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OS-PURITANOS.

COM
VIDA AOS MORTOS — Conrad Mbewe
Copyright © 2014, Os Puritanos
Formato digital,18 páginas.
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matenha seu formato original e os devidos créditos. Sua venda e/ou distribuição sob
qualquer meio ou forma são proibidas, assim como republicações em sites sem a devida
autorização.
Editor
Manoel S. Canuto
Designer
Heraldo Almeida
Acesse
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SUMÁRIO

Capa

Créditos

— INTRODUÇÃO

— A CONDIÇÃO HUMANA

— O QUE PODERÁ FAZER O HOMEM?

— O TESTEMUNHO DE PAULO

— A MENSAGEM DA CRUZ

Nossos Livros

Mídias
INTRODUÇÃO

Paulo, chamado pela vontade de Deus para ser apóstolo de Jesus Cristo, e o irmão
Sóstenes ... Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este
crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A
minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de
sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se
apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus. ( I Co 2:1-5).

Paulo diz que pregou de forma que a fé dos coríntios não se


apoiasse em sabedoria humana, mas no poder de Deus. É
importante para nós que, à medida que pensamos sobre a
pregação da cruz, estejamos convencidos que estamos lidando
com o próprio poder de Deus e que não sejamos afastados dela
(da pregação da cruz). Na mente de Paulo estava muito claro
que não estamos lidando meramente com mensagens que
apenas falam às mentes das pessoas, mas somos cooperadores
com Deus e que Deus usa a mensagem da cruz para dar vida
aos mortos e para mudar Seu próprio povo à imagem de Jesus
Cristo mais e mais.
A isso o apóstolo Paulo se refere em I Co I:17 - “Porque não
me enviou Cristo para batizar, mas para pregar o Evangelho; não
com sabedoria de palavra para que não se anule a cruz de
Cristo”. Para que a cruz de Cristo não seja esvaziada do seu
poder. Paulo está dizendo que era muito cuidadoso pela forma
que pregava. Ele pregava de tal maneira que, quando as pessoas
se convertiam, elas sabiam que nada tinha a ver com sua
eloquência ou algo especial com relação a ele mesmo. Tudo era
por causa da cruz de Cristo. É assim que deve ser nosso
ministério. Quando as pessoas olham para sua própria
conversão não devem ver nesta hora a nós e nossas habilidades,
mas que sejam gratos pela cruz de Cristo. E para que possamos
apreciar melhor estas verdades temos que fazer uma pergunta
várias vezes a nós mesmos: qual a verdadeira condição
espiritual das pessoas a quem Deus nos envia a pregar.
Precisamos reconhecer a forma como as Escrituras veem a
humanidade. Não há dúvida de que Paulo já havia chegado à
conclusão certa nesse sentido. Ele diz que chegou a Corinto “em
fraqueza, temor e grande tremor”. Paulo não tentou manipular
ninguém através de palavras persuasivas.
A CONDIÇÃO HUMANA

Como Paulo via a condição destas pessoas? Inicialmente ele os


viu espiritualmente cegos. Vamos ver isto em II Co 4:4 - “...nos
quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos
para que não lhes resplandeça a luz do Evangelho da glória de
Cristo, o qual é a imagem de Deus”. O deus deste século cegou o
entendimento dos incrédulos... Paulo está indo além da
mentalidade deles, está indo além da hostilidade que têm. Paulo
vê que eles são de fato espiritualmente cegos. Embora pareçam
iluminados no seu exterior, eles não conseguem ver a luz
porque são cegos. Paulo vai adiante e em Romanos ele ressalta o
fato de que realmente estão escravizados ao pecado (Rm 8:7):
“Por isso o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não
está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os
que estão na carne não podem agradar a Deus”. Isso é
escravidão pura! Não estava naqueles a quem Paulo haveria de
falar nenhuma capacidade para decidirem-se a favor de Cristo.
Estavam escravizados.
Existe uma grande diferença entre o escravo e o empregado.
Os dois podem fazer a mesma coisa, mas o trabalhador pode
entregar sua demissão e ir embora, por ter tido melhor oferta
em outro lugar, mas o escravo não pode fazer isso. Você pode
prometer ao escravo a metade do mundo, mas a “bola não está
em seu domínio para que faça a jogada”. Ele está escravizado. É
assim que se encontra uma pessoa que entrou neste mundo e
recebeu de Adão a sua herança. Todos que estão fora de Cristo
são escravos do pecado. Eles não podem prometer abandonar
nada e viver vida nova porque assim decidiram ou só por você
ter prometido algo para eles. Não é possível.
Na epístola de Efésios Paulo vai mais além dizendo, no
capítulo 2, que o homem está morto espiritualmente. “Ele vos
deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados” (Ef
2:1). É assim que ele descreve o quadro que temos relatado até
aqui: Paulo usa a palavra “morte”. Paulo diz que eles estavam
mortos nos seus delitos e pecados “nos quais andastes outrora,
segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade
do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;
entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as
inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos
pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como
também os demais. Paulo está olhando para uma escravidão
que tem três ângulos: ao mundo, a Satanás, e a uma escravidão
para com a natureza caída. Eles diz que esta escravidão tríplice,
na verdade, é morte. Ele diz que “éramos por natureza filhos da
ira” de Deus.
À medida que Paulo chega a Corinto, em sua mente, se sentia
como Ezequiel tendo a visão de um vale de ossos secos. Uma
situação, do ponto de vista humano, sem esperança. Quem pode
dar vida aos mortos? Ninguém, exceto o próprio Criador. À
medida que estamos no mundo é preciso que tenhamos esta
visão bíblica do mundo. Não são pessoas que precisam apenas
de um pouco de persuasão; eles estão mortos, mortos.
Consequentemente, precisamos ver alguma coisa aqui que vai
além do poder que qualquer pessoa tenha. Mas a situação que
Paulo descreve aqui é até pior do que aquela que Ezequiel viu
no vale de ossos secos. Porque, pelo menos, os ossos secos não
conseguem ser hostis a você; não podem clamar pelo seu
sangue. Mas com relação ao mundo, sem sombra de dúvida,
eles vão odiar você pelo bem que está querendo fazer por suas
almas. Na experiência de Paulo ele conhecia a inimizade do
mundo.
O QUE PODERÁ FAZER O HOMEM?

Quero fazer uma simples pergunta. Se isso tudo é verdade, e


sabemos que é verdade, o que esses métodos criados por
homens podem fazer para resolver a situação? Será que uma
música suave, tranquila, gostosa, pode ajudar a trazer vida a
mortos? Será que histórias bonitas podem dar vida aos mortos?
Podem fazer as pessoas se tornarem nossos seguidores, isso
sim! Porque elas podem ver nossa inteligência, mas não lhes
dará vida. Se você não consegue encarar de frente a situação de
improbabilidade da ajuda humana, então, você não encarou de
frente o fato de que o homem está realmente morto.
Gostaria que você, algum dia, fizesse um pequeno exercício.
Eu já fiz isso para mostrar a mim mesmo a minha necessidade
desesperadora de ver Deus operando através de mim. Isso pode
acontecer quando estamos no funeral de uma pessoa que está
sendo enterrada e ver o desespero estampado no rosto das
pessoas enquanto estão chorando. Você percebe que as pessoas
ali ao redor estão dispostas a fazer qualquer coisa, se pudessem,
para trazer o morto de volta à vida. Mas eles veem o caixão
sendo enterrado. Tenho pensado comigo mesmo: é a última
coisa que eles desejam fazer. Mas não têm escolha e começam a
jogar a terra por cima do caixão. Penso comigo: mas lá dentro
há uma pessoa que eles amam. Eles não querem fazer o que
estão fazendo, mas não têm escolha; não há esperança. Aquela
pessoa partiu. Finalmente, eles se viram e começam a voltar
para casa sem aquele ente querido. Eu estou ali em pé. Que
figura a Palavra de Deus usa quando estou diante de incrédulos:
morte, desespero! Em mim não há absolutamente nada que
possa fazer. Dá vontade de dar as costas e voltar para minha
profissão de engenheiro, porque estou fitando a morte e estas
pessoas precisam de vida! A vida não pode ser dada por um ser
humano, mas, com relação ao apóstolo Paulo, ele tinha certeza
de que era possível que os mortos se tornassem vivos. O
apóstolo diz que é pelo poder do Espírito Santo.
Não é sem sentido que Paulo diz em I Co 2:4 que sua palavra
e sua pregação não consistiam em linguagem persuasiva de
sabedoria humana. Linguagem persuasiva não pode dar vida
aos mortos, mas aquela Palavra que é demonstração de Espírito
e poder. É como se Paulo estivesse diante daquele vale de ossos
secos só podendo estar ali em virtude da existência do Espírito
Santo que foi prometido ao Filho de Deus. Tendo Este morrido
por Seus eleitos, o Espírito vem para dar vida aos eleitos, os que
estão mortos nos seus delitos e pecados, e trazê-los à salvação.
Com base nesta confiança o apóstolo Paulo pôde dizer que
ainda iria continuar a pregar.
Em Atos 18 lemos que Paulo estava passando por momentos
difíceis em Corinto. Mas vemos que nos versículos 9-11 o
Senhor fala com ele: “Teve Paulo durante a noite uma visão em
que o Senhor lhe disse: Não temas; pelo contrário, fala e não te
cales; porquanto eu estou contigo e ninguém ousará fazer-te mal,
pois tenho muito povo nesta cidade. E ali permaneceu um ano e
seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus”. Paulo está
em Corinto em tempos difíceis e a única razão pela qual Deus
diz que ele não tema é porque ele está temeroso e Deus diz para
ele que tem “muito povo nesta cidade”. Deus diz para ele
continuar sua obra, pois Ele tinha muito povo na cidade de
Corinto, tinha aqueles que ainda seriam chamados para fora, da
morte para a vida. Por isso deveria continuar a obra. Será que,
de fato, cremos nestas verdades? Cremos que só o Espírito Santo
é aquele que pode outorgar vida aos mortos? Ele realmente
dará vida aos mortos? Nós temos uma parcela em tudo isso ao
fazer nossa parte: somos colaboradores com Ele. Quando o
Espírito Santo opera através de nós os mortos virão à vida.
O TESTEMUNHO DE PAULO

Devemos lembrar o testemunho de Paulo em I Ts 1:4-5 -


“...reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição,
porque o nosso Evangelho não chegou até vós tão-somente em
palavras, mas sobretudo em poder, no Espírito Santo e em plena
convicção...”. Paulo está dizendo que reconhece que eles foram
eleitos por Deus antes da fundação do mundo. Como ele sabe?
Ele diz que quando veio pregando no meio dos coríntios e
enquanto pessoas riam do apóstolo gozando do que ele estava
fazendo, e se tornando hostis para com o que ele fazia - visto
que sua pregação, para eles, eram meras palavras, eram
palavras que eles expulsavam de suas mentes - entretanto não
acontecia isso com os crentes de Tessalônica, os que formaram
a igreja ali. Para eles a mensagem de Paulo chegou não apenas
em palavras, mas eram acompanhadas de poder, um poder
irresistível, um poder que impedia de jogar para fora da mente
as argumentações de Paulo. Eles foram “presos” e se tornaram
convencidos por Paulo. Seus olhos espirituais se abriram e
viram em Cristo um Salvador suficiente. Viram na cruz a única
esperança de salvação e abraçaram tudo isso pela
demonstração do Espírito neles. Paulo se refere à única forma
pela qual uma pessoa pode se tornar um cristão. O Espírito
Santo precisa agir, precisa dar vida aos mortos. Poderemos
fazer de tudo até ficarmos esgotados, mas nada vai acontecer.
No máximo poderemos fazer com que as pessoas se filiem às
nossas igrejas e talvez possam até viver por um período pelos
princípios que ensinamos nas nossas igrejas. Mas eles serão
corpos mortos em “muletas”. Ficarão susceptíveis, apenas
esperando um pouco de vento soprar e quando escorregarem se
afastarão porque ainda estão mortos, mortos, embora estejam
dentro da igreja. É o Espírito Santo que precisa agir.
Em Romanos 8:30 nós vemos como Deus está cumprindo um
processo histórico: “E Aos que predestinou, a esses também
chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que
justificou, a esses também glorificou”. “Aos que predestinou, a
esses também chamou...”. Se não fosse por esta frase já teria
pedido demissão do pastorado. Se Deus não tivesse pré-
escolhido aqueles que hão de ser salvos já teria me desesperado
há muito tempo porque não tenho poder para dar vida a um
morto. Não há nada que faça para que possa conseguir isso.
Mas graças a Deus! Deus, antes que o tempo começasse,
escolheu aqueles a quem Ele haveria de mostrar a Sua graça.
Deus os escolheu de todas as partes da terra. No Brasil existem
os Seus eleitos; no Zâmbia eles estão também e por isso posso
labutar com a certeza plena de que, através de minhas
pregações, o Espírito haverá de chamar com um chamado
outorgador de vida, chamado que corresponde ao chamado de
Ezequiel que, ao falar, os ossos secos saltaram para a vida. É o
mesmo chamado a que se refere I Co 1 quando Paulo diz que os
judeus exigem milagres e os gregos buscam sabedoria, mas ele
diz - v. 23 - que nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo
para os judeus e loucura para os gentios, mas poder para os que
foram chamados, para os que Deus chamou. O que é uma pedra
de tropeço para uns, loucura para outros e escândalo para os
judeus, agora é o poder de Deus e sabedoria de Deus.
Com a pregação eles não têm escolha, seus olhos são abertos
para ver a vida como verdadeiramente é. A realidade espiritual
amanhece em suas vidas e correm para a cruz de todo coração
clamando: Salvador, salva-me ou morrerei! Certo autor de hino
faz a seguinte colocação: “Ele fala, e ao ouvir Sua voz, nova vida
os mortos recebem. Os corações quebrantados e em pranto se
regozijam, os humildes e pobres creem.” Outro hino diz: “Por
muito tempo aprisionado permaneceu o meu espírito,
completamente preso ao pecado na noite da natureza, mas foi
quando vislumbrei um raio que trouxe vida; comecei a andar
em minha cela cheia de luz; todas as minhas cadeias caíram;
meu coração estava livre. Levantei-me, fui em frente e te segui.”
Que sejamos convencidos disso. Não estamos sós, não somos
meros psicólogos; não somos meros sociólogos, não somos
estudantes que estudam como opera a mente humana, somos
cooperadores com o Deus vivo. Aquele que criou todo o
Universo recria tudo em Cristo Jesus; o abençoado Espírito
Santo trabalha lado a lado com seus vasos escolhidos.
Como precisamos de mais fé no Espírito Santo em nossos
púlpitos! Para que neles subamos dizendo: “Creio no Espírito
Santo; não dependo da minha própria força, não dependo da
minha própria inteligência. Se Deus, pelo Seu Espírito, usa as
minhas palavras, não importa quão hostis as pessoas sejam,
elas se voltarão. Elas se tornarão os maiores defensores desta
mensagem.” Será que temos esta fé? Será que estamos
conscientes, enquanto labutamos para o Mestre que Deus, pelo
Seu Espírito, ainda outorga vida aos mortos? É importante,
enquanto pensamos nesta questão, que percebamos a conexão
vital entre essa obra do Espírito e a pregação da cruz. É
importante que vejamos isso, pois hoje muito se fala sobre o
Espírito Santo e se diz muitas coisas que o Espírito anda
fazendo e muitos até se vangloriam de que o Espírito atuou sem
a Palavra como se os seres humanos, de alguma forma,
estivessem cheios de unção. Como se tivessem um poder
especial pairando sobre eles. Precisamos ver a relação daquilo
que Paulo fala quando diz: “Porque decidi nada saber entre vós,
senão a Jesus Cristo e este crucificado”. A razão para isto é
porque é exatamente através da pregação da cruz que o Espírito
demonstra Seu poder e salva os perdidos. Foi o que Paulo quis
dizer em I Co 1:17 - “Porque não me enviou Cristo para batizar,
mas para pregar o Evangelho”. A ênfase é no pregar da Palavra,
no pregar o Evangelho; ele faz uma colocação importante
quando diz que prega “não com sabedoria de palavra”, ou seja,
não como o mundo estava entendendo “para que se não anule a
cruz de Cristo”, para que a Palavra não fosse despida do seu
poder. Paulo disse para os crentes de Tessalônica: “...porque o
nosso Evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra,
mas sobretudo em poder, no Espírito Santo...” (I Ts 1:5). Era o
Evangelho vindo com poder. Não era um poder que
simplesmente se “derramava” do apóstolo Paulo, pois ele diz
que o Evangelho não havia chegado até eles apenas em
palavras, mas em poder. Essa ideia de que se pode ter o Espírito
sem a Palavra pode trazer grande reboliço, mas só está fazendo
a Igreja mais pobre. O Espírito Santo não haverá de abençoar
onde Jesus não é exaltado. Quando a cruz de Cristo é jogada
para o lado pode ter certeza de que o Espírito Santo é
entristecido completamente.
A MENSAGEM DA CRUZ

A mensagem da cruz é a “matéria-prima” que o Espírito Santo


usa para dar vida aos mortos. A mensagem da cruz que o
Espírito usa para fazer os mortos reviverem. “Ele fala, e,
ouvindo Sua voz, nova vida os mortos recebem.” Como pode um
morto ouvir? Eu não sei! Mas, lembre-se que é a voz do Criador.
Jesus disse para Lázaro: “Lázaro, Lázaro, levanta-te!” Lázaro
ressuscitou. Deus falou e este mundo veio a existir; Ele falou e o
mundo existiu. Como Deus faz só Ele sabe. Mas o fato é que Ele
faz, e temos de crer nisso, temos de ir em frente nesta fé. Que
Deus tome esta mensagem da cruz e a use para dar vida aos
mortos.
Em Tiago 1:18, lemos: “Pois, segundo o seu querer, ele nos
gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como
primícias das suas criaturas”. Perceba que Tiago diz que foi
segundo o Seu querer que Ele nos gerou pela Palavra da
verdade. Não é gente recebendo vida independentemente
destas verdades, não! Deus até poderia fazer assim, mas Ele se
comprometeu a fazer desta forma. Ele vai nos fazer nascer
através da Palavra da verdade.
Em I Pedro 1:23 lemos: “Pois fostes regenerados, não de
semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a Palavra de
Deus, a qual vive e é permanente.” Preste atenção que Pedro diz
que é “mediante a Palavra de Deus, a qual vive e é permanente”.
Novamente vemos que é pela Palavra. Que tolo é o homem que
escolhe um pregador que abandonou a Palavra e está em busca
de sucesso. Que tolo é este homem que abandonou o meio pelo
qual Deus usa para dar vida aos mortos; ele vai encher sua
igreja de corpos defuntos, de cadáveres; vai transformar o lugar
que deve ser de vivos em um lugar de mortos. Este homem não
conhecerá “o fruto” que só pode vir desta forma.
Temos que olhar para nosso trabalho desta maneira: temos
de ser como pescadores. O pescador sai para pescar com uma
linha. Seu trabalho é garantir que o anzol ficará firmemente
preso aos lábios do peixe. E uma vez que fez esta parte, deixe o
resto com o Espírito Santo. Não use os seus músculos carnais
para tentar arrancar o peixe da água através das táticas de
pressão ― apelos que estão falando toda sorte de mentiras para
as pessoas. Coisas assim: “O Espírito Santo disse que se você sair
por aquela porta certamente morrerá.” São mentiras e
mentiras! Pregue apenas a Palavra do Evangelho; pregue
Aquele que morreu por pecadores. E quando o Espírito Santo
começar a trazer o peixe para fora da água, deixe o peixe lutar
consigo mesmo como ele quiser, pois logo ele estará no “prato
de Jesus”. É uma questão de tempo! Temos cometido um grave
erro quando queremos agir como Deus e começamos a chamar
o peixe para fora d’água e inventamos muitas coisas para fazer
o peixe pular fora da água: tocar flauta, fazer promessas
atrativas como: “O prato em que você vai pular é muito alvo,
muito branco; você terá prosperidade, saúde e tudo mais,
venha!” Por quê? Por que se rebaixar tanto, como se
estivéssemos vendendo uma simples pasta dental? Nós somos
servos do Deus vivo, embaixadores do Rei, vamos por este
mundo falando aquilo que Jesus mandou que falássemos para
que todos olhem face a face o Rei dos reis. Então, terá feito a sua
parte.
Vamos nos deixar persuadir por isso. Abandonar a pregação
da cruz é abandonar a bênção sobre a nossa pregação;
abandonar a pregação da cruz é ficar estéril pelo resto da vida,
pois não teremos aquela “matéria-prima” para colocar nas
mãos do Espírito Santo a fim de que Ele retire o peixe para fora
da água. Muitos têm grandes números em suas igrejas e as
dores de cabeça para dar conta deles. Muitos só falam em
números em detrimento da Palavra e temos conhecimento de
escândalos e mais escândalos existentes no meio deles. Estão
sempre “enfiando os mortos por debaixo do tapete” até que o
tapete esteja na altura dos seus ombros e baste mover aqueles
corpos para que o odor pútrido logo exale. Não siga este padrão,
seja um pregador da cruz sempre seguro de que as pessoas que
se achegam pela fé em Cristo, como Paulo diz, têm uma fé que
não repousa em nós, não em nossa eloquência, mas na cruz de
Cristo. Assim, estaremos desenvolvendo um corpo de pessoas
que realmente amarão a Jesus e que serão dEle; amarão o Cristo
que morreu por eles na cruz; pessoas que sempre anelarão
estar perto da cruz, onde sempre experimentaram o sangue
purificador do Filho de Deus; será sempre, para estas pessoas,
um regozijo cantar ao Cordeiro de Deus que morreu sobre a
cruz. Se elas forem para igrejas onde qualquer coisa é
oferecida, menos a cruz de Cristo, voltarão para casa tão
famintas como entraram. Nunca serão adoradores de heróis
seguindo personalidades por todo lugar, mas estarão presos a
Jesus Cristo cantando eternamente: “na cruz sempre me glorio
até que minha alma carregada de pecado ache descanso além
do rio”. Esta será a canção!
Nós chegaremos àquele dia glorioso onde veremos os que
chegaram a Cristo por este meio, com seus olhos fitos no trono
onde o Salvador reina, ouvindo a voz renovada cantando:
“Digno é o Cordeiro que foi morto”. Ajuntaremo-nos a eles neste
cântico, agradecendo a Deus o fato de estarmos fielmente
apontados para Ele. Preguemos a cruz de Cristo com fé na ação
do Espírito Santo.
Amém!
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