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Universidade Federal de Pernambuco

Centro Acadêmico do Agreste


Núcleo de Tecnologia - Engenharia Civil
Hidrologia Aplicada

RECURSOS HÍDRICOS NO
BRASIL E NO MUNDO

Saulo de Tarso M. Bezerra


Qual a Importância da Água? Água no Corpo Humano
A água representa insumo fundamental à vida,
• A água representa 70% da
configurando elemento insubstituível em diversas massa do corpo humano
atividades humanas, além de manter o equilíbrio do • Sintomas de desidratação:
meio ambiente. – Perda de 1% a 5% de água
• Sede, pulso acelerado,
fraqueza
– Perda de 6% a 10% de
Elemento construtivo na água
• Dor de cabeça, fala
fotossíntese das plantas confusa, visão turva
– Perda de 11% a 12% de
água
• Delírio, língua inchada,
Constituinte dos organismos Foto: www.plantasonya.com.br/ morte

Crédito: Desconhecido

Problemas Relacionados com a Água Problemas Relacionados com a Água

 Parte da população não dispõem de abastecimento de Cochabamba, Bolívia, 2000


água potável China e Tibete
 Imprópria para os diversos usos Oriente Médio – Guerra dos seis dias, 1967
 Proliferação de doenças transmitidas pela água, como Um dos motivos da guerra entre Israel e seus vizinhos
cólera e diarreias foi justamente a ameaça, por parte dos árabes, de
desviar o fluxo do rio Jordão.
Diversos países, como a Síria, dependem desse rio.

Crédito: Desconhecido
Quantidade de Água no Mundo Quantidade de Água no Mundo
Volume de água Volume Porc.
Fonte
(1000 x km3) (%) Principais métodos de dessalinização
na Terra: Oceanos, mares e baías 1.338 96,54%
Calotas polares, geleiras e neve permanente 24,1 1,74% Osmose reversa (inversa)
Água Subterrâneas 23,4 1,69%
Lagos 0,18 0,01% Destilação multiestágios
Rios 0,02 0,001%
Atmosfera 0,01 0,001%
Outras fontes 0,33 0,02%
Fonte: Igor Shiklomanov's chapter "World fresh water resources" in Peter H. Gleick (ed.), 1993,
Water in Crisis: A Guide to the World's Fresh Water Resources (Oxford University Press, New Yoirk).
Dessalinização térmica
Congelamento
 Os oceanos contêm 35 g de sais dissolvidos/kg de água
 A água do mar também não pode ser usada na agricultura ou na indústria: Destilação por forno solar
 o excesso de sal mataria as plantações
 deterioraria maquinários, entupiria válvulas e explodiria caldeiras

Fonte: MMA/BRASIL, Prof. Kepler França (UFCG)

Quantidade de Água no Mundo Quantidade de Água no Mundo


Volume de água Volume Porc. Quantidade existente de água, considerando os aportes superficiais
Fonte
na Terra: (1000 x km3) (%) e subterrâneos, poderia fornecer mais de 6.500 m³/ano/pessoa.
Oceanos, mares e baías 1.338 96,54%
Calotas polares, geleiras e neve permanente 24,1 1,74%
Água Subterrâneas 23,4 1,69% Classificação das regiões (ONU, 1997)
Lagos 0,18 0,01%
Rios 0,02 0,001%
Atmosfera 0,01 0,001%
Outras fontes 0,33 0,02%
Fonte: Igor Shiklomanov's chapter "World fresh water resources" in Peter H. Gleick (ed.), 1993,
Water in Crisis: A Guide to the World's Fresh Water Resources (Oxford University Press, New Yoirk).

A quantidade de água doce no


mundo é “pequena”?
Fonte: Desconhecida
Hidrologia Aplicada Hidrologia Aplicada
O advogado francês Pierre Perrault realizou medições
Hidrologia pluviométricas e fluviométricas no rio Sena, e concluiu
“É a ciência que trata da água na Terra, a sua que a vazão do rio Sena não resultou da água
ocorrência, circulação e distribuição no tempo e no subterrânea oriunda do mar, mas sim da água da chuva.
espaço, as suas propriedades físicas e químicas, além da Assim, ele publicou o livro “De l’origine des
sua interação com o ambiente e com os seres vivos”. fontaines” (A origem das fontes) em 1674 (BISWAS, 1970).
(CHOW, 1959)
A UNESCO considera que o ano 1674 é o ano do
“Estuda as fases do ciclo hidrológico, descrevendo seu
nascimento da hidrologia. Então, a partir desse ano a
passado, tentando prever o futuro”.
hidrologia vem sendo cada vez mais conhecida e
estudada pela sociedade.

Hidrologia Aplicada Hidrologia Aplicada


Qual a importância de estudar Hidrologia
Origem dos dados  séries históricas.
para os Engenheiros Civis?

Séries históricas: conhecimentos que resultam da observação


sistemática dos fenômenos hidrológicos no decorrer do tempo.

DADOS EXPERIMENTAIS versus DADOS HISTÓRICOS


(repetição) (continuados)

Crédito: Desconhecido
Aplicações na Engenharia Civil Aplicações na Engenharia Civil
1. Projeto e construção de obras hidráulicas 4. Irrigação
• determinação da vazão para projetos de sarjeitas, galerias etc. • escolha de mananciais.
• dimensionamento de condutos e sistemas de recalque. • estudo precipitação e evapotranspiração.
• projeto e construção de barragens.
5. Regularização dos cursos de água e controle de inundações
• dimensionamento de vertedores.
• etc... • estudo das variações de vazão.
• previsão de vazões máximas.
2. Abastecimento de água • exame das oscilações de nível e das áreas de inundação.
• disponibilidade hídrica dos mananciais superficiais e subterrâneos. 6. Controle da poluição / Esgotamento sanitário
• escolha de fontes.
• análise da capacidade de autodepuração dos corpos d’água.
• receptores de efluentes de sistemas de esgotos:
3. Abastecimento industrial
vazões mínimas dos cursos d’água.

Aplicações na Engenharia Civil Aplicações na Engenharia Civil


6. Controle da poluição / Esgotamento sanitário 7. Controle de erosão
• análise da intensidade e frequência das precipitações máximas.

Porto Alegre – RS
• determinação do coeficiente de escoamento superficial.
Abril 2008 • estudo da ação erosiva das águas e da proteção por meio de
vegetação e outros recursos.

8. Navegação
9. Controle de enchentes
10. Drenagem urbana
• projetos de bacias de retenção (água permanente) e detenção.

Crédito: Desconhecido
Resultados da insuficiência/deficiência de dados
Aplicações na Engenharia Civil para o projeto de obras hidráulicas
11. Aproveitamento hidrelétricos
 Construção de obras custosas de captação e adução para
 Previsão das: Qmax, Qmin e Qmed dos cursos d’água para estudo
a aproveitamento de mananciais inadequados ou
econômico-financeiro do aproveitamento.
insuficientes
 Estudo da necessidade de reservatório de acumulação.
 Determinação dos parâmetros de projeto e construção dos
 Sub ou superdimensionamento de barragens.
reservatórios.  Dimensionamento impróprio de bueiros e galerias ao
 Estudo de bacias longo de vias urbanas, autoestradas e ferrovias.
• volumes armazenáveis  Retificações de trechos de rios que acabam com o
• perdas por evaporação agravamento nos problemas de inundação e
• infiltração assoreamento.
 Projetos falhos de reservatórios.
 Perfuração de poços secos.

Perguntas... Perguntas...
Qual é a vazão máxima provável em um local proposto Como a urbanização afeta o escoamento dos rios?
para uma barragem? Qual será a disponibilidade de água para geração de energia
Qual é a disponibilidade de água de um rio e como ela durante o próximo período de estiagem?
poderá variar entre estações e de um ano a outro? Considerando que não haverá água suficiente para gerar
Qual é a vazão de um rio que é igualada ou superada energia durante o próximo ano, quando devem ser ligadas
90% do tempo? as usinas termoelétricas?
Qual é o volume de um reservatório necessário para Qual deve ser a potência do gerador e da turbina que
garantir uma determinada vazão a jusante? deverão ser instalados em uma nova usina hidrelétrica?
Qual é o tamanho adequado de um reservatório de Considerando que a quantidade de água em uma bacia é
armazenamento para limitar as inundações a jusante a muito reduzida, quais devem ser os usos prioritários?
um nível pré-estabelecido? Qual é o efeito do desmatamento sobre a vazão dos rios?
Fonte: Adaptado de Zahed e Porto (USP) Fonte: Adaptado de Zahed e Porto (USP)
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Hidrologia Aplicada

CICLO HIDROLÓGICO

Saulo de Tarso M. Bezerra


Ciclo Hidrológico Ciclo Hidrológico Global
Fenômeno global de circulação fechada da água entre a
Energia do sol que atua sobre o sistema terrestre: 36% de
superfície terrestre e a atmosfera, impulsionado principalmente
toda a energia que chega a terra é utilizada para a
pela energia solar associada à gravidade e à rotação terrestre.
evaporação de água na terra e do mar
A água evaporada para a atmosfera fica em média dez dias
na atmosfera

O fluxo sobre a superfície terrestre é positivo, ou seja, a


precipitação é maior que a evapotranspiração, resultando nas
vazões dos rios
Nos oceanos o fluxo é negativo, já que ocorre maior
evaporação sobre superfícies líquidas do que precipitação
Crédito: Desconhecido 30

Crédito: Desconhecido

Principais Etapas do Ciclo Hidrológico

 Precipitações atmosféricas: chuva, granizo, neve,


orvalho
 Escoamentos subterrâneos: infiltração, águas
subterrâneas
 Escoamentos superficiais: rios, lagos em trilhões de m³/ano

 Evaporação (na superfície das águas e no solo)


 Transpiração dos vegetais e animais
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Hidrologia Aplicada

BACIAS HIDROGRÁFICAS

Saulo de Tarso M. Bezerra


Bacia Hidrográfica Definições
É uma área de captação natural da água de precipitação,
Definição
que faz convergir os escoamentos para um único ponto de saída.
Conceitos Fundamentais
 Bacia de captação
Importância da Bacia Hidrográfica
 Bacia de drenagem
Lei das Águas  Bacia de contribuição

Composição da Bacia Hidrográfica


Delimitação de Bacias Hidrográficas
Exemplo de Bacias Hidrográficas Brasileiras
Fisiografia da Bacia Hidrográfica
Balanço Hídrico de uma Bacia Hidrográfica
EXUTÓRIO
Fonte: Stimamiglio (2002)

Definições Características Físicas das Bacias


É uma área de captação natural da água de precipitação,
O principal interesse em estudar a bacia hidrográfica é de que
que faz convergir os escoamentos para um único ponto de saída. suas características constituem um sistema natural de
transformação de chuva em vazão.

ENTRADA SISTEMA SAÍDA


(chuva) (bacia) (vazão na foz)
EXUTÓRIO

Crédito: Desconhecido Foto: Giro do Boi Crédito: Desconhecido Foto: Brasil Escola
Características Físicas das Bacias Características Físicas das Bacias
Entrada: Saída: Perdas intermediárias:
volume de água volume de água escoado volumes evaporados,
Bacia hidrográfica é um sistema físico hidrológico
precipitado pelo exutório transpirados, infiltrados, etc. Um sistema é um conjunto de partes conectadas que forma um todo
(Chuva = Hietograma) (Vazão = Hidrograma) (eventos isolados –
desconsiderar)

Crédito: Desconhecido

Crédito: Desconhecido

JUSANTE MONTANTE
Características Físicas das Bacias
Algumas convenções importantes em hidrologia:

BARRAGEM DE JUCAZINHO

Crédito: Desconhecido

Crédito: Desconhecido
44
Conceitos Fundamentais Conceitos Fundamentais

Bacia Hidrográfica  Sistema Físico Tempo (h)

ENTRADA: volume de água precipitado Hietograma da chuva

PERDAS: volumes evaporados, transpirados e infiltrados


SAÍDA: volume de água escoado pelo exutório Q (m3/s) Qmax = vazão de pico

Hidrograma da cheia
Q(t)
Papel hidrológico da bacia hidrográfica  Q(t) = Qs + Qss + Qb

Transformar uma entrada de volume concentrada no tempo em


uma saída de água de forma mais distribuída no tempo.
Tempo (h)
t
Crédito: Desconhecido

Lei das Águas – 9.433/97 Composição da Bacia Hidrográfica


A bacia hidrográfica compõe-se basicamente de um conjunto de
superfícies vertentes e de uma rede de drenagem formada por cursos
Lei 9.433/97 de água que confluem até resultar um leito único no exutório.
A bacia hidrográfica é a unidade
territorial para a implementação da Alto relevo
Afluentes
Política Nacional de Recursos
Hídricos e atuação do Sistema de
Limite da bacia
Gerenciamento de Recursos Baixo relevo
Hídricos. Rio principal

Exutório Crédito: Desconhecido

- Superfícies vertentes = fontes produtoras


- Rede de drenagem (rio principal e afluentes)
Crédito: Desconhecido
- Constante interação entre superfícies vertentes e rede de drenagem
Delimitação de Bacias Hidrográficas Delimitação de Bacias Hidrográficas

Divisor de água Os divisores de água (DA) de uma bacia hidrográfica são:


Divisor de Água  Divisor freático ou subterrâneo – difícil de ser localizado e
Limite superior de varia com o tempo.
uma bacia
hidrográfica.  Divisor superficial ou topográfico – baseado no relevo e
Separa áreas de
contribuição.
considerado a delimitação da bacia hidrográfica

Divisor de água

DA DA

Créditos: Desconhecidos Créditos: Desconhecidos

Delimitação de Bacias Hidrográficas Delimitação de Bacias Hidrográficas

Crédito: Desconhecido Base para delimitação de uma bacia → Planta


Planialtimétrica

Metodologia:
Identificação do exutório e da drenagem da região
Localização dos pontos altos cotados
Traça-se uma linha divisora de águas que separa
a bacia hidrográfica considerada das vizinhas,
considerando que:
Devido à dificuldade se determinar o DA freático, – o D.A. não corta nenhum curso de água
na prática, é comum o uso do divisor topográfico. – os pontos mais altos (geralmente) fazem parte do D.A.
– o D.A deve cortar as curvas de nível o mais perpendicular possível
– o D.A. deve passar no meio de duas curvas de mesmo nível
Delimitação de Bacias Hidrográficas Delimitação de Bacias Hidrográficas

Base para delimitação de uma bacia → Planta Base para delimitação de uma bacia → Planta
Planialtimétrica Planialtimétrica

Metodologia: Metodologia:
Uso do AutoCAD. Uso de Sistemas de Informações Geográficas (SIG).
Baixar o AutoCAD Student
Digitalizar as cartas topográficas
Delimitar as bacias

Planta do IBGE Planta do IBGE


Escala: Escala:
1:50.000 1:50.000
ou 1:25.000 ou 1:25.000

Destaque da Rede de Drenagem


Seção de referência  exutório

Crédito: Desconhecido Crédito: Desconhecido


1.218 1.217 1.238
Destaque da Rede de Drenagem
Seção de referência  exutório 1.317
EXUTÓRIO 1.357 1.357 EXUTÓRIO
1.178
1.323
1.377
1.413 1.137
1.307

1.400
1.393
1.070
1.400
1.428

1.144 1.400 1.345 1.400

1.330
1.166

1.297
1.357
1.400

1.400
1.447
25
Crédito: Desconhecido Crédito: Desconhecido

EXUTÓRIO EXUTÓRIO

26 26
Crédito: Desconhecido Crédito: Desconhecido
Crédito: Desconhecido Crédito: Desconhecido

Bacias e Sub-Bacias Hidrográficas

Bacias e Sub-bacias Hidrográficas

O exutório delimita a bacia ou sub-bacia.


Sub-bacia: “bacias dentro de bacias”.
Crédito: Desconhecido Crédito: Desconhecido
Rede Hidrográfica de Pernambuco

Regiões Hidrográficas:
Imagem: PERH (PE)
Divisão Hidrográfica
Conselho Nacional de
Rios Litorâneos  desaguando no Oceano Atlântico.
Recursos Hídricos (CNRH)
Res. Nº 32, de 15/10/2003 (rios Goiana, Capibaribe, Ipojuca, Sirinhaém, Una, Mundaú e outros)
Imagem: Wikimedia Rios Interiores  desaguando no Rio São Francisco.
(rios Ipanema, Moxotó, Pajeú, Terra Nova, Brígida, Garças e Pontal)

Regiões Hidrográficas ≠ Bacias Hidrográficas

Rede Hidrográfica de Pernambuco Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca


Crédito: Desconhecido
29 Unidades de Planejamento (UP)

13 bacias hidrográficas importantes:


Goiana, Capibaribe, Ipojuca, Sirinhaém, Una, Mundaú,
Ipanema,
Moxotó, Pajeú, Terra Nova, Brígida, Garças e Pontal
Unidade de Planejamento Hídrico UP3
16 constituídas por grupos de bacias:
6 pequenos rios litorâneos (GL1 a GL6) O percurso do rio Ipojuca, com cerca de 320 km, sendo
9 pequenos rios interiores (GI1 a GI9) seu regime fluvial intermitente, tornando-se perene a
partir do seu médio curso, nas proximidades da cidade
pequenos rios Fernando de Noronha
de Caruaru.
Fisiografia da Bacia Hidrográfica Fisiografia da Bacia Hidrográfica
Mecanismos adotados na obtenção das características Curvímetro
da bacia É um instrumento mecânico
ou eletrônico usado para
Curvímetros (comprimentos) medir o comprimento de
uma curva.
Planímetros
AutoCAD
GIS

Fotos: www.orientista.com.b\r

Fisiografia da Bacia Hidrográfica Fisiografia da Bacia Hidrográfica


Comprimento do Rio Principal Para determinar o comprimento
Planímetro de linhas (retas e curvas)
no AutoCAD pode-se usar o
É um instrumento para comando LIST.
Este comando também indica a
desenho técnico usado área e o perímetro de curvas
para medir a área de uma fechadas.

superfície plana arbitrária.

Foto: Wikipedia

Comprimento da Bacia

Crédito: Desconhecido
Fisiografia da Bacia Hidrográfica Área de Drenagem
Dados Fisiográficos de uma Bacia Hidrográfica: Área de Drenagem (A)
Todos os dados que podem ser extraídos de mapas,
fotografias aéreas e imagens de satélite. Bacias pequenas – área inferior a 3 km²
Área de drenagem Bacias médias – área variando de 3 km² a 1000 km²
Forma da bacia Bacias grandes – área superior a 1000 km²

Rede de drenagem
Para Wisler e Brater (1964)
Relevo Bacias pequenas – área inferior a 10 milhas quadradas (< 26
Cobertura vegetal km²)
Características geológicas Bacias grandes – área superior a 10 milhas quadradas (> 26
km²)
Uso e ocupação do solo

Efeito da Forma da Bacia Efeito da Forma da Bacia


Forma da Bacia Análise Qualitativa
Influência o escoamento superficial e o hidrograma Bacia circular: toda a água escoada tende a alcançar a saída
resultante de uma determinada chuva. da bacia ao mesmo tempo, ou seja, maior será a
possibilidade de toda a área estar contribuindo de uma só
Qual bacia possui maior tendência para cheias? vez.
→ Maior tendência para enchentes.
Bacia alongada: a saída da bacia é na ponta do maior eixo e,
sendo a área igual a da bacia circular, terá o escoamento
mais distribuído no tempo, pois terá menor possibilidade da
precipitação cobrir simultaneamente toda a sua extensão.
→ Menor tendência para enchentes.
Crédito: Desconhecido
Fisiografia da Bacia Hidrográfica Efeito da Forma da Bacia

Bacia do rio Amazonas:


CIRCULAR

Crédito: Desconhecido

Bacia do rio São Francisco: Bacia do rio Ipojuca:


ALONGADA ALONGADA

Créditos: Desconhecidos

Efeito da Forma da Bacia Efeito da Forma da Bacia

tempo

P
Bacia Alongada
Bacia Circular

Crédito: Desconhecido
Crédito: Desconhecido
Efeito da Forma da Bacia Efeito da Forma da Bacia
Coeficiente (ou índice) de compacidade (Kc) Coeficiente (ou índice) de compacidade (Kc)
Relação entre o perímetro da bacia e o perímetro que a Relação entre o perímetro da bacia e o perímetro que a
bacia teria se fosse circular. bacia teria se fosse circular.
P P
K c = 0,28 K c = 0,28
A A

Quanto mais próxima da unidade, ↑ Irregularidade bacia ↑ Kc


mais circular será a bacia, assim se os 
outros fatores forem iguais, a ↓ potencialidade de produção
tendência a enchentes será maior de picos de enchentes

Kc = 1,6 Kc = 1,4 Kc = 1,2 Kc = 1,1


Crédito: Desconhecido

Efeito da Forma da Bacia Efeito da Forma da Bacia


Fator de Forma ou Índice de Conformação (Ic, Kf ou Fc) Fator de Forma ou Índice de Conformação (Ic, Kf ou Fc)
É a relação entre a largura média e o comprimento do É a relação entre a largura média e o comprimento do
eixo (ou axial) da bacia, ou seja, é a relação entre a área eixo (ou axial) da bacia, ou seja, é a relação entre a área
da bacia e o quadrado de seu comprimento axial da bacia e o quadrado de seu comprimento axial
DESEMBOCADURA
A
A Ic =
Ic = 2 L2
A = área da bacia (km2); L
L = comprimento axial da bacia (km) L

compara a área da bacia com a


área do quadrado
Crédito: Desconhecido
Tempo de Escoamento Tempo de Concentração – Tc
Tempo necessário para que a água precipitada no ponto da bacia
que leva mais tempo para escoar até o ponto de controle
(exutório) contribua na vazão.
Tempo a partir do início da precipitação, necessário para que toda
a bacia contribua na seção em estudo (exutório).
tempo

P Bacia com alto tempo de concentração


Bacia com baixo tempo de concentração

Crédito: Desconhecido
Crédito: Desconhecido

Tempo de Concentração – Tc Rede de Drenagem


Fórmula de Kirpich Eq. Corpo de Engenheiros Fórmula de Watt e Chow Rios Perenes: Constância:
do Exército Americano
Escoamento contínuo, mesmo durante as secas mais severas.
0,385 L0,76 0,79
L3 Tc = 11,46 ×
L Alimentação contínua do lençol subterrâneo.
Tc = 57 × Tc = 7,68 ×
S0,19 S 0,5
Δh Rios Intermitentes:
Indicada para bacias pequenas (< 0,5 km²)
ou bacias rurais de até 12.000 km²
Indicada para bacias rurais Desenvolvida com base em dados
de bacias de até 5.840 km²
Escoam água durante as estações úmidas e secam nas de
estiagem.
Durante as estações chuvosas, transportam todos os tipos de
Tc: Tempo de concentração, em min;
Fórmula de Carter Equação de Dooge L: Comprimento do curso d’água principal, deflúvio, pois o lençol d'água subterrâneo conserva-se acima
em km;
Δh: Diferença de altitude ao longo do curso do leito fluvial.
d’água principal, em m.
L0,6 A0,41 S: Declividade do curso d’água principal
(adimensional). Rios Efêmeros:
Tc = 5,96 × Tc = 21,88 ×
S0,3 S0,17 A: Área da bacia, em km²;
Existem apenas durante ou imediatamente após os períodos
Indicada para bacias urbanas. Indicada para bacias rurais de precipitação e só transportam escoamento superficial.
Fontes: Desconhecidas
Rede de Drenagem Rede de Drenagem
Relação de bifurcação (Rb) Ordem dos cursos de água
Relação dos comprimentos (RL)
Relação das áreas (Ra) A ordem da bacia será
Densidade de drenagem (Dd) determinada pelo
Extensão média do escoamento superficial (ℓ) canal de ordem maior

Coeficiente de manutenção dos canais (C)


 Horton propôs, e Strahler
Densidade de confluências (Dc) modificou um critério para
Sinuosidade do curso d’água (Sin) hierarquizar cursos d’água
 Passou a ser conhecido
Densidade hidrográfica (Dh).
como ordem do curso d’água
Crédito: Desconhecido

Rede de Drenagem Rede de Drenagem

Ordem dos cursos de água


Método de Strahler)  Ordem 1: cursos d’água a partir
da nascente, de montante para
jusante, antes de qualquer
confluência.

 Quando ocorrer união de


afluentes de ordens iguais:
soma-se 1 ao rio resultante.

 Quando ocorrer união de


afluentes de números diferentes:
número > ao trecho.

Imagens: Rennó e Soares (www.dpi.inpe.br)


Crédito: Desconhecido
Rede de Drenagem Rede de Drenagem
Rede de Drenagem (Rd) Densidade de Drenagem (Dd)
Conjunto de todos os cursos d’água de uma bacia Relação entre o comprimento total dos cursos d’água e a
hidrográfica. área de drenagem (km/km²) (Linsley et al., 1949).
n Indicativo da eficiência de drenagem natural da bacia
Rd =  l i
i =1
Bacias com drenagem pobre → Dd < 0,5 km/km²
Bacias com drenagem regular → 0,5 ≤ Dd < 1,5 km/km²
onde: li = comprimento dos cursos d’água (km).
Dd =
l i
Bacias com drenagem boa → 1,5 ≤ Dd < 2,5 km/km²
Bacias com drenagem muito boa → 2,5 ≤ Dd < 3,5 km/km²
A
Bacias excepcionalmente bem drenadas → Dd ≥ 3,5 km/km²

Rede de Drenagem Rede de Drenagem


Extensão Média do Escoamento Superficial Sinuosidade do curso d’água (Sin)
A distância média que a água da chuva teria que escoar Relação entre o comprimento axial (L) e o comprimento do
sobre os terrenos de uma bacia, caso o escoamento se talvegue (LT). Fator controlador da velocidade de escoamento.
desse em linha reta, desde o ponto onde a chuva caiu até L
Sin = LT = comprimento do talvegue é a medida em linha reta entre os pontos
inicial (nascente) e final (foz) do curso d’água principal.
o ponto mais próximo no leito de um curso de água LT
qualquer da bacia (STRAHLER, 1964).

Dd
l=
2

Créditos: Desconhecidos
Rede de Drenagem Rede de Drenagem

Fonte: Livro Para Conhecer a Terra Fonte: Livro Para Conhecer a Terra

Rede de Drenagem Rede de Drenagem

Fonte: Livro Para Conhecer a Terra Fonte: Livro Para Conhecer a Terra
Declividade do Rio Declividade do Rio
Quociente entre a diferença de cotas e a extensão
Declividade equivalente constante (Seq) Crédito: Desconhecido

Declividade constante cujo tempo de concentração, para


o mesmo comprimento do curso de água em planta,
seria igual ao do perfil acidentado natural.
Quanto maior a declividade do curso de água, maior
será a velocidade de escoamento. Ponto mais baixo: 20 m
Métodos de cálculo de Seq:
Quociente entre a diferença de cotas e extensão Ponto mais alto: 300 m
horizontal
Método de “compensação de área”
Comprimento do talvegue principal = 7 km
Média harmônica Declividade = 0,04 m/m ou 40 m por km

Declividade do Rio Declividade do Rio


Método de Compensação de Área Método da Média Harmônica
Traça-se no gráfico do perfil longitudinal, uma linha reta, tal que, a
área compreendida entre ela e o eixo das abcissas (extensão 2
horizontal) – A1 – seja igual à compreendida entre a curva do perfil  
 
e a abcissa – A2. ∆H´⋅L L
A TR =  I eq =  n 
2  Li 
2 ⋅ A TR Crédito: Desconhecido  
∆H´ = Onde:  i =1 I i 
L
L = extensão horizontal do perfil,
∆H´ 2 ⋅ ATR 2 ⋅ ATR n = quantidade de trechos em que subdivide-se L,
Ieq =  Ieq =  Ieq = Li = extensão horizontal de cada trecho
L⋅ L
Crédito: Desconhecido
L L2
Ii = declividade média em cada trecho.
Como A1 = A2, pode-se escrever a equação de declividade como:

2 × área abaixo do perfil O método mais adotado pelos técnicos


I eq =
L2
Declividade do Rio Declividade da Bacia
Declividade da Bacia

Valores Típicos:
Perfil típico:
Baixa declividade: alguns cm por km Quanto maior...
Alta declividade: dezenas m por km ... ↑ velocidade de escoamento
Altitude do leito

... ↑ magnitude dos picos de enchentes


... ↑ rápida a ascensão dos hidrogramas de enchente
... ↑ susceptibilidade à erosão.
alto médio baixo

Distância ao longo do rio principal


Crédito: Desconhecido

Relevo da Bacia
Curva Hipsométrica
Representação gráfica do relevo médio de uma bacia, que mostra
a variação da elevação dos vários terrenos da bacia com
referência ao nível médio do mar.
Altitude (m)
890
Crédito: Desconhecido

350
Fração da Área (%)
108
0 -------- --100
Relevo da Bacia Relevo da Bacia
Curva Hipsométrica do Riacho do Faustino Curva Hipsométrica do Riacho do Faustino

Crédito: Desconhecido

Cobertura Vegetal Cobertura Vegetal


Cobertura vegetal: Desmatamento
Proteção natural do solo Efeito global: quando áreas muito grandes como
Influência no escoamento superficial: Amazônia sofrem grande alteração. A tendência é de
↑ interceptação  ↑ prof. raízes redução da precipitação apenas em grandes
↑ interceptação  escoamento demora mais a ocorrer; desmatamentos.
↑ profundidade de raízes  água consumida pela
evapotranspiração pode ser retirada de maiores
profundidades do solo Efeito local: aumento do escoamento e redução da
Influência na(s)... evapotranspiração para a mesma precipitação.
... evapotranspiração P–E= Q
... erosão do solo Obs.: analise simplificada que despreza a variação de
... enchentes e inundações armazenamento, reduzindo E, aumenta Q.
112
Uso e Ocupação do Solo Uso e Ocupação do Solo

Bacia Urbana versus Bacia Rural Bacia Urbana versus Bacia Rural

Créditos: Desconhecidos

Qual o impacto? Crédito: Desconhecido

Uso e Ocupação do Solo Uso e Ocupação do Solo


Bacia Rural Bacia Urbana
 Superfícies impermeáveis
 Maior interceptação vegetal
(telhados, ruas etc.)
 Maiores áreas permeáveis,  Aceleração do escoamento
maior infiltração através de canalizações e
drenagem superficial.
Crédito: Desconhecido
 Menor escoamento na
superfície do solo
- Aumento da vazão máxima
 Drenagem mais lenta
- Solos permeáveis: amortecem as cheias - Redução do tempo de pico
- Solos impermeáveis: rápidas enchentes - Diminuição do tempo de base
- Solos arenosos: menor escoamento superficial
- Solos argilosos: maior escoamento superficial
Uso e Ocupação do Solo Uso e Ocupação do Solo

Crédito: Desconhecido

Bacia do Arroio da Ronda em Ponta Grossa – PR


Crédito: Desconhecido

Características Geológicas
Solos permeáveis  amortecem as cheias
Solos impermeáveis  rápidas enchentes

Solos arenosos  ↓ escoamento superficial


Solos argilosos  ↑ escoamento superficial

Solos rasos  ↑ escoamento superficial


Solos profundos  ↓ escoamento superficial

120
Universidade Federal de Pernambuco
Centro Acadêmico do Agreste
Núcleo de Tecnologia - Engenharia Civil
Hidrologia Aplicada

PRECIPITAÇÃO

Saulo de Tarso M. Bezerra


Precipitação Precipitação
A precipitação é toda água proveniente do meio A precipitação é toda água proveniente do meio
atmosférico que atinge a superfície terrestre (por atmosférico que atinge a superfície terrestre (por
exemplo, neblina, chuva, granizo e neve) exemplo, neblina, chuva, granizo e neve)
A disponibilidade de precipitação numa bacia durante o
“a precipitação é a entrada de ano é o fator determinante para quantificar os diversos
água em uma bacia hidrográfica” usos (irrigação, de abastecimento humano, animal,
industrial etc.)

Crédito: Desconhecido.
Crédito: Desconhecido.

Precipitação – Nuvens Precipitação – Nuvens


 Nuvem é um conjunto visível de partículas De acordo com a OMM (Organização Meteorológica Mundial)
minúsculas de água líquida ou de gelo, ou de ambas existem três estágios de nuvens e uma categoria especial:
ao mesmo tempo, em suspensão na atmosfera Nuvens baixas: base até 2 km de altura – líquidas (cumulus e
stratus).
 É a umidade do ar condensada
Nuvens médias: base entre 2 a 4 km de altura nos pólos, entre
2 a 7 km em latitudes médias, e entre 2 a 8 km no equador –
Este conjunto pode também conter
líquidas e mistas (altostratus e altocumulos).
partículas de água líquida ou de
Nuvens altas: base acima de 6 km de altura – sólidas (cirrus).
gelo em maiores dimen\sões, e
outras partículas procedentes, por Nuvens com desenvolvimento vertical (cumulonimbus).
exemplo, de vapores industriais,
de fumaças ou de poeiras.
Crédito: Desconhecido.
Principais Tipos de Nuvens Mecanismo de Formação das Chuvas

 Cirrocumulus Quando a condensação ocorre no ar acima do solo,


minúsculas partículas conhecidas como núcleos de
 Cirrostratus condensação servem como superfície sobre a qual o vapor
 Cirrus d’água condensa.
 Altocumulus A atmosfera contém abundância de núcleos de condensação
(partículas microscópicas de poeira, fumaça e sal) 
 Altostratus superfícies sobre as quais a condensação pode ocorrer
 Cumulus (núcleos tem raios maiores que 1µm).
 Stratocumulus Crédito: Desconhecido.
Mais importante que a presença de núcleos relativamente
grandes é a presença de núcleos higroscópicos, que tem uma
 Stratus afinidade química especial (atração) por moléculas de água
 Nimbostratus (por exemplo, sais marinhos).
 Cumulonimbus A condensação começa sobre esses núcleos em umidades
relativas abaixo dos 100%.

Precipitação Precipitação
Chuvisco Muito fina e de baixa
intensidade
Chuva Forma líquida
Neve Forma de cristais de gelo
que durante a queda
coalescem formando \blocos
de dimensões variáveis
Saraiva Forma de pequenas pedras
de gelo arredondadas com Φ
≈ 5 mm
Granizo Forma de pequenas pedras Crédito: Desconhecido.
de gelo arredondadas com Φ
> 5 mm
Foto: Defesa Civil de Urubici
Flocos de neve vistos ao microscópio eletrônico
Tipos de Precipitação Tipos de Precipitação
Ar Saturado Ar Saturado
Orvalho Gotículas de água formadas Orvalho Gotículas de água formadas
pela condensação de vapor de pela condensação de vapor de
água e posterior resfriamento água e posterior resfriamento
Geada Deposição de cristais de Geada Deposição de cristais de
gelo, semelhante ao orvalho gelo, semelhante ao orvalho
(abaixo de 0°C) (abaixo de 0°C)
Nevoeiro Suspensão de minúsculas
 Dependem do resfriamento radiativo Foto: AKphotopro/Shutterstock.com Foto: Genílson Araújo/Agência O Globo/VEJA
gotículas de água próximo à
noturno (noite limpa e calma). superfície
 São formas de condensação direta sobre
uma superfície: solo, folhas ou carros etc.

Classificação da Precipitação Típica nuvem que resulta em chuva convectiva –


Cumulonimbus – Manaus (AM)

 Quanto à origem: Crédito: Desconhecido.

 Chuva Convectiva
 Chuva Orográfica
 Chuva Frontal

Crédito: Desconhecido.
Precipitação – Chuvas Convectivas Precipitação – Chuvas Convectivas
 São provocadas pela brusca ascensão local de ar  Originada do processo de convecção livre, em que
menos denso, que atingirá seu nível de condensação ocorre resfriamento adiabático, formando-se nuvens
com formação de nuvens, e, muitas vezes, de grande desenvolvimento vertical.
precipitações.  O resfriamento adiabático consiste no resfriamento da
 Pequenas áreas, com grande variabilidade espacial, parcela de ar pela diminuição da pressão e da
resultado do aquecimento da superfície temperatura sem que ocorra troca de calor com o
 Duração: curta a média (minutos a horas) ambiente externo. Esse processo ocorre quando a
 Intensidade: moderada a forte, dependendo do parcela de ar se eleva na atmosfera. Essa elevação
desenvolvimento vertical da nuvem pode ocorrer por diversas razões.
 Grande problema em áreas urbanas  O processo pode ocorrer no sentido contrário. Nessa
situação temos o compressão e o aquecimento da
 Cálculo de bueiros, galerias de águas pluviais parcela de ar (aquecimento adiabático neste caso).

Precipitação – Chuvas Orográficas Precipitação – Chuvas Orográficas


 Ocorrem quando os ventos úmidos se elevam e se  Ocorrem em regiões onde barreiras orográficas
resfriam pelo encontro de uma barreira montanhosa forçam a elevação do ar úmido, provocando
 Intensidade baixa a moderada, longa duração e convecção forçada, resultando em resfriamento
homogêneas adiabático e em chuva na face a barlavento.
 Projeto de obras hidrelétricas, controle de cheias e  Na face a sotavento, ocorre a sombra de chuva, ou
navegação Ar seco
seja, ausência de chuvas devido ao efeito orográfico.
Exemplo do efeito orográfico na Serra do Mar (SP):
 Santos – P = 2153 mm/ano
 Cubatão – P = 2530 mm/ano
Clima
Ar úmido  Serra a 350m – P = 3151mm/ano
desértico
chuva  Serra a 500m – P = 3387 mm/ano
 Serra a 850m – P = 3874 mm/ano
Chuvas Frontais ou Ciclônicas Chuvas Frontais ou Ciclônicas
 São causadas pelo encontro de uma massa fria (e seca)
com outra quente (e úmida). Por ser mais pesado, o ar frio
faz o ar quente subir na atmosfera. Com a subida da
massa de ar quente e úmida, há um resfriamento da
mesma que condensa e forma a precipitação.
 Distribuição: generalizada na região, grandes áreas
 Intensidade: fraca a moderada, dependendo do tipo de
frente
 Duração: média a longa (horas a dias), dependendo da
velocidade de deslocamento da frente
 Projeto de obras hidrelétricas, controle de cheias e
navegação
Crédito: Desconhecido.

Medição da Precipitação – Pluviômetro Medição da Precipitação – Pluviógrafo

Crédito: Desconhecido.
Crédito: Desconhecido.
Grandezas Características das Chuvas Grandezas Características das Chuvas

Altura pluviométrica / Precipitação – P (mm): espessura Tempo de recorrência / Tempo de retorno / Período de retorno –
média da lâmina de água precipitada que recobre a região T ou Tr (anos): número médio de anos durante o qual se espera
que a precipitação analisada seja igualada ou superada.
atingida pela precipitação, admitindo-se que a água não se
Ex.: Se a chuva de 50 mm em um dia é igualada ou superada
infiltre, não evapore, nem se escoe para fora dos limites da
apenas 1 vez a cada 10 anos diz-se que o Tr é de 10 anos.
região.
Duração – t (min ou h): período de tempo durante o qual Probabilidade / Frequência de probabilidade – P (anos): risco de
ocorre a precipitação. um evento (ex.: precipitação, vazão) ser ultrapassado em um ano
Intensidade – i (mm/h ou mm/min): precipitação por qualquer.
unidade de tempo. Ex.: Se uma cheia tem a probabilidade de ser igualada ou
excedida igual a 5%, o período de retorno será de 20 anos.
i = P/ t Em outras palavras, diz-se que esta cheia tem 5% de
probabilidade de ser igualada ou excedida em qualquer ano.

Tempo P (mm)
Grandezas Características das Chuvas Tempo I (mm/h)
Grandezas Características das Chuvas
07:00 Exemplo de Registro de Chuva – Hietograma 07:00 Exemplo de Registro de Chuva – Hietograma
07:10 07:10
07:20 2 07:20 2
07:30 Início: 07:10 07:30 Início: 07:10
07:40 2
Fim: 09:10 07:40 2
Fim: 09:10
8 8
07:50 4 7 07:50 4 7

Intensidade (mm/h)
Precipitação (mm)

08:00 7 6 08:00 7 6
Início: 07:20 Início: 07:20
08:10 3 5 08:10 3 5
Fim: 09:10 Fim: 09:10
08:20 5 4 08:20 5 4
3 3
08:30 5 08:30 5
2 2
08:40 4
1
Início: 07:20 08:40 4
1
Início: 07:20
08:50 3 0 Fim: 09:20 08:50 3 0 Fim: 09:20
07:00
07:10
07:20
07:30
07:40
07:50
08:00
08:10
08:20
08:30
08:40
08:50
09:00
09:10
09:20
09:30
09:40
09:50
10:00

07:00
07:10
07:20
07:30
07:40
07:50
08:00
08:10
08:20
08:30
08:40
08:50
09:00
09:10
09:20
09:30
09:40
09:50
10:00
09:00 2 09:00 2
09:10 1 09:10 1
Tempo (minutos) P = 38 mm Tempo (minutos) P = 6,33 mm
09:20 Duração = 2 horas 09:20 Duração = 2 horas
09:30 Imédia = 19 mm/h 09:30 Imédia = 3,27 mm/h
09:40 09:40
09:50 Duração do evento chuvoso = 2 horas 09:50 Duração do evento chuvoso = 2 horas
10:00 10:00
Precipitação Média de uma Região Método da Média Aritmética
 Lâmina d’água de altura uniforme sobre toda a área Envolve a média das alturas de precipitação registradas
considerada, associada a um período de tempo dado. em vários pluviômetros.
 Metodologias mais usuais: → Satisfatório se os postos são uniformemente
 Método da média aritmética distribuídos sobre a bacia e a altura medida nos diversos
 Método de Thiessen postos não varia muito em relação à média.

 Métodos das isoietas


∑ Pi
 Interpolação ponderada pela distância Pmed =
n
 Outros métodos (e.g., Kriging e vizinho natural)

Método de Thiessen Método de Thiessen – Metodologia


 Considera a não-uniformidade da distribuição
espacial dos postos, através da atribuição de pesos
relativos aos postos no cálculo da precipitação média.
2) Ligue os postos
 Assume-se que em qualquer ponto da bacia a por trechos
precipitação é igual à medida no posto mais próximo. retilíneos.

∑ Pi×Ai
Pmed = 3) Trace linhas
Atotal
1) Identifique os postos perpendiculares aos trechos
que armazenam dados retilíneos passando pelo
pluviométricos na região meio da linha que liga os
de interesse. dois postos, até encontrar
outra.
Crédito: Desconhecido.
Método de Thiessen – Metodologia Método de Thiessen – Metodologia
Aplicação do Método de Thiessen
Bacia hidrográfica do rio Gramame – PB
Os polígonos formados
correspondem à área de influência
de cada posto.

Calcula-se a precipitação média


com a seguinte fórmula:

∑ Pi×Ai
Pmed =
Atotal

Crédito: Desconhecido. Fonte: Prof. Cristiano das N. Almeida (UFPB)

Método de Thiessen Considerações Método de Thiessen

 É mais preciso que o Método da Média Aritmética.


QGIS: Cálculo da precipitação média pelo método de Thiessen
http://profmarcello.blogspot.com/2013/07/qgis-caculo-da-precipitacao-media-pelo.html  Indicado para terrenos levemente acidentados.
 Bons resultados quando a localização e a exposição
dos pluviômetros são semelhantes.

 Vantagem: uma vez estabelecida a rede, os valores


de Ai permanecem constantes e as mudanças são
apenas nas precipitações Pi.
 Desvantagem: necessidade de construção de um
novo traçado dos polígonos para cada novo posto
adicionado à rede.
Método das Isoietas
Isoietas: linhas de igual 5,13 cm → 135,2 mm
Precipitação Média – Método das Isoietas
precipitação que podem ser
X1 → 25,2 mm Isoietas médias anuais 1977-2006 de PE
X1 = 0,96 cm
traçadas para um evento ou
5,13 cm → 135,2 mm
para uma duração
X2, X3 → 50 mm
específica. X2 = X3 = 1,90 cm

5,13 cm → 135,2 mm
X4 → 10 mm
X4 = 0,38 cm

X1 = 0,96 cm

X2 = 1,90 cm

X3 = 1,90 cm

X4 = 0,38 cm
Mapa com isoietas traçadas para região Crédito: Desconhecido. Crédito: Desconhecido.
do município de Rio Negrinho – SC.

Método das Isoietas Método das Isoietas


Localize os postos no mapa da região de
interesse e escreva o total precipitado para
o período escolhido ao lado de cada posto.
Esboce linhas de igual precipitação,
escolhendo números inteiros.
Ajuste estas linhas por interpolação entre
os pontos.
Utilize um mapa de relevo e superponha
com o mapa das isoietas para fazer um
ajuste dessas linhas com o relevo.
Determine a área entre cada par de
isoietas.
Normais Climatológicas do Brasil 1911-2010 Obtenha a precipitação média:
Precipitação acumulada anual (mm)
∑ Ai ∗(Pi +Pi+1 )
Pm =
Imagem: INMET Atotal Crédito: Desconhecido.
Exemplo de Aplicação Exemplo de Aplicação
 Determine a precipitação média anual da bacia abaixo  Determine a precipitação média anual da bacia abaixo
pelos métodos da média aritmética, de Thiessen, e das pelos métodos da média aritmética, de Thiessen, e das
Isoietas. Isoietas.
Quadro 1. Precipitação média anual dos postos Quadro 1. Precipitação média anual dos postos

ID Precipitação ID Precipitação
Método da Média Aritmética
Posto (mm) Posto (mm)
P = (P2 + P3 + P4 + P5) / 4
1 27 1 27
2 42 2 42 P = (42 + 36 + 69 + 58) / 4
3 36 3 36
Pmed = 51,25 mm
4 69 4 69
5 58 5 58
6 80 6 80

Exemplo de Aplicação Exemplo de Aplicação


 Determine a precipitação média anual da bacia abaixo  Determine a precipitação média anual da bacia abaixo
pelos métodos da média aritmética, de Thiessen, e das pelos métodos da média aritmética, de Thiessen, e das
Isoietas. Isoietas.

Método de Thiessen Método das Isoietas

P = (P1*A1 + P2*A2 + P3*A3 + ... P = (P1*A1 + P2*A2 + P3*A3 + ...


... + P4*A4 + P5*A5 + P6*A6) / ATOTAL ... + P4*A4 + P5*A5 + P6*A6) / ATOTAL

P = (27*33,3 + 42*90,7 + 36*106,7 + ... P = (25*1,9 + 35*128,6 + 45*108,7 + ...


... + 69*85 + 58*67,9 + 80*37,6) / 421,2 ... + 55*71 + 65*87,4 + 75*25,3) / 421,2

Pmed = 50,7 mm Pmed = 49,7 mm


Chuvas Intensas Chuvas Intensas
Chuvas mais intensas já registradas no Mundo
 Chuvas fracas são mais frequentes Duração Precipitação Local e Data
1 minuto 38 mm Barot, Guadalupe (Caribe), 26/11/1970 1
 Chuvas intensas são mais raras 15 minutos 198 mm Plumb Point, Jamaica, 12/05/1916 1
30 minutos 280 mm Sikeshugou, China, 03/07/1974 1
1 hora 401 mm Shangdi, Mongólia (China), 03/07/1975 1
Por exemplo:
10 horas 1.400 mm Muduocaidang, Mongólia (China), 01/08/1977 1
Todos os anos ocorrem alguns eventos de 10 mm em 1 dia 1.870 mm Cilaos, Reunião, 15-16/03/1952 4
1 dia em Caruaru-PE. 2 dias 2.467 mm Aurère, Reunião, 08-10/01/1958 2
4 dias 4.869 mm Commerson, Reunião, 24-27/02/2007 2
Chuvas de 90 mm em 1 dia ocorrem em média uma vez
1 mês 9.300 mm Cherapunjee, Índia, 06/1861 3
a cada 10 anos.
1 ano 26.461 mm Cherapunjee, Índia, 08/1860-07/1861 1

Fontes: 1 – WARD, A. D.; TRIMBLE, S. W. Environmental Hydrology. Crc Press, 2003. 2 – Global Weather & Climate Extremes / World
Meteorological Organisation. 3 – http://www.ingodoy.com.br. 4 – Guinness World Records 2006.

Precipitação Máxima Precipitação Máxima


Precipitação Máxima: ocorrência extrema, com duração, Curvas de intensidade, duração e frequência (curva IDF):
distribuição temporal e espacial crítica para uma área. relaciona a duração, a intensidade e o risco da precipitação ser
igualada ou superada.
Importância: conhecimento da vazão de enchente de uma área
e dimensionamento de estruturas extravasoras. Precipitação Máxima Provável (PMP): maior coluna
pluviométrica correspondente a uma dada duração, fisicamente
Metodologias mais usuais: possível de ocorrer sobre uma dada área em uma dada época do
 Curvas de intensidade, duração e frequência (curva IDF) ano.

 Precipitação Máxima Provável (PMP)


Em Recife, 50 mm de chuva é pouco se ocorrer
ao longo de um mês, mas é muito se ocorrer em 1 hora.

168
Equações Intensidade-Duração-Frequência Curvas IDF – Equação DAEE/FCTH

 tipo “DAEE – FCTH”


F   T 
I = A ⋅ (t + B ) + D ⋅ (t + E ) ⋅ G + H ⋅ ln ln 
C

 tipo “HC – FCTH”
  (T − 1)  
 tipo Geral
 tipo “Eng. Otto Pfafstetter” Onde:
 outras I é intensidade pluviométrica (mm/min)
T é o período de retorno (anos)
t é duração da chuva (min)
A, B, C, D, E, F, G, H dependem de t e do local em estudo

Fonte: Desconhecida.

Curvas IDF – Equação DAEE/FCTH Curvas IDF – Equação HC/FCTH


Exemplo Curva IDF DAEE/FCTH – Piracicaba (SP)
A D   Tr  
I= + ⋅  − 0,45004 − 0,7797 ⋅ ln ln  
(t + B ) (t + E )F  (Tr − 1)  
C
  T  
I(mm / min) = 47,8273 ( t + 30) −0,911 + 19,2043 ( t + 30) −0,9256  − 0,482 − 0,9273 ln ln  
  T −1

Pretende-se construir uma obra Onde:


hidráulica na cidade de Piracicaba-SP.
I é a intensidade pluviométrica (mm/min)
Determine a precipitação máxima da
chuva com duração de 2 horas e T é o período de retorno (anos)
tempo de retorno de 100 anos, com t é a duração da chuva (min)
base na equação IDF (FTCH) da A, B, C, D, E, F dependem do local em estudo
estação Piracicaba-D4-104R:
Solução = 1,2 mm/min = 72 mm/h
Fonte: Desconhecida.
Equação Geral de Curvas IDF Curva IDF – Metodologia
↑ T → ↑ Intensidade média máxima Curvas intensidade-duração-frequência (curva IDF)
cresce conforme seja mais raro o evento.  Análise estatística de séries longas de dados de um pluviógrafo
Para um mesmo T: ↑ t → ↓ i (no mínimo, 15 anos)
 Para cada duração, são obtidas as precipitações máximas anuais
Equações genéricas para a curva IDF:  Para cada duração ajusta-se uma distribuição estatística

Onde :
 Traça-se as curvas IDF:
I = intensidade (mm/h);
a ⋅ Tb  Abscissa: duração da chuva (min)
I= T = tempo de retorno (anos);
( t + c )d t = duração da chuva (minutos);
 Ordenada: intensidade máxima (mm/h)
a , b, c, d = parâmetros locais.  Uma curva para cada Tr (2, 3, 5, 10, 15, 20, 25, 50, 100 anos)
174

Equação Geral de Curvas IDF Equação Geral de Curvas IDF


Coletânea das equações de chuva do Brasil
Recife (2011) Caruaru
FESTI, A. V. Coletânea das equações de chuva do
1.409,29 × Tr 0 ,1149
2.884,02 × T 0 , 204
i= i= Brasil. XVII Simpósio Brasileiro de Recursos, 2007.
(t + 21)0,7712 (t + 27 )0,971
São Paulo
3.462,7 × T 0 ,172
i= i em mm/h
(t + 22 )1,025 T em anos
t em minutos

Fonte: Desconhecida.
Curvas IDF Curvas IDF
Exemplo Prático de Aplicação Exemplo Prático de Aplicação
Dimensionamento de Redes Pluviais Dimensionamento de Redes Pluviais
NBR 10844/1989 – Vazão de Projeto Intensidade Pluviométrica (mm/h)
Com base em dados pluviométricos locais, o I é determinado a partir:
C×I×A da fixação da duração de precipitação (t = 5 minutos) e do Tempo de retorno (T).
Q=
60 Tempo de Retorno (T):
T = 1 ano para áreas pavimentadas, tolerância de empoçamento
Q é a vazão de projeto, em L/min T = 5 anos para coberturas e terraços
C é o coeficiente de escoamento superficial T = 25 anos para coberturas e áreas onde não são permitidos empoçamentos ou
extravasamento
I é a intensidade máxima pluviométrica, em mm/h
Para construções de até 100 m² (projeção horizontal), salvo
A é a área de contribuição, em m2
em casos especiais, pode-se adotar i = 150 mm/h.
177 178

Curva IDF – Equação Otto Pfafstetter Curva IDF – Equação Otto Pfafstetter
β
Postos a b c
Equação Otto Pfafstetter Equação Otto Pfafstetter Aracaju – SE
5 min 15 min 30 min 1h-6d
0,00 0,04 0,08 0,20 0,6 24 20
Belém – PA
Chuvas intensas no Brasil (1957) B. Horizonte – MG
-0,04
0,12
0,00
0,12
0,00
0,12
0,04
0,04
0,4
0,6
31
26
20
20
C. do Sul – RS 0,00 0,08 0,08 0,08 0,5 23 20
Curvas para 98 postos localizados P = R a × t + b⋅ log ( 1+c × t) Cuiabá – MT 0,08 0,08 0,08 0,04 0,1 30 20
em diferentes regiões para cada posto: Curitiba – PR 0,16 0,16 0,16 0,08 0,2 25 20
Florianópolis – SC -0,04 0,12 0,20 0,20 0,3 33 10
α+ β Fortaleza – CE 0,04 0,04 0,08 0,08 0,2 36 20
P = R a × t + b⋅ log ( 1+c × t) R=T T0,25 Goiânia – GO
Rio de Janeiro – RJ
0,08 0,08 0,08 0,12 0,2 30 20
-0,04 0,12 0,12 0,20 0 35 10
João Pessoa – PB 0,00 0,00 0,04 0,08 0,6 33 10
Fontes: Desconhecida. Maceió – AL 0,00 0,04 0,08 0,2 0,5 29 10
Manaus – AM 0,04 0,00 0,00 0,04 0,1 33 20
P = precipitação máxima (mm) Duração α Duração α Natal – RN -0,08 0,00 0,08 0,12 0,7 23 20
t = duração da precipitação (horas) 5 min 0,108 8h 0,176 Niterói – RJ 0,08 0,12 0,12 0,12 0,2 27 20
Porto Alegre – RS 0,00 0,08 0,08 0,08 0,4 22 20
a, b, c = constantes de cada posto 15 min 0,122 14h 0,174
Porto Velho – RO 0,00 0,00 0,00 0,04 0,3 35 20
30 min 0,138 24h 0,170
R = fator de probabilidade Rio Branco – AC -0,08 0,00 0,04 0,08 0,3 31 20
1h 0,156 48h 0,166 Salvador – BA -0,04 0,08 0,08 0,12 0,6 33 10
T = tempo de retorno (anos) São Luiz – MA -0,08 0,00 0,00 0,08 0,4 42 10
2h 0,166 3d 0,160
α, β = valores que dependem de t Fonte: Desconhecida.
4h 0,174 4d 0,156
São Carlos – SP -0,04 0,08 0,08 0,12 0,4 29 20
Uruguaiana – RS -0,04 0,08 0,08 0,12 0,2 38 10
Curva IDF – Outras Equações Precipitação – Distribuição Temporal

Para a cidade de Pelotas-RS a equação que representa as Estudos realizados mostram que as precipitações variam
relações IDF foi estimada por GOULART et al. (1992) dentro de sua duração, i.e., existe grande variabilidade
da distribuição temporal das chuvas.
1253,1 + 64,72 ln(Tr) Para esta variação, não existe um padrão definido e o
I=
(t + 5)0,8277 T−0,018 processo é totalmente aleatório.

onde:
I é a intensidade de ocorrência da precipitação (mm/h);
T é o período de retorno (anos);
t é o tempo de duração (minutos).

GOULART, J. P.; MAESTRINI, A. P.; NEIBEL, A. L. Relação intensidade-duração-frequência de chuvas em Pelotas, RS. Revista Brasileira de
Meteorologia, v. 7, n. 1, p. 543-552, 1992. Fonte: Desconhecida.

Precipitação – Distribuição Temporal Precipitação – Distribuição Temporal


Considerações gerais para chuvas
Hietograma de precipitação
40  De curta duração (< 30 minutos): grandes intensidades no início
Diagramas cronológicos discretos 35
da precipitação.
dos sucessivos valores da 30
I (mm/h) ou P (mm)

precipitação ou da correspondente 25  De durações intermediárias (< 10 horas): intensidades maiores


intensidade. 20 na primeira metade da duração.
15
10  De grande duração (> 10 horas): intensidades mais uniformes.
Leitura 5
0
A altura de cada barra é
100
110
120
10
20
30
40
50
60
70
80
90

Métodos de construção dos hietogramas


a precipitação total que ocorreu Tempo (min ou horas)
durante o intervalo de tempo?  Método do Hietograma Triangular
 Método dos Blocos Alternados
Método do Hietograma Triangular Método do Hietograma Triangular

Dados: P h ×t
i= P=
altura total precipitada (P) e duração da chuva (t) t 2
h×t
i = h = 2i
2t
t′
r=
t
r = coeficiente de avanço da tormenta
t'  r = 0,5  intensidade de pico que ocorre na metade da tormenta.
 r < 0,5  intensidade de pico que ocorre antes da metade da tormenta.
Fonte: Desconhecida.  r > 0,5  intensidade de pico que ocorre após a metade da tormenta.

Método dos Blocos Alternados Método dos Blocos Alternados


Utiliza-se dados das relações IDF  Metodologia de subdivisão da duração total
 Seleciona-se a duração da chuva e o intervalo de
40
discretização (∆t)
35

30
 Através da curva IDF, obtém-se a I para cada duração
P (mm)

25  Transforma-se I  P
20
 Calcula-se o incremento do total precipitado acumulado
15

10  Remaneja-se os incrementos na seguinte sequência:


5 no centro da duração da tormenta: bloco maior
0
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 restante: ordem decrescente, um à direita e outro à esquerda
Exemplo de Aplicação Exemplo de Aplicação
Determine o hietograma através do Método dos Blocos Determine o hietograma através do Método dos Blocos
Alternados da cidade de São Paulo, para um T = 5 anos Alternados da cidade de São Paulo, para um T = 5 anos
e t = 60 minutos. Adotar intervalos de 10 minutos. e t = 60 minutos. Adotar intervalos de 10 minutos.
Duração I P Inc. P Tempo P
(min) (mm/h) (mm) (mm) (min) (mm) 25
10 130,88 21,81 21,81 10 2,39 20

P (mm)
20 99,04 33,01 11,20 20 4,51 15

30 79,57 39,78 6,77 30 11,20 10

40 66,44 44,29 4,51 40 21,81 5

50 57,00 47,50 3,21 50 6,77 0


10 20 30 40 50 60
60 59,89 49,89 2,39 60 3,21 Tempo (min)

Precipitação – Distribuição Espacial Precipitação – Distribuição Espacial

Posto pluviométrico  precipitações representativas De modo geral, a precipitação é máxima no Equador e


para uma área ao redor do posto dependendo das decresce com a latitude.
características topográficas e climáticas da região  Entretanto, a irregularidade de precipitações médias
2,5 a 25 km². anuais mostram que existem outros fatores que afetam
Curvas desenvolvidas para regiões dos EUA
mais efetivamente a distribuição geográfica da
precipitação.

Pm = chuva média sobre a Os estudos mostram


uma área A;
P0 = chuva registrada no conclusões bastantes
epicentro da tormenta;
K, m = parâmetros de ajustes desencontradas.
(duração e frequência).
Fonte: Desconhecida
Po < Pmed Credit: Earth Forum, Houston Museum of Natural Science
Universidade Federal de Pernambuco
Centro Acadêmico do Agreste
Núcleo de Tecnologia - Engenharia Civil
Hidrologia Aplicada

INTERCEPTAÇÃO

Saulo de Tarso M. Bezerra


Intercepção Como medir – Balanço Hídrico
É a retenção de parte da precipitação acima da
superfície do solo P: Precipitação
C: Interceptação pelas copas
L: Interceptação pela manta morta
R: Precipitação efetiva
S: Escoamento pelos troncos
T: Penetração
J: Interceptação total

Fonte: Desconhecida
A interceptação pode ocorrer devido à
vegetação ou outra forma de obstrução.

Como medir – Balanço Hídrico Intercepção - Definições


Precipitação bruta (P) é a precipitação medida no topo do
C=P–T–S dossel, ou proximidade da área em estudo
T+S=P–C Transprecipitação, Penetração ou Precipitação interna
(T) é a fração da precipitação que atinge a superfície
T+S=L+R Escoamento nos troncos (S) é a fração da chuva que chega
R=T+S–L à superfície escoando pelos troncos e galhos
Interceptação total (J) é a soma C + L
R=P–L–C Interceptação pela manta morta (L) é a fração da
Interceptação: J = C + L precipitação interna que é interceptada pela zona morta
R=P–J Precipitação efetiva (R) é a precipitação bruta menos a
interceptação total
Intercepção Vegetal - Medição Intercepção Vegetal - Medição
Não existe forma direta  estimativa a partir da medição de P, T,
S e observação do teor de umidade da manta morta (medições
periódicas), daí:
J = P – (T + S – L)  J como resultado de C
J = P – (T + S)  J como resultado de (C + L)

Medições das variáveis:


 P: postos próximos às áreas de interesse
 T: pluviometria abaixo das árvores  distribuição espacial.
Qtde de pluviômetros penetração = 10 x Qtde de
pluviômetros precipitação
Dificuldade: gramado e vegetação rasteira
 S: captação em troncos de magnitude razoável  1 a 2% de P
Fonte: Desconhecida

Intercepção Vegetal - Medição Intercepção Vegetal - Medição

Árvore P (mm) T (mm) S (mm) C (mm)


Eucalipto 100% 83,6% 4,2% 12,2%
Pinheiro 100% 90,4% 3,0% 6,6%
Fonte: LIMA (1976)

Fonte: Desconhecida Foto: Shutterstock / Campo & Negócios Foto: Central Floresta

LIMA, W. de P. Rain interception in Eucalyptus and Pinus forest stands. Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais, 1976.
Intercepção Interceptação pela Cobertura Vegetal

Interceptação depende dos fatores: Sobre o período do ano...


 Variação da folhagem  variação da % de
 Características da precipitação interceptação
 Intensidade da precipitação

 Chuva antecedente Sobre o tipo e densidade da vegetação


 ↑qtde de gotas de cada folha pode reter 
 Tipo e densidade da vegetação ↑ interceptação
 Período do ano e variações climáticas  ↑ densidade das folhas  ↑ interceptação
 ↑ interceptação  ↑ folhas ↓ tronco

Fotos: Glenda Cordeiro Fonte: Desconhecida

Foto: Glenda Cordeiro Foto: Agro 2.0


Interceptação pela Cobertura Vegetal Quantificação da Interceptação
Quanto da água da chuva Fonte: Desconhecida Horton (1919) → Foi um dos primeiros a descrever e apresentar
que é interceptada? resultados e equações para interceptação. Relacionou o volume
interceptado durante uma enchente com a capacidade de
 maior no início da interceptação pela vegetação e taxa de evaporação:
precipitação, caindo
C = Sv + (Av/A)*E*d
exponencialmente
com o tempo Parcela retida Evaporação

 Maior a intensidade, menor Onde: Sv= capacidade de armazenamento da vegetação para a área (mm);
a interceptação Av= área de vegetação; A = área total; E = evaporação da superfície (mm/h);
d = duração da precipitação (h)
Limitações:
 interceptação independente da precipitação
 capacidade de armazenamento preenchida (nem sempre ocorre)

Quantificação da Interceptação Quantificação da Interceptação


Meriam (1960) → Fórmula de Horton (1919) com Equações empíricas → Obtidas das regressões das principais
precipitação variáveis. Mais utilizada: C = a + b Pn
Onde: a, b, n = parâmetros ajustados e P = precipitação
(polegadas).
C = Sv (1 – e-P/Sv) + (Av/A) * E * d
Cobertura vegetal a b n
Valores de constantes
Pomar 0,04 0,018 1 encontradas por
Quando P ↑ → e-P/Sv ↓
Carvalho 0,05 0,18 1 Horton 1919.
Arbustos 0,02 0,40 1
Proposição de Meriam: K = [(Av/A)*E*d] / P  constante. Feijão e batata 0,02 h 0,15 h h
Valores de constantes para
alguns cultivos devem ser
Pequenas culturas 0,02 h 0,15 h h multiplicados pela altura da
C = Sv (1 – e-P/Sv) +K*P Pasto 0,005 h 0,08 h 1 planta h (em pés)
Forrageiras 0,01 h 0,10 h 1

Limitações: a relação entre E e P não é constante em tempestades Pequenos grãos 0,005 h 0,05 h 1
Milho 0,05 h 0,005 h 1 Fonte: Desconhecida
Quantificação da Interceptação Quantificação da Interceptação
Clark (1940) → interceptação em 1 m² de área Com base no índice de área folear (IAF):

Sv = K * IAF

Sv em mm; K constante igual a 0,2 mm

Fonte: Desconhecida Fonte: Desconhecida

Intercepção em Zonas Urbanas Interceptação em Depressões


Retenção nos telhados e pavimentos: Linsley et al. (1949): volume retido pelas depressões do
↑ temperaturas  ↑ evaporação solo após o início da precipitação:
Vd = Sd (1 – e-R/Sd)
Onde Vd = volume retido; Sd = capacidade máxima;
R = precipitação eficaz
Considerações:
 As depressões estão vazias no início da precipitação.
 Quando as depressões estão preenchidas ocorre o
Foto: Só Galpões escoamento superficial.
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Hidrologia Aplicada

EVAPORAÇÃO

Saulo de Tarso M. Bezerra


Evaporação Evaporação
Fonte: Desconhecida
Processo pelo qual se transfere água do solo e das
massas líquidas para a atmosfera.
 Oceanos
 Lagos
 Rios
 Poças d´água
 Água interceptada na vegetação
 Evaporação direta do solo

Evaporação Evaporação
Evaporação é o processo onde as moléculas de água na superfície Evaporação ocorre quando o estado líquido da água é
líquida ou na umidade do solo, adquirem energia suficiente (através
transformado de líquido para gasoso Fonte: Desconhecida
da radiação solar e outros fatores climáticos) e passam do estado
líquido para o de vapor.

Calor latente de evaporação (λ)


É a quantidade de energia
necessária para evaporar a massa
de 1 g de água estando esta à
temperatura T.
• Massa contínua: rios,
lagos e oceanos
λ = 2,45 MJ kg-1 (20oC)
Fonte: Desconhecida • Superfície úmida: solo
Evaporação Evaporação
É o processo pelo qual as moléculas de água na Equilíbrio médio anual, em volume, entre a precipitação
superfície líquida ou no solo, adquirem energia e a evaporação, a nível global
suficiente (através da radiação solar e outros fatores
climáticos) e passam do estado líquido para o de vapor.

Esolo Edireta
umidade 62.000 km3 99.000 km3

Compreende:
361.000 km3 324.000 km3
 Evaporação da água contida no solo (umidade)

 Evaporação direta da água de rios, lagos e oceanos, água


Fonte: Desconhecida
interceptada

Grandezas Características Controle da Evaporação


Perda por evaporação (mm): quantidade de água Possibilidades? Redução de áreas líquidas expostas
evaporada por unidade de área horizontal durante um
certo intervalo de tempo.

Intensidade de evaporação (mm/h ou mm/d):


velocidade com que se processam as perdas.
Evaporação – Fatores Intervenientes Evaporação – Fatores Intervenientes

 Temperatura  o aumento da temperatura do ar, Quanto... Coordenadas Geográficas das Capitais


aquece a superfície da terra e provoca evaporação das ↑ maior a altitude..
massas líquidas expostas (superfície) e no interior do ↓ menor é a pressão atmosférica...
solo. ↓ menor a energia necessária
 Pressão atmosférica  é a pressão exercida pelos paras as moléculas passarem do
vários gases contidos na atmosfera, inclusive o vapor estado líquido para o gasoso...
d’água  afeta a quantidade de vapor que a ↑ maior é a evaporação
atmosfera pode absorver  ↑ altitude ↓ pressão
Caruaru / Campina Grande?
↑ intensidade de evaporação.
Fonte: Desconhecida

Evaporação – Fatores Intervenientes Evaporação – Fatores Intervenientes


 Vento  renova o ar em contato com as massas de água  Pressão de vapor  é devida a evaporação da água e
ou com a vegetação  afasta do local as massas de ar que quanto maior for essa pressão tanto maior será a umidade
já tenham um grau de umidade elevado. do ar  o valor máximo da pressão de vapor é dita
pouco vento muito vento pressão de saturação de vapor, nessas condições o ar é
dito saturado e não mais absorve umidade.

 Salinidade da água 
 Radiação solar  corresponde ao calor fornecido pelo ↑ teor de sal  ↓ intensidade de evaporação
sol, que constitui a energia motora para o próprio ciclo Em igualdade de todas as outras condições, comparada à
hidrológico  parte deste calor aquece a água água doce, a intensidade de evaporação da água do mar
aumentando a taxa de evaporação.
diminui na ordem de 3% (PETROBRÁS, 2012).
Evaporação – Fatores Intervenientes Importância da Evaporação
 Natureza da superfície  ↑ área vegetada  Operação de reservatórios
↓ evaporação (proteção)

Evaporação Evaporação Anual?


 Superfície do solo  depende do tipo de solo e do
grau de umidade
Volume
• Grãos maiores  ↑ evaporação Demandas

• Vegetação desmatada  ↓ perdas por evaporação

Lago de Sobradinho Evaporações totais anuais:


Exemplo: Lago de Sobradinho 2.149 mm (Linacre, 1993)
maior lago artificial do mundo Qual o volume perdido? 2.026 mm (Tanque Classe A)
1.904 mm (Kohler et al., 1955)
1.796 mm (Modelo Conceitual)
Volume perdido aprox.:
200 m³/s
12 mil m³/min
0,7 milhões/hora
17,28 milhões m³/dia
6,3 bilhões m³/ano

Espelho de água : 4,2 mil km2

Fonte PEREIRA et al. (2009)

PEREIRA, S. B. et al. Evaporação líquida no lago de Sobradinho e impactos no escoamento devido à construção do reservatório. Revista Brasileira
Imagens: http://wikimapia.org/
de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 13, n. 3, p. 346-352, 2009.
Medição da Evaporação Medição da Evaporação
A medição da taxa evaporação de uma superfície
líquida pode ser realizada através de aparelhos de Obtenção
Parâmetro
medição direta, através dos evaporímetros, ou Direta Indireta
indiretamente. Evaporímetros

Os evaporímetros são instrumentos que possibilitam -tanque Classe A


uma medida direta do poder evaporativo da atmosfera, Evaporação -tanque Colorado
estando sujeitos aos efeitos da radiação, temperatura, Potencial -tanque russo Método de Penman
vento e umidade. -tanque CGI
Os evaporímetros mais conhecidos são os atmômetros
Atmômetros
e os tanques de evaporação.

Atmômetros
Atmômetros são equipamentos que
dispõem de um recipiente com água
conectado a uma placa porosa, de onde
ocorre a evaporação.
O mais usado é o Evaporímetro de
Piché – constituído de um tubo de
vidro de 11 cm e discos planos de papel
Fonte: Desconhecida
de filtro, com 3,2 cm de diâmetro.
O evaporímetro de Piche é colocado num abrigo meteorológico,
Fácil de instalar, operar e portátil, reagindo à umidade relativa e às variações da velocidade do ar
“pouco” confiável que passam através do abrigo, não reagindo diretamente às
Fonte: Desconhecida
variações da quantidade da radiação solar.
Medição Direta Evaporação de Reservatórios
Tanques Para estimar a evaporação em reservatórios e lagos
costuma-se considerar que esta tem um valor de
Tanque GGI - 3000: tanque cilíndrico, enterrado no
aproximadamente 60 a 80% da evaporação medida em
solo.
Tanque Classe A na mesma região, isto é:
Tanque de 20 m²: tanque cilíndrico, enterrado no solo.
Tanque flutuante: tanque quadrado, sobre tambores ELAGO = Ft x Et
flutuantes no centro de uma balsa.

onde Ft tem valores entre 0,6 e 0,8.

Tanque Classe A Tanque Classe A

São tanques que expõem à atmosfera uma superfície


líquida de água permitindo a determinação direta da
evaporação potencial diariamente.
Variação entre 5 e 7,5 cm da borda
O tanque mais utilizado é o Fonte: Desconhecida
tipo classe A do U.S. Renovar a água
Weather Bureau que é um
tanque circular galvanizado
ou metal equivalente.

Fonte: Desconhecida

Ocorrência de chuva →
correções com dados pluviométricos Considerar a P
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Hidrologia Aplicada

TRANSPIRAÇÃO

Saulo de Tarso M. Bezerra


Transpiração das Plantas Grandezas Características
É a evaporação da água do Perda por transpiração (mm): quantidade de água
sistema vascular das plantas.
perdida por unidade de área horizontal durante um certo
O processo envolve a absorção intervalo de tempo.
de água no solo pelo sistema
radicular e o transporte através
Intensidade de transpiração (mm/h ou mm/d):
do sistema vascular até as velocidade com que se processam as perdas.
paredes das cavidades dos
estômatos.

O vapor de água nessas


cavidades se desloca para
o ar através da abertura dos
estômatos, o qual é controlado
pelas células guardas.
Fonte: Desconhecida Fonte: Desconhecida

Fatores Intervenientes Transpiração das Plantas


Disponibilidade de água  se não existir água para o
processo se desenvolver, não haverá evaporação e nem
transpiração.

Presença da vegetação  se não existir vegetação não


ocorrerá a transpiração.

Radiação solar e ação dos ventos  definem o poder


de evaporação da atmosfera que é condicionada a
absorver vapor dependendo da pressão.
Fonte: Desconhecida
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Hidrologia Aplicada

EVAPOTRANSPIRAÇÃO

Saulo de Tarso M. Bezerra


Evapotranspiração Evapotranspiração
Evapotranspiração (ET) é o total de água cedida à
atmosfera por dois processos de ocorrência simultânea: Evapotranspiração
transpiração das superfícies das plantas e da
evaporação advinda do solo.
Evaporação
solo Transpiração
Evapotranspiração (ET) = Transpiração + Evaporação

Transpiração: evaporação da
água que foi utilizada nos
diversos processos metabológicos
necessários ao crescimento e
desenvolvimento das plantas.
Fonte: Desconhecida

Evapotranspiração Evapotranspiração
 Evapotranspiração potencial : é a
evaporação do solo e a transpiração
ET = E + T
das plantas máxima que pode ser
transferida para atmosfera. Com base
nas condições climáticas e
características das plantas.

 Evapotranspiração real: é o total


transferido para a atmosfera de Meio não saturado
acordo com a disponibilidade hídrica
existente (umidade do solo) e a
resistência das plantas. Geralmente Meio saturado

igual ou menor a EVT potencial.


Fonte: Desconhecida Fonte: Desconhecida
Importância da Evapotranspiração Relação Solo-Água-Planta
Prec. ET - Tipo da cultura:
Cálculo do balanço hídrico: (maior ou menor resistência à seca)
P=Q +E Bacia Hidrográfica
- Características físicas do solo
Entrada: Precipitação (P)
(textura, estrutura e porosidade)
Saídas: Escoamento (Q) e Evapotranspiração (E)
- Água disponível às plantas
- Capacidade de campo
ET (estado de umidade do solo, limite
Prec.
Cálculo do balanço agrícola superior)
- Ponto de murcha
(nível mínimo de umidade do solo)
- Profundidade do sistema radicular
(zona de raízes) Fonte: Desconhecida
Fonte: Desconhecida

Índice de Aridez Desertificação


Degradação da terra nas regiões áridas e semiáridas, resultante de
Semiárido
vários fatores, entre estes as variações climáticas e as atividades
Regiões com secas prolongadas humanas.
Índice de aridez:
Precipitação / Evapotranspiração potencial

Irauçuba-CE Região Serido-RN


Região P/E
Amazônia 1,2 a 1,8
Semiárido do Brasil 0,2
Estado São Paulo 1,0 a 1,3

Áreas Susceptíveis
à Desertificação (ASD) Cabrobó-PE
Fonte: Desconhecida Gilbués-PI Fonte: Desconhecida
Salinização Evapotranspiração

Fontes: Desconhecidas
Salinização é o processo de acúmulo de sais na camada Fatores Intervenientes
superficial do solo, tornando-o infértil.  Temperatura √
1 – Projetos irrigação mal conduzidos  Pressão de vapor √
2 – Excesso de água  Umidade relativa √
3 – Altas temperaturas  Vento √
4 – Sem sistema de drenagem adequado  Natureza da superfície do solo √
5 – Alta evaporação  Radiação solar √
6 – Alta concentração de sais  Salinidade √
Ilha de Assunção - Cabrobó-PE
Área: 5.000 ha (Rio São Francisco) 7 – Degradação do solo  Tipo de vegetação
Desertificação: 1/3 da área
Fonte: Desconhecida

Evapotranspiração Potencial (ETP) Evapotranspiração Real (ETR)

ETP = EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA (ETO) ?

É a evapotranspiração de uma extensa superfície com


vegetação rasteira (normalmente gramado), em
crescimento ativo, cobrindo totalmente o solo, com
altura entre 8 e 15 cm (IAF ≈ 3), sem restrição hídrica.

Fonte: Desconhecida Fonte: Desconhecida


Determinação da Evapotranspiração Determinação ETo - Tanque Classe A

Medição Direta ETo = Et x Kt


Onde: ETo = Evapotranspiração de referência
Tanque classe A Et = evaporação do tanque classe A
Kt = coeficiente do tanque
Lisímetros

Fonte: Desconhecida

Determinação da ETR - Lisímetro Determinação da ETR - Lisímetro


Tanque enterrado aberto na parte superior, contendo o Esquema de um Lisímetro de pesagem hidráulica Sistema de
terreno que recebe a precipitação e é drenado para o leitura
Casa de medição
fundo do aparelho onde a água é coletada e medida. e abrigo
subterrâneo
Utilizar mesmo solo do local em que é instalado. Grama acesso
ou cultura Estrutura de contenção

Tipos:
Pesáveis: mecânicos, eletrônicos, hidráulicos e
flutuantes.
Não-pesáveis
Sistema de pesagem Sistema de Sistema de
hidráulica transmissão do fluido drenagem
Fonte: Desconhecida
Construção de Lisímetro de Pesagem Construção de Lisímetro de Pesagem

Sondagem à trado
Coleta de amostras Escavação
Fonte: Desconhecida Fonte: Desconhecida

Construção de Lisímetro de Pesagem Construção de Lisímetro de Pesagem

Estrutura de contenção e
sistema de pesagem
Bases de apoio
Sistema de drenagem (cascalhinho
Fonte: Desconhecida Fonte: Desconhecida
e tubulação de drenagem)
Construção de Lisímetro de Pesagem Construção de Lisímetro de Pesagem

Manta (geotêxtil) para Sistema de drenagem


Preenchimento do tanque Plantação da grama inglesa
filtragem do solo (areia sobre manta)
com o solo da escavação
Fonte: Desconhecida Fonte: Desconhecida

Construção de Lisímetro de Pesagem Construção de Lisímetro de Pesagem

Vista frontal Transmissão do fluido


(tanque + casa medição) e drenagem
Fonte: Desconhecida Construção Final Fonte: Desconhecida
Determinação da ETR - Lisímetro Determinação da ETP

Lisímetros Balanço de Massas ou Aerodinâmico


P = D + ΔR + ETR
Fórmula geral: Balanço de Energia
ETR = P – D – ΔR

Onde:
P = precipitação
D = quantidade de água drenada
ΔR = medida de umidade do solo

Lisímetro para medição da ET de um cafeeiro


Fonte: Desconhecida

Balanço de Energia Determinação da ETP


Fórmulas Empíricas
Baseadas na Temperatura e na Umidade

Blaney-Morin
Hamon
Hargreaves
Papadakis

Fonte: Desconhecida

Fonte: Desconhecida
Determinação da ETP Método de Jensen e Haise

ETP = (0,025 T + 0,08) G/590


Fórmulas Empíricas ETP = evapotranspiração potencial (cm/dia)
Baseadas na Temperatura e Radiação T = temperatura do ar(ºC)
G = radiação incidente de onda curta (cal.cm-2.dia-1)
Blaney-Criddle Makkink
Grassi Stephens-Stewart
Hargreaves-Samani Thornthwaite
Jensen e Haise Turc

Valores da radiação solar recebida no topo da atmosfera (Rt) Valores da duração máxima da insolação diária (N)

Fonte: Desconhecida Fonte: Desconhecida Fonte: Desconhecida


Método de Blaney-Criddle Método de Blaney-Criddle
Valores de porcentagem mensal das horas de luz solar (p)
Método de Blaney-Criddle  temperatura média mensal e horas do Lat Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
48 N 6,1 6,4 8,3 9,2 10,6 10,8 10,8 9,9 8,4 7,5 6,2 5,8
dia com insolação 44 N 6,4 6,6 8,3 9,0 10,3 10,4 10,5 9,7 8,4 7,6 6,5 6,2
40 N 6,7 6,8 8,3 8,9 10,0 10,1 10,2 9,5 8,4 7,8 6,7 6,5
36 N 7,0 6,9 8,3 8,8 9,8 9,8 10 9,4 8,4 7,9 6,9 6,8
ETP = (0,457 * T + 8,13 ) * p 32 N 7,2 7,0 8,4 8,8 9,7 9,6 9,8 9,3 8,3 8,0 7,1 7,0
28 N 7,4 7,1 8,4 8,7 9,5 9,4 9,6 9,2 8,3 8,0 7,3 7,2
24 N 7,6 7,2 8,4 8,6 9,3 9,2 9,4 9,0 8,3 8,1 7,4 7,4
20 N 7,8 7,3 8,4 8,5 9,2 9,0 9,3 8,9 8,3 8,2 7,6 7,6
16 N 7,9 7,4 8,4 8,4 9,0 8,8 9,1 8,8 8,3 8,2 7,7 7,8
ETP = Evapotranspiração Potencial (mm/mensal) 12 N 8,1 7,5 8,4 8,4 8,9 8,7 8,9 8,8 8,3 8,3 7,9 8,0
8N 8,2 7,6 8,5 8,3 8,7 8,5 8,8 8,7 8,2 8,4 8,0 8,2
4N 8,4 7,7 8,5 8,3 8,6 8,4 8,6 8,6 8,2 8,4 8,1 8,3
T = temperatura média mensal (ºC) 0 8,5 7,7 8,5 8,2 8,5 8,2 8,5 8,5 8,2 8,5 8,2 8,5
4S 8,6 7,8 8,5 8,2 8,4 8,1 8,4 8,4 8,2 8,5 8,3 8,7
p = % mensal das horas de luz solar 8S 8,8 7,9 8,5 8,1 8,3 7,9 8,2 8,3 8,2 8,6 8,5 8,8
12 S 8,9 8,0 8,5 8,0 8,1 7,7 8,1 8,2 8,2 8,7 8,6 9,0
16 S 9,1 8,0 8,6 8,0 8,0 7,6 7,9 8,1 8,2 8,7 8,7 9,1
20 S 9,3 8,1 8,6 7,9 7,8 7,4 7,8 8,0 8,1 8,8 8,9 9,3
24 S 9,4 8,2 8,6 7,8 7,7 7,2 7,6 7,9 8,1 8,9 9,0 9,5
Recomendável: regiões semi-áridas. 28 S 9,6 8,3 8,6 7,7 7,5 7,0 7,4 7,8 8,1 8,9 9,2 9,8
32 S 9,9 8,4 8,7 7,7 7,4 6,8 7,2 7,6 8,1 9,0 9,4 10,0
36 S 10,1 8,5 8,7 7,6 7,2 6,6 7,0 7,5 8,0
Fonte: Desconhecida
40 S 10,3 8,6 8,7 7,5 6,9 6,3 6,8 7,3 8,0

Método de Thornthwaite Método de Thornthwaite


Evapotranspiração Potencial Mensal Fator de correção Fc do Método (UNESCO, 1982)
T = temperatura média mensal (oC) Lat. Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
I = índice anual de temperatura 10 N 0,98 0,91 1,03 1,03 1,08 1,06 1,08 1,07 1,02 1,02 0,98 0,99
Fc = fator de correção em função da latitude e mês do ano 5N 1,00 0,93 1,03 1,02 1,06 1,03 1,06 1,05 1,01 1,03 0,99 1,02
a 0 1,02 0,94 1,04 1,01 1,01 1,01 1,04 1,04 1,01 1,04 1,01 1,04
 10 × T 
ETP = Fc × 16 ×   5S 1,04 0,95 1,04 1,00 1,02 0,99 1,02 1,03 1,00 1,05 1,03 1,06
 I  10 S 1,08 0,97 1,05 0,99 1,01 0,96 1,00 1,01 1,00 1,06 1,05 1,10
15 S 1,12 0,98 1,05 0,98 0,98 0,94 0,97 1,00 1,00 1,07 1,07 1,12
a = 6,75 x 10-7 x I³ - 7,71 x 10-5 x I² + 1,792 x 10-2 x I + 0,49239 20 S 1,14 1,00 1,05 0,97 0,96 0,91 0,95 0,99 1,00 1,08 1,09 1,15
1.514
12
 Tj  25 S 1,17 1,01 1,05 0,96 0,94 0,88 0,93 0,98 1,00 1,10 1,11 1,18
I =  
Recomendável: j =1  5  30 S 1,20 1,03 1,06 0,95 0,92 0,85 0,90 0,96 1,00 1,12 1,14 1,21
35 S 1,23 1,04 1,06 0,94 0,89 0,82 0,87 0,94 1,00 1,13 1,17 1,25
Clima temperado com invernos úmidos e verões secos
40 S 1,27 1,06 1,07 0,93 0,86 0,78 0,84 0,93 1,00 1,15 1,20 1,29
Método limitado, tendência a subestimar a evapotranspiração Fonte: Desconhecida
Método de Hargreaves-Samani
Determinação da ETP
Ra(dia) = radiação solar extraterrestre (mm dia-1)
Fórmulas Empíricas
Ra(dia) = radiação solar
Equações Combinadas
extraterrestre (mm dia-1)

Tmax = temperatura máxima


Christiansen
diária (ºC) FAO-24 da Radiação (Método da Radiação Solar)
Tmin = temperatura mínima diária
Penman
(ºC) Penman-Monteith
T = temperatura média diária
Van Bavel
(ºC)

Fonte: Desconhecida

Método Penman-Monteith Método Penman-MonteithETo (PM-FAO)


Boletim FAO-56 (Allen et al., 1998) – Padrão FAO

Combina...
- poder evaporante do ar (temperatura,
umidade, velocidade do vento)
- poder evaporante da radiação ETo(PM-FAO) (mm/dia)
Δ = declividade da curva de pressão de vapor na saturação (kPa/ºC)

 ∆ ⋅ (R − G ) + ρ ⋅ c ⋅ (e s − e d ) 
Rn = saldo da radiação ou radiação líquida (MJ/(m2 dia))
 
G = fluxo de calor no solo (MJ/(m2 dia))
 L A p
ra  1 γ = constante psicrométrica (kPa/ºC)
E= ⋅
  r 
∆ + γ ⋅ 1 + s   λ ⋅ ρW Tmed = temperatura do ar média diária (ºC)
  U2 = velocidade do vento a 2 metros (m/s)
  ra   es = pressão de vapor na saturação (kPa)
ea = pressão de vapor atual (kPa)
Método da FAO-24 da Radiação ETR por Sensoriamento Remoto
(Método da Radiação Solar)

Imagens de satélites (Landsat, Aqua, Terra)

Processamento das imagens:

ETo(RAD-FAO) = ETo por FAO-24 da Rad. Solar (mm/dia); - Software ERDAS Imagine
cv = fator de ajuste em função dos intervalos de velocidade média
do vento (m/s) e intervalos de umidade relativa média (%); - Algoritmo SEBAL
(Surface Energy Balance Algorithm for Land)
W = fator de ponderação;
Rs(d) = radiação solar incidente (mm dia-1). - Balanço de radiação, energia e
Fonte: Desconhecida Bacia do Tapacurá - PE evapotranspiração real (mm/dia)
Fonte: Desconhecida
Evapotranspiração de Cultura (ETc) Determinação da ETc
Coeficiente de Cultura (Kc)  coeficiente tabelado para diferentes
culturas nos seus vários estágios de desenvolvimento.

Kc médio
Fonte: Desconhecida
Fonte: Desconhecida Acompanha a área foliar
É a evapotranspiração de uma cultura em da cultura

dada fase de seu desenvolvimento, sem Valores médios para culturas


restrição hídrica, em condições ótimas de ETc = Kc * ETo anuais:
crescimento. Assim ETc depende das Kcini varia de 0,3 a 0,5 Kc ini
condições meteorológicas, expressas por Kc final
 Kcmédio de 0,8 a 1,2
meio da ETP (ou ETo), do tipo de cultura e
da área foliar. Como a área foliar da cultura  Kcfinal de 0,4 a 0,7

padrão é constante e a da cultura real varia, o (depende do tipo de cultura) Tempo (dias)
valor de Kc também irá variar. Estabele- Desenvolvimento Florescimento e Maturação
cimento Vegetativo Frutificação

Coeficiente de Cultura (Kc)


Determinação da ETc
Kc
Os valores de Kc são tabelados para diferentes culturas nos seus
vários estágios de desenvolvimento. Fonte: Desconhecida

Período de Kc Kc
Culturas
crescimento (meses) (Litoral) (Zona Árida)
Algodão 7 0,60 0,65
Arroz 3–4 1,00 1,20
Ciclo vegetativo Batata 3 0,65 0,75

Período 1: semeadura até 15% crescimento


Cereais menores 3 0,75 0,85
Período 2: imediatamente antes da floração Feijão 3 0,60 0,70
Período 3: floração a frutificação Milho 4 0,75 0,85
Período 4: até colheita Pastos - 0,75 0,85
Citrus - 0,50 0,65
Cenoura 3 0,60 -
FUENTES YAGÜE, J. L.; CRUZ ROCHE, J. Elemental course in
irrigation. 1990. Tomate 4 0,70 -
CUNHA, J. B.; MILLO, J. L. Dados climatológicos básicos do
Nordeste: visão preliminar. Ministério do Interior, Hortaliças - 0,60 -
Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, 1984.
Universidade Federal de Pernambuco
Centro Acadêmico do Agreste
Núcleo de Tecnologia - Engenharia Civil
Hidrologia Aplicada

BALANÇO HIDROLÓGICO

Saulo de Tarso M. Bezerra


Visão Sistêmica de Balanços Hídricos Visão Sistêmica de Balanços Hídricos

Balanço Hídrico: representação matemática de qualquer Exemplo Sistema 1: Sistema hidrológico fechado
transformação dentro do ciclo hidrológico.

E - S = dV
E = entrada (ESTÍMULO)
S = saída (RESPOSTA)
dV = variação armazenamento

Sistema (superfície, reservatório, coluna de solo ...)


Referência de tempo (ano, mês, dia, hora ...)
Variáveis ( altura de precipitação, vazão, evaporação ...)
Fonte: Desconhecida Fonte: Desconhecida

Visão Sistêmica de Balanços Hídricos Visão Sistêmica de Balanços Hídricos


Exemplo Sistema 2: Tanque Classe A
Exemplo Sistema 4: Reservatório de barragem
P – E = dh
P = precipitação Fonte: Desconhecida P + Qe – E – Qs – I = dV
E = evaporação
dh = mm/dia
P = precipitação
Qe = vazão de entrada
Exemplo Sistema 3: Coluna de solo E = evaporação
Qs = vazão de saída
P – Et – D = dV
I = infiltração
P = precipitação dV = m3/seg ou m3
Et = evapotranspiração Longo tempo: infiltração desprezada
D = drenagem
dV = m3/dia Reservatório de Sobradinho

Fonte: Desconhecida
316
Balanço Hídrico de Bacias Hidrográficas Balanço Hídrico de Bacias Hidrográficas
P
Balanço Hídrico acima da superfície: Escalas Temporais
P – R – Ets – I = Ss ETs
As escalas de tempo definem também a aplicação e finalidade do
R
balanço:
Balanço Hídrico abaixo da superfície: Ss Escala anual  a equação se aplica para a avaliação do potencial
ETg
I + G1 – G2 – Etg = Sg I hidrológico voltado para o planejamento: P – EVT – Q =0
G2
Balanço Hídrico na Bacia Hidrográfica: Escala mensal  a equação se aplica para a operação de sistemas
G1
(reservatório, irrigação): P – EVT – Q – ΔS = 0
P - R - (Ets + Etg) + G1 - G2 = Ss + SgG2 Sg Escala diária  a equação se aplica para o monitoramento e também
para a operação de sistemas: P – EVT – It – I – Q – ΔS = 0
P = precipitação
ET = evapotranspiração Escala horária ou do evento de chuva  a equação se aplica para a
R = escoamento superficial análise refinada dos processos na bacia hidrográfica (investigação
G = escoamento subterrâneo e/ou pesquisa, drenagem):
I = infiltração P – It – I – Q – ΔS = 0 (durante as chuvas)
S = armazenamento
Fonte: Desconhecida P – It – EVT – Q – ΔS = 0 (entre os eventos de chuva)

Balanço Hídrico de Bacias Hidrográficas Balanço Hídrico de Bacias Hidrográficas

Balanço Hídrico Simplificado de Bacias Rendimento da Bacia ou Coeficiente de Escoamento


Escala de Tempo Anual C = Volume escoado / Volume precipitado
Volume escoado = Q(mm)/1000 x Área da bacia (m2)
P – Q – ET = ΔV P = Q – ET
Onde:
Volume precipitado = P(mm)/1000 x Área da bacia (m2)
P = precipitação (mm.ano-1)
ET = evapotranspiração (mm.ano-1)
Q = escoamento total (mm.ano-1)
ΔV = variação de armazenamento, desprezível ao longo do ano Assim: R (%) = [ Q(mm) / P(mm) ] . 100
mm m2
Q( ) A ( km 2 ). 1000000
Q (m 3 / s) = ano x km 2
mm dias horas s O rendimento exprime quanto da precipitação média anual
1000 365 . 24 . 3600
m ano dia hora
pode ser aproveitado em volume anual, para utilização.

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