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Como forma de combater a inflação, se teve medidas de corte de gastos, um pouco de inflação
de custos, o aumento de preços contínuos com o aumento da inflação, desta forma o governo
encontrou a solução “congelando as tarifas públicas”, os serviços dados pelas estatais, ele
congela isso, o preço fica sem aumento, para tentar conter a inflação, a inflação acontece, a
estatal tem custos, quando os seus preços estão congelados, ela acaba tendo prejuízo,
afundando ainda mais as estatais. Se pode observar os arroubos que foram feitos no processo
de “crescer a qualquer custo” as dívidas são cada vez maiores, as estatais passam a ser a
fragilidade do governo.
Como havia uma grande liquidez no internacional e juros baixos, era melhor captar lá fora do
que aqui dentro, para os grandes projetos estatais de investimento, era melhor buscar lá fora,
com juros mais baixos, e internamente o BNDES pegava esses empréstimos e com juros baixos
emprestavam para o setor privado, era uma questão de escolha, por causa da grande liquidez
internacional. Mas depois, quando o BNDES ficou prejudicado, o governo também foi para fora
pegar empréstimos para as estatais.
Delfim Neto entrou no Ministério da Fazendo tentando combater a inflação, mas com medidas
de crescimento, já que se estava no final do PND. Delfim entra com a proposta contraditória de
combater a inflação e crescer. Porém, a inflação se acelerou mais com 100% e houve um
grande aumento das taxas de juros, no final da década de 70 e vamos para o governo
Figueiredo.
A partir de 79, com a política monetária norte-americana restritiva, o FED adota uma política
monetária restritiva, com aumento da taxa de juros, tentando absorver o dólar, absorver a
liquidez mundial. Viram que o problema do EUA era o excesso do Estado, influenciado pela
Tatcher, pela Escola de Chicago, o combate a inflação, passa por uma redução da participação
do estado, corte de despesas, + competitividade, entre outros. Ele continha a desvalorização
do dólar, com o aumento da taxa de juros, e o EUA acabou absorvendo a liquidez mundial . Se
o EUA oferece uma taxa de juros elevada, os capitais vão todos para lá, para haver
rendimentos satisfatórios. Os países que tem excesso de dólar, como a OPEP ao invés de
emprestar para o Brasil, eles colocam os dólares no território americano. Falta muito
empréstimo e capital para os desenvolvidos. Se tem pouco capital disponível, o capital sobre,
as taxas de juros para o governo brasileiro captar, ficou muito mais alta. Nossa dívida era
crescente e nós tínhamos que ter capital para paga-las, porém, o dólar era caro e escasso.
Qual capital que diminui sua liquidez? É o capital especulativo, não o produtivo, é aquele que
quer juros, o EUA passa a ter reservas para empréstimos.
O Brasil passa a ter dificuldade de renovação dos empréstimos externos, o que irá fazer com
que haja a absorção interna, tínhamos que conter a crescente de capitação externa que
estávamos tendo, pois estávamos captando tanto para crescer como pagar a dívida que já
tínhamos. Os países foram obrigados a entrar em um projeto de geração de superávits
externos.
O BR não conseguia financiar o seu crescimento e tinha uma dívida maior, tinha que fazer
um ajuste interno para gerar superávit, a política econômica queria organizar o mercado
interno, para tentar ter dinheiro para pagar o externo, além disso, teríamos que rever o
crescimento financiado que estávamos tendo. Isso passava por deixar de lado o PND e a sua
continuação, o segundo deles. Não tínhamos mais capacidade de gerar empréstimos lá fora. O
superávit externo, de divisas, era preciso para pagar a dívida, isso é feito por meio de maior
exportação e menos custos destas,
De forma voluntária não conseguimos em 80, 81. Houve a tentativa de fazer isso de forma
voluntária, como o BR em vários países México, Argentina, entre outros. Se não conseguimos
fazer isso sozinhos, pedimos ajuda, então veio o ajustamento via FMI.
*Havia dois caminhos claros quando o Geisel assumo: ou ajuste recessivos, ou crescimento
com financiamento, aquele momento político, até de sustentação política do governo, não
cabia o ajustamento. Além disso, estávamos no processo de implementação dos PNDs isso iria
significar retrocesso, se parássemos de crescer ali. Então para de crescer os custos seriam
maiores do que fazer ao ajuste. A opção de continuar e tentar ajustar depois, foi a opção
escolhida. Hoje fica claro que a opção deveria ter sido o ajustamento, mas a decisão pelas
grandes inversões nas estatais, nos privados, achou-se que naquele momento romper com
esse processo custaria ao BR futuramente, que estaria com uma dependência eterna com os
bens de capital. Se não tivesse acontecido o 2º choque do petróleo e o aumento dos juros
internacionais, ela podia ter dado certo, porque quando BR fez a opção de crescer com
endividamento, o quadro era favorável, eles escolheram quando havia um excesso de
petrodólares, liquidez no mercado, naquele momento havia uma esperança de dar certo.
Porém, houve a II crise e joga por terra essa liquidez. A grande vantagem que era o excesso de
capital para financiar o crescimento, passa a ser um problema grande. Aquele momento
favorável, irá ser o mesmo de um momento desfavorável logo em seguida. O BR se vê com
muito endividamento, os juros crescendo e há a estagnação.
Nesse momento pensa-se em fazer o ajuste, gerar superávit e pagar a dívida, mas não se
consegue fazer, por causa do crescimento exponencial da dívida, por causa do aumento dos
juros. Um ajuste interno não foi suficiente e o BR teve que recorrer ao FMI.
O BR sempre teve uma política anticíclica, como no choque do petróleo e depois em 2008. O
Brasil sempre dá impulsos para crescer enquanto os desenvolvidos estão todos em recessão,
daí o BR entra em recessão depois, se afundando e é muito difícil sair.
Hoje a equipe econômica é um fator positivo, eles estão conseguindo segurar a ponta, devido
a sua tecnicidade, eles são técnicos e não políticas, porém, sozinha de forma técnica, ela não
consegue efetivar as políticas econômicas, ela não executa, não efetiva, porque boa parte da
política economia está atrelada à aprovação do Congresso Nacional e não se sabe qual das
casas estão piores. Em 2008 tivemos um mesmo quadro de políticas recessivas do quadro
internacional e nós forçamos o crescimento, o aconteceu na década de 70 e início de 80.
Nós ajustamento via FMI, os países em desenvolvimento tiveram muitos problemas com a
dívida, tivemos a insolvência argentina, polonesa, a Moratória Mexicana, tudo isso em 1982. A
moratória é a suspensão doa pagamento da dívida externa, não consegue pagar mais. Desta
forma, quem tem excesso de liquidez, corta. Se os paíes em desenvolvimento estão em
momento de insolvência dificuldade de ajustamento, não empresta ou se empresta tem juros
muito altos.
Igual privado: renda alta, com vários bens no empréstimo os juros são baixos e o prazo é largo,
o que é diferente caso você não tenha renda alta e nenhum bem.
Nossa crise não é externa, não temos em moeda estrangeira, a nossa dívida é interna, é em
real. Essas reservas internacionais não fazem nem cócega, temos pouco em superávit, 200
bilhões de dólares, mas a nossa dívida interna é de 3 trilhões reais. Tirar dinheiro do SUS não
faz diferença, isso é mais simbólico que efetivo. Hoje nossa dívida interna é de 3 trilhões e
alguma coisa, é primeiro enxergar qual a natureza dessa dívida, é preciso saber qual é o pior
problema, não adianta cortar o dinheiro do SUS, da educação, é preciso a caixa preta, e saber a
real base disso. É preciso ter ambiente político, administrativo para reconhecer os piores
problemas. Se fosse Médici seria autoritário, isso é muito pior, nãos e pode fazer por força,
isso é institucionalizado, é preciso fazer em um ambiente democrático, é preciso fazer
ajustamento. Mesmo que tenhamos condições de pagar a dívida externa, hoje temos uma
dívida interna que não conseguiremos pagar, nosso superávit é muito pouco para isso,
também não podemos queimar a nossa reserva para algo que não terá tanta efetividade. A
tentativa é sempre pela negociação com o ajustamento.
Da dívida externa como foi feito com o FMI, foi o primeiro episódio de muitos com o FMI, até
chegar em 2000 com o controle da inflação, gerando superávits e conseguimos pagar a dívida
externa.
Dívida município estado, estado para união, união com tesouro nacional e este com o Bacen.
Quem faz o pagamento dos títulos é o tesouro nacional. Os municípios, estados e federação é
preciso de recursos. A União pega da conta dela, do tesouro nacional, se não tem dinheiro ali,
gera títulos, já que a emissão de moeda é grande fonte de inflação. Se o Tesouro Nacional está
negativo e precisa de recursos, emissão de moeda não dá, pedir recurso externo, não é a
opção a opção é a EMISSÃO DE TÍTULOS, porém, o futuro chegou, todo o superávit que
fazemos aqui vai para a dívida interna que pagamos pela geração de títulos.
Um dos primeiros acordos que fizemos, com o FMI naquela época, o BR tem que dá rumo
contra partida, o FMI é uma instituição capitalista, tem credores que depositam o seu curso, os
países que pegam emprestado devem pagar. A ideia é que o FMI determina e indica algumas
políticas que os países devem cumprir para conseguir fazer esse pagamento, isso era
contestado, com o Brasil em sua redemocratização, com a quebra do regime ditatorial, não
aceitar política impostas pela FMI. Se é uma instituição capitalista que concede recursos, nós
temos que pagar e precisamos dar garantia, e o FMI queria isso, garantia. Ou seja, políticas de
alguma forma que iriam garantir o pagamento desses recursos. O FMI quer garantia de
pagamento, e a garantia seria a conduta de política econômica que pderia gerar resultado para
pagamentos futuros, dai entra a ideia de soberania nacional, que quer intevri, mas não é tão
radical.
As políticas, na contenção demenada agregada, tem que parar de gastar, se emprestar e gastar
não haverá superávit, o governo deve parar de gastar, aumentar a taxa de juros e restringir o
crédito, redução do salário real, foi solicitado uma política de contenção dos aumento reais de
salário, para não aumentar salário e diminuir a inflação e conter o desemprego. O desemprego
é sinônimo de calote. O FMI põe algumas ideias, alguns direcionamento de políticas
econômicas que deveriam ser adotados, além e criar preços para a exportação, por meio da
desvalorização real do cruzeiro para gerar o superávit por meio de exportação, aumentar o
preço dos derivados de petróleo, conter os preços de alguns preços públicos, subsídios e
incentivos à exportação. eles tem que parar de incentivar as exportações por meio de incensão
de impostos de produtos e subsídios de produtos da exortação, já que o Estado não é pai, isso
era feito para manter o déficit público controlado. Tentar incentivar o crédito por maneira
cambial e não fiscal. O Banco Central pega reservas e controla essas valorizando ou
desvalorizando.
Por fim, desse problema interno do ajuste externo, o ajuste fiscal do setor público se deteriore.
A desvalorização do câmbio par ao superávit comercial, a dívida que eu tenho é em dólar,
quando eu pago essa dívida está mais caro, aumenta ainda mais a dívida externa, quando eu
converto o cruzeiro em dólar, o primeiro está muito desvalorizado. A grande desvalorização do
câmbio, gera uma situação fiscal pior para o governo. Achava que o superávit comercial seria
mais que suficiente para cobrir o rombo. Diminuir a base tributário, se o país não produz, o
governo não colhe impostos., há muitos desempregados, se o país não cresce o governo não
tem receita. Uma forma é aumentar a alíquota. A transferência de recursos produtivos para as
atividades de exportação é uma renúncia fiscal, desvaloriza o câmbio de dá incentivos, o
estado ainda continua tendo subsídio para os produtos, ou insentanto, ou incentivando, isso é
um problema pois eu deixo de colher capital. A taxa de juros interna elevada, mais caro é para
pagar a dívida, pelos juros compostos. A aceleração inflacionária também diminui a
arrecadação, o recolhimento dos impostos é inflacionário, se o governo recolhe os impostos de
forma paulatina, cada vez a sua arrecadação real é menor, porque não é organizado com o
aumento ou diminuição da inflação. Se o governo tem uma arrecadação fixa, uma base o ano
inteiro, há perda de poder. a inflação é um poder sério para o governo. Há uma política
ortodoxa, o ajustamento levava uma recessão cada vez maior, causando o desemprego,
causando um fervor popular grande. Além disso, ainda temos um turbilhão político pelos
movimentos Diretas Já, com um contexto de mudança de governo em 1984, toda política
muito forte de ajustamento, causava um fervor popular, também era preciso conter os
problemas sociais.
Em o movimento Diretas Já, com o Tancredo Neves, a economia iria romper com os
ajustamentos recessivos e a economia iria tomar outros rumos em um governo democrático,
porém, não basta um ambiente democrático para resolver problemas econômicos e culturais.
Entramos em 1985 com Tancredo Neves, entra Sarney com o problema da inflação, o Sarney
entra colocando o plano cruzado, o primeiro plano de estabilização tentando mudar a vertente
ortodoxa, entrando em uns planos heterodoxos.
O texto que ela passou resume essa forte, mas foca na estatização da dívida externa, porém,
como as estatais colaboraram e entraram em crise.
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