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Estudando: ENEM - Redação

11. A IMPORTÂNCIA DA PONTUAÇÃO


Pontuação

Leia as frases abaixo, observando sua pontuação:


Meu amigo saiu, não está aqui.
Meu amigo? Saiu, não está aqui.
Meu amigo? Saiu não, está aqui.
Meu amigo saiu? Não está aqui?
- Meu amigo saiu?
- Não, está aqui.

Os sinais de pontuação são recursos da língua escrita que visam substituir certos componentes específicos
da língua oral, tais como entonação, pausa, gestos e expressão facial, permitindo que a linguagem escrita
seja veiculada com maior clareza e eficácia.

A vírgula

O emprego da vírgula, na linguagem escrita, não corresponde necessariamente a uma pausa na linguagem
oral, e vice-versa. A vírgula é um sinal que liga orações, separa termos das orações e indica a ocorrência
de certos fenômenos, tais como inversão, omissão ou intercalação de termos em uma oração.
Emprega-se a vírgula para marcar:
Inversão: de complementos verbais: A vida, eu compro com as mãos.
de adjuntos adverbiais. À noite, faço um curso de inglês.
de orações subord.s adverbiais: Embora não pensassem assim, era a mesma coisa.
Coordenação: entre termos da oração com o mesmo valor sintático:
Deu-me de presente, livros, revistas de arte e discos.
entre orações assindéticas: Foi à porta, espiou, correu para dentro assustada.
entre orações sindéticas, com exceção das aditivas: Talvez seja engano meu, mas acho-a agora mais
serena.

A vírgula deve ser empregada antes da conjunção aditiva e apenas quando esta aparecer repetida várias
vezes e quando ligar orações com sujeitos diferente: Queria ver, e abaixava os olhos, e tampava-os com as
mãos.

O carro desviou-se, e ao cabo de um segundo o ônibus passou.

Intercalação: de termos da oração: A aniversariante, meiga, atenciosa com todos, parecia realmente feliz.

de conjunção: Ele é seu pai: respeite-lhe, pois, a vontade.

de expressões explicativas, como isto é, ou melhor, por

exemplo, etc.: Entregar-lhe os documentos foi, sem dúvida, um erro.

de orações subordinadas adverbiais: Antigamente, quando eu era menino, ouvia histórias deste lugar.

Supressão de termos: elipse: Nós moramos no campo, e vocês, na cidade. (elipse do verbo morar)

Isolamento: de aposto ou de oração subordinada substantiva apositiva. O resto, as louças, os cristais e os


talheres, irão nas caixas menores.

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de vocativo: Você ouviu, Maria, que notícia esquisita?

de nome de lugar anteposto à data: São Paulo, 20 de dezembro de 1994.

de orações subordinadas adjetivas explicativas: Até ele, que é o melhor da turma, não quis participar do
torneio de xadrez.

O ponto-e-vírgula

O emprego do ponto-e-vírgula se dá normalmente:

para isolar orações da mesma natureza: “Este é o dia de todos os santos; amanhã é o de todos os mortos”.
(Machado de Assis)

para organizar enumerações relativamente longas, principalmente quando a vírgula já foi utilizada: São
estes os poetas líricos do Arcadismo brasileiro: Gonzaga, o Dirceu; Cláudio Manuel da Costa, o cantor de
Nise; e Silva Alvarenga.

para separar orações quando houver zeugma na segunda: Vocês anseiam pela violência; nós, pela paz.

para separar os itens de decretos, leis, portarias, etc.

O ponto

Emprega-se o ponto no final de frases declarativas

Os livros foram danificados pelas traças.

O ponto de interrogação

Emprega-se o ponto de interrogação no final de frases interrogativas diretas:

E eu? O que é que eu devo fazer?

O ponto de exclamação

Emprega-se o ponto de exclamação no final de frases exclamativas, com a finalidade de indicar estados
emocionais, de espanto, surpresa, alegria, dor, súplica:

Saia daqui já!

O dois-pontos

O dois-pontos introduz palavras, expressões, orações ou citações que servem para enumerar ou
esclarecer o que se afirmou anteriormente:

“Lembrei-me do nome e do tipo: era João Francisco Gregório, caboclo, robusto, desconfiado...” (Graciliano
Ramos)

As aspas

O emprego das aspas ocorre: no início e no final da citações; para destacar palavras estrangeiras,
neologismos, gírias; para indicar mudança de interlocutor nos diálogos, etc.:

Estudou “ballet” por insistência da mãe.

Os parênteses

Os parênteses são empregados normalmente para separar palavras ou frases explicativas dentro do

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período e nas indicações bibliográficas:

“Depois do jantar (mal servido) Seu Dagoberto saiu do Grande Hotel e Pensão do Sol (Familiar) palitando
os dentes caninos”. (Antônio de Alcântara Machado)

O travessão

O travessão é utilizado:

para indicar a mudança de interlocutor nos diálogos:

“– Para onde vais tu?..., perguntou-lhe em voz baixa.

– Não sei, filha, por aí!... (Aluisio Azevedo)

para isolar a fala da personagem da fala do narrador:

“– Não quero saber onde mora – atalhou Quincas Borba”(Machado de Assis)

para destacar ou isolar palavras ou expressões no interior de frases:

“Grande futuro? Talvez naturalista, literato, arqueólogo, banqueiro político, ou até bispo – bispo que fosse
–, uma vez que fosse um cargo...” (Machado de Assis)

As reticências

Indicam a interrupção da frase, com a finalidade de sugerir:

dúvida, hesitação, surpresa:

Qualquer dia destes, embarco pra... pra... pra China.

quebra de seqüência na fala ou no pensamento do narrador ou da personagem:

– Vá pra casa, menino!... aí vem temporal...

supressão de trecho sem importância no texto:

“Com os descobrimentos marítimos dos séculos XV e XVI, os portugueses ampliam enormemente o


império de sua língua (...). (Celso Cunha)

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