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Estudo de Curto-Circuito
1
3.1. Corrente de Curto-circuito
➢ Quando ocorre uma falta em um sistema elétrico a corrente que circula é
determinada pelas f.e.m das máquinas, suas respectivas impedâncias internas,
e pelas impedâncias da rede entre as fontes de curto-circuito (máquinas) e o
ponto de falta.
2
3.2. Natureza do Curto-circuito
➢ Nas condições de regime, o circuito apresentado na figura abaixo pode ser
utilizado para calcular as correntes de carga do sistema:
▪ 𝐸 = 𝑉𝑀á𝑥 . 𝑠𝑒𝑛 ω𝑡 + α
▪ 𝑍𝑆 = Impedância do sistema de alimentação;
▪ 𝑍𝐶 = Impedância do Circuito;
3
▪ 𝑍𝐿 = Impedância da Carga.
3.2. Natureza do Curto-circuito
➢ Considere o sistema ilustrado abaixo:
𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒 100
𝑍𝑠 = = = 0,4∠86,19° 𝑝𝑢
𝑆𝑐𝑐 𝑋
250∠ arctg
𝑅
𝒁𝒔 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟔𝟔 + 𝒋 𝟎, 𝟑𝟗𝟗𝟏 𝒑𝒖
o Cabo
𝑍𝑐𝑎𝑏𝑜 = 0,2020 + 𝐽0,2040 × 0,1
𝑍𝑐𝑎𝑏𝑜 = 0,02020 + 𝐽0,02040 𝛺
(𝑘𝑉)2 13,82
𝑍𝑏𝑎𝑠𝑒 = = = 1,9044 Ω
𝑀𝑉𝐴𝑏𝑎𝑠𝑒 100 5
3.2. Natureza do Curto-circuito
➢ Cálculo da corrente de carga:
▪ Representação do sistema em PU
o Cabo
𝑍𝑐 Ω 0,02020 + 𝐽0,02040
𝑍𝑐 = =
𝑍𝑏𝑎𝑠𝑒 1,9044
𝒁𝒄 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟎𝟔 + 𝒋 𝟎, 𝟎𝟏𝟎𝟕 𝒑𝒖
o Carga
(𝑘𝑉)2 13,82
𝑍𝐿 = = = 272,0571∠ − 18.19° Ω
𝑀𝑉𝐴𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 0,7∠ − acos(0,95)
(𝑘𝑉)2 13,82
𝑍𝑏𝑎𝑠𝑒 = = = 1,9044 Ω
𝑀𝑉𝐴𝑏𝑎𝑠𝑒 100
6
3.2. Natureza do Curto-circuito
➢ Cálculo da corrente de carga:
▪ Representação do sistema em PU
o Carga
𝑍𝐿 Ω 272,0571∠ − 18.19°
𝑍𝐿 = = = 142,8571∠ − 18.19°
𝑍𝑏𝑎𝑠𝑒 1,9044
𝒁𝑳 = 𝟏𝟑𝟓, 𝟕𝟏𝟒𝟑 + 𝒋 𝟒𝟒, 𝟔𝟎𝟕𝟏 𝒑𝒖
o Diagrama unifilar simplificado
7
3.2. Natureza do Curto-circuito
➢ Cálculo da corrente de carga:
▪ Corrente de carga
𝐸 1∠0°
𝐼𝐿 = =
𝑍𝑐 + 𝑍𝑠 + 𝑍𝐿 143.0210∠18,35°
𝐼𝐿 = 0,0070∠ − 18.35° 𝑝𝑢
100000
𝐼𝑏𝑎𝑠𝑒 = = 4183,7 𝐴
3 × 13,8
8
3.2. Natureza do Curto-circuito
➢ Cálculo da corrente de carga:
9
3.2. Natureza do Curto-circuito
➢ Cálculo da corrente de curto-circuito:
10
3.2. Natureza do Curto-circuito
➢ Cálculo da corrente de curto-circuito:
▪ Representação do sistema em PU
o Diagrama unifilar simplificado
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3.2. Natureza do Curto-circuito
➢ Cálculo da corrente de curto-circuito:
▪ Corrente de curto-circuito
𝐸 1∠0°
𝐼𝑐𝑐 = =
𝑍𝑐 + 𝑍𝑠 0,4115∠84,81°
100000
𝐼𝑏𝑎𝑠𝑒 = = 4183,7 𝐴
3 × 13,8
12
3.2. Natureza do Curto-circuito
➢ Cálculo da corrente de curto-circuito:
13
3.2. Natureza do Curto-circuito
➢ Dos exemplos mostrados anteriormente, percebe-se que o valor da corrente
muda rapidamente do valor de carga (~30A) para o de curto-circuito (10kA) e
este transitório é simulado através da solução da equação retirada do circuito
abaixo.
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3.2. Natureza do Curto-circuito
➢ O equacionamento do circuito da página anterior é apresentado a seguir:
𝐿𝑑𝑖 𝑡
𝑉𝑀 . 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 + 𝛼 = 𝑅. 𝑖 𝑡 + (26)
𝑑𝑡
𝑉𝑀 −
𝑅
𝑡
𝑖 𝑡 = 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 + 𝛼 − 𝜃 − 𝑠𝑒𝑛 𝛼 − 𝜃 . 𝑒 𝐿 (27)
𝑍
𝑍 = 𝑅2 + 𝑋 2 (28)
𝑋
𝜃= tg −1 (29)
𝑅
15
3.2. Natureza do Curto-circuito
➢ Tem-se que 𝛼 é o ângulo da tensão entre o último instante, passando por
zero (no semiciclo positivo) até o instante em que ocorre a falta.
➢ Componente AC:
𝑉𝑀 𝑉𝑟𝑚𝑠
𝑖𝐴𝐶 (𝑡) = 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 + 𝛼 − 𝜃 = 2 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡 + 𝛼 − 𝜃)
𝑍 𝑍
16
3.2. Natureza do Curto-circuito
➢ Componente DC:
𝑅
− 𝑡
𝑖𝐷𝐶 𝑡 = 2. 𝐼𝑐𝑐𝑠 𝑠𝑒𝑛(𝛼 − 𝜃). 𝑒 𝐿
2𝜋𝑓
− 𝑋 𝑡
𝑖𝐷𝐶 𝑡 = 2. 𝐼𝑐𝑐𝑠 . 𝑠𝑒𝑛 𝛼 − 𝜃 . 𝑒 𝑅 (31)
2 2
𝐼= 𝐼𝐴𝐶 + 𝐼𝐷𝐶 (32)
17
3.2. Natureza do Curto-circuito
➢ Componentes da corrente de falta:
18
3.2. Natureza do Curto-circuito
➢ Componentes da corrente de falta:
19
3.3. Simetria da Corrente de Curto-circuito
➢ A corrente é dita simétrica quando a envoltória da corrente de curto-circuito
é simétrica em relação ao eixo dos tempos. Caso contrário, a corrente é dita
assimétrica.
20
Corrente Simétrica Corrente Assimétrica
3.3. Simetria da Corrente de Curto-circuito
➢ Fatores de Assimetria
▪ Para valores eficazes(RMS):
o O fator de assimétrica para valores eficazes(rms) é calculado a
partir da seguinte equação:
4𝜋
− 𝑋 𝑡𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠
𝐹𝐴𝑆𝑆𝐼𝑀𝐸𝑇𝑅𝐼𝐴−𝑅𝑀𝑆 = 1+ 2. 𝑒 𝑅 (33)
22
3.3. Simetria da Corrente de Curto-circuito
➢ Fatores de Assimetria
▪ Para valores eficazes(RMS):
o Quando se conhece apenas as correntes de curto-circuito simétricas
e assimétricas, o valor de X/R pode ser obtido a partir da expressão
abaixo, para t = ½ ciclo:
𝐼𝐶𝐶−𝐴𝑆𝑆𝐼𝑀É𝑇𝑅𝐼𝐶𝐴
𝐹𝐴𝑆𝑆𝐼𝑀𝐸𝑇𝑅𝐼𝐴−𝑅𝑀𝑆 = 𝐹𝐴 =
𝐼𝐶𝐶−𝑆𝐼𝑀É𝑇𝑅𝐼𝐶𝐴
𝑋 2𝜋
= (34)
𝑅 𝐹𝐴2 − 1
ln
2
23
3.3. Simetria da Corrente de Curto-circuito
➢ Fatores de Assimetria
▪ Para valores de pico:
o O fator de assimetria para valores de pico é calculado a partir da
seguinte equação:
2𝜋
− 𝑋 𝑡𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠
𝐹𝐴𝑆𝑆𝐼𝑀𝐸𝑇𝑅𝐼𝐴−𝑃𝐼𝐶𝑂 = 2 × 1 + 𝑒 𝑅 (35)
3
− 𝑋
𝐹𝐴𝑆𝑆𝐼𝑀𝐸𝑇𝑅𝐼𝐴−𝑃𝐼𝐶𝑂−𝐷𝐼𝑁 = 2 × 1,02 + 0,98𝑒 𝑅
𝑟
−3×𝑋
𝐹𝐴𝑆𝑆𝐼𝑀𝐸𝑇𝑅𝐼𝐴−𝑃𝐼𝐶𝑂−𝐷𝐼𝑁 = 2 × 1,02 + 0,98𝑒 (36)
24
3.3. Simetria da Corrente de Curto-circuito
➢ Fatores de Assimetria
▪ Para valores de pico:
o Apresenta-se, na figura abaixo, o gráfico do fator X e do fator de
assimetria de pico ( IEC/DIN) em função do valor de r/X, para ½
ciclo.
25
3.4. Fontes de Curto-circuito
➢ As fontes mais relevantes de curto-circuito são:
▪ Concessionária
▪ Geradores
▪ Motores síncronos
▪ Motores de indução
▪ Capacitores
26
3.4. Fontes de Curto-circuito
➢ Contribuição da Concessionária
27
3.4. Fontes de Curto-circuito
➢ Contribuição dos Geradores
28
3.4. Fontes de Curto-circuito
➢ Contribuição dos Motores Síncronos
29
3.4. Fontes de Curto-circuito
➢ Contribuição dos Motores de Indução
30
3.4. Fontes de Curto-circuito
➢ Contribuição dos Bancos de Capacitores
▪ Os bancos de capacitores, no instante do curto-circuito, apresentam uma
tensão maior do que no ponto de falta e contribuem para o curto-circuito,
todavia, com a uma corrente de alta frequência.
2 𝑉𝐹𝐹 𝑅
− 𝑡
𝐼𝐵𝐶−𝑃𝐾 = × × 𝑒 2𝐿 . 𝑠𝑒𝑛 𝜔0 𝑡 (37)
3 𝑍0
1 𝐿
𝜔0 𝑟𝑎𝑑𝑠 = 𝑍0 (Ω) =
𝐿𝐶 𝐶
32
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Neste tópico serão tratados os seguintes tipos de falta:
▪ Curto-circuito trifásico(𝐼𝑐𝑐3∅ );
▪ Curto-circuito fase-terra(𝐼𝑐𝑐1∅ );
▪ Curto-circuito bifásico(𝐼𝑐𝑐2∅ );
▪ Curto-circuito a terra por arco(𝐼𝐴𝐹 );
▪ Curto-circuito bifásico com contato a terra(𝐼𝑐𝑐2∅𝑇 )
33
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Circuitos de Sequência:
34
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Circuitos de Sequência:
E = Va1 + Z1 . Ia1
35
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Circuitos de Sequência:
36
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Circuitos de Sequência:
37
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Circuitos de Sequência:
38
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Curto-Circuito Trifásico:
𝑉𝑎 = 𝑉𝑏 = 𝑉𝑐 = 0
▪ Resulta em:
𝑉𝑎1 = 𝑉𝑎2 = 𝑉𝑎0 = 0
▪ Isto significa que os três circuitos de sequência ficam com suas tensões
em zero(“curto-circuitadas”). 39
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Curto-Circuito Trifásico:
Seq. zero
40
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Curto-Circuito Trifásico:
𝐸
𝐼𝑎1 =
𝑍1
o Para sequência negativa e sequência zero:
𝑉𝑎2
𝐼𝑎2 =− =0
𝑍2
𝑉𝑎0
𝐼𝑎0 = − =0
𝑍0 + 3𝑍𝐺
41
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Curto-Circuito Trifásico:
0
𝐼𝑎 1 1 1 𝐼𝑎0 1 1 1 𝐸
𝐼𝑏 = 1 𝑎2 𝑎 . 𝐼𝑎1 = 1 𝑎2 𝑎 .
𝑍1
𝐼𝑐 1 𝑎 𝑎2 𝐼𝑎2 1 𝑎 𝑎2
0
▪ Resulta em :
𝐸
𝐼𝑐𝑐3∅ = (38)
𝑍1
42
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Curto-Circuito Fase-Terra:
▪ No curto circuito fase-terra, uma fase vai à terra e as outras duas ficam
“sãs”. As condições de contorno para este tipo de falta são (desprezando
as correntes de falta pré-falta):
𝑉𝑎 = 0 𝐼𝑏 = 𝐼𝑐 = 0
▪ Resulta em:
𝐼𝑎
𝐼𝑎1 = 𝐼𝑎2 = 𝐼𝑎0 =
3
44
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Curto-Circuito Fase-Terra:
𝐸
𝐼𝑎1 = 𝐼𝑎2 = 𝐼𝑎0 =
𝑍1 + 𝑍2 + 𝑍0 + 3𝑍𝐺
𝐼𝑎 = 𝐼𝑎1 + 𝐼𝑎2 + 𝐼𝑎0 = 3𝐼𝑎1
3𝐸
𝐼𝑐𝑐1∅ = (39)
𝑍1 + 𝑍2 + 𝑍0 + 3𝑍𝐺
45
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Curto-Circuito Bifásico:
𝑉𝑏 = 𝑉𝑐 𝐼𝑎 = 0 𝐼𝑏 = −𝐼𝑐
▪ Resulta em:
𝑗 3 𝑗 3
𝐼𝑎0 = 0 𝐼𝑎1 = 𝐼 𝐼𝑎2 = −𝐼𝑎1 = − 𝐼
3 𝑏 3 𝑏
46
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Curto-Circuito Bifásico:
▪ Resulta em:
𝑉𝑎1 = 𝑉𝑎2
47
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Curto-Circuito Bifásico:
48
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Curto-Circuito Bifásico:
𝑗 3
𝐸 = (𝑍1 +𝑍2 ) × 𝐼
3 𝑏
−𝑗 3𝐸 𝑗 3𝐸
𝐼𝑏 = 𝐼𝑐 =
𝑍1 + 𝑍2 𝑍1 + 𝑍2
49
3𝐸
𝐼𝑐𝑐2∅ = (40)
𝑍1 + 𝑍2
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Curto-Circuito Bifásico-Terra:
𝑉𝑏 = 𝑉𝑐 = 0 𝐼𝑎 = 0
▪ Resulta em:
𝑉𝑎
𝑉𝑎0 = 𝑉𝑎1 = 𝑉𝑎2 =
3
51
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Curto-Circuito Bifásico-Terra:
𝐸 𝐸 𝑍0 + 𝑍2 + 3𝑍𝐺
𝐼𝑎1 = =
𝑍 𝑍 + 3𝑍𝐺 𝑍0 𝑍1 + 𝑍0 𝑍2 + 𝑍1 𝑍2 + 𝑍1 𝑍𝐺 + 𝑍2 𝑍𝐺
𝑍1 + 2 0
𝑍0 + 𝑍2 + 3𝑍𝐺
𝐸 𝑍0 + 𝑍2
𝐼𝑎1 =
𝑍0 𝑍1 + 𝑍0 𝑍2 + 𝑍1 𝑍2
52
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Curto-Circuito Bifásico-Terra:
𝐸 𝑍0 + 𝑍2
𝑉𝑎1 = 𝐸 − 𝑍1 𝐼𝑎1 = 𝐸 − 𝑍1
𝑍0 𝑍1 + 𝑍0 𝑍2 + 𝑍1 𝑍2
𝐸 𝑍0 𝑍1 + 𝑍0 𝑍2 + 𝑍1 𝑍2 − 𝑍0 𝑍1 − 𝑍1 𝑍2
𝑉𝑎1 =
𝑍0 𝑍1 + 𝑍0 𝑍2 + 𝑍1 𝑍2
𝐸 𝑍0 𝑍2
𝑉𝑎1 =
𝑍0 𝑍1 + 𝑍0 𝑍2 + 𝑍1 𝑍2
▪ Portanto:
𝑉𝑎2 𝑉𝑎1 1 𝐸 𝑍0 𝑍2
𝐼𝑎2 =− =− =− .
𝑍2 𝑍2 𝑍2 𝑍0 𝑍1 + 𝑍0 𝑍2 + 𝑍1 𝑍2
𝐸𝑍0 53
𝐼𝑎2 =−
𝑍0 𝑍1 + 𝑍0 𝑍2 + 𝑍1 𝑍2
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Curto-Circuito Bifásico-Terra:
𝑉𝑎0 𝑉𝑎1 1 𝐸 𝑍0 𝑍2
𝐼𝑎0 =− =− =− .
𝑍0 𝑍0 𝑍0 𝑍0 𝑍1 + 𝑍0 𝑍2 + 𝑍1 𝑍2
𝐸𝑍2
𝐼𝑎0 = −
𝑍0 𝑍1 + 𝑍0 𝑍2 + 𝑍1 𝑍2
54
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Curto-Circuito Bifásico-Terra:
𝐼𝑎 1 1 1 𝐼𝑎0
𝐼𝑏 = 1 𝑎2 𝑎 . 𝐼𝑎1
𝐼𝑐 1 𝑎 𝑎2 𝐼𝑎2
▪ Resulta em:
−𝑗 3𝐸 𝑎2 + 1 𝑍2 + 𝑍0
𝐼𝑏 = (41)
𝑍0 𝑍1 + 𝑍0 𝑍2 + 𝑍1 𝑍2
𝑗 3𝐸 𝑎 + 1 𝑍2 + 𝑍0
𝐼𝑐 = (42)
𝑍0 𝑍1 + 𝑍0 𝑍2 + 𝑍1 𝑍2
55
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Faltas por Arco Elétrico
▪ O arco elétrico é uma descarga que pode surgir sempre que houver o
rompimento (falha) do dielétrico (isolação) de um ponto energizado em
relação à um terra (ou massa) ou entre dois pontos de potenciais
diferentes. A interrupção de correntes também provoca arcos.
tensão
56
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Faltas por Arco Elétrico
▪ Principais características de uma falta por arco:
o As faltas por arco são intermitentes;
o As faltas por arco são descontínuas;
o As ondas de corrente de arco são não senoidais;
o A teoria fasorial não é aplicável.
o Tem características resistivas;
o O valor da corrente de arco é menor que a do curto-circuito franco;
o Atinge temperaturas elevadas;
o Pode atingir o estado do plasma(4ª estado da matéria);
o Em painéis, a potência máxima instantânea pode atingir 40 MW;
57
o Abaixo de 150 V, praticamente se auto-extingue.
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Faltas por Arco Elétrico
▪ Principais características de uma falta por arco:
o Em média, a tensão do arco atinge de 500 a 1000V;
o As faltas por arco caminham para a fonte;
o A luminosidade do arco pode chegar a 2000 vezes a de um escritório;
o Gera elevada pressão internamente aos painéis;
o Podem derreter os componentes internos da gaveta/cubículo;
o Costumam danificar toda a coluna onde ocorreu a falta;
o Podem danificar várias colunas;
o Podem queimar cabos em leitos próximos ao painel;
o Arcos numa mesma fase não são identificados pelos relés de
sobrecorrente. Para a proteção, é necessário utilizar relé
58
fotossensível.
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Faltas por Arco Elétrico
▪ Principais efeitos do arco:
o Temperatura – Como mencionado, as temperaturas são
elevadíssimas durante o arco e este efeito térmico provoca o
derretimento e a queima de todos os componentes próximos, pois
nada na natureza fica no estado sólido nestas temperaturas.
59
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Faltas por Arco Elétrico
▪ Principais efeitos do arco:
o A pressão do arco pode ser calculada como segue:
2. 𝑁 𝑈 𝐼 𝑡 105
𝑃=
𝑉
61
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Faltas por Arco Elétrico
▪ Cálculo do valor da corrente de arco:
o Como a teoria fasorial não é aplicável no cálculo do arco, o valor da
corrente de arco não pode ser calculado com precisão.
o Existem literaturas que indicam valores de falta por arco tão baixos
quanto 20% do valor da falta franca. 62
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Faltas por Arco Elétrico
▪ Cálculo do valor da corrente de arco:
o O IEEE Std 1584[75] prescreve metodologia para o cálculo das
faltas por arco e indicam como podem ser estimadas as correntes por
arco:
𝐼𝑎 = 10[0,00402+0,983×log(𝐼𝐵)]
65
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Faltas por Arco Elétrico
▪ Energia do arco:
o Energia Incidente Normalizada
• Na metodologia do IEEE 1584 o processo de obtenção dos
níveis de energia incidente é realizado através de ensaios com
diversos tipos de equipamentos. Como a variedade e os tipos de
equipamentos são muitos, foram escolhidos dois valores padrão
para os ensaios:
❖ Tempo de atuação - 0,2 segundos.
❖ Distância do operador em relação ao arco elétrico – 610
mm(24”).
66
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Faltas por Arco Elétrico
▪ Energia do arco:
o Energia Incidente Normalizada
• Com os dois valores de ensaios informados, calcula-se a
chamada “energia incidente normalizada”, baseada em ensaios e
efetuando-se a obtenção da curva de tendência. Como, na
prática, raramente a condição ensaiada corresponde à real, deve-
se referir os cálculos a esta nova condição:
𝐸𝑁 = 10[𝐾1+𝐾2+1,081×log 𝐼𝑎 +0,0011×𝐺]
𝑡 610 𝑥
𝐸= 4,184. 𝐶𝑓 . 𝐸𝑁
0,2 𝐷
69
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Faltas por Arco Elétrico
▪ Resistência do arco:
o A natureza da corrente de arco não é determinística e, assim, a
resistência do arco não é constante em nenhum ciclo devido à cada
reignição no ambiente onde se instaura o arco ser diferente. Pela falta
de um modelo exato, as equações aproximadas propostas pelo IEEE
Std 551-2006[108] podem ser utilizadas:
1
𝑉 𝑃 6 Ω 1 4
= 59 2 = 59. 𝑃6 . 𝐼 3
𝑐𝑚 𝐼 𝑐𝑚
P é a pressão em atmosfera;
I é a corrente em kiloampères;
V/cm é a tensão em volts/centímetro;
70
Ω/cm é a resistência em ohm/centímetro.
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Faltas por Arco Elétrico
▪ Resistência do arco – Método A.R Van C. Warrington:
o Este método tem sido muito utilizado para determinar a resistência
de arco para ajuste de relés de distância. Sabe-se que sempre quando
há ionização propicia-se a ocorrência do arco elétrico. Assim, em
alguns casos, tais como na análise de faltas múltiplas ou
desbalanceadas, pode ser desejável fazer a modelagem da resistência
do arco.
𝐿 = 3𝑣𝑡 + 𝐿0
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Faltas por Arco Elétrico
▪ Resistência do arco – Método A.R Van C. Warrington:
I é a corrente em ampères (deve ser abaixo de 1000A);
L é o comprimento do arco em pés;
𝐿0 é o comprimento inicial do arco em pés;
v é a velocidade transversal do vento em milhas/hora;
t é o tempo após o início do arco em segundos;
72
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Faltas por Arco Elétrico
▪ Resistência do arco – Método J.Lewis Blackburn[65]:
o O valor da resistência de arco por este método é calculado como
segue:
440 × 𝐿
𝑅𝐴𝑅𝐶𝑂−𝐸𝐿É𝑇𝑅𝐼𝐶𝑂 = [Ω]
𝐼
I é a corrente em ampères;
L é o comprimento do arco em pés;
73
3.6. Tipos de Faltas Mais Comuns
➢ Faltas por Arco Elétrico
▪ Principais causas de arco:
o Mau contato;
o Sobrecarga;
o Umidade;
o Contaminação (pó, sal, etc);
o Animais;
o Deterioração da isolação por idade;
o Deterioração da isolação por ataque químico;
o Objetos estranhos;
o Aproximação de objetos;
o Mau encaixe de gavetas/disjuntores;
o Sobretensões de regime ou transitórias;
o Erros humanos;
o Perfuração da isolação;
o Abertura de disjuntores sem o meio de extinção (Vácuo/Gás
74
SF6/Óleo);
3.7. Corrente de Decremento de Geradores
𝑡 2 𝑡 2
𝑡 − ′ −𝜏
−
𝐼𝑐𝑐𝑔 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚 = 𝐼"𝑘 − 𝐼′ 𝑘 𝑒 𝜏"𝑑 + 𝐼′ 𝑘 − 𝐼𝑘 𝑒 𝜏𝑑 + 𝐼𝑘 + 2 𝐼"𝑘 𝑒 𝑔
75
(43)
3.7. Corrente de Decremento de Geradores
′′ ′
𝐸𝑌 𝐸𝑌 𝐸𝑌
𝐼𝑘′′ = ′′ 𝐼𝑘′ = ′ 𝐼𝑘 = ′′
𝑋𝑑 + 𝑍𝑁 𝑋𝑑 + 𝑍𝑁 𝑋𝑑 + 𝑍𝑁
𝐸𝛾′′ = 𝑘 ′′ . 𝑈𝛾 𝐸𝛾′ = 𝑘 ′ . 𝑈𝛾 𝐸𝛾 = 𝑘. 𝑈𝛾
′′
′′ 𝑋𝑑 + 𝑋𝑁 ′′ 𝑋𝑑′ + 𝑍𝑁 𝑋𝑑′′ + 𝑍𝑁
𝜏𝑑 = ′ .𝜏 𝜏𝑑′ = ′
. 𝜏𝑑0 𝜏𝑔 =
𝑋𝑑 + 𝑋𝑁 𝑑0 𝑋𝑑 + 𝑍𝑁 𝜔(𝑅𝑎 + 𝑅𝑁 )
76
3.7. Corrente de Decremento de Geradores
➢ Em que:
▪ 𝐼𝑘′′ = Corrente de curto-circuito subtransitória;
▪ 𝐼𝑘′ = Corrente de curto-circuito transitória;
▪ 𝐼𝑘 = Corrente de curto-circuito permanente;
▪ 𝜏𝑑′′ = Constante de tempo subtransitória;
▪ 𝜏𝑑′ = Constante de tempo transitória;
▪ 𝐸𝛾′′ = F.E.M atrás da reatância subtransitória saturada de eixo direto;
▪ 𝐸𝛾′ = F.E.M atrás da reatância transitória saturada de eixo direto;
▪ 𝐸𝛾 = F.E.M atrás da reatância síncrona saturada;
▪ 𝑋𝑑′′ = Reatância subtransitória saturada de eixo direto;
▪ 𝑋𝑑′ = Reatância transitória saturada de eixo direto;
▪ 𝑋𝑑 = Reatância síncrona saturada;
▪ 𝑍𝑁 = Impedância externa ao gerador (até o ponto de falta);
▪ 𝑈𝛾 = Tensão nos terminais da máquina;
▪ 𝐼 = Corrente de carga do gerador;
▪ 𝜏𝑑0′′ = Constante de tempo subtransitória a vazio;
′
▪ 𝜏𝑑0 = Constante de tempo transitória a vazio;
▪ 𝜏𝑔 = Constante de tempo da componente de corrente contínua (da armadura); 77
▪ 𝑅𝑎 = Resistência da armadura.
3.7. Corrente de Decremento de Geradores
➢ Curva típica de decremento de gerador:
78
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Transformadores
▪ Impedância de sequência positiva:
o É o valor de impedância que aparece na placa do transformador. O
valor desta impedância é calculado com base na potência de
ventilação normal do transformador. Quando a impedância do
transformador não é conhecida os valores da tabela a seguir podem
ser utilizados.
79
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Transformadores
▪ Impedância de sequência negativa:
𝑍2 = 𝑍1
▪ Impedância de sequência zero:
o Os valores de sequência zero de transformadores dependem muito
do tipo de sua conexão e também do tipo de núcleo: envolvido ou
envolvente.
80
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Transformadores
▪ Impedância de sequência zero:
o Transformador de núcleo envolvido:
81
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Transformadores
▪ Impedância de sequência zero:
o Transformador de núcleo envolvente:
82
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Transformadores
▪ Impedância de sequência zero:
o Diagramas para núcleo envolvido:
83
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Transformadores
▪ Impedância de sequência zero:
o Diagramas para núcleo envolvido de três enrolamentos:
84
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Transformadores
▪ Impedância de sequência zero:
o Diagramas para núcleo envolvente:
𝑍0 = 𝑍1
𝑍0 = 𝑍1
𝑍0 = 𝑍1 85
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Transformadores
▪ Impedância de sequência zero:
o Diagramas para núcleo envolvente:
𝑍0 = 𝑍1
𝑍0 = 𝑍1
𝑍0 = 𝑍1
𝑍0 = 𝑍1
86
𝑍0 (𝑎𝑢𝑡𝑜)
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Transformadores
▪ Impedância de sequência zero:
o Diagramas para núcleo envolvente de três enrolamentos:
87
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Cabos
▪ Impedância de sequência positiva:
o Sempre que possível deve-se recorrer ao catálogo do fabricante para
a obtenção dos valores de 𝑍1 e 𝑍0 .
88
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Cabos
▪ Impedância de sequência negativa:
𝑍2 = 𝑍1
▪ Impedância de sequência zero:
o Na prática os valores Z0 dificilmente são conseguidos com
facilidade. Apresenta-se, na tabela abaixo a impedância para cabos de
baita tensão.
89
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Linhas Aéreas
▪ Impedância de sequência positiva de linhas de circuitos simples:
o É calculada de acordo coma seguinte equação:
𝐺𝑀𝐷
𝑋1 = 28,935325 × 10−4 . 𝑓. log (44)
𝐺𝑀𝑅
3
𝐺𝑀𝐷 = 𝑑𝑎𝑏 . 𝑑𝑏𝑐 . 𝑑𝑎𝑐
𝑛
𝐺𝑀𝑆 = 𝐺𝑀𝑅1𝑐 . 𝐷12 . 𝐷13 … 𝐷𝑖𝑛
𝐺𝑀𝐷
𝑋1 = 28,935325 × 10−4 . 𝑓. log (45)
𝐺𝑀𝑆 92
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Linhas Aéreas
▪ Impedância de sequência positiva:
o Resistência e GMR para cabos de cobre para LTs.
93
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Linhas Aéreas
▪ Impedância de sequência positiva:
o Resistência e GMR para cabos de cobre para LTs.
94
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Linhas Aéreas
▪ Impedância de sequência positiva:
o Resistência e GMR para cabos de cobre para LTs.
95
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Linhas Aéreas
▪ Impedância de sequência negativa:
𝑍2 = 𝑍1
▪ Impedância de sequência zero:
𝑅0 = 𝑅1 + 0,002961. 𝑓 [Ω/𝑘𝑚] (46)
𝑋0 = 𝑋𝑎 + 𝑋𝑒 − 2𝑋𝑑 (47)
0,304
𝑋𝑎 = 0,002894. 𝑓. log
𝐺𝑀𝑅
4665600𝜌
𝑋𝑒 = 0,004341. 𝑓. log
𝑓
𝐺𝑀𝐷
𝑋𝑑 = 0,002894. 𝑓. log 96
0,304
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Geradores
▪ Impedâncias de sequência positiva, negativa e zero:
97
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Motores de Indução
▪ Impedância de sequência positiva:
o Para motores de indução, a reatância subtransitória pode ser
calculada conforme apresentado no capítulo 1:
𝐼𝑁
𝑋 ′′ % =
𝐼𝑃
o Utilizando-se uma corrente típica de partida de 6 × 𝐼𝑁 , obtém-se
uma reatância de 16,67% ~ 17%. Este é o valor da reatância sugerido
pelo IEEE Std 141.
98
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Motores de Indução
▪ Impedância de sequência negativa:
o Para motores de indução temos
𝑋2 ≈ 𝑋1
▪ Impedância de sequência zero(𝑍0 ):
o É importante lembrar que a maioria dos motores é conectada em
estrela não aterrada e, neste caso, não contribui para faltas à terra, ou
seja, a reatância 𝑋0 é infinita.
99
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Motores Síncronos
▪ Impedância de sequência positiva:
10
0
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Motores Equivalentes
▪ Nos estudos de curto-circuito, normalmente, os motores de baixa tensão
são representados por um único motor denominado MOTOR
EQUIVALENTE.
10
1
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Motores Equivalentes
▪ Potência do motor equivalente:
o A potência total a ser designada ao motor equivalente deve ser igual
à soma das potências nominais individuais dos motores que estão
rodando. Quando não se dispõe desta informação, uma alternativa
razoável consiste na utilização de 60% da potência nominal do
transformador, pois, normalmente, os transformadores são
dimensionados em 80% da carga, sendo que 80% das cargas são
motoras.
𝑋0 = 0,2𝑋1
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Bus-Ways (Barramento Blindado)
▪ Impedância de sequência positiva:
o Sempre que possível, deve-se recorrer ao catálogo do fabricante
para a obtenção dos valores de 𝑍1 e 𝑍0 . Apresentam-se a seguir, as
impedâncias de sequências positivas extraídas do IEEE Std 141, Red
Book[7].
10
3
3.8. Impedâncias de Sequência
➢ Impedâncias de Sequência de Bus-Ways
▪ Impedância de sequência negativa:
𝑍2 = 𝑍1
▪ Impedância de sequência zero:
o Na prática, os valores de 𝑍0 não são obtidos com facilidade.
Obtiveram-se da referência [107] os valores de 𝑅0 /𝑅𝐹 e 𝑋0 /𝑋𝐹
apresentados na tabela abaixo:
10
4
3.9. Particularidades – Curto-Circuito Fase-Terra
➢ Sistema Aterrado por Resistência:
▪ O valor da corrente de curto-circuito fase-terra, praticamente, é
determinado pela característica da resistência de aterramento, visto que o
valor da resistência é predominante no valor da corrente de falta.
▪ RESPOSTA
o Passando as impedâncias para PU na base de 100MVA:
• Mudança de base do trafo para a base do sistema:
𝑗8 100𝑀𝑉𝐴 (13.8𝑘𝑉)2
𝒁𝟏𝑻𝑹 = 𝒁𝟐𝑻𝑹 = 𝒁𝟎𝑻𝑹 = × × = 𝒋 𝟏, 𝟎𝟔𝟔𝟕 𝒑𝒖
100 7,5𝑀𝑉𝐴 (13,8𝑘𝑉)2
10
5
3.9. Particularidades – Curto-Circuito Fase-Terra
➢ Sistema Aterrado por Resistência:
▪ RESPOSTA
o Passando as impedâncias para PU na base de 100MVA:
• Resistência de aterramento:
𝑉𝑁 13,8𝑘𝑉
𝒁𝑮 = = ≈ 𝟐𝟎 + 𝒋𝟎[Ω]
𝐼 3 3 × 400
13,8𝑘𝑉 2
𝑍𝑏𝑎𝑠𝑒 = = 1,9044Ω
100𝑀𝑉𝐴
20 20
𝒁𝑮 = = ≈ 𝟏𝟎, 𝟓𝟎𝟐𝟎 𝒑𝒖
𝑍𝑏𝑎𝑠𝑒 1,9044
10
6
3.9. Particularidades – Curto-Circuito Fase-Terra
➢ Sistema Aterrado por Resistência:
▪ RESPOSTA
o Cálculo da corrente de curto-circuito fase-terra:
3𝐸
➢ 𝐼𝑐𝑐1∅ =
𝑍1 +𝑍2 +𝑍0 +3𝑍𝐺
3 × 1∠0°
𝐼𝑐𝑐1∅ =
𝑗1,0667 + 𝑗1,0667 + 𝑗1,0667 + 31,5060
𝑰𝒄𝒄𝟏∅ = 𝟎, 𝟎𝟗𝟒𝟕∠ − 𝟓, 𝟕𝟗𝟗𝟓° pu
1000000
𝐼𝑏𝑎𝑠𝑒 = = 4183,7𝐴
3 × 13800
𝐼𝑐𝑐1∅ = 𝐼𝑐𝑐1∅𝑝𝑢 × 𝐼𝑏𝑎𝑠𝑒
𝑰𝒄𝒄𝟏∅ = 𝟑𝟗𝟔, 𝟑𝟑∠ − 𝟓, 𝟕𝟗𝟗𝟓°𝑨 10
7
3.9. Particularidades – Curto-Circuito Fase-Terra
➢ Sistema Aterrado por Resistência:
▪ RESPOSTA
o Como pode ser visto, assumir que o valor do curto-circuito fase-
terra seja igual ao valor de limitação da resistência, quando o sistema
é aterrado por resistência de baixo valor, é razoável. Neste nosso
exemplo, o erro foi menor que 1 %. Os dados utilizados no estudo
normalmente não apresentam esta precisão.
10
8
3.9. Particularidades – Curto-Circuito Fase-Terra
➢ Sistema Solidamente Aterrado:
3𝐸
𝐼𝑐𝑐1∅ =
𝑍1 + 𝑍2 + 𝑍0 + 3𝑍𝐺
10
9
3.9. Particularidades – Curto-Circuito Fase-Terra
➢ Sistema Solidamente Aterrado:
𝑍𝐺 = 0
▪ Para transformadores com as características mencionadas
anteriormente:
𝑍0 ~ 𝑍1
▪ Portanto:
3𝐸 3𝐸 𝐸
𝐼𝑐𝑐1∅ = = = = 𝐼𝑐𝑐3∅
𝑍1 + 𝑍2 + 𝑍0 + 3𝑍𝐺 3𝑍1 𝑍1 11
0
3.10. Exemplos
➢ 1 – Calcular os valores das correntes de curto-circuito trifásica simétrica
e assimétrica, no nível de 0,48 kV, para o sistema da figura abaixo,
admitindo-se barramento infinito na entrada. Utilizar a base de 100MVA.
𝑰𝒄𝒄 𝟑∅
11
𝑰𝒄𝒄 𝟑∅ 1
3.10. Exemplos
➢ RESPOSTA:
▪ Representação do sistema em PU
o A representação em pu do cabo e do transformador foi abordada
nos exemplos 1 e 3, respectivamente, do capítulo 1. Considerando o
barramento infinito, tem-se que a impedância de entrada é nula.
Abaixo são apresentados os valores em pu dos componentes do
sistema:
➢
𝒁𝑪 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟖𝟎 + 𝒋 𝟎, 𝟎𝟎𝟕𝟔 𝒑𝒖
𝒁𝑻𝑹 = 𝟎, 𝟑𝟕𝟐𝟏 + 𝒋 𝟐, 𝟗𝟕𝟔𝟖 𝒑𝒖
𝒁𝑺 = 𝟎 + 𝒋 𝟎 𝒑𝒖
11
2
3.10. Exemplos
➢ RESPOSTA:
▪ Diagrama de impedâncias:
o Para o cálculo da corrente de curto-circuito trifásica, utiliza-se
apenas o diagrama de impedâncias de sequência positiva.
11
3
3.10. Exemplos
➢ RESPOSTA:
▪ Cálculo da impedância reduzida(Equivalente de Thevenim):
➢
𝑍𝐸𝑄 = 𝑍𝑠 + 𝑍𝑐 + 𝑍𝑇𝑅
𝑍𝐸𝑄 = 0,0 + 0,0180 + 0,3721 + 𝑗(0,0 + 0,0076 + 2,9768)
𝒁𝑬𝑸 = 𝟑, 𝟎𝟎𝟗𝟖∠𝟖𝟐, 𝟓𝟓° 𝒑𝒖
𝑋
→ = tg 82,55° = 7,6503
𝑅
11
4
3.10. Exemplos
➢ RESPOSTA:
▪ Cálculo da corrente de curto-circuito trifásica simétrica:
𝐸 1
𝐼𝑐𝑐3∅ = =
𝑍𝐸𝑄 3,0098∠82,55°
𝐼𝑐𝑐3∅ = 0,3322∠ − 82,55° 𝑝𝑢
100000000
𝐼𝑏𝑎𝑠𝑒 = = 120281,31 𝐴
480 × 3
𝐼𝑐𝑐3∅𝑝𝑢
𝑰𝒄𝒄𝟑∅ = = 𝟑𝟗𝟗𝟔𝟑∠ − 𝟖𝟐, 𝟓𝟓° 𝑨
𝐼𝑏𝑎𝑠𝑒
11
5
3.10. Exemplos
➢ RESPOSTA:
▪ Cálculo da corrente de curto-circuito trifásica assimétrica(1/2 ciclo):
o Pela equação 33, tem-se que:
4𝜋
− 𝑋 𝑡𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠
𝑋
𝐹𝐴𝑆𝑆𝐼𝑀𝐸𝑇𝑅𝐼𝐴 = 1+ 2. 𝑒 𝑅 = 7,6503
𝑅
2𝜋
− 𝑋
𝐹𝐴𝑆𝑆𝐼𝑀𝐸𝑇𝑅𝐼𝐴 = 1+ 2. 𝑒 𝑅
2𝜋
− 7,6503
𝐹𝐴𝑆𝑆𝐼𝑀𝐸𝑇𝑅𝐼𝐴 = 1 + 2. 𝑒
𝑭𝑨𝑺𝑺𝑰𝑴𝑬𝑻𝑹𝑰𝑨 = 𝟏, 𝟑𝟕𝟏𝟎 11
6
3.10. Exemplos
➢ RESPOSTA:
▪ Cálculo da corrente de curto-circuito trifásica assimétrica(1/2 ciclo):
𝐼𝐶𝐶−𝐴𝑆𝑆𝐼𝑀É𝑇𝑅𝐼𝐶𝐴
𝐹𝐴 =
𝐼𝐶𝐶−𝑆𝐼𝑀É𝑇𝑅𝐼𝐶𝐴
𝐼𝑐𝑐3∅𝑎𝑠𝑠𝑖 = 𝐹𝐴 × 𝐼𝑐𝑐3∅𝑠𝑖
11
7
3.10. Exemplos
➢ 2 – Calcular os valores das correntes de curto-circuito fase-terra, no nível
de 0,48 kV, para o mesmo sistema do exemplo anterior, admitindo-se
barramento infinito na entrada. Utilizar a base de 100MVA.
11
𝑰𝒄𝒄 𝟏∅ 8
3.10. Exemplos
➢ RESPOSTA:
▪ Representação do sistema em PU
o Abaixo são apresentados os valores das impedâncias de sequência
positiva, em pu, dos componentes do sistema:
12
0
3.10. Exemplos
➢ RESPOSTA:
▪ Diagrama de impedâncias:
12
1
3.10. Exemplos
➢ RESPOSTA:
▪ Cálculo da impedância reduzida(Equivalente de Thevenim):
o Sequência positiva:
𝑍𝐸𝑄 = 𝑍1𝑠 + 𝑍1𝑐 + 𝑍1𝑇𝑅
𝑍1𝐸𝑄 = 0,0 + 0,0180 + 0,3721 + 𝑗(0,0 + 0,0076 + 2,9768)
𝒁𝟏𝑬𝑸 = 𝟎, 𝟑𝟗𝟎𝟏 + 𝒋 𝟐, 𝟗𝟖𝟒𝟒 𝒑𝒖
o Sequência negativa:
𝒁𝟐𝑬𝑸 = 𝒁𝟏𝑬𝑸 = 𝟎, 𝟑𝟗𝟎𝟏 + 𝒋 𝟐, 𝟗𝟖𝟒𝟒 𝒑𝒖
o Sequência zero:
𝒁𝟎𝑬𝑸 = 𝒁𝟎𝑻𝑹
𝒁𝟎𝑬𝑸 = 𝟎, 𝟑𝟕𝟐𝟏 + 𝒋 𝟐, 𝟗𝟕𝟔𝟖 𝒑𝒖
12
2
3.10. Exemplos
➢ RESPOSTA:
▪ Cálculo da corrente de curto circuito fase-terra:
o No cálculo de faltas fase-terra, como já mostrado no tópico 3.6, as
correntes de sequência são iguais. Isso significa que os circuitos
ficam em série. Isso resulta em:
12
3
3.10. Exemplos
➢ RESPOSTA:
▪ Cálculo da corrente de curto circuito fase-terra:
𝐸
𝐼𝑎1 = = 0,1109∠ − 82,66° 𝑝𝑢
𝑍1𝐸𝑄 + 𝑍2𝐸𝑄 + 𝑍3𝐸𝑄 + 3𝑍𝐺
100000000
𝐼𝑏𝑎𝑠𝑒 = = 120281,31 𝐴
3 × 480