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BANABUIÚ-CE
2011
Hoje estamos vivenciando um período onde as relações sociais estão cada vez mais
distantes. Aparentemente a violência virou uma espécie de modismo e o ser humano só obtém
sucesso se seguir as normas, já devidamente programadas e impostas pela sociedade em que
vive.
Porém, nem sempre as coisas acontecem como as normas impõem, mas, e aí? De
quem é a culpa dos “insucessos” que surgem no meio social? Da família? Das faltas de
oportunidades? Dos políticos corruptos? Dos meios de comunicação? Da sociedade em geral?
De Deus? Não! A culpa dos insucessos é, na maioria das vezes, apontada como falha do
sistema educacional.
Ao analisar o desenho “A máquina da escola”, percebo o quanto ainda temos que lutar
para que a escola não seja vista como uma fábrica de pessoas. Temos que aceitar e
principalmente aprender a conviver com as diferenças.
Vivemos numa época em que, felizmente, o direito a educação se alastrou para todas
as camadas sociais. Não é só o filho do fazendeiro, do comerciante ou do empresário que
pode frequentar uma escola. Mas o filho do capataz, do faxineiro, do operário, do
desempregado, do alcoólatra, do drogado e da prostituta tem o mesmo direito a educação. Por
conta disso se tornou (e se torna constantemente) impossível manter uma política separatista
dentro da escola.
Não existe uma fórmula de se padronizar conhecimento. O aluno chega à sala de aula
com um universo de questões, de problemas e de vivências que não ocorrem dentro dos muros
da escola, mas que nem por isso podemos dizer que estão desvinculados da mesma.
Hoje em dia temos uma visão de que a escola não age sozinha e que é mais que
necessário o trabalho em conjunto de toda a comunidade para o sucesso educacional da
mesma. Mas, nem sempre as coisas eram vistas dessa forma. As instituições de ensino
passaram muito tempo (e em alguns casos ainda passam) sendo vistas como única culpada dos
fracassos e fracassados. E aí olho mais uma vez para o desenho “A máquina da escola” e
percebo que se a escola agir da forma como o desenho a demonstra, realmente podemos dizer
que a mesma possui uma forte parcela de culpa pela significante porcentagem de cidadãos que
vivem à margem da sociedade. Pois, se eu como gestora, faço ou apoio alguma segregação
entre o corpo discente de uma escola ao qual pertenço, irei contribuir diretamente para futuros
insucessos que serão responsáveis pelos atrasos da sociedade ao qual estou inserida.
Para concluir, temos que compreender de uma vez por todas que é a EDUCAÇÃO a
peça chave para o avanço político, econômico e social de uma nação e não as toneladas de
minério de ferro que ela possa produzir e exportar ou a quantidade de eletro-eletrônicos que
fabrica durante o ano.