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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

DIRETORIA DE EXATAS

BRUNO RODRIGUES CARVALHO


BRUNO SEBASTIAN ROQUE
CAIQUE BATISTA PAIXÃO
FELIPE REIS DA SILVA
HENRIQUE MARQUES BUENO
JAIR GOMES PEREIRA
MATHEUS ALCANTARA OLIVEIRA

PAINÉIS FOTOVOLTAICOS COM SISTEMAS FIXO E MÓVEL: PROJETO

São Paulo

2021
BRUNO RODRIGUES CARVALHO
BRUNO SEBASTIAN ROQUE
CAIQUE BATISTA PAIXÃO
FELIPE REIS DA SILVA
HENRIQUE MARQUES BUENO
JAIR GOMES PEREIRA
MATHEUS ALCANTARA OLIVEIRA

PAINÉIS FOTOVOLTAICOS COM SISTEMAS FIXO E MÓVEL: PROJETO

Trabalho de conclusão de curso


apresentado à Universidade Nove de Julho
– UNINOVE, como requisito parcial para a
obtenção do grau de Bacharel em
Engenharia Elétrica.

Orientadores:

Prof. Me. Ivan de Pádua Ferreira

Prof. Dr. Guelton Hirano Guedes

São Paulo

2021
BRUNO RODRIGUES CARVALHO - RA: 2217102547
BRUNO SEBASTIAN ROQUE - RA: 3017101975
CAIQUE BATISTA PAIXÃO - RA: 417106504
FELIPE REIS DA SILVA - RA: 2217105546
HENRIQUE MARQUES BUENO - RA: 915208426
JAIR GOMES PEREIRA - RA: 2219100190
MATHEUS ALCANTARA OLIVEIRA - RA: 3017103010

PAINÉIS FOTOVOLTAICOS COM SISTEMAS FIXO E MÓVEL: PROJETO

Trabalho de conclusão de curso


apresentado a Universidade Nove de Julho
UNINOVE, como obtenção do grau de
Bacharel em engenharia elétrica, pela
Banca Examinadora, formada por:

São Paulo, 30 de novembro de 2021

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________
Prof. Me. Ivan de Pádua Ferreira - Orientador

Prof. Dr. Guelton Hirano Guedes - Orientador

Prof. Avaliador
“Gerar energia solar limpa de forma
sustentável e relacionar o consumo de
energia através do sistema fotovoltaico junto
aos seus componentes principais para o
consumo interno da instalação para minimizar
os efeitos negativos causados durante a
produção de energias poluentes e avaliar as
melhores opções de captação de energia
solar e ressaltar a importância gerar energia
para garantir a qualidade de vida futura no
Mundo. Os sistemas de energia solar do
modelo on-grid nasceram a partir da
regulamentação do sistema de compensação
de energia através da Resolução
482/ANEEL. Esse modelo tornou viável a
aplicação do sistema conectado à rede,
trocando créditos com a concessionária de
energia elétrica e permitindo a popularização
desse tipo de sistema. ”
RESUMO

A energia solar é uma das grandes fontes de energias renováveis ganhando


grande destaque ao decorrer dos anos, devido a sua grande capacidade de geração
de energia elétrica. O Brasil, ainda é incipiente na utilização deste tipo de energia,
contudo, em comparação com outros países que lideram o mercado na geração de
energia fotovoltaica, como por exemplo, a Alemanha, o Brasil possui nos estados de
menor irradiação solar um nível de 40% mais elevado que o melhor ponto de insolação
da Alemanha. De acordo com revisões bibliográficas e o estudo de caso inserido neste
trabalho, os dados apresentam que todas as estruturas de suporte apresentam
resultados satisfatórios em relação a captação de energia, contudo, a eficácia do
sistema móvel se comparado com o sistema fixo, em todas as ocasiões, foi maior,
chegando a 29,33% de aumento, podendo trazer o retorno financeiro em relação ao
investimento realizado para compra e instalação do sistema de captação até 3 anos
antes em relação ao sistema fixo.

PALAVRAS-CHAVE: Energia renovável. Sistema móvel. Geração de energia


descentralizada. Retorno financeiro.
ABSTRACT

Solar energy is one of the great sources of renewable energy, gaining great
prominence over the years, due to its great capacity to generate electricity. Brazil is
still in its infancy in the use of this type of energy, however, compared to other countries
that lead the market in photovoltaic energy generation, such as Germany, Brazil has
in the states with lower solar irradiation a level of 40 % higher than the best insolation
point in Germany. According to literature reviews and the case study included in this
work, the data show that all support structures present satisfactory results in relation
to energy capture, however, the effectiveness of the mobile system compared to the
fixed system, in all times, it was higher, reaching a 29.33% increase, which could bring
the financial return in relation to the investment made for the purchase and installation
of the collection system up to 3 years faster in relation to the fixed system.

KEYWORDS: Renewable energy. Mobile system. Decentralized energy


generation. Payback.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Potencial de geração de Energia Solar Brasil x Alemanha ....................... 21


Figura 2 - Representação de Periélio e Afélio na órbita Terrestre em relação ao Sol
........................................................................................................................... 27
Figura 3 - Componentes da radiação solar ao nível do solo ..................................... 28
Figura 4 - Ângulo de inclinação da placa Fotovoltaica em relação ao Sol ................ 29
Figura 5 - Identificação das linhas imaginárias que cortam o Globo Terrestre .......... 30
Figura 6 - Representação dos ângulos de azimute e altitude solar ........................... 31
Figura 7 - Exemplo de placas fotovoltaicas com sombreamento parcial. .................. 32
Figura 8 - Esquematização do Sistema Doméstico ou Isolado ................................. 35
Figura 9 - Esquematização do Sistema Conectado à Rede Elétrica ......................... 36
Figura 10 - Interligação em série de células cristalinas solares ................................ 38
Figura 11 – Base tipo pedestal .................................................................................. 40
Figura 12 - Incidência solar global - Média anual por região administrativa ............. 43
Figura 13 - Exemplo de simulação pelo software PV-SOL ........................................ 44
Figura 14 - Imagem da página inicial do Autodesk Tinkercad ................................... 45
Figura 15 - Coordenadas geográficas do ponto do local do estudo .......................... 46
Figura 16 - Indicação cardeal do local onde foram projetados os sistemas ............. 46
Figura 17 – Projeção da residência de implantação do estudo ................................. 47
Figura 18 – Coordenadas em posições x e y conforme coordenadas geográficas ... 47
Figura 19 - Projeção da frequência de sombreamento durante o período de um ano
na superfície da residência ................................................................................ 48
Figura 20 – Exemplo de placa posicionada em ângulo de 24º em relação a superfície
e -90º em relação a fachada .............................................................................. 49
Figura 21 - Gráfico de Irradiação solar no plano inclinado das coordenadas mais
próximas ao local de projeto .............................................................................. 50
Figura 22 - Microcontrolador Arduíno Uno® .............................................................. 51
Figura 23 – As partes principais de uma máquina CC .............................................. 52
Figura 24 - Resistor Dependente da Luz (LDR) ........................................................ 53
Figura 25 - Modelo de LCD 16x2 .............................................................................. 53
Figura 26 - Diagrama Lógico do L293D .................................................................... 54
Figura 27 - Configuração de pinos do L293D ............................................................ 54
Figura 28 - Diagrama de blocos funcional do L293D ................................................ 55
Figura 29 - Programação em linguagem C++ do sistema móvel, parte 1 ................. 57
Figura 30 - Programação em linguagem C++ do sistema móvel, parte 2 ................. 57
Figura 31 - Programação em linguagem C++ do sistema móvel, parte 3 ................. 58
Figura 32 - Programação em linguagem C++ do sistema móvel, parte 4 ................. 58
Figura 33 - Projeto executivo do sistema móvel projetado no Tinkercad .................. 59
Figura 34 - Projeto de sistema móvel com motor horizontal em sentido anti-horário
ligado.................................................................................................................. 60
Figura 35 - Projeto de sistema móvel com motor vertical em sentido anti-horário
ligado.................................................................................................................. 61
Figura 36 - Zoom do projeto de sistema móvel com motores em sentido anti-horário
ligado.................................................................................................................. 61
Figura 37 - Valor menor do que 973 nos LDRs horizontais e verticais e motores
ligados no sentido anti-horário ........................................................................... 62
Figura 38 - Valor entre 973 e 985, dos LDRs horizontais, com LDR horizontal 1 com
incidência máxima de luz e motor ligado no sentido horário .............................. 62
Figura 39 - Valor maior que 985, dos LDRs horizontais, com LDRs horizontal 1 e
horizontal 2 com incidência máxima de luz e motor horizontal desligado e valor
entre 973 e 985, dos LDRs verticais, com LDR vertical 1 com incidência máxima
de luz e motor vertical ligado no sentido horário ................................................ 63
Figura 40 - Valor maior do que 985 nos LDRs horizontais e verticais e motores
desligados .......................................................................................................... 63
Figura 41 - Placa posicionada a 60º e -60º com azimute do Sol a 52,10º e Altitude a
21,46º ................................................................................................................. 64
Figura 42 - Placa posicionada a 40º e -80º com azimute do Sol a 41,37º e Altitude a
31,51º ................................................................................................................. 64
Figura 43 - Placa posicionada a 40º e -130º com azimute do Sol a 9,62º e Altitude a
43,69º ................................................................................................................. 64
Figura 44 - Placa posicionada a 60º e -160º com azimute do Sol a 332,76º e Altitude
a 39,30º .............................................................................................................. 65
Figura 45 - Placa posicionada a 73º e -175º com azimute do Sol a 307,90º e Altitude
a 21,46º .............................................................................................................. 65
Figura 46 - Painel posicionado a 21º e -120,50º com azimute do Sol a 34,77º e
Altitude a 35,75º ................................................................................................. 66
Figura 47 - Desenho do painel projetado na superfície da residência conforme dados
do CRESESB ..................................................................................................... 66
Figura 48 - Esquema Multifilar................................................................................... 94
Figura 49 - Esquema Unifilar ..................................................................................... 95
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Unidades para radiação solar (irradiância e irradiação) e fatores de


conversão........................................................................................................... 27
Tabela 2 - Radiação solar global média nos municípios - Estado de São Paulo....... 43
Tabela 3 - Valores experimentais de irradiação no plano inclinado para o dia 11.07 68
Tabela 4 - Valores de irradiação no plano inclinado do sistema fixo para o dia 11.07
........................................................................................................................... 70
Tabela 5 - Valores experimentais de irradiação no plano inclinado para o dia 11.07 75
Tabela 6 - Valores de irradiação no plano inclinado do sistema semimóvel para o dia
11.07 .................................................................................................................. 79
Tabela 7 – Consumo anual. ...................................................................................... 84
Tabela 8 - Proposta Segsol ....................................................................................... 85
Tabela 9 - Proposta Quasar ...................................................................................... 85
Tabela 10 - Ajuste nas tarifas de energia nos últimos 10 anos ................................. 86
Tabela 11 - Estimativa econômica 25 anos ............................................................... 87
Tabela 12 - Rendimentos acumulados nos dois sistemas. ....................................... 88
Tabela 13 - Valor presente líquido ............................................................................ 89
Tabela 14 - Indicadores Financeiros ......................................................................... 90
Tabela 15 – Preços dos componentes do sistema semimóvel .................................. 91
Tabela 16 - Rendimentos acumulados nos dois sistemas. ....................................... 92
Tabela 17 - Valor presente líquido ............................................................................ 93
Tabela 18 - Indicadores Financeiros ......................................................................... 94
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


AC Corrente Alternada
ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica
ART Artigo
CC Corrente Contínua
CRESESB Centro de Referência para as Energias Solar e Eólica de Salvo
Brito
EPE Empresa de Pesquisa Energética
KM Quilômetros
KM/H Quilômetros por Hora
KV Quilovolt
KW Quilowatt
LCD Display de Cristal Líquido
LDR Resistor Dependente de Luz
MW Megawatt
NBR Norma Brasileira
O2 Oxigênio
SFCR Sistemas Fotovoltaicos Conectados À Rede Elétrica
SFV Sistema Fotovoltaico
SP São Paulo
TW Terawatt
TWH Terawatts/Hora
V Volts
VS Versus
WH/M² Watts Hora por Metro Quadrado
W/M² Watts por Metro Quadrado
W Watts
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 15
2 OBJETIVOS GERAIS ............................................................................................. 16
3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................. 17
4 ASPECTOS AMBIENTAIS ..................................................................................... 18
4.1 POTENCIAL BRASILEIRO.................................................................................. 20
4.2 PROJEÇÃO DE CRESCIMENTO DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS ............... 21
5 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA................................................................................... 23
5.1 NORMAS TÉCNICAS .......................................................................................... 24
6 REVISÃO DA LITERATURA .................................................................................. 26
6.1 ENERGIA SOLAR ............................................................................................... 26
6.2 MOVIMENTAÇÃO DA TERRA ............................................................................ 26
6.3 RADIAÇÃO SOLAR ............................................................................................. 27
6.4 INFLUÊNCIA ANGULAR ..................................................................................... 28
6.5 COORDENADAS GEOGRÁFICAS ..................................................................... 29
6.6 ÂNGULOS DE AZIMUTE E DE ALTITUDE DO SOL ............................................ 30
6.7 EFEITO DO SOMBREAMENTO NOS PAINEIS FOTOVOLTAICOS ................... 32
6.8 RASTREADORES SOLARES ............................................................................. 32
6.9 GANHO DE EFICIÊNCIA SISTEMA MÓVEL X SISTEMA FIXO .......................... 33
7 TIPOS DE SISTEMA FOTOVOLTAICO ................................................................. 35
7.1 CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................ 35
7.1.1 Sistemas Fotovoltaicos Domésticos Isolados ou Autônomos........................... 35
7.1.2 Sistemas Fotovoltaicos Distribuídos Conectados à Rede Elétrica ................... 36
8 COMPONENTES DO SISTEMA FOTOVOLTAICO ............................................... 38
8.1 MÓDULO FOTOVOLTAICO ................................................................................ 38
8.2 INVERSOR 39
8.3 ESTRUTURA DE SUPORTE ....................................................................................... 39
8.3.1 Base Móvel Tipo Pedestal ................................................................................ 40
8.4 PROTEÇÃO ........................................................................................................ 40
8.5 INSTALAÇÃO ELÉTRICA.................................................................................... 40
9 MATERIAIS E MÉTODO ........................................................................................ 42
9.1 METODOLOGIA DE PESQUISA ......................................................................... 42
9.2 LOCAL DE INSTALAÇÃO.................................................................................... 42
9.3 SOFTWARE PV-SOL .......................................................................................... 44
9.4 TINKERCAD ........................................................................................................ 45
9.5 PROJETO............................................................................................................ 45
9.6 PARÂMETROS PARA AS MEDIÇÕES DO SISTEMA MÓVEL............................ 49
9.7 PARÂMETROS PARA AS MEDIÇÕES DO SISTEMA FIXO ................................ 50
9.8 COMPONENTES DO SISTEMA MÓVEL............................................................. 50
9.8.1 MICROCONTROLADOR ARDUÍNO® ........................................................................ 51
9.8.2 MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA ........................................................................ 52
9.8.3 LDR 52
9.8.4 LCD 16X2 ......................................................................................................... 53
9.8.5 L293D – ACIONADOR DE MOTOR DE PONTE H ....................................................... 54
9.8.6 LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO C/C++ ................................................................ 55
9.8.7 PROJETO EXECUTIVO DOS COMPONENTES ............................................................ 58
9.9 ENSAIOS E TESTES ........................................................................................... 59
9.9.1 TESTE DO SISTEMA MÓVEL PROJETADO ............................................................... 60
9.9.2 TESTE DO SISTEMA FIXO PROJETADO ................................................................... 65
9.9.3 TESTE DO SISTEMA MÓVEL CALCULADO ............................................................... 66
9.9.4 TESTE DE MOVIMENTAÇÃO DO PAINEL APENAS 2 VEZES AO ANO ............................ 67
10 RESULTADOS E CONSTATAÇÕES ................................................................... 68
10.1 RESULTADOS DOS TESTES DO SISTEMA MÓVEL EXPERIMENTAL ........... 68
10.2 RESULTADOS DOS TESTES DO SISTEMA FIXO ........................................... 70
10.3 RESULTADOS DOS TESTES DO SISTEMA MÓVEL CALCULADO................. 72
10.4 RESULTADOS DOS TESTES DO SISTEMA SEMI-MÓVEL ............................. 78
10.5 COMPARATIVOS .............................................................................................. 80
10.5.1 COMPARATIVO SISTEMA MÓVEL EXPERIMENTAL X SISTEMA MÓVEL CALCULADO .... 80
10.5.1 COMPARATIVO SISTEMA MÓVEL CALCULADO X SISTEMA MÓVEL FIXO ................... 80
10.5.2 COMPARATIVO SISTEMA FIXO X SISTEMA SEMIMÓVEL .......................................... 81
10.6 CONSTATAÇÕES ............................................................................................. 82
11 ESTUDO FINANCEIRO ....................................................................................... 83
11.1 SISTEMA MÓVEL X FIXO ................................................................................. 83
11.2 SISTEMA FIXO X SEMI-MÓVEL ....................................................................... 91
11.3 AS BUILTS ........................................................................................................ 94
12 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 96
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 97
ANEXO .................................................................................................................... 101
15

1 INTRODUÇÃO

Diante de mudanças no cenário mundial, o qual aumenta o consumo energético


ao grande avanço tecnológico e ao grande aumento populacional, os países
necessitam buscar alternativas de geração de energia que sejam obtidas de maneira
sustentável. Portanto, se faz necessário desenvolver métodos para atingir o máximo
de eficiência de um sistema de geração de energia, a fim de se obter uma maior
produção energética.
A matriz energética brasileira, possui sua base nos recursos hídricos, devido a
sua grande disponibilidade. Apesar disso, o país vem aumentando investimentos em
outras fontes de energia como a biomassa e a energia eólica. Devido ao
desenvolvimento nesta área de energias renováveis os investimentos também
seguem para a energia solar, pois o país tem grande potencial através de bons níveis
de radiação em sua disposição territorial.
O Brasil possui um grande potencial para gerar eletricidade a partir do Sol,
segundo o Atlas Brasileiro de Energia Solar (2017), diariamente incide entre 4.444
Wh/m² no Brasil. Nos últimos anos a geração de energia solar aumentou
consideravelmente, em 2019 chegou ao valor de 3769 usinas em operação. Além
disso, os preços dos painéis estão reduzindo de preço enquanto a eficiência das
placas está aumentando, fazendo com que seja mais atrativo o investimento.
Uma das maneiras de aumentar a eficiência de geração dos painéis
fotovoltaicos é usando rastreadores solares. Os rastreadores solares são dispositivos
solares que tem o objetivo de manter o painel fotovoltaico na posição perpendicular
aos raios solares, o que proporciona um aumento considerável na produção de
energia elétrica em comparação às estruturas fixas.
Este trabalho apresentará o estudo do comportamento da produção de energia
elétrica de acordo com o posicionamento das placas solares e o quanto isso é
importante para o aproveitamento máximo de energia solar, bem como a viabilidade
financeira deste sistema se comparado com outros.
16

2 OBJETIVOS GERAIS

Estudo comparativo de viabilidade e eficiência entre um sistema fixo e um


sistema móvel de captação solar.
17

3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Aumentar a eficácia de captação da radiação solar, através do sistema móvel,


que por meio de um sistema realiza a movimentação das placas fotovoltaicas,
fazendo-as acompanhar o curso do sol.
Fazer a análise da condição de necessidade da geração de energia
descentralizada, capaz de suprir as demandas energéticas residenciais individuais
trazendo um desafogo para as matrizes energéticas.
Analisar a viabilidade de um sistema fotovoltaico sem mobilidade, ou seja,
estático, com um outro sistema que contém um dispositivo de rastreamento solar com
dois eixos de mobilidade.
18

4 ASPECTOS AMBIENTAIS

Define-se como fontes renováveis aquelas que são consideradas inesgotáveis


ou que se regeneram constantemente na natureza. Estas fontes são consideradas
limpas, pois a maioria emite menos gases de efeito estufa (GEE) do que as fontes
fósseis. Sendo assim são mais aconselhadas e estão conseguindo uma boa inserção
no mercado de energia (EPE, 2020).
São elas: Energia Hidráulica, obtida pela força da água dos rios; Energia Solar:
obtida pela energia do sol; Energia Eólica: obtida pela força dos ventos; Energia
Geotérmica: obtida pelo calor do interior da terra; Biomassa: Obtida de matérias
orgânicas; Energia Gravitacional: obtida pela força das ondas dos oceanos (EPE,
2020).
Estas fontes podem apresentar variação na geração de energia elétrica. Por
exemplo, a energia eólica, não é gerada quando não há ventos, assim como a energia
solar, não pode ser gerada à noite, ou o caso da fonte hídrica, que pode sofrer com
estiagens (secas), a energia oceânica sofre influência lunar (EPE, 2020).
Segundo Mandelman (2011), atualmente o Brasil encontra-se bastante
dependente dos sistemas de geração de energia que utilizam nossos rios como fonte
para as hidrelétricas e de combustíveis fósseis como gás natural para fornecer energia
para as termelétricas.
Estudos indicam que as usinas hidrelétricas, conceituadas como energia limpa,
também contribuem para o aquecimento global por meio da emissão de gás metano
(CH4) provocadas pelos seus vertedouros, com a intenção de oxigenação das águas
e diminuição de mortes de peixes, assim como pelas turbinas instaladas na parte mais
profunda das barragens para movimentar os geradores de energia (FEARNSIDE,
2015).
O metano se forma no fundo das barragens, quando a matéria orgânica se
decompõe sem a presença de oxigênio (O2). A bacia do rio Amazonas é uma região
onde em que se observa essa condição de emissão de gases, impactando o
aquecimento global, com a construção do completo da Usina de Belo Monte no Rio
Xingu (FEARNSIDE, 2015).
Segundo Lagrimante et al. (2018), apesar de ser o maior emissor mundial de
poluentes e gases de efeito estufa, a China é o maior produtor de energia fotovoltaica
da atualidade, por acreditar que esse sistema de geração de energia elétrica é o que
19

menos impacta o meio ambiente. Neste sentido, a ANEEL (Agência Nacional de


Energia Elétrica) propôs como meta para o Brasil, dobrar sua capacidade de painéis
fotovoltaicos instalados até 2017, e continuar a ter investimentos nesse segmento por
muito tempo, como investem diversos países do mundo (LAGRIMANTE et al., 2018).
De acordo com Barbosa Filho et al. (2015) a expansão da exploração da
geração de energia elétrica, através de energia solar, ocasiona impactos sobre o meio
físico, socioeconômico e biótico. Pode-se observar que no meio físico existem
alterações e muitas vezes degradação na paisagem, devido à construção da usina.
Em situação mais extrema, é necessária medida de controle e monitoramento pelos
órgãos responsáveis na tentativa de evitar riscos de contaminação do solo com o
manejo inadequado de materiais terrosos e emissão de materiais particulados no ar
que se depositam sobre a vegetação e sobre rios, causando modificações no ciclo de
alimentação de animais nativos. Com o desmatamento da região, pode ocorrer erosão
e assoreamento de riachos, alterando o comportamento hídrico da localidade.
Já para Vieira e Santos (2012) os impactos causados pela instalação das
usinas fotovoltaicas são mínimos se comparados à constante emissão de gases e
outros poluentes, que por séculos tem fragilizado o meio ambiente. Na visão de Silva
e Carmo (2017) o Brasil possui altas oportunidades para desenvolver a indústria de
energia fotovoltaica, assim como ampliar a participação desta fonte na matriz elétrica
brasileira.
Com base nos dados disponibilizados pela Empresa de Pesquisa Energética
(EPE), elaborou-se o gráfico de oferta de energia interna no período de 1990 a 2019.
Analisando o Gráfico 1, pode-se observar que a variação da oferta de Energia
Interna está relacionada diretamente com a sazonalidade das chuvas e
consequentemente com o regime dos rios. Todas essas variações trazem
instabilidade ao sistema brasileiro de energia elétrica o que ocasiona preocupações
no que diz respeito a projeção da criação e utilização de outra forma de energia
abundante, em nosso país e que possa auxiliar na expansão do nosso sistema
energético (GOMES, 2007).
20

Gráfico 1 – Crescimento da oferta de energia interna no período de 1990 a 2019

Fonte: Elaborado pela autora a partir de BRASIL – EPE, 2020. – Lido em 11/2021.

4.1 POTENCIAL BRASILEIRO

A capacidade instalada no Brasil, levando em conta todos os tipos de usinas


que produzem energia elétrica, é da ordem de 132 gigawatts. Deste total menos de
0,0008% é produzida com sistemas solares fotovoltaicos (transformam diretamente a
luz do Sol em energia elétrica). Somente este dado reflete o quão baixo é o nível de
utilização desta fonte energética tão abundante, e com características únicas.
O Brasil aproveita pouco o potencial da fonte solar. A geração fotovoltaica no
país é residual comparada às demais fontes, como a eólica. A Empresa de Pesquisa
Energética (EPE) (Nota técnica DEA 19/14, 2015) estima uma produção de 283,5
milhões de MW por ano de energia fotovoltaica se todo o potencial solar for
aproveitado. A potência gerada seria suficiente para abastecer mais de duas vezes o
atual consumo doméstico de 128,8 milhões de MW por ano do país (RELLA, 2017).
O Brasil é um dos poucos países no mundo, que recebe uma insolação (número
de horas de brilho do Sol) superior a 3000 horas por ano. E a região Nordeste conta
com uma incidência média diária entre 4,5 e 6kWh. Somente por estes dados, colocam
o país em destaque no que se refere ao potencial solar.
Diante desta abundância, fica claro que se trata apenas de incentivo para que
o setor se desenvolva no país.
Através da Figura 1 abaixo é possível verificar o mapa brasileiro de irradiação
solar comparado com o da Alemanha, o Brasil possui nos estados de menor irradiação
um nível 40% mais elevado que o melhor ponto de insolação da Alemanha o que torna
mais evidente o potencial Brasileiro em relação à Alemanha que mesmo com índice
bem abaixo do Brasil é um dos líderes do mercado de energia Fotovoltaica Mundial.
21

Figura 1 - Potencial de geração de Energia Solar Brasil x Alemanha

Fonte: Revista de Iniciação Científica, Criciúma, v15, n.1, 2017 – Lido em 11/2021.

4.2 PROJEÇÃO DE CRESCIMENTO DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

Os incentivos devem ser generosos de maneira que assim como a Alemanha


e outros países desenvolvidos o fizeram o Brasil deve ter esse olhar para outras
formas de produção de energia. A expansão da matriz energética de um país está
diretamente relacionada com o com seu progresso e aumento do PIB. Nosso país
situa-se geograficamente privilegiado quanto aos recursos naturais da luz solar, o que
torna quase uma obrigatoriedade utilizá-lo. A política internacional visa uma grande
preocupação com a emissão de gases nocivos a atmosfera o que faz da energia
fotovoltaica uma das fontes mais promissoras como fonte de energia elétrica. Dessa
maneira, para um país nos dias de hoje poder vislumbrar uma matriz energética atual
e engajada no contexto da política de combate aos efeitos dos gases de efeito estufa,
é necessário que a ideia da implantação de parques ou fazendas fotovoltaicas se torne
uma realidade mais próxima possível (OLIVEIRA, et.al., 2021).
O gráfico da previsão de crescimento da energia fotovoltaica foi elaborado a
partir de 2013, e a previsão inicia no ano de 2019, uma vez que esta fonte ainda é
incipiente ao país. Nesta projeção, mesmo o cenário de futuro mais cético permitiria
ratificar a viabilidade da implantação de energia fotovoltaicas no Brasil, como um
empreendimento lucrativo e eficiente a longo prazo.
Devido ao seu crescimento dos últimos 3 anos, houve uma projeção bastante
positiva. O Gráfico 2 prevê que se os incentivos permanecerem e até aumentarem, o
22

crescimento aparece com uma perspectiva de acréscimo na matriz energética


brasileira que traz grande estímulo a investidores e a torna competitiva no cenário dos
leilões de energia renovável. O crescimento apresentado é de em média 2000 teps:

Gráfico 2 - Previsão de crescimento da energia fotovoltaica por ano no período de 2013 a


2050

Fonte: Elaborado pela autora a partir de BRASIL – EPE, 2020

Nesse contexto, pode-se citar que os estudos de Silva et. Al. (2018) apontam
que até 2050, o Brasil deve possuir 37GW proveniente de geração distribuída de fonte
fotovoltaica. Segundo os autores a demanda desta fonte energética deve avançar de
forma exponencial nos próximos 20 anos.
Através do Gráfico 2 pode-se avaliar que a energia fotovoltaica no Brasil irá
ocupar lugar de destaque por ser um país com enorme potencial como produtor de
energia por ter condição geográfica privilegiada e receber grande incidência de luz
solar. Tendo por modelo o que houve na Alemanha, no que tange o desenvolvimento
econômico e ainda com a preocupação de investidores internacionais com a política
do meio ambiente, o Brasil somente tem a se beneficiar com a instalação e expansão
de energia fotovoltaica, podendo através desse sistema de energia alcançar
localidades de difícil acesso das linhas de transmissão e colaborando, portanto, com
o desenvolvimento estratégico de regiões remotas (OLIVEIRA, et.al., 2021).
23

5 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

Na década passada, mais precisamente, no ano de 2012, a ANEEL (Agência


Nacional de Energia Elétrica) aprovou a Resolução Normativa n° 482, que estabelece
as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos
sistemas de distribuição de energia elétrica, o sistema de compensação de energia
elétrica, além de outras providências necessárias (ANEEL, 2012).
No Capítulo 1 – Das Disposições Preliminares, tem-se que:

[…] Art. 2o Para efeitos desta Resolução, ficam adotadas as seguintes


definições:
I - Microgeração distribuída: central geradora de energia elétrica, com
potência instalada menor ou igual a 100 kW e que utilize fontes com
base em energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração
qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, conectada na rede
de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras;
II - Minigeração distribuída: central geradora de energia elétrica, com
70 potências instalada superior a 100 kW e menor ou igual a 1 MW
para fontes com base em energia hidráulica, solar, eólica, biomassa
ou cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL,
conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades
consumidoras;
III - sistema de compensação de energia elétrica: sistema no qual a
energia ativa gerada por unidade consumidora com microgeração
distribuída ou minigeração distribuída compense o consumo de
energia elétrica ativa.

O sistema de compensação não prevê a venda de energia por parte do


consumidor, mas sim o armazenamento de créditos energéticos por um período de
até 36 meses após a data do faturamento, não fazendo jus o consumidor a qualquer
forma de compensação, após o seu vencimento. Ou seja, o foco da regulamentação
não é a criação de micro usinas de venda de energia elétrica, mas sim a possibilidade
de o consumidor ser também gerador da própria energia.
No faturamento da unidade consumidora integrante do sistema de
compensação de energia elétrica, deverá ser cobrado, no mínimo, o valor referente
ao custo de disponibilidade para o consumidor do grupo B, ou da demanda contratada
para o consumidor do grupo A.
Segundo a ANEEL (2012), as tarifas de energia elétrica no Brasil estão
estruturadas em dois grandes grupos de consumidores: Grupo A e B. As tarifas do
grupo A são para consumidores atendidos pela rede de alta tensão (2,3 a 230 KV). As
24

tarifas do grupo B são destinadas às unidades consumidoras atendidas em tensão


inferior a 2,3 KV e são estabelecidas para várias classes e subclasses de consumo
(classe residencial e residencial de baixa renda; classe rural; industrial, comercial,
serviços e
outras atividades; classe iluminação pública).
Além disso, no Art.7° do Capítulo 3 – Do Sistema de Compensação de Energia
Elétrica, deverão ser observados os seguintes procedimentos:

[…] II - o consumo a ser faturado, referente à energia elétrica ativa, é


a diferença entre a energia consumida e a injetada, por posto horário,
quando for o caso, devendo a distribuidora utilizar o excedente que
não tenha sido compensado no ciclo de faturamento corrente para
abater o consumo medido em meses subsequentes.
III - caso a energia ativa injetada em um determinado posto horário
seja superior à energia ativa consumida, a diferença deverá ser
utilizada, preferencialmente, para compensação em outros postos
horários dentro do mesmo ciclo de faturamento, devendo, ainda, ser
observada a relação entre os valores das tarifas de energia, se houver.

A Resolução prevê ainda que caso a energia ativa injetada não tenha sido
compensada na própria unidade consumidora, poderá ser utilizada para compensar o
consumo de outras unidades previamente cadastradas e atendidas pela mesma
distribuidora, desde que o titular seja o mesmo da unidade geradora.
Esta Resolução é de suma importância para o setor residencial, pois pode
resolver o problema de não coincidência temporal entre geração e consumo, já que
os sistemas fotovoltaicos geram energia elétrica durante as horas de sol e o maior
consumo da classe residencial é registrado à noite.

5.1 NORMAS TÉCNICAS

As normas técnicas para sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica são


determinadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e pela ANEEL
(Agência Nacional de Energia Elétrica). A ABNT, através da Comissão de Estudos de
Sistemas de Conversão Fotovoltaica de Energia Solar, já desenvolveu algumas
normas técnicas relativas à tecnologia fotovoltaica, que estão em vigor desde 1991.
Dentre as diversas normas, destacam-se a (I) NBR 11877:1991 – Sistemas
Fotovoltaicos – Especificação, que fixa os requisitos de projetos exigíveis e os critérios
25

para aceitação de sistemas terrestres de conversão fotovoltaica de energia, que


encontra-se em processo de revisão: (II) NBR 10899:2006 – Energia Solar
Fotovoltaica – Terminologia, que define os termos técnicos relativos à conversão
fotovoltaica de energia radiante solar em energia elétrica; (III) NBR 11704:2008 –
Sistemas Fotovoltaicos – Classificação, que classifica os sistemas de conversão
fotovoltaica de energia solar em energia elétrica; (IV) NBR 11876:2010 – Módulos
Fotovoltaicos – Especificação, que especifica os requisitos exigíveis e os critérios para
aceitação de módulos fotovoltaicos para uso terrestre, de construção plana e sem
concentradores, que utilizem dispositivos fotovoltaicos como componentes ativos para
converter diretamente a energia radiante em elétrica; e a (V) NBR IEC 62116:2012 –
Procedimento de ensaio de anti-ilhamento para inversores de sistemas fotovoltaicos
conectados à rede elétrica, que estabelece um procedimento de ensaio para avaliar o
desempenho das medidas de prevenção de ilhamento utilizadas em sistemas
fotovoltaicos conectados à rede elétrica (SFCR) (ABNT 2006, 2008, 2010).
26

6 REVISÃO DA LITERATURA

A partir de estudos e pesquisas de artigos, teses e revistas científicas, o


presente tópico visa demonstrar o conceito do que se trata a captação de energia solar
e sua transformação em energia elétrica, analisando trabalhos acadêmicos
desenvolvidos com semelhança e contribuindo para mais conteúdo de conhecimento
e estudo.

6.1 ENERGIA SOLAR

Em se tratando de Energia Solar Fotovoltaica, é necessário entender alguns


conceitos para poder utilizar da melhor maneira os recursos que este tipo de energia
oferece. Segundo ANEEL (2002), a Energia Solar pode ser convertida diretamente em
Energia Elétrica, através de efeitos sobre determinados materiais, entre os quais se
destacam o termoelétrico e o fotovoltaico, onde a conversão ocorre sob os efeitos da
radiação (calor e luz).
O grande ganho, ao qual este material também se propõe a estudar, é no modo
em que se obtém, transforma e armazena este tipo de energia.

6.2 MOVIMENTAÇÃO DA TERRA

Desde que se tem conhecimento da teoria heliocêntrica de Nicolau Copérnico,


onde ele propôs que a Terra e os outros planetas giram de forma circular em relação
ao Sol e que Kepler propôs que essas órbitas eram elípticas, conforme Figura 2, sabe-
se que a Terra, em sua forma esférica, movimenta-se em rotas denominadas de
rotação e translação, as quais representam as movimentações da Terra em torno dela
mesma e em torno do Sol.
Segundo Negrão (2008), a posição denominada de periélio é quando a Terra
está mais próxima ao Sol e a posição denominada de Afélio é quando a Terra está
mais distante do Sol em sua órbita elíptica.
Na Figura 2 está a representação da teoria de Nicolau Copérnico:
27

Figura 2 - Representação de Periélio e Afélio na órbita Terrestre em relação ao Sol

Fonte: http://www.if.ufrgs.br/cref/camiladebom/Aulas/Pages/8.html - Acessado em 11/2021

Disto isto, pode-se afirmar que o Sol, em relação a Terra, assume posições
diferentes ao longo do ano, acarretando ângulos de incidência de radiação solar na
superfície Terrestre diferentes em função disto, o que pode influenciar na captação de
energia solar e sua respectiva transformação em energia elétrica.

6.3 RADIAÇÃO SOLAR

Segundo CRESESB (2014), o termo “radiação solar” é usado de forma genérica


e pode ser referenciado em formas de fluxo de potência, quando é especificamente
denominado de irradiância solar, ou em termo de energia por unidade de área,
denominado, então, de irradiação solar. Também denominada energia total incidente
sobre a superfície terrestre (ANEEL, 2002). Confira o fator de conversão na Tabela 1
abaixo:

Tabela 1 - Unidades para radiação solar (irradiância e irradiação) e fatores de conversão

Fonte: Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos – CRESESB – Acessado em


11/2021.
28

Ainda segundo CRESESB (2014), considerando que o raio médio da Terra é


6.371km, e considerando o valor da irradiância de 1.367 W/m² incidindo sobre a área
projetada da Terra, conclui-se que a potência total disponibilizada pelo Sol à Terra, no
topo da atmosfera, é de aproximadamente 174 mil TW (Tera-Watts).
Sendo assim, existe uma grande quantidade de energia solar sendo fornecida
à Terra, porém, a radiação solar pode passar por alguns meios antes de incidir
totalmente no solo da Terra, por exemplo, e atingir de diversas formas, bem como,
das formas direta, difusa, por reflexão e por absorção, como pode-se ver na Figura 3:

Figura 3 - Componentes da radiação solar ao nível do solo

Fonte: http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=com_content&lang=pt&cid=301 –
Acessado em 11/2021.

Dentro dessas possibilidades, o grande fornecimento de energia solar fica


submetido a algumas condições que não somente a da posição da Terra em relação
ao Sol.

6.4 INFLUÊNCIA ANGULAR

Segundo Medeiros (2016), a energia incidente por unidade de área é máxima


para superfícies perpendiculares à direção do Sol, assim como na Figura 4. Por este
motivo, faz-se um comparativo de um sistema fixo com um sistema que acompanha o
curso do Sol, pois, supondo que os valores para superfícies perpendiculares são
29

valores ditos máximos, é possível dizer que a eficiência de um sistema móvel pode
ser maior que a eficiência de um sistema fixo.

Figura 4 - Ângulo de inclinação da placa Fotovoltaica em relação ao Sol

Fonte: https://solarview.zendesk.com/hc/pt-br/articles/360052480332-Quais-s%C3%A3o-a-
orienta%C3%A7%C3%A3o-e-inclina%C3%A7%C3%A3o-adequadas-para-os-
pain%C3%A9is-solares- Acessado em 11/2021.

6.5 COORDENADAS GEOGRÁFICAS

É compreendido que o planeta Terra é dividido, primeiramente, pelos pontos


cardeais norte, sul, leste e oeste, sendo dividido ao meio por uma linha horizontal e
por outra linha vertical, formando quatro partes. Estas linhas são imaginárias, porém
servem de referência para localizações no Globo Terrestre. Assim como os pontos
cardeais, outras linhas imaginárias cortam a superfície terrestre, assim fazendo com
que seja mais precisa uma localização e para poder traçar parâmetros. As
coordenadas geográficas utilizam essas linhas que cortam a Terra ao meio como
parâmetro para estabelecer pontos de localização muito próximos do que
conhecemos como plano cartesiano, onde as coordenadas são dadas por valores de
x e y. A diferença das coordenadas geográficas é que os valores são dados em graus.
O eixo horizontal que divide a Terra em hemisférios norte e sul chama-se de
linha do Equador, a qual serve de parâmetro para traçar os chamados Paralelos ou
mais conhecidos como Latitude, onde o ponto de ângulo 0° é exatamente na linha do
Equador e o ponto de ângulo maior é de 90°, podendo ser tanto no sentido norte
quanto no sentido sul. Para complementar e melhorar a identificação de um ponto no
Globo Terrestre, temos o que é chamado de Meridianos ou mais conhecidos como
30

Longitude, que são linhas imaginárias que cortam as linhas dos Paralelos
perpendicularmente. O ponto de 0° dos Meridianos se encontra no Meridiano de
Greenwich, podendo variar de 0° a 180°, que é o ponto exatamente oposto, ou seja,
os Meridianos também podem variar para os dois lados com o mesmo valor. Na Figura
5 pode-se verificar com mais clareza.

Figura 5 - Identificação das linhas imaginárias que cortam o Globo Terrestre

Fonte: https://www.todamateria.com.br/paralelos-e-meridianos/ - acessado em 11/2021

6.6 ÂNGULOS DE AZIMUTE E DE ALTITUDE DO SOL

Segundo Silva (2012), define-se azimute solar como sendo o ângulo medido
sobre o plano do horizonte entre o sul e a vertical do Sol para o hemisfério norte, ou
sobre o plano do horizonte entre o norte e a vertical do Sol para o hemisfério sul, no
sentido horário. Em outras palavras, o Sol projeta uma linha de norte a sul na
superfície terrestre e o ângulo formado por essa linha e a linha que corta a superfície
terrestre de norte a sul ao meio-dia, é o chamado ângulo de azimute. Na Figura 6
pode-se ver o ângulo de azimute representado pela letra A.
31

Figura 6 - Representação dos ângulos de azimute e altitude solar

Fonte: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Sistema_horizontal.jpg - acessado em 11/2021


Ainda tendo como referência a Figura 6, o ângulo denominado como h é o
ângulo de altitude do Sol. Altura solar é definida como sendo o ângulo entre os raios
solares e a sua projeção no plano do horizonte (SILVA, 2012).
Por convenção o ângulo de azimute é positivo antes do meio-dia, e negativo
depois do meio-dia solar (VIEIRA, 2014).
Para efeitos numéricos, é possível calcular os valores de posicionamento de
um painel fotovoltaico através dessas informações de ângulo de azimute e ângulo de
altitude do Sol. Do valor de ângulo de altitude do Sol podemos calcular a inclinação
necessária para que a placa forneça o maior valor de captação de irradiação solar,
conforme equação 1 a seguir:

𝐼𝑛𝑐 = 90° − ℎ

Onde 𝐼𝑛𝑐 é o valor da inclinação do painel fotovoltaico e, tomando como


base a figura 6, ℎ é o valor do ângulo de altitude do Sol, ambos dados em graus.
O cálculo do valor de posicionamento do painel fotovoltaico na superfície, pode
ser feito através da seguinte equação:

𝑃𝑜𝑠 = (𝐴 + 𝐿) − 90°

Onde 𝑃𝑜𝑠 é o valor da posição do painel fotovoltaico, 𝐿 é o valor de Latitude


de posicionamento da residência e, tomando como base a Figura 6, 𝐴 é o valor do
ângulo de azimute do Sol, todos os valores são dados em graus.
32

6.7 EFEITO DO SOMBREAMENTO NOS PAINEIS FOTOVOLTAICOS

Assim como os fatores de posição da Terra em relação ao Sol, nível de


irradiação solar e ângulo entre a placa e o Sol influenciam na captação de energia
solar e transformação para energia elétrica, o sombreamento dos painéis fotovoltaicos
também tem influência e pode prejudicar o funcionamento de uma placa inteira.
O sombreamento dos painéis fotovoltaicos afeta o rendimento, mas também
pode causar danos aos mesmos. Quando se tem vários painéis fotovoltaicos ligados
em série e quando há sombreamento total ou parcial num deles, as células
fotovoltaicas sombreadas podem aquecer demasiado e danificar-se uma vez que
nesta condição podem ser representadas por uma resistência elétrica, e são
atravessadas pela corrente produzida pelos outros painéis (SILVA, 2012).
Segundo Vieira (2014), é um fator que deve ser levado em consideração pois
diminui a produção de energia elétrica, e nos casos de sistemas que utilizam o rastreio
do Sol, podem desorientar o os seguidores solares.
A Figura 7 exemplifica bem o que pode ser um sombreamento sobre a placa
fotovoltaica e, pode-se dizer, que este pode ser um fator de aspecto negativo, pois,
uma instalação com um conjunto de painéis sem sombreamento entre estes pode
demandar uma área maior.

Figura 7 - Exemplo de placas fotovoltaicas com sombreamento parcial.

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=7CRRCis6Fxc – Acessado em 11/2021.

6.8 RASTREADORES SOLARES

Os tipos de rastreadores solares estão totalmente relacionados ao número de


eixos em que o sistema móvel está inserido. Basicamente, se o sistema móvel é
33

provido de apenas um eixo, ele pode mover-se e rastrear nos eixos norte-sul ou Leste-
Oeste, assim como, se o sistema móvel é provido de dois eixos, ele pode mover-se e
rastrear de acordo com a posição em que está o Sol, sendo movido nos eixos Leste-
Oeste e norte-sul em conjunto.
Segundo Silva (2012), são três os tipos de sistemas de controle mais usados
nos seguidores solares, que são:
 Sistema ativo;
 Sistema astronômico;
 Sistema misto.
No sistema ativo são utilizados fotossensores e fotoresistores para poder fazer
o rastreamento solar, já no sistema astronômico são utilizadas programações com
base no relógio astronômico, onde o rastreador pode ter um comportamento para cada
dia do ano, resguardando a necessidade de consumo de energia e diminuindo o
desgaste em dias mais nublados, por exemplo. O sistema misto tem como base o
sistema astronômico e utiliza os fotossensores e fotoresistores do sistema ativo para
compensar algum posicionamento se necessário.

6.9 GANHO DE EFICIÊNCIA SISTEMA MÓVEL X SISTEMA FIXO

O trabalho realizado por Araújo, 2017 apresentou um estudo de caso com


suporte de rastreador solar de eixo único, utilizando LDRs para o rastreamento solar
e um conversor.
Neste trabalho, o seguidor solar, como é chamado, apresentou resultados
satisfatórios, os quais, em certo momento a potência gerada atingiu valores superiores
a 50W, sendo assim, o sistema se comportou como um rastreador do curso solar
durante o dia.
Na dissertação apresentada por Medeiros (2016), foi mostrado e estudado um
protótipo com LDRs, servomotores e um microcontrolador onde fez-se um
comparativo entre os sistemas fixo e móvel.
Nesta dissertação obteve-se o resultado, considerando o maior valor de
potência produzida, de que, o sistema rastreável produz, aproximadamente, 2,5 (duas
vezes e meia) mais energia que o sistema fixo.
34

A tese feita por Silva (2012), demonstrou um estudo comparativo de um painel


solar fotovoltaico fixo vs móvel, onde foi utilizado um sistema seguidor solar
astronômico com placas de aquisição de dados.
Esta tese comprovou que em dias de Sol e nuvens o pico de potência gerada
é maior devido ao menor valor de temperatura, assim como, em dias de Sol o aumento
de produção do sistema móvel se comparado com o sistema fixo pode ser muito
superior a 60%, onde no dia 06 de agosto de 2011 foi observado um ganho de 84% e
chegando a 256% no dia 10 de Setembro de 2011. No geral, o sistema móvel
conseguiu produzir cerca de 50% a mais do que o sistema fixo.
Serhan, et. al., (2010), através de um artigo, se fez comprovar que um sistema
móvel com 2 eixos, 2 motores AC, portas lógicas, um microcontrolador e um foto
transístor pode gerar 28% a mais de potência do que um sistema fixo.
Dhanabal, et. al., (2013) também através de um artigo conseguiu comprovar a
eficiência, com gráficos em MATLAB, tanto de um sistema móvel de um eixo quanto
de um sistema móvel de dois eixos se comparados com um sistema fixo.
35

7 TIPOS DE SISTEMA FOTOVOLTAICO

O conjunto de elementos necessários para converter diretamente a energia


solar em energia elétrica é denominado de sistema fotovoltaico (SFV). Seus principais
componentes são os painéis fotovoltaicos e inversores, incluindo dispositivos de
controle e proteção, estrutura de suporte, fiação e em alguns casos dispositivos de
armazenamento (baterias). São classificados em sistemas isolados e conectados à
rede.

7.1 CLASSIFICAÇÃO

Existem diversos tipos de sistema que utilizam desde apenas a fonte de energia
solar como fonte para suprimir as demandas parciais ou totais energéticos, como
também, possuem sistemas que possuem diversas fontes de energia centralizadas
em um sistema, chamadas de Híbridos, porém neste documento lidaremos apenas
com os sistemas (isolados) e conectados à rede.

7.1.1 Sistemas Fotovoltaicos Domésticos Isolados ou Autônomos

Os sistemas isolados (domésticos e não domésticos) são compostos por painel


fotovoltaico, controlador de carga, inversor e banco de baterias necessárias para o
armazenamento e fornecimento da energia gerada nos períodos nos quais não há
insolação. Conforme sistema de esquematização do sistema doméstico ou isolado
representado na Figura 8.

Figura 8 - Esquematização do Sistema Doméstico ou Isolado

Fonte: LAMBERTS et al.,2010 - Constituição básica de um sistema FV Isolado – Acessado


em 11/2021
36

7.1.2 Sistemas Fotovoltaicos Distribuídos Conectados à Rede Elétrica

Sistemas que possuem geração de energia elétrica de forma descentralizada,


ou seja, junto ao ponto de consumo. O consumidor pode utilizar a energia elétrica
convencional para complementar a quantidade de energia demandada por sua
edificação, caso haja um aumento de consumo, ou ainda vender à concessionária a
energia excedente gerada pelo sistema fotovoltaico, no caso de utilizar menos energia
do que a gerada pelo SFV (RÜTHER, 2004).
O sistema distribuído, por estar conectado à rede, não necessita de banco de
baterias e é constituído basicamente de painel fotovoltaico e inversor, além de
componentes de comando e proteção, como chaves, fusíveis e disjuntores. A figura
abaixo apresenta a constituição básica deste tipo de sistema no qual o inversor, ao
detectar a presença da rede, converte a corrente contínua (CC), vinda do painel
fotovoltaico em corrente alternada (CA), com o mesmo padrão de tensão, frequência
e fase da rede elétrica à qual está conectado. Conforme sistema de esquematização
do sistema conectado à rede elétrica na Figura 9.

Figura 9 - Esquematização do Sistema Conectado à Rede Elétrica

Fonte: LAMBERTS et al.,2010 - Acessado em 11/2021

Nos sistemas fotovoltaicos distribuídos as perdas por transmissão e distribuição


são minimizadas e a geração e consumo de energia têm coincidência espacial, o que
os torna mais eficientes do ponto de vista energético. Além disso, por estarem
integrados à edificação não necessitam de área extra para sua instalação, e, ainda,
dependendo do perfil de consumo, pode haver uma coincidência temporal com a
geração solar (RÜTHER, 2004).
37

Desta forma, o sistema de distribuição das concessionárias elétricas pode ser


aliviado com instalações solares fotovoltaicas integradas a prédios comerciais e
interligadas à rede elétrica pública, pois em geral os picos de consumo e insolação
máxima são muitas vezes coincidentes. Consequentemente, há economia de energia,
aumento de vida útil dos transformadores e de outros componentes do sistema de
distribuição, além da redução no risco de apagões elétricos (blecautes) (RÜTHER,
2004).
38

8 COMPONENTES DO SISTEMA FOTOVOLTAICO

Um sistema fotovoltaico com ligação à rede é composto, normalmente, pelos


seguintes componentes:
 Painel fotovoltaico: a associação em série ou em paralelo destes módulos, com
estruturas de suporte e montagem, que ao serem agrupados correspondem
com a geração de energia e na conversão da energia solar em eletricidade.
 Caixa de Junção (equipada com dispositivos de proteção)
 Cabos CC-CA
 Inversor (CC-CA): realiza a conversão da corrente contínua gerada pelo
sistema fotovoltaico em corrente alternada, de forma, a se ajustar aos padrões
da rede elétrica da concessionária
 Disjuntor e aparelho de medição: o disjuntor é um aparelho de proteção contra
sobrecargas elétricas e o medidor tem a função de medir a quantidade de
energia consumida e gerada pela instalação fotovoltaica

8.1 MÓDULO FOTOVOLTAICO

A fabricação dos módulos é feita através do encadeamento de várias células


solares, devido à baixa potência das mesmas, que em geral varia de 1 a 3W (Watts),
com uma tensão menor que 1 V (Volt). Em uma ligação em série, os contatos frontais
de cada célula (polo negativo) são soldados aos contatos posteriores da célula
seguinte (polo positivo), conforme Figura 10.

Figura 10 - Interligação em série de células cristalinas solares

Fonte: IST; DGS; UE,2004 - Acessado 11/21


39

A quantidade de módulos conectados em série determinará a tensão de


operação do sistema em corrente contínua (CC). A corrente do gerador solar é
definida pela conexão em paralelo de painéis individuais ou de strings (conjunto de
módulos conectados em série). A potência instalada, normalmente especificada em
CC, é dada pela soma da potência nominal dos módulos individuais (RÜTHER, 2004).
Os módulos são projetados e fabricados para operar entre 25 e 30 anos,
devendo acomodar as células e as respectivas ligações elétricas, proporcionar
suporte estrutural e proteção contra danos mecânicos e agentes ambientais como sol,
chuva e ventos (LAMBERTS,2010 apud RÜTHER, 2004).

8.2 INVERSOR

Os módulos solares fotovoltaicos geram a energia elétrica em corrente contínua


e a rede elétrica pública está em corrente alternada. Deste modo, se faz necessário o
uso de um inversor para a transformação da corrente de contínua (CC) para corrente
alternada (CA) com as características de frequência, conteúdo de harmônicos, forma
de onda, necessária para a interconexão à rede. Os inversores podem ser
classificados em dois tipos:
Comutados pela rede elétrica, onde o sinal da rede é utilizado para sincronizar
o inverso com a rede;
Auto comutados, onde um circuito eletrônico no inversor controla e sincroniza
o sinal do inversor ao sinal da rede, ou seja, independem dos parâmetros da rede.

8.3 ESTRUTURA DE SUPORTE

A estrutura de suporte dos módulos fotovoltaicos deve ser montada de modo a


facilitar a instalação e manutenção do sistema e sempre que possível estar integrada
ao envoltório da edificação para manter a harmonia estética do local. De acordo com
Lorenzo e Zilles (1994), as estruturas precisam suportar ventos de até 150Km/h; os
materiais devem ser resistentes a corrosão, como ferro galvanizado e alumínio; estar
aterrada eletricamente, seguindo as normas vigentes e os módulos devem estar
posicionadas a pelo menos 1 metro do solo.
40

8.3.1 Base Móvel Tipo Pedestal

No caso de uma estrutura de suporte de um sistema rastreador, a estrutura


mais simplificada é a de base pedestal (PINTO, et. al., 2010), onde o quê gira é o eixo,
movimentando o painel (Figura 11).

Figura 11 – Base tipo pedestal

Fonte: Descrição de Seguidores Solares e Sua Aplicação em Centrais Fotovoltaicas


Conectadas a Rede - Congresso Brasileiro de Energia Solar – acessado em 11/21

8.4 PROTEÇÃO

A proteção dos cabos contra sobrecorrente é feita através da utilização de


fusíveis instalados como chave seccionadora. O seu uso permite que após a
passagem dos cabos em eletrodutos separados por polos positivo e negativo, os
condutores de corrente CC cheguem com uma proteção antes de serem conectados
ao inversor, além de proporcionarem maior segurança aos usuários.

8.5 INSTALAÇÃO ELÉTRICA

As instalações elétricas de baixa tensão são especificadas pela NBR 5410 e


esta mesma norma deve ser obedecida para a instalação de um sistema solar
fotovoltaico integrado a uma edificação. Em geral, as diferenças entre uma instalação
elétrica convencional e um SFV está no fato de que um gerador fotovoltaico está
energizado sempre que sobre ele incidir luz e de se tratar de um circuito de corrente
contínua (CC) desde os painéis até o inversor (RÜTHER, 2004).
41

Por questão de segurança, alguns elementos necessitam de aterramentos


individuais, como a estrutura da montagem dos painéis, os componentes metálicos e
o circuito do arranjo fotovoltaico (RÜTHER, 2004).
42

9 MATERIAIS E MÉTODO

Nesta seção serão vistos os estudos que foram realizados de encontro com a
metodologia proposta, assim como o local onde foram realizados os estudos, os meios
e os materiais que deram auxílio no desenvolvimento do trabalho.

9.1 METODOLOGIA DE PESQUISA

Foi adotada metodologia de comparação entre duas instalações, uma


instalação de painel fotovoltaico de suporte fixo e uma instalação de painel de suporte
móvel. Para tanto, foi utilizado como parâmetro um sistema fixo e outro de base móvel,
na tentativa de demonstrar a viabilidade e eficiência de ambos os métodos.
A fim de estruturar teoricamente o documento, foram feitas pesquisas
bibliográficas para análise dos sistemas móveis e trabalhos desenvolvidos nessa área.
Com a base teórica estruturada foi possível estabelecer um local para
implantação dos estudos. Em primeiro lugar foi feito um estudo de instalação e
viabilidade econômica de um sistema fixo, dando sequência para um estudo e
viabilidade econômica de um sistema móvel. Com as 2 informações foi possível traçar
o comparativo e estabelecer parâmetros de eficiência e de retornos financeiros.
Foi escolhido para análise o sistema móvel de movimentação em dois eixos.
Foi utilizado software de simulação para fins demonstrativos visto que o projeto foi
elaborado em época de Pandemia Mundial de Covid-19, impossibilitando alguns
processos.

9.2 LOCAL DE INSTALAÇÃO

O estudo foi efetuado em uma casa residencial, de endereço: Rua Uva Natal,
número 209, São Paulo - SP. O município de São Paulo está situado na região sudeste
do Brasil, onde, em específico na cidade de São Paulo, pode-se classificar o clima
como subtropical úmido. Segundo o site Google Maps, as coordenadas da residência
de estudo são aproximadamente: -23,764°, -46,707°.
43

Na Tabela 2 estão os índices anuais de radiação solar referentes ao Estado de


São Paulo:

Tabela 2 - Radiação solar global média nos municípios - Estado de São Paulo

Fonte: ENERGIA SOLAR PAULISTA - Levantamento do Potencial - Governo do Estado de


São Paulo, Secretaria de Energia - acessado 11/21

A temperatura média anual é de 20°C. Segundo o site de infraestrutura e Meio


Ambiente do Estado de São Paulo, a radiação solar global média anual do município
de São Paulo é de 4,589kWh/m² dia, tendo seu maior valor na estação de Verão,
chegando aos 5,352kW/m² dia e com seu menor valor no Inverno, chegando aos
3,784kWh/m² dia, assim como na Figura 12.

Figura 12 - Incidência solar global - Média anual por região administrativa

Fonte: ENERGIA SOLAR PAULISTA - Levantamento do Potencial - Governo do Estado de


São Paulo, Secretaria de Energia - acessado 11/21
44

9.3 SOFTWARE PV-SOL

Trata-se de um software de desenvolvimento de projeto de sistemas


fotovoltaicos, onde é possível projetar o objeto onde será instalado o sistema
(residência, edifício, terreno, etc.), projetar a posição das placas fotovoltaicas, projetar
a frequência de sombreamento do local, projetar as placas fotovoltaicas que serão
utilizadas (fabricante, modelo, potência), projetar os inversores (fabricante, modelo,
potência, quantidade, faixas), dimensionar os cabos, fazer o estudo financeiro e gerar
dados e relatório.
Conforme já informa, também, CRESESB (2014), permite estudar a
configuração de vários geradores e possui uma ampla base de dados de módulos,
baterias, inversores e grupo geradores. Permite também a criação de diferentes perfis
de carga, e para ter em conta possíveis elementos que interceptam a radiação solar,
possui um gerador de sombras. Veja na Figura 13 um exemplo de simulação no
software PV-SOL:

Figura 13 - Exemplo de simulação pelo software PV-SOL

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

O software foi de extrema importância na obtenção de números e gráficos para


o estudo aqui efetuado, apesar de não possuir uma opção de instalação de base
móvel, é possível alterar quantas vezes quiser a disposição das placas, se ficarão na
45

horizontal ou vertical, se serão instaladas em conjunto ou separadas e até mesmo seu


grau de inclinação em relação a superfície que será instalada e sua posição, sendo
assim, é possível fazer uma simulação, através dos números obtidos e compilados,
do que poderia ser uma placa com suporte de base móvel.

9.4 TINKERCAD

Trata-se de uma plataforma virtual de acesso universal, criada pela empresa


Autodesk, que permite a criação e desenvolvimento de projetos eletroeletrônicos
através de um site, com dinâmicas de criação didáticas e uma biblioteca de
componentes consideravelmente boa, possibilitando a criação através de placas como
Arduíno, Micro:bit, entre outros.
A Figura 14 mostra o site da plataforma virtual.

Figura 14 - Imagem da página inicial do Autodesk Tinkercad

Fonte: https://www.tinkercad.com/dashboard?type=circuits&collection=designs – acessado


em 11/2021

9.5 PROJETO

Para adentrar no assunto em questão, é preciso observar alguns pontos que


foram utilizados como referência, bem como, a localização da residência em
coordenadas geográficas, os objetos vizinhos que poderiam influenciar na simulação
e projetar sombreamentos, a posição em relação ao Norte Geográfico, as bases de
46

dados para o sistema e os dados climáticos da região, sendo assim, foram utilizados
os seguintes dados:

 Na Figura 15 consta a localização, coordenadas geográficas e


verificação de objetos vizinhos da residência pelo site Google Maps:

Figura 15 - Coordenadas geográficas do ponto do local do estudo

Fonte: Google Maps – acessado em 11/21.

 A Figura 16 evidencia o posicionamento da casa conforme Norte


Geográfico, segundo Google Maps:

Figura 16 - Indicação cardeal do local onde foram projetados os sistemas

Fonte: Google Maps – acessado em 11/21.


47

 A Figura 17 apresenta a residência projetada no software PV-SOL


conforme coordenadas obtidas pelo Google Maps:

Figura 17 – Projeção da residência de implantação do estudo

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

 Na Figura 18 abaixo, são apresentadas as coordenadas no projeto do


software PV-SOL:

Figura 18 – Coordenadas em posições x e y conforme coordenadas geográficas

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

Após o esqueleto do projeto ficar pronto, foram instaladas placas fotovoltaicas


paralelas à superfície do telhado para poder obter um mapa de sombreamento
48

oferecido pelo programa, obtendo assim o melhor local de instalação das placas
possível, com uma frequência de sombreamento aceitável, descrita na Figura 19.

Figura 19 - Projeção da frequência de sombreamento durante o período de um ano na


superfície da residência

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

Feito isto, foi posicionada uma placa experimental para observar o


comportamento da irradiação solar incidente e verificar o posicionamento do Sol, para
poder traçar um caminho a ser feito. Ao verificar o relatório gerado foi constatado que
a placa experimental tinha um índice de irradiação sobre o plano inclinado de
1486,0kWh/m²/ano, onde, nessa área o potencial de irradiação sobre o plano
horizontal é de 1819,4kWh/m²/ano. No Gráfico 3 pode-se observar que os índices mais
altos se encontram nas estações mais quentes do ano e os índices mais baixos nas
estações mais frias:

Gráfico 3 - Irradiação sobre o plano horizontal vs irradiação sobre o plano inclinado da placa
experimental

Fonte: Autor com dados gerados do software PV-SOL – Bruno Sebastian Roque
49

9.6 PARÂMETROS PARA AS MEDIÇÕES DO SISTEMA MÓVEL

Foram utilizados 5 pontos de referência experimentais para efetuação dos


gráficos e estudos a fim de provar que a movimentação da placa, de acordo com o
movimento do Sol, promove uma maior eficiência e incidência de irradiação solar se
comparado com uma placa imóvel. Os intervalos de pico dos gráficos foram
demonstrados de 2 em 2 horas com exceção do primeiro horário, que foi coletado às
8 horas e 30 minutos, e do último que não foi demonstrado o pico, mas sim um valor
que mantinha a curva com valores notáveis.
Vale ressaltar que os valores em graus do posicionamento das placas referem-
se, em primeiro lugar, ao ângulo entre a inclinação da placa e a superfície da
residência e, em segundo lugar, ao ângulo entre a placa e a linha vertical da parte da
frente da residência conforme demonstra Figura 20.

Figura 20 – Exemplo de placa posicionada em ângulo de 24º em relação a superfície e -90º


em relação a fachada

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

Os parâmetros utilizados foram:


1. 60º e -60º com azimute do Sol a 52,10º e Altitude a 21,46º;
2. 40º e -80º com azimute do Sol a 41,37º e Altitude a 31,51º;
3. 40º e -130º com azimute do Sol a 9,62º e Altitude a 43,69º;
4. 60º e -160º com azimute do Sol a 332,76º e Altitude a 39,30º;
5. 73º e -175º com azimute do Sol a 307,90º e Altitude a 21,46º.
50

9.7 PARÂMETROS PARA AS MEDIÇÕES DO SISTEMA FIXO

O próprio site da CRESESB fornece uma opção onde são colocados os valores
de coordenadas e são calculados, e apresentados em gráficos, os melhores valores
de irradiação por inclinação do local com as respectivas coordenadas. A base de
dados para estes cálculos é feita através do Atlas Brasileiro de Energia Solar (2017),
o qual, produz dados a partir de coletas feitas por satélites em mais de 72.000 pontos
no período de 17 anos.
Conforme gráficos apresentados pelo site do CRESESB na Figura 21, a melhor
inclinação do painel em um sistema fixo, para as coordenadas da residência em
questão, é de 21° virado para o norte, onde o aproveitamento anual da irradiação solar
é o mais destacado, pois, obtém a maior média anual.

Figura 21 - Gráfico de Irradiação solar no plano inclinado das coordenadas mais próximas
ao local de projeto

Fonte: http://www.cresesb.cepel.br/index.php#data – acessado em 11/2021

9.8 COMPONENTES DO SISTEMA MÓVEL

Para o projeto do sistema móvel de 2 eixos serão usados, basicamente, os


seguintes componentes: motor CC, microcontrolador, sensores LDR, tela de LCD
16x2 e multimedidores.
51

O sistema funciona da seguinte maneira: os LDRs recebem a irradiação solar


e enviam um sinal para o Arduíno®, o qual, recebe o sinal e aciona os motores CC
através de saídas digitais, bem como, também envia a informação aos LCDs, pelas
saídas digitais. Os multimedidores, basicamente, coletam a informação da saída do
painel fotovoltaico, medindo tensão e corrente.

9.8.1 Microcontrolador Arduíno®

Em termos práticos, um Arduíno (Figura 22) é um pequeno computador que


você pode programar para processar entradas e saídas entre o dispositivo e os
componentes externos conectados a ele (McROBERTS, 2011).
Utiliza um microprocessador Atmel AVR, tem um regulador linear e saída USB
para conexão em computadores.
Sua programação é feita através do que os fabricantes chamam de IDE
Arduíno, um software de programação livre, o qual, é comandado por linguagem C.
Possui 13 saídas digitais, 5 entradas analógicas, uma saída de alimentação 5V,
uma saída de alimentação 3,3V e 3 GNDs.
É um microcontrolador de fácil manuseio, didático e de baixo custo,
possibilitando uma programação simplificada e maior economia no valor de um
projeto.

Figura 22 - Microcontrolador Arduíno Uno®

Fonte: https://www.techtudo.com.br/noticias/2013/10/o-que-e-um-arduino-e-o-que-pode-ser-
feito-com-ele.ghtml - acessado em 11/2021
52

9.8.2 Motor de Corrente Contínua

Segundo Barros (2006), um motor é uma máquina que converte energia elétrica
em energia mecânica de rotação. Os motores são os responsáveis pelo
funcionamento das máquinas de lavar, das secadoras de roupa, dos ventiladores, dos
condicionadores de ar e da maioria das máquinas encontradas nas indústrias.
Um motor de corrente contínua possui, basicamente, armadura, comutador,
escovas e enrolamento de campo. A Figura 23 demonstra quais são as principais
partes de um motor de corrente contínua.

Figura 23 – As partes principais de uma máquina CC

Fonte: Apostila de Máquinas CC. Matheus Barros, 2006 - acessado em 11/21

9.8.3 LDR

A sigla LDR significa Resistor Dependente da Luz e é um semicondutor


eletrônico que possui dois terminais e a característica de possuir certa resistência de
acordo com a quantidade de luz incidente sobre de forma quase linear, além de ser
um elemento não polarizado, fazendo com que a corrente possa circular em ambos
os sentidos (JÚNIOR, et.al., 2013).
53

À medida que os LDRs sofrem uma incidência de luz, a sua resistência diminui,
apresentando maior continuidade no circuito, sendo assim, foram utilizados no projeto
a fim de controlar o acionamento dos motores CC, pois no projeto, ao receber a luz
do Sol mandam um sinal para as entradas analógicas e o Arduíno®, quando o valor
chega a um certo ponto, inverte o sentido de rotação dos motores ou desliga eles,
indicando que o painel fotovoltaico está com a irradiação máxima para a posição do
Sol naquele instante. A Figura 24 apresenta um LDR:

Figura 24 - Resistor Dependente da Luz (LDR)

Fonte: http://www.bosontreinamentos.com.br/eletronica/curso-de-eletronica/curso-de-
eletronica-o-que-e-um-ldr-light-dependent-resistor/ - acessado em 11/21

9.8.4 LCD 16X2

Assim como diz a sigla LCD, seu significado é Display de Cristal Líquido em
inglês. Segundo Gutierrez (2006), o Display de Cristal Líquido (LCD) teve papel
fundamental na evolução das aplicações portáteis. Até o início da década de 1990 o
Lighting-Emitting Diode (LED) ocupava papel de destaque nos sistemas analógicos.
O que cedeu espaço para o LCD (Figura 25) foi o consumo elevado de energia que o
LED proporcionava se comparado ao Display de Cristal Líquido.
Figura 25 - Modelo de LCD 16x2

Fonte: https://www.filipeflop.com/produto/display-lcd-16x2-backlight-azul/ - acessado em


11/21
54

Existem alguns formatos de LCDs hoje em dia, porém, um dos mais utilizados
em projetos de eletroeletrônica, principalmente Arduíno®, é o de 16x2 que tem esse
nome justamente por possuir 2 linhas com 16 colunas.
Foi escolhido este modelo para o projeto por ser mais habitual para os alunos
devido aulas de programação utilizando-o, por ser utilizado com bastante frequência
com Arduíno® e por estar na biblioteca do software Tinkercad.

9.8.5 L293D – Acionador de motor de ponte H

Conforme informa o Datasheet da Texas Instruments (2016), este acionador é


um driver de meia-H quádruplo de alta corrente e é projetado para fornecer correntes
de acionamento bidirecionais de até 600mA em tensões de 4,5V a 36V. É projetado
para acionar cargas indutivas, como relés, solenoides, motores de passo CC e
bipolares, bem como outras cargas de alta corrente/alta tensão em aplicações de
alimentação positiva. É possível verificar algumas imagens das características deste
acionador na Figura 26 e na Figura 27.
Figura 26 - Diagrama Lógico do L293D

Fonte: Datasheet da Texas Instruments – Acessado em 11/2021.

Figura 27 - Configuração de pinos do L293D

Fonte: Datasheet da Texas Instruments – Acessado em 11/2021.


55

Este acionador foi escolhido justamente por trabalhar bem com motores e
oferecer uma lógica em que foi possível fazer a rotação dos motores para os dois
sentidos, horário e anti-horário. Segue Figura 28 com diagrama de blocos:
Figura 28 - Diagrama de blocos funcional do L293D

Fonte: Datasheet da Texas Instruments – Acessado em 11/2021.

9.8.6 Linguagem de Programação C/C++

Segundo Votre (2016), uma linguagem de programação é completa no sentido


computacional quando permite escrever qualquer algoritmo. A teoria, no caso, se
baseia nas máquinas de Turing. Em termos bem simples, uma linguagem completa
permite:
 Escrever sequência de ações;
 Selecionar entre duas ações alternativas;
 Repetir uma ou mais ações sob o controle de alguma condição de
repetição.

Basicamente, linguagem de programação C++, é um tipo de linguagem que


permite efetuar o processamento, rodar, ligar, operar e definir por parâmetros
programas, máquinas, luz, entre outros.
Foi escolhido este método por também se tratar de uma linguagem em que os
alunos participantes do projeto estão habituados, por ser de fácil descrição e
elaboração e por ser compatível com o Microcontrolador Arduíno Uno®.
56

Alguns passos envolvem o processo de efetuação do código para formação de


um projeto/programa, bem como:
 A inclusão de bibliotecas, onde é possível incluir cálculos matemáticos,
opções em display de Cristal Líquido;
 A declaração de constantes e parâmetros;
 Efetuação de Setup;
 Declaração de modo de exibição de dados;
 Declaração de entradas e saídas analógicas e digitais;
 Declaração de Loop;
 Declaração de condições;
 Declaração de valores;
 Condições para acionamento;
 Condições para leitura.

São muitas as situações e possibilidades, será deixado neste documento


apenas algumas das principais utilizações.
Nas figuras Figura 29, Figura 30, Figura 31 e Figura 32, seguem a programação
em linguagem C++ projetada para o sistema móvel de transformação de energia solar
em energia elétrica.
57

Figura 29 - Programação em linguagem C++ do sistema móvel, parte 1

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

Figura 30 - Programação em linguagem C++ do sistema móvel, parte 2

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

,
58

Figura 31 - Programação em linguagem C++ do sistema móvel, parte 3

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

Figura 32 - Programação em linguagem C++ do sistema móvel, parte 4

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

9.8.7 Projeto Executivo dos Componentes

Utilizando a plataforma virtual Tinkercad, foi possível efetuar um projeto


executivo do sistema móvel onde, a placa solar foi instalada a fim de verificar a
incidência de irradiação solar, os LDRs, que foram posicionados nas extremidades do
painel a fim de incliná-lo em direção ao Sol, os motores CC foram identificados como
59

Motor Horizontal e Motor Vertical e interligados com os sensores assim posicionados,


o LCD 16x2 foi instalado em um protoboard, junto de um potenciômetro para o mesmo,
para verificações de motores em funcionamento através do acionamento dos
sensores, resistores foram instalados no protoboard a fim obter melhores números de
coleta, os multimedidores foram instalados interligados com o painel a fim de
demonstrar as medições que o painel pode fazer dependendo do valor de incidência
de irradiação, um interruptor deslizante foi instalado para não gerar conflito entre os
medidores e por fim, o Arduíno Uno® foi interligado com os componentes a fim
processar os sinais obtidos, atuando no sistema. A Figura 33 apresenta o projeto
executivo e seus componentes.
Figura 33 - Projeto executivo do sistema móvel projetado no Tinkercad

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

9.9 ENSAIOS E TESTES

Para efeitos de comparação foi utilizado, para os dois sistemas, fixo e móvel,
um dia limpo com Sol, onde o efeito de irradiação sobre os painéis seria de maior
proporção.
Para efeitos de efetividade das fórmulas de inclinação e posicionamento, foi
feito um comparativo entre os valores experimentais e os valores calculados através
das fórmulas.
Para efeitos de teste de funcionamento do sistema móvel com a programação
e componentes projetados, foram alterados os valores dos LDRs.
60

9.9.1 Teste do Sistema Móvel Projetado

Para o teste do sistema móvel projetado foi optado pela plataforma digital
Tinkercad, a qual, possui as ferramentas disponíveis para efetuação do projeto. Em
conjunto foi utilizado o software PV-SOL para obtenção dos gráficos de céu limpo com
os valores experimentais estipulados.
O primeiro teste foi o de funcionamento do que seria a ideia do projeto com
todos os seus componentes, sendo assim, ao ligar o sistema via Arduíno® foi
observado o funcionamento dos motores, já que os LDRs estavam com incidência 0
de luz, conforme Figura 34, Figura 35 e Figura 36.

Figura 34 - Projeto de sistema móvel com motor horizontal em sentido anti-horário ligado

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque


61

Figura 35 - Projeto de sistema móvel com motor vertical em sentido anti-horário ligado

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

Figura 36 - Zoom do projeto de sistema móvel com motores em sentido anti-horário ligado

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

Para poder trabalhar com o acionamento dos LDRs, foram estabelecidos os


parâmetros nos seguintes valores para as seguintes atuações dos motores:
1. Para valores menores do que 973 nos LDRs 1 horizontal e 1 vertical, os
motores ficarão ligados no sentido anti-horário;
2. Para valores entre 973 e 985 nos LDRs 2 horizontal e 2 verticais, os
motores ficarão ligados no sentido horário;
62

3. Para valores acima de 985 somados os LDRs 1 e 2 horizontais e 1 e 2


verticais, os motores ficarão desligados.
A Figura 37, Figura 38, Figura 39 e Figura 40 demonstrando tais parâmetros e
suas ações:

Figura 37 - Valor menor do que 973 nos LDRs horizontais e verticais e motores ligados no
sentido anti-horário

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

Figura 38 - Valor entre 973 e 985, dos LDRs horizontais, com LDR horizontal 1 com
incidência máxima de luz e motor ligado no sentido horário

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque


63

Figura 39 - Valor maior que 985, dos LDRs horizontais, com LDRs horizontal 1 e horizontal 2
com incidência máxima de luz e motor horizontal desligado e valor entre 973 e 985, dos
LDRs verticais, com LDR vertical 1 com incidência máxima de luz e motor vertical ligado no
sentido horário

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

Figura 40 - Valor maior do que 985 nos LDRs horizontais e verticais e motores desligados

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

O segundo teste foi feito no software PV-SOL com os parâmetros experimentais


citados no item 9.1, sendo assim, os painéis ficaram posicionados conforme Figura
41, Figura 42, Figura 43, Figura 44 e Figura 45.
64

Figura 41 - Placa posicionada a 60º e -60º com azimute do Sol a 52,10º e Altitude a 21,46º

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

Figura 42 - Placa posicionada a 40º e -80º com azimute do Sol a 41,37º e Altitude a 31,51º

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

Figura 43 - Placa posicionada a 40º e -130º com azimute do Sol a 9,62º e Altitude a 43,69º

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque


65

Figura 44 - Placa posicionada a 60º e -160º com azimute do Sol a 332,76º e Altitude a
39,30º

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

Figura 45 - Placa posicionada a 73º e -175º com azimute do Sol a 307,90º e Altitude a
21,46º

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

9.9.2 Teste do Sistema Fixo Projetado

Os parâmetros utilizados para o teste deste sistema foram retirados dos valores
obtidos pelo site da CRESESB citado no item 9.7. Para efeitos de comparação
também foi testado no software PV-SOL, com céu limpo, a melhor inclinação e
posicionamento apontados, sendo assim, o painel do sistema fixo projetado ficou
fixado conforme Figura 46 e Figura 47.
66

Figura 46 - Painel posicionado a 21º e -120,50º com azimute do Sol a 34,77º e Altitude a
35,75º

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

Figura 47 - Desenho do painel projetado na superfície da residência conforme dados do


CRESESB

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

9.9.3 Teste do Sistema Móvel Calculado

Para fins de comprovar a eficácia do cálculo de ângulo de inclinação da placa


conforme ângulo de altitude do Sol e posicionamento conforme ângulo de azimute,
foram calculados os valores conforme equações citadas no item 6.6, plotados os picos
em um gráfico só e comparados com os valores experimentais.
67

9.9.4 Teste de Movimentação do Painel Apenas 2 Vezes ao Ano

No decorrer do trabalho foi verificado que seria possível, em um sistema que


aqui será chamado de semimóvel, que nos períodos de maior baixa dos níveis de
irradiação solar no local do projeto se o painel fosse inclinado a 32º referente a
superfície, conforme os dados da CRESESB, ele aproveitaria do seu potencial
máximo.
A vantagem desta configuração seria a simplificação do sistema móvel,
diminuindo seu valor de custo, visto que, os componentes eletrônicos deste sistema
seriam descartados, pois, apenas com a base móvel, o painel seria movimentado 2
vezes ao ano, manualmente, nos períodos de manutenção, necessários para o bom
funcionamento do painel, coincidindo com as épocas de baixa da irradiação solar e
retorno da alta de irradiação solar, que seriam nos meses de Abril e Setembro
respectivamente.
68

10 RESULTADOS E CONSTATAÇÕES

Neste capítulo serão apresentados os resultados dos testes efetuados com os


sistemas.

10.1 RESULTADOS DOS TESTES DO SISTEMA MÓVEL EXPERIMENTAL

Foram feitos os testes conforme especificado no item 9.9.1, com céu limpo e
valores experimentais, não respeitando os cálculos referenciados no item 6.6, apenas
tomando como base o posicionamento aproximado do Sol, desta forma foram
coletados os valores de irradiação no plano inclinado e assim foram plotados os
gráficos dos picos em um gráfico só, podendo observar melhor o que seria um sistema
móvel experimental.
Na Tabela 3, pode-se observar em amarelo os valores utilizados para o gráfico
único, os quais são os maiores valores de cada horário coletado.

Tabela 3 - Valores experimentais de irradiação no plano inclinado para o dia 11.07


Irradiação Irradiação Irradiação Irradiação Irradiação
sobre o plano sobre o plano sobre o plano sobre o plano sobre o plano
Horário inclinado a inclinado a inclinado a inclinado a inclinado a
60°, -60° 40°, -80° 40°, -130° 60°, -160° 73°, -175°
(kWh/m²) (kWh/m²) (kWh/m²) (kWh/m²) (kWh/m²)

00:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00


01:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
02:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
03:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
04:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
05:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
06:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
07:00 0,53 0,40 0,19 0,02 0,02
08:00 0,76 0,66 0,42 0,12 0,04
09:00 0,84 0,81 0,63 0,32 0,08
10:00 0,83 0,89 0,79 0,53 0,29
11:00 0,74 0,88 0,89 0,70 0,49
69

12:00 0,59 0,80 0,92 0,82 0,65


13:00 0,40 0,66 0,89 0,89 0,78
14:00 0,18 0,48 0,80 0,90 0,85
15:00 0,04 0,27 0,63 0,81 0,83
16:00 0,02 0,06 0,41 0,63 0,69
17:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
18:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
19:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
20:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
21:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
22:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
23:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
00:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

O Gráfico 4 mostra o desenvolvimento de todas as curvas ao longo do dia


escolhido.

Gráfico 4 - Irradiação sobre o plano inclinado do sistema móvel experimental


1,00
0,90
0,80
0,70
0,60
kWh/m²

0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00

Irradiação sobre o plano inclinado a 40° , -80° Irradiação sobre o plano inclinado a 73° , -175°
Irradiação sobre o plano inclinado a 60° , -60° Irradiação sobre o plano inclinado a 40° , -130°
Irradiação sobre o plano inclinado a 60° , -160°

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque


70

O Gráfico 5 mostra o compilado dos maiores valores de cada horário,


exemplificando o painel do sistema móvel.

Gráfico 5 - Compilado dos valores máximos de cada horário da irradiação sobre o plano
inclinado móvel experimental
1,00 0,92
0,89 0,89 0,89 0,90
0,90 0,84 0,83
0,76
0,80
0,69
0,70
0,60 0,53
kWh/m²

0,50
0,40
0,30
0,20
0,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00

Irradiação sobre o plano inclinado móvel experimental

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

10.2 RESULTADOS DOS TESTES DO SISTEMA FIXO

Foram feitos os testes conforme valores de inclinação obtidos pelo site da


CRESESB, com céu limpo também e foram obtidos os valores de irradiação sobre o
plano inclinado.
A Tabela 4 mostra os valores coletados no mesmo período do sistema móvel:

Tabela 4 - Valores de irradiação no plano inclinado do sistema fixo para o dia 11.07
Irradiação sobre o plano inclinado a 21°, -120,50°
Horário (kWh/m²)
00:00 0,00
01:00 0,00
02:00 0,00
03:00 0,00
04:00 0,00
05:00 0,00
71

06:00 0,00
07:00 0,18
08:00 0,41
09:00 0,60
10:00 0,75
11:00 0,83
12:00 0,84
13:00 0,79
14:00 0,67
15:00 0,49
16:00 0,28
17:00 0,00
18:00 0,00
19:00 0,00
20:00 0,00
21:00 0,00
22:00 0,00
23:00 0,00
00:00 0,00
Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

O Gráfico 6 consegue mostrar o desenvolvimento da irradiação no plano


inclinado para o sistema fixo durante o período de 11.07:
72

Gráfico 6 - Irradiação sobre o plano inclinado do sistema fixo para o dia 11.07
0,90 0,83 0,84
0,79
0,80 0,75
0,67
0,70
0,60
0,60
0,49
kWh/m²

0,50
0,41
0,40
0,28
0,30
0,18
0,20
0,10
0,000,000,000,000,000,000,00 0,00 0,000,000,000,000,000,000,00
0,00
11.07. 00:00
11.07. 01:00
11.07. 02:00
11.07. 03:00
11.07. 04:00
11.07. 05:00
11.07. 06:00
11.07. 07:00
11.07. 08:00
11.07. 09:00
11.07. 10:00
11.07. 11:00
11.07. 12:00
11.07. 13:00
11.07. 14:00
11.07. 15:00
11.07. 16:00
11.07. 17:00
11.07. 18:00
11.07. 19:00
11.07. 20:00
11.07. 21:00
11.07. 22:00
11.07. 23:00
12.07. 00:00
Irradiação no plano inclinado do sistema fixo

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

10.3 RESULTADOS DOS TESTES DO SISTEMA MÓVEL CALCULADO

Foram feitos os testes conforme valores de inclinação e posicionamentos


calculados pelas equações 1 e 2 citadas no item 6.6, com céu limpo e assim foram
obtidos os valores de irradiação sobre o plano inclinado.
Os valores calculados foram:
1. Para altitude do Sol em 21,46º as 8:30h do dia 11.07 foi encontrada a
seguinte inclinação:
𝐼𝑛𝑐 = 90° − ℎ
𝐼𝑛𝑐 = 90° − 52,10°
𝐼𝑛𝑐 = 68,54°
Para azimute do Sol em 52,10º também as 8:30h do dia 11.07 foi encontrado o
seguinte posicionamento:
𝑃𝑜𝑠 = (𝐴 + 𝐿) − 90°
𝑃𝑜𝑠 = [52,10° + (−23,764°)] − 90°
𝑃𝑜𝑠 = (28,336°) − 90°
𝑃𝑜𝑠 = −61,66°
73

2. Para altitude do Sol em 31,51º as 9:30h do dia 11.07 foi encontrada a


seguinte inclinação:
𝐼𝑛𝑐 = 90° − ℎ
𝐼𝑛𝑐 = 90° − 31,51°
𝐼𝑛𝑐 = 58,49°
Para azimute do Sol em 41,37º também as 9:30h do dia 11.07 foi encontrado o
seguinte posicionamento:
𝑃𝑜𝑠 = (𝐴 + 𝐿) − 90°
𝑃𝑜𝑠 = [41,37° + (−23,764°)] − 90°
𝑃𝑜𝑠 = (17,606°) − 90°
𝑃𝑜𝑠 = −72,39°

3. Para altitude do Sol em 43,69º as 11:30h do dia 11.07 foi encontrada a


seguinte inclinação:
𝐼𝑛𝑐 = 90° − ℎ
𝐼𝑛𝑐 = 90° − 43,69°
𝐼𝑛𝑐 = 46,31°
Para azimute do Sol em 9,62º também as 11:30h do dia 11.07 foi encontrado o
seguinte posicionamento:
𝑃𝑜𝑠 = (𝐴 + 𝐿) − 90°
𝑃𝑜𝑠 = [9,62° + (−23,764°)] − 90°
𝑃𝑜𝑠 = (−14,144°) − 90°
𝑃𝑜𝑠 = −104,144°

4. Para altitude do Sol em 43,69º as 12:30h do dia 11.07 foi encontrada a


seguinte inclinação:
𝐼𝑛𝑐 = 90° − ℎ
𝐼𝑛𝑐 = 90° − 43,69°
𝐼𝑛𝑐 = 46,31°
Para azimute do Sol em -9,62º também as 12:30h do dia 11.07 foi encontrado
o seguinte posicionamento:
𝑃𝑜𝑠 = (𝐴 + 𝐿) − 90°
𝑃𝑜𝑠 = [−9,62° + (−23,764°)] − 90°
74

𝑃𝑜𝑠 = (−33,384°) − 90°


𝑃𝑜𝑠 = −123,384°

5. Para altitude do Sol em 39,30º as 13:30h do dia 11.07 foi encontrada a


seguinte inclinação:
𝐼𝑛𝑐 = 90° − ℎ
𝐼𝑛𝑐 = 90° − 39,30°
𝐼𝑛𝑐 = 50,70°
Para azimute do Sol em -27,24º também as 13:30h do dia 11.07 foi encontrado
o seguinte posicionamento:
𝑃𝑜𝑠 = (𝐴 + 𝐿) − 90°
𝑃𝑜𝑠 = [−27,24° + (−23,764°)] − 90°
𝑃𝑜𝑠 = (−51,004°) − 90°
𝑃𝑜𝑠 = −141,004°

6. Para altitude do Sol em 31,51º as 14:30h do dia 11.07 foi encontrada a


seguinte inclinação:
𝐼𝑛𝑐 = 90° − ℎ
𝐼𝑛𝑐 = 90° − 31,51°
𝐼𝑛𝑐 = 58,49°
Para azimute do Sol em -41,37º também as 14:30h do dia 11.07 foi encontrado
o seguinte posicionamento:
𝑃𝑜𝑠 = (𝐴 + 𝐿) − 90°
𝑃𝑜𝑠 = [−41,37° + (−23,764°)] − 90°
𝑃𝑜𝑠 = (−65,134°) − 90°
𝑃𝑜𝑠 = −155,134°

7. Para altitude do Sol em 21,46º as 15:30h do dia 11.07 foi encontrada a


seguinte inclinação:
𝐼𝑛𝑐 = 90° − ℎ
𝐼𝑛𝑐 = 90° − 21,46°
𝐼𝑛𝑐 = 68,54°
75

Para azimute do Sol em -52,10º também as 15:30h do dia 11.07 foi encontrado
o seguinte posicionamento:
𝑃𝑜𝑠 = (𝐴 + 𝐿) − 90°
𝑃𝑜𝑠 = [−52,10° + (−23,764°)] − 90°
𝑃𝑜𝑠 = (−75,964°) − 90°
𝑃𝑜𝑠 = −165,864°

8. Para altitude do Sol em 10,02º as 16:30h do dia 11.07 foi encontrada a


seguinte inclinação:
𝐼𝑛𝑐 = 90° − ℎ
𝐼𝑛𝑐 = 90° − 10,02°
𝐼𝑛𝑐 = 79,98°
Para azimute do Sol em -60,28º também as 16:30h do dia 11.07 foi encontrado
o seguinte posicionamento:
𝑃𝑜𝑠 = (𝐴 + 𝐿) − 90°
𝑃𝑜𝑠 = [−60,28° + (−23,764°)] − 90°
𝑃𝑜𝑠 = (−84,044°) − 90°
𝑃𝑜𝑠 = −174,044°
Sendo assim, com estes 8 valores calculados foi montada a Tabela 5 com todos
os valores de irradiação no plano inclinado, onde os maiores valores de cada horário
estão em amarelo:

Tabela 5 - Valores experimentais de irradiação no plano inclinado para o dia 11.07


Irradiação Irradiação Irradiação Irradiação Irradiação Irradiação Irradiação Irradiação
sobre o sobre o sobre o sobre o sobre o sobre o sobre o sobre o
plano plano plano plano plano plano plano plano
Horário inclinado a inclinado a inclinado a inclinado a inclinado a inclinado inclinado inclinado
68,54°, - 58,49°, - 46,31°, - 46,31°, - 50,70°, - a 58,49°, - a 68,54°, - a 79,98°, -
61,66° 72,39° 104,14° 123,38° 141,01° 155,13° 165,86° 174,04°
(kWh/m²) (kWh/m²) (kWh/m²) (kWh/m²) (kWh/m²) (kWh/m²) (kWh/m²) (kWh/m²)

00:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00


01:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
02:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
03:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
04:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
05:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
76

06:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00


07:00 0,55 0,51 0,35 0,24 0,12 0,02 0,02 0,02
08:00 0,78 0,76 0,60 0,48 0,33 0,18 0,04 0,04
09:00 0,84 0,87 0,78 0,68 0,54 0,38 0,22 0,06
10:00 0,82 0,89 0,90 0,83 0,72 0,58 0,43 0,23
11:00 0,71 0,83 0,93 0,92 0,85 0,74 0,61 0,43
12:00 0,55 0,70 0,90 0,93 0,91 0,85 0,75 0,60
13:00 0,35 0,53 0,81 0,89 0,92 0,91 0,85 0,73
14:00 0,14 0,33 0,66 0,78 0,86 0,90 0,88 0,82
15:00 0,04 0,12 0,46 0,61 0,73 0,80 0,83 0,81
16:00 0,02 0,02 0,25 0,39 0,52 0,61 0,67 0,70
17:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
18:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
19:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
20:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
21:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
22:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
23:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
00:00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque
77

O Gráfico 7 mostra o desenvolvimento de todas as curvas ao longo do dia


escolhido:

Gráfico 7 - Irradiação sobre o plano inclinado do sistema móvel calculado


1,00

0,90

0,80

0,70

0,60
kWh/m²

0,50

0,40

0,30

0,20

0,10

0,00

Irradiação sobre o plano inclinado a 68,54° , -61,66° Irradiação sobre o plano inclinado a 58,49° , -72,39°
Irradiação sobre o plano inclinado a 46,31° , -104,14° Irradiação sobre o plano inclinado a 46,31° , -123,38°
Irradiação sobre o plano inclinado a 50,70° , -141,01° Irradiação sobre o plano inclinado a 58,49° , -155,13°
Irradiação sobre o plano inclinado a 68,54° , -165,86° Irradiação sobre o plano inclinado a 79,98° , -174,04°

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque


78

O Gráfico 8 mostra o compilado dos maiores valores de cada horário,


exemplificando o painel do sistema móvel calculado:

Gráfico 8 - Compilado dos valores máximos de cada horário da irradiação sobre o plano
inclinado móvel calculado
1,00 0,93 0,93 0,92
0,90 0,90
0,87
0,90 0,83
0,78
0,80
0,70
0,70

0,60 0,55
kWh/m²

0,50

0,40

0,30

0,20

0,10
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00

Irradiação sobre o plano inclinado móvel calculado

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

10.4 RESULTADOS DOS TESTES DO SISTEMA SEMI-MÓVEL

Foram feitos os testes conforme valores de inclinação obtidos pelo site da


CRESESB e foram obtidos os valores de irradiação sobre o plano inclinado.
A Tabela 6 mostra os valores de irradiação no plano inclinado anual das 2
inclinações que serão utilizadas para os gráficos de demonstração. Os valores em
amarelo são os valores máximos de irradiação mensal do período.
79

Tabela 6 - Valores de irradiação no plano inclinado do sistema semimóvel para o dia 11.07

Irradiação sobre o plano inclinado a 21°, Irradiação sobre o plano inclinado a 32°,
Horário
-120,50° (kWh/m². dia) -120,50° (kWh/m². dia)

Janeiro 4,83 4,46


Fevereiro 5,23 4,95
Março 4,75 4,65
Abril 4,60 4,69
Maio 4,01 4,23
Junho 3,85 4,13
Julho 3,90 4,14
Agosto 4,69 4,86
Setembro 4,22 4,18
Outubro 4,32 4,13
Novembro 4,63 4,31
Dezembro 5,04 4,62
Fonte: http://www.cresesb.cepel.br/index.php#data – acessado em 11/2021

O Gráfico 9 consegue mostrar o desenvolvimento da irradiação no plano


inclinado para o sistema semimóvel durante o período de um ano.

Gráfico 9 - Irradiação sobre o plano inclinado do sistema semimóvel para o período de 1 ano
6
5,23
5,04
4,83 4,75 4,86
5 4,69 4,63
4,23 4,22 4,32
4,13 4,14
4
kWh/m².dia

Irradiação sobre o plano inclinado do sistema semi-móvel

Fonte: O autor com base nos dados do CRESESB – acessado em 11/21


80

10.5 COMPARATIVOS

10.5.1 Comparativo Sistema Móvel Experimental x Sistema Móvel Calculado

No Gráfico 10 é possível observar a diferença dos dois sistemas se colocados


no mesmo plano, onde o sistema calculado leva uma pequena vantagem sobre o
experimental.

Gráfico 10 - Comparativo entre os sistemas móveis experimental e calculado


1,00 0,93 0,93 0,92
0,90 0,90
0,87 0,92
0,90 0,89 0,89 0,89 0,90 0,83
0,78 0,84
0,83
0,80
0,76 0,70
0,70 0,69
0,55
0,60
kWh/m²

0,53
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Irradiação sobre o plano inclinado móvel - Calculado


Irradiação sobre o plano inclinado móvel - Experimental

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

10.5.1 Comparativo Sistema Móvel Calculado x Sistema Móvel Fixo

No Gráfico 11 pode-se observar, mesmo que em características de céu limpo,


a eficiência do sistema móvel em relação ao sistema fixo.
81

Gráfico 11 - Comparativo entre os sistemas móveis calculado e fixo


1,00 0,93 0,93 0,92
0,90 0,90
0,87
0,90 0,83
0,78 0,83 0,84
0,80 0,79
0,75 0,70
0,70
0,67
0,60 0,55 0,60
kWh/m²

0,50 0,49

0,40 0,41

0,30 0,28
0,20 0,18
0,10
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Irradiação sobre o plano inclinado móvel calculado Irradiação sobre o plano inclinado fixo

Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

10.5.2 Comparativo Sistema Fixo x Sistema Semimóvel

No Gráfico 12 observa-se os valores de irradiação sobre o plano inclinado com


os dados obtidos pelo CRESESB e os valores do Sistema semimóvel.
Gráfico 12 - Comparativo entre inclinações a 21ºN, 32ºN e sistema semimóvel
6

4
kWh/m².dia

Irradiação sobre o plano inclinado a 21°N


Irradiação sobre o plano inclinado a 32°N
Irradiação sobre o plano inclinado do sistema semi-móvel

Fonte: O autor com base de dados do CRESESB


82

No Gráfico 13 observa-se o comparativo de valores irradiação solar sobre o


plano inclinado anual entre o Sistema Fixo e o Sistema Semimóvel.

Gráfico 13 - Comparativo entre o sistema fixo e o sistema semimóvel

Sistema fixo x Sistema semimóvel


6

Irradiação sobre o plano inclinado a 21ºN


Irradiação sobre o plano inclinado do sistema semi-móvel

Fonte: O autor com base nos dados do CRESESB

10.6 CONSTATAÇÕES

Diante dos resultados é possível perceber, ainda que com valores de céu limpo,
que o sistema móvel é mais eficiente do que o sistema fixo em 29,33%.
Os valores do sistema móvel calculado em relação ao sistema móvel
experimental têm uma eficiência de 1,74%.
Foi possível constatar também, que o sistema semimóvel, diante do sistema
fixo, possui uma eficiência, em valores de kWh/m².dia, de 1,92%.
83

11 ESTUDO FINANCEIRO

A fim de estabelecer uma viabilidade econômica e aproximar o máximo possível


do que se tem hoje no Brasil, foi tomado como base para o estudo financeiro aqui
presente orçamentos atuais dos dois sistemas, fixo e móvel. O sistema fixo, por estar
em uma fase maior de investimento do que o móvel, foi menos difícil de conseguir um
orçamento, já o móvel, encontramos apenas uma empresa aqui no Brasil que faz esse
tipo de sistema e esta foi utilizada como base.

11.1 SISTEMA MÓVEL X FIXO

Para calcular o custo do sistema deve-se levar em conta a tarifa atual aplicada
pela distribuidora, sendo calculado em consumo por quilowatt-hora (kWh). Segundo a
Resolução Normativa 414 de 2010 da ANEEL (Agência Nacional de Energia
Elétrica), os valores estabelecidos para cada padrão são:

 Monofásico (fase e neutro): o consumidor paga uma taxa mínima equivalente


a 30 kWh;

 Bifásico (fase e fase mais neutro): o custo de disponibilidade pago


corresponde a 50 kWh;

 Trifásico (fase, fase e fase mais neutro): a taxa mínima é igual a 100 kWh.

A casa que o sistema será implantado tem padrão de instalação bifásica. O


sistema implantado é on-grid e ficará conectado à rede da concessionária, pois não
haverá isenção total de fatura. Mesmo que o sistema produza 100% da potência da
residência ainda haverá o valor de tarifa mínima. A tarifa mínima é cobrada pela
disponibilidade de energia no local.
Com base na cobrança mínima mesmo utilizando o sistema fotovoltaico, na
hora de fazer o dimensionamento da potência deve-se abater 50kWh. Com isso não
haverá um valor muito alto de excedente e reduz o tamanho do sistema tornando o
custo de implantação mais baixo.
84

Para iniciar os cálculos precisamos saber o consumo total da residência e fazer


uma média do consumo no último ano. Na Tabela 7 temos os dados de consumo do
último ano:
Tabela 7 – Consumo anual.
Consumo Anual de Nov/20 a Nov/21
Mês kWh R$ R$/kwh
Novembro/20 254 R$ 220,75 0,87
Dezembro/20 126 R$ 91,82 0,73
Janeiro/21 245 R$ 214,98 0,88
Fevereiro/21 53 R$ 42,29 0,80
Março/21 52 R$ 39,52 0,76
Abril/21 217 R$ 186,37 0,86
Maio/21 30 R$ 27,19 0,91
Junho/21 79 R$ 57,21 0,72
Julho/21 125 R$ 108,56 0,87
Agosto/21 118 R$ 104,20 0,88
Setembro/21 147 R$ 135,02 0,92
Outubro/21 124 R$ 117,61 0,95
Novembro/21 123 R$ 120,66 0,98
Média 130 R$ 112,78 0,86
Fonte: Autor - Felipe Reis da Silva

Com base nos valores de consumo citados na Tabela 7, foram obtidos dois
orçamentos técnicos de sistemas fotovoltaicos, um sistema fixo e um sistema móvel.
As propostas de investimento para o consumidor são de um sistema móvel fornecido
pela empresa Segsol Suporte Móvel para Painéis Solares Fotovoltaicos, no valor de
R$8.098,59 e um sistema fixo fornecido pela empresa Quasar Energia Solar, no valor
de R$14.542,69. Cada sistema possui suas próprias características técnicas para
atender a necessidade do consumidor, conforme Tabela 8 e Tabela 9.
85

Tabela 8 - Proposta Segsol


Orçamento Segsol – Energia Média Estimada de Geração: 125kWh/mês
Item Descrição Quantidade Medida
1 Painel Solar Resun – 280W 2 módulo
2 Micro Inversor APSystem – 600W 1 unidade
3 Sistema on grid de 0,56kWp 1 unidade
4 Suporte móvel Segsol 1 peça
5 Projeto 1 -
6 Material de Instalação 1 unidade
7 Instalação 1 -
Valor Total = R$ 8.098,59
Fonte: Segsol

Tabela 9 - Proposta Quasar


Orçamento Quasar – Energia Média Estimada de Geração: 126kWh/mês
Item Descrição Quantidade Medida
1 Módulos fotovoltaicos OSDA 3 módulo
2 Inversor central SOLIS 2 kWp 1 unidade
Cabo fotovoltaico (DC) PT
3 30 metro
SOLARMAXX
Cabo fotovoltaico (DC) VM
4 30 metro
SOLARMAXX
Estrutura para suporte dos módulos
5 1 peça
SSM
6 Conector MC4 PANSOL 1 unidade
7 Caixa de proteção AC CKW 1 peça
8 String BOX DC CKW 1 unidade
Valor Total = R$ 14.542,69
Fonte: Quasar

Para dar andamento ao estudo financeiro são necessárias duas informações


essenciais, a primeira é o valor da tarifa mínima cobrada pela concessionária para o
sistema on-grid, a outra é ter um valor de reajuste anual da tarifa energética cobrado
pela concessionária. Para a formação do valor de ajuste para projeção financeira foi
utilizado uma média com base nos últimos dez anos. Dados obtidos no site da ANEEL
conforme Tabela 10 e Gráfico 14.
86

Tabela 10 - Ajuste nas tarifas de energia nos últimos 10 anos


Ano %
2012 8,36
2013 -18,10
2014 17,92
2015 55,11
2016 -7,26
2017 3,75
2018 15,26
2019 6,61
2020 3,61
2021 11,29
Média dos últimos 10 anos 9,66
Fonte:
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiZDFmMzIzM2QtM2EyNi00YjkyLWIxNDMtYTU4NTI0
NWIyNTI5IiwidCI6IjQwZDZmOWI4LWVjYTctNDZhMi05MmQ0LWVhNGU5YzAxNzBlMSIsIm
MiOjR9 – Acessado em 11/2021.

Gráfico 14 - Ajuste nos últimos 10 anos

Ajustes nos ultimos 10 anos


60,00

40,00

20,00
%
0,00
2012201320142015201620172018201920202021
-20,00

-40,00

Fonte: ANEEL

Outro ponto importante que deve ser levando em consideração é a perda anual
de eficiência nos módulos fotovoltaicos, pois assim temos um cálculo mais preciso.
De acordo com os fabricantes, os módulos utilizados têm uma perda anual na sua
eficiência de 0,05% ao ano e atingem somente 80% de sua eficiência com 25 anos.
A estimativa de economia mensal projetada para um prazo de 25 anos, levando
em consideração a perda de eficiência nos módulos fotovoltaicos, e a média de ajuste
anual na tarifa de energia é mostrada na Tabela 11.
87

Tabela 11 - Estimativa econômica 25 anos


ECONOMIA ESTIMADA EM 25
ANOS
Ano 1 R$ 840,00
Ano 2 R$ 920,68
Ano 3 R$ 1.009,11
Ano 4 R$ 1.106,04
Ano 5 R$ 1.212,27
Ano 6 R$ 1.328,71
Ano 7 R$ 1.456,34
Ano 8 R$ 1.596,22
Ano 9 R$ 1.749,53
Ano 10 R$ 1.917,58
Ano 11 R$ 2.101,76
Ano 12 R$ 2.303,63
Ano 13 R$ 2.524,90
Ano 14 R$ 2.767,41
Ano 15 R$ 3.033,22
Ano 16 R$ 3.324,56
Ano 17 R$ 3.643,89
Ano 18 R$ 3.993,88
Ano 19 R$ 4.377,50
Ano 20 R$ 4.797,96
Ano 21 R$ 5.258,80
Ano 22 R$ 5.763,91
Ano 23 R$ 6.317,53
Ano 24 R$ 6.924,33
Ano 25 R$ 7.589,41
Total R$ 77.859,18
Fonte: Autor – Felipe Reis da Silva

A estimativa de economia mensal é dada pelo valor médio da fatura menos o


valor da tarifa mínima da concessionária, vezes doze meses. No primeiro ano a
economia projetada é de R$840,00, nos anos subsequentes é aplicado a taxa de
ajustes sobre o ano anterior. A perda de eficiência dos módulos é subtraída do ajuste
anual.
Na projeção estimada da Tabela 11 mostra um rendimento total de R$
77.859,18 ao fim dos 25 anos. Vale ressaltar que o sistema tem uma vida útil superior
88

a 25 anos. De acordo com o datasheet os módulos chegam aos 25 anos com uma
eficiência de 80%, mas ainda continuam a funcionar com maiores perdas de eficiência.
Os rendimentos projetados em valor futuro ilustram de forma clara o tempo de
retorno e o seu rendimento acumulado ao fim de sua projeção. A análise dos projetos
em tempo e valores estão descritos na Tabela 12.

Tabela 12 - Rendimentos acumulados nos dois sistemas.


Rendimento acumulado sistema móvel Sistema fixo
Tempo do
Investimento + Investimento +
investimento em
Saving Saving
anos
0 -R$ 8.098,59 -R$ 14.542,69
1 -R$ 7.258,59 -R$ 13.702,69
2 -R$ 6.337,91 -R$ 12.782,01
3 -R$ 5.328,79 -R$ 11.772,89
4 -R$ 4.222,76 -R$ 10.666,86
5 -R$ 3.010,48 -R$ 9.454,58
6 -R$ 1.681,77 -R$ 8.125,87
7 -R$ 225,43 -R$ 6.669,53
8 R$ 1.370,78 -R$ 5.073,32
9 R$ 3.120,32 -R$ 3.323,78
10 R$ 5.037,89 -R$ 1.406,21
11 R$ 7.139,65 R$ 695,55
12 R$ 9.443,29 R$ 2.999,19
13 R$ 11.968,18 R$ 5.524,08
14 R$ 14.735,60 R$ 8.291,50
15 R$ 17.768,82 R$ 11.324,72
16 R$ 21.093,38 R$ 14.649,28
17 R$ 24.737,27 R$ 18.293,17
18 R$ 28.731,16 R$ 22.287,06
19 R$ 33.108,65 R$ 26.664,55
20 R$ 37.906,61 R$ 31.462,51
21 R$ 43.165,41 R$ 36.721,31
22 R$ 48.929,32 R$ 42.485,22
23 R$ 55.246,85 R$ 48.802,75
24 R$ 62.171,18 R$ 55.727,08
25 R$ 69.760,59 R$ 63.316,49
Fonte: Autor – Felipe Reis da Silva

De acordo com os dados da Tabela 12, ambos os sistemas atingem valores


semelhantes ao fim dos 25 anos ao qual foi feita a projeção. Analisando cada sistema,
temos que o sistema móvel possui um tempo menor para cobrir o seu investimento
89

inicial, tendo saldo positivo no oitavo ano, o sistema fixo fica positivo no décimo
primeiro ano.
Para verificar a viabilidade de um projeto são necessários alguns indicadores
para analisar a viabilidade do projeto. Para isso aplica-se a fórmula de valor presente
líquido VPL. O VPL traz o valor futuro para o valor presente com a seguinte
𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒇𝒖𝒕𝒖𝒓𝒐
fórmula: 𝑽𝑷𝑳 = (𝟏 𝒕𝒂𝒙𝒂 𝒓𝒆𝒏𝒅𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐)𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐 𝒊𝒏𝒗𝒆𝒔𝒕𝒊𝒅𝒐
. Aplicando a fórmula de valor presente para

converter o valor projetado no futuro para o presente, obtém-se os dados


apresentados na Tabela 13.
.
Tabela 13 - Valor presente líquido
Sistema
VPL Sistemas Sistema Fixo
móvel
Economia Valor Presente Valor Valor
Anos
Anual Líquido acumulado acumulado
0 - - -R$ 14.542,69 -R$ 8.098,59
1 R$ 840,00 R$ 766,35 -R$ 13.776,34 -R$ 7.332,24
2 R$ 920,68 R$ 766,32 -R$ 13.010,02 -R$ 6.565,92
3 R$ 1.009,11 R$ 766,28 -R$ 12.243,73 -R$ 5.799,63
4 R$ 1.106,04 R$ 766,25 -R$ 11.477,49 -R$ 5.033,39
5 R$ 1.212,27 R$ 766,21 -R$ 10.711,27 -R$ 4.267,17
6 R$ 1.328,71 R$ 766,18 -R$ 9.945,09 -R$ 3.500,99
7 R$ 1.456,34 R$ 766,14 -R$ 9.178,95 -R$ 2.734,85
8 R$ 1.596,22 R$ 766,11 -R$ 8.412,84 -R$ 1.968,74
9 R$ 1.749,53 R$ 766,07 -R$ 7.646,77 -R$ 1.202,67
10 R$ 1.917,58 R$ 766,04 -R$ 6.880,73 -R$ 436,63
11 R$ 2.101,76 R$ 766,00 -R$ 6.114,72 R$ 329,38
12 R$ 2.303,63 R$ 765,97 -R$ 5.348,76 R$ 1.095,34
13 R$ 2.524,90 R$ 765,93 -R$ 4.582,82 R$ 1.861,28
14 R$ 2.767,41 R$ 765,90 -R$ 3.816,92 R$ 2.627,18
15 R$ 3.033,22 R$ 765,86 -R$ 3.051,06 R$ 3.393,04
16 R$ 3.324,56 R$ 765,83 -R$ 2.285,23 R$ 4.158,87
17 R$ 3.643,89 R$ 765,79 -R$ 1.519,43 R$ 4.924,67
18 R$ 3.993,88 R$ 765,76 -R$ 753,68 R$ 5.690,42
19 R$ 4.377,50 R$ 765,72 R$ 12,05 R$ 6.456,15
20 R$ 4.797,96 R$ 765,69 R$ 777,74 R$ 7.221,84
21 R$ 5.258,80 R$ 765,65 R$ 1.543,39 R$ 7.987,49
22 R$ 5.763,91 R$ 765,62 R$ 2.309,01 R$ 8.753,11
23 R$ 6.317,53 R$ 765,58 R$ 3.074,60 R$ 9.518,70
24 R$ 6.924,33 R$ 765,55 R$ 3.840,15 R$ 10.284,25
25 R$ 7.589,41 R$ 765,51 R$ 4.605,66 R$ 11.049,76
Fonte: Autor – Felipe Reis da Silva
90

Com os valores de economia anuais projetados com base na taxa média de


rendimento temos os valores presente dos rendimentos.
Com o indicador de VPL pode-se analisar o retorno financeiro do projeto em
valores presentes. Com o VPL calcula-se outro indicador, a taxa de lucratividade TL.
Esse índice é dado pela seguinte fórmula:
𝒔𝒐𝒎𝒂 𝒅𝒆 𝒕𝒐𝒅𝒐𝒔 𝒗𝒑𝒍
𝑻𝑳 = 𝒊𝒏𝒗𝒆𝒔𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍.

Se o valor de TL for maior do que 1 o projeto é viável. Caso contrário o projeto


é inviável.
O TL e o VPL levam para as mesmas decisões quanto a viabilidade do projeto,
mas em unidades diferentes. Simplificando o entendimento da TL, para cada R$ 1,00
gasto terá um valor X de retorno.
Para medir o risco da viabilidade do projeto utilizamos a taxa interna de retorno
TIR, esse indicador mostra o quanto o fluxo de caixa futuro deverá cair para que o
projeto fique empatado. Então quanto maior a TIR mais seguro se torna o
investimento.
Outro ponto que foi analisado é o tempo de payback (retorno financeiro) ou o
tempo necessário para que o fluxo de caixa passe a ser positivo.
Com os indicadores podemos analisar se o projeto é viável, seu tempo de
retorno e o quanto ele vai render. Na Tabela 14, temos os indicadores referentes ao
projeto:

Tabela 14 - Indicadores Financeiros


Indicadores de Sistema
Sistema fixo
investimento móvel
R$
Investimento Inicial R$ 8.098,59
14.542,69
Taxa Interna de Retorno
19% 12%
(TIR)
R$
Soma dos VPL'S R$ 19.148,35
19.148,35
Taxa de Lucratividade R$ 2,36 R$ 1,32
Prazo de Retorno em
7,57 10,98
"anos"
VPL do Projeto em 25
R$ 11.049,76 R$ 8.432,71
anos
Fonte: Autor - Felipe Reis da Silva
91

Com base nos indicadores financeiros, VPL do projeto, a TL, payback (retorno
financeiro) e a TIR (Taxa Interna de Retorno), fica evidente qual sistema tem maior
viabilidade econômica para a tomada de decisão.

11.2 SISTEMA FIXO X SEMI-MÓVEL

Como base para o estudo de viabilidade econômica do sistema semimóvel, foi


utilizado como parâmetro a análise de pós-graduação de Vieira (2014). Sendo assim,
os valores da estrutura móvel estariam desatualizados diante do cenário de alterações
financeiras do período, por este motivo, os valores foram convertidos para Dólar, uma
moeda com índices mais estáveis, e convertidos novamente para Real, assim
chegando ao valor aproximado do que hoje seria a estrutura móvel para um sistema
semimóvel.
Também será utilizado aqui o valor mínimo de taxa da concessionária de
energia para o caso de sistema bifásico com custo de disponibilidade de 50kWh.
Para o sistema fixo, teremos como base o orçamento da empresa Quasar,
citado no item 11.1.
A Tabela 15 possui os valores dos componentes do sistema semimóvel.

Tabela 15 – Preços dos componentes do sistema semimóvel


Item Descrição Quantidade Medida Preço (R$)
1 Painel Solar Resun – 280W 2 módulo 674,07
Micro Inversor APSystem –
2 1 unidade 1885,54
600W
3 Cabo Fotovoltaico 6mm² 60 metro 656,70
4 Mão-de-obra 2 - 1000,00
5 Projeto 1 unidade 500,00
6 Material de Instalação 1 unidade 1000,00
7 Estrutura Móvel 1 peça 1021,96
VALOR TOTAL = R$ 6.738,26
Fonte: Autor – Bruno Sebastian Roque

Tomando como base a Tabela 14, onde o valor de economia (saving) é de


R$840,00 ao ano é possível traçar um comparativo entre os sistemas fixo e
semimóvel, conforme pode-se verificar na Tabela 16.
92

Tabela 16 - Rendimentos acumulados nos dois sistemas.


Rendimento acumulado sistema
Sistema fixo
semimóvel
Tempo do
Investimento + Investimento +
investimento e
Saving Saving
anos
0 -R$ 6.738,26 -R$ 14.542,69
1 -R$ 5.898,26 -R$ 13.702,69
2 -R$ 4.977,54 -R$ 12.782,01
3 -R$ 3.968,33 -R$ 11.772,89
4 -R$ 2.862,14 -R$ 10.666,86
5 -R$ 1.649,65 -R$ 9.454,58
6 -R$ 320,63 -R$ 8.125,87
7 R$ 1.136,10 -R$ 6.669,53
8 R$ 2.732,83 -R$ 5.073,32
9 R$ 4.483,00 -R$ 3.323,78
10 R$ 6.401,36 -R$ 1.406,21
11 R$ 8.504,08 R$ 695,55
12 R$ 10.808,87 R$ 2.999,19
13 R$ 13.335,15 R$ 5.524,08
14 R$ 16.104,21 R$ 8.291,50
15 R$ 19.139,37 R$ 11.324,72
16 R$ 22.466,21 R$ 14.649,28
17 R$ 26.112,76 R$ 18.293,17
18 R$ 30.109,74 R$ 22.287,06
19 R$ 34.490,83 R$ 26.664,55
20 R$ 39.292,95 R$ 31.462,51
21 R$ 44.556,55 R$ 36.721,31
22 R$ 50.325,98 R$ 42.485,22
23 R$ 56.649,85 R$ 48.802,75
24 R$ 63.581,45 R$ 55.727,08
25 R$ 71.179,18 R$ 63.316,49
Fonte: Autor com base nos dados da Tabela 12 – Bruno Sebastian Roque

Na Tabela 17 foi aplicado o VPL, apontado no item 11.1.


93

Tabela 17 - Valor presente líquido


Sistema
VPL Sistemas Sistema Fixo
Semimóvel
Economia Valor Presente Valor
Anos Valor acumulado
Anual Líquido acumulado
0 - - -R$ 14.542,69 -R$ 6.738,26
1 R$ 840,00 R$ 766,35 -R$ 13.776,34 -R$ 5.971,91
2 R$ 920,68 R$ 766,32 -R$ 13.010,02 -R$ 5.205,59
3 R$ 1.009,11 R$ 766,28 -R$ 12.243,73 -R$ 4.439,31
4 R$ 1.106,04 R$ 766,25 -R$ 11.477,49 -R$ 3.673,06
5 R$ 1.212,27 R$ 766,21 -R$ 10.711,27 -R$ 2.906,85
6 R$ 1.328,71 R$ 766,18 -R$ 9.945,09 -R$ 2.140,67
7 R$ 1.456,34 R$ 766,14 -R$ 9.178,95 -R$ 1.374,52
8 R$ 1.596,22 R$ 766,11 -R$ 8.412,84 -R$ 608,41
9 R$ 1.749,53 R$ 766,07 -R$ 7.646,77 R$ 157,66
10 R$ 1.917,58 R$ 766,04 -R$ 6.880,73 R$ 923,70
11 R$ 2.101,76 R$ 766,00 -R$ 6.114,72 R$ 1.689,70
12 R$ 2.303,63 R$ 765,97 -R$ 5.348,76 R$ 2.455,67
13 R$ 2.524,90 R$ 765,93 -R$ 4.582,82 R$ 3.221,61
14 R$ 2.767,41 R$ 765,90 -R$ 3.816,92 R$ 3.987,50
15 R$ 3.033,22 R$ 765,86 -R$ 3.051,06 R$ 4.753,37
16 R$ 3.324,56 R$ 765,83 -R$ 2.285,23 R$ 5.519,20
17 R$ 3.643,89 R$ 765,79 -R$ 1.519,43 R$ 6.284,99
18 R$ 3.993,88 R$ 765,76 -R$ 753,68 R$ 7.050,75
19 R$ 4.377,50 R$ 765,72 R$ 12,05 R$ 7.816,48
20 R$ 4.797,96 R$ 765,69 R$ 777,74 R$ 8.582,17
21 R$ 5.258,80 R$ 765,65 R$ 1.543,39 R$ 9.347,82
22 R$ 5.763,91 R$ 765,62 R$ 2.309,01 R$ 10.113,44
23 R$ 6.317,53 R$ 765,58 R$ 3.074,60 R$ 10.879,02
24 R$ 6.924,33 R$ 765,55 R$ 3.840,15 R$ 11.644,57
25 R$ 7.589,41 R$ 765,51 R$ 4.605,66 R$ 12.410,09
Fonte: Autor com base nos dados da Tabela 13 – Bruno Sebastian Roque

Na Tabela 18 temos os indicadores financeiros, onde foi aplicada a taxa de


lucratividade, TL, apontada no item 11.1 e demonstrado o estudo financeiro
comparativo dos sistemas fixo e semimóvel.
94

Tabela 18 - Indicadores Financeiros

Indicadores de investimento Sistema semimóvel Sistema fixo

Investimento Inicial R$ 6.738,26 R$ 14.542,69


Soma dos VPL'S R$ 19.148,35 R$ 19.148,35
Taxa de Lucratividade R$ 2,84 R$ 1,32
Fonte: Autor com base nos dados da Tabela 14 – Bruno Sebastian Roque

11.3 AS BUILTS

A Figura 48 e a Figura 49 representam o esquema de ligação do circuito do


sistema fotovoltaico móvel:

Figura 48 - Esquema Trifilar do Sistema Móvel

Fonte: Autor com base nas especificações dos Componentes – Henrique Marques Bueno
95

Figura 49 - Esquema Unifilar do Sistema Móvel

Fonte: Autor com base nas especificações dos Componentes – Henrique Marques Bueno
96

12 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através do que foi pesquisado e revisado pelas bibliografias consultadas e


diante dos sistemas que foram testados e que geraram resultados, foi possível
observar que a eficácia do sistema móvel se comparado com o sistema fixo, em todas
as ocasiões, foi maior, chegando a 29,33% de aumento.
Nas imersões e revisões bibliográficas também foi possível perceber que existe
uma crescente demanda na área de geração de energia descentralizada no Brasil,
fazendo possível nas próximas décadas o desafogo das matrizes energéticas.
Sob o aspecto financeiro também se conseguiu, neste trabalho, comprovar a
viabilidade financeira tanto do sistema fixo como do sistema móvel, com uma
vantagem de retorno financeiro antecipado do sistema móvel em relação ao sistema
fixo.
É válido salientar o resultado encontrado no decorrer do trabalho através do
sistema semimóvel, que pode, também, abrir um caminho no que se diz de
popularidade e aumento da quantidade de instalações de painéis solares, melhorando
ainda mais a questão da geração de energia descentralizada no Brasil, visto que o
projeto se torna ainda mais simplificado do que o móvel e com um retorno maior do
que os sistemas móvel e fixo.
97

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica. Atlas de Energia Elétrica do


Brasil. 1ª Edição. Brasília, 2002 – Lido em 11/2021.

Araújo, T. Sistema Fotovoltaico com Controle de Posição Visando Maximização


da Geração de Energia. Cornélio Procópio, 2017. – Lido em 10/2021.

Barbosa Filho, F.H., Moura, R.L. EVOLUÇÃO RECENTE DA


INFORMALIDADE DO EMPREGO NO BRASIL: UMA ANÁLISE SEGUNDO AS
CARACTERÍSTICAS DA OFERTA DE TRABALHO E O SETOR. 2015 – Acessado
em 11/2021.

Barros, M. Apostila de Máquinas CC. Centro Federal de Educação Tecnológica


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ANEXO

Link de Apresentação: https://youtu.be/DGbcRFBv2zQ

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