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SEMANA 6
Questão 01 Questão 02 PROFA. PATRÍCIA
LIMA
O holandês Boyan Slat criou a Ocean Clean Up, uma
tecnologia capaz de limpar o lixo do Oceano Pacífico em uma
década. O sistema funciona como uma barreira flutuante que
aproveita as correntes oceânicas para bloquear os resíduos
encontrados no mar.
Nos testes com um protótipo, a barreira foi capaz de
coletar plásticos em até três metros de profundidade. O sistema
também recolheu pouca quantidade de zooplâncton, o que
facilita o reaproveitamento e a reciclagem do plástico. A
estimativa é de que o sistema remova 65 metros cúbicos de lixo
por dia.
Slat teve a ideia anos atrás, quando mergulhava na
Grécia e viu mais garrafas de plástico do que peixes. Desde
então, desenvolveu a tecnologia, montou um site com todas as
especificações, fez um estudo de viabilidade e uma campanha
para financiar sua ideia.
DARAYA, V. Disponível em: http://exame.abril.com.br. Acesso em: 23 jun. 2014.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 1
#noCPCvocêsegarante
Questão 04 Questão 05
[...]
Comadre Clarice
LISPECTOR, Clarice. Carta a Mafalda e Érico Veríssimo
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 2
#noCPCvocêsegarante
Questão 06 Questão 08
[Cena igual à da aparição de Nosso Senhor e Nossa Senhora. O poder das comunicações globais, enquanto
A compadecida entra.] importante manifestação contemporânea, não implica em haver
produção de convergências significativas de atitudes e crenças.
ENCOURADO [com raiva surda]
Ainda que a CNN internacional transmita as mesmas imagens
Lá vem a compadecida! Mulher em tudo se mete!
para o mundo inteiro, as interpretações em cada sala do
JOÃO GRILO planeta, diante das mesmas cenas, são diferentes, as
Falta de respeito foi isso agora, viu? A senhora se zangou com experiências de cada cidadão não são as mesmas no Líbano
o verso que eu recitei? ou na Bósnia.
MELO, Eliana Meneses de et al. Linguagens, tecnologias, culturas: discursos
A COMPADECIDA contemporâneos.
Não, João, por que eu iria me zangar? Aquele é o versinho que São Paulo: Factash, 2008. p. 23-24.
Canário Pardo escreveu para mim e que eu agradeço. Não
deixa de ser uma oração, uma invocação. Tem umas graças, As convergências mediadas pelo acesso a informação são
mas isso até a torna alegre e foi coisa de que eu sempre gostei. diferentes porque é necessário reconhecer que
Quem gosta de tristeza é o diabo.
A) as diferentes línguas são um empecilho comunicativo.
JOÃO GRILO B) o contexto também influencia a situação comunicacional.
É porque esse camarada aí, tudo o que se diz ele enrasca a C) as dificuldades de transmissão desvirtuam a mensagem.
gente, dizendo que é falta de respeito. D) a mesma mensagem não é recebida por diferentes países.
A COMPADECIDA E) as informações não passam pelo filtro de um veículo
É máscara dele, João. Como todo fariseu, o diabo é muito formal.
apegado às formas exteriores. É um fariseu consumado.
Questão 09
ENCOURADO
Protesto. “Ciranda, cirandinha vamos todos cirandar!” Lembra
MANUEL desse hit da infância? Se isso lhe parece nostalgia demais é
Eu já sei que você protesta, mas não tenho o que fazer, meu porque, provavelmente você nunca ouviu falar de dança
velho. Discordar de minha mãe é que eu não vou. circular.
SUASSUNA, A. Auto da Compadecida. 15. ed. Rio de Janeiro: Agir. (...)
1979. [Fragmento] Mas por que a dança é tão agregadora? A dança foi a
primeira forma de expressão criativa do ser humano e
O que determina o fragmento de Ariano Suassuna como
expressava uma conexão com o sagrado e com o mundo que
representante do gênero dramático é
estava em sua volta, e a roda foi a forma que os povos antigos
A) a linguagem coloquial na fala de figuras religiosas. adotaram para desenvolvimento da vida em grupo e social.
B) a indicação do receptor das falas por meio escrito. Apesar de acompanharem a história da humanidade,
C) o tom de humor imposto a uma cena conflituosa. as danças circulares se tornaram mundialmente conhecidas na
D) o emprego de rubricas na estruturação da ação. década de 60, quando o bailarino alemão Bernhard Wosien
E) o caráter opinativo dos textos entre colchetes. (1908-1986), ao entrar em contato com a dança em visita às
tribos do interior do Leste Europeu, adotou os passos e
Questão 07
repassou adiante com o objetivo pedagógico. No Brasil, a
atividade vem se propagando desde os anos 1980. “Essas
danças refletiam a necessidade de comunhão, celebração e
união entre as pessoas e, por isso, Bernhard viu o quanto elas
eram transformadoras e acabou divulgando e adaptando os
movimentos de forma que todos pudessem fazer parte do
grupo”, explica a psicóloga e adepta da dança circular, Gabriela
Bessa Barreto.
(...)
Disponível em: www.minhavida.com.br. Acesso em 20 fev. 2017.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 3
#noCPCvocêsegarante
Questão 10 Questão 11
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 4
#noCPCvocêsegarante
Questão 14
Questão 12
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 5
#noCPCvocêsegarante
Questão 15 Questão 16
Antes de sair de casa, passei a manhã diante da Todo dia uma palavra morre e a gente não se dá conta.
máquina, tentando iniciar esta crônica. O papel em branco era Ao contrário das pessoas, que por vezes morrem de desastre,
um desafio à minha esterilidade mental. Agora as ideias vão as palavras só morrem aos poucos, devagarinho, cada dia um
afluindo, e se aglutinam, compondo frases que procuro fixar na pouco – à medida em que as pessoas que as usavam vão
memória, para lançá-las no papel assim que chegar em casa. morrendo também. Minha avó, por exemplo. Tenho certeza de
Descubro que, para um escritor, nada mais inspirador do que que levou junto com ela a palavra “lorota”.
uma corrida matinal. Mais tarde, comunico a descoberta à Há palavras, no entanto, pelas quais ainda vale lutar.
minha mulher, queixando-me de que tão logo regresso ao A palavra “cacareco”, por exemplo, tá na UTI. Pros jovens que
trabalho, as ideias se vão. Ela começa a rir e sugere que eu não chegaram a conhecê-la, cacareco é uma coisa velha, já
corra com a máquina de escrever pendurada no peito. sem utilidade. Sim, a própria palavra “cacareco” virou um
[...] cacareco.
SABINO, Fernando. Corro risco correndo Está longe de ser o único cacareco da linguagem.
Texto II Pense quando foi a última vez que ouviu que a situação está
um despautério, que fulano tá borocoxô, que tal roupa é uma
Catar feijão se limita com escrever: coqueluche, que fulana é uma songamonga.
joga-se os grãos na água do alguidar O hospital das palavras está cheio – e ninguém nem
e as palavras na folha de papel; sequer vai visitar as enfermas (“enfermas”: taí outra palavra
e depois, joga-se fora o que boiar. dodói). Elas não têm orgulho. Pra reavivá-las, basta chamar em
Certo, toda palavra boiará no papel, voz alta que elas voltam serelepes, faceiras – acabou de
água congelada, por chumbo seu verbo: acontecer com as palavras “serelepe” e “faceira”.
pois para catar esse feijão, soprar nele, Precisamos fazer uma força-tarefa pra salvar a palavra
e jogar fora o leve e oco, palha e eco. “força-tarefa”. Junto com as palavras morrem também as coisas
MELO NETO, João de. Catar feijão. – e às vezes é impossível saber quem morreu primeiro, se a
palavra ou a coisa.
.
Nos trechos da crônica de Fernando Sabino e do poema de Paramos de falar alpendre porque as casas deixaram
João Cabral de Melo Neto, verifica-se um tema comum, que é de ter alpendre ou as casas pararam de ter alpendre porque já
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 6
#noCPCvocêsegarante
Questão 17 Questão 18
"Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca, Moonlight: sob a luz do luar – Um retrato universal da
sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois solidão, que recusa o lugar-comum
imperador? Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é
grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar
“Todo crioulo é uma estrela” (“Every nigger is a star”).
com muito, os Alexandres... O ladrão que furta para comer, não
vai nem leva ao inferno: os que não só vão, mas que levam, de Essas são as primeiras palavras que se ouvem no filme
que eu trato, são os outros - ladrões de maior calibre e de mais
Moonlight. A frase é, na realidade, o verso da música
alta esfera... Os outros ladrões roubam um homem, estes
roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo de seu risco, homônima de Boris Gardiner, artista negro, que ironicamente
estes, sem temor nem perigo; os outros se furtam, são
usa o termo pejorativo para inflar a autoestima da própria
enforcados, estes furtam e enforcam."
Sermão do bom ladrão. Padre Antônio Vieira. comunidade. Mas engana-se aquele que pensar que se trata,
Com base na leitura do texto atemporal do escritor barroco aqui, de um filme de gueto – embora a produção seja, sim, um
Padre Antônio Vieira, a charge que melhor se comunica com
importante instrumento de voz para os afrodescendentes.
ele é
Escrito e dirigido por Barry Jenkins, a partir de uma ideia de
uma peça, o filme é o que, em cinema, se chama de um
verdadeiro estudo de personagem.
HERMSDORFF, Renato. Moonlight: sob a luz do luar – Um retrato
universal da solidão, que recusa o lugar-comum. Adoro cinema. Disponível em:
<http://www.adorocinema.com>. Acesso em: 19 maio 2017. (adaptado)
C)
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 7
#noCPCvocêsegarante
Questão 20 Questão 22
O futuro das inteligências artificiais – como está na Fazer 70 anos não é simples.
literatura – pode ser desenhado e projetado, em grande A vida exige, para o conseguirmos,
medida, por elas mesmas. O que vale dizer que elas poderão perdas e perdas no íntimo do ser,
evoluir independentemente de nós. Se é capaz de aprender, como, em volta do ser, mil outras perdas.
tem êxito na primeira geração, retoma e otimiza a segunda [...]
geração, sem que nenhuma pessoa tenha tido influência Ó José Carlos, irmão-em-Escorpião!
alguma no processo. Desse modo vão se criando efetivamente Nós o conseguimos...
organismos quase biológicos. E sorrimos
Sociologia, ed. 69, jun/17, p. 77. (Excerto). de uma vitória comprada por que preço?
Quem jamais o saberá?
O texto revela uma análise sobre as inteligências artificiais. Um ANDRADE, C. D. Amar se aprende amando. São Paulo: Círculo do Livro, 1992
(fragmento).
exemplo que ilustra a projeção descrita no texto é
A) o processo de comunicação em rede que despreza O pronome oblíquo "o", nos versos "A vida exige,
fronteiras físicas. para o conseguirmos” e “Nós o conseguimos”, garante a
B) a invasão de sites de segurança máxima por hackers progressão temática e o encadeamento textual, recuperando o
especializados. segmento
C) o armazenamento de dados humanos para o avanço da
ciência. A) “Ó José Carlos”.
D) o desenvolvimento de robôs capazes de tomar as próprias B) “perdas e perdas”.
decisões. C) “A vida exige”.
E) a propagação de discursos de ódio via sistema D) “Fazer 70 anos”.
operacional invadido. E) “irmão-em-Escorpião”.
Questão 21 Questão 23
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 8
#noCPCvocêsegarante
Questão 24 Questão 26
Às vezes a gente que finge que trabalha; o leitor lê a Entre as crianças brasileiras, 30% apresentam
crônica e no fim chega à conclusão de que não temos assunto. sobrepeso e 15% delas já são obesas. A má alimentação
Erro dele. Quando não tenho nenhum frete a fazer, sempre começa cedo: 56% dos bebês com menos de um ano de idade
carrego alguma coisa, que é o peso de minha alma; e olhem lá no Brasil consomem refrigerantes. Dados como esses ganham
que não é pouco. O leitor pensa que troto com meu carrinho rosto no documentário Muito além do peso (2012), de Estela
vazio; e eu mesmo disfarço um pouco assobiando; mas no fim Renner: o filme mostra como a alta ingestão de açúcar, pais
da crônica estou cansado do mesmo jeito. A grande vantagem desinformados e a publicidade voltada para o público infantil
do leitor é que ele pode largar a crônica no meio, ou no começo, criam uma geração de crianças com problemas como colesterol
e eu tenho de ir tocando com ele, mesmo sentindo que estou alto e diabetes tipo 2. O documentário pode servir como ponto
falando sozinho. Ouço, em imaginação, o bocejo do leitor, e de partida para abordar a questão com professores e pais.
sinto que ele me põe de lado e vai ler outra coisa, ou nada. Que
me importa: tenho de escrever, vivo disso. Obesidade infantil. Revista Escola Pública, n. 31, fev.-mar. 2013.
[...]
BRAGA, Rubem. Faço questão do Córrego Analisando os procedimentos argumentativos empregados,
verifica-se que o texto tem como propósito
No trecho da crônica de Rubem Braga, a função da linguagem
predominante é a A) apresentar dados estatísticos do Brasil sobre a obesidade
infantil.
A) fática, pois o autor procura estabelecer contato com o B) fazer propaganda de material informativo sobre a
leitor. obesidade infantil.
B) conativa, pois o autor pretende convencer o leitor a ler a C) justificar a necessidade de se discutir o problema da
crônica. obesidade infantil.
C) expressiva, pois o autor revela seu estado de ânimo, sua D) destacar a ingestão de açúcar como a principal causa da
objetividade. obesidade infantil.
D) metalinguística, pois o autor utiliza a crônica para falar E) alertar para a contribuição da mídia no aumento da
sobre a crônica. obesidade infantil no Brasil.
E) referencial, pois o autor transmite uma informação objetiva
sobre a realidade. Questão 27
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 9
#noCPCvocêsegarante
Questão 28 Questão 29
(...)
Treinamento funcional
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 10