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LANÇAMENTO

História do carvão contada em livro


A OBRA FOI LANÇADA NO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DA SATC, INAUGURADO NO EVENTO
PÁGINA 3

João Zanette, Ruy Hülse e Sérgio Sirotsky (1ª foto) no lançamento da obra, de autoria de Ayser Guidi, Joice Quadros e Mário Belolli (2ª foto)

AEROLEVANTAMENTO

NESTA EDIÇÀO

SIECESC faz
visitas técnicas
no Canadá
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Exposição escolar
Trabalho apresentado pelo DNPM, em Criciúma, mostra áreas degradadas pelo carvão encerra Projeto de
Educação Ambiental
Comitê Gestor recebe do DNPM
resultado do mapeamento PÁGINA 8

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Editorial

PARTICIPAÇÃO

Alunos do CESATC trocam de


faixa em oficina de Karatê
Mais de 40 alunos participantes da
oficina de Karatê do Centro Educa-
cional da SATC trocaram de faixa
branca para amarela, no dia 14 de
setembro, depois de passarem por
uma avaliação de suas habilidades.
O presidente do Comitê Estadual de
Karatê, Jaime Soto Navaro, salientou a
importância da participação do esporte
Depois de muito trabalho e pes- no contexto escolar e parabenizou a SATC
quisa, o setor carbonífero, através pela iniciativa.
do SIECESC e das Empresas Rio “A oficina de Karatê começou em março
Deserto, entregou à comunidade o de 2002 e está dentro das propostas de edu-
primeiro volume da obra “A Histó- cação integral do CESATC”, afirma a di-
ria do Carvão de Santa Catarina”. O retora do centro, Márcia Trevisol. As au- za, ambos medalha de ouro e prata nos
evento de lançamento do livro acon- las são ministradas pelo professor Neido Jogos Olímpicos de Santa Catarina e par-
teceu dia 30 de outubro, oportuni- Giraldi, com o auxílio de Charles de Sou- ticipantes de campeonatos estaduais.
dade em que a SATC homenageou o
empresário João Zanette, um dos
seus fundadores e principal Criação de uniforme
incentivador para que a história do
A partir do ano que vem, a SATC terá novo uniforme, escolhido
carvão fosse registrada em um livro. por meio de concurso interno entre os alunos do Ensino Funda-
O setor agradece também aos mental e Médio, promovido pelo Centro Educacional. “O unifor-
autores da obra, o pesquisador e his- me da SATC para 2003 está de cara nova e o melhor é que está
toriador Mário Belolli, a jornalista com cara de adolescente, jeito de adolescente”, avalia a diretora
do CESATC, Márcia Trevisol. A votação com a comunidades esco-
Joice Quadros e o  engenheiro Ayser lar aconteceu durante a I Feira Multidisciplinar, no dia 31 de
Guidi, pelo empenho e dedicação, e outubro, sendo o modelo vencedor o da aluna Gabriela João
a tantas outras pessoas que torna- Dagostim, da turma 1002, do Ensino Médio. Pelo seu trabalho,
ram possível a sua publicação. En- Gabriela foi premiada na noite do 1º Concerto de Natal da SATC,
no dia 26 de novembro.
tre estas, merece um destaque es-
pecial o governador do Estado de
Santa Catarina, Esperidião Amin
Helou Filho, pela sua sensibilidade nFeira Multidisciplinar nFormatura de pais
histórica e apego à cultura, autori- “Todo mundo canta a sua terra, eu tam- O CESATC realizou a formatura da se-
zando que esta obra fosse impressa bém vou cantar a minha” foi o tema da Fei- gunda turma de pais participantes da ofi-
na Imprensa Oficial do Estado. ra Multidisciplinar da SATC, que envolveu cina de informática no dia 10 de outubro.
Esta atitude do governador está os alunos do Ensino Fundamental e Médio. A solenidade contou com a presença do
oportunizando que a obra possa ser A feira aconteceu no dia 31 de outubro, nas diretor de Relações Corporativas da
entregue, sem custos,  a todas as ins- dependências do CESATC, com exposição SATC, Iraíde Antônio Piovesan, e da di-
tituições do ensino das regiões da de trabalhos, apresentações artísticas e de- retora do CESATC, Márcia Trevisol. “A
Amrec, Amesc e Amurel, além das monstrações, e teve como objetivo despertar oficina de informática para pais faz parte
principais universidades e bibliotecas a consciência para a valorização dos aspec- de um projeto do Centro Educacional que
públicas de todo o país. tos locais e preservação do meio ambiente. visa a desenvolver um trabalho pedagó-
Ao encerrarmos esta última Além da SATC, a Fundação Cultural de gico que vai além da educação formal para
edição de 2002, gostaríamos de Criciúma e a Associação de Turismo do Sul os filhos”, ressalta Trevisol. As aulas acon-
de Santa Catarina (ATUS) participaram da teceram semanalmente durante seis me-
agradecer a todos que contribuíram
feira com o tema “Turismo na Região Sul”. ses.
para que o setor carbonífero desse
mais alguns passos importantes no
decorrer deste ano e desejar a to-
dos muito sucesso em 2003.
Feira de Tecnologia Educacional
Os trabalhos com recursos da informática, criados pelos alunos do Ensino Funda-
mental e Médio, foram expostos no Criciúma Shopping, de 6 a 10 de novembro. No
Engº. Ruy Hülse dia 7, houve o lançamento do livro sobre o meio ambiente, produzido pelos estudantes
Presidente do SIECESC das séries iniciais.

JORNAL DO CARVÃO - NOVEMBRO/2002 - Nº16


2 SIECESC - SINDICATO DA INDÚSTRIA DE EXTRAÇÃO DE CARVÃO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
Evento

INFORMAÇÃO

SIECESC lança livro sobre o carvão de SC


Com a presença de cerca de 300 tórica dos fatos, da jornalista Joice Qua-
pessoas, o Sindicato da Indústria de dros, que contextualizou esses fatos de
Extração de Carvão do Estado de acordo com a época, e do engenheiro de
Santa Catarina – SIECESC – lan- minas, Ayser Guidi, que prestou asses-
çou o livro História do Carvão de soria técnica às informações. O livro,
Santa Catarina, volume I, de 1790 a cuja produção contou com o incentivo do
1950, no dia 30 de outubro, no novo Cen- empresário João Zanette, aborda a des-
tro de Convivência da SATC. coberta do carvão, a sua prospecção e a
A obra é de autoria do historiador Má- experiência em navios, forjas domicilia-
rio Belolli, que pesquisou a seqüência his- res, trens e fabricação de gás.

HOMENAGEM
Durante o lançamento do livro
História do Carvão de Santa
Catarina, foi inaugurado o novo Cen-
tro de Convivência da SATC, deno-
minado João Zanette, em homena-
gem ao empresário. O presidente do
SIECESC, Ruy Hülse, salientou que
Zanette “é a memória viva do setor
carbonífero e estimulou a edição
desse livro”. Hülse falou sobre a im-
portância das novas instalações do
Centro de Convivência, “que tem a
finalidade de integrar cada vez mais
professores e alunos”. João Zanette (1o. à esq.) foi homenageado, dando seu nome ao Centro de Convivência da SATC

Um pouco da história do mineral PALESTRA


O evento também contou com a palestra da jorna-
O interesse do Governo Federal em vão deu impulso à indústria de San- lista Ana Amélia Lemos, de Brasília, que falou sobre
explorar o carvão se deu durante a ta Catarina, facilitando a implanta- o cenário do Brasil pós-eleições. Ela veio a convite da
Primeira Guerra Mundial (1914 a ção da Companhia Siderúrgica Na- RBS TV, parceira do evento, por meio do diretor da
RBS TV de Florianópolis, Sérgio Sirotsky, e do ge-
1918), mas a distância dos grandes cional (CSN). Depois do conflito, o con-
rente executivo da sucursal de Criciúma, Carlos
centros e a falta de transportes difi- sumo do carvão nacional diminuiu Keller. A jornalista se mostrou otimista e elogiou o pro-
cultavam a sua utilização. A situa- novamente com a retomada do simi- jeto de Lula para ativar a construção civil.Ainda enalteceu
ção foi revertida, quando as empre- lar importado e a introdução do óleo a parceria dos empresários em torno da educação, des-
sas nacionais começaram a investir diesel. tacando o trabalho realizado pela SATC, para ela, uma
na própria indústria e na construção Para amenizar essa crise no setor instituição de “Primeiro Mundo”.
da estrada de ferro. carbonífero, foi realizada uma mesa
Nessa fase de crescimento, a que- redonda do carvão em 1949, no Rio
bra da Bolsa de Valores de Nova de Janeiro, com empresários, políti-
Iorque, no final dos anos 20, contri- cos, consumidores, produtores e Go-
buiu para o fechamento total das mi- verno Federal, resultando na criação
nas. Com a Revolução de 30, no en- de um órgão oficial para acompanhar
tanto, foram reabertos os trabalhos a política carbonífera nacional
de extração, com incentivos do Go- implementada pelo Governo em 1950.
verno Federal. A história continua no segundo vo-
A fase mais importante para o mi- lume, de 1950 a 2000, que já está sen-
neral ocorreu durante a Segunda do preparado e será lançado em mea-
Guerra (1939 a 1945), quando o car- dos do próximo ano.

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Mineração

E XT R A Ç Ã O

Pesquisa marca início da Santa Augusta


A atividade de extração de carvão da Mi- 1997. A mina foi implantada em área re- fornecimento de CE 4500 para a Gerasul,
neração Santa Augusta, em Criciúma, foi manescente da atividade de mineração de hoje Tractebel Energia.
iniciada, experimentalmente, pela Minageo carvão realizada pela CCU, na camada Por se tratar de pequena empresa, a
Ltda., empresa que opera tradicionalmen- Barro Branco, por meio da mina Santa Minageo teve, por obrigações contratuais do
te no ramo de sondagens e obras subterrâ- Augusta, uma das maiores de subsolo de consórcio de fornecimento de carvão para o
neas desde 1986. Primeiramente a ativi- Santa Catarina, exaurida em 1994. Complexo Jorge Lacerda, que ser substituí-
dade se deu com a abertura de um poço de Somente em setembro de 2000, a em- da pela Mineração Santa Augusta, criada
pesquisa em março de 1997 e com a presa teve suas perspectivas ampliadas em 20 de junho de 2000. Em seguida, essa
traçagem de galerias, na camada Irapuá, por sua entrada no Consórcio de Carvão passou a responder pelo contrato com a
também de pesquisa, a partir de agosto de Catarinense e assinatura de contrato de Tractebel, com uma participação de 2,12%.

CUIDADO
Solução para os
Recuperação do meio ambiente efluentes líquidos
da empresa
Preocupada com a questão
ambiental, a empresa não gera
efluentes líquidos, uma vez que toda a
água proveniente das frentes de servi-
ço retorna para a mina sobrejacente,
de onde provém. A Mineração Santa
Augusta é a pioneira em adotar esse
tipo de solução para a água de drena-
gem do subsolo.
A água é coletada nas galerias nos
A revegetação das margens dos rios Criciúma e Sangão é um dos benefícios ambientais
pontos de infiltração e direcionada para
A Mineração Santa Augusta está realizan- ficam mais em contato com os rejeitos, e o barragens, de onde é bombeada direta-
do um trabalho de recuperação ambiental nas aspecto paisagístico também está sendo be- mente para a superfície por meio de
margens dos rios Criciúma e Sangão. Os neficiado. Outra preocupação em relação aos tubulação instalada em furos de son-
rejeitos depositados nas margens pelas anti- rios reside na solução encontrada para a água dagem de grande diâmetro (200 mm),
gas operações de beneficiamento no local fo- da chuva. Toda a água pluvial que entra em de forma que o tempo de permanência
ram removidos, recebendo em seguida uma contato com material carbonoso é coletada no subsolo é mínimo.
cobertura de solo, hoje sendo revegetado com por um sistema de drenagem superficial e Na superfície, a água é direcionada
espécies nativas. Com isso, as margens não direcionada para uma bacia de decantação. por tubulação até a boca do plano incli-
nado da mina sobrejacente, na cama-
da Barro Branco. Com isso, a água que
Minerador contínuo infiltra no subsolo, através de fraturas,
A empresa é pioneira na Região Carboní- proveniente da mina superior inunda-
fera no uso do minerador contínuo, equipa- da, recircula, sem reduzir o nível do
mento importado da Áustria, que desmon- líquido na mina sobrejacente. A água
ta o carvão, sem a necessidade do uso dos retorna ao seu lugar de origem com a
explosivos, eliminando consideravelmente sua qualidade inalterada, fechando o
os riscos inerentes, além de uma qualidade
circuito e proporcionando uma opera-
melhor da atmosfera de subsolo. Outra van-
tagem do método é a melhor qualidade e ção de lavra, onde nenhum efluente é
segurança do teto e eliminação do barulho descartado.
ou vibração em superfície.

* A aprovação deste texto é de responsabilidade da empresa.


OBSERVAÇÃO: A escolha das carboníferas associadas ao SIECESC para cada edição deste informativo obedeceu ao critério da ordem
alfabética. A ordem é a seguinte: Carbonífera Belluno Ltda., Carbonífera Criciúma S/A, Carbonífera Metropolitana S/A, Comin & Cia Ltda.,
Cooperminas – Cooperativa de Extração de Carvão Mineral dos Trabalhadores de Criciúma Ltda., Coque Catarinense Ltda. – COCALIT,
Indústria Carbonífera Rio Deserto, Mineração Castelo Branco Ltda., Mineração Santa Augusta Ltda. e Mineração São Domingos Ltda.

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Meio Ambiente

RESULTADO
SIECESC no Canadá:
Aerolevantamento mostra visitas técnicas a
minas do País
áreas degradadas da região Com o objetivo de observar trabalhos
de recuperação de áreas degradadas pela
mineração, o secretário executivo do
SIECESC, engº. Fernando Zancan, e o
assessor técnico, engº. Cleber Gomes,
participaram, de 04 a 18 de outubro, de
visitas técnicas em minas de carvão,
areias betuminosas e minerais metáli-
cos em Fort McMurray, Sparwood,
Hinton e Kimberley, nas províncias de
Alberta e Britsh Columbia, no Canadá.
A visita ainda contou com a partici-
pação da diretora da Secretaria de Meio
Ambiente do Estado, Berenice Silva, e
de Jesse O. Freitas, do DNPM/11º DS/
SC, além dos pesquisadores do Centro
de Tecnologia Mineral (CETEM), Má-
Trabalho é parte do Projeto de Recuperação Ambiental da Bacia Carbonífera Sul Catarinense rio Possa, Juliano Barbosa, Paulo Ser-
gio Soares e Roberto Trindade.
O diretor geral do Departamento Na- bases cartográficas disponíveis, elaboradas A viagem fez parte do plano anual
cional de Produção Mineral (DNPM), no final da década de 60, e servirá para o do convênio entre CETEM e os Re-
Marcelo Ribeiro Tunes, apresentou ao planejamento regional, devendo ser utili- cursos Naturais do Canadá -
Comitê Gestor, no dia 30 de outubro, o zado pelas prefeituras e órgãos interessa- CANMET - financiado pela CIDA
levantamento aerofotogramétrico das ba- dos da região Sul do Estado. (Agência de Desenvolvimento Interna-
cias dos rios Araranguá, Tubarão, O mapeamento aéreo iniciou há um ano cional do Canadá, que auxilia países
Urussanga e Duna, em três etapas dife- e custou cerca de R$ 1,7 milhões, financi- em desenvolvimento nas mais diver-
renciadas. Os dados da Região Carboní- ados com recursos do Ministério das Mi- sas áreas de atuação), que consiste na
fera mostram inúmeras áreas degrada- nas e Energia, por meio da Secretaria de troca de experiências e na transferên-
das e o considerável crescimento urbano Minas e Metalurgia - SMM e DNPM, como cia de tecnologia para recuperação
das cidades da região. parte do Projeto de Recuperação Ambien- ambiental de áreas degradadas pela
O documento permitirá a atualização das tal da Bacia Carbonífera Sul Catarinense. mineração do Brasil e do Canadá.

Vistorias conjuntas avaliam condições de minas


Auditores, fiscais da DRT, fiscais do DNPM e membros da
Comissão Regional do Setor Mineral (CRSM), realizaram vis-
torias conjuntas nos dias 19, 20 e 21 de novembro em todas
as minas de subsolo para avaliar o andamento da implanta-
ção da NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Minera-
ção, junto ao setor carbonífero da Região Sul de Santa Catarina.
Nas atividades de superfície, as vistorias aconteceram em
meados do mês de outubro. Na avaliação da equipe de audito-
res, as condições gerais são boas e há uma predisposição por
parte das empresas em melhorarem ainda mais.
As vistorias fazem parte do plano da CRSM para 2002, que
previa duas vistorias conjuntas oficiais, sendo que uma delas
se deu em abril. Foram vistoriadas neste ano, portanto, to-
das as empresas e setores da mineração e beneficiamento de
carvão e fluorita da região Sul de Santa Catarina.
Integrantes da CRSM participam de reunião preparatória para vistorias

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Mineração

E V O LU Ç Ã O

Castelo Branco: compromisso com o social

Duas unidades extrativas compõem o setor produtivo da empresa: Mina Bonito I e Mina Novo Horizonte (foto), município de Lauro Müller

A Mineração Castelo Branco atua na ati- extração, o beneficiamento e a deposição do com o desenvolvimento de seus funcionári-
vidade extrativa de carvão mineral desde a rejeito. As minas operam em sistema meca- os, a Castelo Branco oferece cursos para aper-
década de 30, competindo entre as mais im- nizado, desde o desmonte até o transporte à feiçoamento, com vagas para a comunida-
portantes empresas do ramo. Suas reservas superfície. Aempresa ocupa a quarta coloca- de, nas áreas de Manutenção Mecânica, Hi-
estão entre as mais significativas do país, ção em cota de carvão energético entregue à dráulica, Elétrica, Operação e Manutenção
possibilitando a mineração, tanto a céu aber- Tractebel Energia, além de fornecer parte de Jig e nas áreas humana e de saúde. Atu-
to, como no subsolo. de sua produção para as cerâmicas e outras almente, também desenvolve projetos, como
Duas unidades extrativas compõem o se- mineradoras. Atualmente conta com uma Educação de Adultos, Integração Família/
tor produtivo da empresa: Mina Bonito I, na produção de 900 mil toneladas de carvão Empresa, Grupo de Esposas, palestras na
localidade de Guatá, e Mina Novo Horizon- bruto por ano e 348 mil toneladas de carvão comunidade, além de apoio a entidades que
te, na localidade de Novo Horizonte, ambas pré-lavado por ano. atendem crianças e adolescentes em proje-
no município de Lauro Muller, onde é feita a PROJETOS SOCIAIS - Preocupada tos antidrogas, como o Proerd.

Prioridade para o desenvolvimento com qualidade de vida


Operando dentro das normas técnicas e lhora na qualidade das águas”, diz o consul-
ambientais, a Mineração Castelo Branco con- tor da empresa, o químico Carlos Alberto
ta com programas de recuperação ambiental Lopes. Exemplo disso é a mudança do ph,
com resultados expressivos em todo o muni- que antes era de 3.5 a 4.0, e hoje está em
cípio de Lauro Muller, onde já foram recupe- torno de 6.2, além da diminuição da carga de
rados 100 hectares de áreas degradadas. O metais pesados. Algumas ações também
processo se dá por meio da remodelagem da atestam a preocupação com o meio ambien-
área, cobertura com argila e revegetação com te, como a contratação de uma consultoria
espécies vegetais adequadas. que está implantando o Sistema de Gestão
O monitoramento ambiental também faz Ambiental com vistas à certificação ISO
parte de outro programa que prevê a coleta e 14001, prevista para setembro de 2003. Tam-
análise das águas do rio Rocinha, um dos prin- bém será implantado o horto florestal, que
cipais formadores da Bacia Hidrográfica do produzirá mudas de espécies nativas para
Rio Tubarão, onde as unidades estão instala- revegetar as áreas em recuperação e desen-
das. O trabalho é feito por meio do IPAT – volver trabalhos junto à comunidade. Além
Instituto de Pesquisas Ambientais e disso, encontra-se em análise junto à FATMA
Tecnológicas da Unesc -, que monitora o ph e o Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de
os metais existentes nessas drenagens. “Uma Impacto Ambiental (EIA/RIMA) das duas Coleta e análise das águas do rio Rocinha
recuperação bem conduzida resulta em me- unidades.

* A aprovação deste texto é de responsabilidade da empresa.


OBSERVAÇÃO: A escolha das carboníferas associadas ao SIECESC para cada edição deste informativo obedeceu ao critério da ordem
alfabética. A ordem é a seguinte: Carbonífera Belluno Ltda., Carbonífera Criciúma S/A, Carbonífera Metropolitana S/A, Comin & Cia Ltda.,
Cooperminas – Cooperativa de Extração de Carvão Mineral dos Trabalhadores de Criciúma Ltda., Coque Catarinense Ltda. – COCALIT,
Indústria Carbonífera Rio Deserto, Mineração Castelo Branco Ltda., Mineração Santa Augusta Ltda. e Mineração São Domingos Ltda.

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Po n t o - d e - v i s t a

ATUAÇÃO

RESPONSABILIDADE SOCIAL
A filantropia, solidariedade hu- credencia a ingressar, em igual-
mana, caridade traduzem-se em dade de condições, em um mer-
amar ao próximo e são atitudes cado de trabalho cada vez mais
pregadas em todas as religiões, competitivo.
na ordem maçônica e nos clubes O compromisso social do se-
de serviço, entre outros, deven- tor carbonífero, via SATC,
do ser praticadas por todos os extrapola a educação e reflete-
homens de boa vontade. se na economia da região Sul,
Atualmente, após ser moda fa- propiciando com os conheci-
lar em meio ambiente, muito se mentos adquiridos na SATC e
fala em responsabilidade social, com o desenvolvimento do
balanço social, responsabilidade empreendedorismo,o surgimen-
social corporativa e outros no- to de uma geração de pequenos
mes derivados (as pessoas estão e médios empresários que ge-
ávidas por novas siglas) que ram emprego e renda para a re-
nada mais são do que o reconhe- gião. Hoje, cerca de 35 % dos
cimento da necessidade de aju- empresários da florescente e
dar ao próximo menos afortuna- importante indústria metal-
do, já descrita na Bíblia há mais mecânica da Região Carbonífe-
de 2000 anos. ra são ex-alunos da SATC. Ago-
Em 1959, alguns homens de ra, com a possibilidade de in-
boa vontade, sentindo a dificul-
O compromisso social do tercâmbio com a Itália, existe
dade, os problemas e a falta de setor carbonífero, via SATC, a real possibilidade de que alu-
perspectiva dos menos afortuna- nos formados pela SATC, após
dos da Região Carbonífera, re- extrapola a educação e reflete-se um aprendizado no exterior,
solveram criar a Sociedade de na economia da região venham a trazer novas
Assistência aos Trabalhadores tecnologias para a criação de
do Carvão – SATC. No início de empresas na região.
suas atividades, a SATC prestava, com com cerca de 25 milhões de dólares Felizmente, foi reconhecido e eleito
o auxílio das religiosas da Congrega- para manter a SATC, colaborando não por organismos como a ONU, Banco
ção Pequenas Irmãs da Divina Provi- só com o desenvolvimento da região Mundial e alguns importantes líderes
dência, assistência comunitária às fa- Sul, mas também do Estado de Santa mundiais, como prioridade, o comba-
mílias dos mineiros. Em 1962, os Catarina, já que cerca de 50 % dos te à miséria humana, maior proble-
patronos da SATC concluíram que o alunos formados foram para a região ma sócioambiental do planeta. O res-
mais importante para o resgate social Norte (Blumenau, Joinville, Jaraguá gate da cidadania passa necessaria-
e para o futuro dos filhos dos mineiros do Sul). mente por projetos de cunho filantró-
seria propiciar educação profissional de Os fundadores da SATC, cumprindo pico e as empresas têm um papel im-
qualidade, criando a Escola Técnica Os- com o seu dever, sentem-se realiza- portante neste contexto.
valdo Pinto da Veiga, mantida pela dos vendo que, a cada ano, adolescen- O que hoje se fala em responsabili-
SATC. tes estão, via educação profissional de dade social coorporativa já é feito, em
De 1963 a 2001 estudaram 48.079 qualidade comprometida com o desen- Criciúma, pela indústria carbonífera
alunos, sendo que 3.040 graduaram- volvimento humano e com as quali- de Santa Catarina há 43 anos, atra-
se em cursos técnicos e, a partir de dades pessoais – fatores fundamentais vés da SATC - Sociedade de Assistên-
2003, está prevista a graduação de 600 para a manutenção do emprego, ga- cia aos Trabalhadores do Carvão, que
técnicos por ano. rantindo assim o seu futuro e de suas hoje conta com 5.200 alunos matricu-
A atividade carbonífera de Santa famílias. lados.
Catarina, desde 1970 até agora, além A ajuda ao próximo é traduzida na
de contribuir com alíquotas para o possibilidade de mobilidade social, e Eng°. Fernando Zancan
SESI/SENAI, com o salário-educação esse é o papel da SATC, que propicia Secretário-Executivo do SIECESC
e outras contribuições sociais a alunos de baixa renda um ensino (Sindicato da Indústria de
estabelecidas na legislação, contri- de qualidade somente disponível em Extração de Carvão do Estado de
buiu, mesmo nos momentos de crise, alguns colégios particulares e que os Santa Catarina)

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Comunidade

PROJETO

Carvão e meio ambiente em exposição


Cerca de seis mil alunos das redes mu-
nicipal e estadual de ensino da Amrec, além
das escolas particulares Michel, São Ben-
to, Marista, Sagrada Família, Dom Orione
e SATC, participaram de exposição de pai-
néis, textos, maquetes, cartazes e outros,
no Criciúma Shopping, de 11 a 17 de no-
vembro.
A exposição fez parte das atividades de
encerramento do projeto de educação
ambiental, realizado durante este ano leti-
vo pelo Sindicato da Indústria de Extração
de Carvão do Estado de Santa Catarina
(SIECESC). Na abertura do evento, o pre-
sidente da entidade, Ruy Hülse, entregou
uma placa a todas as escolas participantes.
O projeto de educação ambiental teve iní-
cio no dia 12 de abril deste ano, quando
foram entregues aos alunos das terceiras
e quartas-séries doze mil cartilhas, com
os temas: “Vamos Aprender Sobre o Car-
vão” e “Vamos Aprender Sobre o Meio Am-
biente”, além dos manuais para o profes-
sor e uma fita de vídeo sobre o carvão. O
material é um instrumento pedagógico pi-
oneiro na região e foi todo desenvolvido por
professores e alunos da SATC.

Presidente Jornalista Responsável:


Ruy Hülse Joice Quadros - SC003395 JP
Fone: (48) 431.7600
Secretário Executivo
Fax: (48) 431.7650
Fernando Luiz Zancan
E-mail: siecesc@siecesc.com.br
Home page: www.siecesc.com.br
JORNAL DO CARVÃO
Uma publicação do SIECESC - Tiragem: 6.000 exemplares
Sindicato da Indústria de Extração de Carvão Impressão: Gráfica Santo Antonio
do Estado de Santa Catarina. Redação, edição e diagramação:
Editado de outubro de 1994 a junho de 1996. Hexa Comunicação Integral
Reeditado a partir de março de 2002. Fone: (48) 439.5578

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