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Embora seja consensual e reconhecida por todos a importância que o TRABALHO tem
para o desenvolvimento:
A nível mundial, fontes ligadas à OMS (Organização Mundial de Saúde) referem que as
condições de trabalho de cerca de 2/3 da população activa estão abaixo dos padrões
mínimos de qualidade, ou seja representam um risco real para a saúde e integridade
física das pessoas. As estatísticas mundiais, referentes ao ano de 1999, apontam a
ocorrência de:
Dados relativos à União Europeia, fornecidos pela Direcção Geral para o Emprego e
Assuntos Sociais (UE), referem que em 1999, aqueles custos atingem mais de 3% do
produto interno bruto.
Apesar da grandeza destes números, tem vindo a assistir-se a uma melhoria nas
condições de segurança e saúde no trabalho no espaço europeu. Entre 1994 e 2001,
como resultado da aplicação de um conjunto de acções que visando a prevenção,
verificou-se um decréscimo de 15% nos acidentes de trabalho e de 31% nos acidentes
mortais.
A acuidade dos diferentes factores de risco inerentes ao trabalho varia com o estado de
desenvolvimento económico das sociedades.
Em Portugal, podemos dizer que habitam estas duas realidades. Por um lado, algumas
características tradicionais, com destaque para uma deficiente cultura prevencionista, e
o facto de, nos diferentes graus de ensino, não ser suficientemente abordado os aspectos
da segurança e saúde no local de trabalho, faz com que sejam relevantes alguns dos
problemas das sociedades menos desenvolvidas. Por outro lado, como país integrado na
UE, são aplicados os conceitos e princípios dos países desenvolvidos que estão patentes
no normativo.
ao e por isso alguns problemas estão solucionados pelo que existem regras que têm de
ser cumpridas na criação de postos de trabalhos.
8.2.1 – Saúde Ocupacional / Segurança, Higiene e Saúde no Local de Trabalho
-criar e manter condições de trabalho que permitam atingir padrões de bem estar
físico, mental e social nos trabalhadores e na comunidade envolvente;
Para serem atingidas estas metas são fundamentais dois tipos de intervenção, uma
dirigida aos componentes do trabalho e a outra ao próprio trabalhador, que podem ser
sintetizadas da seguinte forma:
Neste diploma legal estão contemplados várias situações relacionadas com cuidados a
ter na utilização e manuseamento dos agentes susceptíveis de implicar riscos para o
património genético, das quais se destacam as referências a: avaliação dos riscos (artigo
46; exposição (previsível – artigo 50º e imprevisível – artigo 51º) e vigilância da saúde
(artigo 54º).
Assim para a avaliação dos riscos, que deve constar de documento escrito, o
empregador deve determinar a natureza, grau e tempo de exposição. No caso de
utilização de vários agentes a avaliação tem de ter em consideração esse facto. Na
avaliação tem de estar equacionadas todas as formas de exposição e vias de absorção, e
devem ser atendidas as informações dos programas de vigilância de saúde estabelecidos.
No caso da vigilância da saúde (artigo 54º), são referidas as linhas gerais dos exames de
saúde da responsabilidade do médico de trabalho, e na alínea 9 é destacada a
necessidade do médico responsável de comunicar os casos de cancro identificados como
resultantes da exposição a agentes físicos, químicos e biológicos susceptíveis de
implicar riscos para o património genético. Estranhamente, a comunicação deve ser
veiculada ao organismo do ministério responsável pela área laboral, com competente em
matéria de segurança, higiene e saúde no trabalho, sendo omisso que a informação
chegue ao ministério responsável pela área da saúde.
Esta área de intervenção tem carácter eminentemente preventivo pelo que a sua
participação (análise da situação, identificação de potenciais riscos e estudo de
medidas de controlo) deve iniciar-se logo na fase de projecto e concepção dos locais
de trabalho. Do mesmo modo, antes de se proceder a alterações no lay-out, de
processos, de organização do trabalho, de equipamentos ou de materiais, deve ser
analisado o seu impacte no ambiente de trabalho, os eventuais perigos identificados e
controlados, bem como a análise dos resíduos produzidos.
Para cumprir a sua missão, como principais actividades desenvolvidas pela Higiene
do Trabalho, as seguintes:
Higiene de Campo
Higiene Analítica
Por outro lado tem de ser garantida a qualidade dos resultados, pelo que o laboratório
tem de utilizar métodos validados, materiais de referência, ter programas de controlo
de qualidade internos e participar em programas interlaboratoriais de controlo da
qualidade.
Higiene Normativa
A acção desta ramo da Higiene do Trabalho – Higiene Normativa - visa fixar valores
de referência, para os quais não é de prever, para a maioria das pessoas, alterações
funcionais. Estes valores de referência, no caso da exposição profissional a agentes
químicos, sãos designados por valores limite de exposição (ver secção 8.4.3.2). Por
outro lado podemos considerar como actividade deste ramo da Higiene, a construção
para cada trabalhador, com base na informação recolhida pela Higiene de Campo e
Higiene Analítica, do seu “padrão de exposição” aos diferentes agentes presentes no
seu posto de trabalho.
Higiene Operativa
1 - Medidas de engenharia:
- substituição do agente nocivo ou operação perigosa,
- modificar o processo
- isolar a operação perigosa ou o trabalhador (cabine) / confinar a área
- captação do agente na fonte (exaustão localizada)
- ventilação geral (arejamento) do local de trabalho.
3 - Medidas administrativas:
- rotação das operações mais perigosas por vários trabalhadores para diminuir
a exposição
- escalar as operações mais problemáticas para períodos de menor
- permanência de trabalhadores.
Assim, define-se
Nesta fase são preparadas listas de todos os agentes ambientais (químicos, físicos e
biológicos) que podem estar presentes. Estes agentes podem estar relacionados com
matérias-primas, impurezas, produtos intermédios, produtos finais, produtos de
reacções do processo produtivo ou equipamentos.
Esta fase trata da avaliar a contribuição do ciclo produtivo e lay-out para a exposição
dos trabalhadores. Para o efeito é necessário recolher informação sobre::
Apreciação da exposição:
A apreciação, processo que permite a valorização do risco ambiental em cada postos
de trabalho. integra a informação das duas fases anteriores e respectivas interligações,
e pode ser conduzida em três estádios:
• análise inicial
• estudo preliminar
• estudo detalhado.
A análise inicial produz uma consideração, com base na informação recolhida, sobre
a possibilidade da exposição estar presente. Existem várias variáveis que influenciam
os níveis dos agentes no ambiente próximo do trabalhador, com destaque para: