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Capítulo 2
Ressuscitação Cardiopulmonar-cerebral
Capítulo 3
Novas Técnicas em Ressuscitação
Cardiopulmonar
1
ABORDAGEM INICIAL DOS PACIENTES NO PRONTO-SOCORRO
Estudos recentes mostraram que 50% das com- memorização, aumentar o número de com-
pressões torácicas realizadas por socorristas são mui- pressões torácicas e diminuir o tempo de in-
to superficiais e interrompidas com muita freqüência. terrupções na massagem cardíaca.
RECOMENDAÇÃO: As compressões de-
vem ser em uma freqüência de 100 por minu- 3.4. Aplicação de Um Choque Seguido
to, o socorrista deve fazer compressão forte,
de RCP Imediata
rápida e sem parar, de maneira que o tórax
retorne a posição inicial antes de ser iniciada Mesmo quando a aplicação de um choque con-
uma nova compressão. O tempo de compres- segue reverter uma FV, demora-se alguns minutos
são e relaxamento deve ser praticamente o para que o coração retome um ritmo cardíaco “nor-
mesmo. As compressões devem ter uma pro- mal” e mais tempo ainda para retomar um fluxo san-
fundidade de aproximadamente 4 a 5 cm. O guíneo efetivo.
socorrista deve, ao máximo, evitar interrup-
Um período de compressões torácicas pode ofe-
ções nas compressões torácicas.
recer sangue e oxigênio para o coração, aumentando
a probabilidade de que esse coração ofereça uma cir-
3.2. Ventilação com Duração de Um Segundo
Ventilação culação eficaz.
RECOMENDAÇÃO: Os socorristas devem
Durante as manobras de RCP o fluxo sanguíneo
aplicar um choque e depois começar RCP
para os pulmões é muito menor que o normal, por-
imediata; a verificação da presença de pulso
tanto, a vítima necessita de muito menos ventilação
central após a desfibrilação foi abolida. O so-
que o normal. As ventilações de resgate podem ser
corrista, depois do choque deve realizar 5 ci-
aplicadas com segurança por um segundo. Inclusi-
clos de RCP (2 minutos aproximadamente) e
ve, devemos limitar o tempo empregado nas venti-
só então verificar sinais de circulação (movi-
lações de resgate, pois elas promovem interrupção
mentação, respiração e tosse) para os leigos
das compressões torácicas e também aumentam a
ou presença de pulso central, para profissio-
pressão intratorácica diminuindo o retorno venoso
nais de saúde. Muito importante: se a dura-
para o coração e prejudicando a eficácia da RCP.
ção da parada for maior que 4-5 minutos, o
RECOMENDAÇÃO: A ventilação deve socorrista deve realizar 5 ciclos de compres-
durar um segundo e produzir elevação evi- são torácica e ventilação (1 ciclo: 30 compres-
dente do tórax. Os socorristas devem aplicar sões e 2 ventilações) mesmo que seja um
o número recomendado de ventilações; nun- fibrilação ventricular (FV)/taquicardia ventri-
ca, porém, devem ultrapassar esse número ou cular (TV) antes de desfibrilar.
então realizar ventilações prolongadas e/ou
forçadas.
4. VASOPRESSORES E AMIODARONA
MIODARONA
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ATUALIZAÇÃO 1
• Dose: 300 mg EV em bolus (5 mg/kg de peso), • Quando uma via aérea avançada for consegui-
podendo ser repetida mais uma dose de 150 mg da, ventilar 8-10 por minuto, não sendo neces-
(2,5 mg/kg); sário mais sincronia com a compressão torácica.
• Manutenção após retorno de ritmo com pulso:
1 mg por minuto por 6 horas e 0,5 mg por mi-
nuto por mais 18 horas.
6. O NOVO ALGORITMO
• Máximo de 2,2 g em 24 horas. Apesar de aparentemente complexo, o algorit-
mo é bastante didático e completo.
5. VENTILAÇÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Muito cuidado para não hiperventilar os paci-
entes. Regras gerais recomendadas pela AHA: 1. Advanced Life Support – American Heart Association:
Circulation 2005; 112: IV-1-IV-211.
• Aplicar as ventilações durante um segundo/cada; 2. Abella BS, Alvarado JP, Myklebust H et al. JAMA 2005;
• Volume corrente suficiente para elevar a pare- 293:305-309.
de torácica; 3. Valenzuela TD, Kern KB, Clark LL. Interruptions of Chest
Compressions During Emergency Medical Systems
• Não usar ventilações forçadas; Resuscitation. Circulation 2005; 112:1259-1265.
3
ABORDAGEM INICIAL DOS PACIENTES NO PRONTO-SOCORRO
1 PCR
• Pedir ajuda e iniciar RCP;
• Oxigênio;
• Acoplar monitor/desfibrilador quando disponível.
3 2 9
Checar ritmo:
FV/TV sem pulso Ritmo passível de choque? AESP/ Assistolia
Sim Não
4
Aplicar um choque de 360 J do 10
monofásico# e reiniciar RCP Continuar RCP por 5 ciclos;
imediatamente. Aplicar vasopressor quando acesso EV/IO disponível:
• Adrenalina 1mg/dose; repetir a cada 3-5 min ou
Aplicar 5 ciclos de RCP • Vasopressina 40 U, substituindo a 1ª ou 2ª dose de
adrenalina;
5 Considerar Atropina 1mg EV/IO para assistolia ou AESP com
Checar ritmo: frequência baixa (a cada 3-5 min; dose máxima 3mg).
Ritmo passível de choque? Não
Sim Aplicar 5 ciclos de RCP
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Continuar RCP enquanto o desfibrilador é carregado; 13
Aplicar um choque de 360 J do monofásico# e reiniciar Checar ritmo:
Ritmo passível de choque? Box 4
RCP imediatamente;
Sim
Aplicar vasopressor quando acesso EV/IO disponível:
• Adrenalina 1mg/dose; repetir a cada 3-5 min ou Não
• Vasopressina 40 U, substituindo a 1ª ou 2ª dose de 12
epinefrina.
Se assistolia, siga para box 10;
Aplicar 5 ciclos de RCP
Se atividade elétrica, cheque por pulso:
• Pulso ausente: vá para box 10;
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• Pulso presente: inicie cuidados pós-PCR.
Checar ritmo:
Ritmo passível de choque? Não
Fig. 1 – Algoritmo da PCR – Baseado no algoritmo da American Heart Association 2005: Part 7.2: Management of Cardiac Arrest: Circulation
2005; 112: IV-59. IO = intra-ósseo;# ou energia equivalente do bifásico (150 a 200 Joules).