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Hall Technique: você sabe o que é? Relato de caso

Article · April 2018

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Monica Mayer de Oliveira Zanola Daniela Calumby da Silva


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Emyr Stringhini Junior


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Relato deROMAGNOLO
LIMA EA; Caso Clínico IC; CALVO AFB; GIMENEZ T; IMPARATO JCP

Hall Technique: você sabe o que é? Relato


de caso

Recebido em: jun/2017 Hall Technique: Do you know what it is? Case report
Aprovado em: jun/2017

Mônica Mayer O. Zanola - Mestre em RESUMO


Odontopediatria pela Faculdade São A Hall Technique é uma técnica de selamento do tecido cariado onde uma coroa de aço é
Leopoldo Mandic, Campinas/ SP, Brasil cimentada, com cimento de ionômero de vidro, sobre o dente decíduo sem a remoção da lesão
- Professora do curso de especialização cariosa, preparo do dente e anestesia local. Esta técnica é pouco difundida do Brasil e requer
em Odontopediatria da Bionep, Pato uma seleção cuidadosa de casos, incluindo dentes sem comprometimento pulpar ou periodon-
Branco/PR tal, um alto nível de habilidade clínica, excelente manejo do paciente e monitoramento a longo
prazo. Este trabalho apresenta um relato de caso de um paciente do gênero masculino, seis
Daniela Calumby - Mestre em Odon- anos, que procurou atendimento odontológico para uma lesão cariosa extensa e assintomática
topediatria pela Faculdade São Leopoldo no dente 85. Após avaliação clínica e radiográfica o tratamento proposto foi a Hall Technique.
Mandic, Campinas/SP – Cirurgiã-Dentista Na primeira sessão, um elástico separador foi colocado na superfície mesial do molar decíduo.
Na segunda sessão, 72 horas após, o separador ortodôntico foi removido, uma profilaxia foi
Emyr Stringhini Junior - Doutor em realizada e uma coroa de aço inoxidável foi selecionada e ajustada na altura e nas margens. Esta
Ciência Odontológicas pelo CPO São coroa foi cimentada com cimento de ionômero de vidro Fuji II e uma radiografia periapical foi
Leopoldo Mandic, Campina/SP - Profes- realizada para avaliar a adaptação. Após doze meses de acompanhamento clínico e radiográfico
sor titular da disciplina de Odontologia verificou-se um bom vedamento marginal, ausência de degrau, complicações pulpares ou perio-
Pediátrica da FEFB/Unisep, Francisco dontais apresentando a eficácia da técnica em restaurações de molares decíduos.
Beltrão/PR
Descritores: Dente Decíduo; Cárie Dentária; Odontopediatria; Relatos de Casos
José Carlos Petorossi Imparato -
Doutor em Odontopediatria pela Fousp, ABSTRACT
São Paulo/SP - Coordenador do curso The Hall Technique is a technique where a steel crown is cemented with glass ionomer
de mestrado de Excelência em Odon- cement on the deciduous tooth without removal of the carious lesion, tooth preparation and
topediatria da Faculdade São Leopoldo local anesthesia. This technique is not widespread in Brazil and requires a careful selection of
Mandic, Campinas/SP cases, including teeth without pulp or periodontal involvement, a high level of clinical ability,
excellent patient management and long-term monitoring. This paper presents a case report of
Termo de consentimento livre e escla- a male patient, six years old, who sought dental care for an extensive and asymptomatic carious
recido assinado e enviado à Revista lesion on tooth 85. After clinical and radiographic evaluation, the proposed treatment was the
Hall Technique. In the first session, an elastic separator was placed on the mesial surface of
Autor de correspondência: the deciduous molar. At the second session, 72 hours later, the orthodontic tab was removed,
Emyr Stringhini Junior prophylaxis was performed and a stainless steel crown was selected and adjusted at height and
Faculdade Educacional de Francisco Beltrão (FEFB/ at the margins. This crown was cemented with Fuji II glass ionomer cement and a periapical
UNISEP) radiograph was taken to evaluate the adaptation. After 12 months of clinical and radiographic
Av. União da Vitória, 14 follow-up, a good marginal sealing, no step, pulp or periodontal complications were observed,
Francisco Beltrão/PR – Brasil showing the efficacy of the technique in restorations of deciduous molars.
85606-040
juniorstrin@gmail.com Descriptors: Tooth, Deciduous; Dental Caries; Pediatric Dentistry; Case Reports

RELEVÂNCIA CLÍNICA
Atualizar o profissional e demostrar o passo a passo operatório de uma nova técnica mini-
mamente invasiva para o tratamento de lesões cariosas profundas, em dentes decíduos.

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Odontopediatria

INTRODUÇÃO Esta técnica ainda não é muito difundida aqui no Brasil, devido
Restaurar lesões cariosas em Odontopediatria ainda constitui a exigência estética dos pais, o conhecimento e a habilidade dos
um grande desafio ao profissional, seja pela anatomia e morfo- profissionais com a técnica, a resistência a manutenção da denti-
logia características dos dentes decíduos, pelo condicionamento na cariada na cavidade e a disponibilidade de coroas de aço para
do paciente para a utilização de anestesia local, pela escolha da comercialização.
melhor técnica minimamente invasiva e do material restaurador Desta forma, o objetivo deste artigo é relatar o passo a pas-
que apresente uma maior longevidade. Quando as lesões estão lo- so da Hall Technique através do relato de um caso clínico e seu
calizadas no esmalte podem ser controladas com o uso de fluoreto acompanhamento clínico e radiográfico após 12 meses.
combinado com o controle de biofilme e uma dieta adequada; no
entanto, quando as lesões atingem a dentina continuam sendo RELATO DE CASO
motivo de preocupação especialmente em relação ao tecido den- Paciente gênero masculino, seis anos de idade, normoreativo,
tinário infectado.1 procurou atendimento odontológico sem queixa específica. Após
A formação da cavidade é um momento importante clinica- exame clínico constatou-se que o paciente tinha apenas os den-
mente, pois o biofilme fica protegido dentro da micro cavidade e a tes decíduos irrompidos. Foram identificadas lesões cariosas nos
menos que o paciente consiga limpar esta área, a lesão cariosa irá dentes 65 e 85, ICDAS 6 e com ceo-2. Ao exame radiográfico o
continuar.2 Dentes decíduos não tratados levam à dor, formação dente 85 apresentou dois terços do comprimento radicular (Fig.1)
de abcesso e possível perda precoce.3 e ausência de indícios de patologia pulpar. O tratamento proposto
As coroas de aço pré-contornadas (PMC) para molares decídu- da técnica Hall Technique foi explicado ao pai que assinou o termo
os foram descritas em 1950 por Engel e por Humphrey. Desde en- de consentimento livre e esclarecido. Inicialmente foi colocado o
tão, algumas modificações têm sido feitas para melhor a anatomia elástico separador ortodôntico (Morelli- Sorocaba-SP) na mesial
e simplificar o procedimento de instalação.4 no dente selecionado (Fig.2), para criar um espaço interproximal,
Em busca de novas terapêuticas minimamente invasivas surgiu que permaneceu até a próxima consulta, três dias depois
na Escócia, a Hall Technique: uma técnica de selamento da lesão Após 72 horas, o atendimento foi iniciado removendo o elásti-
cariosa onde uma coroa de aço é cimentada com cimento de io- co separador (Fig.3) e realizado uma profilaxia com pedra pomes e
nômero de vidro sobre o dente decíduo sem a remoção da lesão água (Fig.4). A distância vestíbulo-oclusal do dente 83 foi aferida
cariosa, preparo do dente e anestesia local.5,6 com sonda periodontal para determinar o grau de sobremordida.
Alguns autores citam a utilização PMC como o tratamento Diferentes tamanhos de coroas de aço foram testados até encon-
preferencial de lesões cariosas em múltiplas superfícies de mola- trar uma que se ajustasse sobre todas as cúspides.
res decíduos quando comparadas com o amálgama,7 mais de duas O tamanho da coroa de aço (3M Espe, Minessota- EUA) foi
faces afetadas ou uma ou duas faces extensas8 e lesões extensas selecionado por tentativa e erro (Fig.5) e a coroa escolhida foi des-
em molares decíduos e permanentes quando comparadas a outros gastada na altura cérvico-oclusal com uma broca transmetal (Jota
materiais restauradores.9 AG, Suíça) (Fig.6) e ajustada nas bordas com alicate 114 (Golgran,
Innes et al. (2006)10 ao analisar a sobrevida da Hall Technique São Caetano do Sul, SP) (Fig. 7).
(HT) em dentes decíduos, com lesão de cárie proximal em dentina, Dente e coroa foram secos com ar previamente à cimentação.
comparando com outros materiais, encontrou uma taxa de su- Duas porções do cimento de ionômero de vidro Fuji II (GC, Tóquio,
cesso de 73,4% e 67,6%, em três e cinco anos, respectivamente. Japão) foram manipulados, na proporção 1:1 (uma porção de pó
Sendo assim, os autores concluíram que a HT tem um índice de e uma porção de líquido), seguindo as orientações do fabricante
sobrevida similar às outras opções restauradoras convencionais e preenchido toda a porção interna da coroa de aço (Fig. 9). Neste
utilizadas. momento, a coroa foi aderida em uma fita crepe na luva (Fig.8) e

FIGURA 1 FIGURA 2
Radiografia inicial Instalação do elástico separador

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LIMA EA; ROMAGNOLO IC; CALVO AFB; GIMENEZ T; IMPARATO JCP

FIGURA 3 FIGURA 4
Separação dentária após remoção do elástico Profilaxia com pedra pomes e água

FIGURA 5 FIGURA 6
Seleção da coroa Desgaste na altura cérvico-oclusal da coroa

FIGURA 7 FIGURA 8
Ajuste das margens da coroa com alicate 114 Coroa fixada com fita crepe

FIGURA 9 FIGURA 10
Preenchimento da coroa com cimento Fuji II Coroa de aço cimentada

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Odontopediatria

FIGURA 11 FIGURA 12
DVO antes da instalação da coroa de aço DVO imediatamente após a cimentação da coroa

assentada em posição (Fig. 10), com a pressão do polegar do pro- sintomatologia dolorosa ao paciente.
fissional ou sobre um rolete de algodão (Cremer, Blumenau, SC), Tanto a técnica da não remoção de tecido cariado como a de
tomando-se o cuidado de proteger as vias aéreas do paciente com remoção seletiva, reduzem o tamanho da cavidade e conservam
uma gaze, e em seguida a criança mordia, até o tempo de presa estrutura dental,14 contudo é necessário lembrar que a efetivida-
final do cimento, aproximadamente 2 minutos. de destas técnicas depende de um bom selamento da lesão.15,16
Os excessos foram removidos com um auxílio de uma sonda, Apesar do pequeno período de acompanhamento, o sucesso neste
por vestibular e lingual ou palatina, e com fio dental nas áreas relato de caso provavelmente esteja relacionado a seleção e indi-
interproximais, tomando-se o cuidado de não movimentar a coroa cação do caso, o bom vedamento marginal, adaptação da coroa,
para outra posição. ausência de degrau e alterações pulpares.
Após cimentada a coroa de aço, uma nova radiografia periapi- A não remoção de tecido cariado não é empecilho para o pro-
cal foi realizada com o auxílio do posicionador infantil. fissional não recomendar a Hall Technique na clínica odontopedi-
Com o paciente em máxima intercuspidação habitual, regis- átrica. Innes et al. (2007)3 ao realizarem Hall Technique em dentes
trou-se a nova medida da dimensão vertical de oclusão (DVO) con- com lesões de cárie proximal concluíram que o risco relativo de
firmando um ligeiro aumento como observado nas Figs. 11 e 12. fracasso clínico é menor quando comparado com dentes tratados
O paciente retornou 30 dias após onde constatou-se que a com a técnica da coroa de aço convencional. As PMC estão indica-
DVO já estava com a medida inicia. A avaliação após seis meses e das para restaurar dentes decíduos que receberam terapia pulpar,
um ano confirmou a integridade dos tecidos pulpar e periodontal. extensamente cariados e destruídos.17 Entretanto, de acordo com
AAPD,9 a Hall Technique foi desenvolvida para ser utilizada quan-
DISCUSSÃO do o tratamento ideal não pode ser conseguido. Devemos estar
A técnica da Hall Technique, não requer uso de anestesia atentos ao fato de que quando não há a remoção de tecido caria-
local, preparo do dente ou remoção de tecido cariado, confor- do como na HT a avaliação radiográfica para descartar implicações
me foi apresentado neste relato de caso. Isto, segundo Innes pulpares deve ser criteriosa.
et al. (2007)3 e Santamaria et al. (2014),11 torna a técnica mais Esta técnica pode apresentar algumas limitações como: sua
aceitável pelos profissionais, crianças e pais. Utilizar uma téc- utilização em crianças muito jovens ou ansiosas e pelo com-
nica menos invasiva, com menor risco de exposição pulpar e prometimento estético, especialmente nos primeiros molares
tempo operatório12 pode ser uma alternativa na dentição de- decíduos superiores.6 Associado a isto, a técnica também re-
cídua, visto que os dentes decíduos têm um tempo de vida útil quer a tolerância da criança em morder uma coroa de metal
menor. Por outro lado, pensando no impacto psicológico dos rígida em posição, com contatos “apertados” e sem anestesia
tratamentos mais invasivos, os menos invasivos parecem ser a local.10 Embora neste caso, a criança tenha apresentado des-
melhor escolha. conforto durante a prova e cimentação da coroa, isto não foi
Enquanto na dentadura permanente é esperado que as res- relevante, pois a avaliação quanto ao desconforto em relação
taurações tenham sobrevida de décadas, em dentes decíduos as ao tratamento realizado, utilizando a escala de faces de Wong-
restaurações devem permanecer por alguns anos.13 Innes et al. -Baker,18 apresentou um alto nível de satisfação, representado
(2011)5 afirmam que o importante é que o tratamento aplicado ao pelo careta número 1.
dente decíduo garanta que este chegue ao final do seu ciclo bioló- O aumento da dimensão vertical é um problema transitório na
gico, ou seja, a esfoliação sem necessidades de re-intervenção ou Hall Technique, devido à ausência da remoção de estrutura den-

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LIMA EA; ROMAGNOLO IC; CALVO AFB; GIMENEZ T; IMPARATO JCP

tária. Van der Zee (2010),19 fez um estudo para investigar quantos CONCLUSÃO
dias são necessários para a mordida aberta voltar ao normal e con- A Hall Technique demonstra ser uma técnica minimamente inva-
cluiu que este período pode variar entre 15 e 30 dias. Este efeito de siva que permite restaurar a integridade da estrutura dental, através
promover um contato unilateral prematuro, que inevitavelmente do selamento da lesão cariosa. Ela requer uma indicação criteriosa e o
ocorre na HT, estava em observância com este estudo e na avalia- domínio da técnica operatória da coroa de aço. Neste caso, após um
ção de 30 dias já estava com a mesma DVO. ano de acompanhamento clínico e radiográfico verificou-se um bom
Talvez a maior limitação para a utilização das coroas de aço vedamento marginal, ausência de degrau, complicações pulpares ou
(pela Hall technique ou não) como rotina nos consultórios do Bra- periodontais apresentando a eficácia da técnica em restaurações de
sil seja a dificuldade em adquirí-las porque estas não são mais molares decíduos com lesões cariosas profundas e cavitadas.
facilmente encontradas no mercado brasileiro.
Sendo assim, a Hall Technique requer uma seleção cuidadosa de APLICAÇÃO CLÍNICA
casos, um alto nível de habilidade clínica, excelente manejo do paciente Oferecer uma nova alternativa minimamente invasiva para o
e monitoramento a longo prazo. Para o sucesso clínico também é ne- selamento de lesões cariosas extensas, utilizando coroas de aço de
cessário um controle preventivo, efetivo e completo da doença cárie.16 forma mais rápida e com menos passos operatórios.

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