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DIRETORIA DE EXATAS
São Paulo
2021
BRUNO RODRIGUES CARVALHO
BRUNO SEBASTIAN ROQUE
CAIQUE BATISTA PAIXÃO
FELIPE REIS DA SILVA
HENRIQUE MARQUES BUENO
JAIR GOMES PEREIRA
MATHEUS ALCANTARA OLIVEIRA
Orientadores:
São Paulo
2021
BRUNO RODRIGUES CARVALHO - RA: 2217102547
BRUNO SEBASTIAN ROQUE - RA: 3017101975
CAIQUE BATISTA PAIXÃO - RA: 417106504
FELIPE REIS DA SILVA - RA: 2217105546
HENRIQUE MARQUES BUENO - RA: 915208426
JAIR GOMES PEREIRA - RA: 2219100190
MATHEUS ALCANTARA OLIVEIRA - RA: 3017103010
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________________
Prof. Me. Ivan de Pádua Ferreira - Orientador
Prof. Avaliador
“Gerar energia solar limpa de forma
sustentável e relacionar o consumo de
energia através do sistema fotovoltaico junto
aos seus componentes principais para o
consumo interno da instalação para minimizar
os efeitos negativos causados durante a
produção de energias poluentes e avaliar as
melhores opções de captação de energia
solar e ressaltar a importância gerar energia
para garantir a qualidade de vida futura no
Mundo. Os sistemas de energia solar do
modelo on-grid nasceram a partir da
regulamentação do sistema de compensação
de energia através da Resolução
482/ANEEL. Esse modelo tornou viável a
aplicação do sistema conectado à rede,
trocando créditos com a concessionária de
energia elétrica e permitindo a popularização
desse tipo de sistema. ”
RESUMO
Solar energy is one of the great sources of renewable energy, gaining great
prominence over the years, due to its great capacity to generate electricity. Brazil is
still in its infancy in the use of this type of energy, however, compared to other countries
that lead the market in photovoltaic energy generation, such as Germany, Brazil has
in the states with lower solar irradiation a level of 40 % higher than the best insolation
point in Germany. According to literature reviews and the case study included in this
work, the data show that all support structures present satisfactory results in relation
to energy capture, however, the effectiveness of the mobile system compared to the
fixed system, in all times, it was higher, reaching a 29.33% increase, which could bring
the financial return in relation to the investment made for the purchase and installation
of the collection system up to 3 years faster in relation to the fixed system.
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 15
2 OBJETIVOS GERAIS ............................................................................................. 16
3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................. 17
4 ASPECTOS AMBIENTAIS ..................................................................................... 18
4.1 POTENCIAL BRASILEIRO.................................................................................. 20
4.2 PROJEÇÃO DE CRESCIMENTO DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS ............... 21
5 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA................................................................................... 23
5.1 NORMAS TÉCNICAS .......................................................................................... 24
6 REVISÃO DA LITERATURA .................................................................................. 26
6.1 ENERGIA SOLAR ............................................................................................... 26
6.2 MOVIMENTAÇÃO DA TERRA ............................................................................ 26
6.3 RADIAÇÃO SOLAR ............................................................................................. 27
6.4 INFLUÊNCIA ANGULAR ..................................................................................... 28
6.5 COORDENADAS GEOGRÁFICAS ..................................................................... 29
6.6 ÂNGULOS DE AZIMUTE E DE ALTITUDE DO SOL ............................................ 30
6.7 EFEITO DO SOMBREAMENTO NOS PAINEIS FOTOVOLTAICOS ................... 32
6.8 RASTREADORES SOLARES ............................................................................. 32
6.9 GANHO DE EFICIÊNCIA SISTEMA MÓVEL X SISTEMA FIXO .......................... 33
7 TIPOS DE SISTEMA FOTOVOLTAICO ................................................................. 35
7.1 CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................ 35
7.1.1 Sistemas Fotovoltaicos Domésticos Isolados ou Autônomos........................... 35
7.1.2 Sistemas Fotovoltaicos Distribuídos Conectados à Rede Elétrica ................... 36
8 COMPONENTES DO SISTEMA FOTOVOLTAICO ............................................... 38
8.1 MÓDULO FOTOVOLTAICO ................................................................................ 38
8.2 INVERSOR 39
8.3 ESTRUTURA DE SUPORTE ....................................................................................... 39
8.3.1 Base Móvel Tipo Pedestal ................................................................................ 40
8.4 PROTEÇÃO ........................................................................................................ 40
8.5 INSTALAÇÃO ELÉTRICA.................................................................................... 40
9 MATERIAIS E MÉTODO ........................................................................................ 42
9.1 METODOLOGIA DE PESQUISA ......................................................................... 42
9.2 LOCAL DE INSTALAÇÃO.................................................................................... 42
9.3 SOFTWARE PV-SOL .......................................................................................... 44
9.4 TINKERCAD ........................................................................................................ 45
9.5 PROJETO............................................................................................................ 45
9.6 PARÂMETROS PARA AS MEDIÇÕES DO SISTEMA MÓVEL............................ 49
9.7 PARÂMETROS PARA AS MEDIÇÕES DO SISTEMA FIXO ................................ 50
9.8 COMPONENTES DO SISTEMA MÓVEL............................................................. 50
9.8.1 MICROCONTROLADOR ARDUÍNO® ........................................................................ 51
9.8.2 MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA ........................................................................ 52
9.8.3 LDR 52
9.8.4 LCD 16X2 ......................................................................................................... 53
9.8.5 L293D – ACIONADOR DE MOTOR DE PONTE H ....................................................... 54
9.8.6 LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO C/C++ ................................................................ 55
9.8.7 PROJETO EXECUTIVO DOS COMPONENTES ............................................................ 58
9.9 ENSAIOS E TESTES ........................................................................................... 59
9.9.1 TESTE DO SISTEMA MÓVEL PROJETADO ............................................................... 60
9.9.2 TESTE DO SISTEMA FIXO PROJETADO ................................................................... 65
9.9.3 TESTE DO SISTEMA MÓVEL CALCULADO ............................................................... 66
9.9.4 TESTE DE MOVIMENTAÇÃO DO PAINEL APENAS 2 VEZES AO ANO ............................ 67
10 RESULTADOS E CONSTATAÇÕES ................................................................... 68
10.1 RESULTADOS DOS TESTES DO SISTEMA MÓVEL EXPERIMENTAL ........... 68
10.2 RESULTADOS DOS TESTES DO SISTEMA FIXO ........................................... 70
10.3 RESULTADOS DOS TESTES DO SISTEMA MÓVEL CALCULADO................. 72
10.4 RESULTADOS DOS TESTES DO SISTEMA SEMI-MÓVEL ............................. 78
10.5 COMPARATIVOS .............................................................................................. 80
10.5.1 COMPARATIVO SISTEMA MÓVEL EXPERIMENTAL X SISTEMA MÓVEL CALCULADO .... 80
10.5.1 COMPARATIVO SISTEMA MÓVEL CALCULADO X SISTEMA MÓVEL FIXO ................... 80
10.5.2 COMPARATIVO SISTEMA FIXO X SISTEMA SEMIMÓVEL .......................................... 81
10.6 CONSTATAÇÕES ............................................................................................. 82
11 ESTUDO FINANCEIRO ....................................................................................... 83
11.1 SISTEMA MÓVEL X FIXO ................................................................................. 83
11.2 SISTEMA FIXO X SEMI-MÓVEL ....................................................................... 91
11.3 AS BUILTS ........................................................................................................ 94
12 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 96
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 97
ANEXO .................................................................................................................... 101
15
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS GERAIS
3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
4 ASPECTOS AMBIENTAIS
Fonte: Elaborado pela autora a partir de BRASIL – EPE, 2020. – Lido em 11/2021.
Fonte: Revista de Iniciação Científica, Criciúma, v15, n.1, 2017 – Lido em 11/2021.
Nesse contexto, pode-se citar que os estudos de Silva et. Al. (2018) apontam
que até 2050, o Brasil deve possuir 37GW proveniente de geração distribuída de fonte
fotovoltaica. Segundo os autores a demanda desta fonte energética deve avançar de
forma exponencial nos próximos 20 anos.
Através do Gráfico 2 pode-se avaliar que a energia fotovoltaica no Brasil irá
ocupar lugar de destaque por ser um país com enorme potencial como produtor de
energia por ter condição geográfica privilegiada e receber grande incidência de luz
solar. Tendo por modelo o que houve na Alemanha, no que tange o desenvolvimento
econômico e ainda com a preocupação de investidores internacionais com a política
do meio ambiente, o Brasil somente tem a se beneficiar com a instalação e expansão
de energia fotovoltaica, podendo através desse sistema de energia alcançar
localidades de difícil acesso das linhas de transmissão e colaborando, portanto, com
o desenvolvimento estratégico de regiões remotas (OLIVEIRA, et.al., 2021).
23
5 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
A Resolução prevê ainda que caso a energia ativa injetada não tenha sido
compensada na própria unidade consumidora, poderá ser utilizada para compensar o
consumo de outras unidades previamente cadastradas e atendidas pela mesma
distribuidora, desde que o titular seja o mesmo da unidade geradora.
Esta Resolução é de suma importância para o setor residencial, pois pode
resolver o problema de não coincidência temporal entre geração e consumo, já que
os sistemas fotovoltaicos geram energia elétrica durante as horas de sol e o maior
consumo da classe residencial é registrado à noite.
6 REVISÃO DA LITERATURA
Disto isto, pode-se afirmar que o Sol, em relação a Terra, assume posições
diferentes ao longo do ano, acarretando ângulos de incidência de radiação solar na
superfície Terrestre diferentes em função disto, o que pode influenciar na captação de
energia solar e sua respectiva transformação em energia elétrica.
Fonte: http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=com_content&lang=pt&cid=301 –
Acessado em 11/2021.
valores ditos máximos, é possível dizer que a eficiência de um sistema móvel pode
ser maior que a eficiência de um sistema fixo.
Fonte: https://solarview.zendesk.com/hc/pt-br/articles/360052480332-Quais-s%C3%A3o-a-
orienta%C3%A7%C3%A3o-e-inclina%C3%A7%C3%A3o-adequadas-para-os-
pain%C3%A9is-solares- Acessado em 11/2021.
Longitude, que são linhas imaginárias que cortam as linhas dos Paralelos
perpendicularmente. O ponto de 0° dos Meridianos se encontra no Meridiano de
Greenwich, podendo variar de 0° a 180°, que é o ponto exatamente oposto, ou seja,
os Meridianos também podem variar para os dois lados com o mesmo valor. Na Figura
5 pode-se verificar com mais clareza.
Segundo Silva (2012), define-se azimute solar como sendo o ângulo medido
sobre o plano do horizonte entre o sul e a vertical do Sol para o hemisfério norte, ou
sobre o plano do horizonte entre o norte e a vertical do Sol para o hemisfério sul, no
sentido horário. Em outras palavras, o Sol projeta uma linha de norte a sul na
superfície terrestre e o ângulo formado por essa linha e a linha que corta a superfície
terrestre de norte a sul ao meio-dia, é o chamado ângulo de azimute. Na Figura 6
pode-se ver o ângulo de azimute representado pela letra A.
31
𝐼𝑛𝑐 = 90° − ℎ
𝑃𝑜𝑠 = (𝐴 + 𝐿) − 90°
provido de apenas um eixo, ele pode mover-se e rastrear nos eixos norte-sul ou Leste-
Oeste, assim como, se o sistema móvel é provido de dois eixos, ele pode mover-se e
rastrear de acordo com a posição em que está o Sol, sendo movido nos eixos Leste-
Oeste e norte-sul em conjunto.
Segundo Silva (2012), são três os tipos de sistemas de controle mais usados
nos seguidores solares, que são:
Sistema ativo;
Sistema astronômico;
Sistema misto.
No sistema ativo são utilizados fotossensores e fotoresistores para poder fazer
o rastreamento solar, já no sistema astronômico são utilizadas programações com
base no relógio astronômico, onde o rastreador pode ter um comportamento para cada
dia do ano, resguardando a necessidade de consumo de energia e diminuindo o
desgaste em dias mais nublados, por exemplo. O sistema misto tem como base o
sistema astronômico e utiliza os fotossensores e fotoresistores do sistema ativo para
compensar algum posicionamento se necessário.
7.1 CLASSIFICAÇÃO
Existem diversos tipos de sistema que utilizam desde apenas a fonte de energia
solar como fonte para suprimir as demandas parciais ou totais energéticos, como
também, possuem sistemas que possuem diversas fontes de energia centralizadas
em um sistema, chamadas de Híbridos, porém neste documento lidaremos apenas
com os sistemas (isolados) e conectados à rede.
8.2 INVERSOR
8.4 PROTEÇÃO
9 MATERIAIS E MÉTODO
Nesta seção serão vistos os estudos que foram realizados de encontro com a
metodologia proposta, assim como o local onde foram realizados os estudos, os meios
e os materiais que deram auxílio no desenvolvimento do trabalho.
O estudo foi efetuado em uma casa residencial, de endereço: Rua Uva Natal,
número 209, São Paulo - SP. O município de São Paulo está situado na região sudeste
do Brasil, onde, em específico na cidade de São Paulo, pode-se classificar o clima
como subtropical úmido. Segundo o site Google Maps, as coordenadas da residência
de estudo são aproximadamente: -23,764°, -46,707°.
43
Tabela 2 - Radiação solar global média nos municípios - Estado de São Paulo
9.4 TINKERCAD
9.5 PROJETO
dados para o sistema e os dados climáticos da região, sendo assim, foram utilizados
os seguintes dados:
oferecido pelo programa, obtendo assim o melhor local de instalação das placas
possível, com uma frequência de sombreamento aceitável, descrita na Figura 19.
Gráfico 3 - Irradiação sobre o plano horizontal vs irradiação sobre o plano inclinado da placa
experimental
Fonte: Autor com dados gerados do software PV-SOL – Bruno Sebastian Roque
49
O próprio site da CRESESB fornece uma opção onde são colocados os valores
de coordenadas e são calculados, e apresentados em gráficos, os melhores valores
de irradiação por inclinação do local com as respectivas coordenadas. A base de
dados para estes cálculos é feita através do Atlas Brasileiro de Energia Solar (2017),
o qual, produz dados a partir de coletas feitas por satélites em mais de 72.000 pontos
no período de 17 anos.
Conforme gráficos apresentados pelo site do CRESESB na Figura 21, a melhor
inclinação do painel em um sistema fixo, para as coordenadas da residência em
questão, é de 21° virado para o norte, onde o aproveitamento anual da irradiação solar
é o mais destacado, pois, obtém a maior média anual.
Figura 21 - Gráfico de Irradiação solar no plano inclinado das coordenadas mais próximas
ao local de projeto
Fonte: https://www.techtudo.com.br/noticias/2013/10/o-que-e-um-arduino-e-o-que-pode-ser-
feito-com-ele.ghtml - acessado em 11/2021
52
Segundo Barros (2006), um motor é uma máquina que converte energia elétrica
em energia mecânica de rotação. Os motores são os responsáveis pelo
funcionamento das máquinas de lavar, das secadoras de roupa, dos ventiladores, dos
condicionadores de ar e da maioria das máquinas encontradas nas indústrias.
Um motor de corrente contínua possui, basicamente, armadura, comutador,
escovas e enrolamento de campo. A Figura 23 demonstra quais são as principais
partes de um motor de corrente contínua.
9.8.3 LDR
À medida que os LDRs sofrem uma incidência de luz, a sua resistência diminui,
apresentando maior continuidade no circuito, sendo assim, foram utilizados no projeto
a fim de controlar o acionamento dos motores CC, pois no projeto, ao receber a luz
do Sol mandam um sinal para as entradas analógicas e o Arduíno®, quando o valor
chega a um certo ponto, inverte o sentido de rotação dos motores ou desliga eles,
indicando que o painel fotovoltaico está com a irradiação máxima para a posição do
Sol naquele instante. A Figura 24 apresenta um LDR:
Fonte: http://www.bosontreinamentos.com.br/eletronica/curso-de-eletronica/curso-de-
eletronica-o-que-e-um-ldr-light-dependent-resistor/ - acessado em 11/21
Assim como diz a sigla LCD, seu significado é Display de Cristal Líquido em
inglês. Segundo Gutierrez (2006), o Display de Cristal Líquido (LCD) teve papel
fundamental na evolução das aplicações portáteis. Até o início da década de 1990 o
Lighting-Emitting Diode (LED) ocupava papel de destaque nos sistemas analógicos.
O que cedeu espaço para o LCD (Figura 25) foi o consumo elevado de energia que o
LED proporcionava se comparado ao Display de Cristal Líquido.
Figura 25 - Modelo de LCD 16x2
Existem alguns formatos de LCDs hoje em dia, porém, um dos mais utilizados
em projetos de eletroeletrônica, principalmente Arduíno®, é o de 16x2 que tem esse
nome justamente por possuir 2 linhas com 16 colunas.
Foi escolhido este modelo para o projeto por ser mais habitual para os alunos
devido aulas de programação utilizando-o, por ser utilizado com bastante frequência
com Arduíno® e por estar na biblioteca do software Tinkercad.
Este acionador foi escolhido justamente por trabalhar bem com motores e
oferecer uma lógica em que foi possível fazer a rotação dos motores para os dois
sentidos, horário e anti-horário. Segue Figura 28 com diagrama de blocos:
Figura 28 - Diagrama de blocos funcional do L293D
,
58
Para efeitos de comparação foi utilizado, para os dois sistemas, fixo e móvel,
um dia limpo com Sol, onde o efeito de irradiação sobre os painéis seria de maior
proporção.
Para efeitos de efetividade das fórmulas de inclinação e posicionamento, foi
feito um comparativo entre os valores experimentais e os valores calculados através
das fórmulas.
Para efeitos de teste de funcionamento do sistema móvel com a programação
e componentes projetados, foram alterados os valores dos LDRs.
60
Para o teste do sistema móvel projetado foi optado pela plataforma digital
Tinkercad, a qual, possui as ferramentas disponíveis para efetuação do projeto. Em
conjunto foi utilizado o software PV-SOL para obtenção dos gráficos de céu limpo com
os valores experimentais estipulados.
O primeiro teste foi o de funcionamento do que seria a ideia do projeto com
todos os seus componentes, sendo assim, ao ligar o sistema via Arduíno® foi
observado o funcionamento dos motores, já que os LDRs estavam com incidência 0
de luz, conforme Figura 34, Figura 35 e Figura 36.
Figura 34 - Projeto de sistema móvel com motor horizontal em sentido anti-horário ligado
Figura 35 - Projeto de sistema móvel com motor vertical em sentido anti-horário ligado
Figura 36 - Zoom do projeto de sistema móvel com motores em sentido anti-horário ligado
Figura 37 - Valor menor do que 973 nos LDRs horizontais e verticais e motores ligados no
sentido anti-horário
Figura 38 - Valor entre 973 e 985, dos LDRs horizontais, com LDR horizontal 1 com
incidência máxima de luz e motor ligado no sentido horário
Figura 39 - Valor maior que 985, dos LDRs horizontais, com LDRs horizontal 1 e horizontal 2
com incidência máxima de luz e motor horizontal desligado e valor entre 973 e 985, dos
LDRs verticais, com LDR vertical 1 com incidência máxima de luz e motor vertical ligado no
sentido horário
Figura 40 - Valor maior do que 985 nos LDRs horizontais e verticais e motores desligados
Figura 41 - Placa posicionada a 60º e -60º com azimute do Sol a 52,10º e Altitude a 21,46º
Figura 42 - Placa posicionada a 40º e -80º com azimute do Sol a 41,37º e Altitude a 31,51º
Figura 43 - Placa posicionada a 40º e -130º com azimute do Sol a 9,62º e Altitude a 43,69º
Figura 44 - Placa posicionada a 60º e -160º com azimute do Sol a 332,76º e Altitude a
39,30º
Figura 45 - Placa posicionada a 73º e -175º com azimute do Sol a 307,90º e Altitude a
21,46º
Os parâmetros utilizados para o teste deste sistema foram retirados dos valores
obtidos pelo site da CRESESB citado no item 9.7. Para efeitos de comparação
também foi testado no software PV-SOL, com céu limpo, a melhor inclinação e
posicionamento apontados, sendo assim, o painel do sistema fixo projetado ficou
fixado conforme Figura 46 e Figura 47.
66
Figura 46 - Painel posicionado a 21º e -120,50º com azimute do Sol a 34,77º e Altitude a
35,75º
10 RESULTADOS E CONSTATAÇÕES
Foram feitos os testes conforme especificado no item 9.9.1, com céu limpo e
valores experimentais, não respeitando os cálculos referenciados no item 6.6, apenas
tomando como base o posicionamento aproximado do Sol, desta forma foram
coletados os valores de irradiação no plano inclinado e assim foram plotados os
gráficos dos picos em um gráfico só, podendo observar melhor o que seria um sistema
móvel experimental.
Na Tabela 3, pode-se observar em amarelo os valores utilizados para o gráfico
único, os quais são os maiores valores de cada horário coletado.
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
Irradiação sobre o plano inclinado a 40° , -80° Irradiação sobre o plano inclinado a 73° , -175°
Irradiação sobre o plano inclinado a 60° , -60° Irradiação sobre o plano inclinado a 40° , -130°
Irradiação sobre o plano inclinado a 60° , -160°
Gráfico 5 - Compilado dos valores máximos de cada horário da irradiação sobre o plano
inclinado móvel experimental
1,00 0,92
0,89 0,89 0,89 0,90
0,90 0,84 0,83
0,76
0,80
0,69
0,70
0,60 0,53
kWh/m²
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
Tabela 4 - Valores de irradiação no plano inclinado do sistema fixo para o dia 11.07
Irradiação sobre o plano inclinado a 21°, -120,50°
Horário (kWh/m²)
00:00 0,00
01:00 0,00
02:00 0,00
03:00 0,00
04:00 0,00
05:00 0,00
71
06:00 0,00
07:00 0,18
08:00 0,41
09:00 0,60
10:00 0,75
11:00 0,83
12:00 0,84
13:00 0,79
14:00 0,67
15:00 0,49
16:00 0,28
17:00 0,00
18:00 0,00
19:00 0,00
20:00 0,00
21:00 0,00
22:00 0,00
23:00 0,00
00:00 0,00
Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque
Gráfico 6 - Irradiação sobre o plano inclinado do sistema fixo para o dia 11.07
0,90 0,83 0,84
0,79
0,80 0,75
0,67
0,70
0,60
0,60
0,49
kWh/m²
0,50
0,41
0,40
0,28
0,30
0,18
0,20
0,10
0,000,000,000,000,000,000,00 0,00 0,000,000,000,000,000,000,00
0,00
11.07. 00:00
11.07. 01:00
11.07. 02:00
11.07. 03:00
11.07. 04:00
11.07. 05:00
11.07. 06:00
11.07. 07:00
11.07. 08:00
11.07. 09:00
11.07. 10:00
11.07. 11:00
11.07. 12:00
11.07. 13:00
11.07. 14:00
11.07. 15:00
11.07. 16:00
11.07. 17:00
11.07. 18:00
11.07. 19:00
11.07. 20:00
11.07. 21:00
11.07. 22:00
11.07. 23:00
12.07. 00:00
Irradiação no plano inclinado do sistema fixo
Para azimute do Sol em -52,10º também as 15:30h do dia 11.07 foi encontrado
o seguinte posicionamento:
𝑃𝑜𝑠 = (𝐴 + 𝐿) − 90°
𝑃𝑜𝑠 = [−52,10° + (−23,764°)] − 90°
𝑃𝑜𝑠 = (−75,964°) − 90°
𝑃𝑜𝑠 = −165,864°
0,90
0,80
0,70
0,60
kWh/m²
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
Irradiação sobre o plano inclinado a 68,54° , -61,66° Irradiação sobre o plano inclinado a 58,49° , -72,39°
Irradiação sobre o plano inclinado a 46,31° , -104,14° Irradiação sobre o plano inclinado a 46,31° , -123,38°
Irradiação sobre o plano inclinado a 50,70° , -141,01° Irradiação sobre o plano inclinado a 58,49° , -155,13°
Irradiação sobre o plano inclinado a 68,54° , -165,86° Irradiação sobre o plano inclinado a 79,98° , -174,04°
Gráfico 8 - Compilado dos valores máximos de cada horário da irradiação sobre o plano
inclinado móvel calculado
1,00 0,93 0,93 0,92
0,90 0,90
0,87
0,90 0,83
0,78
0,80
0,70
0,70
0,60 0,55
kWh/m²
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00
Tabela 6 - Valores de irradiação no plano inclinado do sistema semimóvel para o dia 11.07
Irradiação sobre o plano inclinado a 21°, Irradiação sobre o plano inclinado a 32°,
Horário
-120,50° (kWh/m². dia) -120,50° (kWh/m². dia)
Gráfico 9 - Irradiação sobre o plano inclinado do sistema semimóvel para o período de 1 ano
6
5,23
5,04
4,83 4,75 4,86
5 4,69 4,63
4,23 4,22 4,32
4,13 4,14
4
kWh/m².dia
10.5 COMPARATIVOS
0,53
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,50 0,49
0,40 0,41
0,30 0,28
0,20 0,18
0,10
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Irradiação sobre o plano inclinado móvel calculado Irradiação sobre o plano inclinado fixo
4
kWh/m².dia
10.6 CONSTATAÇÕES
Diante dos resultados é possível perceber, ainda que com valores de céu limpo,
que o sistema móvel é mais eficiente do que o sistema fixo em 29,33%.
Os valores do sistema móvel calculado em relação ao sistema móvel
experimental têm uma eficiência de 1,74%.
Foi possível constatar também, que o sistema semimóvel, diante do sistema
fixo, possui uma eficiência, em valores de kWh/m².dia, de 1,92%.
83
11 ESTUDO FINANCEIRO
Para calcular o custo do sistema deve-se levar em conta a tarifa atual aplicada
pela distribuidora, sendo calculado em consumo por quilowatt-hora (kWh). Segundo a
Resolução Normativa 414 de 2010 da ANEEL (Agência Nacional de Energia
Elétrica), os valores estabelecidos para cada padrão são:
Trifásico (fase, fase e fase mais neutro): a taxa mínima é igual a 100 kWh.
Com base nos valores de consumo citados na Tabela 7, foram obtidos dois
orçamentos técnicos de sistemas fotovoltaicos, um sistema fixo e um sistema móvel.
As propostas de investimento para o consumidor são de um sistema móvel fornecido
pela empresa Segsol Suporte Móvel para Painéis Solares Fotovoltaicos, no valor de
R$8.098,59 e um sistema fixo fornecido pela empresa Quasar Energia Solar, no valor
de R$14.542,69. Cada sistema possui suas próprias características técnicas para
atender a necessidade do consumidor, conforme Tabela 8 e Tabela 9.
85
40,00
20,00
%
0,00
2012201320142015201620172018201920202021
-20,00
-40,00
Fonte: ANEEL
Outro ponto importante que deve ser levando em consideração é a perda anual
de eficiência nos módulos fotovoltaicos, pois assim temos um cálculo mais preciso.
De acordo com os fabricantes, os módulos utilizados têm uma perda anual na sua
eficiência de 0,05% ao ano e atingem somente 80% de sua eficiência com 25 anos.
A estimativa de economia mensal projetada para um prazo de 25 anos, levando
em consideração a perda de eficiência nos módulos fotovoltaicos, e a média de ajuste
anual na tarifa de energia é mostrada na Tabela 11.
87
a 25 anos. De acordo com o datasheet os módulos chegam aos 25 anos com uma
eficiência de 80%, mas ainda continuam a funcionar com maiores perdas de eficiência.
Os rendimentos projetados em valor futuro ilustram de forma clara o tempo de
retorno e o seu rendimento acumulado ao fim de sua projeção. A análise dos projetos
em tempo e valores estão descritos na Tabela 12.
inicial, tendo saldo positivo no oitavo ano, o sistema fixo fica positivo no décimo
primeiro ano.
Para verificar a viabilidade de um projeto são necessários alguns indicadores
para analisar a viabilidade do projeto. Para isso aplica-se a fórmula de valor presente
líquido VPL. O VPL traz o valor futuro para o valor presente com a seguinte
𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒇𝒖𝒕𝒖𝒓𝒐
fórmula: 𝑽𝑷𝑳 = (𝟏 𝒕𝒂𝒙𝒂 𝒓𝒆𝒏𝒅𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐)𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐 𝒊𝒏𝒗𝒆𝒔𝒕𝒊𝒅𝒐
. Aplicando a fórmula de valor presente para
Com base nos indicadores financeiros, VPL do projeto, a TL, payback (retorno
financeiro) e a TIR (Taxa Interna de Retorno), fica evidente qual sistema tem maior
viabilidade econômica para a tomada de decisão.
11.3 AS BUILTS
Fonte: Autor com base nas especificações dos Componentes – Henrique Marques Bueno
95
Fonte: Autor com base nas especificações dos Componentes – Henrique Marques Bueno
96
12 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CRESESB, Centro de Referência para Energia Solar e Eólica. João Tavares Pinho,
Marco Antonio Galdino. Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos. Rio de
Janeiro, 2014. – Lido em 11/2021.
https://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/fontes-de-
energia#:~:text=As%20fontes%20renov%C3%A1veis%20de%20energia,no%20merc
ado%20brasileiro%20e%20mundial. – Acessado em 11/2021.
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18147/tde-18032013-
091511/publico/dissertacao_final_rct.pdf - Acessado em 10/2021
https://ppgsca.ufersa.edu.br/wp-
content/uploads/sites/61/2014/09/Disserta%C3%A7%C3%A3o_vers%C3%A3o-final-
Rom%C3%AAnia-Gurgel-Vieira.pdf – Acessado em 11/2021
99
M. Serhan and L. El-Chaar, “Two Axes Sun Tracking System: Comparison with
a fixed system”, International Conference on Renewable Energies and Power Quality
(ICREPQ’10), Março, 2010. – Lido em 11/2021.
Votre, V.P. C++: Explicado e Aplicado. Editora Alta Books. Rio de Janeiro,
2016. – Lido em 11/2021.
https://repositorio.ufersa.edu.br/bitstream/prefix/5917/1/JoseGRF_ART.pdf -
Acessado em 10/21.
http://periodicos.unesc.net/iniciacaocientifica/article/view/2937/3523# -
Acessado em 11/2021.
101
ANEXO