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Agenda 2030 – ODS 10 – Redução da Desigualdade

 Ana Clara Viana


 Larissa Caroline
 Mariana Clemente
 Nicolas Floriano

Introdução:

O ano de 2020 começou com a expectativa de uma nova década. Uma década
para agir. Chamados justamente de Década da Ação, os 10 anos que temos
pela frente são essenciais para acelerar o passo rumo aos 17 Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos na Agenda 2030 da ONU. Logo
de início, a disseminação do coronavírus freou o mundo. Com a pandemia de
Covid-19, muitas das nossas vulnerabilidades enquanto sociedade foram
escancaradas, e ficam a cada dia mais evidentes as desigualdades existentes
entre nós.
A pandemia de Covid-19 tem evidenciado as diversas desigualdades existentes
entre nós, seja aqui no Brasil ou no resto do mundo. Mas antes do coronavírus
mudar nossas vidas, quais eram os pontos que mais pediam atenção quando o
assunto é caminhar rumo a um mundo com mais igualdade?

Desenvolvimento:

O 10º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável resume em uma só frase todo


o seu propósito: “reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles”. Mas
sabemos que a desigualdade não opera em uma só dimensão. Então, quais
aspectos dão conta de compreender toda esta questão? As metas traçadas
para o ODS 10 nos ajudam a percebê-los:
▫ Alcançar e sustentar o crescimento da renda dos 40% da população
mais pobre a uma taxa maior que a média nacional;
▫ Empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de todos,
independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem,
religião, condição econômica ou outra;
▫ Garantir igualdade de oportunidades e reduzir as desigualdades de
resultados;
▫ Adotar políticas, especialmente fiscal, salarial e de proteção social, para
alcançar uma maior igualdade;
▫ Melhorar a regulamentação e monitoramento dos mercados e
instituições financeiras globais;
▫ Assegurar uma representação e voz mais forte dos países em
desenvolvimento em tomadas de decisão nas instituições econômicas e
financeiras internacionais globais;
▫ Facilitar a migração e a mobilidade ordenada, segura, regular e
responsável das pessoas;
▫ Implementar o princípio do tratamento especial e diferenciado para
países em desenvolvimento;
▫ Incentivar a assistência oficial ao desenvolvimento e fluxos financeiros
para os Estados onde a necessidade é maior, em particular os países
menos desenvolvidos;
▫ Reduzir para menos de 3% os custos de transação de remessas dos
migrantes e eliminar os corredores de remessas com custos superiores
a 5%

Em janeiro deste ano, a ONU publicou a última edição do Relatório Social


Mundial: desigualdade em um mundo de rápidas mudanças, onde apresenta
uma análise de quatro megatendências que estão criando desafios neste
sentido:
▫ Inovação tecnológica
Segundo o relatório, as transformações tecnológicas têm criado novas
possibilidades em áreas como saúde, educação, comunicação, economia e
produtividade. Cursos abertos online, por exemplo, ajudam a democratizar o
acesso à educação. E aplicativos móveis de saúde disponibilizam sistemas de
monitoramento e prestação de serviços de forma facilitada.
Porém, este potencial só traz resultados para a promoção de um
desenvolvimento sustentável se todas as pessoas tiverem acesso a estas
transformações. E não é o que vemos na realidade. Novas tecnologias acabam
reforçando diversas desigualdades pois criam divisões digitais: quase 87% da
população dos países desenvolvidos têm acesso à internet, em comparação
com 19% nos países menos desenvolvidos.
▫ Mudanças climáticas
As mudanças climáticas afetam o mundo como um todo: não há um lugar no
planeta que esteja livre dos seus impactos. Mas as pessoas que vivem em
situação de pobreza e que estão em outros grupos vulneráveis – como
indígenas e pequenos produtores rurais – são aquelas que acabam
desproporcionalmente expostas a esses efeitos.
Estimativas sugerem que, mesmo em um cenário de baixo impacto (onde
seriam adotadas estratégias para mitigar os efeitos das mudanças climáticas),
cerca de três até 16 milhões de pessoas podem passar a viver em situação de
pobreza até 2030 por consequência desse problema.
▫ Urbanização
O local onde as pessoas nascem e crescem tem uma influência duradoura nas
oportunidades as quais elas terão acesso. Áreas rurais, por exemplo,
permanecem em desvantagem em termos de serviços, vagas de emprego e
renda, tanto em países em desenvolvimento quanto nos desenvolvidos. Já as
cidades são catalisadoras do desenvolvimento econômico e da inovação.
Entretanto, as áreas urbanas são mais desiguais do que as áreas rurais.
E em um mundo cada vez mais urbano, o planejamento e a gestão de cidades
inclusivas são essenciais para reduzir as desigualdades. O relatório da ONU
aponta quatro componentes essenciais encontrados em abordagens políticas
bem-sucedidas neste sentido: o direito à moradia e o foco no atendimento às
necessidades das pessoas em situação de pobreza, a melhora na mobilidade
urbana, o acesso ao trabalho decente e ao emprego formal e, por fim, o
fortalecimento dos governos locais.
▫ Migração internacional
A migração internacional é apontada pelo relatório como um dos símbolos da
desigualdade global. Afinal, todos os anos milhões de pessoas saem de seus
países para buscar melhores oportunidades ou para fugir de conflitos e
desastres naturais. Se acontecesse de forma segura e ordenada, esse
fenômeno teria impactos positivos ao redor do mundo, justamente por ampliar o
acesso a oportunidades.
Porém, a maioria dos países de destino – que ficam em regiões desenvolvidas
– incentiva a admissão de migrantes altamente qualificados, enquanto oferece
poucas possibilidades para a entrada legal de migrantes menos instruídos.
Além de proporcionar a essas pessoas caminhos legais para a migração,
promover ativamente a sua integração é fundamental para equilibrar essa
dinâmica, e trazer resultados benéficos para a sociedade em geral.

Proposta de intervenção:
A justiça social parte do princípio de que todos os indivíduos de uma
sociedade têm direitos e deveres iguais em todos os aspectos da vida social.
Isso quer dizer que todos os direitos básicos, como a saúde, educação, justiça,
trabalho e manifestação cultural, devem ser garantidos a todos. Não é possível
falar em desenvolvimento de uma sociedade considerando apenas o
crescimento econômico. A noção de justiça social está atrelada à construção
do que é chamado de Estado de Bem-Estar Social, isto é, um tipo de
organização política que prevê que o Estado de uma nação deve prover meios
de garantir seguridade social a todos os indivíduos sob a sua tutela, o que
significa que o acesso a direitos básicos e as ações de seguridade social
devem ser estendidos a todos.
Portanto, ao tratarmos do conceito de justiça, devemos tomar o cuidado
de observar que esse é um conceito normativo, ou seja, refere-se às normas e
regras instituídas. Hans Kelsen (1881-1973), apresenta a ideia de justiça como
algo que depende da moral e dos valores existentes em uma sociedade,
diferentemente de noções como “igualdade” ou “liberdade”, que, embora sejam
objetos abstratos e conceitos teóricos, podem ser verificados de forma empírica
dentro de um dado contexto, a justiça não é um objeto concreto, mas sim uma
construção pela qual todos nós somos responsáveis. Logo, ao
desenvolvimento de políticas públicas em pról de equidade: conceito que
expande nossa discussão em coompreender os contextos socioculturais de
pessoas, além de preconceitos estruturais e enraízados na cultura, tal qual
influencia nossa legislação. Contudo, devemos nos atentar a nossos grupos
sociais, e atitudes individuais que influenciam os nossos valores ao
escolhermos representantes políticos.
PS: Ampliando nossa discussão, regularizem seus títulos de eleitores
até dia 4 de maio, para mais informações acessem https://www.tre-sp.jus.br/

Conclusão:
Concluímos então, que a redução da desigualdade abrange temas de
imensa importância para o bom funcionamento da nossa sociedade. Este
desenvolvimento sustentável engloba muito mais do que um aspecto, sendo
assim, não existe apenas uma única solução que se aplique a todos esses
casos. Cada país tem suas preferências distintas, encaram desafios diferentes
e almejam por coisas variadas, portanto, é necessário trabalharmos juntos,
como uma só nação, fazendo as perguntas certas para obtermos as respostas
corretas.
Os ODS são um apelo global para acabar com a pobreza, proteger o
meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares,
possam desfrutar de paz e de prosperidade. A redução da desigualdade é
apenas um dos objetivos para os quais todos temos que contribuir a fim de que
possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil e no mundo.

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