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RECURSOS HÍDRICOS NO
BRASIL E NO MUNDO
Crédito: Desconhecido
Crédito: Desconhecido
Quantidade de Água no Mundo Quantidade de Água no Mundo
Volume de água Volume Porc.
Fonte
(1000 x km3) (%) Principais métodos de dessalinização
na Terra: Oceanos, mares e baías 1.338 96,54%
Calotas polares, geleiras e neve permanente 24,1 1,74% Osmose reversa (inversa)
Água Subterrâneas 23,4 1,69%
Lagos 0,18 0,01% Destilação multiestágios
Rios 0,02 0,001%
Atmosfera 0,01 0,001%
Outras fontes 0,33 0,02%
Fonte: Igor Shiklomanov's chapter "World fresh water resources" in Peter H. Gleick (ed.), 1993,
Water in Crisis: A Guide to the World's Fresh Water Resources (Oxford University Press, New Yoirk).
Dessalinização térmica
Congelamento
Os oceanos contêm 35 g de sais dissolvidos/kg de água
A água do mar também não pode ser usada na agricultura ou na indústria: Destilação por forno solar
o excesso de sal mataria as plantações
deterioraria maquinários, entupiria válvulas e explodiria caldeiras
Crédito: Desconhecido
Aplicações na Engenharia Civil Aplicações na Engenharia Civil
1. Projeto e construção de obras hidráulicas 4. Irrigação
• determinação da vazão para projetos de sarjeitas, galerias etc. • escolha de mananciais.
• dimensionamento de condutos e sistemas de recalque. • estudo precipitação e evapotranspiração.
• projeto e construção de barragens.
5. Regularização dos cursos de água e controle de inundações
• dimensionamento de vertedores.
• etc... • estudo das variações de vazão.
• previsão de vazões máximas.
2. Abastecimento de água • exame das oscilações de nível e das áreas de inundação.
• disponibilidade hídrica dos mananciais superficiais e subterrâneos. 6. Controle da poluição / Esgotamento sanitário
• escolha de fontes.
• análise da capacidade de autodepuração dos corpos d’água.
• receptores de efluentes de sistemas de esgotos:
3. Abastecimento industrial
vazões mínimas dos cursos d’água.
Porto Alegre – RS
• determinação do coeficiente de escoamento superficial.
Abril 2008 • estudo da ação erosiva das águas e da proteção por meio de
vegetação e outros recursos.
8. Navegação
9. Controle de enchentes
10. Drenagem urbana
• projetos de bacias de retenção (água permanente) e detenção.
Crédito: Desconhecido
Resultados da insuficiência/deficiência de dados
Aplicações na Engenharia Civil para o projeto de obras hidráulicas
11. Aproveitamento hidrelétricos
Construção de obras custosas de captação e adução para
Previsão das: Qmax, Qmin e Qmed dos cursos d’água para estudo
a aproveitamento de mananciais inadequados ou
econômico-financeiro do aproveitamento.
insuficientes
Estudo da necessidade de reservatório de acumulação.
Determinação dos parâmetros de projeto e construção dos
Sub ou superdimensionamento de barragens.
reservatórios. Dimensionamento impróprio de bueiros e galerias ao
Estudo de bacias longo de vias urbanas, autoestradas e ferrovias.
• volumes armazenáveis Retificações de trechos de rios que acabam com o
• perdas por evaporação agravamento nos problemas de inundação e
• infiltração assoreamento.
Projetos falhos de reservatórios.
Perfuração de poços secos.
Perguntas... Perguntas...
Qual é a vazão máxima provável em um local proposto Como a urbanização afeta o escoamento dos rios?
para uma barragem? Qual será a disponibilidade de água para geração de energia
Qual é a disponibilidade de água de um rio e como ela durante o próximo período de estiagem?
poderá variar entre estações e de um ano a outro? Considerando que não haverá água suficiente para gerar
Qual é a vazão de um rio que é igualada ou superada energia durante o próximo ano, quando devem ser ligadas
90% do tempo? as usinas termoelétricas?
Qual é o volume de um reservatório necessário para Qual deve ser a potência do gerador e da turbina que
garantir uma determinada vazão a jusante? deverão ser instalados em uma nova usina hidrelétrica?
Qual é o tamanho adequado de um reservatório de Considerando que a quantidade de água em uma bacia é
armazenamento para limitar as inundações a jusante a muito reduzida, quais devem ser os usos prioritários?
um nível pré-estabelecido? Qual é o efeito do desmatamento sobre a vazão dos rios?
Fonte: Adaptado de Zahed e Porto (USP) Fonte: Adaptado de Zahed e Porto (USP)
Universidade Federal de Pernambuco
Centro Acadêmico do Agreste
Núcleo de Tecnologia - Engenharia Civil
Hidrologia Aplicada
CICLO HIDROLÓGICO
Crédito: Desconhecido
BACIAS HIDROGRÁFICAS
Crédito: Desconhecido Foto: Giro do Boi Crédito: Desconhecido Foto: Brasil Escola
Características Físicas das Bacias Características Físicas das Bacias
Entrada: Saída: Perdas intermediárias:
volume de água volume de água escoado volumes evaporados,
Bacia hidrográfica é um sistema físico hidrológico
precipitado pelo exutório transpirados, infiltrados, etc. Um sistema é um conjunto de partes conectadas que forma um todo
(Chuva = Hietograma) (Vazão = Hidrograma) (eventos isolados –
desconsiderar)
Crédito: Desconhecido
Crédito: Desconhecido
JUSANTE MONTANTE
Características Físicas das Bacias
Algumas convenções importantes em hidrologia:
BARRAGEM DE JUCAZINHO
Crédito: Desconhecido
Crédito: Desconhecido
44
Conceitos Fundamentais Conceitos Fundamentais
Hidrograma da cheia
Q(t)
Papel hidrológico da bacia hidrográfica Q(t) = Qs + Qss + Qb
Divisor de água
DA DA
Metodologia:
Identificação do exutório e da drenagem da região
Localização dos pontos altos cotados
Traça-se uma linha divisora de águas que separa
a bacia hidrográfica considerada das vizinhas,
considerando que:
Devido à dificuldade se determinar o DA freático, – o D.A. não corta nenhum curso de água
na prática, é comum o uso do divisor topográfico. – os pontos mais altos (geralmente) fazem parte do D.A.
– o D.A deve cortar as curvas de nível o mais perpendicular possível
– o D.A. deve passar no meio de duas curvas de mesmo nível
Delimitação de Bacias Hidrográficas Delimitação de Bacias Hidrográficas
Base para delimitação de uma bacia → Planta Base para delimitação de uma bacia → Planta
Planialtimétrica Planialtimétrica
Metodologia: Metodologia:
Uso do AutoCAD. Uso de Sistemas de Informações Geográficas (SIG).
Baixar o AutoCAD Student
Digitalizar as cartas topográficas
Delimitar as bacias
1.400
1.393
1.070
1.400
1.428
1.330
1.166
1.297
1.357
1.400
1.400
1.447
25
Crédito: Desconhecido Crédito: Desconhecido
EXUTÓRIO EXUTÓRIO
26 26
Crédito: Desconhecido Crédito: Desconhecido
Crédito: Desconhecido Crédito: Desconhecido
Regiões Hidrográficas:
Imagem: PERH (PE)
Divisão Hidrográfica
Conselho Nacional de
Rios Litorâneos desaguando no Oceano Atlântico.
Recursos Hídricos (CNRH)
Res. Nº 32, de 15/10/2003 (rios Goiana, Capibaribe, Ipojuca, Sirinhaém, Una, Mundaú e outros)
Imagem: Wikimedia Rios Interiores desaguando no Rio São Francisco.
(rios Ipanema, Moxotó, Pajeú, Terra Nova, Brígida, Garças e Pontal)
Fotos: www.orientista.com.b\r
Foto: Wikipedia
Comprimento da Bacia
Crédito: Desconhecido
Fisiografia da Bacia Hidrográfica Área de Drenagem
Dados Fisiográficos de uma Bacia Hidrográfica: Área de Drenagem (A)
Todos os dados que podem ser extraídos de mapas,
fotografias aéreas e imagens de satélite. Bacias pequenas – área inferior a 3 km²
Área de drenagem Bacias médias – área variando de 3 km² a 1000 km²
Forma da bacia Bacias grandes – área superior a 1000 km²
Rede de drenagem
Para Wisler e Brater (1964)
Relevo Bacias pequenas – área inferior a 10 milhas quadradas (< 26
Cobertura vegetal km²)
Características geológicas Bacias grandes – área superior a 10 milhas quadradas (> 26
km²)
Uso e ocupação do solo
Crédito: Desconhecido
Créditos: Desconhecidos
tempo
P
Bacia Alongada
Bacia Circular
Crédito: Desconhecido
Crédito: Desconhecido
Efeito da Forma da Bacia Efeito da Forma da Bacia
Coeficiente (ou índice) de compacidade (Kc) Coeficiente (ou índice) de compacidade (Kc)
Relação entre o perímetro da bacia e o perímetro que a Relação entre o perímetro da bacia e o perímetro que a
bacia teria se fosse circular. bacia teria se fosse circular.
P P
K c = 0,28 K c = 0,28
A A
Crédito: Desconhecido
Crédito: Desconhecido
Dd
l=
2
Créditos: Desconhecidos
Rede de Drenagem Rede de Drenagem
Fonte: Livro Para Conhecer a Terra Fonte: Livro Para Conhecer a Terra
Fonte: Livro Para Conhecer a Terra Fonte: Livro Para Conhecer a Terra
Declividade do Rio Declividade do Rio
Quociente entre a diferença de cotas e a extensão
Declividade equivalente constante (Seq) Crédito: Desconhecido
Valores Típicos:
Perfil típico:
Baixa declividade: alguns cm por km Quanto maior...
Alta declividade: dezenas m por km ... ↑ velocidade de escoamento
Altitude do leito
Relevo da Bacia
Curva Hipsométrica
Representação gráfica do relevo médio de uma bacia, que mostra
a variação da elevação dos vários terrenos da bacia com
referência ao nível médio do mar.
Altitude (m)
890
Crédito: Desconhecido
350
Fração da Área (%)
108
0 -------- --100
Relevo da Bacia Relevo da Bacia
Curva Hipsométrica do Riacho do Faustino Curva Hipsométrica do Riacho do Faustino
Crédito: Desconhecido
Bacia Urbana versus Bacia Rural Bacia Urbana versus Bacia Rural
Créditos: Desconhecidos
Crédito: Desconhecido
Características Geológicas
Solos permeáveis amortecem as cheias
Solos impermeáveis rápidas enchentes
120
Universidade Federal de Pernambuco
Centro Acadêmico do Agreste
Núcleo de Tecnologia - Engenharia Civil
Hidrologia Aplicada
PRECIPITAÇÃO
Crédito: Desconhecido.
Crédito: Desconhecido.
Precipitação Precipitação
Chuvisco Muito fina e de baixa
intensidade
Chuva Forma líquida
Neve Forma de cristais de gelo
que durante a queda
coalescem formando \blocos
de dimensões variáveis
Saraiva Forma de pequenas pedras
de gelo arredondadas com Φ
≈ 5 mm
Granizo Forma de pequenas pedras Crédito: Desconhecido.
de gelo arredondadas com Φ
> 5 mm
Foto: Defesa Civil de Urubici
Flocos de neve vistos ao microscópio eletrônico
Tipos de Precipitação Tipos de Precipitação
Ar Saturado Ar Saturado
Orvalho Gotículas de água formadas Orvalho Gotículas de água formadas
pela condensação de vapor de pela condensação de vapor de
água e posterior resfriamento água e posterior resfriamento
Geada Deposição de cristais de Geada Deposição de cristais de
gelo, semelhante ao orvalho gelo, semelhante ao orvalho
(abaixo de 0°C) (abaixo de 0°C)
Nevoeiro Suspensão de minúsculas
Dependem do resfriamento radiativo Foto: AKphotopro/Shutterstock.com Foto: Genílson Araújo/Agência O Globo/VEJA
gotículas de água próximo à
noturno (noite limpa e calma). superfície
São formas de condensação direta sobre
uma superfície: solo, folhas ou carros etc.
Chuva Convectiva
Chuva Orográfica
Chuva Frontal
Crédito: Desconhecido.
Precipitação – Chuvas Convectivas Precipitação – Chuvas Convectivas
São provocadas pela brusca ascensão local de ar Originada do processo de convecção livre, em que
menos denso, que atingirá seu nível de condensação ocorre resfriamento adiabático, formando-se nuvens
com formação de nuvens, e, muitas vezes, de grande desenvolvimento vertical.
precipitações. O resfriamento adiabático consiste no resfriamento da
Pequenas áreas, com grande variabilidade espacial, parcela de ar pela diminuição da pressão e da
resultado do aquecimento da superfície temperatura sem que ocorra troca de calor com o
Duração: curta a média (minutos a horas) ambiente externo. Esse processo ocorre quando a
Intensidade: moderada a forte, dependendo do parcela de ar se eleva na atmosfera. Essa elevação
desenvolvimento vertical da nuvem pode ocorrer por diversas razões.
Grande problema em áreas urbanas O processo pode ocorrer no sentido contrário. Nessa
situação temos o compressão e o aquecimento da
Cálculo de bueiros, galerias de águas pluviais parcela de ar (aquecimento adiabático neste caso).
Crédito: Desconhecido.
Crédito: Desconhecido.
Grandezas Características das Chuvas Grandezas Características das Chuvas
Altura pluviométrica / Precipitação – P (mm): espessura Tempo de recorrência / Tempo de retorno / Período de retorno –
média da lâmina de água precipitada que recobre a região T ou Tr (anos): número médio de anos durante o qual se espera
que a precipitação analisada seja igualada ou superada.
atingida pela precipitação, admitindo-se que a água não se
Ex.: Se a chuva de 50 mm em um dia é igualada ou superada
infiltre, não evapore, nem se escoe para fora dos limites da
apenas 1 vez a cada 10 anos diz-se que o Tr é de 10 anos.
região.
Duração – t (min ou h): período de tempo durante o qual Probabilidade / Frequência de probabilidade – P (anos): risco de
ocorre a precipitação. um evento (ex.: precipitação, vazão) ser ultrapassado em um ano
Intensidade – i (mm/h ou mm/min): precipitação por qualquer.
unidade de tempo. Ex.: Se uma cheia tem a probabilidade de ser igualada ou
excedida igual a 5%, o período de retorno será de 20 anos.
i = P/ t Em outras palavras, diz-se que esta cheia tem 5% de
probabilidade de ser igualada ou excedida em qualquer ano.
Tempo P (mm)
Grandezas Características das Chuvas Tempo I (mm/h)
Grandezas Características das Chuvas
07:00 Exemplo de Registro de Chuva – Hietograma 07:00 Exemplo de Registro de Chuva – Hietograma
07:10 07:10
07:20 2 07:20 2
07:30 Início: 07:10 07:30 Início: 07:10
07:40 2
Fim: 09:10 07:40 2
Fim: 09:10
8 8
07:50 4 7 07:50 4 7
Intensidade (mm/h)
Precipitação (mm)
08:00 7 6 08:00 7 6
Início: 07:20 Início: 07:20
08:10 3 5 08:10 3 5
Fim: 09:10 Fim: 09:10
08:20 5 4 08:20 5 4
3 3
08:30 5 08:30 5
2 2
08:40 4
1
Início: 07:20 08:40 4
1
Início: 07:20
08:50 3 0 Fim: 09:20 08:50 3 0 Fim: 09:20
07:00
07:10
07:20
07:30
07:40
07:50
08:00
08:10
08:20
08:30
08:40
08:50
09:00
09:10
09:20
09:30
09:40
09:50
10:00
07:00
07:10
07:20
07:30
07:40
07:50
08:00
08:10
08:20
08:30
08:40
08:50
09:00
09:10
09:20
09:30
09:40
09:50
10:00
09:00 2 09:00 2
09:10 1 09:10 1
Tempo (minutos) P = 38 mm Tempo (minutos) P = 6,33 mm
09:20 Duração = 2 horas 09:20 Duração = 2 horas
09:30 Imédia = 19 mm/h 09:30 Imédia = 3,27 mm/h
09:40 09:40
09:50 Duração do evento chuvoso = 2 horas 09:50 Duração do evento chuvoso = 2 horas
10:00 10:00
Precipitação Média de uma Região Método da Média Aritmética
Lâmina d’água de altura uniforme sobre toda a área Envolve a média das alturas de precipitação registradas
considerada, associada a um período de tempo dado. em vários pluviômetros.
Metodologias mais usuais: → Satisfatório se os postos são uniformemente
Método da média aritmética distribuídos sobre a bacia e a altura medida nos diversos
Método de Thiessen postos não varia muito em relação à média.
∑ Pi×Ai
Pmed = 3) Trace linhas
Atotal
1) Identifique os postos perpendiculares aos trechos
que armazenam dados retilíneos passando pelo
pluviométricos na região meio da linha que liga os
de interesse. dois postos, até encontrar
outra.
Crédito: Desconhecido.
Método de Thiessen – Metodologia Método de Thiessen – Metodologia
Aplicação do Método de Thiessen
Bacia hidrográfica do rio Gramame – PB
Os polígonos formados
correspondem à área de influência
de cada posto.
∑ Pi×Ai
Pmed =
Atotal
5,13 cm → 135,2 mm
X4 → 10 mm
X4 = 0,38 cm
X1 = 0,96 cm
X2 = 1,90 cm
X3 = 1,90 cm
X4 = 0,38 cm
Mapa com isoietas traçadas para região Crédito: Desconhecido. Crédito: Desconhecido.
do município de Rio Negrinho – SC.
ID Precipitação ID Precipitação
Método da Média Aritmética
Posto (mm) Posto (mm)
P = (P2 + P3 + P4 + P5) / 4
1 27 1 27
2 42 2 42 P = (42 + 36 + 69 + 58) / 4
3 36 3 36
Pmed = 51,25 mm
4 69 4 69
5 58 5 58
6 80 6 80
Fontes: 1 – WARD, A. D.; TRIMBLE, S. W. Environmental Hydrology. Crc Press, 2003. 2 – Global Weather & Climate Extremes / World
Meteorological Organisation. 3 – http://www.ingodoy.com.br. 4 – Guinness World Records 2006.
168
Equações Intensidade-Duração-Frequência Curvas IDF – Equação DAEE/FCTH
Fonte: Desconhecida.
Onde :
Traça-se as curvas IDF:
I = intensidade (mm/h);
a ⋅ Tb Abscissa: duração da chuva (min)
I= T = tempo de retorno (anos);
( t + c )d t = duração da chuva (minutos);
Ordenada: intensidade máxima (mm/h)
a , b, c, d = parâmetros locais. Uma curva para cada Tr (2, 3, 5, 10, 15, 20, 25, 50, 100 anos)
174
Fonte: Desconhecida.
Curvas IDF Curvas IDF
Exemplo Prático de Aplicação Exemplo Prático de Aplicação
Dimensionamento de Redes Pluviais Dimensionamento de Redes Pluviais
NBR 10844/1989 – Vazão de Projeto Intensidade Pluviométrica (mm/h)
Com base em dados pluviométricos locais, o I é determinado a partir:
C×I×A da fixação da duração de precipitação (t = 5 minutos) e do Tempo de retorno (T).
Q=
60 Tempo de Retorno (T):
T = 1 ano para áreas pavimentadas, tolerância de empoçamento
Q é a vazão de projeto, em L/min T = 5 anos para coberturas e terraços
C é o coeficiente de escoamento superficial T = 25 anos para coberturas e áreas onde não são permitidos empoçamentos ou
extravasamento
I é a intensidade máxima pluviométrica, em mm/h
Para construções de até 100 m² (projeção horizontal), salvo
A é a área de contribuição, em m2
em casos especiais, pode-se adotar i = 150 mm/h.
177 178
Curva IDF – Equação Otto Pfafstetter Curva IDF – Equação Otto Pfafstetter
β
Postos a b c
Equação Otto Pfafstetter Equação Otto Pfafstetter Aracaju – SE
5 min 15 min 30 min 1h-6d
0,00 0,04 0,08 0,20 0,6 24 20
Belém – PA
Chuvas intensas no Brasil (1957) B. Horizonte – MG
-0,04
0,12
0,00
0,12
0,00
0,12
0,04
0,04
0,4
0,6
31
26
20
20
C. do Sul – RS 0,00 0,08 0,08 0,08 0,5 23 20
Curvas para 98 postos localizados P = R a × t + b⋅ log ( 1+c × t) Cuiabá – MT 0,08 0,08 0,08 0,04 0,1 30 20
em diferentes regiões para cada posto: Curitiba – PR 0,16 0,16 0,16 0,08 0,2 25 20
Florianópolis – SC -0,04 0,12 0,20 0,20 0,3 33 10
α+ β Fortaleza – CE 0,04 0,04 0,08 0,08 0,2 36 20
P = R a × t + b⋅ log ( 1+c × t) R=T T0,25 Goiânia – GO
Rio de Janeiro – RJ
0,08 0,08 0,08 0,12 0,2 30 20
-0,04 0,12 0,12 0,20 0 35 10
João Pessoa – PB 0,00 0,00 0,04 0,08 0,6 33 10
Fontes: Desconhecida. Maceió – AL 0,00 0,04 0,08 0,2 0,5 29 10
Manaus – AM 0,04 0,00 0,00 0,04 0,1 33 20
P = precipitação máxima (mm) Duração α Duração α Natal – RN -0,08 0,00 0,08 0,12 0,7 23 20
t = duração da precipitação (horas) 5 min 0,108 8h 0,176 Niterói – RJ 0,08 0,12 0,12 0,12 0,2 27 20
Porto Alegre – RS 0,00 0,08 0,08 0,08 0,4 22 20
a, b, c = constantes de cada posto 15 min 0,122 14h 0,174
Porto Velho – RO 0,00 0,00 0,00 0,04 0,3 35 20
30 min 0,138 24h 0,170
R = fator de probabilidade Rio Branco – AC -0,08 0,00 0,04 0,08 0,3 31 20
1h 0,156 48h 0,166 Salvador – BA -0,04 0,08 0,08 0,12 0,6 33 10
T = tempo de retorno (anos) São Luiz – MA -0,08 0,00 0,00 0,08 0,4 42 10
2h 0,166 3d 0,160
α, β = valores que dependem de t Fonte: Desconhecida.
4h 0,174 4d 0,156
São Carlos – SP -0,04 0,08 0,08 0,12 0,4 29 20
Uruguaiana – RS -0,04 0,08 0,08 0,12 0,2 38 10
Curva IDF – Outras Equações Precipitação – Distribuição Temporal
Para a cidade de Pelotas-RS a equação que representa as Estudos realizados mostram que as precipitações variam
relações IDF foi estimada por GOULART et al. (1992) dentro de sua duração, i.e., existe grande variabilidade
da distribuição temporal das chuvas.
1253,1 + 64,72 ln(Tr) Para esta variação, não existe um padrão definido e o
I=
(t + 5)0,8277 T−0,018 processo é totalmente aleatório.
onde:
I é a intensidade de ocorrência da precipitação (mm/h);
T é o período de retorno (anos);
t é o tempo de duração (minutos).
GOULART, J. P.; MAESTRINI, A. P.; NEIBEL, A. L. Relação intensidade-duração-frequência de chuvas em Pelotas, RS. Revista Brasileira de
Meteorologia, v. 7, n. 1, p. 543-552, 1992. Fonte: Desconhecida.
Dados: P h ×t
i= P=
altura total precipitada (P) e duração da chuva (t) t 2
h×t
i = h = 2i
2t
t′
r=
t
r = coeficiente de avanço da tormenta
t' r = 0,5 intensidade de pico que ocorre na metade da tormenta.
r < 0,5 intensidade de pico que ocorre antes da metade da tormenta.
Fonte: Desconhecida. r > 0,5 intensidade de pico que ocorre após a metade da tormenta.
30
Através da curva IDF, obtém-se a I para cada duração
P (mm)
25 Transforma-se I P
20
Calcula-se o incremento do total precipitado acumulado
15
P (mm)
20 99,04 33,01 11,20 20 4,51 15
INTERCEPTAÇÃO
Fonte: Desconhecida
A interceptação pode ocorrer devido à
vegetação ou outra forma de obstrução.
Fonte: Desconhecida Foto: Shutterstock / Campo & Negócios Foto: Central Floresta
LIMA, W. de P. Rain interception in Eucalyptus and Pinus forest stands. Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais, 1976.
Intercepção Interceptação pela Cobertura Vegetal
Maior a intensidade, menor Onde: Sv= capacidade de armazenamento da vegetação para a área (mm);
a interceptação Av= área de vegetação; A = área total; E = evaporação da superfície (mm/h);
d = duração da precipitação (h)
Limitações:
interceptação independente da precipitação
capacidade de armazenamento preenchida (nem sempre ocorre)
Limitações: a relação entre E e P não é constante em tempestades Pequenos grãos 0,005 h 0,05 h 1
Milho 0,05 h 0,005 h 1 Fonte: Desconhecida
Quantificação da Interceptação Quantificação da Interceptação
Clark (1940) → interceptação em 1 m² de área Com base no índice de área folear (IAF):
Sv = K * IAF
EVAPORAÇÃO
Evaporação Evaporação
Evaporação é o processo onde as moléculas de água na superfície Evaporação ocorre quando o estado líquido da água é
líquida ou na umidade do solo, adquirem energia suficiente (através
transformado de líquido para gasoso Fonte: Desconhecida
da radiação solar e outros fatores climáticos) e passam do estado
líquido para o de vapor.
Esolo Edireta
umidade 62.000 km3 99.000 km3
Compreende:
361.000 km3 324.000 km3
Evaporação da água contida no solo (umidade)
Salinidade da água
Radiação solar corresponde ao calor fornecido pelo ↑ teor de sal ↓ intensidade de evaporação
sol, que constitui a energia motora para o próprio ciclo Em igualdade de todas as outras condições, comparada à
hidrológico parte deste calor aquece a água água doce, a intensidade de evaporação da água do mar
aumentando a taxa de evaporação.
diminui na ordem de 3% (PETROBRÁS, 2012).
Evaporação – Fatores Intervenientes Importância da Evaporação
Natureza da superfície ↑ área vegetada Operação de reservatórios
↓ evaporação (proteção)
PEREIRA, S. B. et al. Evaporação líquida no lago de Sobradinho e impactos no escoamento devido à construção do reservatório. Revista Brasileira
Imagens: http://wikimapia.org/
de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 13, n. 3, p. 346-352, 2009.
Medição da Evaporação Medição da Evaporação
A medição da taxa evaporação de uma superfície
líquida pode ser realizada através de aparelhos de Obtenção
Parâmetro
medição direta, através dos evaporímetros, ou Direta Indireta
indiretamente. Evaporímetros
Atmômetros
Atmômetros são equipamentos que
dispõem de um recipiente com água
conectado a uma placa porosa, de onde
ocorre a evaporação.
O mais usado é o Evaporímetro de
Piché – constituído de um tubo de
vidro de 11 cm e discos planos de papel
Fonte: Desconhecida
de filtro, com 3,2 cm de diâmetro.
O evaporímetro de Piche é colocado num abrigo meteorológico,
Fácil de instalar, operar e portátil, reagindo à umidade relativa e às variações da velocidade do ar
“pouco” confiável que passam através do abrigo, não reagindo diretamente às
Fonte: Desconhecida
variações da quantidade da radiação solar.
Medição Direta Evaporação de Reservatórios
Tanques Para estimar a evaporação em reservatórios e lagos
costuma-se considerar que esta tem um valor de
Tanque GGI - 3000: tanque cilíndrico, enterrado no
aproximadamente 60 a 80% da evaporação medida em
solo.
Tanque Classe A na mesma região, isto é:
Tanque de 20 m²: tanque cilíndrico, enterrado no solo.
Tanque flutuante: tanque quadrado, sobre tambores ELAGO = Ft x Et
flutuantes no centro de uma balsa.
Fonte: Desconhecida
Ocorrência de chuva →
correções com dados pluviométricos Considerar a P
Universidade Federal de Pernambuco
Centro Acadêmico do Agreste
Núcleo de Tecnologia - Engenharia Civil
Hidrologia Aplicada
TRANSPIRAÇÃO
EVAPOTRANSPIRAÇÃO
Transpiração: evaporação da
água que foi utilizada nos
diversos processos metabológicos
necessários ao crescimento e
desenvolvimento das plantas.
Fonte: Desconhecida
Evapotranspiração Evapotranspiração
Evapotranspiração potencial : é a
evaporação do solo e a transpiração
ET = E + T
das plantas máxima que pode ser
transferida para atmosfera. Com base
nas condições climáticas e
características das plantas.
Áreas Susceptíveis
à Desertificação (ASD) Cabrobó-PE
Fonte: Desconhecida Gilbués-PI Fonte: Desconhecida
Salinização Evapotranspiração
Fontes: Desconhecidas
Salinização é o processo de acúmulo de sais na camada Fatores Intervenientes
superficial do solo, tornando-o infértil. Temperatura √
1 – Projetos irrigação mal conduzidos Pressão de vapor √
2 – Excesso de água Umidade relativa √
3 – Altas temperaturas Vento √
4 – Sem sistema de drenagem adequado Natureza da superfície do solo √
5 – Alta evaporação Radiação solar √
6 – Alta concentração de sais Salinidade √
Ilha de Assunção - Cabrobó-PE
Área: 5.000 ha (Rio São Francisco) 7 – Degradação do solo Tipo de vegetação
Desertificação: 1/3 da área
Fonte: Desconhecida
Fonte: Desconhecida
Tipos:
Pesáveis: mecânicos, eletrônicos, hidráulicos e
flutuantes.
Não-pesáveis
Sistema de pesagem Sistema de Sistema de
hidráulica transmissão do fluido drenagem
Fonte: Desconhecida
Construção de Lisímetro de Pesagem Construção de Lisímetro de Pesagem
Sondagem à trado
Coleta de amostras Escavação
Fonte: Desconhecida Fonte: Desconhecida
Estrutura de contenção e
sistema de pesagem
Bases de apoio
Sistema de drenagem (cascalhinho
Fonte: Desconhecida Fonte: Desconhecida
e tubulação de drenagem)
Construção de Lisímetro de Pesagem Construção de Lisímetro de Pesagem
Onde:
P = precipitação
D = quantidade de água drenada
ΔR = medida de umidade do solo
Blaney-Morin
Hamon
Hargreaves
Papadakis
Fonte: Desconhecida
Fonte: Desconhecida
Determinação da ETP Método de Jensen e Haise
Valores da radiação solar recebida no topo da atmosfera (Rt) Valores da duração máxima da insolação diária (N)
Fonte: Desconhecida
Combina...
- poder evaporante do ar (temperatura,
umidade, velocidade do vento)
- poder evaporante da radiação ETo(PM-FAO) (mm/dia)
Δ = declividade da curva de pressão de vapor na saturação (kPa/ºC)
∆ ⋅ (R − G ) + ρ ⋅ c ⋅ (e s − e d )
Rn = saldo da radiação ou radiação líquida (MJ/(m2 dia))
G = fluxo de calor no solo (MJ/(m2 dia))
L A p
ra 1 γ = constante psicrométrica (kPa/ºC)
E= ⋅
r
∆ + γ ⋅ 1 + s λ ⋅ ρW Tmed = temperatura do ar média diária (ºC)
U2 = velocidade do vento a 2 metros (m/s)
ra es = pressão de vapor na saturação (kPa)
ea = pressão de vapor atual (kPa)
Método da FAO-24 da Radiação ETR por Sensoriamento Remoto
(Método da Radiação Solar)
ETo(RAD-FAO) = ETo por FAO-24 da Rad. Solar (mm/dia); - Software ERDAS Imagine
cv = fator de ajuste em função dos intervalos de velocidade média
do vento (m/s) e intervalos de umidade relativa média (%); - Algoritmo SEBAL
(Surface Energy Balance Algorithm for Land)
W = fator de ponderação;
Rs(d) = radiação solar incidente (mm dia-1). - Balanço de radiação, energia e
Fonte: Desconhecida Bacia do Tapacurá - PE evapotranspiração real (mm/dia)
Fonte: Desconhecida
Evapotranspiração de Cultura (ETc) Determinação da ETc
Coeficiente de Cultura (Kc) coeficiente tabelado para diferentes
culturas nos seus vários estágios de desenvolvimento.
Kc médio
Fonte: Desconhecida
Fonte: Desconhecida Acompanha a área foliar
É a evapotranspiração de uma cultura em da cultura
padrão é constante e a da cultura real varia, o (depende do tipo de cultura) Tempo (dias)
valor de Kc também irá variar. Estabele- Desenvolvimento Florescimento e Maturação
cimento Vegetativo Frutificação
Período de Kc Kc
Culturas
crescimento (meses) (Litoral) (Zona Árida)
Algodão 7 0,60 0,65
Arroz 3–4 1,00 1,20
Ciclo vegetativo Batata 3 0,65 0,75
BALANÇO HIDROLÓGICO
Balanço Hídrico: representação matemática de qualquer Exemplo Sistema 1: Sistema hidrológico fechado
transformação dentro do ciclo hidrológico.
E - S = dV
E = entrada (ESTÍMULO)
S = saída (RESPOSTA)
dV = variação armazenamento
Fonte: Desconhecida
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Balanço Hídrico de Bacias Hidrográficas Balanço Hídrico de Bacias Hidrográficas
P
Balanço Hídrico acima da superfície: Escalas Temporais
P – R – Ets – I = Ss ETs
As escalas de tempo definem também a aplicação e finalidade do
R
balanço:
Balanço Hídrico abaixo da superfície: Ss Escala anual a equação se aplica para a avaliação do potencial
ETg
I + G1 – G2 – Etg = Sg I hidrológico voltado para o planejamento: P – EVT – Q =0
G2
Balanço Hídrico na Bacia Hidrográfica: Escala mensal a equação se aplica para a operação de sistemas
G1
(reservatório, irrigação): P – EVT – Q – ΔS = 0
P - R - (Ets + Etg) + G1 - G2 = Ss + SgG2 Sg Escala diária a equação se aplica para o monitoramento e também
para a operação de sistemas: P – EVT – It – I – Q – ΔS = 0
P = precipitação
ET = evapotranspiração Escala horária ou do evento de chuva a equação se aplica para a
R = escoamento superficial análise refinada dos processos na bacia hidrográfica (investigação
G = escoamento subterrâneo e/ou pesquisa, drenagem):
I = infiltração P – It – I – Q – ΔS = 0 (durante as chuvas)
S = armazenamento
Fonte: Desconhecida P – It – EVT – Q – ΔS = 0 (entre os eventos de chuva)