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Paróquia de Nossa Senhora do Rosário

Famões
Ano V, Nº 35: Abril 2011 Distribuição Gratuita
Tiragem: 300 exemplares Jornal electrónico em: http://www.ccparoquial-famoes.org/paroquia_famoes.html

COMO CELEBRAR BEM O SACRAMENTO


DA PENITÊNCIA OU RECONCILIAÇÃO
A riqueza e a necessidade da Reconci-
liação, talvez exijam alguns esclareci-
mentos. O Papa João Paulo II, na Exor-
tação Apostólica: “Reconciliação e
Penitência na missão actual da Igreja”,
retomando a doutrina tradicional da
Igreja, faz a seguinte catequese (cf.nº.
3,III). O Sacramento da Reconciliação
apresenta-se com cinco partes distin-
tas, todas elas de uma grande impor-
tância.

• Rectidão e limpidez de consciência,


preparadas e expressas num exame
de consciência sério e cuidado. O
exame ajuda o cristão a reconhecer-
se pecador e ver-se aos olhos de
Deus, com o positivo, o negativo e as
omissões. É o confronto sincero com
a lei moral interior, com as normas • Acusação dos pecados, que deu ao fórmula da absolvição faz-nos per-
evangélicas propostas pela Igreja, Sacramento o nome de “confissão”, ceber bem que é todo o amor trini-
com o próprio Jesus Cristo, que é é algo necessário para que o peni- tário que se faz presente e actuante
para nós Mestre e Modelo de vida, tente encontre o perdão, a paz, a em nós, para nos perdoar e curar,
e com o Pai celeste nos chama ao graça das cura das suas doenças para nos libertar e salvar.
bem e à perfeição. Sem esta limpi- espirituais. Ir confessar-se e mentir,
dez, rectidão, sinceridade, vai faltar enganar, não dizer o que se acha • Satisfação da Penitência, ou seja
algo importante para a Reconcilia- que deve ser dito, é algo que pertur- cumprimento da penitência que o
ção ser bem feita. Daí a necessidade ba a Reconciliação e não deixa que confessor nos dá, para de algum
do exame de consciência que nos o sacramento produza a graça que modo darmos testemunho do nosso
desperta para a realidade do nosso se espera. Podemos enganar o con- compromisso de começar uma vida
pecador e nos abre à sinceridade do fessor, mas a Deus, que tudo nova. Bom seria que a penitência
coração. conhece e sabe, não enganamos. “imposta” não se reduzisse a rezar
Daí a necessidade de total abertu- algumas orações, mas tivesse
• Arrependimento sincero, que impli- ra e sinceridade. Que não seja a outras formas, como por exemplo,
ca claro e decidido repúdio do peca- vergonha, o respeito humano, o algum tempo de leitura da Bíblia,
do cometido, juntamente com o pro- medo, que nos impeça de sermos visita a algum doente ou idoso,
pósito de não o tornar a cometer. sinceros, transparentes, abertos esmola em favor de algum irmão
Não basta confessar-nos, é preciso para fazermos uma boa confissão. necessitado, alguma penitência cor-
arrependimento sincero, pena e dor poral, ajuda nalguma obra paro-
de ter magoado a Deus e aos • Absolvição, no conjunto do sacra- quial, etc.
irmãos, a dor dos pecados passados mento, é o momento da graça que
e propósito de emenda para o futu- actua em nós, em que pelas pala- Com a consciência da festa que Deus
ro. Se não há contrição, podemos vras e pelos gestos de imposição faz ao acolher-nos e perdoar-nos, com a
pôr em perigo a validade do sacra- das mãos e do sinal da cruz, nos é graça da cura anterior, a Reconcilia-
mento. Este arrependimento é graça concedido o perdão e a absolvição ção é algo portador de dom, graça e
a pedir com perseverança a Deus dos nossos pecados. Aqui, dum misericórdia, sacramento a celebrar
Nosso Senhor, pois só Ele pode dar modo particular neste momento, se com alguma frequência.
O Pároco,
o desejo sincero do arrependimento realiza o encontro normal do peca- Pe. Aníbal Pinto
e a vontade de não tornar a pecar. dor com a misericórdia de Deus. A
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NOTÍCIAS DO CENTRO
MUDAR DE SEXO? (Pré-
(Pré-escolar)
Na passada sexta-feira
Estão em discussão(*) na Assem- quer “modelo” de referência. dia 4 de Março realiza-
bleia da República uma Proposta de Lei Quando nos diplomas em apreço se mos o nosso desfile de
(do Governo) e um Projecto de Lei (do alude ao “sexo social desejado” e se carnaval pelas ruas do
Bloco de Esquerda) que permitem a opta pela prevalência deste sobre o Casal da Silveira.
mudança de registo de sexo desde que sexo biológico, a opção é ideológica e
diagnosticada a transexualidade e inde- não puramente “humanitária”. É a
pendentemente de alguma mudança ideologia de género que sustenta essa
anatómica. Estes dois diplomas prevalência. E também se compreende
seguem a orientação das chamadas a ligação entre esta questão e as do
“leis de identidade de género”, de que é casamento entre pessoas do mesmo
exemplo a Lei espanhola aprovada em sexo. Não é por acaso que surgem, em
2007. Portugal como em Espanha, uma na
Numa primeira apreciação, poderá sequência da outra. É ilusório pensar
dizer-se que a mudança do registo ofi- que se trata apenas do fim de uma dis-
cial do sexo de uma pessoa, de modo a criminação, ou do respeito pelas mino-
corresponder ao seu “sexo social dese- rias. É um novo paradigma antropológi-
jado” (na expressão do Projecto do Blo- co, uma verdadeira “revolução cultu-
co de Esquerda), nenhuma perturbação ral” que se pretende impor desde cima,
O tempo estava um pouco carregado
causará a outras ou à sociedade em desde as instâncias do poder, e que
mas o São Pedro lá foi generoso.
geral. A situação das pessoas transe- não surge espontaneamente da socie-
xuais, e o seu sofrimento, não podem dade civil e da mentalidade corrente.
deixar de merecer consideração. Mas Pretende-se transformar através da
não me parece que sejam alterações política e do direito essa mentalidade.
jurídicas como esta que façam desapa- E o que está em causa não é um aspec-
recer esse sofrimento (a dissonância to secundário, mas referências cultu-
entre o sexo genético e o “sexo social rais fundamentais relativas à relevân-
desejado” há-de manter-se sempre). E, cia da dualidade sexual. Admitir que a
sobretudo, não me parece que, para Lei sirva propósitos destes, numa pre-
isso, se possa aceitar uma subversão tensa engenharia social, revela tendên-
do papel do legislador. cias mais próprias de um Estado totali-
Estamos perante uma agenda de tário do que de um Estado respeitador
afirmação ideológica. Está em causa a da autonomia da sociedade civil.
afirmação da chamada ideologia do Pretende-se, por outro lado, a instru-
género (gender theory) e a sua tradução mentalização da Lei ao serviço da pre- Foi muito divertido ver as nossas lagar-
no plano legislativo. Parte esta teoria valência da vontade subjectiva sobre a tinhas e as nossas girafas embora um
da distinção entre sexo e género. O realidade objectiva. Dir-se-á que a tran- pouco encolhidas com o frio.
sexo representa a condição natural e sexualidade não é uma escolha arbitrá- Esperamos que o tempo nos ajude mais
biológica da diferença física entre ria, que é também ela uma realidade na nossa próxima iniciativa
homem e mulher. O género representa psicológica que se impõe à própria
uma construção histórico-cultural. O pessoa. Poderá ser assim nalguma Fica a ideia com um abraço amigo da
sexo é um fato empírico, real e objecti- medida. No entanto, a vontade não equipa do pré-escolar.
vo que se nos impõe desde o nascimen- deixa de ser determinante na definição
to. A identidade de género constrói-se do “sexo social desejado” a que os
através de escolhas psicológicas indivi- diplomas em apreço dão relevância. E
duais, expectativas sociais e hábitos os pressupostos da ideologia de género
culturais, e independentemente dos que lhe estão subjacentes, que sobre-
dados naturais. Para estas teorias, o põem o desejo a qualquer forma de
género assim concebido deve sobrepor- heteronomia objectiva, deixam aberta
se ao sexo assim concebido. E como o a porta a situações de verdadeira arbi-
género é uma construção social, este trariedade. E também esta é uma pre-
pode ser desconstruído e reconstruído. tensão tendencialmente totalitária. O
As gender theories sustentam a irrele- legislador constrói uma sua própria
vância da diferença sexual na constru- realidade contrária à realidade objecti-
ção da identidade de género, e, por con- va. Leis que consagram a ideologia de
ANIVERSÁRIOS
sequência, também a irrelevância des- género desprezam por completo qual- DOS AMIGOS DO CENTRO
sa diferença na relações interpessoais, quer conceito de natureza ou lei natu- No mes de Abril, fazem anos:
nas uniões conjugais e na constituição ral. Por isso, derrubam a mais potente
da família. Daqui surge a equiparação barreira à omnipotência do legislador, António Alves Leitão
Maria Celeste Soares Jesus Martins
entre uniões heterossexuais e uniões o «único baluarte válido» (na expressão
Custódia da Conceição M. Filipe Rabaço
homossexuais. Ao modelo da família de Bento XVI) contra o arbítrio deste. Olinda Pinto Cardoso
heterossexual sucedem-se vários tipos Pedro Vaz Patto, Marisa Isaura Magalhães Rodrigues
de “família”, tantos quantas as prefe- Juiz de Direito Fernando Martinho Teixeira
rências individuais e para além de qual-
(*) Esta lei já foi aprovada (Ndr).
Ano V, Nº 35: Abril 2011
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SUPLEMENTO LITURGICO MENSAL

ANO A LEITURA I 1 Sam 16, 1b.6-7.10-13a


IV DOMINGO QUARESMA David é ungido rei de Israel.
3 de Abril de 2011
Leitura do Primeiro Livro de Samuel nenhum destes». E perguntou a Jessé:
Naqueles dias, o Senhor disse a Samuel: «Estão aqui todos os teus filhos?». Jessé
«Enche a âmbula de óleo e parte. Vou respondeu-lhe: «Falta ainda o mais novo,
enviar-te a Jessé de Belém, pois escolhi um que anda a guardar o rebanho». Samuel
rei entre os seus filhos». Quando chegou, ordenou: «Manda-o chamar, porque não
Samuel viu Eliab e pensou consigo: nos sentaremos à mesa, enquanto ele não
«Certamente é este o ungido do Senhor». chegar». Então Jessé mandou-o chamar:
Mas o Senhor disse a Samuel: «Não te era ruivo, de belos olhos e agradável pre-
impressiones com o seu belo aspecto, nem sença. O Senhor disse a Samuel: «Levanta-
com a sua elevada estatura, pois não foi te e unge-o, porque é este mesmo». Samuel
esse que Eu escolhi. Deus não vê como o pegou na âmbula do óleo e ungiu-o no meio
homem; o homem olha às aparências, o dos irmãos. Daquele dia em diante, o Espí-
Senhor vê o coração». Jessé fez passar os rito do Senhor apoderou-Se de David.
sete filhos diante de Samuel, mas Samuel Palavra do Senhor.
declarou-lhe: «O Senhor não escolheu

SALMO RESPONSORIAL Salmo 22 (23),


1-3a.3b-4.5.6 (R. 1)
Refrão: O Senhor é meu pastor: nada me
faltará. Repete-se LEITURA II Ef 5, 8-14
O Senhor é meu pastor: nada me falta. «Desperta e levanta-te do meio dos mortos, e Cristo brilhará sobre ti»
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo porque o que eles fazem em segredo até é
e reconforta a minha alma. Refrão aos Efésios vergonhoso dizê-lo. Mas todas as coisas
Irmãos: Outrora vós éreis trevas, mas agora que são condenadas são postas a desco-
Ele me guia por sendas direitas
por amor do seu nome. sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz, berto pela luz, e tudo o que assim se mani-
Ainda que tenha de andar por vales porque o fruto da luz é a bondade, a justiça festa torna-se luz. É por isso que se diz:
tenebrosos, e a verdade. Procurai sempre o que mais «Desperta, tu que dormes; levanta-te do
não temerei nenhum mal, porque Vós agrada ao Senhor. Não tomeis parte nas meio dos mortos e Cristo brilhará sobre ti».
estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo
obras das trevas, que nada trazem de bom; Palavra do Senhor.
me enchem de confiança. Refrão tratai antes as denunciar abertamente,

Para mim preparais a mesa


à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e meu cálice transborda. Refrão
EVANGELHO – Forma breve Jo 9, 1.6-9.13-17.34-38
A bondade e a graça hão-de «Eu fui, lavei-me e comecei a ver»
acompanhar-me
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e agora vejo». Diziam alguns dos fariseus:
para todo o sempre. Refrão segundo São João «Esse homem não vem de Deus, porque
Naquele tempo, Jesus encontrou no seu não guarda o sábado». Outros observavam:
caminho um cego de nascença. Cuspiu em «Como pode um pecador fazer tais mila-
terra, fez com a saliva um pouco de lodo e gres?». E havia desacordo entre eles. Per-
ungiu os olhos do cego. Depois disse-lhe: guntaram então novamente ao cego: «Tu
«Vai lavar-te à piscina de Siloé»; Siloé quer que dizes d’Aquele que te deu a vista?». O
dizer «Enviado». Ele foi, lavou-se e começou homem respondeu: «É um profeta». Replica-
a ver. Entretanto, perguntavam os vizinhos ram-lhe então eles: «Tu nasceste inteira-
e os que o viam a mendigar: «Não é este o mente em pecado e pretendes ensinar-
que costumava estar sentado a pedir nos?». E expulsaram-no. Jesus soube que o
esmola?». Uns diziam: «É ele». Outros afir- tinham expulsado e, encontrando-o, disse-
mavam: «Não é. É parecido com ele». Mas lhe: «Tu acreditas no Filho do homem?». Ele
ele próprio dizia: «Sou eu». Levaram aos respondeu-Lhe: «Quem é, Senhor, para que
fariseus o que tinha sido cego. Era sábado eu acredite n'Ele?». Disse-lhe Jesus: «Já O
esse dia em que Jesus fizera lodo e lhe viste: é quem está a falar contigo». O
tinha aberto os olhos. Por isso, os fariseus homem prostrou-se diante de Jesus e
perguntaram ao homem como tinha recu- exclamou: «Eu creio, Senhor».
perado a vista. Ele declarou-lhes: «Jesus Palavra da salvação.
pôs-me lodo nos olhos; depois fui lavar-me
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ANO A LEITURA I Ez 37, 12-14


V DOMINGO QUARESMA «Infundirei em vós o meu espírito e revivereis»
10 de Abril de 2011
Leitura da Profecia de Ezequiel deles vos fizer ressuscitar, ó meu povo.
Assim fala o Senhor Deus: «Vou abrir os Infundirei em vós o meu espírito e revive-
vossos túmulos e deles vos farei ressusci- reis. Hei-de fixar-vos na vossa terra e reco-
tar, ó meu povo, para vos reconduzir à terra nhecereis que Eu, o Senhor, digo e faço».
de Israel. Haveis de reconhecer que Eu sou Palavra do Senhor.
o Senhor, quando abrir os vossos túmulos e

LEITURA II Rom 8, 8-11


«O Espírito d’Aquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos habita em vós»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo sa do pecado, o espírito permanece vivo


aos Romanos por causa da justiça. E se o Espírito d’A-
Irmãos: Os que vivem segundo a carne não quele que ressuscitou Jesus de entre os
SALMO RESPONSORIAL Salmo podem agradar a Deus. Vós não estais sob mortos habita em vós, Ele, que ressuscitou
129 (130),1-2.3-4ab.4c-6.7-8 (R. 7) o domínio da carne, mas do Espírito, se é Cristo Jesus de entre os mortos, também
Refrão: No Senhor está a que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, dará vida aos vossos corpos mortais, pelo
misericórdia e abundante se alguém não tem o Espírito de Cristo, seu Espírito que habita em vós.
redenção. Repete-se não Lhe pertence. Se Cristo está em vós, Palavra do Senhor.
embora o vosso corpo seja mortal por cau-
Do profundo abismo chamo por
Vós, Senhor,
Senhor, escutai a minha voz.
Estejam os vossos ouvidos atentos
à voz da minha súplica. Refrão EVANGELHO – Forma longa Jo 11, 1-45
«Eu sou a ressurreição e a vida»
Se tiverdes em conta as nossas
faltas, Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo «Vede como era seu amigo». Mas alguns
Senhor, quem poderá salvar-se? segundo São João deles observaram: «Então Ele, que abriu os
Mas em Vós está o perdão, Naquele tempo, as irmãs de Lázaro manda- olhos ao cego, não podia também ter feito
para Vos servirmos com ram dizer a Jesus: «Senhor, o teu amigo que este homem não morresse?». Entretan-
reverência. Refrão está doente». Ouvindo isto, Jesus disse: to, Jesus, intimamente comovido, chegou
«Essa doença não é mortal, mas é para a ao túmulo. Era uma gruta, com uma pedra
Eu confio no Senhor, glória de Deus, para que por ela seja glorifi- posta à entrada. Disse Jesus: «Tirai a
a minha alma espera na sua cado o Filho do homem». Jesus era amigo pedra». Respondeu Marta, irmã do morto:
palavra. de Marta, de sua irmã e de Lázaro. Entre- «Já cheira mal, Senhor, pois morreu há qua-
A minha alma espera pelo Senhor tanto, depois de ouvir dizer que ele estava tro dias». Disse Jesus: «Eu não te disse que,
mais do que as sentinelas pela
doente, ficou ainda dois dias no local onde se acreditasses, verias a glória de Deus?».
aurora. Refrão
Se encontrava. Depois disse aos discípu- Tiraram então a pedra. Jesus, levantando
Porque no Senhor está a los: «Vamos de novo para a Judeia». Ao che- os olhos ao Céu, disse: «Pai, dou-Te graças
misericórdia gar lá, Jesus encontrou o amigo sepultado por Me teres ouvido. Eu bem sei que sem-
e com Ele abundante redenção. havia quatro dias. Quando ouviu dizer que pre Me ouves, mas falei assim por causa
Ele há-de libertar Israel Jesus estava a chegar, Marta saiu ao seu da multidão que nos cerca, para acredita-
de todas as suas faltas. Refrão encontro, enquanto Maria ficou sentada rem que Tu Me enviaste». Dito isto, bradou
em casa. Marta disse a Jesus: «Senhor, se com voz forte: «Lázaro, sai para fora». O
tivesses estado aqui, meu irmão não teria morto saiu, de mãos e pés enfaixados com
morrido. Mas sei que, mesmo agora, tudo o ligaduras e o rosto envolvido num sudário.
que pedires a Deus, Deus To concederá». Disse-lhes Jesus: «Desligai-o e deixai-o ir».
Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará». Então muitos judeus, que tinham ido visitar
Marta respondeu: «Eu sei que há-de ressus- Maria, ao verem o que Jesus fizera, acredi-
citar na ressurreição do último dia». Disse- taram n’Ele.
lhe Jesus: «Eu sou a ressurreição e a vida. Palavra da salvação.
Quem acredita em Mim, ainda que tenha
morrido, viverá; e todo aquele que vive e
acredita em Mim, nunca morrerá. Acredi- Este Boletim é Propriedade da
Paróquia de Nossa Senhora do Rosário de Famões.
tas nisto?». Disse-Lhe Marta: «Acredito,
Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de É produzido pelos serviços técnicos de:
Centro Com Paroquial de Famões
Deus, que havia de vir ao mundo». Jesus Rua Zeca Afonso, 6 A
comoveu-Se profundamente e perturbou- 1685-924 FAMÕES
Se. Depois perguntou: «Onde o pu­sestes?». Telefone: 219 333 330
Responderam-Lhe: «Vem ver, Senhor». E coordenador@ccparoquial-famoes.org
URL: www.ccparoquial-famoes.org
Jesus chorou. Diziam então os judeus:
Ano V, Nº 35: Abril 2011
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ANO A Leitura I Is. 50, 4-7


DOMINGO DE RAMOS «Não desviei o meu rosto dos que Me ultrajavam, mas sei que não ficarei desiludido»
17 de Abril de 2011
Leitura do Livro de Isaías batiam e a face aos que me arrancavam a
O Senhor deu-me a graça de falar como um barba; não desviei o meu rosto dos que me
discípulo, para que eu saiba dizer uma insultavam e cuspiam. Mas o Senhor Deus
palavra de alento aos que andam abatidos. veio em meu auxílio, e, por isso, não fiquei
Todas as manhãs Ele desperta os meus envergonhado; tornei o meu rosto duro
ouvidos, para eu escutar, como escutam os como pedra, e sei que não ficarei desiludi-
discípulos. O Senhor Deus abriu-me os ouvi- do.
dos e eu não resisti nem recuei um passo. Palavra do Senhor.
Apresentei as costas àqueles que me

LEITURA II Filip 2, 6-11


«Humilhou-Se a Si próprio; por isso Deus O exaltou»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo morte e morte de cruz. Por isso Deus O
aos Filipenses exaltou e Lhe deu um nome que está acima
Cristo Jesus, que era de condição divina, de todos os nomes, para que ao nome de
não Se valeu da sua igualdade com Deus, Jesus todos se ajoelhem no céu, na terra e
mas aniquilou-Se a Si próprio. Assumindo a nos abismos, e toda a língua proclame que
condição de servo, tornou-Se semelhante Jesus Cristo é o Senhor, para glória de
SALMO RESPONSORIAL Sal. 21 (22), 8-
9.17-18a.19-20.23-24 (R. 2a) aos homens. Aparecendo como homem, Deus Pai.
humilhou-Se ainda mais, obedecendo até à Palavra do Senhor.
Refrão: Meu Deus, meu Deus,
porque me abandonastes? Repete-se

Todos os que me vêem escarnecem de


mim, EVANGELHO – Forma breve Mt 27, 11-54
estendem os lábios e meneiam a cabeça:
«Confiou no Senhor, Ele que o livre,
Ele que o salve, se é seu amigo». Refrão
N Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo Responderam todos: «Seja crucificado».
Matilhas de cães me rodearam, segundo São Mateus Pilatos insistiu: «Que mal fez Ele?».
cercou-me um bando de malfeitores.
Trespassaram as minhas mãos e os meus Naquele tempo, Jesus foi levado à presen- Mas eles gritavam cada vez mais: «Seja
pés, ça do governador Pilatos, que lhe pergun- crucificado».
posso contar todos os meus ossos. Refrão tou: «Tu és o Rei dos judeus?». Pilatos, vendo que não conseguia nada e
Repartiram entre si as minhas vestes Jesus respondeu: «É como dizes». aumentava o tumulto, mandou vir água e
e deitaram sortes sobre a minha túnica. Mas, ao ser acusado pelos príncipes dos lavou as mãos na presença da multidão,
Mas Vós, Senhor, não Vos afasteis de sacerdotes e pelos anciãos, nada respon- dizendo: «Estou inocente do sangue deste
mim,
sois a minha força, apressai-Vos a deu. homem. Isso é lá convosco».
socorrer-me. Refrão Disse-Lhe então Pilatos: «Não ouves quan- E todo o povo respondeu: «O seu sangue
Hei-de falar do vosso nome aos meus
tas acusações levantam contra Ti?». caia sobre nós e sobre os nossos filhos».
irmãos, Mas Jesus não respondeu coisa alguma, a Soltou-lhes então Barrabás. E, depois de
hei-de louvar-Vos no meio da assembleia. ponto de o governador ficar muito admira- ter mandado açoitar Jesus, entregou-lh’O
Vós, que temeis o Senhor, louvai-O,
glorificai-O, vós todos os filhos de Jacob, do. Ora, pela festa da Páscoa, o governador para ser crucificado. Então os soldados do
reverenciai-O, vós todos os filhos de Israel. costumava soltar um preso, à escolha do governador levaram Jesus para o pretório e
Refrão povo. reuniram à volta d’Ele toda a coorte. Tira-
Nessa altura, havia um preso famoso, cha- ram-Lhe a roupa e envolveram-n’O num
mado Barrabás. E, quando eles se reuni- manto vermelho. Teceram uma coroa de
ram, disse-lhes Pilatos: «Qual quereis que espinhos e puseram-Lha na cabeça e colo-
vos solte? Barrabás, ou Jesus, chamado caram uma cana na sua mão direita. Ajoe-
Cristo?». Ele bem sabia que O tinham entre- lhando diante d’Ele, escarneciam-n’O,
gado por inveja. dizendo: «Salve, Rei dos judeus!».
Enquanto estava sentado no tribunal, a Depois, cuspiam-Lhe no rosto e, pegando
mulher mandou-lhe dizer: «Não te prendas na cana, batiam-Lhe com ela na cabeça.
com a causa desse justo, pois hoje sofri Depois de O terem escarnecido, tiraram-
muito em sonhos por causa d’Ele». Lhe o manto, vestiram-Lhe as suas roupas
Entretanto, os príncipes dos sacerdotes e e levaram-n’O para ser crucificado.
os anciãos persuadiram a multidão a que Ao saírem, encontraram um homem de
pedisse Barrabás e fizesse morrer Jesus. Cirene, chamado Simão, e requisitaram-no
O governador tomou a palavra e perguntou- para levar a cruz de Jesus.
lhes: «Qual dos dois quereis que vos sol- Chegados a um lugar chamado Gólgota,
te?». que quer dizer lugar do Calvário, deram-Lhe
Eles responderam: «Barrabás». a beber vinho misturado com fel. Mas
Disse-lhes Pilatos: «E que hei-de fazer de Jesus, depois de o provar, não quis beber.
Jesus, chamado Cristo?». Depois de O terem crucificado, repartiram
Paróquia de Nossa Senhora do Rosário
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entre si as suas vestes, tirando-as à sorte, agora, se O ama, porque disse: ‘Eu sou
e ficaram ali sentados a guardá-l’O. Por Filho de Deus’». Até os salteadores crucifi-
cima da sua cabeça puseram um letreiro, cados com Ele O insultavam.
indicando a causa da sua condenação: Desde o meio-dia até às três horas da tar-
«Este é Jesus, o Rei dos judeus». de, as trevas envolveram toda a terra.
Foram crucificados com Ele dois salteado- E, pelas três horas da tarde, Jesus clamou
res, um à direita e outro à esquerda. Os com voz forte: «Eli, Eli, lemá sabactáni?»,
que passavam insultavam-n’O e abanavam que quer dizer: «Meu Deus, meu Deus, por-
a cabeça, dizendo: «Tu que destruías o tem- que Me abandonastes?».
plo e o reedificavas em três dias, salva-Te a Alguns dos presentes, ouvindo isto, disse-
Ti mesmo; se és Filho de Deus, desce da ram: «Está a chamar por Elias». Um deles
cruz». correu a tomar uma esponja, embebeu-a
Os príncipes dos sacerdotes, juntamente em vinagre, pô-la na ponta duma cana e
com os escribas e os anciãos, também tro- deu-Lhe a beber. Mas os outros disseram:
çavam d’Ele, dizendo: «Salvou os outros e «Deixa lá. Vejamos se Elias vem salvá-l’O».
não pode salvar-Se a Si mesmo! Se é o Rei E Jesus, clamando outra vez com voz forte,
de Israel, desça agora da cruz e acreditare- expirou.
mos n’Ele. Confiou em Deus: Ele que O livre Palavra da salvação.

ANO A
Leitura I Act. 10, 34a, 37-43
DOMINGO DE PÁSCOA
24 de Abril de 2011
Leitura dos Actos dos Apóstolos na cruz. Deus ressuscitou-O ao terceiro dia
Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e e permitiu-Lhe manifestar-Se¬, não a todo
disse: «Vós sabeis o que aconteceu em o povo, mas às testemunhas de antemão
toda a Judeia, a começar pela Galileia, designadas por Deus, a nós que comemos
depois do baptismo que João pregou: Deus e bebemos com Ele, depois de ter ressusci-
ungiu com a força do Espírito Santo a tado dos mortos. Jesus mandou-nos pregar
Jesus de Nazaré, que passou fazendo o ao povo e testemunhar que Ele foi consti-
bem e curando a todos os que eram oprimi- tuído por Deus juiz dos vivos e dos mortos.
dos pelo Demónio, porque Deus estava É d'Ele que todos os profetas dão o seguin-
com Ele. Nós somos testemunhas de tudo te testemunho: quem acredita n’Ele recebe
o que Ele fez no país dos judeus e em Jeru- pelo seu nome a remissão dos pecados».
salém; e eles mataram-n'O, suspendendo-O Palavra do Senhor.

Leitura II Col. 3, 1-4


Salmo Responsorial Sal. 117(118),
1-2, 16ab-17, 22-23 Leitura da Epístola do apóstolo S. Paulo vós morrestes e a vossa vida está escondi-
Refrão: Este é o dia que o Senhor aos Colossenses da com Cristo em Deus. Quando Cristo, que
fez: nele exultemos e nos Irmãos: Se ressuscitastes com Cristo, aspi- é a vossa vida, Se manifestar, então tam-
alegremos. Repete-se rai às coisas do alto, onde Cristo Se encon- bém vós vos haveis de manifestar com Ele
tra, sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos na glória.
Dai graças ao Senhor, porque Ele é às coisas do alto e não às da terra. Porque Palavra do Senhor.
bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel:
é eterna a Sua misericórdia. Refrão Evangelho Jo 20, 1-9

A mão do Senhor fez prodígios, meiro ao sepulcro¬. Debruçando-se, viu as


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo
a mão do Senhor foi magnífica.
segundo S. João ligaduras no chão, mas não entrou. Entre-
Não morrerei, mas hei-de viver,
No primeiro dia da semana, Maria Madale- tanto, chegou também Simão Pedro, que o
para anunciar as obras do Senhor.
Refrão na foi de manhãzinha, ainda escuro, ao seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligadu-
sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. ras no chão e o sudário que tinha estado
A pedra que os construtores Correu então e foi ter com Simão Pedro e sobre a cabeça de Jesus, não com as liga-
rejeitaram com o outro discípulo que Jesus amava e duras, mas enrolado à parte. Entrou tam-
tornou-se pedra angular. disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro bém o outro discípulo que chegara primei-
Tudo isto veio do Senhor: e não sabemos onde O puseram». Pedro ro ao sepulcro:¬ viu e acreditou. Na verda-
e é admirável aos nossos olhos. partiu com o outro discípulo e foram ambos de, ainda não tinham entendido a Escritu-
Refrão ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o ra, segundo a qual Jesus devia ressuscitar
outro discípulo antecipou-se, correndo dos mortos.
mais depressa do que Pedro, e chegou pri- Palavra da Salvação.
Ano V, Nº 35: Abril 2011
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7º MANDAMENTO: NÃO ROUBAR


Introdução: to do decálogo, junto com o décimo. É é pequeno. O pecado grave é perdoado
Quando o jovem rico se aproximou de a idéia que está subjacente na frase na confissão, se, ao arrependimento,
Jesus perguntando o que deveria fazer de João Paulo II: “Sobre toda proprie- junta-se a intenção (ao menos...) de
para ir parar o céu, ouviu esta resposta dade privada recaí uma hipoteca devolver o roubado ou o reparar o dano;
do Senhor: “Cumpre os mandamentos”. social”; porque, ainda que se possa caso não exista esta intenção, o peca-
E ao confessar que já os vinha cumprin- dispor das coisas, o ser humano é do não é perdoado. Se já não se tem o
do desde criança, Jesus lhe disse: mero administrador e deve estar aber- que se roubou, é necessário devolve-lo,
“Uma só coisa te falta. Vai, vende tudo to aos demais, tendo em conta virtu- tirando-se dos próprios bens, ou com-
quanto possui e dá o dinheiro aos des tão sociais como a temperança, a prando-se outra coisa igual ao que se
pobres, e terás um tesouro no céu; justiça e a solidariedade, reclamadas roubou, e entrega-lo. Se não se sabe o
depois, vem e segue-me” (Marcos pela condição do cristão. que fazer, em outros casos, deve-se
10,21). Ao ouvir estas palavras, foi perguntar ao confessor.
embora triste porque era muito rico e 2. O respeito pelas pessoas e por
não queria abandonar os seus bens. seus bens 5. Atitude frente aos bens da terra
Então o Senhor advertiu seus discípu- Tendo em conta estes princípios que a) Respeito a nós mesmos. Sabemos
los: “Dificilmente entrarão no céu regulam o uso dos bens criados, o que as coisas da terra estão a nosso
aqueles que possuem riquezas!”. A sétimo mandamento proíbe estas serviço e que precisamos delas, mas
cena sugere algumas perguntas: Esta- atuações, que atentam contra o direi- existem bens muito mais importan-
mos apegados às coisas que temos? to do próximo: tes: o amor a Deus e ao próximo
Somos egoístas? Cuidamos e respeita- a) O roubo,
roubo que é o tirar ou o reter uma demonstrado com obras, que são
mos as coisas dos outros? Pegamos coisa contra a vontade de seu dono; bens que levam ao céu. A estes bens
aquilo que não nos pertence? Preocu- b) A usura,
usura que é o emprestar dinheiro devemos aspirar, estes são os que
pamo-nos com os pobres e os que tem ou outra coisa exigindo um juros devemos adquirir e conservar com
menos do que nós? Cumprimos nossas excessivo; esforço.
obrigações de cidadãos? c) A fraude,
fraude que é o não dar o justo b) Respeito aos demais. Não se trata só
peso ou medida, ou dar uma coisa de não roubar; o cristão deve parti-
1. O plano de Deus a respeito dos pela outra; lhar seus bens com os que tem
bens da terra d) Também proíbe o reter deliberada- necessidade, se quer ser fiel ao
O ser humano nasce no seio de uma mente objetos perdidos, pagar salá- Evangelho. Entre as diversas formas
família: pais, irmãos e outros seres que rios injustos, elevar os preços espe- de viver o mandato de Jesus Cristo,
cuidam de nós para que possamos culando com a ignorância ou a podemos assinalar: ajudar aos
viver. Também está rodeado de coisas necessidade alheia, a especulação demais, especialmente aos mais pró-
que necessita para viver e desenvolver- de terras, a corrupção que ximos, como são os pais, irmãos,
se: comida, bebida, roupas e muitos “compra” o juízo dos que devem etc.; trabalhar – ou estudar, se for o
bens que fazem possível e facilitam o tomar decisões conforme o direito, caso – porque assim participamos na
desenvolvimento de suas capacidades o trabalho mal realizado, a fraude obra da criação e, unido a Cristo, o
naturais. Estes bens – como também a fiscal, a falsificação de cheques e trabalho pode ser também ele,
vida – não nos são dados por nós mes- faturas, os gastos excessivos, os redentor; ajudar os pobres e necessi-
mos, mas são todos recebidos. Nós os desfalques. tados com esmolas e visitando-os
recebemos de Deus, que é o Criador de para fazer-lhes passar bons momen-
tudo, e que utiliza da família como ins- 3. O respeito da integridade da tos. Também temos a obrigação de
trumento de sua Providência generosa criação ajudar à Igreja em suas necessida-
e esmerada. Mas a condição deste ser Deus não concedeu ao ser humano um des, como ordena o quinto manda-
humano é a de cada ser humano e, por- domínio absoluto e despótico sobre a mento da Igreja, que cada um há de
tanto, os bens criados tem um destino natureza, mas sim relativo; quer dizer, viver segundo suas possibilidades
universal; são de todos e para todos e um domínio regulado pelo respeito e (por exemplo, sendo generosos na
devem ser conseguidos principalmente cuidado da qualidade de vida do próxi- oferta quando vamos à Igreja, no
mediante o trabalho. Ao mesmo tempo, mo, incluindo as gerações futuras. No domingo, na co-responsabilidade
para segurança de sua liberdade e estí- trato com os animais, é legítimo servir com o dízimo). Quer dizer, as obras
mulo de trabalho – direito e dever do -se deles para o alimento e o vestir-se, de misericórdia existem para serem
ser humano – , necessita possuir mas não é conforme à natureza huma- praticadas.
alguns bens (casa, terras, dinheiro...), na faze-los sofrer inutilmente, sacrifi-
que protegem a autonomia da pessoa e car suas vidas sem necessidade, e 6. Propósitos de vida cristã
da família. É o direito à propriedade inverter neles somas notáveis que • Viver a generosidade em deixar as
privada, que é um direito natural, quer poderiam remediar as necessidades coisas próprias aos irmãos, amigos,
dizer, querido por Deus. Por isso, os de outros seres humanos. companheiros, etc.
sistemas que anulam ou impedem a • Nunca roubar nada, ainda que sejam
liberdade, o trabalho e a propriedade 4. Obrigação de se reparar os coisas pequenas; e caso tenha-se
privada são antinaturais, porque se danos causados feito, devolver o quanto antes.
opõem aos direitos fundamentais da Quando se rouba ou se estraga algo, • Dar esmolas aos mais necessitados.
pessoa humana. Harmonizar e tutelar produzindo um dano importante nos
uma e outra dimensão: o destino uni- bens dos demais, comete-se um peca- In: http://www.saojorgemartir.com.br/
versal dos bens criados e a propriedade do grave; o pecado é venial se o dano curso/catecismo51.php
privada é o que faz este sétimo precei-
Este seminário pretende ser um local de encontro entre a academia, as organizações não governamentais sem fins lucrativos do terceiro sector, empreendedores, agentes das políticas sociais e todos aqueles que
participam nas áreas de intervenção social. É promovido e organizado pelo Centro Comunitário Paroquial de Famões (CCPF) através do Projecto do Contrato Local de Desenvolvimento Social da Vertente Sul de
Odivelas (CLDS-VS). Os objectivos do seminário são a partilha de experiências de Inovação Social, através dos contributos das intervenções dos oradores convidados, testemunhos de empreendedores e da partilha
dos próprios participantes no seminário, pretendendo ser um catalisador da criação, em termos locais, de uma rede de inovadores sociais no terceiro sector.
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Paróquia
de
Nossa
Senhora
do
Rosário

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