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A proteção dos arrendatários mais vulneráveis com contratos habitacionais de prazo limitado
celebrados na vigência do Regime de Arrendamento Urbano (RAU) encontra-se reforçada: só se
quiser fazer obras profundas na casa – não é pintar as paredes ou mudar as loiças da casa de banho
– ou demolir o edifício é que o proprietário pode opor-se à renovação ou denunciar o contrato de
um inquilino com 65 ou mais anos ou grau de deficiência igual ou superior a 60% que lá resida há
mais de 20 anos quando a lei entrou em vigor (13 de fevereiro de 2019).
A cada renovação, pelo mesmo prazo, será aplicada nova redução de 2%, até ao limite de 14 por
cento.
Os contratos de arrendamento iguais ou superiores a cinco anos e inferiores a dez começam por
pagar menos 5% de IRS, ou seja, 23 por cento. Aqui, bastam duas renovações por iguais períodos para
chegar ao limite de 14 por cento.
Quem celebrar um contrato com duração igual ou superior a 10 anos e inferior a 20 beneficia, logo no
primeiro ano, da taxa de 14 por cento.
E há ainda um escalão de bonificação máxima, no qual a taxa de IRS aplicável é de 10%, para contratos
de arrendamento superiores a 20 anos.
E, a não ser que precise da casa para si ou para os filhos, o senhorio não pode opor-se à primeira
renovação do contrato durante três anos.
Por seu lado, os inquilinos podem terminar o arrendamento em qualquer altura, bastando-lhes para
tal dar conhecimento ao proprietário. Idealmente, no prazo legal, para evitar pagar as rendas
correspondentes ao período de pré-aviso. Porém, em casos extremos, como desemprego
involuntário ou outras situações graves (ver em baixo), podem ficar livres desta obrigação.
Caso o senhorio decida vender a casa, os arrendatários têm prioridade na compra. O prazo para
poderem exercer o chamado direito de preferência é de dois anos.
SUBSCREVER
A lei das rendas em 9 pontos
1. Mínimo de um ano de contrato de arrendamento
Os contratos de arrendamento para habitação permanente têm a duração mínima de um ano. No
caso de serem celebrados por períodos inferiores, serão, automaticamente, alargados ao prazo
mínimo.
Caso se sinta assediado, o inquilino pode intimar o senhorio a adotar as medidas necessárias para
pôr fim a tais atitudes, como corrigir as deficiências no imóvel ou nas partes comuns do edifício que
representem um risco grave para a saúde ou segurança de pessoas e bens.
O arrendatário pode ainda dirigir-se à autarquia competente e requerer uma vistoria ao imóvel
para constatar as situações que possam estar a prejudicar a utilização da habitação.
Os anúncios para arrendar imóveis ou qualquer outra forma de publicidade não podem conter
restrições, especificações ou indicar algum tipo de preferência, no que aos inquilinos diz respeito,
baseado nas características mencionadas.
Na verdade, a injunção em matéria de arrendamento (IMA) é uma providência que confere força
executiva ao requerimento que visa garantir os direitos do inquilino.
Assim, compete ao SIMA atribuir força de título executivo ao requerimento, desde que o senhorio
não se oponha ao mesmo no prazo de 15 dias. A entrada do requerimento não obriga a constituição
de mandatário judicial.
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