Você está na página 1de 3

SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE PASSOS – SRE

ESCOLA MUNICIPAL CENTRO DE ATENÇÃO INTEGRAL À CRIANÇA- CAIC


PMAT - Programa Municipal de Atividades Tutoradas
PERÍODO: 12 a 30 de abril de 2021
Professor: Marcos Paulo da Silva Componente curricular: História
Aluno(a):__________________________________________Turma(s): 7º ano_______________
______________________________________________________________________________

AULA I

Quando olhamos para o continente africano, somente podemos fazê-lo a partir de nossos
próprios olhos, isto é, só podemos perceber o outro através de nossas experiências e da
nossa própria vida. Por muito tempo a percepção do continente africano foi marcada pela
percepção europeia sobre o continente e seus muitos povos, as vozes dos africanos, para
falar sobre sua própria experiência esteve por muito tempo silenciada ou manchadas por
outras. Estudamos a África de ponto de vista que parte da escravização dos povos
africanos em nosso país e das consequências de tal fato. Deixamos de lado as narrativas
do próprio continente sobre os muitos reinos e civilizações que existiram nos milhares de
anos anteriores a conquista pelo europeu, quase sempre por que tentamos encaixá-los
nos modelos fornecidos pela Europa. As teorias racistas formuladas pelos europeus do
século XIX levaram a forjar visões estereotipadas e preconceituosas da África e de seus
habitantes. Uma das mais recorrentes é a que apresenta a África como um continente
“sem história”; nessa versão, os povos africanos são chamados de “tribos” e suas línguas,
de “dialetos”. Estudos e pesquisas desenvolvidos no século XX, sobretudo após as
independências africanas, vêm nos permitindo conhecer a rica e movimentada história da
África e dos africanos no Brasil. A História não é construída por uma única verdade, uma
única voz, não existem verdades absolutas e completas para a História, estamos sempre
buscando ouvir e compreender novas histórias, ampliando o número de vozes que fazem
parte da experiência humana. Somente ao incluir novas visões, histórias e experiências é
que chegaremos a História.

Faça uma pesquisa sobre notícias, reportagens e histórias a respeito de países africanos
e da situação no continente. Utilize seu telefone, jornais, revistas, a internet para localizar
as informações que você precisa. Com o material em mãos faça uma breve exposição de
seus achados, da maneira que você preferir, texto, colagens, desenhos, etc.

1
Aula II
Faça uma leitura do texto entre as páginas 25 e 26 de seu livro didático e do trecho
abaixo:
O dia a dia na aldeia dos griôs
[…] A vida na aldeia dos griôs era a escola dos griôs. Era lá que eles aprendiam as
técnicas de memorização, a construir instrumentos de música e não apenas a tocá-los
[…]. Os acontecimentos ocorridos há dez ou setecentos anos são mantidos sempre
frescos pela palavra do griô. Só as extraordinárias sociedades que não dependeram da
escrita para o registro dos seus feitos dominam a palavra para transmitir a história. Essa
imensa sabedoria negro-africana conhece não só as técnicas de resguardar, mas também
as de passara história adiante. […] Exige-se dele um comprometimento com a verdade. O
rigor do mestre garantia a tradição, e a tradição garantia a maestria de cada um. […]

1 – Os Griôs transmitiam seus conhecimentos através da História Oral, isto é, aquela


transmitida através da fala, que não utiliza a escrita como ferramenta principal para o
processo histórico. Qual foi a importância dos Griôs para o Império do Mali?

Aula III
Leia o texto entre as páginas 27 e 29 de seu livro didático e o trecho abaixo:
O antigo Mali
O antigo Mali foi criado por diversos povos aparentados que viviam na região situada
entre o rio Senegal e o rio Níger. Os mais importantes deles eram conhecidos como os
mandingas (ou malinquês, ou manden). [...] Sundjata Keita (1230-1255) estendeu a
influência do Mali às unidades políticas menores da vizinhança, lançando as bases de um
Estado unificado que se manteria hegemônico até a metade do século XV. Integrado por
diversos povos além dos mandingas, como os soninkês, fulas, dogons, sossos e bozos, o
Mali evoluiu para uma condição que o aproximava de um império, na medida que exercia
sua hegemonia, impondo-se militarmente, e extraía tributos dos povos vencidos. Era
constituído de núcleos distintos de tribos, chefaturas e pequenos reinos locais. Havia duas
categorias de províncias: as aliadas, cujos chefes conservavam seus títulos (caso de
Gana e Nima), e as conquistadas, em que, ao lado dos chefes tradicionais, era destacado
um representante direto do mansa. O controle era, direta ou indiretamente, estabelecido
por um poder central, representado na figura de governante, designado pelo termo
mansa. Este era tido como o líder supremo, o executor das decisões coletivas e o
aplicador da justiça […]. O mansa era o representante máximo dos costumes ancestrais

2
da comunidade, e mesmo que em sua corte alguns tivessem adotado a crença
muçulmana, a população continuava a praticar seus ritos e cultos tradicionais politeístas.
Havia na corte espaço para os eruditos das mesquitas, conhecedores do Corão e da lei
corânica, e espaço para os djeli, ou griots, os conhecedores e transmissores dos
costumes seculares próprios das populações locais. […].

1 – Marque Verdadeiro ou Falso e justifique as alternativas incorretas:

( ) O Império do Mali foi uma sociedade extremamente avançado e que dominou o


comércio, o conhecimento e um grande território no norte da África.

( ) O Mansa foi uma espécie de enviado europeu a corte malinesa com o propósito de
facilitar a conquista do território pelas nações europeias, interessadas nas riquezas do
país.

( ) O Império do Mali foi construído de maneira pacífica, através de tratados de comércio


e de aliança com as nações vizinhas.

( ) O Islã era a religião oficial do Império, após a conversão de seu primeiro líder,
entretanto outras práticas religiosas tradicionais continuaram a acontecer no território do
Mali.

Você também pode gostar