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Filho, José Haroldo Martins Segalla e Julio César Rocha Palhares, bem como a
GONÇALVES FILHO, Luiz Carlos. The Law of Criminal Execution and Decurrent
Effect of the Practical one of Lack to Discipline of Serious Nature.
Dissertação (Mestrado em Direito). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo,
São Paulo, 2006.
This work has for purpose to enclose a subject of enormous relevance in the present
time, being involved diverse referring questions to the Law of Execution Penal
CRIMINAL (LEP). Our main purpose is to demonstrate that all questions directed to
the chosen subject divides two clear opinions very. Thus, of a side we find those that
are gotten passionate by the problematic one of the subject, with all its contours, and,
in opposition, we find those that do not support reflection of any nature on the same.
In accordance with the first group presents weighed suggestions, after reflection,
always considering the rules and the tradition of the legal world. Already, in
accordance with as the group, these, present fast solutions, many times without any
bedding, demonstrating that they do not dominate the subject. We point out the
importance to register that, even so the considered subject is of predominantly legal
nature, its evaluation demands knowledge on the jail reality, duly warned to become,
equivocation, utopian consideration, that is, without any direction. The subject for in
the chosen one gains great importance in the measure where the subject passes to
be argued and to be faced as complex problem of the humanity, involving some
questions to be evaluated, still that if it does not have the pretension of, in this work,
to be depleted the subject. We develop thus, a work directed to the doctrinal,
legislative research and jurisprudencial, looking for to identify, inside of the reality of
the jail world, which are the effect that elapse of the practical one of lack to discipline
of serious nature. We stand out for end that all the positions had been taken with the
eyes and the mind directed toward the reality of the legal world. Thus, we look for to
demonstrate of the crystalline form that this reality cannot be separated of the jail
reality. For all displayed we cannot in never let us forget them that, for the jailed man,
in the interior them arrests, invigorates proper law, for them created and not writing,
however the only one respected.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................... 11
2 A LEI DE EXECUÇÃO PENAL ............................................................. 14
2.1 Considerações preliminares................................................................... 14
2.2 Exposição de motivos ............................................................................ 17
2.3 Natureza jurídica da execução na lei nº 7.210/84 .................................. 23
3 EVOLUÇÃO HISTÓRICA ...................................................................... 26
3.1 Ordenações afonsinas e manuelinas..................................................... 26
3.2 Ordenações filipinas .............................................................................. 27
3.2.1 Das execuções das penas corporais nas ordenações filipinas .............. 35
3.3 Código criminal do Império do Brasil ..................................................... 40
3.3.1 Primeira legislação genuinamente brasileira. Aspectos políticos........... 40
3.3.2 Inovações do código criminal do Império ............................................... 47
3.3.3 Sistematização do código criminal do Império de 1830 ......................... 49
3.4 Aspectos históricos do código penal da República de 1890 .................. 52
3.4.1 Das críticas ao código penal de 1890 .................................................... 53
3.4.2 Do código penal da República ............................................................... 55
3.4.3 Do surgimento do instituto da progressão.............................................. 57
3.5 Consolidação das leis penais................................................................. 60
3.6 O código de 1940 e seus antecedentes políticos................................... 63
3.6.1 Da paternidade do código penal de 1940 .............................................. 64
3.6.2 Do texto original em 01 de janeiro de 1942............................................ 65
3.7 O código de Hungria .............................................................................. 66
3.8 A lei nº 6.416, de 24 de maio de1977 .................................................... 69
3.9 As modificações da lei nº 7.209, de 11 de julho de 1984....................... 71
3.10 Da execução das penas em espécie: no código de processo penal
(vigência: 01 de janeiro de 1942)........................................................... 73
4 DA DISCIPLINA .................................................................................... 75
4.1 Introdução .............................................................................................. 75
4.2 Da aceitação da disciplina ..................................................................... 77
4.3 Princípio da legalidade........................................................................... 79
4.4 Poder disciplinar .................................................................................... 80
4.5 Do conhecimento das regras disciplinares............................................. 81
4.6 Do procedimento disciplinar................................................................... 81
VIII
aqueles que são apaixonados pela problemática do assunto, com todos os seus
descentralização das execuções penais que tramitavam pela Vara das Execuções
Sistema Penitenciário.
12
atenção, sua avaliação exige conhecimento sobre a realidade carcerária, sob pena
qualquer sentido.
não o recomendarem, ousamos nos reportar às lições de René Ariel Dotti1, que
criminalidade, registrou:
questões a serem avaliadas, ainda que não se tenha a pretensão de, neste trabalho,
esgotar-se o assunto.
Justiça, passa a sinalizar no sentido de que a Lei dos Crimes Hediondos, deve ser
1
Processo penal executório. Revista dos Tribunais, São Paulo: Revista dos Tribunais, n. 576,
p. 309/310, out. 1983.
13
sentido de que não se pode mais suportar dezenas de milhares de condenados, sem
Senhor Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que designou para o cargo de Ministro
natureza grave.
2 A LEI DE EXECUÇÃO PENAL
referência ao objeto e aplicação da Lei ora em estudo, com a citação dos exatos
termos do artigo 1º. da Lei nº 7.210/84: “A execução penal tem por objetivo efetivar
que logo será analisada na íntegra. Podemos verificar em seu item 13, que assim se
expôs:
2
Lei de execução penal: comentada e anotada jurisprudencialmente. São Paulo: Universitária de
Direito Ltda., 1999, p. 21.
15
[...] em nossa cultura, o Direito Penal existe para o homem e não o homem
para o Direito Penal; o Direito Penal é algo que serve ao homem para
alguma coisa (é significativo) e, se não descobrirmos para que serve (sua
significação), retiraremos do Direito Penal a sua característica de fato
humano3.
jurídico deve estar alinhado ao antropológico. Citando Eugênio Raúl Zaffaroni e José
3
SILVA, Haroldo Caetano da. Manual da execução penal. Campinas: Bookseller, 2001, p. 29.
4
Manual de direito penal brasileiro: parte geral. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2001, p. 366.
5
A lição de Antígone. Na Velha Grécia, a forma primitiva da educação era o que hoje
chamaríamos magistério de massas, e utilizava como veículo de comunicação o teatro. Peças
teatrais transmitiam aos espectadores informações e orientações de que eles necessitavam.
Dentre os diversos estilos teatrais, o que mais empolgava os gregos, na realização desses
objetivos, era a tragédia, e SÓFOCLES foi um dos mais importantes autores desse gênero
teatral grego. Dentre suas obras, interessa-nos agora uma das mais famosas: Antígone.
A história dessa peça relata que as tropas de Creonte, imperador de Tebas, teriam conseguido
matar, na via pública, seu jovem adversário político, Polínices, irmão de Antígone. Como castigo
exemplar, com o propósito de reprimir atitudes assemelhadas por parte de outros súditos,
Creonte promulgou um decreto, proibindo que o cadáver do jovem fosse sepultado.
É preciso ter em conta que, para os antigos, a sepultura tinha significado ainda mais importante
do que para nós, hoje. Nem os gregos nem os romanos clássicos, os egípcios e os hindus,
conheciam a distinção entre matéria e espírito, entre corpo e alma; mas tinham noção, embora
vaga, da imortalidade do ser humano. Quando alguém morria e era sepultado, imaginavam que a
vida não estivesse terminado, mas apenas assumido outra forma – corpo e alma continuariam,
sob outra modalidade existencial. O falecido passava a ser até mais importante para a família,
pois podia auxiliá-la ao partir para o outro lado da vida – ou prejudicá-la, o que emprestava ainda
maior importância à situação. Os mortos se transformavam em Deuses da família, os únicos
deuses que eles reconheciam. Eram os deuses lares, como chamavam os romanos. Condições
para que isso se desse eram o sepultamento na propriedade familiar e a assistência que os vivos
davam aos mortos, alimentando-os nas refeições familiares periódicas e mantendo aceso o fogo
da lareira, que simbolizava o respeito e o interesse a eles dedicados. Sepultar no local em que a
família vivia era condição para que o falecido assumisse a forma dos deuses, a benefício próprio
e a benefício de seus familiares. Sepultura significava, então, o descanso da alma no paraíso, a
transformação do falecido em deus. Negá-la, era o mesmo que promulgar uma condenação do
falecido à carência de sossego por toda a eternidade, que poderia acarretar sérias
conseqüências para a família.
O decreto imperial de Creonte se revestia, portanto, de gravidade profunda, ferindo os
sentimentos e convicções religiosas do povo e, em especial, de Antígone, que, inconformada
com o fato de a alma de seu irmão ser condenada a vagar sem sepultura por toda a eternidade,
16
Vejamos:
À medida que o Direito Penal perde efetividade, deve fazer um uso maior da
força para conservar a sua vigência e o processo de repressão desmedido
termina por aniquilar o Direito Penal que, em certo momento, deixa de ser
Direito, para ficar reduzido a um mero uso da força.
vai, durante a noite, e cumpre o ritual mínimo de sepultamento, jogando um punhado de terra
sobre o cadáver. É, em seguida, chamada a julgamento diante de Creonte, que lhe pergunta,
inicialmente, se confessa a prática da desobediência. Ante a resposta afirmativa, pergunta-lhe
mais, como tivera a audácia de desobedecer a uma proibição por ele decretada. A Resposta de
Antígone é, até hoje, uma das mais notáveis páginas de reflexão jurídica:
‘- Desobedeci, porque não se tratava de uma determinação de Zeus. Nem a Justiça, a deusa que
habita com as divindades subterrâneas, jamais estabeleceu tal decreto para os homens. Não
creio, por isso, que teu decreto tenha tal força determinante, que seja capaz de permitir a
qualquer mortal desdenhar o código dos deuses, imutável e não escrito, que não é de hoje nem
de ontem, mas que existe desde toda eternidade, originário ninguém sabe de onde, cujas
sanções seria temeridade minha desafiar aos olhos do céu, por temor à vontade de algum
homem. Teus decretos, eu, que não temo o poder de homem algum, posso violar, sem que, por
isso, receba o castigo dos deuses. Eu sei que vou morrer, eu sei que isso é inevitável, mas eu
morreria de qualquer forma, mesmo sem a tua decisão. Morrer antes da hora, devo dizer-te, não
deixa de ser uma vantagem para mim. O que perde com a morte, quem vive no meio da
desgraça? Portanto, a sorte que me reservas é um mal que não preciso levar em conta. Muito
mais grave para mim seria permitir que o filho de minha mãe jazesse sem sepultura. Tudo o mais
me é indiferente. Se te parece que cometi uma loucura, devo dizer-te que talvez mais louco seja
quem me acusa.’ (MENDONÇA, Jacy de Souza. Aula ministrada no Curso de Mestrado em
Filosofia do Direito. Axiologia Jurídica. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. PUC-SP.
Primeiro semestre, 2002).
6
Op. cit., p. 376/377.
17
considerações, uma rápida evolução história, que será objeto de capítulo à parte.
Em 190 (itens), com síntese apartada, deu-se uma panorâmica geral sobre a Lei
semelhança dos penalistas franceses – Direito Penal Executivo, por Roberto Lyra7 e
Direito Executivo Penal, por Ítalo Luder8), reconhecendo-se sua autonomia inerente
7
As execuções penais no Brasil: legislação, problemas e soluções. Rio de Janeiro: Forense, 1963,
p. 13.
8
El principio de legalidad en la ejecución de la pena. Revista Del Centro de Estudos Criminógicos,
Mendonza, 1968, p. 29.
18
Penal cuja jurisdição, especializada, será exercida por juízes ou tribunais da justiça
pela exposição em seus itens 16 a 19, sobre os mesmos, valiosa a citação dos
enaltecendo o princípio de isonomia, tido nos dias atuais como verdadeira garantia
constitucional.
9
21.ed. rev. e atual. por Renato N. Fabrini. São Paulo: Atlas, 2004, v. 1, p. 55.
19
item 77, ao tratarmos da disciplina do preso, posto estar este assunto diretamente
ser classificada em três grupos distintos: leves, médias e graves. As duas primeiras
sanção penal. Assim, vamos tratar somente dos efeitos decorrentes da prática de
desta dissertação. Nesta linha de medida, no item 80, ficou registrado que a falta
de defesa.
execução penal. Muito importante assinalar que o Projeto foi elaborado sem se
10
“86. Hoje não mais se admite que o fenômeno da execução das penas e das medidas de
segurança se mantenha neutro em relação aos aspectos variados e dinâmicos da delinqüência e
da Justiça Criminal, nos quadros da prevenção e repressão dos ilícitos penais. Nem que persista
como processo indiferente ou marginal às preocupações do Estado e da comunidade quanto aos
problemas de Política Criminal e Penitenciária, de Estatísticas de planificação geral de combate
ao delito, de avaliação periódica do sistema criminal para sua adequação às necessidades do
País, de estímulo e promoção das investigações criminológicas, de elaboração do programa
nacional penitenciário e de formação e aperfeiçoamento do servidor, de estabelecimento de
regras sobre arquitetura e construção de estabelecimentos penais e dos poderes de
representação, sempre que ocorra violação das normas de execução ou quando o
estabelecimento estiver funcionando sem as condições adequadas.”
11
L’individualisation de la peine. Paris, 1927, p. 267/268.
21
sentido de não medir esforços para dar ao novo sistema maior jurisdicionalidade12.
direta referência à conclusão, sob pena de se afastar do objetivo inicial a que nos
propusemos, registrando que as disposições finais (itens 176 a 185), não apontam
anteprojeto foi iniciada em fevereiro de 1981, por Comissão formada pelos mestres
Francisco de Assis Toledo, coordenador, René Arial Dotti, Benjamim Moraes Filho,
12
“92. A orientação estabelecida pelo Projeto ao demarcar as áreas de competência dos órgãos da
execução, vem consagrar antigos esforços no sentido de jurisdicionalizar, no que for possível, o
Direito de Execução Penal. Já em 1893, no Congresso promovido pela recém-fundada União
Internacional de Direito Penal, concluiu-se que como os tribunais e a administração penitenciária
concorriam para um fim comum – valendo a condenação, principalmente, pelo seu modo de
execução – o divisionismo consumado pelo Direito do final do século, entre as funções
repressivas e penitenciária, deveria ser relegado como ‘irracional e danoso’. O texto da
conclusão votada naquele conclave já deixava antever a figura do juiz de execução, surgido na
Itália em 1930 e em França após 1945.”
22
Miguel Reale Júnior, Rogério Lauria Tucci, Ricardo Antunes Andreucci, Sérgio
processual ou administrativo.
Como bem citou o mestre René Ariel Dotti13, na Itália muitos autores
esta posição já estivesse em declínio, com o que concorda Figueiredo Dias14. Por
outro lado, para Manzini15 a matéria tem caráter tipicamente penal, quando trata do
13
Op. cit., p. 309.
14
Direito processual penal. Coimbra: Coimbra, 1974, v. I, p. 36/37.
15
Trattato di diritto processuale penale italiano. Turim: UTET, 1972, v. IV, p. 921/922.
16
Op. cit., p. 309.
24
apresentada, motivo pelo qual citamos, também, a lição de Renato Flávio Marcão17,
Vejamos, ainda:
São Paulo. Presidente Prof. Dante Busana; Vice-Presidentes Profa. Ada Pellegrini
17
Lei de execução penal anotada. São Paulo: Saraiva, 2001, p. 02.
25
penitenciária.
3 EVOLUÇÃO HISTÓRICA
que, da mesma forma, não tiveram a menor aplicabilidade no país, uma vez que aos
18
Códigos penais do Brasil: evolução histórica. Bauru/SP: Jalovi, 1980, p. 07.
27
citado por Pierangeli que pedimos vênia para trasladar, para que aqui possamos
19
Ibid.
20
Ibid., p. 07.
28
Filipinas, de início, observa-se que no Título I, estabelecia uma clara distinção entre
execução criminal, de forma incipiente, passavam a existir, para determinar que aos
A propósito, vejamos:
foi coroado rei de Portugal, com o título de Filipe I22, indicavam que a fase da
21
Ibid., p. 97.
22
Ibid., p. 56.
29
época, não se tinha de forma inteligível uma franca distinção entre cominação de
condenado à morte, cuja execução seria realizada com meio cruel. Entre várias,
A segunda nos leva a conclusão de que a morte não era uma causa de extinção da
aplicadas ao criminoso falecido, para que sua memória fosse “danada e seus bens
confiscados para a Coroa do Reino”, nos termos do Título VI, número 11, do Código
Filipino.
competência para processar seus traidores, podendo designar pessoas para fazê-lo,
na medida de seu interesse (Título VII). A pena poderia estender-se até a morte,
cuja fixação e execução observavam a qualidade das palavras ditas contra El-Rei.
Vejamos:
mudaria sua sorte, não podendo ela estar presa, sob pena de sua conduta de
execução da sanção imposta. O homem casado que tivesse amante seria punido de
23
“Titulo XXVIII. Dos barregueiros casados e de suas barregãas. Ordenamos, que o homem
casado, que tiver barregãa teúda ou manteúda, seja degradado pela primeira vez per trez annos
para África, e da prisão pague a quarentena da valia de todos seus bens, tirando a parte que sua
mulher pertencer. E pola segunda vez, que for comprehendido no dito peccado com a dita
barregãa, ou com outra, haverá a dita pena de degredo, e pagará a quarentena em dobro. E pela
terceira vez, será degradado pelo dito modo, e pagará a quarentena em tresdobro. E se a
quarentena de cada vez, que fôr comprehendido, não chegar a trez mil reis, sempre queremos
que seja condeando em trez mil reis.”
31
Título XXX.
terrível legislação punia o preso que ferisse outro reeducando com a mutilação da
que na Cadêa stiver, seja-lhe decepada huma mão, e haja a mais pena que
“E os presos, que per si, sem outra força, ou ajuda de fora fugirem,
se puniu o ato ilícito perpetrado por aquele que está preso, posto que jamais se
nosso trabalho recebeu das Ordenações Filipinas o Título CXIX, com a denominação
que as prisões ilegais e indevidas seriam punidas com pena pecuniária, impondo-se,
cumprida pelos meirinhos ou alcaides, bem como pelos Juízes dos Lugares, com a
advertência de que nos mandados deveria constar o nome da pessoa que seria
Se neste ponto tudo está razoável, a indicação foi feita apenas para
constar o nome do preso, para dar maior segredo e segurança à ordem, desde que
um outro mandado e secreto com o nome do autuado fosse levado pelo meirinho e
assinalamos a extrema severidade com que se punia o julgador negligente que não
24
PIERANGELI, José Henrique (Coord.). Códigos penais do Brasil: evolução histórica. 2.ed.
Bauru/SP: Jalovi, 2001.
25
“3. E havemos por bem, que os fidalgos de grandes stados e poder não sejão presos em caso
algum sem nosso special mandado. E quando acontecer caso, porque devão ser presos, as
justiças nol-o farão saber, declarando-nos as culpas, que delles tiverem, para nisso provermos,
como fôr Justiça.”
34
Fidalgos, Cavaleiros e outros, bem como suas esposas, não permitindo que fossem
presos em ferro, salvo quando praticassem crimes que cominavam a pena de morte,
presos dentro dos limites de suas cidades ou vilas, bem como ficar detidos dentro
menores”, títulos de poder e posição social. Exigia-se, ainda, que se fizesse acto
perder o cargo27.
com a denominação: Da ordem do Juizo nos feitos crimes. Quanto a esta passagem,
26
“Título CXX. E per elles serão tomadas, e lhes darão por prisão o Castello da Villa, ou sua caza,
ou a mesma Cidade, Villa, ou lugar, segundo fôr a qualidade do caso.”
27
“Título CXXI. E o carcereiro, que tomar o preso, sem fazer o acto, perdera o officio, e pagara dez
cruzados para os presos pobres da dita Cadêa.”
28
“Título CXXIV. Depois que algum fôr preso, não será solto até que a parte a cujo requerimento
fôr preso, ou a quem a accusação pertencer, seja citado na forma de nossas Ordenações.”
35
penas, nos exatos termos do Título CXXXVII31, fixando-se prazo de vinte dias para o
cumprimento da pena.
número 5.
29
“Título CXXIV. 6. E nos casos, onde per nossas Ordenações, por a parte, que tiver dado alguma
queréla, ser lançada de parte, a Justiça houve lugar, e o Tabellião, ou Promotor houver de vir
com libello, dará a queréla por libello e por ella se perguntem as testemunhas sem se dar outro
libello salvo se per réo accusado fôr requerido, que lhe declarem alguma cousa, que na querélla
não stiver declarada, e que segundo Direito se havia de declarar no libello.”
30
“Título CXXXVI. Que os Julgadores não appliquem as penas a seu arbítrio. Mandamos a todos
os Corregedores, Ouvidores, e Juízes assi de Fora, como Ordinários, e a todas as outras
Justiças que poder tem para pôr penas, que nenhum delles ponha pena, de qualquer quantidade
que seja, para a Chancellaria, sob pena de a pagar noveada, a metade para quem o accusar, e a
outra para os Captivos, e de ser suspenso de seu officio até nossa mercê, e mais as penas que
por elles assi forem postas, não hajão effeito.”
31
“Título CXXXVII. Quando nós condenarmos alguma pessoa á morte, ou que lhe cortem algum
membro, por nosso próprio moto, sem outra ordem, e figura de Juízo, por ira, ou sanha que delle
tenhamos, a execução da tal sentença seja spaçada até vinte dias.”
36
pregão aplicava-se a pena de degredo para a África, pelo prazo de dois anos32.
testemunho falso, moeda falsa, alcovitaria33 e outros. Vale registrar que muitos
crimes ali indicados, hoje podem ser vistos como atentatórios dos bons costumes,
32
“Título CXXXVIII. E em lugar das ditas penas de açoutes com baraço, e pregão, sejão
condenados em dous annos de degredo para África com pregão na audiência.”
33
“Alcoviteiro. S. m. 1. Pessoa que se intromete, que serve de intermediária em intrigas galantes. –
2. Mexeriqueiro, leva-e-traz.” (GRANDE Dicionário Larousse Cultural da Língua Portuguesa. São
Paulo: Nova Cultural, 1999, p. 35).
34
“Título CXXXVIII. Mandamos que pessôa alguma, assi das sobreditas, como de outra qualquer
qualidade, não seja escuso das ditas penas, nem de outra qualquer pena vil, quando fôr
condenado por crime de Lesa Magestade, sodomia, testemunho falso, ou por induzir
testemunhas falsas, moeda falsa, ou outro crime de falsidade, furto, feiticeria, alcouvitaria,
porque a estes taes não será recebida alguma excepção de abonação, antes serão executados,
como qualquer pessoa vil.”
37
degredado. Não retornaria ao seu país até saldar o valor a seu credor. O Título
CXXXIX tratou: “Da maneira que se terá com os presos, que não poderem pagar as
35
Título CXL. Dos Degredos e degradados.
38
que o degredo havia de ter sido cumprido, para que a Justiça, com a apresentação
desterro37.
bem quisessem39.
Guia, que instruída com a sentença, permitia ao responsável pela cadeia receber os
presos transferidos, tudo certificando nos autos que seriam devolvidos a quem
36
Título CXL. Dos Degredos e degradados. Número 9.
37
Título CXL. Dos Degredos e degradados. Último parágrafo.
38
Título CXLIII. Dos degradados, que não cumprem os degredos.
39
“Título CXLI. E o que entrar nos lugares aqui defesos, seja logo preso, e o tempo, que lhe ainda
ficar por servir, mude-se-lhe para o Couto de Castro-Marim. [...] E acabado o tempo, per que
forão degradados, poderão livremente entrar onde quizerem.”
40
Título CXLII. Número 8.
39
Corregedor dos Presídios proceder à visita mensal das unidades prisionais, para
ordem.
não possuir divisões técnicas por assunto. Sequer havia a simples e universalmente
adotada divisão do Direito Penal em Parte Geral e Especial, muito menos havia um
incomodou. Sintoma ainda hoje percebido, cujo tratamento, nem de longe, está
alterada pelas mãos do Príncipe Regente D. Pedro, que por decreto de 23 de maio
de 1821 legislou sobre a prisão dos criminosos e, pelo ato de 18 de junho de 1822,
Legislativa Constituinte. Curta foi a duração destes trabalhos, cujo período se deu de
41
PIERANGELI, José Henrique (Coord.). Op. cit., 2001, p. 65.
41
denominada “Carta Imperial”, a qual viria a ser a única do período. Esta foi inspirada
alteravam o sistema penal, como bem observou Basileu Garcia, citado por
Pierangeli: “[...] a Carta ‘traçou diretrizes renovadoras’ para o direito penal que viria a
Constituição de 1824”44.
inseridos no artigo 179 da Carta Magna que explicitavam sua concepção liberal e
Vejamos:
42
PORTO, Walter Costa (Org.). Constituições brasileiras. 2.ed. Brasília: Senado Federal. Centro de
estudos estratégicos, 1824. p. 02 (Coleção Constituições Brasileiras).
43
Op. cit., 1980, p. 2005 (grifo nosso).
44
Instituições de direito penal. São Paulo: Max Limonad, 1954, v. I, p. 118/119 apud Ibid., p. 65.
42
45
Ibid., p. 66 (grifo nosso).
46
Dos delitos e das penas. Tradução Flório de Angelis. Bauru/SP: Edipro, 2000 (Série Clássicos).
Nascido em 1738 e falecido em 1793, aos 55 anos, Cesare Beccaria, conhecido como o
Marquês de Beccaria, é o famoso autor do livro Dos Delitos e das Penas, escrito aos 26 anos de
idade, livro que revolucionou o Direito Penal e o Direito Processual Penal. Natural de Milão,
cursou Direito na Universidade de Pávia. Tendo tido um conflito com o pai, que se opusera a seu
casamento com Teresa de Blasco, foi preso e atirado repentinamente ao cárcere, por influência
do genitor, contrário à união dos jovens. Pôde então observar e sentir, na própria carne, as
agruras de uma prisão de masmorra do século XVIII, assistindo de perto ao horror das torturas
43
Vasconcelos.
Antonio da Silva Maia, Cândido José de Araújo Vianna, José da Costa Carvalho,
foi enviada para a Louisiana, que mais tarde foi incorporada pelos Estados Unidos
da América do Norte.
ali infligidas. A educação recebida dos jesuítas na infância foi contrabalançada, na juventude,
pela leitura de Maquiavel, de Galileu, dos enciclopedistas e dos iluministas franceses. Voltaire,
que Beccaria visitou em Genebra, Diderot, D’Alenbert, Montesquieu, que conheceu em Paris,
modificaram-lhe o modo de pensar e, quando regressou à Itália, só não foi retalhado pelos
inimigos e pela Inquisição devido à proteção que lhe deu o Conde Firmiani, a quem prestara
serviços, quando este governou a Lombardia. Resistindo a todos os ataques e sobrevivendo a
todas as perseguições, o pequeno grande livro de Beccaria foi consagrado pelas gerações
posteriores; registrando, na ciência do Direito Penal, o teorema da proporcionalidade entre o
delito cometido e a pena aplicada como uma das grandes conquistas do moderno Direito
Criminal.
44
comissão, à exceção da pena de morte que foi mantida após exaustivo debate.
47
AZEVEDO, Vicente de Paulo. O centenário do código criminal. Revista Justitia, São Paulo,
v. 109, abr./jun. 1980, p. 32 (grifo nosso).
45
A PENA DE MORTE
48
PIERANGELI, José Henrique (Coord.). Op. cit., 1980, p. 68 (grifo nosso).
49
A chancela imperial foi referendada por João Caetano de Almeida França, Visconde de
Alcântara, que o fez publicar em 08 de janeiro de 1831 após registro à fl. 39 do Livro 1º de Leis,
da Secretaria de Estado dos Negócios da Justiça, em 7 desse mesmo mês.
47
países da Europa, tendo sido inclusive traduzido para o francês. Para Edgard Costa
50
Introdução do estudo de direito criminal. Rio de Janeiro: Nacional de direito, 1946, p. 89.
51
Op. cit., 1980, p. 72.
“Art. 55. A pena de multa obrigará os réus ao pagamento de uma quantia pecuniária, que será
sempre regulada pelo que os condenados puderem haver em cada dia pelos seus bens,
empregos ou indústria, quando a lei especificadamente não a consignar de outro modo.”
52
Ibid., p. 73.
48
lei que visava à atualização e adequação do direito penal à nova realidade social.
código criminal. Para analisar o trabalho constituiu-se uma comissão formada por
Visconde de Assis Martins, José Rodrigues Tôrres Neto e João Batista Pereira. Este
grupo opinou pela não utilização desta simples revisão, mas por uma reforma total
da legislação penal. Em seguida, Batista Pereira foi designado para ser o novo
jurídico-política.
aos juízes, assim se apresenta o primeiro e grande aspecto negativo deste título,
Código.
pela forca (art. 38) e, por não ter qualquer efeito prático, a redução de um terço da
pena (art. 34), substituía-se a pena capital por galés perpétuas ou prisão perpétua.
(art. 53)55.
53
“Art. 33. Nenhum crime será punido com penas que não estejão estabelecidas nas leis, nem com
mais ou menos daquellas que estiverem decretadas para punir o crime no grão que aos juizes se
permitir arbítrio.”
54
“Art. 37. Não se considera pena a prisão do indiciado de culpa para prevenir a fugida, nem a
suspensão dos magistrados decretada pelo poder moderador, na forma da Constituição.”
55
“Art. 53. Os condenados á galés, á prisão com trabalho, á prisão simples, a degredo ou a
desterro, ficão privados do exercício dos direitos políticos de cidadão brasileiro, emquanto
durarem os effeitos da condenação.”
50
56
“Art. 61. Quando o réo fôr convencido de mais de um delicto, impor-se-lhe-hão as penas
estabelecidas nas leis para cada um deles; e soffrerá as corporaes umas depois das outras,
principiando e seguindo da maior para a menor, com attenção ao gráo da intensidade, e não ao
tempo da duração.”
57
“Art. 64. Os delinqüentes que, sendo condemnados, se acharem no estado de loucura, não
serão punidos emquanto nesse estado se conservarem.”
58
“Art. 65. As penas impostas aos réos não prescreverão em tempo algum.”
51
pública59.
fugir seria enquadrado nos termos da lei60. Hoje, a regra vem estampada pelo artigo
destaca, faz referência ao disposto no artigo 126 do Código Criminal do Império, que
deve ser analisado à luz do disposto no atual artigo 352 (Evasão mediante violência
contra a pessoa).
mesmas. Pune-se apenas a fuga violenta. Para ambas as legislações, o preso que
59
“Art. 66. O perdão ou minoração das penas impostas aos réos com que os agraciar o poder
moderador não os eximira da obrigação de satisfazer o mal causado em toda a sua plenitude.”
“Art. 67. O perdão do offendido antes ou depois da sentença, não eximirá das penas em que
tiverem ou possão ter incorridoos réos de crimes públicos ou dos particulares em que tiver lugar
a accusação por parte da justiça.”
60
“Art. 125. Deixar fugir aos presos o mesmo Carcereiro ou outra qualquer pessoa a quem tenha
sido commetida a sua guarda ou conducção. Sendo por connivencia. Penas - de prisão com
trabalho por dous a seis annos, e de multa correspondente á metade do tempo. Sendo por
negligência. Penas – de prisão com trabalho por um a três annos.”
52
grave, nos termos dos artigos 49, parágrafo único c. c. o artigo 50, inciso II, da Lei de
Execuções Penais.
elaborado por Batista Pereira, mas não o impediu de ser novamente convidado para
o honroso cargo. Honraria que lhe foi apresentada pelo Ministro da Justiça do
22.01.1891).
61
“Art. 126. Se a fugida fôr tentada ou effectuada pelos mesmos presos, não serão por isso
punidos; mas serão mettidos em prisões solitárias, ou lhes serão postos ferros, como parecer
necessário para a segurança ao Juiz, debaixo de cuja direcção estiver a prisão. Fugindo porém
os presos por effeioto de violência contra o carcereiro ou guarda. Penas – de prisão por três
mezes a um anno, além das que merecerem pela qualidade da violência.”
53
foi examinado por uma comissão nomeada pelo Ministro da Justiça, auxiliado por
62
PIERANGELI, José Henrique (Coord.). Op. cit., 1980, p. 74.
63
Op. cit., p. 74 (grifo nosso).
64
PIERANGELI, José Enrique (Coord.). Op. cit., 1980, p. 75.
54
críticos:
65
Ibid., p. 75 (grifo nosso).
66
Comentários ao código penal: decreto-lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. 3.ed. rev. e atual.
Rio de Janeiro: Forense, 1955, v. VIII, p. 64 (grifo nosso).
55
Para que não passe in albis, não poderíamos deixar de registrar que,
até certo ponto, as críticas se mostraram excessivas, não se justificando o rigor com
Código Penal da República, voltados aos temas que envolvem a Lei Penitenciária,
seguintes espécies:
56
do referido dispositivo.
67
SOARES, Oscar de Macedo. Código penal da República dos Estados Unidos do Brasil. Brasília:
Senado Federal, Superior Tribunal de Justiça, 2004 (Coleção História do Direito Brasileiro.
Direito penal), p. 139.
68
“Art. 44. Não há penas infamantes. As penas restritivas da liberdade individual são temporárias e
não excederão de 30 annos.”
69
“Art. 47. A pena de reclusão será cumprida em fortalezas, praças de guerra, ou
estabelecimentos militares.”
70
“Art. 48. A pena de prisão com trabalho será cumprida em penitenciarias agrícolas para esse fim
destinadas, ou em presídios militares.”
71
“Art. 49. A pena de prisão disciplinar será cumprida em estabelecimentos industriais especiaes,
onde serão recolhidos os menores até idade de 21 annos.”
72
Op. cit., p. 147.
57
seguintes termos:
73
Direito penal brasileiro. História do direito brasileiro. Brasília: Senado Federal, nov. 2003, p. 615.
58
amplo benefício, para que os juízes de direito tivessem competência para conceder
a liberdade condicional.
com natureza jurídica de Lei Penitenciária. Aos poucos foi sendo retirado do Poder
74
SOARES, Oscar de Macedo. Op. cit., p. 149.
59
apontados, como o surgimento da detração penal (art. 6075, vide Anexo A), o crime
República, em seu artigo 40977 (livro IV. Disposições Gerais), apresentou uma regra
de pena de “prisão cellular”78, a mesma será substituída por pena de “prisão com
75
“Art.60. Não se considera pena de suspensão administrativa, nem a prisão preventiva dos
indiciados, a qual, todavia, será computada na pena legal.”
76
“Art. 66. Na applicação das penas serão observadas as seguintes regras:
§1º Quando o criminoso fôr convencido de mais de um crime, impor-se-lhe-ão as penas
estabelecidas para cada um delles;
§2º Quando o criminoso tiver de ser punido por mais de um crime da mesma natureza,
commettidos em tempo e logar differentes, contra a mesma ou diversa pessoa, impor-se-lhe-á no
gráo Maximo a pena de um só dos crimes, com augmento da 6ª parte;
§3º Quando o criminoso, pelo mesmo facto, e com uma só intensão, tiver commettido mais de
um crime, impor-se-lhe-á no gáo Maximo a pena mais grave em que houver incorrido;
§4º Si a somma accumulada das penas restrictivas da liberdade, a que o criminoso for
condemnado, exceder de 30 annos, se que seja completado este prazo.”
77
“Art. 409. Emquanto não entrar em inteira execução o systema penitenciário, a pena de prisão
cellular será cumprida como a de prisão com trabalho, nos estabelecimentos penitenciários
existentes, segundo o regimen actual; e nos lugares em que os não houver, será convertida em
prisão simples, com augmento da sexta parte do tempo.”
78
“Art. 45. A pena de prisão cellular será cumprida em estabelecimento especial, com isolamento
cellular e trabalho obrigatório, observadas as seguintes regras:
a) si não exceder de um anno, com isolamento cellular pela quinta parte de sua duração;
b) si exceder desse prazo, por um período igual á quarta parte da duração da pena e que não
poderá exceder de dous annos; e nos períodos successivos, com trabalhos em commum,
segregação nocturna e silencio durante o dia.”
79
“Art. 46. O banimento privará o condemnado dos direitos de cidadão brazileiro e o inhibira de
habitar o território nacional, emquanto durarem os effeitos da pena.O banido, que voltar ao paiz,
será condemnado até 30 annos, si não readquirir os direitos de cidadão.”
60
São idênticas as regras dos artigos 44, 45, 47, 48, 53, 54, 55, 56, 58,
fundadas pela União ou pelos Estados para rehabilitação, pelo trabalho e instrucção,
80
“Art. 49. A pena de prisão disciplinar será cumprida nos institutos disciplinares creados pelo
Código de Menores e destinados aos menores de 14 a 18 annos. Paragrapho único. Si ao
perpetrar o crime ou contravenção, o menor tiver mais de 18 annos e menos de 21, o
cumprimento da pena será, durante a menoridade do condemnado, completamente separado
dos presos maiores.”
62
além da possibilidade de lhe ser doado um lote de terra (regra não mais existente
com anistia, graça, indulto, fiança e liberdade provisória. São suscetíveis, porém, de
artigo 50).
81
“Parágrafo 6º. Em caso algum poderá o livramento condicional ser concedido por acto de
qualquer autoriade administrativa nem sem previa audiência do Conselho Penitenciário, sendo
nulla de pleno direito e inexequivel a concessão dada com preterição das formas estabelecidas
em lei.”
63
a história.
vigente, com o nome Das Penas, faremos uma rápida referência aos fatos
Penal de 40.
Presidente Getúlio Vargas, apoiado pelo Ministro da Guerra, General Góis Monteiro,
poderes.
64
torno da questão.
82
Op. cit., 1980, p. 78.
83
Ibid., p. 78.
84
Op. cit., p. 73.
85
Op. cit., p. 73.
65
Sem nos afastarmos do tema proposto, mas para que se possa falar
multa.
condicional.
66
Não podemos deixar de registrar, para que não passe in albis, que o
acessórias, nos termos do artigo 67, já modificado pela reforma de 198486. Hoje, as
do Código em vigência.
Nelson Hungria Hoffbauer87 foi convidado pelo Governo Jânio Quadros para elaborar
86
“Art. 67. São Penas acessórias:
I – a perda de função pública, eletiva ou de nomeação;
II – as interdições de direitos;
III – a publicação da sentença.”
87
Nelson Hungria Hoffbauer nasceu a 16 de maio de 1891, no Município de Além Paraíba, Estado
de Minas Gerais. Era filho de Alberto Teixeira de Carvalho Hungria e de D. Anna Paula
Domingues Hungria. Fez o curso primário no Colégio Cassão, em Belo Horizonte; o secundário
no mesmo estabelecimento, no Colégio Azevedo, em Sabará, e no Ginásio Nogueira da Gama,
em Jacareí, Estado de São Paulo. Realizou o curso de Direito da Faculdade Livre de Direito do
Rio de Janeiro. Iniciou a vida pública como Promotor Público em Pomba, Estado de Minas
Gerais; foi Redator de Debates na Câmara dos Deputados de Minas Gerais e Delegado de
Polícia no antigo Distrito Federal. Ingressou na Magistratura como Juiz da 8º Pretoria Criminal do
antigo Distrito Federal, nomeado por decreto de 12 de novembro de 1924. Serviu posteriormente
como Juiz de Órfãos e da Vara dos Feitos da Fazenda Pública. Ascendendo ao cargo de
Desembargador, em 1944, exerceu as funções de Corregedor. Nomeado Ministro do Supremo
Tribunal Federal, por decreto de 29 de maio de 1951, pelo Presidente Getúlio Vargas, para a
vaga decorrente da aposentadoria do Ministro Annibal Freire da Fonseca, tomou posse em 4 de
junho do mesmo ano. Integrou, como membro substituto (25 de julho de 1955) e efetivo (23 de
janeiro de 1957), o Tribunal Superior Eleitoral, tendo ocupado a presidência do órgão no período
de 9 de setembro de 1959 a 22 de janeiro de 1961. Mediante concurso, obteve a livre docência
da cadeira de Direito Penal da Faculdade Nacional de Direito. Participou da elaboração do
Código Penal, do Código de Processo Penal, da Lei das Contravenções Penais e da Lei de
Economia Popular. Escreveu inúmeras obras sobre direito penal, destacando-se: Fraude Penal e
67
anos, em 11 de outubro de 1978, foi definitivamente revogado, sem ter iniciado seu
período de vigência.
Nelson Hungria89:
nos alongar sobre a mesma, posto que ela não usufruiu de qualquer aplicação em
89
Ibid., p. 83 (grifo nosso).
90
“Art. 36. As penas principais são:
I – reclusão;
II – detenção;
III – multa.”
91
“Art. 38. As penas privativas de liberdade serão cumpridas:
I – em estabelecimento penal fechado;
II – em estabelecimento penal aberto.”
69
§ 6º Deverão ser regulamentadas por lei local ou, à sua falta, por
provimento do Conselho Superior da Magistratura ou órgão equivalente, as
seguintes concessões a serem outorgadas pelo juiz, a requerimento do
interessado, seu cônjuge ou ascendente, ou na falta desses, de
descendente, ou irmão, ou por iniciativa de órgão para isso competente, ou,
ainda, quanto às três primeiras, também de ofício:
I - cada um dos três regimes, bem como a transferência e o retorno de um
para outro;
II - prisão-albergue, espécie do regime aberto;
III - cumprimento da pena em prisão na comarca da condenação ou da
residência do condenado;
IV - trabalho externo;
V - freqüência a curso profissionalizante, bem como de segundo grau ou
superior, fora do estabelecimento;
VI - licença para visitar a família, em datas ou ocasiões especiais;
VII - licenças periódicas, combinadas ou não com as concessões dos
incisos IV e V deste parágrafo, para visitar a família e ir à sua igreja, bem
como licença para participar de atividades que concorram para a emenda e
reintegração no convívio social, aos condenados que estão em regime
aberto e, com menos amplitude, aos que estão em regime semi-aberto.
§ 7º As normas supletivas, referidas no parágrafo anterior estabelecerão,
quanto a qualquer das concessões:
I - os requisitos objetivos e subjetivos que os condenados deverão ter para
a sua obtenção;
II - as condições e normas de conduta a serem observadas pelos
contemplados, e os casos de modificação facultativa e obrigatória de umas
e de outras;
III - os casos de revogação e os requisitos para nova obtenção;
IV - a audiência da Administração Penitenciária, bem como a do Ministério
Publico e, quanto às dos incisos IV e V, a do Conselho Penitenciário;
V - a competência judicial;
VI - exceto quanto às concessões dos incisos I, II e III, a expedição de
documento similar ao descrito no artigo 724 do Código de Processo Penal e
a indicação da entidade fiscalizadora.
livramento condicional.
transferido para regime menos rigoroso, após ter cumprido um terço da pena, se a
aconselhável.
92
“35. A decisão será, no entanto provisória, já que poderá ser revista no curso da execução. A fim
de humanizar a pena privativa de liberdade, adota o Projeto o sistema progressivo de
cumprimento da pena, de nova índole, mediante o qual poderá dar-se a substituição do regime a
que estiver sujeito o condenado, segundo seu próprio mérito. A partir do regime fechado, fase
mais severa do cumprimento da pena, possibilita o Projeto a outorga progressiva de parcelas da
liberdade suprimida.”
73
legislação penal sobre o instituto das penas, seus regimes, faltas disciplinares,
93
“40. Adota o projeto as penas restritivas de direitos, substitutivas da pena de prisão, consistentes
em prestação de serviços à comunidade, interdição temporária de direitos e limitação de fins de
semana, fixando o texto os requisitos e critérios norteadores da substituição.”
“41. Para dotar de força coativa o cumprimento da pena restritiva de direitos, previu-se a
conversão dessa modalidade de sanção em privativa de liberdade, pelo tempo da pena aplicada,
se injustificadamente descumprida a restrição imposta. A conversão, doutra parte, far-se-á se
ocorrer condenação por outro crime à pena privativa da liberdade, cuja execução não tenha sido
suspensa.”
74
Lei Processual disciplinava várias questões que deveriam ser tomadas após o
remessa da carta de guia de forma detalhada, nos termos dos artigos 674 e
seguintes.
medidas de segurança.
4 DA DISCIPLINA
como evoluiu cada instituto de execução penal, passaremos agora a tratar das
permitir que seus efeitos e conseqüências jurídicas possam ser identificados quando
4.1 Introdução
94
P. 63.
76
conjunto de relações sociais, para desenvolver suas tarefas, deve atentar para a
ordem e a disciplina.
espontaneidade e escolha, neste ponto, por parte de seus homens. Este aspecto
ímpar torna a disciplina algo vital para a administração das unidades prisionais.
Notório é que:
Mas, por outro lado, não podemos deixar de observar que as regras
95
MIRABETE, Julio Fabbrini. Execução penal. 11.ed. São Paulo: Atlas, 2004, p. 132.
96
Ibid., p. 232.
77
regras próprias.
97
Ibid., p. 232.
78
98
SILVA, Luciano Nascimento. Projetos de lei de reformas do código penal e da lei de execução
penal. Uma análise crítica das reformas no instituto de penas do sistema de justiça criminal
brasileiro. Disponível em: <http: //www.mj.gov.br>. Acesso em: 19 jul. 2005.
79
praevia legem.
leves, médias e graves (artigo 49). Definiu, também, as faltas graves em seus artigos
50 a 52.
“não será permitida punição disciplinar que coloque em perigo a integridade física e
moral do preso (art. 45, § 1º), nem o emprego de cela escura (art. 45, § 2º)”.
99
Op. cit., p. 65.
100
Op. cit., p. 137.
81
sua finalidade.
Voltados mais uma vez para Exposição de Motivos da Lei nº. 7.210
Funap e Defensores Públicos, nos termos do artigo 41, inciso VII, terceira parte,
da LEP.
Para Julio Fabbrini Mirabete102 este princípio consiste no fato “de se prever o
O doutrinador acrescenta:
101
Item 83. Teve-se extremo cuidado na individualização concreta das sanções disciplinares, na
exigência da motivação do ato determinante do procedimento e na garantia do direito de defesa.
102
Op. cit., p. 162.
103
Ibid., p. 162.
83
Universitário Paulo Lúcio Nogueira tenha assim apontado em sua obra, reportamo-
Prisionais do Estado de São Paulo, bem como aos dispositivos da LEP, para
concluirmos que, das decisões proferidas pelo Conselho Disciplinar, composto pelo
De qualquer forma, mesmo que não seja previsto recurso da decisão que
aplica a punição disciplinar, estará ela sujeita – em caso de arbitrariedade
ou abuso – à apreciação do juiz da execução. Caberá ao preso requerer, na
hipótese, a instauração do necessário incidente de excesso de execução
(item 20) ou mesmo impetrar hábeas corpus, no caso de isolamento105.
104
Comentários à lei de execução penal. São Paulo: Saraiva, 1994, p. 64.
105
SILVA, Haroldo Caetano da. Op. cit., p. 65.
106
Regimento Interno Padrão dos Estabelecimentos Prisionais do Estado de São Paulo. Secretaria
de Administração Penitenciária. Dr. João Benedito de Azevedo Marques. Secretário.
“Art. 65. Caberá pedido de reconsideração, dirigido à autoridade que aplicou a sanção
disciplinar, sem efeito suspensivo, quando surgirem novos fatos, não considerados na decisão.”
84
recurso.
5 DAS FALTAS DISCIPLINARES
107
Direito penal. Parte geral. São Paulo: Saraiva, 2003, v. 1, p. 03.
108
Tratado de direito penal. Campinas: Millennium, 1999, v. III, p. 20.
86
dias atuais uma população carcerária de mais de 130.000 (cento e trinta mil)
anos.
futuramente.
ordem interna das prisões, está em franca discussão, o que justifica, a propósito, a
criação do regime disciplinar diferenciado, ainda que esteja ele sendo neste
prescricional de dois anos, fixado para as infrações penais de menor gravidade, nos
109
Op. cit., p. 140.
89
ser de cinco anos o prazo prescricional, prazo normal para se atacar as relações
observância das regras que lhe são próprias, não se aplicando a prescrição de
faltoso as sanções disciplinares previstas, bem como outras segundo seu alvedrio. O
110
Manual de execução penal teoria e pratica. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2005, p. 133/135.
111
Curso de direito administrativo. 2.ed. São Paulo: Malheiros, 1995, p. 152.
90
leves, médias e graves, nos exatos termos do artigo 49, caput, do mesmo Diploma
Legal.
cominar suas respectivas sanções, por sua própria iniciativa e sem limitações. Face
legislação local estadual113 para especificar as faltas leves e médias, bem como
112
Op. cit., p. 140.
113
NOGUEIRA, Paulo Lúcio. Op. cit., p. 64
91
5.4 Da tentativa
do artigo 49.
114
SILVA, Odir Odilon Pinto da; BOSCHI, José Antônio Paganella Boschi. Comentários à lei de
execução penal. Rio de Janeiro: Aide, 1986, p. 63.
115
Curso de execução penal. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 34.
92
Penal:
116
MIRABETE, Julio Fabbrini. Op. cit., p. 142.
93
natureza leve:
117
Ibid., p. 141.
94
natureza grave, o que foi confirmado pelo Regimento Interno Padrão, em seu
disciplinares de natureza grave, o tema ganha muita importância, não somente pela
anterioridade.”
118
SCHMIDT, Andrei Zenkner. Crítica à execução penal. Direitos, deveres e disciplina na execução
penal. Doutrina, jurisprudência e projetos legislativos. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2002, p. 302.
119
Op. cit., p. 35.
96
rebelião. Pratica esta infração disciplinar quem induz, estimula, excita, provoca ou
A referida falta disciplinar pode ser cometida com emprego de violência ou grave
consumada”120.
120
MIRABETE, Julio Fabbrini. Op. cit., p. 142.
121
Op. cit., p. 92.
97
disciplinar.
O legislador penal não pune o preso que foge, pois reconhece que
[...] o legislador pátrio não pune a fuga de preso, isto é, não pune o preso
que foge. Considera que o anseio à liberdade é insopitável e irreprimível no
homem; tem em vista que o amor à liberdade é mesmo instintivo em todo o
indivíduo e, conseqüentemente, não sufragou a idéia de querer abafá-lo
com a ameaça da pena. Seguiu, alias, a tradição de nossas leis. A fuga de
preso constitui delito, somente quando o preso se evade, fazendo violência
à pessoa (art. 352).
122
Op. cit., p. 64.
123
Direito penal. 18.ed. São Paulo: Saraiva, 1988, v. 4, n. 1512, p. 401.
98
agride ou fere alguém, praticando violência física contra a pessoa (RT, 534/340)124.
simples fuga do preso, já que tal comportamento, embora anseio natural de qualquer
preso, mormente daquele que tem uma longa pena a cumprir, constitui uma ofensa
segregando-os da sociedade125.
A fuga prevista como falta grave pela Lei de Execução Penal (art. 50, II) tem
sido reconhecida como tal pela jurisprudência, por mais de uma vez, pois ‘o
condenado que foge da prisão, descumprindo a pena que lhe foi imposta,
envolvendo-se em fatos delituosos, comete falta grave, reveladora de má
conduta prisional, não estando em condições de receber a comutação da
pena uma vez exigido pela legislação específica, juntamente com os
demais requisitos objetivos, bom comportamento carcerário, que
evidencie disposição e condições para a reintegração social do criminoso’
(RT, 631/303).
Destarte, fugir, com ou sem violência, tentar fugir, bem como incitar
a fuga de presos, caracteriza a mais comum das faltas disciplinares. Fácil de ser
124
NOGUEIRA, Paulo Lúcio. Op. cit., p. 64.
125
Ibid., p. 64/65.
99
prisional.
armas medievais, tais como espadas e lanças confeccionadas pelos presos, são
infração disciplinar o que traz a arma consigo, guarda na cela, no local de trabalho
126
Execução penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1995, p. 160.
127
Arts. 14 e 16, Lei nº 10.826, de 22 dez. 2003.
101
produzir, promover, que implica a idéia de desejar que ocorra alguma coisa”128.
Schmidt129:
128
MIRABETE, Julio Fabbrini. Op. cit., p. 143.
129
Op. cit., p. 303/304.
102
legais ou judiciais.”
130
KUEHNE, Maurício. Lei de execução penal anotada. Curitiba: Juruá, 1999, p. 106.
131
Op. cit., p. 144.
103
juízo por ter sido internado para uma grave e arriscada cirurgia, não será regredido,
(inc. VI)
Penitenciária, bem como o desrespeito com quem deva se relacionar são condutas
132
Art. 5º, inc. II, Constituição Federal.
104
conceituar as faltas disciplinares de natureza grave que podem ser praticadas pelo
pratica falta grave aquele que não cumprir a prestação de serviços à comunidade133,
133
Art. 46, Código Penal.
134
Art. 47, CP.
135
Art. 48, CP.
105
o cumprimento da obrigação imposta” (art. 51, inc. II). Assim, ocorrerá a falta quando
justificado136.
anterior.
seguintes termos:
136
MIRABETE, Julio Fabbrini. Op. cit., p. 147.
106
Nagashi Furukawa foi elaborado o anteprojeto de lei que, na data supracitada, deu
137
Ibid., p. 149.
107
de falta disciplinar.
138
Ibid., p. 148.
139
Art. 48, inc. XVII, Regulamento Interno Padrão dos Estabelecimentos Prisionais do Estado de
São Paulo.
140
Teoria jurídica do crime. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002, p. 15/16.
108
condenação, mas a prática de fato previsto como crime doloso. Portanto, não se
uma vez que o crime doloso ofende ordenamentos jurídicos diversos, estabelecendo
141
Falta grave pelo cometimento de crime – TACRSP: “Réu preso – Cometimento de falta grave –
Punição que não necessita de sentença condenatória – Inteligência da Lei 7.210/84. [...] A falta
grave cometida por réu preso não necessita de sentença condenatória para ser punida no âmbito
administrativo, pois decorre de previsão na Lei de Execução Penal, e alcança as condutas de
forma autônoma e independentemente de possível tipificação penal; eventual sentença
condenatória em razão do mesmo fato praticado viria como um plus resultando em nova pena a
ser cumprida” (RT 740/632).
TACRSP: “Falta grave – Aplicação de sanção disciplinar independentemente do fato ainda ser
objeto de inquérito ou ação penal – Possibilidade – Violação do princípio constitucional da
presunção de inocência – Inocorrência: A prática de fato previsto como crime doloso constitui
falta grave e, nos termos do art. 52 da LEP, sujeita o preso ou condenado a sanção disciplinar, a
qual independe de que o fato ainda seja objeto de inquérito ou ação penal, sendo certo que, em
tal hipótese, inocorre violação ao princípio constitucional da presunção de inocência, pois não
sofreu o réu aplicação de sanção penal sem a decisão transitar em julgado”
(RJDTACRIM 35/372).
109
5.10.1 Conceito
fechado, semi-aberto e aberto, nem uma nova modalidade de prisão provisória, mas
termos do artigo 53, inciso V, da Lei de Execução Penal. Caracteriza-se pelo maior
142
Op. cit., p. 149.
143
O regime disciplinar na prisão. Disponível em: <http://www.ibcrim.org.br>. Acesso em:
28 jul. 2003 apud MARCÃO, Renato Flávio. Op. cit., p. 36/37.
110
Medida Provisória n. 28, de 04.02.2002, não obtendo êxito. O RDD atual mostra-se
144
Ibid., p. 36/37.
111
sua criação145, afirmando que o instituto esbarra nos direitos e garantias individuais
Internacional dos Direitos Humanos. Por fim, o CNPCP baixou a Resolução nº 07, de
praticar fato previsto como crime doloso, consistente, evidentemente, em falta grave,
145
Op. cit., p. 156.
146
GRANDE Dicionário Larousse Cultural da Língua Portuguesa, p. 846.
112
administrativo, etc147.
RDD exige somente que o preso apresente alto risco para a ordem e a segurança do
presídio e da comunidade.
147
Ibid., p. 675.
148
Ibid., p. 327.
113
inato a todo o recluso. Não se justifica a prisão se este perigo não se mostra
organizado, incidindo nas infrações penais descritas no artigo 288 do Código Penal,
suspeitas devem ter relação direta com as ações perpetradas no interior dos
149
Op. cit., p. 39/40 (grifo do autor).
150
“As fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações
criminosas, quadrilha ou bando, como causa de inserção do condenado ou do preso provisório
no regime disciplinar diferenciado, nos termos do § 2º do art. 52 da L. 7.210/84, com redação da
L. 10.792/2003, devem ter relação com atos por ele praticados no estabelecimento prisional, cuja
ordem e segurança esse regime prisional tem por finalidade resguardar.” (Tribunal
Regional Federal. 01ª Região. HC n. 2004.01.00.001752-7-MT. Rel. Juiz Olindo Menezes. DJU
21 maio 2004, Revista Síntese de Direito Penal e Processo Penal n. 27, p. 151).
114
indicam com clareza de fácil exegese os limites impostos pelo Regime Disciplinar
Diferenciado.
recolhido em cela individual, receberá visitas limitadas em duas pessoas, por apenas
duas horas, semanalmente, sem contar as crianças, bem como terá direito a saída
sessenta dias, isto, para cada falta perpetrada, sem prejuízo de renovação (inciso I,
do artigo 52 da LEP).
mesmos fundamentos da regressão cautelar para que não se alegue qualquer vício
115
defensória.
Justiça fixou-se competência exclusiva aos Juizes de Direito da Vara das Execuções
apenas prisão cautelar, nos resta concluir que o juiz do processo de conhecimento é
151
MARCÃO, Renato Flávio. Op. cit., p. 42.
116
agravo, nos termos do artigo 197 da Lei de Execução Penal, com o prazo de
cinco dias.
6 DA EXECUÇÃO DAS PENAS EM ESPÉCIE NA LEI DE EXECUÇÃO
PENAL
Lei de Execução Penal, com a observância aos artigos 105 e seguintes, visando, de
Bonesana152:
Concluo com uma reflexão: que o grau das penas deva ser relativo ao
estado da própria nação. Mais fortes e sensíveis devem ser as impressões
sobre os ânimos endurecidos de um povo recém-saído do estado selvagem.
É necessário o raio para abater o feroz leão que, com um tiro de fuzil,
apenas se agita. À medida, porém, que os espíritos se abrandam no estado
de sociedade, cresce a sensibilidade, e, crescendo esta, deverá diminuir a
intensidade da pena, se se desejar manter constante a relação entre o
objeto e a sensação.
De tudo quanto se viu até agora poderá extrair-se um teorema geral muito
útil, mas pouco de acordo com uso, legislador, por excelência, das nações,
ou seja: para que a pena não seja a violência de um ou de muitos contra o
cidadão particular, deverá ser essencialmente pública, rápida, necessária, a
mínima dentre as possíveis, nas dadas circunstâncias ocorridas,
proporcional ao delito e ditada pela lei.
à norma, posto que não mais se exige, para a expedição e remessa da carta de
Execução Provisória.
152
Op. cit., p. 138.
118
Constitucional154.
Hoje não resta dúvida de que a execução provisória faz parte do “dia
Vejamos:
153
Provimento 653/99 do Conselho Superior da Magistratura de São Paulo e Provimento 15/99 da
Corregedoria Geral de Justiça (Anexo G).
154
“Súmula 716. Admite-se a progressão de regime de cumprimento de pena ou a aplicação
imediata de regime menos severo nela determinada, antes do trânsito em julgado da sentença
condenatória.”
119
judiciária.”
ilegais.
155
“Art. 106. A guia de recolhimento, extraída pelo escrivão, que a rubricará em todas as folhas e a
assinara com o Juiz, será remetida à autoridade administrativa incumbida da execução e conterá:
I – O nome do condenado; [...].”
7 DOS REGIMES E BENEFÍCIOS DA LEI DE EXECUÇÃO PENAL
e aberto.
muralhas.
156
Art. 33, § 1º, letra “a”, CP.
121
agente for reincidente157; quando a pena reclusiva imposta for superior a oito
anos158; quando o agente for condenado pela prática de crime hediondo, nos termos
da Lei nº. 8.072, de 25 de julho de 2005 e quando o reeducando for condenado por
anos de reclusão.
Fabbrini Mirabete160 assim lecionou: “[...] a proibição está implícita no art. 33, § 2º, b,
não reincidente’ ”.
concluindo que a vedação está a exigir que o reincidente mereça tratamento mais
157
“O réu reincidente, apenado com reclusão, pouco importa o grau da pena privativa de liberdade,
deverá iniciar o cumprimento pelo regime fechado. Infringência ao disposto no art. 33, § 2º, ‘a’ e
‘c’, do Código Penal. Recurso Provido. (Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial n.
84.669/SP, 5ª Turma. Rel. Félix Fischer. DJU 14 abr. 1997, p. 12.766.
158
Art. 33, § 2º, letra “a”, CP.
159
Art. 10, Lei nº 9.034, de 03 maio 1995.
160
Op. cit., p. 324.
122
condenado não reincidente, cuja pena privativa de liberdade seja superior a quatro
anos e inferior a oito163. Sendo a pena inferior a quatro anos, permite-se a fixação do
regime aberto164.
7.4 Da competência
sentença, será inadmissível sua fixação pelo Tribunal, bem como pelo juízo das
execuções criminais.
161
Art. 33, § 1º, letra “b”, CP.
162
Art. 33, § 1º, letra “c”, CP.
163
Art. 33, § 2º, letra “b”, CP.
164
Art. 33, § 2º, letra “c”, CP.
123
Vejamos, ainda:
7.5 Da progressividade
impulsionado pelas idéias de Cesare Bonesana, Marques de Beccaria, que com sua
obra Dos delitos e das penas, revolucionou o Direito Penal e o Direito Processual
165
MIRABETE, Julio Fabbrini. Op. cit., p. 386.
166
P. 01.
167
Op. cit., p. 148 (grifo nosso).
125
isolamento absoluto por prazo inferior a três meses, seguido de trabalho comum
regimes.
Frederico Marques169:
168
MIRABETE, Julio Fabbrini. Op. cit., p. 386.
169
Op. cit., p. 163.
170
Esta última lei citada não está em vigor e a norma que a substitui, Lei nº. 7.170/83, não contém
dispositivo semelhante.
126
Para que não passe In albis, resta concluirmos que nos dias atuais
171
“Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a
transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver
cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento
carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a
progressão.
§ 1º A decisão será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do
defensor.
§ 2º Idêntico procedimento será adotado na concessão de livramento condicional, indulto e
comutação de penas, respeitadas os prazos previstos nas normas vigentes.”
127
entendemos que a análise do requisito subjetivo restou mantida, porém, sem que
individualização da pena.
Justificamos.
Com todo respeito que o referido exame merecia, não trazia ele
dos meios de prova, sempre recebeu valor probante relativo, a exigir uma avaliação
subjetivo que deve ser analisado por meio de estudo mais detalhado da ação penal
172
“Art. 8. O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será
submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada
classificação e com vistas à individualização da execução.”
128
lei revogatória e nos dias de hoje, sempre agimos desta forma, portanto, insistimos
na exigência desta avaliação que nunca dependeu e hoje não depende do extinto
7.7 Da progressão
7.7.1 Conceito
173
Op. cit., p. 115.
174
MIRABETE, Julio Fabbrini. Op. cit., p. 387.
129
A Lei de Execuções Penais (LEP), em seu art. 112, dispõe que a pena será
executada de forma progressiva, com transferência a regime menos
rigoroso, a ser determinada pelo Juiz, quando o preso tiver cumprido ao
menos um sexto da pena no regime anterior e seu mérito indicar possível a
progressão.
Esse sistema foi instituído com vistas à reinserção gradativa do preso ao
convívio social. Ele cumprirá a pena em etapas e em regimes cada vez
menos rigoroso, até receber a liberdade. Durante esse tempo, o preso será
avaliado e só será merecedor da progressão caso a sua conduta assim o
recomende.
reeducação carcerária.
Este processo não pode ter início, meio e fim, no regime fechado.
intermediário.
transferência para regime ‘menos rigoroso’ quando o preso tiver cumprido ao menos
um sexto da pena ‘no regime anterior’ “176. Nos termos dos itens 119 e 120 da
175
Manual de direito penal. Parte geral. 2.ed. atual. ampl. Bauru/SP: Edipro, 2002, v. I, p. 165.
176
MIRABETE, Julio Fabbrini. Op. cit., p. 388.
130
177
Ibid., p. 387.
178
Op. cit., p. 177.
179
Op. cit., p. 121.
180
Op. cit., p. 286.
181
Op. cit., p. 158/159.
131
7.7.2 Requisitos
sexto (1/6) da pena imposta. Observa-se a pena aplicada, havendo uma única
objetivo, que não sofre qualquer alteração entre primários e reincidentes, o que
sustentam que, com a Lei nº. 10.792, de 1º de dezembro de 2003, que determinou a
não se exige mais o requisito pessoal. Para nós, data vênia, ledo engano.
termos da já mencionada Resolução nº. 115 da SAP. Com esta definição simplista,
(Anexo I).
Seção I, p. 70:
182
Art. 112, Lei nº 7.210/84, alterado pela Lei nº 10.792/03.
183
Op. cit., p. 313.
133
pode ser confundido com o conceito de mérito, o qual é mais amplo e se refere à
184
“Art. 5º, inc. XLVI. A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as
seguintes:[...].”
185
Op. cit., p. 423/424.
135
Registramos mais uma vez que, muito embora não seja de todo
uma fonte de informação necessária para que possamos registrar nossa pesquisa,
recursos nos tribunais estaduais, onde o ministério público luta incansavelmente pela
na audiência designada.”
no seu seio um indivíduo que ainda não provou estar reajustado às normas de
convivência social.”
186
CORNÉLIO, Rita de Cássia. Juiz critica regime de progressão penal. Jornal da Cidade, Bauru,
Geral: entrevista da semana, 15 jun. 2003, p. 10.
138
INSTITUTO DA PROGRESSÃO
sermos prolixos, pensamos que o conhecimento dos mais variados temas está a
seguintes, bem como artigos 110 e seguintes não fixa expressamente quais são
estes efeitos, resta apontar as previsões legais dos artigos 33, parte final, do Código
encontra o faltoso.
temporal.
187
MARCÃO, Renato Flávio. Op. cit., p. 122.
188
Ibid., p. 122.
141
Para esta hipótese, uma vez que não é possível falar em regressão
termos do artigo 118, parágrafo 2º, da Lei Carcerária, salvo nas hipóteses em que
buscasse justificar a sua falta, através de simples requerimento para ser ouvido, ou
Execuções Criminais de Bauru, o que é sempre acolhido pelo Juízo da Vara das
Assistência Judiciária, cujos trabalhos são dirigidos com extrema competência, pelo
189
MIRABETE, Julio Fabbrini. Op. cit., p. 486.
190
Ibid., p. 416.
142
extinta”, agora se observa o restante da pena, para que se possa calcular o requisito
objetivo de um sexto (vide art. 112 da LEP), tudo a partir da data da falta, ainda que
Vejamos:
191
Op. cit., p. 149.
192
Ibid., p. 150.
144
Assistência Judiciária.
considerações do item 8.1, para registrar que toda falta grave determina a
meses depois, efetivando a regressão, posto que o benefício, teoricamente, deve ter
sido sustado. Com três situações distintas podemos dizer que a data a ser
Para que não passe in albis não podemos deixar de esclarecer que
regressão. Por outro lado, poderá se dizer que o condenado está frustrando os fins
recontagem tem por dia do começo aquele relativo à falta, para que a tramitação de
8.5 Da regressão
193
MIRABETE, Julio Fabbrini. Op. cit., p. 486.
146
noroeste do Estado de São Paulo, nas duas unidades de Institutos Penais Agrícolas
setenta vagas), nas Alas de Progressão (dezenove unidades com cento e oito
vagas, cada uma, totalizando duas mil e cinqüenta e duas vagas) e nos Centros de
Progressão, representados por oito unidades com capacidade para mil e sessenta
presos. Assim, o Estado de São Paulo, na região supracitada, neste particular, conta
com onze mil, oitocentas e cinqüenta e duas vagas de regime semi-aberto, para
194
SAP. Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo. Coordenação
Noroeste. Coordenador da Região Noroeste do Estado de São Paulo. Disponível em:
<http://www.sap.sp.gov.br>. Acesso em: 13 out. 2005.
195
“Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a
transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
I - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução,
torne incabível o regime (artigo 111).
§ 1° O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos
anteriores, frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo, a multa cumulativamente
imposta.
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente o
condenado.”
147
196
Op. cit., p. 485.
148
condenação, a melhor exegese, quanto à primeira causa, está em concluir que não
197
“Art. 18. Diz-se o crime: Doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de
produzi-lo.”
198
MARCÃO, Renato Flávio. Op. cit., p. 145 (grifo do autor).
149
do artigo 39 da LEP199.
199
“Art. 39.
[...]
II. obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se;
[...]
V – execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;”
150
sofrendo nova condenação, por ilícito penal perpetrado anteriormente, poderá haver
151
a regressão quando a somatória da nova pena adicionada àquela que restava por
111 da LEP.
Explica Silva200:
não pagar, podendo, a multa cumulativamente imposta”, sem prejuízo das hipóteses
200
Op. cit., p. 168/169.
152
aberto.
Para Mirabete202:
Finalmente, registramos que a multa não paga por devedor que tem
2º, do CP), caracteriza falta ensejadora da regressão. Vale lembrar que a lei penal
não admite a conversão da multa em pena detentiva. No caso, ocorre regressão que
audiência de advertência para aceitação das condições impostas. Esta situação não
201
Ibid., p. 169.
202
Op. cit., p. 491.
153
são taxativas.
mais severo, caberá ao juízo mandar expedir mandado de prisão, a ser cumprido no
regime aberto.
Penal (item 2.3), sobretudo com as inovações trazidas pela Lei nº. 7.210, de 11 de
execução criminal.
forma, a firmarmos posição pela exigência de decisão judicial para que seja
203
SILVA, Haroldo Caetano. Op. cit., p. 169.
MIRABETE, Julio Fabbrini. Op. cit., p. 491.
204
“Falta à audiência de advertência: inadmissibilidade de regressão – TACRSP. ‘Se o sentenciado
deixar de comparecer à audiência de advertência, oportunidade em que irá declarar se aceita o
programa do regime aberto, bem como das condições impostas não é de se aplicar os incisos I e
II e § 1º do art. 118 da LEP, porque, não tendo sido advertido, não começou a cumprir pena. Em
outras palavras, o regime aberto ainda não chegou a ser implantado, ex vi do art. 113 da LEP’
(RT 708/332).”
154
66, inciso III, letra “b”, segunda parte, da Lei Penitenciária, excluindo-se
transferência para o regime fechado, não se podendo restringir esta dinâmica, sobre
o pretexto de que não se admite a mesma por saltos206. Apenas para ilustrarmos,
205
“Art. 48, parágrafo único, LEP. Nas faltas graves, a autoridade representará ao juiz da execução
para os fins dos arts. 118, I, 125, 127, 181, §§ 1º, d, e 2º desta Lei.”
206
“Regressão do regime aberto para o fechado: admissibilidade – TJRS: ‘Regime aberto e
regressão diretamente para o regime fechado. Referindo-se ao art. 118 da LP, a regressão para
qualquer dos regimes mais rigorosos possibilita a regressão do regime aberto diretamente para o
regime fechado, desde que observados os demais requisitos legais’. (RJTJERGS 163/753).”
207
Op. cit., p. 147.
155
condenado”.
de crime doloso ou falta grave, deverá ser ouvido para que o mesmo possa justificar
sua conduta ilícita. Nesta oportunidade, poderá alegar em seu benefício excludentes
Poderá também justificar o fato que, a princípio, caracterize uma falta grave. A não
208
Vicente Greco Filho sintetiza o princípio de maneira bem prática e simples: "O contraditório se
efetiva assegurando-se os seguintes elementos: a) o conhecimento da demanda por meio de ato
formal de citação; b) a oportunidade, em prazo razoável, de se contrariar o pedido inicial; c) a
oportunidade de produzir prova e se manifestar sobre a prova produzida pelo adversário; d) a
oportunidade de estar presente a todos os atos processuais orais, fazendo consignar as
observações que desejar; e) a oportunidade de recorrer da decisão desfavorável." (Direito
processual civil brasileiro. 11.ed. atual. São Paulo: Saraiva, 1996, v. 2, p. 90).
156
de agravo.
do sentenciado pela prática de crime anterior. Não seria lógico proceder à oitiva do
processado e julgado, uma vez que, na referida ação penal, já se realizou a oitiva do
reeducando.
trata de condenação por crime anterior. Se houver uma decisão definitiva a respeito
209
“Súmula 700 do STF. É de cinco dias o prazo para interposição de agravo contra decisão do juiz
da execução penal.”
210
MIRABETE, Julio Fabbrini. Op. cit., p. 493.
157
sistema prisional exigem cautela e prontidão, na grande maioria das vezes, para se
cumprimento à Lei.
disciplinada pelo artigo 11 da Lei Estadual nº. 1.819, de 30-10-79, que prevê a
211
“Art. 11, Lei 1819, de 30 out. 1978. Ocorrendo motivo que justifique a revogação ou suspensão
de qualquer das autorizações previstas no artigo 16, ou a revogação do regime de cumprimento
da pena, o diretor do estabelecimento pode suspender provisoriamente o efeito daquela e adotar
medidas necessárias a evitar a fuga do condenado e a preservar a disciplina interna.
Parágrafo único: a suspensão provisória das autorizações e as medidas adotadas serão
comunicadas, em 24 (vinte e quatro) horas, ao juiz competente, que, em 3 (três) dias as
homologara ou não.”
212
“O Juiz, dentro do poder cautelar que lhe é inerente, não só pode como deve, determinar de
imediato o retorno do sentenciado ao regime mais severo, não constituindo tal providência
constrangimento ilegal” (TaCrimSP. HC n. 262.194/1, 6ª Câmara. Rel. Juiz Rubens Gonçalves,
j. em 23 nov. 1994, v. u., RJDTACrimSP 24/446).
158
213
Op. cit., p. 150.
214
“Perda do direito à remição pela prática de falta disciplinar grave – STJ: ‘Pena – Remição –
Cometimento de falta grave – Perda do período trabalhado – Admissibilidade – Aplicação do art.
127 da Lei 7.210/84. [...]. O condenado, que esta cumprindo pena privativa de liberdade, perde
ex vi do art. 127 da LEP, o direito a remição do período de trabalho ao cometer a falta grave’ (RT
769/535).
STF: ‘[...] Habeas corpus. Penal. Processo penal. Execução da Pena. Remição. Falta grave.
Regressão de regime. O condenado que comete falta grave no cumprimento de pena sofre a
regressão de regime. Ele perde os dias que tenha remido. Habeas corpus indeferido’
(HC n. 78.037-0- SP. DJU 17 nov. 2000, p. 10).
TJSP: ‘Pena – remição – Falta grave cometida pelo sentenciado – Benefício indeferido – Decisão
mantida. É requisito essencial para o benefício da remição que o sentenciado não cometa falta
grave’ (RT 711/321).
TJSP: ‘Praticada falta grave antes de decretada a remição, esta é indeferida quanto ao tempo
anterior à pratica da infração’ (JTJ 178/315).
TACRSP: ‘Deve ser decretada a perda dos dias remidos na hipótese em que o condenado
comete falta grave consistente em fuga, nos termos do art. 127 da LEP, não sendo possível
cogitar de coisa julgada ou direito adquirido, pois a decisão reconhecedora da remição não faz
coisa julgada material, sendo certo que o dispositivo em questão está em pleno vigor e nada tem
de inconstitucional’ (RJTACRIM 51/28)”.
215
Op. cit., p. 170/171.
159
que: “Das decisões proferidas pelo juiz caberá recurso de agravo, sem efeito
suspensivo”, cujo prazo de cinco dias vem fixado pela já citada Súmula 700 do
INSTITUTO DA REMIÇÃO
Seção IV, dos artigos 126 a 130, da LEP, o legislador disciplinou a remição e os
jurisprudencial.
compensar, reparar, etc. Muito embora não seja uma causa de extinção da
forma de extinguir parte da pena, que não pode ser confundida com a remissão,
perdoar216.
216
HOUAISS, Antonio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Nova Cultural, 1999,
p. 2425.
161
prisional do sentenciado.”
que, pelo trabalho, poderá ter reduzido o tempo de duração da pena privativa de
liberdade.”
sinônimos.
9.2 Origem
de 1984) materializou-se no instituto da remição que, por sua vez, está diretamente
217
Op. cit., p. 216.
218
Op. cit., p. 174.
219
Op. cit., p. 287
162
Serrano Gomes escrevem que o instituto da remição foi consagrado pelo antigo
1995221.
a 1939) e foi estabelecido pelo Decreto nº. 281, de 28 de maio de 1937, para os
de outubro de 1938 foi criado um patronato para tratar da “redención de penas por
como no caso dos presos que tentassem fugir ou praticassem novo delito. Mais
1956 e 1963222.
220
Op. cit., p. 173.
221
“100. Podrán redimir su pena com el trabajo, desde que sea firme la sentencia respectiva, los
reclusos condenados a penas de reclusión, prisión y arresto mayor. Al recluso trabajador se
abonará, para el cumplimiento de la pena impuesta, previa aprobacíon del Juez de Vigilância, um
día por cada dos de trabajo, y el tiempo así redimido se le contará también para la concesión de
la libertad condicional. El mismo beneficio se aplicará, a efectos de liquidación de su condena, a
los reclusos que hayan estado privados provisionalmente de libertad.
No podrán redimir pena por el trabajo:
1º Quienes quebranten la condena o intentaren quebrantaria, aunque no lograsen su propósito.
2º Los que reiteradamente observen mala conducta durante el cumplimiento de la
condena.(CÓDIGO PENAL. Texto Refundido del Código Penal publicado por Decreto 3096/1973,
de 14 sept., conforme a la Ley 44/1971, de 15 nov. Centro de Estudos Jurídicos COLEX.
Adscrito a la Universidad de Salamanca).
222
DEVESA, José Maria Rodriguez; GOMEZ, Alfonso Serrano. Derecho penal español. Parte
general. Decimoctava edición. Madrid: Dykinson Madrid, 1995, p. 970.
163
Vejamos:
223
Op. cit., p. 517.
224
O trabalho penitenciário e os direitos sociais. São Paulo: Atlas, 1991, p. 79.
164
remição.
Assis Toledo, René Ariel Dotti, Miguel Reale Junior, Ricardo Antunes Andreucci,
Rogério Lauria Tucci, Sergio Marcos de Moraes Pitombo, Benjamin Moraes Filho e
Negi Calixto apresentou o anteprojeto da nova Lei de Execução Penal. Foi ele
publicado pela portaria nº. 429, de 27 jul. 1981, para receber sugestões.
constituída por Francisco de Assis Toledo, René Ariel Dotti, Jason Soares Albergaria
discussão.
225
P. 879.
166
projetam-se no futuro, de vez que o bom treinamento num trabalho, numa atividade
mal do encarceramento.
226
Curso de direito penitenciário. São Paulo: Saraiva, 1975, v. 2, p. 495.
227
Ibid., p. 496.
167
parágrafo 1º, da LEP, onde o legislador adotou critério simplista nos seguintes
termos: A contagem do tempo para fins deste artigo será feita à razão de 1 (um) dia
Regras Mínimas da ONU, ao estabelecer um dia de descanso por semana (nº. 75.2).
regime aberto, não faz jus à remição, destinando-se o benefício somente aos presos
Federal. HC n. 77.496/1-RS, 02ª Turma. Rel. Min. Nelson Jobim, j. em 20 out. 1998.
DJU 19 fev. 1999. RT 763/502). Da mesma forma, não tem direito à redención o
228
Art. 33, Lei de Execução Penal.
168
podem exigir execução em horários, jornadas e dias excepcionais, não podendo ser
natureza especial:
direito ao descanso semanal, que será realizado em dia que não seja o domingo. Se
de seis horas de trabalho não poderão ser considerados. Idêntico critério se observa
para as horas excedentes, pois neste caso não se admitirá futura compensação.
229
Art. 33, parágrafo único, LEP.
230
SILVA, Haroldo Caetano da. Op. cit., p. 175.
231
Op. cit., p. 99.
232
Ibid., p. 524.
169
233
BENETI, Sidnei Agostinho. Execução penal. São Paulo: Saraiva, 1996, p. 138.
234
MIRABETE, Julio Fabbrini. Op. cit., p. 531.
235
Item 134. Exposição de Motivos da Lei de Execução Penal. Com a finalidade de se evitarem as
distorções que poderiam comprometer a eficiência e o crédito deste novo mecanismo em nosso
sistema, o Projeto adota cautelas para a concessão e renovação do benefício, dependente da
declaração judicial e audiência do Ministério Público. E reconhece caracterizado o crime de
falsidade ideológica quando se declara ou atesta falsamente a prestação de serviço para instruir
o pedido de remição.
170
Execuções Criminais.
que se faça a anotação eventual de dias que representem sobra. Se a divisão por
três, do total de dias trabalhados, apontar uma sobra de um ou dois dias, serão os
236
Op. cit., p. 531.
237
“Necessidade de oitiva da defesa após manifestação do Ministério Público - TACRSP:
‘Remição - Ausência de vista à Defesa, após a manifestação do Ministério Público - Nulidade -
Ocorrência - Ocorre nulidade quando, em pedido de remição da pena, após a manifestação do
Ministério Público, não é dada vista à Defesa, pois há violação do direito ao contraditório e à
ampla defesa, garantido também em processos administrativos, como estatuído no inciso LV do
art. 5º da Constituição Federal’ (RJTACRIM 48/49)”.
171
caracteriza falta grave. Esta e as demais faltas, descritas nos artigos 50 e 52 da Lei
Penitenciária, determinam como efeito, entre outros, a perda dos dias remidos.
“O condenado que for punido por falta grave perderá o direito ao tempo remido,
238
Art. 200, LEP.
239
NOGUEIRA, Paulo Lúcio. Op. cit., p. 176.
172
condenado em três situações que, a nosso ver, determinam o perdimento dos dias
anteriormente remidos.
240
MARCÃO, Renato Flávio. Op. cit., p. 171.
241
Ibid., p. 171 (Superior Tribunal de Justiça. Resp n. 17188-DF. Rel. Min. José Cândido de
Carvalho Filho. DJ, 22 mar. 1993; Superior Tribunal de Justiça. HC n. 4.033-SP. Rel. Min. Pedro
Acioli. DJ, 12 dez. 1994; Superior Tribunal de Justiça. HC n. 5.954-SP, 05ª Turma. Rel. Min. Cid
Flaquer Scartezzini, j. em 13 out. 1997; v.u.; RJTACrimSP, 38/495).
242
Op. cit., p. 402.
243
Op. cit., p. 171
244
Op. cit., p. 532/533.
245
Op. cit., p. 286/287
246
Op. cit., p. 218
247
P. 171.
173
Finaliza:
no sentido de que o artigo 127 da Lei do Cárcere não afronta a artigo 5º, inciso
Vejamos, ainda:
A regra do art. 127 da Lei das Execuções Penais estabelece que o benefício
pode ser cassado, em caso de cometimento de falta grave pelo preso. Essa
é a hipótese vertente, pois, de acordo, o paciente, valendo-se do benefício
do regime semi-aberto, empreendeu fuga da penitenciária em que se
encontrava, incorrendo em falta grave, motivo pelo qual teve decretada a
regressão ao regime prisional e a perda dos dias remidos. Esta Corte,
reiteradamente, tem decidido em não falar em direito adquirido,
sendo perfeitamente possível a perda dos dias remidos (Superior Tribunal
de Justiça. HC n. 12.905/SP, 05ª Turma. Rel. Jorge Scartezzini, j. em 13
fev. 2001).
trabalho, iniciou suas considerações nos seguintes termos: “De todo infeliz o artigo
127 da LEP. Seja em sua redação, dúbia e imprecisa, seja em sua própria inserção
248
MARCÃO, Renato Flávio. Op. cit., p. 172.
249
Crítica à execução penal. Doutrina, jurisprudência e projetos legislativos. Prisão: tempo, trabalho
e remição. Reflexões motivadas pela inconstitucionalidade do artigo 127 da LEP. Rio de Janeiro:
Lúmen Júris, 2002, p. 660.
175
coisa julgada, não havendo recurso das partes e na ausência de nova situação.
Vejamos:
250
Ibid., p. 660.
251
Ibid., p. 662.
176
Por outro lado, já se decidiu pela perda limitada dos dias remidos,
Limite na perda dos dias remidos – TACRSP: ‘Conforme dispõe o art. 127
da Lei 7.210/84, o condenado que cometer falta grave perderá os dias
remidos; porém, para se evitar injustiças, deve o Juiz, considerando os
antecedentes de conduta do apenado e as conseqüências de seu ato, fixar
a perda da remição até o limite previsto no art. 58, também da Lei de
Execuções Penais’ (RT 757/572).
TACRSP: ‘A perda dos dias remidos pelo cometimento de falta grave é uma
sanção administrativa adicional e deve ser fixada pelo Juiz considerando os
antecedentes de conduta do sentenciado e as conseqüências de seu ato,
aplicando-se o limite previsto no art. 58 da Lei 7.210/84 e não a perda de
todo o tempo remido’ (RT 755/638).
252
Ibid., p. 660/668.
253
Op. cit., p. 178.
254
Op. cit., p. 138.
255
Op. cit., p. 176.
256
“Art. 58, Lei nº 7.210/84. O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão
exceder a 30 (trinta) dias. Parágrafo único. O isolamento será sempre comunicado ao juiz da
execução.”
177
mais variadas hipóteses, podemos asseverar que o perdimento dos dias remidos
10.1 Conceito
condicional é:
que lhe foi imposta, poderá o sentenciado ser restituído à liberdade, se se verificar a
sua regeneração.”
uma parte da pena que lhe foi imposta.” Em sua obra citou Esmeraldino Bandeira e
Armando Costa.
257
Livramento condicional. Rio de Janeiro: A. Coelho Branco Fº, 1931, p. 72.
258
Op. cit., p. 557.
259
Op. cit., p. 351
179
a respectiva pena”260.
cumprimento da pena.
cumprir preso262.
260
Ibid., p. 351.
261
Ibid., p. 351.
262
Op. cit., p. 276.
180
grande dificuldade e sucesso posterior. Mais tarde veio a ser aplicada em Lion264.
ocorreu com Bill em 20 de agosto de 1853 (mais tarde revisto e completado pelo de
instituto, adotado por eles no ano de 1876, o confronto de dados descarta esta
263
Ibid., p. 276.
264
Ibid., p. 277.
265
ZVIRBLIS, Alberto Antonio. Livramento condicional e prática de execução penal. Bauru/SP:
Edipro, 2001, p. 40.
181
266
HUNGRIA, Nélson. Op. cit., p. 472.
267
Manual de direito penal. Parte geral. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000, v. 1, p. 599/600.
268
Op. cit., p. 24.
182
Argentina, pelo Código Penal de 1922, em seus artigos 13 a 17, Peru (Código Penal,
artigos 58 a 64)270.
269
ZVIRBLIS, Alberto Antonio. Op. cit., p. 42.
270
COSTA, Armando. Livramento condicional. Rio de Janeiro: Jacyntho, [1934], (Coleção Jacyntho
de direito penal brasileiro), p. 24.
271
PIERANGELI, José Henrique (Coord.). Op. cit., 2001, p. 08.
183
livramento condicional.
concessiva.
272
“Art. 50. O condemnado á prisão cellular por tempo excedente de seis annos e que houver
cumprido metade da pena, mostrando bom comportamento, poderá ser transferido para alguma
penitenciária agrícola, afim de ahi cumprir o restante da pena.
§ 1º Se não perseverar no bom comportamento a concessão será revogada e voltará á cumprir a
pena no estabelecimento donde sahiu.
§ 2º Se perseverar no bom comportamento de modo a fazer presumir emenda, poderá obter
livramento condicional, comtanto que o restante da pena a cumprir não exceda de dois annos.”
273
“Art. 51. O livramento condicional será concedido por acto do poder federal, ou dos Estados,
conforme a competência respectiva, mediante proposta do chefe do estabelecimento
penitenciário, o qual justificará a conveniência da concessão em minucioso relatório. § único. O
condemnado que obtiver livramento condicional será obrigado a residir no logar que for
designado no acto da concessão e ficará sujeito a vigilância da policia.”
184
estabelecido pelo Código Penal da República, nos casos em que a pena excedesse
seis anos.
acerto devido.
274
Op. cit., p. 103.
275
"Art. 52. O livramento condicional será revogado, se o condemnado commetter algum crime que
importe pena retrictiva da liberdade, ou não satisfazer a condição imposta.”
185
o benefício só passou a surtir efeitos práticos com a edição do Decreto nº. 16.665,
condenados de qualquer natureza, a pena não inferior a quatro anos, nos termos do
(artigo 12).
condicional aos condenados a pena privativa de liberdade por tempo não inferior a
resultantes do crime276.
inferior a dois anos. Portanto, aquele que fosse condenado à pena superior a dois
anos, porém inferior a três, deveria cumpri-la integralmente na prisão, o que não se
podia admitir.
Zvirblis, corrigiu tal iniqüidade, nos termos do novo texto do artigo 60, com a
seguinte redação:
276
ZVIRBLIS, Alberto Antonio. Op. cit.
187
Ampliou-se o poder discricionário dos juízes, não bastando o requisito temporal, mas
instituto, não poderíamos deixar de registrar que a Lei acima indicada, mudando o
curso da história, em fato isolado, restringiu como único benefício possível aos
Nesta oportunidade modificou o requisito temporal que foi elevado para dois terços,
277
Ibid., p. 53.
188
isto somente para os primários, ficando referida benesse vedada aos reincidentes
específicos, nos termos do modificado artigo 83, inciso V, do Código Penal. Para os
2003, foi por ela sensivelmente modificado para não mais se exigir o parecer
Público.
Mirabete279:
278
Op. cit., p. 177.
279
Op. cit., p. 551.
190
à pena privativa de liberdade igual ou superior a dois anos, nos termos do artigo 83,
Assim, as penas que devem ser somadas são apenas aquelas por cumprir e
não outras já cumpridas e declaradas extintas anteriormente. Caso
contrário, o condenado, ao cumprir penas, ficaria sempre com um crédito a
ser descontado no lapso temporal exigido para a concessão do benefício.
parte da pena imposta, ou de parte do total das penas impostas, havendo concurso
Código Penal.
280
Ibid., p. 552.
191
um terço da pena imposta, em face da prática de crime não hediondo. Por sua vez,
o acréscimo supracitado.
anterioridade da Lei Penal; ou seja, que tenha ele sido praticado na vigência da Lei
dos Crimes Hediondos, cujo termo inicial se deu aos 25 de julho de 1990; muito
Tribunal Federal281.
Marcão282:
281
“Possibilidade de livramento condicional ao reincidente por crime anterior à Lei nº 8.072/90 –
STF: ‘Crimes hediondos. Reincidência específica impeditiva do livramento condicional. Inciso V
inserido no art. 83 do Código Penal pelo art. 5º da Lei nº 8.072/90. Irretroatividade da Lei Penal
mais gravosa. Art. 5º, XL, da CF. Não-incidência do dispositivo quando o primeiro crime foi
cometido antes do advento da Lei nº 8.072/90, em face do princípio constitucional em referência.
Recurso conhecido e provido’ (RE 304.385-4-RJ. DJU 22 fev. 2002, p. 55).
282
Op. cit., p. 178/179.
192
Deve-se anotar que, embora a Lei 8.072 seja mais severa que a anterior,
não é indispensável para a aplicação do dispositivo em exame que o crime
pressuposto da reincidência tenha ocorrido em sua vigência. O que gera
impossibilidade do livramento condicional é a reincidência, e esta é a prática
do segundo fato criminoso. Se este é realizado já na vigência da nova lei,
esta lhe é anterior e vai regê-lo, em relação à pena e, em conseqüência,
também no referente à concessão do livramento condicional. O que a
Constituição Federal obriga, quanto às conseqüências penais,
eventualmente mais gravosas, do crime, é a anterioridade da lei ao fato
criminoso. Assim, ainda que o crime pressuposto, da mesma natureza,
tenha ocorrido na vigência da lei anterior, fica vedada ao autor do delito a
concessão da liberdade antecipada quando cometeu o segundo ilícito após
estar em vigor a Lei n. 8.072/90.
do dano, quando possível fazê-lo, como lembra Paulo Fernando dos Santos, nos
pressupostos pessoais.
pena imposta, em caso de crime comum, ou seja, não hediondo, desde que o
283
SANTOS, Paulo Fernando dos. Op. cit., p. 227.
193
satisfatório durante a execução da pena (art. 83, inciso III, primeira parte, do Código
284
“STJ: ‘Penal. Livramento condicional. Maus antecedenetes, art. 83, I do CP. O parecer favorável
do Conselho Penitenciário, aliado à satisfação pelo sentenciado dos requisitos de ordem objetiva
e subjetiva, autoriza o deferimento do pedido do livramento condicional que não deve ser
simplesmente afastado sob o fundamento da ausência de bons antecedentes, circunstâncias já
sopesadas na fixação da pena, acima do mínimo legal. Não se pode equiparar o tecnicamente
primário ao reincidente, com a existência de cumprimento de mais da metade da pena. Ordem
concedida para deferir o benefício, mediante as condições de (1) recolher-se até às 22 horas, (2)
não se ausentar da comarca sem autorização do juiz, a quem (3) deverá apresentar-se
trimestralmente para informar sobre suas atividades’ (HC 5769-RJ. DJU de 04 ago. 1997,
p. 34.888)”.
285
Op. cit., p. 72.
194
Com a nova lei, como bem observa René Ariel Dotti, citado por
Mirabete286, a prática de falta disciplinar, objeto central de estudo deste trabalho, por
si só, não impede a concessão do benefício, certo é que a novatio legis é mais
favorável ao reeducando.
Vejamos:
comportamento satisfatório durante a execução da pena (art. 83, inciso III, primeira
como único requisito, não lhe confere a benesse, podendo por outros aspectos ser o
benefício indeferido.
286
Op. cit., p. 561.
195
livramento condicional.
residência fixa, isto porque não pode o reeducando sequer mudar da comarca sem
autorização judicial.
287
Livramento condicional. Estrangeiro. Necessidade de exibição do visto de permanência definitiva
para a concessão. “A decisão de não apreciar o pedido que reclama o benefício do livramento
condicional, enquanto não exibido o visto de permanência definitiva, não caracteriza
constrangimento ilegal.” (Supremo Tribunal Federal. RHC n. 65.641. Rel. Djaci Falcão).
288
“Simples instauração de inquérito com vista a expulsão de estrangeiro não obsta a apreciação
pelo poder judiciário de seu pedido de comutação de pena ou de livramento condicional.”
(TACrim/SP. REC. Rel. Camargo Sampaio. JUTACrim 41/92).
196
devem e podem ser fixadas obrigações que estão divididas em grupos. O primeiro
289
“Art. 132 - Deferido o pedido, o juiz especificará as condições a que fica subordinado o
livramento.
§ 1º - Serão sempre impostas ao liberado condicional as obrigações seguintes:
a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o trabalho;
b) comunicar periodicamente ao juiz sua ocupação;
c) não mudar do território da comarca do Juízo da Execução, sem prévia autorização
deste.
§ 2º - Poderão ainda ser impostas ao liberado condicional, entre outras obrigações, as seguintes:
a) não mudar de residência sem comunicação ao juiz e à autoridade incumbida da
observação cautelar e de proteção;
b) recolher-se à habitação em hora fixada;
c) não freqüentar determinados lugares.”
197
o período de prova.
de recolher-se à sua casa em hora a ser fixada pelo Magistrado, bem como de não
para que não possam causar qualquer prejuízo na sua readaptação social.
198
Para que não passe despercebido, registramos ainda que por ser
declarar em ato solene se aceita as condições do benefício, nos termos do inciso III,
do artigo 137 da Lei Penitenciária. Sua recusa, fato de rara ocorrência, torna sem
290
Op. cit., p. 82.
291
Art. 137, LEP.
292
Art. 144, LEP.
293
MARCÃO, Renato Flávio. Op. cit., p. 197.
199
analisá-la.
do livramento condicional, nos termos do artigo 140, da Lei de Execução Penal, c.c.
não competindo ao Juiz de Direito deixar de aplicá-la. Assim, não se faz necessária
294
Ibid., p. 197.
295
Op. cit., p. 619.
200
livramento. Exige-se o que a sentença seja definitiva, não sendo mais passível de
recurso296.
européias:
296
Art. 145, LEP.
297
Op. cit., p. 619.
201
infração for cometida pelo liberado posteriormente ao período de prova, mesmo que
298
MIRABETE, Julio Fabbrini. Op. cit., p. 341.
299
MARCÃO, Renato Flávio. Op. cit., p. 198.
202
início do benefício.
Código Penal. A prorrogação deve ser verificada somente para casos em que o
quebra do benefício não é automática. Por força de lei, compete ao Juiz de Direito
300
MIRABETE, Julio Fabbrini. Op. cit., p. 589.
203
manutenção do LC.
irrecorrível, por crime ou contravenção, a pena restritiva de direitos e multa, uma vez
204
podendo o juiz de direito manter o LC, com as providências do artigo 140, parágrafo
301
Op. cit., p. 591.
205
Fernando Capez304.
condicional
302
Op. cit., p. 621/622.
303
Op. cit., p. 201.
304
Curso de direito penal. Parte geral. 4.ed. São Paulo: Saraiva, 2002, p. 434.
206
liquidação, para que novo requisito temporal seja observado, bem como outros
efeitos já expostos.
prática de crime doloso constitui falta grave, de tal modo que, havendo pedido de
207
A fuga (art. 50, inciso II, da LEP), exemplo legal de falta disciplinar,
quando praticada sem violência contra a pessoa (art. 352 do CP), não caracteriza
infração penal. Porém, não se pode permitir outro raciocínio, senão no sentido de
que a recontagem do prazo para futuro livramento condicional deva observar a data
da recaptura.
Paulo, que, por votação unânime, negou provimento ao recurso do sentenciado, que
Vejamos:
registrar que, mesmo presente o requisito temporal – que se reiniciou após a falta,
fundamento.
subjetivos.
liquidação da pena, para a análise que visa à concessão dos benefícios instituídos
taxativa quais são as referidas faltas. Para que possam produzir efeitos, com o que
ampla defesa.
grave tem por fundamento a análise sistemática da Lei nº. 7.210, de 11 de julho de
PORTENHA (ANEXO K)
seções.
305
LEP brasileira, 11 jul. 1984
306
LEP argentina, 19 jan. 1999.
307
LEP brasileira, art. 1 e LEP argentina, art. 4.
308
LEP brasileira, arts. 28/43 e LEP argentina, arts. 9, 31/39.
211
em nosso trabalho. Nossa legislação, com todo respeito aos vizinhos, mostra-se
mais organizada, apontando avanços, quando faz registrar que ao sentenciado deve
iguais.
309
LEP brasileira, art. 46.
310
LEP brasileira, art. 49 e LEP argentina, art. 46.
311
LEP argentina, art. 62.
312
LEP argentina, art. 63.
212
penitenciárias.
mesmo desacerto, ao não fazer referência aos efeitos decorrentes da prática de falta
cometer novo delito (vide artigo 47, item 10, da LEP argentina). Contudo, não se
fundamentais.
prisionais.
venha a reincidir?
313
SAP. Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo. Disponível em:
<http://www.sap.sp.gov.br>. Acesso em: 24 fev. 2006.
214
por um sistema visceralmente corrompido. O mais fraco padece diante do mais forte,
de disciplina.
presídio. Referida tarefa não pode ser desta forma estancada. A falta de natureza
assunto.
mudou o curso da história. No entanto, muito deve evoluir para que as questões
relativamente aos benefícios da Lei de Execução Penal. As faltas são leves, médias
por exemplo, a posse de celular no interior das prisões, quando se sabe que, com
observa-se que inexiste nos dias atuais legislação prisional que resolva
recuperação do reeducando.
acadêmico.
contagem do requisito temporal, a ser observado com maior rigor, quando inúmeros
na regressão.
novos delitos, bem como de possíveis faltas disciplinares. O trabalho motiva o preso
concessão do benefício. Mas a falta pode antecedê-lo. Neste caso, quais são seus
reflexos?
do período aquisitivo.
os olhos e mente voltados para a realidade do mundo jurídico. Este por sua vez, não
jamais que, para o homem encarcerado no interior das prisões, vigora lei própria por
ALBERGARIA, Jason. Das penas e da execução penal. Belo Horizonte: Del Rey,
1992.
ARAUJO JUNIOR, João Marcello de (Coord.). Privatização das prisões. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 1995.
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BECCARIA, Cesare Bonesana Marchesi di. Dos delitos e das penas. Tradução
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________. Manual de direito penal. Parte geral. São Paulo: Editora Saraiva, 2000,
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CONGRESSO Nacional de Execução Penal, 03/05 set. 2003. Rio de Janeiro, Centro
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222
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Decreta;
Art. 1° É abolida desde já a pena de galés, substituida pela prisão com trabalho
durante o mesmo numero de annos, si for temporária, ou durante 30 annos, si for perpetua a
cumminada na lei anterior ou já imposta por sentença.
§ 1º Os inspectores das prisões, logo que tiverem conhecimento deste decreto, farão
retirar os ferros impostos aos galés; e os juizes da execução immediatamente proverão
sobre o modo da substituição do resto da pena a cumprir em conformidade dessa lei e dos
arts. 45 e 49 do código criminal.
§ 2º Estas disposições não prohibem que os réos actualmente condemnados a galés
continuem a ser empregados em trabalhos públicos; mas a applicação de correntes, ainda
durante o transporte ou trabalho fora do recinto das prisões, só será, permittida em falta
231
absoluta de outro meio de segurança, e cessará com o motivo de força maior que a tenha
determinado.
Art. 2º As prisões perpetuas com ou sem trabalho, comminadas pelo código criminal
ou já impostas por sentença, são reduzidas a 30 annos.
Art. 3º A prisão preventiva será computada na execução da pena, sendo posto em
liberdade o réo que, contado ou addicionado o tempo da mesma prisão, houver completado
o da condemnação,
Art. 4° A pena prescreve, não tendo entrado em execução:
I. Si o réo estiver ausente no estrangeiro, pelo lapso de 30, 20 ou 10 annos,
applicando-se a prescripção tritennaria á condemnação por 20 ou mais annos, a vicennal,
á de menos de 20 até seis, a decennal, á de menos de seis annos.
II. Si o réo estiver dentro do território brazileiro, pelo lapso de 20, 10 ou cinco annos,
applicando-se a vicennal á condemnação de seis ou mais annos, a decennal à de menos de
seis até dous, a á de menos de dous annos.
Art. 5° A prescripção da condemnação começa a correr do dia em que passar em
julgado a sentença, ou daquele em que fôr interrompida, por qualquer modo, a execução já
começada. Intorrompe-se pela prisão do condemnado.
Paragrapho unico. Si o condemnado em cumprimento de pena evadir-se,
a prescripção começará a correr novamento do dia da evasão.
Art. 6° Revogam-se as disposições em contrario.
§4º. A presidencia será exercida pelo membro do Conselho, designado pelo Governo
respectivo, cabendo a substituição ao mais antigo, na ordem da data do termo de posse do
cargo, e ao mais idoso, entre os de posse da mezma data.
§5º. O Conselho Penitenciário poderá funccionar com a presença de cinco dos seus
membros, inclusive o presidente, com direito de voto, deliberando por maioria.
§6º. Servirá de secretario o director do estabelecimento penitenciário civil para
homens da Capital Federal ou dos Estados, competindo-lhe a guarda do archivo do
Conselho e as providencias relativas á execução das deliberações.
§7º. Deverão sempre assistir ás sessões do Conselho Penitenciário o director e o
medico do estabelecimento penal que se acharem os condemnados, sobre os quaes haja de
deliberar o Conselho Penitenciário, afim de que possam prestar informações.
Art. 3º. São attribuições do Conselho Penitenciário:
1º. Verificar a conveniencia da concessão do livramento condicional e de indulto, afim
de serem promovidas as necessárias providencias, a requerimento do preso, representação
do director do estabelecimento penal, ou por iniciativa própria do Conselho;
2º. Visitar, pelo menos uma vez por mês, os estabelecimentos penaes da zona da
sua jurisdição, verificando a boa execução do regimen penitenciário legal e representando
ao Governo respectivo, sempre que entender conveniente qualquer providencia;
3º. Verificar a regularidade da execução das condições impostas aos liberados
condicionaes e aos egressos localizados em colônias de trabalhadores livres ou em serviços
externos, providenciando como fôr conveniente;
4º. Apresentar annualmente o relatorio dos trabalhos effetuados.
Art. 4º. Para os effeitos da concessão do livramento condicional deverá ser
apresentado ao Conselho Penitenciário pelo director do estabelecimento penal um relatório
que versará sobre o seguinte:
1º. Circumstancias peculiares á infracção da lei penal que possam concorrer para
apreciação da índole do preso;
2º. Caracter do liberando, revelado tanto nos antecedentes, como na pratica
delictuosa, que oriente sobre a natureza psychica e anthropologica do preso (tendência para
o crime, instinctos brutaes, influencia do meio, costumez, gráo de emotividade, etc.);
3º. Procedimento do sentenciado na prisão na prisão, sua docilidade ou rebeldia em
face do regimen, aptidão para o trabalho e relações com os companheiros e funccionarios
do estabelecimento;
4º. Relações affetivas do sentenciado (família, amigos, etc.);
5º. Situação econômica, profissional e intellectual do preso;
234
6º. Seus projetos para depois do livramento, especialmente futuro meio de vida.
Paragrapho único. Em caso de iniciativa do Conselho Penitenciário, o director do
estabelecimento penal deverá egualmente apresentar o competente ralatorio, dentro de um
mez, e, não o fazendo, o Conselho deliberará livremente.
Art. 5º. Para esclarecimento sobre a concessão do livramento condicional, devera o
director do estabelecimento penal consignar as suas observações sucessivas a respeito de
cada preso em livro apropriado, que será presente ao Conselho, sempre que o pedir.
§1º. Cada preso deve ser objecto de um promptuario, com a especificação das
indicações de sua identidade, dos seus precedentes, da copia da nota de culpa, do relatório
policial, das communicações administrativas e judiciarias, da guia de sentença
condemnatoria, photographia renovada periodicamente, resumo do processo e observações
que puderem ser feitas sobre o seu caracter, sua vida na prisão e mais elementos de
infôrmação sobre a sua individualidade.
§2º. Do promptuario devem constar os boletins medico e psychico, destinados a
individualizar o gráo de sua responsabilidade. Esses boletins serão renovados sempre que
ocorrerem quaesquer pertubações de saúde ou manifestações psychicas anormaes.
§3º. O promptuario deve ter o mezmo numero do preso, e, sempre que, depois da
soltura definitiva, este regressar por motivo da nova infracção penal, deve ser iniciado novo
promptuario, tomando o preso novo numero, mas aggregando-se ao novo o promptuario
anterior.
§4º. Si o regresso fôr apenas por motivo de tranferencia de hospital, de manicômio
ou de outro estabelecimento penal, ou por infracção das disposições do livramento
condicional, continuará o preso com o mezmo numero e com o mezmo promptuario.
§5º. A numenração dos presos em cada estabelecimento penal deverá ser sempre
seguida, não podendo ser em caso algum, dado a um novo recluso numero anteriormente
utilizado
§6º. Em caso de transferencia de preso de um para outro estabelecimento penal, a
guia de transferência deverá ser acompanhada de um resumo do promptuario, com a
indicação sumaria dos documentos relativos, afim de ser facilmente attendida a requisição
da copia integral de qualquer delles.
Art. 6º. O Conselho Penitenciário, ao verificar as condições de cada preso, deverá ter
sempre em vista que o livramento condicional se destina a estimular o condemnado a viver
honestamente em liberdade, reintegrando-se pouco a pouco na sociedade dos homens
livres, mantido porém o temor da sua nova reclusão, caso não proceda satisfactoriamente.
235
Art. 7º. O livramento condicional deverá, sempre que fôr possível, importar na
transferência do liberado para colônia de trabalhadores livres, onde lhe poderá ser
concedido um lote de terra, cuja propriedade poderá adquirir mediante condições módicas e
pagamentos parcellados, sendo-lhe licito transferir para ahi a familia.
Art. 8º. O livramento condicional só poderá ser concedido por sentença proferida nos
próprios autos do processo crime, pelo juiz ou presidente do tribunal perante qual tiver sido
sido realizado o julgamento, em primeira ou em única instancia, ou pelo juiz das execuções
criminaes, onde o houver, e em cujo cartório ou secretaria deve achar-se o processo, sem
prejuízo da competência do juiz federal.
§1º. O pedido de concessão será encaminhado por officio do presidente do Conselho
Penitenciário, instruído com as copias da acta de deliberação do mezmo Conselho e do
relatório infôrmativo, que tiver sido apresentado.
§2º. Depois de juntos aos autos do processo crime o officio de solicitação com os
documentos, e do parecer do representante do Ministério publico competente, o juiz ou
Presidente do tribunal profrerirá a sentença, cabendo da concessão recurso com efeito
suspensivo.
Art. 9º. O juiz submetterá o liberado ás condições que lhe fôrem convenientes, taes
como: submissão a um patronato, prohibição de morar em determinado logar, abstenção de
bebidas alcoólicas, adaptação de meio de vida honesto, dentro do praso fixado.
Art. 10. O livramento condicional sera subordinado á obrigação de fazer o
condemnado as reparações, indemnizações ou restituições devidas, bem como de pagar as
custas do processo, salvo caso de insolvência provada e reconhecida pelo juiz, que poderá
fixar praso para ultimação desses pagamentos, tendo sempre em attenção as condições
rconomicas ou profissionaes do liberado, o que tudo deverá ser apreciado na sentença.
Art. 11. si fôr concedido o livramento condicional, deverá a auctoridade judiciária
expedir guia com a copia integral da sentença para a sua execução.
Art. 12. em caso algum poderá o livramento condicional ser concedido por acto de
qualquer auctoridade administrativa, nem sem previa audiência do Conselho Penitenciário,
sendo nulla de pleno direito e inexeqüível a concessão dada com preterição dessa
fôrmalidade e das constantes do art. 8º e seus paragraphos.
Art. 13. O livramento condicional será effectuado em dia marcado pelo Conselho
Penitenciário, solemnemente, para estimulo da regeneração dos outros presos, observando-
se o seguinte:
1º. A sentença será lida pelo presidente do Conselho Penitenciário na presença dos
demais presos, salvo motivo relevante;
2º o director do estabelecimento penal despertará a attenção do liberando sobre as
condições a obsrvar no goso dessa liberdade limitada;
236
RESOLVE:
Parágrafo único. O silêncio, que não importará em confissão, não poderá ser
interpretado em prejuízo da defesa." (NR)
"Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do
acusado e sobre os fatos.
§ 1º Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência, meios de
vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida pregressa,
notadamente se foi preso ou processado alguma vez e, em caso afirmativo, qual o juízo do
processo, se houve suspensão condicional ou condenação, qual a pena imposta, se a
cumpriu e outros dados familiares e sociais.
§ 2º Na segunda parte será perguntado sobre:
I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita;
II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que atribuí-la,
se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime, e quais
sejam, e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois dela;
III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia desta;
IV - as provas já apuradas;
V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e desde
quando, e se tem o que alegar contra elas;
VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer objeto
que com esta se relacione e tenha sido apreendido;
VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam à elucidação dos
antecedentes e circunstâncias da infração;
VIII - se tem algo mais a alegar em sua defesa." (NR)
"Art. 188. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum
fato para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender
pertinente e relevante." (NR)
"Art. 189. Se o interrogando negar a acusação, no todo ou em parte, poderá prestar
esclarecimentos e indicar provas." (NR)
"Art. 190. Se confessar a autoria, será perguntado sobre os motivos e circunstâncias
do fato e se outras pessoas concorreram para a infração, e quais sejam." (NR)
"Art. 191. Havendo mais de um acusado, serão interrogados separadamente." (NR)
"Art. 192. O interrogatório do mudo, do surdo ou do surdo-mudo será feito pela forma
seguinte:
I - ao surdo serão apresentadas por escrito as perguntas, que ele responderá
oralmente;
II - ao mudo as perguntas serão feitas oralmente, respondendo-as por escrito;
244
Art. 52-D. Prescreve a falta disciplinar, para o fim do art. 59 desta Lei, nos seguintes
prazos:
I – em 1 (um) ano, da falta grave;
II – em 6 (seis) meses, da falta média;
III – em 3 (três) meses, da falta leve.
§ 1º O prazo da prescrição começa a correr a partir do conhecimento da infração e
sua autoria, pela Administração;
§ 2º Em iguais prazos prescrevem as sanções disciplinares, que impostas não
venham a ser executadas.
§ 3º Não corre a prescrição da falta disciplinar, enquanto o condenado estiver
foragido. (NR)”.
2. Esta Resolução entra em vigor a partir da data de sua publicação.
RESOLVE:
Resolve:
Resolve:
Artigo 1º - Dar nova redação ao item 40, do Capítulo V das Normas de Serviço da
Corregedoria Geral de Justiça, que passa a vigorar com a seguinte redação:
40 - As guias devem obedecer o modelo oficial impresso e serão datilografadas em 4
(quatro) vias, destinando-se a primeira, de cor branca, aos livros do ofício de condenação; a
segunda, de cor verde, constituirá a guia de recolhimento ou internamento para as
execuções criminais; a terceira, de cor azul, será remetida à Vara das Execuções Criminais
da Comarca de São Paulo para organização do Cadastro Geral de Setenciados; a quarta,
de cor amarela, será remetida à autoridade administrativa incumbida da execução da pena.
A guia de recolhimento poderá ter emissão informatizada, conforme consta do Comunicado
n. 384/99.
Artigo 2º - Acrescer ao item 32, do Capítulo V, das Normas de Serviço da
Corregedoria Geral da Justiça, os subitens 32.2 e 32.3.
32.2 - Recebido o recurso, será expedida guia de recolhimento provisória, obedecido
o modelo oficial, com cópia das peças do processo referidas no subitem
32.1, que será remetida ao Juízo competente para a execução, desde que o
condenado esteja preso em decorrência de prisão processual ou logo depois de noticiada a
prisão. Deverá ser anotada na guia de recolhimento expedida nestas condições a expressão
"PROVISÓRIA", em seqüência da expressão guia de recolhimento.
32.3 - Na hipótese dos autos principais estarem no Tribunal, será executada a guia
de recolhimento provisória, a pedido das partes, com os dados disponíveis em Cartório.
Artigo 3º - Restabelecer o item 133 e o subitem 133.1 e acrescer o subitem 133.2, na
Seção IX, do Capítulo V, das Normas de Serviço da Corregedoria.
133 - O disposto nesta seção aplica-se, no que couber, ao processamento da
execução provisória e, sobrevindo condenação transitada em julgado, o juízo de
conhecimento procederá as retificações cabíveis, encaminhando as peças faltantes para o
juízo competente para a execução.
251
_________________________________
GILBERTO ASSIS DE OLIVEIRA
(DIRETOR TÉCNICO)
_________________________________
EVANDRO BUENO CAMPANHA
(DIRETOR REABILITAÇÃO)
_________________________________
JUAREZ TARGINO
(DIRETOR DE SEGURANÇA E DISCIPLINA)
_________________________________
ROBERVAL CERVANTES DORO
(DIRETOR DE PRODUÇÃO)
_________________________________
SALVADOR FERREIRA
(DIRETOR DE PRONTUÁRIO)
ANEXO I – Projeto de lei nº 5.075/01
_______________________
Juiz de Direito
__________________________
Sentenciado(a)
ANEXO K – Lei de execução penal de Buenos Aires
LEY 12256
De Ejecución Penal Bonaerense
Texto actualizado con las modificaciones introducidas por la Ley 12.543, 13177 y 13254.
EL SENADO Y CÁMARA DE DIPUTADOS DE LA PROVINCIA DE BUENOS AIRES,
SANCIONAN CON FUERZA DE LEY
TITULO PRELIMINAR
CAPITULO I ÁMBITOS Y ÓRGANOS DE APLICACIÓN
ARTÍCULO 1.- (Texto según Ley 13254) La asistencia de los procesados, la asistencia y/o
tratamiento de los procesados que adhieran al "Programa de Trabajo y Educación" y la
asistencia y/o tratamiento de los condenados a penas privativas o restrictivas de la libertad
y/u otras medidas de seguridad, de tratamiento o de otro tipo dispuestas por la autoridad
competente, como así la actividad y orientación post penitenciaria, se regirán por las
disposiciones de la presente Ley.
LEI 12256
De Execução Penal Portenha
Texto atualizado com as modificações introduzidas pelas Leis 12.543, 13.177 e 13.254.
O SENADO E A CÂMARA DOS DEPUTADOS DA PROVÍNCIA DE BUENOS AIRES
SANCIONAM COM FORÇA DE LEI.
TÍTULO PRELIMINAR
CAPÍTULO I
ÂMBITOS/esferas E ÓRGÃOS DE APLICAÇÃO
ARTIGO 1. - (Texto segundo a Lei 13254) A assistência dos processados, a assistência e/ou
tratamento dos processados que aderiram ao "Programa de Trabalho e Educação" e a
assistência e/ou tratamento dos condenados a penas privativas ou restritivas da liberdade
e/ou outras medidas de segurança, de tratamento ou de outro tipo, dispostos pela
autoridade competente, assim como a atividade e orientação pós-penitenciária, reger-se-ão
pelas disposições da presente Lei.
258
ARTÍCULO 2.- A fin de asegurar el principio de igualdad de trato, la única Ley aplicable en el
territorio bonaerense será la presente, cualquiera sea la autoridad judicial, provincial,
nacional o extranjera, a cuyo cargo ellos se encuentren.
ARTÍCULO 3.- La ejecución de esta Ley estará a cargo del Juez de Ejecución o Juez
competente, Servicio Penitenciario portenho y del Patronato de Liberados Bonaerense,
dentro de sus respectivas competencias.
ARTIGO 3. - A execução desta Lei estará a cargo do Juiz de Execução ou Juiz competente,
do Serviço Penitenciário portenho e do Patronato de Liberados portenho, dentro de suas
respectivas competências.
CAPITULO II
FINES Y MEDIOS
ARTÍCULO 4.- El fin último de la presente Ley es la adecuada inserción social de los
procesados y condenados a través de la asistencia o tratamiento y control.
CAPÍTULO II
FINS E MEIOS
ARTIGO 4. – A finalidade última da presente Lei é garantir a adequada inserção social dos
processados e condenados por meio da assistência – ou tratamento – e controle.
PARTE PRIMERA
DEL SERVICIO PENITENCIARIO
TITULO PRIMERO
NORMATIVA BÁSICA
CAPITULO I
REGIMENES DE ASISTENCIA Y/O TRATAMIENTO
ARTÍCULO 6.- El régimen de procesados, caracterizado por la asistencia, se efectivizará a
través de dos modalidades: atenuada y estricta. El régimen de condenados, caracterizado
por la asistencia y/o el tratamiento, comprenderá los regímenes abierto, semiabierto y
cerrado, los que serán de utilización alternativa y no necesariamente secuencial.
PARTE PRIMEIRA
DO SERVIÇO PENITENCIÁRIO
TÍTULO PRIMEIRO
NORMATIVA BÁSICA
CAPÍTULO I
REGIMES DE ASSISTÊNCIA E/OU TRATAMENTO
ARTIGO 6.- O regime dos processados, caracterizado pela assistência, se efetivará por
meio de duas modalidades: atenuada e estrita. O regime de condenados, caracterizado pela
assistência e/ou o tratamento, compreenderá os regimes aberto, semi-aberto e fechado, que
serão de utilização alternativa e não necessariamente seqüencial.
ARTÍCULO 7.- (Texto según Ley 13254) La asistencia de los procesados, la asistencia y/o
tratamiento de los procesados que adhieran al "Programa de Trabajo y Educación" y la
asistencia y/o tratamiento de los condenados se brindará en las áreas: Convivencia,
Educación, Trabajo, Tiempo Libre y Asistencia Psicosocial.
ARTIGO 7. - (Texto segundo a Lei 13254) A assistência dos processados, a assistência e/ou
tratamento dos processados que se juntem ao "Programa de Trabalho e Educação" e a
assistência e/ou tratamento dos condenados serão contempladas nas áreas de Convivência,
Educação, Trabalho, Tempo Livre e Assistência Psicossocial.
DERECHOS
ARTÍCULO 9º - Los procesados y condenados gozarán básicamente de los siguientes
derechos:
1) Atención y tratamiento integral para la salud.
2) Convivencia en un medio que satisfaga condiciones de salubridad e higiene.
3) Vestimenta apropiada que no deberá ser en modo alguno degradante o humillante.
4) Alimentación que cuantitativa y cualitativamente sea suficiente para el mantenimiento de
la salud.
5) Comunicación con el exterior a través de:
a) Visitas de familiares y demás personas que establezca la reglamentación. Envío y
recepción de correspondencia y comunicaciones telefónicas a su costa.
b) Lectura de diarios, revistas, libros y otros medios de información social permitidos. Las
condiciones en que los procesados y condenados podrán participar en emisiones radiales,
televisivas, conferencias y otros medios, deberán ser previamente establecidas por el
servicio penitenciario y su participación expresamente autorizada por el Juez competente.
6) Educación, trabajo, descanso y goce de tiempo libre.
7) Ejercicio libre de culto religioso.
8) Ilustración sobre las particularidades y reglas disciplinarias dentro del régimen en el que
se lo ha incluido, para lo cual se le deberá informar amplia y personalmente, entregándosele
una cartilla explicativa al momento de su ingreso a cada modalidad.
9) Asesoramiento legal sobre cualquier procedimiento que resulte de la aplicación de la
presente y que lo involucre.
10) Peticionar, ante las autoridades del establecimiento, en debida forma.
DIREITOS
ARTIGO 9º - Os processados e condenados terão basicamente os seguintes direitos:
1) Atenção e tratamento integral para a saúde;
2) Convivência em um meio que satisfaça as condições de salubridade e higiene;
3) Vestimenta apropriada, que não deverá ser, de modo algum, degradante ou humilhante;
4) Alimentação quantitativa e qualitativamente suficiente para a manutenção da saúde;
5) Comunicação com o exterior por meio de:
261
INGRESOS
ARTÍCULO 11 - Ninguna persona podrá ser internada en un establecimiento sin la
correspondiente orden escrita de autoridad competente.
INGRESSOS
ARTIGO 11 - Nenhuma pessoa poderá ser internada em um estabelecimento sem a
correspondente ordem escrita da autoridade competente.
DENOMINACIÓN
ARTÍCULO 13 - Los internos serán llamados por su propio nombre y apellido, no
permitiéndose el uso de apodos peyorativos o que impliquen una discriminación negativa.
263
DENOMINAÇÃO
ARTIGO 13 - Os internos serão chamados pelo seu próprio nome e sobrenome, não sendo
autorizado o uso de apelidos pejorativos ou que impliquem uma discriminação negativa.
JÓVENES ADULTOS
ARTÍCULO 15 - Los jóvenes adultos (de 18 a 21 años), serán alojados en establecimientos
o secciones especiales con el objeto de facilitar el desarrollo de aquellos programas
asistenciales y/o de tratamiento que, implementados para pequeños grupos, contemplen con
especial énfasis los aspectos formativos educativos de los mismos, teniendo en cuenta la
especificidad de los requerimientos propios de la edad.
JOVENS ADULTOS
ARTIGO 15 - Os jovens adultos (dos 18 aos 21 anos) serão mantidos em estabelecimentos
ou setores especiais com o objetivo de facilitar o desenvolvimento dos programas
assistenciais e/ou de tratamento que, implementados com pequenos grupos, contemplem
com especial ênfase os aspectos formativos e educativos dos mesmos, levando-se em
consideração a especificidade dos requerimentos próprios de cada idade.
MUJERES EMBARAZADAS
ARTÍCULO 16 - En los establecimientos que alberguen mujeres deberán existir
instalaciones especiales para el tratamiento de las embarazadas y la atención de su parto.
Cuando éste se produzca se tomarán los debidos recaudos para que no conste en la
inscripción de nacimiento que ocurrió en un establecimiento penitenciario, debiéndose dar
inmediato aviso al Juez de menores en turno.
264
MULHERES GRÁVIDAS
ARTIGO 16 - Nos estabelecimentos que alberguem mulheres deverão existir instalações
especiais para o tratamento das mulheres grávidas e assistência ao parto. Quando este se
ocorrer, deverão ser tomadas as devidas providências para que não conste na inscrição de
nascimento o fato de ter se realizado num estabelecimento penitenciário, informando
imediatamente ao Juiz de menores em turno.
ARTÍCULO 17 - No podrá aplicarse ninguna medida disciplinaria que pueda afectar al hijo, ni
privar a la madre del contacto con éste mientras dure el estado de lactancia. No trabajará
durante el pre y post parto contemplados en la legislación laboral vigente para el empleado
público provincial.
ARTIGO 17 - Não poderá ser aplicada nenhuma medida disciplinar que possa afetar o filho,
nem privar a mãe do contato com o recém-nascido durante o estado de lactação. Não
trabalhará durante o período pré e pós-parto, contemplados na legislação trabalhista vigente
para o empregado público provincial.
JARDÍN MATERNAL
ARTÍCULO 18 - A fin de privilegiar la relación materno infantil en los lugares donde se alojen
madres que convivan con hijos y en los casos en que el Servicio Penitenciario Bonaerense
cuente con dichos establecimientos, se formará un Consejo asistido integrado por
profesionales médicos pediatras, psicólogos, trabajadores sociales y docentes, quienes se
ocuparán de estructurar una didáctica acorde con los principios pedagógicos científicos que
permitan aplicar métodos activos, para integrar al niño a Jardines Maternales. Se brindará
un ambiente físico que satisfaga los intereses y necesidades infantiles. Los niños podrán
asistir a Jardines Maternales de la comunidad.
CRECHE MATERNAL
ARTIGO 18 – A fim de privilegiar a relação materno-infantil nos lugares onde se albergam
mães que convivem com filhos e nos casos em que o Serviço Penitenciário portenho conte
com tais estabelecimentos, será formado um Conselho assistido e integrado por
profissionais médicos pediatras, psicólogos, trabalhadores sociais e docentes; os quais se
ocuparão de estruturar uma didática de acordo com os princípios pedagógicos científicos
que permitam aplicar métodos ativos para integrar as crianças a creches maternais.
Será oferecido um ambiente físico que satisfaça os interesses e necessidades das crianças.
Além disso, elas poderão ser assistidas por creches Maternais da comunidade.
265
CONDUCTAS ADICTIVAS
ARTÍCULO 22 - En todos los regímenes funcionarán centros de asistencia y tratamiento de
conductas adictivas que se regirán por las modalidades reguladas para tal efecto.
DEPENDÊNCIA QUÍMICA
ARTIGO 22 - Em todos os regimes funcionarão centros de assistência e tratamento para
dependentes químicos, que se regerão pelas modalidades reguladas para tal efeito.
EGRESOS TRANSITORIOS
ARTÍCULO 23 -(Texto Ley 12.543) Egresos Transitorios. El egreso transitorio de los
detenidos, por circunstancias de excepción, será dispuesto por los jefes de las
dependencias que los alberguen, previa aprobación del Juez de Ejecución o Juez
competente.
Se entenderán por circunstancias de excepción:
1 El fallecimiento o enfermedad grave incurable en período terminal de un familiar
consanguíneo de hasta segundo grado o por afinidad matrimonial o relación de hecho.
2 Necesidad de externación por enfermedad o grave afección a la salud que no pueda ser
atendida dentro del Instituto.
EXTERNACIONES (Art. 34 inc.1) del CÓDIGO PENAL)
EGRESSOS TRANSITÓRIOS
ARTIGO 23 -(Texto da Lei 12.543) Egressos Transitórios. O egresso transitório dos
detentos, por circunstâncias de exceção, será disposto pelos chefes das dependências que
os alberguem, com prévia aprovação do Juiz de Execução ou Juiz competente.
Entender-se-ão por circunstâncias de exceção:
1 O falecimento ou doença grave incurável em período terminal de um familiar
consangüíneo de até segundo grau ou por afinidade matrimonial ou relação de convivência.
2 Necessidade de hospitalização por doença ou grave afecção à saúde, que não possa ser
atendida dentro do Instituto.
HOSPITALIZAÇÃO (Art. 34 inc.1) do CÓDIGO PENAL
ARTIGO 24 - Quando a junta de seleção acreditar que tenha havido diminuição ou cessação
de perigo dos absoltos e liberados definitivos, poderá dispor-se sua inclusão num regime
terapêutico de hospitalizações transitórias ou de egressos à prova, ou continuação com o
tratamento específico em outros estabelecimentos especializados e/ou seu egresso com a
saída definitiva.
DOCUMENTACIÓN
ARTÍCULO 26 - En las certificaciones de estudio o de capacitación, actas de nacimiento,
matrimonio y defunción ocurridos en un establecimiento de los previstos en esta Ley, no se
dejará ninguna constancia referida al ámbito penitenciario.
DOCUMENTAÇÃO
ARTIGO 26 - Nas certificações de estudo ou de capacitação, atas de nascimento,
matrimônio e falecimento ocorridos num dos estabelecimentos previstos nesta Lei, não se
deixará nenhuma constância referida ao âmbito penitenciário.
CAPITULO II
EVALUACIÓN GRUPOS DE ADMISIÓN Y SEGUIMIENTO
JUNTA DE SELECCIÓN
ARTÍCULO 27 - En todos los establecimientos del Servicio Penitenciario funcionará un
grupo interdisciplinario de admisión y seguimiento, integrado según lo establezca la
reglamentación.
CAPÍTULO II
AVALIAÇÃO, GRUPOS DE ADMISSÃO E SEGUIMENTO
JUNTA DE SELEÇÃO
ARTIGO 27 - Em todos os estabelecimentos do Serviço Penitenciário funcionarão grupos
interdisciplinares de admissão e seguimento, integrado segundo o que estabelece a
regulamentação.
268
CAPITULO III
PROGRAMA DE ASISTENCIA Y/O TRATAMIENTO
CONVIVENCIA
ARTÍCULO 30 - El área Convivencia organización del día de vida del interno en la Institución
presentará características especificas según el régimen y sus correspondientes
modalidades.
CAPÍTULO III
PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA E/OU TRATAMENTO
CONVIVÊNCIA
ARTIGO 30 - A área Convivência, organização do dia de vida do interno na Instituição,
apresentará características específicas segundo o regime e suas correspondentes
modalidades.
EDUCACIÓN
ARTÍCULO 31 - El Servicio Penitenciario adoptará las medidas necesarias para mantener,
fomentar y mejorar la educación facilitando instalaciones, bibliotecas, salas de lectura y
materiales necesarios para la implementación de los planes de educación.
269
EDUCAÇÃO
ARTIGO 31 - O Serviço Penitenciário adotará as medidas necessárias para manter,
fomentar e melhorar a educação, facilitando instalações, bibliotecas, salas de leitura e
materiais necessários para a implementação dos planos de educação.
TRABAJO
ARTÍCULO 34 - El trabajo constituye un derecho para los procesados y un derecho deber
para los condenados, el que se les proporcionará en la medida de las posibilidades de cada
establecimiento.
TRABALHO
ARTIGO 34 - O trabalho constitui um direito para os processados e um dever para os
condenados, o que lhes será proporcionado de acordo com as possibilidades de cada
estabelecimento.
ARTÍCULO 39 - El producto del trabajo asignado a cada interno deducidos los aportes
correspondientes a la Seguridad Social, tenderá a solventar sus necesidades personales,
familiares, sociales y a indemnizar los daños y perjuicios causados por el delito conforme lo
establezca la sentencia, en los porcentajes que fije la reglamentación.
271
TIEMPO LIBRE
ARTÍCULO 40 - El área tiempo libre comprenderá actividades recreativas, deportivas,
estéticas e intelectuales que posibiliten el ejercicio de aptitudes y preferencias de los
procesados y condenados.
TEMPO LIVRE
ARTIGO 40 - A área de tempo livre compreenderá atividades recreativas, esportivas,
estéticas e intelectuais, possibilitando exercício de aptidões e preferências dos processados
e condenados.
DISCIPLINA
ARTÍCULO 42 - El orden y la disciplina se mantendrán con firmeza, pero sin imponer otras
restricciones que las absolutamente necesarias para permitir la correcta implementación de
las actividades propias de cada régimen o modalidades del mismo.
DISCIPLINA
ARTIGO 42. A ordem e a disciplina serão mantidas com firmeza, sem, contudo, impor outras
restrições além daquelas absolutamente necessárias para permitir a correta implementação
das atividades próprias de cada regime ou modalidades do mesmo.
ARTÍCULO 46 - Las faltas que cometan los internos a la normativa específica y/u otras
reglamentaciones se clasifican en leves, medias y graves y serán objeto de sanción por
parte de la máxima autoridad penitenciaria del establecimiento, sin perjuicio de la evaluación
técnica posterior que se haga de dicha conducta y su motivación, a los efectos de su
ubicación o reubicación en el régimen que corresponda.
O alojamento em cela própria até quinze (15) dias ininterruptos ou até quatro (4) fins-de-
semana sucessivos ou alternados;
c) Faltas graves: separação da área de convivência por um período não superior a quinze
(15) dias ou sete (7) fins-de-semana sucessivos ou alternados.
Traslado a outra seção do estabelecimento de regime mais rigoroso.
Traslado a outro estabelecimento.
DISCIPLINA
ARTÍCULO 50 - Deberá valorarse al imponer las sanciones la magnitud de la infracción
cometida, la reincidencia en conductas como la cuestionada, la personalidad del interno y
las circunstancias del caso.
DISCIPLINA
ARTIGO 50 – Terão que ser valoradas, ao impor as sanções à magnitude da infração
cometida, a reincidência em condutas como a questionada, a personalidade do interno e as
circunstâncias do caso.
ARTIGO 53 - O interno terá de ser informado acerca da infração que se lhe imputa, tendo
oportunidade de apresentar suas justificativas, oferecer prova e ser recebido em audiência
pelo chefe ou funcionário responsável, antes de proceder à resolução, que, em todos os
casos, será fundada e ditada no prazo máximo de dois (2) dias.
ARTÍCULO 54 - El interno no podrá ser sancionado dos veces por el mismo hecho. No se
aplicarán sanciones colectivas. En caso de duda se estará a lo que resulte más favorable al
interno.
ARTIGO 54 - O interno não poderá ser sancionado duas vezes pelo mesmo fato. Não se
aplicarão sanções coletivas. Em caso de dúvida, optar-se-á pelo que resulte mais favorável
ao interno.
ARTÍCULO 56 - Las sanciones medias serán recurribles por escrito en forma fundada ante
el Jefe del Servicio Penitenciario dentro de los cinco días de notificadas. Presentado el
recurso se elevarán las actuaciones en el plazo de veinticuatro (24) horas, debiendo
resolverse en cinco (5) días. La interposición del recurso no tendrá efecto suspensivo, salvo
que así lo disponga el funcionario interviniente.
277
ARTIGO 56 - As sanções médias serão recorríveis por escrito em forma fundada ante o
Chefe do Serviço Penitenciário dentre cinco dias depois de notificadas. Apresentado o
recurso, elevar-se-ão as atuações no prazo de vinte e quatro (24) horas, devendo resolver-
se em cinco (5) dias. A interposição do recurso não terá efeito suspensivo, salvo que assim
o disponha o funcionário interveniente.
ARTÍCULO 57 - A partir de la segunda sanción media aplicada dentro del año de producida
la primera, podrá apelarse ante el Juez de Ejecución o Juez competente dentro de los cinco
(5) días de notificada la última sanción. Presentado el recurso se elevarán las actuaciones
en el plazo de veinticuatro (24) horas al juez interviniente, quien resolverá en cinco (5) días.
La interposición del recurso no tendrá efecto suspensivo, salvo que así lo disponga el
magistrado interviniente.
ARTIGO 57 - A partir da segunda sanção média aplicada dentro do ano em que foi
produzida a primeira, poder-se-á apelar ante o Juiz de Execução ou Juiz competente dentro
dos cinco (5) dias depois de notificada a última sanção. Apresentado o recurso, serão
elevadas as atuações no prazo de vinte e quatro (24) horas ao juiz interveniente, o qual a
deverá resolver em cinco (5) dias. A interposição do recurso não terá efeito suspensivo,
salvo que assim o disponha o magistrado interveniente.
ARTÍCULO 58 - Las sanciones graves serán apelables ante el Juez de Ejecución o Juez
competente dentro de los cinco (5) días de notificada. Presentado el recurso se procederá
de conformidad a lo previsto en el artículo anterior.
ARTÍCULO 60 - Todo hecho que prima facie constituya delito, dará lugar a información
sumaria o circunstanciada tendiente a individualizar al autor o autores, debiendo darse
cuenta de inmediato a la autoridad competente. Los organismos correspondientes o el jefe
del establecimiento podrán adoptar respecto del transgresor, las medidas inmediatas o
mediatas que se consideren necesarias.
ARTIGO 60 - Todo fato que configure delito, dará lugar à informação sumária ou
circunstancial tendente a individualizar o autor ou autores, devendo comunicar, de imediato,
a autoridade competente. Os organismos correspondentes ou o chefe do estabelecimento
poderão adotar em relação ao transgressor as medidas imediatas ou mediadas que
considerarem necessárias.
MODO DE SUJECIÓN
ARTÍCULO 62 - Queda prohibido el empleo de esposas o de cualquier otro medio de
sujeción como castigo.
MODO DE SUJEIÇÃO
ARTIGO 62 - Fica proibida a utilização de algemas ou de qualquer outro meio de sujeição
como castigo.
ARTIGO 63 - Somente poderão ser utilizadas medidas de sujeição nos seguintes casos:
1) Como precaução contra uma possível fuga durante o traslado do interno;
2) Por razões médicas, com indicação do profissional médico formulada por escrito;
3) Por ordem expressa do diretor ou do funcionário que o substitui, em caso de não se
encontrar aquele em período de serviço, se outros métodos de segurança houverem
fracassado, e com o único propósito de que o interno não cause dano a si mesmo, a um
terceiro ou ao estabelecimento. Neste caso o diretor ou quem o substitui dará passo a uma
imediata intervenção ao serviço médico e remitirá um informe detalhado ao Juiz de
Execução o Juiz competente e à autoridade penitenciaria superior.
TITULO SEGUNDO
RÉGIMEN DE PROCESADOS
CAPITULO I
CARACTERÍSTICAS GENERALES
ARTÍCULO 67 –(Texto según Ley 13254) El régimen de los procesados estará caracterizado
por la asistencia, la que se brindará mediante la implementación de programas específicos
en las áreas enunciadas en el artículo 7°. No obstante, los procesados podrán ingresar al
"Programa de Trabajo y Educación".
Entiéndase por "Programa de Trabajo y Educación" la posibilidad de que el procesado sea
incluido voluntariamente en las áreas de asistencia y tratamiento que tiene el condenado,
previstas en los artículos 140 al 145 de la presente Ley.
La reglamentación establecerá un tratamiento diferenciado en los porcentajes del peculio a
favor del procesado que adhiera al "Programa de Trabajo y Educación".
TÍTULO SEGUNDO
REGIME DOS PROCESSADOS
CAPÍTULO I
CARACTERÍSTICAS GERAIS
ARTIGO 67 –(Texto segundo a Lei 13254) O regime dos processados estará caracterizado
pela assistência, que se brindará mediante a implementação de programas específicos nas
áreas enunciadas no artigo 7°. Não obstante, os processados poderão ingressar ao
"Programa de Trabalho e Educação".
Entenda-se por "Programa de Trabalho e Educação" a possibilidade de que o processado
seja incluído voluntariamente nas áreas de assistência e tratamento que tem o condenado,
previstas nos artigos 140 a 145 da presente Lei.
A regulamentação estabelecerá um tratamento diferenciado nas porcentagens do pecúlio a
favor do processado que fizer parte do "Programa de Trabalho e Educação".
281
MODALIDADES
ARTÍCULO 68 - La modalidad atenuada se caracterizará por la prevalencia de métodos de
autogestión y autocontrol, dentro del marco asegurativo mínimo que hace al régimen del
presente título.
MODALIDADES
ARTIGO 68 - A modalidade atenuada se caracterizará pela prevalência de métodos de
autogestão e autocontrole, dentro do marco de segurança mínimo que faz ao regime do
presente título.
CAPITULO II
EVALUACIÓN
ARTÍCULO 70 - El ingreso y/o reubicación del procesado a cualquiera de las modalidades
de asistencia será dispuesto por la Jefatura del Servicio Penitenciario a propuesta de la
Junta de Selección en base al informe elevado por el grupo de admisión y seguimiento.
CAPÍTULO II
EVACUAÇÃO
ARTIGO 70 - O ingresso e/ou câmbio do detento a qualquer uma das modalidades de
assistência será disposto pela Chefia do Serviço Penitenciário, em proposta da Junta de
Seleção, com base no informe elaborado pelo grupo de admissão e seguimento.
ARTIGO 71 - O informe que elaborar o grupo de admissão e seguimento deverá ser feito
com um critério interdisciplinar, no qual será avaliado, em nível penitenciário, o desempenho
institucional; nos aspectos médicos atenderá as necessidades de tipo preventivo e/ou
assistenciais; na área psicológica, as características de pessoalidade e modalidade de
ajuste ao meio; e no social, a influência do contexto sócio-histórico cultural.
CAPITULO III
NORMAS DE TRATO
ALOJAMIENTO
ARTÍCULO 74 - Los procesados deberán alojarse dentro de las posibilidades edilicias, en
celdas individuales, debiéndose poner en conocimiento de la Jefatura del Servicio
Penitenciario dicha circunstancia, si ello no pudiese ocurrir.
CAPÍTULO III
NORMAS DE TRATAMENTO
ALOJAMENTO
ARTIGO 74 - Os processados deverão ser alojados dentro das possibilidades do centro
penitenciário, em celas individuais; devendo-se dar conhecimento à Chefia do Serviço
Penitenciário se tal fato não for admissível.
283
EQUIPO
ARTÍCULO 75 - El Servicio Penitenciario proveerá la indumentaria y demás elementos.
Dentro de los límites autorizados para cada modalidad del régimen, los procesados podrán
usar prendas o equipos celdarios propios.
EQUIPAMENTO
ARTIGO 75 - O Serviço Penitenciário proverá indumentária e demais elementos. Dentro dos
limites autorizados para cada modalidade do regime, os processados poderão usar
vestimenta ou equipamento penitenciário próprios.
SALUD Y ALIMENTACIÓN
ARTÍCULO 76 - El Servicio Penitenciario será el encargado de la promoción y prevención de
la salud y de la provisión de la alimentación de los procesados. Estos podrán ser asistidos
por sus propios profesionales de la salud, si la petición es justificada y estuviesen en
condición de solventar los gastos. Se les permitirá enriquecer los alimentos por los medios
autorizados por la reglamentación.
SAÚDE E ALIMENTAÇÃO
ARTIGO 76 - O Serviço Penitenciário será o encarregado da promoção e prevenção da
saúde e do fornecimento de alimentos aos processados. Estes poderão ser assistidos por
seus próprios profissionais da saúde, isto se a petição for justificada e se estiverem em
condição de arcar com os gastos. Ser-lhes-á permitido enriquecer os alimentos pelos meios
autorizados pela regulamentação.
ARTÍCULO 80 - El plazo de internación será fijado por la reglamentación dentro del cual el
perito médico dictaminará si existe la enfermedad, los antecedentes, diagnóstico y
pronóstico de la misma; si ha desaparecido el peligro de que el enfermo se dañe a sí mismo
o a los demás, a que se refiere el artículo 34 inciso 1) del Código Penal. El perito será
designado por el juez competente entre los médicos del Gabinete Psiquiátrico Forense.
COMUNICACIÓN
ARTÍCULO 81 - Se facilitará a los procesados la comunicación con los abogados defensores
en un ámbito que garantice su privacidad.
COMUNICAÇÃO
ARTIGO 81 - Será facilitada aos processados a comunicação com os advogados
defensores, num espaço que garanta sua privacidade.
CAPITULO IV
AREA DE ASISTENCIA
CONVIVENCIA
ARTICULO 85 - El área de convivencia en la modalidad atenuada se estructurará en base al
arbitrio de mecanismos que aseguren la participación de los internos en la planificación de
todo aquello que haga al régimen de vida de los mismos, siempre que sea compatible con
los reglamentos penitenciarios.
CAPÍTULO IV
ÁREA DE ASSISTÊNCIA
CONVIVÊNCIA
ARTIGO 85 - A área de convivência na modalidade atenuada se estruturará baseada no
arbítrio dos mecanismos que asseguram participação dos internos na planificação de tudo
aquilo que faça parte do regime de vida dos mesmos, sempre que compatível com os
regulamentos penitenciários.
EDUCACION
ARTICULO 87 - En las distintas modalidades, los procesados podrán participar de la
educación sistemática o no sistemática que devenga de las propuestas curriculares
elaboradas a tal efecto por los organismos correspondientes, en los diversos niveles, con las
limitaciones que pudieran determinar los recaudos de seguridad y mayor control.
EDUCAÇÃO
ARTIGO 87 - Nas distintas modalidades, os processados poderão participar da educação
sistemática ou não sistemática que provier das propostas curriculares elaboradas para tal
efeito pelos organismos correspondentes, nos diversos níveis, com as limitações que
possam determinar os cuidados de seguridade e maior controle.
287
TRABAJO
ARTICULO 88 - Dentro de cada modalidad del régimen de procesados, la cobertura de las
diferentes posibilidades ocupacionales o de capacitación laboral se realizará bajo la
responsabilidad del jefe del establecimiento con especial consideración de las aptitudes de
cada detenido, en cumplimiento del programa de asistencia dispuesto para cada caso en
particular.
TRABALHO
ARTIGO 88 - Dentro de cada modalidade do regime de processados, a cobertura das
diferentes possibilidades ocupacionais ou de capacitação trabalhista se realizará sob a
responsabilidade do chefe do estabelecimento, com especial consideração das aptidões de
cada detento, em cumprimento do programa de assistência disposto para cada caso em
particular.
ARTICULO 89 - Los internos de este régimen podrán procurarse otros medios de ocupación
y trabajo como alternativa a los ofrecidos por la Institución con aprobación de la jefatura del
establecimiento y conocimiento de las Direcciones de Trabajo Penitenciario, Seguridad y
Régimen Penitenciario. Con esta finalidad podrán introducir los elementos y materiales que
fueran necesarios, dentro de los límites compatibles con las normas de seguridad y
disciplina del establecimiento y la modalidad a la que se los hubiese incorporado.
TIEMPO LIBRE
ARTICULO 90 - En la modalidad atenuada los programas correspondientes al área tiempo
libre podrán implementarse en su faz organizativa con el concurso de asociaciones de
internos y comisiones encargadas de planificar y promover actividades deportivas y
culturales. La gestión de las mismas recibirá el apoyo y contralor de las autoridades y de
técnicos o profesionales con formación específica.
288
TEMPO LIVRE
ARTIGO 90 - Na modalidade atenuada, os programas correspondentes à área de tempo
livre poderão ser implementados, em sua face organizativa, com o concurso de associações
de internos e comissões encarregadas de planejar e promover atividades esportivas e
culturais. A gestão das mesmas receberá o apoio e controle das autoridades e de técnicos
ou profissionais com formação específica.
ASISTENCIA PSICOSOCIAL
ARTICULO 92 - En la asistencia psicosocial de los procesados será de aplicación lo
dispuesto en el artículo 41.
ASSISTÊNCIA PSICOSSOCIAL
ARTIGO 92 - Na assistência psicossocial dos processados será aplicado o disposto no
artigo 41.
TITULO TERCERO
RÉGIMEN DE CONDENADOS
CAPITULO I
ÁMBITO TERRITORIAL
ARTÍCULO 93 - Las penas privativas de libertad dispuestas en sentencias dictadas por los
jueces o tribunales de la provincia de Buenos Aires se cumplirán en el territorio de la misma,
salvo fundada disposición en contrario del Juez de Ejecución o Juez competente.
289
TÍTULO TERCEIRO
REGIME DE CONDENADOS
CAPÍTULO I
ÂMBITO TERRITORIAL
ARTIGO 93 - As penas privativas de liberdade, dispostas em sentenças ditadas pelos juízes
ou tribunais da província de Buenos Aires, serão cumpridas no território da mesma, salvo
fundada disposição contrária do Juiz de Execução ou Juiz competente.
RÉGIMEN GENERAL.
ARTÍCULO 94 - Las penas de prisión o reclusión sean temporales o perpetuas, se cumplirán
dentro del régimen general de asistencia y/o tratamiento. El mismo se iniciará con la
evaluación y transitará por diferentes regímenes no necesariamente secuenciales, con la
posibilidad de salidas preparatorias como paso previo inmediato al cumplimiento de la
sanción.
REGIME GERAL
ARTIGO 94 - As penas de prisão ou reclusão, sejam temporais ou perpétuas, serão
cumpridas dentro do regime geral de assistência e/ou tratamento. O mesmo iniciar-se-á com
a avaliação e transitará por diferentes regimes não necessariamente seqüenciais, com a
possibilidade de saídas preparatórias como passo prévio imediato ao cumprimento da
sanção.
CAPITULO II
EVALUACIÓN
ARTÍCULO 95 - El ingreso de los condenados a los diferentes regímenes y modalidades
será dispuesto por la Jefatura del Servicio Penitenciario a propuesta de la Junta de
Selección en base al informe elevado por el grupo de admisión y seguimiento.
CAPÍTULO II
AVALIAÇÃO
ARTIGO 95 - O ingresso dos condenados aos diferentes regimes e modalidades será
disposto pela Chefia do Serviço Penitenciário proposta pela Junta de Seleção, com base no
informe ditado pelo grupo de admissão e seguimento.
ARTÍCULO 100-. (Texto según Ley 13177) El Juez de Ejecución o Juez competente
autorizará el ingreso al régimen abierto y las salidas transitorias de los condenados previo el
asesoramiento de la Junta de Selección, en base a la evaluación criminológica favorable.
Este asesoramiento no podrá ser suplido por ningún otro equipo interdisciplinario ni grupo de
admisión y seguimiento del establecimiento en que se encuentran alojados.
Sin perjuicio de lo dispuesto en el párrafo que antecede, no podrá otorgarse el beneficio del
ingreso al régimen abierto y las salidas transitorias a aquellos condenados por los siguientes
delitos:
291
ARTIGO 100-. (Texto segundo a Lei 13177) O Juiz de Execução ou Juiz competente
autorizará o ingresso ao regime aberto e as saídas transitórias dos condenados, prévio ao
assessoramento da Junta de Seleção, com base em avaliação criminal favorável.
Este assessoramento não poderá ser suprido por nenhuma outra equipe interdisciplinar nem
grupo de admissão e seguimento do estabelecimento em que se encontram alojados.
Sem prejuízo do disposto no parágrafo que antecede, não se poderá dar o benefício do
ingresso ao regime aberto e das saídas transitórias àqueles condenados pelos seguintes
delitos:
292
CAPITULO III
NORMATIVA COMÚN
LIBERTAD CONDICIONAL LIBERTAD ASISTIDA
ARTÍCULO 101 - Los grupos de admisión y seguimiento orientarán su tarea de
acompañamiento a la preparación para el egreso de todos los condenados incorporados a
cualquiera de los regímenes de la presente Ley ante la proximidad de la concesión de la
libertad condicional, libertad asistida o definitiva por agotamiento de la pena.
293
CAPÍTULO III
NORMATIVA COMUM
LIBERDADE CONDICIONAL E LIBERDADE ASSISTIDA
ARTIGO 101 - Os grupos de admissão e seguimento orientarão sua tarefa de
acompanhamento da preparação para o egresso de todos os condenados incorporados a
qualquer um dos regimes da presente Lei, ante a proximidade da concessão da liberdade
condicional, liberdade assistida ou definitiva por esgotamento da pena.
ARTIGO 102 - A Chefia do Serviço Penitenciário deverá emitir uma lista de condenados que
serão encaminhados ao Patronato de Liberados seis meses antes do tempo mínimo exigível
para a concessão da liberdade condicional, liberdade assistida ou definitiva por esgotamento
da pena, com efeito de iniciar as tarefas de pré-egresso.
ARTÍCULO 103 - La Jefatura del Servicio Penitenciario a través del Instituto de Clasificación
elevará al Juez de Ejecución o Juez competente, ante la requisitoria de éste, los
antecedentes e informes de los internos que estén en condiciones de obtener la libertad
condicional.
ARTÍCULO 105 - El Juez de Ejecución o Juez competente a pedido del condenado, con el
asesoramiento de la Junta de Selección fundado en el informe de los grupos de admisión y
seguimiento podrá disponer su incorporación al régimen de libertad asistida. En caso de
denegatoria, la resolución que recaiga deberá ser fundada.
ARTIGO 107 - Será revogada a liberdade assistida quando o libertado cometer um novo
delito ou não cumprir reiteradamente as obrigações impostas.
295
ARTIGO 110 - O egresso do interno deverá ser efetuado às doze horas (meio-dia) da data
estabelecida para sua liberação e, uma vez realizada a entrega do documento de identidade
pessoal ou certificado de sua tramitação, certificado de estudos e/ou capacitação trabalhista,
planilha demonstrativa de jornais obtidos, certificado de trabalhos, efeitos pessoais, pago em
forma total dos fundos próprios e parciais de pecúlios, em função da porcentagem que se
fixe pelas regras e/ou a entrega monetária a que corresponder. Quando razões operativas
impedirem sua liberação no horário pré-estabelecido, a liberação poderá ser efetuada com o
conhecimento do Juiz competente ou Juiz de Execução até antes das dezenove horas do
dia. Vencido este prazo, a liberdade será materializada indefectivelmente às sete horas do
dia seguinte.
ARTÍCULO 111 - El Servicio Penitenciario entregará a todo interno que al momento del
egreso no reciba peculios o no posea fondos propios una suma de dinero no reintegrable,
equivalente al veinte por ciento del sueldo básico de guardia del Servicio Penitenciario. En
los casos que reciban peculios y/o fondos propios y no alcanzaran los mismos al monto del
porcentaje citado, se le entregará al interno la respectiva diferencia. Asimismo deberá
extender la orden de pasaje oficial que le permita al liberado llegar hasta el domicilio fijado
en el auto de soltura.
ARTÍCULO 112 - El remanente del porcentaje de peculios y/o los importes pendientes de
liquidación serán depositados por el Servicio Penitenciario en la cuenta fiscal de peculios del
Patronato de Liberados.
Simultáneamente con el depósito, el Servicio remitirá al Patronato el detalle de los importes
correspondientes a cada liberado a fin de cumplimentar el correspondiente pago.
297
PENA DOMICILIARIA
ARTÍCULO 115 - La pena domiciliaria prevista en el artículo 10 del Código Penal, será
supervisada en su ejecución por el Servicio Penitenciario conforme las pautas elaboradas
por su organismo técnico criminológico.
298
PENA DOMICILIAR
ARTIGO 115 - A pena domiciliar, prevista no artigo 10 do Código Penal, será supervisionada
em sua execução pelo Serviço Penitenciário, conforme as pautas elaboradas por seu
organismo técnico criminalista.
ARTIGO 116 - Revogada a pena domiciliar, o Juiz de Execução ou Juiz competente poderá
dispor o ingresso do condenado ao regime aberto previsto na presente Lei.
CONMUTACION
ARTICULO 118 - El Juez de Ejecución o Juez competente, de oficio o a solicitud de la
Jefatura del Servicio Penitenciario, previo informe del Instituto de Clasificación, podrá
proponer al poder ejecutivo la conmutación de pena de los condenados que fuesen
merecedores de tal recomendación.
COMUTAÇÃO
ARTIGO 118 - O Juiz de Execução ou Juiz competente, de ofício ou a solicitude da
Chefatura do Serviço Penitenciário, com prévio informe do Instituto de Classificação, poderá
propor ao poder executivo a comutação de pena dos condenados que forem merecedores
de tal recomendação.
299
CAPITULO IV
RÉGIMEN ABIERTO
CARACTERÍSTICAS
ARTÍCULO 119 - El régimen abierto se caracterizará por la aplicación exclusiva de
programas que impliquen autogestión para aquéllos que hubieren sido incluidos en el
mismo.
CAPÍTULO IV
REGIME ABERTO
CARACTERÍSTICAS
ARTIGO 119 - O regime aberto se caracterizará pela aplicação exclusiva de programas que
impliquem autogestão para aqueles que tiverem sido incluídos no mesmo.
ARTÍCULO 121 - Las dependencias propias del régimen abierto tendrán características
habitacionales que garanticen un nivel adecuado de privacidad, careciendo de las siguientes
medidas de seguridad: guardia armada uniformada, muros perimetrales, rejas u otras formas
de contención.
ALOJAMIENTO
ARTICULO 124 - El alojamiento de los internos incluidos en la formas semi institucionales
del régimen abierto será preferentemente individual, o en dormitorios que albergando un
reducido número de condenados, garanticen para los mismos la debida privacidad.
ALOJAMENTO
ARTIGO 124 - O alojamento dos internos inclusos nas formas semi-institucionais do regime
aberto será preferivelmente individual, ou em dormitórios, albergando um reduzido número
de condenados para garantir para os mesmos a devida privacidade.
EQUIPO
ARTICULO 125 - La vestimenta básica de los condenados incluidos en cualquiera de las
modalidades de este régimen será de tipo civil y provista por el Servicio Penitenciario
supletoriamente, cuando no pudiesen adquirirla con el producto de su trabajo.
301
EQUIPAMENTO
ARTIGO 125 - A vestimenta básica dos condenados inclusos em qualquer uma das
modalidades deste regime será de tipo civil e fornecida pelo Serviço Penitenciário quando
não puderem ser adquiridas com o produto de seu trabalho.
DISPONIBILIDAD DE DINERO
ARTICULO 126 - Los condenados estarán autorizados a disponer de dinero en efectivo
dentro de los límites que fije la reglamentación. El cuidado de los valores personales será de
su exclusiva responsabilidad.
DISPONIBILIDADE DE DINHEIRO
ARTIGO 126 - Os condenados estarão autorizados a dispor de dinheiro, em efetivo, dentro
dos limites que fixar a regulamentação. O cuidado dos valores pessoais será de sua
exclusiva responsabilidade.
ALIMENTACION
ARTICULO 127 - La alimentación de los internos en las modalidades semi institucionales del
régimen abierto será provista por la institución, debiéndose estimular la participación de los
mismos en su elaboración, enriquecimiento y administración como una forma más de
ejercicio de la autogestión.
ALIMENTAÇÃO
ARTIGO 127 - A alimentação dos internos nas modalidades semi-institucionais do regime
aberto será fornecida pela instituição, devendo-se estimular a participação dos mesmos na
sua elaboração, enriquecimento e administração como uma forma a mais de exercício de
autogestão.
ARTICULO 129 - La estructuración del área convivencia, al igual que la utilización del
tiempo libre, se implementará mediante mecanismos de auto regulación que aseguren la
participación de los condenados en todo aquello que haga a su régimen de vida.
ARTICULO 130 - La totalidad del trabajo que realicen los condenados en este régimen
dentro del ámbito privado o público, se cumplirá en similares condiciones que el trabajo en
libertad, ajustándose a la normativa laboral aplicable a cada caso.
ARTIGO 130 - A totalidade do trabalho que realizarem os condenados neste regime, dentro
do âmbito privado ou público, será cumprida em similares condições às do trabalho em
liberdade, ajustando-se à normativa trabalhista aplicável para cada caso.
CAPITULO V
RÉGIMEN SEMIABIERTO
CARACTERÍSTICAS
ARTÍCULO 132 - El régimen semi abierto que comprende las modalidades amplia y limitada
se caracteriza por la aplicación de programas que, permitiendo un adecuado nivel de
autogestión por parte de los internos, facilite su interacción dentro de los límites propuestos
por el Servicio Penitenciario.
303
CAPÍTULO V
REGIME SEMI-ABERTO
CARACTERÍSTICAS
ARTIGO 132 - O regime semi-aberto, que compreende as modalidades ampla e limitada, se
caracteriza pela aplicação de programas que, permitindo um adequado nível de autogestão
por parte dos internos, facilita sua interação dentro dos limites propostos pelo Serviço
Penitenciário.
MODALIDADES
ARTÍCULO 133 - La modalidad amplia albergará a aquellos internos cuyas características
personales permitan que sus respectivos programas de tratamiento se desarrollen no sólo
en el establecimiento sino también en sus zonas aledañas con mínimos recaudos de control.
MODALIDADES
ARTIGO 133 - A modalidade ampla albergará aqueles internos cujas características
pessoais permitam que seus respectivos programas de tratamento se desenvolvam não só
no estabelecimento como também nas suas zonas adjacentes, com mínimas precações de
controle.
ARTIGO 134 - A modalidade limitada estará destinada àqueles internos que, evidenciando
um grau suficiente de adaptação institucional, sejam beneficiários de programas de
tratamento, caracterizados pelo exercício de distintos graus de autocontrole e desenvolvidos
dentro dos limites da área de segurança da dependência que os alberga.
ALOJAMIENTO
ARTÍCULO 135 - En este régimen los internos preferentemente dispondrán de alojamiento
individual, pudiendo cuando las características edilicias de las dependencias o los
requerimientos específicos del programa de tratamiento así lo exigieran, alojarse en
dormitorios colectivos que garanticen su privacidad.
304
ALOJAMENTO
ARTIGO 135 - Neste regime os internos poderão dispor de alojamento individual, podendo,
quando as características edilícias das dependências ou os requerimentos específicos do
programa de tratamento assim o exigirem, alojar-se em dormitórios coletivos que garantam
sua privacidade.
EQUIPO
ARTICUL0 136 - El Servicio Penitenciario proveerá el equipo celdario, pudiéndose autorizar
el uso de equipos y vestimenta que se ajusten a las normas que determine la
reglamentación.
EQUIPAMENTO
ARTICUL0 136 - O Serviço Penitenciário proverá o equipamento da prisão, podendo-se
autorizar o uso de equipamento e vestimenta que se ajustem às normas que determinam o
regulamento.
SALUD Y ALIMENTACION
ARTICULO 137 - Las necesidades en materia de salud integral serán cubiertas por el
Servicio Penitenciario permitiéndose el acceso a medios asistenciales extrainstitucionales.
DA SAÚDE E ALIMENTAÇÃO
ARTIGO 137 – As necessidades em matéria de saúde integral serão arcadas pelo Serviço
Penitenciário, permitindo-se o acesso aos meios assistenciais, bem como entidades que não
sejam do Sistema Penitenciário.
COMUNICACION
ARTICULO 139 - Las visitas en este régimen serán en todos los casos de contacto, las que
se favorecerán con mayor frecuencia y duración, pudiéndose otorgar fuera del perímetro del
penal, en sitios prefijados bajo la adecuada supervisión institucional a aquellos condenados
incluidos en la modalidad amplia.
305
COMUNICAÇÃO
ARTIGO 139 – As visitas neste regime permitirão o contato do reeducando com as mesmas,
as que se favorecerem com maior freqüência e duração, poderão ser realizadas fora da
unidade prisional, em lugares previamente fixados, sob fiscalização da Diretoria da
Penitenciária, para os condenados em regimes mais benéficos.
ARTICULO 142 - Como los demás regímenes, se dará prioridad a los planes de
capacitación o perfeccionamiento profesional. Una vez alcanzado un nivel de idoneidad
suficiente, se procurará instrumentar su ejercicio a través de actividades productivas y
rentables para el condenado, prioritando sus necesidades sobre las de la institución,
reproduciendo en lo posible las características del trabajo en libertad.
ARTIGO 142 - Assim como os demais regimes se darão prioridade aos planos de
capacitação ou aperfeiçoamento profissional. Uma vez que o detento tenha alcançado um
nível de conhecimento suficiente, se procurará instrumentar seu exercício através de
atividades produtivas e remuneradas a seu favor, com a prioridade de suas necessidades
para com a instituição, reproduzindo no possível as características do trabalho em liberdade.
306
SALIDAS TRANSITORIAS
ARTÍCULO 146 – (Texto Ley 12.543) Salidas Transitorias. Las salidas transitorias en este
régimen se otorgará, bajo las condiciones previstas en el artículo 100 de la presente Ley,
por razones familiares, sociales o de trabajo, en cumplimiento de los programas específicos
formulados para la modalidad amplia, debiéndose facilitar este instituto únicamente al
condenado que se encontrara en el régimen semiabierto, en supuesto del artículo 133 de
esta Ley, y ante la proximidad del egreso que se establece en seis (6) meses antes del
término previsto para el cumplimiento de la pena, o la accesoria de reclusión por tiempo
indeterminado.
SAÍDAS TRANSITÓRIAS
ARTIGO 146 – (Texto Lei 12.543) Saídas Transitórias. As saídas transitórias neste regime
acontecerão sob as condições previstas no artigo 100 da presente Lei, por razões familiares,
sociais ou de trabalho, em cumprimento dos programas específicos formulados para a
modalidade ampla, devendo-se facilitar este estatuto unicamente ao condenado que
307
estivesse no regime semi-aberto, conforme o artigo 133 desta Lei, e ante a proximidade do
egresso que se estabelece em seis (6) meses antes do término previsto para o cumprimento
da pena ou medida acessória de reclusão por tempo indeterminado.
ARTÍCULO 147 - Según el nivel de autogestión propio de cada modalidad, las salidas
transitorias se realizarán con:
1) La mínima custodia.
2) Confiada a la tutela de un familiar o persona responsable.
3) Bajo su propia responsabilidad.
CAPITULO VI
RÉGIMEN CERRADO
CARACTERÍSTICAS
ARTÍCULO 148 - El régimen cerrado es un sistema de seguridad estricto que comprende las
modalidades moderada y severa, caracterizado por la existencia de normas de control,
dentro de un ámbito de seguridad que permita la instrumentación de los programas de
tratamiento para aquellos internos que fueran incorporados al mismo.
CAPÍTULO VI
REGIME FECHADO
CARACTERÍSTICAS
ARTIGO 148 - O regime fechado é um sistema de segurança especial que compreende as
modalidades moderada e severa, caracterizado pela existência de normas de controle,
dentro de um âmbito de segurança que permite a instrumentação dos programas de
tratamento para aqueles internos que forem incorporados ao mesmo.
MODALIDADES
ARTÍCULO 149 - La modalidad moderada está destinada a aquellos internos que a pesar de
las dificultades en el manejo de los impulsos requieran un menor control. El tratamiento se
efectivizará mediante la implementación simultánea de técnicas individuales y/o de
pequeños grupos.
308
MODALIDADES
ARTIGO 149 - A modalidade moderada está destinada àqueles internos que, apesar das
dificuldades no manejo dos impulsos, precisarem de um menor controle. O tratamento
efetivar-se-á mediante a implementação simultânea de técnicas individuais e/ou de
pequenos grupos.
ALOJAMIENTO
ARTÍCULO 151 - Los internados en régimen cerrado se alojarán en celdas individuales, que
permanecerán cerradas durante su tiempo de ocupación. Estarán dotadas del
correspondiente módulo sanitario, cumpliendo con los requisitos de habitabilidad que
prescriben las normas legales vigentes.
En la forma moderada podrá contemplarse la alternativa de dormitorios para pequeños
grupos especialmente seleccionados.
ALOJAMENTO
ARTIGO 151 - Os internados em regime fechado serão alojados em celas individuais, que
permanecerão fechadas durante seu tempo de ocupação. Estarão dotadas do
correspondente módulo sanitário, cumprindo com os requisitos de que seja habitável e de
acordo com as normas legais vigentes.
Na forma moderada poderá contemplar-se a alternativa de dormitórios para pequenos
grupos especialmente selecionados.
EQUIPO
ARTÍCULO 152 - El Servicio Penitenciario proveerá el equipo celdario pudiéndose autorizar
el uso de equipo y vestimenta que se ajusten a las normas que determine la reglamentación.
309
EQUIPAMENTO
ARTIGO 152 - O Serviço Penitenciário proverá o equipamento penitenciário podendo-se
autorizar o uso de equipamento e vestimenta que se ajustem às normas que determinar a
regulamentação.
SALUD Y ALIMENTACIÓN
ARTÍCULO 153 - Las necesidades referidas a las áreas salud, higiene y alimentación de los
internados, serán cubiertas por el Servicio Penitenciario salvo excepciones debidamente
fundadas, mediando la autorización de la Dirección de Sanidad.
SAÚDE E ALIMENTAÇÃO
ARTIGO 153 - As necessidades referidas às áreas saúde, higiene e alimentação dos
internados serão acobertadas pelo Serviço Penitenciário, salvo exceções devidamente
fundadas, intervindo uma autorização da Direção de Sanidade.
COMUNICACIÓN
ARTÍCULO 155 - Por las características de los internados en el régimen cerrado, se
extremarán las medidas de control tendientes a facilitar la concurrencia individual o en
pequeños grupos de familiares u otras personas vinculadas al penado.
En la modalidad moderada la visita será siempre de contacto. En la severa la posibilidad de
convertir la entrevista en visita de contacto estará supeditada a la explícita indicación del
programa de tratamiento que, en cada caso aconseje la reducción de los necesarios
recaudos de control.
310
COMUNICAÇÃO
ARTIGO 155 – Pelas características dos internos no regime fechado serão tomadas as
medidas de controle tendentes a facilitar a concorrência individual ou em pequenos grupos
de familiares ou outras pessoas vinculadas ao interno.
Na modalidade moderada a visita será sempre de contato. Na severa a possibilidade de
converter a entrevista em visita de contato estará sujeita à explícita indicação do programa
de tratamento que, de acordo com cada caso, aconselhar a redução das necessárias
precações de controle.
ARTÍCULO 157 - Los aspectos educativos serán cubiertos según lo dispuesto en forma
análoga por el artículo 87 de acuerdo a lo evaluado como necesario para cada caso, por los
representantes de los organismos educacionales correspondientes, debiéndose cubrir los
recaudos de control necesarios para los requerimientos de cada una de las modalidades del
régimen.
SALIDAS A PRUEBA
ARTÍCULO 160 - Ante la proximidad del egreso los condenados incluidos en cualquiera de
las modalidades que caracterizan a este régimen, podrán ser incorporados en un programa
que contemple salidas transitorias, las que se otorgarán bajo las condiciones previstas en el
artículo 100 de la presente Ley.
SAÍDAS À PROVA
ARTIGO 160 - Ante a proximidade do egresso, os condenados incluídos em qualquer uma
das modalidades que caracterizam este regime poderão ser incorporados num programa
que contemple saídas transitórias, as quais serão outorgadas sob as condições previstas no
artigo 100 da presente Lei.
PARTE II
DEL PATRONATO DE LIBERADOS BONAERENSE
TITULO I
REGIMEN DE LOS LIBERADOS
CAPITULO I
DEFINICIONES
ARTICULO 161 - Las expresiones liberado o tutelado comprenden indistintamente a toda
persona que por disposición judicial deba estar bajo tutela, asistencia, tratamiento y/o control
del Patronato de Liberados: liberados condicionales, condenados condicionales, eximidos de
312
prisión, excarcelados, condenados con libertad asistida, probados con suspensión del
proceso y todo aquél que deba cumplir medidas o penas sustitutivas de prisión. También es
comprensiva de aquellos liberados cumplidos que necesiten o requieran asistencia.
PARTE II
DO PATRONATO DE LIBERADOS DE BUENOS AIRES.
TÍTULO I
REGIME DOS LIBERADOS
CAPITULO I
DEFINIÇÕES
DIREITOS DO LIBERADO
ARTIGO 162 – O liberado terá direito a:
Receber a assistência e/ou tratamento que corresponda a seu caso em particular, com o
reparo do Juiz competente, com a devida salvaguarda da sua dignidade, evitando colocá-lo
de forma desnecessária em condição ilegal. A assistência poderá se estender a seu grupo
familiar, na medida das possibilidades do Patronato.
Solicitar assistência do Patronato uma vez cumprida a pena.
Solicitar orientação e apoio para a capacitação empregatícia e/ou exercício de uma
profissão.
Requerer passes oficiais ou a soma de dinheiro necessário para seu traslado e/ou da sua
família, dentro ou fora do país, por motivos empregatícios, de saúde e de integração familiar.
Solicitar o tramite da sua documentação pessoal, alimentos, alojamento e/ou qualquer outra
prestação assistencial para si e/ou seu grupo familiar.
Solicitar assessoramento legal para a defesa de seus direitos.
OBRIGAÇÕES DO LIBERADO
ARTIGO 164 - O liberado deverá cumprir as condições obrigatórias e/ou regras de conduta
impostas pela autoridade judicial competente e submeter-se ao tratamento e/ou controle do
Patronato. Em caso de descumprimentos reiterados o Patronato deverá informar ao Juiz de
Execução ou Juiz competente, responsável pela resolução definitiva sobre sua situação
legal.
314
INTERVENCION TUTELAR
ARTICULO 165 - Confiada la tutela del liberado, el Patronato deberá disponer las medidas
de asistencia, tratamiento y control que correspondan, según el caso en particular.
INTERVENÇÃO TUTELAR
ARTIGO 165 - Confiada a tutela dos liberados, o Patronato deverá dispor as medidas de
assistência, tratamento e controle que correspondam a cada caso em particular.
PRE EGRESO
ARTICULO 166 - El Patronato con el apoyo del Centro Coordinador Servicio Penitenciario
Patronato de Liberados, realizará la tarea del pre egreso con todo condenado alojado en los
establecimientos penitenciarios bonaerenses, iniciando la misma con no menos de seis (6)
meses de anticipación de la fecha del posible otorgamiento de la liberación condicional,
asistida o definitiva. Esta tarea podrá incluir la comunicación con sus familiares, con el fin de
evaluar la futura integración.
La reglamentación de la presente establecerá la frecuencia, el modo y la forma de ejecución.
El resultado de esta tarea será remitido al Juez competente, cuando así lo requiera con
motivo de resolver sobre el pedido de libertad.
PRÉ-EGRESSO
ARTIGO 166 - O Patronato, com o apoio do Centro Coordenador Serviço Penitenciário
Patronato de Liberados, realizará a tarefa do pré-egresso com todo condenado alojado nos
estabelecimentos penitenciários portenhos, iniciando a mesma com no mínimo seis (6)
meses de antecipação da data do possível outorgamento da liberação condicional, assistida
ou definitiva. Esta tarefa poderá incluir a comunicação com seus familiares, com o fim de
avaliar a futura integração.
A regulamentação da presente estabelecerá a freqüência, o modo e a forma de execução. O
resultado desta tarefa será remetido ao Juiz competente, quando assim o requisitar, com o
intuito de resolver o pedido de liberdade.
ASSISTÊNCIA DO LIBERADO
ARTIGO 167 - A assistência será personalizada e dirigida de forma direta e imediata ao
tutelado e, quando as circunstâncias o justificarem, ao grupo familiar de inserção social ou
de influência direta. Em cada caso terão que ser realizados todos os trâmites necessários e
condizentes, com o escopo de procurar:
1) A orientação para a capacitação e inserção trabalhista;
2) A conservação e o melhora das relações com seu núcleo familiar, na medida em que for
compatível com seu tratamento;
3) O estabelecimento de relações com pessoas e instituições que facilitem e favoreçam as
possibilidades de integração social;
4) A obtenção de documentação pessoal e da seguridade social;
5) O fornecimento de alimentos, medicamentos, vestimenta, alojamento, assistência médica
e psicológica, etc., segundo as possibilidades do Patronato;
6) O assessoramento jurídico;
7) O traslado ao lugar de residência, de trabalho o de assistência médica;
8) A orientação para a alfabetização e continuação de estúdios de ensino básico,
fundamental e universitário;
9) A orientação sobre a necessidade de assistência e/ou tratamento médico e/ou
psicológico, quando for o caso;
10) A prevenção de condutas de risco pessoal ou social;
316
11) O acompanhamento nas distintas etapas do processo de inserção social, com especial
destaque no fortalecimento de seu sentido crítico.
TRATAMENTO DO LIBERADO
ARTIGO 168 - O tratamento será personalizado e direto, tendendo a evitar a reiteração e a
reincidência, e será instrumentado por meio de programas formativos, educativos, cuja
execução deverá contemplar o devido ajuste ao meio familiar, trabalhista e social. Em cada
caso deverão se avaliados:
1) A situação do processo e/ou condição legal do tutelado;
2) As condições obrigatórias, regras de conduta e/ou medidas impostas judicialmente;
3) A tarefa de adaptação projetada e/ou materializada nos programas de tratamento do
Serviço Penitenciário;
4) O resultado da tarefa de pré-egresso;
5) Os antecedentes judiciais de interesse a respeito do comportamento e da personalidade
do tutelado;
6) As recomendações especiais e/ou pautas específicas dispostas pelo juiz interveniente;
317
CONTROLE DO LIBERADO
ARTIGO 169 - O controle será feito de forma individualizada e será realizado por meio de:
1) Apresentações periódicas em delegação do lugar que determinar o Patronato de
Liberados;
2) Entrevistas profissionais;
3) Visitas domiciliares periódicas;
4) Constatação do domicílio fixado judicialmente;
5) Todo outro procedimento técnico adequado.
CONMUTACION
ARTICULO 170 - El Patronato de Liberados podrá proponer y/o aconsejar al Poder Ejecutivo
sobre la conveniencia del otorgamiento de la conmutación de pena de sus tutelados,
comunicando tal circunstancia al Juez de Ejecución o Juez competente.
COMUTAÇÃO
ARTIGO 170 - O Patronato de Liberados poderá propor e/ou aconselhar ao Poder Executivo
sobre a conveniência do outorgamento da comutação de pena de seus tutelados,
comunicando tal circunstancia ao Juiz de Execução ou Juiz competente.
318
LEGAJO TUTELAR
ARTICULO 171 - El Patronato de Liberados llevará un legajo tutelar del liberado cualquiera
sea su situación procesal en el que constará toda documentación y datos de interés sobre la
asistencia, tratamiento y control. Cada legajo deberá contar con la documentación originada
en las actividades del pre egreso cuando así correspondiera y el respectivo informe socio
ambiental inicial, a través de los cuales se efectuará la evaluación del caso, se establecerán
las principales líneas de acción a ejecutar y la propuesta de inclusión en los programas de
tratamiento que se fijen. El seguimiento del caso se realizará con informes sociales de
evaluación periódica en los que se dejará constancia de la evolución y modificaciones que
se introduzcan y/o se propongan sobre su asistencia, tratamiento y control.
ARQUIVO TUTELAR
ARTIGO 171 - O Patronato de Liberados levará um arquivo tutelar do liberado, qualquer seja
sua situação do processo, no qual constará toda documentação e dados de interesse sobre
a assistência, tratamento e controle. Cada arquivo deverá contar ainda com a
documentação originada nas atividades do pré-egresso, quando assim corresponder, e o
respectivo informe sócio-ambiental inicial, por meio dos quais será efetuada a avaliação do
caso, serão estabelecidas as principais linhas de ação a executar e a proposta de inclusão
nos programas de tratamento a que se fixem. O seguimento do caso se realizará com
informes sociais de avaliação periódica, nos quais se deixará perseverança da evolução e
modificações que se introduzam e/ou se proponham sobre sua assistência, tratamento e
controle.
ASESORAMIENTO JURIDICO
ARTICULO 172 - El Patronato de Liberados, podrá recabar la pertinente colaboración de los
Consultorios Jurídicos gratuitos de los Colegios de Abogados Departamentales, para que
provean el necesario asesoramiento legal y/o designación de un letrado patrocinante o
apoderado para los tutelados sin recursos.
ASSESSORIA JURÍDICA
ARTIGO 172 - O Patronato de Liberados poderá pedir a pertinente colaboração dos
Consultórios Jurídicos gratuitos dos Colégios de Advogados Departamentais, para que
forneçam o necessário assessoramento legal e/ou designação de um letrado patrocinador
ou apoderado para os tutelados sem recursos.
319
SALUD
ARTICULO 173 - El Patronato de Liberados procurará la asistencia y tratamiento médico y/o
psicológico y la provisión de medicamentos a los tutelados, mediante la derivación a
entidades estatales y/o paraestatales, privadas o mixtas, con personería jurídica o legal.
SAÚDE
ARTIGO 173 - O Patronato de Liberados procurará a assistência e tratamento médico e/ou
psicológico e a provisão de medicamentos aos tutelados, mediante a derivação a entidades
estatais e/ou paraestatais, privadas ou mistas, com cadastro de empresa jurídica ou legal.
ARTICULO 174 - El Patronato podrá requerir en forma directa ante las autoridades
competentes la evaluación, tratamiento y/o internación de sus tutelados cuando los mismos
presentaren cambios psicológicos o de comportamiento relacionados con el consumo de
sustancias psicoactivas, o trastornos mentales que pusieran en riesgo su vida y/o la de
terceros.
Tal determinación deberá justificarse en función del riesgo individual, familiar, laboral y/o
social que implicaría su falta de atención, comunicando lo actuado al Juez interviniente.
El tiempo que comprenda el tratamiento y/o internación no suspenderá el plazo de
cumplimiento de la sanción penal impuesta, salvo disposición judicial en contrario.
En la comunicación que se enviare a la autoridad requerida se transcribirá el presente
artículo.
EDUCACION
ARTICULO 175 - El Patronato de Liberados procurará la adopción de las medidas
necesarias para mantener, fomentar y mejorar la educación e instrucción de sus tutelados. A
tal fin la Dirección General de Cultura y Educación de la Provincia y demás instituciones de
educación prestarán colaboración directa al Patronato de Liberados.
EDUCAÇÃO
ARTIGO 175 - O Patronato de Liberados procurará a adoção de medidas necessárias para
manter, fomentar e melhorar a educação e instrução de seus tutelados. Para tal fim, a
Direção Geral de Cultura e Educação da Província e demais instituições de educação
prestarão colaboração direta ao Patronato de Liberados.
CAPACITACION LABORAL
ARTICULO 176 - El Patronato de Liberados procurará capacitar al tutelado para el ejercicio
de una profesión u oficio, por medio de subsidios o aportes directos en dinero o en especies,
con o sin reintegro. En tal sentido, podrá completar la capacitación laboral adquirida por el
tutelado en el medio penitenciario.
CAPACITAÇÃO TRABALHISTA
ARTIGO 176 - O Patronato de Liberados procurará capacitar o tutelado para o exercício de
uma profissão ou oficio por meio de subsídios ou aportes diretos em dinheiro o em espécie,
com ou sem reintegração. Em tal sentido, poderá completar a capacitação trabalhista
adquirida pelo tutelado no meio penitenciário.
TRABAJO
ARTICULO 177 - A los efectos de proporcionar trabajo normalmente remunerado a aquellos
tutelados cuyos programas de tratamiento y/o asistencia así lo indicaran, tanto por el nivel
de capacitación como el de inserción social, los organismos públicos registrarán las
solicitudes de empleo, sin que los antecedentes penales sean impedimento o signifiquen
inhabilitación para ello, en la medida que tal circunstancia no esté comprendida en la
condena impuesta.
TRABALHO
ARTIGO 177 – Com o propósito de proporcionar trabalho normalmente remunerado aos
tutelados, quando os programas de tratamento e/ou assistência o indicaram, tanto pelo nível
de capacitação como o de inserção social, os organismos públicos registrarão as solicitudes
321
ARTICULO 179 - El Patronato de Liberados podrá solicitar a las empresas privadas empleo,
ocupación y/o capacitación laboral para sus tutelados y/o integrantes de su grupo familiar.
MICROEMPRENDIMIENTOS LABORALES
ARTICULO 180 - El Patronato de Liberados podrá otorgar en forma directa a sus tutelados
y/o a su grupo familiar subsidios, subvenciones, becas, premios y cualquier otra asistencia
dineraria o en especie, con o sin obligación de reintegro con particular acento en los
emprendimientos productivos en los límites de la asignación presupuestaria del ente
autárquico. En caso de requerirse partidas o fondos no comprendidos en dicha asignación
presupuestaria, el otorgamiento de los mismos deberá ser requerido al Poder Ejecutivo, a
través del Ministro Secretario del ramo que corresponda.
MICROEMPRENDIMIENTOS TRABALHISTAS
ARTIGO 180 - O Patronato de Liberados poderá conceder de forma direta a seus tutelados
e/ou a seu grupo familiar subsídios, subvenções, bolsas, prêmios e qualquer outra
assistência monetária ou em espécie, com ou sem obrigação de reintegração, com particular
322
PASAJES
ARTICULO 181 - El Patronato de Liberados facilitará a sus tutelados y/o a su grupo familiar
cuando razones de asistencia, tratamiento y/o control así lo justifiquen el traslado dentro y
fuera de la Provincia y/o de la República de acuerdo a sus posibilidades presupuestarias
expidiendo órdenes de pasajes oficiales o entregando las sumas de dinero necesarias y/o
efectuando las gestiones del caso.
PASSAGENS
ARTIGO 181 - O Patronato de Liberados facilitará para seus tutelados e/ou a seu grupo
familiar, quando razões de assistência, tratamento e/ou controle justificarem, o traslado
dentro e fora da Província e/ou da República, de acordo com as suas possibilidades
orçamentais, expedindo ordens de passagens oficiais ou entregando as somas de dinheiro
necessárias e/ou efetuando as gestões do caso.
TRABAJO COMUNITARIO
ARTICULO 182 - La supervisión de los trabajos no remunerados a favor de la comunidad,
como regla de conducta en la suspensión condicional de la ejecución de la pena y de los
procesos a prueba, en la sustitución parcial o total de las penas alternativas para situaciones
especiales, o bajo cualquier otra modalidad, estará a cargo del Patronato de Liberados.
TRABALHO COMUNITÁRIO
ARTIGO 182 - A supervisão dos trabalhos não remunerados a favor da comunidade, como
regra de conduta na suspensão condicional da execução da pena e dos processos à prova,
na substituição parcial ou total das penas alternativas para situações especiais, ou sob
qualquer outra modalidade, estará a cargo do Patronato de Liberados.
ARTICULO 183 - Todos los organismos del Estado e Instituciones de Bien Público que sean
designados para recibir a los liberados con obligación de realizar tareas comunitarias en su
favor, deberán informar mensualmente al Patronato de Liberados sobre el cumplimiento de
la medida impuesta judicialmente.
323
ARTIGO 183 - Todos os organismos do Estado e Instituições de Bem Público que sejam
designados para receber os liberados, com obrigação de realizar tarefas comunitárias em
seu favor, deverão informar mensalmente ao Patronato de Liberados sobre o cumprimento
da medida imposta judicialmente.
ARTICULO 185 - La carga horaria total por tareas comunitarias no podrá exceder las
ochocientas (800) horas por año de pena o de prueba, debiendo establecer la autoridad
judicial el monto total de horas a cumplir, quedando facultado el Patronato a distribuirlas
dentro del plazo total de pena o prueba, según el tipo de tratamiento indicado y de acuerdo a
las características de la institución en donde se cumplan.
ARTIGO 185 - A carga horária total por tarefas comunitárias não poderá exceder as
oitocentas (800) horas por ano de pena ou de prova, devendo estabelecer a autoridade
judicial o montante total de horas a cumprir, ficando facultado ao Patronato distribuí-las
dentro do prazo total de pena ou prova, segundo o tipo de tratamento indicado e de acordo
com as características da instituição onde se cumpra.
ARTICULO 186 - El Estado será responsable de los accidentes sufridos por los liberados
por el hecho o en ocasión del cumplimiento de tareas comunitarias en favor del Estado o de
Instituciones de Bien Público, impuestas judicialmente como parte de su pena o de su
prueba. La citada responsabilidad será conforme a las Leyes laborales que rijan la materia y
de acuerdo a la reglamentación vigente y la que a tal efecto se dicte.
ARTIGO 186 - O Estado será responsável pelos acidentes sofridos pelos liberados em
cumprimento de suas tarefas comunitárias, em favor do Estado ou de Instituições de Bem
Público, impostas judicialmente como parte de sua pena ou de sua prova. A citada
responsabilidade será em conformidade com as Leis Trabalhistas que regem a matéria e de
acordo com a regulamentação vigente e que a tal efeito se dite.
324
CAPITULO II
FONDO PATRONATO DE LIBERADOS
ARTICULO 187 - El Fondo Patronato de Liberados es una cuenta especial, cuyo cálculo de
recursos será incluido anualmente en la Ley de Presupuesto. Sus erogaciones serán
aplicadas exclusivamente para el cumplimiento de sus fines especialmente, la asistencia
social directa y los microemprendimientos laborales con sujeción a la Ley de Contabilidad.
CAPÍTULO II
FUNDO PATRONATO DE LIBERADOS
ARTIGO 187 - O Fundo Patronato de Liberados é uma conta especial, cujo cálculo de
recursos será incluído anualmente na Lei de Orçamento. Suas repartições serão aplicadas
exclusivamente para o cumprimento de seus fins, principalmente, a assistência social direta
e os micro-empreendimentos trabalhistas com sujeição à Lei de Contabilidade.
ARTICULO 188 - El Fondo Patronato de Liberados se integra con los siguientes recursos:
1) Fondos que determine anualmente la Ley de Presupuesto.
2) Recursos que determinen Leyes Especiales.
3) Fianzas ejecutadas en causas penales.
4) Multas impuestas en causas penales o contravencionales, salvo aquéllas que tuvieran
otro destino específico determinado por Ley.
5) Producido de los bienes muebles registrables y no registrables, semovientes, moneda de
curso legal en el país, dinero extranjero, títulos o valores secuestrados en causas penales,
cuyos propietarios no sean habidos o citados legalmente no comparecieren, o no existiere
quién pretendiere un legítimo derecho sobre los mismos.
* Lo subrayado está observado por el Decreto de promulgación.
6) Multas impuestas por incumplimiento de la ocupación laboral de tutelados en toda obra
pública y/o concesión de la misma y/o suministro de servicio realizado por el Estado
Provincial por medio de contratistas privados.
7) Peculios que no sean percibidos por sus destinatarios, una vez agotadas todas las
medidas necesarias para su efectivo pago, por parte del Servicio Penitenciario o Patronato
de Liberados.
8) Donaciones y Legados.
ARTICULO 189 - A los fines de los incisos 3), 4) y 5) del artículo anterior el juez
interviniente, realizadas las diligencias de investigación necesaria, dispondrá:
1) La transferencia al Fondo Patronato de Liberados cuando se tratara de dinero en moneda
de curso legal.
2) La realización de dinero extranjero, títulos o valores, por intermedio del Banco de la
Provincia de Buenos Aires y la transferencia de su producido al Fondo Patronato de
Liberados.
3) La venta de los bienes en pública subasta y la transferencia del saldo de su producido al
Fondo Patronato de Liberados.
ARTIGO 189 - Aos fins dos incisos 3), 4) e 5) do artigo anterior, o juiz interveniente,
realizadas as diligências de investigação necessárias, disporá:
1) A transferência ao Fundo Patronato de Liberados quando se tratar de dinheiro em moeda
de curso legal;
2) A realização de dinheiro estrangeiro, títulos ou valores, por intermédio do Banco da
Província de Buenos Aires e a transferência de sua produção ao Fundo Patronato de
Liberados;
3) A venda dos bens em praça pública e a transferência do saldo de sua produção ao Fundo
Patronato de Liberados.
326
ARTICULO 190 - El Patronato de Liberados podrá solicitar al Juez interviniente que los
bienes a que se hace referencia en el inciso 3) del artículo anterior le sean entregados sin
previa subasta, cuando lo considere necesario para el cumplimiento de sus fines.
Cuando los bienes secuestrados tuviesen interés científico o cultural, o se tratara de
estupefacientes, psicotrópicos o armas, el juez dispondrá su entrega al organismo del
Estado Provincial que se determine. Si por la naturaleza o estado de los bienes no
correspondiere o no se justificare su venta o entrega, el juez podrá disponer su destrucción.
ARTIGO 190 - O Patronato de Liberados poderá solicitar ao Juiz interveniente que os bens
referidos no inciso 3, do artigo anterior lhe sejam entregues sem prévia praça pública,
quando o considerar necessário para o cumprimento de seus fins.
Quando os bens seqüestrados forem de interesse científico ou cultural, ou se tratar de
entorpecentes ou armas, o juiz disporá sua entrega ao organismo do Estado Provincial que
se determinar. Se pela natureza o estado dos bens não corresponder ou não se justificar
sua venda ou entrega, o juiz poderá dispor sua destruição.
ARTICULO 192 - El Patronato de Liberados, estará legitimado para intervenir por sí o por
apoderados con simple carta poder, en todo proceso judicial en el que exista posibilidad
cierta de recibir ingresos genuinos destinados al Patronato de Liberados.
ARTIGO 192 - O Patronato de Liberados será autorizado a intervir, por si ou por apoderados
de simples carta-poder, em todo processo judicial no que existir possibilidade certa de
receber ingressos genuínos destinados ao Patronato de Liberados.
327
CAPITULO III
ACTIVIDADES INTERINSTITUCIONALES
MUNICIPALIDADES Y ORGANISMOS OFICIALES
ARTÍCULO 193 - Los organismos centralizados o descentralizados de la Provincia y las
Municipalidades, deberán incluir a los tutelados y/o integrantes de su grupo familiar, en todo
programa laboral que se instrumente para grupos protegidos, de asistencia social,
capacitación laboral y educación con destino a sectores de escasos recursos.
CAPÍTULO III
ATIVIDADES INTERINSTITUCIONAIS
MUNICIPALIDADES E ORGANISMOS OFICIAIS
ARTIGO 193 - Os organismos centralizados ou descentralizados da Província e as
Municipalidades deverão incluir aos tutelados e/ou integrantes de seu grupo familiar, em
todo programa trabalhista que se instrumentar para grupos protegidos e de assistência
social, capacitação trabalhista e educação com destino a setores de escassos recursos.
POLICÍA BONAERENSE
ARTÍCULO 196 - Las autoridades policiales deberán comunicar al Patronato toda detención
de liberados que se encuentren bajo su tutela, dentro de las cuarenta y ocho (48) horas de
producida.
POLÍCIA PORTENHA
ARTIGO 196 - As autoridades policiais deverão comunicar ao Patronato toda detenção de
liberados que se encontrarem sob sua tutela, dentro das quarenta e oito (48) horas depois
de efetuada.
CAPITULO IV
PODER JUDICIAL
NOTIFICACIONES
ARTÍCULO 198 - El Juez de Ejecución o Juez competente, según corresponda, en el
momento de disponer la libertad y/o suspensión del proceso, labrará un acta de notificación
y hará entrega de copia al tutelado, haciendo constar en la misma su obligación de efectuar
las presentaciones con la periodicidad que haya dispuesto, las condiciones compromisorias
o reglas de conducta impuestas, las consecuencias de su incumplimiento y la dirección de la
Delegación del Patronato de acuerdo al domicilio fijado que supervisará en forma directa la
ejecución de la pena o prueba.
CAPÍTULO IV
PODER JUDICIAL
NOTIFICAÇÕES
ARTIGO 198 - O Juiz de Execução ou Juiz competente, segundo corresponder, no momento
de dispor a liberdade e/ou suspensão do processo, realizará uma ata de notificação e fará
entrega de cópia ao tutelado; fazendo constar na mesma sua obrigação de efetuar as
apresentações com a periodicidade que dispuserem as condições de compromisso ou
regras de conduta impostas, as conseqüências de sua transgressão e a direção da
Delegação do Patronato, de acordo com domicílio fixado que supervisionará, de forma
direta, a execução da pena ou prova.
COMUNICACIONES
ARTÍCULO 199 - El Juez de Ejecución o Juez competente, según corresponda
simultáneamente con la concesión de la libertad y/o suspensión del proceso, dirigirá la
correspondiente comunicación a la Sede Central del Patronato de Liberados, haciéndole
saber:
1) Situación procesal, número de causa o incidente, delito, monto de la pena, fecha de
libertad o de comienzo de las medidas, fecha de vencimiento de la pena o de las medidas,
domicilio real constituido por el tutelado.
2) Condiciones compromisorias y/o reglas de conducta impuestas judicialmente.
3) Antecedentes de interés para el control, asistencia y/o tratamiento del liberado, y
cualquier otro dato útil a juicio del magistrado para el adecuado proceso de integración
social.
4) Recomendaciones especiales o pautas específicas para el control, asistencia y/o
tratamiento en los casos que así lo requieran.
330
COMUNICAÇÕES
ARTIGO 199 - O Juiz de Execução ou Juiz competente, segundo corresponda
simultaneamente com a concessão da liberdade e/ou suspensão do processo, dirigirá a
correspondente comunicação à Sede Central do Patronato de Liberados, fazendo-lhe saber:
1) Situação do processo, número de causa ou incidente, delito, montante da pena, data de
liberdade ou de começo das medidas, data de vencimento da pena ou das medidas,
domicílio real constituído pelo tutelado;
2) Condições e/ou regras de conduta impostas judicialmente;
3) Antecedentes de interesse para o controle, assistência e/ou tratamento do liberado, e
qualquer outro dado útil a juízo do magistrado para o adequado processo de integração
social;
4) Recomendações especiais ou pautas específicas para o controle, assistência e/ou
tratamento, nos casos que assim sejam necessários.
REVOCATORIA DE LA LIBERTAD
ARTÍCULO 202 - El Juez de Ejecución o Juez competente, simultáneamente con la
revocatoria de la libertad y/o suspensión del proceso, dirigirá la correspondiente
comunicación a la Sede Central del Patronato de Liberados.
331
REVOGAÇÃO DA LIBERDADE
ARTIGO 202 - O Juiz de Execução ou Juiz competente, simultaneamente com a revogação
da liberdade e/ou suspensão do processo, dirigirá a correspondente comunicação à Sede
Central do Patronato de Liberados.
ARTÍCULO 204 - Cuando el juez competente no fijara las condiciones bajo las que se debe
prestar la asistencia y/o el tratamiento, el Patronato de Liberados podrá establecerlas según
el diagnóstico, problemáticas, prioridades y recursos del tutelado y su grupo familiar y
modificarlas de acuerdo a la evaluación periódica que realice.
ARTIGO 204 - Quando o Juiz competente não fixar as condições sob as que se deve prestar
a assistência e/ou o tratamento, o Patronato de Liberados poderá estabelecê-las segundo o
diagnóstico, problemáticas, prioridades e recursos do tutelado e de seu grupo familiar e
modificá-las de acordo a avaliação periódica que realizar.
CAMBIO DE DOMICILIO
ARTICULO 205 - Cuando razones familiares, laborales y/o de salud así lo justifiquen, el
Patronato podrá avalar los cambios de domicilio, transitorios o definitivos, que efectúen sus
tutelados, dentro del territorio Provincial o Nacional, debiendo en todos los casos
comunicarlo en forma inmediata al juez interviniente.
332
MUDANÇA DE DOMICÍLIO
ARTIGO 205 – Quando por motivos familiares, trabalhistas e/ou de saúde, justificados, o
Patronato poderá controlar as mudanças de domicílio, transitórias ou definitivas, que
efetuarem seus tutelados, dentro do território Provincial ou Nacional, devendo em todos os
casos comunicá-lo imediatamente ao juiz interveniente.
ARTICULO 206 - Cuando el cambio de domicilio sea solicitado en forma directa por el
liberado ante el Juzgado, su titular deberá comunicarlo al Patronato para el control
respectivo.
ARTIGO 206 - Quando a mudança de domicílio for solicitada de forma direta pelo liberado,
perante o Tribunal, seu titular deverá comunicá-lo ao Patronato para o respectivo controle.
ARTICULO 207 - Cuando por razones familiares, laborales y/o de salud el tutelado solicite
expresamente ausentarse del país, ya sea en forma transitoria y/o definitiva, el Patronato de
Liberados podrá, si así lo estima conveniente, solicitar la correspondiente autorización
judicial. En tal caso, el juez competente deberá establecer los mecanismos de control y
supervisión a través de las respectivas representaciones consulares en el extranjero u
organismos postpenitenciarios de otros países que hubieran firmado convenios de
reciprocidad y/o de transferencia de liberados.
ARTIGO 207 - Quando por motivos familiares, trabalhistas e/ou de saúde o tutelado solicitar
expressamente pedido para que possa se ausentar do país, seja de forma transitória e/ou
definitiva, o Patronato de Liberados poderá, se acreditar conveniente, solicitar a
correspondente autorização judicial. Em tal caso, o juiz competente deverá estabelecer os
mecanismos de controle e supervisão por meio das respectivas representações consulares
no estrangeiro ou organismos pós-penitenciários de outros países que tiverem firmado
convênios de reciprocidade e/ou de transferência de liberados.
HABILITACION LABORAL
ARTICULO 208 - Cuando un liberado viere dificultada o impedida la obtención de una
licencia, título o habilitación para el ejercicio de oficio, arte, industria, profesión o empleo por
la sola razón de sus antecedentes penales, el Juez de Ejecución o Juez competente podrá,
por resolución fundada, ordenar a los organismos respectivos la expedición de aquéllos.
Con carácter previo a la decisión deberá requerirse informe al Patronato de Liberados.
333
HABILITAÇÃO TRABALHISTA
ARTIGO 208 - Quando um liberado notar dificultada ou impedida a obtenção de uma
licença, título ou habilitação para o exercício de ofício, arte, indústria, profissão ou emprego,
pelo fato de seus antecedentes penais, o Juiz de Execução ou Juiz competente poderá, por
resolução fundada, ordenar aos organismos respectivos a expedição dos mesmos.
Previamente à decisão, deverá ser solicitado o informe ao Patronato de Liberados.
EXPEDIENTE JUDICIAL
ARTICULO 209 - El juez competente facilitará la consulta del expediente judicial a los
trabajadores sociales y demás profesionales del Patronato de Liberados que tengan a cargo
el seguimiento del caso.
EXPEDIENTE JUDICIAL
ARTIGO 209 - O juiz competente facilitará a consulta do expediente judicial aos
trabalhadores sociais e demais profissionais do Patronato de Liberados que tenham a cargo
o seguimento do caso.
CAPITULO V
ORGANIZACION DEL PATRONATO DE LIBERADOS BONAERENSE
ARTICULO 210 - El Patronato de Liberados Bonaerense, en su calidad de organismo
técnico criminológico, de asistencia, tratamiento y seguridad pública, es una entidad
autárquica de derecho público, con sede central en la ciudad de La Plata. Su conducción
estará a cargo de un Presidente, designado por el Poder Ejecutivo, quien deberá poseer
versación en los problemas criminológicos y post penitenciarios y tendrá similar nivel
jerárquico y protocolar que el Jefe del Servicio Penitenciario.
CAPÍTULO V
ORGANIZAÇÃO DO PATRONATO DE LIBERADOS PORTENHO
ARTIGO 210 - O Patronato de Liberados Portenho, em sua qualidade de organismo técnico
criminalista, de assistência, tratamento e segurança pública, é uma entidade autárquica de
direito público, com sede central na cidade de La Plata. Sua condução estará a cargo de um
Presidente, designado pelo Poder Executivo, o qual deverá possuir conhecimento sobre os
problemas criminalistas e pós-penitenciários e terá similar nível hierárquico e protocolar que
o Chefe do Serviço Penitenciário.
334
TITULO SEGUNDO
ACCIONES COMUNES DEL SERVICO PENITENCIARIO Y
DEL PATRONATO DE LIBERADOS BONAERENSES
ARTICULO 214 - El Servicio Penitenciario y el Patronato de Liberados podrán celebrar
cualquier tipo de convenio que fuera menester a fin de coordinar acciones comunes,
concurrentes o complementarias.
TÍTULO SEGUNDO
AÇÕES COMUNS DO SERVIÇO PENITENCIÁRIO E
DO PATRONATO DE LIBERADOS PORTENHOS
ARTIGO 214 - O Serviço Penitenciário e o Patronato de Liberados poderão formar qualquer
tipo de convênio que for necessário, com o intuito de coordenar ações comuns,
concorrentes ou complementares.
TITULO TERCERO
DISPOSICIONES COMPLEMENTARIAS
ARTICULO 218 - En toda obra pública y/o concesión de la misma y/o contrato de suministro
que implique servicios, realizados por el Estado Provincial por medio de contratistas
privados, cualquiera sea su forma de ejecución, se deberán emplear, en la forma y
condiciones que determine la reglamentación, los condenados del régimen abierto a cargo
del Servicio Penitenciario y los liberados bajo tutela del Patronato. El porcentaje de
condenados y liberados a ocupar en forma efectiva deberá ser equivalente al cinco (5) por
ciento del total del plantel afectado a la obra. La relación entre el contratista y el
condenado y/o liberado estará regida por las normas del derecho del trabajo y la seguridad
social, no asumiendo el estado provincial responsabilidad alguna en dicha contratación.
El incumplimiento por parte de los contratistas de aquella obligación será sancionado con
una multa diaria equivalente a cinco (5) salarios mínimos, vitales y móviles diarios por
persona no ocupada y por el lapso que abarque el incumplimiento.
Exceptúase, de la obligación que impone el presente artículo a todo contratista cuya
empresa ocupe menos de veinte (20) trabajadores.
TÍTULO TERCEIRO
DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES
ARTIGO 218 - Em toda obra pública e/ou concessão da mesma e/ou contrato de
fornecimento que implique em serviços realizados pelo Estado Provincial, por meio de
empresas privadas, qualquer que seja sua forma de execução, deverão empregar, na forma
e condições que determinar a regulamentação, os condenados do regime aberto a cargo do
338
ARTICULO 219 - El Estado Provincial, a través del Poder Ejecutivo, podrá adherir a los
convenios de colaboración, reciprocidad y transferencia de condenados o liberados que el
Poder Ejecutivo Nacional acuerde con otros países, siempre que su adhesión favorezca a
los intereses de la provincia y sea concordante con su política penitenciaria y
postpenitenciaria.
ARTIGO 219 - O Estado Provincial, por meio do Poder Executivo, poderá aderir aos
convênios de colaboração, reciprocidade e transferência de condenados ou liberados que o
Poder Executivo Nacional acordar com outros países, sempre que sua adesão favorecer os
interesses da província e for concordante com sua política penitenciária e pós-penitenciária.
ARTICULO 220 - El Estado Provincial, a través del Poder Ejecutivo, podrá suscribir
convenios de colaboración y/o reciprocidad, referidos a la ejecución de la pena y a la
transferencia de condenados o liberados con la Nación, otras provincias, ciudad de Buenos
Aires, otras naciones o estados extranjeros, cuando considere que los mismos favorezcan al
cumplimiento de los fines de esta Ley y los intereses de la Provincia.
ARTIGO 220 - O Estado Provincial, por meio do Poder Executivo, poderá subscrever
convênios de colaboração e/ou reciprocidade, referidos à execução da pena e à
transferência de condenados ou liberados com a Nação, outras províncias, cidade de
Buenos Aires, outras nações ou estados estrangeiros, quando considerar que os mesmos
favorecem o cumprimento dos fins desta Lei e dos interesses da Província.
339
DISPOSICIONES TRANSITORIAS
ARTICULO 221 - Hasta el efectivo ejercicio de sus funciones por parte de los jueces de
Ejecución se entenderá por juez competente a los fines de esta Ley, al magistrado a cuya
disposición se encuentre el procesado o condenado.
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
ARTIGO 221 - Até o efetivo exercício de suas funções por parte dos juízes de Execução
será entendido por juiz competente, aos fins desta Lei, o magistrado a cuja disposição se
encontrar o processado ou condenado.
ARTIGO 222 - Não será de aplicação o disposto no artículo 15º da presente Lei, até o
momento em que a província não contar com estabelecimentos adequados para o
cumprimento dos fins previstos.
ARTICULO 224 - Hasta tanto se reglamente la presente, continuarán rigiendo las normas
reglamentarias en vigencia en tanto no se contrapongan con el texto de esta Ley.
ARTIGO 224 – Até quando se regulamentar a presente lei, continuarão regendo as normas
regulamentares em vigência, desde que não se contraponham ao texto desta Lei.
340
ARTICULO 225 - Derógase la Ley 5619 y sus modificatorias, del Código de Ejecución Penal
y cualquier otra norma que se oponga a la presente.
ARTIGO 225 – Derroga-se a Lei 5619 e as posteriores que a modificaram, bem como as
normas do Código de Execução Penal ou de qualquer outra lei que se oponha à presente.
DECRETO 38
DECRETA:
Art. 1º - Obsérvase en el Art. 188 inc. 5) del proyecto de Ley de Ejecución Penal a que alude
el Visto del presente, la expresión "registrables y".
Art. 2º - Promúlgase el texto aprobado, con excepción de la observación formulada en el
artículo precedente.
Art. 3º - Comuníquese a la Honorable Legislatura.
Art 4º - El presente Decreto será refrendado por el señor Ministro Secretario en el
Departamento de Gobierno.
Art. 5º - Regístrese, comuníquese, publíquese, dese al "Boletín Oficial" y archívese.
DUHALDE
J. M. Díaz Bancalari.