem sociolinguística presente no filme é apresentada de forma clara e
objetiva, pois partindo da significação dos estudos sociolinguísticos, no qual, a língua é
estudada em seu uso real, ou seja, é uma área da linguística que estuda a língua
produzidas pelos falantes e a sociedade em que eles vivem. As diferentes formas de
realizações devido as variantes linguísticas, tanto sociais quanto regionais, explicitam a
perspectiva sociolinguística apresentada no filme, visto que, existem diversas formas de
realizações da mesma língua (inglesa). Entretanto, essas variações abordam fatores
sociais, como pobreza e baixa escolaridade, assim como fatores regionais que
classificam a localidade dos indivíduos através da maneira que eles falam. Essa
abordagem regional, pode ser classificada por meio da dialetologia. Quando Higgins
ouve a fala dos indivíduos, ele automaticamente subentende e classifica a região no qual
aqueles falantes são provenientes. Portanto, dialetologia é o ramo da linguística que
classifica, descreve e situa os diferentes usos em que uma língua se diversifica. Além
disso, a classificação de Higgins, em relação a fala das pessoas, compõe parte do objeto
da dialetologia – a variação diatópica, ou seja, as diferentes formas de usar a língua em
lugares diferentes.
O funcionalismo se ocupa dos estudos atrelados a estrutura gramatical das
línguas, assim como, os diferentes contextos comunicativos em que elas são utilizadas,
ou seja, fatores externos. A linguagem vista por uma interpretação funcionalista é
classificada como uma ferramenta de interação social. No filme, ocorre a intromissão de
Higgins e de Pickering para a realização do ensino da fala para Eliza – É importante
frisar, que os fatores externos influenciam a organização do sistema linguístico; em
outras palavras, o ensino da fala realizado pelos dois estudiosos ocorre através de duas
perspectivas: a behaviorista, que apresenta a linguagem como uma capacidade onde o
ser fala através de estímulos e repetições; e a funcionalista, que através da interação
entre Eliza e o meio social, no qual, ela acaba sendo inserida, ocorre a assimilação da
fala entre ela e o meio (fator externo).

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