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1. RESUMO
2. DESENVOLVIMENTO
3. CONCLUSÃO
4. REFERÊNCIAS
Os metais estão presentes em nosso organismo, mas, em excesso são elementos de grande
toxicidade para o homem. Além de poluir ecossistemas, eles entram nas cadeias alimentares,
tendo a sua concentração aumentada à medida que avançam os níveis tróficos, causando
desta forma malefícios à saúde.
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Acredita-se que os metais talvez sejam os agentes tóxicos mais conhecidos pelo homem. Há
aproximadamente 2.000 anos a.C., grandes quantidades de chumbo eram obtidas de minérios,
como subproduto da fusão da prata e isso provavelmente tenha sido o início da utilização desse
metal pelo homem.
O termo metal pesado se refere a uma classe de elementos químicos, muitos dos quais venenosos
para os seres humanos, são metais altamente reativos e os organismos não são capazes de eliminá
± los.
Quimicamente, os metais pesados são definidos como um grupo de elementos situados entre o
cobre e o chumbo na tabela periódica. O adjetivo "pesado" é literal, resultado de esses materiais
serem mais densos - isto é, seus átomos ficam mais próximos uns dos outros, para ter uma idéia,
1 centímetro cúbico de um metal considerado leve, como o magnésio, pesa 1,7 grama. Já 1
centímetro cúbico de qualquer metal pesado tem pelo menos 6 gramas.
Os seres vivos necessitam de pequenas quantidades de alguns desses metais, para a realização de
funções vitais no organismo, é o caso do cobre, que nos ajuda a absorver vitamina C. Em
concentrações altas, porém, os mesmos metais são tóxicos.
Outros metais pesados não possuem nenhuma função dentro dos organismos e a sua acumulação
pode provocar graves doenças, sobretudo nos mamíferos. Em contato com o organismo, esses
metais acabam atraindo para si dois elementos essenciais do corpo: proteínas e enzimas.
Eventualmente eles se unem a algumas delas, impedindo que funcionem - o que pode levar até à
morte. "Os metais pesados também se ligam às paredes celulares, dificultando o transporte de
nutrientes", diz o químico Jorge Masini, da USP.
As populações que moram nas imediações fábricas de baterias artesanais, indústrias de cloro-
soda que utilizam mercúrio, indústrias navais, siderúrgicas e metalúrgicas, correm maior risco de
contaminação.
Quando lançados como resíduos industriais, na água, no solo ou no ar, esses elementos podem
ser absorvidos pelos vegetais e animais das proximidades, provocando graves intoxicações ao
longo da cadeia alimentar.
Os metais diferenciam-se dos compostos orgânicos tóxicos, por serem absolutamente não-
degradáveis, de maneira que podem acumular-se nos componentes do ambiente onde manifestam
sua toxidade. Os locais de fixação final dos metais pesados são os solos e sedimentos.
)*+,-( - O chumbo está presente no ar, no tabaco, nas bebidas e nos alimentos, nestes
últimos, naturalmente, por contaminação e na embalagem. Está presente na água devido às
descargas de efluentes industriais como, por exemplo, os efluentes das indústrias de
acumuladores (baterias), bem como devido ao uso indevido de tintas e tubulações e acessórios à
base de chumbo. Constitui veneno cumulativo, provocando um envenenamento crônico
denominado saturnismo, que consiste em efeito sobre o sistema nervoso central com
conseqüências bastante sérias.
O chumbo é padrão de potabilidade, sendo fixado o valor máximo permissível de 0,01 mg/L
pela Portaria 1.469 do Ministério da Saúde, mesmo valor adotado nos Estados Unidos. É também
padrão de emissão de esgotos e de classificação das águas naturais. Nestes, para as classes mais
exigentes os valores estabelecidos são tão restritivos quanto os próprios padrões de potabilidade,
prevendo-se que o tratamento convencional de água não remove metais pesados
consideravelmente. Aos peixes, as doses fatais, no geral, variam de 0,1 a 0,4 mg/L, embora, em
condições experimentais, alguns resistam até 10 mg/L.. A ação sobre os peixes é semelhante à do
níquel e do zinco.
-) . &(/O bário pode ocorrer naturalmente na água, na forma de carbonatos em algumas
fontes minerais. Decorre principalmente das atividades industriais e da extração da bauxita. Não
possui efeito cumulativo, sendo que a dose fatal para o homem é considerada de 550 a 600 mg.
Provoca efeitos no coração, constrição dos vasos sanguíneos elevando a pressão arterial e efeitos
sobre o sistema nervoso. O padrão de potabilidade é 0,7 mg/L (Portaria 1.469).
')c %01&( - Traços deste metalóide são encontrados em águas naturais e em fontes termais. É
usado como inseticida, herbicida, fungicida, na indústria da preservação da madeira e em
atividades relacionadas com a mineração e com o uso industrial de certos tipos de vidros, tintas e
corantes. Em moluscos, até 100 mg/Kg, sendo que a ingestão de 130 mg é fatal. Apresenta efeito
cumulativo, sendo carcinogênico. O padrão de potabilidade é 0,01 mg/L, estabelecido pela
Portaria 1.469 do Ministério da Saúde.
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#201&( - Este não-metal se apresenta nas águas devido às descargas de efluentes industriais. É
tóxico tanto para o homem quanto para os animais. Provoca a chamada ³doença alcalina´ no
gado, cujos efeitos são permanentes. Aumenta e incidência de cáries dentárias e suspeita-se que
seja potencialmente carcinogênico, de acordo com os resultados de ensaios feitos com cobaias. O
padrão de potabilidade é 0,01 mg/L (Portaria 1.469).
O mercúrio é também usado em células eletrolíticas para a produção de cloro e soda e em certos
praguicidas ditos mercuriais. Pode ainda ser usado em indústrias de produtos medicinais,
desinfetantes e pigmentos. É altamente tóxico ao homem, sendo que doses de 3 a 30 gramas são
fatais. Apresenta efeito cumulativo e provoca lesões cerebrais.
O padrão de potabilidade fixado pela Portaria 1.469 do Ministério da Saúde é de 0,001 mg/L. Os
efeitos sobre os ecossistemas aquáticos são igualmente sérios, de forma que os padrões de
classificação das águas naturais são também bastante restritivos com relação a este parâmetro.
8) "/A prata ocorre em águas naturais em concentrações baixas, da ordem de 0 a 2,0 mg/L,
pois muitos de seus sais são pouco solúveis; a não ser no caso de seu emprego como substância
bactericida ou bacteriostática, ou ainda em processos industriais, esse elemento não é muito
abundante nas águas. Esse elemento é cumulativo, não sendo praticamente eliminado do
organismo. A dose letal para o homem é de 10 g como nitrato de prata. A ação da prata sobre a
fauna ictiológica é semelhante às do zinco, níquel, chumbo e cádmio.
2)(- #- O cobre ocorre geralmente nas águas, naturalmente, em concentrações inferiores a 20
mg/L. Quando em concentrações elevadas, é prejudicial à saúde e confere sabor às águas.
Segundo pesquisas efetuadas, é necessária uma concentração de 20 mg/L de cobre ou um teor
total de 100 mg/L por dia na água para produzirem intoxicações humanas com lesões no fígado.
No entanto, concentrações de 5 mg/L tornam a água absolutamente impalatável, devido ao gosto
produzido. O cobre em pequenas quantidades é até benéfico ao organismo humano, catalisando a
assimilação do ferro e seu aproveitamento na síntese da hemoglobina do sangue, facilitando a
cura de anemias. Para os peixes, muito mais que para o homem, as doses elevadas de cobre são
extremamente nocivas. O cobre aplicado em sua forma de sulfato de cobre, CuSO4.5H2O, em
dosagens de 0,5 mg/L é um poderoso algicida. O WaterQualityCriteria indica a concentração de
1,0 mg/L de cobre como máxima permissível para águas reservadas para o abastecimento
público.
1. Elementos essenciais: sódio, potássio, cálcio, ferro, zinco, cobre, níquel e magnésio;
2. Micro-contaminantes ambientais: arsênico, chumbo, cádmio, mercúrio, alumínio, titânio,
estanho e tungstênio;
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A poluição de metais pesados na água ocorre em grande parte pelas atividades mineradoras que
liberam mercúrio de duas formas: uma pela queima de amálgamas (misturas químicas onde o
mercúrio está presente) liberando-o para atmosfera, que retornam por meio da precipitação das
chuvas e, com o despejo dos restos da atividade mineradora em rios ou nos solos, também, o
mercúrio contamina diretamente o meio ambiente.
O mercúrio entra na cadeia alimentar prejudicando todos os elementos da cadeia, porque o
mercúrio se liga quimicamente a substâncias orgânicas e, em consequência, é absorvido pelos
organismos.
O dilema é que o mercúrio não é expelido pelos organismos, ficando acumulado nos corpos e
crescendo sua quantidade conforme vai evoluindo na cadeia alimentar de produtor para
consumidor e consumidor para consumidor. O homem é atingido pela acumulação de mercúrio
no corpo e danos irreversíveis podem ser provocados pela sua ingestão. Logo abaixo existem
exemplos de problemas de saúde provenientes da contaminação do mercúrio:
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O processo mais eficiente para a remoção de metais pesados é o que se baseia no fenômeno de
troca iônica, empregando-se resinas catiônicas em sua forma primitiva de hidrogênio ou na
forma sódica. Este processo permite uma remoção percentual bastante significativa dos metais
presentes na água, viabilizando seu uso para finalidades industriais específicas e permitindo
também o reuso de efluentes industriais. O que é troca iônica, como funciona?
No campo do tratamento de efluentes, o processo mais utilizado é o da precipitação química na
forma de hidróxidos metálicos.
Cada íon metálico tem o seu valor de pH ótimo de precipitação como hidróxido, de forma que,
quando se têm misturas de diversos metais, pode ser necessário que se trabalhe em mais de uma
faixa de pH. Como normalmente as vazões de efluentes são baixas, os tratamentos são
desenvolvidos de forma estática, em regime de batelada, o que facilita o uso de mais de uma
faixa de pH. Nos processos contínuos, ter-se-ia que utilizar uma série de sistemas de mistura e
decantação.
Um problema importante dos processos à base de precipitação química que deve ser levado em
consideração é a produção de quantidades relativamente grandes de lodos contaminados com
metais. Estes devem ser encaminhados a sistemas adequados de tratamento ou disposição final,
que nem sempre encontram-se disponíveis.
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O aerogel, a substância sólida mais leve do mundo, ficou famoso quando foi utilizado para
capturar poeira de cometa, a bordo da sonda espacial StarDust. Mas ele tem outros usos, que
deverão se ampliar à medida em que os cientistas conseguem construir novas gerações de
aerogel, um desses uso é a remoçao de metais pesados de água contaminada.
As cascas de bananas podem ter um destino muito mais nobre e útil do que ir para o lixo.
Um estudo realizado pela química Milena Rodrigues Boniolo em sua dissertação de
mestrado no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em São Paulo, mostrou
que elas podem ser usadas para remover metais pesados ± como o urânio ± da água. Além
de ser uma alternativa para descontaminar o ambiente, o uso da casca de banana vai ajudar a
diminuir o lixo gerado pelo próprio descarte da fruta, feito em grandes quantidades no
Brasil.
Segundo Boniolo, o uso da energia nuclear como opção para substituir os combustíveis
fósseis, que liberam dióxido de carbono, um dos gases responsáveis pelo aquecimento
global, deve levar ao aumento dos resíduos radioativos no ambiente, o que torna
fundamental o desenvolvimento de métodos para remover esse material.
A química conta que a idéia de usar a casca da banana para remover metais pesados da água
surgiu da tentativa de dar uma destinação útil para as várias toneladas de casca que são
descartadas anualmente no país e acabam se tornando lixo poluente. ³É uma solução barata
e fácil para três problemas que afetam o ambiente´, destaca a pesquisadora, que conquistou
este ano o primeiro lugar na categoria graduado do 22º Prêmio Jovem Cientista, uma
iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do
Grupo Gerdau, da Eletrobrás/ Procel e da Fundação Roberto Marinho.
Para desenvolver o estudo, Boniolo preparou um pó com as cascas de banana. Durante uma
semana, as cascas foram colocadas em uma assadeira no telhado da casa da pesquisadora,
debaixo de sol forte. Depois de secas, elas foram batidas em um liquidificador e peneiradas.
O pó foi colocado em um recipiente fechado com água contendo grandes quantidades de
metais pesados, como o urânio, sob agitação constante, por 40 minutos. Segundo a química,
a banana, que tem carga negativa, se combina com os metais pesados, que têm carga
positiva. Ao fim desse processo de agitação, o pó contaminado deposita-se no fundo do
recipiente. ³Em média, o pó da casca de banana consegue remover 65% dos metais pesados
da água, mas essa mesma operação pode ser repetida para que sejam obtidos índices mais
altos.´ A pesquisadora, que deve concluiu seu mestrado no primeiro semestre de 2007,
pretende, em seu doutorado, desenvolver um filtro que permita o uso do pó da casca de
banana em escala industrial.
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