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Emergência e proseso da Campanha de Alfabetização de Cuba.

Ivette Cano Sanchez.


UnB.

RESUMO:
A Campanha de alfabetização em Cuba foi promovida em 1961 governo por iniciativa
de Che Guebara para reduzir o analfabetizmo e aumentar a porcentagem da população
na escola. A campanha começou a se preparar em 1960 e terminou oficialmente em
decembro de 1961, quando o governo declarou Cuba na Praça da Revoluçao Jose Marti,
como Territorio livre de analfabetizmo. O analfabetismo se reduiz num porcentagem de
3,9% em 1961 mas no ano 1958 tinha uma porcentagem superior a 20% de analfabetizmo
no pais. Este ano de 1961 foi proclamado em Cuba como "Ano da Educação" com o fim
da quarta etapa do proceso.
INTRODUÇÃO:
Em Cuba, o Censo Demográfico realizado em 1953 mostrou que um milhão de pessoas
não sabiam ler ou escrever, ou que 23,6 por cento da população adulta foi analfabetos, 11
por cento correspondente ao setor urbano e 41,7% para o setor rural. O drama social foi
maior porque havia grandes massas de subeducados, já que quase um milhão de
trabalhadores mal tinham os níveis mínimos de escolaridade.
Até 1959 não havia programa para a erradicação do analfabetismo. Algumas tarefas
isoladas realizadas por instituições religiosas ou sociais que cobrem uma parte
insignificante das necessidades da população analfabeta são conhecidas. Há também
ações muito pessoais de professores altruístas que dedicaram seus esforços à
alfabetização, tanto no desenvolvimento de materiais quanto no exercício do ensino, sem
receber qualquer remuneração ou incentivo.
A partir de 1959, a concepção geral para a erradicação do analfabetismo baseou-se no
desenvolvimento de três tarefas fundamentais, intimamente relacionadas: 
• Escolarização de toda a população infantil. 
• Campanha Nacional de Alfabetização. 
• Pós-alfabetização.

"A memória histórica é sempre útil para enfrentar as novas formas de cultura e educação cubana, e a
comemoração do quadragésimo aniversário da Campanha Nacional de Alfabetização e a declaração
de Cuba como um território livre de analfabetismo, são eventos que merecem tanto um renovado
reflexão sobre como as coisas aconteceram no passado e como elas são paralelas às de hoje, embora
as distâncias dessas linhas paralelas sejam muito grandes, no entanto, elas sustentam um
relacionamento profundo que exige alta criatividade para assumi-la. de J. Pérez Cruz atende a essa
exigência ".

Armando Hart Dávalos.


Fases do proceso:
A profunda mudança das estruturas socioeconômicas que estava se desdobrando nestes
anos iniciais com o progresso da reforma agrária, e isso foi acentuado no segundo
semestre de 1960 com a nacionalização de propriedades estrangeiras, condicionada, mas
não determinada, sucesso do programa educacional revolucionário. A função subjetiva do
fator foi muito importante. Foi a interpretação correta da função desse fator e sua relação
com as condições objetivas, o fato decisivo no triunfo do programa educacional, no Vitória
da alfabetização.
PRIMEIRA FASE: 1959 até setembro de 1960. O primeiro esforço de alfabetização.
O caminho que a Revolução seguiria para derrotar ao analfabetismo seria erradicar, em
primeiro lugar, as causas de sua emergência como um problema social. Para isso,
trabalhou desde o primeiro dia com o objetivo de alcançar a escolaridade completa de
crianças e jovens em ambos primeiros anos, e neste propósito, criar as salas de aula de
educação primária indispensável, e reorganizar e fortalecer o ensino médio, com
prioridade nos institutos tecnológicos. Então, no terceiro ano, empreender a batalha final
contra o analfabetismo a população adulta.
Durante 1959 e 1960, inisio se um sistemática trabalho experimental, alfabetização de
diversos grupos e, sobretudo, propaganda e agitação; enquanto a Revolução resolveu os
problemas mais prementes na educação, erradicou a corrupção existente no Ministerio de
Educação(MINED) e lutou tenazmente para reverter a herança catastrófica no campo
educacional.
SEGUNDA FASE: A partir de otubro de 1960. A organização.
Desde os Conselhos Municipais de Educação, responsável por coordenar o trabalho
dasorganizações políticos e as massas na frente educacional, fortaleceria a nova
concepção organizacional da batalha alfabetizadora. A Comissão Nacional de
Alfabetização seria estruturada em seções que garantiria a realização de missões
importantes para ela confiada. Inicialmente foram consideradas seções Técnicas,
Propaganda, Finanças e Publicações e, um uma vez que a campanha tenha começado,
seria essencial incorporar a Seção de Administração e criar a Estatística, Avaliação e
Controle.
Apesar das dificuldades que enfrentaram, o novo nasceu definitivamente: tanto em escala
nacional como no termo municipal ou local; a Comissão de Alfabetização será o primeiro
organismo unitário da sociedade civil (das instituções estatais, instituições locais, dos
sujeitos privados, coletivos e individuais), reunidos para resolver, com seus recursos e
iniciativas, os vários problemas práticos e políticos quegerou o esforço de alfabetização.
TERCEIRA FASE: janeiro a maio 1961. O inicio da Campanha de Alfabetização Nacional.
O assasinato do jovem professor voluntario de 19 anos Conrrado Benitez Garcia no
Escambray em 5 de janeiro foi o promeiro crime contra o ¨Ano da Educação¨ e a nascente
Campanha de Alfabetização.
"Ele era pobre, ele era negro e ele eraprofessor. Aqui estão as três razões pelas quais os agentes do
imperialismo o assassinaram. Com o crime contra Conrado Benítezos imperialistas estavam
procurando assustar os professores e impedir o desenvolvimento da Campanha, impedindo que estes
atinjam todos os cantos do país. No entanto, o assassinato e o aumento do terrorismo, longe de
assustar a maioria das pessoas, e em particular, para a juventude da época, reforçou os propósitos
revolucionários e a decisão de cumprir ometa cultural definida pela Revolução para o ano1961¨

Fidel Castro Ruz.

Desde o início do ano, a Comissão Nacional de Alfabetização intensificou o trabalho


organizacional nas províncias e reuniões foram desenvolvidosmetodológica para quadros,
ativistas e, acima de tudo,com centenas de professores primários e secundários que se
juntaram entusiasticamente à missão histórica.
A primeira tarefa foi ensinar como alfabetizar. Antes decomeçar seu trabalho educacional,
todo os alfabetizadores receberam pequenos cursos e seminários de curta duração, onde
foram instruídos nas técnicas pedagógicas.
Em a inauguração da Cidade Escolar '' Abel Santamaría '', na cidade de Santa Clara, em
28 de janeiro de 1961, Fidel fez o apelo aos jovens cubanos paraconstituem um exército
de cem mil alfabetizadoresestudantes de treze anos em diante.
A iniciativa transcendental de Fidel fortaleceu o caráter popular de massa do movimento
de alfabetização.O líder revolucionário envolveu diretamente a família cubana no trabalho
de alfabetização.
A política de introduzir o alfabetizador na casa dos analfabetos teve um impacto altamente
positivo, porque houve maior e mais fácil comunicação, contato familiar, identificação mais
profunda entre professor e adulto analfabeto. Essa relação professor-aluno, inserida no
relacionamento íntimo e o espaço sensível do núcleo familiar, ampliou as possibilidades
de sucesso para a grande massa de alfabetizadores, que começaram com entusiasmo
ilimitado, mas com inexperiência, sua tarefa como professores. O professor pelo dia
trabalhou com seu anfitrião em trabalhava agrícola e, à tarde e à noite, ensinava os
analfabetos. Ele morava na casa até que todos os membros da família aprenderam a ler e
a escrever. O trabalho de alfabetização também foi realizado nas escolas, em 1 000
centros de estudos criados especialmente nas instalações de sindicatos, cooperativase
até mesmo em navios no mar.
QUARTA FASE: a partir de junhio de 1961. A reta final da campanha.
Em 6 de junho de 1961, a educação foi proclamada como patrimônio da nação, com a Lei
de Nacionalização e Livre Nacionalização do Ensino, que pôs fim à educação privada no
país. Enquanto um intenso confronto político estava se desenvolvendo com os
empresários privados e, em primeiro lugar, com o clero, que tinha faculdades importantes,
a liderança das Organizações Revolucionárias Integradas (ORI) pediu uma análise
coletiva sobre a situação da Campanha.As reflexões de junho levaram a uma nova
reestruturação da Comissão Nacional de Alfabetização, com base na garantia de uma
participação mais efetiva em todas as organizações revolucionárias, nas milícias e nas
Forças Armadas Revolucionárias (FAR) e, em primeiro lugar, nos dirigentes principais de
cada uma delas.
COMCLUÇÕES:
Pela primeira vez na história cubana, a questão da solidez da cultura foi levantada como
um problema que exigia uma solução prática. A Campanha conseguiu resolver esse
importante problema em seu nível, que hoje continua sendo uma das questões mais
importantes para o desenvolvimento da cultura nacional. Cuba tornou-se uma
confirmação da verdade bem conhecida de que o crescimento da escolarização e da
informação não esgota o desenvolvimento cultural, não coincide com o desenvolvimento
da cultura "em profundidade", mas se torna a condição essencial da esse esenvolvimento.
Da história e com a história, devemos nos encaminhar para as linhas de interpretação do
processo de alfabetização cubano. Pensar nas experiências da campanha é um exercício
que pode fertilizar a avaliação atual dos caminhos necessários do presente. Faz-se
referência tanto à teoria pedagógica quanto à prática educacional nacional e ao que o
país contribui para outros povos do mundo.
Nenhum momento mais solene e excitante, nenhum momento de orgulho e glória legítimos, como
aquele em que quatro séculos e meio de ignorância foram quebrados. Nós vencemos uma grande
batalha, e devemos chamá-la assim - batalha - porque a vitória contra o analfabetismo em nosso país
foi alcançada através de uma grande batalha, com todas as regras de uma grande batalha. (...) Essa
capacidade de criar, esse sacrifício, essa generosidade de alguns para com os outros, essa irmandade
que reina hoje em nosso povo. Isso é socialismo!

Fidel Castro Rúz.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

PÉREZ CRUZ,Felipe de Jesús. La alfabetización en Cuba.: Lectura históica para el


presente. Talleres gráficos de Quebecour World bogotaS.A., (Colombia): Editorial de
Ciencias Sociales, 2001. ISBN 9590604862.
CONOCIMIENTO CON TODOS Y PARA EL BIEN DE TODOS, EcuRed. La
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Acesso em:20 de jun. 2018.
CONCEPCIÓN, José Raú. Cuba. El único museo de la Alfabetización en el
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em:<www.resumenlatinoamericano.org/2016/12/22/cuba_el_unico_museo_de_la_alfabetizacion_e
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CAMPOS,Frank. Cuba territorio libre de analfabetizmo hace mas de 40 años. Somos
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VECIEDO VALDÉS,Miguel. Literacy Campains: The Cuben eexperience in the Publicc
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The country lifeDisponivél
em:<http://web.archive.org/web/20060825061945/http://www.oceanboock.com.au/literacy/
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