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Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 1

SUMÁRIO

Lei 5.970, de 11.12.1973 .......................................................................................................................................5


Exclui da aplicação do disposto nos arts. 6º, inc. I, 64 e 169, do Código de
Processo Penal, os casos de acidente de trânsito, e dá outras providências.

Lei 6.174, de 09.12.1974 .......................................................................................................................................5


Dispõe sobre a aplicação do disposto nos arts. 12, alínea “a” e 339 do Código
de Processo Penal Militar, nos casos de acidente de trânsito, e dá outras
providências.

Lei 7.408, de 25.11.1985 .......................................................................................................................................6


Permite a tolerância de 5% na pesagem de carga em veículos de transporte.

Lei 8.176, de 08.02.1991 .......................................................................................................................................6


Define crimes contra a ordem econômica e cria o Sistema de Estoques de
Combustíveis.

Lei 9.873, de 23.11.1999 .......................................................................................................................................7


Estabelece o prazo de prescrição para o exercício de ação punitiva pela
Administração Pública Federal, direta e indireta e dá outras providências.

Lei 11.988, de 27.07.2009 .....................................................................................................................................8


Cria a Semana de Educação para a Vida, nas escolas públicas de ensino
fundamental e médio de todo o país e dá outras providências.

Lei 12.009, de 29.07.2009 .....................................................................................................................................8


Regulamenta o exercício das atividades dos profissionais em transporte de
passageiros, “mototaxista”, em entrega de mercadorias e em serviço comunitário
de rua, e “motoboy”, com o uso de motocicleta, altera a Lei 9.503, de 23.09.1997,
para dispor sobre regras de segurança dos serviços de transporte remunerado de
mercadorias em motocicletas e motonetas – moto-frete –, estabelece regras
gerais para a regulação deste serviço e dá outras providências.

Lei 12.302, de 02.08.2010 ...................................................................................................................................10


Regulamenta o exercício da profissão de Instrutor de Trânsito.
2 Ordeli Savedra Gomes

Lei 12.468, de 26.08.2011 .................................................................................................................................. 11


Regulamenta a atividade de taxista.

Lei 12.977, de 20.05.2014 .................................................................................................................................. 11


Regula e disciplina a atividade de desmontagem de veículos automotores
terrestres; altera o art. 126 da Lei 9.503, de 23.09.1997 – Código de Trânsito
Brasileiro – CTB; e dá outras providências.

Lei 13.614, de 11.01.2018 .................................................................................................................................. 14


Cria o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans) e
acrescenta dispositivo à Lei 9.503, de 23.09.1997 (Código de Trânsito Brasileiro),
para dispor sobre regime de metas de redução de índice de mortos no trânsito por
grupos de habitantes e de índice de mortos no trânsito por grupos de veículos.

Lei 13.804, de 10.01.2019 .................................................................................................................................. 16


Dispõe sobre medidas de prevenção e repressão ao contrabando, ao descaminho,
ao furto, ao roubo e à receptação; altera as Leis 9.503, de 23.09.1997 (CTB) e
6.437, de 20.08.1977.

Decreto 96.044, de 18.05.1988 .......................................................................................................................... 17


Aprova o regulamento para o transporte rodoviário de produtos perigosos, e dá
outras providências.

Decreto 1.787, de 12.01.1996 ............................................................................................................................ 24


Dispõe sobre a utilização de gás natural para fins automotivos, e dá outras
providências.

Decreto 2.613, de 03.06.1998 ............................................................................................................................ 25


Regulamenta o art. 4º da Lei 9.602, de 21.01.1998, que trata do Fundo Nacional
de Segurança e Educação de Trânsito – FUNSET, e dá outras providências.

Decreto 2.867, de 08.12.1998 ............................................................................................................................ 26


Dispõe sobre a repartição de recursos provenientes do Seguro Obrigatório de
Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres – DPVAT.

Convenção sobre Trânsito Viário de Viena .......................................................................................................... 27


Acordo sobre a Regulamentação Básica Unificada de Trânsito .......................................................................... 58
Permissão Internacional para Dirigir.................................................................................................................... 66
Definições de Tipos de Acidentes de Trânsito..................................................................................................... 67
Índice das Resoluções anteriores ao CTB ........................................................................................................... 69
Índice das Resoluções do CTB ............................................................................................................................ 77

Resolução 24, de 15.09.2009, do CETRAN/RS.................................................................................................. 629


Dispõe sobre a integração dos municípios ao Sistema Nacional de Trânsito, seus
pré-requisitos e a forma de comprovação.

Resolução 27, de 20.10.2009, do CETRAN/RS.................................................................................................. 630


Dispõe sobre a Certificação de Conformidade dos municípios para fins de
integração junto ao Sistema Nacional de Trânsito.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 3

Resolução 36, de 22.03.2011, do CETRAN/RS ..................................................................................................631


Dispõe sobre a uniformização da aplicação da prescrição das infrações de trânsito
e da suspensão e da cassação do direito de dirigir.

Resolução 37, de 29.03.2011, do CETRAN/RS ..................................................................................................632


Dispõe sobre a emissão de Documento de Circulação Provisório de Porte
Obrigatório – DCPPO, na circunscrição do Estado do Rio Grande do Sul.

Resolução 50, de 13.12.2011, do CETRAN/RS ..................................................................................................633


Habilitação de Estrangeiros.

Resolução 53, de 31.01.2012, do CETRAN/RS ..................................................................................................634


Enquadramento da infração de trânsito – CRLV e CNH plastificada.

Resolução 75, de 26.02.2013, do CETRAN/RS ..................................................................................................635


Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas autoridades de trânsito e
seus agentes na fiscalização do consumo de álcool ou de outra substância
psicoativa que determine dependência, para aplicação do disposto nos arts. 165,
276, 277 e 306 da Lei 9.503, de 23.09.1997 – CTB, em complementação à
Resolução 432/2013 do CONTRAN e dá outras providências.

Resolução 93, de 30.09.2014, do CETRAN/RS ..................................................................................................641


Define procedimentos acerca do recebimento de informações pelo Detran/RS
sobre condutores de veículos automotores em benefício de auxílio-doença ou
aposentadoria por invalidez, concedido por órgãos previdenciários ou pelos
municípios com regime próprio de previdência, sobre a fiscalização de trânsito
nas situações referidas e dá outras providências.

Resolução 98, de 28.04.2015, do CETRAN/RS ..................................................................................................642


Revoga a Resolução CETRAN/RS 95/2014, passando a disciplinar os procedimentos
para a realização de Inspeção Técnica realizada pelo CETRAN junto aos órgãos de
Trânsito, e dá outras providências.

Resolução 115, de 25.07.2017, do CETRAN/RS ................................................................................................644


Dispõe sobre o estacionamento rotativo pago nas vias municipais do RS.

Resolução 124, de 04.12.2018, do CETRAN/RS ................................................................................................645


Regulamenta o uso do Selo Gás Natural Veicular – GNV em veículos automotores
com sistemas de Gás Natural Veicular e dá outras providências.

Índice das Portarias ...........................................................................................................................................647


Índice das Infrações Referentes ao Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos ............................................683
4 Ordeli Savedra Gomes
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LEIS

LEI 5.970, DE 11.12.1973


Exclui da aplicação do disposto nos arts. 6º, inc. I, 64 e
169, do Código de Processo Penal, os casos de aciden-
te de trânsito, e dá outras providências.
O Presidente da República, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º. Em caso de acidente de trânsito, a ocorrência, nele consignado o fato, as testemunhas
autoridade ou agente policial que primeiro tomar que o presenciaram e todas as demais circunstâncias
conhecimento do fato poderá autorizar, independen- necessárias ao esclarecimento da verdade.
temente de exame do local, a imediata remoção das Art. 2º. Esta lei entra em vigor na data de sua
pessoas que tenham sofrido lesão, bem como dos publicação, revogadas as disposições em contrário.
veículos nele envolvidos, se estiverem no leito da via Brasília, 11 de dezembro de 1973.
pública e prejudicarem o tráfego. Emílio G. Médici
Parágrafo único. Para autorizar a remoção, a
autoridade ou agente policial lavrará boletim da

LEI 6.174, DE 09.12.1974


Dispõe sobre a aplicação do disposto nos arts. 12, alí-
nea “a” e 339 do Código de Processo Penal Militar,
nos casos de acidente de trânsito, e dá outras provi-
dências.
O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º. O disposto nos arts. 12, alínea “a”, e todas as circunstâncias necessárias à apuração de
339, do Código de Processo Penal Militar, nos casos responsabilidades, e arrolará as testemunhas que a
de acidente de trânsito, não impede que a autoridade presenciarem, se as houver.
ou agente policial possa outorgar, independente de Art. 2º. Esta Lei entrará em vigor na data de
exame local a imediata remoção das vítimas, como sua publicação, revogadas as disposições em contrá-
dos veículos envolvidos nele, se estiverem no leito da rio.
via pública e com prejuízo de trânsito. Brasília, 09 de dezembro de 1974.
Parágrafo único. A autoridade ou agente po- Ernesto Geisel
licial que autorizar a remoção facultada neste artigo
lavrará boletim, no qual registrará a ocorrência com
6 Ordeli Savedra Gomes

LEI 7.408, DE 25.11.1985


Permite a tolerância de 5% na pesagem de carga em
veículos de transporte.
O Presidente da República, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º. Fica permitida, na pesagem de veícu- – Código de Trânsito Brasileiro, incluindo-se as vias
los de transporte de carga e de passageiros, a tole- particulares sem acesso à circulação pública.
rância máxima de: (Redação dada pela Lei 13.103, de Art. 2º. Somente poderá haver autuação, por
02.03.2015) ocasião da pesagem do veículo nas balanças rodoviá-
I - 5% (cinco por cento) sobre os limites de rias, quando o veículo ultrapassar os limites fixados
peso bruto total; nesta Lei.
II - 10% (dez por cento) sobre os limites de Art. 3º. Esta Lei entra em vigor na data de
peso bruto transmitido por eixo de veículos à superfí- sua publicação.
cie das vias públicas. Art. 4º. Revogam-se as disposições em con-
Parágrafo único. Os limites de peso bruto trário.
não se aplicam aos locais não abrangidos pelo dispos- Brasília, 25 de novembro de 1985.
to no art. 2º da Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997 José Sarney

LEI 8.176, DE 08.02.1991


Define crimes contra a ordem econômica e cria o Sis-
tema de Estoques de Combustíveis.
O Presidente da República, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º. Constitui crime contra a ordem eco- § 3º O dia-multa será fixado pelo juiz em valor
nômica: não inferior a quatorze nem superior a duzentos
I – adquirir, distribuir e revender derivados de Bônus do Tesouro Nacional (BTN).
petróleo, gás natural e suas frações recuperáveis, Art. 3º. (Vetado).
álcool etílico, hidratado carburante e demais combus- Art. 4º. Fica instituído o Sistema Nacional de
tíveis líquidos carburantes, em desacordo com as Estoques de Combustíveis.
normas estabelecidas na forma da lei; § 1º O Poder Executivo encaminhará ao Con-
II – usar gás liquefeito de petróleo em motores gresso Nacional, dentro de cada exercício financeiro,
de qualquer espécie, saunas, caldeiras e aquecimento o Plano Anual de Estoques Estratégicos de Combustí-
de piscinas, ou para fins automotivos, em desacordo veis para o exercício seguinte, do qual constarão as
com as normas estabelecidas na forma da lei. fontes de recursos financeiros necessários a sua
Pena: detenção de um a cinco anos. manutenção.
Art. 2º. Constitui crime contra o patrimônio, § 2º O Poder Executivo estabelecerá, no prazo
na modalidade de usurpacão, produzir bens ou de sessenta dias as normas que regulamentarão o
explorar matéria-prima pertencentes à União, sem Sistema Nacional de Estoques de Combustíveis e o
autorização legal ou em desacordo com as obriga- Plano Anual de Estoques Estratégicos de Combustíveis.
ções impostas pelo título autorizativo. Art. 5º. Esta lei entra em vigor cinco dias
Pena: detenção, de um a cinco anos e multa. após a sua publicação.
§ 1º Incorre na mesma pena aquele que, sem Art. 6º. Revogam-se as disposições em con-
autorização legal, adquirir, transportar, industrializar, trário, em especial o art. 18 da Lei 8.137, de
tiver consigo, consumir ou comercializar produtos ou 27.12.1990, restaurando-se a numeração dos artigos
matéria-prima, obtidos na forma prevista no caput do Dec.-lei 2.848, de 07.12.1940 Código Penal
deste artigo. Brasileiro, alterado por aquele dispositivo.
§ 2º No crime definido neste artigo, a pena de Brasília, 8 de fevereiro de 1991.
multa será fixada entre dez e trezentos e sessenta Fernando Collor
dias-multa, conforme seja necessário e suficiente
para a reprovação e a prevenção do crime.
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LEI 9.873, DE 23.11.1999


Estabelece prazo de prescrição para o exercício de ação
punitiva pela Administração Pública Federal, direta e in-
direta, e dá outras providências.
Faço saber que o Presidente da República adotou a Medida Provisória 1.859-17, de 1999, que o Con-
gresso Nacional aprovou, e eu, Antonio Carlos Magalhães, Presidente, para os efeitos do disposto no parágrafo
único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a seguinte Lei:
Art. 1º. Prescreve em cinco anos a ação puni- I – pelo despacho do juiz que ordenar a cita-
tiva da Administração Pública Federal, direta e ção em execução fiscal;
indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando II – pelo protesto judicial;
apurar infração à legislação em vigor, contados da III – por qualquer ato judicial que constitua em
data da prática do ato ou, no caso de infração per- mora o devedor;
manente ou continuada, do dia em que tiver cessado. IV – por qualquer ato inequívoco, ainda que
§ 1º Incide a prescrição no procedimento extrajudicial, que importe em reconhecimento do
administrativo paralisado por mais de três anos, débito pelo devedor;
pendente de julgamento ou despacho, cujos autos V – por qualquer ato inequívoco que importe
serão arquivados de ofício ou mediante requerimen- em manifestação expressa de tentativa de solução
to da parte interessada, sem prejuízo da apuração conciliatória no âmbito interno da administração
da responsabilidade funcional decorrente da parali- pública federal.
sação, se for o caso. Art. 3º. Suspende-se a prescrição durante a
§ 2º Quando o fato objeto da ação punitiva da vigência:
Administração também constituir crime, a prescrição I – dos compromissos de cessação ou de de-
reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal. sempenho, respectivamente, previstos nos arts. 53 e
Art. 1º-A. Constituído definitivamente o crédi- 58 da Lei 8.884, de 11.06.1994.
to não tributário, após o término regular do processo II – do termo de compromisso de que trata o
administrativo, prescreve em 5 (cinco) anos a ação § 5º do art. 11 da Lei 6.385, de 07.12.1976, com a
de execução da administração pública federal relativa
redação dada pela Lei 9.457, de 05.05.1997.
a crédito decorrente da aplicação de multa por
Art. 4º. Ressalvadas as hipóteses de inter-
infração à legislação em vigor. (Incluído pela Lei
rupção previstas no art. 2º, para as infrações ocorri-
11.941, de 27.05.2009)
das há mais de três anos, contados do dia 1º de julho
Art. 2º. Interrompe-se a prescrição da ação
de 1998, a prescrição operará em dois anos, a partir
punitiva: (Caput com redação alterada pela Lei
dessa data.
11.941, de 27.05.2009)
Art. 5º. O disposto nesta Lei não se aplica às
I – pela notificação ou citação do indiciado ou infrações de natureza funcional e aos processos e
acusado, inclusive por meio de edital; (Inciso alterado
procedimentos de natureza tributária.
pela Lei 11.941, de 27.05.2009)
Art. 6º. Ficam convalidados os atos pratica-
II – por qualquer ato inequívoco, que importe dos com base na Medida Provisória 1.859-16, de
apuração do fato; 24.09.1999.
III – pela decisão condenatória recorrível; Art. 7º. Esta Lei entra em vigor na data de
IV – por qualquer ato inequívoco que importe sua publicação.
em manifestação expressa de tentativa de solução
Art. 8º. Ficam revogados o art. 33 da Lei
conciliatória no âmbito interno da administração 6.385, de 1976, com a redação dada pela Lei 9.457,
pública federal. (Inciso alterado pela Lei 11.941, de de 1997, o art. 28 da Lei 8.884, de 1994, e demais
27.05.2009) disposições em contrário, ainda que constantes de lei
Art. 2º-A. Interrompe-se o prazo prescricional especial.
da ação executória: (Artigo incluído pela Lei 11.941,
Congresso Nacional, em 23.11.1999.
de 27.05.2009)
Senador Antonio Carlos Magalhães
8 Ordeli Savedra Gomes

LEI 11.988, DE 27.07.2009


Cria a Semana de Educação para a Vida, nas escolas
públicas de ensino fundamental e médio de todo o País,
e dá outras providências.
O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º. Todas as escolas de ensino funda- rá ser aberta para a participação dos pais de alunos e
mental e médio da rede pública no País realizarão, em da comunidade em geral.
período a ser determinado pelas Secretarias Estadu- Art. 4º. As matérias, durante a Semana de
ais de Educação, a atividade denominada Semana de Educação para a Vida, poderão ser ministradas sob a
Educação para a Vida. forma de seminários, palestras, exposições-visita,
Art. 2º. A atividade escolar aludida no art. 1º projeções de slides, filmes ou qualquer outra forma
desta Lei terá duração de 1 (uma) semana e objetiva- não convencional.
rá ministrar conhecimentos relativos a matérias não Parágrafo único. Os convidados pelas Secre-
constantes do currículo obrigatório, tais como: tarias Estaduais de Educação para ministrar as
ecologia e meio ambiente, educação para o trânsito, matérias da Semana de Educação para a Vida deve-
sexualidade, prevenção contra doenças transmissí- rão possuir comprovado nível de conhecimento sobre
veis, direito do consumidor, Estatuto da Criança e do os assuntos a serem abordados.
Adolescente, etc. Art. 5º. Esta Lei entra em vigor na data de
Art. 3º. A Semana de Educação para a Vida sua publicação.
fará parte, anualmente, do Calendário Escolar e deve- Brasília, 27 julho de 2009.
Luiz Inácio Lula da Silva

LEI 12.009, DE 29.07.2009


Regulamenta o exercício das atividades dos profissio-
nais em transporte de passageiros, “mototaxista”, em
entrega de mercadorias e em serviço comunitário de
rua, e “motoboy”, com o uso de motocicleta, altera a
Lei 9.503, de 23.09.1997, para dispor sobre regras de
segurança dos serviços de transporte remunerado de
mercadorias em motocicletas e motonetas – moto-fre-
te –, estabelece regras gerais para a regulação deste
serviço e dá outras providências.
O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º. Esta Lei regulamenta o exercício das IV – estar vestido com colete de segurança
atividades dos profissionais em transportes de dotado de dispositivos retrorrefletivos, nos termos da
passageiros, “mototaxista”, em entrega de mercado- regulamentação do CONTRAN.
rias e em serviço comunitário de rua, e “motoboy”, Parágrafo único. Do profissional de serviço
com o uso de motocicleta, dispõe sobre regras de comunitário de rua serão exigidos ainda os seguintes
segurança dos serviços de transporte remunerado de documentos:
mercadorias em motocicletas e motonetas – moto- I – carteira de identidade;
frete –, estabelece regras gerais para a regulação II – título de eleitor;
deste serviço e dá outras providências. III – cédula de identificação do contribuinte – CIC;
Art. 2º. Para o exercício das atividades pre-
IV – atestado de residência;
vistas no art. 1º, é necessário:
V – certidões negativas das varas criminais;
I – ter completado 21 (vinte e um) anos;
VI – identificação da motocicleta utilizada em
II – possuir habilitação, por pelo menos 2
serviço.
(dois) anos, na categoria;
Art. 3º. São atividades específicas dos profis-
III – ser aprovado em curso especializado, nos sionais de que trata o art. 1º:
termos da regulamentação do CONTRAN;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 9

I – transporte de mercadorias de volume IX – efetuando transporte remunerado de


compatível com a capacidade do veículo; mercadorias em desacordo com o previsto no art.
II – transporte de passageiros. 139-A desta Lei ou com as normas que regem a
Parágrafo único. (VETADO) atividade profissional dos mototaxistas:
Art. 4º. A Lei 9.503, de 23.09.1997, passa a Infração – grave;
vigorar acrescida do seguinte Capítulo XIII-A: Penalidade – multa;
Medida administrativa – apreensão do veículo
“CAPÍTULO XIII-A
para regularização.
DA CONDUÇÃO DE MOTO-FRETE
§ 1º (...)
“Art. 139-A. As motocicletas e motonetas (...)” (NR)
destinadas ao transporte remunerado de mercadorias
Art. 6º. A pessoa natural ou jurídica que em-
– moto-frete – somente poderão circular nas vias
pregar ou firmar contrato de prestação continuada de
com autorização emitida pelo órgão ou entidade
serviço com condutor de moto-frete é responsável
executivo de trânsito dos Estados e do Distrito
solidária por danos cíveis advindos do descumprimento
Federal, exigindo-se, para tanto:
das normas relativas ao exercício da atividade, previs-
I – registro como veículo da categoria de tas no art. 139-A da Lei 9.503, de 23.09.1997, e ao
aluguel; exercício da profissão, previstas no art. 2º desta Lei.
II – instalação de protetor de motor mata- Art. 7º. Constitui infração a esta Lei:
cachorro, fixado no chassi do veículo, destinado a
I – empregar ou manter contrato de prestação
proteger o motor e a perna do condutor em caso de
continuada de serviço com condutor de moto-frete
tombamento, nos termos de regulamentação do
inabilitado legalmente;
Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN;
II – fornecer ou admitir o uso de motocicleta
III – instalação de aparador de linha antena cor-
ou motoneta para o transporte remunerado de mer-
ta-pipas, nos termos de regulamentação do CONTRAN;
cadorias, que esteja em desconformidade com as
IV – inspeção semestral para verificação dos exigências legais.
equipamentos obrigatórios e de segurança.
Parágrafo único. Responde pelas infrações
§ 1º A instalação ou incorporação de disposi- previstas neste artigo o empregador ou aquele que
tivos para transporte de cargas deve estar de acordo contrata serviço continuado de moto-frete, sujeitan-
com a regulamentação do CONTRAN. do-se à sanção relativa à segurança do trabalho
§ 2º É proibido o transporte de combustíveis, prevista no art. 201 da Consolidação das Leis do
produtos inflamáveis ou tóxicos e de galões nos Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de
veículos de que trata este artigo, com exceção do 1o de maio de 1943.
gás de cozinha e de galões contendo água mineral, Art. 8º. Os condutores que atuam na presta-
desde que com o auxílio de side-car, nos termos de ção do serviço de moto-frete, assim como os veícu-
regulamentação do CONTRAN. los empregados nessa atividade, deverão estar
Art. 139-B. O disposto neste Capítulo não adequados às exigências previstas nesta Lei no prazo
exclui a competência municipal ou estadual de de até 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias,
aplicar as exigências previstas em seus regulamen- contado da regulamentação pelo CONTRAN dos
tos para as atividades de moto-frete no âmbito de dispositivos previstos no art. 139-A da Lei 9.503, de
suas circunscrições.” 23 de setembro de 1997, e no art. 2º desta Lei.
Art. 5º. O art. 244 da Lei 9.503, de 23.09.1997, Art. 9º. Esta Lei entra em vigor na data de
passa a vigorar com a seguinte redação: sua publicação.
“Art. 244. (...)
(...) Brasília, 29 de julho de 2009.
VIII – transportando carga incompatível com Luiz Inácio Lula da Silva
suas especificações ou em desacordo com o previsto
no § 2º do art. 139-A desta Lei;
10 Ordeli Savedra Gomes

LEI 12.302, DE 02.08.2010


Regulamenta o exercício da profissão de Instrutor de
Trânsito.
O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º. Esta Lei regulamenta o exercício da já estejam credenciados nos órgãos executivos de
profissão de Instrutor de Trânsito. trânsito estaduais e do Distrito Federal na data de
Art. 2º. Considera-se instrutor de trânsito o pro- entrada em vigor desta Lei.
fissional responsável pela formação de condutores de Art. 5º. São deveres do instrutor de trânsito:
veículos automotores e elétricos com registro no órgão I – desempenhar com zelo e presteza as ativi-
executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal. dades de seu cargo;
Art. 3º. Compete ao instrutor de trânsito: II – portar, sempre, o crachá ou carteira de
I – instruir os alunos acerca dos conhecimen- identificação profissional.
tos teóricos e das habilidades necessárias à obten- Parágrafo único. O crachá de que trata o in-
ção, alteração, renovação da permissão para dirigir e ciso II do caput deste artigo será fornecido pelo órgão
da autorização para conduzir ciclomotores; executivo de trânsito estadual ou do Distrito Federal.
II – ministrar cursos de especialização e simi- Art. 6º. É vedado ao instrutor de trânsito:
lares definidos em resoluções do Conselho Nacional I – realizar propaganda contrária à ética pro-
de Trânsito – CONTRAN; fissional;
III – respeitar os horários preestabelecidos pa- II – obstar ou dificultar a fiscalização do órgão
ra as aulas e exames;
executivo de trânsito estadual ou do Distrito Fede-
IV – frequentar os cursos de aperfeiçoamento ral.
ou de reciclagem promovidos pelos órgãos executi- Art. 7º. São direitos do instrutor de trânsito:
vos de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal;
I – exercer com liberdade suas prerrogati-
V – orientar o aluno com segurança na apren- vas;
dizagem de direção veicular.
II – não ser punido sem prévia sindicância,
Parágrafo único. O instrutor de trânsito so- sendo-lhe assegurado amplo direito de defesa;
mente poderá instruir candidato à habilitação para
categoria igual ou inferior àquela em que esteja III – denunciar às autoridades competentes, na
habilitado. (Redação dada pela Lei 13.863, de forma cabível à espécie, o exercício ilegal da atividade;
02.08.2019) IV – representar, perante as autoridades supe-
Art. 4º. São requisitos para o exercício da ati- riores, contra servidores públicos que, no desempe-
vidade de instrutor de trânsito: nho dos cargos ou funções, praticarem atos que
excedam seus deveres decorrentes da inobservância
I – ter, no mínimo, 21 (vinte e um) anos de ida- de dispositivos desta Lei;
de;
V – apresentar às autoridades responsáveis pela
II – ter, pelo menos, 2 (dois) anos de efetiva
instituição de normas e atos legais relativos a serviços e
habilitação legal para a condução de veículo; (Reda- atribuições dos instrutores de trânsito sugestões, parece-
ção dada pela Lei 13.863, de 02.08.2019)
res, opiniões e críticas que visem à simplificação e ao
III – não ter cometido nenhuma infração de aperfeiçoamento do sistema de trânsito.
trânsito de natureza gravíssima nos últimos 60 Art. 8º. As penalidades aplicadas aos instrutores
(sessenta) dias;
de trânsito obedecerão aos ditames previstos na Lei
IV – ter concluído o ensino médio; 9.503, de 23.09.1997 – Código de Trânsito Brasileiro.
V – possuir certificado de curso específico re- Art. 9º. Esta Lei entra em vigor na data de
alizado pelo órgão executivo de trânsito; sua publicação.
VI – não ter sofrido penalidade de cassação
da Carteira Nacional de Habilitação - CNH; Brasília, 02 de agosto de 2010.
VII – ter participado de curso de direção de- Luiz Inácio Lula da Silva
fensiva e primeiros socorros.
Parágrafo único. É assegurado o direito ao
exercício da profissão aos instrutores de trânsito que
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 11

LEI 12.468, DE 26.08.2011


Regulamenta a profissão de taxista; altera a Lei 6.094,
de 30.08.1974; e dá outras providências.
A Presidenta da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º. Fica reconhecida, em todo o território III – manter o veículo em boas condições de
nacional, a profissão de taxista, observados os pre- funcionamento e higiene;
ceitos desta Lei. IV – manter em dia a documentação do veícu-
Art. 2º. É atividade privativa dos profissionais lo exigida pelas autoridades competentes;
taxistas a utilização de veículo automotor, próprio ou V – obedecer à Lei 9.503, de 23.09.1997 –
de terceiros, para o transporte público individual Código de Trânsito Brasileiro, bem como à legislação
remunerado de passageiros, cuja capacidade será de, da localidade da prestação do serviço.
no máximo, 7 (sete) passageiros. Art. 6º. São direitos do profissional taxista
Art. 3º. A atividade profissional de que trata o empregado:
art. 1º somente será exercida por profissional que I – piso remuneratório ajustado entre os sin-
atenda integralmente aos requisitos e às condições dicatos da categoria;
abaixo estabelecidos:
II – aplicação, no que couber, da legislação
I – habilitação para conduzir veículo automo- que regula o direito trabalhista e da do regime geral
tor, em uma das categorias B, C, D ou E, assim da previdência social.
definidas no art. 143 da Lei 9.503, de 23.09.1997;
Art. 7º. (VETADO).
II – curso de relações humanas, direção de-
Art. 8º. Em Municípios com mais de 50.000
fensiva, primeiros socorros, mecânica e elétrica bá-
(cinquenta mil) habitantes é obrigatório o uso de
sica de veículos, promovido por entidade reconhecida
taxímetro, anualmente auferido pelo órgão metrológi-
pelo respectivo órgão autorizatário;
co competente, conforme legislação em vigor.
III – veículo com as características exigidas
Art. 9º. Os profissionais taxistas poderão
pela autoridade de trânsito;
constituir entidades nacionais, estaduais ou munici-
IV – certificação específica para exercer a pais que os representem, as quais poderão cobrar
profissão, emitida pelo órgão competente da locali- taxa de contribuição de seus associados.
dade da prestação do serviço;
Parágrafo único. (VETADO).
V – inscrição como segurado do Instituto Na-
Art. 10. (VETADO).
cional de Seguridade Social – INSS, ainda que exerça
a profissão na condição de taxista autônomo, taxista Art. 11. (VETADO).
auxiliar de condutor autônomo ou taxista locatário; e Art. 12. (VETADO).
VI – Carteira de Trabalho e Previdência Social Art. 13. (VETADO).
– CTPS, para o profissional taxista empregado. Art. 14. (VETADO).
Art. 4º. (VETADO). Art. 15. (VETADO).
Art. 5º. São deveres dos profissionais taxistas:
I – atender ao cliente com presteza e polidez; Brasília, 26 de agosto de 2011.
II – trajar-se adequadamente para a função; Dilma Rousseff

LEI 12.977, DE 20.05.2014


Regula e disciplina a atividade de desmontagem de veí-
culos automotores terrestres; altera o art. 126 da Lei
9.503, de 23.09.1997 – Código de Trânsito Brasileiro –
CTB; e dá outras providências.
A Presidenta da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º. Esta Lei regula e disciplina a atividade sujeitos a registro nos termos da Lei 9.503, de
de desmontagem de veículos automotores terrestres 23.09.1997 – Código de Trânsito Brasileiro.
12 Ordeli Savedra Gomes

Art. 2º. Para os efeitos desta Lei, entende-se Federal antes da concessão, da complementação ou
por: da renovação do registro, assim como a realização de
I – desmontagem: a atividade de desmonte ou fiscalizações periódicas, independentemente de co-
destruição de veículo, seguida da destinação das municação prévia.
peças ou conjunto de peças usadas para reposição, § 7º Na fiscalização in loco, o órgão executivo
sucata ou outra destinação final; e de trânsito do Estado ou do Distrito Federal deverá
II – empresa de desmontagem: o empresário aferir, entre outros elementos, a conformidade da
individual ou sociedade empresária que realize as estrutura e das atividades de cada oficina de des-
atividades previstas nesta Lei. montagem com as normas do CONTRAN.
Art. 3º. A atividade de desmontagem somen- Art. 5º. A atividade de desmontagem será
te poderá ser realizada por empresa de desmontagem exercida em regime de livre concorrência.
registrada perante o órgão executivo de trânsito do Parágrafo único. É vedado aos entes públi-
Estado ou do Distrito Federal em que atuar. cos:
Art. 4º. O funcionamento e o registro de que I – fixar preços de atividades relacionadas com
trata o art. 3º estão condicionados à comprovação a desmontagem;
pela empresa de desmontagem dos seguintes requi- II – limitar o número de empresas ou o núme-
sitos: ro de locais em que a atividade referida no caput
I – dedicar-se exclusivamente às atividades pode ser exercida; e
reguladas por esta Lei; III – estabelecer regra de exclusividade terri-
II – possuir unidade de desmontagem dos ve- torial.
ículos isolada, fisicamente, de qualquer outra ativida- Art. 6º. A empresa de desmontagem deverá
de; emitir a nota fiscal de entrada do veículo no ato de
III – estar regular perante o Registro Público de ingresso nas dependências da empresa.
Empresas, inclusive quanto à nomeação dos adminis- Art. 7º. O veículo somente poderá ser des-
tradores; montado depois de expedida a certidão de baixa do
IV – ter inscrição nos órgãos fazendários; e registro, nos termos do art. 126 da Lei 9.503, de
V – possuir alvará de funcionamento expedido 23.09.1997 – Código de Trânsito Brasileiro.
pela autoridade local. Parágrafo único. A certidão de baixa do re-
§ 1º O órgão de trânsito competente, no prazo gistro do veículo deverá ser requerida no prazo
de 15 (quinze) dias do protocolo do pedido, analisará máximo de 5 (cinco) dias úteis do ato de ingresso
o pleito e concederá ou negará o registro, especifi- nas dependências da empresa de desmontagem.
cando, neste caso, os dispositivos desta Lei e das Art. 8º. O veículo deverá ser totalmente des-
normas do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN montado ou receber modificações que o deixem to-
pendentes de atendimento. talmente sem condições de voltar a circular no prazo
§ 2º Toda alteração de endereço ou abertura de 10 (dez) dias úteis após o ingresso nas dependên-
de nova unidade de desmontagem exige complemen- cias da unidade de desmontagem ou, conforme o
tação do registro perante o órgão de trânsito. caso, após a baixa do registro.
§ 3º A alteração dos administradores deverá § 1º A empresa de desmontagem comunicará
ser comunicada, no prazo de 10 (dez) dias úteis, ao ao órgão executivo de trânsito do Estado ou do
órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Distrito Federal, no prazo de até 3 (três) dias úteis, a
Federal. desmontagem ou a inutilização do veículo.
§ 4º Após a concessão do registro, o órgão § 2º A unidade de desmontagem ou, no caso
executivo de trânsito expedirá documento, padroni- de encerramento das atividades da unidade específi-
zado e numerado conforme as normas do CONTRAN, ca, a empresa de desmontagem deverá manter em
comprobatório do registro da unidade de desmonta- arquivo, pelo prazo de 10 (dez) anos, as certidões de
gem, que deverá ficar exposto no estabelecimento baixa dos veículos ali desmontados.
em local visível para o público. Art. 9º. Realizada a desmontagem do veículo,
§ 5º O registro terá a validade de: a empresa de desmontagem deverá, em até 5 (cinco)
I – 1 (um) ano, na 1ª (primeira) vez; e dias úteis, registrar no banco de dados de que trata o
II – 5 (cinco) anos, a partir da 1ª (primeira) art. 11 as peças ou conjuntos de peças usadas que
renovação. serão destinados à reutilização, inserindo no banco
§ 6º É obrigatória a fiscalização in loco pelo de dados todas as informações cadastrais exigidas
órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito pelo CONTRAN.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 13

Art. 10. Somente poderão ser destinadas à suficientes acerca da procedência e das condições
reposição as peças ou conjunto de peças usadas que do produto.
atendam as exigências técnicas necessárias para sua Art. 13. Aquele que exercer suas atividades
reutilização, nos termos das normas do CONTRAN. em desacordo com o disposto nesta Lei, no caso de
§ 1º As normas do CONTRAN deverão prever, condenação em processo administrativo sanciona-
entre outros elementos: dor, estará sujeito à sanção administrativa de multa,
I – os requisitos de segurança; na forma abaixo:
II – o rol de peças ou conjunto de peças que I – R$ 2.000,00 (dois mil reais) para as infra-
não poderão ser destinados à reposição; ções leves;
III – os parâmetros e os critérios para a verifi- II – R$ 4.000,00 (quatro mil reais) para infra-
cação das condições da peça ou conjunto de peças ções médias; e
usadas para fins de reutilização; e III – R$ 8.000,00 (oito mil reais) para infrações
IV – a forma de rastreabilidade. graves.
§ 2º As peças ou conjunto de peças que não § 1º Aplica-se em dobro o valor da multa em
atenderem o disposto neste artigo serão destinados a caso de reincidência na mesma infração, no prazo de
sucata ou terão outra destinação final definida no 1 (um) ano.
prazo máximo de 20 (vinte) dias úteis da desmonta- § 2º As multas aplicadas contra empresários
gem do veículo do qual procedam, observadas, no individuais, microempresas e empresas de pequeno
que couber, as disposições do art. 17 desta Lei. porte terão desconto de 50% (cinquenta por cento),
§ 3º É permitida a realização de reparos ou de não considerado para os fins do § 3º deste artigo.
pintura para a adequação das peças às condições de § 3º O acúmulo, no prazo de 1 (um) ano da
reutilização. primeira infração, em multas que totalizem mais de
§ 4º É vedada a comercialização de qualquer R$ 20.000,00 (vinte mil reais) acarretará a suspensão
tipo de peça ou conjunto de peças novas pela empre- da possibilidade de recebimento de novos veículos,
sa de desmontagem. ou de parte de veículos, para desmonte pelo prazo de
Art. 11. Fica criado o banco de dados nacio- 3 (três) meses na unidade de desmontagem onde
nal de informações de veículos desmontados e das praticada a infração.
atividades exercidas pelos empresários individuais ou § 4º Qualquer nova infração durante o perío-
sociedades empresárias, na forma desta Lei, no qual do de suspensão do recebimento de novos veículos
serão registrados as peças ou conjuntos de peças acarretará interdição e cassação do registro de fun-
usadas destinados a reposição e as partes destina- cionamento da empresa de desmontagem perante o
das a sucata ou outra destinação final. órgão executivo de trânsito, permitido o requerimento
§ 1º A implementação e a gestão do banco de de novo registro somente após o prazo de 2 (dois)
dados de que trata o caput são da competência do anos.
órgão executivo de trânsito da União. § 5º Será aplicada apenas uma multa por
§ 2º Os órgãos executivos de trânsito dos Es- conduta infracional verificada na fiscalização, inde-
tados e do Distrito Federal terão participação no pendentemente da quantidade de peças, conjunto de
fornecimento de informações para o banco de dados. peças ou veículos envolvidos.
§ 3º O acesso dos órgãos de segurança pú- § 6º O direito de ampla defesa e do contradi-
blica às informações constantes do banco de dados tório contra a aplicação das sanções administrativas
de que trata este artigo independe de ordem judicial. será exercido nos termos das normas do ente da
§ 4º O CONTRAN normatizará a implementa- federação respectivo.
ção, a gestão, a alimentação e os níveis de acesso ao Art. 14. São infrações leves:
banco de dados de que trata este artigo. I – a falta de comunicação ao órgão respon-
§ 5º As informações cadastrais das empresas sável, no prazo previsto nesta Lei, da realização de
de desmontagem e das respectivas unidades de des- desmontagem de veículo automotor terrestre;
montagem serão divulgadas na internet pelos órgãos II – a não observância do prazo para a des-
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Fe- montagem ou de inutilização de qualquer veículo que
deral em que se situem oficinas de desmontagem. dê entrada na empresa de desmontagem;
Art. 12. A oferta e a apresentação de peças, III – a não observância do prazo para o cadas-
conjuntos de peças ou serviços que incluam, total ou tro de peças e de conjunto de peças de reposição
parcialmente, peças oriundas de desmontagem de- usadas e de partes destinadas a sucata no banco de
vem assegurar ao adquirente informações claras e dados de que trata o art. 11;
14 Ordeli Savedra Gomes

IV – o cadastro deficiente, incompleto, incor- de veículos usados, no tocante a veículos sujeitos a


reto ou irregular de peça ou de conjunto de peças de registro nos termos da Lei 9.503, de 23.09.1997 –
reposição ou de partes destinadas a sucata no banco Código de Trânsito Brasileiro, na área da oficina de
de dados previsto no art. 11; desmontagem;
V – a falta de destinação final das partes não VII – a violação da proibição de recebimento
destinadas à reutilização do veículo no prazo estabe- de novos veículos ou de partes de veículos; e
lecido no § 2º do art. 10; VIII – a realização de desmontagem de veículo
VI – o não cumprimento, no prazo previsto em local não registrado perante o órgão executivo de
nesta Lei, do disposto no § 3º do art. 4º; e trânsito competente.
VII – o descumprimento de norma desta Lei Parágrafo único. Na hipótese dos incs. VII e
ou do CONTRAN para a qual não seja prevista sanção VIII, serão também realizadas a interdição do estabe-
mais severa. lecimento e a apreensão do material encontrado para
Art. 15. São infrações médias: futura aplicação da pena de perdimento.
I – a não emissão imediata da nota fiscal de Art. 17. O atendimento do disposto nesta Lei
entrada de veículo automotor terrestre; pelo empresário individual ou sociedade empresária
II – a falta de certidão de baixa de veículo não afasta a necessidade de cumprimento das nor-
desmontado na unidade de desmontagem arquivada mas de natureza diversa aplicáveis e a sujeição às
na forma do § 2º do art. 8º; e sanções decorrentes, inclusive no tocante a trata-
III – o exercício de outras atividades na área mento de resíduos e rejeitos dos veículos desmonta-
da oficina de desmontagem, ressalvado o disposto no dos ou destruídos.
inc. VI do art. 16. Art. 18. O art. 126 da Lei 9.503, de 23.09.1997
Art. 16. São infrações graves: – Código de Trânsito Brasileiro, passa a vigorar com
I – o cadastramento, no sistema de que trata a seguinte alteração:
o art. 11, como destinadas à reposição, de peças ou “Art. 126. O proprietário de veículo irrecupe-
conjunto de peças usadas que não ofereçam condições rável, ou destinado à desmontagem, deverá requerer
de segurança ou que não possam ser reutilizadas; a baixa do registro, no prazo e forma estabelecidos
pelo CONTRAN, vedada a remontagem do veículo so-
II – a alienação como destinada à reposição
bre o mesmo chassi de forma a manter o registro an-
de peça ou conjunto de peças usadas sem o cadas-
terior.
tramento de que trata o art. 9º;
III – a não indicação clara na alienação de que [...]”. (NR)
se trata de peça usada; Art. 19. As unidades de desmontagem de ve-
IV – a desmontagem de veículo automotor ículos já existentes antes da entrada em vigor desta
terrestre sem a emissão da nota fiscal de entrada ou Lei deverão adequar-se às suas disposições no prazo
antes da expedição da certidão de baixa do registro máximo de 3 (três) meses.
do veículo; Art. 20. Esta Lei entra em vigor após decorri-
do 1 (um) ano da data de sua publicação oficial.
V – a comercialização de peça ou conjunto de
peças de reposição em desacordo com o disposto no
§ 1º do art. 10; Brasília, 20 de maio de 2014;
VI – a realização de atividades de conserto de 193º da Independência e 126º da República.
veículos, comercialização de peças novas ou de venda Dilma Rousseff

LEI 13.614, DE 11.01.2018


Cria o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões
no Trânsito (Pnatrans) e acrescenta dispositivo à Lei
9.503, de 23.09.1997 (Código de Trânsito Brasileiro),
para dispor sobre regime de metas de redução de índice
de mortos no trânsito por grupos de habitantes e de ín-
dice de mortos no trânsito por grupos de veículos.
O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º. Esta Lei cria o Plano Nacional de Re- acrescenta dispositivo à Lei 9.503, de 23.09.1997
dução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans) e (Código de Trânsito Brasileiro), para dispor sobre re-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 15

gime de metas de redução de índice de mortos no de Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das respec-
trânsito por grupos de habitantes e de índice de mor- tivas circunscrições.
tos no trânsito por grupos de veículos. § 5º Antes de submeterem as propostas ao
Art. 2º. Fica criado o Plano Nacional de Re- CONTRAN, os CETRAN, o CONTRANDIFE e o Depar-
dução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans) a tamento de Polícia Rodoviária Federal realizarão con-
ser elaborado em conjunto pelos órgãos de saúde, de sulta ou audiência pública para manifestação da so-
trânsito, de transporte e de justiça. ciedade sobre as metas a serem propostas.
Art. 3º. O Pnatrans deverá conter: § 6º As propostas dos CETRAN, do CON-
I – os mecanismos de participação da socie- TRANDIFE e do Departamento de Polícia Rodoviária
dade em geral na consecução das metas estabeleci- Federal serão encaminhadas ao CONTRAN até o dia
das; 1º de agosto de cada ano, acompanhadas de relatório
II – a garantia da ampla divulgação das ações analítico a respeito do cumprimento das metas fi-
e procedimentos de fiscalização, das metas e dos xadas para o ano anterior e de exposição de ações,
prazos definidos, em balanços anuais, permitindo con- projetos ou programas, com os respectivos orçamen-
sultas públicas por meio da rede mundial de compu- tos, por meio dos quais se pretende cumprir as metas
tadores; propostas para o ano seguinte.
III – a previsão da realização de campanhas § 7º As metas fixadas serão divulgadas em
permanentes e públicas de informação, esclarecimen- setembro, durante a Semana Nacional de Trânsito,
to, educação e conscientização visando a atingir os assim como o desempenho, absoluto e relativo, de
objetivos do Pnatrans. cada Estado e do Distrito Federal no cumprimento
Art. 4º. A partir da implantação do Pnatrans, das metas vigentes no ano anterior, detalhados os
serão reconhecidos e distinguidos os gestores pú- dados levantados e as ações realizadas por vias
blicos e privados na redução das mortes e lesões no federais, estaduais e municipais, devendo tais infor-
trânsito. mações permanecer à disposição do público na rede
mundial de computadores, em sítio eletrônico do
Art. 5º. A Lei 9.503, de 23.09.1997 (Código de
órgão máximo executivo de trânsito da União.
Trânsito Brasileiro), passa a vigorar acrescida do se-
guinte art. 326-A: § 8º O CONTRAN, ouvidos o Departamento de
“Art. 326-A. A atuação dos integrantes do Polícia Rodoviária Federal e demais órgãos do Siste-
Sistema Nacional de Trânsito, no que se refere à ma Nacional de Trânsito, definirá as fórmulas para
política de segurança no trânsito, deverá voltar-se apuração dos índices de que trata este artigo, assim
prioritariamente para o cumprimento de metas anuais como a metodologia para a coleta e o tratamento dos
de redução de índice de mortos por grupo de veículos dados estatísticos necessários para a composição
e de índice de mortos por grupo de habitantes, am- dos termos das fórmulas.
bos apurados por Estado e por ano, detalhando-se os § 9º Os dados estatísticos coletados em cada
dados levantados e as ações realizadas por vias fe- Estado e no Distrito Federal serão tratados e consoli-
derais, estaduais e municipais. dados pelo respectivo órgão ou entidade executivos
§ 1º O objetivo geral do estabelecimento de de trânsito, que os repassará ao órgão máximo exe-
metas é, ao final do prazo de dez anos, reduzir à cutivo de trânsito da União até o dia 1º de março, por
metade, no mínimo, o índice nacional de mortos por meio do sistema de registro nacional de acidentes e
grupo de veículos e o índice nacional de mortos por estatísticas de trânsito.
grupo de habitantes, relativamente aos índices apu- § 10 Os dados estatísticos sujeitos à consoli-
rados no ano da entrada em vigor da lei que cria o dação pelo órgão ou entidade executivos de trânsito
Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no do Estado ou do Distrito Federal compreendem os
Trânsito (Pnatrans). coletados naquela circunscrição:
§ 2º As metas expressam a diferença a me- I – pela Polícia Rodoviária Federal e pelo ór-
nor, em base percentual, entre os índices mais gão executivo rodoviário da União?
recentes, oficialmente apurados, e os índices que se II – pela Polícia Militar e pelo órgão ou entida-
pretende alcançar. de executivos rodoviários do Estado ou do Distrito
§ 3º A decisão que fixar as metas anuais es- Federal;
tabelecerá as respectivas margens de tolerância. III – pelos órgãos ou entidades executivos ro-
§ 4º As metas serão fixadas pelo CONTRAN doviários e pelos órgãos ou entidades executivos de
para cada um dos Estados da Federação e para o trânsito dos Municípios.
Distrito Federal, mediante propostas fundamentadas § 11 O cálculo dos índices, para cada Estado
dos CETRAN, do CONTRANDIFE e do Departamento e para o Distrito Federal, será feito pelo órgão máxi-
16 Ordeli Savedra Gomes

mo executivo de trânsito da União, ouvidos o Depar- I – duas classificações ordenadas dos Esta-
tamento de Polícia Rodoviária Federal e demais ór- dos e do Distrito Federal, uma referente ao ano ana-
gãos do Sistema Nacional de Trânsito. lisado e outra que considere a evolução do desempe-
§ 12 Os índices serão divulgados oficialmente nho dos Estados e do Distrito Federal desde o início
até o dia 31 de março de cada ano. das análises?
§ 13 Com base em índices parciais, apurados II – relatório a respeito do cumprimento do
no decorrer do ano, o CONTRAN, os CETRAN e o objetivo geral do estabelecimento de metas previsto
CONTRANDIFE poderão recomendar aos integrantes no § 1º deste artigo.”
do Sistema Nacional de Trânsito alterações nas ações, Art. 6º. Esta Lei entra em vigor após decorri-
projetos e programas em desenvolvimento ou previs- dos sessenta dias de sua publicação oficial.
tos, com o fim de atingir as metas fixadas para cada
um dos Estados e para o Distrito Federal. Brasília, 11 de janeiro de 2018;
§ 14 A partir da análise de desempenho a que 197º da Independência e 130º da República.
se refere o § 7º deste artigo, o CONTRAN elaborará Michel Temer
e divulgará, também durante a Semana Nacional de
Trânsito:

LEI 13.804, DE 10.01.2019


Dispõe sobre medidas de prevenção e repressão ao
contrabando, ao descaminho, ao furto, ao roubo e à re-
ceptação; altera as Leis 9.503, de 23.09.1997 (Código
de Trânsito Brasileiro), e 6.437, de 20.08.1977.
O Presidente da República. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre medidas de artigo, poderá o juiz, em qualquer fase da investiga-
prevenção e repressão ao contrabando, ao descami- ção ou da ação penal, se houver necessidade para a
nho, ao furto, ao roubo e à receptação. garantia da ordem pública, como medida cautelar, de
Art. 2º. A Lei 9.503, de 23.09.1997 (Código ofício, ou a requerimento do Ministério Público ou
de Trânsito Brasileiro), passa a vigorar acrescida do ainda mediante representação da autoridade policial,
seguinte art. 278-A: decretar, em decisão motivada, a suspensão da per-
“Art. 278-A. O condutor que se utilize de veí- missão ou da habilitação para dirigir veículo automo-
culo para a prática do crime de receptação, descami- tor, ou a proibição de sua obtenção.”
nho, contrabando, previstos nos arts. 180, 334 e 334-A Art. 3º. (VETADO).
do Decreto-Lei 2.848, de 07.12.1940 (Código Penal), Art. 4º. (VETADO).
condenado por um desses crimes em decisão judicial Art. 5º. (VETADO).
transitada em julgado, terá cassado seu documento Art. 6º. Esta Lei entra em vigor na data de
de habilitação ou será proibido de obter a habilitação sua publicação, exceto os arts. 3º e 4º, que entram
para dirigir veículo automotor pelo prazo de 5 (cinco) em vigor após decorridos 120 (cento e vinte) dias de
anos. sua publicação oficial.
§ 1º O condutor condenado poderá requerer
sua reabilitação, submetendo-se a todos os exames Brasília, 10 de janeiro de 2019;
necessários à habilitação, na forma deste Código. 198º da Independência e 131º da República.
§ 2º No caso do condutor preso em flagrante
Jair Messias Bolsonaro
na prática dos crimes de que trata o caput deste
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 17

DECRETOS

DECRETO 96.044, DE 18.05.1988


Aprova o regulamento para o transporte rodoviário de
produtos perigosos, e dá outras providências

Art. 3º. Os veículos utilizados no transporte


CAPÍTULO I de produto perigoso deverão portar o conjunto de
DAS DISPOSIÇÕES equipamentos para situações de emergência indicado
PRELIMINARES por Norma Brasileira ou, na inexistência desta, o
Art. 1º. O transporte, por via pública, de recomendado pelo fabricante do produto.
produto que seja perigoso ou represente risco para Art. 4º. Os veículos e equipamentos (como
a saúde de pessoas, para a segurança pública ou tanques e “conteineres”) destinados ao transporte de
para o meio ambiente, fica submetido às regras e produto perigoso a granel deverão ser fabricados de
procedimentos estabelecidos neste Regulamento, acordo com as Normas Brasileiras ou, na inexistência
sem prejuízo do disposto, em Legislação e discipli- destas, com norma intencionalmente aceita.
na peculiar a cada produto. § 1º O Instituto Nacional de Metrologia, Normali-
§ 1º Para os efeitos deste Regulamento é zação e Qualidade Industrial – INMETRO, ou entidade por
produto perigoso e relacionado em portaria do Minis- ele credenciada, atestará a adequação dos veículos e
tro dos Transportes. equipamentos ao transporte de produto perigoso, nos
§ 2º No transporte de produto explosivo e de termos dos seus regulamentos técnicos.
substância radioativa serão observadas, também, as § 2º Sem prejuízo das vistorias periódicas pre-
normas específicas do Ministério do Exército e da vistas na legislação de trânsito, os veículos e equipa-
Comissão Nacional de Energia Nuclear, respectivamente. mentos de que trata este artigo serão vistoriados, em
periodicidade não superior a 3 (três) anos, pelo INME-
CAPÍTULO II TRO ou entidade por ele credenciada, de acordo com
DAS CONDIÇÕES DO instruções e cronologia estabelecidos pelo próprio
TRANSPORTE INMETRO, observados os prazos e rotinas recomenda-
das pelas normas de fabricação ou inspeção, fazendo-
SEÇÃO I
se as devidas anotações no “Certificado de Capacita-
Dos Veículos e dos
ção para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel”
Equipamentos de que trata o item I do art. 22.
Art. 2º. Durante as operações de carga, § 3º Os veículos e equipamentos referidos no
transporte, descarga, transbordo, limpeza e descon- parágrafo anterior, quando acidentados ou avariados,
taminação os veículos e equipamentos utilizados no deverão ser vistoriados e testados pelo INMETRO ou
transporte de produto perigoso deverão portar rótulos entidade pelo mesmo credenciada, antes de retorna-
de risco e painéis de segurança específicos, de rem à atividade.
acordo com as NBR 7500 e NBR-8286. Art. 5º. Para o transporte de produto perigoso
Parágrafo único. Após as operações de lim- a granel os veículos deverão estar equipados com
peza e completa descontaminação dos veículos e tacógrafo, ficando os discos utilizados à disposição
equipamentos, os rótulos de risco e painéis de do expedidor, do contratante, do destinatário e das
segurança serão retirados. autoridades com jurisdição sobre as vias, durante 3
18 Ordeli Savedra Gomes

(três) meses, salvo no caso de acidente, hipótese em mente povoadas ou de proteção de mananciais,
que serão conservados por 1 (um) ano. reservatórios de água ou reservas florestais e ecoló-
gicas, ou que delas sejam próximas.
SEÇÃO II
Art. 10. O expedidor informará anualmente ao
Da Carga e seu
Departamento Nacional de Estradas de Rodagem –
Acondicionamento
DNER os fluxos de transporte de produtos perigosos
Art. 6º. O produto perigoso fracionado deverá ser que embarcar com regularidade, especificando:
acondicionado de forma a suportar os riscos de carre- I – classe do produto e quantidades transpor-
gamento, transporte, descarregamento e transbordo, tadas;
sendo o expedidor responsável pela adequação do
II – pontos de origem e destino.
acondicionamento segundo especificações do fabricante.
§ 1º As informações ficarão à disposição dos
§ 1º No caso de produto importado, o impor-
órgãos e entidades do meio ambiente, da defesa civil
tador será o responsável pela observância ao que
e das autoridades com jurisdição sobre as vias.
preceitua este artigo, cabendo lhe adotar as provi-
dências necessárias junto ao fornecedor estrangeiro. § 2º Com base nas informações de que trata
este artigo, o Ministério dos Transportes, com a
§ 2º No transporte de produto perigoso fraci-
colaboração do DNER e de órgãos e entidades públi-
onado, também as embalagens externas deverão
cas e privadas, determinará os critérios técnicos de
estar rotuladas, etiquetadas e marcadas de acordo
seleção dos produtos para os quais solicitará infor-
com a correspondente classificação e o tipo de risco.
mações adicionais, como frequência de embarques,
Art. 7º. É proibido o transporte, no mesmo ve- formas de acondicionamento e itinerário, incluindo as
ículo ou contêiner, de produto perigoso com outro principais vias percorridas.
tipo de mercadoria, ou com outro produto perigoso,
Art. 11. As autoridades com jurisdição sobre
salvo se houver compatibilidade entre os diferentes
as vias poderão determinar restrições ao seu uso, ao
produtos transportados. (Artigo alterado pelo Decreto
longo de toda a sua extensão ou parte dela, sinali-
4.097/02)
zando os trechos restritos e assegurando percurso
§ 1º Consideram-se incompatíveis, para fins alternativo, assim como estabelecer locais e períodos
de transporte conjunto, produtos que, postos em com restrição para estacionamento, parada, carga e
contato entre si, apresentem alterações das caracte- descarga.
rísticas físicas ou químicas originais de qualquer
Art. 12. Caso a origem ou o destino de produ-
deles, gerando risco de provocar explosão, despren-
to perigoso exigir o uso de via restrita, tal fato deverá
dimento de chama ou calor, formação de compostos,
ser comprovado pelo transportador perante a autori-
misturas, vapores ou gases perigosos.
dade com jurisdição sobre a mesma, sempre que
§ 2º É proibido o transporte de produtos peri- solicitado.
gosos, com risco de contaminação, juntamente com
Art. 13. O itinerário deverá ser programado de
alimentos, medicamentos ou objetos destinados a
forma a evitar a presença de veículo transportando
uso humano ou animal ou, ainda, com embalagens de
produto perigoso em vias de grande fluxo de trânsito,
mercadorias destinadas ao mesmo fim.
nos horários de maior intensidade de tráfego.
§ 3º É proibido o transporte de animais jun-
tamente com qualquer produto perigoso. SEÇÃO IV
§ 4º Para aplicação das proibições de carrega- Do Estacionamento
mento comum, previstas neste artigo, não serão consi- Art. 14. O veículo transportando produto peri-
derados os produtos colocados em pequenos cofres de goso só poderá estacionar para descanso ou pernoite
carga distintos, desde que estes assegurem a impossi- em áreas previamente determinadas pelas autorida-
bilidade de danos a pessoas, mercadorias ou ao meio des competentes e, na inexistência de tais áreas,
ambiente. deverá evitar o estacionamento em zonas residenci-
Art. 8º. É vedado transportar produtos para ais, logradouros públicos ou locais de fácil acesso ao
uso humano ou animal em tanques de carga destina- público, áreas densamente povoadas ou de grande
dos ao transporte de produtos perigosos a granel. concentração de pessoas ou veículos.
§ 1º Quando, por motivo de emergência, pa-
SEÇÃO III
rada técnica, falha mecânica ou acidente o veículo
Do Itinerário parar em local não autorizado, deverá permanecer
Art. 9º. O veículo que transportar produto pe- sinalizado e sob a vigilância de seu condutor ou de
rigoso deverá evitar o uso de vias em áreas densa- autoridade local, salvo se a sua ausência for impres-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 19

cindível para a comunicação do fato, pedido de so- Art. 21. Todo o pessoal envolvido na opera-
corro ou atendimento médico. ção de transbordo de produto perigoso a granel re-
§ 2º Somente em caso de emergência o veí- ceberá treinamento específico.
culo poderá estacionar ou parar nos acostamentos
das rodovias.
SEÇÃO VI
SEÇÃO V Da Documentação
Do Pessoal Envolvido na Art. 22. Sem prejuízo do disposto na legislação
Operação do Transporte fiscal, de transporte, de trânsito e relativa ao produto
Art. 15. O condutor de veículo utilizado no transportado, os veículos que estejam transportando
transporte de produto perigoso, além das qualifica- produto perigoso ou os equipamentos relacionados com
ções e habilitações previstas na legislação de trânsi- essa finalidade, só poderão circular pelas vias públicas
to, deverá receber treinamento específico, segundo portando os seguintes documentos:
programa a ser aprovado pelo Conselho Nacional de I – Certificado de Capacitação para o Trans-
Trânsito – CONTRAN, por proposta do Ministério dos porte de Produtos Perigosos a Granel do veículo e
Transportes. dos equipamentos, expedido pelo INMETRO ou
Art. 16. O transportador, antes de mobilizar o entidade por ele credenciada;
veículo, deverá inspecioná-lo, assegurando-se de II – Documento Fiscal do produto transporta-
suas perfeitas condições para o transporte para o do, contendo as seguintes informações:
qual é destinado e com especial atenção para o a) número e nome apropriado para embarque;
tanque, carroçaria e demais dispositivo que possam
b) classe e, quando for o caso, subclasse à
afetar a segurança da carga transportada.
qual o produto pertence;
Art. 17. O condutor, durante a viagem, é o
c) declaração assinada pelo expedidor de que
responsável pela guarda, conservação e bom uso dos
o produto está adequadamente acondicionado para
equipamentos e acessórios do veículo, inclusive os
suportar os riscos normais de carregamento, descar-
exigidos em função da natureza específica dos
regamento e transporte, conforme a regulamentação
produtos transportados.
em vigor.
Parágrafo único. O condutor deverá exami-
III – Ficha de Emergência e Envelope para o
nar, regularmente e em local adequado, as condições
Transporte, emitidos pelo expedidor, de acordo com
gerais do veículo, verificando, inclusive, a existência
as NBR-7503, NBR-7504 e NBR-8285, preenchidos
de vazamento, o grau de aquecimento e as demais
conforme instruções fornecidas pelo fabricante ou
condições dos pneus do conjunto transportador.
importador do produto transportado, contendo:
Art. 18. O condutor interromperá a viagem e
a) orientação do fabricante do produto quanto
entrará em contato com a transportadora, autorida-
ao que deve ser feito e como fazer em caso de
des ou a entidade cujo telefone esteja listado no
emergência, acidente ou avaria; e
Envelope para o Transporte, quando ocorrerem
alterações nas condições de partida, capazes de b) telefone de emergência da corporação de
colocar em risco a segurança de vidas, de bens ou do bombeiros e dos órgãos de policiamento do trânsito,
meio ambiente. da defesa civil e do meio ambiente ao longo do
itinerário.
Art. 19. O condutor não participará das ope-
rações de carregamento, descarregamento e trans- § 1º É admitido o Certificado Internacional de
bordo da carga, salvo se devidamente orientado e Capacitação dos Equipamentos para o Transporte de
autorizado pelo expedidor ou pelo destinatário, e com Produtos Perigosos a Granel.
a anuência do transportador. § 2º O Certificado de Capacitação para o
Art. 20. Todo o pessoal envolvido nas opera- Transporte de Produtos Perigosos a Granel perderá a
ções de carregamento, descarregamento e transbor- validade quando o veículo ou o equipamento:
do de produto perigoso usará traje e equipamento de a) tiver suas características alteradas;
proteção individual, conforme normas e instruções b) não obtiver aprovação em vistoria ou
baixadas pelo Ministério do Trabalho. inspeção;
Parágrafo único. Durante o transporte o con- c) não for submetido à vistoria ou inspeção
dutor do veículo usará o traje mínimo obrigatório, nas épocas estipuladas; e
ficando desobrigado do uso de equipamentos de d) acidentado, não for submetido a nova vis-
proteção individual. toria após sua recuperação.
20 Ordeli Savedra Gomes

§ 3º As vistorias e inspeções serão objeto de rápido, detalhando a ocorrência, o local, as classes e


laudo técnico e registradas no Certificado de Capaci- quantidades dos materiais transportados.
tação previsto no item I deste artigo. Art. 25. Em razão da natureza, extensão e ca-
§ 4º O Certificado de Capacitação para o racterísticas da emergência, a autoridade que aten-
Transporte de Produtos Perigosos a Granel não exime der ao caso determinará ao expedidor ou ao fabrican-
o transportador da responsabilidade por danos te do produto a presença de técnicos ou pessoal
causados pelo veículo, equipamento ou produto especializado.
perigoso, assim como a declaração de que trata a Art. 26. O contrato de transporte deverá de-
alínea “c”, do item II, deste artigo, não isenta o signar quem suportará as despesas decorrentes da
expedidor da responsabilidade pelos danos causados assistência de que trata o artigo anterior.
exclusivamente pelo produto perigoso, quando Parágrafo único. No silêncio do contrato o
agirem com imprudência, imperícia ou negligência. ônus será suportado pelo transportador.
SEÇÃO VII Art. 27. Em caso de emergência, acidente ou
Do Serviço de avaria o fabricante, o transportador, o expedidor e o
Acompanhamento Técnico destinatário do produto perigoso darão o apoio e
Especializado prestarão os esclarecimentos que lhes forem solici-
Art. 23. O transporte rodoviário de produto tados pelas autoridades públicas.
perigoso que, em função das características do caso, Art. 28. As operações de transbordo em con-
seja considerado como oferecendo risco por demais dições de emergência deverão ser executadas em
elevado, será tratado como caso especial, devendo conformidade com a orientação do expedidor ou
seu itinerário e sua execução serem planejados e fabricante do produto e, se possível, com a presença
programados previamente, com participação do de autoridade pública.
expedidor, do contratante do transporte, do transpor- § 1º Quando o transbordo for executado em
tador, do destinatário, do fabricante ou importador do via pública deverão ser adotadas as medidas de
produto, das autoridades com jurisdição sobre as resguardo ao trânsito.
vias a serem utilizadas e do competente órgão do § 2º Quem atuar nessas operações deverá
meio ambiente, podendo ser exigido acompanhamen- utilizar os equipamentos de manuseio e de proteção
to técnico especializado (art. 50, I). individual recomendados pelo expedidor ou fabricante
§ 1º O acompanhamento técnico especializa- do produto.
do disporá de viaturas próprias, tripuladas por ele- § 3º No caso de transbordo de produtos a
mentos devidamente treinados e equipados para granel o responsável pela operação deverá ter rece-
ações de controle de emergência e será promovido, bido treinamento específico.
preferencialmente, pelo fabricante ou o importador do
produto, o qual, em qualquer hipótese, fornecerá CAPÍTULO IV
orientação e consultoria técnica para o serviço. DOS DEVERES, OBRIGAÇÕES E
§ 2º As viaturas de que trata o parágrafo pre- RESPONSABILIDADES
cedente deverão portar, durante o acompanhamento, SEÇÃO I
os documentos mencionados no item III do art. 22 e Do Fabricante e do
os equipamentos para situações de emergência a que Importador
se refere o art. 3º. Art. 29. O fabricante de equipamento desti-
CAPÍTULO III nado ao transporte de produto perigoso responde
DOS PROCEDIMENTOS EM CA- penal e civilmente por sua qualidade e adequação ao
SO DE EMERGÊNCIA, fim a que se destina.
ACIDENTE OU AVARIA Parágrafo único. Para os fins do disposto no
art. 22, item I, cumpre ao fabricante fornecer ao INME-
Art. 24. Em caso de acidente, avaria ou outro
TRO as informações relativas ao início da fabricação e
fato que obrigue a imobilização de veículo transpor-
destinação específica dos equipamentos.
tando produto perigoso, o condutor adotará as
medidas indicadas na Ficha de Emergência e no Art. 30. O fabricante de produto perigoso for-
Envelope para o Transporte correspondentes a cada necerá ao expedidor:
produto transportado, dando ciência à autoridade de I – informações relativas aos cuidados a se-
trânsito mais próxima, pelo meio disponível mais rem tomados no transporte e manuseio do produto,
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 21

assim como as necessárias ao preenchimento da SEÇÃO III


Ficha de Emergência; e Do Transportador
II – especificações para o acondicionamento Art. 38. Constituem deveres e obrigações do
do produto e, quando for o caso, a relação do conjun- transportador:
to de equipamentos a que se refere o art. 3º. I – dar adequada manutenção e utilização aos
Art. 31. No caso de importação, o importador veículos e equipamentos;
do produto perigoso assume, em território brasileiro, II – fazer vistoriar as condições de funciona-
os deveres, obrigações e responsabilidades do mento e segurança do veículo e equipamento, de
fabricante. acordo com a natureza da carga a ser transportada,
na periodicidade regulamentar;
SEÇÃO II
Do Contratante, do III – fazer acompanhar, para ressalva das res-
Expedidor e do Destinatário ponsabilidades pelo transporte, as operações execu-
tadas pelo expedidor ou destinatário de carga, des-
carga e transbordo, adotando as cautelas necessárias
Art. 32. O contratante do transporte deverá para prevenir riscos à saúde e integridade física de
exigir do transportador o uso de veículo e equipamen- seus prepostos e ao meio ambiente;
to em boas condições operacionais e adequados para IV – transportar produtos a granel de acordo
a carga a ser transportada, cabendo ao expedidor, com o especificado no “Certificado de Capacitação
antes de cada viagem, avaliar as condições de para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel”
segurança. (art. 22, I);
Art. 33. Quando o transportador não os pos- V – requerer o Certificado de Capacitação pa-
suir, deverá o contratante fornecer os equipamentos ra o Transporte de Produtos Perigosos a Granel,
necessários às situações de emergência, acidente ou quando for o caso, e exigir do expedidor os documen-
avaria, com as devidas instruções do expedidor para tos de que tratam os itens II e III do art. 22;
sua utilização. VI – providenciar para que o veículo porte o
Art. 34. O expedidor é responsável pelo conjunto de equipamentos necessários às situações
acondicionamento do produto a ser transportado, de de emergência, acidente ou avaria (art. 3º), assegu-
acordo com as especificações do fabricante. rando-se do seu bom funcionamento;
Art. 35. No carregamento de produtos perigo- VII – instruir o pessoal envolvido na operação
sos o expedidor adotará todas as precauções relati- de transporte quanto à correta utilização dos equipa-
vas à preservação dos mesmos, especialmente mentos necessários às situações de emergência,
quanto à compatibilidade entre si (art. 7º). acidente ou avaria, conforme as instruções do expedi-
Art. 36. O expedidor exigirá do transportador dor;
o emprego dos rótulos de risco e painéis de seguran- VIII – zelar pela adequada qualificação profis-
ça correspondentes aos produtos a serem transpor- sional do pessoal envolvido na operação de trans-
tados, conforme disposto no art. 2º. porte, proporcionando-lhe treinamento específico,
Parágrafo único. O expedidor entregará ao exames de saúde periódicos e condições de traba-
transportador os produtos perigosos fracionados lho conforme preceitos de higiene, medicina e
devidamente rotulados, etiquetados e marcados, bem segurança do trabalho;
assim os rótulos de risco e os painéis de segurança IX – fornecer a seus prepostos os trajes e
para uso nos veículo, informando ao condutor as equipamentos de segurança no trabalho, de acordo
características dos produtos a serem transportados. com as normas expedidas pelo Ministério do Traba-
Art. 37. São de responsabilidade: lho, zelando para que sejam utilizados nas operações
de transporte, carga, descarga e transbordo;
I – do expedidor, as operações de carga;
X – providenciar a correta utilização, nos veí-
II – do destinatário, as operações de descarga. culos e equipamentos, dos rótulos de risco e painéis
§ 1º Ao expedidor e ao destinatário cumpre de segurança adequados aos produtos transportados;
orientar e treinar o pessoal empregado nas atividades XI – realizar as operações de transbordo ob-
referidas neste artigo. servando os procedimentos e utilizando os equipa-
§ 2º Nas operações de carga e descarga, cui- mentos recomendados pelo expedidor ou fabricante
dados especiais serão adotados, especialmente do produto;
quanto à amarração da carga, a fim de evitar danos, XII – assegurar-se de que o serviço de acom-
avarias ou acidentes. panhamento técnico especializado preenche os re-
22 Ordeli Savedra Gomes

quisitos deste Regulamento e das instruções especí- II – o descarregamento e a transferência dos


ficas existentes (art. 23); produtos para outro veículo ou para local seguro;
XIII – dar orientação quanto à correta estiva- III – a eliminação da periculosidade da carga
gem da carga no veículo, sempre que, por acordo ou a sua destruição, sob a orientação do fabricante
com o expedidor, seja corresponsável pelas opera- ou do importador do produto e, quando possível, com
ções de carregamento e descarregamento. a presença do representante da seguradora.
Parágrafo único. Se o transportador receber § 1º As providências de que trata este artigo
a carga lacrada ou for impedido, pelo expedidor ou serão adotadas em função do grau e natureza do
destinatário, de acompanhar carga e descarga, ficará risco, mediante avaliação técnica e, sempre que
desonerado da responsabilidade por acidente ou possível, acompanhamento do fabricante ou importa-
avaria decorrentes do mau acondicionamento da dor do produto, contratante, expedidor, transportador,
carga. representante da Defesa Civil e de órgão do meio
Art. 39. Quando o transporte for realizado por ambiente.
transportador comercial autônomo, os deveres e § 2º Enquanto retido, o veículo permanecerá
obrigações a que se referem os itens VI a XI do artigo sob a guarda da autoridade, sem prejuízo da respon-
anterior constituem responsabilidade de quem o tiver sabilidade do transportador pelos fatos que deram
contratado. origem à retenção.
Art. 40. O transportador é solidariamente CAPÍTULO VI
responsável com o expedidor na hipótese de rece-
DAS INFRAÇÕES E
ber, para transporte, produtos cuja embalagem
PENALIDADES
apresente sinais de violação, deterioração, mau
estado de conservação ou de qualquer forma Art. 43. A inobservância das disposições des-
infrinja o precei-tuado neste Regulamento e demais te Regulamento e Instruções complementares refe-
normas ou instruções aplicáveis. rentes ao transporte de produto perigoso sujeita o
infrator a:
CAPÍTULO V I – multa até o valor máximo de 100 (cem)
DA FISCALIZAÇÃO Obrigações do Tesouro Nacional – OTN.
Art. 41. A fiscalização para a observância deste II – cancelamento do registro de que trata a
Regulamento e de suas instruções complementares Lei 7.092, de 19.04.1983.
incumbe ao Ministério dos Transportes, sem prejuízo § 1º A aplicação da multa compete à autori-
da competência das autoridades com jurisdição sobre dade com jurisdição sobre a via onde a infração foi
a via por onde transite o veículo transportador. cometida.
Parágrafo único. A fiscalização compreenderá: § 2º Ao infrator passível de multa é assegurada
defesa, previamente ao recolhimento desta, perante a
a) exame dos documentos de porte obrigató-
autoridade com jurisdição sobre a via, no prazo de 30
rio (art. 22);
(trinta) dias, contados da data da autuação.
b) adequação dos rótulos de risco e painéis
de segurança (art. 2º), bem assim dos rótulos e § 3º Da decisão que aplicar a penalidade de
multa, cabe recurso com efeito suspensivo a ser
etiquetas das embalagens (art. 6º, § 2º), ao produto
interposto na instância superior do órgão autuante,
especificado no Documento Fiscal; e
no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data em que
c) verificação da existência de vazamento no
o infrator for notificado, observados os procedimen-
equipamento de transporte de carga a granel e, em
tos peculiares a cada órgão.
se tratando de carga fracionada, sua arrumação e
§ 4º A aplicação da penalidade de cancela-
estado de conservação das embalagens.
mento no Registro Nacional dos Transportadores
Art. 42. Ao ter conhecimento de veículo trafe-
Rodoviários – RTB compete ao Ministro dos Trans-
gando em desacordo com o que preceitua este Regu-
portes, mediante proposta justificada do DNER ou da
lamento, a autoridade com jurisdição sobre a via
autoridade com jurisdição sobre a via.
deverá retê-lo imediatamente, liberando-o só após
sanada a infração, podendo, se necessário, determinar: § 5º O infrator será notificado do envio da
proposta de que trata o parágrafo anterior bem assim
I – a remoção do veículo para local seguro,
dos seus fundamentos, podendo apresentar defesa
podendo autorizar o seu deslocamento para local
perante o Ministro dos Transportes no prazo de 30
onde possa ser corrigida a irregularidade;
(trinta) dias.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 23

§ 6º Da decisão que aplicar a penalidade de a) transportar carga mal estivada;


cancelamento de registro no RTB cabe pedido de b) transportar produto perigoso em veículo
reconsideração a ser interposto no prazo de 30 (trinta) desprovido de equipamento para situação de emer-
dias, contados da data da notificação do infrator. gência e proteção individual;
§ 7º Para o efeito de averbação no registro do c) transportar produto perigoso desacompa-
infrator, as autoridades com jurisdição sobre as vias nhado de Certificado de Capacitação para o Transpor-
comunicarão ao DNER as penalidades aplicadas em te de Produtos Perigosos a Granel (art. 22, I);
suas respectivas jurisdições. d) transportar produto perigoso desacompa-
Art. 44. As infrações punidas com multa nhado de declaração de responsabilidade do expedi-
classificam-se, de acordo com a sua gravidade, em 3 dor (art. 22, II, “c”), aposta no Documento Fiscal;
(três) grupos: e) transportar produto perigoso desacompa-
I – Primeiro Grupo: as que serão punidas com nhado de Ficha de Emergência e Envelope para o
multa de valor equivalente a 100 (cem) OTN; Transporte (art. 22, III);
II – Segundo Grupo: as que serão punidas com f) transportar produto perigoso sem utilizar,
multa de valor equivalente a 50 (cinquenta) OTN; e nas embalagens e no veículo, rótulos de risco e
III – Terceiro Grupo: as que serão punidas painéis de segurança em bom estado e correspon-
com multa de valor equivalente a 20 (vinte) OTN. dentes ao produto transportado;
§ 1º Na reincidência específica, a multa será g) circular em vias públicas nas quais não se-
aplicada em dobro. ja permitido o trânsito de veículos transportando
§ 2º Cometidas, simultaneamente, 2 (duas) produto perigoso; e
ou mais infrações de natureza diversa, aplicar-se-ão, h) não dar imediata ciência da imobilização do
cumulativamente, as penalidades correspondentes a veículo em caso de emergência, acidente ou avaria.
cada uma. Parágrafo único. Será cancelado o registro
Art. 45. Ao transportador serão aplicadas as do transportador que, no período de 12 (doze) meses,
seguintes multas: for punido com 6 (seis) multas do Primeiro Grupo.
I – Primeiro Grupo, quando: Art. 46. Ao expedidor serão aplicadas as se-
a) transportar produto cujo deslocamento rodo- guintes multas:
viário seja proibido pelo Ministério dos Transportes; I – Primeiro Grupo, quando:
b) transportar produto perigoso a granel que a) embarcar no veículo produtos incompatí-
não conste do Certificado de Capacitação; veis entre si;
c) transportar produto perigoso a granel em veí- b) embarcar produto perigoso não constante
culo desprovido de Certificado de Capacitação válido; do Certificado de Capacitação do veículo ou equipa-
d) transportar, juntamente com produto peri- mento ou estando esse Certificado vencido;
goso, pessoas, animais, alimentos ou medicamentos
c) não lançar no Documento Fiscal as infor-
destinados ao consumo humano ou animal, ou, ainda,
mações de que trata o item II do art. 22;
embalagens destinadas a estes bens; e
d) expedir produto perigoso mal acondiciona-
e) transportar produtos incompatíveis entre si,
do ou com embalagens em más condições; e
apesar de advertido pelo expedidor.
e) não comparecer ao local do acidente quan-
II – Segundo Grupo, quando:
do expressamente convocado pela autoridade com-
a) não der manutenção ao veículo ou ao seu petente (art. 25).
equipamento;
II – Segundo Grupo, quando:
b) estacionar ou parar com inobservância ao
a) embarcar produto perigoso em veículo que
preceituado no art. 14;
não disponha de conjunto de equipamentos para
c) transportar produtos cujas embalagens se
situação de emergência e proteção individual;
encontrem em más condições;
b) não fornecer ao transportador a Ficha de
d) não adotar, em caso de acidente ou avaria,
Emergência e o Envelope para o Transporte;
as providências constantes da Ficha de Emergência e
do Envelope para o Transporte; e c) embarcar produto perigoso em veículo que
e) transportar produto a granel sem utilizar o não esteja utilizando rótulos de risco e painéis de
tacógrafo ou não apresentar o disco à autoridade segurança, afixados nos locais adequados;
competente, quando solicitado. d) expedir carga fracionada com embalagem
III – Terceiro Grupo, quando: externa desprovida dos rótulos de risco específicos;
24 Ordeli Savedra Gomes

e) embarcar produto perigoso em veículo ou Art. 50. É da exclusiva competência do Minis-


equipamento que não apresente adequadas condi- tro dos Transportes:
ções de manutenção; e I – estabelecer quando as circunstâncias téc-
f) não prestar os necessários esclarecimentos nicas o exijam, medidas especiais de segurança no
técnicos em situações de emergência ou acidentes, transporte rodoviário, inclusive determinar acompa-
quando solicitado pelas autoridades. nhamento técnico especializado;
Art. 47. A aplicação das penalidades estabe- II – proibir o transporte rodoviário de cargas ou
lecidas neste Regulamento não exclui outras previs- produtos considerados tão perigosos que não devam
tas em legislação específica, nem exonera o infrator transitar por vias públicas, determinando, em cada caso,
das cominações civis e penais cabíveis. a modalidade de transporte mais adequada;
CAPÍTULO VII III – dispensar, no todo ou em parte, a obser-
vância deste Regulamento quando, dada a quantida-
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
de de produtos perigosos a serem transportados, a
Art. 48. Para a uniforme e generalizada apli- operação não ofereça riscos significativos.
cação deste Regulamento e dos preceitos nele Art. 51. Compete ao transportador a contra-
estabelecidos, o Ministério dos Transportes estimula- tação do seguro decorrente da execução do contrato
rá a cooperação com órgãos e entidades públicas ou de transporte de produto perigoso.
privadas mediante troca de experiências, consultas e
Art. 52. Aplica-se o presente Regulamento ao
execução de pesquisas, com a finalidade, inclusive,
transporte internacional de produto perigoso em
de complementação ou alteração deste Regulamento.
território brasileiro, observadas, no que couber, as
Art. 49. Integram o presente Regulamento, disposições constantes de acordos, convênios ou
como Anexos, as NBR-7500, NBR-7503, NBR-7504, tratados ratificados pelo Brasil.
NBR-8285 e NBR-8286.

DECRETO 1.787, DE 12.01.1996


Dispõe sobre a utilização de gás natural para fins auto-
motivos, e dá outras providências.
O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inc. IV, da Constituição, DECRETA:
Art. 1º. Fica autorizada a utilização de gás na- comerciais, em conformidade com as normas específi-
tural em veículos automotores e motores estacioná- cas baixadas pelo Ministério de Minas e Energia.
rios, nas regiões onde o referido combustível for § 1º A atividade de revenda no varejo do pro-
disponível, obedecidas as normas e os procedimen- duto de que trata este Decreto será exercida em
tos aplicáveis ao comércio deste combustível, esta- estabelecimento denominado Posto Revendedor de
belecidos em portaria do Ministro de Estado de Gás Natural Veicular – PR/GNV.
Minas e Energia. § 2º É facultado, na área ocupada pelo Posto
§ 1º Os veículos automotores e motores es- Revendedor de Gás Natural Veicular, o desempenho da
tacionários deverão estar registrados e licenciados na atividade de Revendedor Varejista de combustíveis
forma da legislação vigente e possuir características líquidos derivados de petróleo e álcool combustível, bem
apropriadas para receber, armazenar e consumir o como de outras atividades comerciais e de prestação de
Gás Natural Veicular – GNV. serviços, na forma da legislação em vigor.
§ 2º Entende-se por características apropriadas Art. 3º. A atividade de revenda em varejo de
o atendimento das exigências técnicas, de segurança e Gás Natural Veicular é considerada de utilidade
ambientais, editadas pelo Departamento Nacional de pública e caracteriza-se pela aquisição do produto da
Combustíveis – DNC, Instituto Nacional de Metrologia, Distribuidora e sua comercialização.
Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, Art. 4º. Este Decreto entra em vigor na data
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, de sua publicação.
Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN e Brasília, 12 de janeiro de 1996.
Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA.
Fernando Henrique Cardoso
Art. 2º. A atividade de Revendedor Varejista de
Gás Natural Veicular poderá ser exercida por firmas
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 25

DECRETO 2.613, DE 03.06.1998


Regulamenta o art. 4º da Lei 9.602, de 21.01.1998, que
trata do Fundo Nacional de Segurança e Educação de
Trânsito – FUNSET, e dá outras providências. Regula-
menta o art. 4º da Lei 9.602, de 21.01.1998, que trata
do Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsi-
to – FUNSET, e dá outras providências.
O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inc. IV, da Constituição, e ten-
do em vista o disposto no art. 320 da Lei 9.503, de 23.09.1997, e nos arts. 4º, 5º e 6º da Lei 9.602, de
21.01.1998, DECRETA:
Art. 1º. O Fundo Nacional de Segurança e jetivando o combate à violência no trânsito e median-
Educação de Trânsito – FUNSET, a que se refere o te a promoção, coordenação e execução do controle
art. 4º da Lei 9.602, de 21.01.1998, tem por finalida- de ações para a preservação do ordenamento e da
de custear as despesas do Departamento Nacional de segurança do trânsito;
Trânsito – DENATRAN, relativas à operacionalização V – na supervisão da implantação de projetos
da segurança e educação de trânsito. e programas relacionados com a engenharia, educa-
Art. 2º. A gestão do FUNSET caberá ao DE- ção, administração, policiamento e fiscalização do
NATRAN, por força do disposto no art. 5º da Lei trânsito, visando à uniformidade de procedimentos
9.602, de 1998, conforme competência atribuída pelo para segurança e educação de trânsito;
inc. XII do art. 19 da Lei 9.503, de 23.09.1997. VI – na implementação, informatização e ma-
nutenção do fluxo permanente de informações com
Art. 3º. Constituem recursos do FUNSET:
os demais órgãos do Sistema Nacional de Trânsito e
I – o percentual de cinco por cento do valor no controle dos componentes do trânsito;
das multas de trânsito arrecadadas, estabelecido pelo VII – na elaboração e implementação de pro-
parágrafo único do art. 320 da Lei 9.503, de 1997, gramas de educação de trânsito, distribuição de
aplicadas pela União, pelos Estados, pelo Distrito conteúdos programáticos para a educação de trânsi-
Federal e pelos Municípios; to e promoção e divulgação de trabalhos técnicos
II – as dotações específicas consignadas na sobre trânsito;
Lei de Orçamento ou em créditos adicionais; VIII – na promoção da realização de reuniões
III – as doações ou patrocínios de organismos ou regionais e congressos nacionais de trânsito, bem
entidades nacionais, internacionais ou estrangeiras, de como na representação do Brasil em congressos ou
pessoas físicas ou jurídicas nacionais ou estrangeiras; reuniões internacionais relacionados com a seguran-
IV – o produto da arrecadação de juros de ça e educação de trânsito;
mora e atualização monetária incidentes sobre o valor IX – na elaboração e promoção de projetos e
das multas no percentual previsto no inc. I deste programas de formação, treinamento e especializa-
artigo; ção do pessoal encarregado da execução das ativi-
V – o resultado das aplicações financeiras dos dades de engenharia, educação, informatização,
policiamento ostensivo, fiscalização, operação e
recursos;
administração de trânsito;
VI – a reversão dos saldos não aplicados;
X – na organização e manutenção de modelo
VII – outras receitas que lhe forem atribuídas padrão de coleta de informações sobre as ocorrên-
por lei. cias e os acidentes de trânsito;
Art. 4º. Os recursos do FUNSET serão aplicados: XI – na implementação de acordos de coope-
I – no planejamento e na execução de progra- ração com organismos internacionais com vista ao
mas, projetos e ações de modernização, aparelhamento aperfeiçoamento das ações inerentes à segurança e
e aperfeiçoamento das atividades do DENATRAN educação de trânsito.
relativas à educação e segurança de trânsito; § 1º Para os efeitos da aplicação dos recur-
II – para cumprir e fazer cumprir a legislação sos do FUNSET, consideram-se operacionalização da
de trânsito no âmbito de suas atribuições; segurança e educação de trânsito as atividades
Ill – na supervisão, coordenação, correição, con- necessárias ao planejamento, manutenção, execu-
trole e fiscalização da execução da Política Nacional de ção, organização, aperfeiçoamento e avaliação do
Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; Sistema Nacional de Trânsito.
IV – na articulação entre os órgãos dos Sis- § 2º As despesas a que se refere o inc. VIII
temas Nacional de Trânsito, de Transporte e de Se- deste artigo não poderão ser superiores a dois por
gurança Pública, por intermédio do DENATRAN, ob- cento da receita total do FUNSET.
26 Ordeli Savedra Gomes

Art. 5º. Os recursos destinados ao FUNSET competência da União, dos Estados, do Distrito
serão recolhidos ao Banco do Brasil S.A., em conta Federal e dos Municípios, à conta do FUNSET. (Artigo
especial, sob o título Fundo Nacional de Segurança e alterado pelo Dec. 3.067/99)
Educação de Trânsito – FUNSET, à conta e ordem do Art. 10. (Revogado pelo Decreto 3.067, de
Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN. 21.05.1999).
§ 1º Os recursos disponíveis destinados ao Art. 11. (Revogado pelo Decreto 3.067, de
FUNSET poderão ser aplicados no mercado financei- 21.05.1999).
ro, em títulos federais. Art. 12. (Revogado pelo Decreto 3.067, de
§ 2º Os saldos financeiros apurados ao final 21.05.1999).
de cada exercício, no FUNSET, serão transferidos Art. 13. (Revogado pelo Decreto 3.067, de
automaticamente para o exercício seguinte, a crédito 21.05.1999).
do referido Fundo.
Art. 14. O DENATRAN poderá expedir normas
Art. 6º. (Revogado pelo Decreto 3.067, de complementares necessárias à regulamentação deste
21.05.1999).
Decreto.
Art. 7º. º. (Revogado pelo Decreto 3.067, de
Art. 15. Este Decreto entra em vigor decorri-
21.05.1999).
dos trinta dias da data de sua publicação.
Art. 8º. O pagamento das multas de trânsito
Art. 16. Fica revogado o Decreto 96.856, de
será efetuado na rede bancária arrecadadora, por
meio de documento próprio que contenha as caracte- 28.09.1988.
rísticas estabelecidas pelo DENATRAN. Brasília, 3 de junho de 1998.
Art. 9º. Os bancos centralizadores das recei- Fernando Henrique Cardoso
tas providenciarão o repasse de cinco por cento do
valor total da arrecadação das multas de trânsito de

DECRETO 2.867, DE 08.12.1998


Dispõe sobre a repartição de recursos provenientes do
Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Ve-
ículos Automotores de Vias Terrestres – DPVAT.
O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inc. IV, da Constituição,
DECRETA:

Art. 1º. O prêmio do Seguro Obrigatório de termos do parágrafo único do art. 78 da Lei 9.503, de
Danos Pessoais causados por Veículos Automotores 23.09.1997;
de Vias Terrestres – DPVAT será arrecadado pela III – cinquenta por cento do valor bruto reco-
rede bancária e repassado diretamente e sem qual- lhido do segurado à companhia seguradora, na forma
quer retenção, do seguinte modo: da regulamentação vigente.
I – quarenta e cinco por cento do valor bruto Art. 2º. O prêmio do Seguro Obrigatório de
recolhido do segurado a crédito direto do Fundo Danos Pessoais causados por Veículos Automotores
Nacional de Saúde, para custeio da assistência de Vias Terrestres – DPVAT será pago junto com a
médico-hospitalar dos segurados vitimados em cota única, ou com a primeira parcela, do Imposto
acidentes de trânsito, nos termos do parágrafo único sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA.
do art. 27 da Lei 8.212, de 24.07.1991; Art. 3º. Este Decreto entra em vigor na data
II – cinco por cento do valor bruto recolhido de sua publicação.
do segurado ao Departamento Nacional de Trânsito, Art. 4º. Revogam-se o Decreto 1.017, de
por meio de crédito direto à conta única do Tesouro 23.12.1993, e o § 2º do art. 36 do Decreto 2.173, de
05.03.1997.
Nacional, para aplicação exclusiva em programas
destinados à prevenção de acidentes de trânsito, nos Brasília, 8 de dezembro de 1998.
Fernando Henrique Cardoso
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 27

CONVENÇÕES

CONVENÇÃO SOBRE TRÂNSITO VIÁRIO DE VIENA


DECRETO 86.714, DE 10.12.1981
Promulga a Convenção sobre Trânsito Viário.
O Presidente da República,
Considerando que o Congresso Nacional aprovou, pelo Decreto Legislativo 33, de 13.05.1980, a Conven-
ção sobre Trânsito Viário, celebrada em Viena, a 08.11.1968, com reserva ao art. 20, § 2º, alíneas “a” e “b“, ao
art. 23, § 2º, alínea “a”, ao art. 40, e o anexo 5, § 5º, alínea “c”, e ainda com reserva parcial ao § 28 do Anexo 5,
ao § 39 do Anexo 5, ao § 41 do Anexo 5, ao art. 41, § 1º, alíneas “a”, “b” e “c”;
Considerando que a referida Convenção entrou em vigor para o Brasil, nos termos de seu art. 47, § 2º, a
29.10.1981, decreta:
Art. 1º. A Convenção sobre Trânsito Viário Art. 2º. Este Decreto entra em vigor na data
apensa por cópia ao presente Decreto, será executa- de sua publicação, revogada as disposições em
da e cumprida tão inteiramente como nela se con- contrário.
tém, com reserva ao art. 20, § 2º, alíneas “a” e “b”, Brasília, 10 de dezembro de 1981.
ao art. 23, § 2º, alínea “a”, ao art. 40, e ao Anexo 5, § João Figueiredo
5º, alínea “c” e ainda com reserva parcial ao § 28 do
Anexo 5, ao § 39 do Anexo 5, ao § 41 do Anexo 5, ao
art. 41, § 1º, alíneas “a”, “b” e “c”.

CONVENÇÃO SOBRE TRÂNSITO VIÁRIO


As Partes Contratantes, desejosas de facilitar o trânsito viário internacional, e de aumentar a segurança
nas rodovias mediante a adoção de regras uniformes de trânsito,
Convieram nas, disposições seguintes:
CAPÍTULO I (i) pertence a uma pessoa física ou jurídica
GENERALIDADES que tem sua residência normal fora desse
Estado;
Art. 1º. Definições (ii) não se acha registrado nesse Estado; e
Para a aplicação das disposições da presente (iii) foi temporariamente importado para esse
Convenção, os termos abaixo terão a significação
Estado; ficando, todavia, livre toda a Parte
que lhes é dada o presente artigo:
Contratante para negar-se a considerar
a) entende-se por legislação nacional – de como em circulação internacional todo o
uma Parte Contratante o conjunto de leis e regula- veículo que tenha permanecido em seu
mentos nacionais ou locais em vigor no território de território durante mais de 1 (um) ano sem
uma Parte Contratante;
interrupção relevante, e cuja duração pode
b) considera-se que um veículo está em – circu- ser fixada por essa Parte Contratante.
lação internacional – em território de um Estado quando:
28 Ordeli Savedra Gomes

Considera-se que um conjunto de veículos está evitar interferência com outro usuário da
em circulação internacional, quando um pelo menos via ou uma colisão com um obstáculo; ou
dos veículos do conjunto se enquadra nesta definição: a de obedecer às regras de trânsito, e sua
c) por – área urbana – (ou povoação) enten- imobilização não se limita ao tempo ne-
de-se um espaço que compreende imóveis edificados cessário para embarcar ou desembarcar e
e cujos acessos e saídas estão especialmente sinali- carregar ou descarregar coisas.
zados como tais ou que está definido de qualquer Entretanto, as Partes Contratantes poderão
outro modo na legislação nacional; considerar parado todo veículo imobilizado nas
d) por – via – entende-se a superfície completa condições definidas no inc. (ii) da presente alínea,
de todo caminho ou rua aberta à circulação pública; se a duração de sua imobilidade não exceder um
e) por – pista – entende-se a parte da via período fixado pela legislação nacional, e considerar
normalmente utilizada para a circulação de veículos; estacionado todo veículo imobilizado nas condições
uma via pode compreender várias pistas separadas definidas no inc. (i) da presente alínea, se a duração
entre si por um canteiro central ou diferença de nível; de sua imobilidade exceder um período fixado pela
f) nas pistas em que houver uma ou mais fai- legislação nacional.
xas laterais reservas à circulação de certos veículos, l) por – ciclo – (biciclo ou triciclo) entende-se
a expressão – bordo da pista – significa, para os todo veículo de menos 2 (duas) rodas e acionado
demais usuários da via ou estrada, o limite da parte a exclusivamente pelo esforço muscular da pessoa que o
eles reservada; ocupa, especialmente mediante pedais ou manivelas;
g) por – faixa de trânsito – entende-se qual- m) por – ciclomotor – entende-se todo o veícu-
quer uma das áreas longitudinais em que a pista lo o de 2 (duas) ou 3 (três) rodas, provido de um motor
possa ser subdividida, sinalizadas ou não por marcas de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a 50
viárias longitudinais, que tenham uma largura sufici- cm³ (3,05 polegadas cúbicas) e cuja velocidade máxi-
ente para permitir a circulação de uma fila de veícu- ma de fabricação não exceda de 50 km (30 milhas) por
los automotores, que não sejam motocicletas; hora; podendo, não obstante, toda Parte Contratante,
h) por – intersecção – entende-se todo o cru- em sua legislação nacional, não considerar como
zamento ao nível, entroncamento ou bifurcação de ciclomotores os veículos que não tiverem as caracte-
vias, incluindo as áreas formadas por tais cruzamen- rísticas dos ciclos no que diz respeito às suas possibili-
tos, entroncamentos, ou bifurcações; dade de emprego, especialmente a característica de
i) por – passagem de nível – entende-se todo poderem ser movidos a pedais, ou cuja velocidade
o cruzamento de nível entre uma via e uma linha máxima, por fabricação, ou cujo peso ou que algumas
férrea ou trilho de bonde, com pista própria; características do motor excedam de certos limites.
j) por – auto-estrada – (via de trânsito rápido) Nada na presente definição poderá ser interpretado no
entende-se todo uma via especialmente concebida e sentido de impedir as Partes Contratantes de assimilar
construída para a circulação de veículos automotores e totalmente os ciclomotores aos ciclos para aplicação
que não tem acesso às propriedades adjacentes e que: de preceitos de sua legislação nacional sobre trânsito
i) salvo em determinados lugares, ou em ca- viário;
ráter temporário, tem pistas distintas para n) por – motocicletas -, entende-se todo o ve-
circulação em cada um dos dois sentidos, ículo de 2 (duas) rodas com ou sem – side-car -,
separadas entre si por uma faixa divisória provido de um motor de propulsão. As Partes Contra-
não-destinada à circulação ou, em casos tantes poderão também, em sua legislação nacional,
excepcionais, por outros meios; assimilar às motocicletas os veículos de 3 (três)
(ii) não cruza ao nível com nenhuma via pú- rodas cuja tara não exceda de 400 kg (900 libras). O
blica, férrea, trilho de bonde, nem cami- termo motocicleta não inclui os ciclomotores, não
nho de pedestres; obstante as Partes Contratantes poderão, sob condi-
(iii) está especialmente sinalizada como auto- ção de que façam uma declaração nesse sentido, de
estrada. conformidade com o disposto no parágrafo 2 do art.
k) considera-se que um veículo está: 54, da presente Convenção, assimilar os ciclomoto-
(i) parado, quando está imobilizado durante o res às motocicletas para os efeitos da presente
tempo necessário para embarque ou de- Convenção;
sembarque de pessoas, carga ou descar- o) por – veículo motorizado – entende-se, com
ga de coisas; exceção dos ciclomotores no território das Partes
(ii) estacionado, quando está imobilizado por Contratantes que não os hajam assimilado às motoci-
uma razão que não seja necessidade de cletas e com exceção dos veículos que se desloquem
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 29

sobre trilhos, todo o veículo motor de propulsão e que a) a obrigação do condutor de um veículo dar
circule em uma via por seus próprios meios; preferência a outros veículos significa que esse
p) por – veículo automotor – entende-se todo condutor não deve continuar sua marcha ou sua
veículo motorizado que serve normalmente para o manobra, nem recomeça-la, se com isso pode obrigar
transporte viário de pessoas ou de coisas ou para a aos condutores de outros veículos a modificar brus-
tração viária de veículos utilizados para o transporte camente direção ou a velocidade dos mesmos.
de pessoas ou de coisas. Este termo compreende os Art. 2º. Anexo da Convenção
ônibus elétricos, isto é, os veículos conectados a Os Anexos da presente Convenção, a saber:
uma linha elétrica e que não circulam sobre trilhos, Anexo 1: Exceções à obrigação de admitir em
não compreende veículos, como tratores agrícolas, circulação internacional aos automotores e reboques;
cuja utilização para o transporte viário de pessoa ou Anexo 2: Número de matrícula dos automoto-
de coisas ou tração viária de veículos utilizados para res e dos reboques em circulação internacional;
o transporte de pessoas ou de coisas, é apenas Anexo 3: Signo distintivo dos automotores e
acessória (designado também como - automotor -); dos reboques em circulação internacional;
q) por – reboque – entende-se todo veículo Anexo 4: Marcas de identificação dos auto-
destinado a ser engatado atrás de um veículo motori- motores e dos reboques em circulação internacional;
zado; este termo engloba os semi-reboques; Anexo 5: Condições técnicas relativas aos au-
r) por – semi-reboque – entende-se todo re- tomotores e reboques;
boque destinado a ser acoplado a um veículo auto- Anexo 6: Permissão nacional para dirigir; e
motor, de tal maneira que em parte repouse sobre Anexo 7: Permissão internacional para dirigir,
este e cujo peso e o de sua carga estejam suporta- formam parte integrante da presente Convenção.
dos, em grande parte, pelo referido automotor; Art. 3º. Obrigações das Partes Contratantes
s) por – reboque leve – entende-se todo rebo- 1.a) as Partes Contratantes adotarão as me-
que cujo peso máximo autorizado não exceda de 750 didas adequadas para que as regras de trânsito em
kg (1,650 libras); vigor em seu território se ajustem, em substância, às
t) por – conjunto de veículo – entende-se um disposições do Capítulo II da presente Convenção.
grupo de veículos acoplados que participam no Com a condição de que as mencionadas normas não
trânsito viário como uma unidade; sejam em nada incompatíveis com as citadas dispo-
u) por – veículo articulado – entende-se o sições:
conjunto de veículos constituídos por um veículo (i) essas regras poderão não reproduzir aque-
automotor e um semi-reboque acoplado ao mesmo; las disposições que se aplicam a situa-
v) por – condutor – entende-se toda pessoa ções que não se apresentam no território
que conduza um veículo automotor ou de outro tipo da Parte Contratante em questão;
(incluindo os ciclos), ou que guia por uma via, cabe- (ii) essas regras poderão conter disposições
ças de gado isoladas, rebanho, bando, ou manada; ou não-previstas no citado Capítulo II.
animais de tiro, carga ou sela; b) as disposições do presente parágrafo não
w) por – peso máximo autorizado – entende- referidas disposições não-previstas no mencionado
se o peso máximo do veículo carregado, declarado Anexo. Adotarão também as medidas adequadas
admissível pela autoridade competente do Estado para que os automotores e reboques matriculados
onde o veículo estiver matriculado; em seu território se ajustem às disposições do
x) por – tara – entende-se o peso do veículo Anexo 5 da presente Convenção, quando em circu-
sem pessoal de serviço, passageiro ou carga, mas lação internacional.
com a totalidade de seu carburante e as ferramentas 2. as disposições do presente parágrafo não
que o veículo carrega normalmente; impõem nenhuma obrigação às Partes Contratantes, no
y) por – peso bruto total – entende-se o peso que se refere às regras em vigor em seu território com
efetivo do veículo e de sua carga, incluindo o peso do respeito às condições técnicas que devem apresentar
pessoal de serviço e dos passageiros; os veículos motorizados, não considerados automoto-
res para os efeitos da presente Convenção.
z) as expressões – lado de circulação – e –
correspondente ao lado da circulação – significam a 3. Com reservas das exceções previstas no
direita quando, segundo a legislação nacional, o Anexo 1 da presente Convenção, as Partes Contra-
condutor de um veículo deve cruzar com outro tantes estarão obrigadas a admitir em seu território,
veículo, deixando esse a sua esquerda; em caso em trânsito internacional, os automotores e os
contrário, estas expressões significam a esquerda reboques que reúnam as condições definidas no
(nos países que conduzem na esquerda). Capítulo III da presente Convenção e cujos conduto-
30 Ordeli Savedra Gomes

res reúnam os requisitos exigidos no Capítulo IV; também de seus condutores e ocupantes à sua
estarão também obrigadas a reconhecer os certificados regulamentação sobre transportes comerciais de
de matrícula expedidos de conformidade com as passageiros e mercadoria, à sua regulamentação em
disposições do Capítulo III como prova, enquanto não se matéria de seguros de responsabilidade civil dos
demonstre em contrário, de que os veículos reúnam as condutores e à sua regulamentação aduaneira e, em
condições definidas no referido Capítulo III. geral, às suas regulamentações sobre matérias
4. As medidas que tenham adotado, ou venham outras que não o trânsito viário.
a adotar, as Partes Contratantes, seja unilateralmente, Art. 4º. Sinalização
seja em virtude de acordos bilaterais ou multilaterais, As Partes Contratantes da presente Conven-
para admitir em seu território, em circulação internacio- ção que não forem Partes Contratantes na Convenção
nal os automotores e os reboques que não reúnam sobre sinalização viária, aberta à assinatura em
todas as condições estabelecidas no Capítulo III da Viena, no mesmo dia que a presente Convenção,
presente Convenção, e para reconhecer, com exceção comprometem-se:
dos casos previstos no Capítulo IV, a validez em seu a) a que todos os sinais viários, semáforos e
território, das licenças para dirigir, expedidas por outra marcas sobre o pavimento, utilizados em seu territó-
Parte Contratante, serão consideradas como em con- rio, constituam um sistema coerente;
formidade com o objetivo da presente Convenção. b) a limitar o número dos tipos de sinais e a
5. As Partes Contratantes estarão obrigadas a colocar sinais somente nos lugares em que se julgar
admitir como em circulação internacional em seu útil sua presença;
território os ciclos e os ciclomotores que reúnam c) a colocar sinais de advertência de perigo à
condições técnicas definidas no Capítulo V da presente distância adequada dos obstáculos por eles indicados,
Convenção e cujo condutor tenha sua residência normal a fim de que a advertência aos condutores seja eficaz;
em território de outra Parte Contratante. Nenhuma Parte d) que se proíba:
Contratante poderá exigir que os condutores de ciclos e (i) figure em um sinal, em seu suporte ou
ciclomotores em trânsito internacional sejam portadores em qualquer outro dispositivo que sirva
de licença para dirigir, entretanto, as Partes Contratan- para regular o trânsito, qualquer coisa
tes que, de conformidade com o parágrafo 2 do art. 54 não-relacionada com o objetivo do sinal
da presente Convenção, hajam formulado uma declara- ou dispositivo; não obstante, quando as
ção assimilado os ciclomotores às motocicletas, pode- Partes Contratantes ou suas subdivisões
rão exigir a habilitação aos condutores de ciclomotores autorizarem a uma associação sem fins
em circulação internacional. lucrativos a colocar sinais de indicação,
6. As Partes Contratantes comprometem-se a poderão permitir que o emblema da dita
comunicar a outra Parte Contratante que o solicite, as associação figure no sinal ou seu supor-
informações que permitam estabelecer a identidade te sob a condição de que não dificulte a
da pessoa, em cujo nome um automotor ou um compreensão do dito sinal;
reboque acoplado a este acha-se matriculado em seu (ii) se coloquem placas, cartazes, marcas ou
território, quando a solicitação indicar que esse dispositivos que possam se confundir com
veículo esteve implicado em um acidente no território os sinais ou com outros dispositivos desti-
da Parte Contratante que solicita a informação. nados a regular o trânsito, reduzir a visibili-
7. As medidas que hajam adotado ou venham dade ou a eficácia dos mesmos, ofuscar os
a adotar as Partes Contratantes, seja unilateralmente, usuários da via ou distrair sua atenção de
seja em virtude de acordos bilaterais ou multilaterais, modo perigoso para segurança do trânsito.
para facilitar o trânsito viário internacional mediante a CAPÍTULO II
simplificação das formalidade aduaneiras, policiais, REGRAS APLICÁVEIS AO
de saúde pública e demais análogas, assim como as
TRÂNSITO VIÁRIO
medidas adotadas para harmonizar as atribuições e o
horário de trabalho das repartições e dos postos Art. 5º. Valor da Sinalização
aduaneiros num mesmo e determinado ponto de 1. Os usuários da via deverão, mesmo no ca-
fronteira, serão considerados em conformidade com so de que as prescrições de que se trata pareçam em
o objetivo da presente Convenção. contradição com outras regras de trânsito, obedecer
8. As disposições dos §§ 3º, 5º e 7º do pre- às prescrições indicadas pelos sinais viários, semáfo-
sente artigo não limitarão o direito das Partes Contra- ros ou marcas viárias.
tantes de subordinar a admissão em seu território, 2. As prescrições indicadas por semáforos
em circulação internacional, dos veículos automoto- prevalecem sobre as indicadas por sinais viários que
res e dos reboques, ciclomotores e ciclos, como regulem a prioridade.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 31

Art. 6º. Ordens Dadas pelos Agentes Encar- 2. Recomenda-se que as legislações nacio-
regados de Regular o Trânsito nais estabeleçam que os animais de carga, tiro, ou
1. Os agentes encarregados de regular o trân- sela e, salvo eventualmente nas zonas especialmente
sito serão facilmente reconhecidos e visíveis à sinalizadas em seus lugares de entrada, as cabeças
distância, tanto de noite como de dia. de gado sozinhas ou em rebanho deverão ter guia.
2. Os usuários da via estarão obrigados a 3. Todo condutor deverá possuir as qualida-
obedecer imediatamente qualquer ordem dos agentes des físicas e psíquicas necessárias e achar-se em
encarregados de regular o trânsito. estado físico e mental para dirigir.
3. Recomenda-se que as legislações nacio- 4. Todo condutor de um veículo motorizado
nais estabeleçam que se considerem especialmente deverá possuir os conhecimentos e habilidades
como ordens dos agentes que regulam o trânsito: necessários para a condução de veículo; esta dispo-
o braço levantado verticalmente; este gesto sição não se opõe, todavia, à aprendizagem de
significa – atenção, pare – para os usuários da via, direção de conformidade com a legislação nacional.
salvo para os condutores que não possam deter-se 5. Todo condutor deverá, a todo momento, ter
em condições de segurança suficiente; além do mais, domínio de seu veículo ou poder guiar os seus animais.
se esse gesto for efetuado numa intersecção, não Art. 9º. Rebanhos
obrigará a que se detenham os condutores que já Recomenda-se que as legislações nacionais
hajam penetrado nela; estabeleçam que salvo quando se disponha de outras
o braço ou os braços estendidos horizontal- formas para facilitar os deslocamentos, os rebanhos
mente; este sinal significa – pare – para todos os deverão ser divididos em grupos de tamanho mode-
usuários da via que venham, qualquer que seja o rado, e separados uns dos outros por espaços sufici-
sentido de sua marcha, de direções que cortem a entes para não obstruir o trânsito.
indicada pelo braço ou braços estendidos; depois de Art. 10. Posição sobre a pista de Rolamento
haver feito este gesto, o agente encarregado de
1. O lado de circulação deverá ser o mesmo
regular o trânsito poderá baixar o braço ou os braços;
em todas as vias de um Estado, salvo, quando for o
para os condutores que se encontrem de frente para
caso, das vias que servirem exclusiva ou principal-
o agente ou detrás dele, este gesto significa igual-
mente para o trânsito entre dois Estados.
mente – pare –;
2. Os animais que circulem pela pista de ro-
c) o agitar de uma luz vermelha; este gesto
lamento deverão, dentro do possível, ser mantidos
significa – pare – para os usuários da via aos quais a
luz é dirigida. junto ao bordo da pista correspondente ao lado da
circulação.
4. As prescrições dos agentes que regulam o
trânsito prevalecem sobre as indicadas pelos sinais 3. Sem prejuízo das disposições em contrário
viários, semáforos ou marcas viárias, como também do parágrafo 1 do art. 7º, do parágrafo 6 do art. 11 e
sobre as regras de trânsito. das demais disposições em contrário da presente
Convenção, todo condutor deverá manter seu veículo,
Art. 7º. Regras Gerais
na medida que o permitam as circunstâncias, junto
1. Os usuários da via deverão abster-se de to- ao bordo da pista de rolamento correspondente ao
do ato que possa constituir perigo ou obstáculo para lado da circulação. Contudo, as Partes Contratantes
o trânsito, pôr em perigo pessoas ou causar danos a ou suas subdivisões poderão estabelecer normas
propriedades públicas ou privadas.
mais precisas no que diz respeito ao lugar, na pista
2. Recomenda-se que as legislações nacionais de rolamento dos veículos destinados ao transporte
estabeleçam que os usuários da via deverão abster-se de mercadorias.
de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso atirando,
4. Quando uma via compreender 2 (duas) ou 3
depositando ou abandonando na via objetos ou subs-
(três) faixas, nenhum condutor deverá invadir a faixa
tâncias, ou criando qualquer outro obstáculo na mes-
situada no sentido oposto à de circulação.
ma. Os usuários da via, que não tenham podido evitar a
criação de um obstáculo ou perigo, deverão adotar as 5. Nas pistas de circulação em dois sentidos e
medidas necessárias para fazê-lo desaparecer o mais que tenham pelo menos 4 (quatro) faixas, nenhum
breve possível e, se não puderem fazê-lo imediatamen- condutor deverá invadir as faixas situadas inteiramente
te, assinalá-lo aos outros usuários. na metade da pista oposta ao sentido da circulação;
Art. 8º. Condutores 6. Nas pistas de trânsito em dois sentidos e
1. Todo o veículo em movimento ou todo o que tenham 3 (três) faixas, nenhum condutor deverá
conjunto de veículos em movimento deverá ter um invadir as faixas situadas na borda da pista oposta à
condutor. correspondente ao sentido da circulação.
32 Ordeli Savedra Gomes

Art. 11. Ultrapassagem e Circulação em Filas pode fazê-la sem inconveniência para os condutores de
1.a) a ultrapassagem deverá ser feita pelo la- veículos mais rápidos que venham atrás do seu;
do oposto ao correspondente da circulação; b) todavia, as Partes Contratantes ou suas
b) todavia, a ultrapassagem deverá efetuar- subdivisões poderão dispor que os preceitos do
se pelo lado correspondente à circulação no caso presente parágrafo não sejam aplicados aos conduto-
de que o condutor que quer ultrapassar, depois de res de ciclos, ciclomotores, motocicletas e veículos
haver indicado seu propósito de dirigir-se ao lado que não sejam considerados como automotores para
oposto ao sentido da circulação, tenha levado seu os efeitos da presente Convenção, bem como aos
veículo ou seus animais para esse lado da pista, condutores de automotores cujo peso máximo
com o objetivo de girar para esse lado para tomar autorizado seja superior a 3.500 kg (7.700 libras) ou
outra via, ou entrar numa propriedade à margem da cuja velocidade máxima de fabricação, não possa
estrada ou estacionar nesse lado. exceder de 40 km (25 milhas) por hora.
6. Quando as disposições do § 5º, alínea “a”,
2. Sem prejuízo da observância das disposi-
do presente artigo, forem aplicadas e a densidade do
ções do parágrafo 1 do art. 7º e do art. 14 da presen-
trânsito for tal, que os veículos não somente ocupem
te Convenção, todo condutor deverá, antes de efetuar toda a largura da pista reservada ao sentido de sua
uma ultrapassagem, certificar-se de que: marcha, mas também só possam circular a uma
a) nenhum condutor que venha atrás, haja velocidade que dependa da do veículo que os prece-
começado uma manobra para ultrapassá-lo; da na fila que seguem:
b) quem o precede na mesma faixa de trânsi- a) sem prejuízo das disposições do § 9º do
to não haja indicado o propósito de ultrapassar um presente artigo, o fato de que os veículos de uma fila
terceiro; circulem mais depressa do que os veículos de outra
c) a faixa de trânsito que vai tomar, está livre fila, não será considerado como uma ultrapassagem,
numa extensão suficiente para que, tendo em vista a para os efeitos do presente artigo;
diferença entre a velocidade de seu veículo durante a b) um condutor que não se encontra na faixa de
manobra e a dos usuários da via aos quais pretende trânsito mais próxima ao bordo da pista corresponden-
ultrapassar, sua manobra não ponha em perigo ou te ao sentido da circulação não deverá mudar de fila
obstrua o trânsito que venha em sentido contrário; senão para preparar-se para girar à direita ou à esquer-
d) exceto se ao tomar uma faixa de trânsito da, ou para estacionar. Excetuam-se as mudanças de
proibida ao trânsito contrário, puder, sem inconveni- fila que devem realizar os condutores, em cumprimento
ente para o usuário ou usuários da via que houver da legislação nacional resultante da aplicação das
ultrapassado, volver ao lugar prescrito no parágrafo 3 disposições do § 5.b do presente artigo.
do art. 10, da presente Convenção. 7. Nos casos de circulação em fila, descritos
3. De conformidade com o disposto no § 2º nos §§ 5º e 6º do presente artigo, quando as faixas
do presente artigo estará, em particular, proibido nas de trânsito estiverem delimitadas sobre a pista por
pistas de circulação com dois sentidos, a ultrapassa- marcas longitudinais, os condutores não poderão
gem nas curvas e nas proximidades de uma lombada trafegar sobre essas marcas.
de visibilidade insuficiente, a não ser que haja nesses 8. Sem prejuízo das disposições do parágrafo
lugares faixas de trânsito sinalizadas por meio de do presente artigo e de outras restrições que as
marcas viárias longitudinais e que a ultrapassagem Partes Contratantes ou suas subdivisões estabelece-
se efetue sem sair das faixas de trânsito cujos sinais rem em matéria de ultrapassagem em intersecções e
proíbem que as utilize o trânsito em sentido contrário. passagens de nível, nenhum condutor de veículo
4. Todo condutor que efetuar ultrapassagem poderá ultrapassar a um veículo que não seja um
deverá afastar-se do usuário ou usuários aos quais biciclo, um ciclomotor de 2 (duas) rodas, ou uma
ultrapasse de tal forma que deixe livre uma distância motocicleta de 2 (duas) rodas sem side-car:
lateral suficiente. a) imediatamente antes e durante a passa-
5.a) nas pistas que tenham pelo menos 2 (du- gem de uma intersecção que não seja uma praça de
as) faixas de trânsito reservadas à circulação no circulação giratória, salvo:
mesmo sentido, o condutor que se vir obrigado a (i) no caso previsto no § 1.b deste artigo;
efetuar uma nova manobra de ultrapassagem imedia- (ii) no caso de que a via, em que a ultrapas-
tamente ou pouco depois de haver voltado ao lugar sagem se efetua, goze de preferência na
prescrito no paráfrafo 3 do art. 10 da presente Conven- intersecção;
ção poderá, para efetuar essa ultrapassagem, perma- (iii) no caso de que o trânsito esteja regulado
necer na faixa de trânsito utilizada para primeira na intersecção por um agente do trânsito
ultrapassagem, sob a condição de certificar-se de que ou por semáforos.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 33

b) imediatamente antes e durante o cruza- Art. 12. Passagem ao Lado do Trânsito de


mento de nível que não tenham barreiras nem meias- Sentido Oposto
barreiras, as Partes Contratantes ou suas subdivisões 1. Ao passar pelos veículos de direção contrá-
poderão, sem embargo, permitir essa ultrapassagem ria, todo condutor deverá deixar livre uma distância
nas passagens de nível em que a circulação esteja lateral suficiente e, se for preciso, cingir-se ao bordo
regulada por semáforos que tenham um sinal positivo da pista correspondente ao lado da circulação. Caso,
que permita a passagem de veículos. ao assim proceder seu avanço se encontrar obstruído
9. Um veículo não deve ultrapassar o outro por um obstáculo ou pela de outros usuários da via,
que se aproxime de uma passagem de pedestres deverá diminuir a marcha e, se preciso for, parar para
delimitada por marcas sobre a pista ou sinalizadas dar passagem ao usuário ou usuários que venham em
como tal, ou que se detenha na vertical dessa passa- sentido contrário.
gem, salvo que o faça a uma velocidade suficiente- 2. Em vias de montanhas e vias de grande
mente reduzida para poder deter-se imediatamente declive que tenham características análogas, nas
se encontrar na passagem um pedestre. Nada do quais seja impossível ou difícil passar ao lado de
disposto no presente parágrafo poderá interpretar-se outro veículo, o condutor do veículo que desce
no sentido de que impeça às Partes Contratantes ou deverá afastar-se para dar passagem para os veícu-
suas subdivisões proibir a ultrapassagem a partir de los que sobem, exceto quando a disposição das
uma distância determinada antes da faixa de passa- áreas de parada ao lado da estrada, para permitir que
gem de pedestres, ou impor condições mais restritas os veículos se afastem, seja tal que, tendo em conta
ao condutor de um veículo que se proponha a ultra- a velocidade e a posição do veículo, o veículo que
passar outro veículo parado imediatamente antes da sobe disponha de uma área de parada diante dele e
referida faixa. que um dos veículos se visse obrigado a uma mar-
10. Todo condutor, ao perceber que outro que cha-à-ré para permitir a passagem, será o condutor
o segue, tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá, do veículo que desce o que deverá fazer essa mano-
salvo nos casos previstos no parágrafo 1.b, da bra, a menos que mesma resulte evidentemente mais
presente Convenção, aproximar-se do bordo da pista fácil para o condutor do veículo que sobe. As Partes
correspondente ao lado da circulação, sem acelerar a Contratantes ou suas subdivisões poderão, todavia,
sua marcha. Quando a largura insuficiente da pista, para certos veículos ou certas vias ou trechos de
seu perfil ou seu estado não permitirem, tendo em vias, prescrever regras especiais diferentes das do
conta a densidade do trânsito contrário, ultrapassar presente parágrafo.
com facilidade e sem perigo a um veículo lento, de Art. 13. Velocidade e Distância entre Veículos
grande dimensões ou que é obrigado a respeitar um 1. Todo condutor de veículo deverá ter em to-
limite de velocidade, o condutor deste último veículo das as circunstâncias o domínio de seu veículo, de
deverá diminuir sua marcha e quando necessário, maneira que possa acomodar-se às exigências da
desviar-se para o lado, quanto antes seja possível, prudência e estar a todo momento em condições de
para dar passagem aos veículos que seguem. efetuar todas as manobras necessárias. Ao regular a
11.a) As Partes Contratantes ou suas subdivi- velocidade de seu veículo, deverá ter constantemente
sões poderão, nas pistas de 1 (um) só sentido e nas em conta as circunstâncias, em especial a disposição
de 2 (dois) sentidos de circulação, quando pelo do terreno, o estado da via, o estado e carga de seu
menos, 2 (duas) faixas, nas áreas urbanas, e 3 (três) veículo, as condições atmosféricas e a intensidade do
fora delas, forem reservadas ao trânsito no mesmo trânsito, de tal forma que possa deter seu veículo
sentido e sinalizadas mediante marcas longitudinais: dentro dos limites de seu campo de visibilidade, como
(i) permitir que os veículos que circulem por também diante de qualquer obstáculo previsível.
uma pista ultrapassem pelo lado corres- Deverá diminuir a velocidade e, quando preciso, deter-
pondente ao da circulação, veículos que se tantas vezes quanto as circunstâncias exigirem,
transitam noutra faixa; especialmente quando a visibilidade não for boa.
(ii) estabelecer que não se apliquem as dis- 2. Nenhum condutor deve obstruir a marcha
posições do parágrafo 3 do art. 10, da normal dos demais veículos em circulação, sem
presente Convenção: causa justificada, a uma velocidade anormalmente
a) sob a condição de que imponham restri- reduzida.
ções adequadas à possibilidade de mudar de faixa; 3. O condutor de um veículo que circula atrás
b) no caso na alínea “a” do presente parágrafo de outro, deverá deixar livre entre um e outro uma
e sem prejuízo do disposto no parágrafo 9 do presente distância de segurança suficiente para poder evitar
artigo, esta manobra não será considerada como uma colisão, em caso de diminuição brusca de veloci-
ultrapassagem para os efeitos da presente Convenção. dade ou parada súbita do veículo que o precede.
34 Ordeli Savedra Gomes

4. A fim de facilitar a ultrapassagem fora das dores de direção de seu veículo ou, no caso de
áreas urbanas os condutores de veículos ou de defeito, quando possível, fazendo um sinal apropriado
conjunto de veículos de mais de 3.500 kg (7.700 com o braço. O sinal do indicador ou indicadores de
libras) de peso máximo autorizado, ou de mais de 10 direção deverá continuar sendo feito durante todo o
m (33 pés) de comprimento total, deverão, salvo tempo que durar a manobra e deverá cessar ao
quando ultrapassam ou se disponham a ultrapassar, término da mesma.
manter-se a uma distância adequada dos veículos Art. 15. Normas Especiais Relativas aos Veícu-
motorizados que os precedam, de maneira que os los dos Serviços Regulares de Transportes Coletivos
veículos que os ultrapassem possam intercalar-se Recomenda-se que as legislações nacionais
sem perigo, no espaço que fica livre na frente do estabeleçam que nas áreas urbanas, com finalidade
veículo ultrapassado. No entanto, esta disposição de facilitar a circulação dos veículos dos serviços
não será aplicável nem quando o trânsito for muito regulares de transportes coletivos, os condutores dos
denso, nem quando for proibida a ultrapassagem. demais veículos, com ressalva do disposto no pará-
Além do mais: grafo 1 do art. 17, da presente Convenção, reduzam a
a) as autoridades competentes poderão estabe- velocidade e, se preciso, detenham-se para que
lecer que esta disposição não seja aplicada a certos aqueles veículos de transporte coletivo possam
comboios de veículos ou nas vias que tenham 2 (duas) efetuar a manobra necessária para prosseguir sua
faixas para o sentido de trânsito em questão; marcha nas saídas das paradas sinalizadas como
b) as Partes Contratantes ou suas subdivisões tais. As disposições adotadas nesse sentido pelas
poderão fixar cifras diferentes das mencionadas no Partes Contratantes ou suas subdivisões, não modifi-
presente parágrafo, com referência às características cam em absoluto a obrigação que têm os condutores
dos veículos afetados pela disposição do presente de veículos de transportes coletivos de adotar as
parágrafo. precauções necessárias para evitar todo risco de
acidente, depois de haver anunciado, por meio de
5. Nenhuma disposição da presente Convenção
seus indicadores de direção, seu propósito de reco-
poderá ser interpretada no sentido que impeça, às
meçar a marcha.
Partes Contratantes ou suas subdivisões, prescrever
limitações, gerais ou locais, de velocidade para todos Art. 16. Mudança de Direção
os veículos ou para certas categorias de veículo ou 1. Antes de girar à direita ou à esquerda para
para prescrever em certas vias ou em certas categori- entrar em outra via ou propriedade confiante, todo
as de vias velocidades mínimas ou máximas, ou para condutor, sem prejuízo do disposto no parágrafo 1 do
prescrever distâncias mínimas justificadas pelas art. 7 e no art. 14 da presente Convenção, deverá:
presença na via de determinadas categorias de veícu- a) se quiser sair da via pelo lado corresponden-
los que apresentem um perigo especial, sobretudo te ao da circulação aproximar-se o máximo possível do
devido ao seu peso ou à sua carga. bordo da pista correspondente, a este sentido, e
executar sua manobra no menor espaço possível:
Art. 14. Normas Gerais para Manobras
b) se quiser sair da via pelo outro lado, e sem
1. Todo condutor que queira executar uma ma-
prejuízo de qualquer outra disposição que as Partes
nobra, tal como sair de uma fila de veículos estaciona-
Contratantes ou suas subdivisões possam haver
dos ou entrar nela, deslocar-se para a direita ou para a
ditado para os ciclos e ciclomotores, cingir-se o
esquerda, da pista, girar à esquerda ou à direita para
máximo possível ao eixo da pista, caso se trate de
tomar outra via ou para entrar numa propriedade
uma pista de circulação nos 2 (dois) sentidos, ou à
confiante, não começará a executar essa manobra
borda da pista oposta ao correspondente ao sentido
antes de haver-se certificado de que pode fazê-lo sem da circulação, tratando-se de uma pista de 1 (um) só
perigo para os demais usuários da via que o seguem, sentido, e, se quiser entrar em outra via de circulação
precedem ou vão cruzar-se com ele, tendo em conta nos 2 (dois) sentido, efetuar sua manobra entrando
sua posição, sua direção e sua velocidade. na pista dessa via pelo lado correspondente ao
2. Todo condutor que desejar dar meia volta sentido de circulação.
marcha-à-ré, não começará a executar essa manobra 2. Durante sua manobra de mudança de dire-
antes de haver-se certificado de que pode fazê-lo sem ção, o condutor, sem prejuízo do disposto no art. 21
pôr em perigo os usuários da via ou constituir obstá- da presente Convenção, pelo que se refere aos
culos para eles. pedestres, deverá ceder passagem aos veículos que
3. Antes de girar ou efetuar uma manobra, transitem em sentido contrário pela pista da via em
que implique num deslocamento lateral, o condutor que a vi sair e aos ciclos e ciclomotores que transi-
deverá indicar seu propósito de forma clara, e com tem pelas faixas para ciclistas que atravessem a
devida antecipação, por meio de indicador ou indica- pista, na qual vai entrar.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 35

Art. 17. Redução da Marcha obstruindo ou impedindo assim a passagem do


1. Nenhum condutor de veículo deverá frear trânsito transversal.
bruscamente, a menos que razões de segurança o 6. Todo condutor que haja penetrado numa in-
obriguem a tal. tersecção, onde o trânsito é controlado por semáfo-
2. Todo condutor, que quiser diminuir consi- ros, pode deixar a intersecção sem aguardar que o
deravelmente a velocidade de seu veículo, deverá trânsito se abra na direção que vai tomar, contando
antes certificar-se de que pode fazê-lo sem risco nem que isso não impeça o avanço dos outros usuários da
inconvenientes indevidos para outros condutores, a via que se dirigem na direção aberta.
não ser que essa diminuição de velocidade seja 7. Nas intersecções, os condutores de veícu-
motivada por um perigo iminente. Além do mais, a los que não se desloquem sobre trilhos terão a
menos que haja certificado que não o segue nenhum obrigação de ceder passagem aos veículos que se
veículo ou que o veículo que o segue se encontrar desloquem sobre eles.
bastante distanciado, deverá indicar seu propósito de Art. 19. Passagem de Nível
forma clara e com a devida antecipação, fazendo com Todo usuário da via deverá ter especial pru-
o braço um sinal apropriado; todavia esta disposição dência nas proximidades das passagens de nível e ao
não se aplicará se a indicação de diminuição de cruzá-las. Em especial:
velocidade for feita acendendo os faróis de freio de a) todo condutor de veículo deverá transitar
seu veículo, definidas no parágrafo 31 do Anexo 5, da em velocidade moderada;
presente Convenção. b) sem prejuízo da obrigação de obedecer às
Art. 18. Intersecções e Obrigações de dar indicações de detenção ante semáforos ou a um sinal
Preferência acústico, nenhum usuário da via deverá penetrar
1. Todo condutor, ao aproximar-se de uma in- numa passagem de nível cujas barreiras ou semi
tersecção deve demonstrar prudência especial, barreiras estejam atravessadas na via, estejam em
apropriada às condições locais. O condutor do veícu- movimento para colocarem-se atravessadas ou cujas
lo deve, sobretudo, conduzir a uma velocidade que meias-barreiras estejam se levantando;
possibilite a parar a fim de dar passagem a veículos c) se uma passagem de nível não estiver pro-
que tenham o direito de preferência. vida de barreiras, semi barreiras nem semáforos,
2. Todo condutor que surgir de uma vereda ou nenhum usuário da via deverá penetrar nela sem
de uma estrada de terra para entrar na via que não antes haver-se certificado de que não se aproxima
seja vereda ou estrada de terra é obrigado a dar nenhum veículo que circule sobre trilhos;
passagem aos veículos que trafegam nessa via. Para d) nenhum usuário da via deverá prolongar-se
finalidade do presente artigo, os termos vereda e indevidamente na travessia de uma passagem de
estrada de terra poderão ser definidos na legislação nível; em caso de imobilização forçosa de um veículo,
nacional. seu condutor deverá esforçar-se para retirá-lo da via
3. Todo condutor que sair de uma propriedade férrea e, se não o conseguir, deverá adotar imedia-
confinante à via, deverá dar preferência aos veículos tamente todas as medidas a seu alcance para que os
que trafegarem nessa via. maquinistas dos veículos que circulem sobre trilhos
4. Com essa ressalva do parágrafo 7 do pre- sejam advertidos da existência do perigo com sufici-
sente artigo: ente antecipação.
a) nos Estados em que a circulação se faz à Art. 20. Regras Aplicáveis aos Pedestres
direita o condutor de um veículo deve dar preferência 1. As Partes Contratantes ou subdivisões po-
nas intersecções, que não sejam as especificadas no derão estabelecer que as disposições do presente
§ 2º do presente artigo e no art. 25, §§ 2º e 4º, desta artigo só sejam aplicáveis àqueles casos em que a
Convenção, aos veículos que se aproximarem pela circulação de pedestres pela pista seja perigosa para
direita; o trânsito de veículos ou o obstrua.
b) as Partes Contratantes ou suas subdivi- 2. Se ao bordo da pista houver passeios ou
sões, em cujos territórios o trânsito se faz pela acostamentos apropriados para pedestres, estes
esquerda, acham-se livres para regular o direito de deverão transitar por eles. Todavia, tomando as
preferência nas intersecções, como bem entenderem. precauções necessárias: (veja reservas)
5. Mesmo que os semáforos lhe sejam favo- a) os pedestres que empurram ou que levam
ráveis, nenhum condutor, não deve entrar em uma objetos volumosos poderão utilizar a pista, se sua
intersecção, se a densidade do trânsito é tal que ele circulação pelo passeio ou acostamento vier a ser um
provavelmente seria obrigado a parar na intersecção, estorvo considerável para os demais pedestres;
36 Ordeli Savedra Gomes

b) os grupos de pedestres conduzidos por um na pista sem antes se haverem certificado de que po-
guia ou que formem um cortejo, poderão circular pela dem fazê-lo sem obstruir o trânsito dos veículos;
pista. d) uma vez indicada a travessia de uma pista,
3. Se não for possível utilizar os passeios ou os pedestres não deverão aumentar o seu percurso,
acostamentos ou se estes não existirem, os pedes- demorar-se ou parar sobre ela sem necessidade.
tres poderão circular pela pista; quando existir uma 7. Não obstante, as Partes Contratantes ou
faixa de trânsito para ciclistas e quando a densidade suas subdivisões poderão ditar normas mais estritas
do trânsito o permitir poderão circular por essa faixa, com referência aos pedestres que atravessam a pista
mas sem obstruir a passagem dos ciclistas e dos da via pública.
motociclistas. Art. 21. Comportamento dos Condutores com
4. Quando circulam pedestres pela pista, em Respeito aos Pedestres
conformidade com os § 2º e 3 do presente artigo, 1. Sem prejuízo das disposições do parágrafo
deverão fazê-lo o mais próximo possível do bordo da 1 do art. 7, do parágrafo 9 do art. 11 e do parágrafo 1
pista. d do art. 13, da presente Convenção, quando existir
5. Recomenda-se que as legislações nacio- na pista uma passagem para pedestres sinalizada
nais estabeleçam o seguinte: os pedestres que como tal ou de limitada por marcas sobre a pista:
circulam pela pista deverão transitar pelo lado oposto a) se o trânsito de veículos estiver regulado
ao correspondente ao da circulação, se podem fazê-lo nessa passagem por um semáforo ou por um agente
com segurança, sem embargo, as pessoas que de trânsito, os condutores deverão deter-se, quando
empurram um ciclo, um ciclomotor ou uma motoci- lhes estiver proibido passar, antes de penetrar na
cleta, deverão transitar, em todo o caso, pelo lado da passagem, e, quando lhes for permitido passar, não
pista correspondente ao da circulação; o mesmo deverão obstruir nem estorvar o trânsito dos pedes-
devem fazer os grupos de pedestres conduzidos por tres que hajam começado a cruzar ou atravessar a
um guia ou que formem um cortejo. passagem nas condições previstas no art. 20 da
Salvo no caso em que formem um cortejo, os presente Convenção; se os condutores giram para
pedestres que circulam pela pista à noite ou com má penetrar em outra via em cuja entrada se encontrar
visibilidade, ou de dia, se a densidade do trânsito dos uma passagem para pedestres, só poderão fazê-lo
veículos o exige, deverão, na medida do possível, ir em marcha lenta e deixando passar, detendo-se com
em uma só fila, um atrás do outro. essa finalidade, em caso necessário, os pedestres
6.a) os pedestres não deverão penetrar numa que hajam começado ou começam a cruzar nas
pista para atravessá-la sem tomar as devidas pre- condições previstas no parágrafo 6, do art. 20, da
cauções e deverão utilizar as passagens de pedestres presente Convenção;
quando existir alguma nas imediações; b) se o trânsito dos veículos não estiver regu-
b) para atravessar uma passagem para pe- lado nessa passagem por um semáforo nem por
destres sinalizada como tal ou delimitada por marcas agente de trânsito, os condutores deverão aproximar-
sobre a pista: se da passagem, moderando a marcha o suficiente
(i) se a passagem estiver dotada de semáfo- para não pôr em perigo os pedestres que entraram ou
ros de pedestres, estes deverão obedecer entram nela; em caso necessário, deverão deter-se
às indicações das luzes; para deixá-los passar.
(ii) se a passagem não estiver dotada de se- 2. Os condutores que tenham o propósito de
máforos mas a circulação dos veículos es- ultrapassar, pelo lado correspondente ao da circula-
tiver regulada por sinais luminosos ou por ção, a um veículo de transporte público em uma
um agente de trânsito, enquanto o sinal parada sinalizada como tal, deverão reduzir a veloci-
luminoso ou gesto do agente do trânsito dade de seus veículos e deter-se, se for preciso, para
indicar que os veículos podem passar pela permitir que os passageiros possam subir ou descer
pista, os pedestres não deverão penetrar do referido veículo.
na mesma; 3. Nada do disposto no presente artigo poderá
(iii) nas restantes passagens para pedestres, ser interpretado no sentido de que impeça as Partes
estes não deverão penetrar na pista da es- Contratantes ou suas subdivisões de obrigar o condutor
trada sem levar em conta a distância e a de veículo a deter-se cada vez que um pedestre estiver
velocidade dos veículos que se aproximam. cruzando ou vá cruzar por uma passagem de pedestres
c) para atravessar, fora de uma passagem para sinalizadas como tal ou delimitada por marcas sobre a
pedestres, sinalizada como tal ou delimitada por mar- pista nas condições previstas no art. 20 da presente
cas sobre a pista, os pedestres não deverão penetrar Convenção; ou proibir o condutor de impedir ou estorvar
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 37

o trânsito dos pedestres que estejam atravessando a mente à borda da pista, a menos que a disposição do
pista numa intersecção, ou muito próximo dela, mesmo local permita outra colocação.
que não haja nesse lugar nenhuma passagem para 3.a) estão proibidos toda parada e todo esta-
pedestres sinalizadas como tal ou delimitada por marcas cionamento de veículos na pista de rolamento:
sobre a pista da via pública. (i) nas passagens para pedestres, nas passa-
Art. 22. Ilhotas na Estrada gens para ciclistas e nas passagens de nível;
Sem prejuízo do disposto no art. 10 da pre- (ii) nos trilhos de bonde ou de vias férreas,
sente Convenção, todo condutor poderá deixar à sua que passam pela via ou tão perto esses ri-
direita ou à sua esquerda as ilhotas, balizas e demais lhos de modo que se impeça a circulação
dispositivos instalados na estrada pela qual circula, dos bondes ou dos trens, assim como,
com exceção dos casos seguintes: com ressalva da possibilidade para as Par-
a) quando um sinal impuser a passagem por tes Contratantes ou suas subdivisões de
um dos lados da ilhota, da baliza ou do dispositivo; prover disposições contrárias, nos pas-
b) quando a ilhota, a baliza ou dispositivo es- seios e nas faixas para ciclistas.
tiverem instalados no centro de uma pista com b) toda parada e todo estacionamento de veí-
circulação nos 2 (dois) sentidos, o condutor deverá culos ficam proibidos em todo lugar em que possam
deixar a ilhota, a baliza ou o dispositivo, do lado construir perigo, especialmente:
contrário ao correspondente ao da circulação. (i) sob passagens superiores e nos túneis, sal-
Art. 23. Parada e Estacionamento vo, eventualmente, em lugares especial-
1. Fora das áreas urbanas, os veículos e ani- mente indicados;
mais parados ou estacionados deverão estar situa- (ii) na pista próximo às lombadas e nas cur-
dos, na medida do possível, fora da pista. Não deve- vas quando não houver visibilidade sufi-
rão estar situados nas faixas para ciclistas nem, ciente para que os demais veículos pos-
exceto quando assim o permita a legislação nacional sam ultrapassar sem perigo, tendo em con-
pertinente, nos passeios ou acostamentos especial- ta a velocidade dos veículos no trecho da
mente preparados para pedestres. via de que se trate;
2.a) os animais e veículos parados ou estaci- (iii) na pista de rolamento na altura de uma
onados na pista deverão estar situados o mais marca longitudinal, quando não se aplica o
próximo possível dos bordos da mesma. Um condu- inc. (ii), da alínea “b” do presente parágra-
tor não deverá parar seu veículo nem estacioná-lo
fo, mas a largura da pista entre a marca e
numa pista, senão no lado correspondente ao da
o veículo for inferior a 3m (10 pés) e essa
circulação; não obstante, estará autorizado a pará-lo
marca indicar a proibição de ultrapassá-la,
ou estacioná-lo no outro lado quando, devido à
para os veículos que cheguem a ela pelo
presença de trilhos, não for possível fazê-lo no lado
mesmo lado.
correspondente ao da circulação. Além do mais, as
Partes Contratantes ou suas subdivisões poderão: c) fica proibido todo estacionamento de veícu-
los na pista:
(i) não proibir a parada e o estacionamento
em qualquer lado, sob certas condições, (i) nas imediações das passagens de nível,
especialmente se houver sinais viários das intersecções, e das paradas de ôni-
que proíbam a parada no lado da circula- bus, de ônibus elétricos ou de veículos
ção de trânsito sobre trilhos, nas distâncias que determi-
(ii) nas pistas de sentido único, autorizar a parada nar a legislação nacional;
e o estacionamento no lado contrário, simul- (ii) diante das entradas para veículos, nas
taneamente, ou não, com a parada e o esta- propriedades;
cionamento no lado da circulação; (iii) em todo lugar onde o veículo estacionado
(iii) autorizar a parada e o estacionamento no impeça o acesso a outro veículo regularmen-
centro da pista de rolamento em lugares te estacionado ou a saída de tal veículo;
especialmente indicados: (iv) na pista central das vias de 3 (três) pistas
b) salvo disposições contrárias, previstas pela e, fora das áreas urbanas, nas pistas das
legislação nacional, nenhum veículo poderá parar vias que uma sinalização adequada indique
nem estacionar em fila dupla na pista, excetuados os que têm o caráter de vias preferenciais;
biciclos, os ciclomotores de 2 (duas) rodas e motoci- (v) em lugares tais que o veículo estacionado
cletas de 2 (duas) rodas sem – side-car -. Os veículos impeça a visão de sinais viários ou semá-
parados ou estacionados deverão situar-se paralela- foros aos usuários da via.
38 Ordeli Savedra Gomes

4. um condutor não deverá abandonar seu veí- (ii) dar meia volta, marcha-à-ré ou penetrar na
culo ou seus animais sem haver adotado todas as faixa central ou passagens transversais
precauções necessárias para evitar qualquer aciden- entre as duas pistas da estrada.
te, nem, no caso de um automotor, para impedir seu 2. Os condutores que se incorporam a uma
uso sem autorização. auto-estrada deverão:
5. Recomenda-se para as legislações nacio- a) se não existe pista de aceleração no pro-
nais estabeleçam que todo veículo motorizado, longamento da via de acesso, ceder passagem aos
excetuados os ciclomotores de 2 (duas) rodas e as veículos que circulam pela auto-estrada;
motocicletas de 2 (duas) rodas sem – side-car -, b) se existe faixa de aceleração, utilizá-la e
assim como todo reboque, aclopado ou não, que se incorporar-se ao trânsito da auto-estrada respeitando
encontrar imobilizado na pista, fora de povoações, as disposições dos parágrafo 1 e 3, do art. 14, da
seja assinalado à distância por meio de dispositivo presente Convenção.
apropriado, colocado no lugar mais indicado para 3. Os condutores que abandonam a auto-
advertir com suficiente antecedência aos demais estrada deverão, com suficiente antecedência, trafegar
condutores que se aproximam: pela pista situada do mesmo lado que a saída da auto-
a) quando o veículo estiver imobilizado de noi- estrada e penetrar o mais rápido possível na pista de
te no leito da via, em condições tais que os conduto- diminuição de velocidade, se esta existir.
res que se aproximem não possam dar-se conta do 4. Para os efeitos da aplicação dos §§ 1º, 2º,
obstáculo que este constitui; 3º do presente artigo, assimilam-se às auto-estradas
b) quando, em outros casos, o condutor se as demais vias reservadas à circulação de automoto-
haja visto obrigado a imobilizar seu veículo em lugar res sinalizadas como tais e as não tenham acesso às
em que seja proibida a parada. propriedades confinantes.
6. Nada no presente art. poderá ser interpre- Art. 26. Regras Especiais Aplicáveis aos Cor-
tado no sentido de que impeça às Partes Contratan- tejos e aos Inválidos
tes ou a suas subdivisões prescrever novas proibi- 1. Fica proibido aos usuários da via cortar as
ções relativas ao estacionamento e à parada. colunas militares, os grupos de escolares que circu-
Art. 24. Abertura das Portas lem em fila sob a direção de um responsável e outros
É proibido abrir a porta de um veículo, deixá-la cortejos.
aberta ou descer do veículo, sem antes haver-se 2. Os inválidos que se deslocam em cadeiras
certificado de que isso não constitui perigo para de rodas movidas por eles mesmos ou que circulam à
outros usuários da via. velocidade do passo humano, poderão utilizar os
Art. 25. Auto-Estradas e Vias Similares passeios e acostamento transitáveis.
1. Nas auto-estradas e, se a legislação nacio- Art. 27. Regras Especiais Aplicáveis aos Ciclis-
nal assim o dispuser,nas vias especiais de acesso e tas e aos Condutores de Ciclomotores e Motocicletas
saída das mesmas: 1. Não obstante o disposto no parágrafo 3, do
a) fica proibida a circulação de pedestres, art. 10, da presente Convenção, as Partes Contratan-
animais, ciclos, ciclomotores não-assimilados às tes ou suas subdivisões poderão não proibir que os
motocicletas, e de todos os veículos, salvo os auto- ciclistas circulem em filas de dois ou mais.
motores e seus reboques, como também dos auto- 2. Fica proibido aos ciclistas circular sem se-
motores ou seus reboques que, por construção, não gurar o guidom, pelo menos com uma das mãos, ir
possam desenvolver, no plano uma velocidade fixada rebocados por outro veículo ou transportar, arrastar
pela legislação nacional; ou empurrar objetos que estorvem a condução ou
b) fica proibido aos condutores: sejam perigosos para os demais usuários da via.
(i) parar seus veículos ou estacioná-los fora As mesmas disposições se aplicarão aos
dos lugares de estacionamento sinaliza- condutores de ciclomotores e motocicletas, sendo
dos; no caso de imobilização forçada de que, além disso, estes deverão segurar o guidom
um veículo, seu condutor deverá esforçar- com as duas mãos, salvo, eventualmente para dar a
se para colocá-lo fora da pista de rolamen- indicação de manobra descrita no parágrafo 3, do art.
to e também fora da margem de acosta- 14, da presente Convenção.
mento; se não o conseguir, deverá assina- 3. Fica proibido aos ciclistas e aos condutores
lar imediatamente à distância a presença de ciclomotores, transportar passageiros em seu
do veículo para advertir com suficiente an- veículo, mas as Partes Contratantes ou suas subdivi-
tecipação aos outros condutores que se sões poderão não exigir o cumprimento desta dis-
aproximem; posição, e em particular autorizar o transporte de
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 39

passageiros no assento ou nos assentos suplementa- a) não ponha em perigo as pessoas nem cau-
res instalados para essa finalidade no veículo. Só se danos a propriedades públicas ou privadas, e em
será permitido aos condutores de motocicletas especial, não se arraste pela via nem caia sobre esta;
transportar passageiros no – side car –, se houver, e b) não atrapalhe a visibilidade do condutor
no assento suplementar eventualmente colocado nem comprometa a estabilidade ou a condução do
atrás do condutor. veículo;
4. Quando existir uma faixa para ciclistas, as c) não provoque ruído, poeira ou outros incô-
Partes Contratantes ou suas subdivisões poderão modos que se possam evitar;
proibir aos ciclistas que circulem pelo restante da d) não oculte as luzes, incluídas as luzes de
pista. No mesmo caso, poderão autorizar aos condu- freio e os indicadores de direção, os dispositivos
tores de ciclomotores a que circulem pela faixa para
refletores, os números de matrícula e o signo distin-
ciclistas e, se julgarem conveniente, proibi-los circu-
tos do Estado de matrícula de que o veículo deve
lar pelo restante da estrada.
estar provido em virtude da presente Convenção ou
Art. 28. Emprego de Sinais Acústicos e Óticos da legislação nacional, nem oculte os sinais feitos
1. Só poderá fazer uso de sinais acústicos: com o braço, de conformidade com o disposto no
a) para fazer as advertências necessárias a parágrafo 3 do art. 14 ou no parágrafo 2, do art. 17,
fim de evitar acidente; da presente Convenção.
b) fora das áreas urbanas, quando for conve- 3. Todos os acessórios, tais como cabos, cor-
niente advertir a um condutor que se tem o propósito rentes ou lonas, que sirvam para acondicionar ou
de ultrapassá-lo. proteger a carga, deverão sujeitar bem a mesma e
A emissão de sons pelos aparelhos acústicos estar solidamente fixados. Todos os acessórios
de advertência não deve durar mais que o necessário. destinados a proteger a carga deverão reunir as
2. Entre o anoitecer e o amanhecer, os condu- condições previstas para a carga no § 2º do presente
tores de automotores poderão empregar os sinais artigo.
óticos definidos no § 5º, do art. 33, da presente 4. As cargas que sobressaiam ou se projetem
Convenção, em lugar dos sinais acústicos. Também além do veículo, pela frente, por trás, ou lateralmente,
poderão utilizá-los de dia, com a finalidade indicada deverão estar sinalizadas em forma bem visível, em
no § 1.b do presente artigo, se assim aconselharem todos os casos em que seu contorno possa não ser
as circunstâncias. percebido pelos condutores dos demais veículos; de
3. As Partes Contratantes ou suas subdivi- noite, esta sinalização deverá ser feita, para a frente,
sões poderão autorizar também o emprego, nas áreas por meio de uma luz branca e dispositivo refletor de
urbanas, de sinais óticos com a finalidade indicada cor branca e, para trás, por meio de uma luz vermelha
no § 1.b do presente artigo. e um dispositivo refletor de cor vermelha. Em especi-
Art. 29. Veículos sobre Trilhos al, nos veículos motorizados.
1. Quando uma linha férrea passar pela via, a) as cargas que sobressaiam ou se projetem
todo usuário da via deverá, ao aproximar-se um da extremidade do veículo por mais de 1 m (3 pés e 4
bonde, ou outro veículo que circule sobre trilhos, polegadas) pela parte de trás ou pela parte da frente,
afastar-se dos trilhos o quanto antes possível para deverão ser sinalizadas em todos os casos;
dar passagem a este veículo.
b) as cargas que sobressaiam lateralmente do
2. As Partes Contratantes ou suas subdivi- gabarito do veículo, de tal maneira que sua extremi-
sões poderão adotar para a circulação viária de
dade lateral se encontre a mais de 0,40 m (16 pole-
veículos que se desloquem sobre trilhos, assim como
gadas) da borda exterior da luz dianteira de posição
para o cruzamento ou ultrapassagem destes veículos,
do veículo, deverão ser sinalizadas atrás, durante a
regras especiais distintas das previstas no presente
noite, as cargas cuja extremidade lateral se encontre
Capítulo. Não obstante, as Partes Contratantes ou
suas subdivisões não poderão adotar disposições a mais de 0,40 (16 polegadas) da borda exterior da
incompatíveis com as do parágrafo 7, do art. 18, da luz traseira do veículo.
presente Convenção. 5. O disposto no § 4º do presente artigo não
Art. 30. Carga de Veículos poderá ser interpretado no sentido que impeça às
Partes Contratantes ou suas subdivisões proibir,
1. Se fixa para um veículo um peso máximo
limitar ou submeter a autorização especial os casos
autorizado, seu peso em carga não deverá nunca
exceder do peso máximo autorizado. em que a carga sobressaia dos limites do veículo a
que se faz referência no mencionado § 4º.
2. A carga de um veículo deverá estar acon-
dicionada e, se preciso, amarrada de modo que: Art. 31. Comportamento em Caso de Acidente
40 Ordeli Savedra Gomes

1. Sem prejuízo do disposto nas legislações b) todo veículo ou conjunto de veículos, ao


nacionais sobre a obrigação de prestar auxílio aos qual não se apliquem as disposições da alínea -a– do
feridos, todo condutor ou qualquer outro usuário da presente parágrafo e que se encontre em uma via,
via, implicado em um acidente de trânsito, deverá: terá acesa pelo menos uma luz branca ou de cor
a) deter-se assim que for possível fazê-lo, sem amarela seletiva, dirigida para frente e pelo menos
criar um novo perigo para o trânsito; uma luz vermelha dirigida para trás; se só houver
b) esforçar-se para manter a segurança do uma luz na parte dianteira e uma luz na parte traseira,
trânsito no local do acidente e, se houver resultado esta luz deverá ser colocada no centro do veículo, ou
morta ou gravemente ferida alguma pessoa, evitar, no lado oposto ao correspondente ao da circulação;
sempre que não se ponha em perigo a segurança do se se tratar de veículos de tração animal e de carros
trânsito, a modificação do estado das coisas e que de mão, o dispositivo que emita essas luzes poderá
desapareçam as marcas que possam ser úteis para ser levado pelo condutor ou um acompanhante que
determinar sobre quem recai a responsabilidade. marche ao lado do veículo acima citado.
c) ser exigido por outras pessoas implicadas 3. As luzes previstas no parágrafo 2, do pre-
no acidente, comunicar-lhes sua identidade; sente artigo deverão ser de tal natureza que assina-
d) se houver resultado ferida ou morta alguma lem efetivamente o veículos aos demais usuários da
pessoa no acidente, advertir à polícia e permanecer via; a luz dianteira e a traseira não poderão ser
ou voltar ao local do acidente até a chegada desta, a emitidas pela mesma lâmpada ou pelo mesmo
menos que tenha sido autorizado por esta para dispositivo a não ser quando as características do
abandonar o local ou que deva prestar auxílio aos veículo e, especialmente, seu pequeno comprimento
feridos ou ser ele próprio socorrido. forem tais que esta prescrição possa cumprir-se
2. As Partes Contratantes ou suas subdivi- nessas condições.
sões poderão deixar de incluir em sua legislação 4.a) não obstante o previsto no § 2º do pre-
nacional a prescrição que figura no § 1.d do presente sente artigo:
artigo, quando não haja causado ferimento grave (i) essas disposições não se aplicarão aos veí-
algum e quando nenhuma das pessoas implicadas no culos parados ou estacionados em uma via
acidente exija que se advirta à polícia. iluminada, de tal maneira que sejam clara-
Art. 32. Iluminação: Regras Gerais mente visíveis a uma distância suficiente;
1. Para os efeitos do presente artigo, o ter- (ii) os veículos motorizados cujo comprimento
mo – noite – compreende o intervalo entre o anoi- e largura não excedam, respectivamente,
tecer e o amanhecer, assim como os demais mo- de 6 m (20 pés) e de 2 m (6 pés e 6 pole-
mentos em que não haja suficiente visibilidade gadas) e aos quais não esteja acoplado
devida, por exemplo: a névoa, nevada, chuva forte nenhum veículo, poderão, quando se de-
ou a passagem por um túnel. tenham ou estacionem em uma via no in-
terior de uma povoação, levar acesa ape-
2. De noite:
nas uma luz colocada no lado do veículo,
a) todo veículo motorizado, com exceção dos
oposto ao bordo da pista junto à qual se
ciclomotores e das motocicletas de 2 (duas) rodas,
encontre parado ou estacionado; esta luz
sem side-car, que se encontre em uma via, terá
será branca ou amarela na frente e, ver-
acesas na partes dianteira pelo menos 2 (duas) luzes
melha ou amarela atrás;
brancas ou de cor amarela seletiva e, na parte trasei-
(iii) as disposições do § 2.b do presente artigo
ra, um número par de luzes vermelhas, de conformi-
dade com as disposições aplicáveis aos automotores não se aplicarão nem aos biciclos, nem
que figuram nos parágrafos 23 e 24 do Anexo 5; as aos ciclomotores de 2 (duas) rodas, nem
às motocicletas de 2 (duas) rodas sem –
legislações nacionais poderão, contudo, autorizar o
uso de luzes amarelas de posição na parte dianteira. side car –, não providas de acumuladores,
As disposições da presente alínea “a”aplicar-se-ão quando se detenham ou estacionem à
aos conjuntos formados por um veículo motorizado e margem da via, em uma povoação.
um ou vários reboques, devendo então as luzes b) além do mais, a legislação nacional poderá
vermelhas encontrar-se na parte traseira do último autorizar exceções às disposições do presente artigo
reboque; os reboques aos quais se aplicam as dispo- a respeito:
sições do parágrafo 30, do Anexo 5, da presente (i) dos veículos parados ou estacionados em
Convenção levarão na parte dianteira as duas luzes áreas especiais, fora da pista de rolamento
brancas prescritas no dito parágrafo 30; da estrada;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 41

(ii) dos veículos parados ou estacionados em ruas reduzida devido, por exemplo, à névoa, nevada,
residenciais, onde o trânsito é muito escasso. chuva forte ou passagem de um túnel, as luzes altas
5. Os veículos não deverão em nenhum caso, não deverão ser acesas ou deverão ser usadas de
levar na parte dianteira luzes, dispositivos refletores modo que se evite o ofuscamento:
ou materiais refletores vermelhos, nem levar na (i) quando o condutor for cruzar com outro
traseira luzes, dispositivos refletores ou materiais veículo; as luzes, quando empregadas,
refletores brancos ou amarelo seletivo; esta disposi- deverão apagar-se, ou ser utilizadas de
ção não se aplicará nem ao emprego de luzes bran- modo que se evite o ofuscamento, à dis-
cas ou amarela seletiva de marcha-à-ré, nem à tância necessária para que o condutor
iluminação dos números e letras de cor clara das desse outro veículo possa continuar sua
placas traseiras de matrícula ou dos signos distinti- marcha sem dificuldade e sem perigo;
vos ou de outras marcas distintivas que possa exigir (ii) quando um veículo seguir outro à pequena
a legislação nacional ou do reflexo do fundo claro de distância; contudo as luzes de estrada po-
tais placas ou signos, nem às luzes vermelhas girató- derão ser acesas, de conformidade com o
rias ou pisca-piscas de certos veículos que têm disposto no § 5º do presente artigo, para
preferência de trânsito. indicar o propósito de ultrapassar nas
6. As Partes Contratantes ou suas subdivi- condições previstas no art. 28 da presente
sões poderão, na medida que acharem possível, sem Convenção;
comprometer a segurança do trânsito, autorizar, em (iii) em toda circunstância em que for necessário
sua legislação nacional, exceções às disposições do não ofuscar aos demais usuários da via ou
presente artigo com respeito aos: aos usuários de uma via aquática ou de uma
a) veículos de tração animal e carros de mão; linha férrea que existir ao largo da via.
b) veículos de forma ou natureza especial ou em- c) sem prejuízo do disposto na alínea -d– do
pregados com finalidades e em condições especiais. presente parágrafo, as luzes de cruzamento (luz
7. nenhuma das disposições da presente Con- baixa) deverão ser acesas quando, de acordo com o
venção poderá ser interpretada no sentido de impedir à disposto nas alíneas “a” e “b” do presente parágrafo,
legislação nacional impor aos grupos de pedestres for proibido acender as luzes altas, e poderão ser
conduzidos por um responsável ou que formam cortejo, utilizadas em lugar destas últimas quando iluminarem
bem como aos condutores de cabeças de gado, o suficiente para que o condutor possa ver claramen-
sozinhas ou em rebanho, ou animais de tiro, carga ou te, a uma distância adequada, e para que outros
sela, que levam, quando circulam pela pista de rola- usuários da via possam distinguir o veículo a uma
mento da estrada nas circunstâncias definidas no § 2.b distância apropriada;
do presente artigo, um dispositivo refletor ou uma luz; a d) as luzes de posição deverão ser utilizadas
luz refletida ou emitida deverá ser então branca ou de simultaneamente com as luzes altas, luzes baixas e
cor amarela seletiva para a frente e vermelha para trás, luzes de neblina. Poderão ser utilizadas sozinhas
ou também de cor amarela nas duas direções. quando o veículo estiver parado ou estacionado ou
Art. 33. Iluminação: Normas para o Emprego quando, em vias que não sejam auto-estradas nem
das Luzes Previstas no Anexo 5. as demais vias mencionadas no parágrafo 4, do art.
1. O condutor de um veículo provido das luzes 25, da presente Convenção, houver luz suficiente
altas e luzes baixas, ou luzes de posição definidas no para que os demais usuários da via possam distinguir
Anexo 5da presente Convenção, utilizará estas luzes o veículo desde uma distância apropriada.
nas condições seguintes, quando, em virtude do art. 2. Quando um veículo estiver provido das lu-
32 da presente Convenção, o veículo deva levar zes de neblina, definidas no Anexo 5 da presente
acesas na frente pelo menos uma ou duas luzes Convenção, estas luzes só devem ser utilizadas em
brancas ou de cor amarela seletiva; caso de neblina, nevada ou chuva forte. Não obstante
a) as luzes altas não deverão ser acesas nas o disposto na alínea “c”, do § 1º, do presente artigo,
áreas urbanas, quando as vias forem suficientemente as luzes de neblina serão utilizadas então em substi-
iluminadas, nem fora dos povoados quando a pista tuição às luzes baixas; a legislação nacional poderá
estiver iluminada de forma continua e esta ilumina- todavia, autorizar, neste caso, a utilização simultânea
ção bastar para que o condutor possa ver claramente das luzes de neblina e das luzes baixas.
até uma distância suficiente, nem quando o veículo 3. Não obstante o disposto no § 2º do presen-
estiver parado; te artigo, a legislação nacional poderá, mesmo no
b) com a ressalva de que a legislação nacio- caso de ausência de névoa, nevada ou chuva forte,
nal pertinente autorize a utilização das luzes altas autorizar que se faça uso das luzes de neblina em
durante as horas do dia em que a visibilidade seja vias estreitas com muita curva.
42 Ordeli Savedra Gomes

4. Nenhuma disposição da presente Conven- para este fim. O certificado, denominado certificado
ção poderá ser interpretada no sentido que impeça às de matrícula, conterá pelo menos:
legislações nacionais impor a obrigação de acende- • um número de ordem, chamada número de
rem-se as luzes baixas nas povoações. matrícula, cuja composição se indica no Anexo
5. Os sinais óticos a que se faz referência no 2 da presente Convenção;
parágrafo 2 do art. 28 consistirão no acender intermi- • a data da primeira matrícula do veículo;
tente a curtos intervalos das luzes baixas ou no • nome completo e o domicílio do titular do
acender intermitente das luzes altas ou no acender certificado;
alternado, a curtos intervalos, as luzes baixas e altas. • nome ou a marca do fabricante do veículo;
Art. 34. Exceções • número de ordem do chassi (número de fabrica-
1. Desde que os dispositivos produtores de ção ou número de série do fabricante);
sinais especiais óticos e acústicos de um veículo que • se se trata de um veículo destinado ao transporte
tenha prioridade de passagem indiquem a proximida- de mercadorias, o peso máximo autorizado;
de desse veículo, todo usuário da via deverá livre • prazo de validez, se não for ilimitado.
passagem pela via, e deter-se, se necessário.
As indicações registradas no certificado figurão
2. As legislações nacionais poderão estabelecer unicamente em caracteres latinos ou em letras cursiva,
que os condutores de veículos que tenham prioridade de chamada inglesa, ou aparecerão repetidas dessa forma.
passagem não ficarão obrigados, quando sua passagem
b) as Partes Contratantes ou suas subdivisões
for anunciada pelos dispositivos de sinalização especiais
poderão, todavia, dispor que os certificados expedi-
de veículo, e sempre que ponham em perigo os demais
dos em seu território indiquem o ano de fabricação
usuários da via, a respeitar em sua totalidade ou em
em lugar de data da primeira matrícula.
partes as disposições do presente Capítulo II com
exceção das do parágrafo 2 do art. 6. 2. Não obstante o disposto no § 1º do presen-
te artigo, um veículo articulado, não-desacoplado,
3. As legislações nacionais poderão determi-
enquanto estiver em circulação internacional, será
nar em que medida o pessoal que trabalha na cons-
beneficiado pelas disposições da presente Conven-
trução, reparação ou conservação de vias, com
ção, mesmo que só exista para esse veículo uma
inclusão dos condutores das máquinas empregadas
única matrícula e se haja expedido um só certificado
nas obras, não estará obrigado, sempre que observe
para o trator e o semi-reboque que o formam.
todas as precauções necessárias, a respeitar durante
seu trabalho, as disposições do presente Capítulo II. 3. Nenhuma das disposições da presente
Convenção poderá ser interpretada no sentido em
4. Para ultrapassar ou cruzar máquinas a que
que se limite o direito das Partes Contratantes ou
se faz referência no § 3º do presente artigo, enquanto
suas subdivisões de exigir do condutor, no caso de
participam nos trabalhos que se efetuam na via, os
um veículo em circulação internacional não-
condutores dos demais veículos poderão deixar de
matriculado no nome de nenhum dos ocupantes do
observar as disposições dos arts. 11 e 12 da presen-
mesmo, que justifique seu direito à posse do veículo.
te Convenção na medida necessária, e sob a condi-
ção de adotar todas as precauções do caso. 4. Recomenda-se que as Partes Contratantes,
que ainda não o tenham, que estabeleçam um servi-
CAPÍTULO III ço que, em escala nacional ou regional registre os
CONDIÇÕES QUE DEVEM REUNIR OS automotores postos em circulação e de manter um
VEÍCULOS AUTOMOTORES E OS registro central dos dados particulares contidos no
REBOQUES PARA SEREM certificado de matrícula de cada veículo.
ADMITIDOS EM CIRCULAÇÃO Art. 36. Número de Matrícula
INTERNACIONAL 1. Todo automotor em circulação internacio-
Art. 35. Matrícula nal deverá levar seu número de matrícula na parte
1.a) para beneficiar-se das disposições da dianteira e na parte traseira; contudo as motocicletas
presente Convenção, todo veículo automotor em só deverão levar esse número na parte traseira.
circulação internacional e todo reboque que não seja 2. Todo reboque matriculado, em circulação
um reboque ligeiro, acoplado a um automotor, deve- internacional, deverá levar na parte traseira, seu
rão estar matriculados por uma Parte Contratante ou número de matrícula. No caso de um automotor que
por uma de suas subdivisões e o condutor deverá arraste um ou mais reboques, o reboque ou o último
estar provido de um certificado válido emitido para dos reboques, se não estiverem matriculados, leva-
atestar essa matrícula, expedido seja por uma autori- rão o número de matrícula do veículo-trator.
dade competente dessa Parte Contratante ou de sua 3. A composição e a forma em que devem ser
subdivisão, pela associação que esta haja habilitado colocados o número de matrícula a que se refere o
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 43

presente artigo se ajustarão às disposições do Anexo território um automotor que pertença às categorias de
2 da presente Convenção. veículos compreendidas pelo documento de habilita-
Art. 37. Signo Distintivo do Estado de Matrícula ção, com a condição de que o citado documento esteja
1. Todo automotor em circulação internacio- em vigência e haja sido expedido por outra Parte
nal deverá levar na parte traseira, além de seu núme- Contratante ou por uma de suas subdivisões ou por
ro de matrícula, um signo distintivo do Estado onde uma associação habilitada, para este efeito, por esta
haja sido matriculado. outra Parte Contratante, ou por suas subdivisões. As
2. Todo reboque engatado a um automotor e disposições do presente parágrafo não se aplicam aos
que, em virtude do art. 36 da presente Convenção, documentos que habilitam à aprendizagem.
deva levar na parte traseira um número de matrícula 2. Não obstante o estabelecido no parágrafo
deverá também levar na parte traseira o signo distin- anterior:
tivo do Estado que haja expedido este número de a) quando a validez do documento de habilita-
matrícula. As disposições do presente parágrafo se ção para dirigir estiver subordinada, por uma menção
aplicarão mesmo no caso de que o reboque esteja especial, à condição de que o interessado leve certos
matriculado em um Estado que não seja o Estado de aparatos ou a que se introduzam certas modificações
matrícula do automotor ao qual esteja engatado; se o no veículo para adaptá-lo à invalidez do condutor, o
reboque não estiver matriculado deverá levar na parte documento de habilitação não será reconhecido
traseira o distintivo do Estado de matrícula do veículo- como válido se não forem observadas as condições
trator, exceto quando circular nesse Estado. A composi- assim indicadas;
ção e a forma em que deve ser colocado o distintivo a b) as Partes Contratantes poderão negar-se a
que se refere o presente artigo se ajustarão às disposi- reconhecer a validez, em seu território, dos documen-
ções do Anexo 3 da presente Convenção. tos de habilitação para dirigir, cujo titular não tiver a
Art. 38. Marcas de Identificação idade de 18 (dezoito) anos;
Todo automotor e todo reboque em circulação c) as Partes Contratantes poderão negar-se a
internacional deverão levar as marcas de identifica- reconhecer a validez, em seu território, para dirigir
ção definidas no Anexo 4 da presente Convenção. automotores ou conjunto de veículos das categorias
Art. 39. Disposições Técnicas – C -, – D -, – E – e que se faz referência no Anexo 6
Todo veículo, todo reboque e todo conjunto de e no Anexo 7 da presente Convenção, dos documen-
veículos em circulação internacional deverão cumprir tos de habilitação para dirigir cujos titulares não
todas as disposições do Anexo 5 da presente Con- hajam atingido a idade de 21 (vinte e um anos) anos.
venção. Deverão estar, além do mais em bom estado 3. As Partes Contratantes se comprometem a
de funcionamento. adotar as medidas necessárias para que os docu-
Art. 40. Disposição Transitória mentos de habilitação nacionais e internacionais para
Durante 10 (dez) anos, a partir da entrada em dirigir, aos quais se referem as alíneas “a”, “b”, “c”,
vigor da presente Convenção, de conformidade com do § 1º, do presente artigo não sejam expedidos em
o o parágrafo 1 do art. 47, os reboques em circulação seu território sem uma garantia adequada quanto às
internacional, qualquer que seja seu peso máximo aptidões e às condições físicas do condutor.
autorizado, serão beneficiados pelas disposições da 4. Para a aplicação do § 1º e da alínea “c”, do
presente Convenção, mesmo que não sejam matricu- § 2º, do presente artigo:
lados. a) aos automotores da categoria -B– a que se
referem o Anexo 6 e o Anexo 7 da presente Conven-
CAPÍTULO IV
ção poderá ser engatado um reboque ligeiro; poder-
CONDUTORES DE VEÍCULOS
se-á também engatar neles um reboque cujo peso
AUTOMOTORES
máximo autorizado exceda de 750 kg (1.650 libras),
Art. 41. Validez das Habilitações para Dirigir mas não exceda da tara do automóvel, se o total dos
1. As Partes Contratantes reconhecerão: pesos máximos autorizados dos veículos assim
a) todo documento de habilitação nacional re- acoplados não for superior a 3.500 kg (7.700 libras);
gido em seu idioma ou em seus idiomas ou, se não b) aos automotores das categorias – C – e –
estiver redigido em um de tais idiomas, acompanha- D – a que se referem o Anexo 6 e o Anexo 7 da
do de uma tradução certificada; presente Convenção poderão ser engatados um
b) todo documento de habilitação nacional reboque ligeiro sem que o conjunto assim formado
que se ajuste às disposições do Anexo 6 da presente deixe de pertencer à categoria -C– ou à categoria -D-.
Convenção; 5. Só se poderá expedir um documento de
c) ou todo documento de habilitação internaci- habilitação internacional ao titular de um documento
onal que se ajuste às disposições do Anexo 7 da de habilitação nacional para cuja expedição tenham
presente Convenção, como válida para dirigir em seu sido cumpridos os requisitos mínimos exigidos pela
44 Ordeli Savedra Gomes

presente Convenção. O documento de habilitação um documento de habilitação, nacional ou internaci-


internacional não deverá continuar sendo válido uma onal, se for evidente ou estiver provado que seu
vez expirado o prazo do documento nacional corres- estado não lhe permite dirigir com segurança ou se
pondente, cujo número deverá figurar naquele. houver sido privado dom direito de dirigir no Estado
6. As disposições do presente artigo não obriga- onde tem a sua residência normal.
rão às Partes Contratantes reconhecer a validez: Art. 43. Disposição Transitória
a) dos documentos de habilitação nacionais Os documentos de habilitação internacionais
ou internacionais, que tenham sido expedidos no para dirigir que se ajustem às disposições da Con-
território de outra Parte Contratante a pessoas que venção sobre trânsito rodoviário, feita em Genebra
tinham sua residência normal em seu território no em 19.09.1949, e expedidos durante um período de 5
momento da referida expedição ou que tenham se (cinco) anos a partir da entrada em vigor da presente
mudado para seu território depois dessa expedição. Convenção, conforme o parágrafo 1,do art. 47, da
b) dos documentos de habilitação como os presente Convenção, serão, para os efeitos dos
acima mencionados que tenham sido expedidos a artigos 41 e 42 da presente Convenção, assimilados
condutores que no momento da expedição não aos documentos internacionais para dirigir previstos
tivessem residência normal no território em que na presente Convenção.
foram expedidos ou cuja residência tenha sido CAPÍTULO V
mudada para outro território depois dessa expedição.
CONDIÇÕES QUE TÊM DE
Art. 42. Suspensão da Validez dos Documen- REUNIR OS CICLOS E OS
tos de Habilitação para Dirigir CICLOMOTORES PARA SEREM
1. As Partes Contratantes ou suas subdivisões ADMITIDOS NA CIRCULAÇÃO
poderão suspender um condutor do direito de fazer uso INTERNACIONAL
em seu território da habilitação para dirigir, nacional ou
internacional, de que seja titular, se esse condutor Art. 44.
cometer, no território dessa Parte Contratante, uma 1. Os ciclos sem motor, em circulação inter-
infração que, de acordo com sua legislação, justifique a nacional deverão:
retirada da habilitação para dirigir. Em tal caso, a a) possuir um freio eficaz;
autoridade competente da Parte Contratante ou de b) estar providos de uma campainha que pos-
suas subdivisões que haja suspenso o direito de fazer sa ser ouvida à distância suficiente e não levar
uso documento de habilitação poderá: nenhum outro aparato produtor de sinais acústicos;
a) recolher e reter o documento até que expire c) estar providos de um dispositivo refletor
o prazo de suspensão do direito de fazer uso do mesmo vermelho na parte traseira e de dispositivos que
ou até que o condutor saia de seu território, se a saída permitam projetar uma luz branca ou amarela seletiva
se proceder antes da expiração do citado prazo; na parte dianteira e uma luz vermelha na parte traseira.
b) comunicar a suspensão do direito de usar o 2. No território das Partes Contratantes que
documento de habilitação à autoridade que o expediu não tenham feito, de conformidade com o parágrafo
ou em cujo nome foi expedido; 2, do art. 54, da presente Convenção, uma declara-
c) se se tratar de um documento de habilita- ção assimilando os ciclomotores às motocicletas, os
ção internacional, indicar, no local previsto para essa ciclomotores em circulação internacional deverão:
finalidade, que o documento já não é mais válido em
a) ter 2 (dois) freios independentes;
seu território;
b) estar providos de uma campanhia, ou de
d) no caso de não haver aplicado o procedi-
outro aparato produtor de sinais acústicos, que possa
mento previsto na alínea “a” do presente parágrafo,
completar a comunicação mencionada na alínea “b” ser ouvido à distância suficiente;
– pedindo à autoridade que expediu o documento de c) estar providos de um dispositivo de escape
habilitação, ou em cujo nome foi expedido, que silencioso e eficaz;
notifique ao interessado a decisão adotada. d) estar providos de dispositivos que permi-
2. As Partes Contratantes disporão o neces- tam projetar uma luz branca ou amarela seletiva na
sário para que se notifique aos interessados as parte dianteira, bem como de uma luz vermelha e um
decisões que tenham sido comunicadas de conformi- dispositivo refletor vermelho na parte traseira;
dade com o procedimento previsto na alínea “d”, do § e) levar a marca de identificação definida no
1º, do presente artigo. Anexo 4 da presente Convenção.
3. Nenhuma das disposições da presente 3. No território das Partes Contratantes que de
Convenção poderá ser interpretada no sentido de que conformidade com o parágrafo 2 do art. 54, da presen-
proíba a uma Parte Contratante ou às suas subdivi- te Convenção, hajam feito uma declaração assimilando
sões que impeça de dirigir a um condutor titular de os ciclomotores às motocicletas, as condições que
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 45

deverão reunir os ciclomotores para serem admitidos 3. Todo Estado que fizer a notificação a que
em circulação internacional são as definidas para as se refere o § 1º do presente artigo deverá notificar ao
motocicletas no Anexo 5 da presente Convenção. Secretário-Geral o signo ou os signos distintivos
escolhidos para a circulação internacional de veículos
CAPÍTULO VI
matriculados no território ou territórios de que se
DISPOSIÇÕES FINAIS
trate, de conformidade com o Anexo 3 da presente
Art. 45. Convenção. Mediante outra notificação dirigida ao
1. A presente Convenção estará aberta na Secretário-Geral, todo Estado poderá mudar um signo
Sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, até o dia distintivo anteriormente escolhido.
31.12.1969, à assinatura de todos os Estados- Art. 47.
Membros das Nações Unidas ou membro de quais- 1. A presente Convenção entrará em vigor 12
quer dos organismos especializados ou do Organismo (doze) meses após a data de depósito do 15º (décimo
Internacional de Energia Atômica, ou que sejam quinto) instrumento de ratificação ou de adesão.
Partes do Estado da Corte Internacional de Justiça, e 2. Com respeito a cada um dos Estados que a
de qualquer outro Estado convidado pela Assembleia- ratifiquem ou que a ela adiram depois de depósito do
Geral das Nações Unidas a adquirir a condição de 15º (décimo quinto) instrumento de ratificação ou
Parte na Convenção. adesão, a Convenção entrará em vigor 12 (doze)
2. A presente Convenção está sujeita à ratifica- meses após a data de depósito pelo dito Estado de
ção. Os instrumentos de ratificação serão depositados seu instrumento de ratificação ou de adesão.
em poder do Secretário-Geral das Nações Unidas. Art. 48.
3. A presente Convenção estará aberta à ade- Uma vez em vigor, a presente Convenção re-
são de qualquer um dos Estados a que se refere o § vogará e substituirá, nas relações entre as Partes
1º do presente artigo. Os instrumentos de adesão Contratantes, a Convenção Internacional relativa à
serão depositados em poder do Secretário-Geral. circulação de veículos automotores, firmadas em
4. Ao firmar a presente Convenção ou ao Paris a 24.04.1926, bem como a Convenção Intera-
depositar o instrumento de ratificação ou de ade- mericana sobre a regulamentação do trânsito auto-
são, cada Estado notificará ao Secretário-Geral o motor aberta à assinatura em Washington a
15.12.1943 e a Convenção sobre circulação rodoviá-
signo distintivo escolhido para a circulação interna-
ria aberta à assinatura em Genebra a 19.12.1949.
cional dos veículos matriculados no dito Estado, de
Art. 49.
conformidade com o Anexo 3 da presente Conven-
1. Transcorrido 1 (um) ano da entrada em vi-
ção. Mediante outra notificação dirigida ao Secretá-
gor da presente Convenção, toda Parte Contratante
rio-Geral, todo Estado poderá mudar um signo poderá propor uma ou mais emendas à mesma. O
distintivo anteriormente escolhido. texto de qualquer emenda que se proponha, acompa-
Art. 46. nhado de uma exposição de motivos, será transmiti-
1. Todo Estado poderá, no momento da assi- da ao Secretário-Geral, que a distribuirá a todas as
natura, da ratificação ou da adesão, ou em qualquer Partes Contratantes. As Partes Contratantes poderão
outro momento ulterior, declarar mediante notificado comunicar-lhe num prazo de 12 (doze) meses a partir
dirigida ao Secretário-Geral que a Convenção será da data dessa distribuição:
aplicável a todos ou a qualquer dos territórios por a) se aceitam a emenda;
cujas relações internacionais é responsável. A Con- b) se rejeitam a emenda; ou
venção será aplicável ao território ou aos territórios c) se desejam que se convoque uma confe-
indicados na notificação 30 (trinta) dias depois da rência para examinar a emenda.
data em que o Secretário-Geral haja recebido dita O Secretário-Geral transmitirá igualmente o
notificação, ou na data da entrada em vigor da texto da emenda proposta a todos os demais Estados
Convenção com respeito ao Estado que faça a notifi- a que se refere o parágrafo 1, do art. 45, da presente
cação, se esta data for posterior à precedente. Convenção.
2. Todo Estado que haja feito uma declaração 2.a) toda emenda que se proponha ou se dis-
de conformidade com o § 1º do presente artigo pode- tribua de conformidade com o parágrafo anterior será
considerada aceita se, no prazo de 12 (doze) meses
rá declarar em qualquer momento posterior, mediante
mencionado no parágrafo anterior, menos de 1/3 (um
notificação dirigida ao Secretário-Geral, que a Con-
terço) das Partes Contratantes comunicarem ao
venção deixará de aplicar-se a dito território 1 (um) Secretário-Geral que rejeitam a emenda ou que
ano depois da data em que o Secretário – Geral tenha desejam que se convoque uma conferência para
recebido a notificação. examiná-la. O Secretário-Geral notificará a todas as
46 Ordeli Savedra Gomes

Partes Contratantes toda aceitação ou toda não- sentadas na Conferência. O Secretário-Geral notificará
aceitação da emenda proposta e toda petição de que a todas as Partes Contratantes a adoção de emenda e
se convoque uma conferência para examiná-la. Se o esta entrará em vigor 12 (doze) meses depois da data
número total de não-aceitações e petições recebidas de sua notificação com respeito às Partes Contratan-
durante o prazo especificado de 12 (doze) meses for tes, salvo aquelas que, nesse prazo, hajam notificado
inferior a 1/3 (um terço) do número total das Partes ao Secretário-Geral que rejeitam a emenda.
Contratantes, o Secretário-Geral notificará a todas as b) toda Parte Contratante que haja rejeitado
Partes Contratantes que a emenda entrará em vigor 6 uma emenda durante esse prazo de 12 (doze) meses
(meses) depois de haver expirado o prazo de 12 poderá, a qualquer momento, notificar ao Secretário-
(doze) meses especificado no parágrafo anterior para Geral que a aceita, e o Secretário-Geral comunicará
todas as Partes Contratantes, exceto aquelas que essa notificação a todas as demais Partes Contratan-
durante o prazo especificado hajam rejeitado a tes. Com respeito à Parte Contratante que haja notifi-
emenda ou hajam solicitado a convocação de uma cado sua aceitação, a emenda entrará em vigor 6 (seis)
conferência para examiná-la; meses depois que o Secretário-Geral haja recebido a
b) toda Parte Contratante que durante o indi- notificação ou na data em que expire o mencionado
cado prazo de 12 (doze) meses rejeitar uma emenda prazo de 12 (doze) meses se esta data for posterior.
que se proponha, ou pedir que se convoque uma 6. Se a emenda proposta não for considerada
conferência para examiná-la, poderá, a qualquer aceita, de conformidade com o § 2º do presente artigo e
momento depois de transcorrido o indicado prazo, se não forem satisfeitas as condições prescritas na § 3º
notificar ao Secretário-Geral a aceitação da emenda, do mesmo, para a convocação de uma conferência, a
e o Secretário-Geral comunicará essa notificação a emenda proposta será considerada rejeitada.
todas as demais Partes Contratantes. Com respeito à Art. 50.
Parte Contratante que tenha feito essa notificação de Toda Parte Contratante poderá denunciar a
aceitação, a emenda entrará em vigor 6 (seis) meses presente Convenção mediante notificação por escrito
após seu recebimento pelo Secretário-Geral. dirigida ao Secretário-Geral. A denúncia surtirá efeito
3. Se a emenda proposta não for aceita de 1 (um) ano depois da data de recebimento da notifi-
conformidade com o § 2º do presente artigo e se, cação pelo Secretário-Geral.
dentro do prazo de 12 (doze) meses especificado no § Art. 51.
1º do presente artigo, menos da metade do número A presente Convenção deixará de vigorar se o
total das Partes Contratantes houverem comunicado número de Partes Contratantes for inferior a 5 (cinco)
ao Secretário-Geral que rejeitam a emenda proposta, durante um período de 12 (doze) meses consecutivos.
e se uma terça parte, pelo menos, do número total Art. 52.
das Partes Contratantes, mas nunca menos de 10 Toda controvérsia entre duas ou mais Partes
(dez), houverem comunicado que a aceitam ou que Contratantes, com referência à interpretação ou aplica-
desejam que se convoque uma conferência para ção da presente Convenção, que as Partes Contratantes
examiná-la, o Secretário-Geral convocará uma Confe- não tenham podido resolver por meio de negociações
rência para examinar a emenda ou qualquer outra ou de outro modo, poderá ser submetido, por solicitação
proposta que se apresente de conformidade com o § de qualquer uma das Partes Contratantes interessadas,
4º do presente artigo. à Corte Internacional de Justiça para que a resolva.
4. Se uma conferência é convocada de con- Art. 53.
formidade com o parágrafo 3 do presente artigo, o Nenhuma das disposições da presente Con-
Secretário-Geral convidará para a mesma a todos os venção poderá ser interpretada no sentido que proíba
Estados que se refere o parágrafo 1 do art. 45. O a uma Parte Contratante de tomar medidas, compatí-
Secretário-Geral pedirá a todos os Estado convidados veis com as disposições da Carta das Nações Unidas
à Conferência que, com pelo menos 6 (seis) meses e limitadas às exigências da situação, que julgar
de antecedência da data de abertura, lhe sejam necessárias para sua segurança externa ou interna.
enviadas todas as propostas, que desejarem que Art. 54.
sejam examinadas pela Conferência além da emenda 1. Todo Estado poderá, no momento de firmar
proposta, e comunicará essas propostas, pelo menos a presente Convenção ou de depositar seu instrumen-
3 (três) meses antes da data de abertura da Confe- to de ratificação ou de adesão, declarar que não se
rência, a todos os Estados convidados à mesma. considera obrigado pelo art. 52 da presente Conven-
5.a) toda emenda à presente Convenção será ção. As demais Partes Contratantes não estarão
considerada aceita se for adotada por uma maioria de obrigadas pelo art. 52 com respeito a qualquer Parte
2/3 (dois terços) dos Estados representados na Confe- Contratante que tenha feito essa declaração.
rência, sempre que essa maioria incluir pelo menos 2/3 2. No momento de depositar seu instrumento
(dois terços) do número de Partes Contratantes repre- de ratificação ou de adesão, todo Estado poderá de-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 47

clarar, mediante notificação dirigida ao Secretário- b) modifica essas disposições na mesma me-
Geral que, para os efeitos da presente Convenção, dida no que diz respeito às demais Partes Contratan-
assimila os ciclomotores às motocicletas alínea “n” tes em suas relações com à Parte Contratante que
do art. 1. Todo Estado poderá, em qualquer momento, haja feito a reserva.
mediante notificação dirigida ao Secretário-Geral, Art. 55.
retirar sua declaração. O Secretário-Geral, além das declarações, no-
3. As declarações previstas no § 2º do pre- tificações e comunicações previstas nos arts. 49 e 54
sente artigo surtirão efeito 6 (seis) meses depois da da presente Convenção, notificará a todos os Estados
data em que o Secretário-Geral haja recebido sua a que se refere o parágrafo 1 do art. 45 o seguinte:
notificação, ou na data em que entre em vigor a a) as assinaturas, ratificações e adesões de
Convenção para o Estado que formule a declaração, acordo com o disposto no art. 45;
se esta data for posterior à primeira.
b) as notificações e declarações previstas no
4. Toda notificação de um signo distintivo an- parágrafo 4 do art. 45 e no art. 46;
teriormente escolhido que se notifique de conformi- c) as datas de entrada em vigor das emendas
dade com o disposto no parágrafo 4 do art. 45 ou no à presente Convenção em virtude do art. 47;
parágrafo 3, do art. 46, da presente Convenção,
d) as datas da entrada em vigor das emendas
surtirá efeito 3 (três) meses depois da data em que o
à presente Convenção de conformidade com os
Secretário-Geral haja recebido a notificação.
parágrafos 2 e 5 do art. 49.
5. As reservas à presente Convenção e seus
e) as denúncias conforme o previsto no art. 50;
Anexos, com exceção da prevista no § 1º do presente
artigo, estarão autorizadas sob a condição de que sejam f) a revogação da presente Convenção de
formuladas por escrito e, se foram formuladas antes de conformidade com o art. 51.
se haver depositado o instrumento de ratificação ou de Art. 56.
adesão, sejam conformadas nesse documento. O O original da presente Convenção, feito em
Secretário-Geral comunicará essas reservas a todos os um só exemplar nas línguas inglesa, chinesa, espa-
Estados a que se refere o parágrafo 1 do art. 45. nhola, francesa e russa, sendo os 5 (cinco) textos
6. Toda Parte Contratante que haja formulado igualmente autênticos, será depositado em poder do
uma reserva ou feito uma declaração de conformida- Secretário-Geral das Nações Unidas, que transmitirá
de com o § 1º ou 4º presente artigo poderá retirá-la a uma cópia autenticada, conforme o original, a todos
qualquer momento mediante notificação dirigida ao os Estados a que se refere o parágrafo 1, do art. 45
Secretário-Geral. da presente Convenção. Em testemunho do que, os
Plenipotenciários abaixo assinados, devidamente
7. Toda reserva formulada de conformidade
autorizados para tal por seus respectivos governos,
com o § 5º do presente artigo:
firmaram a presente Convenção. Feita em Viena no
a) modifica, para a Parte Contratante que a fi- oitavo dia de novembro do ano de mil novecentos e
zer, as disposições da Convenção a que a reserva se sessenta e oito.
refere e na medida em que essa reserva afeta essas (segue a lista dos Estados Signatários).
disposições;
ANEXO 1
EXCEÇÕES À OBRIGAÇÃO DE ADMITIR EM CIRCULAÇÃO INTERNACIONAL
AOS VEÍCULOS AUTOMOTORES E AOS REBOQUES
1. As Partes Contratantes poderão não admitir 2. Para os efeitos do parágrafo 1 do presente
em seu território, em circulação internacional, auto- Anexo, não se considerará como excedendo da
motores, reboques e conjuntos de veículos cujos largura máxima autorizada, a projeção que apresenta:
pesos totais ou peso por eixo, ou cujas dimensões a) os pneumáticos perto de seu ponto de con-
excedam dos limites fixados por sua legislação tato com o solo, e as conexões dos indicadores de
nacional para os veículos matriculados em seu pressão dos pneumáticos;
território. As Partes Contratantes, em cujos territórios b) os dispositivos antiderrapante montados
ocorra uma circulação internacional de veículos nas rodas;
pesados, procurarão realizar acordos regionais que c) os espelhos retrovisores construídos de
permitam, em circulação internacional, o acesso às forma que com uma pressão moderada, se possa
vias da região, com exceção das de características alterar sua posição em ambos os sentidos de tal
técnicas limitadas, dos veículos e conjuntos de maneira que já não ultrapassem da largura máxima
veículos cujos pesos e dimensões não excedam das autorizada;
cifras fixadas por esses acordos.
48 Ordeli Savedra Gomes

d) os indicadores de direção laterais e suas cional, de todo automotor que, não seja um ciclomo-
luzes de gabarito, sob a condição de que a saliência tor de 2 (duas) rodas ou uma motocicleta de 2 (duas)
correspondente não exceda de alguns centímetros; rodas sem – side-car -, que esse automotor leve a
e) os selos aduaneiros fixados sobre a carga e bordo um dispositivo descrito no § 56, do Anexo 5,
os dispositivos de segurança e proteção desses selos. da presente Convenção, destinado a em caso de
3. As Partes Contratantes poderão não ad- imobilização na pista de rolamento da estrada anun-
mitir em seu território, em circulação internacional, ciar o perigo que o veículo constitui.
os seguintes conjuntos de veículos na medida em 7. As Partes Contratantes poderão exigir para
que sua legislação nacional proíba a circulação de a admissão em circulação internacional, por certas
tais conjuntos: vias difíceis ou certas regiões de relevo difícil de seu
a) motocicletas com reboque; território, de veículos automotores cujo peso máximo
b) conjuntos constituídos de um automotor e autorizado exceda de 3.500 kg (7.700 libras) que
vários reboques; esses veículos automotores cumpram as prescrições
c) veículos articulados destinados ao trans- da legislação nacional para a circulação nessas vias
ou regiões aos veículos de mesmo peso máximo
porte de pessoas.
autorizado que ela matricule.
4. As Partes Contratantes poderão não admitir
8. As Partes Contratantes poderão não admitir
em seu território, em circulação internacional, os
automotores e os reboques aos quais se apliquem as em circulação internacional sobre seu território, todo
exceções previstas no § 60, do Anexo 5, da presente veículo automotor munido de luz baixa com focos
assimétricos, se cada um desses focos não estiver
Convenção.
regulado para o sentido da circulação em seu território.
5. As Partes Contratantes poderão não admitir
9. As Partes Contratantes poderão não admitir
em seu território, em circulação internacional, os
ciclomotores e as motocicletas cujo condutor ou, se em circulação internacional em seu território os
for o caso, cujo passageiro não estiver provido de um veículos automotores ou reboques ligados a um
veículo automotor que possua um sinal distintivo
capacete de proteção.
diferente daquele que esteja previsto para tais veícu-
6. As Partes Contratantes poderão exigir, para los no art. 37 da presente Convenção.
a admissão em seu território, em circulação interna-

ANEXO 2
NÚMERO DE MATRÍCULA DOS AUTOMOTORES E DOS REBOQUES EM CIRCULAÇÃO INTERNACIONAL
1. O número de matrículas a que se referem os peciais de automotores nas quais seja difícil dar aos
arts. 35 e 36 da presente Convenção deverá estar números de matrícula dimensões suficientes para
composto de algarismos ou de algarismos e letras. Os que sejam legíveis, a 40 m (130 pés).
algarismos deverão ser arábicos e as letras deverão ser 3. Quando o número de matrícula estiver ins-
maiúsculas de caracteres, mas em tal caso o número crito numa placa especial, esta deverá ser plana e
de matrícula deverá repetir-se em algarismos arábicos fixar-se em posição vertical ou quase vertical, per-
e letras maiúsculas de caracteres latinos. pendicular ao plano longitudinal médio do veículo.
2. O número de matrícula deverá estar com- Quando o número for afixado ou pintado sobre o
posto e colocado de modo que seja legível de dia e veículo, deverá ficar em uma superfície plana e
com tempo claro desde uma distância mínima de 40 vertical ou quase plano e vertical, perpendicular ao
m (130 pés) por um observador situado na direção do plano longitudinal médio do veículo.
eixo do veículo e estado este parado; não obstante, 4. Sem prejuízo do disposto no § 5º do art. 32,
cada Parte Contratante para os veículos que matricu- a placa ou a superfície, sobre a qual se fixe ou se
le, poderá reduzir esta distância mínima de legibilida- pinte o número de matrícula, ser de material refletor
de, no caso das motocicletas e outras categorias es-

ANEXO 3
SIGNO DISTINTIVO DOS AUTOMOTORES E DOS REBOQUES EM CIRCULAÇÃO INTERNACIONAL
1. O signo distintivo a que se refere o art. 37 pintadas no negro sobre um fundo branco de forma
da presente Convenção deverá estar composto de elítica com o eixo maior em posição horizontal.
1(um) a 3 (três) letras maiúsculas em caracteres 2. Quando o signo distintivo consistir de so-
latinos. As letras terão uma altura mínima de 0,08 m mente uma letra, o eixo maior da elipse poderá estar
(3,1 polegadas) e a largura mínima de seus traços em posição vertical.
será de 0,01 (0,4 polegadas). As letras deverão estar
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 49

3. O signo distintivo de nacionalidade não de- a) 0,24 m (9,4 polegadas) e 0,145 m (5,7 po-
verá ir unido ao número de matrícula nem deverá legadas) se o signo distintivo constar de 3 (três)
estar colocado de tal maneira que possa confundir-se letras;
com este último ou prejudicar sua legibilidade. b) 0,175 m (6,9 polegadas) e 0,115 m ( 4,5
4. Nas motocicletas e seus reboques as di- polegadas) se o signo distintivo constar de menos de
mensões mínimas dos eixos da elipse serão 0,175 m 3 (três) letras.
(6,9 polegadas) e 0,115m (4,5 polegadas). Nos 5. As disposições do parágrafo 3 do Anexo 2
demais automotores e seus reboques, as dimensões se aplicarão à colocação do signo distintivo nos
mínimas dos eixos da elipse serão: veículos.

ANEXO 4
MARCAS DE IDENTIFICAÇÃO DOS AUTOMOTORES E SEUS
REBOQUES EM CIRCULAÇÃO INTERNACIONAL
1. As marcas de identificação compreenderão: c) para os ciclomotores, a indicação da cilin-
a) para os automotores: drada e as siglas – CM –.
(i) o nome ou a marca do produtor do veículo; 2. As marcas mencionadas no § 1º do presen-
(ii) no chassi ou, na falta de chassi, na carro- te Anexo deverão estar em lugares acessíveis e ser
çaria, o número de fabricação ou número facilmente legíveis; além do mais, deverão ser de
de série da produção; difícil modificação ou supressão. As letras e os
(iii) no motor, o número de fabricação do mo- números incluídos nas marcas figurarão unicamente
tor, se o produtor nele o colocar. em caracteres latinos ou em letra cursiva chamada
b) para os reboques, as indicações mencio- inglesa, e em algarismos arábicos, ou aparecerão
nadas nos incs. I e II supra; repetidos dessa maneira.

ANEXO 5
CONDIÇÕES TÉCNICAS RELATIVAS AOS AUTOMOTORES E AOS REBOQUES
1. As Partes Contratantes que, de conformidade b) por – freio de serviço – entende-se o que
com o art. 1, alínea “n”, da presente Convenção, hajam se utiliza normalmente para diminuir a marcha do
declarado que desejam assimilar às motocicletas os veículo e pará-lo;
veículos de 3 (três) rodas cuja tara não exceda de 400 c) por – freio de estacionamento – entende-se
kg (900 libras) deverão submeter estes últimos às o que se utiliza para manter o veículo imóvel na
disposições do presente Anexo relativas tanto às ausência do condutor ou, no caso de um reboque,
motocicletas como aos automotores. quando este se encontra desengatado;
2. Para os efeitos do presente Anexo, o termo d) por – freio de segurança – entende-se o
– reboque – se aplica unicamente aos reboques dispositivo destinado a diminuir a marcha do veículo
destinados a ser engatados a um automotor. e pará-lo no caso de falta do freio de serviço.
3. Sem prejuízo do disposto na alínea “a”, do A) Freio dos Automotores, com Exceção das
parágrafo 2, do artigo 3, da presente Convenção, toda Motocicletas:
Parte Contratante poderá impor prescrições que 5. Todo automotor, com exceção da motoci-
completam as disposições do presente Anexo, ou cleta, deverá estar provido de freios que possam ser
sejam mais restritas, para os automotores que facilmente acionados pelo condutor, desde seu
matricule e para os reboques que admita em circula- assentamento. Tais freios devem poder efetuar as 3
ção, de conformidade com a sua legislação nacional. (três) seguintes funções de frenagem:
CAPÍTULO I a) freio de serviço, que permita diminuir a
FREIOS marcha do veículo e pará-lo de modo seguro, rápido e
4. Para os efeitos do presente artigo: eficaz, quaisquer que sejam as condições de carga e
a) por – rodas de um eixo – entende-se as ro- o declive ou aclive da pista por onde circule;
das simétricas ou quase simétricas, com relação ao b) freio estacionamento, que permite manter
plano longitudinal médio do veículo, mesmo que não imóvel o veículo, quaisquer que sejam as condições
estejam situadas no mesmo eixo (o eixo em tandem de carga, num declive ou aclive de 16% (dezesseis
equivalente a 2 (dois) eixos); por cento), ficando as superfícies ativa do freio em
50 Ordeli Savedra Gomes

posição de frear mediante um dispositivo de ação sempre que o conjunto de veículos cumpra as condi-
puramente mecânica; ções relativas ao freio de estacionamento.
c) freio de segurança, que permita diminuir a 12. Os dispositivos que assegurem as duas
marcha do veículo e pará-lo quaisquer que sejam as funções de freio (serviço e estacionamento) poderão
condições de carga, dentro de uma distância razoá- ter partes comuns.
vel, inclusive no caso em que falhe o freio de serviço. 13. O freio de serviço deverá atuar sobre to-
6. Sem prejuízo do disposto no § 5º do pre- das as rodas do reboque.
sente Anexo, os dispositivos que assegurem as 3 14. O freio de serviço deverá poder ser acio-
(três) funções de freio (freio de serviço, freio de nado pelo controle de freio de serviço do veículo-
segurança e freio de estacionamento) poderão ter trator; não obstante, se o peso máximo autorizado do
partes comuns; as combinações dos controles se reboque não exceder de 3.500 kg (7.700 libras), o
permitirão unicamente no caso de existirem, pelo freio poderá ser tal que possa ser aplicado simples-
menos, dois controles distintos. mente, durante a marcha, pela aproximação do
7. O freio de serviço deverá atuar sobre todas reboque ao veículo-trator (freio por inércia).
as rodas do veículo; não obstante, nos veículos que 15. O freio de serviço e o freio de estaciona-
tenham mais de 2 (dois) eixos, as rodas de um deles mento deverão atuar sobre superfície de fricção
poderá não possuir freios. unidas às rodas de modo permanente por meio de
8. O freio de segurança deverá poder atuar peças suficientemente sólidas.
pelo menos sobre uma roda de cada lado do plano 16. Os dispositivos de freio deverão ser tais
longitudinal médio do veículo: a mesma disposição se que o reboque se detenha automaticamente em caso
aplicará ao freio de estacionamento. de ruptura do dispositivo de acoplamento durante a
9. O freio de serviço e o freio de estaciona- marcha. Contudo, estas disposições não se aplicarão
mento deverão atuar sobre superfícies de fricção aos reboques de um só eixo ou de 2 (dois) eixos que
unidas às rodas de modo permanente, por meio de distem um do outro menos de 1 m (40 polegadas)
peças suficientemente sólidas. com a condição de que seu peso máximo autorizado
10. Nenhuma superfície de fricção poderá fi- não exceda de 1.500 kg (3.300 libras) e, com exce-
car desacoplada das rodas. Contudo, tal desacopla- ção dos semi-reboques, e de que sejam providos
mento se admitirá para certas superfícies de fricção, além do dispositivo de acoplamento, do engate
sob a condição de que: secundário previsto no § 58 do presente Anexo.
a) sejam apenas momentâneo, por exemplo, C) Freios dos Conjuntos de Veículos:
durante uma mudança de marchas; 17. Além das disposições das partes – A – e -
B– do presente Capítulo relativas aos veículos em
b) não for possível sem a ação do condutor,
separado (automotores e reboques), serão aplicadas
quando se trata de freio de estacionamento; e
aos conjuntos formados por tais veículos as seguin-
c) continue sendo possível exercer a ação de tes normas:
freio com a eficácia prescrita, de acordo com as
a) os dispositivos de freio de cada um dos ve-
disposições do § 5º do presente Anexo, quando se
ículos que formam o conjunto deverão ser compatí-
trata de freio de serviço ou de freio de segurança.
veis entre si;
B) Freio dos Reboques:
b) a ação do freio de serviço, conveniente-
11. Sem prejuízo do disposto na alínea -c-, do mente sincronizada, se distribuirá de forma adequada
§ 17, do presente Anexo, todo reboque, com exceção entre os veículos acoplados;
dos reboques ligeiros, deverão estar providos dos c) o peso máximo autorizado de um reboque
freios seguintes: não-provido de freio de serviço não poderá ser maior
a) um freio de serviço que permita diminuir a do que a metade da soma da tara do veículo-trator e
marcha do veículo e pará-lo de modo seguro, rápido e do peso do condutor.
eficaz, quaisquer que sejam as condições de carga e D) Freios das Motocicletas:
o declive ou aclive da pista por onde circule;
18. a) as motocicletas deverão estar providas
b) um freio de estacionamento que permita de 2 (dois) dispositivos de freio, um dos quais deverá
manter o veículo imóvel quaisquer que sejam as condi- atuar, pelo menos, sobre a roda ou as rodas diantei-
ções de carga num declive ou aclive de 16% (dezesseis ras; se um – side-car – for acoplado á motocicleta,
por cento), ficando as superfícies ativas do freio em não será obrigado a ter freio na roda do – side-car -.
posição de frear mediante um dispositivo de ação Estes dispositivos do freio deverão permitir diminuir a
puramente mecânica. Não se aplicará a presente marcha da motocicleta e pará-la de modo seguro,
disposição aos reboques que não possam ser desenga- rápido e eficaz, quaisquer que sejam as condições de
tados do veículo-trator, sem ajuda de ferramentas, carga e o declive ou aclive da via que circule;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 51

b) além dos dispositivos previstos na alínea • por – superfície iluminadora – entende-


“a” do presente parágrafo as motocicletas que se, no que respeita às luzes, a superfície
tenham 3 (três) rodas simétricas com relação ao visível desde a qual se emite a luz e, no
plano longitudinal médio do veículo, deverão estar que diz respeito aos dispositivos refleto-
providas de um freio de estacionamento que reúna res, a superfície visível desde a qual se
condições especificadas na alínea “b”, do § 5º, do reflete a luz.
presente Anexo. 20. As cores das lâmpadas mencionadas no
CAPÍTULO II presente Capítulo deverão na medida do possível,
LUZES E DISPOSITIVOS REFLETORES ajustar-se às definições que figuram no apêndice do
presente Anexo.
19. Para os efeitos do presente Capítulo: 21. Todo automotor, com exceção da motoci-
• por – luz alta – (ou luz de estrada) en- cleta capaz de atingir no plano uma velocidade
tende-se a luz do veículo destinada a superior a 40 km (25 milhas) por hora, deverá estar
iluminar a via até uma grande distância provido de, pelo menos, um número par de luzes altas
diante do veículo; brancas ou de cor amarela seletiva fixadas na parte
• por – luz baixa – (luz de cruzamento) en- dianteira e que possam iluminar com eficácia a via de
tende-se a luz do veículo destinada a noite e com tempo claro, até uma distância de, no
iluminar a via diante do veículo, sem mínimo, 100 m (325 pés) à frente do veículo. As
ocasionar ofuscamento ou incômodos bordas exteriores da superfície iluminadora das luzes
injustificáveis aos condutores e outros altas (ou da estrada) não poderão estar, em nenhum
usuários da via, venha em sentido con- caso, mais próximas das bordas externas do veículo
trário; do que as bordas externas das superfícies iluminado-
• por – luz de posição dianteira – enten- ras das luzes baixas (ou de cruzamento).
de-se a luz do veículo destinada a indi- 22. Todo automotor, com exceção das motoci-
car a presença e a largura do veículo cletas, capazes de atingir no plano uma velocidade
visto de frente; superior a 10 km (6 milhas) por hora deverá estar provido
• por – luz de posição traseira – entende-se de 2 (duas) luzes baixas brancas, ou de cor amarela
a luz do veículo destinada a indicar a pre- seletiva, fixadas na parte dianteira e que possam iluminar
sença e a largura do veículo visto por trás; com eficácia a via de noite e com tempo claro, até uma
• por – luz de freio – entende-se a luz do distância de pelo menos 40 m (130 pés) à frente do
veículo destinada a indicar aos demais veículo. A cada lado, o ponto da superfície iluminadora
usuários da via, que se encontrem atrás mais distanciado do plano longitudinal médio do veículo,
do veículo, que o condutor está aplican- não deverá achar-se a mais de 0,40 m (16 polegadas) da
do o freio de serviço; borda externa do veículo. Um automotor não estará
• por – luz de neblina – entende-se a luz provido de mais de 2 (duas) luzes baixas, que deverão
do veículo destinada a aumentar a ilu- estar reguladas de forma que se ajustem à definição do §
minação da via em caso de neblina, ne- 19 do presente Anexo.
ve, chuva forte, ou nuvens de pó; 23. Todo automotor, com exceção das moto-
• por – luz de marcha-à-ré – entende-se a cicletas de 2 (duas) rodas sem – side-car – estará
luz do veículo destinada a iluminar a via provido de 2 (duas) luzes de posição brancas, fixadas
atrás do veículo e advertir aos demais na parte dianteira; contudo, o amarelo seletivo poderá
usuários da via que o veículo está efe- ser utilizado para as luzes baixas que emitam raios de
tuando, ou a ponto de efetuar uma ma- luz amarela seletiva. Estas luzes de posição diantei-
nobra de marcha-à-ré; ras, quando forem as únicas luzes acesas na parte
• por – luz indicadora de direção – enten- dianteira do veículo, deverão, ser visíveis, de noite e
de-se a luz do veículo destinada a indi- com o tempo claro, desde uma distância de pelo
car aos demais usuários da via que o menos 300 m (1.000 pés) sem ofuscar ou causar
condutor tem propósito de mudar de di- incômodos injustificáveis aos demais usuários da
reção para a direita ou para a esquerda; via.A cada lado, o ponto da superfície iluminadora
• por – dispositivo refletor – entende-se o mais distanciado do plano longitudinal médio do
dispositivo destinado a indicar a pre- veículo não deverá encontrar-se a mais de 0,40 m (16
sença de um veículo pelo reflexo da luz polegadas) das bordas externas do veículo.
emanada de uma fonte iluminadora 24.a) todo automotor, com exceção das moto-
alheia ao citado veículo, quando o ob- cicletas de 2 (duas) rodas sem – side car –, estará
servador se encontre perto da mesma provido em sua parte traseira de um número par de
fonte iluminadora; luzes vermelhas, de posição, visíveis, de noite e com
52 Ordeli Savedra Gomes

tempo claro, a uma distância mínima de 300 m (1.000 dispositivos refletores deverão ser visíveis, à noite e
pés) sem ofuscar nem causar incômodos aos demais com tempo claro, para o condutor de um veículo
usuários da via. A cada lado, o ponto da superfície desde a distância mínima de 150 m (550 pés) quando
iluminadora mais distanciado do plano longitudinal iluminados pela luz alta do citado veículo.
médio do veículo não se encontrará mais de 0,40 m (16 28. Todo reboque estará provido de, pelo me-
polegadas) das bordas externas do veículo; nos, 2 (dois) dispositivos refletores vermelhos,
b) todo reboque deverá estar munido, em sua situados na parte traseira. Estes dispositivos terão a
parte traseira, de um número par de luzes de posição forma de um triângulo equilátero com vértice dirigido
vermelhas visíveis, de noite e com tempo claro, a para cima e um dos lados horizontal, e cujos lados
uma distância mínima de 300 m (1000 pés) sem tenham 0,15 m (6 polegadas), como mínimo, e 0,20
ofuscar ou causar inconvenientes injustificáveis aos m (8 polegadas) como máximo; no interior do triân-
demais usuários da via. A cada lado, o ponto de gulo não haverá nenhuma luz de sinalização. Estes
superfície iluminadora mais distanciado do plano dispositivos refletores cumprirão as condições de
longitudinal médio do veículo não se encontrará a visibilidade fixadas no § 27 do presente Anexo. De
mais de 0,40 m (16 polegadas) das bordas externas cada lado, o ponto da superfície iluminadora mais
do reboque. Não obstante, os reboques cuja largura distante do plano longitudinal médio do reboque não
total não exceda de 0,80 m (32 polegadas) poderão deverá encontrar-se com mais de 0,40 m (16 polega-
estar providos apenas de uma dessas luzes, sempre das) das bordas externas do reboque. Não obstante,
que sejam engatados a uma motocicleta de 2 (duas) os reboques cuja largura total largura total não
rodas sem – side car – . exceda de 0,80 m (32 polegadas) poderão estar
25. Todo automotor ou reboque, que na parte providos de apenas um dispositivo refletor, se estive-
traseira levar um número de matrícula, estará provido de rem engatados a uma motocicleta de 2 (duas) rodas
um dispositivo de iluminação desse número de modo sem – side car –.
que este, quando iluminado pelo dispositivo, seja legível, 29. Todo reboque estará provido em sua parte
de noite e em condições normais, estando o veículo dianteira de 2 (dois) dispositivos refletores de cor
parado a uma distância mínima de 20 m (65 pés) atrás branca, de forma não-triangular; estes dispositivos
do veículo. Não obstante, toda Parte Contratante poderá reunirão as condições de posição e de visibilidade
reduzir esta distância mínima de legibilidade de noite, na fixadas no § 27 do presente Anexo.
mesma proporção e com referência aos mesmos 30. Um reboque estará provido, em sua parte
veículos para os quais se haja reduzido a distância dianteira, de 2 (duas) luzes de posição de cor branca
mínima de legibilidade de dia pela aplicação do parágra- quando sua largura exceder de 1,60 m (5 pés e 4
fo 2, do Anexo 2, da presente Convenção. polegadas). Essas luzes de posição dianteiras deve-
26. Em todo automotor, incluídas as motocicle- rão estar situadas o mais próximo possível das
tas, e em todo conjunto constituído por um veículo bordas externas do reboque e, em qualquer caso, de
automotor e um ou vários reboques, as conexões tal maneira que o ponto das superfícies iluminadoras
elétricas deverão estar dispostas de modo que as luzes mais distantes do plano longitudinal médio, do
altas, as luzes baixas, as luzes de neblina, as luzes de
reboque estejam, no máximo, a 0,15 m (6 polegadas)
posição dianteiras do automotor e o dispositivo de
das bordas externas.
iluminação mencionado no § 25 do presente Anexo não
possam acender-se a menos que se acendam as luzes 31. Com exceção das motocicletas de 2 (du-
traseiras de posição do extremo posterior do veículo ou as) rodas com ou sem – side car –, todo automotor
conjunto de veículos. Contudo, esta disposição não se capaz de atingir no plano uma velocidade superior a
aplicará às luzes altas ou baixas, quando estas forem 25 km (15 milhas) por hora deverá estar provido, na
utilizadas para a produção de sinal ótico mencionado parte posterior, de 2 (duas) luzes de freio, de cor
no parágrafo 5, do art. 33, da presente Convenção. vermelha, cuja intensidade seja consideravelmente
Além do mais, as conexões elétricas estarão dispostas superior à das luzes de posição traseiras. A mesma
de modo que as luzes de posição dianteiras do automo- disposição será aplicada a todo reboque colocado ao
tor estejam sempre acesas quando também estiverem final de um conjunto de veículos; não obstante, a luz
as luzes altas, as luzes baixas ou as luzes de neblina. de freio não será obrigatória nos pequenos reboques
27. Todo automotor, com exceção das moto- cujas dimensões sejam tais que não impeçam que
cicletas de 2 (duas) rodas sem – side car – estará sejam vistas as luzes de freio do veículo-trator.
provido de, pelo menos, 2 (dois) dispositivos refleto- 32. Com ressalva da possibilidade de que as Par-
res vermelhos de forma não-triangular fixados na tes Contratantes que, de conformidade com o disposto
parte traseira. A cada lado, o ponto da superfície no parágrafo 2, do art. 54, da Convenção, hajam feito
iluminadora mais distante do plano longitudinal médio uma declaração assimilando os ciclomotores às motoci-
do veículo não deverá encontrar-se a mais de 0,40 m cletas, poderão dispensar os ciclomotores de todas ou de
(16 polegadas) da borda externa do veículo. Os parte das obrigações, a seguir mencionadas:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 53

a) toda motocicleta de 2 (duas) rodas com ou que a luz de posição dianteira e a luz de posição
sem – side car – estará provida de uma luz baixa que traseira da motocicleta. Em qualquer caso, o – side car
satisfaça as condições de cor e visibilidade fixadas – não estará provido de luzes altas nem de luzes
no § 22 do presente Anexo; baixas.
b) toda motocicleta de 2 (duas) rodas com ou 38. Os automotores de 3 (três) rodas simétri-
sem – side car – capaz de exceder, no plano, uma cas com relação ao plano longitudinal médio do
velocidade de 40 km (25 milhas) por hora estará veículo, assimilados às motocicletas conforme o art.
provida de, além de uma luz baixa, de pelo menos 1, alínea “n”, da Convenção, estarão providos dos
uma luz alta que satisfaça as condições de cor e dispositivos prescritos nos parágrafos 21, 22, 23,
visibilidade fixadas na § 21 do presente Anexo. Se 24.a, 27 e 31 do presente Anexo. Não obstante,
uma motocicleta estiver provida de mais de uma luz quando a largura desses veículos não exceder de
alta, estas luzes guardarão entre si a distância mais 1,30 m (4 pés e 3 polegadas), uma só luz alta e uma
curta possível; só luz baixa serão suficientes. As disposições relati-
c) uma motocicleta de 2 (duas) rodas com ou vas à distância da superfície iluminadora em relação
sem – side car – não levará mais de uma luz baixa, com as bordas externas do veículo não serão aplicá-
nem mais de 2 (duas) luzes altas. veis neste caso.
33. Toda motocicleta de 2 (duas) rodas sem – 39. Todo veículo automotor, com exceção da-
side car – poderá estar provida em sua parte dianteira, queles cujo condutor possa indicar com o braço as
de 1 (uma) ou 2 (duas) luzes de posição que satisfaçam mudanças de direção em forma visível, de qualquer
as condições de cor e de visibilidade fixadas no § 23 do ângulo, aos demais usuários da via, deverá estar
presente Anexo. Se esta motocicleta levar 2 (duas) provido de luzes indicadoras de direção de cor amarela,
luzes de posição dianteiras, estas estarão o mais fixas e intermitentes, colocadas por pares no veículo e
próximo possível uma da outra. Uma motocicleta de 2 visível, de dia e de noite, pelos usuários da via aos quais
(duas) rodas sem – side car – não deverá levar mais de interesse o movimento do veículo. As luzes intermiten-
2 (duas) luzes de posição dianteiras. tes deverão ter uma frequência de 90 (noventa) cintila-
34. Toda motocicleta de 2 (duas) rodas sem – ções por minuto, com uma tolerância de + ou – 30.
side car – deverá estar provida, em sua parte trasei- 40. Quando um veículo automotor que não for
ra, de uma luz de posição que satisfaça as condições uma motocicleta de 2 (duas) rodas, com ou sem – side
de cor e visibilidade fixadas na alínea “a” -, do § 24, car –, estiver provido de luzes de neblina, estas deve-
do presente Anexo. rão ser brancas ou de cor amarela seletiva, deverão ser
35. Toda motocicleta de 2 (duas) rodas sem – 2 (duas) e deverão estar colocadas de modo que
side car – deverá estar provida, em sua parte trasei- nenhum ponto de sua superfície iluminadora se encon-
ra, de um dispositivo refletor que satisfaça as condi- tre acima do ponto mais alto da superfície iluminadora
ções de cor e de visibilidade fixadas no § 27 do das luzes baixas, e, que, de cada lado, o ponto da
superfície iluminadora mais distante do plano longitudi-
presente Anexo.
nal médio do veículo não se encontre a mais de 0,40 m
36. Com ressalva de que as Partes Contratan- (16 polegadas) das bordas externas do veículo.
tes que, de conformidade com o parágrafo 2, do art.
41. Nenhuma luz de marcha-à-ré deverá ofus-
54, da presente Convenção, hajam feito de uma car ou incomodar outros usuários da via pública.
declaração assimilando os ciclomotores às motoci- Quando um veículo automotor estiver provido de uma
cletas, possam dispensar destas obrigações os luz desta natureza, esta deverá ser de cor branca,
ciclomotores de 2 (duas) rodas, com ou sem – side amarela, ou amarela seletiva, o comando de ligação
car – toda motocicleta de 2 (duas) rodas com ou sem dessa luz deverá ser de tal maneira que a luz não se
– side car – deverá estar provida de uma luz de freio possa acender, senão quando o dispositivo de mar-
que satisfaça as condições fixadas na § 31 do pre- cha-à-ré estiver engatado.
sente Anexo. 42. Nenhuma luz, com exceção das luzes indi-
37. Sem prejuízo das disposições relativas às cadoras de direção instalada em um veículo automotor
luzes e dispositivos exigidos para as motocicletas de 2 ou em um reboque, deverá ser intermitente, salvo as
(duas) rodas sem – side car – todo – side car – enga- que se usem de conformidade com a legislação nacio-
tado a uma motocicleta de 2 (duas) rodas, deverá estar nal das Partes Contratantes para assinalar os veículos
provido, na parte dianteira, de uma luz de posição que ou conjunto de veículos que não estejam obrigados a
satisfaça as condições de cor e de visibilidade fixadas respeitar as regras gerais de trânsito ou cuja presença
no § 23 do presente Anexo e, em sua parte traseira, de na via imponha precauções especiais aos demais
uma luz de posição que satisfaça as condições de cor e usuários, especialmente os veículos prioritários, os
visibilidade fixadas no § 27 do presente Anexo. As comboios, os veículos de dimensões excepcionais e os
conexões elétricas deverão estar dispostas de modo veículos ou máquinas de construção ou de conserva-
54 Ordeli Savedra Gomes

ção das vias públicas. Não obstante, as Partes Contra- permita ao condutor mudar a direção de seu veículo
tantes poderão autorizar ou dispor que algumas luzes com facilidade, rapidez e segurança.
de cor diferente do vermelho sejam acesas em sua • Espelho Retrovisor
totalidade ou em parte, em forma intermitente para 47. Todo veículo automotor, com exceção das
indicar perigo particular que momentaneamente o motocicletas de 2 (duas) rodas com ou sem – side
veículo possa construir. car –, deverá estar provido de 1 (um) ou vários
43. Para a aplicação dos dispositivos do pre- espelhos retrovisores; o número, dimensões e dispo-
sente Anexo: sição desses espelhos retrovisores deverão ser tais
a) toda combinação de 2 (duas) ou mais lu- que permitam ver a circulação atrás de seu veículo.
zes, idênticas ou não, mas que tenham a mesma • Sinais Acústicos
função e a mesma cor, se considerará como 1 (uma)
48. Todo veículo automotor deverá estar pro-
só luz, quando as projeções das superfícies ilumina-
vido de, pelo menos, um aparato para produzir sinais
doras sobre um plano vertical perpendicular ao plano
acústicos de suficiente intensidade. O som emitido
longitudinal médio do veículo ocuparem pelo menos
pelo aparato deverá ser contínuo, uniforme e não-
50%, da superfície do menor retângulo circunscrito às
projeções das referidas superfícies iluminadoras; estridente. Os veículos prioritários e os veículos de
serviço público para o transporte de pessoas poderão
b) 1 (uma) só superfície iluminadora, que tenha
levar aparatos suplementares para produzir sinais
forma de faixa, será considerada como 2 (duas), ou
acústicos, não-sujeitos a estas exigências.
como um número par de luzes, sempre que estiver
situada simetricamente com relação ao plano longitudi- • Limpador de Pára-Brisa
nal médio do veículo e que se estenda pelo menos até 49. Todo veículo automotor que tenha pára-brisa
uma distância de 0,40 m (16 polegadas) da borda de dimensões e forma tais que o condutor não possa
exterior do veículo e que tenha um comprimento mínimo ver normalmente a via adiante, estando em seu assento,
de 0,80 m (32 polegadas). A iluminação da citada a não ser através dos elementos transparentes dos
superfície deverá ser assegurada por, pelo menos duas pára-brisas, deverá estar provido de, pelo menos, 1 (um)
fontes luminosas situadas o mais próximo possível de limpador de pára-brisa eficaz e resistente, colocado em
suas bordas extremas. A superfície iluminadora poderá posição adequada, cujo funcionamento não requeira a
consistir de certos números de elementos dispostos de intervenção constante do condutor.
modo que as projeções de superfície iluminadoras dos • Lavador do Pára-Brisa
distintos elementos sobre um plano vertical perpendicu- 50. Todo veículo automotor que estiver provi-
lar ao plano longitudinal médio do veículo ocupem pelo do de pelo menos 1 (um) limpador de pára-brisa
menos 50% (cinquenta por cento) da superfície do deverá levar igualmente um lavador de pára-brisa.
menor retângulo circunscrito às projeções das citadas • Pára-Brisa e Vidros
superfícies iluminadoras dos elementos.
51. Em todo automotor e reboque:
44. Em um só veículo, as luzes que tenham a
a) as substâncias transparentes que consti-
mesma função e estejam orientadas na mesma
tuam elementos de parede exterior do veículo, incluin-
direção, deverão ser da mesma cor. As luzes e os
dispositivos refletores cujo número seja par, deverão do o pára-brisa, ou de parede interior de separação,
estar situados simetricamente com relação ao plano deverão ser tais que, em caso de ruptura, o perigo de
longitudinal médio do veículo, exceto nos veículos lesões corporais fique reduzido ao mínimo possível;
cuja forma externa seja assimétrica. As luzes de cada b) os vidros do pára-brisa deverão ser feitos
par deverão ter basicamente a mesma intensidade. de uma substância cuja transparência não se altere e
45. Poder-se-á agrupar ou incorporar em um deverão ser fabricados de tal maneira que não defor-
mesmo dispositivo luzes de natureza diferente e, mem sensivelmente os objetos vistos através deles e
obedecendo ao disposto em outros parágrafo do que, em caso de ruptura, o condutor possa continuar
presente Capítulo, luzes e dispositivos refletores, vendo a via com suficiente clareza.
sempre que cada uma dessas luzes e desses dispositi- • Dispositivos de Marcha-à-Ré
vos refletores se ajustem às disposições pertinentes do 52. Todo veículo automotor deverá estar provi-
presente Anexo. do de um dispositivo de marcha-à-ré manobrável desde
o lugar que ocupe o condutor. Não obstante, este
CAPÍTULO III
dispositivo só será obrigatório para as motocicletas e
OUTRAS DISPOSIÇÕES
para os automotores de 3 (três) rodas simétricas, com
• Mecanismo de Direção relação ao plano longitudinal médio do veículo, se seu
46. Todo veículo automotor deverá estar pro- peso máximo autorizado exceder de 400 kg (900
vido de um mecanismo de direção resistente que libras).
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 55

• Silenciador • Disposições Gerais


53. Todo motor térmico de propulsão de um 59.a) na medida do possível, as partes mecâ-
veículo automotor, deverá estar provido de um eficaz nicas e a equipagem do veículo automotor não deverão
dispositivo silenciador do escape; este dispositivo oferecer riscos de incêndio ou de explosão; tão pouco
deverá ser tal, que não possa ser desconectado pelo deverão produzir gazes nocivos, fumaças negras,
condutor, desde seu assento. odores nem ruídos excessivos;
• Pneumáticos b) na medida do possível, o dispositivo de ig-
54. As rodas de todos os veículos automoto- nição de alta tensão de um veículo automotor não
res e de seus reboques deverão estar providas de deverá causar grandes incômodos pela emissão
pneumáticos e o estado dos mesmos deverá ser tal excessiva de radio interferência;
que a segurança fique garantida, incluída a aderência, c) todo veículo automotor deverá ser construído
mesmo sobre pavimentação molhada. Não obstante, de tal maneira que, para a frente, para a direita e para a
a presente disposição não poderá impedir que as esquerda, o campo de visibilidade do condutor seja
Partes Contratantes autorizem a utilização de disposi- suficiente para que possa dirigir com segurança;
tivos que apresentem resultados pelo menos equiva-
d) na medida do possível, os automotores e
lentes aos obtidos com os pneumáticos.
os reboques deverão estar construídos e equipados
• Velocímetro
de maneira que se reduza, para seus ocupantes e
55. Todo veículo automotor capaz de desen- para os demais usuários da via, o perigo em caso
volver no plano uma velocidade superior a 40 km (25 de acidente. Em particular, não deverá ter, nem no
milhas) por hora, deverá estar provido de um velocí- interior nem no exterior, nenhum adorno ou outro
metro. Não obstante, qualquer Parte Contratante
objeto com arestas ou saliências desnecessárias,
poderá dispensar dessa obrigação a certas categori-
que possa construir perigo para os ocupantes e
as de motocicletas e outros veículos leves.
para os demais usuários da via.
• Dispositivos de Sinalização a Bordo dos
Veículos Automotores CAPÍTULO IV
56. O dispositivo a que se refere o parágrafo EXCEÇÕES
5, do art. 23 e o parágrafo 6, do Anexo 1, da presente 60. No plano nacional toda Parte Contratante
Convenção, consistirá: poderá não aplicar as disposições do presente Anexo
a) de uma placa em forma de triângulo equilá- com referência:
tero de 0,40 m (16 polegadas) de lado, como medi- a) aos automotores e aos reboques que por
das mínimas, com bordas vermelhas de 0,05 m (2 construção não possam desenvolver no plano uma
polegadas) de largura, pelo menos, e fundo vazado ou velocidade superior a 25 km (15 milhas) por hora ou
de cor clara; as bordas vermelhas deverão estar para aqueles aos quais a legislação nacional limite a
iluminadas por transparência ou estar providas de velocidade a 25 km por hora;
uma faixa refletora; a placa deverá ser tal que possa
b) aos veículos de inválidos, isto é, os peque-
colocar-se em posição vertical estável;
nos automotores especialmente projetados e constru-
b) de qualquer outro dispositivo de igual efi- ídos--e não apenas adaptados para o uso de pessoas
cácia, previsto pela legislação do Estado onde o que padeçam de algum defeito ou incapacidade física
veículo for matriculado.
e que só são normalmente utilizados por essas
• Dispositivo Contra Roubo pessoas;
57. Todo veículo automotor deverá estar pro- c) aos veículos destinados à experiência, que
vido de um dispositivo contra roubo que permita, a tenham por objeto acompanhar os progressos técni-
partir do momento em que se deixa estacionado o cos e aumentar a segurança;
veículo, bloquear ou impedir o funcionamento de uma
parte essencial do próprio veículo. d) aos veículos de forma e tipo peculiares, ou
que sejam utilizados para fins especiais em condi-
• Dispositivos de Engate dos Reboques
ções particulares.
Ligeiros
61. Além do mais, toda Parte Contratante po-
58. Com exceção dos semi-reboques, os re-
derá não aplicar as disposições do presente Anexo
boques que não forem providos de freio automático,
aos veículos que matricule e possam transitar em
a que se refere o parágrafo 16 do presente Anexo,
circulação internacional:
deverão estar providos, além de um dispositivo de
acoplamento, de um engate auxiliar (corrente, cabo a) autorizado a cor amarelo-âmbar para as lu-
etc.) que, em caso de ruptura daquele limite o deslo- zes de posição a que se referem os parágrafos 23 e
camento lateral do reboque, e possa impedir a barra 30 do presente Anexo e para os dispositivos refleto-
de engate de tocar o solo. res mencionados no parágrafo 29 do presente Anexo;
56 Ordeli Savedra Gomes

b) autorizado a cor vermelha para as luzes indi- destinado às cargas (troncos de árvores, tubos etc.)
cadoras de direção, mencionadas no parágrafo 39 do e que, em marcha, não estejam engatados ao veícu-
presente Anexo, situadas na parte traseira do veículo; lo-trator mas somente unidos a ele pela carga.
c) autorizado a cor vermelha para as luzes, CAPÍTULO V
mencionadas na última frase do parágrafo 42 do DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
presente Anexo, situadas na parte traseira do veículo;
d) no que se refere à posição das luzes, nos 62. Os veículos automotores matriculados pe-
veículos de uso especializado cuja forma exterior não la primeira vez e os reboques postos em circulação
permita aplicar as presentes disposições, sem no território de uma Parte Contratante, antes da
recorrer a sistemas de fixação que possam ser entrada em vigor da presente Convenção, ou dentro
facilmente danificado ou arrancados; dos 2 (dois) anos seguintes à entrada em vigor, não
e) autorizado o emprego de um número ímpar, estarão submetidos às disposições do presente
superior a 2 (dois), de luzes altas, nos automotores Anexo, sempre que satisfizerem os requisitos das
que matricule; e Partes I, II, III, do Anexo 6, da Convenção de 1949,
sobre a circulação rodoviária.
f) para os reboques que sirvam para o trans-
porte de coisas cujo comprimento exceda do espaço
APÊNDICE
Definição dos filtros de cor
• obtenção das cores mencionadas no pre- Para comprovar as características colorimé-
sente anexo (coordenadas tricromáticas) tricas destes filtros deve-se empregar uma fonte de
Vermelho luz branca com uma temperatura de 2.854º K (cor-
{limite com amarelo..............................y<ou=0,335 respondente ao iluminador – A – da Comissão Inter-
{limite com púrpura (1)..........................z<ou=0,008 nacional de Iluminação (CIE).
{limite com azul.....................................x>ou=0,310 (1) Nestes casos foram adotados limites dife-
{limite com amarelo..............................x<ou=0,500 rentes dos recomendados pela CIE porque a voltagem
Branco de alimentação nos terminais das lâmpadas de que
{limite com verde...................y<ou=0,150+0,640 x vão providas as luzes varia consideravelmente.
{limite com verde.................................y<ou= 0,440 (2) Aplica-se à cor dos sinais de automotores
{limite com púrpura.............y>ou= 0,050 + 0,750 x chamadas normalmente antes de – laranja – ou -
amarelo-laranja –. Correspondente a uma parte
{limite com vermelho...........................y>ou= 0,382
específica da zona do – amarelo – do triângulo de
{limite com amarelo (1).......................y<ou= 0,492 cores da CIE.
Amarelo
(3) Aplicável somente às – luzes de cruza-
{limite com vermelho (1).....................y>ou= 0,398 mento –. No caso particular de luzes de neblina.
{limite com branco (1)..........................z<ou= 0,007 Considera-se satisfatória a seletividade da cor quan-
(limite com vermelho (1)......y>ou= 0,138 + 0,580 x do o valor de pureza seja equivalente pelo menos a
Amarelo Seletivo (3) 0,820 e o limite com o branco. Y>ou= – X + 0,966,
{limite com verde (1)..............y<ou= 1,29 x – 0,100 sendo então Y>ou= – X + 0,940 e Y = 0,440.
{limite com branco (1)...............y>ou= – x + 0,996
limite com valor espectral (1).....y<ou= – x + 0,992

ANEXO 6
HABILITAÇÃO NACIONAL PARA DIRIGIR
1. O documento nacional da habilitação para di- de conduire), acompanhado ou não do título em
rigir será constituído de uma folha de formato A-7 (74 x outros idiomas.
105 mm – 2,91 x 4,13 polegadas) ou por uma folha de 3. As indicações que apareçam no documento
formato duplo (148 x 105 mm – 5,82 x 4,13 polegadas) de habilitação, manuscritas ou mecanografadas,
ou tríplice (222 x 105 mm – 8,78 x 4,13 polegadas) que figurarão em caracteres latinos ou em cursiva cha-
possa ajustar-se ao formato A-7. Será de cor rosa. mada inglesa, unicamente, ou aparecerão repetidas
2. O documento de habilitação deverá estar dessa maneira.
impresso no idioma ou idiomas prescritos pela 4. Duas das páginas do documento de habili-
autoridade que o expeça, ou que autorize sua expedi- tação se ajustarão às páginas modelos ns. 1 e 2 que
ção; não obstante, levará em francês o título -Permis figuram mais adiante. Com a condição de que não se
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 57

modifique a definição das categorias – A -, – B –, – C do Anexo 8 da Convenção sobre circulação rodoviá-


–, – D – e – E –, tendo em mente o parágrafo 4, do ria, feita em Genebra a 19.09.1949.
art. 41, da presente Convenção, nem suas letras de 5. Corresponderá à legislação nacional deter-
referência nem o essencial das menções relativas á minar se a página modelo n.3 deve ou não formar
identidade do titular do documento de habilitação, parte do documento de habilitação e se este deve ou
considerar-se-á atendida esta disposição mesmo que não conter indicações suplementares; caso haja um
hajam sido introduzidas, em comparação com esses espaço para anotar as mudanças de domicílio, estará
modelos, algumas modificações de detalhe: em situado na parte superior do verso da página 3 do
especial, considerar-se-á que atendem às disposi- documento de habilitação, salvo quando este se
ções do presente Anexo os documentos de habilita- ajuste ao modelo do Anexo 9 da Convenção de 1949.
ção nacionais para dirigir, que se ajustem ao modelo
ANEXO 7
HABILITAÇÃO INTERNACIONAL PARA DIRIGIR
1. A carteira de habilitação será um livreto eles obrigatoriamente o espanhol, o inglês e o russo,
formato A-6 (148 x 105 mm -– 5,82 x 4,13 polega- a primeira dessas duas páginas.
das). Sua capa será cinza, suas páginas interiores 3. As indicações que apareçam no documen-
serão brancas. to, manuscritas ou mecanografadas, serão em carac-
2. O anverso e o reservo da primeira folha da teres latinos ou em cursiva chamada inglesa.
capa ajustar-se-ão, respectivamente, às páginas mo- 4. As Partes Contratantes que expedirem ou
delos ns. 1 e 2 abaixo; estarão impressas no idioma autorizarem a expedição das carteiras de habilitação
nacional, ou pelo menos em um idioma nacional do internacionais para dirigir, cuja capa esteja impressa
Estado de expedição. No final das páginas interiores em um idioma que não seja espanhol, o francês, o
haverá duas páginas justapostas, que se ajustarão ao inglês nem o russo, comunicarão ao Secretário-Geral
modelo n. 3 seguinte e estarão impressas em fran- das Nações Unidas a tradução nesse idioma do texto
cês. As páginas interiores que precedem a estas do modelo n.4 seguinte.
duas páginas reproduzirão em vários idiomas, entre
ANEXO
Relação das Reservas Propostas pelo CONTRAN à Convenção sobre Trânsito Viário
1. Art. 20, § 2º, alíneas “a” e “b” 5. Anexo 5, § 28
Justificativa – Entende-se ser conveniente que Justificativa – É inconveniente a forma trian-
os pedestres usem sempre os passeios, mesmo quando gular dos refletores traseiros dos reboques, sendo
carregando objetos volumosos. Somente será admitido esta reservada para os dispositivos de sinalização de
o trânsito de pedestres junto à guia de calçada (meio- emergência, que visam advertir aos usuários de
fio) onde não houver passeio a eles destinado. algum perigo na via.
2. Art. 23, § 2º, alínea “a” 6. Anexo 5, § 39
Justificativa – Não é aceitável a última parte Justificativa – Reserva apenas quanto à cor
da alínea do presente parágrafo que diz: – Não do dispositivo traseiro indicador de mudança de
obstante, estará autorizado a pará-lo ou estacioná-lo direção, por ser conveniente a adoção da cor verme-
no outro lado quando, devido a presença de trilhos, lha, unicamente para as luzes traseiras dos veículos.
não seja possível fazer no lado correspondente ao da 7. Anexo 5, § 41
circulação -; a parada e o estacionamento dos veícu- Justificativa – Conveniência de ser exigir que
los deve ser sempre no lado correspondente ao da todos os veículos tenham a luz de marcha-à-ré,
circulação, por razões de segurança. exclusivamente, de cor branca.
3. Art. 40 8. Anexo 5, § 42
Justificativa – Não se deve permitir aos rebo- Justificativa – A reserva é apenas quanto à
ques não-matriculados entrarem em circulação cor das luzes intermitentes, de advertência, destina-
internacional, ainda que pelo prazo de 10 (dez) anos. das a indicar perigo que momentaneamente o veículo
4. Anexo 5, § 5º, alínea “c” possa constituir, por ser conveniente a adoção,
Justificativa – O dispositivo exige freio de se- unicamente, da cor vermelha para as luzes traseiras
gurança para todos os veículos automotores, o qual é dos veículos.
indispensável apenas em reboques.
58 Ordeli Savedra Gomes

DECRETO DE 03.08.1993
Dispõe sobre a execução do Acordo sobre a Regula-
mentação Básica Unificada de Trânsito, entre Brasil,
Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai, de
29.09.1992.
O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inc. IV, da Constituição, e
Considerando que o Tratado de Montevidéu de 1980, que criou a Associação Latino-Americana de Inte-
gração (ALADI), firmado pelo Brasil em 12.08.1980 e aprovado pelo Decreto legislativo 66, de 16.11.1981, prevê
a modalidade de Acordo de Alcance Parcial,
Considerando que os Plenipotenciários do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai, com
base no Tratado de Montevidéu de 1980, assinaram em 29.09.1992, em Montevidéu, o Acordo sobre Regula-
mentação básica Unificada de Trânsito, entre Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai,
DECRETA,
Art. 1º. O Acordo sobre Regulamentação Bá- Art. 2º. Este Decreto entra em vigor na data
sica Unificada de Trânsito, entre Brasil, Argentina, de sua publicação.
Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai, apenso por Brasília, 3 de agosto de 1993.
cópia ao presente Decreto, será executado e cumpri- Itamar Franco
do tão inteiramente como nele se contém, inclusive
quanto à sua vigência.

ANEXO AO DECRETO QUE DISPÕE SOBRE A EXECUÇÃO DO ACORDO SOBRE


REGULAMENTAÇÃO BÁSICA UNIFICADA DE TRÃNSITO, ENTRE BRASIL, ARGENTINA,
BOLÍVIA, CHILE, PARAGUAI, PERU E URUGUAI, DE 29.09.1992/MRE
ACORDO SOBRE REGULAMENTAÇÃO BÁSICA UNIFICADA DE TRÂNSITO
Os Plenipotenciários da República Argentina, da República Federativa do Brasil, da República do Chile,
da República do Paraguai, da República do Peru e da República Oriental do Uruguai, acreditados por seus
respectivos Governos segundo poderes outorgados em boa e devida forma, depositados oportunamente na
Secretaria-Geral da Associação,
CONSCIENTES Da necessidade de favorecer a integração e a segurança da circulação internacional por
rodovia, caminhos e ruas;
CONSIDERANDO Que a uniformidade nas normas de trânsito em seus respectivos países contribuirá pa-
ra melhorar a segurança da circulação veicular e a proteção de pessoas e propriedades; e
TENDO PRESENTE O disposto no art. 10 da Resolução 2 do conselho de Ministros das Relações Exterio-
res da Associação,
CONVÉM Em celebrar, ao amparo do Tratado de Montevidéu 1980, um Acordo sobre Regulamentação
Básica Unificada de Trânsito, conforme as disposições seguintes:
CAPÍTULO I Carteira de motorista: Documento que a auto-
DEFINIÇÕES ridade competente outorga a uma pessoa para dirigir
Art. I. um veículo;
1) Os termos e expressões indicados abaixo, Pedestre: É a pessoa que circula caminhando
que figuram nas disposições do presente Acordo, pela via pública;
têm o seguinte significado: Veículo: Artefato de livre operação, que serve
Via: Rodovia, caminho ou rua aberto à circu- para transportar pessoas ou bens por uma via;
lação pública; Reboque: Veículo construído para ser arrasta-
Calçada: Parte da via destinada à circulação do por um veículo de motor;
de veículos; Semi-reboque: Reboque construído para ser
Pista: Parte da calçada, destinada ao trânsito acoplado a um veículo de motor, de tal maneira que
de uma fila de veículos; se apoie parcialmente sobre este e que uma parte
substancial de sua carga e de seu peso esteja supor-
Motorista: toda pessoa habilitada para dirigir
tada pelo veículo;
um veículo por uma via;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 59

Motocicleta: Veículo de duas rodas, com ou Art. III.


sem side-car, provido de um motor de propulsão. 1) Nas calçadas com trânsito em duplo senti-
Caravana ou comboio: Grupo de veículos que do, os veículos deverão circular pela metade direita
circulam em fila pela calçada. das mesmas, exceto nos seguintes casos:
Berma ou Acostamento: Parte da via contígua a) quando devam ultrapassar outro veículo
à calçada, destinada eventualmente à detenção de que circule no mesmo sentido, durante o
veículos e circulação de pedestres. tempo estritamente necessário para isso, e
Interseção: Área comum de calçadas que se voltar com segurança a sua pista, dando
atravessam ou convergem. preferência aos usuários que circularem no
Passagem de nível: Área comum de interse- sentido contrário; e
ção entre uma via e uma linha férrea. b) quando existir um obstáculo que obrigue a
Demarcação: Símbolo, palavra ou marca, de circular pelo lado esquerdo da calçada,
preferência longitudinal ou transversal, sobre a calçada, dando preferência de passagem aos veícu-
para guia do trânsito de veículos e pedestres. los que circulem em sentido contrário.
Ultrapassar: Manobra mediante a qual um veícu- 2) Em todas as vias, os veículos circularão
lo ultrapassa outro que circula no mesmo sentido. dentro de uma pista, exceto quando realizarem
Estacionar: Deter um veículo na via pública, com manobras para ultrapassar ou mudar de direção.
ou sem o motorista, por um período superior ao necessá- 3) Em vias de quatro pistas ou mais, com trân-
rio para deixar ou receber passageiros ou coisas. sito em duplo sentido, nenhum veículo poderá utilizar
Deter-se: Paralisação breve de um veículo pa- as pistas destinadas à circulação em sentido contrário.
ra subir ou descer passageiros, ou coisas, mas 4) É proibido circular sobre marcas delimitado-
somente enquanto durar a manobra. ras de pistas, eixos separadores ou ilhas canalizadoras.
Preferência de Passagem: Prerrogativa de um 5) A circulação ao redor de rotundas será pe-
pedestre ou motorista de veículo para prosseguir sua la direita, deixando à esquerda esse obstáculo,
marcha. exceto quando existirem dispositivos reguladores
Autoridade Competente: Organismo de cada específicos que indiquem o contrário.
país signatário, facultado pelas normas vigentes para 6) Motorista de um veículo deverá manter
realizar os atos e cumprir com os encargos que prevê uma distância suficiente daquele que o precede,
o presente Acordo. levando em conta sua visibilidade, as condições
CAPÍTULO II meteorológicas, as características da via e de seu
DISPOSIÇÕES GERAIS próprio veículo para evitar um acidente no caso de
Art. II. uma diminuição brusca da velocidade ou uma deten-
ção súbita do veículo que vai na frente.
1) As regras de circulação incluídas no pre-
sente Acordo constituem uma base normativa míni- 7) Os veículos que circulam em caravana ou
ma e uniforme que regulará o trânsito veicular inter- comboio deverão manter suficiente distância entre si
nacional no território dos países signatários. para que qualquer veículo que os ultrapasse possa
2) Cada um dos países signatários adotará as ocupar a via sem perigo. Esta norma não se aplicará
medidas adequadas para garantir o cumprimento em aos cortejos fúnebres, veículos militares, policiais e
seu território das disposições do presente Acordo. em caso de caravanas autorizadas.
3) As normas do trânsito em vigor nos territórios 8) Os veículos que transportarem materiais pe-
dos países signatários poderão conter disposições não rigosos e circularem em caravana ou comboio deverão
previstas no presente acordo, que não serão incompatí- manter uma distância suficiente entre si, destinada a
veis com as estabelecidas no mesmo. reduzir os riscos em caso de avarias ou acidentes.
4) O motorista de um veículo que circule por 9) É proibido seguir veículos de emergência.
um país está obrigado a cumprir as leis e regulamen- Das velocidades
tos vigentes no mesmo.
10) Motorista de um veículo não poderá cir-
5) Nas passagens de fronteira, a autoridade cular a uma velocidade superior à permitida. A
competente de cada país porá a disposição dos velocidade do veículo deverá ser compatível com as
motoristas as normas e regulamentos de trânsito circunstâncias, em especial com as características
vigentes em seu território. do terreno, do estado da via e do veículo, da carga a
CAPÍTULO III transportar, das condições meteorológicas e do
REGRAS GERAIS DE volume de trânsito.
CIRCULAÇÃO 11) Em uma via de duas ou mais pistas com
Da localização na calçada trânsito e um mesmo sentido, os veículos pesados e
os mais lentos devem circular pelas pistas situadas
60 Ordeli Savedra Gomes

mais à direita, destinando-se as demais aos que 21) Em uma calçada com duas ou mais pistas
circularem com maior velocidade. de circulação no mesmo sentido, um motorista
12) Não se poderá dirigir um veículo a uma poderá ultrapassar pela direita quanto:
velocidade tão baixa que obstrua ou impeça a ade- a) veículo que o preceda indicou a intenção
quada circulação do trânsito. de virar ou deter-se à sua esquerda; e
13) É proibido aos motoristas realizar, na via b) Os veículos que ocupem a pista da esquer-
pública, competições de velocidade não autorizadas. da não avancem ou façam com lentidão.
14) Motorista de um veículo que segue outro Em ambos os casos serão cumpridas as nor-
em uma via de duas pistas com trânsito em duplo mas gerais de ultrapassagem.
sentido poderá ultrapassar pela metade esquerda da Das preferências
mesma, sujeito às seguintes condições: de passagem
a) que outro veículo atrás do seu não tenha 22)Ao aproximar-se de um cruzamento de cami-
iniciado a mesma manobra; nhos, uma bifurcação, um entroncamento de rodovias ou
b) que o veículo na sua frente não tenha indica- passagem de nível, todo motorista deverá tomar precau-
do o propósito de ultrapassar um terceiro; ções especiais a fim de evitar qualquer acidente.
c) que a pista de trânsito que utilizará esteja 23) Todo motorista de veículo que circular por
livre em uma distância suficiente, de modo uma via não prioritária, ao aproximar-se de uma
que a manobra não constitua perigo; e interseção deverá faze-lo a uma velocidade tal que
permita detê-lo, se for necessário, para ceder a
d) que efetue os sinais regulamentares. passagem aos veículos que tenham prioridade.
15) Motorista de um veículo alcançado por 24) Quando dois veículos se aproximam de
outro, que tem a intenção de ultrapassa-lo, aproxi- uma interseção não sinalizada procedentes de vias
mar-se da direita da calçada e não aumentará sua diferente, deverá ceder a passagem o motorista que
velocidade até que o outro tenha finalizado a manobra observa o outro que se aproxima por sua direita.
de ultrapassagem. 25) Naqueles cruzamentos onde tiver sido de-
16) Em caminhos de largura insuficiente, terminada a preferência da passagem mediante os
quando um veículo ultrapassar outro que circula em sinais “PARE” e “CEDA A PASSAGEM” não regerá a
igual sentido, cada motorista estará obrigado a ceder norma estabelecida no art. III-24.
a metade do caminho. 26) Motorista de um veículo que entre na via
17) Motorista de um veículo, em uma calçada pública ou que saia dela dará preferência de passa-
com duplo sentido de circulação, não poderá ultra- gem aos demais usuários da mesma.
passar outro veículo quando: 27) Motorista de um veículo que mudar de
a) A sinalização assim determinar; direção ou de sentido de marcha deverá dar prefe-
b) Acedam a uma interseção, exceto em zo- rência de passagem aos demais.
nas rurais quando o acesso for por um ca- 28) Todo motorista deverá dar preferência de
minho vicinal; passagem aos pedestres nos cruzamentos ou passa-
gens regulamentares a eles destinados.
c) Se aproximarem de uma passagem de ní-
vel ou a atravessarem; 29)Os motoristas dos veículos darão preferência
de passagem aos veículos de emergência quando estes
d) Circularem em pontos, viadutos ou túneis; e emitirem os sinais sonoros e visuais correspondentes.
e) Se aproximarem de uma passagem de pe- 30) É proibido ao motorista de um veículo
destres. avançar em uma encruzilhada, embora algum disposi-
18) Nos caminhos com trânsito em ambos os tivo de controle de trânsito o permita, se existe a
sentidos de circulação proíbe-se ultrapassar veículos possibilidade de obstruir a área de cruzamento.
naqueles casos em que a visibilidade for insuficiente.
Das viragens
19) Em vias de três pistas com trânsito em du-
plo sentido, os veículos poderão utilizar a pista central 31) As mudanças de direção, diminuição de ve-
para ultrapassar outro veículo que circule em seu locidade e demais manobras que alterarem a marcha de
um veículo serão regulamentar e antecipadamente
mesmo sentido, estando proibida a utilização da pista
anunciadas. }Somente se efetuarão se não atentarem
esquerda, que será reservada exclusivamente para
contra a segurança ou a fluidez do trânsito.
veículos que se locomovem em sentido contrário.
32) motorista não deverá virar sobre a mesma
20) Não se ultrapassará invadindo as bermas calçada em sentido oposto nas proximidades de
ou acostamentos ou outras zonas não previstas es- curvas, pontes, túneis, estruturas elevadas, passagem
pecificamente para a circulação veicular. de nível, cimas de subidas e cruzamentos ferroviários
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 61

nem mesmo nos lugares permitidos quando constitua Dos cruzamentos de vias férreas
risco para a segurança do trânsito e obstaculize a livre 42) Os motoristas deverão deter seus veícu-
circulação. los antes de um cruzamento ferroviário de nível e
33) Para virar à direita, todo motorista deve somente poderão continuar se comprovarem que não
previamente colocar-se na pista de circulação da existe risco de acidente.
direita e colocar os sinais de viragem obrigatórios,
ingressando na nova via pela pita da direita. Do transporte de cargas
34) Para virar à esquerda, todo motorista deve 43) A carga do veículo estará acondicionada
previamente localizar-se na pita de circulação mais dentro dos limites da carroçaria, da melhor maneira
para a esquerda, em seu sentido de marcha e fazer os possível e devidamente assegurada, de forma a não
sinais de viragem obrigatório. Ingressará na nova via por em perigo as pessoas ou as coisas.
pelo lado correspondente à circulação, na pista mais Em particular se evitará que a carga seja ar-
para a esquerda, em seu sentido de marcha. rastada, fuja, caia sobre o pavimento, comprometa a
estabilidade e condução do veículo, oculte as luzes
35) Poderão ser autorizadas outras formas de
ou dispositivos retro-refletores e a placa dos mesmos
viragem diferentes das descritas nos pontos anterio-
e afete a visibilidade do motorista.
res, desde que devidamente sinalizadas.
44) No transporte de materiais perigosos,
36) Para virar ou mudar de pista se deve utili-
além de observarem-se as respectivas legislações
zar obrigatoriamente luzes direcionais intermitentes
nacionais, deverá dar-se estrito cumprimento a:
da seguintes forma:
a) Na carta de porte ou documentação pertinen-
a) Para a esquerda, luzes do lado esquerdo, te será consignada a identificação dos materi-
adiante e atrás e, sempre que for necessá- ais, seu correspondente número das Nações
rio, braço e mão estendidos horizontalmen- Unidas e o tipo de risco ao qual pertença;
te para fora do veículo; e
b) Na cabine do veículo se deverá contar com
b) Para a direita, luzes do lado direito, adiante e instruções escritas para o caso de acidentes;
atrás e, sempre que for necessário, braço e e
mão estendidos fora do veículo e para acima.
c) veículo deve possuir a identificação regu-
37) Para diminuir consideravelmente a velo- lamentar do país transitado.
cidade, exceto no caso de freada brusca por perigo
iminente, e sempre que necessário, braço e mão Dos pedestres
estendidos fora do veículo e para abaixo. 45) Os pedestres deverão circular pelos pas-
seios sem utilizar a calçada nem provocar incômodos
Do estacionamento
ou transtornos nos demais usuários.
38) Nas zonas urbanas a detenção de veículos 46) Poderão cruzar a calçada naqueles luga-
para o Ascenso e descenso de passageiros e seu res sinalizados ou demarcados especialmente para
estacionamento na calçada é permitida quando não isso. Nas interseções sem cruzamentos para pedes-
significar perigo ou transtorno para a circulação. Deverá tres delimitados, de uma esquina para outra, parale-
ser realizada no sentido que corresponder à circulação, lamente a uma das vias.
a não mais de trinta centímetros do meio-fio do passeio
47) Naquelas vias públicas onde não houver
ou da borda do pavimento e paralelo aos mesmos.
passeios deverão circular pelas bermas (acostamen-
39)Os veículos não devem estacionar-se nem de- tos) ou faixas laterais da calçada, em sentido contrá-
ter-se nos lugares que possam constituir perigo ou rio à circulação dos veículos.
obstáculo à circulação, especialmente na interseção de 48) Para atravessar a calçada em qualquer
rodovias, curvas, túneis, pontos, estruturas elevadas e um dos casos descritos nos artigos anteriores, os
passagens de nível ou nas proximidades desses pontos. pedestres deverão faze-lo caminhando o mais rapi-
Em caso de defeito mecânico ou outras cau- damente possível, de forma perpendicular ao eixo e
sas, além de colocar os dispositivos correspondentes assegurando-se de que não exista perigo.
ao estacionamento de emergência, o motorista terá a
obrigação de retirar o veículo da via. Das perturbações
40) Quando for necessário estacionar o veícu- do trânsito
lo em vias com pendentes pronunciadas, deverá 49) Está proibido atirar, depositar ou abando-
permanecer absolutamente imobilizado, mediante seu nar objetos ou substâncias na via pública ou qualquer
sistema de freios ou outros dispositivos adequados outro objeto que puder dificultar a circulação ou
para esses fins. constituir um perigo para a segurança no trânsito.
41) Fora de zonas urbanas, proíbe-se deter ou 50) Quando por razões de força maior não for
estacionar um veículo sobre a faixa de circulação se possível evitar que o veículo constitua obstáculo ou
houver acostamento ou berma. situação de perigo para o trânsito, o motorista deverá
62 Ordeli Savedra Gomes

sinalizá-lo imediatamente para os demais usuários da pensado tecnicamente, assegurado a con-


via, procurando retirá-lo tão logo seja possível. dução sem risco do veículo; e
Dos casos especiais b) veículo seja devidamente adaptado para o
defeito ou deficiência física do interessado.
51) A circulação em marcha a ré ou retroces-
8) A licença de motorista deverá ser renova-
so somente poderá realizar-se em casos estritamente
da periodicamente para comprovar se o interessado
justificados, em circunstâncias que não perturbem os
ainda reúne os requisitos necessários para dirigir um
demais usuários da via e adotando-se as precauções
veículo.
necessárias.
9) Os países signatários deste Acordo reco-
52) A circulação dos veículos, cujas caracte-
nhecerão a licença nacional de dirigir emitida por
rísticas ou as de suas cargas indivisíveis, não pude-
rem ajustar-se ás exigências regulamentares, deverá qualquer um dos demais países signatários.
ser autorizada em cada caso, em caráter de exceção, Da suspensão das
pela autoridade competente em cada país. habilitações para dirigir
CAPÍTULO IV 10) A autoridade competente de cada país
OS MOTORISTAS estabelecerá e aplicará um regime de inabilitação
temporária ou definitiva de motoristas, levando em
Generalidades
conta a gravidade das infrações.
Art. IV.
1) Deverá dirigir-se com prudência e atenção, CAPÍTULO V
com o objetivo de evitar eventuais acidentes, conser- OS VEÍCULOS
vando em todo momento o domínio do veículo, Generalidades
levando em conta os riscos próprios da circulação e Art. V.
demais circunstâncias do trânsito. 1) Os veículos automotores e seus reboques
2) O motorista de qualquer veículo deverá deverão estar em bom estado de funcionamento e
abster-se de toda conduta que possa constituir perigo em condições de segurança tais que não constituam
para a circulação, as pessoas ou que possa causar perigo para seus motoristas, demais ocupantes do
danos à propriedade pública ou privada. veículo e outros usuários da via pública, nem causem
Das habilitações danos às propriedades públicas ou privadas.
para dirigir 2) Todo veículo deverá estar registrado de
3) Qualquer motorista de um veículo automo- acordo com as normas que cada país estabelecer.
tor deverá ser titular de uma licença habilitadora que 3) O certificado de registro deve conter, no
lhe será expedida pela autoridade trânsito competen- mínimo, a seguinte informação:
te em cada país. a) Número de registro ou placa;
Para transitar, o titular da mesma deverá levá- b) Identificação do proprietário; e
-la consigo e apresentá-la a requerimento das autori- c) Marca, ano, modelo, tipo de veículo e
dades nacionais competentes. os números de tarjeta que o identifi-
4) A licença habilita exclusivamente para a quem.
condução dos tipos de veículos correspondentes ao 4) Todo veículo automotor deverá identificar-
tipo ou categoria que for especificada na mesma e se mediante duas placas, dianteira e traseira, com o
será expedida pela autoridade competente de acordo número de matrícula.
com as normas vigentes em cada país. Os reboques e semi-reboques serão identifi-
5) Para obter a habilitação para dirigir, o usuá- cados unicamente com a placa traseira.
rio deverá aprovar: As placas deverão ser colocadas e mantidas
a) Um exame médico sobre suas condições em condições tais que seus caracteres sejam facil-
psico-físicas; mente visíveis e legíveis.
b) Um exame teórico das normas de trânsito; e 5) Para transitar pela via pública, todo veículo
c) Um exame prático de idoneidade para dirigir. automotor deverá possuir, no mínimo, o seguinte
6) A licença de dirigir deverá conter, no mí- equipamento obrigatório, em condições de uso e
nimo a identidade de seu titular, o prazo de validade e funcionamento:
a categoria do veículo permite dirigir. a) sistema de direção que permita ao motorista
7) Poderá ser outorgada a licença de dirigir controlar com facilidade e segurança a traje-
àquelas pessoas com incapacidade física desde que: tória do veículo em qualquer circunstância;
a) defeito ou deficiência física não compro- b) sistema de suspensão que forneça ao veí-
meta a segurança do trânsito ou seja com- culo adequado amortecimento dos efeitos
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 63

das irregularidades da calçada e contribua d) reboque, que deve estar provido de freios,
para a boa aderência e estabilidade; terá um dispositivo que atue automática e
c) dois sistemas de freios de ação indepen- imediatamente sobre todas as rodas do
dente, que permitam controlar o movimen- mesmo, se em movimento se desprenda
to do veículo, detê-lo e mantê-lo imóvel; ou desligue do veículo trator.
d) sistemas e elementos de iluminação e si- 7) As motocicletas e bicicletas deverão con-
nalização que permitam boas visibilidade e tar com um sistema de freios que permita diminuir
segurança na circulação e estacionamento sua marcha e detê-las de modo seguro.
dos veículos; 8) Os veículos automotores não superarão os
e) elementos de segurança, extintor, balizas limites máximos regulamentares de emissão de
ou dispositivos refletores independentes contaminadores que a autoridade fixe para não
para casos de emergência; causar incômodos à população ou comprometer sua
f) espelhos retrovisores que permitam ao mo- saúde e segurança.
torista ampla e permanente visão para trás; 9) Os acessórios tais como sogas, cordéis,
g) um aparelho ou dispositivo que permita correntes, encerados de lona que sirvam para acon-
manter limpo o pára-brisas, assegurando dicionar e proteger a carga deverão ser colocados de
boa visibilidade em qualquer circunstância; forma que não ultrapassem os limites da carroçaria e
h) pára-choques, dianteiro e traseiro, cujo de- estar devidamente assegurados. Todos os acessórios
senho, construção ou montagem possam destinados a proteger a carga deverão reunir as
condições previstas no art. III-43.
diminuir os efeitos de impactos;
i) um pára-brisas construído com material 10) O uso da buzina está, em geral, proibido.
Somente se permite usá-la justificadamente a fim de
cuja transparência seja inalterável através
evitar acidentes.
do tempo, que não deforme sensivelmente
os objetos vistos através dele e que, no 11) É proibido instalar buzinas nos equipa-
caso de rompimento, reduza ao mínimo o mentos de descarga de ar comprimido.
perigo de lesões corporais; 12) Os veículos que forem autorizados para
j) uma buzina cujo som, sem ser estridente, transportar cargas que sobressaiam da carroçaria
seja ouvido em condições normais; deverão ser devidamente sinalizados, de acordo com
a regulamentação de cada país.
k) um dispositivo silenciador que diminua
sensivelmente os ruídos provocados pelo CAPÍTULO VI
funcionamento do motor; SINALIZAÇÃO VIÁRIA
l) rodas pneumáticas ou de elasticidade Art. VI.
equivalente que ofereçam segurança e 1) O uso dos sinais de trânsito obedecerá as
aderência, mesmo no caso de pavimentos seguintes regras gerais:
úmidos ou molhados; a) número de sinais regulamentares deverão
m) pára-lamas que reduzam ao mínimo possível limitar-se no mínimo necessário. Não serão
a dispersão de líquidos, lamas, pedras etc.; colocados sinais senão nos lugares onde
n) os reboques e semi-reboques deverão pos- for indispensável:
suir o equipamento indicado nas letras b), b) os sinais permanentes de perigo deverão
d), l) e m), além de um sistema de freios e ser colocados a suficiente distância dos
pára-choques traseiros; e objetos por eles indicados para que o
o) cintos de segurança. anúncio aos usuários seja eficaz;
6) Nas combinações ou comboios de veícu- c) estará proibido a colocação sobre um sinal
los deverão cumprir-se as seguintes normas: de trânsito, ou em seu suporte, de qualquer
a) os dispositivos e sistemas de freios de ca- inscrição estranha ao objeto desse sinal
da um dos veículos que forma a combina- que possa diminuir a visibilidade, alterar
ção ou comboio deverão ser compatíveis seu caráter ou distrais a atenção de moto-
entre si; ristas ou pedestres;
b) a ação dos freios de serviço, conveniente- d) estará proibida a colocação de qualquer
mente sincronizada, será distribuída de cartaz ou inscrição que possa confundir-se
forma adequada entre os veículos que for- com os sinais regulamentares ou tornar
mam o conjunto; mais difícil sua leitura.
c) freio de serviço deverá ser acionado desde 2) Sempre que necessário, nas vias públicas
o comando do veículo trator; e serão colocados sinais de trânsito destinados a re-
64 Ordeli Savedra Gomes

gulamentar a circulação, advertir e orientar motoris- d) luz amarela ou âmbar intermitente: os con-
tas e pedestres. dutores poderão continuar a marcha com
3) A sinalização de trânsito será realizada as precauções necessárias;
mediante sinais verticais, demarcações horizontais, e) luz verde contínua: permite a passagem.
sinais luminosos e ademanes. Os veículos poderão seguir em frente ou vi-
4) As normas referentes à sinalização de rar para a esquerda ou para a direita, exce-
trânsito serão as estabelecidas pela autoridade to quando existir um sinal proibindo essas
competente de cada país, de conformidade com os manobras; e
Convênios Internacionais de que for signatário. f) luz vermelha e seta verde: os veículos que
5) É proibido instalar nas vias públicas todo enfrentam este sinal poderão entrar cuida-
tipo de cartazes, sinais, símbolos e objetos não dosamente no cruzamento somente para
permitidos pela autoridade competente. prosseguir na direção indicada.
6) Qualquer obstáculo que origine perigo para 11) As luzes poderão estar dispostas horizon-
a circulação deverá estar sinalizado segundo a tal ou verticalmente na seguinte ordem: vermelha,
regulamentação de cada país. amarela e verde, da esquerda à direita ou de cima
7) Toda via pública pavimentada deverá con- para abaixo, segundo corresponder.
tar com sinalização mínima, antes de ser habilitada. 12) Os agentes encarregados de dirigir o trân-
8) Os sinais de trânsito deverão ser protegi- sito serão facilmente reconhecíveis e visíveis à
dos contra qualquer obstáculo ou luminosidade capaz distância, tanto de noite quanto de dia.
de perturbar sua identificação ou visibilidade. 13) Os usuários da via pública estão obriga-
9) Os sinais, de acordo com sua função es- dos a obedecer imediatamente qualquer ordem dos
agentes encarregados de dirigir o trânsito.
pecífica, são classificados em:
14) As indicações dos agentes que dirigem o
a) de regulamentação: os sinais de regulamen-
trânsito prevalecem sobre as indicadas pelos sinais
tação têm por finalidade indicar aos usuários
luminosos e estes sobre os demais elementos e
as condições, proibições ou restrições no
regulamentações da circulação.
uso da via pública, cujo comprimento é obri-
gatório 15) As seguintes posições e ademanes exe-
cutados pelos agentes de trânsito significam:
b) de advertência: os sinais de advertência
têm por finalidade prevenir os usuários da a) a posição de frente ou de costas com bra-
existência e natureza do perigo que apre- ço ou braços levantados obriga a deter-se
senta na via pública; e a quem estiver de frente; e
b) a posição de perfil com braços abaixados
c) de informação: os sinais de informação
ou com o braço abaixado de seu lado,
têm por finalidade guiar os usuários no
permite continuar a marcha.
curso de seus deslocamentos ou facilitar-
lhes outras indicações que possam ser de 16) A autoridade competente poderá estabe-
utilidade. lecer a preferência de passagem nas interseções,
mediante sinais de “PARE” ou “CEDA A PASSAGEM”.
10) Os sinais luminosos de regulação do fluxo
veicular poderão constar de luzes de até três cores O motorista que se defrontar com um sinal de
com a seguinte significação: “PARE” deverá deter obrigatoriamente seu veículo e
permitir a passagem dos demais usuários.
a) luz vermelha contínua: indica detenção a
quem com ele se defronte. Obriga a deter- O motorista que se defrontar a um sinal de “CEDA
A PASSAGEM” deverá diminuir a velocidade, deter-se, se
se em linha demarcada ou antes de entrar
for necessário, e permitir a passagem aos usuários que se
a uma travessia;
aproximarem da interseção pela outra via.
b) luz vermelha intermitente: os veículos que
com ela se defrontem devem deter-se ime- CAPÍTULO VII
diatamente antes dela e o direito a seguir ACIDENTES E
fica sujeito às normas que regem depois de SEGURO OBRIGATÓRIO
ter-se detido em um sinal de “PARE”; Art. VII.
c) luz amarela ou âmbar contínua: adverte ao 1) Considera-se acidente de trânsito qualquer
motorista que deverá tomar as precauções fato que produzir dano em pessoas ou coisas como
necessárias para deter-se, exceto quando consequência da circulação dos veículos.
esteja em uma zona de cruzamento ou a 2) Sem prejuízo do disposto nas respectivas
uma distância tal que sua detenção ponha legislações nacionais, todo motorista implicado em
em risco a segurança do trânsito; um acidente deverá:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 65

a) deter-se imediatamente, sem gerar um no- comunicar aos países signatários o recebimento de
vo perigo para a segurança do trânsito, pelo menos quatro modificações de países signatá-
permanecendo no lugar até a chegada das rios sobre o cumprimento, em cada país, das dispo-
autoridades; sições internas necessárias à sua entrada em vigor,
b) em caso de acidentes com vítimas, prestar inclusive administrativamente. Para os restantes
imediatamente socorro às pessoas lesadas; países o presente Acordo vigerá 30 dias após a data
c) sinalizar adequadamente o lugar, de modo em que notificarem à Secretaria-Geral da ALADI
a evitar riscos à segurança dos demais sobre a entrada em vigor do mesmo em seus respec-
usuários; tivos territórios.
d) evitar a modificação ou desaparecimento 7) O presente Acordo terá duração de cinco
de qualquer elemento útil para os fins da anos, prorrogáveis automaticamente por períodos iguais,
investigação administrativa e judicial. salvo decisão em contrário de um país signatário, em
e) Denunciar o acidente à autoridade compe- cujo caso se deverá proceder à sua renegociação.
tente. CAPÍTULO X
3) Em acidentes dos quais resultarem lesados, ADESÃO E DENÚNCIA
mortes ou danos materiais serão aplicados os proce-
Art. X.
dimentos civis e penais estabelecidos em cada país.
1) O presente Acordo estará aberto à adesão,
4) O motorista de um veículo que efetue trans- mediante negociação dos países-membros da Asso-
porte nos termos do Acordo de Alcance Parcial sobre
ciação Latino Americana de Integração – ALADI.
Transportes Internacional Terrestre deve levar consigo o
comprovante do seguro obrigatório de responsabilidade 2) A adesão será formalizada uma vez nego-
civil por danos a terceiras pessoas, em vigência. ciados seus termos entre os países signatários e o
país solicitante, mediante a subscrição de um Proto-
CAPÍTULO VIII colo Adicional ao presente Acordo, o qual entrará em
INFRAÇÕES E PENALIDADES vigor trinta (30) dias após o cumprimento dos requisi-
Art. VIII. tos estabelecidos no art. IX do presente Acordo.
1) Considera-se infração de trânsito o descum- 3) Qualquer país signatário do presente Acordo
primento de qualquer disposição das normas pertinen- poderá denunciá-lo, transcorridos três anos de sua
tes do país em que o veículo estiver circulando. participação no mesmo. Para esses efeitos, notificará
sua decisão com sessenta dias de antecipação, depo-
2) As sanções eventualmente ocasionadas pe-
las infrações de trânsito serão aplicadas pela autorida- sitando o instrumento respectivo na Secretaria-Geral da
ALADI, que informará a denúncia aos demais países
de competente em cuja jurisdição tiverem sido produ-
zidas, de acordo com seu regime legal, independente- signatários. Transcorridos cento e vinte dias de formali-
zada a denúncia, cessarão automaticamente para o
mente da nacionalidade de registro do veículo.
país denunciante os direitos e obrigações contraídos
3) Os veículos que não cumprirem com o em virtude do presente Acordo.
disposto no presente Regulamento e não oferecerem
a devida segurança no trânsito serão retirados de CAPÍTULO XI
circulação. DISPOSIÇÕES FINAIS
A autoridade competente poderá autorizar seu Art. XI.
deslocamento precário, estabelecendo as condições 1) A Secretaria-Geral da ALADI será deposi-
em que isto deverá ser feito. tária do presente Acordo e enviará cópia do mesmo
4) Os prazos de detenção dos veículos em devidamente autenticada, aos Governos dos países
custódia da autoridade de trânsito serão ajustados signatários.
ao que estabelecerem as normas específicas de EM FÉ DO QUE, os respectivos Plenipotenciá-
cada país. rios subscrevem o presente Acordo na cidade de
5) As infrações ao estabelecido neste Regu- Montevidéu, aos vinte e nove dias do mês de setem-
lamento não excluem as responsabilidades civis e bro de mil novecentos e noventa e dois, em um
penais correspondentes, segundo estabelecido pela original nos idiomas português e espanhol, sendo
legislação vigente em cada país. ambos os textos igualmente válidos.
CAPÍTULO IX Pelo Governo da República Argentina
ENTRADA EM VIGOR Raul El Garignano
E DURAÇÃO Pelo Governo da República da Bolívia
Art. IX. Roberto Finot
6) O presente Acordo entrará em vigor 30 di- Pelo Governo da República Federativa do
as após a data em que o Secretário-Geral da LADI Brasil
66 Ordeli Savedra Gomes

José Jerônimo Moscardo de Sousa Pelo Governo da República do Peru


Pelo Governo da República do Chile Guillermo Fernandez-Cornejo Cortes
Raimundo Carlos Charlin Pelo Governo da República Oriental do
Pelo Governo da República do Paraguai Uruguai
Efrain Dario Centurion Nestor G. Cosentino.

PERMISSÃO INTERNACIONAL PARA DIRIGIR


O Departamento Nacional de Trânsito (DENA- CONVENÇÃO DE VIENA:
TRAN) lançou em abril de 2006 o novo modelo de
Permissão Internacional para Dirigir (PID). O modelo África do Sul, Albânia, Alemanha, Angola, Argé-
segue o padrão estabelecido na Convenção de Viena, lia, Argentina, Austrália, Áustria, Azerbaidjão, Bahamas,
firmada em 08 de novembro de 1968 e promulgada Barein, Belarus (Bielo-Rússia), Bélgica, Bolívia, Bósnia-
pelo Decreto 86.714, de 10.02.1981. A PID poderá Herzegóvina, Bulgária, Cabo Verde, Cazaquistão, Chile,
ser utilizada em mais de cem países (veja a lista Cingapura, Colômbia, Coréia do Sul, Costa do Marfim,
abaixo), porém não substitui a CNH no território Costa Rica, Croácia, Cuba, Dinamarca, El Salvador,
nacional. Equador, Eslováquia, Eslovênia, Estados Unidos, Estô-
nia, Federação Russa, Filipinas, Finlândia, França,
Antes da padronização da Permissão Interna-
Gabão, Gana, Geórgia, Grécia, Guatemala, Guiana,
cional para Dirigir ficava a cargo dos órgãos e entida- Guiné-Bissau, Haiti, Holanda, Honduras, Hungria,
des executivos de trânsito a elaboração e expedição
Indonésia, Irã, Israel, Itália, Kuweit, Letônia, Líbia,
da permissão. Com a PID o DENATRAN padroniza o Lituânia, Luxemburgo, Macedônia, Marrocos, México,
modelo do documento. As informações dispostas na
Moldávia, Mônaco, Mongólia, Namíbia, Nicarágua,
PID estarão descritas na língua portuguesa e nas Níger, Noruega, Nova Zelândia, Panamá, Paquistão,
preconizadas na Convenção de Viena. Paraguai, Peru, Polônia, Portugal, Reino Unido (Inglater-
Para obter a permissão o condutor deverá ra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales), República
possuir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Centro - Africana, República Democrática do Congo,
devendo esta estar vigente. O prazo de validade da República Checa, República Dominicana, Romênia, San
PID, a categoria da habilitação e as restrições médi- Marino, São Tomé e Príncipe, Seichelles, Senegal,
cas são os mesmos referentes a CNH e na hipótese Sérvia e Montenegro, Suécia, Suíça, Tadjiquistão,
de ocorrer qualquer alteração no cadastro do condu- Tunísia, Turcomenistão, Ucrânia, Uruguai, Uzbequistão,
tor a mesma deverá ser incluída no respectivo docu- Venezuela e Zimbábue,
mento internacional de habilitação.
A Permissão Internacional para Dirigir não se- PRINCÍPIO DE RECIPROCIDADE:
rá emitida para o condutor habilitado somente com a Angola, Argélia, Austrália, Canadá, Cabo Ver-
Autorização para Conduzir Ciclomotor – ACC. Desde de, Cingapura, Colômbia, Coréia do Sul, Costa Rica, El
abril de 2006, o novo modelo pode ser retirado nos Salvador, Equador, Estados Unidos, Gabão, Gana,
órgãos e entidades executivos de trânsito dos Esta- Guatemala, Guiné-bissau, Haiti, Holanda, Honduras,
dos e do Distrito Federal e a cargo deles ficará a Indonésia, Líbia, México, Namíbia, Nicarágua, Nova
responsabilidade de determinar o valor da expedi- Zelândia, Panamá, Portugal, Reino Unido (Inglaterra,
ção do documento. Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales), República
PAÍSES ONDE É ACEITA A Dominicana, São Tomé e Príncipe e Venezuela.
PERMISSÃO INTERNACIONAL
PARA DIRIGIR (PID):

ACORDO SOBRE PESOS E DIMENSÕES PARA VEÍCULOS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE


PASSAGEIROS E CARGAS
Artigo 1º. Estabelece-se os pesos e dimen- autorizações especiais expedidas pelas autoridades
sões a serem aplicados à frota veicular dos Estados competentes com base nas normas estabelecidas no
Partes que realizam o transporte internacional de país transitado.
cargas ou passageiros. Artigo 3º. A presente norma não obstaculiza-
Artigo 2º. A circulação de veículos especiais rá a aplicação das disposições em vigor em cada
ou conjuntos de veículos que superem as dimensões Estado Parte em matéria de circulação por rodovia
e/ou pesos máximos estabelecidos neste Acordo que limitem os pesos e/ou dimensões dos veículos
somente se admitirá mediante a concessão prévia de
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 67

em determinadas rodovias ou determinadas constru- Artigo 6º. As infrações a disposições esta-


ções de engenharia civil. belecidas neste Acordo são de caráter administra-
Artigo 4º. Os limites de pesos permitidos pa- tivo e se sancionarão segundo as normas MERCOSUL
ra a circulação de veículos de transporte de carga e vigentes sem prejuízo das responsabilidades civis
de passageiros no âmbito do MERCOSUL, são: e penais emergentes.
Artigo 7º. O limite máximo para o Peso Bruto
EIXOS QUANTIDADE DE RODAS LIMITE (t)
Total será de 45t, dependendo das características do
veículo ou conjunto de veículos.
SIMPLES 2 6
SIMPLES 4 10,5
Artigo 8º. As dimensões máximas permitidas
para a circulação de veículos de transporte de carga
e de passageiros no âmbito do MERCOSUL, são:
DUPLO 4 10
DUPLO 6 14
DUPLO 8 18 Comprimento máximo (m)
Caminhão simples 14
TRIPLO 6 14 Caminhão com reboque 20
TRIPLO 10 21 Reboque 8,6
TRIPLO 12 25,5 Caminhão com semi-reboque 18,6
4.1 Entende-se por eixo duplo o conjunto de 2 Caminhão semi-reboque e reboque 20,5
(dois) eixos, cuja distância entre centro de rodas é Ônibus de longa distância 14
igual ou superior a 1,20 m e igual ou inferior a 2,40 m. Largura máxima (m) 2,6
4.2 Entende-se por eixo triplo o conjunto de 3 Altura máxima (m)
(três) eixos, cuja distância entre centro de rodas é igual Ônibus de longa distância 4,1
ou superior a 1,20 m e igual ou inferior a 2,40 m. Caminhão 4,3
Artigo 5º. Até que seja harmonizado um proce-
dimento de pesagem no âmbito do MERCOSUL, deve
ser respeitada a norma vigente no país transitado.

DEFINIÇÕES DE TIPOS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO, SEGUNDO A NBR 10.697/89


1 Acidente de trânsito: Todo evento não 7 Colisão lateral: Colisão que ocorre late-
premeditado de que resulte dano em veículo ou na ralmente, quando os veículos transitam na mesma
sua carga e/ou lesões em pessoas e/ou animais, em direção, podendo ser no mesmo sentido ou em
que pelo menos uma das partes está em movimento sentidos opostos.
nas vias terrestres ou áreas abertas ao público. Pode 8 Colisão transversal: Ocorre transversal-
originar-se, terminar ou envolver veículo parcialmente mente, quando os veículos transitam em direções
na via pública. que se cruzam, ortogonal ou obliquamente.
2 Atropelamento: Acidente em que o(s) 9 Colisão traseira: Ocorre frente contra
pedestre(s) ou animal(is) sofre(m) o impacto de um traseira ou traseira contra traseira, quando os veícu-
veículo, estando pelo menos uma das partes em los transitam no mesmo sentido ou em sentidos
movimento. contrários, podendo pelo menos um deles estar em
3 Capotamento: Acidente em que o veículo marcha a ré.
gira sobre si mesmo, em qualquer sentido, chegando 10 Engavetamento: Acidente em que há im-
a ficar com as rodas para cima, imobilizando-se em pacto entre três ou mais veículos, num mesmo
qualquer posição. sentido de circulação.
4 Choque: Acidente em que há impacto de 11 Queda: Acidente em que há impacto em
um veículo contra qualquer objeto fixo ou móvel, mas razão de queda livre do veículo, ou queda de pessoas
sem movimento. ou cargas por ela transportadas.
5 Colisão: Acidente em que um veículo em 12 Tombamento: Acidente em que o veículo
movimento sofre impacto de outro veículo, também sai de sua posição normal, imobilizando-se sobre uma
em movimento. de suas laterais, sua frente ou sua traseira.
6 Colisão frontal: Colisão que ocorre frente
a frente, quando os veículos transitam na mesma
direção, em sentidos opostos.
68 Ordeli Savedra Gomes
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 69

ÍNDICE DAS RESOLUÇÕES


ANTERIORES AO CTB

Resolução Página
393/68 Dispositivo de identificação de TÁXI. 71
493/75 Regulamenta o uso da placa de “experiência” e dá outras providências. 71
538/78 Disciplina o licenciamento do veículo tipo “motor casa” e define a categoria dos 72
seus condutores. (Revogada pela Res. 743/18)
558/80 Fabricação e reforma de pneumático com indicadores de profundidade. 72
(Alterada pela Res. 492/14)
793/94 Dispõe sobre o uso de placa de “fabricante”. 73
827/97 Regulamenta o dispositivo de sinalização refletora de emergência de que trata o 74
regulamento do Código Nacional de Trânsito.
70 Ordeli Savedra Gomes
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 71

RESOLUÇÕES DO CONTRAN
ANTERIORES AO CTB

RESOLUÇÃO 393/68
Altera a redação dada à resolução 389/68.
O Conselho Nacional de Trânsito, usando de suas atribuições legais, RESOLVE:
Art. 1º. A Resolução 389/68-CONTRAN passa § 2º O dispositivo de que trata esta Resolução
a ter a seguinte redação: será iluminado à noite, quando o veículo estiver livre
“Art. 1º. O dispositivo de identificação de que e em circulação.
trata o art. 101 do Regulamento do Código Nacional § 3º O acessório de que trata esta Resolução
de Trânsito, obedecerá às seguintes características será de cor branca com letras verdes”.
mínimas: Art. 2º. Os automóveis de aluguel (táxis) que
a) comprimento 25 cm (vinte e cinco centíme- possuírem dispositivo luminoso de identificação que
tros); não atenda a presente Resolução, poderão portá-lo
b) altura 10 cm (dez centímetros); pelo prazo máximo de dois (2) anos.
c) largura 5 cm (cinco centímetros); Art. 3º. Esta Resolução entrará em vigor, a
d) altura das letras 7 cm (sete centímetros); partir de 01.07.1968.
e) largura das letras 1 cm (um centímetro). Brasília, junho de 1968.
§ 1º As letras, de que trata o presente artigo, Sylvio Carlos Diniz Borges
referem-se à palavra “TÁXI”, que deverá constar do
acessório.
RESOLUÇÃO 493/75
Regulamenta o uso da placa de “experiência” e dá ou-
tras providências
O Conselho Regional de Trânsito, no uso de suas atribuições legais; Considerando que dúvidas vem
sendo levantadas quanto à aplicação do caput do art. 238 do Regulamento do Código Nacional de Trânsito,
aprovado pelo Decreto 62.127, de janeiro de 1968 e tendo em vista o que ficou deliberado na reunião de
19.03.1975, constante do processo 215/72, RESOLVE:
Art. 1º. Aos estabelecimentos onde se execu- Art. 3º. Dos livros de Registros de que trata o
tam reformas, recuperação, compra, venda, montagem art. 238 do Regulamento do Código Nacional de
e desmontagem de veículos, serão concedidas placas Trânsito, além das exigências relacionadas no seu §
de “Experiência” cujo modelo consta do Anexo III do 1º, deverão constar o nome e o número do documen-
Regulamento do Código Nacional de Trânsito. to de habilitação do condutor autorizado, pelo estabe-
Art. 2º. Os veículos dotados de placas “Expe- lecimento, a fazer a experiência.
riência” só poderão circular no território sob jurisdi- Parágrafo único. A não identificação do res-
ção da autoridade de trânsito que as expedir e ponsável, em caso de acidente, infração de Trânsito ou
estarão sujeitas a todas as exigências referentes à outra anormalidade ocorrida como veículo em experiên-
circulação, inclusive as relativas à categoria ou cia, obriga o proprietário do estabelecimento a respon-
classe do condutor e Seguro de Responsabilidade der administrativamente pela ocorrência, sem exonerar
Civil Contra Terceiros. o infrator das cominações civil e penal decorrentes.
72 Ordeli Savedra Gomes

Art. 4º. O dispositivo nesta Resolução apli- Art. 5º. Esta Resolução entrará em vigor na
car-se-á aos fabricantes de carroçarias de ônibus, data de sua publicação, revogadas as disposições em
micro-ônibus, caminhões e aos estabelecimentos es- contrário.
pecializados em montagem de veículos tipo “BUGGY” Brasília-DF, 25 de março de 1975.
e similares. Érico Almeida Vieira Lopes

RESOLUÇÃO 538/78
(Revogada pela Res. 743/18)
Disciplina o licenciamento do veículo tipo “motor casa”
e define a categoria dos seus condutores.
O Conselho Nacional de Trânsito, usando das atribuições que lhe confere o art. 9º do Decreto 62.127, de
16.01.1968 que aprovou o Regulamento do Código Nacional de Trânsito; e,
Considerando a necessidade de disciplinar o licenciamento dos veículos tipo “motor casa”;
Considerando o deliberado tomado pelo Plenário em sua reunião de 29 de maio, conforme o que consta
do Processo 060/78, RESOLVE:
Art. 1º. O veículo com carroceria do tipo “mo- Art. 3º. O veículo de que trata o art. 1º será
tor casa”, movido com combustível líquido ou gasoso licenciado em uma das categorias previstas no inc. III
será classificado como veículo automotor quanto à do art. 77 do R.C.N.T.
tração e como veículo especial quanto à espécie. Art. 4º. Revogado face ao Decreto 84.513, de
Parágrafo único. Entende-se por carroceria 27.02.1980.
“motor casa”, a carroceria fechada destinada a aloja- Art. 5º. Esta Resolução entrará em vigor na
mento, escritório, comércio ou finalidades análogas. data de sua publicação.
Art. 2º. No Certificado de Registro do Veículo Brasília, 06 de outubro de 1978.
mencionado constará a sua marca e o nome do Celso Claro Horta Murta
fabricante do chassi sobre o qual está colocada a
carroceria, seguido da expressão “motor casa “.

RESOLUÇÃO 558/80
Fabricação e reforma de pneumático com indicadores
de profundidade.
O Conselho Nacional de Trânsito, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 5º da Lei 5.108, de
21.09.1966, que instituiu o Código Nacional de Trânsito, com a redação dada pelo Dec.-lei 237, de 28.02.1967 e
o art. 9º do Regulamento aprovado pelo Decreto 62.127, de 16.01.1968; e,
Considerando o disposto no art. 37 da mesma Lei e os arts. 78 e 98, inc. I, letra ’s’ do referido Regulamento;
Considerando o contido no Processo 420/73 e a deliberação tomada pelo Colegiado em sua reunião do
dia 07.03.1980, RESOLVE:
Art. 1º. Os veículos novos assemelhados ou lização e Qualidade Industrial – INMETRO, adequados
deles derivados, automotores, elétricos, reboques ou aos aros admitidos para o veículo. (Artigo e parágra-
semirreboques, de produção nacional ou importados, fos com redação dada pela Res. 492/14)
somente poderão ser comercializados no país quando Art. 2º. (Revogado pela Res. 492/14).
estiverem equipados com pneus novos que estejam Art. 3º. A partir de 120 (cento e vinte) dias da
em conformidade com os Regulamentos Técnicos do vigência desta Resolução, todo pneu deverá ser
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e fabricado ou reformado:
Qualidade Industrial – INMETRO. a) com indicadores de desgastes colocados no
§ 1º Fica vedado o registro e o licenciamento fundo do desenho da banda de rodagem;
dos veículos que não atenderem ao disposto no caput
b) com indicação da capacidade de carga, re-
deste artigo.
ferida na Norma EB 932 – Partes I, II e III,
§ 2º Os veículos referidos no caput deste arti- da Associação Brasileira de Normas Técni-
go deverão sair das fábricas equipados com pneus cas – ABNT -excluídos os pneus de cons-
que atendam aos limites de carga, dimensões e
trução radial para automóveis, camionetas
velocidades em conformidade com os Regulamentos
de uso misto e seus reboques leves;
Técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Norma-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 73

c) com a gravação da palavra reformado e da § 2º Quando no mesmo eixo e simetricamen-


marca do reformador, efetuada na parte te montados, os pneus devem ser idêntica constru-
mais ampla dos flancos (área atingida pela ção, mesmo tamanho, mesma carga e serem monta-
reforma), com dimensões variadas entre dos em aros de dimensões iguais, permitindo-se a
10 mm e 20 mm. assimetria quando originada pela troca de uma roda
Parágrafo único. As indústrias de fabricação de reserva, nos casos de emergência.
e de reforma de pneus devem comprovar, quando § 3º O condutor que não observar o disposto
exigido pelo órgão fiscalizador competente, que seus neste artigo, fica sujeito à penalidade prevista no art.
produtos satisfazem as exigências estabelecidas pela 181, XXX, p do Regulamento do Código Nacional de
Norma da ABNT, indicadas nos arts. 1º e 3º. Trânsito.
Art. 4º. Fica proibida a circulação de veículo Art. 5º. Esta Resolução entrará em vigor na
automotor equipado com pneu cujo desgaste da data de sua publicação, revogada a Resolução 544/78
banda de rodagem tenha atingido os indicadores ou de 15.12.1978, e demais disposições em contrário.
cuja profundidade remanescente da banda de roda- Brasília, 15 de abril de 1980.
gem seja inferior a 1,6 mm. Celso Claro Horta Murta
§ 1º A profundidade remanescente será consta-
tada visualmente através de indicadores de desgaste.

RESOLUÇÃO 793/94
Dispõe sobre o uso de placa de “fabricante”.
O Conselho Nacional de Trânsito, usando das atribuições que lhe confere o art. 5º, inc. V da Lei 5.108, de
21.09.1966, que institui o Código Nacional de Trânsito, com as alterações introduzidas pelo Dec.-lei 237, de
28.02.1967;
CONSIDERANDO a potencialidade da fabricação brasileira de veículos automotores;
CONSIDERANDO a necessidade de serem as peças, componentes e os próprios veículos testados em
condições normais e, às vezes excepcionais, de funcionamento, durabilidade e rendimento;
CONSIDERANDO que a boa técnica exige a observação do comportamento dos equipamentos, conjun-
tos, componentes e do próprio veículo pela verificação do seu funcionamento e desempenho em condições
normais de uso;
CONSIDERANDO que o aperfeiçoamento do produto, melhorias e aprimoramentos de suas qualidades
dependem também desses testes;
CONSIDERANDO, ainda, a conveniência que vários desses testes sejam realizados diretamente por em-
presas fornecedoras de autopeças ou prestadoras de serviços especializados nos setor automobilístico;
CONSIDERANDO a necessidade de atualizar a regulamentação do uso da placa de “FABRICANTE”, pre-
vista no Anexo III, do Decreto 62.127, de 16.01.1968, cuja criação visa realmente atender às necessidades
acima alinhadas: RESOLVE:
Art. 1º. A placa de “FABRICANTE”, que é § 3º Quando, por motivos de ordem técnica
aquela constante do anexo III do Decreto 62.127, de ou empresarial, duas ou mais montadoras utilizarem,
16.01.1968, será usada pelos fabricantes ou monta- em veículos, componentes fabricados por qualquer
doras de veículos automotores ou de pneumáticos, delas, poderão, nos testes de desempenho e aprimo-
para a realização de testes destinados ao aprimora- ramento do produto, utilizar sua placa de “FABRI-
mento de seus produtos. CANTE” em qualquer dos veículos, independente-
§ 1º O fabricante poderá, ainda, entregar veí- mente da marca de fábrica exibida pelos mesmos.
culo dotado com placas de “FABRICANTE”, as § 4º O comodante e o comodatário de veículo
empresas que lhe forneçam peças, acessórios e/ou dotado de placa de “FABRICANTE” respondem
prestem serviços especializados no ramo automobi- solidariamente pelos danos eventualmente causados
lístico. A entrega a que se refere este parágrafo será a terceiros e nas violações da legislação de trânsito.
feita mediante celebração de contrato de comodato. Art. 2º. A utilização da placa de “FABRICAN-
§ 2º O fabricante ou montadora de veículos TE”, independerá de horário, situação geográfica ou
automotores poderá apor sua placa de “FABRICAN- restrições de qualquer natureza, respeitado o dispos-
TE” em veículos por ele importados. to art. 4º e seus parágrafos.
74 Ordeli Savedra Gomes

Art. 3º. As placas serão entregues em avulso do trânsito em geral, podendo excepcionalmente ser
aos fabricantes, observado o disposto no § 1º, que se concedida autorização para testes ou experiências
incumbirão de colocá-las nos veículos, sendo uma na em condições anormais ou excepcionais de uso.
sua parte dianteira e outra na sua parte traseira, § 1º Do condutor deverá ser exigida a apre-
mantidas sempre em boas condições de visibilidade. sentação da autorização emitida pelo fabricante, ou
Art. 4º. No uso da placa de “FABRICANTE”, quando for o caso, pelas empresas mencionadas no
observar-se-á o seguinte: art. 1º, hipótese em que deverá tal autorização fazer
a) o veículo que ostentar a placa de “FABRI- menção ao respectivo contrato de comodato. Poderá
CANTE” somente poderá ser conduzido por técnicos ser exigida a identificação pessoal dos ocupantes
ou engenheiros do fabricante ou das empresas a que bem como a identificação pessoal e a carteira de
se refere o § 1º do art. 1º desta Resolução; habilitação do condutor.
b) o veículo somente poderá conduzir, além § 2º Quando se tratar de testes ou experiên-
do motorista, conforme alínea “a” anterior, técnicos cias fora das condições normais de uso do veículo ou
ou engenheiros igualmente autorizados pelo fabrican- de trânsito, a sua realização dependerá de prévia
te ou pelas empresas já mencionadas, aos quais autorização da autoridade de trânsito com jurisdição
também poderá ser exigida identificação pessoal. sobre o local em que se deva realizar o teste, e
c) o fabricante e as empresas já menciona- conterá especificamente as condições de sua realiza-
das, ficam obrigadas a manter em condições hábeis ção, local e horário.
de informação e exibição, registro do uso da placa de Art. 5º. Esta Resolução entrará em vigor na
“FABRICANTE”, no qual deverá constar relação data de sua publicação, revogadas as disposições em
nominal dos condutores, dia e hora de uso da placa. contrário, especialmente as Resoluções 405/68,
d) a critério do fabricante, o controle mencio- 593/82, 694/84, 731/89 e 739/89.
nado na alínea “a” anterior poderá ser feito por Brasília, 13 de dezembro de 1994.
sistemas computadorizados. Kasuo Sakamoto
e) o veículo portador da placa de “FABRI-
CANTE” deverá se conter às normas disciplinadoras

RESOLUÇÃO 827/97
Regulamenta o dispositivo de sinalização refletora de
emergência de que trata o regulamento do Código Na-
cional de Trânsito.
O Conselho Nacional De Trânsito, no uso de suas atribuições que lhe conferem os art. 5º, inc. V, da Lei
5.108, de 21.09.1966, que instituiu o Código Nacional de Trânsito e o art. 92, § 4º, combinado com seu inc. I,
alínea “j”, do Regulamento do Código Nacional de Trânsito aprovado pelo Decreto 62.127, de 16.01.1968;
Considerando o disposto no art. 23, § 5º, e o anexo 5, art. 56, alíneas “a” e “b”, da Convenção de Viena
sobre o Trânsito Viário, promulgado pelo Decreto 86.714, de 10.12.1981;
Considerando a necessidade de se estabelecer requisitos mínimos de segurança quanto a reflexibilidade,
visibilidade e dimensões para o disposto de sinalização refletora de emergência;
Considerando a necessidade de aperfeiçoar a estabilidade do dispositivo de sinalização refletora de
emergência ora utilizado;
Considerando que a figura geométrica triangular, por convenção internacional é empregada como sinal
de perigo para o trânsito viário;
Considerando o que consta do processo 415/94 e a deliberação do Colegiado em suas reuniões dos dias
8 de fevereiro e 18.12.1996. RESOLVE:
Art. 1º. O dispositivo de sinalização refletora cance, mínimos, de visibilidade noturna de 150 m
de emergência de que trata a alínea “j”, inc. I, do art. (cento e cinquenta metros), visibilidade diurna de 120
92, do Regulamento do Código Nacional de Trânsito, m (cento e vinte metros) e estabilidade ao vento,
consistirá num triângulo equilátero vermelho, inscrito admitindo-se um deslocamento máximo de 5 cm
em um suporte auto-sustentado, com cores, dimen- (cinco centímetros), com giro de 10º (dez graus) em
sões, estabilidade, visibilidade, e demais característi- torno de um eixo horizontal ou um eixo vertical, em
cas constantes dos anexos desta Resolução. relação à sua posição original, quando submetido a
Art. 2º. O dispositivo de sinalização refletora uma corrente de ar de 60 Km/h (sessenta quilômetros
de emergência de que trata esta Resolução terá al- por hora), no período de 3 min (três minutos).
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 75

§ 1º O dispositivo de sinalização de emergên- Art. 6º. Será obrigatória a gravação identifi-


cia deverá funcionar independente do circuito elétrico cadora da empresa fabricante e do ano de fabricação
do veículo. do produto, em superfície refletora do dispositivo.
§ 2º O dispositivo de sinalização refletora de Parágrafo único. Na superfície não refletora
emergência deverá ser acompanhado de invólucro deverá haver indicação de como usar o dispositivo
protetor ou ficar abrigado de forma segura quando em caso de emergência.
estiver fora de uso. Art. 7º. A partir de 01.01.1998, os veículos
§ 3º O material empregado na fabricação no novos, nacionais ou importados, somente poderão
dispositivo de sinalização refletora de emergência não ser licenciados se equipados com o dispositivo de
poderá sofrer deterioração pela ação de intempéries. sinalização refletora de emergência que atenda as
Art. 4º. O dispositivo de sinalização refletora de exigências desta Resolução.
emergência deverá ser submetido a ensaio por órgão § 1º Os veículos fabricados até 31.12.1997
oficial, que emitirá laudo técnico de sua visibilidade poderão ser licenciados com o dispositivo de sinali-
diurna e noturna, de estabilidade ao vento no tocante a zação refletora de emergência previsto nas Resolu-
deslocamento e giro; e de resistência às intempéries, ções 388/68 e 604/82.
por solicitação das empresas fabricantes ou importado- § 2º Os veículos licenciados até a data de vi-
ras. gência desta Resolução poderão circular com o
§ 1º O DENATRAN, a qualquer tempo, poderá dispositivo de sinalização refletora de emergência
solicitar às empresas fabricantes ou importadoras previstos nas Resoluções 388/68 e 604/82, até o seu
desses equipamentos, a apresentação dos laudos sucateamento.
técnicos de que trata o caput deste artigo. Art. 8º. Pela inobservância das disposições
§ 2º A critério do DENATRAN, poderão ser ad- desta Resolução aplicar-se-á a penalidade prevista no
mitidos os resultados de testes e ensaios obtidos por art. 181, inc. XXX, alínea “b”, do Regulamento do
procedimentos similares de mesma eficácia, em substi- Código Nacional de Trânsito.
tuição ao laudo técnico de trata o caput deste artigo. Art. 9º. Esta Resolução entra em vigor na da-
§ 3º Serão reconhecidos pelo DENATRAN os ta de sua publicação, sendo obrigatório o seu cum-
resultados de ensaios admitidos por órgãos creden- primento a partir de 01.01.1998.
ciados pela Comissão Europeia ou pela Comunidade Art. 10. As disposições das Resoluções
Europeia ou pelos Estados Unidos da América, em CONTRAN 388/68 e 604/82 perderão eficácia em
conformidade com os procedimentos adotados por 31.12.1997.
aqueles órgãos. Brasília, 20 de janeiro de 1997.
Art. 5º. Os produtores nacionais ou os impor- Carlos Eduardo Cruz de Souza Lemos
tadores do dispositivo refletor de emergência respon- *Anexos disponíveis no site:
derão administrativa, civil e penalmente, pelo forne-
<www.denatran.gov.br>
cimento do produto em desacordo com as exigências
desta Resolução. (interesse da indústria automobilística)
76 Ordeli Savedra Gomes
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 77

ÍNDICE DAS RESOLUÇÕES DO CTB

Res. Data Publicação Assunto Situação Página


01 Revogada Revogada Estabelece as informações mínimas que deve- Revogada pela
rão constar do Auto de Infração de trânsito Res. 217/07
cometida em vias terrestres (urbanas e rurais).
02 Revogada Revogada Dispõe sobre os equipamentos obrigatórios dos Revogada pela
veículos e fixa prazo de entrada em vigor do Res. 14/98
art. 105 do Código de Trânsito Brasileiro.
03 23.01.1998 26.01.1998 Revoga a Resolução 825/96. Em vigor
04 23.01.1998 26.01.1998 Dispõe sobre o trânsito de veículos novos nacio- Alterada pelas 145
nais ou importados, antes do registro e licencia- Res. 269/08 e
mento e de veículos usados incompletos, nacio- 487/14, 546/14,
nais ou importados, antes da transferência. 554/15 e 698/17
05 Revogada Revogada Dispõe sobre a vistoria de veículos e dá outras Revogada pela
providências. Res. 466/13,
com redação
dada pela Res.
496/14
06 23.01.1998 26.01.1998 Revoga as Resoluções 809 e 821 do CONTRAN. Em vigor
07 Revogada Revogada Modifica dispositivos das Resoluções 734/89, Revogada pela
765/93 e 828/97, que tratam da formação de Res. 168/04
condutores e dos procedimentos para a habili-
tação.
08 Revogada Revogada Estabelece sinalização indicativa de fiscaliza- Revogada pela
ção mecânica, elétrica, eletrônica ou fotográfi- Res. 79/98
ca dos veículos em circulação.
09 Revogada Revogada Estabelece sinalização indicativa de fiscaliza- Revogada pela
ção mecânica, elétrica, eletrônica ou fotográfi- Resolução
ca dos veículos em circulação. 45/98
10 Revogada Revogada Estabelece requisitos necessários à coordena- Revogada pela
ção do Sistema de arrecadação de multas. Res. 263/07
11 23.01.1998 26.01.1998 Estabelece critérios para a baixa de registro de Em vigor. Altera- 146
veículos a que se refere bem como os prazos da pelas Res.
para efetivação. 113/00, 179/05,
322/09, 530/15,
611/16 e 661/17
12 Revogada Revogada Estabelece os limites de peso e dimensões Revogada pela
para veículos que transitem por vias terrestres. Res. 210/06
78 Ordeli Savedra Gomes

13 Revogada Revogada Dispõe sobre documentos de porte obrigatório Revogada pela


e dá outras providências. Res. 205/06
14 06.02.1998 12.02.1998 Estabelece os equipamentos obrigatórios para Alterada pelas 149
a frota de veículos em circulação e dá outras Res. 34/98,
providências. 43/98, 87/99 e
44/98, 46/98,
129/01, 208/07,
259/07, 279/08,
454/13, 551/15,
556/15 e 592/16
15 Revogada Revogada Dispõe sobre o transporte de menores de dez Revogada pela
anos e dá outras providências. Res. 277/08.
16 06.02.1998 12.02.1998 Altera os modelos e especificações dos Certifi- Alterada pela
cados de Registro – CRV e de Licenciamento Res. 775/19
de Veículos – CRVL.
17 Revogada Revogada Estabelece os procedimentos de informação Revogada pela
sobre o condutor do veículo, no momento da Resolução
infração. 149/03
18 17.02.1998 18.02.1998 Recomenda o uso, nas rodovias, de farol baixo Em vigor 153
aceso durante o dia, e dá outras providências.
19 17.02.1998 18.02.1998 Estabelece as competências para nomeação e Em vigor 153
homologação dos coordenadores do RENA-
VAM e do RENACH.
20 Revogada Revogada Disciplina o uso de capacete de segurança pelo Revogada pela
condutor e passageiros de motocicletas, moto- Res. 269/08
netas, ciclomotores, triciclos e quadriciclos
motorizados, e dá outras providências.

21 17.02.1998 18.02.1998 Dispõe sobre o controle, guarda e fiscalização Em vigor 154


dos formulários destinados à documentação de
condutores e de veículos.
22 17.02.1998 18.02.1998 Estabelece, para efeito da fiscalização, forma para Em vigor
comprovação do exame de inspeção veicular.
23 Revogada Revogada Define e estabelece os requisitos mínimos Revogada pela
necessários para autorização e instalação de Resolução
instrumentos eletrônicos de medição de velo- 141/02
cidade de operação autônoma.

24 21.05.1998 22.05.1998 Estabelece o critério de identificação de veículos. Em vigor 154


Alterada pela
Res. 581/16
25 Revogada Revogada Dispõe sobre modificações de veículos e dá Revogada pela
outras providências. Res. 362/10
26 21.05.1998 22.05.1998 Disciplina o transporte de carga em veículos Em vigor 155
destinados ao transporte de passageiros.
27 Revogada Revogada Dispõe sobre a inspeção de segurança veicular. Revogada pela
Res. 107/99
28 21.05.1998 22.05.1998 Dispõe sobre a circulação de veículos nas ro- Em vigor 156
dovias nos trajetos entre o fabricante de chas-
si/plataforma, montadora, encarroçadora ou im-
plementador final até o município de destino.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 79

29 Revogada Revogada Dispõe sobre a integração dos órgãos e entida- Revogada pela
des executivas de trânsito dos municípios ao Res. 65/98
Sistema Nacional de Trânsito.
30 21.05.1998 22.05.1998 Dispõe sobre campanhas permanentes de Em vigor 156
segurança no trânsito.
31 21.05.1998 22.05.1998 Dispõe sobre a sinalização de identificação Em vigor 157
para hidrantes, registros de água, tampas de
poços de visita de galerias subterrâneas.
32 21.05.1998 22.05.1998 Estabelece modelos de placas para veículos de Em vigor 157
representação.
33 Revogada Revogada Regulamenta os serviços dos organismos de Revogada pela
qualificação de trânsito e critérios de creden- Res. 74/98
ciamento e funcionamento dos Centros de For-
mação de Condutores.
34 21.05.1998 22.05.1998 Complementa a Resolução 14/98 do CON- Em vigor
TRAN, que dispõe sobre equipamentos obriga-
tórios para os veículos automotores.
35 21.05.1998 22.05.1998 Estabelece método de ensaio para medição de Em vigor. 158
pressão sonora por buzina ou equipamento Será revogada
similar. em 01.01.2022,
pela Res. 764/18
36 21.05.1998 22.05.1998 Estabelece a forma de sinalização de advertên- Em vigor 158
cia para os veículos que, em situação de emer-
gência, estiverem imobilizados no leito viário.
37 21.05.1998 22.05.1998 Fixa normas de utilização de alarmes sonoros e Em vigor 158
outros acessórios de segurança contra furto ou
roubo para os veículos automotores.
38 21.05.1998 22.05.1998 Regulamenta o art. 86 do Código de Trânsito Em vigor 159
Brasileiro, que dispõe sobre a identificação das
entradas e saídas de postos de gasolina e de
abastecimento de combustíveis, oficinas, esta-
cionamentos e/ou garagens de uso coletivo.
39 Revogada Revogada Estabelece os padrões e critérios para a insta- Revogada pela
lação de ondulações transversais e sonorizado- Res. 600/16
res nas vias públicas.
40 Revogada Revogada Estabelece os critérios para aposição de inscri- Revogada pela
ções, películas, painéis decorativos ou pinturas. Res. 73/98
41 Revogada Revogada Estabelece os procedimentos para o cadastra- Revogada pela
mento de veículos no RENAVAM e emissão do Res. 77/98
Certificado de Segurança.
42 Revogada Revogada Dispõe sobre os equipamentos e materiais de pri- Revogada pela
meiros socorros de porte obrigatório nos veículos. Lei 9.792/99
43 Revogada Revogada Complementa a Resolução 14/98, que dispõe so- Revogada pela
bre equipamentos de uso obrigatório nos veícu- Res. 703/17
los automotores.
44 21.05.1998 22.05.1998 Dispõe sobre os requisitos técnicos para o en- Em vigor 159
costo de cabeça.
45 Revogada Revogada Estabelece o Sistema de Placas de Identifica- Revogada pela
ção de Veículos. Res. 231/07
46 21.05.1998 22.05.1998 Estabelece os equipamentos de segurança obri- Em vigor
gatórios para as bicicletas.
47 Revogada Revogada Define as características e estabelece critérios Revogada pela
para o reboque de carretas por motocicleta. Res. 69/98
80 Ordeli Savedra Gomes

48 21.05.1998 22.05.1998 Estabelece requisitos de instalação e procedi- Será revogada


mentos para ensaios de cintos de segurança. em 20.01.20,
pela Res. 518/15
49 Revogada Revogada Disciplina a inscrição de dados técnicos em Revogada pela
veículos de carga e de transporte coletivo de Res. 290/08
passageiros.
50 Revogada Revogada Estabelece os procedimentos necessários para Revogada pela
o processo de habilitação, normas relativas à Res. 168/04
aprendizagem, autorização para conduzir ci-
clomotores e os exames de habilitação.
51 Revogada Revogada Dispõe sobre os exames de aptidão física e Revogada pela
mental e os exames de avaliação psicológica. Res. 267/08
52 Revogada Revogada Disciplina o uso de medidores da alcoole- Revogada pela
mia e a pesquisa de substâncias entorpecen- Res. 81/98
tes no organismo humano e dá outras provi-
dências.
53 Revogada Revogada Estabelece critérios em caso de apreensão de Revogada pela
veículos e recolhimento aos depósitos. Res. 623/16
54 Revogada Revogada Dispõe sobre a penalidade de suspensão do Revogada pela
direito de dirigir. Res. 182/05
55 Revogada Revogada Acresce a disciplina de Meio Ambiente e Cida- Revogada pela
dania na modalidade de ensino a distância do Res. 168/04
curso de formação de condutores de veículos
de transportes escolares.
56 21.05.1998 22.05.1998 Disciplina a identificação e emplacamento dos Alterada pela 160
veículos de coleção. Res.127/01
57 Revogada Revogada Estabelece normas gerais para curso de capa- Revogada pela
citação de condutores de veículos de transpor- Res. 168/04
te coletivo de passageiros.
58 Revogada Revogada Estabelece normas gerais do curso de recicla- Revogada pela
gem para infratores do Código de Trânsito Bra- Res. 168/04
sileiro.
59 Revogada Revogada Dispõe sobre a notificação de infrações de Revogada pela
trânsito dos veículos pertencentes a socieda- Res. 149/03
des de arrendamento mercantil.
60 21.05.1998 22.05.1998 Dispõe sobre a permissão de utilização de Em vigor
controle eletrônico para o registro do movimen-
to de entrada e saída e de uso de placas de
experiência pelos estabelecimentos.
61 Revogada Revogada Esclarece os arts. 131 e 133 do Código de Trân- Revogada em
sito Brasileiro que trata do Certificado de Licen- 01.01.2017, pe-
ciamento Anual. la Res. 599/16
62 21.05.1998 22.05.1998 Estabelece o uso de pneus extralargos e define Em vigor. 161
seus limites de peso. Alterada pela
Res. 565/15
63 Revogada Revogada Disciplina o registro e licenciamento de veícu- Revogada pela
los de fabricação artesanal. Res. 699/17
64 Revogada Revogada Altera a composição dos Conselhos Estaduais Revogada pela
de Trânsito-CETRANs, do Conselho de Trânsito do Res. 147/03
Distrito Federal-CONTRANDIFE e das Juntas Ad-
ministrativas de Recursos de Infrações-JARIs.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 81

65 Revogada Revogada Dispõe sobre a integração dos órgãos e entida- Revogada pela
des executivos dos municípios ao Sistema Res. 106/99
Nacional de Trânsito.
66 23.09.1998 25.09.1998 Institui tabela de distribuição de competência Alterada pela 162
dos órgãos executivos de trânsito. Res. 121/01 e
202/06
67 Revogada Revogada Concede prazo para regularização da habilitação Revogada pela
dos condutores de veículos a que se refere o art. Res. 168/04
144, do Código de Trânsito Brasileiro-CTB.
68 Revogada Revogada Requisitos de segurança necessários à circula- Revogada pela
ção de Combinações de Veículos de Carga – Res. 211/06
CVC.
69 23.09.1998 25.09.1998 Revoga a Resolução 47, de 21.05.1998, que Em vigor
define as características e estabelece critérios
para o reboque de carretas por motocicletas.
70 Revogada Revogada Dispõe sobre curso de treinamento específico Revogada pela
para condutores de veículos rodoviários trans- Res. 91/99
portadores de produtos perigosos.
71 Revogada Revogada Altera o § 1º do art. 3º e os Anexos I, II e III da Revogada pela
Resolução 765/93-CONTRAN, e dá outras pro- Res. 176/05
vidências.
72 Revogada Revogada Altera o Anexo da Resolução 17/98, que esta- Revogada pela
belece procedimentos de informação sobre o Res. 149/03
condutor do veículo, no momento da infração.
73 Revogada Revogada Estabelece critérios para aposição de inscri- Revogada pela
ções, painéis decorativos e películas não refle- Res. 254/07
tivas nas áreas envidraçadas dos veículos.
74 Revogada Revogada Regulamenta o credenciamento dos serviços Revogada pela
de formação e processo de habilitação de con- Res. 358/10
dutores de veículos.
75 Revogada Revogada Estabelece os requisitos de segurança neces- Revogada pela
sários a circulação de Combinações para Res. 274/08.
Transporte de Veículos – CTV.
76 Revogada Revogada Altera a redação do art. 2o, § 2o, da Resolução Revogada pela
68/98-CONTRAN e substitui o seu Anexo III. Res. 184/05
77 Revogada Revogada Estabelece os procedimentos para o cadastra- Revogada a
mento de veículos no RENAVAM, a emissão do partir de
Certificado de Segurança Veicular-CSV e a 01.05.2008,
comprovação de atendimento dos requisitos de pela Res.
segurança veicular. 261/07
78 19.11.1998 20.11.1998 Trata das normas e requisitos de segurança Em vigor
para a fabricação, montagem e transformação
de veículos.
79 Revogada Revogada Estabelece a sinalização indicativa de fiscaliza- Revogada pela
ção. Res. 141/02
80 Revogada Revogada Dispõe sobre os exames de aptidão física e Revogada pela
mental e os exames de avaliação psicológica. Res. 267/08
82 Ordeli Savedra Gomes

81 Revogada Revogada Disciplina o uso de medidores da alcoolemia e Revogada pela


a pesquisa de substâncias entorpecentes no Res. 206/06
organismo humano, estabelecendo os proce-
dimentos a serem adotados pelas autoridades
de trânsito e seus agentes.
82 Revogada Revogada Dispõe sobre a autorização, a título precário, Revogada pela
para o transporte de passageiros em veículos Res. 508/14
de carga.
83 Revogada Revogada Reconhece o Departamento Nacional de Estra- Revogada pela
das de Rodagem – DNER como o Órgão Execu- Lei 10.233/01
tivo Rodoviário da União.
84 Revogada Revogada Estabelece normas referentes a Inspeção Téc- Revogada pela
nica de Veículos – ITV. Res. 716/17
85 Revogada Revogada Dispensa os tripulantes de aeronaves do exa- Revogada pela
me de aptidão física e mental necessário à Res. 168/04
obtenção ou à renovação periódica da Carteira
Nacional de Habilitação-CNH.
86 Revogada Revogada Trata da utilização do radar portátil avaliador de Revogada pela
velocidade pela fiscalização de trânsito. Res. 141/02
87 04.05.1999 06.05.1999 Estabelece os equipamentos obrigatórios para Alterada pela
e Republica- a frota de veículos em circulação e dá outras Res. 103/99
da em providências.
19.07.1999
88 04.05.1999 06.05.1999 Estabelece modelo de placa para veículos de Em vigor 162
representação e dá outras providências.
89 Revogada Revogada Altera a Resolução 74/98, que regulamenta o Revogada pela
credenciamento dos serviços de formação e Res. 198/06
processo de habilitação de condutores de veí-
culos.
90 Revogada Revogada Prorroga o prazo para expedição da Carteira Revogada pela
Nacional de Habilitação. Res. 168/04
91 Revogada Revogada Dispõe sobre os Cursos de Treinamento Espe- Revogada pela
cífico e Complementar para Condutores de Res. 168/04
Veículos Rodoviários Transportadores de Pro-
dutos Perigosos.
92 04.05.1999 06.05.1999 Dispõe sobre requisitos técnicos mínimos do Em vigor. 163
registrador instantâneo e inalterável de veloci- Alterada pela
dade e tempo, conforme o Código de Trânsito Res. 406/12 e
Brasileiro. Deliberação
183/20
93 Revogada Revogada Altera o art. 10 e revoga os arts. 11 e 13, todos Revogada pela
da Resolução 50/98-CONTRAN, que trata sobre Res. 168/04
processo de habilitação de condutores de veí-
culos.
94 Revogada Revogada Estabelece modelo de placa para veículos de Revogada Pela
representação. Res. 275/08
95 Revogada Revogada Fixa o Calendário de Licenciamento anual de Revogada pela
veículos para todo território nacional. Res. 110/99
96 Revogada Revogada Altera os itens 4.1 das Diretrizes para estabe- Revogada pela
lecimento do Regimento Interno das Juntas Res. 147/03
Administrativas de Recursos de Infrações –
JARIs e 7 das Diretrizes para estabelecimento
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 83

do Regimento Interno dos Conselhos Estaduais


de Trânsito – CETRAN e do Conselho de Trânsi-
to do Distrito Federal – CONTRANDIFE.
97 Revogada Revogada Dispõe sobre a utilização do percentual dos Revogada pela
recursos do Seguro Obrigatório de Danos Pes- Res. 143/03
soais Causados por Veículos Automotores de
Vias Terrestres (DPVAT), destinados ao órgão
Coordenador do Sistema Nacional de Trânsito
pelo parágrafo único do art. 78 do Código de
Trânsito Brasileiro.
98 Revogada Revogada Acresce parágrafos aos arts. 10 e 30 da Reso- Revogada pela
lução 50/98 – CONTRAN. Resolução
168/04
99 31.08.1999 20.09.1999 Prorroga o prazo de substituição das placas de Em vigor
identificação dos veículos.
100 Extinta Extinta Prorroga os prazos estabelecidos nos arts. 3º Extinta pelo
da Resolução 79/98 e 6º da Resolução 81/98 – cumprimento
CONTRAN. de seu prazo
101 Revogada Revogada Suspensão da vigência da Resolução 84/98- Revogada pela
CONTRAN que estabelece forma e periodicidade Res. 716/17
referente a Inspeção Técnica de Veículos – ITV.
102 Revogada Revogada Dispõe sobre a tolerância máxima de peso Revogada pela
bruto de veículos. Res. 258/07
103 Extinta Extinta Prorroga o prazo para a entrada em vigor do Extinta pelo
disposto no art. 1º da Resolução 87, de cumprimento
04.05.1999, que alterou a Resolução 14/98- de seu prazo
CONTRAN.
104 Revogada Revogada Dispõe sobre tolerância máxima de peso bruto Revogada pela
de veículos. Res. 258/07
105 Revogada Revogada Estabelece a obrigatoriedade de utilização de Revogada pela
dispositivos de segurança para prover melho- Res. 128/01
res condições de visibilidade diurna e noturna
em veículos de transporte de carga.
106 Revogada Revogada Dispõe sobre a integração dos órgãos e entida- Revogada pela
des executivos municipais rodoviários e de Res. 296/08
trânsito ao Sistema Nacional de Trânsito.
107 Revogada Revogada Suspende a vigência da Resolução 84/98. Revogada pela
Res. 716/17
108 21.12.1999 06.01.2000 Dispõe sobre a responsabilidade pelo paga- Em vigor 170
mento de multas.
109 Extinta Extinta Trata da homologação dos equipamentos, apare- Extinta em face
lhos ou dispositivos para exames de alcoolemia da revogação
(etilômetros, etilotestes ou bafômetros). da Res. 81/98
110 24.02.2000 10.03.2000 Fixa o calendário para renovação do Licen- Em vigor 171
ciamento Anual de Veículos e revoga a Resolu-
ção CONTRAN 95/99.
111 Extinta Extinta Prorroga o prazo estabelecido no art. 3º da Extinta
Resolução 79/98.
112 Revogada Revogada Prorroga o prazo estabelecido no art. 4º da Revogada
Resolução 105/99, e dá outras providências.
113 05.05.00 12.05.00 Acrescentar § 4º ao art. 1º da Resolução Em vigor
11/98-CONTRAN.
84 Ordeli Savedra Gomes

114 Revogada Revogada Acrescentar parágrafo único ao art. 4º da Re- Revogada pela
solução 104/99-CONTRAN. Res. 258/07
115 05.05.2000 12.05.2000 Proíbe a utilização de chassi de ônibus para Em vigor
transformação em veículos de carga.
116 05.05.2000 12.05.2000 Revoga a Resolução CONTRAN 506/76. Em vigor
117 Revogada Revogada Prorroga o prazo estabelecido no parágrafo Revogada pela
único do art. 5º da Resolução 820/96 – CON- Res. 141/02
TRAN.
118 Revogada Revogada Prorroga o prazo estabelecido no art. 3º da Revogada pela
Resolução 79/98 – CONTRAN. Res. 125/01
119 Revogada Revogada Suspende a vigência da Resolução 105/99 – Revogada pela
CONTRAN. Res. 128/01
120 Revogada Revogada Dispõe sobre o Projeto Educação e Segurança Revogada pela
no Trânsito – publicada em 18.04.2001. Res. 265/07.
121 14.02.2001 20.02.2001 Altera o Anexo da Resolução 66/98 – CONTRAN, Em vigor
que institui tabela de distribuição de competência
dos órgãos executivos de trânsito.
122 Revogada Revogada Faixa dourada – publicada em 06.04.2001. Revogada pela
Res. 133/02
123 Revogada Revogada Prorroga o prazo estabelecido no parágrafo Revogada pela
único do art. 5º da Resolução 820/96 – CON- Res. 141/02
TRAN.
124 Revogada Revogada Estabelece normas relativas à alienação fidu- Revogada pela
ciária de veículos automotores e dá outras Res. 159/04
providências.
125 Revogada Revogada Prorroga o prazo estabelecido no art. 3º da Revogada
Resolução 79/98 – CONTRAN.
126 Revogada Revogada Altera as cores predominantes do Certificado de Revogada pela
Registro de Veículo – CRV e do Certificado de Res. 130/02
Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV.
127 06.08.2001 03.09.2001 Altera o inc. I do art. 1º da Res. 56, de 21.05.1998 Em vigor
– CONTRAN, e substitui o seu anexo.
128 Revogada Revogada Estabelece a obrigatoriedade de utilização de Revogada pela
dispositivo de segurança para prover melhores Res. 568/15
condições de visibilidade diurna e noturna em
veículos de transporte de carga.
129 06.08.2001 03.09.2001 Estabelece os requisitos de segurança e dis- Em vigor
pensa a obrigatoriedade do uso de capacete
para o condutor e passageiros do triciclo au-
tomotor com cabine fechada, quando em circu-
lação somente em vias urbanas.
130 02.04.2002 07.05.2002 Dispõe sobre a competência do DENATRAN Em vigor
para propor programas e projetos destinados a
atribuir maior segurança e confiabilidade ao
Certificado de Registro de Veículo – CRV e ao
Certificado de Registro e Licenciamento de
Veículos – CRLV.
131 Anulada Anulada Revogada pela Deliberação 34. Declarada nula
pela Res. 140/03
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 85

132 Revogada Revogada Estabelece a obrigatoriedade de utilização de Revogada pela


película refletiva para prover melhores condi- Res. 568/15
ções de visibilidade diurna e noturna em veícu-
los de transporte de carga em circulação.
133 02.04.2002 09.04.2002 Revoga a Resolução CONTRAN 122, de Em vigor
14.02.2001, que acrescenta parágrafo ao art.
3º da Resolução 765/93 CONTRAN, estabele-
cendo faixa dourada na Carteira Nacional de
Habilitação.
134 02.04.2002 09.04.2002 Revoga a Resolução 782, de 29.06.1994, do Em vigor
CONTRAN, que institui o Documento Provisó-
rio, que substitui a título precário, o Certificado
de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV).
135 Revogada Revogada Aprova o Regimento das Câmaras Temáticas Revogada pela
Res. 138/02
136 Revogada Revogada Dispõe sobre os valores das multas de infração Revogada pela
de trânsito Res. 613/16
137 Revogada Revogada Dispõe sobre a atribuição de competência para Revogada pela
a realização da inspeção técnica nos veículos Res. 359/10
utilizados no transporte rodoviário internacional
de cargas e dá outras providências.
138 Revogada Revogada Aprova o Regimento Interno das Câmaras Te- Revogada pela
máticas Res. 144/03
139 Revogada Revogada Dá nova redação ao item 4.1 das diretrizes para Revogada pela
estabelecimento do regimento interno das Jun- Res. 147/03
tas Administrativas de Recursos de Infrações –
JARIS e ao art.1º da Resolução 96/99.
140 19.09.2002 16.10.2002 Declara a nulidade da Resolução 131, de Em vigor
02.04.2002 e da Deliberação 034, de 09.05.2002,
publicadas, respectivamente, no Diário Oficial
da União de 9 e 10 de maio do corrente.
141 Revogada Revogada Dispõe sobre o uso, a localização, a instalação e a Revogada pela
operação de aparelho, de equipamento ou de Res. 146/03
qualquer outro meio tecnológico para auxiliar na
gestão do trânsito e dá outras providências.
142 26.03.2003 31.03.2003 Dispõe sobre o funcionamento do Sistema Em vigor
Nacional de Trânsito – SNT, a participação dos
órgãos e entidades de trânsito nas reuniões do
sistema e as suas modalidades.
143 26.03.2003 31.03.2003 Dispõe sobre a utilização dos recursos do Seguro Em vigor 171
Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veí-
culos Automotores de Vias Terrestres – DPVAT,
destinados ao órgão Coordenador do Sistema
Nacional de Trânsito e dá outras providências.
144 Revogada Revogada Aprova o Regimento Interno das Câmaras Te- Revogada pela
máticas. Res. 218/06
145 Revogada Revogada Dispõe sobre o intercâmbio de informações, Revogada pela
entre órgãos e entidades executivos de trânsito Res. 576/16
dos Estados e do Distrito Federal e os demais
órgãos e entidades executivos de trânsito e
executivos rodoviários da União, dos Estados,
Distrito Federal e dos Municípios que com-
põem o Sistema Nacional de Trânsito e dá ou-
tras providências.
86 Ordeli Savedra Gomes

146 Revogada Revogada Dispõe sobre requisitos técnicos mínimos para Revogada pela
a fiscalização da velocidade de veículos auto- Res. 396/11
motores, reboques e semi-reboques, conforme
o Código de Trânsito Brasileiro.
147 Revogada Revogada Estabelece diretrizes para a elaboração do Revogada pela
Regimento Interno das Juntas Administrativas Res. 233/07
de Recursos de Infrações – JARI.
148 19.09.2003 13.10.2003 Declara revogadas as Resoluções 472/74, Em vigor
568/80, 812/96 e 829/97.
149 Revogada Revogada Dispõe sobre uniformização do procedimento Revogada a
administrativo da lavratura do auto de infração, partir de
da expedição da Notificação da Autuação e da 01.07.2013 pela
Notificação da Penalidade de multa e de adver- Res. 404/12
tência por infrações de responsabilidade do
proprietário e do condutor do veiculo e da iden-
tificação do condutor infrator.
150 Revogada Revogada Estabelece diretrizes para a elaboração do Revogada pela
Regimento Interno dos Conselhos Estaduais de Res. 244/07
Trânsito – CETRAN e do Conselho de Trânsito do
Distrito Federal – CONTRANDIFE.
151 Revogada Revogada Dispõe sobre a unificação de procedimentos Revogada pela
para imposição de penalidade de multa a pes- Res. 710/17
soa jurídica proprietária de veículos por não
identificação de condutor infrator.
152 Revogada Revogada Estabelece os requisitos técnicos de fabricação Revogada em
e instalação de pára-choque traseiro para veí- 01.01.2017, pe-
culos de carga. la Res. 593/16,
com texto dado
pela Res. 674/17
153 Revogada Revogada Estabelece proibição de uso de equipamento Revogada pela
eletrônico, para cumprimento das normas de Res. 190/06
segurança de trânsito.
154 17.12.2003 26.12.2003 Dispõe sobre a alteração do prazo estabelecido Em vigor
no art. 6º da Resolução do CONTRAN 145, de
21.08.2003.
155 Revogada Revogada Estabelece as bases para a organização e o Revogada pela
funcionamento do Registro Nacional de Infra- Res. 637/16
ções de Trânsito – RENAINF e determina ou-
tras providências.
156 Extinta Extinta Dispõe sobre a alteração do prazo estabelecido Extinta pelo
no art. 14 da Resolução do CONTRAN 149, de cumprimento
19.09.2003, publicada no DOU de 16.10.2003. de seu prazo
157 22.04.2004 07.05.2004 Fixa especificações para os extintores de incên- Em vigor. Uso
Retificada dio, equipamento de uso obrigatório nos veículos facultativo para
em automotores, elétricos, reboque e semi-reboque, automóveis etc.
24.05.2004 de acordo com o art. 105 do Código de Trânsito Alterada pelas
Brasileiro. Res. 223/07,
272/08, 333/09,
516/15, 521/15
e 556/15
158 22.04.2004 07.05.2004 Proíbe o uso de pneus reformados em ciclomo- Restabelecidos 172
tores, motonetas, motocicletas e triciclos, bem os efeitos pela
como rodas que apresentem quebras, trincas e Res. 376/11,
deformações. que revogou a
Del. 69/08
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 87

159 Revogada Revogada Estabelece procedimentos para o registro de Revogada pela


contrato com cláusula de garantia real e anota- Res. 320/09
ção no Certificado de Registro de Veículos CRV
e dá outras providências.
160 22.04.2004 11.06.2004 Aprova o Anexo II do CTB. Em vigor – Prazo 173
do art. 2º altera-
do pela 195/06.
Alterada pela
Res. 483/14,
690/17 e 704/17
161 Revogada Revogada Acresce parágrafos ao art. 30 da Resolução Revogada pela
50/98 – CONTRAN. Resolução
168/04
162 Revogada Revogada Dispõe sobre a alteração do prazo estabelecido Revogada pela
no art. 8º da Resolução do CONTRAN 151, Res. 710/17
publicada no DOU de 16.12.2003.
163 Revogada Revogada Acresce alínea ao inc. III do art. 1º da Resolu- Revogada pela
ção 12/098 – CONTRAN. Res. 210/06
164 Revogada Revogada Acresce parágrafo único ao art. 1º da Resolu- Revogada pela
ção CONTRAN 68/98. Res. 211/06
165 10.09.2004 23.09.2004 Regulamenta a utilização de sistemas automá- Em vigor 173
ticos não metrológicos de fiscalização, nos Alterada pela
termos do § 2º do art. 280 do CTB. Res. 174/05 e
458/13.
166 Revogada Revogada Aprova as diretrizes da Política Nacional de Trânsito. Revogada pela
Res. 514/14
167 Extinta Extinta Suspende a proibição de uso de pneus reformados Extinta pelo
em ciclomotores, motonetas, motocicleta e triciclo cumprimento
de que trata a Resolução 158, de 22.04.2004. de seu prazo
168 14.12.2004 22.12.2004 Estabelece Normas e Procedimentos para a for- Em vigor. 174
e Republica- mação de condutores de veículos automotores Alterada pelas
da em e elétricos, a realização dos exames, a expedi- Res. 169/05,
22.03.2005 ção de documentos de habilitação, os cursos 193/06, 222/07,
de formação, especializados, de reciclagem e 285/08, 359/10,
dá outras providências. 409/12, 413/12,
422/12, 435/13,
444/13, 455/13,
473/14, 484/14,
493/14, 543/15,
572/15, 659/17,
683/17, 685/17,
705/17 e 778/19
169 17.03.2005 22.03.2005 Altera a Resolução 168/04, de 14.12.2004. Em vigor
170 Extinta Extinta Suspende a proibição de uso de pneus reforma- Extinta pelo
dos em ciclomotores, motonetas, motocicleta e cumprimento
triciclo de que trata a Res. 158, de 22.04.2004. de seu prazo
171 Revogada Revogada Dispõe sobre a utilização de sistemas automáticos Revogada pela
não metrológicos de fiscalização, nos termos do Res.174/05
§ 2º do art. 280 do Código de Trânsito Brasileiro.
172 Revogada Revogada Altera o Regimento Interno das Câmaras Temá- Revogada pela
ticas aprovado pela Resolução CONTRAN 144, Res. 218/06
de 21.08.2003.
88 Ordeli Savedra Gomes

173 Extinta Extinta Suspende a proibição de uso de pneus refor- Extinta pelo
mados em ciclomotores, motonetas, motoci- cumprimento
cleta e triciclo de que trata a Resolução 158, de seu prazo
de 22.04.2004.
174 23.06.2005 29.06.2005 Altera e esclarece dispositivos da Resolução Em vigor
CONTRAN 165/04, que trata da regulamenta-
ção da utilização de sistemas automáticos não
metrológicos de fiscalização, nos termos do §
2º do art. 280, do Código de Trânsito Brasileiro.
175 Revogada Revogada Altera as diretrizes para a elaboração do Regi- Revogada pela
mento Interno das Juntas Administrativas de Res. 233/07
Recursos de Infrações – JARI, aprovado pela
Resolução CONTRAN 147, de 19.09.2003.
176 Revogada Revogada Regulamenta a expedição da CNH, ACC e Per- Revogada pela
missão para Dirigir. Res 192/06
177 07.07.2005 25.07.2005 Altera a Resolução 137, de 28.08.2002, para Revogada pela
incluir a atribuição de competência para a reali- Res. 359/10
zação da inspeção técnica nos veículos utiliza-
dos no transporte rodoviário internacional de
passageiros e dá outras providências.
178 Revogada Revogada Dispõe sobre uniformização do procedimento Revogada pela
para realização de hasta pública dos veículos Res. 331/09
removidos, recolhidos e apreendidos, a qual-
quer título, por Órgãos e Entidades componen-
tes do Sistema Nacional de Trânsito, conforme
o disposto no art. 328 do CTB.
179 07.07.2005 25.07.2005 Estabelece a revisão de procedimentos para a Em vigor a
baixa de registro de veículos conforme o disposto partir de
no art. 126 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB 15.10.2005
e na Resolução CONTRAN 11/98.
180 26.08.2005 14.10.2005 Aprova o Volume I – Sinalização Vertical de Em vigor a 202
Regulamentação, do Manual Brasileiro de Sina- partir de
lização de Trânsito. 31.10.2005
Prorrogado a
partir de
30.06.2007 pela
Res. 195/06
181 01.09.2005 06.10.2005 Disciplina a instalação de múltiplos tanques, Em vigor a 203
Retificada tanque suplementar e a alteração da capacidade partir de
em do tanque original de combustível líquido em 07.10.2005.
07.10.2005 veículos, dedicados à sua propulsão ou operação Alterada pela
de seus equipamentos especializados. Res. 194/06
182 09.09.2005 24.10.2005 Dispõe sobre uniformização do procedimento Revogada pela
administrativo para imposição das penalidades Res. 723/18,
de suspensão do direito de dirigir e de cassa- com exceção
ção da Carteira Nacional de Habilitação. do art. 16, que
permanecerá
aplicável às
infrações
cometidas
antes de
01.11.2016
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 89

183 Revogada Revogada Aprova o Regimento Interno das Câmaras Te- Revogada pela
máticas. Res. 218/06
184 Revogada Revogada Altera as Resoluções 12/98 e 68/98 do CON- Revogada pela
TRAN e revoga a Resolução 76/98 do CONTRAN. Res. 211/06
185 Revogada Revogada Estabelece os procedimentos para a prestação Revogada pela
de serviços por Instituição Técnica Licenciada Res. 232/07
– ITL e emissão do Certificado de Segurança
Veicular – CSV, de que trata o art. 106 do CTB.
186 Revogada Revogada Suspender vigência da Res. 183, de 2005, que Revogada pela
aprova o Regimento Interno das Câmaras Temá- Res. 218/06
ticas, e da outras providências.
187 Revogada Revogada Altera os Anexos I e III da Res. 16, de 06.02.1998, Revogada em
que especifica o modelo dos Certificados de Re- 01.01.2017,
gistro de Veículos CRV e Certificados de Regis- pela Res.
tro e Licenciamento de Veículos CRLV. 599/16

188 Revogada Revogada Fixa requisitos técnicos de segurança para o Revogada pela
transporte de toras de madeira por veículo ro- Res. 196/06
doviário de carga.
189 Revogada Revogada Acresce alínea “c” ao inc I do art. 2º da Res. Revogada pela
68/98, alterado pela Res. 184/2005. Res. 211/06.
190 Revogada Revogada Proíbe o uso de equipamento capaz de gerar Revogada pela
imagens para fins de entretenimento, e dá ou- Res. 242/07
tras providências.
191 Revogada Revogada Dispõe sobre aplicação da receita arrecadada Revogada pela
com a cobrança das multas de trânsito, con- Res. 638/16
forme art. 320 do Código de Trânsito Brasileiro.
192 Revogada Revogada Regulamenta a expedição do documento único Revogada em
da Carteira Nacional de Habilitação, com novo 31.12.2016, pela
leiaute e requisitos de segurança. Res. 598/16
193 Revogada Revogada Dispõe sobre a Regulamentação do Candidato Revogada pela
ou Condutor Estrangeiro. Res. 360/10
194 26.05.2006 05.06.2006 Dá nova redação ao art. 6º, da Res. 181/05, do Em vigor a
Conselho Nacional do Trânsito de 01.09.2005. partir de
05.06.2006
Inserido na Res.
181/05
195 30.06.2006 31.07.2006 Prorroga os prazos previstos no art. 2º da Re- Extinta pelo
solução 160, de 22.04.2004, e o art. 3º da Res. cumprimento
180, de 26.08.2005, do CONTRAN. de seu prazo
196 25.07.2006 02.08.2006 Fixa requisitos técnicos de segurança para o Em vigor a 204
transporte de toras e de madeira bruta por partir de
veículo rodoviário de carga. 01.01.2007
Alterada pela
Resolução
246/07
197 25.07.2006 31.07.2006 Regulamenta o dispositivo de acoplamento Em vigor a 206
mecânico para reboque (engate) utilizado em partir de
veículos com PBT de até 3.500kg e dá outras 31.07.2006
providências. Alterada pela
Res. 234/07
90 Ordeli Savedra Gomes

198 Revogada Revogada Altera a Resolução 74/98 e revoga a Resolução Revogada pela
89/99, que regulamentam o credenciamento Res. 358/10
dos serviços de formação de condutores de
veículos automotores.
199 Revogada Revogada Estabelece critérios para registro ou a regulari- Revogada pela
zação da numeração dos motores dos veículos Res. 250/07
registrados ou a serem registrados no País.
200 Revogada Revogada Dispõe sobre a concessão de código de mar- Revogada pela
ca/modelo/versão para veículos e dá outras Res. 261/07
providências.
201 Revogada Revogada Dispõe sobre modificações de veículos previs- Revogada pela
tas nos arts. 98 e 106 do Código de Trânsito Res. 262/07
Brasileiro e dá outras providências.
202 25.08.2006 11.09.2006 Regulamenta a Lei 11.334, de 25.07.2006, que Em vigor a
alterou o art. 218 da Lei 9.503, que instituiu o partir de
Código de Trânsito Brasileiro. 11.09.2006
Alterada pela
Res. 396/11
203 Revogada Revogada Disciplina o uso de capacete para condutor e Revogada pela
passageiro de motocicleta, motoneta, ciclomo- Res. 453/13
tor, triciclo motorizados e quadriciclo motoriza-
do, e dá outras providências.
204 Revogada Revogada Regulamenta o volume e a frequência dos sons Revogada pela
produzidos por equipamentos utilizados em Res. 624/16
veículos e estabelece metodologia para medi-
ção a ser adotada pelas autoridades de trânsito
ou seus agentes, a que se refere o art. 228 do
Código de Trânsito Brasileiro – CTB.
205 20.10.2006 10.11.2006 Dispõe sobre os documentos de porte obrigató- Em vigor a 207
rio e dá outras providências. partir de
10.11.2006.
Revoga a
Res. 13/98.
Alterada pela
Res. 235/07
206 Revogada Revogada Dispõe sobre os requisitos necessários para cons- Revogada pela
tatar o consumo de álcool, substância entorpecen- Res. 432/13
te, tóxica ou de efeito análogo no organismo hu-
mano, estabelecendo os procedimentos a serem
adotados pelas autoridades de trânsito e seus
agentes.
207 Revogada Revogada Estabelece critérios de padronização para funcio- Revogada pela
namento das Escolas Públicas de Trânsito. Res. 515/14
208 Revogada Revogada Estabelece as bases para a organização e o Revogada pela
funcionamento do Registro Nacional de Aci- Res. 607/16
dentes e Estatísticas de Trânsito – RENAEST e
dá outras providências.
209 26.10.2006 10.11.2006 Cria o código numérico de segurança para o Em vigor a 208
Certificado de Registro de Veículo – CRV, e partir de
estabelece a sua configuração e utilização. 10.11.2006.
210 13.11.2006 22.11.2006 Estabelece os limites de peso e dimensões para Em vigor a partir 208
veículos que transitem por vias terrestres e dá de 22.11.2006.
outras providências. Alterada pela
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 91

Res. 284/08,
373/11, 502/14,
577/16, 608/16,
625/16 e 628/16
211 13.11.2006 22.11.2006 Requisitos necessários à circulação de Combi- Em vigor. 211
nações de Veículos de Carga (CVC), a que se Alterada pelas
referem os arts. 97, 99 e 314 do Código de Trân- Res. 256/07,
sito Brasileiro 526/15, 635/16;
640/16, 662/17,
663/17 e 700/17
212 Revogada Revogada Dispõe sobre a implantação do Sistema de Revogada pela
Identificação Automática de Veículos (SINIAV) Res. 412/12
em todo o território nacional.
213 Revogada Revogada Fixa requisitos para a circulação de veículos Revogada pela
transportadores de contêineres. Res. 564/15
214 13.11.2006 22.11.2006 Altera o art. 3º e o Anexo I, acrescenta o art. Em vigor a
5ºA e o Anexo IV na Resolução 146/03. partir de
22.11.2006
215 14.12.2006 27.12.2006 Regulamenta a fabricação, instalação e uso de dis- Em vigor a 219
positivo denominado “quebra-mato” em veículos partir de
automotores com peso bruto total de até 3.500 kg. 27.12.2006
216 14.12.2006 27.12.2006 Fixa exigências sobre condições de segurança Em vigor a 221
e visibilidade dos condutores em para-brisas partir de
em veículos automotores, para fins de circula- 27.12.2006
ção nas vias públicas.
217 14.12.2006 27.12.2006 Delega competência ao órgão máximo executi- Em vigor a 222
vo de trânsito da União para estabelecer os partir de
campos de preenchimento das informações 27.12.2006
que devem constar do Auto de Infração.
218 Revogada Revogada Aprova o Regimento Interno das Câmaras Te- Revogada pela
máticas do CONTRAN. Res. 586/16
219 Revogada Revogada Estabelece requisitos de segurança para trans- Revogada pela
porte remunerado de cargas por motocicleta e Res. 356/10
motoneta.
220 11.01.2007 30.01.2007 Estabelece requisitos para ensaios de resistên- Em vigor a
cia e ancoragem dos bancos e apoios de cabe- partir de
ça nos veículos. 30.01.2007.
Alterada pela
Res. 518/15
221 11.01.2007 30.01.2007 Estabelece requisitos de proteção aos ocupan- Em vigor.
tes e integridade do sistema de combustível Alterada pelas
decorrente de impacto nos veículos. Res. 255/07 e
595/16. Será
revogada em
01.01.2026,
pela Res. 756/18
222 11.01.2007 30.01.2007 Acrescenta § 5º ao art. 33 da Resolução 168, Em vigor
de 14.12.2004, do CONTRAN.
223 09.02.2007 16.02.2007 Altera a Resolução 157/04, de 22 de abril, do Em vigor a
CONTRAN, que fixa as especificações para os partir de
extintores de incêndio. 16.02.2007
224 09.02.2007 12.03.2007 Estabelece requisitos de desempenho dos sis- Em vigor a
temas limpador e lavador do pára-brisa para partir de
fins de homologação de veículos automotores. 12.03.2007
92 Ordeli Savedra Gomes

225 09.02.2007 12.03.2007 Estabelece requisitos de localização, identifica- Em vigor a


ção e iluminação dos controles, indicadores e partir de
lâmpadas piloto. 12.03.2007.
Será revogada
em 01.01.2021,
pela Res. 758/18
226 Revogada Revogada Estabelece requisitos para o desempenho e a Revogada pela
fixação de espelhos retrovisores. Res. 703/17
227 09.02.2007 12.03.2007 Estabelece requisitos referentes aos sistemas Em vigor. 223
de iluminação e sinalização de veículos. Alterada pelas
Res. 383/11 e
436/13.
Será revogada
em 01.01.2023,
pela Res. 667/17
228 02.03.2007 08.03.2007 Dar nova redação ao item “10” do inc. IV do Em vigor a 224
art. 1º da Resolução 14, de 06.02.1998, do partir de
CONTRAN. 08.03.2007
229 Revogada Revogada Prorrogar até 31.08.2007 o prazo de entrada Revogada pela
em vigor das Resoluções 200/06 e 201/06, do Res. 252/07
CONTRAN.
230 02.03.2007 09.03.2007 Prorrogar até 06.08.2007 o prazo de entrada Em vigor a
em vigor da Resolução 203/06, do CONTRAN. partir de
09.03.2007.
Altera a Res.
203/06
Prazo já expirado.
231 15.03.2007 21.03.2007 Estabelece o Sistema de Placas de Identifica- Em vigor a partir 227
ção de Veículos. de 01.08.2007.
Revoga as Res.
45/98 e 783/94.
Alterada pelas
Res. 241/08,
288/08 e 372/11
Vigência dos
arts. 1º a 10,
Restaurados
pela Del. 176/19
232 Revogada Revogada Estabelece procedimentos para a prestação de Revogada pela
serviços por Instituição Técnica Licenciada Res. 632/16
(ITL) e Entidade Técnica Pública ou Paraestatal
(ETP), para emissão do Certificado de Seguran-
ça Veicular (CSV), de que trata o art. 106 do
Código de Trânsito Brasileiro.
233 Revogada Revogada Estabelece diretrizes para a elaboração do Revogada pela
Regimento Interno das Juntas Administrativas Res. 357/10
de Recurso de Infrações – JARI.
234 11.05.2007 21.05.2007 Dá nova redação ao art. 6º da Resolução 197, Altera Res.
de 25.07.2006. 197/06
235 11.05.2007 21.05.2007 Altera o art. 3º da Resolução 205, de 20.10.2006, Altera Res.
do CONTRAN, que dispõe sobre os documen- 205/06
tos de porte obrigatório. Inserido na Res.
205/06.
236 11.05.2007 21.05.2007 Aprova o Volume IV – Sinalização Horizontal, do Revoga o 232
Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Manual de Sina-
lização de Trân-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 93

sito Parte II –
Marcas Viárias,
aprovado pela
Res. 666/86 do
CONTRAN e
disposições em
contrário.
237 Revogada Revogada Acresce parágrafo único ao art. 16 da Resolu- Revogada pela
ção 232/07 – CONTRAN. Res. 632/16
238 25.05.2007 01.06.2007 Dispõe sobre o porte obrigatório do Certificado Em vigor. 232
de Apólice Única do Seguro de Responsabilida-
de Civil do proprietário e/ou condutor de auto-
móvel particular ou de aluguel, não registrado
no país de ingresso, em viagem internacional.
239 Revogada Revogada Estabelece os documentos necessários para o Revogada pela
proprietário ou o infrator apresentar defesa da Res. 299/08
autuação por infração de trânsito e para inter-
por recurso da penalidade aplicada de multa de
trânsito.
240 22.06.2007 03.07.2007 Estabelece os temas e cronograma de execu- Em vigor.
ção das campanhas de educação para o trânsi- Prazo já
to de âmbito nacional em 2007. expirado.
241 22.06.2007 04.07.2007 Dá nova redação aos incs. I e II do art. 6º, ao Em vigor.
art. 11 e ao Anexo da Resolução 231/07 – Altera a Res.
CONTRAN. 231/07.
Vigência
restaurada pela
Deliberação
176/19.
242 22.06.2007 04.07.2007 Dispõe sobre a instalação e utilização de equi- Em vigor. 233
pamentos Geradores de imagens nos veículos Revoga a Res.
automotores. 190/06.
243 22.06.2007 04.07.2007 Aprova o Volume II – Sinalização Vertical de Em vigor. 234
Advertência, do Manual Brasileiro de Sinaliza-
ção de Trânsito.
244 Revogada Revogada Estabelece diretrizes para a elaboração do Re- Revogada pela
gimento Interno dos Conselhos Estaduais de Res. 688/17
Trânsito – CETRAN e do Conselho de Trânsito
do Distrito Federal – CONTRANDIFE.
245 27.07.2007 01.08.2007 Dispõe sobre a instalação de equipamento obri- Efeitos
gatório, denominado antifurto, nos veículos no- Suspensos pela
vos saídos de fábrica, nacionais e estrangeiros. Res. 559/15.
Alterada pelas
Res. 329/09,
363/10 e 443/13
246 27.07.2007 01.08.2007 Altera a Resolução 196, de 25.07.2006, do Em vigor. Altera
CONTRAN, que fixa requisitos técnicos de Res. 196/06.
segurança para o transporte de toras de madei- Referenda a
ra bruta por veículo rodoviário de carga. Del. 56/07
247 27.07.2007 01.08.2007 Dispõe sobre a extensão do prazo de vigência do Em vigor.
Certificado de Inspeção Técnica Veicular quando
expirado no país de trânsito ou de destino.
248 Revogada Revogada Dispõe sobre a atuação, notificação e aplica- Revogada pela
ção de penalidade nos casos de infrações co- Res. 390/11
94 Ordeli Savedra Gomes

metidas por pessoas físicas ou jurídicas sem a


utilização de veículos, expressamente mencio-
nados no Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e
estabelece as informações mínimas que deve-
rão constar do Auto de Infração específico.
249 Revogada Revogada Regulamenta o procedimento de coleta e arma- Revogada pela
zenamento de impressão digital nos processos Res. 287/08
de habilitação ou renovação da Carteira Nacio-
nal de Habilitação – CNH.
250 Revogada Revogada Estabelece critérios para a regularização da Revogada pela
numeração de motores dos veículos registra- Resolução
dos ou a serem registrados no País. 282/08
251 24.09.2007 10.10.2007 Dá nova redação ao § 3º do art. 3º, art. 14, Em vigor
item “c” do Anexo II e Anexo III, da Resolução Altera a
219, de 11.01.2007, do CONTRAN. Res. 219
252 24.09.2007 10.10.2007 Prorroga o prazo de entrada em vigor das Reso- Em vigor
luções 200/06 e 201/06, de 28.08.2006, do Revoga a Res.
CONTRAN. 229. Altera as
Res. 200 e 201
253 26.10.2007 21.11.2007 Dispõe sobre o uso de medidores de transmi- Em vigor 234
tância luminosa. Alterada pela
Deliberação
183/20
254 26.10.2007 21.11.2007 Estabelece requisitos para os vidros de segu- Em vigor. 235
rança e critérios para aplicação de inscrições, Revoga as Res.
pictogramas e películas nas áreas envidraça- 73 e 784.
das dos veículos automotores, de acordo com Alterada pelas
o inc. III, do art. 111 do CTB. Res. 386/11;
580/16 e 707/17
255 26.10.2007 21.11.2007 Altera o caput do art. 1º da Resolução 221/07, Em vigor.
do CONTRAN. Inserida na Res.
221/07
256 30.11.2007 06.12.2007 Altera o § 2º, do art. 2º da Res. 211/06. Em vigor.
Inserida na Res.
211/06
257 Revogada Revogada Altera o art. 4º da Resolução 203/06, que dis- Revogada pela
ciplina o uso de capacete para condutor e pas- Res. 453/13
sageiro de motocicleta, motoneta, ciclomotor,
triciclo e quadriciclo motorizados.
258 30.11.2007 06.12.2007 Regulamenta os arts. 231, X e 323 do Código Em vigor. 237
Trânsito Brasileiro, fixa metodologia de aferição Revoga as Res.
de peso de veículos, estabelece percentuais de 102, 104 e 114.
tolerância e dá outras providências. Alterada pelas
Res. 337/10,
365/10, 403/12,
430/13, 467/13,
489/14, 503/14,
526/15, 547/15 e
604/16 e pela
Deliberação
182/20
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 95

259 30.11.2007 06.12.2007 Altera a Resolução 14, de 06.02.1998. Em vigor


260 14.12.2007 27.12.2007 Altera o art. 9º da Resolução 249, de 27.08.2007, Em vigor.
do CONTRAN. Inserida na Res.
249/07.
261 Revogada Revogada Dispõe sobre a concessão de código de mar- Revogada pela
ca/modelo/versão para veículos. Res. 291/08
262 Revogada Revogada Dispõe sobre modificações de veículos previs- Revogada pela
tas nos arts. 98 e 106 do CTB. Res. 292/08.
263 Revogada Revogada Estabelece requisitos necessários à coordena- Revogada em
ção do sistema de arrecadação de multas de 01.03.2010, pela
trânsito e a implantação do sistema informati- Res. 335/09.
zado de controle da arrecadação dos recursos
do Fundo Nacional de Segurança e Educação
de Trânsito – FUNSET.
264 Revogada Revogada Estabelece requisitos de segurança para o Revogada pela
transporte de blocos de rochas ornamentais. Res. 354/10
265 14.12.2007 14.02.2008 Dispõe sobre a formação teórico-técnica do pro- Em vigor. 240
cesso de habilitação de condutores de veículos Revoga a Res.
automotores elétricos como atividade extracurri- CONTRAN
cular no ensino médio e define os procedimentos 120/01.
para implementação nas escolas interessadas.
266 Revogada Revogada Dá nova redação ao inc. IV do art. 15 da Reso- Revogada pela
lução 232/07 – CONTRAN. Res. 632/16
267 Revogada Revogada Dispõe sobre o exame de aptidão física e men- Revogada pela
tal, a avaliação psicológica e o credenciamento Res. 425/12
das entidades públicas e privadas de que tra-
tam o art. 147, I e §§ 1º a 4º e o art. 148 do
Código de Trânsito Brasileiro.
268 15.02.2008 25.02.2008 Dispõe sobre o uso de luzes intermitentes ou Em vigor 246
rotativas em veículos, e dá outras providências. Revoga a Res.
679/87 e
Decisão 8/93.
Alterada pela
Res. 614/16
269 Revogada Revogada Dá nova redação ao inc. I do art. 4º da Resolu- Revogada pela
ção 4/98, do CONTRAN, que dispõe sobre o Res. 487/14
trânsito de veículos novos, nacionais ou impor-
tados, antes do registro e licenciamento.
270 Revogada Revogada Dá nova redação ao art. 2º da Resolução 203/06, Revogada pela
do CONTRAN. Res. 453/13.
271 Revogada Revogada Dispõe sobre normas de atuação a serem ado- Revogada
tadas pelo Departamento Nacional de Infra- pela Res.
Estrutura de Transportes – DNIT e o Departa- 289/08.
mento de Polícia Rodoviária Federal – DPRF na
fiscalização do trânsito nas rodovias federais.
272 14.03.2008 28.03.2008 Altera a redação do art. 9º da Resolução 157, Em vigor.
de 22.04.2004, do CONTRAN, que fixa especi- Inserido na Res.
ficações para os extintores de incêndio, como 157/04
equipamento obrigatório.
273 04.04.2008 29.04.2008 Regulamenta a utilização de semirreboques por Em vigor. 247
motocicletas e motonetas, define características, Alterada pela
estabelece critérios e dá outras providências. Res. 569/15
96 Ordeli Savedra Gomes

274 Revogada Revogada Estabelece requisitos de segurança necessários Revogada pela


à circulação de Combinações para Transporte Res. 305/09.
de Veículos – CTV.
275 25.04.2008 13.05.2008 Estabelece modelo de placa para veículos de Em vigor. 248
representação de acordo com o art. 115, § 3º Revoga a Res.
do Código de Trânsito Brasileiro. 94/99.
276 25.04.2008 13.05.2008 Estabelece procedimentos necessários ao re- Em vigor
cadastramento dos registros de prontuários de a partir de
condutores, anteriores ao Registro Nacional de 01.07.2008.
Condutores Habilitados – RENACH, a serem
incluídos na Base de Índice Nacional de Condu-
tores – BINCO, e dá outras providências.
277 28.05.2008 09.06.2008 Dispõe sobre o transporte de menores de 10 Em vigor. 250
anos e a utilização do dispositivo de retenção Revoga a Res.
para o transporte de crianças em veículos. 15/98.
Alterada pelas
Res. 352/10,
391/11, 533/15,
541/15 e 639/16
278 08.05.2008 09.06.2008 Proíbe a utilização de dispositivos que travem, Em vigor 253
afrouxem ou modifiquem o funcionamento dos
cintos de segurança.
279 28.04.2008 09.06.2008 Altera o inc. IV, do art. 2º, da Resolução 14, de Em vigor.
06.02.1998-CONTRAN, que trata dos equipa- Em 01.01.2017,
mentos obrigatórios, para dispensar cinto de será revogada
segurança os veículos de uso bélico. pela Res. 551/15
280 30.05.2008 09.06.2008 Dispõe sobre a inspeção periódica do Sistema Em vigor com 253
de Gás Natural instalado originalmente de fá- efeitos a partir
brica, em veículo automotor. de 180 dias
após publicação.
281 Revogada Revogada Estabelece critérios para o registro de tratores Revogada pela
destinados a puxar ou arrastar maquinaria de Res. 429/12.
qualquer natureza ou a executar trabalhos agrí-
colas e de construção ou de pavimentação.
282 26.06.2008 03.07.2008 Estabelece critérios para a regularização da nu- Em vigor. 254
meração de motores dos veículos registrados Revoga a Res.
ou a serem registrados no País. 250/07.
Alterada pela
Res. 496/14.
283 Revogada Revogada Altera a Res. 267, de 15.02.2008, do CONTRAN, Revogada pela
que dispõe sobre o exame de aptidão física e Res. 425/12.
mental, a avaliação psicológica e o credencia-
mento das entidades públicas e privadas de que
tratam o art. 147, I e §§ 1º e 4º e o art. 148 do
Código de Trânsito Brasileiro – CTB.
284 01.07.2008 03.07.2008 Acresce § 3º ao art. 9º da Resolução 210/06, Em vigor.
do CONTRAN, para liberar da exigência de eixo Inserido na Res.
auto-direcional os semirreboques com apenas 210/06.
dois eixos distanciados.
285 29.07.2008 22.08.2008 Alterar e complementar o Anexo II da Resolução Em vigor a partir
168, de 14.12.2004 do CONTRAN, que trata dos de 01.01.2009.
cursos para habilitação de condutores de veícu- Alterada pela
los automotores e dá outras providências. Res. 307/09
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 97

286 29.07.2008 22.08.2008 Estabelece placa de identificação e define proce- Em vigor a 257
dimentos para o registro, emplacamento e licen- partir de
ciamento, pelos órgãos de trânsito em conformi- 01.01.2009.
dade com o Registro Nacional de Veículos Auto- Alterada pela
motores – RENAVAM, de veículos automotores Res. 342/10.
pertencentes às Missões Diplomáticas e às Dele- Será revogado
gações Especiais, aos agentes diplomáticos, às o seu § 2º do
Repartições Consulares de Carreira, aos agentes art. 1º, em
consulares de carreira, aos Organismos Internaci- 31.12.2023, pela
onais e seus funcionários, aos Funcionários Es- Res. 729/18
trangeiros Administrativos e Técnicos das Mis-
sões Diplomáticas, de Delegações Especiais e de
Repartições Consulares de Carreira e aos Peritos
Estrangeiros de Cooperação Internacional.
287 Revogada Revogada Regulamenta o procedimento de coleta e arma- Revogada pela
zenamento de impressão digital nos processos Res. 684/17
de habilitação, mudança ou adição de catego-
ria e renovação da Carteira Nacional de Habili-
tação – CNH.
288 Revogada Revogada Dá nova redação ao item 1 do anexo da Reso- Revogada pela
lução 231, de 15.03.2007. Res. 309/09.
289 29.08.2008 29.09.2008 Dispõe sobre normas de atuação a serem ado- Em vigor 258
tadas pelo Departamento Nacional de Infraes- Revoga a
trutura de Transportes – DNIT e o Departamen- Resolução
to de Polícia Rodoviária Federal – DPRF na 271/08.
fiscalização do trânsito nas rodovias federais.
290 29.08.2008 29.09.2008 Disciplina a inscrição de pesos e capacidades Em vigor 259
em veículos de tração, de carga e de transpor- Revoga a Res.
te coletivo de passageiros, de acordo com os 49/98.
arts. 117, 230, XXI, 231, V e X, do CTB. Alterada pela
Res. 665/17.
291 29.08.2008 29.09.2008 Dispõe sobre a concessão de código de mar- Em vigor 261
ca/modelo/versão para veículos. Revoga a Res.
261/07.
Alterada pela
Res. 369/10
292 29.08.2008 29.09.2008 Dispõe sobre modificações de veículos previs- Em vigor 265
tas nos arts. 98 e 106 da Lei 9.503/97, que ins- Alterada pelas
tituiu o CTB. Res. 319/09,
384/11, 397/11,
419/12, 450/13,
463/13 e 479/14
Revoga a Res.
262/07
Anexo dado
pela Portaria
38/18/DENATR
AN
293 29.09.2008 06.10.2008 Fixa requisitos de segurança para circulação de Em vigor. 276
veículos que transportem produtos siderúrgicos Revoga as Res.
e dá outras providências. 699/88 e 746/89.
Alterada pelas
Res. 494/14 e
591/16.
Será revogada
pela Res.
701/17, em
01.01.2020
98 Ordeli Savedra Gomes

294 17.10.08 31.10.08 Altera a Resolução 227, de 09.02.2007, do Em vigor.


CONTRAN, que estabelece requisitos referen- Altera a Res.
tes aos sistemas de iluminação e sinalização 227/07.
de veículos. Será revogada
em 01.01.2023,
pela Res. 667/17
295 Revogada Revogada Estabelece cronograma para a instalação de Revogada pela
equipamento obrigatório definido na Resolução Res. 330/09
245/2007, denominado antifurto, nos veículos
novos, nacionais e importados.
296 Revogada Revogada Dispõe sobre a integração dos órgãos e entida- Revogada pela
des executivos de trânsito e rodoviários muni- Res. 560/15
cipais ao Sistema Nacional de Trânsito.
297 Revogada Revogada Estabelece o relatório de avarias para a classi- Revogada pela
ficação dos danos decorrentes de acidentes e Res. 362/10
os procedimentos para a regularização ou baixa
dos veículos e dá outras providências.
298 21.11.08 09.12.08 Revoga as Resoluções que declaram derroga- Em vigor
das, ou insubsistentes, ou sem eficácia em
face de dispositivo legal ou regulamentar pos-
terior, que dispôs de forma contrária.
299 04.12.08 22.12.08 Dispõe sobre a padronização dos procedimen- Em vigor a partir 281
tos para apresentação de defesa de autuação e de 30.06.2009.
recurso, em 1ª e 2ª instâncias, contra a impo- Revoga a Res.
sição de penalidade de multa de trânsito. 239/07.
Alterada pela
Res. 692/17
300 04.12.08 22.12.08 Estabelece procedimento administrativo para Em vigor a 283
submissão do condutor a novos exames para partir de
que possa voltar a dirigir quando condenado por 01.07.2009
crime de trânsito, ou quando envolvido em aci-
dente grave, regulamentando o art. 160 do CTB.
301 Revogada Revogada Dispõe sobre a tolerância máxima de 7,5% Revogada pela
(sete e meio por cento) de peso bruto, transfe- Res. 328/09
ridos por eixo ao pavimento das vias públicas
para efeitos da aplicação da Resolução CON-
TRAN 258/2007.
302 18.12.08 22.12.08 Define e regulamenta as áreas de segurança e Em vigor 285
de estacionamentos específicos de veículos. Revoga a Res.
592/82
303 18.12.08 22.12.08 Dispõe sobre as vagas de estacionamento de Em vigor 286
Republicada veículos destinadas exclusivamente às pessoas
em 23.12.08 idosas.
304 18.12.08 22.12.08 Dispõe sobre as vagas de estacionamento des- Em vigor 289
tinadas exclusivamente a veículos que trans-
portem pessoas portadoras de deficiência e com
dificuldade de locomoção.
305 Revogada Revogada Estabelece requisitos de segurança necessários Revogada pela
à circulação de Combinações para Transporte Res. 735/18
de Veículos – CTV e Combinações de Transpor-
te de Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 99

306 06.03.09 07.04.09 Cria o código numérico de segurança para o Em vigor 291
Certificado de Registro e Licenciamento de Veí-
culo – CRLV e estabelece a sua configuração e
utilização.
307 06.03.09 07.04.09 Altera a Resolução 285, de 29.07.2008, do Con- Em vigor
selho Nacional de Trânsito – CONTRAN em seu Altera a Res.
art. 2º e parágrafo único, assegurando aos alu- 285/08
nos matriculados em cursos regulamentados
pela Resolução 168/04, na vigência do seu Ane-
xo II, as condições nele estabelecidas, e dá ou-
tras providências.
308 06.03.09 07.04.09 Altera o prazo previsto no § 7º do art. 1º da Altera a Res.
Resolução CONTRAN 282/2008. 282/08
Revogada pela
Res. 325/09.
309 06.03.09 07.04.09 Dá nova redação ao item 1 do anexo a Resolu- Em vigor
ção CONTRAN 231, de 15.03.2007, que esta- Altera a Res.
belece o sistema de placas de identificação de 231/07
veículos. Revoga a Res.
288/08
Vigência res-
taurada pela
Deliberação
176/19
310 Revogada Revogada Altera os modelos e especificações dos Certifi- Revogada pela
cados de Registro de Veículos – CRV e de Li- Res. 599/16
cenciamento de Veículos – CRLV. *De forma
implícita, pois
não citada
311 03.04.09 07.04.09 Dispõe sobre a obrigatoriedade do uso do equi- Em vigor 291
pamento suplementar de segurança passiva – Alterada pelas
Air Bag, na parte frontal dos veículos novos Res. 367/10,
saídos de fábrica, nacionais e importados. 534/15 e 597/16
312 Revogada Revogada Dispõe sobre a obrigatoriedade do uso do sis- Revogada pela
tema antitravamento das rodas – ABS nos Res. 380/11
veículos novos saídos de fábrica, nacionais e
importados.
313 Revogada Revogada Altera o Regimento Interno das Câmaras Temá- Revogada pela
ticas do CONTRAN. Res. 586/16
314 08.05.09 20.05.09 Estabelece procedimentos para a execução das Em vigor 293
campanhas educativas de trânsito a serem pro- Revoga a Res.
movidas pelos órgãos e entidades do Sistema 420/69
Nacional de Trânsito.
315 08.05.09 20.05.09 Estabelece a equiparação dos veículos ciclo- Em vigor 295
elétricos, aos ciclomotores e os equipamentos Alterada pelas
obrigatórios para condução nas vias públicas Res. 375/11 e
abertas à circulação. 465/13.
316 08.05.09 25.05.09 Estabelece os requisitos de segurança para Revogada a
veículos de transporte coletivo de passageiros partir de
M2 e M3 (tipos microônibus e ônibus) de fabri- 01.01.2014, pe-
cação nacional e estrangeira. la Res. 416/12.
317 Revogada Revogada Estabelece o uso de dispositivos retrorrefletivos Revogada pela
de segurança nos veículos de transporte de Res. 568/15
cargas e de transporte coletivo de passageiros
em trânsito internacional no território nacional.
100 Ordeli Savedra Gomes

318 05.06.09 09.06.09 Estabelece limites de pesos e dimensões para Em vigor a


circulação de veículos de transporte de carga e partir de
de transporte coletivo de passageiros em via- 01.09.2009
gem internacional pelo território nacional.
319 05.06.09 09.06.09 Altera os arts. 8º, 9º e o anexo da Resolução Em vigor
CONTRAN 292/2008, que dispõe sobre modifi- Altera a Res.
cações de veículos previstas nos arts. 98 e 292/08.
106, da Lei 9.503, de 23.09.1997. Revoga a Res.
776/93
320 Revogada Revogada Estabelece procedimentos para o registro de Revoga a Res.
contratos de financiamento de veículos com 159/04.
cláusula de alienação fiduciária, arrendamento Alterada pela
mercantil, reserva de domínio ou penhor, nos Res. 470/13.
órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Revogada pela
Estados e do Distrito Federal e para lançamen- Res. 689/17.
to do gravame correspondente no Certificado
de Registro de Veículos – CRV, e dá outras pro-
vidências.
321 17.07.09 22.07.09 Institui exame obrigatório para avaliação de Em vigor 296
instrutores e examinadores de trânsito no exer-
cício da função em todo o território nacional.
322 17.07.09 22.07.09 Altera a redação do art. 12 da Resolução 297/08, Em vigor
que estabelece o relatório de avarias para a clas- Altera a Res.
sificação dos danos decorrentes de acidentes e 297/08
os procedimentos para a regularização ou baixa
de veículos.
323 17.07.09 24.07.09 Estabelece os requisitos técnicos de fabricação Em vigor 298
e instalação de protetor lateral para veículos de Alterada pela
carga. Res. 377/11
324 17.07.09 24.07.09 Dispõe sobre a expedição de Certificado Provi- Em vigor 299
sório de Registro e Licenciamento de Veículos.
325 17.07.09 24.07.09 Altera o prazo previsto no § 7º do art. 1º da Em vigor
Resolução CONTRAN 282/2008, que estabele- Altera a Res.
ce critérios para a regularização de numeração 282/08
de motores dos veículos registrados ou a se- Revoga a Res.
rem registrados no país. 308/09
326 Revogada Revogada Altera os arts. 11 e 12 da Resolução 210, de Revogada pela
13.11.2006, do Conselho Nacional de Trânsito Res. 373/11
– CONTRAN, que estabelece os limites de peso
e dimensões para veículos que transitem por
vias terrestres dá outras providências.
327 Revogada Revogada Altera a Resolução 267/08 – CONTRAN, que Revogada pela
dispõe sobre o exame de aptidão física e mental, Res. 425/12
a avaliação psicológica e o credenciamento das
entidades públicas e privadas de que tratam o
art. 147, I e §§ 1º a 4º e o art. 148 do CTB.
328 Revogada Revogada Altera o prazo previsto no artigo 17 da Resolu- Revogada pela
ção CONTRAN 258/07, que regulamenta os Resolução
artigos 231, X e 323 do Código de Trânsito 337/09
Brasileiro, fixa metodologia de aferição de peso
de veículos, estabelece percentuais de tolerân-
cia e dá outras providências
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 101

329 14.08.09 18.08.09 Altera dispositivo da Resolução 245, de Em vigor


27.07.2007, do CONTRAN, que dispõe sobre a Altera a Reso-
instalação de equipamento obrigatório, deno- lução 245/07
minado antifurto, nos veículos novos saídos de
fábrica, nacionais e estrangeiros.
330 14.08.09 18.08.09 Estabelece o cronograma para a instalação do Em vigor
equipamento obrigatório definido na Res. 245/07, Revoga a
denominado antifurto, nos veículos novos, na- Res. 295/08
cionais e importados. Alterada pela
Res. 443/13
Efeitos do art. 4º
suspensos pela
Res. 559/15.
331 Revogada Revogada Dispõe sobre uniformização do procedimento Revogada pela
para realização de hasta pública dos veículos Res. 623/16
retidos, removidos e apreendidos, a qualquer
título, por Órgãos e Entidades componentes do
Sistema Nacional de Trânsito, conforme o dis-
posto no art. 328 do CTB.
332 28.09.09 30.09.09 Dispõe sobre identificações de veículos impor- Em vigor
tados por detentores de privilégios e imunida-
des em todo o território nacional.
333 06.11.09 11.11.09 Restabelece a vigência da Resolução 157, de Em vigor .
22.04.2004, dando nova redação ao art. 8º, Altera a Res.
que fixa especificações para os extintores de 157/04
incêndio sendo equipamentos de uso obriga-
tório nos veículos automotores, elétricos,
reboque e semi-reboque, de acordo com o
art. 105 do Código de Trânsito Brasileiro e dá
outras providências.
334 06.11.09 11.11.09 Isenta os veículos blindados do cumprimento Em vigor
do disposto no artigo 1º da Resolução CON-
TRAN 254/07, que estabelece requisitos para
os veículos de segurança e critérios para
aplicação de inscrição, pictogramas e pelícu-
las nas áreas envidraçadas dos veículos au-
tomotores, de acordo com inc. III do Código
de Trânsito Brasileiro – CTB.
335 Revogada Revogada Estabelece os requisitos necessários à coorde- Revogada pela
nação do sistema de arrecadação de multas de Res. 637/16
trânsito e a implantação do sistema informati-
zado de controle da arrecadação dos recursos
do Fundo Nacional de Segurança e Educação
de Trânsito – FUNSET.
336 Revogada Revogada Altera a Resolução 39, de 21.05.1998, do Con- Revogada pela
selho Nacional de Trânsito – CONTRAN, para Res. 600/16
proibir a utilização de tachas e tachões, aplica-
dos transversalmente à via pública, como so-
norizadores ou dispositivos redutores de velo-
cidade.
337 Revogada Revogada Altera o prazo previsto no art. 17 da Resolução Revogada pela
CONTRAN 258/07, que regulamenta os artigos Res. 353/10
231, X e 323 do Código de Trânsito Brasileiro,
fixa metodologia de aferição de peso de veícu-
los, estabelece percentuais de tolerância e dá
outras providências.
102 Ordeli Savedra Gomes

338 Revogada Revogada Dá nova redação aos artigos da Resolução Revogada pela
212/06 – CONTRAN, que dispõe sobre a im- Res. 412/12
plantação do Sistema Nacional de Identificação
Automática de Veículos (SINIAV) em todo o
território nacional.
339 25.02.10 01.03.10 Permite a anotação dos contratos de comodato Em vigor
e de aluguel ou arrendamento não vinculado ao
financiamento do veículo, junto ao Registro
Nacional de Veículos Automotores.
340 25.02.10 01.03.10 Referenda a Deliberação 86 que altera a Reso- Em vigor
lução CONTRAN 146/03, estabelecendo critérios Altera a Res.
para informação complementar à placa R-19. CONTRAN
146/03
341 Revogada Revogada Cria Autorização Específica (AE) para os veícu- Revogada pela
los e/ou combinações de veículos equipados Res. 734/18
com tanques que apresentem excesso de até
5% (cinco por cento) nos limites de peso bruto
total ou peso bruto total combinado, devido à
incorporação da tolerância, com base em Re-
solução do CONTRAN.
342 05.03.10 10.03.10 Altera o prazo previsto no art. 6º da Resolução Em vigor
286, do Conselho Nacional de Trânsito – CON- Altera a Res.
TRAN. CONTRAN
286/08
343 05.03.10 10.03.10 Altera a Resolução 330, de 14.08.2009, que Em vigor
estabelece o cronograma para a instalação do Altera a Res.
equipamento obrigatório definido na Resolução CONTRAN
245/2007, denominado antifurto, nos veículos 330/09
novos, nacionais e importados.
344 Revogada Revogada Altera o prazo previsto no art. 11 da Res. 281 Revogada pela
CONTRAN que estabelece critérios para o re- Res. 587/16
gistro de tratores destinados a puxar ou arras-
tar maquinaria de qualquer natureza ou a exe-
cutar trabalhos agrícolas e de construção ou de
pavimentação.
345 Revogada Revogada Altera a Resolução 193/2006-CONTRAN, que Revogada pela
dispõe sobre a regulamentação do Candidato Res. 360/10
ou Condutor Estrangeiro.
346 19.03.10 24.03.10 Regulamenta o tipo de carroçaria intercambiá- Em vigor
vel (Camper).
347 Revogada Revogada Altera a Resolução 168, de 14.12.2004, do Con- Revogada pela
selho Nacional de Trânsito – CONTRAN, que Res. 493/14
estabelece Normas e Procedimentos para a
formação de condutores de veículos automoto-
res e elétricos, a realização dos exames, a
expedição de documentos de habilitação, os
cursos de formação, especializados, de reci-
clagem e dá outras providências.
348 17.05.10 20.05.10 Estabelece o procedimento e os requisitos para Em vigor
apreciação dos equipamentos de trânsito e de Revoga a Res.
sinalização não previstos no Código de Trânsito CONTRAN
Brasileiro – CTB. 579/81
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 103

349 17.05.10 20.05.10 Dispõe sobre o transporte eventual de cargas Em vigor 299
ou de bicicletas nos veículos classificados nas Revoga as Res.
espécies automóvel, caminhonete, camioneta CONTRAN
e utilitário. 549/79 e 577/81.
Alterada pela
Res. 589/16
350 Revogada Revogada Institui curso especializado obrigatório destinado a Revogada pela
profissionais em transporte de passageiros (moto- Res. 410/12
taxista) e em entrega de mercadorias (motofretis-
ta) que exerçam atividades remuneradas na con-
dução de motocicletas e motonetas.
351 14.06.10 18.06.10 Estabelece procedimentos para veiculação de Em vigor com 302
mensagens educativas de trânsito em toda peça efeitos a partir
publicitária destinada à divulgação ou promoção, de 90 dias após
nos meios de comunicação social, de produtos publicação.
oriundos da indústria automobilística ou afins.
352 14.06.10 18.06.10 Dá nova redação ao inciso III do art.7.º da Reso- Em vigor
lução 277, de 28.05.2008, do CONTRAN. Altera a Res.
CONTRAN
277/08
353 Revogada Revogada Altera o prazo previsto no art. 17 da Resolução Revogada pela
CONTRAN 258/07, que regulamenta os arts. Resolução
231, X e 323 do Código de Trânsito Brasileiro, 365/10
fixa metodologia de aferição de peso de veícu- Altera a Res.
los, estabelece percentuais de tolerância. CONTRAN
258/07
Revoga a Res.
CONTRAN
337/09
354 24.06.10 29.06.10 Estabelece requisitos de segurança para o trans- Em vigor a partir 303
Retificada porte de blocos e chapas serradas de rochas de 01.07.2010
em 08.07.10 ornamentais. Revoga a Res.
CONTRAN
264/07 e as
Deliberações
CONTRAN
81/09 e 89/10.
Alterada pela
Deliberação
178/19.
355 24.06.10 25.06.10 Define a cor predominante das unidades da com- Revogada pela
binação de veículos de carga. Res. 400/12
356 02.08.10 04.08.10 Estabelece requisitos mínimos de segurança Em vigor com 306
para o transporte remunerado de passageiros efeitos a partir
(mototáxi) e de cargas (motofrete) em motoci- de 365 dias
cleta e motoneta, e dá outras providências. após publicação.
Alterada pela
Deliberação
CONTRAN
103/10 e Res.
CONTRAN
378/11
Revoga a Res.
CONTRAN
219/07 a partir
de 365 dias
após publicação
104 Ordeli Savedra Gomes

357 02.08.10 05.08.10 Estabelece diretrizes para a elaboração do Regi- Em vigor 311
mento Interno das Juntas Administrativas de Revoga a Reso-
Recursos de Infrações – JARI. lução CONTRAN
233/07
358 13.08.10 19.08.10 Regulamenta o credenciamento de instituições Em vigor 313
Retificada ou entidades públicas ou privadas para o pro- Revoga as Res.
em 31.08.10 cesso de capacitação, qualificação e atualiza- 74/98 e 198/06.
ção de profissionais, e de formação, qualificação, Alterada pelas
atualização e reciclagem de candidatos e condu- Res. 411/12,
tores e dá outras providências. 415/12, 423/12,
444/13, 473/14,
493/14, 522/15,
542/15, 571/15,
579/16, 621/16,
633/16, 653/17,
658/17, 725/18;
766/18 e 778/19
e Deliberação
179/19
359 29.09.10 01.10.10 Dispõe sobre a atribuição de competência para a Alterada pela
realização da inspeção técnica nos veículos utili- Resolução CON-
zados no transporte rodoviário internacional de TRAN 379/11
cargas e passageiros e dá outras providencias. Revoga as Re-
soluções CON-
TRAN 137/02 e
177/05
360 29.09.10 01.10.10 Dispõe sobre a habilitação do candidato ou con- Revoga as Re- 332
dutor estrangeiro para direção de veículos em soluções CON-
território nacional. TRAN 193/06,
345/10 e arts.
29, 30, 31 e 32
da Res. 168/04.
Alterada pela
Res. 671/17
361 Revogada Revogada Altera a Resolução 287/08 – CONTRAN, que dis- Revogada pela
põe sobre a regulamentação do procedimento de Res. 684/17
coleta e armazenamento de impressão digital nos
processos de habilitação, mudança ou adição de
categoria e renovação da Carteira Nacional de
Habilitação – CNH.
362 Revogada Revogada Estabelece a classificação de danos em veículos Revogada em
decorrentes de acidentes e os procedimentos 01.01.2017, pe-
para a regularização ou baixa dos veículos en- la Res. 609/16
volvidos e dá outras providências.
363 Revogada Revogada Dispõe sobre padronização dos procedimentos Revogada pela
administrativos na lavratura de auto de infra- Res. 404/12
ção, na expedição de notificação de autuação e
de notificação de penalidade de multa e de
advertência, por infração de responsabilidade
de proprietário e de condutor de veículo e da
identificação de condutor infrator, e dá outras
providências.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 105

364 24.11.10 26.11.10 Altera a Resolução 245, de 27.07.2007, que Em vigor


dispõe sobre a instalação de equipamento obri- Altera a Resolu-
gatório, denominado antifurto, nos veículos no- ção CONTRAN
vos saídos de fábrica, nacionais e estrangeiros e 245/07
a Resolução 330, de 14.08.2009, que estabelece Revoga a Deli-
o cronograma para a instalação do equipamento beração CON-
obrigatório definido na Resolução 245/07. TRAN 99/10
365 24.11.10 26.11.10 Altera o prazo previsto no artigo 17 da Resolu- Em vigor
ção CONTRAN 258/07, que regulamenta os ar- Altera a Resolu-
tigos 231, X e 323 do Código de Trânsito Brasi- ção CONTRAN
leiro, fixa metodologia de aferição de peso de 258/07
veículos, estabelece percentuais de tolerância Revoga a Res.
e dá outras providências. CONTRAN
353/10
366 Revogada Revogada Altera dispositivo do Anexo das Res. 128/01 e Revogada pela
132/02, do Conselho Nacional de Trânsito CON- Res. 568/15
TRAN, que tratam do uso obrigatório de película
refletiva.
367 24.11.10 26.11.10 Altera a Resolução 311, de 03.04.2009, que dis- Em vigor
põe sobre a obrigatoriedade do uso do equipamen- Altera a Resolu-
to suplementar de segurança passiva – “Air Bag”, ção CONTRAN
na parte frontal dos veículos novos saídos de 311/09
fábrica, nacionais e importados.
368 Revogada Revogada Altera o anexo IV da Res. 305, de 06.03.2009, Revogada pela
do CONTRAN que estabelece requisitos de se- Res. 735/18
gurança necessários à circulação de Combina-
ções para Transporte de Veículos – CTV e
Combinações de Transporte de Veículos e Car-
gas Paletizadas – CTVP.
369 24.11.10 26.11.10 Altera a Resolução CONTRAN 291, de 29.08.2008, Em vigor
que dispõe sobre a concessão de código de Altera a Res.
marca/modelo/versão para veículos. CONTRAN
291/08
370 10.12.10 22.12.10 Dispõe sobre o Dispositivo Auxiliar de Identifica- Em vigor 333
ção Veicular. Alterada pela
Res. 616/16
371 10.12.10 22.12.10 Aprova o Manual Brasileiro de Fiscalização de Em vigor. 334
Trânsito, Volume I – Infrações de competência Alterada pelas
municipal, incluindo as concorrentes dos órgãos Res. 401/12,
e entidades estaduais de trânsito e rodoviários. 428/12, 480/14
e 497/14
Manual Brasilei-
ro de Fiscaliza-
ção de Trânsito
– Volume I
372 18.03.11 23.03.11 Altera a Resolução CONTRAN 231/2007, que Em vigor
estabelece o sistema de placas de identificação Altera a Res.
de veículos. CONTRAN
231/07
Vigência res-
taurada pela
Deliberação
176/19
106 Ordeli Savedra Gomes

373 18.03.11 23.03.11 Referenda a Del. 105, de 21.12.2010 do CON- Em vigor


TRAN, que altera o art. 11 da Resolução 210, de Revoga a Res.
13.11.2006, do CONTRAN, alterado pela Res. CONTRAN
326, de 17.07.2009. 326/09
374 Revogada Revogada Referendar a Deliberação 102, de 21.12.2010, Revogada pela
que alterou o art. 2º da Resolução CONTRAN Res. 734/18
341, de 25.02.2010, para fixar o termo final para
a solicitação de Autorização Específica (AE) em
30.06.2011.
375 18.03.11 28.03.11 Acrescenta os §§ 2º e 3º ao art. 1º da Resolução Em vigor
CONTRAN 315/09, que estabelece a equipara- Altera a Resolu-
ção dos veículos ciclo-elétricos aos ciclomotores ção CONTRAN
e os equipamentos obrigatórios para a condução 315/09
nas vias públicas abertas à circulação.
376 06.04.11 08.04.11 Revoga a Deliberação 63, de 24.04.2008, do CON- Em vigor
TRAN que suspendeu a vigência da Res. 158, de Revoga a Deli-
22.04.2004, do CONTRAN, que proíbe o uso de beração CON-
pneus reformados em ciclomotores, motonetas, TRAN 63/08
motocicletas e triciclos, bem como rodas que
apresentem quebras, trincas e deformações.
377 06.04.11 13.04.11 Referenda a Deliberação 106, de 27.12.2010 que Em vigor
dá nova redação ao art. 1º da Resolução 323, de Altera a Resolu-
17.07.2010, do CONTRAN, que estabelece os ção CONTRAN
requisitos técnicos de fabricação e instalação de 323/10
protetor lateral para veículos de carga.
378 06.04.11 13.04.11 Dá nova redação ao § 2º do art. 3º da Resolução Em vigor
CONTRAN 356/10, que estabelece requisitos Altera a Resolu-
mínimos de segurança para o transporte remu- ção CONTRAN
nerado de passageiros (mototáxi) e de cargas 356/10
(motofrete) em motocicleta e motoneta.
379 06.04.11 13.04.11 Referendar a Deliberação 107, de 28.01.2011, Em vigor
que alterou o art. 3º da Resolução CONTRAN Altera a Resolu-
359/10, que dispõe sobre a atribuição de compe- ção CONTRAN
tência para a realização da inspeção técnica nos 359/10
veículos utilizados no transporte rodoviário inter-
nacional de cargas e passageiros e dá outras
providências.
380 28.04.11 03.05.11 Dispõe sobre a obrigatoriedade do uso do siste- Em vigor 334
Retificado ma antitravamento das rodas – ABS. Revoga a Reso-
em 11.05.11 lução CONTRAN
312/09.
Alterada pelas
Res. 536/15 e
596/16
381 28.04.11 03.05.11 Referendar a Deliberação 108, de 23.03.2011, que Em vigor
altera o art. 7º da Resolução CONTRAN 211, de Altera a Resolu-
13.11.2006, que tratam dos requisitos necessários ção CONTRAN
Retificado à circulação de Combinações de Veículos de Car- 211/06
em 11.05.11 ga – CVC, a que se referem os arts. 97, 99 e 314
do CTB.
382 02.06.11 07.06.11 Dispõe sobre notificação e cobrança de multa por Em vigor. 336
infração de trânsito praticada com veículo licencia- Alterada pela
do no exterior em trânsito no território nacional. Res. 602/16
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 107

383 02.06.11 07.06.11 Altera a Resolução 227, de 09.02.2007, do CON- Em vigor.


TRAN, que estabelece requisitos referentes aos Altera a Resolu-
sistemas de iluminação e sinalização de veículos. ção 227/07.
Será revogada
em 01.01.2023,
pela Res. 667/17
384 02.06.11 07.06.11 Altera a Resolução 292, de 29.08.2008, do CON- Em vigor
TRAN, que dispõe sobre modificações de veículos Altera a Resolu-
previstas nos arts. 98 e 106 da Lei 9.503, de ção 292/08
23.09.1997 e dá outras providências.
385 02.06.11 07.06.11 Referenda a Deliberação 109, de 11.04.2011, que Em vigor
revoga o art. 3º e altera o art. 4º, ambos da Res.
CONTRAN 253, de 26.10.2007, que dispõe sobre
o uso de medidores de transmitância luminosa.
386 02.06.11 07.06.11 Dá nova redação aos arts. 4º e 5º da Resolução Em vigor
CONTRAN 254/07, que estabelece requisitos para Altera a Resolu-
os vidros de segurança e critérios para aplicação ção 254/07
de inscrições, pictogramas e películas nas áreas
envidraçadas dos veículos automotores, de acordo
com o inciso III, do art. 111 do CTB.
387 21.06.11 29.06.11 Referendar a Deliberação 110, de 12.04.2011, Em vigor
que dá nova redação aos artigos 1º e 4º da Vigência sus-
Resolução CONTRAN 370/10, que dispõe sobre pensa pela Del.
o Dispositivo Auxiliar de Identificação Veicular. 116/11
Altera a Res.
116/11 e 254/07
Texto já alterado
388 Revogada Revogada Dá nova redação aos arts. 1º e 2º da Resolução Revogada pela
CONTRAN 341, de 25.02.2010, que cria Autori- Res. 734/18
zação Específica (AE) para os veículos e/ou
combinações de veículos equipados com tan-
ques que apresentem excesso de até 5% (cinco
por cento) nos limites de peso bruto total ou
peso bruto total combinado.
389 14.07.11 18.07.11 Referenda a Deliberação 112 de 28.06.2011, do Em vigor
Presidente do Conselho Nacional de Trânsito - Texto já alterado
CONTRAN, publicada no Diário Oficial da União
de 29.06.2011, que altera o prazo estipulado no
art. 3º da Resolução 371, de 10.12.2010, que
aprova o Manual Brasileiro de Fiscalização de
Trânsito – Volume I – Infrações de competência
municipal, incluindo as concorrentes dos órgãos
e entidades estaduais de trânsito e rodoviários.
390 11.08.11 15.08.11 Dispõe sobre a padronização dos procedimentos Em vigor após
administrativos na lavratura de auto de infração, decorridos 180
na expedição de notificação de autuação e de dias da publica-
notificação de penalidades por infrações de res- ção
ponsabilidade de pessoas físicas ou jurídicas, Revogará a
sem a utilização de veículos, expressamente Resolução CON-
mencionadas no Código de Trânsito Brasileiro – TRAN 248/07
CTB, e dá outras providências.
391 30.08.11 02.09.11 Referendar a Deliberação 100, de 02.09.2010 Em vigor
que dispõe sobre o transporte de menores de Texto já alterado
10 anos e a utilização do dispositivo de reten-
ção para o transporte de crianças em veículos.
108 Ordeli Savedra Gomes

392 04.10.11 14.10.11 Referendar a Deliberação 114, de 28.09.2011, Em vigor


que prorroga o mandato 2009/11 dos membros
das Câmaras Temáticas do CONTRAN até que
sejam nomeados os integrantes para o manda-
to 2011/13.
393 Revogada Revogada Altera a Resolução 151, de 08.10.2003, do Con- Revogada pela
selho Nacional de Trânsito/ CONTRAN, que dis- Res. 710/17
põe sobre a unificação de procedimentos para
imposição de penalidade de multa a pessoa
jurídica proprietária de veículos por não identifi-
cação de condutor infrator.
394 13.12.11 20.12.11 Altera a Resolução 311, de 03.04.2009, que Em vigor
dispõe sobre a obrigatoriedade do uso do equi- Revoga a Reso-
pamento suplementar de segurança passiva – lução CON-
“Air Bag”, na parte frontal dos veículos novos TRAN 367/10
saídos de fábrica, nacionais e importados. Texto já alterado
395 13.12.11 20.12.11 Altera a Resolução 380, de 28.04.2011, que Em vigor
dispõe sobre a obrigatoriedade do uso do sis- Altera a Reso-
tema antitravamento das rodas – ABS. lução CON-
TRAN 380/11
Texto já alterado
396 13.12.11 22.12.11 Dispõe sobre requisitos técnicos mínimos para Em vigor 338
a fiscalização da velocidade de veículos auto- Revoga as
motores, reboques e semirreboques, conforme Resoluções
Retificada o Código de Trânsito Brasileiro. CONTRAN
em 16.01.12 146/03, 214/06,
340/10 e o art.
3º e o anexo II
da 202/06
397 13.12.11 21.12.11 Altera a Resolução 292, de 29.08.2008, do Em vigor
CONTRAN, que dispõe sobre modificações de Altera a Reso-
veículos previstas nos arts. 98 e 106 da Lei lução CON-
9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de TRAN 292/08
Trânsito Brasileiro e dá outras providências. Texto já alterado
398 Revogada Revogada Estabelece orientações e procedimentos a se- Revogada pela
rem adotados para a comunicação de venda de Res. 712/17
veículos, no intuito de organizar e manter o
Registro Nacional de Veículos Automotores –
RENAVAM, garantindo a atualização e o fluxo
permanente de informações entre os órgãos e
entidades do Sistema Nacional de Trânsito.
399 Revogada Revogada Acrescenta parágrafo único ao art. 1º da Resolu- Revogada pela
ção 341, de 25.09.2010, do Conselho Nacional Res. 734/18
de Trânsito, para prorrogar, até o sucateamento
dos respectivos veículos, o prazo de validade das
Autorizações Especificas (AE) emitidas antes da
Vigência da Resolução 388/11.
400 15.03.12 03.04.12 Referenda a Deliberação 119, de 19.12.2011, que Em vigor 347
define a cor predominante dos caminhões, ca- Revoga aReso-
minhões tratores, reboques e semirreboques. lução CON-
TRAN 355/10
401 15.03.12 03.04.12 Altera o prazo estipulado no art. 3º da Resolução Em vigor
371, de 10.12.2010, com alteração dada pela
Resolução 389/11, que aprova o Manual Brasileiro
de Fiscalização de Trânsito – Volume I – Infrações
de competência municipal, incluindo as concorren-
tes dos órgãos e entidades estaduais de trânsito e
rodoviários.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 109

402 26.04.12 07.05.12 Estabelece requisitos técnicos e procedimentos Em vigor


para a indicação no CRV/CRLV das característi- Alterada pelas
cas de acessibilidade para os veículos de trans- Res. 469/13 e
porte coletivos de passageiros. 605/16
403 26.04.12 07.05.12 Altera o prazo previsto no art. 17 da Resolução Em vigor
CONTRAN 258/07, com redação dada pela
Resolução 365/10, que regulamenta os arts.
231, X e 323 do CTB, fixa metodologia de afe-
rição de peso de veículos, estabelece percen-
tuais de tolerância e dá outras providências.
404 Revogada Revogada Dispõe sobre padronização dos procedimentos Revogada em
administrativos na lavratura de Auto de Infra- 01.11.2016,
ção, na expedição de notificação de autuação e pela Res.
de notificação de penalidade de multa e de 619/16
advertência, por infração de responsabilidade
de proprietário e de condutor de veículo e da
identificação de condutor infrator, e dá outras
providências.
405 Revogada Revogada Dispõe sobre a fiscalização do tempo de dire- Revogada pela
ção do motorista profissional de que trata o Res. 525/15
art. 67-A, incluído no CTB, pela Lei 12.619, de
30.04.2012, e dá outras providências.
406 12.06.12 14.06.12 Altera a Resolução 92, de 04.05.1999, que Em vigor
dispõe sobre requisitos técnicos mínimos do
registrador instantâneo e inalterável de veloci-
dade e tempo, conforme o Código de Trânsito
Brasileiro.
407 12.06.12 14.06.12 Autoriza a utilização temporária de sinalização de Em vigor
orientação de destino específica para a “Copa do Alterada pela
Mundo da FIFA Brasil 2014” e para a “Copa das Res. 448/13
Confederações da FIFA Brasil 2013”, de acordo
com os padrões estabelecidos nesta Resolução.
408 Revogada Revogada Altera o art. 8º da Resolução 405, de 12.06.2012, Revogada pela
que dispõe sobre a fiscalização do tempo de dire- Res. 525/15
ção do motorista profissional de que trata o art.
67-A, incluído no Código de Transito Brasileiro –
CTB, pela Lei 12.619, de 30.04.2012.
409 02.08.12 03.08.12 Altera dispositivos da Resolução 168, de Em vigor
14.12.2004 que estabelece normas e procedi- Altera a Reso-
mentos para a formação de condutores de lução CON-
veículos automotores e elétricos, a realização TRAN 168/04
dos exames, a expedição de documentos de
habilitação, os cursos de formação, especiali-
zados, de reciclagem e dá outras providências.
410 02.08.12 03.08.12 Regulamenta os cursos especializados obriga- Em vigor. 349
tórios destinados a profissionais em transporte Revoga a Res.
de passageiros (mototaxista) e em entrega de 350/10.
mercadorias (motofretista) que exerçam ativi- Alterada pela
dades remuneradas na condução de motocicle- Res. 414/12
tas e motonetas.
411 02.08.12 03.08.12 Altera dispositivos da Resolução 358, de Em vigor
13.08.2010, que Regulamenta o credenciamento Altera a Reso-
de instituições ou entidades públicas ou privadas lução CON-
para o processo de capacitação, qualificação e TRAN 358/10
atualização de profissionais, e de formação,
qualificação, atualização e reciclagem de candi-
datos e condutores e dá outras providências.
110 Ordeli Savedra Gomes

412 Revogada Revogada Dispõe sobre a implantação do Sistema Nacio- Revogada pela
nal de Identificação Automática de Veículos – Res. 537/15
SINIAV em todo o território nacional.
413 09.08.12 20.08.12 Altera a Resolução 168, de 14.12.2004 – CON- Em vigor
TRAN, que estabelece normas e procedimen- Altera a Reso-
tos para a formação de condutores de veículos lução CON-
automotores e elétricos, a realização dos exa- TRAN 168/04
mes, a expedição de documentos de habilita-
ção, os cursos de formação, especializados, de
reciclagem e dá outras providências.
414 09.08.12 20.08.12 Altera a Resolução 410, de 02.08.2012, que regu- Em vigor
lamenta os cursos especializados obrigatórios des- Altera a Reso-
tinados a profissionais em transporte de passagei- lução CON-
ros (mototaxista) e em entrega de mercadorias TRAN 410/12
(motofretista) que exerçam atividades remunera-
das na condução de motocicletas e motonetas.
415 09.08.12 20.08.12 Altera a Resolução CONTRAN 358, de 13.08.2012 Em vigor
(com as alterações dadas pela Res. 411/2012), Altera a Reso-
que regulamenta o credenciamento de institui- lução CON-
ções ou entidades públicas ou privadas para o TRAN 358/12
processo de capacitação, qualificação e atuali-
zação de profissionais, e de formação, qualifi-
cação, atualização e reciclagem de candidatos
e condutores e dá outras providências.
416 09.08.12 27.08.12 Estabelece os requisitos de segurança para Alterada pelas
veículos de transporte de passageiros tipo Res. 505/14,
micro-ônibus, categoria M2 de fabricação na- 568/15, 646/16
cional e importado. e 753/18.
Revoga a partir
de 01.01.2014,
as Res. 811/96 e
316/09
417 Revogada Revogada Altera o art. 6º da Resolução 405/012, que dispõe Revogada pela
sobre a fiscalização do tempo de direção do moto- Res. 525/15
rista profissional de que trata o art. 67-A, incluído
no CTB, pela Lei 12.619, de 30.04.2012.
418 Revogada Revogada Acrescenta inc. VI ao art. 8º da Resolução Revoga art. 16
CONTRAN 292/08, de forma a proibir a inclu- da Res. 292/08.
são de terceiro eixo em semirreboque com Revogada pela
comprimento inferior a 7,0 metros. Res. 419/12
419 17.10.12 19.10.12 Acrescenta inc. VI ao art. 8º da Resolução Revoga a Res.
CONTRAN 292/2008, de forma a proibir a in- CONTRAN
clusão de terceiro eixo em semirreboque com 418/12
comprimento igual ou inferior a 10,50 metros.
420 31.10.12 07.11.12 Altera dispositivos da Resolução CONTRAN Em vigor.
168, de 14.12.2004, que trata das normas e Altera a Res.
procedimentos para a formação de condutores 168/04
de veículos automotores e elétricos.
421 31.10.12 07.11.12 Altera dispositivos da Resolução CONTRAN Insubsistente
358, de 13.08.2010, que trata de procedimen-
tos de credenciamento de instituições ou enti-
dades públicas ou privadas voltadas ao apren-
dizado de candidatos e condutores, e dá outras
providências.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 111

422 27.11.12 29.11.12 Altera dispositivos da Resolução CONTRAN Em vigor


168, de 14.12.2004, que trata das normas e Altera a Res.
procedimentos para a formação de condutores 168/04
de veículos automotores e elétricos.
423 Revogada Revogada Altera dispositivos da Resolução CONTRAN 358, Revogada pela
de 13.08.2010, que trata de procedimentos de Res. 523/15
credenciamento de instituições ou entidades
públicas ou privadas voltadas ao aprendizado
de candidatos e condutores, e dá outras provi-
dências.
424 27.11.12 29.11.12 Altera o prazo previsto no art. 27 Resolução Em vigor
CONTRAN 404/12 que dispõe sobre padroniza- Altera a resolu-
ção dos procedimentos administrativos na ção CONTRAN
lavratura de Auto de Infração, na expedição de 404/12
notificação de autuação e de notificação de
penalidade de multa e de advertência, por in-
fração de responsabilidade de proprietário e de
condutor de veículo e da identificação de con-
dutor infrator, e dá outras providências.
425 27.11.12 10.12.12 Dispõe sobre o exame de aptidão física e men- Em vigor 355
tal, a avaliação psicológica e o credenciamento Revoga as Res.
das entidades públicas e privadas de que tra- 267/08, 283/08
tam o art. 147, I e §§ 1º a 4º e o art. 148 do e 327/09
Código de Trânsito Brasileiro. Alterada pelas
Res. 460/13,
474/14, 490/14,
500/14, 583/16
e 691/17
426 05.12.12 10.12.12 Dispõe sobre o sistema de travamento do ca- Em vigor 377
puz e rodas dos veículos automotores, e seus Revoga as Res.
elementos de fixação e enfeites. 461/72 e 636/84.
427 Revogada Revogada Estabelece condições para fiscalização pelas au- Revogada pela
toridades de trânsito, em vias públicas, das emis- Res. 452/13
sões de gases de escapamento de veículos au-
tomotores de que trata o art. 231, inc. III do CTB.
428 05.12.12 10.12.12 Altera o prazo estipulado no art. 3º da Resolu- Em vigor
ção 371, de 10.12.2010-CONTRAN, com alte-
ração dada pela Resolução 401/12, que aprova
o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito
– Volume I – Infrações de competência munici-
pal, incluindo as concorrentes dos órgãos e
entidades estaduais de trânsito e rodoviários.
429 Revogada Revogada Estabelece critérios para o registro de tratores Revogada pela
destinados a puxar ou arrastar maquinaria de Res. 587/16
qualquer natureza ou a executar trabalhos agrí-
colas e de construção, de pavimentação ou
guindastes (máquinas de elevação).
430 23.01.13 29.01.13 Altera o prazo previsto no art. 17 da Resolução Em vigor
CONTRAN 258/07, com redação dada pelas
Resoluções 365/10 e 403/12, que regulamenta
os arts. 231, X e 323 do Código de Trânsito
Brasileiro, fixa metodologia de aferição de peso
de veículos, estabelece percentuais de tolerân-
cia e dá outras providências.
112 Ordeli Savedra Gomes

431 Revogada Revogada Referenda a Deliberação CONTRAN 134, de Revogada pela


16.01.2012, que suspende os efeitos da Resolu- Res. 525/15
ção 417/12, do Conselho Nacional de Trânsito –
CONTRAN, que altera o art. 6º da Resolução
405, de 12.06.2012, que dispõe sobre a fiscali-
zação do tempo de direção do motorista profis-
sional de que trata o art. 67-A, incluído no Códi-
go de Transito Brasileiro – CTB, pela Lei 12.619,
de 30.04.2012, e dá outras providências.
432 23.01.13 29.01.13 Dispõe sobre os procedimentos a serem adota- Em vigor 378
dos pelas autoridades de trânsito e seus agentes
na fiscalização do consumo de álcool ou de outra
substância psicoativa que determine dependên-
cia, para aplicação do disposto nos arts. 165,
276, 277 e 306 da Lei 9.503/97 – CTB.
433 Revogada Revogada Referenda a Deliberação 131 de 19.12.2012 do Revogada pela
Presidente do Conselho Nacional de Trânsito Res. 537/15
que altera a Resolução 412/12, que dispõe
sobre a implantação do Sistema Nacional de
Identificação Automática de Veículos – SINIAV.
434 Revogada Revogada Altera redação do § 2º do art. 1º e do art. 8º da Revogada pela
Resolução CONTRAN 429, de 05.12.2012, que Res. 587/16
estabelece critérios para o registro de tratores
destinados a puxar ou arrastar maquinaria de
qualquer natureza ou a executar trabalhos agrí-
colas e de construção, de pavimentação ou
guindastes (máquinas de elevação).
435 20.02.13 22.02.13 Altera dispositivos da Resolução CONTRAN 168, Em vigor
de 14.12.2004, com a redação dada pela Reso- Altera disposi-
lução CONTRAN 422, de 27.11.2012, que trata tivos da Reso-
das normas e procedimentos para a formação de lução CON-
condutores de veículos automotores e elétricos. TRAN 168/04
436 20.02.13 22.02.13 Altera a Resolução CONTRAN 227/07, com reda- Em vigor
ção dada pela Resolução do CONTRAN 383/11 Altera a Res.
que estabelece requisitos referentes aos sistemas 227/07
de iluminação e sinalização de veículos.
437 Revogada Revogada Restabelece a eficácia da Resolução 417/12, Revogada pela
do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, Res. 525/15
que altera o art. 6º da Resolução 405, de
12.06.2012, que dispõe sobre a fiscalização do
tempo de direção do motorista profissional de
que trata o art. 67-A, incluído no Código de
Transito Brasileiro – CTB, pela Lei 12.619, de
30.04.2012, e dá outras providências.
438 Revogada Revogada Altera o anexo II da Resolução CONTRAN 211, Revogada pela
de 13.11.2006, que estabelece requisitos ne- Res. 635/16
cessários à circulação de Combinações de
Veículos de Carga – CVC, a que se referem os
arts. 97, 99 e 314 do Código de Trânsito Brasi-
leiro – CTB.
439 Revogada Revogada Estabelece requisitos para o desempenho e a Revogada pela
fixação de espelhos retrovisores ou dispositi- Res. 504/14
vos do tipo câmera-monitor para visão indireta,
instalado nos veículos destinados à condução
coletiva de escolares.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 113

440 Revogada Revogada Altera o prazo previsto no art. 7º da Resolução Revogada pela
CONTRAN 427/12, que estabelece condições Res. 452/13
para fiscalização pelas autoridades de trânsito,
em vias públicas, das emissões de gases de
escapamento de veículos automotores de que
trata o artigo 231, inciso III do CTB.
441 28.05.13 31.05.13 Dispõe sobre o transporte de cargas de sólidos Em vigor. 382
a granel nas vias abertas à circulação pública Alterada pelas
em todo o território nacional. Res. 499/14,
618/16 e 664/17
442 25.06.13 26.06.13 Altera a Resolução CONTRAN 404/12, que dispõe Sem efeito, a
sobre padronização dos procedimentos adminis- partir de
trativos na lavratura de Auto de Infração, na ex- 01.11.2016, em
pedição de notificação de autuação e de notifica- razão da revo-
ção de penalidade de multa e de advertência, por gação da Res.
infração de responsabilidade de proprietário e de 404/12, pela
condutor de veículo e da identificação de condu- 619/16
tor infrator, e dá outras providências.
443 25.06.13 26.06.13 Altera a Resolução CONTRAN 330/09, que es- Em vigor .
tabelece o cronograma para a instalação do Alterada pela
equipamento obrigatório definido na Resolução Res. 485/14
CONTRAN 245/07.
444 Revogada Revogada Altera dispositivos da Resolução CONTRAN Revogada pela
168/04, que trata das normas e procedimentos Res. 493/14
para a formação de condutores de veículos
automotores e elétricos, e da Resolução CON-
TRAN 358/10, que trata do credenciamento de
instituições ou entidades públicas ou privadas
para o processo de formação de condutores.
445 25.06.13 10.07.13 Estabelece os requisitos de segurança para Alterada pela
veículos de transporte público coletivo de pas- Res. 568/15,
sageiros e transporte de passageiros tipos sendo revoga-
micro-ônibus e ônibus, categoria M3 de fabri- dos os itens
cação nacional e importado. 2.4.1 e 4 do
Apêndice do
Anexo IX;
629/16 e
644/16.
Alterada pela
Res. 754/18
446 Revogada Revogada Aprova o regimento Interno do Conselho Nacio- Revogada pela
nal de Trânsito – CONTRAN. Res. 776/19
447 25.07.13 26.07.13 Altera a Resolução CONTRAN 429/12, que Revogada pela
estabelece critérios para o registro de tratores Res. 587/16
destinados a puxar ou arrastar maquinaria de
qualquer natureza ou a executar trabalhos agrí-
colas de qualquer natureza ou executar traba-
lhos agrícolas e de construção, de pavimenta-
ção ou guindastes (máquinas de elevação).
448 25.07.13 26.07.13 Altera a Resolução CONTRAN 407/12, que auto- Em vigor
riza a utilização temporária de sinalização de
orientação de destino específica para a “Copa do
Mundo da FIFA Brasil 2014” e para a “Copa das
Confederações da FIFA Brasil 2013”, de acordo
com os padrões estabelecidos nesta Resolução.
114 Ordeli Savedra Gomes

449 Revogada Revogada Altera o art. 5º da Resolução CONTRAN 331/09, Revogada pela
que dispõe sobre uniformização do procedi- Res. 623/16
mento para realização de hasta pública dos
veículos retidos, removidos e apreendidos, a
qualquer título, por órgãos ou entidades com-
ponentes do sistema nacional de trânsito, con-
forme disposto no Art. 328 do Código de Trân-
sito Brasileiro (CTB).
450 28.08.13 30.08.13 Suspende os efeitos do art. 6º da Resolução Em vigor
CONTRAN 292/08, que dispõe sobre modifica-
ções de veículos previstas nos arts. 98 e 106 da
Lei 9.503/97, que instituiu o Código de Trânsito
Brasileiro, proibindo qualquer alteração no sis-
tema de suspensão veicular original, pelo perío-
do de 90 dias, e dá outras providências.
451 28.08.13 30.08.13 Altera o prazo previsto no art. 7º da Resolução Em vigor
CONTRAN 427/12, com a redação dada pela
Resolução CONTRAN 440/13, que estabelece
condições para fiscalização pelas autoridades
de trânsito, em vias públicas, das emissões de
gases de escapamento de veículos automoto-
res de que trata o artigo 231, inciso III do CTB.
452 26.09.13 27.09.13 Dispõe sobre os procedimentos a serem ado- Em vigor 383
tados pelas autoridades de trânsito e seus
agentes na fiscalização das emissões de gases
de escapamento de veículos automotores de
que trata o artigo 231, inciso III, do Código de
Trânsito Brasileiro (CTB).
453 26.09.13 27.09.13 Disciplina o uso de capacete para condutor e Em vigor 384
passageiro de motocicletas, motonetas, ciclo- Alterada pela
motores, triciclos motorizados e quadriciclos Res.680/17
motorizados.
454 26.09.13 27.09.13 Altera a Resolução CONTRAN 14/98 para esta- Em vigor
belecer novos itens de segurança e dimensões
para os tratores destinados a puxar ou arrastar
maquinaria de qualquer natureza ou a executar
trabalhos agrícolas e de construção, de pavi-
mentação ou guindastes (máquinas de eleva-
ção) facultados a transitar em via pública.
455 22.10.13 23.10.13 Concede prazo de 180 dias para realização do Em vigor
curso especializado para transporte de cargas
indivisíveis de que trata o item 6.5 do Anexo II
da Resolução CONTRAN 168/04, e dá outras
providências.
456 22.10.13 23.10.13 Estabelece o conteúdo mínimo para o curso de Em vigor 389
taxista de que trata o inciso II do art. 3º da Lei
12.468/11, na forma do anexo.
457 22.10.13 23.10.13 Revoga o item 2 do artigo 1° e o item 2 do Ane- Em vigor
xo da Resolução CONTRAN 463/73 e o item 6 do
artigo 1° da Resolução CONTRAN 636/84
458 29.10.13 02.11.13 Altera a Resolução CONTRAN 165/04, que Em vigor
regulamenta a utilização de sistemas automáti-
cos não metrológicos de fiscalização, nos ter-
mos do § 2º do art. 280 do Código de Trânsito
Brasileiro.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 115

459 29.10.13 02.11.13 Dispõe sobre o uso de sistemas automatizados Em vigor 390
integrados para a aferição de peso e dimensões de
veículos com dispensa da presença física da auto-
ridade de trânsito ou de seu agente no local da
aferição e dá outras providências.
460 Revogada Revogada Altera a Resolução 425/12, que dispõe sobre o Revogada pela
exame de aptidão física e mental, a avaliação Res. 517/15
psicológica e o credenciamento das entidades
públicas e privadas de que tratam o art. 147, I
e §§ 1º a 4º, e o art. 1.
461 12.11.13 25.11.13 Institui o Registro Nacional de Posse e Uso Em vigor 392
Temporário de Veículos – RENAPTV.
462 Revogada Revogada Altera os arts. 1º e 2º da Resolução CONTRAN Revogada pela
558/980. Res. 492/14
463 27.11.13 28.11.13 Altera o prazo previsto nos arts. 1º e 2º da Em vigor.
Resolução CONTRAN 450/01, que suspendeu Será revogada
os efeitos do art. 6º da Resolução CONTRAN em 01.01.2023,
292/08, que dispõe sobre modificações de pela Res.
veículos previstas nos arts. 98 e 106 da Lei 667/17
9.503/97, que instituiu o Código de Trânsito
Brasileiro, proibindo qualquer alteração no
sistema de suspensão veicular original, pelo
período de 90 dias, e dá outras providências.
464 27.11.13 28.11.13 Dispõe sobre o Cartão de Saúde e o Extrato de Em vigor
Pesquisa sobre licenças e habilitações expedi-
dos pelas Forças Armadas e pela Agência Na-
cional de Aviação Civil – ANAC.
465 27.11.13 13.12.13 Dá nova redação ao Art. 1º da Resolução Em vigor
315/09, do CONTRAN, que estabelece a equi-
paração dos veículos ciclo-elétrico, aos ciclo-
motores e os equipamentos obrigatórios para
condução nas vias públicas abertas à circula-
ção e dá outras providências.
466 11.12.13 16.12.13 Estabelece procedimentos para o exercício Em vigor. 393
da atividade de vistoria de identificação vei- Alterada pela
cular. Res. 496/14
467 11.12.13 16.12.13 Altera o prazo previsto no artigo 17 da Resolu- Em vigor
ção CONTRAN 258/07, com redação dada
pelas Resoluções 365/10 e 403/12, que regu-
lamenta os artigos 231, X e 323 do Código de
Trânsito Brasileiro, fixa metodologia de aferição
de peso de veículos, estabelece percentuais de
tolerância e dá outras providências.
468 11.12.13 16.12.13 Dispõe sobre acionadores energizados para ja- Em vigor
nelas energizadas, teto solar e painel divisor de Alterada pelas
veículos automotores e dá outras providências. Res. 531/15 e
642/16
469 11.12.13 20.12.13 Altera dispositivos e os Anexos da Resolução Em vigor
CONTRAN 402/12, com redação dada pelas
Deliberações 104/10 e 132/12, que estabele-
cem requisitos técnicos e procedimentos para
a indicação no CRV/CRLV das características
de acessibilidade para os veículos de transpor-
te coletivos de passageiros e dá outras provi-
dências.
116 Ordeli Savedra Gomes

470 Revogada Revogada Acrescenta o art. 10-A à Resolução CONTRAN Revogada pela
320/0909. Res. 689/17
471 18.12.13 23.12.13 Regulamenta a fiscalização de trânsito por inter- Em vigor 399
médio de videomonitoramento nos termos do § Alterada pela
2º do art. 280 do Código de Trânsito Brasileiro. Res. 532/15
472 8.12.13 23.12.13 Prorroga os prazos do art. 2º da Resolução Em vigor
CONTRAN 443/13.
473 Revogada Revogada Altera a Resolução CONTRAN 168/04, que tra- Revogada pela
ta das normas e procedimentos para a forma- Res. 493/14
ção de condutores de veículos automotores e
elétricos e a Resolução CONTRAN 358/10, que
trata do credenciamento de instituições ou en-
tidades públicas ou privadas para o processo
de formação de condutores, com redação dada
pela Resolução CONTRAN 444/13.
474 11.02.14 11.02.14 Altera o Anexo XV da Resolução 425/12, do Em vigor
CONTRAN, que dispõe sobre o exame de apti-
dão física e mental, a avaliação psicológica e o
credenciamento das entidades públicas e pri-
vadas de que tratam o art. 147, I e §§ 1º a 4º e
o art. 148 do Código de Trânsito Brasileiro.
475 Revogada Revogada Altera a Resolução 429, de 05.12.2012, do CON- Revogada pela
TRAN para estabelecer o critério para regrava- Res. 587/16
ção do ano de fabricação dos tratores destina-
dos a puxar ou arrastar maquinaria de qualquer
natureza ou a executar trabalhos agrícolas e de
construção, de pavimentação ou guindastes.
476 Revogada Revogada Acrescenta o art. 3-A à Resolução CONTRAN Revogada pela
398, de 13.12.2011, que estabelece orienta- Res. 712/17
ções e procedimentos a serem adotados para a
comunicação de venda de veículos, no intuito
de organizar e manter o Registro Nacional de
Veículos Automotores – RENAVAM, garantindo
a atualização e o fluxo permanente de informa-
ções entre os órgãos e entidades do Sistema
Nacional de Trânsito.
477 20.03.14 24.03.14 Declara revogada a Resolução 768/93. Em vigor
478 20.03.14 24.03.14 Declara revogadas a Resoluções 379/67,
Em vigor
738/89 e 753/91.
479 20.03.14 26.03.14 Alterar o art. 6º da Resolução CONTRAN 292, Em vigor
de 09.08.2008, que dispõe sobre modificações Altera a Res.
de veículos previstas nos arts. 98 e 106 da Lei 292/08
9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de
Trânsito Brasileiro.
480 09.04.14 11.04.14 Altera o prazo estipulado no art. 3º da Resolu- Em vigor
ção CONTRAN 371, de 10.12.2010, que aprova
o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito-
Volume I – Infrações de competência munici-
pal, incluindo as concorrentes dos órgãos e
entidades estaduais de trânsito e rodoviários.
481 09.04.14 11.04.14 Declara revogada a Resolução CONTRAN 548, Em vigor
de 31.05.1979, que “Estabelece normas para a Revoga a Res.
comprovação de residência para fins da legis- 548/79
lação de transito.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 117

482 09.04.14 11.04.14 Estabelece a competência e circunscrição so- Em vigor


bre as vias de acesso aos aeroportos, abertas
à circulação, integrantes das áreas que com-
põem os sítios aeroportuários.
483 09.04.14 - Aprova o Volume V – Sinalização Semafórica Em vigor 399
do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito
e altera o Anexo da Resolução CONTRAN 160,
de 2004.
484 07.05.14 07.05.14 Altera a Resolução CONTRAN 168 de 14.12.2004, Em vigor
que estabelece normas e procedimentos para a
formação de condutores de veículos automoto-
res e elétricos, a realização dos exames, a
expedição de documentos de habilitação, os
cursos de formação, especializados, de reci-
clagem, concede novo prazo para realização do
curso especializado para condutores de veícu-
los de transporte de carga indivisível e dá ou-
tras providências .
485 07.05.14 - Prorroga os prazos estabelecidos no art. 2º da Efeitos Suspen-
Resolução CONTRAN 443, de 25.06.2013. sos pela Res.
559/15.
486 07.05.14 02.09.14 Aprova o Volume III – Sinalização Vertical de Em vigor 400
Indicação, do Manual Brasileiro de Sinalização
de Trânsito.
487 Revogada Revogada Dispõe sobre o trânsito de veículos novos na- Revogada pela
cionais ou importados, antes do registro e li- Res. 554/15
cenciamento.
488 Revogada Revogada Define os meios tecnológicos hábeis de que Revogada pela
trata o caput do art. 282, da Lei 9.503, de Res. 622/16
23.09.1997, que institui o Código de Trânsito
Brasileiro (CTB), admitidos para assegurar a
ciência das notificações das infrações de trân-
sito.
489 Revogada Revogada Altera os arts. 5º e 9º da Resolução 258, de Revogada pela
30.11.2007, do Conselho Nacional de Trânsito Res. 526/15
– CONTRAN, que regulamenta os arts. 231 e
323 do Código de Trânsito Brasileiro, fixa me-
todologia de aferição de peso de veículos,
estabelece percentuais de tolerância e dá ou-
tras providências.
490 Revogada Revogada Prorroga o prazo de entrada em vigor da Reso- Revogada pela
lução CONTRAN 460, de 12.11.2013. Res. 517/15
491 05.06.14 06.06.14 Altera a Resolução CONTRAN 192, de 30.03.2006 Em vigor
que regulamenta a expedição do documento
único da Carteira Nacional de Habilitação, com
novo leiaute e requisitos de segurança.
492 05.06.14 06.06.14 Altera o art. 1º, da Resolução CONTRAN 558/80, Em vigor
que dispõe sobre a fabricação e reforma de pneus.
493 05.06.14 06.06.14 Altera a Resolução CONTRAN 168, de 14.12.2004, Em vigor
que trata das normas e procedimentos para a Revoga as Res.
formação de condutores de veículos automoto- 347/10, 444/13
118 Ordeli Savedra Gomes

res e elétricos e a Resolução CONTRAN 358, e 473/14


de 13.08.2010, que trata do credenciamento de
instituições ou entidades públicas ou privadas
para o processo de formação de condutores.
494 05.06.14 05.06.14 Altera a Resolução CONTRAN 293, de 29.09.2008. Em vigor
Altera a Reso-
lução CON-
TRAN 293 de
29.09.2008.
Será revogada
pela Res.
701/17, em
01.01.2020
495 Revogada Revogada Estabelece os padrões e critérios para a insta- Revogada pela
lação de faixa elevada para travessia de pedes- Res. 738/18
tres em vias públicas.
496 24.06.14 25.06.14 Altera o prazo previsto no art. 21 da Resolução Em vigor
CONTRAN 466, que estabelece procedimentos
para o exercício da atividade de vistoria de
identificação veicular de 11.12.2013 e dá ou-
tras providências.
497 29.07.14 30.07.14 Altera o Manual Brasileiro de Fiscalização de Em vigor
Trânsito, Volume I – Infrações de competência Manual Brasi-
municipal, incluindo as concorrentes dos ór- leiro de Fiscali-
gãos e entidades estaduais de trânsito e rodo- zação de Trân-
viários. sito – Volume I
(Fichas alteradas
pela Res. 497)
498 29.07.14 30.07.14 Dispõe sobre requisitos aplicáveis aos mate- Em vigor
riais de revestimento interno do habitáculo de
veículos automotores nacionais e importados.
499 28.08.14 02.09.14 Altera a Resolução CONTRAN 441, de 28.05.2013, Em vigor
que dispõe sobre o transporte de cargas de só-
lidos a granel nas vias abertas à circulação pú-
blica em todo o território nacional, concedendo
prazo para exigência de lona ou dispositivo si-
milar no transporte de cana-de-açúcar e dá ou-
tra providências
500 28.08.14 02.09.14 Altera a Res. 425, de 27.11.2012, do CONTRAN, Em vigor
que dispõe sobre o exame de aptidão física e
mental, a avaliação psicológica e o credencia-
mento das entidades públicas e privadas de
que tratam o art. 147, I e §§ 1º a 4º e o art. 148
do Código de Trânsito Brasileiro – CTB.
501 23.09.14 24.09.14 Declara revogada a Resolução CONTRAN 528, Em vigor
de 1977, que proíbe o uso em veículos automo-
tores de aparelho capaz de detectar os efeitos
de radar, inclusive o denominado “drive alert”
ou similar.
502 03.09.14 24.09.14 Acrescenta o art. 2º-A à Res. 210, de 13.11.2006, Esta resolução
do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, entra em vigor
que estabelece os limites de peso e dimensões em 30 (trinta)
para veículos que transitam por vias terrestres dias, contados
e dá outras providências. da data de sua
publicação
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 119

503 Revogada Revogada Acrescenta o art. 17-A na Res. 258, de Revogada pela
30.11.2007, do Conselho Nacional de Trânsito Deliberação
– CONTRAN, que regulamenta os arts. 231 e 182/07
323 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB,
fixa metodologia de aferição de peso de veícu-
los, estabelece percentuais de tolerância de dá
outras providências.
504 29.09.14 05.11.14 A partir de 1º de janeiro de 2016 todos os veí- Revoga a Res. 401
culos especialmente destinados à condução 439/13.
coletiva de escolares, das categorias M1, M2 e Será revogada
M3, fabricados no país ou importados devem em 01.01.2026,
atender aos requisitos constantes desta Reso- pela Res.
lução. Os veículos fabricados ou importados 763/18
antes de 1º de janeiro de 2016 devem atender
os requisitos dispostos nesta Resolução até de
1º de janeiro de 2018.
505 29.09.14 05.11.14 Dispõe sobre a alteração da tabela do item 2 Em vigor
do apêndice do Anexo I, da Resolução CON-
TRAN 416, de 09.08.2012, que trata dos requi-
sitos de segurança para veículos de transpor-
tes de passageiros tipo micro-ônibus, categoria
M2.
506 29.09.14 05.11.14 Dispõe sobre a Estrutura de Proteção Contra Em vigor
Impactos de Capotagem (ROPS) para cabine de
caminhonetes utilizadas nas atividades de mi-
neração subterrânea e a céu aberto, em garim-
pos, beneficiamento e pesquisa mineral.
507 05.11.14 10.11.14 Dispõe sobre a formação de motorista de viatu- Em vigor
ra militar blindada das Forças Armadas e Auxi-
liares e dá outras providencias
508 27.11.14 01.12.14 Dispõe sobre os requisitos de segurança para a Revoga a Res. 401
circulação, a título precário, de veículo de car- 82/98
ga ou misto transportando passageiros no com-
partimento de cargas.
509 27.11.14 09.12.14 Dispõe sobre a obrigatoriedade do uso de sis- Em vigor.
tema antitravamento e/ou do sistema de frena- Alterada pelas
gem combinada das rodas, nas motocicletas, Res. 606/16 e
motonetas, triciclos e quadriciclos. 657/17
510 Revogada Revogada Estabelece o sistema de placas de identifica- Revogada pela
ção de veículos no padrão estabelecido para o Res. 590/16
MERCOSUL.
511 Revogada Revogada Regulamenta a produção e expedição da Car- Revogada em
teira Nacional de Habilitação e da Permissão 31.12.16, pela
para Dirigir. Res. 598/16
512 Revogada Revogada Altera os modelos e especificações do Certifi- Revogada pela
cado de Registro de Veículo – CRV e do Certifi- Res. 651/17
cado de Registro e Licenciamento de Veículo –
CRLV e sua produção e expedição.
513 Revogada Revogada Altera o art. 12-A da Resolução CONTRAN 429, Revogada pela
de 05.12.2012, com redação dada pela Resolu- Res. 587/16
ção CONTRAN 447, de 25.07.2013.
514 18.12.14 06.01.15 Dispõe sobre a Política Nacional de Trânsito, Em vigor 403
seus fins e aplicação, e dá outras providências.
120 Ordeli Savedra Gomes

515 18.12.14 24.12.14 Revoga a Resolução CONTRAN 207, de Revoga a Res. 405
20.10.2006 e estabelece critérios de padroni- 207/06
zação para funcionamento das Escolas Públi-
cas de Trânsito.
516 29.01.15 30.01.15 Referenda a Deliberação CONTRAN 140, de Em vigor
06.01.2015, que altera o § 2º do art. 8º da
Resolução CONTRAN 157, de 22.04.2004, com
redação dada pela Resolução CONTRAN 333,
de 06.11.2009, de forma a prorrogar o prazo
fixado para a substituição dos extintores de
incêndio com carga de pó BC pelos extintores
de incêndio com carga de pó ABC.
517 Revogada Revogada Altera a Resolução CONTRAN 425, de 27.11.2012, Revogada pela
que dispõe sobre o exame de aptidão física e Res, 583/16
mental, a avaliação psicológica e o credencia-
mento das entidades públicas e privadas de
que tratam o art. 147, I e §§ 1º a 4º, e o art.
148 do Código de Trânsito Brasileiro.
518 09.01.15 30.01.15 Estabelece os requisitos de instalação e os pro- Em vigor 406
cedimentos de ensaios de cintos de segurança, Ficam revoga-
ancoragem e apoios de cabeça dos veículos das a partir de
automotores. 29.01.2020 as
Res. 44/98,
48/98, e o art. 1º
e os §§ 1º e 2º
da Res. 220/07
519 29.01.15 03.02.15 Todo veículo automotor, elétrico, reboque, se- Em vigor
mi-reboque com peso bruto total superior a
750 kg, novo, nacional ou importado, deverá
atender aos requisitos mínimos de desempe-
nho do sistema de freios estabelecidos para
cada tipo de veículo pelas normas da Associa-
ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
NBR 10966-1, NBR 10966-2, NBR 10966-3,
NBR 10966-4, NBR 10966-5, NBR 10966-6,
NBR 10966-7 e NBR 16068, ou pelas suas al-
terações posteriores.
520 29.01.15 03.02.15 Dispõe sobre os requisitos mínimos para a cir- Em vigor 407
culação de veículos com dimensões exceden- Alterada pelas
tes aos limites estabelecidos pelo CONTRAN. Res. 610/16,
702/17 e
768/18
Revoga a Res.
603/82
521 25.03.15 26.03.15 Altera o § 2º do art. 8º da Resolução CONTRAN Em vigor
157, de 22.04.2004, com redação dada pelas
Resoluções CONTRAN 333, de 06.11.2009 e
516 de 29.01.2015, de forma a prorrogar o
prazo fixado para a substituição dos extintores
de incêndio com carga de pó BC pelos extinto-
res de incêndio com carga de pó ABC.
522 25.03.15 26.03.15 Altera o art. 43-A da Resolução CONTRAN 358, Em vigor
de 13.08.2010, que regulamenta o credencia-
mento de instituições ou entidades públicas ou
privadas para o processo de capacitação, qua-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 121

lificação e atualização de profissionais, e de


formação, qualificação, atualização e recicla-
gem de candidatos e condutores e dá outras
providências, com redação dada pela Resolu-
ção CONTRAN 493, de 05.06.2014.
523 25.03.15 26.03.15 Declara revogada a Resolução CONTRAN 423, Em vigor
de 27.11.2012, que altera dispositivos da Reso-
lução CONTRAN 358, de 13.08.2010, que trata
de procedimentos de credenciamento de insti-
tuições ou entidades públicas ou privadas vol-
tadas ao aprendizado de candidatos e conduto-
res, e dá outras providências.
524 Revogada Revogada Altera o art. 2º da Resolução CONTRAN 335, de Revogada pela
24.11.2009. Res. 637/16
525 29.04.15 29.04.15 Dispõe sobre a fiscalização do tempo de dire- Ficam revogadas 409
ção do motorista profissional de que trata os as Resoluções
artigos 67-A, 67-C e 67-E, incluídos no Código CONTRAN 405,
de Transito Brasileiro – CTB, pela Lei 13.103, de 12.06.2012,
de 02.03.2015, e dá outras providências. 408, de
02.08.2012, 417,
de 12.09.2012,
431, de
23.01.2013, e
437, de
27.03.2013, e a
Deliberação do
Presidente do
CONTRAN 134,
de 16.01.2013
526 29.04.15 29.04.15 Referenda a Del. 142 de 17.04.2015 que dispõe Em vigor
sobre a alteração da Resolução CONTRAN 211,
de 13.11.2006, e da Resolução CONTRAN 258,
de 30.11.2007 e revoga a Resolução CONTRAN
489, de 05.06.2014.
527 29.04.15 30.04.15 Altera a Resolução CONTRAN 510, de 27.11.2014, Em vigor
de forma a prorrogar o prazo fixado e suspen-
der os efeitos do art. 5º e Anexo II para identi-
ficação de veículos no padrão estabelecido para
o MERCOSUL.
528 14.05.15 20.05.15 Dispõe acerca da proibição do registro e o li- Em vigor
cenciamento de veículos automotores com o
volante de direção no lado direito.
529 14.05.15 20.05.15 Altera o art. 3º da Resolução CONTRAN 517, de Revogada pela
29.01.2015, de forma a prorrogar o prazo para Del. 145/15
a exigência do exame toxicológico de larga ja-
nela de detecção.
530 Revogada Revogada Regulamenta a Lei 12.977, de 20.05.2014, que Revogada pela
regula e disciplina a atividade de desmontagem Res. 611/16
de veículos automotores terrestres.
531 17.06.15 19.06.15 Altera o art. 1º e o item 7 do Anexo da Resolu- Em vigor
ção CONTRAN 468, de 11.12.2013.
532 17.06.15 19.06.15 Altera a ementa e o art. 1º da Resolução CON- Em vigor
TRAN 471, de 18.12.2013, para incluir a fiscali-
zação por câmeras de monitoramento nas vias
urbanas.
122 Ordeli Savedra Gomes

533 17.06.15 19.06.15 Altera o § 3º do art. 1º da Resolução CONTRAN Em vigor


277, de 28.05.2008, de forma a tornar obrigató-
ria a utilização do dispositivo de retenção para o
transporte de crianças nos veículos escolares.
534 17.06.15 19.06.15 Altera a Resolução CONTRAN 311, de 03.04.2009, Em vigor
a qual dispõe sobre a obrigatoriedade do uso do
equipamento suplementar de segurança passi-
va – Air Bag, na parte frontal dos veículos novos
saídos de fábrica, nacionais e importados.
535 17.06.15 19.06.15 Altera a Resolução CONTRAN 380, de 28.04.2011, Em vigor
a qual dispõe sobre a obrigatoriedade do uso do
sistema antitravamento das rodas – ABS.
536 17.06.15 19.06.15 Altera o § 2º do art. 8º da Resolução CONTRAN Revogada pela
157, de 22.04.2004, com redação dada pelas Re- Res 556/15
soluções CONTRAN 333, de 06.11.2009, 516 de
29.01.2015 e 521, de 25.03.2015, de forma a
prorrogar o prazo fixado para a substituição dos
extintores de incêndio com carga de pó BC pe-
los extintores de incêndio com carga de pó ABC.
537 17.06.15 19.06.15 Dispõe sobre a implantação do Sistema Nacio- Em vigor 414
nal de Identificação Automática de Veículos – Revoga Res.
SINIAV em todo o território nacional. 412/2012 e
433/2013
538 17.06.15 23.06.15 Suspende a vigência da Resolução CONTRAN Em vigor
511, de 27.11.2014, que regulamenta a produ-
ção e expedição da Carteira Nacional de Habili-
tação e da Permissão para Dirigir.
539 Revogada Revogada Suspende a vigência da Resolução CONTRAN Revogada pela
512, de 27.11.2014, que altera os modelos e Res. 651/17
especificações do Certificado de Registro de Veí-
culo – CRV e do Certificado de Registro e Li-
cenciamento de Veículo – CRLV, sua produção
e expedição.
540 15.07.15 23.07.15 Dispõe sobre o conjunto roda e pneu sobressa- Em vigor 414
lente de uso temporário e sistemas alternativos. Alterada pela
Res. 719/17
541 15.07.15 17.07.15 Acrescenta o § 4º ao art. 1º da Resolução CON- Em vigor
TRAN 277, de 28.05.2008, de forma a tornar
obrigatória a utilização do dispositivo de reten-
ção para o transporte de crianças nos veículos
escolares.
542 15.07.15 17.07.15 Prorroga o prazo concedido aos profissionais de Em vigor
que trata o § 1º do art. 46 da Resolução CON-
TRAN 358.
543 15.07.15 20.07.15 Altera a Resolução CONTRAN 168, de 14.12.2004, Em vigor
com a redação dada pela Resolução CONTRAN
493, de 05.06.2014, que trata das normas e pro-
cedimentos para a formação de condutores de
veículos automotores e elétricos.
544 19.08.15 21.08.15 Estabelece a classificação de danos decorren- Em vigor a 416
tes de acidentes, os procedimentos para a re- partir de
gularização, transferência e baixa dos veículos 01.01.2017,
envolvidos. sucedendo a
Res. 362/10,
cfe Res. 609/16
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 123

545 19.08.15 21.08.15 Declara revogada a Resolução CONTRAN 675, Em vigor


de 1986.
546 19.08.15 21.08.15 Inclui o parágrafo único na Resolução CONTRAN Em vigor
4, de 1998, que dispõe sobre o trânsito de veí-
culos novos, nacionais ou importados, antes do
registro e licenciamento.
547 19.08.15 21.08.15 Dispõe sobre a padronização do procedimento Em vigor 434
administrativo para identificação do infrator res-
ponsável pela infração de excesso peso e dimen-
sões de veículos e dá outras providências.
548 Revogada Revogada Dispõe sobre os requisitos dos sistemas de ilu- Revogada pela
minação e de sinalização para motocicletas, mo- Res. 681/17
tonetas, ciclomotores, triciclos e quadriciclos.
549 Revogada Revogada Dispõe sobre os requisitos técnicos dos espe- Revogada pela
lhos retrovisores destinados para motocicletas, Res. 682/17
motonetas, ciclomotores, triciclos e quadriciclos.
550 17.09.15 18.09.15 Estabelece em caráter experimental conforme Em vigor 436
Republi- Resolução do CONTRAN 348/10, que estabele-
cada em ce o procedimento e os requisitos para aprecia-
21.09.15 ção dos equipamentos de trânsito e de sinali-
zação não previstos no Código de Trânsito Bra-
sileiro – CTB.
551 17.09.15 18.09.15 Disciplina o uso do cinto de segurança em veí- Em vigor
culos de uso bélico.
552 17.09.15 18.09.15 Fixa os requisitos mínimos de segurança para Em vigor 441
amarração das cargas transportadas em veícu- Alterada pelas
los de carga. Res. 588/16,
631/16 e 676/17
553 Revogada Revogada Altera a Resolução CONTRAN 510, de 27.11.2014, Revogada pela
de forma a suspender seu Anexo I. Res. 729/18
554 17.09.15 18.09.15 Altera o art. 4º da Resolução CONTRAN 4, de Em vigor
23.01.1998, que dispõe sobre o trânsito de veí-
culos novos nacionais ou importados, antes do
registro e licenciamento, com redação dada pe-
las Resoluções CONTRAN 487, de 07.05.2014
e 546, de 19.08.2015.
555 17.09.15 18.09.15 Dispõe sobre o registro e licenciamento de ci- Em vigor 444
clomotores e ciclo-elétricos no Registro Nacio- Alterada pela
nal de Veículos Automotores – RENAVAM. Res. 582/16
556 17.09.15 18.09.15 Torna facultativo o uso do extintor de incêndio Altera o art. 1º,
para os automóveis, utilitários, camionetas, ca- art. 7º e o art.
minhonetes e triciclos de cabine fechada. 9º, altera o § 2º
e acrescenta o
§ 3º ao art. 8º,
da Resolução
CONTRAN 157,
de 22.04.2004
e revoga o item
20, do inciso I,
da art. 1º da
Resolução
CONTRAN 14
de 1998.
124 Ordeli Savedra Gomes

557 15.10.15 21.10.15 Altera os incs. I e II do art. 16 da Res. 182, de Altera os incs. I
09.09.2005, que dispõe sobre uniformização do e II do art. 16
procedimento administrativo para imposição das da Res. 182, de
penalidades de suspensão do direito de dirigir e 09.09.2005.
de cassação da Carteira Nacional de Habilitação.
558 15.10.15 21.10.15 Dispõe sobre o acesso da Língua Brasileira de Em vigor
Sinais – LIBRAS, para o candidato e condutor
com deficiência auditiva quando da realização de
cursos e exames nos processos referentes à
Carteira Nacional de Habilitação – CNH.
559 15.10.15 21.10.15 Suspende os Efeitos das Resoluções CONTRAN Suspende os
245, de 27.07.2007 e 485, de 07.05.2014 e Efeitos das Res.
do art. 4º da Resolução CONTRAN 330, de 245 de
14.08.2009, que dispõem sobre a instalação e 27.07.2007 e
o cronograma de instalação de equipamento 485, de
obrigatório denominado antifurto, nos veículos 07.05.2014, e
novos saídos de fábrica, nacionais e estrangei- do art. 4º da
ros. Res. 330 de
14.08.2009
560 15.10.15 21.10.15 Dispõe sobre a integração dos órgãos e entida- Em vigor 445
des executivos de trânsito e rodoviários muni-
cipais ao Sistema Nacional de Trânsito.
561 15.10.15 24.11.15 Aprova o Manual Brasileiro de Fiscalização de Em vigor
Trânsito, Volume II – Infrações de competência Os órgãos e en-
dos órgãos e entidades executivos estaduais tidades executi-
de trânsito e rodoviários. vos estaduais de
trânsito e rodo-
viários compo-
nentes do Siste-
ma Nacional de
Trânsito deverão
adequar seus
procedimentos
em até 90 (no-
venta) dias, a
contar da data
de publicação
desta Resolução.
Manual Brasi-
leiro de Fiscali-
zação de Trân-
sito – Volume II
(Fichas alteradas
pela Res. 561)
Anexo “B” será
revogado em
01.01.2023, pela
Res. 667/17
562 Revogada Revogada Estabelece a data de 01.02.2017 para o início Revogada pela
da fiscalização do uso do dispositivo de reten- Res. 639/16
ção para o transporte de crianças com até sete
anos e meio de idade nos veículos de transporte
escolar, na forma prevista pela Resolução CON-
TRAN 277, de 28.05.2008.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 125

563 25.11.15 27.11.15 Dispõe sobre o sistema de segurança para a cir- Em vigor 446
culação de veículos e implementos rodoviários Alterada pela
do tipo carroceria basculante. Res. 647/17
564 25.11.15 27.11.15 Fixa os requisitos de segurança para a circulação Em vigor 447
de veículos transportadores de contêineres.
565 25.11.15 27.11.15 Altera a Resolução CONTRAN 62, de 21.05.1998. Em vigor
566 25.11.15 27.11.15 Estabelece o Regime de Infrações e Sanções Em vigor
Aplicáveis, por descumprimento dos limites de
peso, aos veículos de transporte rodoviário in-
ternacional de cargas e coletivo de passageiros
no âmbito do MERCOSUL.
567 16.12.15 18.12.15 Dispõe sobre a obrigatoriedade do uso do sis- Em vigor 449
tema de controle de estabilidade, nos veículos
M1 e N1 novos saídos de fábrica, nacionais e
importados.
568 Revogada Revogada Dispõe sobre o emprego de película retrorrefle- Revogada pela
tiva em veículos. Res. 643/16
569 16.12.15 18.12.15 Dispõe sobre alteração na Resolução CONTRAN Altera a Resolu-
273, de 2008. ção CONTRAN
273/08.
570 16.12.15 18.12.15 Define a abrangência do termo “veículo de uso Em vigor 450
bélico” e seus reflexos na fiscalização, identifi-
cação, registro, controle e uso de padrões de
pintura camuflada, no âmbito do CTB e revoga
a Res. 797/95
571 16.12.15 24.12.15 Altera dispositivos da Resolução CONTRAN 358, Altera disposi-
de 13.08.2010, que trata de procedimentos de tivos da Resolu-
credenciamento de instituições ou entidades pú- ção CONTRAN
blicas ou privadas voltadas ao aprendizado de 358
candidatos e condutores, e dá outras providên-
cias.
572 16.12.15 18.12.15 Altera o Anexo II da Resolução CONTRAN 168, Altera o Anexo
de 14.12.2004, que trata dos cursos para habi- II da Res. 168
litação de condutores de veículos automotores
e dá outras providências.
573 16.12.15 18.12.15 Estabelece os requisitos de segurança e circu- Em vigor 451
lação de veículos automotores denominados
quadriciclos e revoga Res. 700/88.
574 16.12.15 18.12.15 Altera o § 2º do art. 12 da Resolução CON- Altera o § 2º do
TRAN 404, de 2012, que dispõe sobre a padro- art. 12 da Reso-
nização dos procedimentos administrativos na lução CONTRAN
lavratura de Auto de Infração, na expedição de 404, de 2012
notificação de autuação e de notificação de pe-
nalidade de multa e de advertência, por infra-
ção de responsabilidade de proprietário e de
condutor de veículo e da identificação de con-
dutor infrator e dá outras providências.
575 16.12.15 18.12.15 Revoga a Deliberação CONTRAN 116, de 2011, Revoga a Deli-
e restabelece os efeitos da Resolução CON- beração CON-
TRAN 370, de 2011, que dispõe sobre o Dispo- TRAN 116, de
sitivo Auxiliar de Identificação Veicular. 18.10.2011
126 Ordeli Savedra Gomes

576 24.02.16 26.02.16 Dispõe sobre o intercâmbio de informações, en- Revoga a Res. 453
tre órgãos e entidades executivos de trânsito 145/03
dos Estados e do Distrito Federal e os demais
órgãos e entidades executivos de trânsito e
executivos rodoviários da União, dos Estados,
Distrito Federal e dos Municípios que com-
põem o Sistema Nacional de Trânsito e dá ou-
tras providências.
577 24.02.16 26.02.16 Altera a Resolução CONTRAN 210, de 13.11.2006, Altera a Res.
que estabelece os limites de peso e dimensões 210/06
para veículos que transitem por vias terrestres.
578 24.02.16 29.02.16 Autoriza a condução de veículos automotores, Em vigor
em todo território nacional, por condutores habi-
litados oriundos de países estrangeiros, duran-
te o período dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos
Rio 2016.
579 24.02.16 29.02.16 Referendar a Deliberação 146, de 05.01.2016, Altera a Res.
altera o art. 47A, acrescentado pela Resolução 358/10
CONTRAN 571, de 16.12.2015, na Resolução
CONTRAN 358, de 13.08.2010, que trata de
procedimentos de credenciamento de institui-
ções ou entidades públicas ou privadas voltadas
ao aprendizado de candidatos e condutores, e
dá outras providências.
580 24.02.16 29.02.16 Acrescenta parágrafo único no art. 9º da Reso- Altera a Res.
lução CONTRAN 254, de 26.10.2007, que es- 254/07
tabelece requisitos para os vidros de seguran-
ça e critérios para aplicação de inscrições, pic-
togramas e películas nas áreas envidraçadas
dos veículos automotores, de acordo com o inc.
III, do art. 111 do Código de Trânsito Brasileiro
– CTB.
581 23.03.16 24.03.16 Alterar a Resolução CONTRAN 24, de 21.05.1998, Em vigor
que estabelece o critério de identificação de veí-
culos, a que se refere o art. 114, do CTB.
582 23.03.16 24.03.16 Alterar o art. 5º da Resolução CONTRAN 555, Em vigor
de 17.09.2015.
583 Revogada Revogada Altera a Resolução CONTRAN 425, de 27.11.2012, Revogada pela
que dispõe sobre o exame de aptidão física e Res. 691/17
mental, a avaliação psicológica e o credencia-
mento das entidades públicas e privadas de que
tratam o art. 147, I e §§ 1º a 4º e o art. 148 do
Código de Trânsito Brasileiro – CTB.
584 Revogada Revogada Estabelece o registro nacional de veículos em Revogada pela
estoque – RENAVE. Res. 655/17
585 23.03.16 24.03.16 Dispõe sobre os requisitos de segurança, iden- Em vigor 454
tificação, habilitação dos condutores e sinaliza-
ção viária para os Veículos Leves sobre Trilhos
– VLT.
586 Revogada Revogada Estabelece o Regimento Interno das Câmaras Revogada pela
Temáticas. Res. 777/19
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 127

587 23.03.16 29.03.16 Estabelece critérios para o registro de tratores Revoga as Res.
destinados a puxar ou arrastar maquinaria de 344/10, 429/12,
qualquer natureza ou a executar trabalhos agrí- 434/13, 447/13,
colas e de construção, de pavimentação ou guin- 475/14 e 513/14
dastes (máquinas de elevação).
588 Revogada Revogada Altera a Resolução CONTRAN 552, de 17.09.2015, Revogada pela
que fixa os requisitos mínimos de segurança para Res. 631/16
amarração das cargas transportadas em veícu-
los de carga.
589 23.03.16 29.03.16 Altera a Resolução CONTRAN 349, de 17.05.2010. Altera a Res.
349/10
590 Revogada Revogada Estabelece sistema de Placas de Identificação Revogada pela
de Veículos no padrão disposto na Resolução Res. 729/18
MERCOSUL do Grupo Mercado Comum 33/14.
591 24.05.16 27.05.16 Altera a Resolução CONTRAN 293, de 29.09.2008. Altera a Res.
293/08.
Será revogada
pela Res.
701/17, em
01.01.2019
592 24.05.16 27.05.16 Inclui o inciso VII no art. 2º da Res. 14, de Altera a Res.
06.02.1998, do CONTRAN. 014/98
593 24.05.16 30.05.16 Estabelece as especificações técnicas para a Revoga as Res. 457
fabricação e a instalação de para-choques tra- 805/95 e 152/03
seiros nos veículos de fabricação nacional ou Alterada pelas
importados das categorias N2, N3, O3 e O4. Res. 645/16 e
674/17
594 Revogada Revogada Altera a Resolução CONTRAN 63, de 21.05.1998, Revogada pela
que dispõe sobre o licenciamento e o registro Res. 699/17
de veículos de fabricação artesanal.
595 24.05.16 27.05.16 Altera a Resolução CONTRAN 221, de 11.01.2007, Altera a Res.
que estabelece requisitos de proteção aos ocu- 221/07
pantes e integridade do sistema de combustí-
vel decorrente de impacto nos veículos.
596 24.05.16 27.05.16 Altera a Resolução CONTRAN 380, de 28.04.2011, Altera a Res.
que dispõe sobre a obrigatoriedade do uso do 380/11
Sistema Antitravamento das Rodas (ABS).
597 24.05.16 27.05.16 Altera a Resolução CONTRAN 311, de 03.04.2009, Altera a Res.
que dispõe sobre a obrigatoriedade do uso do 311/09
equipamento suplementar de segurança passi-
va – Air Bag, na parte frontal dos veículos novos
saídos de fábrica, nacionais e importados.
598 24.05.16 27.05.16 Regulamenta a produção e a expedição da Car- Em 01.01.2019, 464
teira Nacional de Habilitação, com novo leiaute será revogada
e requisitos de segurança. pela Res. 718/17
Alterada pelas
Res. 650/17;
668/17; 679/17;
684/17; 687/17
e 727/18
128 Ordeli Savedra Gomes

599 Revogada Revogada Altera os modelos e especificações do Certifi- Esta Resolução


cado de Registro de Veículo – CRV e do Certifi- entrou em vigor
cado de Registro e Licenciamento de Veículo – no dia
CRLV e sua produção e expedição. 01.01.2017,
revogando as
Res. 664/86;
766/93; 016/98;
061/98; 187/06;
512/14 e 539/15.
Revogada pela
Deliberação
154/16, referen-
dada pela Res.
651/17
600 24.05.16 27.05.16 Estabelece os padrões e critérios para a insta- Revoga as Res. 473
lação de ondulação transversal (lombada física) 039/98 e 336/09
em vias públicas, disciplinada pelo parágrafo
único do art. 94 do Código de Trânsito Brasilei-
ro e proíbe a utilização de tachas, tachões e dis-
positivos similares implantados transversalmen-
te à via pública.
601 24.05.16 27.05.16 Estabelece os critérios e padrões para a insta- Em vigor 475
lação de sonorizador nas vias públicas, disci-
plinados pelo parágrafo único do art. 94 do Có-
digo de Trânsito Brasileiro – CTB.
602 24.05.16 27.05.16 Dispõe sobre notificação e cobrança de multa Altera a Res.
por infração de trânsito praticada com veículo 382/11
licenciado no exterior em trânsito no território
nacional.
603 Revogada Revogada Altera o art. 1º e acrescenta o § 7º ao mesmo ar- Revogada pela
tigo, da Resolução CONTRAN 305, de 06.03.2009. Res. 735/18
604 Revogada Revogada Altera a Resolução CONTRAN 258, de 30.11.2007. Revogada pela
Deliberação
182/20
605 24.05.16 27.05.16 Substitui os Anexos I e II da Resolução CON- Altera a Res.
TRAN 402, de 26.04.2012. 402/12
606 24.05.16 30.05.16 Acrescenta o parágrafo único ao art. 3º da Re- Altera a Res.
solução CONTRAN 509, de 27.11.2014, a fim 509/14
de permitir a aplicação do sistema antitrava-
mento das rodas (ABS) em uma ou mais rodas
nas motocicletas, motonetas, triciclos e quadri-
ciclos com cilindrada inferior a 300 cc ou, no ca-
so de elétricos, com potência abaixo de 22 kW.
607 24.05.16 27.05.16 Estabelece o Registro Nacional de Acidentes e Revoga a Res. 477
Estatísticas de Trânsito – RENAEST e dá outras 208/06
providências.
608 24.05.16 30.05.16 Acrescenta o art. 12-A e parágrafo único a Re- Altera a Res.
solução 210, de 13.11.2006, do Conselho Na- 210/06
cional de Trânsito – CONTRAN, que estabelece
os limites de peso e dimensões para veículos
que transitam por vias terrestres e dá outras
providências.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 129

609 24.05.16 27.05.16 Estabelece período de transição para os siste- Revoga no dia
mas de registros de acidentes dos órgãos e en- 01.01.2017 a
tidades do Sistema Nacional de Trânsito. Res. 362/10
610 24.05.16 27.05.16 Altera os arts. 6º e 8º, os Anexos I, II, III e IV, e Altera a Res.
acrescenta o Anexo V na Resolução CONTRAN 520/15
520 de 29.01.2015.
611 24.05.16 27.05.16 Regulamenta a Lei 12.977, de 20.05.2014, que Revoga a Res. 478
regula e disciplina a atividade de desmontagem 530/15
de veículos automotores terrestres, altera o Altera a Res.
§ 4º do art. 1º da Resolução CONTRAN 11, de 011/98
23.01.1998, e dá outras providências.
612 06.09.16 08.09.16 Declara revogadas as Resoluções CONTRAN 561, Revoga as Res.
de 1980, 599, de 1982, 603, de 1982, 666, de 561/80; 599/82;
1986, 673, de 1986, 733, de 1989 e 791, de 603/82; 666/86;
1994. 673/86; 733/89
e 791/94
613 06.09.16 08.09.16 Revoga a Resolução CONTRAN 136, de Revoga a Res.
02.04.2002, que dispõe sobre os valores das 136/02
multas de infração de trânsito.
614 06.09.16 08.09.16 Acrescenta o inc. VII ao § 1º, do art. 3º, da Re- Altera a Res.
solução CONTRAN 268, de 15.02.2008, que dis- 268/08
põe sobre o uso de luzes intermitentes ou rota-
tivas em veículos, e dá outras providências.
615 Revogada Revogada Altera a Resolução CONTRAN 211, de 13.11.2006, Revogada pela
que estabelece os requisitos necessários para Res. 635/16
circulação de Combinações de Veículos de Carga.
616 06.09.16 08.09.16 Altera a Resolução CONTRAN 370, de 10.12.2010, Altera a Res.
tornando facultativo o uso do Dispositivo Auxi- 370/10
liar de Identificação Veicular.
617 Revogada Revogada Altera o art. 2º e o art. 15 do Regimento Interno Revogada pela
das Câmaras Temáticas do CONTRAN, instituído Res. 777/19
pela Resolução CONTRAN 586. de 23.03.2016.
618 06.09.16 08.09.16 Altera o art. 1-A da Resolução CONTRAN 441, Altera a Res.
de 28.05.2013, com redação dada pela Resolu- 441/13
ção CONTRAN 499, de 28.08.2014.
619 06.09.16 08.09.16 Estabelece e normatiza os procedimentos para Alterada pelas 484
a aplicação das multas por infrações, a arreca- Res. 697/17 e
dação e o repasse dos valores arrecadados, nos 736/18
termos do inc. VIII do art. 12 da Lei 9.503, de
23.09.1997, que institui o Código de Trânsito
Brasileiro – CTB, e dá outras providências.
620 Revogada Revogada Altera os incs. I, II e III, do art. 7º, da Resolução Revogada pela
CONTRAN 590, de 24.05.2016, que estabele- Res. 729/18
ceu o sistema de Placas de Identificação de veí-
culos no padrão disposto na Resolução MER-
COSUL do Grupo Mercado Comum 33/14.
621 06.09.16 08.09.16 Altera o prazo estabelecido pelo art. 47-A da Altera a Res.
Resolução CONTRAN 358, de 13.08.2010, com 358/13
redação dada pela Resolução CONTRAN 579, de
24.02.2016.
130 Ordeli Savedra Gomes

622 06.09.16 08.09.16 Estabelece o Sistema de Notificação Eletrônica. Esta Resolução 492
entrou em vigor
no dia
01.11.2016
revogando a
Res. 488/14.
Alterada pela
Res. 636/16
623 06.09.16 08.09.16 Dispõe sobre a uniformização dos procedimen- Esta Resolução 494
tos administrativos quanto à remoção, custódia entrou em vigor
e para a realização de leilão de veículos remo- no dia
vidos ou recolhidos a qualquer título, por órgãos 01.11.2016, em
e entidades componentes do Sistema Nacional relação ao § 8º
de Trânsito – SNT, nos termos dos arts. 271 e do art. 4º; à
328, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu alínea “b” do
o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e dá ou- inc. I do art. 7º;
tras providências. e aos §§ 1º e 2º
do art. 13
Revoga as
Resoluções
053/98; 331/09
e 449/13
624 19.10.16 21.10.16 Regulamenta a fiscalização de sons produzidos Revoga a Res. 503
por equipamentos utilizados em veículos, a que 204/06
se refere o art. 228, do Código de Trânsito Bra-
sileiro.
625 19.10.16 21.10.16 Altera o art. 2º-A, da Resolução CONTRAN 210, Revoga a Deli-
de 13.11.2006, com redação dada pela Resolu- beração CON-
ção CONTRAN 502, de 23.09.2014. TRAN 151/16
626 19.10.16 21.10.16 Estabelece os requisitos de segurança para os Em vigor 504
veículos de transporte de presos e dá outras pro-
vidências.
627 Revogada Revogada Altera a Resolução CONTRAN 341, de 25.02.2010, Revogada pela
que criou a Autorização Específica (AE). Res. 734/18
628 30.11.16 30.11.16 Altera a Resolução CONTRAN 210, de 13.11.2006, Altera a Res.
que estabelece os limites de peso e dimensões 210/06
para veículos que transitem por vias terrestres
e dá outras providências.
629 30.11.16 30.11.16 Altera e substitui os Anexos II e III da Resolu- Altera a Res.
ção CONTRAN 445, de 25.06.2013, que estabe- 445/13
lece os requisitos de segurança para veículos
de transporte público coletivo de passageiros e
transporte de passageiros tipos micro-ônibus e
ônibus, categoria M3 de fabricação nacional e
importado, e dá outras providências.
630 30.11.16 30.11.16 Estabelece os requisitos para o trânsito de Com- Em vigor 504
posições de Veículos de Carga Remontadas (CVR).
631 30.11.16 30.11.16 Altera a Resolução CONTRAN 552, de 17.09.2015, Altera a Res.
que fixa os requisitos mínimos de segurança 552/15
para amarração das cargas transportadas em Revoga a Res.
veículos de carga. 588/16
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 131

632 30.11.16 02.12.16 Estabelece procedimentos para a prestação de Alterada pelas 507
serviços por Instituição Técnica Licenciada (ITL) e Res. 669/17,
Entidade Técnica Pública ou Paraestatal (ETP), 693/17
para emissão do Certificado de Segurança Vei- Revoga as Res.
cular (CSV), de que trata o art. 106 do Código 232/07, 237/07
de Trânsito Brasileiro (CTB). e 266/07
633 30.11.16 30.11.16 Acrescenta o § 13 ao art. 8º da Resolução CON- Altera a Res.
TRAN 358, de 13.08.2010, que trata de proce- 358/10
dimentos de credenciamento de instituições ou
entidades públicas ou privadas voltadas ao
aprendizado de candidatos e condutores, e dá
outras providências.
634 30.11.16 30.11.16 Estabelece critérios para a regularização do nú- Em vigor 515
mero de identificação veicular que não atende à
legislação brasileira para registro no RENAVAM.
635 30.11.16 02.12.16 Altera a Resolução CONTRAN 211, de 13.11.2006, Altera a Res.
que estabelece requisitos necessários para cir- 211/06 e
culação de Combinações de Veículos de Carga. revoga as Res.
438/13 e 615/16
636 30.11.16 30.11.16 Altera a Resolução CONTRAN 622, de 06.09.2016, Altera a Res.
que estabelece o Sistema de Notificação Ele- 622/16
trônica – SNE.
637 30.11.16 30.11.16 Dispõe sobre a organização e o funcionamento Alterada pela 516
do Registro Nacional de Infrações de Trânsito – Del. 161 e pela
RENAINF, de que trata o inc. XXX do art. 19 do Res. 677/17
Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e dá ou- Revoga as Res.
tras providências. 155/04; 335/09
e 524/15
638 30.11.16 30.11.16 Dispõe sobre as formas de aplicação da receita Revoga a Res. 519
arrecadada com a cobrança das multas de trân- 191/06
sito, conforme previsto no caput do art. 320 da Alterada pela
Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código Res. 660/17 e
de Trânsito Brasileiro – CTB. pela Del. 160/17
639 30.11.16 30.11.16 Suspende a exigência prevista no § 4º do art. Altera a Res.
1º da Resolução CONTRAN 277, de 28.05.2008, 277/08 e
com redação dada pela Resolução CONTRAN revoga a Res.
541, de 15.07.2015, de utilização de dispositi- 562/15
vo de retenção para o transporte de crianças
com até sete anos e meio de idade em veículos
utilizados no transporte escolar.
640 14.12.16 14.12.16 Altera a Resolução CONTRAN 211, de 13.11.2006, Altera a Res.
que estabelece requisitos necessários para cir- 211/06 após
culação de Combinações de Veículos de Carga 90 dias da data
(CVC). de publicação
desta portaria
641 14.12.16 14.12.16 Dispõe sobre a obrigatoriedade do uso do Sis- Em vigor 522
tema de Controle de Estabilidade, nos veículos
M2, M3, N2, N3, O3 e O4 novos saídos de fá-
brica, nacionais e importados.
642 14.12.16 14.12.16 Acresce o parágrafo único ao art. 5º da Reso- Altera a Res.
lução CONTRAN 468, de 11.12.2013, que dis- 468/13
põe sobre acionadores energizados para jane-
las energizadas, teto solar e painel divisor de
veículos automotores e dá outras providências.
132 Ordeli Savedra Gomes

643 14.12.16 14.12.16 Dispõe sobre o emprego de película retrorrefle- Em vigor a 524
tiva em veículos. partir de
01.06.2017,
revoga a Res.
568/15
644 14.12.16 14.12.16 Altera a tabela da alínea “a” do subitem 4.2 Altera a Res.
do Anexo IX da Resolução CONTRAN 445, de 445/13
25.06.2013, que estabelece os requisitos de
segurança para veículos de transporte público
coletivo de passageiros tipos micro-ônibus e
ônibus da categoria M3.
645 14.12.16 14.12.16 Altera o Anexo I da Resolução CONTRAN 593, Altera a Res.
de 24.05.2016, que estabelece as especifica- 593/16
ções de fabricação e instalação de para-cho-
ques traseiros nos veículos de fabricação ou
importados das categorias N2, N3, O3 e O4.
646 14.12.16 19.12.16 Altera a tabela da alínea “a” do subitem 4.2 Altera a Res.
do Anexo IX da Resolução CONTRAN 416, de 416/12
09.08.2012, que estabelece os requisitos de se-
gurança para veículos de transporte coletivo de
passageiros tipo micro-ônibus da categoria M2.
647 Revogada Revogada Referendar a Deliberação 158, de 28.12.2016, Revogada pela
que suspende a expedição do Certificado de Res. 694/17
Segurança Veicular (CSV) de que trata o pará-
grafo único do art. 5º da Resolução CONTRAN
563, de 25.11.2015.
648 Revogada Revogada Referendar a Deliberação 159, de 28.12.2016, Revogada pela
que suspende a expedição do Certificado de Res. 734/18
Segurança Veicular (CSV) de que trata o inc.
IV do art. 1º da Resolução CONTRAN 341, de
25.02.2010.
649 Revogada Revogada Referendar a Deliberação 156, de 28.12.2016, Revogada pela
que suspende a vigência do disposto no § 2º Res. 695/17
do art. 31 da Resolução CONTRAN 632, de
30.11.2016.
650 10.01.17 11.01.17 Referendar a Deliberação 153, de 21.12.2016, Em vigor
que altera a Resolução CONTRAN 598, de
24.05.2016, que regula a produção e a expedi-
ção da Carteira Nacional de Habilitação, com
novo leiaute e requisitos de segurança.
651 10.01.17 11.01.17 Referendar a Deliberação 154, de 21.12.2016, Em vigor
que revoga a Resolução CONTRAN 599, de
24.05.2016, que altera os modelos e especifi-
cações do Certificado de Registro de Veículo
(CRV) e do Certificado de Registro e Licencia-
mento de Veículo (CRLV) e sua produção e ex-
pedição.
652 Revogada Revogada Altera o art. 18 do Regimento Interno do CON- Revogada pela
TRAN, aprovado pela Resolução 446, de Res. 776/19
25.06.2013.
653 10.01.17 11.01.17 Referendar a Deliberação 155, de 22.12.2016, Em vigor
que altera o art. 43-A da Resolução CONTRAN
358, de 13.08.2010.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 133

654 10.01.17 11.01.17 Aprovar, na forma do Anexo desta Resolução, Em vigor


o tema e cronograma das Campanhas Educati-
vas de Trânsito para 2017.
655 Revogada Revogada Estabelece o Registro Nacional de Veículos em Revogada pela
Estoque – RENAVE e dá outras providências. Res. 678/17
Revoga a Res.
584/16
656 Revogada Revogada Referendar a Deliberação 157, de 28.12.2016, Revogada pela
que suspende a expedição do Certificado de Res. 696/17
Segurança Veicular (CSV) de que trata o pará-
grafo único do art. 3º da Resolução CONTRAN
508, de 27.11.2014.
657 14.02.17 15.02.17 Altera o § 1º do art. 6º da Resolução CONTRAN Altera a Res.
509, de 27.11.2014. 509/14
658 14.02.17 15.02.17 Altera o § 2º do art. 33 da Resolução CONTRAN Altera a Res.
358, de 13.08.2010. 358/10
659 14.02.17 15.02.17 Altera o art. 33 e o inc. IV do item 6 do Anexo II Altera a Res.
da Resolução CONTRAN 168, de 14.12.2004. 168/04
660 28.03.17 30.03.17 Referendar a Deliberação 160, de 20.02.2017, que Altera a Res.
altera a Resolução CONTRAN 638, de 30.11.2016. 638/16
661 28.03.17 30.03.17 Altera a Resolução CONTRAN 11, de 23.01.1998, Altera a Res.
que estabelece critérios para a baixa de regis- 011/98
tro de veículos a que se referem, bem como os
prazos para efetivação.
662 19.04.17 20.04.17 Altera o item 3 do Anexo II da Resolução CON- Altera a Res.
TRAN 211, de 13.11.2006, com redação dada 211/06
pela Resolução CONTRAN 635, de 30.11.2016,
que estabelece os requisitos necessários para
circulação de Combinações de Veículos de Car-
ga – CVC.
663 19.04.17 20.04.17 Altera a Resolução CONTRAN 211, de 13.11.2006, Altera a Res.
que estabelece requisitos necessários para cir- 211/06
culação de Combinações de Veículos de Carga
(CVC).
664 18.05.17 22.05.17 Altera o art. 1º-A da Resolução CONTRAN 441, Altera a Res.
de 28.05.2013, com redação dada pela Resolu- 441/13
ção CONTRAN 618, de 06.09.2016, e acres-
centa o art. 1º-B à Resolução CONTRAN 441,
de 28.05.2013.
665 18.05.17 22.05.17 Altera o Anexo da Resolução CONTRAN 290, Altera a Res.
de 29.08.2008. 290/08
666 18.05.17 22.05.17 Dispõe sobre a fiscalização do sistema de con- Em vigor 525
trole de emissão de poluentes de veículos diesel
pesados, ou seja, com PBT acima de 3856 kg,
produzidos a partir de 2012.
667 18.05.17 22.05.17 Estabelece as características e especificações Em vigor, pro- 527
técnicas dos sistemas de sinalização, ilumina- duzindo efeitos
ção e seus dispositivos aplicáveis a automó- a partir de
veis, camionetas, utilitários, caminhonetes, ca- 01.01.2021.
minhões, caminhões tratores, ônibus, micro-ôni- Ficam revoga-
bus, reboques e semirreboques, novos saídos das a partir de
de fábrica, nacionais ou importados e dá outras 01.01.2023, as
providências. Res. 227/07,
294/08, 383/11,
134 Ordeli Savedra Gomes

436/13, e o
Anexo B da
Res. 561/15.
Alterada pela
Res. 761/18
668 18.05.17 22.05.17 Referendar a Deliberação 162, de 27.04.2017, Altera a Res.
que altera a Resolução CONTRAN 598, de 598/16
24.05.2016, que regula a produção e a expedi-
ção da Carteira Nacional de Habilitação, com
novo leiaute e requisitos de segurança.
669 18.05.17 22.05.17 Altera o art. 28 e o Anexo da Resolução CON- Altera a Res.
TRAN 632, de 30.11.2016, que estabelece pro- 632/16
cedimentos para a prestação de serviços por
Instituição Técnica Licenciada (ITL) e Entidade
Técnica Pública ou Paraestatal (ETP), para emis-
são do Certificado de Segurança Veicular (CSV),
de que trata o art. 106 do Código de Trânsito
Brasileiro (CTB).
670 18.05.17 22.05.17 Disciplina o processo administrativo de troca Esta Resolução 529
de placas de identificação de veículos automo- entra em vigor
tores em caso de clonagem. em 90 (noven-
ta) dias da sua
publicação
671 21.06.17 26.06.17 Acrescenta o parágrafo único ao art. 3º da Re- Altera a Res.
solução CONTRAN 360, de 29.09.2010. 360/10
672 21.06.17 26.06.17 Estabelece procedimentos a serem adotados Entra em vigor 531
nos casos em que os tributos, encargos e mul- em 90 (noventa)
tas do veículo estejam sob investigação de te- dias a contar da
rem sido pagos mediante fraude. data de sua
publicação
673 21.06.17 26.06.17 Dispõe sobre a proibição de instalação e de Revoga a Res. 531
utilização do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) 677/86
como combustível nos veículos automotores.
674 21.06.17 26.06.17 Altera a Resolução CONTRAN 593, de 24.05.2016, Altera a Res.
que estabelece as especificações técnicas para 593/16
a fabricação e a instalação de parachoques tra-
seiros nos veículos de fabricação nacional ou
importados das categorias N2, N3, O3 e O4.
675 21.06.17 26.06.17 Dispõe sobre o transporte de animais de pro- Em vigor
dução ou interesse econômico, esporte, lazer e Alterada pela
exposição. Deliberação
177/19
676 21.06.17 26.06.17 Altera a Resolução CONTRAN 552, de 17.09.2015, Altera a Res.
que fixa os requisitos mínimos de segurança 552/15
para amarração das cargas transportadas em
veículos de carga.
677 21.06.17 26.06.17 Referendar a Deliberação 161, de 27.04.2017, Altera a Res.
que altera a Resolução CONTRAN 637, de 637/16
30.11.2016, que dispõe sobre a organização e
o funcionamento do Registro Nacional de Infra-
ções de Trânsito – RENAINF.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 135

678 21.06.17 26.06.17 Estabelece o Registro Nacional de Veículos em Revoga a Res.


Estoque – RENAVE e dá outras providências. 655/17
Em vigor na
data de sua
publicação em
relação aos
arts. 1º ao 6º e
39 e no dia
01.09.2017, em
relação aos
demais artigos
679 25.07.17 26.07.17 Altera o inc. V do art. 8º da Resolução CONTRAN Altera a Res.
598, de 24.05.2016. 598/16
680 25.07.17 26.07.17 Altera a Resolução CONTRAN 453, de 26.09.2013, Altera a Res.
que disciplina o uso do capacete para condutor 453/13
e passageiro de motocicletas, motonetas, ciclo-
motores, triciclos e quadriciclos motorizados.
681 25.07.17 26.07.17 Dispõe sobre os requisitos dos sistemas de ilu- Revoga a Res.
minação e de sinalização para motocicletas, mo- 548/15
tonetas, ciclomotores, triciclos e quadriciclos.
682 25.07.17 26.07.17 Dispõe sobre os requisitos técnicos dos espelhos Revoga a Res.
retrovisores destinados para motocicletas, mo- 549/15
tonetas, ciclomotores, triciclos e quadriciclos.
683 25.07.17 26.07.17 Altera a Resolução CONTRAN 168, de 14.12.2004. Altera a Res.
168/04
684 25.07.17 26.07.17 Altera a Resolução CONTRAN 598, de 24.05.2016, Altera a Res.
que regulamenta a produção e a expedição da 598/16
Carteira Nacional de Habilitação, com novo leiau- Revoga as Res.
te e requisitos de segurança. 287/08 e 361/10
685 15.08.17 16.08.17 Altera os itens 6.1, 6.2 e 6.5 do Anexo II da Altera a Res. 532
Resolução CONTRAN 168, de 14.12.2004, e dá 168/04
outras providências.
686 15.08.17 16.08.17 Estabelece os requisitos para circulação de veí- Em vigor em 533
culos inacabados ou incompletos para efeitos 01.01.2018
de trânsito em vias públicas. Revoga a Res.
724/88
687 Revogada Revogada Altera o art. 8º-A, da Resolução CONTRAN 598, Revogada pela
de 24.05.2016, acrescentado pela Resolução Res. 727/18
CONTRAN 684, de 25.07.2017.
688 15.08.17 16.08.17 Estabelece diretrizes para a elaboração do Re- Revoga a Res. 534
gimento Interno, gestão e operacionalização das 244/07
atividades dos Conselhos Estaduais de Trânsito Alterada pelas
(CETRAN) e do Conselho de Trânsito do Distrito Res. 732/18 e
Federal (CONTRANDIFE). 779/19
689 27.09.17 28.09.17 Estabelece o Registro Nacional de Gravames – Revoga as Res; 538
RENAGRAV e dispõe sobre o Registro de Con- 320/09 e 470/13
tratos com cláusula de Alienação Fiduciária em Alterada pelas
operações financeiras, consórcio, Arrendamen- Res. 739/18 e
to Mercantil, Reserva de Domínio ou Penhor, nos 773/19
órgãos ou entidades executivos de trânsito dos
Estados e do Distrito Federal, para anotação no
Certificado de Registro de Veículos – CRV.
136 Ordeli Savedra Gomes

690 27.09.17 28.09.17 Aprova o Volume VII – Sinalização Temporária, Em vigor após
do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. decorridos 180
dias de sua
publicação
691 27.09.17 28.09.17 Dispõe sobre o exame toxicológico de larga ja- Alterada pelas 545
nela de detecção, em amostra queratínica, para Res. 713/17,
a habilitação, renovação ou mudança para as 724/18 e Deli-
categorias C, D e E, decorrente da Lei 13.103, beração 183/20
de 02.03.2015.
692 27.09.17 28.09.17 Altera a Resolução CONTRAN 299, de 04.12.2008. Altera a Res.
299/08
693 27.09.17 28.09.17 Altera o art. 2º da Resolução CONTRAN 632, de Altera a Res.
30.11.2016, que estabelece procedimentos para 632/16
a prestação de serviços por Instituição Técnica
Licenciada (ITL) e Entidade Técnica Pública ou
Paraestatal (ETP), para emissão do Certificado
de Segurança Veicular (CSV), de que trata o art.
106, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
694 27.09.17 28.09.17 Revogar a Resolução CONTRAN 647, de Revoga a Res.
10.01.2017. 647/17
695 27.09.17 28.09.17 Revogar a Resolução CONTRAN 649, de Revoga a Res.
10.01.2017. 649/17
696 27.09.17 28.09.17 Revogar a Resolução CONTRAN 656, de Revoga a Res.
10.01.2017. 656/17
697 10.10.17 18.10.17 Altera a Resolução CONTRAN 619, de Altera a Res.
06.09.2016. 619/16
698 10.10.17 18.10.17 Altera a Resolução CONTRAN 04, de 23.01.1998, Altera a Res.
que dispõe sobre o trânsito de veículos novos 04/98
nacionais ou importados, antes do registro e li-
cenciamento.
699 10.10.17 18.10.17 Disciplina o registro e licenciamento de veículos Revoga as Res.
de fabricação artesanal, nos termos do art. 106 594/16 e
do Código de Trânsito Brasileiro. 063/98
700 10.10.17 18.10.17 Acrescenta o art. 9º-A à Resolução CONTRAN Altera a Res.
211, de 13.11.2006. 211/06
701 10.10.17 18.10.17 Dispõe sobre os requisitos obrigatórios de se- Os requisitos 551
gurança para circulação de veículos que trans- serão exigidos
portem produtos siderúrgicos. a partir de
01.01.2019,
revogando as
Res. 293/08;
494/14 e 591/16
Alterada pela
Res. 767/18
702 10.10.17 18.10.17 Altera a Resolução CONTRAN 520, de 29.01.2015, Em vigor a
que dispõe sobre os requisitos mínimos para a partir de
circulação de veículos com dimensões exce- 01.01.2019
dentes aos limites estabelecidos pelo Conselho Altera a Res.
Nacional de Trânsito (CONTRAN). 520/15 e alte-
rada pelas Res.
728/18 e
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 137

768/18.
Início de vigên-
cia suspenso
pela Deliberação
181/20
703 10.10.17 18.10.17 Estabelece requisitos para o desempenho e a fi- Revoga as Res.
xação de espelhos retrovisores. 226/07 e 43/98
704 10.10.17 18.10.17 Estabelece padrões e critérios para sinalização Altera a Res. 555
semafórica com sinal sonoro para travessia de 160/04
pedestres com deficiência visual.
705 10.10.17 18.10.17 Acrescenta o art. 6º-A à Resolução CONTRAN Altera a Res.
168, de 14.12.2004. 168/04
706 Revogada Revogada Dispõe sobre a padronização dos procedimen- Em vigor dia 1º
tos administrativos na lavratura de auto de in- de março de
fração, na expedição de notificação de autua- 2019, com a
ção e de notificação de penalidades por infra- alteração dada
ções de responsabilidade de pedestres e de ci- pela Res. 731/18
clistas, expressamente mencionadas no Códi- Revogada pela
go de Trânsito Brasileiro – CTB, e dá outras pro- Res. 732/19
vidências.
707 25.10.17 27.10.17 Altera a Resolução CONTRAN 254, de 26.10.2007, Altera a Res.
que estabelece os requisitos para os vidros de 254/07
segurança e os critérios para aplicação de ins-
crições, pictogramas, e películas nas áreas envi-
draçadas dos veículos automotores.
708 25.10.17 27.10.17 Altera a Resolução CONTRAN 463, de 17.07.1973, Altera a Res.
e seu Anexo. 463/73
709 Revogada Revogada Dispõe sobre a publicação na internet dos no- Revogada pela
mes e códigos dos agentes e autoridades de Res. 774/19
trânsito, bem como os convênios de fiscaliza-
ção de trânsito celebrados pelos órgãos e enti-
dades executivos de trânsito.
710 25.10.17 30.10.17 Regulamenta os procedimentos para a imposi- Revoga as Res. 559
Republi- ção da penalidade de multa à pessoa jurídica 151/03, 162/04
cada em proprietária do veículo por não identificação do e 393/11
13.12.17 condutor infrator (multa NIC), nos termos do
art. 257, § 8º do Código de Trânsito Brasileiro.
711 25.10.17 31.10.17 Estabelece conteúdo mínimo do Manual Básico Em vigor 560
de Segurança no Trânsito.
712 25.10.17 31.10.17 Institui o Certificado Eletrônico de Registro de Alterada pela 561
Veículo – CRVe, a Autorização Eletrônica para Res. 715/17
Transferência de Propriedade de Veículo – ATPVe Revoga as Res.
e estabelece orientações e procedimentos a se- 398/11 e 476/14
rem adotados para o preenchimento e autenti-
cação da ATPV e realização da comunicação
de venda de veículo de que trata o art. 134 do
Código de Trânsito Brasileiro – CTB.
713 30.11.17 06.12.17 Altera o art. 4º, § 2º e o art. 11, § 4º, da Reso- Altera a Res.
lução CONTRAN 691, de 27.09.2017, que dis- 691/17
põe sobre o exame toxicológico de larga janela
de detecção, em amostra queratínica, para a
habilitação, renovação ou mudança para as ca-
tegorias C, D e E, decorrente da Lei 13.103, de
02.03.2015.
138 Ordeli Savedra Gomes

714 30.11.17 06.12.17 Regulamenta o credenciamento de entidades pú- Em vigor 563


blicas ou privadas para a expedição do Certifi-
cado de Registro de Veículo (CRV) e do Certi-
ficado de Registro e Licenciamento de Veículo
(CRLV), junto aos órgãos e entidades executivos
de trânsito dos Estados e do Distrito Federal.
715 30.11.17 06.12.17 Altera o art. 14 da Resolução CONTRAN 712, Altera a Res.
de 25.10.2017, que institui o Certificado Eletrô- 712/17
nico de Registro de Veículo – CRVe, a Autori-
zação Eletrônica para Transferência de Proprie-
dade de Veículo – ATPVe e estabelece orienta-
ções e procedimentos a serem adotados para o
preenchimento e autenticação da ATPV e reali-
zação da comunicação de venda de veículo de
que trata o art. 134 do Código de Trânsito Bra-
sileiro – CTB.
716 30.11.17 08.12.17 Estabelece a forma e as condições de implan- Revoga as Res. 565
tação e operação do Programa de Inspeção Téc- 84/98; 101/99 e
nica Veicular em atendimento ao disposto no 107/99
art. 104 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que insti- Suspensa por
tuiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). prazo indeter-
minado pela
Deliberação
170/18
717 30.11.17 08.12.17 Estabelece cronograma de estudos técnicos e Em vigor
regulamentação dos itens de segurança veicular.
718 07.12.17 08.12.17 Regulamenta as especificações, a produção e a Os órgãos e en- 569
expedição da Carteira Nacional de Habilitação tidades deverão
e dá outras providências. adequar seus
procedimentos
até 31.12.2022,
quando ficará
revogada a Res.
598/16.
Alterada pela
Res. 747/18
719 07.12.17 08.12.17 Altera o Anexo I da Resolução CONTRAN 540, Altera a Res.
de 15.07.2015, que trata do conjunto roda e 540/15
pneu sobressalente e sistemas alternativos.
720 Revogada Revogada Institui o Certificado de Registro e Licenciamento Revogada pela
de Veículo Eletrônico (CRLVe). Deliberação
180/19
721 10.01.18 22.01.18 Estabelece requisitos de proteção aos ocupan- Em vigor 571
tes de veículos em casos de impacto lateral con-
tra barreira deformável.
722 06.02.18 07.02.18 Estabelece o tema e o cronograma das campa- Em vigor 572
nhas educativas de trânsito a serem realizadas
em 2018.
723 06.02.18 07.02.18 Referendar a Deliberação CONTRAN 163, de Em vigor 573
31.10.2017, que dispõe sobre a uniformização
do procedimento administrativo para imposição
das penalidades de suspensão do direito de di-
rigir e de cassação do documento de habilita-
ção, previstas nos arts. 261 e 263, incs. I e II, do
Código de Trânsito Brasileiro (CTB), bem como
sobre o curso preventivo de reciclagem.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 139

724 06.02.18 07.02.18 Referenda a Deliberação 165, de 22.12.2017, Em vigor


que altera o art. 25 da Resolução CONTRAN 691,
de 27.09.2017, que dispõe sobre o exame toxi-
cológico de larga janela de detecção, em amos-
tra queratínica, para habilitação, renovação ou
mudança para as categorias C, D e E, decorren-
te da Lei 13.103, de 02.03.2015.
725 06.02.18 07.02.18 Referenda a Deliberação 166, de 27.12.2017, Em vigor
que altera o art. 43-A da Resolução CONTRAN
358, de 13.08.2010, que estabelece normas e
procedimentos para a formação de condutores
de veículos automotores e elétricos, a realização
dos exames, a expedição de documentos de ha-
bilitação, os cursos de formação, especializados,
de reciclagem e dá outras providências.
726 Revogada Revogada Regulamenta o processo de formação e habili- Revogada pela
tação de condutores de veículos automotores e Deliberação
elétricos, a realização dos exames, os cursos 168/18
de formação, atualização, aperfeiçoamento, es-
pecialização, preventivo e de reciclagem, a ex-
pedição de documentos de habilitação e dá ou-
tras providências.
727 06.03.18 08.03.18 Referendar a Deliberação 167, de 30.01.2018, que Revoga a Res.
altera a Resolução CONTRAN 598, de 24.05.2016, 687/17
que regulamenta a produção e a expedição da Altera a Res.
Carteira Nacional de Habilitação, com novo leiau- 598/16
te e requisitos de segurança.
728 Revogada Revogada Referenda a Deliberação 164, de 14.12.2017, que Altera a Res.
altera a Resolução CONTRAN 702, de 10.10.2017, 702/17
que atualiza os requisitos técnicos da sinaliza- Revogada pela
ção especial de advertência traseira contidos Res. 768/18
nos Anexos da Resolução CONTRAN 520, de
29.01.2015.
729 Revogada Revogada Estabelece sistema de Placas de Identificação Revogada pela
de Veículos no padrão disposto na Resolução Res. 780/19
MERCOSUL do Grupo Mercado Comum 33/14.
730 06.03.18 08.03.18 Estabelece os critérios e requisitos técnicos para Revoga o art. 1º 578
a homologação dos cursos e das plataformas da Res. 659/17
tecnológicas, na modalidade de ensino à dis- Alterada pelas
tância, quando requeridos por instituições ou Del. 183/20 e
entidades públicas ou privadas especializadas. 184/20
731 15.03.18 16.03.18 Altera a Resolução CONTRAN 706, de 25.10.2017, Altera a Res.
que dispõe sobre a padronização dos procedi- 706/17
mentos administrativos na lavratura de auto de
infração, na expedição de notificação de autua-
ção e de notificação de penalidades por infra-
ções de responsabilidade de pedestres e de ci-
clistas, expressamente mencionadas no código
de trânsito brasileiro – CTB, e dá outras provi-
dências.
732 10.04.18 11.04.18 Altera o Anexo da Resolução CONTRAN 688, Altera a Res.
de 15.08.2017, para incluir representantes da 688/17
Polícia Rodoviária Federal nos Conselhos Esta-
duais de Trânsito (CETRAN) e no Conselho de
Trânsito do Distrito Federal (CONTRANDIFE).
140 Ordeli Savedra Gomes

733 Revogada Revogada Altera a Resolução CONTRAN 729, de 06.03.2018, Revogada pela
para incluir regras de credenciamento de Em- Res. 780/19
presas Estampadoras de Placas de Identifica-
ção Veicular, e dá outras providências.
734 05.06.18 06.06.18 Institui a Autorização Específica – AE para os Revoga as Res. 587
veículos e/ou combinações de veículos equipa- 341/10, 374/11,
dos com tanques que apresentem excesso de 388/11, 399/12,
até 5% (cinco por cento) nos limites de peso 627/16, 648/17
bruto total ou peso bruto total combinado, e a Del. 98
devido à incorporação da tolerância, com base
em Resolução do CONTRAN.
735 05.06.18 06.06.18 Estabelece requisitos de segurança necessá- Revoga as Res. 588
rios à circulação de Combinações para Transpor- 305/09, 368/10
te de Veículos – CTV e Combinações de Trans- e 603/16
porte de Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP.
736 05.07.18 06.07.18 Altera a Resolução CONTRAN 619, de 06.09.2016, Altera a Res.
que estabelece e normatiza os procedimentos 619/16
para a aplicação das multas por infrações, a
arrecadação e o repasse dos valores arrecada-
dos, para dispor sobre o pagamento parcelado
de multas de trânsito.
737 06.09.18 10.09.18 Altera a Resolução CONTRAN 466, de 11.12.2013, Altera a Res.
que estabelece procedimentos para o exercício 466/13
da atividade de vistoria de identificação veicular.
738 06.09.18 10.09.18 Estabelece os padrões e critérios para a insta- Revoga a Res. 595
lação de travessia elevada para pedestres em 495/14
vias públicas.
739 12.09.18 13.09.18 Altera a Resolução CONTRAN 689, de 27.09.2017. Altera a Res.
689/17
740 12.09.18 19.09.18 Dispõe sobre as metas de redução dos índices Em vigor 601
de mortos por grupo de veículos e dos índices de
mortos por grupo de habitantes para cada um
dos Estados da Federação e para o Distrito Fe-
deral, de que trata a Lei 13.614, de 11.01.2018,
que criou o Plano Nacional de Redução de Mor-
tes e Lesões no Trânsito (PNATRANS).
741 Revogada Revogada Altera a Resolução CONTRAN 729, de 06.03.2018, Revogada pela
que estabelece sistema de Placas de Identifi- Res. 780/19
cação de Veículos no padrão disposto na Reso-
lução MERCOSUL do Grupo Mercado Comum
33/14 e dá outras providências.
742 12.11.18 23.11.18 Referenda a Deliberação 174, de 29.10.2018, que Em vigor
restabelece a vigência das Resoluções CONTRAN
729, de 06.03.2018 e 733, de 10.05.2018.
743 12.11.18 23.11.18 Estabelece requisitos técnicos para modificação Em vigor 602
ou transformação de veículos para motorcasa,
assim como sua circulação e fiscalização.
744 Revogada Revogada Altera a Resolução CONTRAN 720, de 07.12.2017, Revogada pela
que institui o Certificado de Registro e Licencia- Deliberação
mento de Veículo Eletrônico (CRLVe). 180/19
745 12.11.18 23.11.18 Referenda a Deliberação 175, de 30.10.2018, Revogada pela
que altera a Resolução CONTRAN 729, de Res. 748/18
06.03.2018.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 141

746 30.11.18 03.12.18 Estabelece os requisitos de segurança neces- Em vigor 604


sários à circulação de ônibus articulados e biar-
ticulados.
747 30.11.18 03.12.18 Altera a Resolução CONTRAN 718, de 07.12.2017, Altera a Res.
que regulamenta as especificações, a produção 718/17
e a expedição da Carteira Nacional de Habilita-
ção e dá outras providências.
748 Revogada Revogada Altera a Resolução CONTRAN 729, de 06.03.2018, Revogada pela
que estabelece sistema de Placas de Identifi- Res. 780/19
cação de Veículos no padrão disposto na Reso-
lução MERCOSUL do Grupo Mercado Comum
33/14.
749 20.12.18 31.12.18 Estabelece requisitos específicos para veículos Em vigor 606
movidos à propulsão híbrida, híbrida plug-in e
elétrica.
750 20.12.18 31.12.18 Estabelece requisitos específicos para ciclomo- Em vigor 607
tores, motocicletas, motonetas, triciclos e qua-
driciclos movidos à propulsão híbrida, híbrida
plug-in e elétrica.
751 20.12.18 31.12.18 Estabelece requisitos de desempenho de veícu- Em vigor
los em casos de impacto lateral em poste.
752 20.12.18 31.12.18 Estabelece requisitos de proteção aos pedes- Em vigor
tres em casos de atropelamento.
753 20.12.18 28.12.18 Altera a Resolução CONTRAN 416, de 09.08.2012, Altera a Res.
que estabelece os requisitos de segurança para 416/12
veículos de transporte de passageiros do tipo
micro-ônibus, categoria M2 de fabricação nacio-
nal e importado.
754 20.12.18 28.12.18 Altera a Resolução CONTRAN 445, de 25.06.2013, Altera a Res.
que estabelece os requisitos de segurança para 445/13
veículos de transporte público coletivo de pas-
sageiros e transporte de passageiros tipos mi-
cro-ônibus e ônibus, categoria M3 de fabrica-
ção nacional e importado.
755 20.12.18 31.12.18 Estabelece os requisitos técnicos de fabricação Em vigor
e instalação de Dispositivo de Proteção Anti-in-
trusão Dianteira para veículos tipo caminhão e
caminhão-trator.
756 20.12.18 31.12.18 Estabelece requisitos de proteção aos ocupan- Em vigor
tes e integridade do sistema de combustível de- Revoga a partir
corrente de impacto nos veículos. de 01.01.2026 a
Res. 221/07
757 20.12.18 31.12.18 Estabelece os requisitos técnicos de segurança Em vigor a
e critérios para ensaios dos sistemas de reten- partir de
ção das portas, fechaduras, dobradiças e seus 01.01.2024
componentes em veículos automotores. quando ficará
revogada a Res.
463/73
758 20.12.18 31.12.18 Estabelece requisitos de localização, identifica- Em vigor a
ção e iluminação dos controles indicadores e partir de
lâmpadas piloto dos veículos automotores e 01.01.2021,
elétricos. quando ficará
revogada a Res.
225/07
142 Ordeli Savedra Gomes

759 20.12.18 31.12.18 Estabelece requisitos de desempenho dos sis- Em vigor 607
temas de alerta e monitoramento traseiro insta-
lados nos veículos.
760 20.12.18 31.12.18 Dispõe sobre a obrigatoriedade da instalação de Em vigor 608
dispositivo de aviso de não afivelamento dos
cintos de segurança em veículos automotores.
761 20.12.18 28.12.18 Altera a Resolução CONTRAN 667, de 18.05.2017 Altera a Res.
que estabelece as características e especifica- 667/17
ções técnicas dos sistemas de sinalização, ilu-
minação e seus dispositivos aplicáveis a auto-
móveis, camionetas, utilitários, caminhonetes,
caminhões, caminhões tratores, ônibus, micro-
-ônibus, reboques e semirreboques, novos saí-
dos de fábrica, nacionais ou importados e dá ou-
tras providências.
762 20.12.18 31.12.18 Estabelece requisitos do sistema antispray para Em vigor 609
veículos tipo caminhão, caminhão-trator, rebo-
que e semirreboque.
763 20.12.18 31.12.18 Dispõe sobre a utilização obrigatória de espe- Em vigor 610
lhos retrovisores, equipamento do tipo câmera- Fica revogada,
monitor ou outro dispositivo equivalente, a ser a partir de
instalado nos veículos destinados ao transporte 01.01.2026, a
coletivo de escolares. Res. 504/14
764 20.12.18 31.12.18 Estabelece método de ensaio para medição de Em vigor, pro- 611
pressão sonora por buzina ou equipamento si- duzindo seus
milar de veículos automotores. efeitos a partir
de 01.01.2022
quando ficará
revogada a Res.
035/98 e a
Portaria 012/02
765 20.12.18 31.12.18 Dispõe sobre a proteção aos ocupantes da ca- Em vigor
bine de veículos da categoria N2 e N3, nacio-
nais e importados.
766 20.12.18 28.12.18 Altera o art. 43-A da Resolução CONTRAN 358, Altera a Res.
de 13.08.2010, para prorrogar o prazo para rea- 358/10
lização, pelos condutores de veículos perten-
centes a órgãos de segurança pública e forças
armadas e auxiliares, dos cursos a que se
refere o art. 145, IV do Código de Trânsito Bra-
sileiro.
767 20.12.18 28.12.18 Prorroga o prazo estabelecido para a exigência Altera a Res.
dos requisitos previstos na Resolução CONTRAN 701/17
701, de 10.10.2017, que dispõe sobre os requi-
sitos obrigatórios de segurança para circulação
de veículos que transportem produtos siderúr-
gicos.
768 20.12.18 28.12.18 Prorroga a entrada em vigor da Resolução CON- Altera a Res.
TRAN 702, de 10.10.2017, que atualiza os requi- 702/17
sitos técnicos da sinalização especial de adver- Revoga a Res.
tência traseira contidos nos Anexos da Resolu- 728/18
ção CONTRAN 520, de 29.01.2015.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 143

769 Revogada Revogada Altera a Resolução CONTRAN 720, de 07.12.2017, Revogada pela
Reti- que institui o Certificado de Registro e Licencia- Deliberação
fica- mento de Veículo Eletrônico (CRLVe). 180/19
ção
770 Revogada Revogada Altera o art. 8º da Resolução CONTRAN 729, Revogada pela
de 06.03.2018, que estabelece o sistema de Res. 780/19
Placas de Identificação de Veículos no padrão
disposto na Resolução MERCOSUL do Grupo Mer-
cado Comum 33/14.
771 28.02.19 01.03.19 Estabelece o tema, a mensagem e o cronogra- Em vigor 612
ma da campanha educativa de trânsito a ser
realizada de maio de 2019 a abril de 2020.
772 28.02.19 01.03.19 Revoga a Resolução CONTRAN 706, de Revoga a Res.
25.10.2017, que dispõe sobre a padronização 706/17
dos procedimentos administrativos na lavratura
de auto de infração, na expedição de notifica-
ção de autuação e de notificação de penalida-
des por infrações de responsabilidade de pe-
destres e de ciclistas, expressamente mencio-
nadas no Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e
dá outras providências.
773 28.03.19 01.04.19 Prorroga o prazo para a entrada em vigor da Altera a Res.
Resolução CONTRAN nº 689, de 27 de setem- 689/19
bro de 2017, para os aspectos relacionados ao
Sistema RENAGRAV
774 28.03.19 29.03.19 Revoga a Resolução CONTRAN 709, de Revoga a Res.
25.10.2017, que dispõe sobre a publicação na 709/17
internet dos nomes e códigos dos agentes e
autoridades de trânsito, bem como os convê-
nios de fiscalização de trânsito celebrados pelos
órgãos e entidades executivos de trânsito.
775 28.03.19 29.03.19 Altera os modelos da Carteira Nacional de Ha- Em vigor
bilitação – CNH, da Autorização para Conduzir
Ciclomotor – ACC, do Certificado de Registro
do Veículo – CRV e do Certificado de Registro e
Licenciamento de Veículo – CRLV.
776 13.06.19 17.06.19 Aprova o Regimento Interno do Conselho Nacio- Revoga as Re-
nal de Trânsito (CONTRAN). soluções 446/13
e 652/17
777 13.06.19 17.06.19 Estabelece o Regimento Interno das Câmaras Revoga as Re-
Temáticas do CONTRAN. soluções 586/16
e 617/16
778 13.06.19 17.06.19 Altera as Resoluções CONTRAN 168, de Altera as Reso-
14.12.2004, e 358, de 13.08.2010, para dispor luções 168/04 e
sobre aula prática noturna, carga horária para 358/10
obtenção da ACC e tornar facultativo o uso de
simulador de direção veicular no processo de
formação de condutores.
779 13.06.19 17.06.19 Altera o item 8 do Anexo da Resolução CON- Altera a Reso-
TRAN 688, de 15.08.2017, que estabelece dire- lução 688/17
trizes para a elaboração do Regimento Interno,
gestão e operacionalização das atividades dos
Conselhos Estaduais de Trânsito (CETRAN) e
do Conselho de Trânsito do Distrito Federal
(CONTRANDIFE).
144 Ordeli Savedra Gomes

780 26.06.19 28.06.19 Dispõe sobre o novo sistema de Placas de Identifi- Revoga as Re- 613
cação Veicular. soluções 729/18,
733/18, 741/18,
748/18 e 770/18
Em vigor 60
dias após a da-
ta de sua publi-
cação
Alterada pela
Deliberação
183/20
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 145

RESOLUÇÕES DO CONTRAN

RESOLUÇÃO 4, DE 23.01.1998
Dispõe sobre o trânsito de veículos novos nacionais ou
importados, antes do registro e do licenciamento e de
veículos usados incompletos, nacionais ou importados,
antes da transferência. (Ementa com redação alterada
pela Res. 698/17)
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12 da Lei
9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme Decreto 2.327, de
23.09.1997, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
Considerando que o veículo novo terá que ser registrado e licenciado no Município de domicílio ou resi-
dência do adquirente;
Considerando que o concessionário ou revendedor autorizado pela indústria fabricante do veículo, poderá
ser o primeiro adquirente;
Considerando a conveniência de ordem econômica para o adquirente nos deslocamentos do veículo;
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução dispõe sobre a per- § 3º A autorização especial será impressa em
missão para o trânsito de veículos novos, nacionais (3) três vias, das quais, a primeira e a segunda serão
ou importados, que transportem cargas e pessoas, coladas respectivamente, no vidro dianteiro (para-
antes do registro e do licenciamento e de veículos brisa), e no vidro traseiro, e a terceira arquivada na
usados incompletos, nacionais ou importados, antes repartição de trânsito expedidora.
da transferência. (Redação dada pela Res. 698/17) Art. 2º. Os veículos adquiridos por autônomos
§ 1º A permissão estende-se aos veículos ina- e por empresas que prestam transportes de cargas e
cabados novos ou veículos usados incompletos, no de passageiros, poderão efetuar serviços remunera-
período diurno, no percurso entre os seguintes des- dos para os quais estão autorizados, atendida a
tinos: pátio do fabricante, concessionário, revende- legislação específica, as exigências dos poderes
dor, encarroçador, complementador final, Posto Al- concedentes e das autoridades com jurisdição sobre
fandegário, cliente final ou ao local para o transporte as vias públicas.
a um dos destinatários mencionados. (Redação dada Art. 3º. Os veículos consignados aos conces-
pela Res. 698/17) sionários, para comercialização, e os veículos adqui-
§ 2º A ‘’autorização especial’’ valida apenas ridos por pessoas físicas, entidades privadas e
para o deslocamento para o município de destino, públicas, a serem licenciados nas categorias “PAR-
será expedida para o veículo que portar os Equipa- TICULAR e OFICIAL”, somente poderão transportar
mentos Obrigatórios previstos pelo CONTRAN (ade- suas cargas e pessoas que tenham vínculo emprega-
quado ao tipo de veículo), com base na Nota Fiscal tício com os mesmos.
de Compra e Venda; com validade de (15) quinze dias Art. 4º. Antes do registro e licenciamento, o
transcorridos da data da emissão, prorrogável por veículo novo ou usado incompleto, nacional ou im-
igual período por motivo de força maior. portado, que portar a nota fiscal de compra e venda
146 Ordeli Savedra Gomes

ou documento alfandegário poderá transitar: (Reda- pamentos destinados a transformação de veículos em


ção de todo o artigo dada pela Res. 554/15 e alterada ambulâncias, veículos policiais e demais veículos de
pela Res. 698/17) emergência.
I - do pátio da fábrica, da indústria encarroça- § 4º No caso de veículo usado incompleto,
dora ou concessionária e do Posto Alfandegário, ao deverá portar além do previsto no caput deste artigo,
órgão de trânsito do município de destino, nos quinze prévia autorização emitida pelo órgão ou entidade exe-
dias consecutivos à data do carimbo de saída do veí- cutivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal para
culo, constante da nota fiscal ou documento alfande- troca de carroceria. (Redação dada pela Res. 698/17)
gário correspondente; § 5º No caso dos Estados da Região Norte do
II - do pátio da fábrica, da indústria encarro- País, o prazo de que trata o inc. I será de 30 (trinta)
çadora ou concessionária, ao local onde vai ser embar- dias consecutivos.
cado como carga, por qualquer meio de transporte; § 6º Para os veículos recém-produzidos, bene-
III - do local de descarga às concessionárias ficiados por regime tributário especial e para os quais
ou indústrias encarroçadoras; ainda não foram emitidas as notas fiscais de fatura-
IV - de um a outro estabelecimento da mesma mento, fica permitido o transporte somente do pátio
montadora, encarroçadora ou concessionária ou pes- interno das montadoras e fabricantes para os pátios
soa jurídica interligada. externos das montadoras e fabricantes ou das em-
§ 1º No caso de veículo novo ou usado com- presas responsáveis pelo transporte dos veículos, em
prado diretamente pelo comprador por meio eletrôni- um raio máximo de 10 (dez) quilômetros, desacom-
co, o prazo de que trata o inc. I será contado a partir panhados de nota fiscal, desde que acompanhados
da data de efetiva entrega do veículo ao proprietário. da relação de produção onde conste a numeração do
(Redação dada pela Res. 698/17) chassi.
§ 2º No caso de veículo novo ou usado doado Art. 5º. Pela inobservância desta Resolução,
por órgãos ou entidades governamentais, o município fica o condutor sujeito à penalidade constante do art.
de destino de que trata o inc. I será o constante no 230, inc. V, do Código de Trânsito Brasileiro.
instrumento de doação, cuja cópia deverá acompanhar Art. 6º. Esta Resolução entra em vigor na data
o veículo durante o trajeto. (Redação dada pela Res. de sua publicação, revogada a Resolução 612/83.
698/17)
§ 3º Equiparam-se às indústrias encarroçado- Brasília, 23 de janeiro de 1998.
ras as empresas responsáveis pela instalação de equi- Iris Rezende

RESOLUÇÃO 11, DE 23.01.1998


Estabelece critérios para a baixa de registro de veículos
a que se refere bem como os prazos para efetivação.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12 da Lei
9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme Decreto 2.327, de
23.09.1997, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
Considerando o que dispõe o Código de Trânsito Brasileiro nos seus arts. 19, 126, 127 e 128;
Considerando a necessidade de serem estabelecidos requisitos mínimos para a efetivação da baixa do
registro de veículos; RESOLVE:
Art. 1º. A baixa do registro de veículos é a) por órgão ou entidade componente do Sis-
obrigatória sempre que o veículo for retirado de cir- tema Nacional de Trânsito;
culação nas seguintes possibilidades: b) os demais. (Alíneas “a” e “b”, acrescidas
I - veículo irrecuperável; pela Res. 179/05)
II - veículo definitivamente desmontado; § 1º Nos casos dos incs. I a III e IV, alínea
III - (Inciso revogado em 01.01.2010, pela Res. “b”: (Parágrafo alterado pela Res. 179/05)
322, de 17.07.2009) I. os documentos dos veículos, as partes do
IV - vendidos ou leiloados como sucata; chassi que contêm o registro VIN e suas placas
V - veículo “frota desativada” (Acrescido pela serão recolhidos ao órgão executivo estadual de
Res. 661/17)
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 147

trânsito de registro do veículo, que é responsável § 1º O órgão executivo estadual de trânsito


por sua baixa; de registro do veículo deverá elaborar e encaminhar
II. os procedimentos previstos neste artigo ao órgão máximo executivo de trânsito da União,
deverão ser efetivados antes da venda do veículo ou relatório mensal contendo a identificação de todos
sua destinação final; os veículos que tiveram a baixa de seu registro no
III. o órgão executivo estadual de trânsito de período.
registro do veículo, responsável por sua baixa, deverá § 2º No caso do inc. IV, alínea “a” do art. 1º,
reter sua documentação, inutilizar as partes do chassi o órgão executivo estadual de trânsito de registro
que contêm o registro VIN e suas placas. do veículo comunicará a baixa do registro do veí-
§§ 2º e 3º (Revogados pela Res. 179/05) culo ao órgão ou entidade de trânsito responsável
§ 4º O recolhimento da parte do chassi que pelo leilão.
contém o número VIN poderá ser substituído por Art. 4º. Uma vez efetuada a baixa, sob ne-
laudo fotográfico que ateste que a identificação do nhuma hipótese o veículo poderá voltar à circula-
chassi foi descaracterizada no local através de pro- ção.
cedimento realizado pelo órgão executivo de trânsi- Art. 5º. A baixa do registro do veículo será
to do Estado ou do Distrito Federal, ou por entida- providenciada mediante requisição do responsável e
de por ele autorizada para esta finalidade. (Parágra- laudo pericial confirmando a sua condição.
fo acrescido pela Res. 113/00 e alterado pela Res. Parágrafo único. O disposto neste artigo não
611/16) se aplica a veículos leiloados como sucata por ór-
§ 5º No caso do inc. IV, alínea “a”, o órgão gãos ou entidades componentes do Sistema Nacio-
ou entidade de trânsito responsável pelo leilão nal de Trânsito – SNT. (Parágrafo acrescido pela Res.
solicitará ao órgão executivo estadual de trânsito 179/05)
de seu registro, a baixa do veículo, tomando as se- Art. 6º. Para os casos previstos nos incs. I a
guintes providências: (Parágrafo acrescido pela Res. III e IV, alínea “b” do art. 1º, desta resolução, o
179/05) responsável de promover a baixa do registro de
I. recolher, sempre que possível, os documen- veículo terá o prazo de 15 (quinze) dias, após a
tos do veículo; constatação da sua condição através de laudo, para
II. inutilizar as partes do chassi que contêm o providenciá-la, caso contrário incorrerá nas san-
registro VIN e suas placas; ções previstas pelo art. 240, do Código de Trânsi-
III. comunicar as providências tomadas ao ór- to Brasileiro. (Caput do artigo alterado pela Res.
gão executivo estadual de trânsito de registro do 179/05.
veículo, que providenciará a baixa do registro. Parágrafo único. Revogado pela Res. 179/05.
Art. 2º. A baixa do registro do veículo somen- Art. 6º-A. O veículo não licenciado há 10 (dez)
te será autorizada mediante quitação de débitos anos ou mais e que contar com 25 (vinte e cinco)
fiscais e de multas de trânsito e ambientais, vincula- anos ou mais de fabricação, terá o seu registro atua-
das ao veículo, independentemente da responsabili- lizado com indicativo de “frota desativada” automati-
dade pelas infrações cometidas. (Artigo revogado em camente na Base de Índice Nacional – BIN, pelos res-
1º.01.2010 pela Res. 322, de 17.07.2009) pectivos órgãos ou entidades executivos de trânsito
Parágrafo único. No caso do inc. IV, alínea dos Estados e do Distrito Federal. (Artigo acrescido
“a” do art. 1º, a quitação de débitos fiscais e de pela Res. 661/17)
multas de trânsito e ambientais, vinculadas ao veí- § 1º O proprietário do veículo e, concomitan-
culo obedecerá a regulamentação específica. (Pará- temente, o agente financeiro, arrendatário do bem,
grafo acrescido pela Res. 179/05) entidade credora ou àquela que tenha se sub-rogado
Art. 3º. O órgão executivo estadual de trânsi- nos direitos do veículo será notificado sobre a situa-
to de registro do veículo, responsável pela baixa do ção do veículo logo após sua inativação, através do
registro do veículo emitirá uma Certidão de Baixa de SNE – Sistema de Notificações Eletrônicas pelos ór-
Veículo, no modelo estabelecido pelo Anexo I, desta gãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados
Resolução – datilografado ou impresso, após cum- e do Distrito Federal, ou via postal.
pridas estas disposições e as demais da legisla- § 2º Os órgãos e as entidades executivos de
ção vigente. (Artigo e parágrafos alterados pela Res. trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão
179/05) notificar, 60 (sessenta) dias antes de finalizar o prazo
148 Ordeli Savedra Gomes

de 05 (cinco) anos de inclusão do veículo no cadastro tação do CRV, das placas de identificação, e do re-
de “frota desativada”, por via postal ou SNE – Siste- corte do chassi, com fundamento na sua inexistên-
ma de Notificações Eletrônicas, pessoa que figurar no cia, poderá ser deferido mediante termo de respon-
registro como proprietário do veículo e, concomitan- sabilidade civil e criminal, constante do Anexo 1, as-
temente, o agente financeiro, arrendatário do bem, sinado pelo proprietário do veículo, com firma re-
entidade credora ou àquela que tenha se sub-rogado conhecida por autenticidade. (Artigo acrescido pela
nos direitos do veículo, se for o caso, assegurando- Res. 661/17)
lhes o prazo comum, mínimo, de 60 (sessenta) dias, a Parágrafo único. No caso previsto no caput
partir do final do prazo de 05 (cinco) anos, para que o deste artigo, a baixa definitiva do registro somente
veículo seja regularizado com a devida quitação dos ocorrerá mediante o pagamento dos débitos vincula-
débitos a ele vinculados. dos ao veículo, obedecido o período prescricional.
§ 3º Não sendo atendida a notificação, a pes- Art. 6º-C. O veículo que acusar pendência ju-
soa que figurar no registro como proprietário do veí- dicial, pendência administrativa ou que estiver à dis-
culo será notificada por edital publicado na impren- posição da autoridade policial não terá seu registro
sa oficial, se houver, ou duas vezes em jornal de baixado. (Artigo acrescido pela Res. 661/17)
grande circulação, para a regularização do veículo Art. 6º-D. O veículo com indicativo de “frota
junto aos respectivos órgãos ou entidades execu- desativada” e flagrado circulando, está sujeito às pe-
tivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, nalidades de multa e apreensão e à medida adminis-
no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data da úl- trativa de remoção previstas no art. 230, inc. V, do
tima publicação, sob pena de ser o veículo baixado Código de Trânsito Brasileiro – CTB. (Artigo acrescido
definitivamente. pela Res. 661/17)
§ 4º A notificação por edital deverá conter: Parágrafo único. As notificações dos Autos
I - o nome do proprietário do veículo; de Infração dos veículos com indicativo de “frota de-
II - o nome do agente financeiro, ou do arren- sativada” flagrados circulando, serão enviadas para o
datário do veículo, ou da entidade credora, ou de quem endereço do proprietário do veículo constante no ca-
se sub-rogou nos direitos, quando for o caso; dastro dos respectivos órgãos ou entidades executi-
III - os caracteres da placa de identificação e vos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal.
do chassi do veículo; Art. 6º-E. Os órgãos e entidades executivos
IV - o ano de fabricação e a marca do veículo. de trânsito dos Estados e do Distrito Federal são
§ 5º Esgotados os prazos estabelecidos no ca- responsáveis por manter constante atualização das
put deste artigo e não tendo comparecido o proprietá- bases estaduais, através do Sistema RENAVAM, e da
rio para a regularização do veículo, os respectivos ór- Base de Índice Nacional – BIN. (Artigo acrescido pela
gãos e entidades executivos de trânsito dos Estados Res. 661/17)
e do Distrito Federal poderão efetuar a baixa definiti- Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na da-
va do veículo de acordo com o inc. V, do art. 1º, des- ta de sua publicação, revogadas as disposições em
ta Resolução. contrário.
Art. 6º-B. O pedido de baixa do registro for-
mulado pelo proprietário do veículo não licenciado Brasília, 23 de janeiro de 1998.
há 10 (dez) anos ou mais e que contar com 25 (vinte Iris Rezende
e cinco) anos ou mais de fabricação, sem a apresen-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 149

ANEXO I DA RESOLUÇÃO 11/98

RESOLUÇÃO 14, DE 06.02.1998


Estabelece os equipamentos obrigatórios para a frota
de veículos em circulação e dá outras providências.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o inc. I, do art.
12, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e conforme o Decreto 2.327,
de 23.09.1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
CONSIDERANDO o art. 105, do Código de Trânsito Brasileiro;
CONSIDERANDO a necessidade de proporcionar às autoridades fiscalizadoras, as condições precisas pa-
ra o exercício do ato de fiscalização;
CONSIDERANDO que os veículos automotores, em circulação no território nacional, pertencem a diferen-
tes épocas de produção, necessitando, portanto, de prazos para a completa adequação aos requisitos de segu-
rança exigidos pela legislação; Resolve:
150 Ordeli Savedra Gomes

Art. 1º. Para circular em vias públicas, os ve- 24) roda sobressalente, compreendendo o aro
ículos deverão estar dotados dos equipamentos e o pneu, com ou sem câmara de ar, conforme o
obrigatórios relacionados abaixo, a serem constata- caso;
dos pela fiscalização e em condições de funciona- 25) macaco, compatível com o peso e carga
mento: do veículo;
I) nos veículos automotores e ônibus elétricos: 26) chave de roda;
1) para-choques, dianteiro e traseiro; 27) chave de fenda ou outra ferramenta apro-
2) protetores das rodas traseiras dos cami- priada para a remoção de calotas;
nhões; 28) lanternas delimitadoras e lanternas late-
3) espelhos retrovisores, interno e externo; rais nos veículos de carga, quando suas dimensões
(*O art. 1º da Res. 43/98, torna facultativo o uso em assim o exigirem;
caminhões, ônibus e em micro-ônibus de espelho 29) cinto de segurança para a árvore de
retrovisor interno, quando portarem espelhos retrovi- transmissão em veículos de transporte coletivo e
sores externos esquerdo e direito) carga;
4) limpador de para-brisa; II) para os reboques e semirreboques:
5) lavador de para-brisa; 1) para-choque traseiro;
6) pala interna de proteção contra o sol (pa- 2) protetores das rodas traseiras;
rassol) para o condutor; 3) lanternas de posição traseiras, de cor verme-
7) faróis principais dianteiros de cor branca ou lha;
amarela; 4) freios de estacionamento e de serviço, com
8) luzes de posição dianteiras (faroletes) de comandos independentes, para veículos com capaci-
cor branca ou amarela; dade superior a 750 quilogramas e produzidos a partir
9) lanternas de posição traseiras de cor verme- de 1997;
lha; 5) lanternas de freio, de cor vermelha;
10) lanternas de freio de cor vermelha; 6) iluminação de placa traseira;
11) lanternas indicadoras de direção: dianteiras 7) lanternas indicadoras de direção traseiras,
de cor âmbar e traseiras de cor âmbar ou vermelha; de cor âmbar ou vermelha;
12) lanterna de marcha à ré, de cor branca; 8) pneus que ofereçam condições mínimas de
13) retrorrefletores (catadióptrico) traseiros, de segurança;
cor vermelha; 9) lanternas delimitadoras e lanternas laterais,
14) lanterna de iluminação da placa traseira, quando suas dimensões assim o exigirem.
de cor branca; III) para os ciclomotores:
15) velocímetro, 1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
16) buzina; 2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
17) freios de estacionamento e de serviço, 3) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
com comandos independentes; 4) velocímetro;
18) pneus que ofereçam condições mínimas 5) buzina;
de segurança; 6) pneus que ofereçam condições mínimas de
19) dispositivo de sinalização luminosa ou re- segurança;
fletora de emergência, independente do sistema de 7) dispositivo destinado ao controle de ruído
iluminação do veículo; do motor.
20) (Revogado pela Res. 556/15); IV) para as motonetas, motocicletas e triciclos:
21) registrador instantâneo e inalterável de 1) espelhos retrovisores, de ambos os lados;
velocidade e tempo, nos veículos de transporte e 2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
condução de escolares, nos de transporte de passa- 3) lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
geiros com mais de dez lugares e nos de carga com 4) lanterna de freio, de cor vermelha
capacidade máxima de tração superior a 19t; 5) iluminação da placa traseira;
22) cinto de segurança para todos os ocupan- 6) indicadores luminosos de mudança de di-
tes do veículo; reção, dianteiro e traseiro;
23) dispositivo destinado ao controle de ruído 7) velocímetro;
do motor, naqueles dotados de motor a combustão; 8) buzina;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 151

9) pneus que ofereçam condições mínimas de 2) farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
segurança; 3) lanterna, de cor vermelha na parte traseira;
10) dispositivo destinado ao controle de ruído 4) lanterna de freio, de cor vermelha;
do motor, dimensionado para manter a temperatura 5) indicadores luminosos de mudança de di-
de sua superfície externa em nível térmico adequado reção, dianteiros e traseiros;
ao uso seguro do veículo pelos ocupantes sob condi- 6) iluminação da placa traseira;
ções normais de utilização e com uso de vestimentas 7) velocímetro;
e acessórios indicados no manual do usuário forneci-
8) buzina;
do pelo fabricante, devendo ser complementado por
redutores de temperatura nos pontos críticos de 9) pneus que ofereçam condições mínimas de
segurança;
calor, a critério do fabricante, conforme exemplifica-
do no Anexo desta Resolução. (Alterado pela Res. 10) dispositivo destinado ao controle de ruído
228/07) do motor;
Requisitos de segurança complementares, 11) protetor das rodas traseiras.
complementados pelo art. 2º da Res. 129/01. Para VI) nos tratores de rodas, de esteiras e mis-
circular nas áreas urbanas, sem a obrigatoriedade do tos: (Inciso com redação alterada pela Res. 454/13)
uso de capacete de segurança pelo condutor e 1) faróis dianteiros, de luz branca ou amarela;
passageiros, o triciclo automotor com cabine fechada 2) lanternas de posição traseiras, de cor verme-
deverá estar dotado dos seguintes equipamentos lha;
obrigatórios: 3) lanternas de freio, de cor vermelha;
1-espelhos retrovisores, de ambos os lados; 4) lanterna de marcha à ré, de cor branca;
2-farol dianteiro, de cor branca ou amarela; 5) alerta sonoro de marcha à ré;
3-lanterna, de cor vermelha, na parte traseira; 6) indicadores luminosos de mudança de di-
4-lanterna de freio de cor vermelha; reção, dianteiros e traseiros;
5-iluminação da placa traseira; 7) iluminação da placa traseira;
6-indicadores luminosos de mudança de dire- 8) faixas retrorrefletivas;
ção, dianteiro e traseiro; 9) pneus que ofereçam condições mínimas de
7-velocímetro; segurança (exceto os tratores de esteiras);
8-buzina; 10) dispositivo destinado ao controle de ruído
9-pneus em condições mínimas de segurança; do motor;
10-dispositivo destinado ao controle de ruído 11) espelhos retrovisores;
do motor; 12) cinto de segurança para todos os ocupan-
11-para-choque traseiro; tes do veículo;
12-para-brisa confeccionado em vidro laminado; 13) buzina;
13-limpador de para-brisa; 14) velocímetro e registrador instantâneo e
14-luzes de posição na parte dianteira (farole- inalterável de velocidade e tempo para veículos que
tes) de cor branca ou amarela; desenvolvam velocidade acima de 60 Km/h;
15-retrorefletores (catadióptricos) na parte 15) pisca alerta.
traseira; VII) (Revogado pela Res. 454/13)
16-freios de estacionamento e de serviço, com Parágrafo único. Quando a visibilidade inter-
comandos independentes; na não permitir, utilizar-se-ão os espelhos retroviso-
17-dispositivo de sinalização luminosa ou re- res laterais.
fletora de emergência, independentemente do siste- Art. 2º. Dos equipamentos relacionados no
ma de iluminação do veículo; artigo anterior, não se exigirá:
18-extintor de incêndio; I) lavador de para-brisa:
19-cinto de segurança; a) em automóveis e camionetas derivadas de
20-roda sobressalente, compreendendo o aro veículos produzidos antes de 01.01.1974;
e o pneu; b) utilitários, veículos de carga, ônibus e mi-
21-macaco, compatível com o peso e a carga cro-ônibus produzidos até 01.01.1999;
do veículo; II) lanterna de marcha à ré e retrorrefletores,
22-chave de roda. nos veículos fabricados antes de 01.01.1990;
V) para os quadriciclos: III) registrador instantâneo inalterável de velo-
1) espelhos retrovisores, de ambos os lados; cidade e tempo:
152 Ordeli Savedra Gomes

a) para os veículos de carga com capacidade CONTRAN. (Inciso incluído pela Res. 592/16; informa-
máxima de tração inferior a 19 (dezenove) toneladas, ção do autor sobre a Res. 593, uma vez que a publi-
fabricados até 31.12.1990; (Alínea alterada pela Res. cação original é omissa)
87/99) Parágrafo único. Para os veículos relaciona-
b) nos veículos de transporte de passageiros dos nas alíneas “b”, “c”, e “d”, do inc. V, será reco-
ou de uso misto, registrados na categoria particular e nhecida a excepcionalidade, somente quando perten-
que não realizem transporte remunerado de pessoas; cerem ou estiverem na posse de firmas individuais,
c) até 30.09.1999, para os veículos de carga empresas ou organizações que possuam equipes
com capacidade máxima de tração inferior a 19 próprias, especializadas em troca de pneus ou aros
toneladas, fabricados a partir de 01.01.1991; (Alínea danificados.
crescida pela Res. 87/99) Art. 3º. Os equipamentos obrigatórios dos veí-
d) até 30.09.1999, para os veículos de carga culos destinados ao transporte de produtos perigo-
com capacidade máxima de tração igual ou superior sos, bem como os equipamentos para situações de
a 19 (dezenove) toneladas, fabricados até emergência serão aqueles indicados na legislação
31.12.1990; (Alínea acrescida pela Res. 87/99) pertinente.
IV) cinto de segurança: Art. 4º. Os veículos destinados à condução
a) para os passageiros, nos ônibus e micro- de escolares ou outros transportes especializados
-ônibus produzidos até 01.01.1999; terão seus equipamentos obrigatórios previstos em
b) até 01.01.1999, para o condutor e tripulan- legislação específica.
tes, nos ônibus e micro-ônibus; Art. 5º. A exigência dos equipamentos obri-
c) para os veículos destinados ao transporte gatórios para a circulação de bicicletas, prevista no
de passageiros, em percurso que seja permitido via- inc. VI, do art. 105, do Código de Trânsito Brasileiro
jar em pé; terá um prazo de cento e oitenta dias para sua
d) (Alínea incluída pela Res. 279/08 e revoga- adequação, contados da data de sua Regulamenta-
da pela Res. 551/15) ção pelo CONTRAN. * Os arts. 1º e 2º da Res.
V) pneu e aro sobressalente, macaco e chave 46/98, cujo texto são inseridos a seguir, tratam
de roda: dos equipamentos obrigatórios para as bicicletas
a) nos veículos equipados com pneus capazes com aro superior a vinte e das que estão dispen-
de trafegar sem ar, ou aqueles equipados com sadas de alguns dos equipamentos.
dispositivo automático de enchimento emergencial;
“Art. 1º. As bicicletas com aro superior a vin-
b) nos ônibus e micro-ônibus que integram o
te deverão ser dotadas dos seguintes equipamentos
sistema de transporte urbano de passageiros, nos
obrigatórios:
municípios, regiões e microrregiões metropolitanas ou
conglomerados urbanos; I - espelho retrovisor do lado esquerdo, aco-
c) nos caminhões dotados de características plado ao guidom e sem haste de sustentação;
específicas para transporte de lixo e de concreto; II - campainha, entendido como tal o disposi-
d) nos veículos de carroçaria blindada para tivo sonoro mecânico, eletromecânico, elétrico, ou
transporte de valores; pneumático, capaz de identificar uma bicicleta em
e) para automóveis, camionetas, caminhone- movimento;
tes e utilitários, com peso bruto total – PBT, de até III - sinalização noturna, composta de retrorre-
3,5 toneladas, a dispensa poderá ser reconhecida fletores, com alcance mínimo de visibilidade de trinta
pelo órgão máximo executivo de trânsito da União, metros, com a parte prismática protegida contra a
por ocasião do requerimento do código específico de ação das intempéries, nos seguintes locais:
marca/modelo/versão, pelo fabricante ou importador, a) na dianteira, nas cores branca ou amarela;
quando comprovada que tal característica é inerente b) na traseira na cor vermelha;
ao projeto do veículo, e desde que este seja dotado
c) nas laterais e nos pedais de qualquer cor.
de alternativas para o uso do pneu e aro sobressalen-
tes, macaco e chave de roda. (Alínea acrescida pela Art. 2º. Estão dispensadas do espelho retro-
Res. 259/07) visor e da campainha as bicicletas destinadas à
VI) velocímetro, naqueles dotados de regis- prática de esportes, quando em competição dos
trador instantâneo e inalterável de velocidade e seguintes tipos:
tempo, integrado; I - mountain bike (ciclismo de montanha);
VII) para-choques traseiro nos veículos men- II - down hill (descida de montanha);
cionados no art. 4º da Res. 593, de 24.05.2016, do III - free style (competição estilo livre);
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 153

IV - competição olímpica e panamericana; Parágrafo único. Os ônibus e micro-ônibus


V - competição em avenida, estrada e veló- poderão utilizar cinto sub-abdominal para os passa-
dromo; geiros.
VI - outros”. Art. 7º. Aos veículos registrados e licencia-
Art. 6º. Os veículos automotores produzidos a dos em outro país, em circulação no território nacio-
partir de 01.01.1999, deverão ser dotados dos se- nal, aplicam-se as regras do art. 118 e seguintes do
guintes equipamentos obrigatórios: Código de Trânsito Brasileiro.
I - espelhos retrovisores externos, em ambos Art. 8º. Ficam revogadas as Resoluções
os lados; 657/85, 767/93, 002/98 e o art. 65 da Resolução
734/89.
II - registrador instantâneo e inalterável de ve-
locidade e tempo, para os veículos de carga, com Art. 9º. Respeitadas as exceções e situações
peso bruto total superior a 4.536 kg; particulares previstas nesta Resolução, os proprietá-
rios ou condutores, cujos veículos circularem nas
III - encosto de cabeça, em todos os assentos
vias públicas desprovidos dos requisitos estabeleci-
dos automóveis, exceto nos assentos centrais; (A
dos, ficam sujeitos às penalidades constantes do art.
Res. 44/98, dispõe sobre os requisitos técnicos para
230 do Código de Trânsito Brasileiro, no que couber.
o encosto de cabeça)
Art. 10. Esta Resolução entra em vigor na da-
IV - cinto de segurança graduável e de três
ta de sua publicação.
pontos em todos os assentos dos automóveis. Nos
assentos centrais, o cinto poderá ser do tipo sub- Brasília, 6 de fevereiro de1998.
abdominal. Iris Rezende

RESOLUÇÃO 18, DE 17.02.1998


Recomenda o uso, nas rodovias, de farol baixo aceso
durante o dia, e dá outras providências.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme Decreto 2.327, de
23.09.1997, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
Considerando que o sistema de iluminação é elemento integrante da segurança ativa dos veículos;
Considerando que as cores e as formas dos veículos modernos contribuem para mascará-los no meio
ambiente, dificultando a sua visualização a uma distância efetivamente segura para qualquer ação preventiva,
mesmo em condições de boa luminosidade;RESOLVE:
Art. 1º. Recomendar às autoridades de trânsi- Art. 3º. Esta Resolução entrará em vigor 60
to com circunscrição sobre as vias terrestres, que (sessenta) dias após sua publicação, ficando revoga-
por meio de campanhas educativas, motivem seus da a Resolução 819/96.
usuários a manter o farol baixo aceso durante o dia, Brasília, 17 de fevereiro de 1998.
nas rodovias. Iris Rezende
Art. 2º. O DENATRAN acompanhará os resul- *Anexo disponível no site:
tados obtidos pelos órgãos que implementarem esta <www.denatran.gov.br>
medida.

RESOLUÇÃO 19, DE 17.02.1998


Estabelece as competências para nomeação e homolo-
gação dos coordenadores do RENAVAM – Registro Na-
cional de Veículos Automotores e do RENACH – Regis-
tro Nacional de Carteiras de Habilitação.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme Decreto 2.327, de
23.09.1997, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
Considerando a necessidade de aperfeiçoar o relacionamento de integração dos sistemas RENAVAM e
RENACH;
154 Ordeli Savedra Gomes

Considerando os incs. VIII e IX, do art. 19 do Código de Trânsito Brasileiro, que trata da organização e
manutenção dos sistemas RENAVAM e RENACH;RESOLVE:
Art. 1º. O órgão executivo de trânsito estadual Art. 2º. O órgão executivo estadual de trânsi-
nomeará coordenadores para os sistemas RENAVAM – to dará conhecimento das nomeações, por escrito, ao
Registro Nacional de Veículos Automotores e RENACH Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN.
– Registro Nacional de Carteiras de Habilitação. Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor na da-
Parágrafo único. As coordenadorias dos sis- ta de sua publicação, revogadas as disposições em
temas de que trata o caput deste artigo poderão ser contrário.
exercidas por um único coordenador. Brasília, 17 de fevereiro de 1998.
Iris Rezende

RESOLUÇÃO 21, DE 17.02.1998


Dispõe sobre o controle, guarda e fiscalização dos for-
mulários destinados à documentação de condutores e
de veículos.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme Decreto 2.327, de
23.09.1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
CONSIDERANDO a possibilidade de extravio de formulários de Certificado de Registro de Veículos, Certi-
ficado de Registro e Licenciamento e da Carteira Nacional de Habilitação, nas diversas repartições de trânsito
do território nacional; RESOLVE:
Art. 1º. Os Departamentos Estaduais de Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor na da-
Trânsito, devem possuir em sua sede e nas suas ta de sua publicação, ficando revogada a Resolução
subdivisões, locais apropriados para a guarda de 688/88.
documentos, com os meios que proporcionem Brasília, 17 de fevereiro de 1998.
efetivo controle e segurança. Iris Rezende
Art. 2º. A repartição de trânsito sob cuja ju- *Anexo disponível no site:
risdição ocorrer o extravio ficará impossibilitada de <www.denatran.gov.br>
receber novos formulários, até que seja regularizada
a ocorrência.

RESOLUÇÃO 24, DE 21.05.1998


Estabelece o critério de identificação de veículos, a que
se refere o art. 114 do Código de Trânsito Brasileiro.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e, conforme o Decreto 2.327, de
23.09.1997, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, RESOLVE:
Art. 1º. Os veículos produzidos ou importados sileira de Normas Técnicas – ABNT, em profundidade
a partir de 01.01.1999, para obterem registro e mínima de 0,2 mm.
licenciamento, deverão estar identificados na forma § 1º Além da gravação no chassi ou monobloco,
desta Resolução. os veículos serão identificados, no mínimo, com os
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto caracteres VIS (número sequencial de produção)
neste artigo os tratores, os veículos protótipos previsto na NBR 3 6.066, podendo ser, a critério do
utilizados exclusivamente para competições esporti- fabricante, por gravação, na profundidade mínima de 0,2
vas e as viaturas militares operacionais das Forças mm, quando em chapas ou plaqueta colada, soldada ou
Armadas. rebitada, destrutível quando de sua remoção, ou ainda
Art. 2º. A gravação do número de identifica- por etiqueta autocolante e também destrutível no caso
ção veicular (VIN) no chassi ou monobloco, deverá de tentativa de sua remoção, nos seguintes comparti-
ser feita, no mínimo, em um ponto de localização, de mentos e componentes:
acordo com as especificações vigentes e formatos I - na coluna da porta dianteira lateral direita;
estabelecidos pela NBR 3 6.066 da Associação Bra- II - no compartimento do motor;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 155

III - em um dos pára-brisas e em um dos vi- RENAVAM, os fabricantes depositarão junto ao órgão
dros traseiros, quando existentes; máximo executivo de trânsito da União as identifica-
IV - em pelo menos dois vidros de cada lado ções e localização das gravações, segundo os mode-
do veículo, quando existentes, excetuados os quebra- los básicos.
ventos. Parágrafo único. Todas as vezes que houver
§ 2º As identificações previstas nos incs. “III” alteração dos modelos básicos dos veículos, os
e “IV” do parágrafo anterior, serão gravadas de forma fabricantes encaminharão, com antecedência de 30
indelével, sem especificação de profundidade e, se (trinta) dias, as localizações de identificação veicular.
adulterados, devem acusar sinais de alteração. Art. 6º. As regravações e as eventuais subs-
§ 3º Os veículos inacabados (sem cabina, tituições ou reposições de etiquetas e plaquetas,
com cabina incompleta, tais como os chassis para quando necessárias, dependerão de prévia autoriza-
ônibus), terão as identificações previstas no § 1º, ção da autoridade de trânsito competente, mediante
implantadas pelo fabricante que complementar o comprovação da propriedade do veículo, e só serão
veículo com a respectiva carroçaria. processadas por empresas credenciadas pelo órgão
§ 4º As identificações, referidas no § 2º, po- executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Fe-
derão ser feitas na fábrica do veículo ou em outro deral.
local, sob a responsabilidade do fabricante, antes de § 1º As etiquetas ou plaquetas referidas no
sua venda ao consumidor. caput deste artigo deverão ser fornecidas pelo fabri-
§ 5º No caso de chassi ou monobloco não cante do veículo.
metálico, a numeração deverá ser gravada em placa § 2º O previsto no caput deste artigo não se
metálica incorporada ou a ser moldada no material do aplica às identificações constantes dos incs. III e IV
chassi ou monobloco, durante sua fabricação. do § 1º do art. 2º desta Resolução.
§ 6º Para fins do previsto no caput deste arti- § 3º A regravação do número de identificação
go, o décimo dígito do VIN, previsto na NBR 3 6.066, veicular (VIN) no chassi ou monobloco, previsto no
será obrigatoriamente o da identificação do modelo caput deste artigo, deverá ser feita, de acordo com
do veículo. as especificações vigentes e formatos estabelecidos
§ 7º Para os fins previstos no caput deste ar- pela NBR 15180/2004 da Associação Brasileira de Nor-
tigo, o décimo dígito do VIN, estabelecido pela NBR mas Técnicas (ABNT), e suas alterações, em profun-
6066, poderá ser alfanumérico. (Incluído pela Res. didade mínima de 0,2 (dois décimos) milímetros. (In-
581/16) cluído pela Res. 581/16)
§ 8º Para os veículos tipo ciclomotores, mo- § 4º A empresa credenciada para remarcação
tonetas, motocicletas e deles derivados, a altura dos de chassis deverá encaminhar registro fotográfico do
caracteres da gravação de identificação veicular resultado da remarcação ao departamento de trânsito
(VIN) deve ter no mínimo 4,0 (quatro) milímetros. de registro do veículo, mediante regulamentação do
(Incluído pela Res. 581/16) órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
Art. 3º. Será obrigatória a gravação do ano de Federal. (Incluído pela Res. 581/16)
fabricação do veículo no chassi ou monobloco ou em Art. 7º. Os órgãos executivos de trânsito dos
plaqueta destrutível quando de sua remoção, confor- Estados e do Distrito Federal não poderão registrar,
me estabelece o § 1º do art. 114 do Código de emplacar e licenciar veículos que estiverem em
Trânsito Brasileiro. desacordo com o estabelecido nesta Resolução.
Art. 4º. Nos veículos reboques e semi- Art. 8º. Fica revogada a Resolução 659/89 do
reboques, as gravações serão feitas, no mínimo, em CONTRAN.
dois pontos do chassi. Art. 9º. Esta Resolução entra em vigor na da-
Art. 5º. Para fins de controle reservado e ta de sua publicação.
apoio das vistorias periciais procedidas pelos órgãos Renan Calheiros
integrantes do Sistema Nacional de Trânsito e por Iris Rezende
órgãos policiais, por ocasião do pedido de código do

RESOLUÇÃO 26, DE 21.05.1998


Disciplina o transporte de carga em veículos destinados
ao transporte de passageiros a que se refere o art. 109
do Código de Trânsito Brasileiro.
156 Ordeli Savedra Gomes

O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 2.327, de
23.09.1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, RESOLVE:
Art. 1º. O transporte de carga em veículos natureza, comprometam a segurança do veículo, de
destinados ao transporte de passageiros, do tipo seus ocupantes ou de terceiros.
ônibus, microônibus, ou outras categorias, está Art. 4º. Os limites máximos de peso e dimen-
autorizado desde que observadas as exigências desta sões da carga, serão os fixados pelas legislações
Resolução, bem como os regulamentos dos respecti- existentes na esfera federal, estadual ou municipal.
vos poderes concedentes dos serviços. Art. 5º. No caso do transporte rodoviário inter-
Art. 2º. A carga só poderá ser acomodada em nacional de passageiros serão obedecidos os Tratados,
compartimento próprio, separado dos passageiros, Convenções ou Acordos internacionais, enquanto
que no ônibus é o bagageiro. vinculados à República Federativa do Brasil.
Art. 3º. Fica proibido o transporte de produtos Art. 6º. Esta Resolução entra em vigor na da-
considerados perigosos conforme legislação especí- ta de sua publicação.
fica, bem como daqueles que, por sua forma ou Renan Calheiros

RESOLUÇÃO 28, DE 21.05.1998


Dispõe sobre a circulação de veículos nas rodovias nos
trajetos entre o fabricante de chassi/plataforma, monta-
dora, encarroçadora ou implementador final até o Muni-
cípio de destino, a que se refere a Resolução 14/98.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, I da Lei
9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 2.327, de
23.09.1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, RESOLVE:
Art. 1º. Nos trajetos compreendidos entre o II - caminhões dotados de características es-
fabricante de chassi/plataforma, montadora, encarro- pecíficas para o transporte de lixo e de concreto;
çadora ou implementador final até o Município de III - veículos de carroçaria blindada para trans-
destino, fica facultado o trânsito nas rodovias, sem porte de valores; e
os equipamentos de pneu e aro sobressalente, IV - veículos equipados com pneus capazes
macaco e chave de roda: de trafegar sem ar, ou com dispositivo automático de
I - ônibus e microônibus que integram o sis- enchimento comercial.
tema de transporte urbano de passageiros nos Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor na da-
Municípios,regiões e micro-regiões metropolitanas ou ta de sua publicação.
conglomerados urbanos; Renan Calheiros

RESOLUÇÃO 30, DE 21.05.1998


Dispõe sobre campanhas permanentes de segurança no
trânsito a que se refere o art. 75 do Código de Trânsito
Brasileiro.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23 .09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 2.327,
de 23.09.1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, RESOLVE:
Art. 1º. O Departamento Nacional de Trânsito – Art. 3º. Os temas serão estabelecidos e apro-
DENATRAN proporá ao CONTRAN a promoção de vados anualmente pelo CONTRAN.
campanhas permanentes pela segurança do trânsito, Art. 4º. O DENATRAN deverá oferecer as
em âmbito nacional, as quais serão desenvolvidas em condições técnicas para que cada tema trabalhado
torno de temas específicos relacionados com os fatores seja monitorado antes e depois da implementação da
de risco e com a produção dos acidentes de trânsito. campanha, visando avaliar sua eficácia.
Art. 2º. Sem prejuízo de outros, os principais Art. 5º. Esta Resolução entra em vigor na da-
fatores de risco a serem trabalhados serão: acidentes ta de sua publicação.
com pedestres, ingestão de álcool, excesso de velo- Renan Calheiros
cidade, segurança veicular, equipamentos obrigató-
rios dos veículos e seu uso.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 157

RESOLUÇÃO 31, DE 21.05.1998


Dispõe sobre a sinalização de identificação para hidran-
tes, registros de água, tampas de poços de visita de ga-
lerias subterrâneas, conforme estabelece o art. 181, VI
do Código de Trânsito Brasileiro.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 2.327, de
23.09.1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, RESOLVE:
Art. 1º. As áreas destinadas ao acesso priori- Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor 180
tário para hidrantes, registros de água ou tampas de (cento e oitenta) dias após a data de sua publicação.
poços de visita de galerias subterrâneas deverão ser Renan Calheiros
sinalizadas através de pintura na cor amarela, com *Anexo disponível no site:
linhas de indicação de proibição de estacionamento <www.denatran.gov.br>
e/ou parada, conforme Anexo I.

RESOLUÇÃO 32, DE 21.05.1998


Estabelece modelos de placas para veículos de repre-
sentação, de acordo com o art. 115, § 3º do CTB.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto 2.327, de
23.09.1997, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, RESOLVE:
Art. 1º. Ficam aprovados os modelos de pla- Art. 2º. Poderão ser utilizados os mesmos
ca constantes do Anexo à presente Resolução, para modelos de placas para os veículos oficiais dos Vice-
veículos de representação dos Presidentes dos Governadores e dos Vice-Prefeitos, assim como para
Tribunais Federais, dos Governadores, Prefeitos, Se- os Ministros dos Tribunais Federais, Senadores e
cretários Estaduais e Municipais, dos Presidentes Deputados, mediante solicitação dos Presidentes de
das Assembleias Legislativas e das Câmaras Mu- suas respectivas instituições.
nicipais, dos Presidentes dos Tribunais Estaduais e Art. 3º. Os veículos de representação deverão
do Distrito Federal, e do respectivo chefe do Minis- estar registrados junto ao RENAVAM.
tério Público e ainda dos Oficiais Generais das For- Art. 4º. Esta Resolução entra em vigor 90
ças Armadas. (noventa) dias após a data de sua publicação.
Renan Calheiros

ANEXO
158 Ordeli Savedra Gomes

RESOLUÇÃO 35, DE 21.05.1998


Estabelece método de ensaio para medição de pressão
sonora por buzina ou equipamento similar a que se refe-
rem os arts. 103 e 227, V do Código de Trânsito Brasi-
leiro e o art. 1º da Resolução 14/98 do CONTRAN.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997 que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 2.327, de
23.09.1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, RESOLVE:
Art. 1º. Todos os veículos automotores, naci- contínuos ou intermitentes, assemelhado aos utiliza-
onais ou importados, produzidos a partir de dos, privativamente, por veículos de socorro de
01.01.1999, deverão obedecer, nas vias urbanas, o incêndio e salvamento, de polícia, de operação e
nível máximo permissível de pressão sonora emitida fiscalização de trânsito e ambulância.
por buzina ou equipamento similar, de 104 decibéis – Art. 5º. Serão reconhecidos os resultados de
dB(A), conforme determinado no Anexo. ensaios emitidos por órgão credenciado pelo INME-
Art. 2º. Todos os veículos automotores, nacio- TRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização
nais ou importados, produzidos a partir de 01.01.2002, e Qualificação, pela Comunidade Europeia ou pelos
deverão obedecer o nível mínimo permissível de pressão Estados Unidos da América.
sonora emitida por buzina ou equipamento similar, de 93 Art. 6º. Fica revogada a Resolução 448/71 do
decibéis – dB(A), conforme determinado no Anexo. CONTRAN.
Art. 3º. Excetuam-se do disposto nos arts. 1º e Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na da-
2º desta Resolução, os veículos de competição auto- ta de sua publicação.
mobilística, reboques, semi-reboques, máquinas de Renan Calheiros
tração agrícola, máquinas industriais de trabalho e *Anexo disponível no site:
tratores. <www.denatran.gov.br>
Art. 4º. A buzina ou equipamento similar, a
que se refere o art. 1º, não poderá produzir sons

RESOLUÇÃO 36, DE 21.05.1998


Estabelece a forma de sinalização de advertência para
os veículos que, em situação de emergência, estiverem
imobilizados no leito viário, conforme o art. 46 do CTB.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB; e conforme Decreto 2.327, de
23.09.1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, RESOLVE:
Art. 1º. O condutor deverá acionar de Parágrafo único. O equipamento de sina-
imediato as luzes de advertência (pisca-alerta) lização de emergência deverá ser instalado per-
providenciando a colocação do triângulo de pendicularmente ao eixo da via, e em condição de
sinalização ou equipamento similar à distância boa visibilidade.
mínima de 30 metros da parte traseira do veí- Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor na
culo. data de sua publicação.
Renan Calheiros

RESOLUÇÃO 37, DE 21.05.1998


Fixa normas de utilização de alarmes sonoros e outros
acessórios de segurança contra furto ou roubo para os
veículos automotores, na forma do art. 229 do CTB.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 2.327, de
23.09.1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, RESOLVE:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 159

Art. 1º. Reconhecer como “acessórios” os polícia, de operação e fiscalização de trânsito e


sistemas de segurança para veículos automotores, ambulância;
pelo uso de bloqueio elétrico ou mecânico, ou através II - emitir sons contínuos ou intermitentes de
de dispositivo sonoro, que visem dificultar o seu advertência por um período superior a 1(um) minuto.
roubo ou furto. Parágrafo único. Quanto ao nível máximo de
Parágrafo único. O sistema de segurança, ruído, o alarme sonoro deve atender ao disciplinado
não poderá comprometer, no todo ou em parte, o na Resolução 35/98 do CONTRAN.
desempenho operacional e a segurança do veículo. Art. 3º. Os veículos nacionais ou importados
Art. 2º. O dispositivo sonoro do sistema, a fabricados a partir de 01.01.1999 deverão respeitar o
que se refere o art. 1º desta Resolução, não poderá: disposto no inc. II do artigo anterior.
I - produzir sons contínuos ou intermitentes Art. 4º. Esta Resolução entra em vigor na da-
assemelhados aos utilizados, privativamente, pelos ta de sua publicação.
veículos de socorro de incêndio e salvamento, de Renan Calheiros

RESOLUÇÃO 38, DE 21.05.1998


Regulamenta o art. 86 do Código de Trânsito Brasileiro,
que dispõe sobre a identificação das entradas e saídas de
postos de gasolina e de abastecimento de combustíveis,
oficinas, estacionamentos e/ou garagens de uso coletivo.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 2.327, de
23.09.1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, RESOLVE:
Art. 1º. A identificação das entradas e saídas possua sinalização com luzes intermitentes na cor
de postos de gasolina e abastecimento de combustí- amarela, bem como emissão de sinal sonoro.
veis, oficinas, estacionamentos e/ou garagens de uso II - Nas vias rurais: deverá estar em conformi-
coletivo, far-se-á: dade com as normas de acesso elaboradas pelo
I - Em vias urbanas: órgão executivo rodoviário ou entidade de trânsito
a) Postos de gasolina e de abastecimento de com circunscrição sobre a via.
combustíveis: Parágrafo único. Nas vias urbanas, a sinali-
1. as entradas e saídas deverão ter identifica- zação mencionada no presente artigo deverá estar
ção física, com rebaixamento da guia (meio-fio) da em conformidade com o Plano Diretor Urbano (PDU),
calçada, deixando uma rampa com declividade su- o Código de Posturas ou outros dispositivos legais
ficiente à livre circulação de pedestres e/ou portado- relacionados ao assunto.
res de deficiência; Art. 2º. Para os postos de gasolina e abaste-
2. nas quinas do rebaixamento serão aplica- cimento de combustíveis, oficinas e/ou garagens de
dos zebrados nas cores preta e amarela; uso coletivo instalados em esquinas de vias urbanas,
3. as entradas e saídas serão obrigatoriamen- a calçada será mantida inalterada até a uma distância
te identificadas por sinalização vertical e horizontal. mínima de 5 metros para cada lado, contados a partir
b) Oficinas, estacionamentos e/ou garagens do vértice do encontro das vias.
de uso coletivo: as entradas e saídas, além do rebai- Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor 90
xamento da guia (meio-fio) da calçada, deverão ser (noventa) dias após a data de sua publicação.
identificadas pela instalação, em locais de fácil visi- Renan Calheiros
bilidade e audição aos pedestres, de dispositivo que

RESOLUÇÃO 44, DE 21.05.1998


Dispõe sobre os requisitos técnicos para o encosto de
cabeça, de acordo com art. 105, III do CTB.
*Observação sobre o encosto de cabeça, inserida na
Res. 14/98.
160 Ordeli Savedra Gomes

O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB; e conforme o Decreto 2.327, de
23.09.1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, RESOLVE:
Art. 1º. Os automóveis nacionais ou importa- Art. 3º. O disposto no art. 1º aplica-se ao
dos, deverão ser dotados, obrigatoriamente, de desenvolvimento de novos projetos, a partir de
encosto de cabeça nos assentos dianteiros próximos 01.01.1999.
às portas e nos traseiros laterais, quando voltados Parágrafo único. Não se considera como
para frente do veículo. projeto novo a derivação de um mesmo modelo
§ 1º A aplicação do encosto de cabeça nos básico de veículo.
assentos centrais é facultativa. Art. 4º. Para efeito de aplicação do encosto
§ 2º Nos automóveis esportivos do tipo dois de cabeça, serão aceitos os resultados de ensaios
mais dois ou nos modelos conversíveis é facultado o emitidos por órgãos credenciados pela Comunidade
uso do encosto de cabeça nos bancos traseiros. Europeia ou Estados Unidos da América, de confor-
midade com os procedimentos oficiais lá adotados,
Art. 2º. Os automóveis, nacionais ou impor- na falta de padronização nacional, bem como os
tados, produzidos a partir de 01.01.1999, com código testes feitos no Brasil por órgãos oficiais competen-
marca/modelo deferido pelo órgão máximo executivo tes ou outros por eles credenciados, de acordo com
de trânsito da União até 31.12.1998, deverão ser os procedimentos europeus ou americanos.
dotados, obrigatoriamente, de encosto de cabeça nos Art. 5º. Esta Resolução entra em vigor na da-
assentos dianteiros próximos às portas, sendo ta de sua publicação.
facultada sua instalação nos demais assentos. Renan Calheiros

RESOLUÇÃO 56, DE 21.05.1998


Disciplina a identificação e emplacamento dos veículos
de coleção, conforme dispõe o art. 97 do Código de
Trânsito Brasileiro.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 2.327, de
23.09.1997, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, RESOLVE:
Art. 1º. São considerados veículos de coleção comprovada atuação nesse setor, respondendo pela
aqueles que atenderem, cumulativamente, aos se- legitimidade do Certificado que expedir.
guintes requisitos: § 3º O Certificado de Originalidade, expedido
I - ter sido fabricado há mais de trinta anos; conforme modelo constante do Anexo desta Resolu-
(Inciso alterado pela Res. 127/01) ção, é documento necessário para o registro de
II - conservar suas características originais de veículo de coleção no órgão de trânsito.
fabricação; Art. 2º. O disposto nos arts. 104 e 105 do
III - integrar uma coleção; Código de Trânsito Brasileiro não se aplica aos
IV - apresentar Certificado de Originalidade, veículos de coleção.
reconhecido pelo Departamento Nacional de Trânsito Art. 3º. Os veículos de coleção serão identifica-
– DENATRAN. dos por placas dianteira e traseira, neles afixadas, de
§ 1º O Certificado de Originalidade de que tra- acordo com os procedimentos técnicos e operacionais
ta o inc. IV deste artigo atestará as condições estabe- estabelecidos pela Resolução 45/98 – CONTRAN.
lecidas nos seus incs. I a III e será expedido por Art. 4º. As cores das placas de que trata o ar-
entidade credenciada e reconhecida pelo DENATRAN tigo anterior serão em fundo preto e caracteres cinza.
de acordo com o modelo Anexo, sendo o documento Art. 5º. Fica revogada a Resolução 771/93 do
necessário para o registro. CONTRAN.
§ 2º A entidade de que trata o parágrafo anterior Art. 6º. Esta Resolução entra em vigor na da-
será pessoa jurídica, sem fins lucrativos, e instituída ta de sua publicação.
para a promoção da conservação de automóveis Renan Calheiros
antigos e para a divulgação dessa atividade cultural, de
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 161

ANEXO
(Anexo alterado pela Res. 127/01)
(Identificação da Entidade)

CERTIFICADO DE ORIGINALIDADE
Certifico que o veículo cujas características são abaixo descritas, tendo sido examinado, possui mais de 30 anos
de fabricação; é mantido como objeto de coleção; ostenta valor histórico por suas características originais; mantém pleno
funcionamento os equipamentos de segurança de sua fabricação, estando apto a ser licenciado como Veículo Antigo, pelo
que se expede o presente Certificado de Originalidade.
__________________________________________________________________________________
Veículo: marca, tipo, modelo, ano de fabricação, placa atual
__________________________________________________________________________________
(nome da cidade, sigla do Estado, data)
__________________________________________________________________________________
assinatura do responsável pela Certificação
__________________________________________________________________________________
(nome por extenso)
__________________________________________________________________________________
(qualificação junto à entidade)
__________________________________________________________________________________
(endereço e telefone da entidade)

RESOLUÇÃO 62, DE 21.05.1998


Estabelece o uso de pneus extralargos e define seus li-
mites de peso de acordo com o parágrafo único do art.
100 do Código de Trânsito Brasileiro.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições legais que lhe conferem o art.
12, inc. I, da Lei 9503 de 23.09.1997 que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB; e conforme o Decreto
2.327, de 23.09.1997, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
Art. 1º. É permitida a utilização de pneus com igual período até sua regulamentação, fornecida pelo
banda extra-larga (Single) órgão rodoviário da União.
I - dos tipos 385/65 R 22,5 em semirreboques Art. 3º. A expedição da APEX fica condicio-
e reboques dotados de suspensão pneumática com nada à apresentação prévia da especificação técnica
eixos em tandem; do equipamento e do pneu pelos interessados e terá
II - do tipo 395/80 R 20 em aplicação espe- validade nas vias de todo território nacional.
cífica em caminhões de salvamento e combate a in- Art. 4º. A autorização provisória experimen-
cêndio. tal, fica sujeita a apresentação de relatório semestral,
Parágrafo único. Para as configurações do conforme Anexo II, com as seguintes informações:
inc. I deste artigo, será admitido o peso bruto máxi- I - velocidades médias;
mo transmitido, por conjunto de eixos em tandem, de II - cargas transportadas e seus pesos;
17 toneladas para o tandem duplo e 25,5 toneladas III- rotas percorridas;
para o tandem triplo. (Todo artigo com redação dada IV- consumo de combustível; e
pela Res. 565/15) V - desempenho do conjunto comparado com
Art. 2º. A utilização de outros tipos de pneus unidade convencional.
SINGLE em veículo trator, reboque ou semirreboque Parágrafo único. Não sendo apresentado o
observadas os limites de peso por eixo fixados na relatório semestral será cancelada a APEX.
Res. 12/98 do CONTRAN, de 12.02.1998, com sus- Art. 5º. Após o período experimental, o De-
pensão, tipo ou dimensão de pneu diferente da partamento Nacional de Estradas de Rodagem –
mencionada no art. anterior, estará sujeita à APEX – DNER apresentara ao CONTRAN proposta de regula-
Autorização Provisória Experimental, na forma do mentação de novos tipos de pneus com banda extra-
Anexo I, pelo prazo de 2 (dois) anos, renovável por larga, suspensão, e limites de peso.
162 Ordeli Savedra Gomes

Art. 6º. Fica revogada a Res. 787/94 do CON- Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na da-
TRAN. ta de sua publicação.
Renan Calheiros

ANEXOS
Disponíveis no site do DENATRAN <www.denatran.gov.br>

RESOLUÇÃO 66, DE 23.09.1998


Institui tabela de distribuição de competência dos ór-
gãos executivos de trânsito.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e conforme Decreto 2.327, de
23.09.1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e
Considerando a necessidade de definir competências entre Estados e Municípios, quanto à aplicação de
dispositivos do Código de Trânsito Brasileiro referentes a infrações cometidas em áreas urbanas, RESOLVE:
Art. 1º. Fica instituída a TABELA DE DISTRI- Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor na da-
BUIÇÃO DE COMPETÊNCIA, FISCALIZAÇÃO DE ta de sua publicação.
TRÂNSITO, APLICAÇÃO DAS MEDIDAS ADMINIS- Renan Calheiros
TRATIVAS, PENALIDADES CABÍVEIS E ARRECADA-
ÇÃO DAS MULTAS APLICADAS, conforme Anexo A TABELA COMPLETA CONSTA NO ANEXO DA
desta Resolução. PORTARIA 59/07/DENATRAN

RESOLUÇÃO 88, DE 04.05.1999


Estabelece modelo de placa para veículos de represen-
tação e dá outras providências.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 2.327, de
23.09.1997, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, RESOLVE:
Art. 1º. Aprovar o modelo de placa constan- Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor na da-
te no Anexo desta Resolução para os veículos de re- ta de sua publicação.
presentação dos Secretários de Estado do Governo Renan Calheiros
Federal.

ANEXO

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
1 – Placa em Bronze
2 – Letras em alto-relevo/dourada
3 – Fundo Preto
4 – Dimensões: 35 cm x 16 cm
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 163

RESOLUÇÃO 92, DE 04.05.1999


Dispõe sobre requisitos técnicos mínimos do registra-
dor instantâneo e inalterável de velocidade e tempo,
conforme o Código de Trânsito Brasileiro.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere os arts. 7º e 12 da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e o Decreto 2.327, de 23.09.1997, que trata
da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito e considerando a necessidade de proporcionar às autoridades
competentes, as condições precisas para o exercício do ato de fiscalização e de análise dos acidentes, RESOLVE:
Art. 1º. O registrador instantâneo e inalterável trológica realizada pelo Instituto Nacional de Metrologia,
de velocidade e tempo pode constituir-se num único Qualidade e Tecnologia – INMETRO ou entidade creden-
aparelho mecânico, eletrônico ou compor um conjunto ciada. (Inciso acrescido pela Res. 406/12)
computadorizado que, além das funções específicas, § 2º Nas operações de fiscalização do registra-
exerça outros controles. dor instantâneo e inalterável de velocidade e tempo, o
Art. 2º. Deverá apresentar e disponibilizar a agente fiscalizador deverá identificar-se e assinar o
qualquer momento, pelo menos, as seguintes informa- verso do disco ou fita diagrama, bem como mencionar o
ções das últimas vinte e quatro horas de operação do local, a data e horário em que ocorreu a fiscalização.
veículo: § 3º A comprovação da verificação metrológica
I - velocidades desenvolvidas; de que trata o inciso V do § 1º poderá ser feita por meio
II - distância percorrida pelo veículo; de sítio do INMETRO na rede mundial de computadores
III - tempo de movimentação do veículo e suas ou por meio da via original ou cópia autenticada do
interrupções; certificado de verificação metrológica. (Inciso acrescido
IV - data e hora de início da operação; pela res. 406/12)
V - identificação do veículo; Art. 4º. Para a extração, análise e interpreta-
VI - identificação dos condutores; ção dos dados registrados, o agente fiscalizador
VII - identificação de abertura do compartimento deverá ser submetido a um prévio treinamento sob
que contém o disco ou de emissão da fita diagrama. responsabilidade do fabricante, conforme instrução
Parágrafo único. Para a apuração dos períodos dos fabricantes dos equipamentos ou pelos órgãos
de trabalho e de repouso diário dos condutores, a incumbidos da fiscalização.
autoridade competente utilizará as informações previs- Art. 5º. Ao final de cada período de vinte quatro
tas nos incs. III, IV, V e VI. horas, as informações previstas no art. 2º ficarão à
Art. 3º. A fiscalização das condições de funcio- disposição da autoridade policial ou da autoridade
namento do registrador instantâneo e inalterável de administrativa com jurisdição sobre a via, pelo prazo de
velocidade e tempo, nos veículos em que seu uso é noventa dias.
obrigatório, será exercida pelos órgãos ou entidades de Art. 6º. Em caso de acidente, as informações
trânsito com circunscrição sobre a via onde o veículo referentes às últimas vinte e quatro horas de opera-
estiver transitando. (Redação dada pela Res. 406/12) ção do veículo ficarão à disposição das autoridades
§ 1º Na ação de fiscalização de que trata este ar- competentes pelo prazo de um ano.
tigo o agente deverá verificar e Inspecionar: (Redação
Parágrafo único. Havendo necessidade de
dada pela Res. 406/12)
apreensão do registrador instantâneo e inalterável de
I - se o registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo ou do dispositivo que contenha o
velocidade e tempo encontra-se em perfeitas condições
registro das informações, a autoridade competente
de uso;
fará justificativa fundamentada.
II - se as ligações necessárias ao seu correto
funcionamento estão devidamente conectadas e lacra- Art. 7º. O registrador instantâneo e inalterável de
das e seus componentes sem qualquer alteração; velocidade e tempo e o disco ou fita diagrama para a
aprovação pelo órgão máximo executivo de trânsito da
III - se as informações previstas no art. 2º estão
disponíveis, e se a sua forma de registro continua ativa; União, deverá ser certificado pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial –
IV - se o condutor dispõe de disco ou fita dia-
INMETRO, ou por entidades por ele credenciadas.
grama reserva para manter o funcionamento do regis-
trador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo Parágrafo único. Para certificação, o equipa-
até o final da operação do veículo; mento registrador instantâneo e inalterável de velocidade
V - se o registrador instantâneo e inalterável de e tempo e o disco diagrama ou fita diagrama, deverão, no
velocidade e tempo está aprovado na verificação me- mínimo, atender às especificações técnicas dos Anexos I
164 Ordeli Savedra Gomes

(para equipamentos providos de disco diagrama) e II Art. 7°-A. O DENATRAN, após receber reque-
(para os equipamentos eletrônicos providos de fita rimento devidamente instruído e protocolado, notifi-
diagrama) e os seguintes requisitos: cará o interessado acerca da viabilidade do pedido,
I. possuir registrador próprio, em meio físico nos seguintes prazos: (Artigo acrescido pela Del.
adequado, de espaço percorrido, velocidades desen- 183/20)
volvidas e tempo de operação do veículo, no período I - cento e vinte dias, para os requerimentos
de vinte e quatro horas; apresentados até 01.02.2021;
II. fornecer, em qualquer momento, as infor- II - noventa dias, para os requerimentos apre-
mações de que trata o art. 2º desta Resolução; sentados até 01.02.2022;
III. assegurar a inviolabilidade e inalterabilida- III - sessenta dias, para os requerimentos
de do registro de informações; apresentados a partir de 02.02.2022.
IV. possuir lacre de proteção das ligações ne- Art. 8º. A inobservância do disciplinado nesta
cessárias ao seu funcionamento e de acesso interno Resolução constitui-se em infração de trânsito
ao equipamento; previstas nos arts. 238 e 230, incs. IX, X, XIV, com as
V. dispor de indicação de violação; penalidades constantes dos arts. 258, inc. II, 259,
VI. ser constituído de material compatível pa- inc. II, 262 e 266, e as medidas administrativas
ra o fim a que se destina; disciplinadas nos arts. 270, 271 e 279 do Código de
VII. totalizar toda distância percorrida pelo ve- Trânsito Brasileiro, não excluindo-se outras estabele-
ículo; cidas em legislação específica.
VIII. ter os seus dispositivos indicadores ilu- Art. 9º. A violação ou adulteração do regis-
minados adequadamente, com luz não ofuscante ao trador instantâneo e inalterável de velocidade e
motorista; tempo sujeitará o infrator às cominações da legisla-
IX. utilizar como padrão as seguintes unidades ção penal aplicável.
de medida e suas frações: quilômetro por hora Art. 10. Ficam revogadas as Resoluções
(Km/h), para velocidade; hora (h) para tempo e 815/96 e 816/96-CONTRAN.
quilômetro (km) para espaço percorrido; Art. 11. Esta Resolução entra em vigor na da-
X. situar-se na faixa de tolerância máxima de ta de sua publicação.
erro nas indicações, conforme Anexos I e II; Renan Calheiros
XI. possibilitar leitura fácil, direta e sem uso
de instrumental próprio no local de fiscalização, nos
dados registrados no meio físico.

ANEXO I
REGISTRADOR INSTANTÂNEO E INALTERÁVEL DE VELOCIDADE E TEMPO,
PROVIDO DE DISCO DIAGRAMA
I. DEFINIÇÃO c) tempo de movimentação do veículo e su-
Instrumento instalado em veículos automoto- as interrupções;
res para registro contínuo, instantâneo, simultâneo e d) abertura do compartimento de que aloja o
inalterável, em disco diagrama, de dados sobre a disco diagrama;
operação desses veículos e de seus condutores. e) poderá ainda, dependendo do modelo, for-
O instrumento pode ter períodos de registro necer outros tempos como: direção efetiva,
de 24 horas, em um único disco, ou de 7 ou 8 dias disponibilidade e repouso do motorista.
em um conjunto de 7 ou 8 discos de 24 horas cada III. GENERALIDADES
um. Neste caso registrador troca automaticamente o
1. O instrumento deve incluir os seguintes
disco após as 24 horas de utilização de cada um.
(Redação dada pela res. 406/12) dispositivos:
II. CARACTERÍSTICAS GERAIS E FUNÇÕES DO Dispositivos indicadores:
REGISTRADOR INSTANTÂNEO E INALTERÁVEL DE • da distância percorrida (odômetro)
VELOCIDADE E TEMPO • da velocidade (velocímetro)
O registrador de velocidade deverá fornecer • do tempo (relógio)
os seguintes registros: Dispositivo de registro incluído:
a) distância percorrida pelo veículo; • um registrador de distância percorrida
b) velocidade do veículo; • um registrador de velocidade
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 165

• um registrador de tempo O contador totalizador deve poder indicar, pe-


Dispositivo de marcação que assinale no dis- lo menos, até 99.999,9 KM.
co diagrama qualquer abertura do compartimento que 2. Indicador de velocidade (velocímetro)
contém esse disco. No interior do campo de medida, a escala da
2. A eventual inclusão no instrumento de ou- velocidade deve ser graduada uniformemente por 1,
tros dispositivos além dos acima numerados não 2, 5 ou 10 Km/h. O valor de uma divisão da velocida-
deve comprometer o bom funcionamento dos dispo- de (espaço compreendido entre duas marcas suces-
sitivos obrigatórios, nem dificultar a sua leitura. sivas) não deve exceder 10% da velocidade máxima
O instrumento deverá ser à homologação e que figurar no fim da escala.
aprovação munido desses dispositivos complementa- O espaço para além do campo não deve ser
res eventuais numerado.
3. Materiais
O comprimento de cada divisão correspon-
Todos os elementos constituídos do registra- dente a uma diferença de velocidade de 10KM/h não
dor instantâneo e inalterável de velocidade e tempo, deve ser inferior a 10mm.
devem ser feitos de materiais com estabilidade e
resistência mecânica suficientes com características Num indicador com ponteiro, a distância entre
elétricas e magnéticas invariáveis. ente e o mostrador não deve ultrapassar 3mm.
4. Medição da distância percorrida 3. Indicador de Tempo (relógio)
As distâncias percorridas podem ser totalizadas O indicador de tempo deve ser visível do exte-
e registradas: quer em marcha em frente e marcha rior do instrumento e a sua leitura deve ser segura,
trás, quer em marcha em frente, o eventual registro das fácil e não ambígua.
manobras de marcha atrás não deve em nada afetar a V. DISPOSITIVOS REGISTRADORES
clareza e a precisão dos outros registros. 1. Generalidades
5. Medição de velocidade Em todos os instrumentos, deve ser prevista
• campo da medida de velocidade deve ser uma marca que permita a colocação do disco dia-
compatível com modelo do registrador. grama, de forma a que seja assegurada a correspon-
• a frequência natural e o dispositivo de dência entre a hora indicada pelo relógio e a marca-
amortecimento do mecanismo de medi- ção horária no disco diagrama.
ção, devem ser tais que os dispositivos de O mecanismo que movimenta o disco dia-
indicação e de registro de velocidade pos- grama deve garantir que esse movimento se efetue
sam, dentro do campo de medida, seguir as sem manipulação e a folha possa ser colocada e
mudanças de aceleração de 2m/s2 dentro retirada livremente.
dos limites de tolerância admitidos.
O dispositivo que faz avançar o disco diagra-
6. Medição do tempo (relógio) ma, é comandado pelo mecanismo do relógio neste
O comando do dispositivo de ajustamento da caso, o movimento de rotação do disco diagrama
hora deve encontra-se no interior do compartimento será contínuo e uniforme com uma velocidade míni-
que contém o disco diagrama, e cada abertura desse ma de 7 mm/h, medida no bordo inferior da coroa
compartimento será assinalada automaticamente no
circular que delimita a zona de registro da velocidade.
disco diagrama.
Os registros da velocidade do veículo, tem-
7. Iluminação e proteção
pos, da distância percorrida e da abertura do com-
Os dispositivos indicadores do aparelho de-
partimento contendo o(s) disco(s) diagrama devem
vem estar munidos de uma iluminação adequada não
ser automáticos.
ofuscante.
Em condições normais de utilização, todas as O disco diagrama inserido no registrador ins-
partes internas do instrumento devem estar protegi- tantâneo e inalterável de velocidade e tempo deverá
das de umidade e pó. conter, necessariamente, a data da operação, o
IV. DISPOSITIVOS INDICADORES número da placa do veículo, o nome ou o prontuário
do condutor, a quilometragem inicial e o término de
1. Indicador da distância percorrida (odômetro)
sua utilização, a quilometragem final do veículo.
A divisão mínima do dispositivo indicador da
distância percorrida deve ser de 0.1 Km. Os algaris- Nos veículos que revezam dois condutores as
mos que exprimem os décimos devem poder distin- informações poderão ser registradas:
guir-se dos que exprimem números de quilômetros. a) de forma diferenciada, em um único disco
Os algarismos do contador totalizador devem diagrama, quando o registrador de veloci-
ser claramente legíveis e ter uma altura visível de, dade e tempo for dotado de dispositivo de
pelo menos, 4mm. comutação de condutor ou;
166 Ordeli Savedra Gomes

b) separadamente, e, dois discos diagramas, b) Para registro da velocidade, o erro máximo


sendo um disco para cada condutor. admissível é o maior dois valores abaixo,
2. Registro da distância percorrida positivo ou negativo:
Todo o percurso de uma distância de 1 Km deve – 3% da velocidade real;
ser representado no disco diagrama por uma variação de – 3 Km/h da velocidade real.
pelo menos, 1mm da coordenada correspondente. c) Para registro do tempo decorrido o erro
Mesmo que a velocidade do veículo se situe no máximo admissível e o abaixo discriminado:
limite superior do campo da medida, o registro da dis- – 2 minutos a cada 24 horas com o máxi-
tância percorrida dever ser também claramente legível. mo de 10 minutos em sete dias.
3. Registro da velocidade 2. Na instalação:
A agulha de registro da velocidade deve, em a) Para registro da distância percorrida, o erro
princípio, ter um movimento retilíneo e perpendicular máximo é o maior dos valores abaixo posi-
à direção de deslocamento do disco diagrama. tivo ou negativo:
Todavia, pode ser admitido um movimento – 2% da distância real, sendo esta pelo
curvilíneo da agulha, se forem preenchidas as seguin- menos igual a 1 KM.
tes condições: – 20m da distância real, sendo esta pelo
• traçado descrito pela agulha deve ser menos igual a 1 Km.
perpendicular à média. b) Para registro da velocidade, o erro máximo
Qualquer variação de 10 Km/h da velocidade de- é o maior dos valores abaixo positivo e negativo:
ve ser representada no disco diagrama por uma varia- – 4% da velocidade real;
ção mínima de 1,5 mm da coordenada correspondente. – 4Km/h da velocidade real;
4. Registro de tempos c) Para registro do tempo decorrido, o erro
O registrador deve ser construído de tal forma máximo admissível é o abaixo discriminado:
que permita a clara visualização do tempo de operação – 2 minutos a cada 24 horas, com o máxi-
e parada do veículo, podendo o registrador ser provido mo de 10 minutos em 7 dias.
de dispositivo de manobra que identifique, no disco Em uso:
diagrama, a natureza de tempo registrado como: a) Para registro da distância percorrida, o erro
direção efetiva por motorista, parada para repouso, máximo admissível é o maior dos dois va-
parada para espera (disponibilidade) e outros trabalhos. lores abaixo positivo ou negativo:
VI. DISPOSITIVO DE FECHAMENTO – 4% da distância real, sendo esta, pelo
1. O compartimento que contém o disco di- menos igual a 1 Km
agrama e o comando do dispositivo de ajustamento – 40m da distância real, sendo esta, pelo
da hora deverá ser provido de um dispositivo de menos igual a 1 Km
fechamento. b) Para registro da velocidade, o erro máximo
2. Qualquer abertura do compartimento que admissível é o maior dos dois valores abai-
xo positivo e negativo:
contém o disco diagrama e o comando do dispositivo
de ajustamento da hora deverá ser automaticamente – 6% da velocidade real;
registrada no disco. – 6Km/h da velocidade real.
VII. INDICAÇÕES DO MOSTRADOR c) Para registro do tempo decorrido, o erro
No mostrador do instrumento deve figurar no máximo admissível é o abaixo discriminado:
mínimo a seguinte inscrição: – 2 minutos a cada 24 horas, com o máxi-
mo de 10 minutos em 7 dias.
• Próximo da escala de velocidades, a in-
dicação “Km/h”. IX. DISCO DIAGRAMA
VIII. ERROS MÁXIMOS TOLERADOS (DISPO- 1. Definição
SITIVOS INDICADORES E REGISTRADORES) Disco de papel carbonado recoberto de fino
revestimento destinado a receber e fixar os registros
1. No banco de ensaio antes da instalação:
provenientes dos dispositivos de marcação do re-
a) Para registro da distância percorrida, o erro gistrador instantâneo de velocidade de forma contí-
máximo admissível é o maior dos dois va- nua e inalterável e de leitura e interpretação direta(
lores abaixo, positivo ou negativo: sem dispositivos especiais de leitura).
– 1% da distância real, sendo esta, pelo 2. Generalidades
menos igual a 1Km; a) Os discos diagrama devem ser de uma
– 10% m da distância real, sendo esta, pelo qualidade tal de forma a não impedir o fun-
menos igual a 1Km. cionamento normal e permitir que os regis-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 167

tros sejam indeléveis, claramente legíveis e vez no interior dessa zona. A última linha
identificáveis. dessa zona deve coincidir com o limite
Esses discos diagrama devem conservar as superior do campo de medida.
suas dimensões e registros em condições normais de c) A zona reservada ao registro das distâncias
higrometria e de temperatura percorridas deve ser imprensa de forma a
Em condições normais de conservação, os permitir a leitura do número de quilômetros
registros devem ser legíveis com precisão durante, percorridos.
pelo menos, cinco anos. d) A zona reservada aos registro de tempos
b) A capacidade de registro no disco diagra- deverá ser compatível com o modelo do
ma deve ser de 24 horas. registrados em uso.
Se vários discos diagrama forem ligados entre e) Indicações impressas nos discos diagrama:
si, a fim de aumentar a capacidade de registros contí- – Cada disco diagrama deve conter, im-
nuos sem intervenção do pessoal, as ligações entre os pressas, as seguintes indicações
diversos discos diagrama devem ser feitas de tal ma- – nome do fabricante
neira que os registros não apresentem nem interrup-
ções nem sobreposições nos pontos de passagem de – escalas de leitura
um disco diagrama ao outro. – limite superior da velocidade registravel,
3. Zonas de registro e respectivas graduações em quilômetros por hora.
a) Devem comportar as seguintes zonas de Além disso, cada disco deve ter impresso pe-
registro: lo menos uma escala de tempo, graduada de forma a
– exclusivamente reservada para indica- permitir a leitura direta do tempo com intervalo de 5
ções relativas à velocidade; minutos, bem como a determinação fácil de cada
– exclusivamente reservada para indica- intervalo de 15 minutos.
ções relativas às distâncias percorridas; f) Espaço livre para as inscrições manuscritas.
– as indicações relativas ao tempo de mo- Deve haver um espaço livre que permita ao
vimentação do veículo, e poderá ter zonas para condutor a inscrição de, pelo menos, as seguintes
outros tempos de trabalho e de presença no trabalho, indicações manuscritas:
interrupções de trabalho e repouso dos condutores. – nome do condutor ou número do prontuário;
b) A zona reservada ao registro da velocida- – data e lugar do início da utilização do disco;
de deve estar subdividida, no mínimo, de – número da placa do veículo;
20 em 20 Km/h. A velocidade correspon- – quilometragem inicial;
dente deve Ser indicada em algarismos
– quilometragem final;
em cada linha dessa subdivisão. O símbo-
lo KM/h deve figurar, pelo menos, uma – total de quilômetros.

ANEXO II
CONJUNTO COMPUTADORIZADO PARA REGISTRO ELETRÔNICO INSTANTÂNEO E INALTERÁVEL DE
VELOCIDADE, DISTÂNCIA PERCORRIDA, TEMPO E PROVIDO DE EQUIPAMENTO EMISSOR DE FITA DIAGRAMA
1. DEFINIÇÃO • distância percorrida pelo veículo
Conjunto computadorizado instalado em veí- • tempo de movimentação do veículo e
culos automotores para registro eletrônico instantâ- suas interrupções
neo, simultâneo, inalterável e contínuo, em memória • data e hora de início da operação
circular não volátil, de dados sobre a operação desse • identificação do veículo
veículo e de seus condutores. • identificação dos condutores (nome ou
O conjunto deverá obrigatoriamente conter numero do prontuário)
um equipamento emissor de fita diagrama para • identificação dos períodos de condução
disponibilização das informações registradas.
de cada condutor
Esse conjunto deverá ter capacidade de ar-
• constante k
mazenar os dados previstos relativos as últimas vinte
e quatro horas de operação do veículo. 2.2 Software básico
2. CARACTERÍSTICAS GERAIS E FUNÇÕES O Conjunto Computadorizado para Registro
DO CONJUNTO COMPUTADORIZADO PARA REGIS- Eletrônico de velocidade, distância percorrida, tempo
TRO ELETRÔNICO INSTANTÂNEO DE VELOCIDADE, provido de equipamento emissor de fita diagrama
DISTÂNCIA PERCORRIDA E TEMPO deverá obrigatoriamente conter o programa que
2.1 deverá fornecer os seguintes registros atenda às disposições desta Resolução, de respon-
• velocidade do veículo sabilidade do fabricante, residente de forma perma-
nente no equipamento, em memória não-volátil, com
168 Ordeli Savedra Gomes

a finalidade específica e exclusiva de gerenciamento • nas caixas dos aparelhos que compõem
das operações e impressão de documentos por meio do o Conjunto Computadorizado para regis-
equipamento emissor de fita diagrama não podendo ser tro eletrônico instantâneo de velocida-
modificado ou ignorado por programa aplicativo. de, distância percorrida e tempo.
2.3 Segurança das informações 3.2 Acessórios
Em caso de acidente com o veículo, as infor- A eventual inclusão de novas funções, além
mações das últimas vinte e quatro horas, ficarão à das acima citadas não deve comprometer o funcio-
disposição das autoridades competentes, em mídia namento dos registros obrigatórios, nem dificultar a
eletrônica e em documento impresso, pelo prazo de 5 sua leitura.
cinco anos. As informações em mídia eletrônica 3.3 Materiais
deverão incorporar autenticação eletrônica (algoritmo Todos os elementos constituintes do Conjunto
que permite a verificação de autenticidade de um Computadorizado para Registro eletrônico instantâ-
conjunto de dados), portanto assegurando que os neo de velocidade, distância percorrida e tempo
dados sejam a cópia fiel e inalterável das informa- devem utilizar materiais com estabilidade e resistên-
ções solicitadas. A autenticação eletrônica deverá cia mecânica adequadas e com características
utilizar algoritmo reconhecido garantindo que a mo- elétricas e magnéticas invariáveis, conforme normas
dificação de qualquer bit do conjunto de dados da indústria automotiva.
invalide o código de autenticação. A chave de verifi-
cação de autenticidade deverá estar depositado no 3.4 Medição da distância percorrida
órgão controlador. As distâncias percorridas serão totalizadas e
Havendo necessidade de apreensão do Con- registradas quer em marcha em frente e marcha
junto Computadorizado para Registro eletrônico atrás. O eventual registro das manobras de marcha
instantâneo de velocidade, distância percorrida e atrás não deverá em nada afetar a clareza e precisão
tempo, a autoridade competente, mediante decisão dos outros registros. O registro deverá ser feito com
fundamentada fornecerá documento circunstanciado, resolução mínima de 10 metros.
contendo a sua marca, o seu modelo, o seu número A aferição deverá ser realizada mediante o en-
de série, o nome do fabricante e a identificação do vio ao Conjunto Computadorizado para Registro Eletrô-
veículo. Os dados das últimas vinte e quatro horas nico, por meio de um microcomputador, de um parâ-
antes da apreensão deverão permanecer intactos na metro numérico acompanhado de uma senha alfanu-
memória do dispositivo, independente do fornecimen- mérica de pelo menos 8 caracteres e deverá portar em
to de energia elétrica, por pelo menos um ano. local adequado, a inscrição do valor da constante k.
3. GENERALIDADES O erro máximo tolerado na aferição deverá ser
3.1 O equipamento deve incluir os seguintes de 1% para mais ou para menos da distância real. Em
dispositivos: uso, a diferença tolerada será aquela devida ao
3.1.1 Eletrônicos indicadores: desgaste natural dos pneus do veículo.
• e funcionamento do conjunto computado- 3.5 Medição de velocidade
rizado; Operará com o tempo de digitalização registro
• de funcionamento do relógio de tempo; da velocidade não superior a um segundo nas últimas
• de duas velocidades padrão para correla-
vinte e quatro horas. A unidade utilizada deverá ser
ção com o instrumento indicador; quilômetros por hora (km/h).
• do funcionamento do sensor de distân- A frequência própria e o amortecimento do
cia; dispositivo de medição devem ser tais que os instru-
mentos de indicação e de registro da velocidade
3.1.2 Eletrônicos de registro não volátil: possam, dentro da gama de medição, acompanhar
• a velocidade do veículo; variações de aceleração até 2m/s2 dentro dos limites
• a distância percorrida pelo veículo; de tolerância admitidos.
• tempo de operação do veículo e suas in- O erro máximo tolerado na aferição da instalação
terrupções; poderá ser de 1% para mais ou para menos da velocida-
• a data e hora de início da operação; de real. Em uso, a diferença adicional tolerada deverá ser
• a identificação do veículo; aquela devido ao desgaste natural dos pneus.
• da identificação dos condutores (nome ou O registro de velocidades deverá ser feito na
n. do prontuário); faixa de 0 a 150 km/h com resolução de 1 km/h.
• da identificação dos períodos de condu- 3.6 Medição do tempo (relógio eletrônico)
ção de cada condutor. Conterá um relógio eletrônico interno que ser-
3.1.3 Localização dos lacres: virá de referência para registro das informações, no
• nas ligações necessárias ao seu com- equipamento emissor de fita diagrama, e deverá ter
pleto funcionamento; precisão até 0,05%.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 169

Na ausência de fornecimento de energia elé- horas, deverão ser mantidos em meio magnético pelo
trica para o Conjunto Computadorizado para Registro prazo de um ano. É responsabilidade do usuário man-
eletrônico instantâneo de velocidade, distância per- ter um sistema de armazenamento de dados que
corrida e tempo, o relógio eletrônico deverá manter- atenda esta exigência.
se em funcionamento normal por um período não 3.10 Fita diagrama
inferior a 5 (cinco) anos. A fita diagrama deve ser de uma qualidade tal
3.7 Iluminação e proteção não impedindo o funcionamento normal e permitindo
Os dispositivos eletrônicos indicadores devem que os registros que nela efetuados sejam indeléveis
ter uma iluminação adequada não ofuscante. e claramente legíveis e identificáveis
Em condições normais de utilização, todas as Deve resistir e conservar as suas dimensões
partes internas do Conjunto Computadorizado para e registros em condições normais de higrometria,
Registro eletrônico instantâneo de velocidade, dis- temperatura e manuseio em ambiente automotivo.
tância percorrida e tempo deverão estar protegidas. Em condições normais de conservação os re-
3.8 Indicador de velocidade, tempo e distância gistros devem ser legíveis com precisão, durante,
Com o uso do sistema computadorizado para cinco anos pelo menos.
registro instantâneo de velocidade e tempo e provido Não deverá ter largura superior a 75,0 mm e
de equipamento emissor de fita diagrama, o veículo comprimento mínimo para os registros de vinte
deve ser equipado com velocímetro, odômetro e quatro horas.
relógio em conformidade com a especificação original Deve comportar as seguintes zonas de regis-
do fabricante do veículo. tro pré impressas:
3.8.1 Indicador da distância percorrida (odôme- • uma zona exclusiva reservada às indica-
tro); ções relativas à velocidade;
A divisão mínima do dispositivo indicador da • uma zona para as indicações relativas ao
distância percorrida deve ser de 0.1 Km. Os algaris- tempo de operação do veículo.
mos que exprimem os décimos devem poder distin-
Deverá ter necessariamente marcas d’água para
guir-se dos que exprimem números de quilômetros.
a escalas de velocidade e campo de tempo e conter
Os algarismos do contador totalizador devem impressa o limite superior da velocidade registrável, em
ser claramente legíveis e ter uma altura visível de, quilômetros por hora e a identificação do fabricante da
pelo menos, 4mm. fita.
0 contador totalizador deve poder indicar, pelo 4. DISPONIBILIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES
menos até 99.999,9 Km.
4.1 Disponibilizador de informações
3.8.2 Indicador de velocidade (velocímetro)
O equipamento emissor de fita diagrama, deverá
No interior do campo de medida, a escala da ser uma impressora de, no mínimo, 250 pontos por linha.
velocidade deve ser graduada uniformemente por
4.2 Informações
1,2,5 ou 10 Km/h. O valor de uma divisão da veloci-
dade (espaço compreendido entre duas marcas Deverá disponibilizar informações do tipo A e
sucessivas) não deve exceder 10% da velocidade B, a saber:
máxima que figurar no fim da escala. 4.2.1 Tipo A: O relatório deve incluir as se-
0 espaço para além do campo de medida não guintes informações:
deve ser numerado. • ao modelo, ao número de série,
0 comprimento de cada divisão corresponden- • a constante de velocidade,
te a uma diferença de velocidade de 10 km/h não • a identificação do veículo,
deve ser inferior a 10 mm. • início e final da operação (odômetro, data
Num indicador com ponteiro, a distância entre e hora),
este e o mostrador não deve ultrapassar 3 mm. • a identificação dos condutores (nome ou
3.8.3 Indicador de tempo (relógio) prontuário),
O indicador de tempo deve ser visível do exte- • tempo de operação do veículo e suas in-
rior do aparelho e a sua leitura deve ser segura, fácil terrupções,
e não ambígua. • as velocidades atingidas pelo veículo,
3.9 Manutenção dos dados sendo que qualquer variação de 10 km/h
Os dados obtidos do conjunto computadoriza- deverá ser representada no diagrama de
do para registro instantâneo e inalterável de veloci- fita por uma variação de 2,0 +/– 0,1 mm
dade e tempo, para cada período de vinte e quatro da coordenada correspondente;
170 Ordeli Savedra Gomes

• um marco a cada 5 km de distância per- textual. Este tipo de informação é direcionado para
corrida, sendo que cada mm deve corres- análise de situações de acidente e deverá obedecer
ponder pelo menos a 2,5 km; os seguintes critérios:
• a marcação de velocidade na fita deve 4.2.3.1 A informação de velocidade deverá
ser a cada minuto, e o valor marcado de- ser mostrada em um gráfico Velocidade x Tempo,
ve ser a da maior velocidade dos sessen- com resolução conforme descrito no item 3.5, sendo
ta segundos anteriores a marcação. que, cada unidade de velocidade (km/h) deverá ser
Estes dados relativos às últimas vinte e quatro representada graficamente por uma variação mínima
horas, considerando o ato da solicitação, deverão ser de 0,5 mm no seu eixo. A representação de tempo
disponibilizados em forma gráfica por meio do equipa- deverá permitir a visualização de um período de 24
mento emissor de fita diagrama a qualquer momento vinte e quatro horas por lauda tamanho A4. Deverá
da operação do veículo, na ação de fiscalização. permitir também períodos de 5 minutos com resolu-
Em condições de conservação, as informa- ção de pelo menos 0,5 mm a cada segundo.
ções impressas devem ser legíveis com precisão, 4.2.3.2 A representação da quilometragem de-
durante 5 cinco anos, pelo menos. verá ser apresentada, em forma numérica, no início e
Cada fita diagrama deverá ter impressa pelo no final de cada gráfico e permitir, também, o cálculo
menos uma escala de tempo, graduada de forma a da distância percorrida entre dois pontos distanciados
permitir a leitura direta do tempo com intervalo de de no máximo 200 (duzentos) metros para uma veloci-
quinze, bem como a determinação fácil de cada inter- dade de 150 km/h. A variação de 1 km deverá repre-
valo de cinco minutos. O comprimento do campo sentar no gráfico a variação mínima de 1 mm.
gráfico registro de vinte e quatro horas para velocidade, 4.2.3.3 As indicações de data e horário deve-
tempo e distância) deve ser de 290 mm +/– 10 mm. rão ser apresentadas de forma alfanumérica no
O tempo máximo de impressão de uma fita formato DD/MM/AA e hh:mm, onde:
diagrama deve ser de 3 (três) minutos. • “DD”,” MM” e “AA” representa respec-
Um exemplo desta fita encontra-se no final do tivamente o dia, mês e ano;
anexo. (Item 4.3) • “hh” e “mm” representa respectivamen-
4.2.2 (Omitido no original) te a hora e minuto.
4.2.3 Tipo B: As informações das últimas vin- 4.2.3.4 As informações referentes a identifi-
te e quatro horas deverão ser enviadas para um cação do veículo, identificação dos condutores (nome
microcomputador mediante o uso de uma senha ou n. do prontuário) e seus períodos de condução,
programável independente daquela usada para a identificação do Conjunto Computadorizado para
aferição. O referido microcomputador deverá armaze- Registro eletrônico instantâneo de velocidade, dis-
nar os dados em meio magnético com assinatura tância percorrida e tempo deverão ser apresentadas
digital que garanta a autenticidade dos mesmos. Um de tal forma que permita sua clara visualização e não
programa específico fornecido pelo fabricante deverá comprometa a legibilidade do gráfico.
processar os dados armazenados de forma gráfica e

RESOLUÇÃO 108, DE 21.12.1999


Dispõe sobre a responsabilidade pelo pagamento de mul-
tas.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 2.327, de
23.09.1997, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, considerando a decisão tomada na
reunião em 31.08.1999, e tendo em vista a Deliberação 13 ad. referendum do Presidente do Conselho Nacional
de Trânsito – CONTRAN, publicada no Diário Oficial da União de 08.11.1999, RESOLVE:
Art. 1º. Fica estabelecido que o proprietário do registrado ou licenciado o veículo sem que o seu
veículo será sempre responsável pelo pagamento da proprietário efetue o pagamento do débito de multas,
penalidade de multa, independente da infração cometi- excetuando-se as infrações resultantes de excesso de
da, até mesmo quando o condutor for indicado como peso que obedecem ao determinado no art. 257 e
condutor-infrator nos termos da lei, não devendo ser parágrafos do Código de Trânsito Brasileiro.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 171

Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor na da- José Carlos Dias
ta de sua publicação.

RESOLUÇÃO 110, DE 24.02.2000


Fixa o calendário para renovação do Licenciamento
Anual de Veículos e revoga a Resolução CONTRAN
95/99.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12 da Lei
9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 2.327, de
23.09.1997, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e
Considerando que a Resolução CONTRAN 95/99, apresenta incompatibilidade com os prazos estipulados
por alguns Estados para recolhimento do IPVA;
Considerando que essa incompatibilidade obrigaria os órgãos executivos dos Estados e do Distrito Fede-
ral a licenciar veículos cujos proprietários ainda não tivessem recolhido o IPVA; e
Considerando que a alteração nos prazos fixados na Resolução CONTRAN 95/99 não provoca prejuízos
ao Registro Nacional de Veículos Automotores – RENAVAM, nem à fiscalização da regularidade documental dos
veículos, RESOLVE:
Art. 1º. Os órgãos executivos de trânsito dos Art. 2º. As autoridades, órgãos, instituições e
Estados e do Distrito Federal estabelecerão prazos agentes de fiscalização de trânsito e rodoviário em todo
para renovação do Licenciamento Anual dos Veículos o território nacional, para efeito de autuação e aplica-
registrados sob sua circunscrição, de acordo com o ção de penalidades, quando o veículo se encontrar fora
algarismo final da placa de identificação, respeitados da unidade da federação em que estiver registrado,
os limites fixados na tabela a seguir: deverão adotar os prazos estabelecidos nesta Resolu-
ção.
Algarismo final da placa Prazo final para renovação
Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor na da-
1e2 Até setembro ta de sua publicação, ficando revogada a Resolução
3, 4 e 5 Até outubro CONTRAN 95/99.
6, 7 e 8 Até novembro
Antonio Augusto Junho Anastasia
9e0 Até dezembro

RESOLUÇÃO 143, DE 26.03.2003


Dispõe sobre a utilização dos recursos do Seguro Obri-
gatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Au-
tomotores de Vias Terrestres – DPVAT, destinados ao
órgão Coordenador do Sistema Nacional de Trânsito e
dá outras providências.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o inc. I, do art. 12
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e,
Considerando que a aplicação dos recursos provenientes do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Cau-
sados por Veículos Automotores de Vias Terrestres – DPVAT, instituído pela Lei 6.194, de 09.12.1974, e desti-
nados à implementação de programas voltados à prevenção de acidentes de trânsito deve ter sistemático e
orgânico acompanhamento pelo órgão máximo executivo de trânsito da União;
Considerando que as ações e programas do Estado para a segurança no trânsito não podem ter solução
de continuidade, a requerer centralizado e participativo planejamento, a fim de evitar superposição de atividades
e desperdício de recursos públicos, RESOLVE:
Art. 1º. Caberá ao Conselho Nacional de Art. 2º. Caberá ao Departamento Nacional de
Trânsito – CONTRAN, a definição das linhas prioritá- Trânsito – DENATRAN, a compatibilização e a conso-
rias dos Programas e Projetos a serem desenvolvidos lidação dos projetos desenvolvidos e apresentados
pelos Ministérios previstos no art. 78 do Código de pelos Ministérios referidos no artigo anterior, a fim de
Trânsito Brasileiro – CTB. que seja elaborado o programa de ação do Estado
172 Ordeli Savedra Gomes

para o cumprimento de sua missão institucional de II – os recursos distribuídos na forma prevista


redução e prevenção de acidentes de trânsito. nesta Resolução serão aplicados, exclusivamente,
Art. 3º. A proposição formulada pelo DENA- em Programas e Projetos a serem desenvolvidos em
TRAN, na forma do artigo anterior, será submetida à parceria ou isoladamente, visando à prevenção de
aprovação do CONTRAN. acidentes de trânsito, devendo ser apresentados
Art. 4º. A utilização dos recursos do Prêmio relatórios ao CONTRAN, contendo diagnóstico do
de Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados problema, objetivos a serem alcançados, metas, pú-
por Veículos Automotores de Vias Terrestres – blico alvo, abrangência territorial, indicadores de re-
DPVAT, obedecida a tramitação dos artigos anterio- sultados e cronograma físico-financeiro.
res, deverá atender ainda aos seguintes critérios: Art. 5º. A apreciação e aprovação dos pro-
I – Os recursos do DPVAT serão repassados aos gramas e projetos pelo CONTRAN deverão ocorrer
Ministérios próprios, após aprovação dos projetos pelo em até 60 (sessenta) dias contados a partir da
CONTRAN, mediante descentralização de créditos pelo entrega dos mesmos, observados na análise cus-
DENATRAN, por meio de Notas de Crédito, e ainda: to/benefício, dentre outros, os seguintes fatores:
a) a descentralização dos créditos aqui referi- - impacto sobre a morbi-mortalidade;
dos deverá ser efetivada, bimestralmente, - educação para o trânsito;
com base na arrecadação do bimestre an- - produção de informações;
terior, até o 5º dia útil subsequente; - intersetorialidade;
b) os repasses financeiros correspondentes de- - segurança no trânsito;
verão ser efetuados concomitantemente à - eventuais superposições com outros
descentralização dos créditos respectivos; programas e projetos, e
c) os saldos orçamentários relativos aos cré- - impacto financeiro.
ditos descentralizados, não empenhados Parágrafo único. A relação dos programas e
até 31 de dezembro de cada exercício, se- projetos aprovados pelo CONTRAN deverá ser publi-
rão cancelados e os recursos financeiros cada no Diário Oficial da União, no prazo de 20 (vinte)
correspondentes recolhidos ao DENA- dias a contar da data de aprovação.
TRAN, ressalvados os valores necessários Art. 6º. Ficam os Ministérios atendidos por
à cobertura dos Restos a Pagar Inscritos; estes recursos obrigados à prestação de contas e
d) DENATRAN fará a redistribuição dos saldos resultados ao CONTRAN, mediante apresentação de
financeiros apurados em 31 de dezembro relatórios físico-financeiros relativos à execução dos
de cada ano, na forma prevista no inc. I, correspondentes Programas e Projetos, anualmente
após deduzir os valores necessários à con- ou após sua conclusão.
clusão dos programas e projetos já inicia- Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na da-
dos e em andamento, de maneira a asse- ta de sua publicação.
gurar a sua continuidade, devendo para tal Art. 8º. Revogam-se as disposições em con-
realocá-lo aos respectivos Ministérios. trário, em especial a Resolução 97/99 – CONTRAN.
Olivio de Oliveira Dutra

RESOLUÇÃO 158, DE 22.04.2004


Nota: A Resolução 376, de 06.04.2011, restabelece os efeitos desta Resolução, suspensa pela Deliberação 69/08.
Proíbe o uso de pneus reformados em ciclomotores,
motonetas, motocicletas e triciclos, bem como rodas
que apresentem quebras, trincas e deformações.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições legais que lhe são conferidas pelo
art. 12, inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997 que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto
4.711 de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e
Considerando a necessidade de prover condições de segurança para a circulação dos veículos automo-
tores de duas ou três rodas, conforme está disposto no caput do art. 103 da Lei 9.503, de 23.09.1997;
Considerando que pneu reformado (recauchutado, recapado ou remoldado) não oferece condições míni-
mas de segurança para uso em veículos automotores de duas ou três rodas;
Considerando a necessidade de prevenir os riscos ao condutor e passageiro desses veículos automotores,
RESOLVE:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 173

Art. 1º. Fica proibido, em ciclomotores, mo- Art. 2º. O descumprimento do disposto nesta
tonetas, motocicletas e triciclos o uso de pneus Resolução, sujeitará o infrator às sanções previstas
reformados, quer seja pelo processo de recapagem, no art. 230, inc. X da Lei 9.503 de 23.09.1997.
recauchutagem ou remoldagem, bem como rodas Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor na da-
que apresentem quebras, trincas e deformações. ta de sua publicação.
Ailton Brasiliense Pires

RESOLUÇÃO 160, DE 22.04.2004


Aprova o Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. VIII,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e conforme Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, e Considerando a aprova-
ção na 5ª Reunião Ordinária da Câmara Temática de Engenharia da Via.
Considerando o que dispõe o art. 336 do Código de Trânsito Brasileiro, RESOLVE:
Art. 1º. Fica aprovado o Anexo II do Código *Prazo prorrogado até 30.06.2007 (Resolução
de Trânsito Brasileiro – CTB, anexo a esta Resolução. 195/06).
Art. 2º. Os órgãos e entidades de trânsito te- Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor 90
rão até 30.06.2006 para se adequarem ao disposto (noventa) dias após a data de sua publicação.
nesta Resolução. Ailton Brasiliense Pires
*Anexo já incluído ao CTB, como anexo II.

RESOLUÇÃO 165, DE 10.09.2004


Regulamenta a utilização de sistemas automáticos não
metrológicos de fiscalização, nos termos do § 2º do art.
280 do Código de Trânsito Brasileiro.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso da atribuição que lhe confere o art. 12, da Lei
9.507, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme Decreto 4.711, de 29.05.2003,
que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito,
CONSIDERANDO a necessidade de promover a melhoria da educação, circulação e segurança no trânsi-
to dos usuários da via;
CONSIDERANDO a diversidade de infrações possíveis de serem detectadas por sistemas automáticos
não metrológicos de fiscalização;
CONSIDERANDO a necessidade de evitar a ocorrência de elevação dos atuais números de mortos e feri-
dos em acidentes de trânsito, coibindo o cometimento de infrações de trânsito, RESOLVE:
Art. 1º. A utilização de sistemas automáticos IV - Portátil – direcionado manualmente para o
não metrológicos de fiscalização pelos órgãos e veículo alvo.
entidades integrantes do Sistema Nacional de Trânsi- Art. 2º. O sistema automático não metrológi-
to – SNT, nos termos do § 2º do art. 280 do Código co de fiscalização deve: (Redação alterada pela Res.
de Trânsito Brasileiro – CTB, deve atender ao dispos- 174/05)
to nesta resolução. I - ter a conformidade de seu modelo avaliada
Art. 1º-A. Os sistemas automáticos não me- pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
trológicos de fiscalização são compostos por instru- Qualidade Indústrial – INMETRO, ou entidade por ele
mentos ou equipamentos, com registrador de ima- acreditada;
gem, dos seguintes tipos: (Artigo acrescido pela Res. II - atender aos requisitos específicos mínimos
458/13) para cada infração a ser detectada, estabelecidos pelo
I - Fixo: instalado em local definido e em cará- órgão máximo executivo de trânsito da União.
ter permanente; Art. 3º. O Inmetro disporá sobre a fiscalização
II - Estático: instalado em veículo parado ou do funcionamento do sistema automático não metro-
em suporte apropriado; lógico de fiscalização no local de sua instalação.
III - Móvel: em veículo em movimento, proce- Art. 4º. A imagem detectada pelo sistema au-
dendo à fiscalização ao longo da via; tomático não metrológico de fiscalização deve permi-
tir a identificação do veículo e, no mínimo:
174 Ordeli Savedra Gomes

I - Registrar: complementar, a informação de que a infração foi


a) Placa do veículo; comprovada por sistema automático não metroló-
b) Dia e horário da infração; gico de fiscalização.
II - Conter: Art. 7º. Antes de efetivar o uso do sistema
para a fiscalização de infrações decorrentes da
a) Local da infração identificado de forma
inobservância de sinalização, a autoridade de trânsito
descritiva ou codificado; com circunscrição sobre a via deverá verificar se a
b) Identificação do sistema automático não sinalização de regulamentação de trânsito exigida
metrológico de fiscalização utilizado, mediante nume- pela legislação está em conformidade com a mesma.
ração estabelecida pelo órgão ou entidade de trânsito Art. 8º. Os sistemas automáticos não metro-
com circunscrição sobre a via. lógicos de fiscalização poderão ser utilizados até a
§ 1º A autoridade de trânsito deve dar publici- data que será estabelecida no Regulamento de
dade à relação de códigos de que trata a alínea “a” e Avaliação de Conformidade – RAC do INMETRO,
à numeração de que trata a alínea “b”, ambas do inc. quando de sua expedição, desde que seu modelo
II deste artigo. (Renumerado pela Res. 458/13) tenha seu desempenho verificado pelo INMETRO, ou
§ 2º Quando utilizado o sistema automático entidade por ele acreditada, ou por entidade autôno-
não metrológico de fiscalização móvel, o local da in- ma com capacitação técnica e atenda aos requisitos
fração deverá ser registrado automaticamente, sen- especificados pelo órgão ou entidade de trânsito com
do dispensada sua codificação. (Parágrafo acrescido circunscrição sobre a via. (Artigo alterado pela Res.
pela Res. 458/13) 174/05)
Art. 5º. Compete à autoridade de trânsito Art. 9º. Ficam convalidados os registros por
com circunscrição sobre a via dispor sobre a localiza- infração prevista no CTB efetuados com sistemas
ção, instalação e operação do sistema automático automáticos não metrológicos de fiscalização desde
não metrológico de fiscalização. que o modelo destes sistemas tenham tido seu
§ 1º Quando utilizado o sistema automático desempenho verificado pelo INMETRO ou entidade
não metrológico de fiscalização, não é obrigatória: por ele acreditada, ou por entidade autônoma com
(Renumerado dada pela Res. 174/05) capacitação técnica, quanto ao atendimento dos
I - a utilização de sinalização vertical de indi- requisitos especificados pelo órgão ou entidade de
cação educativa prevista no anexo II do CTB; trânsito com circunscrição sobre a via. (Artigo
II - a presença da autoridade ou do agente da alterado pela Res. 174/05)
autoridade de trânsito no local da infração, quando Art. 9º-A. O órgão máximo executivo de trân-
fixo ou estático. (Inciso alterado pela Res. 174/05) sito da União disporá sobre os requisitos técnicos
§ 2º Quando utilizado o sistema automático não para instalação e fiscalização por meio do sistema
metrológico de fiscalização móvel é obrigatória a automático não metrológico de fiscalização. (Artigo
identificação eletrônica do local da infração ou a acrescido pela Res. 458/13)
presença da autoridade ou do agente da autoridade de Art. 10. Fica revogado o art. 6º da Resolução
trânsito no local da infração. (Parágrafo acrescido pela 146 e demais dispositivos em contrário.
Res. 174/05) Art. 11. Esta Resolução entrará em vigor na
Art. 6º. As notificações da autuação e da data de sua publicação.
penalidade elaboradas a partir de registro efetuado Ailton Brasiliense Pires
por sistema de que trata esta Resolução, deve
conter, além do disposto CTB e na legislação

RESOLUÇÃO 168, DE 14.12.2004


Estabelece Normas e Procedimentos para a formação
de condutores de veículos automotores e elétricos, a
realização dos exames, a expedição de documentos de
habilitação, os cursos de formação, especializados, de
reciclagem e dá outras providências.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I e
art. 141, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e, conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, RESOLVE:
Art. 1º. As normas regulamentares para o do condutor de veículo automotor e elétrico, os
processo de formação, especialização e habilitação procedimentos dos exames, cursos e avaliações para
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 175

a habilitação, renovação, adição e alteração da ca- ta e cinco anos de idade, no local de residência ou
tegoria, emissão de documentos de habilitação, bem domicílio do examinado.
como do reconhecimento do documento de habilita- § 1º O condutor que exerce atividade de
ção obtido em país estrangeiro são estabelecidas transporte remunerado de pessoas ou bens terá que
nesta resolução. se submeter à Avaliação Psicológica preliminar e
Do Processo de Habilitação do Condutor complementar ao Exame de Aptidão Física e Mental,
Art. 2º. O candidato à obtenção da Autoriza- quando da renovação da CNH.
ção para Conduzir Ciclomotor – ACC, da Carteira § 2º Quando houver indícios de deficiência fí-
Nacional de Habilitação – CNH, solicitará ao órgão ou sica, mental ou de progressividade de doença que
entidade executivo de trânsito do Estado ou do Dis- possa diminuir a capacidade para conduzir veículo, o
trito Federal, do seu domicílio ou residência, ou na prazo de validade do exame poderá ser diminuído a
sede estadual ou distrital do próprio órgão ou entida- critério do médico e/ou psicólogo perito examinador.
de, a abertura do processo de habilitação para o qual § 3º O condutor que, por qualquer motivo, ad-
deverá preencher os seguintes requisitos: quira algum tipo de deficiência física para a condução
I - ser penalmente imputável; de veículo automotor, deverá apresentar-se ao órgão
II - saber ler e escrever; ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
III - possuir documento de identidade; Distrito Federal para submeter-se aos exames neces-
IV - possuir Cadastro de Pessoa Física – CPF. sários, pela junta médica competente.
§ 1º O processo de habilitação do condutor de Art. 5º. (Revogado pela Res. 464/13)
que trata o caput deste artigo, após o devido cadas- Art. 6º. O Exame de Aptidão Física e Mental
tramento dos dados informativos do candidato no será exigido quando da:
Registro Nacional de Condutores Habilitados – I - obtenção da ACC e da CNH;
RENACH, deverá realizar Avaliação Psicológica, Exa- II - renovação da ACC e das categorias da CNH;
me de Aptidão Física e Mental, Curso Teórico-téc-
nico, Curso de Prática de Direção Veicular e seus res- III - adição e alteração de categoria;
pectivos exames. IV - substituição do documento de habilitação
§ 2º O candidato poderá requerer simulta- obtido em país estrangeiro.
neamente a ACC e habilitação na categoria “B”, bem § 1º Por ocasião da renovação da CNH o condu-
como requerer habilitação em “AB” submetendo-se a tor que ainda não tenha frequentado o curso de Direção
um único Exame de Aptidão Física e Mental e de Defensiva e de Primeiros Socorros, deverá cumprir o
avaliação psicológica, desde que considerado apto previsto no item 4 do anexo II desta resolução.
para ambas. § 2º A Avaliação Psicológica será preliminar e
§ 3º O processo do candidato à habilitação fi- complementar ao Exame de Aptidão Física e Mental
cará ativado no órgão ou entidade executivo de trân- quando da:
sito do Estado ou do Distrito Federal, pelo prazo de 12 a) obtenção da ACC e da CNH;
(doze) meses, contados da data do requerimento do b) renovação caso o condutor exercer serviço
candidato. remunerado de transporte de pessoas ou bens;
§ 4º A obtenção da ACC obedecerá aos ter- c) substituição do documento de habilitação
mos e condições estabelecidos para a CNH nas ca- obtido em país estrangeiro;
tegorias “A”, “B” e “AB”.
d) por solicitação do médico perito examinador.
Art. 3º. O candidato à obtenção da ACC e da
CNH deverá submeter-se aos seguintes exames rea- § 3º Os condutores, com exames de sanidade
lizados pelo órgão ou entidade executivo de trânsito física e mental vencidos a mais de 5 (cinco) anos,
do Estado ou Distrito Federal: contados a partir da data de validade, deverão sub-
I - de Avaliação Psicológica, preliminar e meter-se ao curso de reciclagem e ao Exame de
complementar, quando da primeira habilitação; Sanidade Física e Mental.
II - de Aptidão Física e Mental; Art. 6º-A. Quando da mudança de categoria,
III - escrito, sobre a integralidade do conteúdo o retorno à categoria anterior dar-se-á assim que
programático, desenvolvido em Curso de Formação cessar a ação causadora da mudança, devendo o
para Condutor; condutor submeter-se aos exames previstos para a
IV - de Direção Veicular, realizado na via pú- renovação da referida categoria. (Artigo acrescido
blica, em veículo da categoria para a qual esteja se pela Res. 705, de 10.10.2017)
habilitando. Da Formação do Condutor
Art. 4º. O Exame de Aptidão Física e Mental Art. 7º. A formação de condutor de veículo
será preliminar e renovável a cada cinco anos, ou a automotor e elétrico compreende a realização de
cada três anos para condutores com mais de sessen- Curso Teórico-técnico e de Prática de Direção Veicu-
176 Ordeli Savedra Gomes

lar, cuja estrutura curricular, carga horária e especifi- (trinta) questões, incluindo todo o conteúdo progra-
cações estão definidas no anexo II. mático, proporcional à carga horária de cada discipli-
Art. 8º. Para a Prática de Direção Veicular, o na, organizado de forma individual, única e sigilosa,
candidato deverá estar acompanhado por um Instru- devendo obter aproveitamento de, no mínimo, 70%
tor de Prática de Direção Veicular e portar a Licença (setenta por cento) de acertos para aprovação.
para Aprendizagem de Direção Veicular – LADV Parágrafo único. O exame referido neste ar-
expedida pelo órgão ou entidade executivo de trânsi- tigo será aplicado pelo órgão ou entidade executivo
to do Estado ou do Distrito Federal, contendo no de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, ou por
mínimo, as seguintes informações: entidade pública ou privada por ele credenciada.
I - identificação do órgão ou entidade executi- Art. 12. O Exame de Direção Veicular previsto no
vo de trânsito expedidor; art. 3º desta Resolução será realizado pelo órgão ou
II - nome completo, número do documento de entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
identidade, do CPF e do formulário RENACH do can- Federal e aplicado pelos examinadores titulados no curso
didato; previsto em regulamentação específica e devidamente
III - categoria pretendida; designados. (Artigo alterado pela Res. 169/05)
IV - nome do Centro de Formação de Conduto- Parágrafo único. Os examinadores responde-
res - CFC responsável pela instrução; rão pelos atos decorrentes, no limite de suas respon-
V - prazo de validade. sabilidades.
§ 1º A LADV será expedida em nome do can- Art. 13. O candidato à obtenção da ACC, da
didato com a identificação do CFC responsável e/ou CNH, adição ou mudança de categoria, somente po-
do Instrutor, depois de aprovado nos exames previs- derá prestar exame de Prática de Direção Veicular
tos na legislação, com prazo de validade que permita depois de cumprida a seguinte carga horária de aulas
que o processo esteja concluído de acordo com o práticas:
previsto no § 3º, do art. 2º, desta Resolução.
I – obtenção ou adição da ACC: mínimo de 05
§ 2º A LADV será expedida mediante a solici- (cinco) horas/aula, das quais pelo menos 1 (uma) no
tação do candidato ou do CFC ao qual o mesmo período noturno; (Incs. I a V alterados pela Res. 778/19)
esteja vinculado para a formação de prática de di-
reção veicular e somente produzirá os seus efeitos II – obtenção da CNH na categoria “A”: míni-
legais quando apresentada no original, acompanhada mo de 20 (vinte) horas/aula, das quais pelo menos 1
de um documento de identidade e na Unidade da (uma) no período noturno;
Federação em que tenha sido expedida. III – adição da CNH na categoria “A” na CNH:
§ 3º Quando o candidato optar pela mudança mínimo de 15 (quinze) horas/aula, das quais pelo
de CFC será expedida nova LADV, considerando-se menos 1 (uma) no período noturno;
as aulas já ministradas. IV – obtenção da CNH na categoria “B”: mí-
§ 4º O candidato que for encontrado condu- nimo de 20 (vinte) horas/aula, das quais pelo menos
zindo em desacordo com o disposto nesta resolução 1 (uma) no período noturno;
terá a LADV suspensa pelo prazo de seis meses. V – adição para a categoria “B” na CNH: mí-
Art. 9º. A instrução de Prática de Direção nimo de 15 (quinze) horas/aula, das quais pelo menos
Veicular será realizada na forma do disposto no art. 1 (uma) no período noturno;
158 do CTB. § 1º (Revogado pela Res. 778/19)
Parágrafo único. Quando da adição ou altera- § 2º (Revogado pela Res. 778/19)
ção de categoria o condutor deverá cumprir a instrução § 3º Os Centros de Formação de Condutores
prevista nos itens 2 e 3 do Anexo II desta resolução. deverão comprovar junto aos órgãos e entidades exe-
Dos Exames cutivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal a
Art. 10. Os Exames de Aptidão Física e Men- realização das aulas de prática de direção veicular e
tal e a Avaliação Psicológica, estabelecidos no art. de aulas em simulador de direção veicular executa-
147 do CTB, seus procedimentos, e critérios de das nos termos desta Resolução. (Redação dada pela
credenciamento dos profissionais das áreas médica e Res. 778/19)
psicológica, obedecerão ao disposto em Resolução .§ 4º É atribuição dos órgãos e entidades exe-
específica. cutivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal
Art. 11. O candidato à obtenção da ACC ou fiscalizar as atividades previstas neste artigo e seus
da CNH, após a conclusão do curso de formação, parágrafos, informando ao órgão máximo executivo
será submetido a exame teórico-técnico, constituído de trânsito da União acerca da sua execução.
de prova convencional ou eletrônica de no mínimo 30
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 177

§ 5º O Departamento Nacional de Trânsito Art. 16. O Exame de Direção Veicular, para


fiscalizará, direta e permanentemente, o cumprimento veículo de quatro ou mais rodas, é composto de duas
dos requisitos e exigências constantes desta Resolu- etapas:
ção, abrangendo a verificação da comunicação I - colocação em vaga delimitada por balizas
eletrônica entre os sistemas de controle e monitora- removíveis;
mento do DENATRAN, mais especificamente com o II - direção do veículo na via pública, urbana
sistema RENACH e dos órgãos executivos estaduais
ou rural.
de trânsito com os simuladores de direção, na condi-
ção de integrantes do processo de formação de § 1º A delimitação da vaga balizada para o
condutores incluindo a regularidade na utilização do Exame Prático de Direção Veicular, em veículo de
hardware e software utilizados. quatro ou mais rodas, deverá atender as seguintes
§ 6º Para obtenção da CNH na categoria “B” especificações, por tipo de veículo utilizado:
o candidato poderá optar por realizar até 05 (cinco) a) Comprimento total do veículo, acrescido de
horas/aula em simulador de direção veicular, desde mais 40%;
que disponível no CFC, que deverão ser feitas previ- b) Largura total do veículo, acrescido de mais
amente às aulas práticas em via pública.. (Redação 40%.
dada pela Res. 778/19) § 2º Caberá à autoridade de trânsito do órgão
Art. 14. O Exame de Direção Veicular será ou entidade executivo de trânsito do Estado e do
realizado perante uma comissão formada por três Distrito Federal definir o tempo máximo para o
membros, designados pelo dirigente do órgão ou estacionamento de veículos em espaço delimitado
entidade executivo de trânsito do Estado ou do por balizas, para três tentativas, considerando as
Distrito Federal. condições da via e respeitados os seguintes interva-
§ 1º A comissão de que trata o caput deste los: (Parágrafo alterado pela Res. 169/05)
artigo poderá ser volante para atender às especifici- a) para a categoria “B”: de dois a cinco minu-
dades de cada Estado ou do Distrito Federal, a tos;
critério do respectivo órgão ou entidade executivo de b) para as categorias “C” e “D”: de três a seis
trânsito. minutos;
§ 2º No Exame de Direção Veicular, o candi-
c) para a categoria “E”: de cinco a nove minu-
dato deverá estar acompanhado, durante toda a
tos.
prova, por no mínimo, dois membros da comissão,
sendo pelo menos um deles habilitado na categoria Art. 17. O Exame de Direção Veicular, para
igual ou superior à pretendida pelo candidato. veículo de duas rodas, será realizado em área espe-
§ 3º O Exame de Direção Veicular para os cialmente destinada para tal fim em pista com largura
candidatos a ACC e à categoria “A” deverá ser de 2m, e que deverá apresentar no mínimo os seguin-
realizado em área especialmente destinada a este tes obstáculos:
fim, que apresente os obstáculos e as dificuldades da I - ziguezague (slalow) com no mínimo 4 co-
via pública, de forma que o examinado possa ser nes alinhados com distância entre eles de 3,5m;
observado pelos examinadores durante todas as II - prancha ou elevação com no mínimo 8 me-
etapas do exame, sendo que pelo menos um dos tros de comprimento, com 30cm de largura e 3cm de
membros deverá estar habilitado na categoria “A”. altura com entrada chanfrada;
Art. 15. Para veículo de quatro ou mais rodas, III - sonorizadores com réguas de largura e
o Exame de Direção Veicular deverá ser realizado: espaçamento de 0,08m e altura de 0,025m, na
(Artigo alterado pela Res. 169/05) largura da pista e com 2,5m de comprimento;
I - em locais e horários estabelecidos pelo ór- IV - duas curvas sequenciais de 90o em “L”;
gão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou V - duas rotatórias circulares que permitam
do Distrito Federal, em acordo com a autoridade manobra em formato de “8”.
responsável pela via;
Art. 18. O candidato será avaliado, no Exame
II - com veículo da categoria pretendida, com de Direção Veicular, em função da pontuação negati-
transmissão mecânica e duplo comando de freios;
va por faltas cometidas durante todas as etapas do
III - com veículo identificado como “aprendiz exame, atribuindo-se a seguinte pontuação:
em exame” quando não for veículo destinado à for-
mação de condutores. I - uma falta eliminatória: reprovação;
Parágrafo único. Ao veículo adaptado para II - uma falta grave: 03 (três) pontos negativos;
portador de deficiência física, a critério médico não III - uma falta média: 02 (dois) pontos negativos;
se aplica o inc. II. IV - uma falta leve: 01 (um) ponto negativo.
178 Ordeli Savedra Gomes

Parágrafo único. Será considerado reprovado f) desengrenar o veículo nos declives;


na prova prática de direção veicular o candidato que g) colocar o veículo em movimento, sem ob-
cometer falta eliminatória ou cuja soma dos pontos servar as cautelas necessárias;
negativos ultrapasse a 3 (três). h) usar o pedal da embreagem, antes de usar
Art. 19. Constituem faltas no Exame de Direção o pedal de freio nas frenagens;
Veicular, para veículos das categorias “B”, “C”, “D” e “E”: i) entrar nas curvas com a engrenagem de
I - Faltas Eliminatórias: tração do veículo em ponto neutro;
a) desobedecer à sinalização semafórica e de j) engrenar ou utilizar as marchas de maneira
parada obrigatória; incorreta, durante o percurso;
b) avançar sobre o meio fio; k) cometer qualquer outra infração de trânsito
c) não colocar o veículo na área balizada, em de natureza média.
no máximo três tentativas, no tempo estabelecido;
IV - Faltas Leves:
d) avançar sobre o balizamento demarcado
quando da colocação do veículo na vaga; a) provocar movimentos irregulares no veícu-
lo, sem motivo justificado;
e) usar a contramão de direção;
b) ajustar incorretamente o banco de veículo
f) não completar a realização de todas as eta-
destinado ao condutor;
pas do exame;
g) avançar a via preferencial; c) não ajustar devidamente os espelhos retro-
visores;
h) provocar acidente durante a realização do
exame; d) apoiar o pé no pedal da embreagem com o
i) exceder a velocidade indicada na via; veículo engrenado e em movimento;
j) cometer qualquer outra infração de trânsito e) utilizar ou Interpretar incorretamente os ins-
de natureza gravíssima. trumentos do painel do veículo;
II - Faltas Graves: f) dar partida ao veículo com a engrenagem
a) desobedecer à sinalização da via, ou do de tração ligada;
agente da autoridade de trânsito; g) tentar movimentar o veículo com a engre-
b) não observar as regras de ultrapassagem nagem de tração em ponto neutro;
ou de mudança de direção; h) cometer qualquer outra infração de nature-
c) não observar a preferência do pedestre za leve.
quando ele estiver atravessando a via transversal na Art. 20. Constituem faltas, no Exame de Dire-
qual o veículo vai entrar, ou ainda quando o pedestre ção Veicular, para obtenção da ACC ou para veículos
não tenha concluído a travessia, inclusive na mudan- da categoria “A”:
ça de sinal; I - Faltas Eliminatórias:
d) manter a porta do veículo aberta ou semi- a) iniciar a prova sem estar com o capacete
aberta durante o percurso da prova ou parte dele;
devidamente ajustado à cabeça ou sem viseira ou
e) não sinalizar com antecedência a manobra óculos de proteção;
pretendida ou sinalizá-la incorretamente;
b) descumprir o percurso preestabelecido;
f) não usar devidamente o cinto de segurança;
c) derrubar um ou mais cones de balizamento;
g) perder o controle da direção do veículo em
movimento; d) cair do veículo, durante a prova;
h) cometer qualquer outra infração de trânsito e) não manter equilíbrio na prancha, saindo la-
de natureza grave. teralmente da mesma;
III - Faltas Médias: f) avançar a parada obrigatória;
a) executar o percurso da prova, no todo ou g) colocar o(s) pé(s) no chão, com o veículo
parte dele, sem estar o freio de mão inteiramente livre; em movimento;
b) trafegar em velocidade inadequada para as h) provocar acidente durante a realização do
condições adversas do local, da circulação, do exame;
veículo e do clima; i) cometer qualquer outra infração de trânsito
c) interromper o funcionamento do motor, de natureza gravíssima. (Acrescido pela Res. 169/05)
sem justa razão, após o início da prova; II - Faltas Graves:
d) fazer conversão incorretamente; a) deixar de colocar um pé no chão e o outro
e) usar buzina sem necessidade ou em local no freio ao parar o veículo;
proibido; b) invadir qualquer faixa durante o percurso;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 179

c) fazer incorretamente a sinalização ou deixar II - Categoria “C” - veículo motorizado utilizado


de fazê-la; no transporte de carga, registrado com Peso Bruto
d) fazer o percurso com o farol apagado; Total (PBT) de, no mínimo, 6.000 kg;
e) cometer qualquer outra infração de trânsito III - Categoria “D” - veículo motorizado utiliza-
de natureza grave. (Alínea alterada pela Res. 169/05) do no transporte de passageiros, registrado com
III - Faltas Médias: capacidade mínima de vinte lugares;
a) utilizar incorretamente os equipamentos; IV - Categoria “E” - combinação de veículos,
b) engrenar ou utilizar marchas inadequadas cujo caminhão trator deverá ser acoplado a um
durante o percurso; reboque ou semirreboque, registrado com Peso Bruto
c) não recolher o pedal de partida ou o supor- Total (PBT) de, no mínimo, 6.000kg ou veículo articu-
te do veículo, antes de iniciar o percurso. lado cuja lotação exceda a vinte lugares.
Art. 24. Quando se tratar de candidato à ca-
d) interromper o funcionamento do motor sem
tegoria “A”, o Exame de Direção Veicular deverá ser
justa razão, após o início da prova;
realizado em veículo de duas rodas com cilindrada
e) conduzir o veículo durante o exame sem
acima de 120 (cento e vinte) centímetros cúbicos.
segurar o guidom com ambas as mãos, salvo even-
(Artigo alterado pela Res. 169/05)
tualmente para indicação de manobras;
Art. 25. A aprendizagem e o Exame de Dire-
f) cometer qualquer outra infração de trânsito
ção Veicular, para a obtenção da ACC, poderão ser
de natureza média.
realizados em qualquer veículo de duas rodas classi-
IV - Faltas Leves: ficado como ciclomotor.
a) colocar o motor em funcionamento, quando Art. 26. Os condutores de veículos automoto-
já engrenado; res habilitados na categoria “B”, “C”, “D” ou “E”, que
b) conduzir o veículo provocando movimento pretenderem obter a ACC, deverão se submeter aos
irregular no mesmo sem motivo justificado; Exames de Sanidade Física e Mental e de Prática de
c) regular os espelhos retrovisores durante o Direção Veicular, comprovando a realização de, no
percurso do exame; mínimo, 15 (quinze) horas/aula de prática de direção
d) cometer qualquer outra infração de trânsito veicular em veículo classificado como ciclomotor.
de natureza leve. Art. 27. Os examinadores, para o exercício de
Art. 21. O Exame de Direção Veicular para suas atividades, deverão ser designados pelo dirigen-
candidato portador de deficiência física será conside- te do órgão ou entidade executivo de trânsito do
rado prova especializada e deverá ser avaliado por Estado ou do Distrito Federal para o período de, no
uma comissão especial, integrada por, no mínimo um máximo, um ano, permitida a recondução por um
examinador de trânsito, um médico perito examina- período de igual duração, devendo comprovar na data
dor e um membro indicado pelo CETRAN, conforme da sua designação e da recondução: (Todo o artigo
dispõe o inc. VI do art. 14 do CTB. alterado pela Res. 169/05)
Parágrafo único. O veículo destinado à ins- I - possuir CNH no mínimo há dois anos;
trução e ao exame de candidato portador de deficiên- II - possuir certificado do curso específico, re-
cia física deverá estar perfeitamente adaptado gistrado junto ao órgão ou entidade executivo de
segundo a indicação da Junta Médica Examinadora trânsito do Estado ou do Distrito Federal;
podendo ser feito, inclusive, em veículo disponibiliza- III - não ter cometido nenhuma infração de
do pelo candidato. trânsito de natureza gravíssima nos últimos doze
Art. 22. No caso de reprovação no Exame meses;
Teórico-técnico ou Exame de Direção Veicular, o IV - não estar cumprindo pena de suspensão
candidato só poderá repetir o exame depois de de- do direito de dirigir e, quando cumprida, ter decorrido
corridos 15 (quinze) dias da divulgação do resulta- doze meses;
do, sendo dispensado do exame no qual tenha sido V - não estar cumprindo pena de cassação do
aprovado. direito de dirigir e, quando cumprida, ter decorrido
Art. 23. Na Instrução e no Exame de Direção vinte e quatro meses de sua reabilitação.
Veicular para candidatos às categorias “B”, C”, “D” e § 1º São consideradas infrações do examinador,
“E”, deverão ser atendidos os seguintes requisitos: puníveis pelo dirigente do órgão ou entidade executivo de
(Artigo alterado pela Res. 169/05) trânsito dos Estados ou do Distrito Federal:
I - Categoria “B” - veículo motorizado de qua- a) induzir o candidato a erro quanto às regras
tro rodas, excetuando-se o quadriciclo; de circulação e conduta;
180 Ordeli Savedra Gomes

b) faltar com o devido respeito ao candidato; § 4º O órgão ou entidade executivo de trânsi-


c) praticar atos de improbidade contra a fé to dos Estados ou do Distrito Federal registrará no
pública, contra o patrimônio ou contra a administra- RENACH e no campo “outras informações” da CNH, a
ção pública ou privada. aprovação nos cursos especializados, conforme codi-
§ 2º As infrações constantes do § 1º serão ficação a ser definido pelo órgão máximo executivo
apuradas em procedimentos administrativos, sendo de trânsito da União.
assegurado o direito constitucional da ampla defesa e § 5º As entidades que, quando da publicação
do contraditório que determinarão em função da sua da Resolução 168/04, se encontravam credenciadas
gravidade e independentemente da ordem sequencial, para ministrar exclusivamente cursos especializados,
as seguintes penalidades: para continuidade do exercício de suas atividades,
a) advertência por escrito; deverão efetuar recadastramento, renovando-o a cada
b) suspensão das atividades por até 30 (trin- dois anos. (Parágrafo acrescido pela Res. 222/07)
ta) dias; § 6º O curso especializado de transporte de
c) revogação da designação. passageiros (mototaxista) e entrega de mercadorias
Art. 28. O candidato a ACC e a CNH, cadas- (motofretista) que exerçam atividades remuneradas na
trado no RENACH, que transferir seu domicílio ou condução de motocicletas e motonetas poderá ser
residência para outra Unidade da Federação, terá ministrado por instituições ou entidades públicas ou
assegurado o seu direito de continuar o processo de privadas e centros de formação de condutores. (Pará-
habilitação na Unidade da Federação do seu novo grafo acrescido pela Res. 409/12)
domicílio ou residência, sem prejuízo dos exames nos § 7º (Alterado pela Res. 659/17 e revogado
quais tenha sido aprovado. pela Res. 730/18)
Parágrafo único. O disposto no caput deste ar- § 7º-A (Acrescentado pela Res. 659/17 e re-
tigo aplica-se também, aos condutores que estiverem vogado pela Res. 730/18)
em processo de adição ou alteração de categoria. § 7º-B (Acrescentado pela Res. 659/17 e re-
Do Candidato Estrangeiro e do Condutor Portador vogado pela Res. 730/18)
de Carteira de Habilitação Obtida em País Estrangeiro § 7º-C (Acrescentado pela Res. 659/17 e re-
Arts. 29, 30, 31 e 32. Revogados pela Res. vogado pela Res. 730/18)
193/06 e 360/10, que dispõe sobre a Regulamenta- § 7º-D (Acrescentado pela Res. 659/17 e re-
ção do Candidato ou Condutor Estrangeiro. vogado pela Res. 730/18)
Dos Cursos Especializados § 8º São reconhecidos os cursos especializa-
Art. 33. Os cursos especializados serão desti- dos, inclusive na modalidade ensino à distância, mi-
nados a condutores habilitados que pretendam condu- nistrados pelos órgãos de segurança pública e forças
zir veículo de transporte coletivo de passageiros, de armadas e auxiliares para os seus integrantes, não se
escolares, de produtos perigosos ou de emergência, de aplicando neste caso o previsto na Resolução CON-
transporte de carga indivisível e motocicletas e moto- TRAN 358/2010. (Parágrafo alterado pela Res. 435/13)
netas destinadas ao transporte remunerado de merca- § 9º As instituições ou entidades públicas ou
dorias (motofrete) e de passageiros (mototaxi). (Caput privadas e os centros de formação de condutores que
com redação dada pela Res. 484/14) já tenham obtido anteriormente junto ao DENATRAN
suas respectivas homologações para os cursos de
§ 1º Os cursos especializados serão ministrados:
renovação e/ou reciclagem de condutores na forma
a) pelos órgãos ou entidades executivos de do anexo III e/ou IV da Resolução 168/2004 deverão
trânsito dos Estados e do Distrito Federal; apenas atualizar os respectivos conteúdos à grade
b) instituições vinculadas ao Sistema Nacio- curricular específica para os cursos especializados
nal de Formação de Mão de Obra. obrigatórios de que trata o caput deste artigo. (Pará-
§ 2º As instituições em funcionamento, vincula- grafo acrescido pela Res. 413/12)
das ao Sistema Nacional de Formação de Mão de Obra § 10 Os conteúdos e regulamentação dos cur-
ou instituições/entidades credenciadas pelo órgão ou sos especializados dos órgãos ou entidades públicas de
entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito segurança, de saúde e forças armadas e auxiliares
Federal deverão ser recadastradas em até 180 (cento e serão definidos internamente por esses órgãos e
oitenta) dias da data da publicação desta Resolução, entidades, não se exigindo o cumprimento do item 6 do
com posterior renovação a cada dois anos. Anexo II. (Parágrafo acrescido pela Res. 473/14)
§ 3º Os Conteúdos e regulamentação dos cur- § 11 O registro de que trata o § 4º, para os cur-
sos especializados constam dos anexos desta reso- sos especializados realizados pelos órgãos ou entida-
lução. des públicas de segurança, de saúde e forças armadas
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 181

e auxiliares será realizado diretamente pelo órgão existência como condutor não sendo permitida a sua
máximo executivo de trânsito da União. (Parágrafo reutilização para outro condutor.
acrescido pela Res. 473/14) II - O segundo número de identificação nacio-
§ 12 Aplica-se a exigência de curso de trans- nal (número do espelho da CNH) será formado por 8
porte de carga indivisível aos condutores de guindastes (oito) caracteres mais 1 (um) dígito verificador de
móveis facultados a transitar na via. (Parágrafo acres- segurança, autorizado e controlado pelo órgão máxi-
cido pela Res. 484/14) mo executivo de trânsito da União, e identificará cada
§ 13 Poderá ser feito o aproveitamento de es- espelho de CNH expedida;
tudos de conteúdos que o condutor tiver realizado em III - O número de identificação estadual será o
outro curso especializado, nos termos do Anexo II. número do formulário RENACH, documento de coleta
(Parágrafo acrescido pela Res. 484/14) de dados do candidato/condutor gerado a cada
Da Expedição da Carteira Nacional de Habilita- serviço, composto por 11 (onze) caracteres, sendo as
ção e da Permissão Internacional para Dirigir Veículo duas primeiras posições formadas pela sigla da
Art. 34. A ACC e a CNH serão expedidas pelo Unidade de Federação expedidora, e a última por 01
órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou (um) dígito verificador de segurança.
do Distrito Federal, em nome do órgão máximo exe- § 1º O número do formulário RENACH identi-
cutivo de trânsito da União, ao condutor considerado ficará a Unidade da Federação onde o condutor foi
apto nos termos desta resolução. (Todo o artigo habilitado ou realizou alterações de dados no seu
alterado pela Res. 169/05) prontuário pela última vez.
§ 1º Ao candidato considerado apto nas cate- § 2º O Formulário RENACH dará origem às in-
gorias “A”, “B” ou “A” e “B”, será conferida Permis- formações na BINCO e autorização para a impressão
são para Dirigir com validade de 01(um) ano e ao da CNH, devendo ficar arquivado em segurança, no
término desta, o condutor poderá solicitar a CNH órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou
definitiva, que lhe será concedida desde que tenha do Distrito Federal, até que o condutor seja transferi-
cumprido o disposto no § 3º do art. 148 do CTB. do para outra Unidade da Federação.
§ 2º Ao candidato considerado apto para Art. 36. A expedição do documento único de
conduzir ciclomotores será conferida ACC provisória habilitação dar-se-á:
com validade de 01(um) ano e, ao término desta, o I - na autorização para conduzir ciclomotores
condutor poderá solicitar a Autorização definitiva, que (ACC);
lhe será concedida desde que tenha cumprido o II - na primeira habilitação nas categorias “A”,
disposto no § 3º do art. 148 do CTB. “B” e “AB”;
§ 3º A CNH conterá as condições e especiali- III - após o cumprimento do período permis-
zações de cada condutor e terá validade em todo o sionário;
Território Nacional, equivalendo ao documento de IV - na adição ou alteração de categoria;
identidade, produzindo seus efeitos quando apresen- V - em caso de perda, dano ou extravio;
tada no original e dentro do prazo de validade. VI - na renovação dos exames, atendendo ao
§ 4º Quando o condutor possuir CNH, a ACC disposto no art. 150 do CTB;
será inserida em campo específico da mesma, utilizan- VII - na aprovação dos exames do processo
do-se para ambas, um único registro conforme dispõe de reabilitação;
o § 7o do art. 159 do CTB. VIII - na alteração de dados do condutor, ex-
§ 5º Para efeito de fiscalização, fica concedi- ceto mudança de endereço;
do ao condutor portador de Permissão para Dirigir, IX - no reconhecimento da Carteira de Habili-
prazo idêntico ao estabelecido no art. 162, inc. V, do tação estrangeira.
CTB, aplicando-se a mesma penalidade e medida Parágrafo único. Nos processos de adição,
administrativa, caso este prazo seja excedido. mudança de categoria ou renovação, estando ainda
Art. 35. O documento de Habilitação terá 2 válida a CNH do condutor, o órgão ou entidade
(dois) números de identificação nacional e 1 (um) executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Fede-
número de identificação estadual, que são: ral, deverá entregar a nova CNH, mediante devolução
I - O primeiro número de identificação nacional da anterior para inutilização. (Parágrafo acrescido
(registro nacional) será gerado pelo sistema informatiza- pela Res. 169/05)
do da BINCO, composto de 9 (nove) caracteres mais 2 Arts. 37 e 38. Revogados pela Res. 169/05.
(dois) dígitos verificadores de segurança, sendo único Art. 39. Compete ao órgão máximo executivo
para cada condutor e o acompanhará durante toda a sua de trânsito da União e ao órgão ou entidade executivo
182 Ordeli Savedra Gomes

de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, inspe- máximo executivo de trânsito da União. (Artigo
cionar o local de emissão da CNH. acrescido pela Res. 169/05)
Art. 40. Compete ao órgão máximo executivo Art. 42. O condutor que tiver a CNH cassada
de trânsito da União expedir a Permissão Internacio- poderá requerer sua reabilitação, após decorrido o
nal para Dirigir (PID), o que poderá ser feito direta- prazo de dois anos da cassação. (Caput alterado pela
mente e mediante delegação aos órgãos executivos Res. 169/05)
dos Estados e do Distrito Federal ou a entidade habi- Parágrafo único. Para abertura do processo
litada para esse fim pelo DENATRAN. (Redação do de reabilitação será necessário que o órgão ou en-
caput e parágrafos, dadas pela Res. 683/17) tidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
§ 1º A PID será expedida conforme modelo Federal certifique-se de que todos os débitos regis-
definido no Anexo 7 da Convenção sobre Trânsito Viá- trados tenham sido efetivamente quitados.
rio, celebrada em Viena, em 08.11.1968, e promulga- Art. 42-A. A reabilitação de que trata o artigo
da pelo Decreto 86.714, de 10.12.1981, normatizado anterior dar-se-á após o condutor ser aprovado no
por Portaria específica do DENATRAN. curso de reciclagem e nos exames necessários à
§ 2º O DENATRAN deverá estabelecer os re- obtenção de CNH da categoria que possuía, ou de
quisitos e procedimentos a serem observados para a categoria inferior, preservada a data da primeira
produção e expedição da PID, bem como para o cre- habilitação. (Artigo acrescido pela Res. 169/05)
denciamento das entidades interessadas a produzir a Art. 43. (Revogado pela Res. 685, de 15.08.2017)
PID e a habilitação das entidades interessadas em ex- Art. 43-A. O processo de habilitação de can-
pedir a PID. didato que procedeu ao requerimento de sua abertura
Art. 40-A. O CONTRAN definirá, no prazo má- anterior à vigência desta norma, permanecerá ativo
ximo de noventa dias da data publicação desta no órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado
resolução, regulamentação especificando modelo ou Distrito Federal, pelo prazo de doze meses a partir
único do documento de ACC, Permissão para Dirigir e da data de publicação desta resolução. (Artigo acres-
CNH. (Artigo acrescido pela Res. 169/05) cido pela Res. 169/05)
Das Disposições Gerais Art. 43-B. Fica o órgão máximo executivo de
Art. 41. A Base Índice Nacional de Conduto- trânsito da União autorizado a baixar as instruções
res – BINCO conterá um arquivo de dados onde será necessárias para o pleno funcionamento do disposto
registrada toda e qualquer restrição ao direito de nesta resolução, objetivando sempre a praticidade e
dirigir e de obtenção da ACC e da CNH, que será a agilidade das operações, em benefício do cidadão.
“alimentado” pelos órgãos ou entidades executivos (Artigo acrescido pela Res. 169/05)
de trânsito dos Estados e do Distrito Federal. Art. 43-C. Fica concedido prazo até 28 de fe-
§ 1º O condutor, que for penalizado com a sus- vereiro de 2015 para os condutores de veículos
pensão ou cassação do direito de dirigir, terá o seu pertencentes a órgãos de segurança pública, forças
registro bloqueado pelo mesmo prazo da penalidade. armadas e auxiliares realizarem os cursos especiali-
§ 2º Quando se tratar de cassação do direito zados previstos no caput do art. 145 do CTB. (Artigo
de dirigir, decorrido o prazo previsto no § 2º do art. acrescido pela Res. 473/14)
263 do CTB o registro poderá ser desbloqueado e Art. 44. Revogam-se as Resoluções 412/69,
utilizado para a reabilitação do condutor. 491/75, 520/77, 605/82, 789/94, 800/95, 804/95,
§ 3º O cidadão que tiver o direito de dirigir 07/98, 50/98, 55/98, 57/98, 58/98, 67/98, 85/99,
suspenso, pelo Poder Judiciário, para obtenção do 90/99, 91/99, 93/99, 98/99 e 161/04, art. 3º da Res.
documento de habilitação para conduzir veículos 700/88, e incs. VIII, IX, X, XI, XII do art. 12 e art. 13
automotor e elétrico, terá registrado este impedimen- da Res. 74/98.
to na BINCO. Art. 45. Esta Resolução entrará em vigor 90
Art. 41-A. Para efeito desta resolução, os da- (noventa) dias após a data de sua publicação.
dos requeridos para o processo de habilitação e os Ailton Brasiliense Pires
constantes do RENACH são de propriedade do órgão

ANEXO I
TABELA DE CORRESPONDÊNCIA E PREVALÊNCIA DAS CATEGORIAS
(Revogado pela Res. 685, de 15.08.2017)
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 183

ANEXO II
ESTRUTURA CURRICULAR BÁSICA, ABORDAGEM DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
E DISPOSIÇÕES GERAIS DOS CURSOS
(Anexo alterado pelas Res. 572/15, 659/17, 685/17, 705/17 e 778/19)
1. Curso de formação para habilitação de condutores - Derrapagem;
de veículos automotores; - Variações de luminosidade;
2. Curso para mudança de categoria; - Cruzamentos, curvas, cabeceiras de pontes
3. Curso para adição de categoria; viadutos e elevados;
4. Curso de atualização para renovação da CNH; - Condições da via (ondulações, buracos, etc.);
5. Curso de reciclagem para condutores infratores; - Derramamentos (óleo, areia, brita, etc.);
6. Cursos especializados para condutores de veículos; - Itens de segurança do condutor de ciclomo-
7. Atualização dos cursos especializados para condu- tor, do passageiro e do ciclomotor.
tores de veículos.
1.1.1.3. Módulo III - Noções de Primeiros So-
corros - 1 hora-aula
1. CURSOS DE FORMAÇÃO PARA HABILITA-
ÇÃO DE CONDUTORES DE VEÍCULOS AUTOMOTO- - Sinalização do local do acidente;
RES – ACC – CATEGORIA “A” – CATEGORIA “B” - Acionamento de recursos: bombeiros, polí-
cia, ambulância, concessionária da via e outros; -
CURSO TEÓRICO-TÉCNICO – ACC. Verificação das condições gerais da vítima;
1.1.1. Estrutura Curricular
1.1.1.4. Módulo IV - Convívio Sócio Ambiental
1.1.1.1. Módulo I - Legislação de Trânsito - 7 no Trânsito e noções do funcionamento do veículo - 2
horas-aula horas-aula
•Conceitos e definições do CTB - Trânsito; • Condições do veículo e a relação com o meio
- Sistema viário; ambiente: - Emissão de gases;
•Determinações do CTB quanto a: - Emissão de partículas (fumaça);
- Normas de circulação e conduta; - Emissão sonora;
- Pedestres e veículos não motorizados; - Descarte de peças, fluídos e componentes
- Engenharia de tráfego e sinalização viária; (Resoluções do Conama);
- Veículos; •A influência do comportamento do condutor
- Processo de habilitação; e passageiros no meio ambiente; - Cidadania e edu-
- Infrações de trânsito; cação para o trânsito;
- Medidas administrativas e penalidades; - O respeito mútuo entre condutores;
- Crimes de trânsito • Equipamentos de uso obrigatório do veícu-
1.1.1.2. Módulo II - Direção Defensiva - 10 ho- lo, pilotagem econômica;
ras-aula - Conceito de direção defensiva: • sistema de suspensão, sistema de freio,
- Cuidados com os demais usuários da via; - sistema de alimentação, sistema de transmissão,
Implicações do estado físico e mental do condutor - pneus e sistema elétrico;
Estratégias para a prevenção de acidentes de trânsito: • Orientações do fabricante (leitura do manu-
- Ver e ser visto; al quanto à simbologia do painel, e manutenção do
veiculo de duas rodas);
- Ponto cego dos veículos ou ângulos mortos;
- Posicionamento na via; Carga horária total do curso teórico técnico:
20 horas- aulas
- Distância de segurança;
- Controle da velocidade; 1.2. DISPOSIÇÕES GERAIS
- Cuidados com os demais usuários da via; - Considera-se hora/aula o período igual a 50
- Frenagem normal e de emergência; (cinquenta) minutos para os cursos Teórico-Técnicos.
- A carga horária diária máxima permitida nos
- Riscos envolvidos em utilizar o aparelho ce-
Cursos Teórico-Técnicos será de 5 (cinco) horas/aula.
lular e outros aparelhos sonoros;
- Pilotando em situações adversas e de risco: 1.3. DA FREQUÊNCIA E AVALIAÇÃO
- Condições climáticas; - O aluno deverá ter frequência mínima de
- Ultrapassagem; 90% em cada módulo do curso. Ao final do curso será
184 Ordeli Savedra Gomes

realizada prova pelo órgão ou entidade executivo de - Contornar os cones;


trânsito dos estados e do Distrito Federal, contendo - Posicionamento e manobra: conversões e
15 questões de múltipla escolha, com quatro alterna- cruzamento.
tivas de respostas, sendo apenas uma correta, 1.4.1.1.4. Equilíbrio:
devendo o aluno ter aproveitamento mínimo de 60%
- Movimentação sem avançar sobre a linha
para aprovação;
demarcatória;
- As questões do exame deverão contemplar
- Andar sobre a prancha.
todas as disciplinas e em proporcionalidade à carga
horária de cada uma, sendo realizado de forma in- 1.4.1.1.5. Cuidados para estacionar o ciclo-
dividual e sigilosa; motor:
- O tempo de duração do exame será de no - Cuidados para estacionar o ciclomotor (pon-
mínimo uma hora; to neutro, acionamento do pedal de apoio, desligamen-
- O aluno reprovado uma primeira vez poderá to do farol e do motor, descida pelo lado esquerdo).
realizar nova avaliação após 5 (cinco) dias e, se Carga horária total: 10 horas-aula.
reprovado pela 2ª vez, poderá matricular-se para um Exame de prática de direção veicular – ACC
novo curso, frequentando-o integralmente; O Exame de prática de direção veicular a ser
- As instituições ao ministrarem cursos para aplicado aos candidatos a obtenção da ACC, seguirá
ACC deverão manter em arquivo, durante 5 (cinco) os mesmos requisitos técnicos e nos moldes defini-
anos, os registros dos alunos com o resultado do seu dos para avaliação dos candidatos a obtenção da ca-
desempenho. tegoria “A”.
- Havendo comprovação de deficiência auditi- 1.5. CURSO TEÓRICO-TÉCNICO – CATEGORIAS
va, dislexia e TDAH no exame de aptidão física e “A” e “B”
mental, será concedido ao candidato o dobro do 1.5.1. carga horária total: 45 (quarenta e cin-
tempo previsto para a realização do exame escrito e co) horas aula.
a possibilidade de utilização de software específico. 1.5.2. Estrutura curricular
1.4. CURSO DE PRÁTICA DE DIREÇÃO VEICU- 1.5.2.1. Legislação de Trânsito: 18 (dezoito)
LAR - ACC horas aula
1.4.1. ACC Determinações do CTB quanto a veículos de
1.4.1.1. Estrutura Curricular duas ou mais rodas:
1.4.1.1.1. Cuidados e Ajustes Iniciais para - Formação do condutor;
Condução: - Exigências para categorias de habilitação em
- Fixação do Capacete; relação ao veículo conduzido;
- Uso da viseira ou óculos de proteção; - Documentos do condutor e do veículo: apre-
- Cuidados para montar em veículos de duas sentação e validade;
rodas; - Sinalização viária;
- Ajuste dos Espelhos; - Penalidades e crimes de trânsito;
- Verificação da sinalização do ciclomotor: luz, - Direitos e deveres do cidadão;
indicador de direção e luz do freio; - Normas de circulação e conduta.
- Manter apoio com o pé esquerdo no chão e - Infrações e penalidades para veículos de du-
direito no pedal de freio. as ou mais rodas referentes à:
- Documentação do condutor e do veículo;
1.4.1.1.2. Controle do ciclomotor:
- Estacionamento, parada e circulação;
- Cuidados para acionar a partida;
- Segurança e atitudes do condutor, passageiro,
- Desenvolvimento e redução de marchas; pedestre e demais atores do processo de circulação;
- Paradas acionando freios dianteiro e traseiro -Meio ambiente.
– freio motor, simultaneamente.
1.5.2.2. Direção defensiva para veículos de
1.4.1.1.3. Circulação e Manobras: duas ou mais rodas:
- Percorrer o trajeto utilizando indicador de di- 16 (dezesseis) horas aula.
reção, quando necessário; - Conceito de direção defensiva;
- Percorrer e concluir o oito corretamente; - Conduzindo em condições adversas;
- Observar a parada obrigatória (pé direito no - Conduzindo em situações de risco;
freio, pé esquerdo no chão); • Ultrapassagens
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 185

• Derrapagem - Condução econômica e inspeção mecânica


• Ondulações e buracos (pequenos reparos);
• Cruzamentos e curvas - Verificação diária dos itens básicos: água,
• Frenagem normal e de emergência óleo, calibragem dos pneus, dentre outros;
- Como evitar acidentes em veículos de duas - Cuidados e revisões necessárias anteriores
ou mais rodas; a viagens.
- Abordagem teórica da condução de motoci- 1.6. CURSO DE PRÁTICA DE DIREÇÃO VEICU-
cletas com passageiro e ou cargas; LAR
- Cuidados com os demais usuários da via; 1.6.1. Carga Horária Mínima: 25 (vinte e cin-
- Respeito mútuo entre condutores; co) horas aula para a categoria “B” e 20 (vinte) horas
- Equipamentos de segurança do condutor mo- aula para a categoria “A”, sendo que 20% (vinte por
tociclista; cento) destas deverão ser ministradas no período
- Estado físico e mental do condutor, conse- noturno.
quências da ingestão e consumo de bebida alcoólica 1.6.2. Estrutura curricular
e substâncias psicoativas;
1.6.2.1. Para veículos de quatro ou mais rodas:
- Situações de risco.
- O veículo: funcionamento, equipamentos obri-
1.5.2.3. Noções de Primeiros Socorros: 4 (qua- gatórios e sistemas;
tro) horas aula
- Prática na via pública, urbana e rural: dire-
- Sinalização do local do acidente; ção defensiva, normas de circulação e conduta, pa-
- Acionamento de recursos: bombeiros, polí- rada e estacionamento, observância da sinalização e
cia, ambulância, concessionária da via e outros; comunicação;
- Verificação das condições gerais da vítima; - Os pedestres, os ciclistas e demais atores
- Cuidados com a vítima (o que não fazer); do processo de circulação;
- Cuidados especiais com a vítima motociclista. - Os cuidados com o condutor motociclista.
1.5.2.4. Noções de Proteção e Respeito ao
1.6.2.2. Para veículos de duas rodas:
Meio Ambiente e de Convívio Social no Trânsito: 4
(quatro) horas aula - Normas e cuidados antes do funcionamento
- O veículo como agente poluidor do meio am- do veículo;
biente; - O veículo: funcionamento, equipamentos obri-
- Regulamentação do CONAMA sobre poluição gatórios e sistemas;
ambiental causada por veículos; - Prática de pilotagem defensiva, normas de
- Emissão de gases; circulação e conduta, parada e estacionamento, obser-
- Emissão de partículas (fumaça); vância da sinalização e comunicação:
- Emissão sonora; a) em área de treinamento específico, até o
- Manutenção preventiva do automóvel e da pleno domínio do veículo;
motocicleta para preservação do meio ambiente; b) em via pública, urbana e rural, em prática
- O indivíduo, o grupo e a sociedade; monitorada.
- Diferenças individuais; - Os pedestres, os ciclistas e demais atores
- Relacionamento interpessoal; do processo de circulação;
- O respeito mútuo entre condutores; - Cuidados na condução de passageiro e cargas;
- O indivíduo como cidadão. - Situações de risco: ultrapassagem, derrapa-
1.5.2.5. Noções sobre Funcionamento do Veí- gem, obstáculos na pista, cruzamentos e curvas,
culo de duas ou mais rodas: frenagem normal e de emergência.
3 (três) horas aula 1.7. DISPOSIÇÕES GERAIS
- Equipamentos de uso obrigatório do veículo, - Considera-se hora/aula o período igual a 50
sua utilização e cuidados que se deve ter com eles; (cinquenta) minutos.
- Noções de manuseio e do uso do extintor de - O candidato deverá realizar a prática de dire-
incêndio; ção veicular, mesmo em condições climáticas adver-
- Responsabilidade com a manutenção do veí- sas tais como: chuva, frio, nevoeiro, noite, dentre ou-
culo; tras, que constam do conteúdo programático do curso.
- Alternativas de solução para eventualidades 1.8. ABORDAGEM DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
mais comuns;
186 Ordeli Savedra Gomes

1.8.1. A abordagem dos conteúdos deve con- - Condução e circulação por vias urbanas;
templar obrigatoriamente a condução responsável de - Condução e circulação em vias de tráfego in-
automóveis ou motocicletas, utilizando técnicas que tenso;
oportunizem a participação dos candidatos, devendo - Condução e circulação em condições atmos-
o instrutor, por meio de aulas dinâmicas, fazer sem- féricas adversas;
pre a relação com o contexto do trânsito a fim de
- Condução e circulação noturna;
proporcionar a reflexão, o controle das emoções e o
desenvolvimento de valores de solidariedade e de II – CONDUÇÃO SEGURA:
respeito ao outro, ao ambiente e à vida. - A partida e a mudança de marchas;
1.8.2. Nas aulas de prática de direção veicu- - Utilizando os freios;
lar, o instrutor deve realizar acompanhamento e - Circulação e velocidade;
avaliação direta, corrigindo possíveis desvios, salien- - Aclives e declives;
tando a responsabilidade do condutor na segurança - Curvas;
do trânsito. - Condução em congestionamentos e paradas
1.8.3. A monitoração da prática de pilotagem do veículo com o motor em funcionamento;
de motocicleta em via pública poderá ser executada - Entrada e saída no fluxo de tráfego de veícu-
pelo instrutor em outro veículo. los;
1.8.4. As aulas de prática de direção veicular - Obstáculos durante a condução (na via e no
deverão ainda observar o seguinte conteúdo didático- tráfego);
pedagógico:
1.8.5. Ao final de cada aula ou conjunto de
I - CONCEITOS BÁSICOS: aulas de prática de direção veicular, incumbirá ao
- Verificação das condições dos equipamentos instrutor de trânsito elaborar relatório detalhando o
obrigatórios e da manutenção de um veículo; comportamento do candidato, o conhecimento das
- Acomodação e regulagem do equipamento normas de conduta e circulação estabelecidas pelo
do aluno; Código de Trânsito Brasileiro e as faltas cometidas
- Localização e conhecimento dos comandos durante o processo de aprendizagem;
de um veículo; 1.8.6. Os órgãos executivos estaduais de
- Ligando o motor. trânsito dos Estados e do Distrito Federal poderão
APRENDENDO A CONDUZIR estabelecer rotinas para a recepção eletrônica dos
Uso dos pedais e início da condução em 1ª relatórios elaborados pelos instrutores de trânsito, os
marcha; quais servirão para fins de acompanhamento e evo-
- Mudança da 1ª para a 2ª marcha; lução do processo de aprendizagem dos órgãos pelo
- Mudança da 2ª para a 3ª marcha; controle e expedição da carteira nacional de habilita-
- Mudança da 4ª para a 5ª marcha; ção, conforme regulamentação a ser elaborada pelo
Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN.
- Controlando a condução veicular;
- Efetuando uma curva; 1.9. DAS AULAS EM SIMULADOR DE DIRE-
ÇÃO VEICULAR
- Aperfeiçoando o uso da alavanca de câmbio
e relação das marchas; 1.9.1. As aulas opcionalmente realizadas em
simuladores de direção veicular, limitadas a 50 (cin-
- Aperfeiçoando o uso da embreagem;
quenta) minutos cada, deverão anteceder as aulas
- Aperfeiçoando o uso do freio; práticas em veículo e serão distribuídas da seguinte
- Domínio do veículo em marcha à ré. forma e ordem:
APRENDIZADO DA CIRCULAÇÃO a) preparação para que o aluno(s) receba(m)
- Posição do veículo na via, velocidade e ob- orientações gerais e conceitos que serão abordados
servação do trânsito; durante a aula;
- Entrada no fluxo do tráfego de veículos na b) realização da aula no simulador de direção
via; veicular, fixado em 30 (trinta) minutos, reproduzindo
- Movimento lateral e transposição de faixa de cenários que atendam o seguinte conteúdo didático-
rolamento; pedagógico
- Parada e estacionamento; c) conclusão da aula com a apresentação do
- Ultrapassagens; resultado obtido, correção didática das falhas porven-
- Passagem em interseções (cruzamentos); tura cometidas e esclarecimentos sobre eventuais
- Mudança de sentido; dúvidas apresentadas pelo(s) aluno(s);
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 187

1.9.2. As aulas ministradas no simulador de 5. Condução noturna, direção em cidade, di-


direção veicular deverão observar o seguinte conteú- reção em rodovia, obstáculos na via e condução em
do didático-pedagógico, de acordo com a quantidade condições adversas – 5ª hora/aula:
de horas/aula optada pelo candidato: (Item 1.9.2. 5.1. Condução e circulação na noite: controle
alterado pela Res. 778/19) dos faróis;
1. Conceitos Básicos – 1ª hora/aula: 5.2. Direção e circulação por uma estrada se-
1.1. Comprovações gerais do veículo, para cundária e estrada de terra;
segurança ao dirigir; 5.3. Condução e circulação em condições at-
1.2. Verificação das condições dos equipa- mosféricas adversas: chuva, neblina, pista molhada
mentos obrigatórios e da manutenção de um veículo; com situação de aquaplanagem;
1.3. Tomada de contato com o veículo; 5.4. Circulação pela rodovia;
1.4. Acomodação e regulagem; 5.5. Mudança de faixas e ultrapassagem;
1.5. Localização e conhecimento dos coman- 5.6. Técnicas para condução segura em situa-
dos de um veículo; ções de aquaplanagem; Curvas, aclives e declives
com visibilidade reduzida;
1.6. Controle dos faróis;
5.7. Curvas, aclives e declives com visibilida-
1.7. Ligando o motor; de reduzida;
1.8. Dando a partida no veículo. 5.8. Ofuscamento e obstáculos inesperados
2. Aprendendo a Conduzir – 2ª hora/aula: na vida.
2.1. Funcionamento mecânico do conjunto 1.9.3. A cada aula ministrada no simulador de
motor/embreagem/acelerador; direção veicular, o software nele instalado, obrigato-
2.2. Aprendendo a controlar o volante, o posi- riamente preverá, no mínimo, 10 (dez) situações que
cionamento do veículo na via e realizar curva; retratem as normas gerais de circulação e conduta
2.3. Direção em aclives e declives. previstas no Capítulo III, associadas às corresponden-
2.4. Uso da alavanca de câmbio e da embrea- tes infrações de trânsito previstas no Capítulo XV,
gem; ambos do Código de Trânsito Brasileiro;
2.5. Uso dos pedais, circulação e velocidade, 1.9.4. Durante a realização das aulas em si-
elevação e redução de marchas; mulador de direção veicular, o equipamento registra-
rá no monitor, em local que não prejudique a conti-
2.6. Uso do Freio Motor.
nuidade da atividade de ensino, as infrações de
3. Condução eficiente e segura, observação trânsito porventura cometidas pelo aluno e, ao final
do trânsito, a entrada no fluxo do tráfego de veículos de cada aula, o equipamento relacionará as infrações
na via, domínio do veículo em marcha à ré, parada e de trânsito, com transcrição completa do dispositivo
estacionamento – 3ª hora/aula: legal previsto no Código de Trânsito Brasileiro;
3.1. Mudança de faixa; 1.9.5. O Instrutor, o Diretor de Ensino ou o Di-
3.2. Manobra em marcha à ré; retor Geral do Centro de Formação de Condutores
3.3. Parada no ponto de estacionamento; realizará a supervisão do aluno durante as aulas
3.4. Estacionamento alinhado, em paralelo e ministradas no simulador de direção veicular, pres-
em diagonal. tando-lhe todos os esclarecimentos solicitados. Será
3.5. Situações de risco com pedestres e ciclis- permitida a supervisão simultânea de no máximo 3
tas; (três) alunos, desde que no interior de um único am-
biente;
3.6. Situações de risco com outros carros na
1.9.6. Os resultados das aulas realizadas em
cidade e congestionamento.
simulador de direção veicular serão disponibilizados
4. Movimento lateral, transposição de faixa de ao DENATRAN e aos órgãos executivos de trânsito
rolamento, aperfeiçoando o uso do freio e condições dos Estados e do Distrito Federal, mediante relatórios
do condutor – 4ª hora/aula: estatísticos, visando o estabelecimento de políticas
4.1. Ultrapassagem: Técnicas para realizar ul- públicas de educação;
trapassagem com segurança; 1.9.7. Os órgãos executivos de trânsito dos
4.2. Controlando a posição e velocidade, ob- Estados e do Distrito Federal deverão disponibilizar
servando os retrovisores, sinalização e manobras; ao DENATRAN os dados relativos ao aluno condutor
4.3. Aprendendo a dirigir nas rotatórias; do simulador para início das aulas virtuais;
4.4. Passagem em interseções (cruzamentos); 1.9.8. A realização de aulas em simuladores
4.5. Dirigindo sob o efeito de álcool. de direção veicular para os portadores de necessida-
188 Ordeli Savedra Gomes

des especiais, cujo veículo dependa de adaptação - Os conteúdos devem ser relacionados à rea-
especial, será regulamentada pelo CONTRAN; lidade do trânsito, procurando desenvolver valores de
respeito ao outro, ao ambiente e à vida, de solidarie-
2. CURSO PARA MUDANÇA DE CATEGORIA
dade e de controle das emoções.
2.1. CURSO DE PRÁTICA DE DIREÇÃO VEICU- - Nas aulas de prática de direção veicular, o
LAR instrutor deve realizar acompanhamento e avaliação
2.1.1. Carga Horária Mínima: 20 (vinte) ho- direta, corrigindo possíveis desvios, salientando a res-
ras/aula. ponsabilidade do condutor na segurança do trânsito.
2.1.2. Estrutura curricular 4. CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA RENOVA-
- O veículo em que está se habilitando: funcio- ÇÃO DA CNH
namento e equipamentos obrigatórios e sistemas; 4.1. CURSO TEÓRICO
- Prática na via pública, urbana e rural: dire- 4.1.1. Carga Horária Total: 15 (quinze) horas
ção defensiva, normas de circulação e conduta, pa- aula
rada e estacionamento, observação da sinalização; 4.1.2. Estrutura curricular
- No caso de prática de direção / para veícu- 4.1.2.1. Direção Defensiva - Abordagens do
los de 2 rodas, a instrução deve ser preliminarmente CTB para veículos de duas ou mais rodas - 10 (dez)
em circuito fechado de treinamento específico até o horas aula
pleno domínio do veículo; - Conceito;
2.2. DISPOSIÇÕES GERAIS - Condições adversas;
- Considera-se hora aula o período igual a 50 - Situações de risco nas ultrapassagens, der-
(cinquenta) minutos. rapagem, ondulações e buracos, cruzamentos e curvas,
2.3. ABORDAGEM DIDÁTICO-PEDAGÓGICA frenagem normal e de emergência;
- Os conteúdos devem ser relacionados à rea- - Abordagem teórica da condução do veículo
lidade do trânsito, procurando desenvolver valores de com passageiros e ou cargas;
respeito ao outro, ao ambiente e à vida, de solidarie- - Como evitar acidentes;
dade e de controle das emoções; - Cuidados na direção e manutenção de veícu-
- Nas aulas de prática de direção veicular, o los;
instrutor deve realizar acompanhamento e avaliação - Cuidados com os demais usuários da via;
direta, corrigindo possíveis desvios, salientando a res- - Estado físico e mental do condutor, conse-
ponsabilidade do condutor na segurança do trânsito. quências da ingestão e consumo de bebida alcoólica
e substâncias psicoativas;
3. CURSO PARA ADIÇÃO DE CATEGORIA
- Normas gerais de circulação e conduta;
3.1. CURSO DE PRÁTICA DE DIREÇÃO VEICU-
LAR - Equipamentos de segurança do condutor;
3.1.1. Carga Horária Mínima: 20 (vinte) ho- - Infrações e penalidades;
ras/aula para a categoria “B” e 15 (quinze) horas/aula - Noções de respeito ao meio ambiente e de
para a categoria “A”, sendo que 20% (vinte por cento) convívio social no trânsito;
destas deverão ser ministradas no período noturno. - Relacionamento interpessoal, diferenças in-
3.1.2. Estrutura curricular dividuais e respeito mútuo entre condutores.
- O veículo que está sendo aditado: funciona- 4.1.2.2. Noções de Primeiros Socorros – 5
mento, equipamentos obrigatórios e sistemas; (cinco) horas aula
- Prática na via pública, urbana e rural: dire- - Sinalização do local do acidente;
ção defensiva, normas de circulação e conduta, pa- - Acionamento de recursos: bombeiros, polí-
rada e estacionamento, observação da sinalização; cia, ambulância, concessionária da via, e outros
- No caso de prática de direção / para veícu- - Verificação das condições gerais da vítima;
los de duas rodas, a instrução deve ser preliminar- - Cuidados com a vítima (o que não fazer).
mente em circuito fechado de treinamento específico - Cuidados especiais com a vítima motociclista.
até o pleno domínio do veículo; 4.2. DISPOSIÇÕES GERAIS
3.2. DISPOSIÇÕES GERAIS 4.2.1. Devem participar deste curso os condu-
- Considera-se hora aula o período igual a 50 tores que em sua formação, em situação anterior, na
(cinquenta) minutos. forma do art. 150 do CTB, não tenham recebido ins-
3.3. ABORDAGEM DIDÁTICO-PEDAGÓGICA trução de direção defensiva e primeiros socorros;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 189

4.2.2. Este curso poderá ser realizado nas se- 4.3. ABORDAGEM DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
guintes modalidades: 4.3.1. Os conteúdos devem ser tratados de
4.2.2.1. Em curso presencial com carga horá- forma dinâmica, participativa, buscando análise e
ria de 15 horas aula, que poderá ser realizado de reflexão sobre a responsabilidade de cada um para
forma intensiva, com carga horária diária máxima de um trânsito seguro;
10 horas aula, ministrado pelo órgão ou entidade 4.3.2. Todos os conteúdos devem ser desen-
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Fede- volvidos em aulas dinâmicas, utilizando-se técnicas
ral, ou instituição/entidade por ele credenciada, com que oportunizem a participação dos condutores
frequência integral comprovada, dispensada a aplica- procurando, o instrutor fazer sempre a relação com o
ção de prova; contexto do trânsito, oportunizando a reflexão e o
4.2.2.2. Em curso realizado à distância, vali- desenvolvimento de valores de respeito ao outro, ao
dado por prova de 30 questões de múltipla escolha, ambiente e à vida, de solidariedade e de controle das
com aproveitamento mínimo de 70%, efetuado pelo emoções;
órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou
do Distrito Federal ou instituição/entidade por ele 4.3.3. A ênfase, nestas aulas, deve ser de
credenciada de forma que atenda aos requisitos atualização dos conhecimentos e análise do contexto
mínimos estabelecidos no anexo IV desta resolução; atual do trânsito local e brasileiro.
4.2.2.3. Em estudos realizados pelo condutor 5. CURSO DE RECICLAGEM PARA CONDUTO-
de forma autodidata, submetendo-se a prova de 30 RES INFRATORES
questões de múltipla escolha, com aproveitamento
5.1. CURSO TEÓRICO
mínimo de 70%, efetuada pelo órgão ou entidade
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal 5.1.1. Carga Horária Total: 30 (trinta) horas/
ou instituição/entidade por ele credenciada; em caso aula
de reprovação, o condutor só poderá repeti-la decor- 5.1.2. Estrutura curricular
ridos cinco dias da divulgação oficial do resultado. 5.1.2.1. Legislação de Trânsito: 12 (doze) ho-
Persistindo a reprovação deverá frequentar obrigato- ras/aula Determinações do CTB quanto a:
riamente o curso presencial para a renovação da - Formação do condutor;
CNH. - Exigências para categorias de habilitação
4.2.2.4. Poderá ser feito o aproveitamento de em relação a veículo conduzido;
cursos com conteúdos de primeiros socorros e de - Documentos do condutor e do veículo: apre-
direção defensiva, dos quais o candidato apresente sentação e validade;
documentação comprobatória de ter realizado tais
cursos, em órgão ou instituição oficialmente reco- - Sinalização viária;
nhecido; - Penalidades e crimes de trânsito;
4.2.2.5. O certificado de realização do curso - Direitos e deveres do cidadão;
será conferido ao condutor que: - Normas de circulação e conduta.
- Frequentar o curso de 15 horas/aula na sua Infrações e penalidades referentes a:
totalidade. Neste caso o processo de avaliação, sem - Documentação do condutor e do veículo;
caráter eliminatório ou classificatório, deve ocorrer - Estacionamento, parada e circulação;
durante o curso;
- Segurança e atitudes do condutor, passageiro,
- Tiver aprovação em curso à distância ou es- pedestre e demais atores do processo de circulação;
tudos autodidata, através de aproveitamento mínimo
- Meio ambiente.
de 70 % de acertos em prova teórica de 30 questões
de múltipla escolha; 5.1.2.2. Direção defensiva: 8 (oito) horas/aula
- Apresentar documentação ao Detran, e este - Conceito de direção defensiva – veículos de
a validar como aproveitamento de cursos realizados 2, 4 ou mais rodas;
em órgão ou instituição oficialmente reconhecido; - Condições adversas;
4.2.2.6. O certificado de realização do curso - Como evitar acidentes;
terá validade em todo o território nacional, devendo - Cuidados com os demais usuários da via;
ser registrado no RENACH pelo órgão ou entidade - Estado físico e mental do condutor, conse-
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Fede- quências da ingestão e consumo de bebida alcoólica
ral; e substâncias psicoativas;
4.2.2.7. Considera-se hora aula o período igual - Situações de risco.
a 50 (cinquenta) minutos.
190 Ordeli Savedra Gomes

5.1.2.3. Noções de Primeiros Socorros: 4 (qua- ber atendimento individualizado a fim de superar suas
tro) horas/aula dificuldades.
- Sinalização do local do acidente; - O certificado de realização do curso terá va-
- Acionamento de recursos: bombeiros, polí- lidade em todo o território nacional, devendo ser
cia, ambulância, concessionária da via e outros; registrado no RENACH pelo órgão ou entidade execu-
- Verificação das condições gerais da vítima; tivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal;
- Cuidados com a vítima (o que não fazer). - Considera-se hora aula o período igual a 50
(cinquenta) minutos.
5.1.2.4 Relacionamento Interpessoal: 6 (seis)
horas/aula 5.3. ABORDAGEM DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
- Comportamento solidário no trânsito; - Por se tratar de condutores, que estão cum-
prindo penalidade por infrações de trânsito, os
- O indivíduo, o grupo e a sociedade;
conteúdos devem ser tratados de forma dinâmica,
- Responsabilidade do condutor em relação
participativa, buscando análise e reflexão sobre a res-
aos demais atores do processo de circulação;
ponsabilidade de cada um para um trânsito seguro;
- Respeito às normas estabelecidas para se-
- Todos os conteúdos devem ser desenvolvi-
gurança no trânsito;
dos em aulas dinâmicas, procurando o instrutor fazer
- Papel dos agentes de fiscalização de trânsito. sempre a relação com o contexto do trânsito, oportu-
5.2. DISPOSIÇÕES GERAIS nizando a reflexão e o desenvolvimento de valores de
- O curso será ministrado pelo órgão ou enti- respeito ao outro, ao ambiente e à vida, de solidarie-
dade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito dade e de controle das emoções;
Federal ou instituição/entidade por ele credenciada, - A ênfase deve ser de revisão de conheci-
para condutores penalizados nos termos do art. 261, mentos e atitudes, valorizando a obediência à Lei, a
§ 2º, e art. 268 do CTB; necessidade de atenção e o desenvolvimento de habi-
- Este curso poderá ser realizado em duas mo- lidades.
dalidades:
6. CURSOS ESPECIALIZADOS PARA CONDU-
- Em curso presencial com carga horária de 30 TORES DE VEÍCULOS
horas/aula, que poderá ser realizado de forma intensiva,
com carga horária diária máxima de 10 horas/aula, mi- I – DOS FINS
nistrado pelo órgão ou entidade executivo de trânsito Estes cursos têm a finalidade de aperfeiçoar,
do Estado ou do Distrito Federal, ou instituição/entida- instruir, qualificar e atualizar condutores, habilitando-
de por ele credenciado, com frequência integral com- os à condução de veículos de:
provada, sendo obrigatória a aplicação de prova; a) transporte coletivo de passageiros;
- Em curso/estudo realizado à distância, vali- b) transporte de escolares;
dado por prova teórica de 30 questões de múltipla c) transporte de produtos perigosos;
escolha, com aproveitamento mínimo de 70%, efe- d) emergência;
tuado pelo órgão ou entidade executivo de trânsito e) transporte de carga indivisível e outras, ob-
do Estado ou do Distrito Federal ou instituição/enti- jeto de regulamentação específica pelo CONTRAN.
dade por ele credenciada de forma que atenda os Para atingir seus fins, estes cursos devem dar
requisitos mínimos estabelecidos no anexo III desta condições ao condutor de:
resolução;
- Permanecer atento ao que acontece dentro
- Os candidatos ao final do curso, serão sub- do veículo e fora dele;
metidos a uma avaliação pelo órgão ou entidade
- Agir de forma adequada e correta no caso
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal
de eventualidades, sabendo tomar iniciativas quando
ou instituição/entidade por ele credenciada, através
de uma prova com um mínimo de 30 questões sobre necessário;
os conteúdos ministrados; - Relacionar-se harmoniosamente com usuá-
- A aprovação se dará quando o condutor rios por ele transportados, pedestres e outros condu-
acertar no mínimo 70% das questões; tores;
- O condutor aluno reprovado uma primeira - Proporcionar segurança aos usuários e a si
vez poderá realizar nova avaliação após 5 (cinco) dias próprio;
e, se reprovado pela 2ª vez poderá matricular-se para - Conhecer e aplicar preceitos de segurança e
um novo curso, frequentando-o integralmente. Caso comportamentos preventivos, em conformidade com
ainda não consiga resultado satisfatório, deverá rece- o tipo de transporte e/ou veículo;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 191

- Conhecer, observar e aplicar disposições - A avaliação final será na modalidade pre-


contidas no CTB, na legislação de trânsito e legisla- sencial, realizada obrigatoriamente pelo órgão ou en-
ção específica sobre o transporte especializado para tidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
o qual está se habilitando; Federal em que esteja registrada a CNH do condutor
- Realizar o transporte com segurança de ma- avaliado.
neira a preservar a integridade física do passageiro, V – DO APROVEITAMENTO DE ESTUDOS
do condutor, da carga, do veículo e do meio ambiente. - Poderá ser feito o aproveitamento de estu-
- Conhecer e aplicar os preceitos de seguran- dos de conteúdos que o condutor tiver realizado em
ça adquiridos durante os cursos ou atualização fa- outro curso especializado, devendo para tal, a Insti-
zendo uso de comportamentos preventivos e proce- tuição oferecer um módulo, de no mínimo 15 (quinze)
dimentos em casos de emergência, desenvolvidos horas aula, de adequação da abordagem dos conteú-
para cada tipo de transporte, e para cada uma das dos para a especificidade do novo curso pretendido.
classes de produtos ou cargas perigosos. VI – DA AVALIAÇÃO
II – DA ORGANIZAÇÃO - Ao final de cada módulo, será realizada, pe-
- A organização administrativo-pedagógica dos las instituições que ministram os cursos uma prova
cursos para condutores especializados será estabele- com 20 questões de múltipla escolha sobre os
cida em consonância com a presente Resolução, assuntos trabalhados;
pelas Instituições listadas no parágrafo 1º do art. 33, - Será considerado aprovado no curso, o con-
desta Resolução, cadastrados pelo órgão ou entidade dutor que acertar, no mínimo, 70% das questões da
executivo de Trânsito do Estado ou do Distrito Federal. prova de cada módulo;
III – DA REGÊNCIA - O condutor reprovado ao final do módulo de-
- As disciplinas dos cursos para condutores verá realizar nova prova a qualquer momento, sem
especializados serão ministradas por pessoas habili- prejuízo da continuidade do curso. Caso ainda não
tadas em cursos de instrutores de trânsito, realizados consiga resultado satisfatório deverá receber atendi-
por órgão ou entidade executivo de trânsito do Es- mento individualizado a fim de superar suas dificul-
tado ou do Distrito Federal, ou instituição por ele dades;
credenciada e que tenham realizado, com aprovação, - Nos cursos de atualização, a avaliação será
os cursos especiais que vierem a ministrar. feita através de observação direta e constante do
- A qualificação de professor para formação desempenho dos condutores, demonstrado durante
de instrutor de curso especializado será feita por as aulas, devendo o instrutor interagir com os mes-
disciplina e será regulamentada em portaria do DE- mos reforçando e/ou corrigindo respostas e coloca-
NATRAN – órgão máximo executivo de trânsito da ções;
União, devendo ser profissional de nível superior - As instituições que ministrarem cursos es-
tendo comprovada experiência a respeito da disciplina. pecializados deverão manter em arquivo, durante 5
(cinco) anos, os registros dos alunos com o resultado
IV – DO REGIME DE FUNCIONAMENTO (Texto
do seu desempenho.
dado pela Res. 659/17)
- Cada curso especializado será constituído de VII – DA CERTIFICAÇÃO
50 (cinquenta) horas aula; - Os condutores aprovados no curso especia-
- O curso poderá desenvolver-se na modalida- lizado e os que realizarem a atualização exigida terão
de de ensino à distância, através de apostilas atuali- os dados correspondentes registrados em seu cadas-
tro pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do
zadas e outros recursos tecnológicos, não podendo a
Estado ou do Distrito Federal, informando-os no
carga horária diária exceder a 20% do total da carga
campo “observações” da CNH;
horária prevista para cada curso;
- Os certificados deverão conter no mínimo os
- A carga horária presencial diária será organi-
seguintes dados:
zada de forma a atender às peculiaridades e necessi-
dades da clientela, não podendo exceder, em regime - Nome completo do condutor,
intensivo, 10 horas aula por dia; - Número do registro RENACH e categoria de
- O número máximo de alunos, por turma, de- habilitação do condutor;
verá ser de 25 alunos; - Validade e data de conclusão do curso;
- Considera-se hora aula o período igual a 50 - Assinatura do diretor da entidade ou institui-
(cinquenta) minutos; ção, e validação do Detran quando for o caso;
192 Ordeli Savedra Gomes

- No verso deverão constar as disciplinas, a 6.1.3.1. Módulo I – Legislação de trânsito –


carga horária, o instrutor e o aproveitamento do con- 10 (dez) horas aula Determinações do CTB quanto a:
dutor. - Categoria de habilitação e relação com veí-
- O modelo dos certificados será elaborado e culos conduzidos;
divulgado em portaria pelo órgão máximo executivo - Documentação exigida para condutor e veí-
de trânsito da União. culo;
VIII – DA VALIDADE - Sinalização viária;
- Os cursos especializados tem validade de / 5 - Infrações, crimes de trânsito e penalidades;
(cinco) anos, quando os condutores deverão realizar a - Regras gerais de estacionamento, parada,
atualização dos respectivos cursos, devendo os mes- conduta e circulação.
mos coincidir com a validade do exame de sanidade Legislação específica sobre transporte de pas-
física e mental do condutor constantes de sua CNH; sageiros
- A fim de se compatibilizar os prazos dos - Responsabilidades do condutor do veículo
atuais cursos e exames de sanidade física e mental, de transporte coletivo de passageiros.
sem que haja ônus para o cidadão os cursos já rea-
6.1.3.2. Módulo II – Direção Defensiva – 15
lizados, antes da publicação desta resolução, terão
(quinze) horas aula
sua validade estendida até a data limite da segunda
renovação da CNH; - Acidente evitável ou não evitável;
- Na renovação do exame de sanidade física e - Como ultrapassar e ser ultrapassado;
mental, o condutor especializado deverá apresentar - O acidente de difícil identificação da causa;
comprovante de que realizou o curso de atualização - Como evitar acidentes com outros veículos;
no qual está habilitado, registrando os dados no - Como evitar acidentes com pedestres e ou-
órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou tros integrantes do trânsito (motociclista, ciclista,
do Distrito Federal; carroceiro, skatista);
- O condutor que não apresentar comprovante - A importância de ver e ser visto;
de que realizou o curso de atualização no qual está - A importância do comportamento seguro na
habilitado quando da renovação da CNH, terá auto- condução de veículos especializados;
maticamente suprimida a informação correspondente; - Comportamento seguro e comportamento de
- Os cursos de atualização terão uma carga risco – diferença que pode poupar vidas;
horária mínima de 15(quinze) horas aula, sobre as - Estado físico e mental do condutor, conse-
disciplinas dos cursos especializados, abordando pre- quências da ingestão e consumo de bebida alcoólica
ferencialmente, as atualizações na legislação, a evo- e substâncias psicoativas.
lução tecnológica e estudos de casos, dos módulos 6.1.3.3. Módulo III – Noções de Primeiros So-
específicos de cada curso. corros, Respeito ao Meio Ambiente e Convívio Social
IX – DISPOSIÇÕES GERAIS – 10 (dez) horas aula
- Considera-se hora aula o período de 50 (cin- Primeiras providências quanto à vítima de
quenta) minutos. acidente, ou passageiro com mal súbito:
6.1. CURSO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO - Sinalização do local do acidente;
DE TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIROS - Acionamento de recursos: bombeiros, polí-
6.1.1. Carga horária: 50 (cinquenta) horas aula cia, ambulância, concessionária da via o outros;
6.1.2. Requisitos para matrícula - Verificação das condições gerais de vítima
- Ser maior de 21 anos; de acidente, ou passageiro com mal súbito;
- Estar habilitado na categoria “D”; (Redação - Cuidados com a vítima (o que não fazer);
dada pela Res. 685/17) O veículo como agente poluidor do meio am-
- Não ter cometido nenhuma infração grave biente;
ou gravíssima ou ser reincidente em infrações mé- - Regulamentação do CONAMA sobre polui-
dias durante os últimos 12 (doze) meses; ção ambiental causada por veículos;
- Não estar cumprindo pena de suspensão do - Emissão de gases;
direito de dirigir, cassação da CNH, pena decorrente - Emissão de partículas (fumaça);
de crime de trânsito, bem como estar impedido - Emissão sonora;
judicialmente de exercer seus direitos. - Manutenção preventiva do veículo para pre-
6.1.3. Estrutura Curricular servação do meio ambiente;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 193

- O indivíduo, o grupo e a sociedade; - Responsabilidades do condutor do veículo


- Relacionamento interpessoal; de transporte de escolares.
- O indivíduo como cidadão; 6.2.3.2. Módulo II – Direção Defensiva – 15
- A responsabilidade civil e criminal do condu- (quinze) horas/aula
tor e o CTB. - Acidente evitável ou não evitável;
6.1.3.4. Módulo IV – Relacionamento Inter- - Como ultrapassar e ser ultrapassado;
pessoal – 15 (quinze) horas aula - O acidente de difícil identificação da causa;
- Como evitar acidentes com outros veículos;
- Aspectos do comportamento e de segurança - Como evitar acidentes com pedestres e ou-
no transporte de passageiros; tros integrantes do trânsito (motociclista, ciclista, car-
- Comportamento solidário no trânsito; roceiro, skatista);
- Responsabilidade do condutor em relação - A importância de ver e ser visto;
aos demais atores do processo de circulação; - A importância do comportamento seguro na
- Respeito às normas estabelecidas para se- condução de veículos especializados;
gurança no trânsito; - Comportamento seguro e comportamento de
- Papel dos agentes de fiscalização de trânsito; risco – diferença que pode poupar vidas;
- Atendimento às diferenças e especificidades - Estado físico e mental do condutor, conse-
dos usuários (pessoas portadoras de necessidades quências da ingestão e consumo de bebida alcoólica
especiais, faixas etárias diversas, outras condições); e substâncias psicoativas.
- Características das faixas etárias dos usuários 6.2.3.3. Módulo III – Noções de Primeiros So-
mais comuns de transporte coletivo de passageiros. corros, Respeito ao Meio Ambiente e Convívio Social
6.2. CURSO PARA CONDUTORES DE VEÍCU- – 10 (dez) horas aula
LOS DE TRANSPORTE ESCOLAR - Primeiras providências quanto a vítimas de
6.2.1. Carga horária: 50 (cinquenta) horas aula acidente, ou passageiro com mal súbito:
6.2.2. Requisitos para Matrícula: - Sinalização do local de acidente;
- Ser maior de 21 anos; - Acionamento de recursos: bombeiros, polí-
cia, ambulância, concessionária da via e outros;
- Estar habilitado na categoria D; (Redação da-
da pela Res. 685/17) - Verificação das condições gerais de vítima
de acidente, ou passageiro com mal súbito;
- Não ter cometido nenhuma infração grave
ou gravíssima ou ser reincidente em infrações mé- - Cuidados com a vítima, (o que não fazer);
dias durante os últimos doze meses; - O veículo como agente poluidor do meio am-
biente;
- Não estar cumprindo pena de suspensão do
direito de dirigir, cassação da carteira nacional de - Regulamentação do CONAMA sobre polui-
habilitação - CNH, pena decorrente de crime de trân- ção ambiental causada por veículos;
sito, bem como não estar impedido judicialmente de - Emissão de gases;
exercer seus direitos. - Emissão de partículas (fumaça);
6.2.3. Estrutura Curricular - Emissão sonora;
6.2.3.1. Módulo I – Legislação de Trânsito – - Manutenção preventiva do veículo para pre-
10 (dez) horas aula Determinações do CTB quanto a: servação do meio ambiente;
- Categoria de habilitação e relação com veí- - O indivíduo, o grupo e a sociedade;
culos conduzidos; - Relacionamento interpessoal;
- Documentação exigida para condutor e veí- - O indivíduo como cidadão;
culo; - A responsabilidade civil e criminal do condu-
- Sinalização viária; tor e o CTB.
- Infrações, crimes de trânsito e penalidades; 6.2.3.4. Módulo IV – Relacionamento Inter-
- Regras gerais de estacionamento, parada e pessoal – 15 (quinze) horas aula
circulação. - Aspectos do comportamento e de segurança
Legislação específica sobre transporte de es- no transporte de escolares;
colares - Comportamento solidário no trânsito;
- Normatização local para condução de veícu- - Responsabilidade do condutor em relação
los de transporte de escolares; aos demais atores do processo de circulação;
194 Ordeli Savedra Gomes

- Respeito às normas estabelecidas para se- RESPONSABILIDADE DO CONDUTOR DURAN-


gurança no trânsito; TE O TRANSPORTE
- Papel dos agentes de fiscalização de trânsito; - Fatores de interrupção da viagem;
- Atendimento às diferenças e especificidades - Participação do condutor no carregamento e
dos usuários (pessoa portadora deficiências físicas, descarregamento do veículo;
faixas etárias, outras condições);
- Trajes e equipamentos de proteção individual.
- Características das faixas etárias dos usuá-
rios de transporte de escolares; DOCUMENTAÇÃO E SIMBOLOGIA
- Cuidados especiais e atenção que devem - Documentos fiscais e de trânsito;
ser dispensados aos escolares e seus responsáveis, - Documentos e símbolos relativos aos produ-
quando for o caso. tos transportados:
6.3. CURSO PARA CONDUTORES DE VEÍCU- - Certificados de capacitação;
LOS DE TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS - Ficha de emergência;
6.3.1. Carga horária: 50 (cinquenta) horas aula - Envelope para o transporte;
6.3.2. Requisitos para matrícula - Marcação e rótulos nas embalagens;
- Ser maior de 21 anos; - Rótulos de risco principal e subsidiário;
- Estar habilitado em uma das categorias “B”, - Painel de segurança;
“C”, “D” e “E”;
- Sinalização em veículos.
- Não ter cometido nenhuma infração grave
ou gravíssima ou ser reincidente em infrações mé- REGISTRADOR INSTANTÂNEO E INALTERÁ-
dias durante os últimos doze meses; VEL DE VELOCIDADE E TEMPO
- Não estar cumprindo pena de suspensão do - Definição;
direito de dirigir, cassação da Carteira Nacional de - Funcionamento;
Habilitação – CNH, pena decorrente de crime de trân- - Importância e obrigatoriedade do seu uso.
sito, bem como não estar impedido judicialmente de
exercer seus direitos. DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES (CTB e le-
gislação específica)
6.3.3. Estrutura Curricular
6.3.3.1. Módulo I – Legislação de trânsito – Tipificações, multas e medidas administrativas.
10 (dez) horas aula Determinações do CTB quanto a: 6.3.3.2. Módulo II – Direção Defensiva – 15
- Categoria de habilitação e relação com veí- (quinze) horas aula
culos conduzidos; - Acidente evitável ou não evitável;
- Documentação exigida para condutor e veí- - Como ultrapassar e ser ultrapassado;
culo; - O acidente de difícil identificação da causa;
- Sinalização viária; - Como evitar acidentes com outros veículos;
- Infrações, crimes de trânsito e penalidades; - Como evitar acidentes com pedestres e ou-
- Regras gerais de estacionamento, parada tros integrantes do trânsito (motociclista, ciclista, car-
conduta e circulação. roceiro, skatista);
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA E NORMAS SOBRE - A importância de ver e ser visto;
TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS - A importância do comportamento seguro na
- Cargas de produtos perigosos condução de veículos especializados;
- Comportamento seguro e comportamento de
- Conceitos, considerações e exemplos.
risco – diferença que pode poupar vidas;
- Acondicionamento: verificação da integrida-
- Comportamento pós-acidente;
de do acondicionamento (se há vazamentos ou
contaminação externa); verificação dos instrumentos - Estado físico e mental do condutor, conse-
quências da ingestão e consumo de bebida alcoólica
de tanques (manômetros, e outros);
e substâncias psicoativas.
- Proibição do transporte de animais, produtos
para uso humano ou animal (alimentos, medicamen- 6.3.3.3. Módulo III – Noções de Primeiros So-
corros, Respeito ao meio Ambiente e Prevenção de
tos e embalagens afins), juntamente com produtos
Incêndio - 10 (dez) horas aula
perigosos;
- Utilização do veículo que transporta produtos PRIMEIROS SOCORROS
perigosos para outros fins; descontaminação quando Primeiras providências quanto a acidente de
permitido. trânsito:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 195

- Sinalização do local de acidente; - Comprimidos;


- Acionamento de recursos: bombeiros, polí- - Liquefeitos;
cia, ambulância, concessionária da via e outros; - Mistura de gases; - Refrigerados.
- Verificação das condições gerais de vítima - Em solução;
de acidente de trânsito; - Comportamento preventivo do condutor;
- Cuidados com a vítima de acidente, ou con-
- Procedimentos em casos de emergência.
taminação (o que não fazer) em conformidade com a
periculosidade da carga, e/ou produto transportado. LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS E PRODUTOS TRANS-
MEIO AMBIENTE PORTADOS A TEMPERATURAS ELEVADAS
- O veículo como agente poluidor do meio am- - Ponto de fulgor;
biente; - Comportamento preventivo do condutor;
- Regulamentação do CONAMA sobre polui- - Procedimentos em casos de emergência.
ção ambiental causada por veículos; SÓLIDOS INFLAMÁVEIS; SUBSTÂNCIAS SU-
- Emissão de gases; JEITAS A COMBUSTÃO ESPONTÂNEA;
- Emissão de partículas (fumaça); SUBSTÂNCIAS QUE, EM CONTATO COM A
- Emissão de ruídos; ÁGUA, EMITEM GASES INFLAMÁVEIS
- Manutenção preventiva do veículo; - Comportamento preventivo do condutor;
- O indivíduo, o grupo e a sociedade; - Procedimentos em casos de emergência;
- Relacionamento interpessoal;
- Produtos que necessitam de controle de tem-
- O indivíduo como cidadão; peratura.
- A responsabilidade civil e criminal do condu-
tor e o CTB; SUBSTÂNCIAS OXIDANTES E PERÓXIDOS OR-
- Conceitos de poluição: causas e consequên- GÂNICOS
cias. - Comportamento preventivo do condutor;
PREVENÇÃO DE INCÊNDIO - Procedimentos em casos de emergência;
- Conceito de fogo; - Produtos que necessitam de controle de tem-
- Triângulo de fogo; peratura.
- Fontes de ignição; SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E SUBSTÂNCIAS IN-
- Classificação de incêndios; FECTANTES
- Tipos de aparelhos extintores; - Comportamento preventivo do condutor;
- Agentes extintores; - Procedimentos em casos de emergência.
- Escolha, manuseio e aplicação dos agentes SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS
extintores.
- Legislação específica pertinente;
6.3.3.4. Módulo IV – Movimentação de Produ- - Comportamento preventivo do condutor;
tos Perigosos – 15 horas aula
- Procedimentos em casos de emergência.
PRODUTOS PERIGOSOS
- CORROSIVOS
- Classificação dos produtos perigosos;
- Comportamento preventivo do condutor;
- Simbologia;
- Reações químicas (conceituações); - Procedimentos em casos de emergência.
- Efeito de cada classe sobre o meio ambiente. SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS:
EXPLOSIVOS: - Comportamento preventivo do condutor;
- Conceituação; - Procedimentos em casos de emergência.
- Divisão da classe; RISCOS MÚLTIPLOS
- Regulamentação específica do Ministério da - Comportamento preventivo do condutor;
Defesa; - Procedimentos em casos de emergência.
- Comportamento preventivo do condutor;
RESÍDUOS
- Procedimentos em casos de emergência.
- Legislação específica pertinente;
GASES: - Comportamento preventivo do condutor;
- Inflamáveis, não-inflamáveis, tóxicos e não- - Procedimentos em casos de emergência.
tóxicos:
196 Ordeli Savedra Gomes

6.4. CURSO PARA CONDUTORES DE VEÍCU- Primeiras providências quanto à vítima de


LOS DE EMERGÊNCIA acidente, ou passageiro enfermo:
6.4.1. Carga horária: 50 (cinquenta) horas aula - Sinalização do local de acidente;
6.4.2. Requisitos para matrícula - Acionamento de recursos: bombeiros, polí-
- Ser maior de 21 anos; cia, ambulância, concessionária da via e outros;
- Estar habilitado em uma das categorias “A”, - Verificação das condições gerais de vítima
“B”, “C”, “D” ou “E”; de acidente ou enfermo;
- Não ter cometido nenhuma infração grave - Cuidados com a vítima ou enfermo (o que
ou gravíssima ou ser reincidente em infrações mé- não fazer);
dias durante os últimos 12 (doze) meses; - O veículo como agente poluidor do meio am-
- Não estar cumprindo pena de suspensão do biente;
direito de dirigir, cassação da CNH, pena decorrente - Regulamentação do CONAMA sobre polui-
de crime de trânsito, bem como não estar impedido ção ambiental causada por veículos;
judicialmente de exercer seus direitos. - Emissão de gases;
6.4.3. Estrutura Curricular. - Emissão de partículas (fumaça);
6.4.3.1. Módulo I – Legislação de Trânsito – - Emissão sonora;
10 (dez) horas aula Determinações do CTB quanto a: - Manutenção preventiva do veículo para pre-
servação do meio ambiente;
- Categoria de habilitação e relação com veí-
culos conduzidos; - O indivíduo, o grupo e a sociedade;
- Documentação exigida para condutor e veí- - Relacionamento interpessoal;
culo; - O indivíduo como cidadão;
- Sinalização viária; - A responsabilidade civil e criminal do condu-
tor e o CTB.
- Infrações, crimes de trânsito e penalidades;
- Regras gerais de estacionamento, parada e 6.4.3.4. Módulo IV – Relacionamento Inter-
pessoal – 15 (quinze) horas aula
circulação.
- Aspectos do comportamento e de segurança
- Legislação específica para veículos de emer-
na condução de veículos de emergência;
gência:
- Comportamento solidário no trânsito;
- Responsabilidades do condutor de veículo
- Responsabilidade do condutor em relação
de emergência.
aos demais atores do processo de circulação;
6.4.3.2. Módulo II – Direção Defensiva – 15 - Respeito às normas estabelecidas para se-
(quinze) horas aula gurança no trânsito;
- Acidente evitável ou não evitável; - Papel dos agentes de fiscalização de trânsito;
- Como ultrapassar e ser ultrapassado; - Atendimento às diferenças e especificidades
- O acidente de difícil identificação da causa; dos usuários (pessoas portadoras de necessidades
- Como evitar acidentes com outros veículos; especiais, faixas etárias / outras condições);
- Como evitar acidentes com pedestres e ou- - Características dos usuários de veículos de
tros integrantes do trânsito (motociclista, ciclista, car- emergência;
roceiro, skatista); - Cuidados especiais e atenção que devem
- A importância de ver e ser visto; ser dispensados aos passageiros e aos outros atores
- A importância do comportamento seguro na do trânsito, na condução de veículos de emergência.
condução de veículos especializados.
6.5. CURSO PARA CONDUTORES DE VEÍCU-
- Comportamento seguro e comportamento de LOS DE TRANSPORTE DE CARGA INDIVISÍVEL E
risco – diferença que pode poupar vidas. OUTRAS OBJETO DE REGULAMENTAÇÃO ESPECÍFI-
- Estado físico e mental do condutor, conse- CA PELO CONTRAN
quências da ingestão e consumo de bebida alcoólica
6.5.1. Carga horária: 50 (cinquenta) horas aula.
e substâncias psicoativas;
6.5.2. Requisitos para matrícula
6.4.3.3. Módulo III – Noções de Primeiros So-
- Ser maior de 21 anos;
corros, Respeito ao Meio Ambiente e Convívio Social
– 10 (dez) horas aula - Estar habilitado na categoria “C”, “D” ou “E”;
(Redação dada pela Res. 685/17)
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 197

- Não estar cumprindo pena de suspensão do - Como evitar acidentes com outros veículos;
direito de dirigir, cassação da Carteira Nacional de - Como evitar acidentes com pedestres e ou-
Habilitação – CNH, pena decorrente de crime de tros integrantes do trânsito (motociclista, ciclista, car-
trânsito, bem como não estar impedido judicialmente roceiro, skatista);
de exercer seus direitos. - A importância de ver e ser visto;
6.5.3. Estrutura Curricular -A importância do comportamento seguro na
6.5.3.1. Módulo I – Legislação de trânsito – 10 condução de veículos especializados;
(dez) horas aula - Comportamento seguro e comportamento de
risco – diferença que pode poupar vidas;
DETERMINAÇÕES DO CTB QUANTO A:
- Comportamento pós-acidente.
- Categoria de habilitação e relação com veí- - Estado físico e mental do condutor, conse-
culos conduzidos; quências da ingestão e consumo de bebida alcoólica
- Documentação exigida para condutor e veí- e substâncias psicoativas;
culo; 6.5.3.3. Módulo III – Noções de Primeiros So-
- Sinalização viária; corros, Respeito ao meio Ambiente e Prevenção de
- Infrações, crimes de trânsito e penalidades; Incêndio - 10 (dez) horas aula
- Regras gerais de estacionamento, parada con- PRIMEIROS SOCORROS
duta e circulação. Primeiras providências quanto a acidente de
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA SOBRE TRANSPOR- trânsito:
TE DE CARGA - Sinalização do local de acidente;
- Carga indivisível; - Acionamento de recursos: bombeiros, polí-
- Conceitos, considerações e exemplos; cia, ambulância, concessionária da via e outros;
- Acondicionamento: verificação da integrida- - Verificação das condições gerais de vítima
de do acondicionamento (ancoragem e amarração da de acidente de trânsito;
carga). - Cuidados com a vítima de acidente (o que
RESPONSABILIDADE DO CONDUTOR DURAN- não fazer) em conformidade com a periculosidade da
TE O TRANSPORTE carga, e/ou produto transportado.
- Fatores de interrupção da viagem; MEIO AMBIENTE
- Participação do condutor no carregamento e - O veículo como agente poluidor do meio am-
descarregamento do veículo. biente;
DOCUMENTAÇÃO E SIMBOLOGIA - Regulamentação do CONAMA sobre polui-
ção ambiental causada por veículos;
- Documentos fiscais e de trânsito;
- Documentos e símbolos relativos aos produ- - Emissão de gases;
tos transportados; - Emissão de partículas (fumaça);
- Certificados de capacitação; - Emissão de ruídos;
- Sinalização no veículo. - Manutenção preventiva do veículo;
REGISTRADOR INSTANTÂNEO E INALTERÁ- - O indivíduo, o grupo e a sociedade;
VEL DE VELOCIDADE E TEMPO: - Relacionamento interpessoal;
- Definição; - O indivíduo como cidadão;
- Funcionamento; - A responsabilidade civil e criminal do condu-
- Importância e obrigatoriedade do seu uso. tor e o CTB;
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES (CTB e le- - Conceitos de poluição: causas e consequên-
gislação específica) cias.
- Tipificações, multas e medidas administrati- PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
vas. - Conceito de fogo;
6.5.3.2. Módulo II – Direção Defensiva – 15 - Triângulo de fogo;
(quinze) horas aula - Fontes de ignição;
- Acidente evitável ou não evitável; - Classificação de incêndios;
- Como ultrapassar e ser ultrapassado; - Tipos de aparelhos extintores;
- O acidente de difícil identificação da causa; - Agentes extintores;
198 Ordeli Savedra Gomes

- Escolha, manuseio e aplicação dos agentes - Atualização sobre resoluções, leis e outros
extintores. documentos legais promulgados recentemente.
6.5.3.4. Módulo IV – Movimentação de Carga 7.1.2.2 Módulo II – Direção defensiva – 5
– 15 horas aula (cinco) horas aula
CARGA INDIVISÍVEL - A direção defensiva como meio importante
para a segurança do condutor, passageiros, pedes-
- Definição de carga perigosa ou indivisível;
tres e demais usuários do trânsito;
- Efeito ou consequências no tráfego urbano
- A responsabilidade do condutor de veículos
ou rural de carga perigosa ou indivisível.
especializados de dirigir defensivamente;
- Autorização Especial de Trânsito (AET) - Atualização dos conteúdos trabalhados du-
BLOCOS DE ROCHAS rante o curso relacionando teoria e prática;
- Conceituação; - Estado físico e mental do condutor, conse-
- Classes de rochas e dimensões usuais/per- quências da ingestão e consumo de bebida alcoólica
mitidas dos blocos; e substâncias psicoativas.
- Regulamentação específica; 7.1.2.3. Módulo III – Noções de Primeiros So-
- Comportamento preventivo do condutor; corros, Respeito ao Meio Ambiente e Convívio Social
- Procedimentos em casos de emergência. – 3 (três) horas aula
- Retomada dos conteúdos trabalhados no
MÁQUINAS OU EQUIPAMENTOS DE GRANDES
curso de especialização, estabelecendo a relação
DIMENSÕES E INDIVISÍVEIS
com a prática vivenciada pelos condutores no exercí-
- Conceituação; cio da profissão;
- Dimensões usuais/permitidas; comprimento, - Atualização de conhecimentos.
altura e largura da carga;
7.1.2.4. Módulo IV – Relacionamento Inter-
- Comportamento preventivo do condutor; pessoal – 5 (cinco) horas aula
- Procedimentos em casos de emergência. - Atualização dos conhecimentos desenvolvi-
TORAS, TUBOS E OUTRAS CARGAS dos no curso;
- Classes e conceituações; - Retomada de conceitos;
- Dimensões usuais/permitidas; comprimento, - Relacionamento da teoria e da prática;
altura e largura da carga; - Principais dificuldades vivenciadas e alterna-
- Comportamento preventivo do condutor; tivas de solução.
- Procedimentos em casos de emergência. 7.2. CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA CONDU-
OUTRAS CARGAS CUJO TRANSPORTE SEJA TORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE ESCOLARES
REGULAMENTADAS PELO CONTRAN 7.2.1. Carga Horária: 16 (dezesseis) horas aula
- Comportamento preventivo do condutor; 7.2.2. Estrutura Curricular
- Procedimentos em casos de emergência. 7.2.2.1. Módulo I – Legislação de trânsito – 3
RISCOS MÚLTIPLOS E RESÍDUOS (três) horas aula
- Comportamento preventivo do condutor; - Retomada dos conteúdos de no curso de es-
- Procedimentos em casos de emergência. pecialização;
- Legislação específica; - Atualização sobre resoluções, leis e outros
documentos legais promulgados recentemente.
7. ATUALIZAÇÃO DOS CURSOS ESPECIALI-
7.2.2.2. Módulo II – Direção defensiva – 5 (cin-
ZADOS PARA CONDUTORES DE VEÍCULOS
co) horas aula
7.1. CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA CON-
- A direção defensiva como meio importantís-
DUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE COLETIVO
simo para a segurança do condutor, passageiros,
DE PASSAGEIROS
pedestres e demais usuários do trânsito;
7.1.1. Carga Horária: 16 (dezesseis) horas aula
- A responsabilidade do condutor de veículos
7.1.2. Estrutura Curricular
especializados de dirigir defensivamente;
7.1.2.1. Módulo I – Legislação de trânsito – 3
- Atualização dos conteúdos trabalhados du-
(três) horas aula
rante o curso relacionando teoria e prática;
- Retomada dos conteúdos do curso de espe-
cialização;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 199

- Estado físico e mental do condutor, conse- 7.3.2.4. Módulo IV – Prevenção de Incêndio,


quências da ingestão e consumo de bebida alcoólica Movimentação de Produtos Perigosos – 5 (cinco) horas
e substâncias psicoativas. aula
7.2.2.3. Módulo III – Noções de Primeiros So- - Retomada dos conteúdos trabalhados no cur-
corros, Respeito ao Meio Ambiente e Convívio Social so de especialização, estabelecendo a relação com a
– 3 (três) horas aula prática vivenciada pelos condutores no exercício da
- Retomada dos conteúdos trabalhados no cur- profissão;
so de especialização, estabelecendo a relação com a - Atualização de conhecimentos sobre novas
prática vivenciada pelos condutores no exercício da tecnologias e procedimentos que tenham surgido no
profissão; manejo e transporte de cargas perigosas.
- Atualização de conhecimentos. 7.4. CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA CONDU-
7.2.2.4. Módulo IV – Relacionamento Interpes- TORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA
soal – 5 (cinco) horas aula 7.4.1. Carga Horária: 16 (dezesseis) horas aula
- Atualização dos conhecimentos desenvolvi- 7.4.2. Estrutura Curricular
dos no curso; 7.4.2.1. Módulo I – Legislação de trânsito – 3
- Retomada de conceitos; (três) horas aula
- Relação da teoria e da prática; - Retomada dos conteúdos do curso de espe-
cialização;
- Principais dificuldades vivenciadas e alterna-
tivas de solução. - Atualização sobre resoluções, leis e outros
documentos legais promulgados recentemente.
7.3. CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA CONDU- 7.4.2.2. Módulo II – Direção defensiva – 5 (cin-
TORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE CARGAS DE co) horas aula
PRODUTOS PERIGOSOS
- A direção defensiva como meio importante
7.3.1. Carga Horária: 16 (dezesseis) horas aula para a segurança do condutor, passageiros, pedes-
7.3.2. Estrutura Curricular tres e demais usuários do trânsito;
7.3.2.1. Módulo I – Legislação de trânsito – 3 - A responsabilidade do condutor de veículos
(três) horas aula especializados de dirigir defensivamente;
- Retomada dos conteúdos do curso de espe- - Atualização dos conteúdos trabalhados du-
cialização; rante o curso relacionando teoria e prática;
- Atualização sobre resoluções, leis e outros - Estado físico e mental do condutor, conse-
documentos legais promulgados recentemente. quências da ingestão e consumo de bebida alcoólica
7.3.2.2. Módulo II – Direção defensiva – 5 (cin- e substâncias psicoativas.
co) horas aula 7.4.2.3. Módulo III – Noções de Primeiros So-
- A direção defensiva como meio importante corros, Respeito ao meio ambiente e Convívio Social
para a segurança do condutor, passageiros, pedes- – 3 (três) horas aula
tres e demais usuários do trânsito; - Retomada dos conteúdos trabalhados no cur-
- A responsabilidade do condutor de veículos so de especialização, estabelecendo a relação com a
especializados de dirigir defensivamente; prática vivenciada pelos condutores no exercício da
- Atualização dos conteúdos trabalhados du- profissão;
rante o curso relacionando teoria e prática; - Atualização de conhecimentos.
- Estado físico e mental do condutor, conse- 7.4.2.4. Módulo IV – Relacionamento Interpes-
quências da ingestão e consumo de bebida alcoólica soal – 5 (cinco) horas aula
e substâncias psicoativas. - Atualização dos conhecimentos desenvolvi-
7.3.2.3. Módulo III – Noções de Primeiros So- dos no curso;
corros, Respeito ao Meio Ambiente e Convívio Social - Retomada de conceitos;
– 3 (três) horas aula - Relacionamento da teoria e da prática;
- Retomada dos conteúdos trabalhados no cur- - Principais dificuldades vivenciadas e alterna-
so de especialização, estabelecendo a relação com a tivas de solução.
prática vivenciada pelos condutores no exercício da
7.5. CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA CON-
profissão;
DUTORES DE VEICULOS DE CARGAS COM BLOCOS
- Atualização de conhecimentos. DE ROCHA ORNAMENTAIS E OUTRAS CUJO TRANS-
200 Ordeli Savedra Gomes

PORTE SEJA OBJETO DE REGULAMENTAÇÃO ESPE- - Estado físico e mental do condutor, conse-
CÍFICA PELO CONTRAN quências da ingestão e consumo de bebida alcoólica
7.5.1. Carga Horária: 16 (dezesseis) horas aula e substâncias psicoativas.
7.5.2. Estrutura Curricular 7.5.2.3. Módulo III – Noções de Primeiros So-
7.5.2.1. Módulo I – Legislação de trânsito – 3 corros, Respeito ao Meio Ambiente e Convívio Social
(três) horas aula – 3 (três) horas aula
- Retomada dos conteúdos do curso de espe- - Retomada dos conteúdos trabalhados no cur-
cialização; so de especialização, estabelecendo a relação com a
- Atualização sobre resoluções, leis e outros prática vivenciada pelos condutores no exercício da
documentos legais promulgados recentemente. profissão;
7.5.2.2. Módulo II – Direção defensiva – 5 (cin- - Atualização de conhecimentos.
co) horas aula 7.5.2.4. Módulo IV – Movimentação de Car-
- A direção defensiva como meio importante gas: 5 (cinco) horas aula
para a segurança do condutor, passageiros, pedes- - Retomada dos conteúdos trabalhados no cur-
tres e demais usuários do trânsito; so de especialização, estabelecendo a relação com a
- A responsabilidade do condutor de veículos prática vivenciada pelos condutores no exercício da
especializados de dirigir defensivamente; profissão;
- Atualização dos conteúdos trabalhados du- - Atualização de conhecimentos sobre novas
rante o curso relacionando teoria e prática; tecnologias e procedimentos que tenham surgido no
manejo e transporte de cargas.
ANEXO III
DOCUMENTAÇÃO PARA HOMOLOGAÇÃO DE CURSOS A DISTÂNCIA,
JUNTO AO ÓRGÃO MÁXIMO EXECUTIVO DE TRÂNSITO DA UNIÃO
(Redação dada pela Res. 413/12)
A solicitação de homologação para a oferta de avaliação de elementos obrigatórios [EO] e de ele-
curso a distância deve ser feita por meio de ofício mentos desejáveis [ED] facultativos que são acresci-
próprio que disponha, em papel timbrado da entidade dos de pontuação específica e representam pontos
requerente, a razão social, endereço fiscal e eletrôni- de enriquecimento para o credenciamento do projeto
co, CNPJ e o respectivo projeto. A estes elementos apresentado. Este, ainda, deve estar em conformida-
deve-se, ainda, anexar a documentação comprobató- de com as orientações desta resolução.
ria pertinente e ofício expedido pelo órgão executivo Durante o processo de homologação, a enti-
de trânsito do Estado e do Distrito Federal autorizan- dade requerente deve disponibilizar uma apresenta-
do seu funcionamento em seu Estado. ção do curso concluído.
A requisição de homologação através da mo-
dalidade de ensino a distância (EAD) está sujeita à

PROJETO
Pontuação
EO ED
Máxima
1 Proposta Pedagógica ✓
1.1 Compreensão da Problemática e Fundamentação Teórica ✓
1.2 Objetivos ✓
1.3 Conteúdos ✓
1.4 Definição de Estrutura Modular do Curso ✓
1.5 Detalhamento da Análise de Tarefas ✓ 30
1.6 Competências e Habilidades Auferidas ✓ 25
1.7 Metodologia ✓
1.8 Justificativa das Mídias e Tecnologias Utilizadas ✓
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 201

1.9 Formas de Interação e de Interatividade ✓


1.10 Formas de Autoavaliação (Simulados) ✓ 25
1.11 Estrutura de Navegabilidade ✓ 20
1.12 Suporte Pedagógico (Tutoria On-line) ✓
2 Equipe Multidisciplinar

(Capacitação dos profissionais envolvidos e descrição das experiências que contribuem para o projeto)
2.1 Pedagogo ✓
2.1.1 Título de Especialista ou Mestre ✓ 10
2.1.2 Título de Doutor ✓ 15
2.1.3 Experiência em EAD ✓ 25
2.1.4 Atividade de Docência e Pesquisa e IES (Instituição de Ensino Superior) ✓ 20
2.2 Engenheiro ✓
2.2.1 Título de Especialista ou Mestre ✓ 10
2.2.2 Experiência Comprovada em Engenharia de Trânsito ✓ 25
2.3 Médico ✓
2.3.1 Título de Especialista ou Mestre ✓ 10
2.3.2 Experiência Comprovada em Primeiros-socorros relacionados a Questões decorrentes de
✓ 25
Acidentes deTrânsito
2.4 Advogado ✓
2.4.1 Título de Especialista ou Mestre ✓ 10
2.4.2 Experiência Comprovada na área de Legislação de Trânsito ✓ 25
2.5 Psicólogo ✓ 5
2.5.1 Título de Especialista ou Mestre ✓ 10
2.5.2 Experiência Comprovada em relação à situações de Stress em Grandes cidades e Aspectos
✓ 25
Comportamentais de Condutores de veículos
3 Propriedade Intelectual ✓
3.1 Texto Base Utilizado para a Confecção do Curso é reconhecido pelo órgão máximo executivo
✓ 25
de trânsito da União
4 Requisitos Técnicos e Tecnológicos ✓
4.1 Domínio Internet Registrado e Ativo ✓
4.2 Servidor dedicado com gerenciamento exclusivo para transmissão de troca de informações com o
banco de dados do respectivo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito ✓
Federal
4.3 Infraestrutura e Banda IP ✓
4.4 Firewall ✓
4.5 Estrutura de Recuperação de Desastre ✓
4.6 Escalabilidade ✓
4.7 Monitoração 7x24x365 ✓
4.8 Atestado de Capacitação Técnica em Soluções de Internet e Desenvolvimento de Aplicações ✓
4.9 Comprovação de certificação do corpo técnico nas plataformas escolhidas ✓ 10
4.10 Desenho técnico da estrutura ✓
4.11 Criptografia para sigilo das senhas e dados dos usuários ✓
4.12 Infraestrutura de Suporte Técnico ✓ 15
4.13 Ferramentas para identificação biométrica do condutor infrator para captura da foto e assina-

tura digitais
202 Ordeli Savedra Gomes

5 Website do Curso ✓
5.1 Informações sobre o Curso de Reciclagem ✓
5.2 Caracterização das ferramentas e equipamentos necessários para a realização do curso ✓ 15
5.3 Descrição das Aplicações e Ferramentas disponibilizadas ✓ 15
5.4 Disponibilização de formas de contato com os Tutores do Curso e horários de Plantão de

Atendimento
5.5 Ferramentas disponibilizadas para interação entre Tutores e Alunos ✓
5.6 Informação dos locais das provas eletrônicas presenciais ✓
5.7 Compatibilidade com os Navegadores mais utilizados (IE, Netscape, Mozilla etc.) ✓ 15
5.8 Apresentação de estudo de navegabilidade, usabilidade e ergonomia ✓ 20
5.9 Guia de Orientação com informações sobre as características da EAD, Orientações para
✓ 20
Estudo nesta Modalidade
5.10 Detalhamento dos objetivos, competências e habilidades a serem alcançadas em cada um
✓ 20
dos módulos previstos e sistemáticas de auto-avaliação e tempo
6 Aplicação de prova eletrônica (teórica) ✓
6.1 Identificação positiva do condutor infrator por meio de ferramentas biométricas 1:N e 1:1 ✓
6.2 Utilização de um banco de questões fornecido pelo respectivo órgão ou entidade executivo de
trânsito do Estado ou do Distrito Federal para geração aleatória das questões da prova, apenas no ✓
momento em que o condutor infrator (aluno) é identificado
6.3 Tracking para acompanhamento da performance do condutor infrator (aluno) ✓ 15
6.4 Realização de avaliações modulares ✓ 15
6.5 Sistema de gerenciamento do tempo da prova ✓
6.6 Sistema de correção automática da prova e apresentação do respectivo resultado ao condutor

infrator (aluno) imediatamente no final da prova
6.7 Geração aleatória da posição das alternativas de respostas da questão, bem como da posição
da questão na prova
6.8 Interface única através de Browser para cadastro de imagem e de impressão digital do condu-

tor infrator (aluno)
Total de Pontos Possível para Elementos Facultativos Desejáveis 500
No caso específico dos integrantes da equipe multidisciplinar é necessário anexar currículos e documen-
tos pertinentes que comprovem a qualificação dos profissionais responsáveis pela concepção, desenvolvimen-
to, implementação, acompanhamento e avaliação do curso, bem como a comprovação do tipo de vínculo contra-
tual da equipe com a entidade requerente.

ANEXO IV
(Revogado pela Res. 413/12)

RESOLUÇÃO 180, DE 26.08.2005


Aprova o Volume I – Sinalização Vertical de Regulamen-
tação, do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. VIII,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e conforme Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, e
Considerando a necessidade de promover informação técnica atualizada aos órgãos e entidades do Sis-
tema Nacional de Trânsito, compatível com o disposto no ANEXO II do CTB;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 203

Considerando os estudos e a aprovação na 7ª Reunião Ordinária da Câmara Temática de Engenharia de


Tráfego, da Sinalização e da Via, em março de 2005; resolve:
Art. 1º. Fica aprovado, o Volume I – Sinalização Art. 3º. Os órgãos e entidades de trânsito te-
Vertical de Regulamentação, do Manual Brasileiro de rão até 30.06.2006 para se adequarem ao disposto
Sinalização de Trânsito, anexo a esta Resolução. nesta Resolução.
Art. 2º. Ficam revogadas as disposições em *Prazo prorrogado até 30.06.2007 (Resolução
contrário, em especial o Capítulo II – Considerações 195/06).
Gerais, no que se refere a placas de regulamentação Art. 4º. Esta resolução entra em vigor no dia
e o Capítulo III – Placas de Regulamentação, ambos 31.10.2005.
do manual de sinalização de trânsito instituído pela
Ailton Brasiliense Pires
Resolução 599/82.

ANEXO
Acesso ao site: <www.denatran.gov.br>.
Não incluído em razão do interesse restrito ao conteúdo do anexo.

RESOLUÇÃO 181, DE 01.09.2005


Disciplina a instalação de múltiplos tanques, tanque su-
plementar e a alteração da capacidade do tanque origi-
nal de combustível líquido em veículos, dedicados à sua
propulsão ou operação de seus equipamentos especiali-
zados e dá outras providências.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o inc. I, do
art. 12, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e à vista do
disposto no Decreto 4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a Coordenação do Sistema Nacional de
Trânsito – SNT, e,
Considerando o crescente aumento do uso de tanques suplementares e a instalação de múltiplos tanques;
Considerando a necessidade de preservar a segurança do trânsito, a vida e o meio ambiente;
Considerando a necessidade de regulamentar os aspectos relacionados ao dimensionamento e instala-
ção de tanques suplementares em veículos, dedicados à sua propulsão ou operação de seus equipamentos
especializados;
Considerando que a instalação de múltiplos tanques, tanque suplementar e a alteração da capacidade do
tanque original de combustível líquido em veículos, constitui alteração das suas características, resolve:
Art. 1º. Para efeitos desta Resolução, tanque § 2º A capacidade total dos tanques de com-
suplementar é aquele instalado no veículo após seu bustível dos veículos automotores fica limitada ao
registro e licenciamento, para o uso de combustível máximo de 1.200 (um mil e duzentos) litros.
líquido dedicado à sua propulsão ou operação de § 3º Somente será permitida a instalação de
seus equipamentos especializados. tanque suplementar em reboques ou semi-reboques
§ 1º Entende-se por múltiplos tanques o con- para a operação de seus equipamentos especializa-
junto de reservatórios de combustível, instalados dos, utilizados durante o transporte, limitado ao
antes do registro e licenciamento do veículo. máximo de 350 (trezentos e cinquenta) litros.
§ 2º Para registro de veículos novos com múl- Art. 3º. Os fabricantes, os importadores, as
tiplos tanques, deverá ser apresentada nota fiscal montadoras e as encarroçadoras de veículos deverão
indicar no respectivo manual, para os veículos novos,
emitida pelo fabricante, ou importador, ou montadora,
a posição, fixação e capacidade volumétrica total do
ou encarroçadora ou pela concessionária, da qual tanque suplementar.
deverá constar a quantidade total de tanques e suas
Art. 4º. A instalação do tanque suplementar ou
respectivas capacidades.
alteração da capacidade volumétrica, após o registro do
Art. 2º. A instalação de tanque suplementar de veículo, somente poderá ser realizada mediante prévia
combustível somente será permitida em caminhões, autorização da autoridade competente.
caminhões-tratores, reboques e semi-reboques. Art. 5º. Para a regularização do veículo com
§ 1º É permitida a instalação de mais de 1 tanque suplementar, deverá ser apresentado junto ao
(um) tanque suplementar. órgão competente o Certificado de Segurança Veicu-
204 Ordeli Savedra Gomes

lar – CSV, nos moldes da legislação em vigor, para ção, mediante comprovação no Certificado de Regis-
fins de emissão de novo Certificado de Registro de tro de veículo – CRV e Certificado de Registro e
Veículo – CRV e do Certificado de Registro e Licen- Licenciamento de Veículo – CRLV. (Artigo alterado
ciamento de Veículo – CRLV. pela Res. 194/06)
Parágrafo único. A quantidade de tanques Art. 7º. As alterações do manual do veículo
instalados, a respectiva capacidade volumétrica e o previstas no art. 3º terão prazo até 01.03.2006 para
número do CSV deverão constar do campo de “Ob- serem realizadas.
servações” do Certificado de Registro de Veículo – Art. 8º. A inobservância dos preceitos conti-
CRV e do Certificado de Registro e Licenciamento de dos nesta Resolução sujeita o infrator às penalidades
Veículo – CRLV. previstas no art. 230, inc. VII do Código de Trânsito
Art. 6º. Fica garantido o direito de circulação, Brasileiro – CTB.
até o sucateamento, aos veículos que tiverem tanque Art. 9º. Esta Resolução entra em vigor na da-
suplementar instalado antes da vigência da Resolu- ta de sua publicação, revogada a Resolução 601/82
ção 181/05 do CONTRAN, mesmo que sua capacida- do CONTRAN.
de volumétrica exceda a 1.200 (um mil e duzentos) Ailton Brasiliense Pires
litros, e desde que seus proprietários tenham cumpri-
do, à época, todos os requisitos para sua regulariza-

RESOLUÇÃO 196, DE 25.07.2006


Fixa requisitos técnicos de segurança para o transporte de
toras ede madeira bruta por veículo rodoviário de carga.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o inc. I, do art. 12
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e à vista do disposto no Decre-
to 4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, e,
Considerando o disposto no art. 102 e seu parágrafo único do Código de Trânsito Brasileiro, e a necessidade
de proporcionar maior segurança no transporte de toras e de madeira bruta por veículo rodoviário de carga,
Considerando o constante dos Processos 08021.002720/2000-81, 08021.000891/2001-57, 00001.
016539/2003-87, 00001.019987/2003-87, 80001.006730/2004-85, 80001.008237-2004-08, 80001.016357/
2004-71 e 80001.017347/2004,52, RESOLVE:
Art. 1º. O transporte, nas vias públicas, de to- III - cabos de aço ou cintas de poliéster, com
ras e de madeira bruta, mesmo que descascadas, de- capacidade mínima de ruptura à tração de 3.000kgf
ve obedecer aos requisitos de segurança fixados nes- tensionadas por sistema pneumático auto-ajustável
ta Resolução. ou catracas fixadas na carroçaria do veículo.
Parágrafo único. É considerada tora, para § 2º Para o transporte longitudinal de toras
fins desta Resolução, a madeira bruta com compri- nativas, com disposição piramidal (triangular):
mento superior a 2,50 metros . (Artigo alterado pela I - painel dianteiro com largura igual à da car-
Res. 246/07) roçaria do veículo;
Art. 2º. As toras devem ser transportadas no II - fueiros (escoras) laterais, perpendiculares
sentido longitudinal do veículo, com disposição ao plano do assoalho da carroçaria do veículo, com
vertical ou piramidal (triangular) conforme exemplifi- altura mínima de 50cm (cinquenta centímetros)
cado na figura ilustrativa do Anexo desta Resolução. reforçados por salva-vidas, sendo necessário, no
(Artigo alterado pela Res. 246/07) mínimo, 2 (dois) conjuntos de fueiros/salva-vidas por
Art. 3º. As toras devem estar obrigatoriamen- tora inferior externa, de cada lado da carroçaria;
te contidas por: III - carga acondicionada em forma piramidal
§ 1º Para o transporte de toras dispostas ver- (triangular) conforme figuras do Anexo desta Deli-
ticalmente: beração;
I - painéis dianteiro e traseiro da carroçaria do IV - carga fixada à carroçaria do veículo por
veículo, exceto para os veículos extensíveis, com cabos de aço ou cintas de poliéster, com capacidade
toras acima de oito metros de comprimento, para os mínima de ruptura à tração de 3.000kgf tensionadas
quais não serão necessários painéis traseiros; por sistema pneumático autoajustável ou catracas
II - escoras laterais metálicas, perpendiculares fixadas na carroçaria, sendo necessários, no mínimo,
ao plano do assoalho da carroçaria do veículo (fuei- 2 (dois) cabos de fixação por tora;
ros) sendo necessárias 2 (duas) escoras de cada V - a camada superior de toras deve ter distri-
lado, no mínimo, para cada tora ou pacote de toras; buição simétrica em relação à largura da carroçaria;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 205

VI - as toras de maior diâmetro devem estar b) cantoneiras de metal, conforme especifica-


nas camadas inferiores; do no Anexo 4, em toda extensão da carga;
VII - cada uma das toras das camadas superi- c) cabos de aço ou cintas de poliéster, com
ores deve estar encaixada entre 2 (duas) toras da capacidade mínima de ruptura à tração de 3.000 kgf,
camada imediatamente inferior. tencionada no sentido longitudinal da carroçaria, por
§ 3º No caso previsto no inc. I, do § 1º, deste sistema pneumático auto-ajustável ou catracas
artigo, relativamente a Combinações de Veículos de fixadas na carroçaria.
Carga (CVC), a colocação dos painéis é obrigatória
somente na extremidade dianteira da unidade ligada d) utilização de uma cinta ou cabo de aço
ao caminhão-trator e traseira da última unidade. com capacidade mínima de ruptura à tração de 3.000
(Artigo alterado Res. 246/07) kgf, por cantoneira, a cada dois metros de compri-
Art. 4º. Os veículos adaptados ou alterados mento desta, posicionado no sentido transversal da
para o transporte de toras e de madeira bruta, na carroçaria, tencionada por sistema pneumático auto-
forma prevista nesta Resolução, devem ser submeti- ajustável ou catracas fixadas na carroçaria;
dos à inspeção de segurança veicular, para obtenção III - sem fechamento lateral, conforme figura
de novo Certificado de Registro de Veículo – CRV e ilustrativa apresentada no Anexo 5:
Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo – a) cantoneiras de metal especificadas no
CRLV. (Artigo alterado pela Res. 246/07)
Anexo 4, em toda a extensão da carga;
Art. 5º. As madeiras brutas com comprimen-
to igual ou inferior a 2,50 metros devem ser transpor- b) cabos de aço ou cintas de poliéster, com ca-
tadas no sentido longitudinal ou transversal sobre a pacidade mínima de ruptura à tração de 3.000 kgf,
carroçaria do veículo. tencionada no sentido longitudinal, por sistema pneumá-
§ 1º Quando transportadas no sentido longi- tico auto-ajustável ou catracas fixadas na carroçaria;
tudinal, devem estar obrigatoriamente contidas por: c) utilização de uma cinta ou cabo de aço com
I - painéis dianteiro e traseiro da carroçaria do capacidade mínima de ruptura à tração de 3.000 kgf,
veículo; por cantoneira, a cada dois metros de comprimento
II - escoras laterais metálicas (fueiros) per- desta, posicionados no sentido transversal da carro-
pendiculares ao plano do assoalho da carroçaria do çaria, tencionado por sistema pneumático auto-ajus-
veículo, sendo necessárias 2 (duas) escoras de cada tável ou catracas fixadas na carroçaria.
lado, no mínimo, para cada unidade ou pacote de Art. 6º. A altura máxima da carga deve ser
madeira bruta;
limitada pela menor altura do painel dianteiro do
III - cabos de aço ou cintas de poliéster, com
veículo. (Artigo alterado pela Res. 246/07)
capacidade mínima de ruptura à tração de 3.000 kgf,
tencionadas por sistema pneumático auto-ajustável Art. 6º-A. Fica garantido o direito de circulação,
ou catracas fixadas na carroçaria. até o sucateamento, aos veículos fabricados e licencia-
§ 2º Para o transporte no sentido transversal, dos para o transporte de toras ou de madeira bruta, até
a carroçaria do veículo deve ser dotada de um dos a data de publicação da Resolução 196/06, do CON-
sistemas abaixo: TRAN, desde que seus proprietários tenham cumprido
I - com fechamento lateral completo, confor- todos os requisitos para sua regularização, mediante
me figura ilustrativa apresentada no Anexo 2: comprovação no Certificado de Registro de Veiculo –
a) guardas laterais fechadas e guardas ou fu- CRV e Certificado de Registro e Licenciamento de Veí-
eiros dianteiros e traseiros para evitar o deslocamen- culo – CRLV. (Artigo alterado pela Res. 246/07)
to da carga; Art. 7º. A não observância dos preceitos des-
b) cabos de aço ou cintas de poliéster, com ta Resolução sujeita o infrator às penalidades previs-
capacidade mínima de ruptura a tração de 3.000 kgf, tas nos incs. IX e X do art. 230, do CTB.
tencionadas no sentido longitudinal da carroçaria, por
sistema pneumático auto-ajustável ou catracas Art. 8º. Esta Resolução entra em vigor no dia
fixadas na carroçaria. 01.01.2007, revogando-se a Resolução CONTRAN 188,
II - com fechamento lateral parcial, conforme de 25.01.2006.
figura ilustrativa apresentada no Anexo 3: Alfredo Peres da Silva
a) guardas laterais;

ANEXO
CARROCERIA PARA TRANSPORTE DE TORAS LONGITUDINAL COM ARRUMAÇÃO PIRAMIDAL ( TRIANGULAR )
206 Ordeli Savedra Gomes

RESOLUÇÃO 197, DE 25.07.2006


Regulamenta o dispositivo de acoplamento mecânico
para reboque (engate) utilizado em veículos com PBT de
até 3.500kg e dá outras providências.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12 da Lei
9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito; e, Considerando que o art. 97 do
Código de Trânsito Brasileiro atribui ao CONTRAN a responsabilidade pela aprovação das exigências que permi-
tam o registro, licenciamento e circulação de veículos nas vias públicas;
Considerando o disposto no art. 16 e no § 58 do anexo 5 da Convenção de Viena Sobre Trânsito Viário,
promulgada pelo Decreto 86.714, de 10.12.1981;
Considerando a necessidade de corrigir desvio de finalidade na utilização do dispositivo de acoplamento
mecânico para reboque, a seguir denominado engate, em veículos com até 3.500 kg de Peso Bruto Total – PBT;
Considerando que para tracionar reboques os veículos tratores deverão possuir capacidade máxima de
tração declarada pelo fabricante ou importador, conforme disposição do Código de Trânsito Brasileiro;
Considerando a necessidade de disciplinar o emprego e a fabricação dos engates aplicados em veículos
com até 3.500kg de PBT;RESOLVE:
Art. 1º. Esta resolução aplica-se aos veículos Art. 3º. Os fabricantes e os importadores dos
de até 3.500 kg de PBT, que possuam capacidade de veículos de que trata esta Resolução deverão infor-
tracionar reboques declarada pelo fabricante ou im- mar ao órgão máximo executivo de trânsito da União
portador, e que não possuam engate de reboque os modelos de veículos que possuem capacidade
como equipamento original de fábrica. para tracionar reboques, além de fazer constar no
Art. 2º. Os engates utilizados em veículos au- manual do proprietário as seguintes informações:
tomotores com até 3.500 kg de peso bruto total I - especificação dos pontos de fixação do en-
deverão ser produzidos por empresas registradas gate traseiro;
junto ao Instituto Nacional de Metrologia, Normaliza- II - indicação da capacidade máxima de tra-
ção e Qualidade Industrial – INMETRO. (De acordo ção – CMT.
com a retificação do D.O. de 22.11.2006) Art. 4º. Para rastreabilidade do engate deverá
Parágrafo único. A aprovação do produto fi- ser fixada em sua estrutura, em local visível, uma
ca condicionada ao cumprimento de requisitos plaqueta inviolável com as seguintes informações;
estabelecidos em regulamento do INMETRO, que I - nome empresarial do fabricante, CNPJ e
deverá prever, no mínimo, a apresentação pela em- identificação do registro concedido pelo INMETRO;
presa fabricante de engate, de relatório de ensaio, II - modelo do veículo ao qual se destina;
realizado em um protótipo de cada modelo de dispo- III - capacidade máxima de tração do veículo
sitivo de acoplamento mecânico, proveniente de ao qual se destina;
laboratório independente, comprobatório de atendi- IV - referência a esta Resolução.
mento dos requisitos estabelecidos na Norma NBR
ISO 3.853, NBR ISSO 1.103, NBR ISO 9.187. Art. 5º. O instalador deverá cumprir o proce-
dimento de instalação aprovado no INMETRO pelo
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 207

fabricante do engate, bem como indicar na nota de Art. 7º. Os veículos que portarem engate em
venda do produto os dados de identificação do veí- desacordo com as disposições desta Resolução,
culo. incorrem na infração prevista no art. 230, inc. XII do
Art. 6º. Os veículos em circulação na data da Código de Trânsito Brasileiro.
vigência desta resolução, poderão continuar a utilizar Art. 8º. Esta resolução entra em vigor na data
os engates que portarem, desde que cumpridos os de sua publicação, produzindo efeito nos seguintes pra-
seguintes requisitos: zos:
I - qualquer modelo de engate, desde que o I) em até 180 dias:
equipamento seja original de fábrica; (Renumerado a) para estabelecimento das regras para re-
pela Res. 234/07) gistro dos fabricantes de engate e das normas
II - quando instalado como acessório, o enga- complementares;
te deverá apresentar as seguintes características: b) para retirada ou regularização dos disposi-
(Renumerado pela Res. 234/07) tivo instalados nos veículos em desconformidade
a) esfera maciça apropriada ao tracionamento com o disposto no art. 6º, alíneas “b”.
de reboque ou trailer; II) em até 365 dias, para atendimento pelos
b) tomada e instalação elétrica apropriada pa- fabricantes e importadores do disposto nos incs. I e II
ra conexão ao veículo rebocado; do art. 3º;
c) dispositivo para fixação da corrente de se- III) em até 730 dias para atendimento pelos
gurança do reboque; fabricantes de engates e pelos instaladores, das
d) ausência de superfícies cortantes ou can- disposições contidas nos arts. 1º e 4º.
tos vivos na haste de fixação da esfera; Alfredo Peres da Silva
e) ausência de dispositivo de iluminação.

RESOLUÇÃO 205, DE 20.10.2006


Dispõe sobre os documentos de porte obrigatório e dá
outras providências.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o inc. I do art. 12,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, e
CONSIDERANDO o que disciplinam os arts. 133, 141, 159 e 232 do CTB que tratam do Certificado de
Registro e Licenciamento Anual – CRLV, da Autorização para Conduzir Ciclomotores, da Carteira Nacional de
Habilitação – CNH, da Permissão para Dirigir e do porte obrigatório de documentos;
CONSIDERANDO que o art. 131 do CTB estabelece que a quitação dos débitos relativos a tributos, en-
cargos e multas de trânsito e ambientais, entre outros, o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores –
IPVA e do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres –
DPVAT, é condição para o licenciamento anual do veículo;
CONSIDERANDO os veículos de transporte que transitam no país, com eventuais trocas de motoristas e
em situações operacionais nas quais se altera o conjunto de veículos;
CONSIDERANDO que a utilização de cópias reprográficas do Certificado de Registro e Licenciamento
Anual – CRLV dificulta a fiscalização, RESOLVE:
Art. 1º. Os documentos de porte obrigatório § 2º Da via mencionada no parágrafo anterior
do condutor do veículo são: deverá constar o seu número de ordem, respeitada a
I - Autorização para Conduzir Ciclomotor – cronologia de sua expedição.
ACC, Permissão para Dirigir ou Carteira Nacional de Art. 2º. Sempre que for obrigatória a aprova-
Habilitação – CNH, no original; ção em curso especializado, o condutor deverá portar
II - Certificado de Registro e Licenciamento sua comprovação até que essa informação seja
Anual – CRLV, no original; registrada no RENACH e incluída, em campo especí-
§ 1º Os órgãos executivos de trânsito dos Es- fico da CNH, nos termos do § 4º do art. 33 da Reso-
tados e do Distrito Federal deverão expedir vias origi- lução do CONTRAN 168/05.
nais do Certificado de Registro e Licenciamento Anual Art. 3º. Cópia autenticada pela repartição de
– CRLV, desde que solicitadas pelo proprietário do trânsito do Certificado de Registro e Licenciamento
veículo. Anual – CRLV será admitida até o vencimento do
208 Ordeli Savedra Gomes

licenciamento do veículo relativo ao exercício de Art. 5º. O não cumprimento das disposições
2006. (Artigo alterado pela Resolução 235/07) desta Resolução implicará nas sanções previstas no
Art. 4º. Os órgãos executivos de trânsito dos art. 232 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB.
Estados e do Distrito Federal têm prazo até Art. 6º. Esta Resolução entrará em vigor na
15.02.2007 para se adequarem ao disposto nesta data de sua publicação, revogada a Resolução do
Resolução. CONTRAN 13/98, respeitados os prazos previstos nos
arts. 3º e 4º.
Alfredo Peres da Silva

RESOLUÇÃO 209, DE 26.10.2006


Cria o código numérico de segurança para o Certificado
de Registro de Veículo – CRV, e estabelece a sua confi-
guração e utilização.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições legais que lhe são conferidas pelo
art. 12, inc. II, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT;
CONSIDERANDO a necessidade de agregar maiores elementos de segurança ao Certificado de Registro
de Veículo – CRV, dando-lhe características e condições de invulnerabilidade à falsificação e adulteração;
CONSIDERANDO a necessidade de oferecer aos órgãos executivos de trânsito e a seus agentes, facilita-
dores para identificar se os certificados de propriedade de veículos são verdadeiros ou falsos, RESOLVE:
Art. 1º. Criar um código numérico de segu- parte superior direita do certificado, abaixo do núme-
rança a ser utilizado na emissão do Certificado de ro do CRV.
Registro de Veículo – CRV, de que trata o art. 121, do Art. 4º. Para validação do código numérico
Código de Trânsito Brasileiro. de segurança o DENATRAN disponibilizará aplicativo
Art. 2º. O código numérico de segurança será específico para esse fim e divulgará instruções para
composto de 11 (onze) dígitos gerados a partir de utilização.
algoritimo específico, de propriedade do DENATRAN, Art. 5º. O código numérico de segurança será
composto pelos dados individuais de cada CRV e obrigatório nos CRVs emitidos a partir de 30.11.2006.
fornecido pelo sistema central do RENAVAM, permitin- Art. 6º. Esta resolução entra em vigor na data
do a validação do documento. da sua publicação.
Art. 3º. Na emissão do CRV, será obrigatória Alfredo Peres da Silva
a impressão do código numérico de segurança na

RESOLUÇÃO 210, DE 13.11.2006


Estabelece os limites de peso e dimensões para veícu-
los que transitem por vias terrestres e dá outras provi-
dências.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso da competência que lhe confere o art. 12, inc. I, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito.
Considerando o que consta do Processo 80001.003544/06-56;
Considerando o disposto no art. 99, do Código de Trânsito Brasileiro, que dispõe sobre peso e dimen-
sões; e
Considerando a necessidade de estabelecer os limites de pesos e dimensões para a circulação de veícu-
los, RESOLVE:
Art. 1º. As dimensões autorizadas para veícu- a) veículos não-articulados: máximo de 14,00
los, com ou sem carga, são as seguintes: metros;
I - largura máxima: 2,60m; b) veículos não-articulados de transporte cole-
II - altura máxima: 4,40m; tivo urbano de passageiros que possuam 3º eixo de
III - comprimento total: apoio direcional: máximo de 15 metros;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 209

b1) veículos não articulados de característica d) peso bruto total combinado para combina-
rodoviária para o transporte coletivo de passageiros, ções de veículos articulados com duas unidades, do
na configuração de chassi 8x2: máximo de 15 me- tipo caminhão-trator e semirreboque com eixos em
tros; (Acrescido pela Res. 628/16) tandem triplo e comprimento total superior a 16 m:
c) veículos articulados de transporte coletivo 48,5 t;
de passageiros: máximo 18,60 metros; e) peso bruto total combinado para combina-
d) veículos articulados com duas unidades, do ções de veículos articulados com duas unidades, do
tipo caminhão-trator e semirreboque: máximo de 18,60 tipo caminhão-trator e semirreboque com eixos distan-
metros; ciados, e comprimento total igual ou superior a 16 m:
e) veículos articulados com duas unidades do 53 t;
tipo caminhão ou ônibus e reboque: máximo de 19,80; f) peso bruto total combinado para combina-
f) veículos articulados com mais de duas uni- ções de veículos com duas unidades, do tipo cami-
dades: máximo de 19,80 metros. nhão e reboque, e comprimento inferior a 17,50 m:
45 t;
§ 1º Os limites para o comprimento do balan-
g) peso bruto total combinado para combina-
ço traseiro de veículos de transporte de passageiros
ções de veículos articulados com duas unidades, do
e de cargas são os seguintes:
tipo caminhão e reboque, e comprimento igual ou
I - nos veículos não-articulados de transporte superior a 17,50 m: 57 t;
de carga, até 60% (sessenta por cento) da distância h) peso bruto total combinado para combina-
entre os dois eixos, não podendo exceder a 3,50m ções de veículos articulados com mais de duas
(três metros e cinquenta centímetros); unidades e comprimento inferior a 17,50 m: 45 t;
II - nos veículos não-articulados de transporte i) para a combinação de veículos de carga –
de passageiros: CVC, com mais de duas unidades, incluída a unida-
a) com motor traseiro: até 62% (sessenta e de tratora, o peso bruto total poderá ser de até 57
dois por cento) da distância entre eixos; toneladas, desde que cumpridos os seguintes requisi-
b) com motor central: até 66% (sessenta e tos:
seis por cento) da distância entre eixos; 1 – máximo de 7 (sete) eixos;
c) com motor dianteiro: até 71% (setenta e 2 – comprimento máximo de 19,80 metros e
um por cento) da distância entre eixos. mínimo de 17,50 metros;
§ 2º À distância entre eixos, prevista no pa- 3 – unidade tratora do tipo caminhão trator;
rágrafo anterior, será medida de centro a centro das 4 – estar equipadas com sistema de freios
rodas dos eixos dos extremos do veículo. conjugados entre si e com a unidade tratora atenden-
§ 3º O balanço dianteiro dos semirreboques do ao estabelecido pelo CONTRAN;
deve obedecer a NBR NM ISO 1.726. 5 – o acoplamento dos veículos rebocados
§ 4º Não é permitido o registro e licenciamen- deverá ser do tipo automático conforme NBR
to de veículos, cujas dimensões excedam às fixadas 11.410/11.411 e estarem reforçados com correntes
neste artigo, salvo nova configuração regulamentada ou cabos de aço de segurança;
pelo CONTRAN. 6 – o acoplamento dos veículos articulados
com pino-rei e quinta roda deverão obedecer ao
Art. 2º. Os limites máximos de peso bruto to-
disposto na NBR NM ISO337.
tal e peso bruto transmitido por eixo de veículo, nas
§ 2º peso bruto por eixo isolado de dois
superfícies das vias públicas, são os seguintes:
pneumáticos: 6 t;
§ 1º peso bruto total ou peso bruto total com-
§ 3º peso bruto por eixo isolado de quatro
binado, respeitando os limites da capacidade máxima pneumáticos: 10 t;
de tração – CMT da unidade tratora determinada pelo
§ 4º peso bruto por conjunto de dois eixos di-
fabricante: recionais, com distância entre eixos de no mínimo
a) peso bruto total para veículo não articula- 1,20 metros, independente da distância do primeiro
do: 29 t eixo traseiro, dotados de dois pneumáticos cada: 12 t;
b) veículos com reboque ou semirreboque, (Texto alterado pela Res. 577/16)
exceto caminhões: 39,5 t; § 5º peso bruto por conjunto de dois eixos em
c) peso bruto total combinado para combina- tandem, quando à distância entre os dois planos
ções de veículos articulados com duas unidades, do verticais, que contenham os centros das rodas, for
tipo caminhão-trator e semirreboque, e comprimento superior a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m: 17 t;
total inferior a 16 m: 45 t; § 6º peso bruto por conjunto de dois eixos
não em tandem, quando à distância entre os dois pla-
210 Ordeli Savedra Gomes

nos verticais, que contenham os centros das rodas, 25,5t, a diferença de peso bruto total entre os eixos
for superior a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m: 15 t; mais próximos não deverá exceder a 1.700kg.
§ 7º peso bruto por conjunto de três eixos em Art. 5º. Não será permitido registro e o licen-
tandem, aplicável somente a semirreboque, quando à ciamento de veículos com peso excedente aos
distância entre os três planos verticais, que conte- limites fixado nesta Resolução.
nham os centros das rodas, for superior a 1,20m e Art. 6º. Os veículos de transporte coletivo
inferior ou igual a 2,40m: 25,5t; com peso por eixo superior ao fixado nesta Resolu-
§ 8º peso bruto por conjunto de dois eixos, ção e licenciados antes de 13.11.1996, poderão
sendo um dotado de quatro pneumáticos e outro de circular até o término de sua vida útil, desde que
dois pneumáticos interligados por suspensão espe- respeitado o disposto no art. 100, do Código de
cial, quando à distância entre os dois planos verticais Trânsito Brasileiro e observadas as condições do
que contenham os centros das rodas for: pavimento e das obras de arte.
a) inferior ou igual a 1,20m; 9 t; Art. 7º. Os veículos em circulação, com di-
b) superior a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m: mensões excedentes aos limites fixados no art. 1º,
13,5 t. registrados e licenciados até 13.11.1996, poderão
Art. 2º-A. Os veículos de característica rodo- circular até seu sucateamento, mediante Autorização
viária para transporte coletivo de passageiros terão Específica e segundo os critérios abaixo:
os seguintes limites máximos de peso bruto total I - para veículos que tenham como dimensões
(PBT) e peso bruto transmitido por eixo nas superfí- máximas, até 20,00 metros de comprimento; até 2,86
cies das vias públicas: (Redação do caput dada pela metros de largura, e até 4,40 metros de altura, será
Res. 625/16 e incluído pela Res. 502/14) concedida Autorização Específica Definitiva, fornecida
I. Peso bruto por eixo: pela autoridade com circunscrição sobre a via, devi-
a) Eixo simples dotado de 2 (dois) pneumáti- damente visada pelo proprietário do veículo ou seu
cos = 7 t; representante credenciado, podendo circular durante
b) Eixo simples dotado de 4 (quatro) pneumá- as vinte e quatro horas do dia, com validade até o seu
ticos = 11t; sucateamento, e que conterá os seguintes dados:
c) Eixo duplo dotado de 6 (seis) pneumáticos a) nome e endereço do proprietário do veículo;
= 14,5 t; b) cópia do Certificado de Registro e Licen-
d) Eixo duplo dotado de 8 (oito) pneumáticos ciamento do Veículo – CRLV;
= 18 t; c) desenho do veículo, suas dimensões e ex-
e) Dois eixos direcionais, com distância entre cessos.
eixos de no mínimo 1,20 metros, dotados de 2 (dois) II - para os veículos cujas dimensões exce-
pneumáticos cada = 13 t. dam os limites previstos no inc. I poderá ser conce-
II. Peso bruto total (PBT) = somatório dos li- dida Autorização Específica, fornecida pela autorida-
mites individuais dos eixos descritos no inc. I. de com circunscrição sobre a via e considerando os
Parágrafo único. Não se aplicam as disposi- limites dessa via, com validade máxima de um ano e
ções desse artigo aos veículos de característica ur- de acordo com o licenciamento, renovada até o
bana para transporte coletivo de passageiros. sucateamento do veículo e obedecendo aos seguin-
Art. 3º. Os limites de peso bruto por eixo e tes parâmetros:
por conjunto de eixos, estabelecidos no artigo ante- a) volume de tráfego;
rior, só prevalecem se todos os pneumáticos, de um b) traçado da via;
mesmo conjunto de eixos, forem da mesma rodagem c) projeto do conjunto veicular, indicando di-
e calçarem rodas no mesmo diâmetro. mensão de largura, comprimento e altura, número de
Art. 4º. Considerar-se-ão eixos em tandem eixos, distância entre eles e pesos.
dois ou mais eixos que constituam um conjunto Art. 8º. Para os veículos não-articulados re-
integral de suspensão, podendo qualquer deles ser ou gistrados e licenciados até 13.11.1996, com balanço
não motriz. traseiro superior a 3,50 metros e limitado a 4,20
§ 1º Quando, em um conjunto de dois ou mais metros, respeitados os 60% da distância entre os
eixos, a distância entre os dois planos verticais eixos, será concedida Autorização Específica fornecida
paralelos, que contenham os centros das rodas for pela autoridade com circunscrição sobre a via, com
superior a 2,40m, cada eixo será considerado como validade máxima de um ano e de acordo com o licenci-
se fosse distanciado. amento e renovada até o sucateamento do veículo.
§ 2º Em qualquer par de eixos ou conjunto de Parágrafo único. A Autorização Específica de
três eixos em tandem, com quatro pneumáticos em que trata este artigo, destinada aos veículos combina-
cada, com os respectivos limites legais de 17 t e
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 211

dos, poderá ser concedida mesmo quando o cami- – CVC, com duas ou mais unidades, sete eixos e
nhão trator tiver sido registrado e licenciado após Peso Bruto Total Combinado – PBTC de 57 toneladas,
13.11.1996. equipadas com unidade tratora de tração simples,
Art. 9º. A partir de 180 dias da data de publi- dotada de 3º eixo 6x2 (seis por dois), cujo caminhão
cação desta resolução, os semirreboques das combi- trator tenha sido fabricado até o dia 31 de dezembro
nações com um ou mais eixos distanciados contem- de 2010, independente da data de fabricação das
plados na alínea “e” do § 1º do art. 2º, somente unidades tracionadas, desde que respeitados os
poderão ser homologados e/ou registrados se equi- limites regulamentares desta Resolução.
pados com suspensão pneumática e eixo auto- Art. 11-A. A partir de 1º.01.2011 as unidades
direcional em pelo menos um dos eixos. de tração dupla deverão conter a indicação 6 x 4 na
§ 1º A existência da suspensão pneumática e marca/modelo/versão concedida pelo DENATRAN.
do eixo auto-direcional deverá constar no campo das (Artigo acrescido pela Res. 326, de 17.07.2009)
observações do Certificado de Registro (CRV) e do Art. 12. O não cumprimento do disposto nes-
Certificado de Registro e Licenciamento (CRLV) do ta Resolução implicará, no que couber, nas sanções
semirreboque. previstas nos incisos IV, V, VI, VII e X do art. 231 e
§ 2º Fica assegurado o direito de circulação 237 do Código de Trânsito Brasileiro. (Artigo alterado
até o sucateamento dos semirreboques, desde que pela Res. 326, de 17.07.2009)
homologados e/ou registrados até 180 dias da data Art. 12-A. O peso e as dimensões máximos
de publicação desta Resolução, mesmo que não aqui estabelecidos não excluem a competência dos
atendam as especificações do caput deste artigo. demais órgãos e entidades executivos rodoviários fixa-
§ 3º Ficam dispensados do requisito do eixo rem valores mais restritivos em relação a vias sob sua
auto-direcional os semirreboques com apenas dois circunscrição, de acordo com as restrições ou limita-
eixos, ambos distanciados, desde que o primeiro eixo ções estruturais da área, via/pista, faixa ou obra de arte,
seja equipado com suspensão pneumática. (Parágra- desde que observado o estudo de engenharia respecti-
fo acrescido pela Res. 284/08) vo. (Artigo e parágrafo acrescidos pela Res. 608/16)
Art. 10. O disposto nesta Resolução não se Parágrafo único. O órgão e entidade com cir-
aplica aos veículos especialmente projetados para o cunscrição sobre a via deverá observar a regular co-
transporte de carga indivisível, conforme disposto no locação de sinalização vertical regulamentadora, nos
art. 101 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB. termos do Manual de Sinalização Vertical de Regula-
Art. 11. A partir de 1º de janeiro de 2011, as mentação, especialmente as placas R-14 e R-17, con-
Combinações de Veículos de Carga (CVC), de 57 to- forme o caso.
neladas, serão dotadas obrigatoriamente de tração Art. 13. Esta Resolução entrará em vigor na
dupla 6x4 (seis por quatro), podendo suspender um data de sua publicação, produzindo efeito a partir de
dos eixos tratores somente quando a CVC estiver 01.01.2007.
descarregada, passando a operar na configuração Art. 14. Ficam revogadas, a partir de 01.01.2007,
4x2 (quatro por dois). (Artigo e parágrafo alterado as Resoluções CONTRAN 12/98 e 163/04.
pela Res. 373/11 e caput pela Res. 628/16) Alfredo Peres da Silva
Parágrafo único. Fica assegurado o direito
de circulação às Combinações de Veículos de Carga

RESOLUÇÃO 211, DE 13.11.2006


Requisitos necessários à circulação de Combinações de
Veículos de Carga – CVC, a que se referem os arts. 97,
99 e 314 do Código de Trânsito Brasileiro-CTB.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso da competência que lhe confere o art. 12, inc. I, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, RESOLVE:
Art. 1º. As Combinações de Veículos de Car- Parágrafo único. O Conselho Nacional de Trân-
ga – CVC, com mais de duas unidades, incluída a sito – CONTRAN, regulamentará os procedimentos
unidade tratora, com peso bruto total acima de 57 t administrativos para a obtenção e renovação da AET
ou com comprimento total acima de 19,80 m, só de que trata o caput, observadas as demais disposi-
poderão circular portando Autorização Especial de ções desta Resolução. (Parágrafo acrescido pela Res.
Trânsito – AET. 635/16)
212 Ordeli Savedra Gomes

Art. 2º. A Autorização Especial de Trânsito – § 4º A critério do Órgão Executivo Rodoviário


AET pode ser concedida pelo Órgão Executivo Rodo- responsável pela concessão da Autorização Especial
viário da União, dos Estados, dos Municípios ou do de Trânsito – AET, nas vias de duplo sentido de
Distrito Federal, mediante atendimento aos seguintes direção, poderão ser exigidas medidas complementa-
requisitos: res que possibilitem o trânsito dessas composições,
I - para a CVC: respeitadas as condições de segurança, a existência
a) Peso Bruto Total Combinado (PBTC) igual de faixa adicional para veículos lentos nos segmentos
ou inferior a 91 toneladas; (Alínea alterada pela Res. em rampa com aclive e comprimento superior a 5% e
640/16); 600 m, respectivamente.
b) Comprimento superior a 19,80 m e máximo § 5º A Autorização Especial de Trânsito (AET)
de 30 metros, quando o PBTC for inferior ou igual a 57t. será concedida para cada caminhão trator, especifi-
c) Comprimento mínimo de 25 m e máximo cando os limites de comprimento e de peso bruto
de 30 metros, quando o PBTC for superior a 57t. total combinado (PBTC) da combinação de veículo de
d) limites legais de Peso por Eixo fixados pelo carga (CVC), sendo identificadas as unidades reboca-
CONTRAN; das na respectiva AET, podendo estas serem substi-
e) a compatibilidade da Capacidade Máxima de tuídas a qualquer tempo, observadas as mesmas
Tração – CMT da unidade tratora, determinada pelo características de dimensões e peso e adequada Ca-
fabricante, com o Peso Bruto Total Combinado – PBTC; pacidade Máxima de Tração (CMT) da unidade tra-
f) estar equipadas com sistemas de freios con- tora, mediante a apresentação ao órgão com circuns-
jugados entre si e com a unidade tratora, atendendo o crição sobre a via, do respetivo Laudo Técnico con-
disposto na Resolução 777/93 – CONTRAN; tendo os requisitos de que trata o art. 4º desta Re-
g) o acoplamento dos veículos rebocados de- solução. (Parágrafo acrescido pela Res. 635/16 e al-
verá ser do tipo automático conforme NBR 11.410/ terado pela Res. 663/17)
11.411 e estarem reforçados com correntes ou cabos Art. 2º-A. As Autorizações Especiais de Trân-
de aço de segurança; sito (AET) referentes às Combinações de Veículos de
h) o acoplamento dos veículos articulados de- Carga (CVC), com altura máxima de 4,40 m (quatro
verá ser do tipo pino-rei e quinta roda e obedecer ao metros e quarenta centímetros), com Peso Bruto To-
disposto na NBR NM/ ISO 337; tal Combinado (PBTC) superior a 74 toneladas e in-
i) possuir sinalização especial na forma do ferior ou igual 91 toneladas e comprimento mínimo
Anexo II e estar provida de lanternas laterais coloca- de 28 (vinte e oito) metros e máximo de 30 (trinta)
das a intervalos regulares de no máximo 3 (três) metros, serão concedidas apenas aos polos gerado-
metros entre si, que permitam a sinalização do com- res de tráfego de que trata o art. 93 da Lei 9.503, de
primento total do conjunto. 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasilei-
II - as condições de tráfego das vias públicas ro, a requerimento do interessado, pessoa física ou
a serem utilizadas. jurídica proprietária do empreendimento, e desde que
§ 1º A unidade tratora dessas composições obedecidas às seguintes condições: (Artigo acrescido
deverá ser dotada de tração dupla, e quando carrega- pela Res. 663/17)
da, ser capaz de vencer aclives de 6%, com coeficiente I - As Combinações de Veículos de Carga
de atrito pneu/solo de 0,45, uma resistência ao rola- (CVC) de que trata o caput deverão obedecer aos
mento de 11 kgft e um rendimento de sua transmissão limites legais de peso por eixo fixados pelo CON-
de 90%, podendo suspender um dos eixos tratores TRAN;
somente quando a CVC estiver descarregada, passan- II - O interessado deverá apresentar um Estu-
do a operar na configuração 4x2. (Redação dada pela do Técnico comprovando a compatibilidade das Com-
Res. 635/16) binações de Veículos de Carga (CVC’s) nas vias pre-
§ 2º Nas Combinações com Peso Bruto Total tendidas, contemplando o seguinte:
Combinado – PBTC inferior a 57 toneladas, o cami- a) Memória de cálculo de compatibilidade da
nhão-trator poderá ser de tração simples (4x2). Capacidade Máxima de Tração (CMT) em rampas,
(Parágrafo alterado pela Res. 256/07) determinada pelo fabricante, com o Peso Bruto Total
§ 3º A Autorização Especial de Trânsito – Combinado (PBTC);
AET, fornecida pelo Órgão Executivo Rodoviário da b) Memória de cálculo de arraste e varredura
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Fe- de acordo com raios de curva apresentados no es-
deral, terá o percurso estabelecido e aprovado pelo tudo de viabilidade de tráfego da CVC;
órgão com circunscrição sobre a via. c) Memória de cálculo de capacidade de ven-
cer rampas de até 6%;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 213

d) Demonstrativo de capacidades técnicas da das a intervalos regulares de no máximo 3 (três) me-


unidade tratora fornecidas e comprovadas pelo fa- tros entre si, que permitam a sinalização do compri-
bricante de acordo com as características técnicas mento total do conjunto;
para cada tipo e modelo de caminhão-trator (CMT, e) A CVC deverá ser provida de fueiros ou
dimensões, relação da caixa de câmbio, reduções, painéis laterais de proteção da carga em toda a ex-
diferencial e cubo de rodas, potência e torque máxi- tensão das carrocerias da combinação de veículos,
mo e mínimo); quando for o caso;
e) Planta dimensional para cada tipo e modelo f) Possuir, quando aplicável, dispositivo auto-
de caminhão-trator com demonstrativo das capaci- mático de proteção da carga transportada do tipo só-
dades técnicas, inclusive para as unidades traciona- lido a granel para atendimento das disposições con-
das; tidas na Resolução CONTRAN 441, de 28.05.2013, ou
f) Capacidade e memória de cálculo de frena- suas sucedâneas;
gem para as condições das vias indicadas no Estudo g) A unidade tratora deve possuir potência
de Viabilidade de Tráfego; compatível com as disposições vigentes da Portaria
g) A compatibilidade da Capacidade Máxima INMETRO 51/11 ou suas sucedâneas.
de Tração (CMT) da unidade tratora, determinada pelo IV - Apresentação e aprovação junto ao órgão
fabricante, com o Peso Bruto Total Combinado (PBTC); executivo rodoviário com circunscrição sobre a via,
h) Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) de Estudo de Viabilidade de Tráfego da CVC no per-
do Estudo Técnico de que trata este inciso, devida- curso proposto, contemplando:
mente assinada por engenheiro mecânico ou automo- a) Análise da geometria viária, contemplando:
tivo habilitado, cadastrada no órgão de registro pro- cadastro da geometria viária; levantamento visual con-
fissional competente; tínuo por vídeo ou fotográfico; inclinação e extensão
i) O Estudo Técnico de que trata este inciso de rampas; tangentes, curvas horizontais e verticais;
deverá ser realizado por empresa com comprovada identificação, adequação e/ou regularização dos aces-
experiência em estudos desta natureza, devidamente sos existentes; interseções viárias em nível e em des-
credenciada junto ao órgão com circunscrição sobre nível;
a via. b) Análise de capacidade e nível de serviço
III - O interessado deverá apresentar Laudo em todo o percurso, para todas as classes de rodo-
Técnico da Combinação de Veículo de Carga (CVC), vias, e avaliação da necessidade de terceira faixa ou
assinado por um responsável técnico, engenheiro me- faixa adicional em rampas ascendentes em vias de
cânico ou automotivo habilitado, atestando a obediên- pista simples;
cia aos seguintes requisitos: c) Cadastro e análise da sinalização horizontal
a) Estar equipada com sistemas de freios con- e vertical e dispositivos auxiliares de sinalização e de
jugados entre si e com a unidade tratora, atendendo segurança viária;
o disposto na regulamentação específica do CON- d) Avaliação da capacidade de suporte dos pa-
TRAN, atestada pelo responsável técnico habilitado vimentos e sua compatibilidade com a CVC proposta,
na forma estabelecida neste inciso, observando-se os elaborado por empresa, órgão ou entidade de reco-
requisitos estabelecidos no Anexo III desta resolução, nhecida capacidade técnica;
onde aplicáveis; e) Análise da capacidade estrutural das obras-
b) O acoplamento dos veículos rebocados de- -de-arte correntes e especiais: avaliação estrutural e
verá ser do tipo automático conforme NBR 11410 e geométrica das obras de arte contemplando a análise
estarem reforçados com correntes ou cabos de aço comparativa de esforços provocados pela carga mó-
de segurança, atestado pelo responsável técnico ha- vel normativa referente à classe da obra, com os es-
bilitado na forma estabelecida neste inciso; forços provocados pela CVC, trafegando em conjunto
c) O acoplamento dos veículos articulados de- com a carga distribuída de 5 (cinco) kN/m2, nas po-
verá ser do tipo pino-rei e quinta roda e obedecer ao sições mais desfavoráveis;
disposto na NBR NM-ISO 3842, NBR NM-ISO 4086, f) Apresentação de medidas mitigadoras para
NBR NM-ISO 8716 e NBR NM-ISO 1726 aplicáveis, todos os itens anteriores, contemplando projetos de
de acordo com avaliação de conformidade certifica- adequação e manutenção periódica, quando aplicá-
da pelo INMETRO ou organismo por este acreditado, vel, caso observada a viabilidade de tráfego para a
atestada pelo responsável técnico habilitado na forma CVC proposta.
estabelecida neste inciso; g) As análises da capacidade de suporte dos
d) Possuir sinalização especial na forma do pavimentos e da capacidade estrutural das obras-de-
Anexo II e estar provida de lanternas laterais coloca- arte correntes e especiais deverão considerar as nor-
214 Ordeli Savedra Gomes

mas dos órgãos executivos rodoviários com circuns- bilidade de Tráfego, devendo constar expressamente
crição sobre a via ou, na ausência destas, as normas na AET os horários permitidos;
e manuais técnicos do Departamento Nacional de In- f) É vedada a imobilização da CVC sobre es-
fraestrutura de Transporte (DNIT). truturas de Obras de Arte Especiais (OAEs), exceto
h) Como condição à obtenção da AET, as me- em situações de emergência;
didas mitigadoras da infraestrutura viária propostas g) O percurso autorizado na AET será limitado
pelo requerente serão executadas às suas expensas, a 100 (cem) quilômetros;
mediante aprovação do órgão com circunscrição so- h) Em vias de múltiplas faixas de tráfego, a
bre a via, o qual deverá fiscalizar, acompanhar e re- CVC deverá utilizar obrigatoriamente a faixa da di-
ceber as obras. reita.
i) Os acessos a serem utilizados ao longo do § 1º A Inspeção Técnica Veicular (ITV), obe-
percurso deverão ser projetados e executados pelo decido ao respectivo cronograma e periodicidade,
interessado de modo a garantir que os veículos aden- integrará os requisitos a serem exigidos no inc. III
trem as rodovias sem causar interferência no trânsi- deste artigo.
to, incluindo faixas de aceleração e desaceleração, § 2º O órgão com circunscrição sobre a via
projetadas de acordo com as velocidades estabeleci- emitirá parecer técnico sobre os estudos de que
das na via; tratam os incs. II, III e IV deste artigo, mantendo-o
j) As travessias de vias só poderão ser reali- junto ao respectivo processo de obtenção da AET até
zadas nos locais predeterminados e sinalizados, es- a sua renovação.
tabelecidos de acordo com a distância mínima de § 3º O órgão máximo executivo de trânsito da
visibilidade para o trecho, em função do tempo médio União incluirá em regulamentação específica as no-
de travessia de 18 (dezoito) segundos; vas Combinações de Veículos de Carga (CVC) de que
k) O interessado deverá instalar sinalização trata esta Resolução.
especial de advertência com intervalos máximos de 5 Art. 3º. O trânsito de Combinações de Veícu-
(cinco) km com o seguinte alerta “Trânsito de veícu- los de Carga de que trata esta Resolução será do
los lentos de grande porte”;
amanhecer ao pôr do sol e sua velocidade máxima de
l) Deverá ser apresentada Anotação de Res- 80 km/h. (Redação de todo o artigo alterada pela Res.
ponsabilidade Técnica – ART do Estudo de Viabilida-
635/16)
de de Tráfego de que trata este inciso, devidamente
assinada por engenheiro civil habilitado, cadastrada § 1º Nas vias com pista dupla e duplo sentido
no órgão de registro profissional competente. de circulação, dotadas de separadores físicos e que
m) O Estudo de Viabilidade de Tráfego de que possuam duas ou mais faixas de circulação no mes-
trata este inciso deverá ser realizado por empresa mo sentido, será autorizado o trânsito diuturno.
com comprovada experiência em estudos desta na- § 2º Em casos especiais, devidamente justifi-
tureza, devidamente credenciada junto ao órgão com cados, poderá ser autorizado o trânsito noturno de
circunscrição sobre a via. Combinações de Veículos de Carga, nas vias de pista
V - A CVC de que trata o caput desse artigo simples dom duplo sentido de circulação, observados
somente poderá trafegar em via pública, no percurso os seguintes requisitos:
especificado na AET, quando obedecidas as seguin- I - volume horário de tráfego no período no-
tes condições operacionais: turno correspondente, no máximo, ao nível de serviço
a) Velocidade máxima de 60 (sessenta) km/h, “C”, conforme conceito da Engenharia de Tráfego;
devendo constar na parte traseira da última combina- II - traçado adequado de vias e suas condi-
ção essa informação; ções de segurança, especialmente no que se refere à
b) Fica proibida a operação em comboio, ob- ultrapassagem dos demais veículos;
servando-se a distância mínima de 100 (cem) metros III - colocação de placas de sinalização em to-
entres CVCs; do o trecho da via, advertindo os usuários sobre a
c) O veículo deverá trafegar sempre com fa- presença de veículos longos.
róis acesos; Art. 4º. Ao requerer a concessão da Autoriza-
d) É vedada a ultrapassagem de outro veículo ção Especial de Trânsito – AET o interessado deverá
pela CVC, salvo se estiver parado; apresentar:
e) A operação noturna em vias de pista sim- I - preliminarmente, projeto técnico da Combi-
ples somente poderá ocorrer em horários com baixo nação de Veículos de Carga – CVC, devidamente as-
volume de tráfego, correspondente, no máximo, ao sinado por engenheiro mecânico, conforme Lei Fede-
nível de serviço “C”, verificados no Estudo de Via-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 215

ral 5.194/66, que se responsabilizará pelas condições § 4º Para concessão da Autorização Especial
de estabilidade e de segurança operacional, e que de Trânsito (AET) de veículos com Peso Bruto Total
deverá conter: Combinado (PBTC) superior a 74 toneladas e inferior
a) planta dimensional da combinação, contendo ou igual a 91 toneladas, o interessado deverá atender
indicações de comprimento total, distância entre eixos, os procedimentos administrativos, especificação téc-
balanços traseiro e laterais, detalhe do para-choques nicas das Combinações de Veículo de Carga (CVC),
os itens e os requisitos de segurança da CVC previs-
traseiro, dimensões e tipos dos pneumáticos, lanternas
tos no art. 2º-A desta Resolução. (Parágrafo acresci-
de advertência, identificação da unidade tratora, altura e
do pela Res. 640/16 e alterado pela Res. 663/17)
largura máxima, placa traseira de sinalização especial,
Art. 5º. A Autorização Especial de Trânsito –
Peso Bruto Total Combinado – PBTC, Peso por Eixo,
AET terá validade pelo prazo máximo de 1 (um) ano,
Capacidade Máxima de Tração – CMT e distribuição de
de acordo com o licenciamento da unidade tratora,
carga no veículo;
para os percursos e horários previamente aprovados,
b) cálculo demonstrativo da capacidade da e somente será fornecida após vistoria técnica da
unidade tratora de vencer rampa de 6%, observando Combinação de Veículos de Carga – CVC, que será
os parâmetros do art. 2º e seus parágrafos e a fór- efetuada pelo Órgão Executivo Rodoviário da União,
mula do Anexo I; ou dos Estados, ou dos Municípios ou do Distrito
c) gráfico demonstrativo das velocidades, que Federal.
a unidade tratora da composição é capaz de desen- § 1º Para renovação da Autorização Especial de
volver para aclives de 0 a 6%, obedecidos os parâme- Trânsito – AET, a vistoria técnica prevista no caput
tros do art. 2º e seus parágrafos; deste artigo poderá ser substituída por um Laudo
d) capacidade de frenagem; Técnico de inspeção veicular elaborado e assinado por
e) desenho de arraste e varredura, conforme engenheiro mecânico responsável pelo projeto, acom-
norma SAE J695b, acompanhado do respectivo me- panhado pela respectiva ART – Anotação de Respon-
morial de cálculo; sabilidade Técnica, que emitirá declaração de confor-
f) laudo técnico de inspeção veicular elabora- midade junto com o proprietário do veículo, atestando
do e assinado pelo engenheiro mecânico responsável que a composição não teve suas características e
pelo projeto, acompanhado pela sua respectiva ART– especificações técnicas modificadas, e que a operação
Anotação de Responsabilidade Técnica, atestando as se desenvolve dentro das condições estabelecidas
condições de estabilidade e de segurança da Combi- nesta Resolução.
nação de Veículos de Carga – CVC. § 2º Os veículos em circulação na data da en-
II - Cópia dos Certificados de Registro e Li- trada em vigor desta Resolução terão assegurada a
cenciamento dos Veículos, da composição veículo e renovação da Autorização Especial de Trânsito – AET,
semirreboques – CRLV. mediante atendimento ao previsto no parágrafo
§ 1º Nenhuma Combinação de Veículos de anterior e apresentação do Certificado de Registro e
Carga – CVC poderá operar ou transitar na via pública Licenciamento dos Veículos – CRLV, da composição
sem que o Órgão Executivo Rodoviário da União, dos veículo e os semirreboques.
Estados, dos Municípios ou Distrito Federal tenha Art. 6º. Em atendimento às inovações tecno-
analisado e aprovado toda a documentação mencio- lógicas, a utilização e circulação de novas composi-
nada neste artigo e liberado sua circulação. ções, respeitados os limites de peso por eixo, somen-
§ 2º Somente será admitido o acoplamento te serão autorizadas após a comprovação de seu
de reboques e semirreboques, especialmente cons- desempenho, mediante testes de campo incluindo
truídos para utilização nesse tipo de Combinação de manobrabilidade, capacidade de frenagem, distribui-
Veículos de Carga – CVC, devidamente homologados ção de carga e estabilidade, além do cumprimento do
pelo Órgão Máximo Executivo de Trânsito da União disposto na presente Resolução.
com códigos específicos na tabela de marca/modelo § 1º O DENATRAN baixará, em 90 dias, Porta-
do RENAVAM. ria com as composições homologadas, especificando
§ 3º Para concessão da Autorização Especial seus limites de pesos e dimensões.
de Trânsito (AET) de veículos com Peso Bruto Total § 2º O uso regular de novas composições só
Combinado (PBTC) superior a 74 toneladas e inferior poderá ser efetivado após sua homologação e publi-
ou igual a 91 toneladas não se aplica o disposto no cação em Portaria do DENATRAN.
art. 4º desta Resolução. (Parágrafo acrescido pela Res. Art. 7º. Excepcionalmente será concedida
640/16 e alterado pela Res. 663/17) AET para as Combinações de Veículos de Carga –
216 Ordeli Savedra Gomes

CVC com peso bruto total combinado de até 74 sito será diuturno. (Parágrafo renumerado e acrescido
(setenta e quatro) toneladas e comprimento inferior a pela Res. 635/16)
25 (vinte e cinco) metros, desde que as suas unida- Art. 8º. A não observância dos preceitos des-
des tracionadas tenham sido registradas até 03 de ta Resolução sujeita o infrator às penalidades previs-
fevereiro de 2006, respeitadas as restrições impostas tas no art. 231 e seus incisos do CTB, conforme ca-
pelos órgãos executivos com circunscrição sobre a bível, além das medidas administrativas aplicáveis.
via. (Artigo alterado pela Res. 381/11)
Art. 9º. Esta Resolução entrará em vigor na
§ 1º Para os veículos boiadeiros articulados data de sua publicação, produzindo efeito a partir de
(Romeu e Julieta) com até 25m (vinte e cinco metros): 01.01.2007.
(Parágrafo acrescido pela Res. 526/15 e alterado pela
Art. 9º-A. Prorrogar para o dia 1º de janeiro
Res. 635/16)
de 2018 o prazo para cumprimento das exigências
I - Fica permitida a concessão de Autorização dispostas no Anexo II desta Resolução, com redação
Especial de Trânsito (AET); dada pela Resolução CONTRAN 635/16, facultando a
II - Isenta-se o requisito da data de registro as antecipação de sua adoção total. (Artigo acrescido
unidades tracionadas de que trata o caput deste pa- pela Res. 700/17)
rágrafo. Art. 10. Ficam revogadas as Resoluções, 68/98,
§ 2º Para Combinações de Veículos de Carga 164/04, 184/05 e 189/06, a partir de 01.01.2007.
cujo comprimento seja de no máximo 19,80m, o trân-
Alfredo Peres da Silva

ANEXO I
_____________
Cálculo da Capacidade de Rampa
Rd

Ft
______ Rr Fad = P x u
i = - ____
10 x G 10

Fr = Força na roda (kgf)


Tm = Torque máximo do motor (kgf x m)
Sendo:
ic = Maior relação de redução da caixa de câmbio
i = Rampa máxima em %
id = Relação de redução no eixo traseiro (total)
G = Peso bruto total combinado (t)
Rd = Raio dinâmico do pneu do eixo de tração (m)
Rr = Resistência ao rolamento (kgf/ton)
Fad = Força de aderência (kgf)
Ft = Força de tração em kgf determinada da seguinte forma:
P = Somatório dos pesos incidentes nos eixos de tração
(kgf)
u = Coeficiente de atrito pneu x solo
Fr = Tm x ic x id x 0,9

ANEXO II
(Anexo com texto dado pela Res. 635/16 e alterado pela Res. 662/17)
Este anexo define as especificações da Sinali- veículo ou sobre placa metálica fixada na traseira do
zação Especial para Combinação de Veículos de Car- mesmo.
ga – CVC com mais de 19,80m 2. A sinalização especial para combinação de
1. A sinalização especial para combinação de veículos de carga – CVC deve ser composta de qua-
veículos de carga – CVC deve ser constituída por pe- dro na cor branca retrorrefletiva medindo 1,50m X
lícula autoadesiva aplicada diretamente na traseira do 0,50m contendo os dizeres “VEICULO LONGO” e
“COMPRIMENTO ..... METROS” na cor preta não re-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 217

trorrefletiva, superposto e centralizado a um quadro


medindo 2,30m X 0,80m com faixas inclinadas em
45º da direita para a esquerda de cima para baixo nas
cores laranja retrorrefletiva e preta não retrorrefletiva
com largura de 0,15m.
3. Para atender às necessidades especiais de
fixação no veículo, a sinalização especial para Com-
binação de Veículos de Carga – CVC poderá ser bi-
partida em seu sentido transversal, contudo, as par-
tes não poderão ter uma separação maior que 5cm
(cinco centímetros). (Redação dada pela Res. 662/17)
4. Coeficiente de retrorreflexão
Os materiais retrorrefletores deverão atender 5. Cor e luminância
aos coeficientes de retrorrefletividade mínimos defi-
O material retrorrefletor deverá apresentar os
nidos na tabela 1. As medições devem ser feitas de
valores de coordenadas de cromaticidade e luminân-
acordo com o método ASTM E810.
cia definidos na tabela 2.
Tabela 1
Tabela 2

Os quatro pares de coordenadas de cromati- deral, Estadual ou do Distrito Federal de pesquisa e/ou
cidade deverão determinar a cor aceitável nos termos ensino, que comprove o atendimento integral do dis-
da CIE 1931 sistema colorimétrico standard padrão com posto neste Anexo.
iluminante D65. Método ASTME-1164 com valores de- 8. A sinalização especial para combinação de
terminados em um equipamento 'Hunter Lab Labscan II veículos de carga – CVC deverá conter no canto in-
0/45 Spectrocolorimeter com opção CMR559. Compu- ferior esquerdo do quadro branco, em uma área de
tação realizada de acordo com E-308. dimensão máxima de 3cm X 10cm com a marca do
fabricante da película, nome da entidade que emitiu o
6. Durabilidade certificado de conformidade da película, o número e a
A película deverá reter no mínimo 50 % de re- data do respectivo certificado.
trorrefletividade da Tabela 1 e cor dentro das coorde- 9. A sinalização especial para combinação de
nadas especificadas na Tabela 2 após ser submetida veículos de carga – CVC não poderá conter quaisquer
a 1000 horas no aparelho de intemperismo artificial outras inscrições.
de acordo com a ASTM G 155 conforme o ciclo I da
10. A figura 1 mostra um desenho ilustrativo
respectiva norma.
da sinalização especial para combinação de veículos
7. O fabricante deve manter a disposição do de carga – CVC.
Órgão Máximo Executivo de Trânsito da União cer-
tificado de conformidade, emitido por entidade Fe-
Figura 1
218 Ordeli Savedra Gomes

ANEXO III
REQUISITOS MÍNIMOS DE SEGURANÇA DO SISTEMA DE FREIOS DA COMPOSIÇÃO
VEICULAR DE CARGA (CVC) ACIMA DE 74 TONELADAS E ATÉ 91 TONELADAS
(Anexo incluído pela Res. 663/17)
1. Desempenho do sistema de freio para veí- a) 16,5 m quando o freio de serviço é aciona-
culos automotores pesados e suas combinações do; e
1.1 O sistema de freio de um veículo automo- b) 40,5 m quando o freio de emergência é
tor pesado (caminhão-trator) ou uma combinação pe- acionado.
sada que inclua um veículo automotor pesado deve, 1.3 O sistema de freio de um veículo automo-
mediante o acionamento dos freios, ser capaz de al- tor pesado (caminhão-trator) ou uma combinação pe-
cançar a performance mencionados nos subitens 1.2 sada que inclua um veículo automotor pesado deve
a 1.4: desacelerar o veículo (desaceleração média plena-
mente desenvolvida), a partir de uma velocidade de
a) quando o veículo estiver numa superfície de
40 km/h, de pelo menos:
estrada seca, lisa e nivelada, livre de material solto; e
a) 2,8 m/s² quando o freio de serviço é acio-
b) independente se o veículo é de transporte nado; e
de carga ou de passageiros; e b) 1,1 m/s² quando o freio de emergência é
c) independente se o veículo é usado isolado acionado.
ou como parte de uma combinação; e 1.4 O sistema de freio de um veículo automo-
d) durante o ensaio nenhuma parte do veículo tor pesado (caminhão-trator) ou uma combinação pe-
pode se mover para fora da pista de ensaio: i. centra- sada que inclua um veículo automotor pesado deve
do no eixo longitudinal do veículo antes do aciona- atingir uma desaceleração máxima do veículo, a par-
mento dos freios; ii. 3,7 m de largura; tir de uma velocidade de 60 km/h, de pelo menos:
e) os requisitos de ensaio obtidos neste item a) 4,4 m/s² quando o freio de serviço é acio-
devem ser obtidos mediante ensaios realizados bus- nado; e
cando obter uma condição semelhante à de rodagem, b) 1,5 m/s² quando o freio de emergência é
considerando a maior criticidade. acionado.
1.2 O sistema de freio de um veículo automo- 1.5 O freio de estacionamento de um veículo
tor pesado (caminhão-trator) ou uma combinação pe- automotor pesado (caminhão-trator) ou uma combi-
sada que inclua um veículo automotor pesado deve nação pesada deve ser capaz de manter o veículo, ou
ser capaz de parar o veículo, a uma velocidade de 35 qualquer combinação de que seja parte, parado em
km/h, dentro de: um aclive ou declive de 12%:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 219

a) quando o veículo ou a combinação estive- bos os lados do veículo. Este ensaio deve ser efetua-
rem sobre uma pista seca, lisa e livre de material sol- do com o veículo carregado tanto com a massa do
to; e veículo em ordem de marcha como a massa do veí-
b) independente se o veículo ou a combinação culo com carga máxima. Contudo, serão permitidos
e de transporte de carga ou de passageiros. breves períodos de bloqueio das rodas, mas a estabi-
2. Ensaio referente a sistema antitravamento lidade não deve ser afetada.
(ABS) 3. Acionamento simultâneo do freio de esta-
2.1 Em velocidades superiores a 15 km/h, as cionamento
rodas de pelo menos um eixo em cada grupo de 3.1 Se o freio de estacionamento de um veí-
eixos devem permanecer desbloqueadas quando a culo automotor pesado de uma combinação veicular
força total for repentinamente aplicada no dispositivo de carga for acionado, o freio de estacionamento de
de comando ao frear a partir de uma velocidade ini- qualquer rebocado pesado deve ser acionado auto-
cial de 40 km/h sobre uma pista de superfície com maticamente.
atrito superficial aproximadamente uniforme em am-

RESOLUÇÃO 215, DE 14.12.2006


Regulamenta a fabricação, instalação e uso de disposi-
tivo denominado “quebra-mato” em veículos automoto-
res com peso bruto total de até 3.500 kg.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso da competência que lhe confere o inc. I do art. 12,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Transito Brasileiro, e conforme Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito; e
Considerando que o art. 97, do Código de Trânsito Brasileiro atribui ao CONTRAN a responsabilidade pe-
la aprovação das exigências que permitam o registro, licenciamento e circulação nas vias publicas;
Considerando que a instalação do dispositivo denominado “quebra-mato” pode afetar as condições de
projeto do veículo, em especial no que se refere à distribuição de peso, estabilidade, aerodinâmica e rigidez
estrutural e a eficácia do equipamento suplementar de retenção ( Air Bag ) frontal; e,
Considerando que a utilização do “quebra-mato” pode representar riscos adicionais de acidentes, espe-
cialmente quando há o envolvimento de pedestres; RESOLVE:
Art. 1º. Os dispositivos “quebra-mato” insta- I - identificação do fabricante do “quebra-
lados em veículos automotores com peso bruto total mato” – razão social e CNPJ;
de até 3.500 kg, devem atender aos requisitos desta II - modelo do veículo ao qual se destina;
Resolução. III - peso para o conjunto “quebra-mato”;
Art. 2º. Os fabricantes e importadores de veí- IV - dimensões do “quebra-mato”– largura e
culos automotores equipados originalmente com dis- altura;
positivo “quebra-mato” devem informar, no manual
V - referência a esta resolução;
do proprietário, os seguintes requisitos
VI - identificação do registro da empresa no
I - pontos de ancoragem;
INMETRO.
II - peso máximo para o conjunto “quebra-
Parágrafo único. Ficam dispensados do aten-
mato” e componentes utilizados em sua instalação; dimento deste artigo, os veículos originalmente equi-
III - dimensões máximas do “quebra-mato” – pados com dispositivo “quebra-mato”, bem como
largura e altura. aqueles em circulação equipados com dispositivo
Parágrafo único. Na ausência de definição que atenda os requisitos desta Resolução.
dos requisitos para instalação do dispositivo “quebra-
Art. 4º. Após 365 dias da data de publicação
mato”, por parte dos fabricantes e importadores, cabe
desta Resolução, fica proibida a circulação, nas vias
ao fabricante do dispositivo o atendimento aos incisos
deste artigo. públicas, de veículos automotores equipados com
“quebra-mato” que não cumpram com os requisitos
Art. 3º. A utilização do “quebra-mato” em ve-
desta Resolução.
ículos automotores está condicionada a existência de
uma plaqueta indelével no dispositivo, indicando suas Parágrafo único. Ficam dispensados do cum-
características gerais, contendo no mínimo as se- primento desta Resolução:
guintes informações: a) os veículos originalmente equipados com o
dispositivo “quebra-mato” que obtiveram o código de
220 Ordeli Savedra Gomes

Marca/Modelo/Versão até a data de publicação desta em 180 dias, contados a partir da data de publicação
Resolução; desta Resolução, os requisitos para a concessão do
b) os veículos utilizados na prestação e manu- registro mediante regulamentos complementares.
tenção de serviços de utilidade pública; Art. 6º. O não cumprimento do disposto nesta
c) veículos militares; Resolução sujeitará o infrator à aplicação da penali-
d) veículos de órgãos de segurança pública. dade e medida administrativa previstas no art. 230,
Art. 5º. Os veículos automotores somente po- inc. XII, do Código de Trânsito Brasileiro.
derão ser equipados com o dispositivo do tipo “quebra- Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na da-
mato” produzidos por empresas devidamente registra- ta de sua publicação.
das no Instituto Nacional de Metrologia, Normalização Alfredo Peres da Silva
e Qualidade Industrial – INMETRO, que estabelecerá,

ANEXO
PROCEDIMENTOS DE CONSTRUÇÃO E MONTAGEM
1) Os dispositivos “quebra-mato” devem ser
construídos de tal forma que todas as superfícies
rígidas que possam ser tocadas por uma esfera de linha de referência
100 mm de diâmetro (figura 1) tenham um raio de
curvatura mínimo de 5 mm.

Linha superior
da grade frontal

Borda da tampa
do compartimento
do motor

Figura 2
4) O dispositivo “quebra-mato” não deve
aumentar a largura do veículo em que for montado.
Se a largura total do “quebra-mato” exceder a 75% da
largura do veículo, as extremidades do dispositivo
devem ser viradas para dentro, na direção da superfí-
2) A massa total do dispositivo “quebra-mato”, cie exterior, de modo a minimizar os riscos de se
incluindo todas as braçadeiras e fixações, não deve enganchar. Considera-se que este requisito foi cumpri-
exceder 1,2% da massa do veículo para o qual foi do se o dispositivo estiver encaixado ou integrado na
carroçaria ou se a extremidade do dispositivo não pu-
concebido, até um limite máximo de 18 kg.
der ser tocada por uma esfera de 100 mm de diâme-
3) A altura do dispositivo “quebra-mato” quan- tro e o intervalo entre a extremidade e a carroçaria
do montado em um veículo, não deve situar-se, em circundante não exceder 20 mm.
nenhum ponto, a mais de 50 mm acima da borda da 5) Sem prejuízo ao disposto no item 4, o in-
tampa do compartimento do motor, medidos num tervalo entre os componentes do “quebra-mato” e a
plano longitudinal vertical ao veículo. Nos casos em superfície exterior subjacente não deve exceder
que a grade frontal estiver integrada à tampa do 80mm. Devem ser ignoradas as descontinuidades
compartimento do motor, a referência passa a ser a locais no contorno da carroçaria, tais como grades,
linha superior da grade. entradas de ar etc.
6) A distância longitudinal entre a parte mais
avançada do pára-choque e a parte mais avançada
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 221

do “quebra-mato” não deve exceder 100 mm, admi- superiores do “quebra-mato” não devem ultrapassar
tindo-se uma tolerância de 20%. mais de 50 mm para cima ou para trás (na direção do
7) O “quebra-mato” não deve reduzir de mo- pára-brisa), a linha de referência da borda dianteira
do significativo a eficácia do pára-choque. Considera- da tampa do compartimento do motor do veículo.
se que este requisito foi cumprido, se não existirem Nos casos em que a grade frontal estiver integrada
mais de dois componentes verticais e dois compo- à tampa do compartimento do motor, a referência
nentes horizontais do “quebra-mato” que se sobrepo- passa a ser a linha superior da grade. Cada ponto de
nham ao pára-choque. medição é feito num plano vertical longitudinal que
8) O “quebra-mato” não deve estar inclinado atravessa o veículo neste ponto.
para frente relativamente à linha vertical. As partes

RESOLUÇÃO 216, DE 14.12.2006


Fixa exigências sobre condições de segurança e visibi-
lidade dos condutores em pára-brisas em veículos au-
tomotores, para fins de circulação nas vias públicas.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando a competência que lhe confere o inc. I do art. 12
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e
Considerando que a regulamentação da matéria contribuirá para a unificação de entendimento no âmbito
dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, para fins de inspeção e fiscalização;
Considerando que os requisitos estabelecidos nas Normas Brasileiras da ABNT objetivam fixar condi-
ções de segurança e requisitos mínimos para vidros de segurança instalados em veículos automotores, reduzir
os riscos de lesões aos seus ocupantes e assegurar visibilidade condutores de veículos, resolve:
Art. 1º. Fixar requisitos técnicos e estabele- I - Trinca não superior a 20 centímetros de
cer exigências sobre as condições de segurança comprimento;
dos pára-brisas de veículos automotores e de vi- II - Fratura de configuração circular não supe-
sibilidade do condutor para fins de circulação nas rior a 4 centímetros de diâmetro.
vias públicas.
Art. 5º. Nos demais veículos automotores, a
Art. 2º. Para efeito desta Resolução, as trin- área crítica de visão do condutor é a metade esquer-
cas e fraturas de configuração circular são conside- da da região de varredura das palhetas do limpador
radas dano ao pára-brisa.
de pára-brisa.
Art. 3º. Na área crítica de visão do condutor e
Parágrafo único. Nos pára-brisas dos veícu-
em uma faixa periférica de 2,5 centímetros de largura
los de que trata o caput deste artigo, são permitidos
das bordas externas do pára-brisa não devem existir
trincas e fraturas de configuração circular, e não no máximo dois danos, exceto nas regiões definidas
podem ser recuperadas. no art. 3º, respeitando os seguintes limites:
Art. 4º. Nos pára-brisas dos ônibus, microô- I - Trinca não superior a 10 centímetros de
nibus e caminhões, a área crítica de visão do condu- comprimento;
tor conforme figura ilustrativa do anexo desta resolu- II - Fratura de configuração circular não supe-
ção é aquela situada a esquerda do veículo determi- rior a 4 centímetros de diâmetro.
nada por um retângulo de 50 centímetros de altura Art. 6º. O descumprimento do disposto nesta
por 40 centímetros de largura, cujo eixo de simetria Resolução sujeita o infrator às sanções previstas no
vertical é demarcado pela projeção da linha de centro art. 230, inc. XVIII c.c. o art. 270, § 2º, do Código de
do volante de direção, paralela à linha de centro do Trânsito Brasileiro.
veículo, cuja base coincide com a linha tangente do Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na da-
ponto mais alto do volante. ta de sua publicação, revogadas as disposições em
Parágrafo único. Nos pára-brisas dos veícu- contrário.
los de que trata o caput deste artigo, são permitidos Alfredo Peres da Silva
no máximo três danos, exceto nas regiões definidas
no art. 3º, respeitados os seguintes limites:
222 Ordeli Savedra Gomes

ANEXO
ÁREA CRÍTICA DE VISÃO DO CONDUTOR

Nota – Para a identificação do retângulo de 40x 50 cm o Agente poderá valer-se de um gabarito com as referidas dimensões,
feito em papel, plástico, madeira ou metal, com uma indicação em sua parte central, a qual posicionada no nível superior do
volante da direção, na posição central, possibilitará a identificação precisa da área crítica de visão do condutor.

RESOLUÇÃO 217, DE 14.12.2006


Delega competência ao órgão máximo executivo de trân-
sito da União para estabelecer os campos de preenchi-
mento das informações que devem constar do Auto de
Infração.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 12,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro e conforme o Decreto Federal 4.711, de
29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e
Considerando a necessidade de uniformizar, para todo o território Nacional, os campos e informações
mínimas que deverão compor o Auto de Infração de Trânsito, na forma do disposto no art. 280 do Código de
Trânsito Brasileiro, e regulamentação complementar, RESOLVE:
Art. 1º. Delegar competência ao órgão máxi- II - dos códigos que deverão ser utilizados;
mo executivo de trânsito da União para estabelecer III - dos campos que deverão ser de preen-
os campos das informações mínimas que devem cons- chimento opcional;
tar do Auto de Infração.
IV - dos campos obrigatórios para infrações
Art. 2º. Incumbir para fins de preenchimento específicas, nos termos estabelecidos em normas
em sistema informatizado, o órgão máximo executivo complementares.
de trânsito da União da definição:
Art. 3º. Permitir que os órgãos e entidades de
I - do tipo e número de caracteres de cada trânsito implementem o modelo do Auto de Infração
campo para fins de processamento dos dados;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 223

que utilizarão no âmbito de suas respectivas compe- ção da Portaria a ser baixada pelo órgão máximo
tências e circunscrições, respeitados os campos das executivo de trânsito da União, para se adequarem às
informações mínimas e de preenchimento obrigatório novas disposições, data em que ficará revogada a
estabelecidos pelo órgão máximo executivo de Resolução 01/98 – CONTRAN.
trânsito da União. Art. 5º. Esta Resolução entra em vigor na da-
Art. 4º. Os órgãos e entidades do Sistema ta de sua publicação.
Nacional de Trânsito terão 180 dias, após a publica- Alfredo Peres da Silva

RESOLUÇÃO 227, DE 09.02.2007


Estabelece requisitos referendes aos sistemas de ilumi-
nação e sinalização de veículos.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o inc. I do art. 12
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e
Considerando que nenhum veículo poderá transitar nas vias terrestres abertas à circulação pública sem
que ofereça as condições mínimas de segurança; Considerando que a normalização dos sistemas de iluminação
e sinalização é de vital importância na manutenção da segurança do Trânsito;
Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar os requisitos de segurança para os veículos na-
cionais e importados, RESOLVE:
Art. 1º. Os automóveis, camionetas, utilitá- Anexo 12 – Retrorrefletores.
rios, caminhonetes, caminhões, ônibus, microônibus, Anexo 13 – Lanterna de posição lateral.
reboques e semi-reboques novos saídos de fábrica,
Anexo 14 – Farol de rodagem diurna.
nacionais e importados a partir de 01.01.2009, de-
verão estar equipados com sistema de iluminação § 2º Os veículos inacabados (chassi de cami-
veicular, de acordo com as exigências estabelecidas nhão com cabina e sem carroçaria com destino ao
por esta Resolução e seus Anexos. concessionário, encarroçador ou, ainda, a serem
complementados por terceiros), não estão sujeitos à
§ 1º Os dispositivos componentes dos siste-
aplicação dos dispositivos relacionados abaixo:
mas de iluminação e de sinalização veicular devem
atender ao estabelecido nos Anexos que fazem parte a) lanternas delimitadoras traseiras;
dessa Resolução: b) lanternas laterais traseiras e intermediárias;
Anexo 1 – Instalação de dispositivos de ilu- c) retrorrefletores laterais traseiros e interme-
minação e sinalização luminosa. diários.
Anexo 2 – Faróis principais emitindo fachos as- § 3º Os dispositivos mencionados no parágra-
simétricos e equipados com lâmpadas de filamento. fo anterior devem ser aplicados, conforme ocaso,
Anexo 3 – Faróis de neblina dianteiros. quando da complementação do veículo.
Anexo 4 – Lanternas de marcha-a-ré. § 4º Os veículos inacabados (chassi de cami-
Anexo 5 – Lanternas indicadores de direção. nhão com cabina incompleta ou sem cabina, chassi e
plataforma para ônibus ou microônibus) com destino
Anexo 6 – Lanternas de posição dianteiras e
traseiras, lanternas de freio e lanternas delimitadoras ao concessionário, encarroçador ou, ainda, a serem
traseiras. complementados por terceiros, não estão sujeitos à
aplicação dos dispositivos relacionados abaixo:
Anexo 7 – Lanterna de iluminação da placa
traseira. a) lanternas delimitadoras dianteiras e traseiras;
Anexo 8 – Lanternas de neblina traseiras. b) lanternas laterais e dianteiras, traseiras e
intermediárias;
Anexo 9 – Lanternas de estacionamento.
c) retrorrefletores laterais e dianteiros, trasei-
Anexo 10 – Faróis principais equipados com
ros e intermediários;
fonte de luz de descarga de gás.
Anexo 11 – Fonte de luz para uso em farol de d) lanternas de iluminação da placa traseira; e
descarga de gás. e) lanterna de marcha-a-ré.
224 Ordeli Savedra Gomes

§ 5º Os dispositivos mencionados no parágra- acreditado pelo INMETRO – Instituto Nacional de


fo anterior devem ser aplicados, conforme o caso, Metrologia, Normalização e Qualidade Indústrial.
quando da complementação do veículo. Art. 4º. Fica a critério do órgão máximo exe-
§ 6º Os veículos inacabados (chassi de ca- cutivo de trânsito da União admitir, para efeito de
minhão com cabina incompleta ou sem cabina, comprovação do atendimento das exigências desta
chassi e plataforma para ônibus ou microônibus, Resolução, os resultados de testes e ensaios obtidos
com destino ao concessionário, encarroçador ou, por procedimentos similares de mesma eficácia,
ainda, a serem complementados por terceiros) não realizados no exterior.
estão sujeitos ao cumprimento dos requisitos de Art. 5º. Fica a critério do órgão máximo execu-
iluminação e sinalização, quanto à posição de tivo de trânsito da União homologar veículos que
montagem e prescrições fotométricas estabelecidas cumpram com os sistemas de iluminação que atendam
na presente Resolução, para aqueles dispositivos integralmente à norma Norte Americana FMVSS 108.
luminosos a serem substituídos ou modificados Art. 6º. Os anexos desta Resolução encon-
quando da sua complementação. tram-se disponíveis no sítio eletrônico <www.
§ 7º Ficam limitados a instalação e o funcio- denatran. gov.br>.
namento simultâneo de no máximo 8 (oito) faróis, Art. 6º-A. O não atendimento ao disposto
independentemente de suas finalidades. (Parágrafo
nesta Resolução sujeita o infrator à aplicação das
alterado pela Res. 383, de 02.06.2011) penalidades e medidas administrativas previstas no
§ 8º A identificação, localização e forma cor- art. 230, incisos IX, XII, XIII e XXII do CTB, conforme
reta de utilização dos dispositivos luminosos deverão infração a ser apurada. (Parágrafo acrescido pela
constar no manual do veículo. (Parágrafo acrescido Res. 383, de 02.06.2011)
pela Res. 294, de 17.10.2008) Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na data
§ 9º É proibida a colocação de adesivos, de sua publicação, produzindo efeitos a partir de
pinturas, películas ou qualquer outro material nos 01.01.2009, sendo facultado antecipar sua adoção
dispositivos dos sistemas de iluminação ou sinali- total ou parcial, ficando convalidadas, até esta data,
zação de veículos. (Parágrafo acrescido pela Res. as características dos veículos fabricados de acordo
383, de 02.06.2011) com as Resoluções 680/87 e 692/88-CONTRAN.
Art. 2º. Serão aceitas inovações tecnológicas (Artigo alterado pela Res. 294, de 17.10.2008)
ainda que não contempladas nos requisitos estabele- Art. 8º. Até a efetiva adequação das exigências
cidos nos Anexos, mas que comprovadamente estabelecidas nesta Resolução, os veículos menciona-
assegurem a sua eficácia e segurança dos veículos, dos deverão estar em conformidade com o disposto
desde que devidamente avaliadas e aprovadas pelo nas Resoluções 680/87 e 692/88 do CONTRAN. (Artigo
órgão máximo executivo de trânsito da União. acrescido pela Res. 294, de 17.10.2008)
Art. 3º. Para fins de conformidade com o dis-
Alfredo Peres da Silva
posto nos Anexos da presente Resolução, serão
aceitos os resultados de ensaios emitidos por órgão

RESOLUÇÃO 228, DE 02.03.2007


Dar nova redação ao item “10” do inc. IV do art. 1º da
Resolução 14/98, do CONTRAN.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e conforme Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e Considerando a necessidade de
prover maior segurança à saúde e à integridade física dos condutores e passageiros de motonetas, motocicletas e
triciclos;
Considerando o contido no processo 80001.007247/06-80, RESOLVE:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 225

Art. 1º. Dar nova redação ao item “10” do inc. 10) “dispositivo destinado ao controle de ruí-
IV do art. 1º da Resolução 14, de 06.02.1998, do do do motor, dimensionado para manter a temperatu-
CONTRAN: ra de sua superfície externa em nível térmico ade-
“Art. 1º. (...) quado ao uso seguro do veículo pelos ocupantes sob
IV ... condições normais de utilização e com uso de vesti-
mentas e acessórios indicados no manual do usuário
1) ... fornecido pelo fabricante, devendo ser complementa-
2) ... do por redutores de temperatura nos pontos críticos
3) ... de calor, a critério do fabricante, conforme exemplifi-
4) ... cado no Anexo desta Resolução”.
5) ... Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor na da-
6) ... ta de sua publicação (08.03.2007), produzindo efeitos
7) ... a partir de 01.01.2009.
Alfredo Peres da Silva
8) ...
9) ...

ANEXO
TIPOS DE CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA DE EXAUSTÃO DE GASES
1) Sistema de Exaustão Simples: calor adequado ao uso seguro do veículo pelos
Sistema posicionado em uma ou ambas as la- ocupantes, podendo ser complementado por reduto-
terais do veículo, dimensionado para que a tempera- res de temperatura nos pontos críticos conforme
tura de sua superfície externa mantenha nível de definido pelo fabricante.

EXEMPLO DE SISTEMA DE EXAUSTÃO SIMPLES (sem redutores de temperatura)

EXEMPLOS DE SISTEMA DE EXAUSTÃO SIMPLES (com redutores de temperatura)


226 Ordeli Savedra Gomes

2) Sistema de Exaustão de Parede Dupla


Sistema posicionado em uma ou ambas as laterais do veículo à semelhança do sistema simples, porém
tendo os pontos críticos construídos de maneira que exista uma segunda parede para separar a superfície
aquecida do sistema (parede interna) e o ambiente externo, conforme definido pelo fabricante.

3) Sistema de Exaustão Oculto


Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 227

Sistema posicionado em áreas onde não há possibilidade de contato dos usuários com a superfície
aquecida do sistema durante o uso normal do veículo.

Nota: Os sistemas de exaustão dos motociclos podem apresentar, em sua construção, características de um ou mais tipos
de configuração dentre os apresentados neste anexo, segundo as necessidades de projeto e critérios de cada fabricante.

RESOLUÇÃO 231, DE 15.03.2007


Estabelece o Sistema de Placas de Identificação de
Veículos.
*Vigência dos arts. 1º a 10, restaurados pela Delibera-
ção 176/19
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso da competência que lhe confere o art. 12, inc. I, da
lei . 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito.
Considerando o disposto nos Arts. 115, 221 e 230 nos incs. I, IV e VI do Código de Trânsito Brasileiro –
CTB que estabelece que o CONTRAN definirá os modelos e especificações das placas de identificação dos
veículos;
Considerando a necessidade de melhor identificação dos veículos e tendo em vista o que consta dos
Processos 80001.016227/06-08, 80001.027803/06-34; RESOLVE:
Art. 1º. Após o registro no órgão de trânsito, feita às placas dos veículos oficiais, de representa-
cada veículo será identificado por placas dianteira e ção, aos pertencentes a missões diplomáticas, às
traseira, afixadas em primeiro plano e integrante do repartições consulares, aos organismos internacio-
mesmo, contendo 7 (sete) caracteres alfanuméricos nais, aos funcionários estrangeiros administrativos de
individualizados sendo o primeiro grupo composto por carreira e aos peritos estrangeiros de cooperação
3 (três), resultante do arranjo, com repetição de 26 internacional.
(vinte e seis) letras, tomadas três a três, e o segundo § 2º As placas excepcionalizadas no § ante-
grupo composto por 4 (quatro), resultante do arranjo, rior, deverão conter, gravados nas tarjetas ou, em
com repetição, de 10 (dez) algarismos, tomados espaço correspondente, na própria placa, os se-
quatro a quatro. guintes caracteres:
§ 1º Além dos caracteres previstos neste ar- I - veículos oficiais da União: B R A S I L;
tigo, as placas dianteira e traseira deverão conter, II - veículos oficiais das Unidades da Federa-
gravados em tarjetas removíveis a elas afixadas, a ção: nome da Unidade da Federação;
sigla identificadora da Unidade da Federação e o III - veículos oficiais dos Municípios: sigla da
nome do Município de registro do veículo, exceção Unidade da Federação e nome do Município.
228 Ordeli Savedra Gomes

IV - As placas dos veículos automotores per- que regulamentam o sistema de placas de identifica-
tencentes às Missões Diplomáticas, às Repartições ção de veículos, terá seu credenciamento cancelado
Consulares, aos Organismos Internacionais, aos Fun- pelo órgão executivo de trânsito dos Estados ou do
cionários Estrangeiros Administrativos de Carreira e Distrito Federal.
aos Peritos Estrangeiros de Cooperação Internacional § 4º Os órgãos executivos de trânsito dos Es-
deverão conter as seguintes gravações estampadas tados ou do Distrito Federal, estabelecerão as abre-
na parte central superior da placa (tarjeta), substituin- viaturas, quando necessárias, dos nomes dos Muni-
do-se a identificação do Município: cípios de sua Unidade de Federação, a serem grava-
a) CMD, para os veículos de uso dos Che- dos nas tarjetas.
fes de Missão Diplomática; Art. 6º. Os veículos de duas ou três rodas do ti-
b) CD, para os veículos pertencentes ao po motocicleta, motoneta, ciclomotor e triciclo ficam
Corpo Diplomático; obrigados a utilizar placa traseira de identificação com
c) CC, para os veículos pertencentes ao película refletiva conforme especificado no Anexo desta
Corpo Consular; Resolução e obedecer aos seguintes prazos:
d) OI, para os veículos pertencentes a Or- I - na categoria aluguel, para todos os veícu-
ganismos Internacionais; los, a partir de 01.01.2008;
e) ADM, para os veículos pertencentes a
II - nas demais categorias, os veículos regis-
funcionários administrativos de carreira
trados a partir de 01.01.2008 e os transferidos de
estrangeiros de Missões Diplomáticas,
Repartições Consulares e Representa- município. (Incisos alterados pela Res. 241/07)
ções de Organismos Internacionais; Parágrafo único. Os demais veículos, fabricados
f) CI, para os veículos pertencentes a peri- a partir de 1º.04.2012, deverão utilizar obrigatoriamente
tos estrangeiros sem residência perma- placas e tarjetas confeccionadas com películas refletivas,
nente que venham ao Brasil no âmbito atendidas as especificações do Anexo desta Resolução.
de Acordo de Cooperação Internacional. (Parágrafo alterado pela Del. 122/11)
§ 3º A placa traseira será obrigatoriamente Art. 7º. Os veículos com placa de identifica-
lacrada à estrutura do veículo, juntamente com a ção em desacordo com as especificações de dimen-
tarjeta, em local de visualização integral. são, película refletiva, cor e tipologia deverão ade-
§ 4º Os caracteres das placas de identifica- quar-se quando da mudança de município. (Artigo
ção serão gravados em alto relevo. alterado pela Res. 372, de 18.03.2011)
Art. 2º. As dimensões, cores e demais carac- Art. 8º. Será obrigatório o uso de segunda
terísticas das placas obedecerão as especificações placa traseira de identificação nos veículos em que a
constantes do Anexo da presente Resolução. aplicação do dispositivo de engate para reboques
Art. 3º. No caso de mudança de categoria de resultar no encobrimento, total ou parcial, da placa
veículos, as placas deverão ser alteradas para as de traseira localizada no centro geométrico do veículo.
cor da nova categoria, permanecendo entretanto a Parágrafo único. Não será exigida a segunda
mesma identificação alfanumérica. placa traseira para os veículos em que a aplicação do
Art. 4º. O Órgão Maximo Executivo de Transi- dispositivo de engate de reboques não cause prejuízo
to da União estabelecerá normas técnicas para a para visibilidade da placa de identificação traseira.
distribuição e controle das series alfanuméricas Art. 9º. A segunda placa de identificação será
Art. 5º. As placas serão confeccionadas por aposta em local visível, ao lado direito da traseira do
fabricantes credenciados pelos órgãos executivo de veículo, podendo ser instalada no pára-choque ou na
trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, obede- carroceria, admitida a utilização de suportes adaptadores.
cendo as formalidades legais vigentes. Parágrafo único. A segunda placa de identi-
§ 1º Será obrigatória a gravação do registro ficação será lacrada na parte estrutural do veículo em
do fabricante em superfície plana da placa e da que estiver instalada (pára-choque ou carroceria).
tarjeta, de modo a não ser obstruída sua visão Art. 10. O não cumprimento do disposto nes-
quando afixadas nos veículos, obedecidas as especi- ta Resolução implicará na aplicação das penalidades
ficações contidas no Anexo da presente Resolução. previstas nos arts. 221 e 230 incs. I, IV e VI do
§ 2º Aos órgãos executivos de trânsito dos Código de Trânsito Brasileiro.
Estados ou do Distrito Federal, caberá credenciar o Art. 11. Esta Resolução entrará em vigor a partir
fabricante de placas e tarjetas, bem como a fiscaliza- de 01.01.2008, revogando as Resoluções 783/94 e
ção do disposto neste artigo.
45/98, do CONTRAN e demais disposições em contrário.
§ 3º O fabricante de placas e tarjetas que dei- (Artigo alterado pela Res. 241/07)
xar de observar as especificações constantes da
Alfredo Peres da Silva
presente Resolução e dos demais dispositivos legais
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 229

ANEXO
*Anexo alterado pelas Res. 241/07 e 372/11.
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PARA AS PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO DE VEÍCULOS
1. Veículos particulares, de aluguel, oficial, de 3.1 - Motocicleta, motoneta, ciclomotor e trici-
experiência, de aprendizagem e de fabricante serão clos motorizados, fabricados ou quando da mudança de
identificados na forma e dimensões em milímetros das município, a partir de 1º de abril de 2012, serão identi-
placas traseiras e dianteira, conforme figura n. 1 nas ficados nas formas e dimensões da figura nº 2 deste
dimensões: Anexo. (Item incluído pela Res. 372/11 e alterado pela
a) altura (h) = 130 Del. 122/11)
b) comprimento ( c ) = 400 a) dimensões da placa em milímetros: h = 170;
c) quando a placa não couber no receptáculo c = 200
a ela destinado no veículo o DENATRAN poderá b) Altura do corpo dos caracteres da placa em
autorizar, desde que devidamente justificado pelo seu milímetros: h = 53;
fabricante ou importador, redução de até 15% (quinze 4. A Tipologia dos caracteres das placas e tar-
por cento) no seu comprimento, mantida a altura dos jetas devem seguir o modelo abaixo especificado na
caracteres alfanuméricos e os espaços a eles desti- fonte: Mandatory
nados. (Alínea alterada pela Res. 309, de 06.03.2009)
2. Altura do corpo dos caracteres da placa em
mm: h= 63
3. motocicleta, motoneta, ciclomotor e trici-
clos motorizados serão identificados nas formas e
dimensões da figura nº 2 deste Anexo.
a) dimensões da placa em milímetros: h = 5. Especificações das Cores e do Sistema da
136; c= 187 Pintura
b) Altura do corpo dos caracteres da placa em 5.1 Cores
milímetros: h = 42
COR
CATEGORIA DO VEÍCULO PLACA E TARJETA
FUNDO CARACTERES
Particular Cinza Preto
Aluguel Vermelho Branco
Experiência/Fabricante Verde Branco
Aprendizagem Branco Vermelho
Coleção Preto Cinza
Oficial Branco Preto
Missão Diplomática Azul Branco
Corpo Consular Azul Branco
Organismo Internacional Azul Branco
Corpo Diplomático Azul Branco
Organismo
Azul Branco
Consular/Internacional
Acordo Cooperação Internacional Azul Branco
Representação Preto Dourado

5.2 Sistema de Pintura: 6. Altura do corpo dos caracteres das tarjetas


Utilização de tinta exclusivamente na cobertura em milímetros:
dos caracteres alfanuméricos das placas e tarjetas Para veículos especificados no Item 1 – h=14
veiculares, podendo ser substituída por produtos adesi- Para veículos especificados no Item 3 – h=12
vos com aplicação por calor para a mesma finalidade. 7. O código de cadastramento do fabricante
(Item alterado pera Res. 372, de 18.03.2011) da placa e tarjeta será composto por um número de
três algarismos, seguida da sigla da Unidade da
230 Ordeli Savedra Gomes

Federação e dos dois últimos algarismos do ano de I – O material utilizado na confecção das pla-
fabricação, gravado em alto ou baixo relevo, em cor cas de identificação de veículos automotores
igual a do fundo da placa e cujo conjunto de caracte- poderá ser chapa de ferro laminado a frio, bi-
res deverá medir em milímetros: tola 22, SAE I 008, ou em alumínio (não galvanizado)
a) placa: h = 8; c = 30 bitola 1 mm.
b) tarjeta: h = 3; c = 15 II - O material utilizado na confecção das tarje-
8. Lacre: Os veículos após identificados deve- tas, dianteiras e traseiras, poderá ser em chapa de
rão ter suas placas lacradas à estrutura, com lacres ferro, bitola 26, SAE 1008, ou em alumínio bitola O,8.
de uso exclusivo, em material sintético virgem III - Uso de películas
(polietileno, polipropileno ou policarbonato), ou A película refletiva deverá cobrir integralmen-
metálico (chumbo). Estes deverão possuir caracterís- te a superfície da placa sendo flexível com adesivo
ticas de inviolabilidade e identificado o órgão execu- sensível à pressão, conformável para suportar elon-
tivo de trânsito dos estados e do Distrito Federal em gação necessária no processo produtivo de placas
sua face externa, permitindo a passagem do arame estampadas. Os valores mínimos de refletividade da
por seu interior. Todas as especificações serão objeto película, conforme norma ASTM E-810, devem estar
de regulamentação pelo órgão máximo executivo de de acordo com a tabela abaixo e não poderão exce-
trânsito da União. der o limite máximo de refletividade de 150
– dimensões mínimas: 15 x 15 x 4 mm cd/lux/m2 no ângulo de observação de 1,5º, para os
9. Arame: O arame galvanizado utilizado para ângulos de entrada de -5º e +5º, -30º e +30º, -45º e
a lacração da placa deverá ser trançado. +45º: (Item alterado pera Res. 372, de 18.03.2011)
– dimensões: 3 X BWG 22 (têmpera mole).
10. Material:
Ângulo Ângulo de Vermelho Cinza Verde Branca Azul
Observação Entrada

0,2º -4º 65 343 50 360 30


0,2º 30º 30 162 25 170 14
0,5º -4º 27 127 21 150 13
0,5º 30º 13 62 10 72 6
Tabela 1 – Valores mínimos de retrorefletividade, medido em cd/lux/m2
A referência de cor é estipulada na Tabela 2 Especificação do coeficiente mínimo de retro-
abaixo, onde os quatro pares de coordenadas de refletividade em candelas por Lux por metro quadrado
cromaticidade deverão determinar a cor aceitável nos (orientação 0 e 90º).
termos do Sistema Colorimétrico padrão CIE 1931, Os coeficientes de retrorefletividade não de-
com iluminante D65 e Método ASTM E–1164 com verão ser inferiores aos valores mínimos especifica-
valores determinados em um equipamento Espectro- dos. As medições serão feitas de acordo com o
colorimetro HUNTER LAB LABSCAN II 0/45, com método ASTME-810. Todos os ângulos de entrada,
opção CMR559, avaliação esta realizada de acordo deverão ser medidos nos ângulos de observação de
com a norma E-308. 0,2º e 0,5º. A orientação 90º é definida com a fonte
de luz girando na mesma direção em que o dispositi-
vo será afixado no veículo.

1 2 3 4 Luminância (Y%)
x y x y x y x y Min Max
Vermelha 0,648 0,351 0,735 0,265 0,629 0,281 0,565 0,346 3,0 15
Cinza 0.297 0.295 0.368 0.366 0.340 0.393 0.274 0.329 1,0 20
Verde 0,026 0,399 0,166 0,364 0,286 0,446 0,207 0,771 3 12
Branca 0,303 0,300 0,368 0,366 0,340 0,393 0,274 0,329 40 -
Azul 0,140 0,035 0,244 0,210 0,190 0,255 0,065 0,216 1 10
Tabela 2 – Pares de coordenadas de cromaticidade e luminância
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 231

O adesivo da película refletiva deverá atender Figura 2


as exigências do ensaio de adesão conforme Norma
ASTM D 4956.
A película refletiva deverá ser homologada pe-
lo DENATRAN e ter suas características atestadas
por entidade reconhecida por este órgão e deverá
exibir em sua construção uma marca de segurança
comprobatória desse laudo com a gravação das
palavras APROVADO DENATRAN, com 3mm (três
milímetros) de altura e 50 mm (cinquenta milímetros)
de comprimento, ser legível em todos os ângulos,
indelével, incorporada na construção da película, não
podendo ser impressa superficialmente. A marca de
segurança deverá aparecer, no mínimo, duas vezes (Alterada pela Res. 372, de 18.03.2011)
em cada placa, conforme figuras ilustrativas abaixo.
As marcas de segurança incorporadas nas películas 11 – Codificação das Cores, para placas
não poderão interferir na legibilidade dos caracteres pintadas:
das placas.
COR CÓDIGO RAL

Figura 1 BRANCA 9010


PRETA 9011
(Alterada pela Res. 372, de 18.03.2011)

12 – O ilhós ou rebites utilizados para a fixa-


ção das tarjetas deverá ser em alumínio.

FIGURA I
QUATRO FUROS EM LINHA HORIZONTAL DESTINADOS AO LACRE SOMENTE NA PLACA TRASEIRA
232 Ordeli Savedra Gomes

FIGURA II – Dimensões e cotas das placas de identificação de biciclos, triciclos e similares motorizados.
QUATRO FUROS EM LINHA VERTICAL DESTINADOS AO LACRE DA PLACA (Figura alterada pela Res. 372/11)

RESOLUÇÃO 236, DE 11.05.2007


Aprova o Volume IV – Sinalização Horizontal, do Manual
Brasileiro de Sinalização de Trânsito.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. VIII,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, e
Considerando a necessidade de promover informação técnica atualizada aos órgãos e entidades do Sis-
tema Nacional de Trânsito, compatível com o disposto na Resolução 160, de 22.04.2004, do CONTRAN;
Considerando os estudos e a aprovação na 8ª Reunião Ordinária da Câmara Temática de Engenharia de
Tráfego, da Sinalização e da Via, em setembro de 2006, RESOLVE:
Art. 1º. Fica aprovado, o Volume IV – Sinali- Art. 3º. Os órgãos e entidades de trânsito te-
zação Horizontal, do Manual Brasileiro de Sinalização rão até 30.06.2008 para se adequarem ao disposto
de Trânsito, anexo a esta Resolução. nesta Resolução.
Art. 2º. Ficam revogados o Manual de Sinali- Art. 4º. Os Anexos desta Resolução encon-
zação de Trânsito Parte II – Marcas Viárias, aprovado tram-se disponíveis no sítio eletrônico <www.
pela Resolução 666/86, do CONTRAN, e disposições denatran.gov.br>.
em contrário. Art. 5º. Esta Resolução entra em vigor na da-
ta de sua publicação (21.05.2007).
Alfredo Peres da Silva

RESOLUÇÃO 238, DE 25.05.2007


Dispõe sobre o porte obrigatório do Certificado de Apó-
lice Única do Seguro de Responsabilidade Civil do pro-
prietário e/ou condutor de automóvel particular ou de
aluguel, não registrado no país de ingresso, em viagem
internacional.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 233

O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 12,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e
Considerando o disposto no art. 118 da Lei 9.503/97;
Considerando o disposto no Decreto 99.704, de 20.11.1990; e
Considerando o que dispõe a Resolução MERCOSUL/GM/RES. 120/94, e o que consta do Processo
80001.027497/06-36-DENATRAN,
RESOLVE:
Art. 1º. O Certificado de Apólice Única do Se- Art. 2º. O não cumprimento desta Resolução
guro de Responsabilidade Civil de que trata a Resolu- implicará nas sanções previstas no art. 232 do
ção MERCOSUL/GMC/RES. 120/94 é documento de Código de Trânsito Brasileiro.
porte obrigatório do condutor/proprietário de automó- Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor na da-
vel particular ou de aluguel, registrados no exterior, ta de sua publicação (01.06.2007).
em circulação no Território Nacional. Alfredo Peres da Silva

RESOLUÇÃO 242, DE 22.06.2007


Dispõe sobre a instalação e utilização de equipamentos
geradores de imagens nos veículos automotores.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso da competência que lhe confere o art. 12, inc. I, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e tendo em vista o disposto no Decreto
4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito.
Considerando o constante dos Processos: 80001.005795/04-11, 80001.003132/04-54, 80001.003142/04-90
e 80001.014897/06-81; Considerando o disposto no art. 103 c.c § 2º do art. 105 da Lei 9.503/97; Considerando a
necessidade de atualizar a legislação de trânsito em consonância com o desenvolvimento tecnológico dos
sistemas de suporte à direção, resolve:
Art. 1º. Fica permitida a instalação e utiliza- I - instalado na parte dianteira, possuir meca-
ção de aparelho gerador de imagem cartográfica com nismo automático que o torne inoperante ou o comu-
interface de geo processamento destinado a orientar te para a função de informação de auxílio à orienta-
o condutor quanto ao funcionamento do veículo, a ção do condutor, independente da vontade do condu-
sua visualização interna e externa, sistema de auxílio tor e/ou dos passageiros, quando o veículo estiver
à manobra e para auxiliar na indicação de trajetos ou em movimento;
orientar sobre as condições da via, por intermédio de II - instalado de forma que somente os passa-
mapas, imagens e símbolos. geiros ocupantes dos bancos traseiros possam
Art. 2º. Os equipamentos de que trata o artigo visualizar as imagens.
anterior poderão ser previstos pelo fabricante do veículo Art. 4º. O descumprimento do disposto nesta
ou utilizados como acessório de caráter provisório. Resolução constitui-se em infração de trânsito
§ 1º. Considera-se como instalação do equi- prevista no art. 230, inc. XII do Código de Trânsito
pamento qualquer meio de fixação permanente ou Brasileiro.
provisória no interior do habitáculo do veículo. Art. 5º. Fica revogada a Resolução 190, de
§ 2º Os equipamentos com instalação provi- 16.02.2006, do CONTRAN.
sória devem estar fixados no pára-brisa ou no painel Art. 6º. Esta Resolução entra em vigor na da-
dianteiro, quando o veículo estiver em circulação. ta de sua publicação.
Art. 3º. Fica proibida a instalação, em veículo Alfredo Peres da Silva
automotor, de equipamento capaz de gerar imagens
para fins de entretenimento, salvo se:
234 Ordeli Savedra Gomes

RESOLUÇÃO 243, DE 22.06.2007


Aprova o Volume II – Sinalização Vertical de Advertên-
cia, do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. VIII,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, e
Considerando a necessidade de promover informação técnica atualizada aos órgãos e entidades do Sis-
tema Nacional de Trânsito, compatível com o disposto na Resolução 160, de 22.04.2004, do CONTRAN;
Considerando os estudos e a aprovação na 11ª Reunião Ordinária da Câmara Temática de Engenharia de
Tráfego, da Sinalização e da Via, em dezembro de 2006, resolve:
Art. 1º. Fica aprovado, o Volume II – Sinaliza- Art. 3º. Os órgãos e entidades de trânsito te-
ção Vertical de Advertência, do Manual Brasileiro de rão até 30.06.2008 para se adequarem ao disposto
Sinalização de Trânsito, anexo a esta Resolução. nesta Resolução.
Art. 2º. Ficam revogados o Capítulo IV – Pla- Art. 4º. Os Anexos desta Resolução encon-
cas de Advertência do Manual de Sinalização de tram-se disponíveis no sítio eletrônico <www.dena
Trânsito – Parte I, Sinalização Vertical aprovado pela tran.gov.br>.
Resolução 599/82, do CONTRAN e disposições em Art. 5º. Esta Resolução entra em vigor na da-
contrário. ta de sua publicação.
Alfredo Peres da Silva

RESOLUÇÃO 253, DE 26.10.2007


Dispõe sobre o uso de medidores de transmitância
luminosa.
O Conselho Nacional de Trânsito, no uso da atribuição que lhe confere o inc. I, do art. 12 da Lei 9.503, de
23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e tendo em vista do disposto no Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, e
Considerando o disposto no § 2º do art. 280 do Código de Trânsito Brasileiro, que estabelece a obri-
gatoriedade de regulamentação prévia de instrumento utilizado para comprovação de cometimento de
infração;
Considerando a necessidade de definir o instrumento hábil para medição da transmitância luminosa de
vidros, películas, filmes e outros materiais simples ou compostos aplicados nas áreas envidraçadas dos veícu-
los, RESOLVE:
Art. 1º. A medição da transmitância luminosa I - cento e vinte dias, para os requerimentos
das áreas envidraçadas de veículos deverá ser efe- apresentados até 01.02.2021;
tuada por meio de instrumento denominado Medidor II - noventa dias, para os requerimentos apre-
de Transmitância Luminosa. sentados até 01.02.2022;
Parágrafo único. Medidor de transmitância III - sessenta dias, para os requerimentos
luminosa é o instrumento de medição destinado a apresentados a partir de 02.02.2022.
medir, em valores percentuais, a transmitância lu- Art. 3º. (Artigo revogado pera Res. 385, de
minosa de vidros, películas, filmes e outros materiais 02.06.2011)
simples ou compostos. Art. 4º. O auto de infração, além do disposto
Art. 2º. O medidor de transmitância luminosa no art. 280 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB e
das áreas envidraçadas de veículos deve ser aprova- regulamentação específica, deverá conter, expressos
do pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normaliza- em valores percentuais: (Artigo alterado pera Res. 385,
ção e Qualidade Industrial – INMETRO e homologado de 02.06.2011)
pelo DENATRAN. I - a medição realizada pelo instrumento;
Art. 2°-A. O DENATRAN, após receber reque- II - o valor considerado para fins de aplicação
rimento devidamente instruído e protocolado, notifi- de penalidade; e
cará o interessado acerca da viabilidade do pedido, III - o limite regulamentado para a área envi-
nos seguintes prazos: (Acrescido pela Del. 183/20) draçada fiscalizada.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 235

§ 1º Para obtenção do valor considerado de- II - placa do veículo;


verá ser acrescido à medição realizada o percentual III - transmitância medida pelo instrumento;
relativo de 7%. IV - área envidraçada fiscalizada;
§ 2º Além das demais disposições deste arti- V - identificação do instrumento; e
go, deverá ser informada no auto de infração a iden- VI - identificação do agente.
tificação da área envidraçada objeto da autuação.
Art. 6º. Esta Resolução entra em vigor na da-
Art. 5º. Quando o medidor de transmitância ta de sua publicação.
luminosa for dotado de dispositivo impressor, o re-
gistro impresso deverá conter os seguintes dados: Alfredo Peres da Silva
I - data e hora;

RESOLUÇÃO 254, DE 26.10.2007


Estabelece requisitos para os vidros de segurança e cri-
térios para aplicação de inscrições, pictogramas e pelí-
culas nas áreas envidraçadas dos veículos automoto-
res, de acordo com o inc. III, do art. 111 do CTB.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando das atribuições que lhe foram conferidas pelo inc.
I, do art. 12, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e
Considerando a necessidade de regulamentar o uso dos vidros de segurança e definir parâmetros que
possibilitem atribuir deveres e responsabilidades aos fabricantes e/ou a seus representantes, através de
fixação de requisitos mínimos de segurança na fabricação desses componentes de veículos, para serem
admitidos em circulação nas vias públicas nacionais; Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar
os requisitos de segurança para os veículos automotores nacionais e importados; Considerando a necessi-
dade de estabelecer os mesmos requisitos de segurança para vidros de segurança dotados ou não de pe-
lículas, RESOLVE:
Art. 1º. Os veículos automotores, os rebo- § 2º Consideram-se áreas envidraçadas in-
ques e semi-reboques deverão sair de fábrica com as dispensáveis à dirigibilidade do veículo, conforme
suas partes envidraçadas equipadas com vidros de ilustrado no anexo desta resolução:
segurança que atendam aos termos desta Resolução I - a área do pára-brisa, excluindo a faixa peri-
e aos requisitos estabelecidos na NBR 9491 e suas férica de serigrafia destinada a dar acabamento ao
normas complementares. vidro e à área ocupada pela banda degrade, caso
§ 1º Esta exigência se aplica também aos vi- existente, conforme estabelece a NBR 9491;
dros destinados a reposição. II - as áreas envidraçadas situadas nas late-
§ 2º (omitido no original). rais dianteiras do veículo, respeitando o campo de
Art. 2º. Para circulação nas vias públicas do visão do condutor.
território nacional é obrigatório o uso de vidro de § 3º Aplica-se ao vidro de segurança traseiro
segurança laminado no pára-brisa de todos os veícu- (vigia) o disposto no parágrafo primeiro, desde que o
los a serem admitidos e de vidro de segurança veículo esteja dotado de espelho retrovisor externo
temperado, uniformemente protendido, ou laminado, direito, conforme a legislação vigente.
nas demais partes envidraçadas. § 4º Os vidros de segurança situados no teto
Art. 3º. A transmissão luminosa não poderá dos veículos ficam excluídos dos limites fixados no
ser inferior a 75% para os vidros incolores dos pára- caput deste artigo. (Parágrafo acrescido pela Res.
brisas e 70% para os pára-brisas coloridos e demais 707/17)
vidros indispensáveis à dirigibilidade do veículo. Art. 4º. Os vidros de segurança a que se refe-
§ 1º Ficam excluídos dos limites fixados no re esta Resolução, deverão trazer marcação indelével
caput deste artigo os vidros que não interferem nas em local de fácil visualização contendo, no mínimo,
áreas envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade do a marca do fabricante do vidro e o símbolo de con-
veículo. Para estes vidros, a transparência não po- formidade com a legislação brasileira definido pelo
derá ser inferior a 28%. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecno-
236 Ordeli Savedra Gomes

logia (INMETRO). (Artigo com redação dada pela Res. vidro-película localizadas nas áreas indispensáveis à
707/17) dirigibilidade serão gravados indelevelmente na
Art. 5º. Fica a critério do DENATRAN admitir, película por meio de chancela, devendo ser visíveis
exclusivamente para os vidros de segurança, para pelos lados externos dos vidros.
efeito de comprovação do atendimento da NBR 9491 Art. 8º. Fica proibida a aplicação de películas
e suas normas complementares, os resultados de refletivas nas áreas envidraçadas do veículo.
testes e ensaios obtidos por procedimentos ou Art. 9º. Fora das áreas envidraçadas indis-
métodos equivalentes, realizados no exterior. (Caput pensáveis à dirigibilidade do veículo, a aplicação de
alterado pela Res. 386, de 02.06.2011) inscrições, pictogramas ou painéis decorativos de
§ 1º Serão aceitos os resultados de ensaios qualquer espécie será permitida, desde que o
admitidos por órgãos reconhecidos pela Comissão ou veículo possua espelhos retrovisores externos di-
Comunidade Européia e os Estados Unidos da Améri- reito e esquerdo e que sejam atendidas as mesmas
ca, em conformidade com os procedimentos adota- condições de transparência para o conjunto vidro-
dos por esses organismos. pictograma/inscrição estabelecidas no § 1º do art.
§ 2º Nos casos previstos no § 1º deste arti- 3º desta Resolução.
go, a identificação da conformidade dos vidros de Parágrafo único. É vedado o uso de painéis
segurança dar-se-á, alternada ou cumulativamente, luminosos que reproduzam mensagens dinâmicas ou
através de marcação indelével que contenha no estáticas, excetuando-se as utilizadas em transporte
mínimo a marca do fabricante e o símbolo de coletivo de passageiro com finalidade de informar o
conformidade da Comissão ou da Comunidade serviço ao usuário da linha. (Parágrafo acrescido pela
Européia, constituídos pela letra “E” maiúscula Res. 580/16)
acompanhada de um índice numérico, representan- Art. 10. A verificação dos índices de transmi-
do o país emitente do certificado, inseridos em um tância luminosa estabelecidos nesta Resolução será
círculo, ou pela letra “e” minúscula acompanhada realizada na forma regulamentada pelo CONTRAN,
de um número representando o país emitente do mediante utilização de instrumento aprovado pelo
certificado, inseridos em um retângulo e, se dos INMETRO e homologado pelo DENATRAN.
Estados Unidos da América, simbolizado pela sigla Art. 11. O disposto na presente Resolução
“DOT”. não se aplica a máquinas agrícolas, rodoviárias e
Art. 6º. O fabricante, o representante e o im- florestais e aos veículos destinados à circulação
portador do veículo deverão certificar-se de que seus exclusivamente fora das vias públicas e nem aos
produtos obedecem aos preceitos estabelecidos por veículos incompletos ou inacabados.
esta Resolução, mantendo-se em condição de com- Art. 12. O não cumprimento do disposto nes-
prová-los, quando solicitados pelo Departamento ta Resolução implicará na aplicação das penalidades
Nacional de Trânsito – DENATRAN. previstas no inc. XVI do art. 230 do Código de Trânsi-
Art. 7º. A aplicação de película não refletiva to Brasileiro.
nas áreas envidraçadas dos veículos automotores, Art. 13. Esta Resolução entra em vigor na da-
definidas no art. 1º, será permitida desde que atendi- ta de sua publicação, revogadas as Resoluções
das as mesmas condições de transparência para o 784/94, 73/98 e demais disposições em contrário.
conjunto vidro-película estabelecidas no art. 3º desta
Resolução.
Alfredo Peres da Silva
§ 1º A marca do instalador e o índice de
transmissão luminosa existentes em cada conjunto

ANEXO
As figuras contidas neste anexo exemplificam as prescrições desta Resolução.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 237

RESOLUÇÃO 258, DE 30.11.2007


Regulamenta os arts. 231, X e 323 do Código Trânsito
Brasileiro, fixa metodologia de aferição de peso de veí-
culos, estabelece percentuais de tolerância e dá outras
providências.
O Conselho Nacional de Trânsito-CONTRAN, no uso das atribuições que lhe confere o art. 12, inc. I, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
Considerando a necessidade de regulamentar o inc. X do art. 231 e o art. 323 do Código de Trânsito
Brasileiro;
238 Ordeli Savedra Gomes

Considerando o disposto nos arts. 99, 100 e o inc. V do art. 231 do Código de Trânsito Brasileiro;
Considerando os limites de peso e dimensões para veículos estabelecidos pelo CONTRAN, RESOLVE:
Art. 1º. Para efeito desta Resolução e classi- II - 10% (dez por cento) sobre os limites de
ficação do veículo, o comprimento total é aquele pesos regulamentares por eixo de veículos transmiti-
medido do ponto mais avançado da sua extremidade dos à superfície das vias públicas.
dianteira ao ponto mais avançado da sua extremida- Parágrafo único. No carregamento dos veí-
de traseira, inclusos todos os acessórios para os culos, a tolerância máxima prevista neste artigo não
quais não esteja prevista uma exceção. pode ser incorporada aos limites de peso previstos
I - Na medição do comprimento dos veículos em regulamentação fixada pelo CONTRAN. (Artigo
não serão tomados em consideração os seguintes com redação dada pela Res. 526/15)
dispositivos: Art. 6º. Quando o peso verificado for igual ou
a) limpador de para-brisas e dispositivos de inferior ao PBT ou PBTC estabelecido para o veículo,
lavagem do para-brisas; acrescido da tolerância de 5% (cinco por cento), mas
b) placas dianteiras e traseiras; ocorrer excesso de peso em algum dos eixos ou
c) dispositivos e olhais de fixação e amarra- conjunto de eixos aplicar-se-á multa somente sobre a
ção da carga, lonas e encerados; parcela que exceder essa tolerância.
d) luzes; § 1º A carga deverá ser remanejada ou ser
e) espelhos retrovisores ou outros dispositi- efetuado transbordo, de modo a que os excessos por
vos similares; eixo sejam eliminados.
f) tubos de admissão de ar; § 2º O veículo somente poderá prosseguir
g) batentes; viagem depois de sanar a irregularidade, respeitado o
h) degraus e estribos de acesso; disposto no art. 9º desta Resolução sem prejuízo da
i) borrachas; multa aplicada.
j) plataformas elevatórias, rampas de acesso, Art. 7º. Quando o peso verificado estiver aci-
e outros equipamentos semelhantes, em ordem de ma do PBT ou PBTC estabelecido para o veículo,
marcha, desde que não constituam saliência superior acrescido da tolerância de 5% (cinco por cento),
a 200 mm; aplicar-se-á a multa somente sobre a parcela que
k) dispositivos de engate do veículo a motor. exceder essa tolerância.
Parágrafo único. A medição do comprimento Parágrafo único. O veículo somente poderá
dos veículos do tipo guindaste deverá tomar como prosseguir viagem depois de efetuar o transbordo,
base, a ponta da lança e o suporte dos contrapesos. respeitado o disposto no art. 9º desta Resolução.
Art. 2º. Os instrumentos ou equipamentos uti- Art. 8º. O veículo só poderá prosseguir via-
lizados para a medição de comprimento de veículos gem após sanadas as irregularidades, observadas as
devem ter seu modelo aprovado pelo Instituto Nacio- condições de segurança.
nal de Metrologia, Normalização e Qualidade Industri- § 1º Nos casos em que não for dispensado o
al – INMETRO, de acordo com a legislação metrológi- remanejamento ou transbordo da carga o veículo
ca em vigor. deverá ser recolhido ao depósito, sendo liberado
Art. 3º. Nenhum veículo ou combinação de somente após sanada a irregularidade e pagas todas
veículos poderá transitar com peso bruto total (PBT) as despesas de remoção e estada.
ou com peso bruto total combinado (PBTC) com peso § 2º A critério do agente, observadas as con-
por eixo, superior ao fixado pelo fabricante, nem dições de segurança, poderá ser dispensado o re-
ultrapassar a capacidade máxima de tração (CMT) da manejamento ou transbordo de produtos perigosos,
unidade tratora. produtos perecíveis, cargas vivas e passageiros.
Art. 4º. A fiscalização de peso dos veículos Art. 9º. Independentemente da natureza da
deve ser feita por equipamento de pesagem (balança carga, o veículo poderá prosseguir viagem sem rema-
rodoviária) ou, na impossibilidade, pela verificação de nejamento ou transbordo, desde que os excessos
documento fiscal. aferidos em cada eixo ou conjunto de eixos sejam
Art. 5º. Na fiscalização de peso dos veículos simultaneamente inferiores a 12,5% (doze e meio por
por balança rodoviária serão admitidas as seguintes cento) do menor valor entre os pesos e capacidades
tolerâncias: máximos estabelecidos pelo CONTRAN e os pesos e
I - 5% (cinco por cento) sobre os limites de capacidades indicados pelo fabricante ou importador.
pesos regulamentares para o peso bruto total (PBT) e Parágrafo único. A tolerância para fins de re-
peso bruto total combinado (PBTC); manejamento ou transbordo de que trata o caput desse
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 239

artigo não será cumulativa aos limites estabelecidos c) multiplicar o resultado de frações pelo valor
no art. 5º. (Artigo com redação dada pela Res. 526/15) previsto para a faixa do excesso na tabela estabele-
Art. 10. Os equipamentos fixos ou portáteis cida no caput deste artigo.
utilizados na pesagem de veículos devem ter seu Art. 14. As infrações por exceder a Capacidade
modelo aprovado pelo INMETRO, de acordo com a Máxima de Tração de que trata o inc. X do art. 231 do
legislação metrológica em vigor. CTB serão aplicadas a depender da relação entre o
Art. 11. A fiscalização dos limites de peso excesso de peso apurado e a CMT, da seguinte forma:
dos veículos, por meio do peso declarado na Nota a) até 600kg
Fiscal, Conhecimento ou Manifesto de carga poderá infração: média = R$ 85,13 (oitenta e cinco
ser feita em qualquer tempo ou local, não sendo reais e treze centavos);
admitido qualquer tolerância sobre o peso declarado.
b) entre 601 kg e 1.000kg
Art. 12. Para fins dos §§ 4º e 6º do art. 257
do CTB, considera-se embarcador o remetente ou infração: grave = R$ 127,69 (cento e vinte e
expedidor da carga, mesmo se o frete for a pagar. sete reais e sessenta e nove centavos);
Art. 13. Para o cálculo do valor da multa es- c) acima de 1.000kg
tabelecida no inc. V do art. 231 do CTB serão aplica- infração: gravíssima = 191,54 (cento e no-
dos os valores em Reais, para cada duzentos quilo- venta e um reais e cinquenta e quatro centavos),
gramas ou fração, conforme Resolução 136/02 do aplicados a cada 500kg ou fração de excesso de
CONTRAN ou outra que vier substituí-la. peso apurado.
Infração – média = R$ 85,13 (oitenta e cinco Penalidade – Multa
reais e treze centavos); Medida Administrativa – Retenção do Veículo
Penalidade – multa acrescida a cada duzentos para Transbordo da carga.
quilogramas ou fração de excesso de peso apurado, Art. 15. Cabe à autoridade com circunscrição
na seguinte forma: sobre a via disciplinar sobre a localização, a instala-
a) até seiscentos quilogramas = R$ 5,32 ção e a operação dos instrumentos ou equipamentos
(cinco reais e trinta e dois centavos); de aferição de peso de veículos assegurado o acesso
b) de seiscentos e um a oitocentos quilogra- à documentação comprobatória de atendimento a
mas = R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro legislação metrológica.
centavos); Art. 16. (Revogado pela Res. 547/15).
c) de oitocentos e um a um mil quilogramas = Art. 17. Fica permitida até 30 de junho de
R$ 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito centavos); 2014 a tolerância máxima de 7,5% (sete e meio por
d) de um mil e um a três mil quilogramas = cento) sobre os limites de peso bruto transmitido por
R$ 31,92 (trinta e um reais e noventa e dois centavos); eixo de veículo à superfície das vias públicas. (Reda-
e) de três mil e um a cinco mil quilogramas = ção alterada pela Res. 467/13)
R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cinquenta e seis
Art. 17-A. Para fins de fiscalização de peso
centavos);
dos veículos que estiverem transportando produto clas-
f) acima de cinco mil e um quilogramas = R$ sificados como Biodiesel (B-100) e Cimento Asfáltico
53,20 (cinquenta e três reais e vinte centavos).
de Petróleo (CAP) por meio de balança rodoviária ou
Medida Administrativa – Retenção do Veículo por meio de Nota Fiscal, ficam permitidos, até 31 de
e transbordo da carga excedente. julho de 2019 a tolerância de 7,5% (sete e meio por
§ 1º Mesmo que haja excessos simultâneos cento) no PBT ou PBTC. (Artigo acrescido pela Res.
nos pesos por eixo ou conjunto de eixos e no PBT ou 503/14 e alterado pela Res. 604/16)
PBTC, a multa de R$ 85,13 (oitenta e cinco reais e
treze centavos) prevista no inc. V do art. 231 do CTB Art. 17-B. Para fins de fiscalização de peso de
será aplicada uma única vez. veículos que transportem produtos classificados co-
§ 2º Quando houver excessos tanto no peso por mo Biodiesel (B-100) e Cimento Asfáltico de Petróleo
eixo quanto no PBT ou PBTC, os valores dos acréscimos (CAP), por meio de balança rodoviária ou de Nota
à multa serão calculados isoladamente e somados entre Fiscal, fica permitida a tolerância de 7,5% (sete e
si, sendo adicionado ao resultado o valor inicial de R$ meio por cento) no PBT ou PBTC até 30 de novembro
85,13 (oitenta e cinco reais e treze centavos). de 2021. (Acrescido pela Del. 182/20)
§ 3º O valor do acréscimo à multa será calcu- Parágrafo único. O Departamento Nacional
lado da seguinte maneira: de Trânsito (DENATRAN), durante o prazo estipulado
a) enquadrar o excesso total na tabela pro- no caput, informará ao CONTRAN, com o apoio das
gressiva prevista no caput deste artigo; entidades representativas de cada segmento, por
b) dividir o excesso total por 200 kg, arredon- meio de relatórios semestrais, a evolução do proces-
dando-se o valor para o inteiro superior, resultando na so de substituição ou adaptação da parcela da frota.
quantidade de frações, e; (Artigo e Parágrafo incluídos pela Deliberação 182/20)
240 Ordeli Savedra Gomes

Art. 18. Ficam revogadas as Resoluções do Art. 19. Esta Resolução entra em vigor na da-
CONTRAN 102, de 31.08.1999, 104, de 21.12.1999, e ta de sua publicação.
114, de 05.05.2000. Alfredo Peres da Silva

RESOLUÇÃO 265, DE 14.12.2007


Dispõe sobre a formação teórico-técnica do processo
de habilitação de condutores de veículos automotores e
elétricos como atividade extracurricular no ensino mé-
dio e define os procedimentos para implementação nas
escolas interessadas.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e
Considerando a necessidade de medidas complementares para o cumprimento do disposto nos arts. 74
e 79 do Capítulo VI do Código de Trânsito Brasileiro;
Considerando o disposto na Política Nacional de Trânsito em sua diretriz que visa aumentar a segurança
e promover a educação para o trânsito junto às instituições de ensino;
Considerando a importância de desenvolver valores, integrando o jovem ao sistema trânsito em seus di-
ferentes papéis;
Considerando a necessidade de melhoria no processo de formação de condutores;
Considerando o que consta do processo 80001.015595/2005-40, RESOLVE:
Art. 1º. Instituir a formação teórico – técnica Anexo IV desta Resolução, aos alunos com frequência
do processo de habilitação de condutores, como igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento).
atividade extracurricular em escolas de ensino médio, Parágrafo único. A escola deverá encami-
de acordo com os conteúdos estabelecidos na nhar ao órgão que a autorizou, os certificados expe-
Resolução 168/04 CONTRAN. didos, acompanhados de relação nominal dos alunos,
Art. 2º. A atividade extracurricular, uma vez conforme Anexo V desta Resolução, para fins de au-
desenvolvida em conformidade com esta Resolução, tenticação.
será reconhecida como o curso de formação teórico Art. 5º. De posse do certificado referido no
– técnica, necessário para que o aluno possa subme- art. 4º desta Resolução, o interessado em obter a
ter-se ao exame escrito de legislação de trânsito Permissão para Dirigir Veículo Automotor, desde que
para, se habilitado, conduzir veículo automotor. preencha os requisitos exigidos no art. 140 da Lei
Art. 3º. As escolas interessadas no desenvol- 9.503, de 23.09.1997, poderá encaminhar-se ao
vimento e na execução desta atividade extracurricu- órgão executivo de trânsito responsável e dar início
lar, cientes das condições estabelecidas no Anexo I formal ao processo de habilitação.
desta Resolução, devem solicitar autorização junto ao Parágrafo único. No caso de reprovação no
órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito exame escrito prestado no órgão executivo de
Federal, na forma dos documentos constantes do trânsito do Estado ou do Distrito Federal, o candidato
Anexo II desta Resolução. deverá frequentar curso de formação de condutor,
Parágrafo único. Cabe ao órgão ou entidade nos moldes da legislação vigente.
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal Art. 6º. Compete ao órgão executivo de trân-
examinar a documentação apresentada, fiscalizar as sito do Estado ou do Distrito Federal o controle e a
condições físicas e materiais da escola requerente, fiscalização da execução da atividade extracurricular
estabelecer, quando necessário, exigências a serem prevista nesta Resolução.
cumpridas em prazo determinado e conceder autori- Art. 7º. Fica revogada a Resolução 120, de
zação, conforme Anexo III. 14.02.2001, do CONTRAN.
Art. 4º. A escola autorizada expedirá certificado Art. 8º. Esta Resolução entra em vigor na da-
de participação na atividade extracurricular, conforme ta de sua publicação.
Alfredo Peres da Silva
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 241

ANEXO I
1. Compromissos da escola: legislação vigente específica, com o objetivo de desen-
a) proceder a implementação da atividade ex- volver comportamentos seguros no trânsito.
tracurricular, quando deferida a autorização pelo ór- 4. Corpo docente:
gão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Os profissionais que constituírem o corpo do-
Federal; cente para a implementação da atividade extracurri-
b) acompanhar os alunos no decorrer da ativi- cular na escola deverão:
dade extracurricular; a) apresentar o certificado de conclusão do
c) controlar a frequência de cada aluno parti- curso de formação de Instrutor de Trânsito;
cipante da atividade extracurricular. b) cumprir os critérios estabelecidos pelo
2. Carga horária: CONTRAN para o exercício da profissão de Instrutor
a) Mínimo de 90 (noventa) horas-aula presen- de Trânsito.
ciais que podem ser assim distribuídas: 5. Alunos participantes:
• equitativamente durante os três anos do Poderão optar por esta atividade extracurricu-
Ensino Médio; ou lar apenas os alunos regularmente matriculados no
• equitativamente durante os três últimos Ensino Médio da escola autorizada pelo respectivo
anos, nas escolas que mantém o Ensino órgão executivo de trânsito.
Médio em quatro anos; ou 6. Cancelamento da autorização:
• equitativamente durante os dois últimos A escola poderá ter sua autorização cancela-
anos do Ensino Médio. da, a qualquer tempo, pelo órgão executivo de trânsi-
b) A carga horária referente a cada conteúdo to do Estado ou do Distrito Federal:
ministrado na atividade extracurricular deve obedecer a) caso comprovado o não cumprimento do
à proporcionalidade da carga horária estabelecida na disposto nesta Resolução;
legislação vigente. b) se, por qualquer motivo, vier a ser impedi-
3. Conteúdo programático: da de exercer suas atividades pelo Poder Público.
Conteúdos voltados à formação teórico-técnica
do condutor de veículo automotor, estabelecidos em

ANEXO II
MODELOS ESPECÍFICOS DE INSTRUMENTOS
1. Solicitação de autorização
SOLICITAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO
Nome da escola: ----------------------------------------------------------------------------------------------------
Federal ( ) Estadual ( ) Municipal ( ) Particular ( )
Endereço: _____________________________________________________________
Bairro: _____________________________________Cidade: ____________UF: _______
CEP: _________-_______ Telefone: ( ) ___________________ Fax: ( ) _______________
E-mail: _______________________________________________________________
Nome do (a) Diretor(a): ___________________________________________________

A escola acima identificada solicita autorização para a implementação de atividade extracur-


ricular, visando a formação teórico-técnica do processo de habilitação de condutores aos
alunos do Ensino Médio regularmente matriculados, conforme estabelece Resolução do
CONTRAN ___/___, indicando o coordenador(a) e corpo docente responsáveis. Para tal, jun-
ta a documentação necessária.
______________________,__________/___________/___________
_______________________________________________________
Assinatura do (a) diretor(a)
242 Ordeli Savedra Gomes

2. Designação do(a) Coordenador(a)

COORDENADOR(A) DA ATIVIDADE EXTRACURRICULAR


Nome: _________________________________________________________________
Formação: ______________________________________________________________
Cargo/ Função: __________________________________________________________
SUPLENTE
Nome: _________________________________________________________________
Formação: ______________________________________________________________
Cargo/ Função: __________________________________________________________
Diretor (a): ______________________________________________________________
__________________, _____ / ____/ ________
______________________________________
Assinatura do (a) Diretor (a)

3. Designação do Corpo Docente

RELAÇÃO NOMINAL DE INSTRUTORES RESPONSÁVEIS PELA REALIZAÇÃO


DA ATIVIDADE EXTRACURRICULAR
NOME DA ESCOLA: ____________________________________________
MUNICÍPIO: __________________________________________________
ESTADO: ____________________________________________________
INÍCIO: _______/_______/_______ TÉRMINO: _______/_______/_______
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 243

4. Projeto d) justificativa;
Elaboração de projeto a ser apresentado ao e) público alvo;
órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito f) objetivos;
Federal, contendo, minimamente: g) metodologia;
a) dados de identificação da escola; h) conteúdos;
b) dados de identificação dos responsáveis i) carga horária;
pela atividade (diretor, coordenador e corpo docente); j) acompanhamento;
c) considerações gerais (explicação sucinta k) recursos didáticos pedagógicos.
do comprometimento da escola com a educação para
o trânsito e diagnóstico da realidade escolar);

ANEXO III
FICHA DE ANÁLISE E AUTORIZAÇÃO PARA IMPLEMENTAÇÃO DA ATIVIDADE
EXTRACURRICULAR DE FORMAÇÃO TEÓRICO-TÉCNICA

A ser preenchida pelo órgão executivo de trânsito

DADOS DO ÓRGÃO
Nome: ____________________________________________________________________
Responsável pela Coordenação Educacional: ________________________________________
_________________________________________________________________________
Técnico responsável pelo acompanhamento da atividade extracurricular:
_________________________________________________________________________
Endereço: __________________________________________________________________
Bairro: ________________________________Cidade: __________________UF: __________
CEP: _____________-_______ Telefone: ( ) ________________ Fax: ( ) _________________
E-mail: ____________________________________________________________________

DADOS DA ESCOLA
Nome: ____________________________________________________________________
Coordenador (a) da atividade: ___________________________________________________
_________________________________________________________________________
Endereço: _________________________________________________________________
Bairro: ________________________________Cidade: __________________UF: __________
CEP:_____________-_______ Telefone: ( ) ________________ Fax: ( ) __________________
E-mail: ____________________________________________________________________
244 Ordeli Savedra Gomes

Exigências Apresentação Apresentação Não Observações


em parte Apresentação
1. Solicitação da autorização
2. Designação do (a) coordenador(a)
3. Relação do corpo docente
4. Projeto
5. Adequação do espaço físico/recursos Vistoria realizada em:
materiais __/__/__
6. Parecer final (descritivo)

DEFERIMENTO ( ) sim ( ) não


Em caso negativo, citar pendências e estabelecer prazo para regularização:

_
____________, _____ / ____/ _____ _______________________________
Assinatura do responsável

ANEXO IV
CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO
ESCOLA: ______________________________________________________________
MUNICÍPIO: ____________________________________ ESTADO: _________________
Certifico que o (a) ALUNO (A) ______________________________________________
Nascido em: ____/____/____, portador do documento de identidade n._______, órgão ex-
pedidor_____ participou da formação teórico-técnica do processo de habilitação de conduto-
res como atividade extracurricular para alunos do Ensino Médio oferecida por esta escola,
atendendo às disposições da Resolução do CONTRAN n. ______ /______.

________________________,____/____ /_____

_________________________________
Diretor (a)
Verso
HISTÓRICO ESCOLAR
Conteúdos Carga horária Instrutor(es)

Início em: ___/___/___ término em: ___/___/____ FREQUÊNCIA _____%


______________________________
Coordenador (a)
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 245

Autenticação do órgão executivo de trânsito


Registro n.___/____
_____________,_______\_______\_______
______________________________________
Servidor responsável

ANEXO V
RELAÇÃO NOMINAL DOS ALUNOS QUE CONCLUÍRAM A ATIVIDADE
EXTRACURRICULAR DE FORMAÇÃO TEÓRICO-TÉCNICA DO PROCESSO DE
HABILITAÇÃO DE CONDUTORES (90 HORAS)

Resolução CONTRAN n. _____ / _____


ESCOLA:__________________________________________________________
N. DA AUTORIZAÇÃO EXPEDIDA PELO ÓRGÃO EXECUTIVO DE TRÂNSITO_________________
MUNICÍPIO: ____________________________________ESTADO: ____________________
INÍCIO: _________________________________ TÉRMINO: _________________________

Nome do Aluno Identidade Data de Nascimento

Diretor(a)/Coordenador(a): _________________________________________________________
___________________________, _________ / ________/ ________
Local Data _____________________________
Assinatura do Diretor (a)
246 Ordeli Savedra Gomes

RESOLUÇÃO 268, DE 15.02.2008


Dispõe sobre o uso de luzes intermitentes ou rotativas
em veículos, e dá outras providências.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso da atribuição que lhe confere o art. 12, inc. I, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e tendo em vista o disposto no Decreto
4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT;
Considerando o disposto nos incs. VII e VIII do art. 29 do Código de Trânsito Brasileiro e no Decreto
5.098, de 03.06.2004, quanto a resposta rápida a acidentes ambientais com produtos químicos perigosos;
Considerando o constante nos Processos 80001.013383/2007-90, 80001.001437/2005-11 e 80001.
011749/2004-43; RESOLVE:
Art. 1º. Somente os veículos mencionados no V - os veículos destinados ao serviço de es-
inc. VII do art. 29 do Código de Trânsito Brasileiro colta, quando registrados em órgão rodoviário para
poderão utilizar luz vermelha intermitente e dispositi- tal finalidade;
vo de alarme sonoro. VI - os veículos especiais destinados ao reco-
§ 1º A condução dos veículos referidos no lhimento de lixo a serviço da Administração Pública;
caput, somente se dará sob circunstâncias que VII - os veículos destinados à manutenção e
permitam o uso das prerrogativas de prioridade de restabelecimento dos sistemas das linhas e estações
trânsito e de livre circulação, estacionamento e metroferroviárias. (Acrescido pela Res. 614/16)
parada, quando em efetiva prestação de serviço de § 2º A instalação do dispositivo referido no
urgência que os caracterizem como veículos de caput deste artigo, dependerá de prévia autorização
emergência, estando neles acionados o sistema de do órgão executivo de trânsito do Estado ou do
iluminação vermelha intermitente e alarme sonoro. Distrito Federal onde o veículo estiver registrado, que
§ 2º Entende-se por prestação de serviço de fará constar no Certificado de Licenciamento Anual,
urgência os deslocamentos realizados pelos veículos no campo “observações”, código abreviado na forma
de emergência, em circunstâncias que necessitem de estabelecida pelo órgão máximo executivo de trânsi-
brevidade para o atendimento, sem a qual haverá to da União.
grande prejuízo à incolumidade pública. Art. 4º. Os veículos de que trata o artigo ante-
§ 3º Entende-se por veículos de emergência rior gozarão de livre parada e estacionamento, inde-
aqueles já tipificados no inc. VII do art. 29 do Código pendentemente de proibições ou restrições estabele-
de Trânsito Brasileiro, inclusive os de salvamento cidas na legislação de trânsito ou através de sinaliza-
difuso “destinados a serviços de emergência decor- ção regulamentar, quando se encontrarem:
rentes de acidentes ambientais”. I - em efetiva operação no local de prestação
Art. 2º. Considera-se veículo destinado a so- dos serviços a que se destinarem;
corro de salvamento difuso aquele empregado em II - devidamente identificados pela energiza-
serviço de urgência relativo a acidentes ambientais. ção ou acionamento do dispositivo luminoso e
Art. 3º. Os veículos prestadores de serviços utilizando dispositivo de sinalização auxiliar que
de utilidade pública, referidos no inc. VIII do art. 29 do permita aos outros usuários da via enxergarem em
Código de Trânsito Brasileiro, identificam-se pela tempo hábil o veículo prestador de serviço de utilida-
instalação de dispositivo, não removível, de ilumina- de pública.
ção intermitente ou rotativa, e somente com luz Parágrafo único. Fica proibido o acionamen-
amarelo-âmbar. to ou energização do dispositivo luminoso durante o
§ 1º Para os efeitos deste artigo, são conside- deslocamento do veículo, exceto nos casos previstos
rados veículos prestadores de serviço de utilidade nos incs. III, V e VI do § 1º do artigo anterior.
pública: Art. 5º. Pela inobservância dos dispositivos
I - os destinados à manutenção e reparo de desta Resolução será aplicada a multa prevista nos
redes de energia elétrica, de água e esgotos, de gás incs. XII ou XIII do art. 230 do Código de Trânsito
combustível canalizado e de comunicações; Brasileiro.
II - os que se destinam à conservação, manu- Art. 6º. Esta Resolução entra em vigor na
tenção e sinalização viária, quando a serviço de órgão data de sua publicação, produzindo seus efeitos em
executivo de trânsito ou executivo rodoviário; cento e oitenta (180) dias, quando ficarão revoga-
III - os destinados ao socorro mecânico de das a Resolução 679/87 do CONTRAN e a Decisão
emergência nas vias abertas à circulação pública; 08/93 do Presidente do CONTRAN, e demais dispo-
IV - os veículos especiais destinados ao trans- sições em contrário.
porte de valores; Alfredo Peres da Silva
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 247

RESOLUÇÃO 273, DE 04.04.2008


Regulamenta a utilização de semirreboques por motoci-
cletas e motonetas, define características, estabelece
critérios e dá outras providências.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o inc I do art. 12
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e, conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito.
Considerando a necessidade de regulamentar o § 3º, do art. 244 do Código Brasileiro de Trânsito, com a
redação dada pela Lei 10.517, de 11.07.2002. RESOLVE:
Art. 1º. Motocicletas e motonetas dotadas de IV) Freio de serviço;
motor com mais de 120 centímetros cúbicos poderão V) Lanternas de freio, de cor vermelha;
tracionar semirreboques, especialmente projetados e VI) Iluminação da placa traseira;
para uso exclusivo desses veículos, devidamente VII) Lanternas indicativas de direção traseira,
homologados pelo órgão máximo executivo de de cor âmbar ou vermelha;
trânsito da União, observados os limites de capaci- VIII) Pneu que ofereça condições de segurança.
dade máxima de tração, indicados pelo fabricante ou
importador da motocicleta ou da motoneta. IX) Elementos retrorrefletivos aplicados nas
laterais e traseira, conforme especificações contidas
Parágrafo único. A capacidade máxima de
na Resolução CONTRAN 568, de 2015. (Redação dada
tração – CMT de que trata o caput deste artigo
pela Res. 569/15)
deverá constar no campo observação do CRLV.
§ 3º Dimensões, com ou sem carga:
Art. 2º. Os engates utilizados para tracionar os
I) Largura máxima: 1,15 m;
semirreboques de que trata esta resolução, devem
cumprir com todas as exigências da Resolução 197, do II) Altura máxima: 0,90m;
CONTRAN, de 25.07.2006, a exceção do seu art. 6º. III) Comprimento total máximo (incluindo a
Art. 3º. Os semirreboques tracionados por lança de acoplamento): 2,15 m;
motocicletas e motonetas devem ter as seguintes Art. 4º. Cabe à autoridade de trânsito decidir
características: sobre a circulação de motocicleta e de motoneta com
§ 1º Elementos de Identificação: semirreboque acoplado, na via sob sua circunscrição.
I) Número de identificação veicular – VIN gra- Art. 5º. O descumprimento das disposições
vado na estrutura do semirreboque desta Resolução sujeitará ao infrator às penalidades
II) Ano de fabricação do veículo gravado em 4 do art. 244 do Código de Trânsito Brasileiro.
dígitos Parágrafo único. Dirigir ou conduzir veículo
III) Plaqueta com os dados de identificação do fora das especificações contidas nesta Resolução,
fabricante, Tara, Lotação, PBT e dimensões (altura, incidirá o condutor nas penalidades do inc. X do art.
comprimento e largura). 230 do Código de Trânsito Brasileiro. (Redação dada
pela Res. 569/15)
§ 2º Equipamentos Obrigatórios:
Art. 6º. Esta Resolução entra em vigor na da-
I) Para-choque traseiro; ta de sua publicação, produzindo efeitos 90 (noventa)
II) Lanternas de posição traseira, de cor dias após a data de sua publicação.
vermelha;
Alfredo Peres da Silva
III) Protetores das rodas traseiras;

ANEXO
ELEMENTOS RETRORREFLETIVOS DE SEGURANÇA PARA SEMIRREBOQUE DE MOTOCICLETAS E
MOTONETAS
1. Localização por cento) da extensão das laterais e 80%(oitenta por
Os Elementos Retrorefletivos deverão ser afi- cento) da extensão da traseira.
xados nas laterais e na traseira da carroçaria do 2. Características Técnicas dos Elementos Re-
semi-reboque, afixados na metade superior da carro- trorefletivos de Segurança:
çaria, alternando os segmentos de cores vermelha e a) As Características Técnicas dos Elemen-
branca, dispostos horizontalmente, distribuídos de tos Retrorefletivos de Segurança devem atender às
forma uniforme cobrindo no mínimo 50% (cinquenta
248 Ordeli Savedra Gomes

especificações do item 3 do anexo da Resolução exibir em sua construção uma marca de segurança
CONTRAN 128/01. comprobatória desse laudo com a gravação das
b) O retrorefletor deverá ter suas característi- palavras APROVADO DENATRAN, com 3 mm. de
cas, especificadas por esta Resolução, atestada por altura e 50 mm de comprimento em cada segmento
uma entidade reconhecida pelo DENATRAN e deverá da cor branca do retrorrefletor.

RESOLUÇÃO 275, DE 25.04.2008


Estabelece modelo de placa para veículos de represen-
tação de acordo com o art. 115, § 3º do Código de
Trânsito Brasileiro.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 2.327, de
23.09.1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito,
Considerando o disposto no § 3º, do art. 115, do Código de Trânsito Brasileiro, que determina o uso de
placas especiais em veículos utilizados por Oficiais Generais das Forças Armadas.
RESOLVE:
Art. 1º. Aprovar os modelos de placa cons- Art. 3º. Fica revogada a Resolução 94/99
tantes nos Anexos I e II desta Resolução para os CONTRAN.
veículos de representação dos Comandantes da Art. 4º. Esta Resolução entra em vigor na da-
Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro, da Aeronáu- ta de sua publicação.
tica e dos Oficiais Generais das Forças Armadas. Alfredo Peres da Silva
Art. 2º. Os veículos de que trata esta resolu-
ção enquadram-se no disposto no art. 116, do CTB.

ANEXO I

GOVERNO FEDERAL
COMANDANTE
DA
MARINHA

GOVERNO FEDERAL
COMANDANTE
DO

EXÉRCITO
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 249

GOVERNO FEDERAL
COMANDANTE
DA
AERONÁUTICA

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
1 – Placa em Bronze
2 – Letras em alto-relevo/dourada
3 – Fundo Preto
4 – Dimensões: 35 cm x 16 cm

ANEXO II

GOVERNO FEDERAL
EXÉRCITO BRASILEIRO
000
OFICIAL GENERAL

GOVERNO FEDERAL
MARINHA DO BRASIL
000
OFICIAL GENERAL
250 Ordeli Savedra Gomes

GOVERNO FEDERAL

AERONÁUTICA
000
OFICIAL GENERAL

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
1 – Placa em Bronze
2 – Letras em alto-relevo/dourada
3 – Fundo Preto
4 – Dimensões: 35 cm x 16 cm

RESOLUÇÃO 277, DE 28.05.2008


Dispõe sobre o transporte de menores de 10 anos e a
utilização do dispositivo de retenção para o transporte
de crianças em veículos.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições legais que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9503, de 23.09.1997 que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto 4711 de
29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e
Considerando a necessidade de aperfeiçoar a regulamentação dos arts. 64 e 65, do Código de Trânsito
Brasileiro;
Considerando ser necessário estabelecer as condições mínimas de segurança para o transporte de pas-
sageiros com idade inferior a dez anos em veículos, RESOLVE:
Art. 1º. Para transitar em veículos automoto- § 3º As exigências relativas ao sistema de re-
res, os menores de dez anos deverão ser transporta- tenção, no transporte de crianças com até sete anos e
dos nos bancos traseiros usando individualmente meio de idade, não se aplicam aos veículos de trans-
cinto de segurança ou sistema de retenção equiva- porte coletivo, aos de aluguel, aos de transporte
lente, na forma prevista no Anexo desta Resolução. autônomo de passageiro (táxi), e aos demais veículos
§ 1º Dispositivo de retenção para crianças é o com peso bruto total superior a 3,5t. (Parágrafo com
conjunto de elementos que contém uma combinação redação dada pela Res. 533/15. Veja Res. 562/15)
de tiras com fechos de travamento, dispositivo de
§ 4º Todo veículo utilizado no transporte esco-
ajuste, partes de fixação e, em certos casos, disposi-
tivos como: um berço portátil porta-bebê, uma cadeiri- lar, independentemente de sua classificação, categoria
nha auxiliar ou uma proteção antichoque que devem e do peso bruto total – PBT do veículo, deverá utilizar o
ser fixados ao veículo, mediante a utilização dos cintos dispositivo de retenção adequado para o transporte de
de segurança ou outro equipamento apropriado insta- crianças com até sete anos e meio de idade. (Parágrafo
lado pelo fabricante do veículo com tal finalidade. incluído pela Res. 541/15 – Vigência suspensa pela
§ 2º Os dispositivos mencionados no parágra- Res. 639/16)
fo anterior são projetados para reduzir o risco ao Art. 2º. O transporte de criança com idade
usuário em casos de colisão ou de desaceleração inferior a dez anos poderá ser realizado no banco diantei-
repentina do veículo, limitando o deslocamento do ro do veículo, com o uso do dispositivo de retenção
corpo da criança com idade até sete anos e meio. adequado ao seu peso e altura, nas seguintes situações:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 251

I – quando o veículo for dotado exclusivamente ou na atualização do Certificado de Adequação à


deste banco; Legislação de Trânsito (CAT).
II – quando a quantidade de crianças com esta Art. 5º. Os manuais dos veículos automoto-
idade exceder a lotação do banco traseiro; res, em geral, deverão conter informações a respeito
III – quando o veículo for dotado originalmente dos cuidados no transporte de crianças, da necessi-
(fabricado) de cintos de segurança subabdominais dade de dispositivos de retenção e da importância de
(dois pontos) nos bancos traseiros. seu uso na forma do artigo 338 do CTB.
Parágrafo único. Excepcionalmente, as crian- Art. 6º. O transporte de crianças em desaten-
ças com idade superior a quatro anos e inferior a se- dimento ao disposto nesta Resolução sujeitará os
te anos e meio poderão ser transportadas utilizan- infratores às sanções do artigo 168, do Código de
do cinto de segurança de dois pontos sem o disposi- Trânsito Brasileiro.
tivo denominado “assento de elevação”, nos bancos Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na da-
traseiros, quando o veículo for dotado originalmente ta de sua publicação, produzindo efeito nos seguintes
destes cintos. (Artigo com redação dada pela Res. prazos:
391/11) I - a partir da data da publicação desta Reso-
Art. 3º. Nos veículos equipados com disposi- lução as autoridades de trânsito e seus agentes
tivo suplementar de retenção (air bag), para o passa- deverão adotar medidas de caráter educativo para
geiro do banco dianteiro, o transporte de crianças esclarecimento dos usuários dos veículos quanto à
com até dez anos de idade neste banco, conforme necessidade do atendimento das prescrições relati-
disposto no art. 2º e seu parágrafo, poderá ser rea- vas ao transporte de crianças;
lizado desde que utilizado o dispositivo de retenção II - a partir de 360 (trezentos e sessenta) dias
adequado ao seu peso e altura e observados os após a publicação desta Resolução, os órgãos e
seguintes requisitos: entidades componentes do Sistema Nacional de
I - É vedado o transporte de crianças com até Trânsito deverão iniciar campanhas educativas para
sete anos e meio de idade, em dispositivo de reten- esclarecimento dos condutores dos veículos no to-
ção posicionado em sentido contrário ao da marcha cante aos requisitos obrigatórios relativos ao trans-
do veículo. porte de crianças;
II - É permitido o transporte de crianças com III - a partir de 1º de setembro de 2010, os ór-
até sete anos e meio de idade, em dispositivo de gãos e entidades componentes do Sistema Nacional
retenção posicionado no sentido de marcha do veí- de Trânsito fiscalizarão o uso obrigatório do sistema
culo, desde que não possua bandeja, ou acessório de retenção para o transporte de crianças ou equiva-
equivalente, incorporado ao dispositivo de retenção; lente. (Alterado pela Res. 352, de 14.06.2010)
III - Salvo instruções específicas do fabrican- Art. 8º. Transcorrido um ano da data da vi-
te do veículo, o banco do passageiro dotado de gência plena desta Resolução, os órgãos executivos
airbag deverá ser ajustado em sua última posição de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, bem
de recuo, quando ocorrer o transporte de crianças como as entidades que acompanharem a execução
neste banco. da presente Resolução, deverão remeter ao órgão
Art. 4º. Com a finalidade de ampliar a segu- executivo de trânsito da União, informações e esta-
rança dos ocupantes, adicionalmente às prescri- tísticas sobre a aplicação desta Resolução, seus
ções desta Resolução, o fabricante e/ou montador benefícios, bem como sugestões para aperfeiçoa-
e/ou importador do veículo poderá estabelecer con- mento das medidas ora adotadas.
dições e/ou restrições específicas para o uso do Art. 9º. O não cumprimento do disposto nesta
dispositivo de retenção para crianças com até sete Resolução sujeitará os infratores às penalidades
anos e meio de idade em seus veículos, sendo que prevista no art. 168 do CTB.
tais prescrições deverão constar do manual do pro- Art. 10. Fica revogada a Resolução 15, de
prietário. 06.01.1998, do CONTRAN.
Parágrafo único. Na ocorrência da hipótese
prevista no caput deste artigo, o fabricante ou impor- Alfredo Peres da Silva
tador deverá comunicar a restrição ao DENATRAN no
requerimento de concessão da marca/modelo/versão
252 Ordeli Savedra Gomes

ANEXO
DISPOSITIVO DE RETENÇÃO PARA TRANSPORTE DE CRIANÇAS
EM VEÍCULOS AUTOMOTORES PARTICULARES

OBJETIVO: estabelecer condições mínimas 3 – As crianças com idade superior a quatro


de segurança de forma a reduzir o risco ao usuário anos e inferior ou igual a sete anos e meio deverão
em casos de colisão ou de desaceleração repentina utilizar o dispositivo de retenção denominado “assen-
do veículo, limitando o deslocamento do corpo da to de elevação”.
criança.
1 – As Crianças com até um ano de idade de-
verão utilizar, obrigatoriamente, o dispositivo de re-
tenção denominado “bebê conforto ou conversível”
(figura 1).

Figura 3

4 – As crianças com idade superior a sete


Figura 1 anos e meio e inferior ou igual a dez anos deverão
utilizar o cinto de segurança do veículo ( figura 4).

2 – As crianças com idade superior a um ano


e inferior ou igual a quatro anos deverão utilizar,
obrigatoriamente, o dispositivo de retenção denomi-
nado “cadeirinha” (figura 2).

Figura 4

Figura 2
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 253

RESOLUÇÃO 278, DE 08.05.2008


Proíbe a utilização de dispositivos que travem, afrou-
xem ou modifiquem o funcionamento dos cintos de se-
gurança,
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições que lhe confere o art. 12, inc. I, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e
Considerando o disposto no art. 65 do Código de Trânsito Brasileiro, que torna obrigatório o uso do cinto
de segurança para o condutor e passageiro dos veículos em todas as vias do território nacional;
Considerando a necessidade de garantir a eficácia do funcionamento do cinto de segurança dos veícu-
los; RESOLVE:
Art. 1º. Fica proibida a utilização de dispositi- Art. 2º. O descumprimento do disposto nesta
vos no cinto de segurança que travem, afrouxem ou Resolução acarretará as sanções previstas no inc. IX,
modifiquem o seu funcionamento normal. do art. 230 do Código de Trânsito Brasileiro.
Parágrafo único. Não constitui violação do Art. 3º. Esta Resolução entre em vigor na da-
disposto no caput a utilização do cinto de segurança ta de sua publicação.
para a instalação de dispositivo de retenção para Alfredo Peres da Silva
transporte de crianças, observadas as prescrições
dos fabricantes desses equipamentos infantis.

RESOLUÇÃO 280, DE 30.05.2008


Dispõe sobre a inspeção periódica do Sistema de Gás
Natural instalado originalmente de fábrica, em veículo
automotor.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro-CTB, e conforme o Decreto 4.711,
de 29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e
Considerando a necessidade de se estabelecer regras para instalação e inspeção periódica do sistema
de alimentação de combustível a gás natural veicular – GNV, originalmente instalado nos veículos automotores;
Considerando a regulamentação para a concessão do código de marca-modelo-versão de veículos do
Registro Nacional de Veículos Automotores – RENAVAM e a emissão do Certificado de Adequação à Legislação
de Trânsito – CAT, RESOLVE:
Art. 1º. Os veículos automotores originais de fornecer ao INMETRO as especificações técnicas
fábrica homologados pelo Departamento Nacional de referentes ao sistema GNV instalado no veículo.
Trânsito – DENATRAN com sistema de alimentação Parágrafo único. É obrigatória a realização de
de combustível para uso do gás natural veicular – inspeção dos veículos a cada 12 (doze) meses,
GNV, devem ser objeto de Programas de Avaliação contados a partir da data do primeiro registro e
da Conformidade regulamentados pelo Instituto licenciamento do veículo.
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Art. 3º. A partir do segundo licenciamento, os
Industrial – INMETRO. veículos automotores com sistema de alimentação
Parágrafo único. O Programa acima mencio- de combustível para o uso do GNV, devem comprovar
nado se refere aos componentes utilizados no siste- a realização da inspeção periódica de que trata o
ma de GNV e às inspeções periódicas dos veículos, artigo anterior através da obtenção de Certificado de
realizadas por Instituições Técnicas Licenciadas pelo Segurança Veicular – CSV, emitido eletronicamente
DENATRAN. por Instituição Técnica Licenciada pelo DENATRAN.
Art. 2º. Os fabricantes e importadores de veí- Art. 4º. Esta Resolução entra em vigor 180
culos automotores com sistema de alimentação de dias após a sua publicação.
combustível para uso do GNV, ao obterem do DENA- Alfredo Peres da Silva
TRAN o código de marca-modelo-versão, devem
254 Ordeli Savedra Gomes

RESOLUÇÃO 282, DE 26.06.2008


Estabelece critérios para a regularização da numeração
de motores dos veículos registrados ou a serem regis-
trados no País.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições conferidas pelo art. 12, da Lei
9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto 4.711, de 29.05.2003,
que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e
Considerando o disposto no art. 124, inc. V, e art. 125, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código
de Trânsito Brasileiro, bem como o disposto nos arts. 311 e 311-A do Dec.-lei 2.848, de 07.12.1940, que institui
o Código Penal Brasileiro;
Considerando a necessidade de se estabelecer padrões de procedimentos para a atividade de registro
de veículos no País, no que concerne à numeração de motor;
Considerando o contido nos Processo 80001.032373/2007-53, 80001.032372/2007-17 e 80001.020631/
2007-59, RESOLVE:
fiscal do motor instalado no veículo, para fins de sua
CAPÍTULO I
regularização cadastral.
DAS VISTORIAS
§ 2º Os agentes de fiscalização deverão veri-
Art. 1º. (Revogado pela Res. 466/13, com re- ficar o cadastro do veículo junto à Unidade da Fede-
dação dada pela Res. 496/14) ração onde o mesmo se encontra registrado.
CAPÍTULO II § 3º Nos casos de motores ou blocos novos os
DA REGULARIZAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DE proprietários deverão solicitar, após a realização da
MOTORES ANTERIORES À RESOLUÇÃO vistoria, a gravação da numeração no motor dentro dos
critérios estabelecidos no art. 10 desta Resolução.
Art. 2º. Os proprietários dos veículos que tive-
ram seus motores substituídos até a publicação desta CAPÍTULO IV
Resolução, que não tenham restrições de origem de DA REGULARIZAÇÃO DE MOTORES
furto/roubo/adulteração da numeração do bloco e/ou SEM NUMERAÇÃO DE ORIGEM
busca e apreensão ou restrições judiciais, administra- Art. 4º. A regularização do registro de veícu-
tivas ou tributárias, e que não estejam inseridos nos los que apresentam motor sem numeração de origem
casos previstos nos arts. 4º, 5º, 6º, 7º e 9º desta se dará gravando, no bloco do motor, numeração
resolução, deverão providenciar a sua regularização fornecida pelos órgãos executivos de trânsito dos
junto aos órgãos de trânsito dos Estados e do Distrito Estados e do Distrito Federal, conforme art. 10, via
Federal dentro do prazo de 1 (um) ano, a contar da sistema informatizado e, então, registrada a numera-
data de publicação desta Resolução ou por ocasião da ção, atendido um dos seguintes requisitos:
vistoria do veículo, sendo que a regularização será
I - tratando-se de veículo com motor novo ou
realizada após a comprovação da situação do veículo
motor usado com bloco novo, após apresentação da
mediante a vistoria acima descrita.
pertinente nota fiscal original;
CAPÍTULO III II - tratando-se de veículo com motor usado
DA REGULARIZAÇÃO DE MOTORES ou recondicionado, cuja numeração foi gravada em
COM NUMERAÇÃO DE ORIGEM plaqueta, a qual tenha sido removida, após a com-
Art. 3º. Os veículos que tiverem seus motores provação da procedência, através de nota fiscal
substituídos após a publicação desta Resolução, original de venda ou mediante declaração do proprie-
deverão ser apresentados ao órgão executivo de tário constante do registro da procedência lícita do
trânsito para regularização da nova numeração identifi- motor, conforme modelo constante do Anexo desta
cadora dentro de sessenta dias, contados a partir: Resolução;
I - da emissão da nota fiscal da instalação do III - os motores usados, recondicionados e
motor ou bloco, novo ou usado; remanufaturados não poderão ter sua numeração ori-
II - da data constante em declaração da em- ginal alterada ou removida.
presa frotista que mantém estoque de motores de § 1º A nota fiscal deverá discriminar as carac-
reposição, contendo informação de que efetuou a terísticas do motor (marca e número de cilindros).
devida substituição do motor. § 2º Em qualquer outra hipótese que não a
§ 1º Independentemente dos documentos ci- prevista neste artigo, a autoridade de trânsito deverá
tados nos incisos I e II deste artigo, deverá ser encaminhar o veículo à Delegacia de Polícia especia-
apresentada ao órgão executivo de trânsito a nota lizada para exames e procedimentos legais.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 255

CAPÍTULO V CAPÍTULO VI
DA REGULARIZAÇÃO DE MOTORES COM DA REGULARIZAÇÃO DE MOTORES COM
NUMERAÇÃO DE ORIGEM – SEM REGISTRO NA NUMERAÇÃO FORA DO PADRÃO DE ORIGEM
BASE OU COM DUPLICIDADE DE REGISTRO Art. 6º. O registro de veículo que apresente
Art. 5º. A regularização do registro de veículos numeração gravada em desacordo com o padrão do
que apresentam motor com a numeração de acordo fabricante, se dará mediante confirmação de um órgão
com o padrão do fabricante, porém não constando no executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Fede-
cadastro ou sendo divergente deste ou em duplicidade, ral, de que a gravação foi realizada com autorização.
se dará registrando a numeração do motor apresenta- Parágrafo único. Para as ocorrências ante-
do, atendido um dos seguintes requisitos: riores à vigência desta Resolução, considera-se au-
I - confirmação da originalidade da montagem torização:
do motor no veículo, através de documento do I - a apresentação de documento que com-
fabricante ou da montadora, desde que não existam prove a remarcação por empresa credenciada;
outros veículos, da mesma marca registrados com o II - a existência da partícula “REM” após o
mesmo número de motor; número do motor em documento oficial.
II - informação do fabricante ou montadora da
CAPÍTULO VII
existência de mais de um motor originalmente pro-
duzido com essa numeração; DA REGULARIZAÇÃO DE MOTORES COM
NUMERAÇÃO DE ORIGEM ADULTERADA
III - comprovação da procedência do motor ou
bloco, novo ou usado, através de nota fiscal original de Art. 7º. Deverão ser imediatamente encami-
venda ou mediante declaração do proprietário constan- nhados à autoridade policial os veículos que apresen-
te no registro responsabilizando-se civil e criminalmen- tarem numeração de motor nas seguintes situações:
te pela procedência lícita do motor, conforme modelo I - com a numeração em desacordo com o
constante do Anexo desta Resolução, caso não seja padrão do fabricante e que não atenda ao disposto
confirmada a originalidade referida no inc. I e a nume- no art. 6º;
ração não estiver vinculada a outro veículo; II - com a numeração removida por qualquer
IV - comprovação da procedência do motor, tipo de processo constatados pela vistoria, ou ainda,
ou bloco novo ou usado, mediante nota fiscal original formalmente devolvidos pela autoridade competente
de venda ou de comprovante de compra e venda do e recuperados em decorrência de furto ou roubo, que
mesmo pelo proprietário do veículo que possui o serão regularizados conforme as regras de gravação
número de motor registrado, ou declaração emitida previstas nas alíneas “a” e “b” do art. 10;
pelo proprietário responsabilizando-se civil e crimi- III - com a numeração vinculada a veículo fur-
nalmente pela procedência lícita do motor, conforme tado ou roubado, exceto se a mesma constar na BIN
modelo anexo desta Resolução, caso a numeração para o veículo apresentado e se o fabricante informar
esteja vinculada apenas a um outro veículo; que o mesmo foi montado com aquele motor.
V - na hipótese prevista no inciso IV, os veícu- Art. 8º. Os motores enquadrados nos incisos I
los que possuírem o mesmo número de motor em a III do art. 7º somente serão regularizados:
duplicidade terão incluídos em seus cadastros uma I - mediante documento da autoridade policial
restrição devido à duplicidade, de forma a bloqueá-lo competente atestando ao órgão executivo de trânsito
até a regularização. a inexistência de impedimento legal para a regulari-
§ 1º Para os casos previstos no caput deste zação, situação em que será acrescentado ao número
artigo, fica facultado aos órgãos executivos de de registro existente do motor o diferencial DA/DF
trânsito dos Estados e do Distrito Federal aceitar a (decisão administrativa) + a sigla da UF, no cadastro
gravação tratada no art. 10, em local de fácil visuali- da Base Estadual;
zação do motor, registrando esta nova gravação nos II - através de determinação judicial, acres-
cadastros estaduais, com exceção ao disposto no centando-se ao número de registro existente do
inc. IV onde a gravação será obrigatória. motor o diferencial DJ/DF (decisão judicial) + a sigla
§ 2º O disposto nos incs. I e II deste artigo se- da UF, no cadastro da Base Estadual.
rá de responsabilidade do órgão executivo de trânsito CAPÍTULO VIII
do Estado ou do Distrito Federal. DA REGULARIZAÇÃO DE MOTORES COM
§ 3º Na hipótese do padrão de gravação do ERRO DE REGISTRO NA BIN/RENAVAM
fabricante não ser conhecido pelo órgão de trânsito,
este deverá consultar ao fabricante, ou montadora, Art. 9º. Para a regularização de motores cuja
ou importador, ou encaminhá-lo à perícia policial para numeração conste registrada com erro na BIN/
execução de laudo. RENAVAM, deverá ser confirmada a originalidade da
256 Ordeli Savedra Gomes

montagem do motor no chassi apresentado por meio utilizadas pelo órgão executivo de trânsito, com a iden-
de documento do fabricante ou da montadora, ignoran- tificação do número do motor fornecido e do número do
do-se neste caso a existência de outros veículos chassi do veículo onde o motor foi instalado, devida-
registrados com este mesmo número de motor. mente comprovada pela vistoria prevista no art. 1º.
CAPÍTULO IX CAPÍTULO XI
DA REGRAVAÇÃO DE MOTORES DA CRIAÇÃO DO REGISTRO
Art. 10. Não existindo norma técnica da NACIONAL DE MOTORES
ABNT, a gravação a que se referem os arts. 3º, 5º, e Art. 12. Deverá ser criado e implantado pelo
7º somente será executada em superfície virgem do DENATRAN o Registro Nacional de Motores – RENA-
bloco, composta por nove dígitos com a seguinte MO, visando registrar de forma centralizada todas as
regra de formação: trocas de motores mantendo todo o histórico de
a) primeiro e segundo dígitos: sigla da Unida- alterações, possibilitando assim aos órgãos de trânsito
de da Federação (UF) que autorizou a gravação; dos Estados e do Distrito Federal a consulta centraliza-
b) terceiro ao nono dígitos: sequencial forne- da da informação original e das atualizações indepen-
cido pelos órgãos executivos de trânsito dos Estados dente do estado onde a mesma tenha sido processada.
e do Distrito Federal, iniciando por 0000001. § 1º O Registro Nacional de Motores – RE-
§ 1º A gravação do número fornecido, será NAMO deverá ser implantado no prazo máximo de
executada exclusivamente por empresas autorizadas 180 dias a partir da data de publicação desta Resolu-
pelos órgãos executivos de trânsito dos Estados e do ção quando todos os registros de alterações de
Distrito Federal. motores previstos nos artigos desta Resolução
§ 2º A gravação a que se refere o caput deste deverão ser centralizados no mesmo.
artigo em bloco cuja numeração original tenha sido § 2º O Registro Nacional de Motores – RE-
removida mecanicamente, somente será autorizada NAMO será responsável pelo fornecimento das
após perícia realizada pela autoridade policial. numerações a serem gravadas nos veículos conforme
previsto no art. 10 desta Resolução.
CAPÍTULO X
DOS REGISTROS E CAPÍTULO XII
DOCUMENTAÇÕES DOS MOTORES DAS SANÇÕES
Art. 11. Todos os documentos referidos nesta Art. 13. Findo o prazo previsto nos arts. 2º e
Resolução integrarão o prontuário do respectivo veículo 3º desta Resolução, os veículos que não estiverem
e deverão ser apresentados em sua forma original, com regularizados incorrerão nas penas previstas no art.
exceção daqueles obtidos dos órgãos oficiais, cujas 237 do Código de Trânsito Brasileiro.
cópias serão aceitas, quando por eles autenticadas. Art. 14. Fica revogada a Resolução 250, de
§ 1º As declarações e termos de responsabi- 24.09.2007, do Conselho Nacional de Trânsito.
lidade deverão ter reconhecimento das firmas por Art. 15. Esta Resolução entra em vigor na da-
autenticidade. ta de sua publicação.
§ 2º As cópias das notas fiscais apresentadas Alfredo Peres da Silva
deverão ser retidas e as originais protocoladas como

ANEXO

DECLARAÇÃO:
Eu, ....................................................., portador da carteira de identidade n. ...........................,
expedida por...................., CPF n. ............................., residente na rua ........................................,
no município de ........................................................................, Estado ............................, de
acordo com o disposto nos incs. II do art. 4º, III do art. 6º e II do art. 10 da Resolução n. .........../,
do CONTRAN, declaro que assumo a responsabilidade pela procedência lícita do motor n.
............................................, instalado no veículo de minha propriedade, marca/modelo
..................................., placa ................................, chassi............................................ .
Declaro, ainda, serem verdadeiras as informações supracitadas, sujeitando-me às cominações
dispostas no art. 299 do Código Penal Brasileiro.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 257

RESOLUÇÃO 286, DE 29.07.2008


Estabelece placa de identificação e define procedimen-
tos para o registro, emplacamento e licenciamento, pe-
los órgãos de trânsito em conformidade com o Registro
Nacional de Veículos Automotores – RENAVAM, de veí-
culos automotores pertencentes às Missões Diplomáti-
cas e às Delegações Especiais, aos agentes diplomáti-
cos, às Repartições Consulares de Carreira, aos agentes
consulares de carreira, aos Organismos Internacionais e
seus funcionários, aos Funcionários Estrangeiros Admi-
nistrativos e Técnicos das Missões Diplomáticas, de
Delegações Especiais e de Repartições Consulares de
Carreira e aos Peritos Estrangeiros de Cooperação In-
ternacional.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e;
Considerando as proposições apresentadas pelo Ministério das Relações Exteriores e a necessidade do
registro e licenciamento dos veículos automotores pertencentes às Missões Diplomáticas, Delegações Especi-
ais, Repartições Consulares de Carreira e de Representações de Organismos Internacionais;
Considerando o que consta no processo 80001.024239/2006-06, RESOLVE:
Art. 1º. Os veículos automotores pertencen- III - CC, para os veículos pertencentes a Re-
tes às Missões Diplomáticas e às Delegações Espe- partições Consulares de Carreira e a agentes consula-
ciais, aos agentes diplomáticos, às Repartições Con- res de carreira;
sulares de Carreira, aos agentes consulares de car- IV - OI, para os veículos pertencentes às Re-
reira, aos Organismos Internacionais e seus funcioná- presentações de Organismos Internacionais, aos
rios, aos Funcionários Estrangeiros Administrativos e Organismos Internacionais com sede no Brasil e a
Técnicos das Missões Diplomáticas, de Delegações seus representantes;
Especiais e de Repartições Consulares de Carreira e V - ADM, para os veículos pertencentes a
aos Peritos Estrangeiros de Cooperação Internacional, funcionários administrativos e técnicos estrangeiros
serão registrados, emplacados e licenciados pelos de Missões Diplomáticas, Delegações Especiais,
órgãos de trânsito em conformidade com o Registro
Repartições Consulares de Carreira, Representações
Nacional de Veículos Automotores – RENAVAM.
de Organismos Internacionais e Organismos Interna-
§ 1º Os documentos de registro e de licencia- cionais com sede no Brasil;
mento dos veículos a que se refere o caput do artigo
VI - CI, para os veículos pertencentes a peri-
são os previstos na legislação pertinente.
tos estrangeiros, sem residência permanente, que
§ 2º As placas de identificação dos veículos venham ao Brasil no âmbito de Acordo de Coopera-
de que trata esta Resolução são as previstas na ção Internacional.
Resolução do CONTRAN 231/07, alterada pela Re-
Art. 2º. O registro do veículo, a expedição do
solução 241/07, terão o fundo na cor azul e os carac-
Certificado de Registro e a designação da combina-
teres na cor branca e as combinações alfanuméricas
ção alfanumérica da placa de identificação serão
obedecerão a faixas específicas do RENAVAM dis-
realizadas pelos órgãos executivos de trânsito dos
tribuídas para cada unidade de federação, e deverão
Estados e do Distrito Federal mediante a apresenta-
conter as seguintes gravações estampadas na parte
ção de autorização expedida pelo Cerimonial do
central superior da placa (tarjeta), substituindo-se a
Ministério das Relações Exteriores.
identificação do Município: (Parágrafo será revogado
em 31.12.2023, pela Res. 729/18) § 1º Além da expedição da autorização de
que trata o caput deste artigo, o Cerimonial do
I - CMD, para os veículos de uso de Chefes de
Ministério das Relações Exteriores providenciará o
Missão Diplomática e de Delegações Especiais;
pré-cadastro do veículo no RENAVAM com as infor-
II - CD, para os veículos pertencentes a Mis-
mações necessárias para o registro do veículo nas
são Diplomática, a Delegações Especiais e a agentes
repartições de trânsito.
diplomáticos;
258 Ordeli Savedra Gomes

§ 2º Os veículos de que trata esta Resolução Parágrafo único. O licenciamento anual


serão registrados conforme a categoria indicada na somente será efetivado quando não houver restri-
letra “b” do inc. III do art. 96 do Código de Trânsito ção por parte do Cerimonial do Ministério das
Brasileiro. art. 3º Todo ato translativo de propriedade Relações Exteriores.
e a mudança de categoria dos veículos de que trata Art. 5º. O Departamento Nacional de Trânsito
esta Resolução serão procedidos pelos órgãos execu- – DENATRAN deverá providenciar até 31.12.2008,
tivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal com todos os aplicativos necessários no RENAVAM para
as seguintes exigências: o seu funcionamento adequado ao disposto nesta
I - autorização expedida pelo Cerimonial do Resolução e para viabilizar o acesso do Cerimonial do
Ministério das Relações Exteriores; Ministério das Relações Exteriores.
II - indicação da liberação da transação no Art. 6º. Os veículos de que trata esta Resolu-
RENAVAM, que deverá ser procedida pelo Cerimonial
ção, já em circulação, deverão estar registrados, li-
do Ministério das Relações Exteriores;
cenciados e emplacados pelos órgãos de trânsito nos
III - o veículo deverá estar adequado à legisla- termos desta Resolução até o dia 31 de janeiro de
ção de trânsito vigente.
2010. (Artigo alterado pela Res. 342, de 05.03.2010)
Art. 4º. Os veículos registrados e emplacados
Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor a par-
conforme dispõe esta Resolução deverão ser licencia-
tir de 1º de janeiro de 2009, revogando a Resolução
dos anualmente, observando-se os casos de imunidade
e isenções previstos na legislação e nos atos internacio- 835/97.
nais em vigor, devidamente declarados por intermédio Alfredo Peres da Silva
do Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores.

RESOLUÇÃO 289, DE 29.08.2008


Dispõe sobre normas de atuação a serem adotadas pelo
Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transpor-
tes - DNIT e o Departamento de Polícia Rodoviária Fede-
ral - DPRF na fiscalização do trânsito nas rodovias fede-
rais.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme Decreto 4.711, de
29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, Considerando a necessidade de intensi-
ficar a fiscalização do trânsito nas rodovias federais, objetivando a redução dos altos índices de acidentes e a
conservação do pavimento, coibindo o desrespeito aos limites de velocidades e o tráfego de veículos com
excesso de peso
Considerando o disposto no inc. XIV do art. 12 do CTB, RESOLVE
Art. 1º. Compete ao Departamento Nacional de Art. 2º. Compete ao Departamento de Polícia
Infra-Estrutura de Transportes - DNIT, Órgão Executivo Rodoviária Federal – DPRF:
Rodoviário da União, no âmbito de sua circunscrição: I - exercer a fiscalização por excesso de peso
I - exercer a fiscalização do excesso de peso nas rodovias federais, isoladamente, ou a título de
dos veículos nas rodovias federais, aplicando aos apoio operacional ao DNIT, aplicando aos infratores
infratores as penalidades previstas no Código de as penalidades previstas no CTB; e
Trânsito Brasileiro – CTB, respeitadas as competên- II - exercer a fiscalização eletrônica de veloci-
cias outorgadas à Agência Nacional de Transportes dade nas rodovias federais com a utilização de ins-
Terrestres - ANTT pelos arts. 24, inc. XVII, e 82, § 1º, trumento ou medidor de velocidade do tipo portátil,
da Lei 10.233, de 05.06.2001, com a redação dada móvel, estático e fixo, exceto redutor de velocidade,
pela Lei 10.561, de 13.11.2002; e aplicando aos infratores as penalidades previstas no
II - exercer a fiscalização eletrônica de velo- Código de Trânsito Brasileiro – CTB.
cidade nas rodovias federais, utilizando instrumento Parágrafo único. Para a instalação de equi-
ou redutor eletrônico de velocidade tipo fixo, assim pamento do tipo fixo de controle de velocidade, o
como a engenharia de tráfego para implantação de DPRF solicitará ao DNIT a autorização para interven-
novos pontos de redução de velocidade. ção física na via.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 259

Art. 3º. As receitas oriundas das multas apli- Art. 5º. Para fins de atendimento do disposto
cadas pelo DNIT e DPRF serão revertidas a cada nesta Resolução poderá ser celebrado convênio entre o
órgão arrecadador, em conformidade com o art. 320 DNIT e o DPRF, na forma prevista no art. 25 do CTB.
do CTB. Art. 6º. Fica revogada a Resolução 271/08.
Art. 4º. As despesas decorrentes desta Reso- Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na da-
lução serão de responsabilidade de cada órgão dentro ta de sua publicação.
da esfera de sua atuação. Alfredo Peres da Silva

RESOLUÇÃO 290, DE 29.08.2008


Disciplina a inscrição de pesos e capacidades em veí-
culos de tração, de carga e de transporte coletivo de
passageiros, de acordo com os arts. 117, 230, XXI, 231,
V e X, do Código de Trânsito Brasileiro.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme Decreto 4.711, de
29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, RESOLVE:
Art. 1º. Ficam referendadas as Deliberações II - do fabricante da carroçaria ou de outros
64, de 30.05.2008, publicada no DOU de 02.06.2008 implementos, em caráter complementar ao informado
e 67, 17.06.2008, publicada no DOU de 18.06.2008. pelo fabricante ou importador do veículo;
Art. 2º. Para efeito de registro, licenciamento III - do responsável pelas modificações, quan-
e circulação, os veículos de tração, de carga e os de do se tratar de veículo novo ou já licenciado que tiver
transporte coletivo de passageiros deverão ter sua estrutura e/ou número de eixos alterados, ou
indicação de suas características registradas para outras modificações previstas pelas Resoluções
obtenção do CAT – Certificado de Adequação à 292/08 e 293/08, ou suas sucedâneas.
Legislação de Trânsito, de acordo com os requisitos IV - do proprietário do veículo, conforme esta-
do Anexo desta Resolução. belecido no art. 5º desta Resolução.
Art. 3º. Para efeito de fiscalização, indepen- Parágrafo único. A adequação da inscrição
dente do ano de fabricação do veículo, deve-se dos pesos e capacidades dos veículos em estoque
considerar como limite máximo de PBTC – Peso Bruto e em fase de registro e licenciamento deverá ser
Total Combinado o valor vigente na Resolução CON- realizada pelos responsáveis mencionados nos incs.
TRAN 210/06, ou suas sucedâneas, respeitadas as I, II e III deste artigo, no prazo de 60 (sessenta) dias
combinações de veículos indicadas na Portaria 86/06, contados a partir da data de publicação desta
do DENATRAN, ou suas sucedâneas, desde que Resolução, mediante o fornecimento de plaqueta
compatível com a CMT – Capacidade Máxima de com os dados nela contidos.
Tração e o PBTC, conforme definidos nesta Resolu- Art. 5º. Para os veículos em uso e os licenci-
ção, declarados pelo fabricante ou importador mesmo ados até a data da entrada em vigor desta Resolução,
que, por efeito de regulamentos anteriores, tenha que não possuam a inscrição dos dados de tara e
sido declarado um valor de PBTC distinto. lotação, fica autorizada a inscrição dos mesmos, por
Parágrafo único. Para efeito de fiscalização pintura resistente ao tempo na cor amarela sobre
de CVC´s – Combinações de Veículos de Carga, fundo preto e altura mínima dos caracteres de 30
detentoras de AET – Autorização Especial de Trânsito mm, em local visível na parte externa do veículo.
emitida conforme Resolução CONTRAN 211/06, ou § 1º Para os veículos destinados ao transpor-
suas sucedâneas, prevalecem as informações de te coletivo de passageiros, a indicação de que trata o
pesos e capacidades constantes da AET, com exce- caput deste artigo poderá ser realizada conforme o
ção do valor da CMT inscrito pelo fabricante ou item 4.2.2 do anexo, neste caso de responsabilidade
do proprietário do veículo.
importador.
§ 2º No caso de ser verificada a incorreção
Art. 4º. A responsabilidade pela inscrição e
do(s) dado(s) inscrito(s) no veículo, durante a fiscali-
conteúdo dos pesos e capacidades, conforme estabe-
zação de pesagem, fica o proprietário do veículo
lecido no Anexo desta Resolução será:
sujeito às sanções previstas no artigo 237 do Código
I - do fabricante ou importador, quando se tra- de Trânsito Brasileiro – CTB, independente das es-
tar de veículo novo acabado ou inacabado; tabelecidas na Resolução CONTRAN 258/07.
260 Ordeli Savedra Gomes

Art. 6º. No caso do veículo inacabado, confor- Art. 8º. Esta Resolução entra em vigor na da-
me definido no item 2.10 do anexo desta Resolução, ta de sua publicação, ficando revogada a Resolução
fica o fabricante ou importador obrigado a declarar na 49/98 - CONTRAN.
nota fiscal o peso do veículo nesta condição. Alfredo Peres da Silva
Art. 7º. Para o cumprimento do disposto no
art. 5º o proprietário do veículo terá o prazo de 120
dias a partir da data de publicação desta Resolução.

ANEXO
1 - OBJETIVO pelas suas condições de geração e multiplicação do
Estabelecer requisitos para inscrição indicati- momento de força, resistência dos elementos que
va e obrigatória dos pesos e capacidades registrados, compõem a transmissão.
conforme definidos no item a seguir. 2.8 - CAMINHÃO – veículo automotor desti-
2 - DEFINIÇÕES nado ao transporte de carga, com PBT acima de
Para efeito dessa Resolução define-se: 3.500 quilogramas, podendo tracionar ou arrastar
2.1 - PESOS E CAPACIDADES INDICADOS – outro veículo, desde que tenha capacidade máxima
pesos máximos e capacidades máximas informados de tração compatível;
pelo fabricante ou importador como limites técnicos 2.9 - CAMINHÃO-TRATOR - veículo automotor
do veículo; destinado a tracionar ou arrastar outro veículo.
2.2 - PESOS E CAPACIDADES AUTORIZADOS 2.10 - VEÍCULO INACABADO – Todo o chassi
– o menor valor entre os pesos e capacidades máxi- e plataforma para ônibus ou micro-ônibus e os chas-
mos estabelecidos pelos regulamentos vigentes (va- sis de caminhões, caminhonete, utilitário com cabine
lores legais) e os pesos e capacidades indicados pelo completa, incompleta ou sem cabine. (Redação dada
fabricante ou importador (valores técnicos); pela Res. 665/17)
2.3 - TARA - peso próprio do veículo, acresci- 2.11 - VEÍCULO ACABADO – Veículo automo-
do dos pesos da carroçaria e equipamento, do com- tor que sai de fábrica pronto para licenciamento, sem
bustível – pelo menos 90% da capacidade do(s) precisar de complementação.
tanque(s), das ferramentas e dos acessórios, da roda
2.12 - VEÍCULO NOVO – veículo de tração, de
sobressalente, do extintor de incêndio e do fluido de
carga e transporte coletivo de passageiros, reboque e
arrefecimento, expresso em quilogramas.
semi-reboque, antes do seu registro e licenciamento.
2.4 - LOTAÇÃO - carga útil máxima, expressa
em quilogramas, incluindo o condutor e os passagei- 3 - APLICAÇÃO
ros que o veículo pode transportar, para os veículos 3.1 Informações mínimas para veículos de
de carga e tração ou número de pessoas para os tração, de carga e transporte coletivo de passageiros,
veículos de transporte coletivo de passageiros. com PBT acima de 3500 kg.
2.5 - PESO BRUTO TOTAL (PBT) - o peso má- 3.1.1 Veículo automotor novo acabado: tara,
ximo (autorizado) que o veículo pode transmitir ao lotação, PBT, PBTC e CMT;
pavimento, constituído da soma da tara mais a 3.1.2 Veículo automotor novo inacabado: PBT,
lotação. PBTC e CMT;
2.6 - PESO BRUTO TOTAL COMBINADO (PBTC) 3.1.3 Veículo automotor novo que recebeu
– Peso máximo que pode ser transmitido ao pavi- carroçaria ou implemento: tara e lotação, em com-
mento pela combinação de um veículo de tração ou plemento às características informadas pelo fabrican-
de carga, mais seu(s) semi-reboque(s), reboque(s), te ou importador do veículo;
respeitada a relação potência/peso, estabelecida pelo 3.1.4 Veículo automotor novo que teve altera-
INMETRO – Instituto de Metrologia, Normalização e do o número de eixos ou sua(s) capacidade(s): tara,
Qualidade Industrial, a Capacidade Máxima de Tração lotação e PBT, em complemento às características
da unidade de tração, conforme definida no item 2.7 informadas pelo fabricante ou importador do veículo;
do anexo dessa Resolução e o limite máximo estabe- 3.1.5 Veículo automotor já licenciado que teve
lecido na Resolução CONTRAN 211/06, e suas alterado sua estrutura, número de eixos ou sua(s)
sucedâneas. capacidade(s): tara, lotação, PBT e peso por eixo,
2.7 - CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO (CMT) respeitada a CMT informada pelo fabricante ou im-
– máximo peso que a unidade de tração é capaz de portador do veículo, em complemento às caracterís-
tracionar, incluído o PBT da unidade de tração, limitado ticas informadas pelos mesmos.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 261

3.1.6 Reboque e semi-reboque, novo ou alte- 4.2.1 - A indicação nos veículos automoto-
rado: tara, lotação e PBT. res de tração, de carga será inscrita ou afixada em
3.2 Informações mínimas para veículos de um dos seguintes locais, assegurada a facilidade de
tração, de carga e transporte coletivo de passageiros, visualização.
com PBT de até 3500 kg. 4.2.1.1 - Na coluna de qualquer porta, junto às
3.2.1 Todas as constantes nos itens de 3.1.1 dobradiças, ou no lado da fechadura.
a 3.1.6, sendo autorizada a opcionalidade: PBTC ou 4.2.1.2 - Na borda de qualquer porta.
CMT. 4.2.1.3 - Na parte inferior do assento, voltada
Observação: as informações complementares para porta.
devem atender os requisitos do item 4 deste anexo, 4.2.1.4 - Na superfície interna de qualquer porta.
em campo distinto das informações originais do 4.2.1.5 - No painel de instrumentos.
fabricante ou importador do veículo. 4.2.2 - Nos veículos destinados ao transporte
4 - REQUISITOS coletivo de passageiros, a indicação deverá ser
4.1 - Específicos. afixada na parte frontal interna acima do pára-brisa
ou na parte superior da divisória da cabina de co-
4.1.1 - As indicações referentes ao item 3 se- mando do lado do condutor. Na impossibilidade
rão inscritas em plaqueta ou em etiqueta adesiva técnica ou ausência de local para fixação, poderão
resistente a ação do tempo; ser utilizados os mesmos locais previstos para os
4.1.2 - As indicações serão inscritas em fundo veículos de carga e tração.
claro ou escuro, adotados caracteres alfanuméricos 4.2.3 - Nos reboques e semi-reboques, a indi-
contrastantes, com altura não inferior a 30 milímetros. cação deverá ser afixada na parte externa da carro-
4.1.3 - Também, poderão ser usados letras ou çaria na lateral dianteira.
números inscritos em alto ou baixo relevo, sem 4.2.4 – Nos implementos montados sobre
necessidade de contraste de cor. chassi de veículo de carga, a indicação deverá ser
4.2 - Normas gerais. afixada na parte externa do mesmo, em sua lateral
dianteira.

RESOLUÇÃO 291, DE 29.08.2008


Dispõe sobre a concessão de código de marca/
modelo/versão para veículos e dá outras providências.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme Decreto 4.711, de
29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, RESOLVE:
Art. 1º. Todos os veículos fabricados, monta- gação compulsória, estabelecida em norma específi-
dos e encarroçados, nacionais ou importados, devem ca, acarretam ao interessado a obrigatoriedade de
possuir código de marca/modelo/versão específico, o obtenção de código de marca/modelo/versão especí-
qual deve ser concedido conjuntamente à emissão, fico, conforme o art. 1º. (Caput alterado pela Res.
pelo Órgão Máximo Executivo de Trânsito da União, 369, de 24.11.2010)
do Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito § 1º O proprietário de veículo já registrado, que
– CAT. vier a sofrer as transformações previstas na Tabela II –
Parágrafo único. Ao requerer a concessão do Transformações de Veículos sujeitos a homologação
código específico de marca/modelo/versão e emissão compulsória, deverá solicitar prévia autorização à
do Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito Autoridade Executiva de Trânsito da Unidade da
– CAT o interessado deve: Federação onde o mesmo estiver cadastrado e, após a
I - Respeitar as classificações de veículos transformação, encaminhar ao DETRAN cópia autenti-
previstas na Tabela I – Classificação de Veículos cada do CAT, nota fiscal da transformação e Certifica-
Conforme Tipo/Marca/Espécie, conforme prevista em do de Segurança Veicular emitido por Instituição
norma específica; (Inciso alterado pera Res. 369, de
Técnica licenciada pelo DENATRAN — documentos
24.11.2010)
estes que devem fazer parte do prontuário do veículo
II - Atender aos procedimentos estabelecidos,
devendo ter seus dados devidamente alterados no
mediante Portaria, pelo Órgão Máximo Executivo de
Trânsito da União. cadastro estadual, com a nova marca/modelo/versão
na Base Índice Nacional. (Parágrafo alterado pela Res.
Art. 2º. As transformações previstas na Tabe-
la II – Transformações de Veículos sujeitos a homolo- 369, de 24.11.2010)
262 Ordeli Savedra Gomes

§ 2º O número do Certificado de Segurança dias a contar da publicação desta Resolução. (Pará-


Veicular – CSV, quando se tratar de transformação de grafo acrescido pela Res. 369, de 24.11.2010)
veículo já registrado, deve constar no campo das Art. 5º. Em caso de complementação de veí-
observações do Certificado de Registro de Veículos – culo inacabado tipo caminhão, com carroçaria aberta
CRV e do Certificado de Registro e Licenciamento de ou fechada, os órgãos executivos de trânsito dos
Veículos – CRLV, e as modificações devem ser regis- Estados e do Distrito Federal devem registrar no
tradas nos campos específicos e, quando estes não Certificado de Registro de Veículos – CRV e Certifica-
existirem, no campo das observações do CRV/CRLV. do de Registro e Licenciamento de Veículos – CRLV,
§ 3º A ausência de autorização prévia da Au- o comprimento da carroçaria, o qual também deverá
toridade Executiva de Trânsito da Unidade da Federa- ser discriminado na nota fiscal.
ção, prevista no § 1º, implica na aplicação da penali- Art. 6º. Para emplacar os veículos que pos-
dade e medida administrativa prevista no inc. VII do suem equipamento veicular, os órgãos executivos de
art. 230, do Código de Trânsito Brasileiro. trânsito dos Estados e do Distrito Federal devem
Art. 3º. Os veículos que vierem a ser pré- exigir a apresentação dos seguintes documentos,
cadastrados, cadastrados ou que efetuarem as transfor- relativos ao equipamento:
mações previstas na Tabela II – Transformações de I - veículo inacabado com equipamento veicu-
Veículos sujeitos a homologação compulsória, devem ser lar novo ou usado, fabricado após a entrada em vigor
classificados conforme a Tabela I – Classificação de da Portaria 27 do DENATRAN, de 07.05.2002.
Veículos Conforme Tipo/Marca/Espécie. (Caput alterado a) Nota Fiscal;
pela Res. 369, de 24.11.2010) b) cópia autenticada do Certificado de Ade-
§ 1º Aplica-se aos veículos inacabados ape- quação à Legislação de Trânsito - CAT - Portaria 27
nas o pré-cadastro. do DENATRAN, de 07.05.2002.
§ 2º Os veículos já registrados devem ter seus II - veículo inacabado com equipamento vei-
cadastros adequados à classificação constante na Tabela cular usado, fabricado antes da entrada em vigor da
I – Classificação de Veículos Conforme Tipo/Marca/Es- Portaria 27 do DENATRAN, de 07.05.2002.
pécie, sempre que houver emissão de novo CRV. (Pará- a) CSV;
grafo alterado pela Res. 369, de 24.11.2010)
b) comprovação da procedência, através de no-
Art. 4º. Compete ao órgão máximo executivo ta fiscal original de venda ou mediante declaração do
de trânsito da União estabelecer a Tabela I – Classifi-
proprietário, responsabilizando-se civil e criminalmente
cação de Veículos conforme Tipo/Marca/Espécie e a
pela procedência lícita do equipamento veicular.
Tabela II – Transformações de Veículos sujeitos a
homologação compulsória. (Artigo alterado pela Res. Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na da-
369, de 24.11.2010) ta de sua publicação, ficando revogada a Resolução
§ 1º As Tabelas I e II de que trata este artigo 261/07 – CONTRAN.
devem ser estabelecidas no prazo máximo de trinta Alfredo Peres da Silva

ANEXO I
Anexo da Portaria 309/12.

Tabela 1 – Classificação de Veículos Conforme Tipo/Marca/Espécie

Classificação de Veículos Conforme Tipo/Marca/Espécie


Tipo Marca Espécie Carrocerias Possíveis
2-Ciclomotor 0 1-Passageiro 999-Nenhuma
3-Motoneta 0 1-Passageiro 999-Nenhuma
2-Carga 999-Nenhuma
4-Motocicleta 0 1-Passageiro 999-Nenhuma 119-SideCar
2-Carga 999-Nenhuma 119-SideCar
6-Especial 101-Ambulância
5-Triciclo 0 1-Passageiro 999-Nenhuma 108-Carroc. Fechada
2-Carga 999-Nenhuma 107-Carroc. Aberta 108-Carroc. Fechada
6-Automóvel 1 1-Passageiro 999-Nenhuma 105-Buggy 110-Conversível 115-Limusine
6-Especial 999-Nenhuma 101-Ambulância 111-Funeral 178-Comércio
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 263

7-Microônibus 4 1-Passageiro 999-Nenhuma


101-Ambulância 103-Blindado 111-Funeral 124-Transp. Presos
6-Especial 125-Transp. Recreat 126-Transp. Trabalh 178-Comércio
8-Ônibus 4 1-Passageiro 999-Nenhuma
101-Ambulância 103-Blindado 111-Funeral 124-Transp. Presos
6-Especial 125 – Transp. Recreat 126-Transp. Trabalh 178-Comércio
10-Reboque 6,7 1-Passageiro 123-Transp. Militar 124-Transp. Presos 125 – Transp. Recreat 126-Transp. Trabalh
102-Basculante 107-Carroc. Aberta 108-Carroc. Fechada 109-Chassi. Conteiner
2-Carga 116-Mec. Operacional 118-Prancha 120-Silo 121-Tanque
127-Conteiner/C Ab 128-Prancha Contein 132-Intercambiável 133-Roll-on Roll-off
143-Transp. Toras 145-Ab/Mec. Operac 146-Fech/Mec. Operac 179-Transp. Granito
180- Silo/Basculante 181- Basc/Mec. Operac
101-Ambulância 111-Funeral 122-Trailler 130-Trio Eletrico
6-Especial 131-Dolly
11-Semi- 6,7 1-Passageiro 123-Transp. Militar 124-Transp. Presos 125 – Transp. Recreat 126-Transp. Trabalh
Reboque 102-Basculante 107-Carroc. Aberta 108-Carroc. Fechada 109-Chassi Conteiner
2-Carga 116-Mec. Operacional 118-Prancha 120-Silo 121-Tanque
127-Conteiner/C Ab 128-Prancha Contein 132-Intercambiável 133-Roll-on Roll-off
143-Transp. Toras 145-Ab/Mec. Operac 146-Fech/Mec. Operac 179-Transp. Granito
179-Transp. Granito 180- Silo/Basculante 181-Basc/Mec. Operac
101-Ambulância 111- Funeral 122-Trailler 130-Trio Eletrico
6-Especial 131-Dolly
13-Camioneta 2 3-Misto 999-Nenhuma
6-Especial 101-Ambulância 111-Funeral 115-Limusine 124-Transp. Presos
178-Comércio

14-Caminhão 3 2-Carga 102-Basculante 107-Carroc. Aberta 108-Carroc. Fechada 109-Chassi Conteiner


112-Furgão 116-Mec. Operacional 118-Prancha 120-Silo
121-Tanque 127-Conteiner/C Ab 128-Pr. Contein 133-Rollon Rolloff
135-Aberta/C Estend 138-Fech/C Estend 140-Ab/Intercamb 143-Transp Toras
144-Inac/C Est 145-Ab/Mec. Operac 146-Fech/Mec. Operac 147-Tanq/M Operac
148-Pranc/M Operac 150-Ab/M Op/C Est 153-Fec/M Op/C Est 156-Tanque/C Estend
159-Tanq/M Op/C Est 162-Rollon/C Estend 165-Basc/C Estend 168-Pracha/C Estend
171-Pr/M Op/C Est 174- Ab/Interc/C Est 180-Silo/Basculante 179-Transp. Granito
181-Basc/Mec. Operac 182-Ch Cteiner/C. 183-Mec. Operac/C. 184-Silo/C. Estend
Estend Estend
185-Conteiner/C. Ab/C 186-Pr Contein/C. 187-Tran. Toras/C 188-Silo/Basc/C.
Estend Estend Estend Estend
6-Especial 101-Ambulância 103-Blindada 104-Bombeiro 111-Funeral
115-Limusine 116-Mec. Operacional 123-Transp. Militar 124-Transp. Presos
125-Transp. Recreat 126-Transp. Trabalh 130-Trio Eletrico 134-Aberta/C Dupla
136-Aberta/C Supl 137-Fech/C Dupla 139-Fech/C Suplem 141-C Dup/Inac.
142 – Mec Op/C Dup 149-Ab/M Op/C Dupl 151-Ab/ M Op/C Supl 152-Fec/M Op/C Dup
154-Fec/M Op/C Sup 155-Tanque/C Dupla 157-Tanque/C Suplem 158-Tanq/M Op/C Dup
160-Tanq/M Op/C Sup 161-Rollon/C Dupla 163-Rollon/C Suplem 164-Basc/C Dupla
166-Basc/C Suplem 167-Prancha/C Dupla 169-Prancha/C Supl 170-Pr/M Op/C Dup
172-Pr/M Op/C Supl 173-Ab/Interc/C Dup 175-Ab/Interc/C Supl 176-Aberta/C Tripla
177-Fechada/C Tripla 178-Comércio
17-Caminhão 3 5-Tração 999-Nenhuma 116-Mec. Operacional 129-C Estend
Trator
18-Tr Rodas 5 5-Tração 999-Nenhuma
19-Tr Esteiras 5 5-Tração 999-Nenhuma
264 Ordeli Savedra Gomes

20-Tr Misto 5 5-Tração 999-Nenhuma


21-Quadriciclo 0 1-Passageiro 999-Nenhuma
2-Carga 999-Nenhuma
22-Chassi 9 1-Passageiro Não se aplica
Plataforma 6-Especial Não se aplica
23-Caminhonete 2 2-Carga 102-Basculante 107-Carroc. Aberta 108-Carroc. Fechada 112-Furgão
116-Mec. Operacional 121-Tanque 135-Aberta/Cab Est 138-Fech/C Estend
140-Ab/Intercamb 144-Inac/C Est 150-Ab/M Op/C Est 174-Ab/Interc/C Est
181-Basc/Mec Operac 183-Mec Operac/C
Estend
6-Especial 101-Ambulância 111-Funeral 115-Limusine 123-Transp Militar
124-Transp. Presos 126-Transp. Trabalh 134-Aberta/Cab Dupla 137-Fechada/C Dupla
141-C Dup/Inac. 145-Ab/Mec Operac 146-Fech/Mec Operac 149-Ab/M Op/C Dupl
173-Ab/Interc/C Dupl 175-Ab/Interc/C Supl 178-Comércio
25 - Utilitário 2 3-Misto 999-Nenhuma 107-Carroc. Aberta 108-Carroc. Fechada 113-Jipe
6-Especial 101-Ambulância 111-Funeral 115-Limusine 123-Transp Militar
178-Comércio
26 - Motor-casa 8 6-Especial 108-Carroc. Fechada
As espécies 4-Competição e 7-Coleção devem ser registradas com o tipo e carrocerias originais do veículo.

ANEXO II
TRANSFORMAÇÃO APLICAÇÃO NOVA CLASSIFICAÇÃO
Motocicleta, Automóvel,
Tipo. O MESMO Espécie: ESPECIAL. Carroça-
1 Ambulância Camioneta, Caminhonete, Caminhão,
ria: AMBULÂNCIA.
Utilitário, Microônibus, Ônibus.
Aumento da lotação com nº final de Tipo: ÔNIBUS.
2 Microônibus.
assentos > 20 Espécie e Carroçaria: A MESMA
Aumento da lotação com nº final de Automóvel , Camioneta , Tipo: MICROÔNIBUS Espécie: PASSAGEIRO
3
assentos ≥ 10 ≤ 20 Caminhonete, Utilitário. Carroçaria: A MESMA
Aumento de potencia/Cilindrada Tipo e Espécie: O MESMO
Automóvel , Camioneta, caminhone-
4 (Acima de10%) ou alteração de Tração Elétrica - Potência em KW.
te, Utilitário.
forma de tração Automotor - Potência em CV.
A) - Se a lotação < 10
Tipo CAMIONETA Espécie: MISTO Carroçaria:
NENHUMA.
Aumento do nº de assentos e
B) - Se lotação ≥10:
retirada da divisória do comparti-
5 Caminhonete, Caminhão. Tipo: MICROÔNIBUS Espécie: PASSAGEIRO
mento para tipo de carroçaria
Carroçaria: NENHUMA.
furgão. (MONOVOLUME)
C) - Se o PBT > 3500 KG e a lotação < 10
Tipo: CAMINHÃO Espécie: ESPECIAL
Carroçaria: FECHADA/CAB DUPLA.
Tipo e Espécie: O MESMO
6 Buggy Automóvel.
Carroçaria: BUGGY.
Tipo: CAMINHÃO-TRATOR.
7 Caminhão-Trator Caminhão.
Espécie: TRAÇÃO. Carroçaria: NENHUMA.
Tipo: CAMINHÃO
8 Caminhão Caminhão-Trator. Espécie: CARGA ou ESPECIAL. Carroçaria:
Conforme Anexo I.
Tipo e Espécie: O MESMO
9 Conversível Automóvel.
Carroçaria: CONVERSÍVEL.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 265

Diminuição da lotação com a


finalidade de transporte de CARGA Tipo: CAMIONETA. Espécie: MISTO.
10 Microônibus.
no mesmo compartimento dos Carroçaria: NENHUMA
PASSAGEIROS
Tipo: O MESMO
Inclusão de CABINE Caminhonete, Caminhão
11 Espécie: Conforme Anexo I.
ESTENDIDA, DUPLA OU TRIPLA. Caminhão-Trator.
Carroçaria: Conforme Anexo I.
Inclusão de rótula e terceiro-eixo Tipo e Espécie: O MESMO
12 Ônibus.
(articulação) Carroçaria: A MESMA.
Tipo: O MESMO
Automóvel, Camioneta, Caminhão,
13 Limusine Espécie: Especial
Caminhonete, Utilitário.
Carroçaria: LIMUSINE.
Camioneta, Caminhonete,
Motor casa para uso turístico, Tipo: MOTORCASA
14 Caminhão, Utilitário, Microônibus,
moradia ou escritório Espécie: ESPECIAL. Carroçaria: FECHADA
Ônibus
Tipo: TRATOR DE RODAS
15 Trator de rodas Caminhão.
Espécie: TRAÇÃO Carroçaria: NENHUMA.
Tipo: TRICICLO
Espécie: CARGA Carroçaria: Conforme Anexo I
16 Triciclo Motocicleta, Motoneta. Tipo: TRICICLO
Espécie: PASSAGEIRO. Carroçaria: Conforme
Anexo I
Caminhão, Reboques e Tipo: O MESMO
17 Trio elétrico
Semi-reboques. Espécie: ESPECIAL Carroçaria: TRIO ELÉTRICO
Tipo: O MESMO
Troca da Carroçaria para transporte
18 Reboques e Semi-reboques. Espécie: PASSAGEIRO Carroçaria: Conforme
de PASSAGEIROS
Anexo I
Tipo: Camioneta.
19 Camioneta com lotação < 10 Caminhonete
Espécie: MISTO. Carroçaria: Nenhuma.
Automóvel, Caminhonete,
Instalação de sistema de
Camioneta, Utilitário, Caminhão, Tipo, Espécie: O MESMO
20 tração em outro eixo, além do
Caminhão-Trator, Ônibus, carroçaria: A MESMA.
original.
Microônibus, Motorcasa.
Tipo. O MESMO
21 Bombeiro Caminhão
Espécie: ESPECIAL. Carroçaria: Bombeiro.

Conceitos:
Cabines Estendidas: Extensão da cabine original sem alterar a lotação e a espécie do veículo original.
Cabines Duplas: Extensão da cabine original, com alteração da lotação do veículo e modificação da sua espécie para especial.

RESOLUÇÃO 292, DE 29.08.2008


Dispõe sobre modificações de veículos previstas nos
arts. 98 e 106 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu
o CTB e dá outras providências.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme Decreto 4.711, de
29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, RESOLVE:
Art. 1º. Estabelecer as modificações permiti- Parágrafo único. Os veículos e sua classifica-
das em veículo registrado no Órgão Executivo de ção quanto à espécie, tipo e carroçaria estão descritos
Trânsito dos Estados ou do Distrito Federal. na Portaria 1.207, de 15 de dezembro de 2010, do
266 Ordeli Savedra Gomes

DENATRAN, bem como nas suas alterações posterio- e exigências previstos nesta Resolução, cabendo a
res. (Redação dada pela Res. 397/11) cada entidade executora das modificações e ao
Art. 2º. As modificações permitidas em veícu- proprietário do veículo a responsabilidade pelo
los, bem como a aplicação, a exigência para cada atendimento às exigências em vigor. (Artigo com
modificação e a nova classificação dos veículos após redação dada pela Res. 479/14)
modificados, quanto ao tipo/espécie e carroçaria, para § 1º Nos veículos com PBT até 3500 kg:
fins de registro e emissão de CRV/CRLV, constarão da I – O sistema de suspensão poderá ser fixo ou
Tabela anexa à Portaria a ser editada pelo órgão regulável.
máximo executivo de trânsito da União. II - A altura mínima permitida para circulação
Parágrafo único. Além das modificações deve ser maior ou igual a 100 mm, medidos vertical-
previstas nesta Resolução, também são permitidas mente do solo ao ponto mais baixo da carroceria ou
as transformações em veículos previstas no Anexo II chassi, conforme anexo I.
da Portaria 1.207/10, do DENATRAN, bem como nas III - O conjunto de rodas e pneus não poderá
suas alterações posteriores, as quais devem ser tocar em parte alguma do veículo quando submetido
precedidas de obtenção de código de marca/mode- ao teste de esterçamento.
lo/versão. (Caput e parágrafo único com redações § 2º Nos veículos com PBT acima de 3.500 kg:
dadas pela Res. 397/11) I - Em qualquer condição de operação, o nive-
Art. 3º. As modificações em veículos devem lamento da longarina não deve ultrapassar dois graus
ser precedidas de autorização da autoridade respon- a partir de uma linha horizontal.
sável pelo registro e licenciamento. II - A verificação do cumprimento do disposto
Parágrafo único. A não observância do dis- no inciso I será feita conforme o Anexo I.
posto no caput deste artigo incorrerá nas penalidades III - As dimensões de intercambiabilidade en-
e medidas administrativas previstas no art. 230, inc. tre o caminhão trator e o rebocado devem respeitar a
VII, do Código de Trânsito Brasileiro. norma NBR NM – ISO 1726.
Art. 4º. Quando houver modificação exigir-se- IV - É vedada a alteração na suspensão dian-
-á realização de inspeção de segurança veicular para teira, exceto para instalação do sistema de tração e
emissão do Certificado de Segurança Veicular – CSV, para incluir ou excluir eixo auxiliar, direcional ou auto
conforme regulamentação específica do INMETRO, direcional.
expedido por Instituição Técnica Licenciada pelo § 3º Os veículos que tiverem sua suspensão
DENATRAN, respeitadas as disposições constantes modificada, em qualquer condição de uso, deverão
da Tabela anexa à Portaria a ser editada pelo órgão inserir no campo das observações do Certificado de
máximo executivo de trânsito da União. (Redação Registro de Veiculo – CRV e do Certificado de Registro e
dada pela Res. 397/11) Licenciamento de Veiculo – CRLV a altura livre do solo.
Parágrafo único. O número do Certificado de Art. 7º. É permitido, para fins automotivos,
Segurança Veicular – CSV, deve ser registrado no exceto para ciclomotores, motonetas, motocicletas e
campo das observações do Certificado de Registro de triciclos, o uso do Gás Natural Veicular – GNV como
Veículos – CRV e do Certificado de Registro e Licen- combustível.
ciamento de Veículos – CRLV, enquanto que as
modificações devem ser registradas nos campos § 1º Os componentes do sistema devem estar
específicos e, quando estes não existirem, no campo certificados no âmbito do Sistema Brasileiro de
das observações do CRV/CRLV. Avaliação da Conformidade, conforme regulamenta-
ção específica do Instituto Nacional de Metrologia,
Art. 5º. Somente serão registrados, licencia-
Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO.
dos e emplacados com motor alimentado a óleo
diesel, os veículos autorizados conforme a Portaria § 2º Por ocasião do registro será exigido dos
23, de 06.06.1994, baixada pelo extinto Depart. veículos automotores que utilizarem como combustí-
Nacional de Combustíveis, do Ministério de Minas e vel o Gás Natural Veicular – GNV:
Energia e regulamentação específica do DENATRAN. I - Certificado de Segurança Veicular – CSV
Parágrafo único. Fica proibida a modificação expedido por Instituição Técnica Licenciada pelo
da estrutura original de fábrica dos veículos para DENATRAN e acreditada pelo INMETRO, conforme
aumentar a capacidade de carga, visando o uso do regulamentação específica, onde conste a identifica-
combustível Diesel. ção do instalador registrado pelo INMETRO, que
Art. 6º. Os veículos de passageiros e de car- executou o serviço.
gas, exceto veículos de duas ou três rodas e quadri- II - O Certificado Ambiental para uso de Gás
ciclos, usados, que sofrerem alterações no sistema Natural em Veículos Automotores – CAGN, expedido
de suspensão, ficam obrigados a atender aos limites pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 267

Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, ou aposição uso, Anotação de Responsabilidade Técnica para a
do número do mesmo no CSV. adaptação, emitida por profissional legalmente habi-
§ 3º Anualmente, para o licenciamento dos litado e, no caso de eixos direcionais ou auto-dire-
veículos que utilizam o Gás Natural Veicular como cionais, notas fiscais dos componentes de direção,
combustível será exigida a apresentação de novo os quais deverão ser sem uso.
Certificado de Segurança Veicular – CSV. Art. 10. Dos veículos que sofrerem modifica-
Art. 8º. Ficam proibidas: ções para viabilizar a condução por pessoa com
I - A utilização de rodas/pneus que ultrapas- deficiência ou para aprendizagem em centros de
sem os limites externos dos pára-lamas do veículo; formação de condutores deve ser exigido o CSV –
Certificado de Segurança Veicular.
II - O aumento ou diminuição do diâmetro ex-
terno do conjunto pneu/roda; Art. 11. Os veículos pré-cadastrados, cadas-
trados ou modificados a partir da data de entrada em
III - A substituição do chassi ou monobloco de vigor desta Resolução devem ser classificados
veículo por outro chassi ou monobloco, nos casos de conforme a Tabela constante de Portaria a ser edita-
modificação, furto/roubo ou sinistro de veículos, com da pelo órgão máximo executivo de trânsito da União.
exceção de sinistros em motocicletas e assemelhados; (Redação dada pela Res. 397/11) (Portaria 64/16,
IV - A adaptação de 4º eixo em caminhão, salvo com anexo dado pela Portaria 159/17, estabelece o
quando se tratar de eixo direcional ou auto-direcional; Anexo da Resolução 292/08, que dispõe sobre as
(Inciso alterado pela Res. 319, de 05.06.2009) modificações de veículos)
V - A instalação de fonte luminosa de descarga Art. 12. Em caso de complementação de veí-
de gás em veículos automotores, excetuada a substi- culo inacabado tipo caminhão, com carroçaria aberta
tuição em veículo originalmente dotado deste dispositi- ou fechada, os órgãos executivos de trânsito dos
vo; (Inciso acrescido pela Res. 384, de 02.06.2011) Estados e do Distrito Federal devem registrar no
VI - A inclusão de eixo auxiliar veicular em Certificado de Registro de Veículos – CRV e Certifica-
semirreboque com comprimento igual ou inferior a do de Registro e Licenciamento de Veículos – CRLV o
10,50 m, dotado ou não de quinta roda. (Inciso acres- comprimento da carroçaria.
cido pela Res. 419, de 17.10.2012) Art. 13. Fica garantido o direito de circulação,
Parágrafo único. Veículos com instalação de até o sucateamento, aos veículos modificados antes
fonte luminosa de descarga de gás com CSV emitido da entrada em vigor desta Resolução, desde que os
até a data da entrada em vigor desta Resolução seus proprietários tenham cumprido todos os requisi-
poderão circular até a data de seu sucateamento, tos exigidos para a sua regularização, mediante
desde que o equipamento esteja em conformidade comprovação no Certificado de Registro de Veículo –
com a Resolução 227/07 – CONTRAN. (Parágrafo CRV e no Certificado de Registro e Licenciamento de
acrescido pela Res. 384, de 02.06.2011) Veículo – CRLV.
Art. 9º. O Instituto Nacional de Metrologia, Art. 14. Serão consideradas alterações de cor
Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO aquelas realizadas através de pintura ou adesivamen-
deverá estabelecer programa de avaliação da con- to em área superior a 50% do veículo, excluídas as
formidade para os seguintes produtos: áreas envidraçadas.
a) eixo veicular para caminhão, caminhão- Parágrafo único. Será atribuída a cor fantasia
trator, ônibus, reboques e semi-reboques; quando for impossível distinguir uma cor predominan-
b) eixo direcional e eixo auto-direcional para te no veículo.
caminhões, caminhões-tratores, ônibus, rebo- Art. 15. Na substituição de equipamentos
ques e semi-reboques; (Alínea alterada pela veiculares, em veículos já registrados, os Órgãos
Res. 319, de 05.06.2009) Executivos de Trânsito dos Estados e do Distrito
c) (Suprimida pela Res. 319, de 05.06.2009) Federal devem exigir a apresentação dos seguintes
documentos em relação ao equipamento veicular:
§ 1º Para as modificações previstas nas alí-
I - Equipamento veicular novo ou fabricado
neas deste artigo, será exigido o Certificado de
após a entrada em vigor da Portaria 27 do DENA-
Segurança Veicular – CSV, a Comprovação de aten-
TRAN, de 07.05.2002:
dimento à regulamentação do INMETRO e Nota Fiscal
do eixo, o qual deverá ser sem uso. a) CSV;
§ 2º Enquanto o INMETRO não estabelecer o b) CAT;
programa de avaliação da conformidade dos produtos c) Nota Fiscal;
elencados neste artigo, os DETRANs deverão exigir, II - Equipamento veicular usado ou reformado
para fins de registro das alterações, o Certificado de fabricado antes da entrada em vigor da Portaria 27 do
Segurança Veicular – CSV, a Nota Fiscal do eixo sem DENATRAN, de 07.05.2002:
268 Ordeli Savedra Gomes

a) CSV, Art. 16. (Revogado pela Res. 419, de 17.10.2012)


b) comprovação da procedência, através de no- Art. 17. Esta Resolução entra em vigor na data
ta fiscal original de venda ou mediante declaração do de sua publicação, ficando revogada a Resolução
proprietário, responsabilizando-se civil e criminalmente 262/07 – CONTRAN.
pela procedência lícita do equipamento veicular. Alfredo Peres da Silva

ANEXO
(Alterado pela Portaria 38/18/DENATRAN)
CLASSIFICAÇÃO DO
MODIFICAÇÃO APLICAÇÃO EXIGÊNCIA VEÍCULO APÓS
MODIFICAÇÃO
Acessibilidade para transporte Tipo: O MESMO
de portadores de necessidades
especiais, sem que haja altera- Espécie: A MESMA
Automóvel, Camioneta, CSV e Normas Bra-
ção da estrutura do veículo e/ou Carroceria: A MESMA
1 Utilitário, Micro-ônibus sileiras da ABNT
alteração/reposicionamento dos
e Ônibus. aplicáveis. Nas OBS. do CRV/CRLV
componentes do sistema de
segurança do veículo. (Ver Ob- ‘veículo com acessibi-
servação 1) lidade’.
Retirada de componentes e dis- Tipo: O MESMO
positivos de acessibilidade para
transporte de portadores de ne- Espécie: A MESMA
Automóvel, Camioneta,
cessidades especiais, sem que Carroceria: A MESMA
2 Utilitário, Micro-ônibus CSV
haja alteração da estrutura do
e Ônibus. Retirar da OBS. do
veículo e/ou alteração/reposicio-
namento dos componentes do CRV/CRLV ‘veículo com
sistema de segurança do veículo. acessibilidade’.
Tipo: O MESMO
Caminhão, Caminhão
3 Alteração de potência/cilindrada. trator, Micro-ônibus e CSV Espécie: A MESMA
Ônibus.
Carroceria: A MESMA
Alteração de potência/cilindrada. Tipo: O MESMO
Qualquer diminuição ou qualquer Automóvel, Camioneta,
4 CSV Espécie: A MESMA
aumento até 10% superior ao Caminhonete e Utilitário.
original. Carroceria: A MESMA
Tipo: O MESMO
Automóvel, Camioneta,
Diminuição da lotação sem rear-
5 Caminhonete, Utilitário, CSV Espécie: A MESMA
ranjo de layout interno.
Ônibus e Micro-ônibus.
Carroceria: A MESMA
Automóvel, Camioneta, Tipo: O MESMO
Caminhonete, Cami-
nhão, Caminhão-Trator, Espécie: A MESMA
CSV e Autorização
6 Inclusão de blindagem. Reboque, Semirrebo- Carroceria: A MESMA
do exército
que, Ônibus, Micro-ôni-
bus, Utilitário, Motor- Nas OBS. do CRV/CRLV
Casa e Quaciclo. ‘veículo blindado’.

Automóvel, Camioneta, Tipo: O MESMO


Caminhonete, Cami- Espécie: A MESMA
nhão, Caminhão-Trator,
Retirada de Blindagem (sem alte- CSV e normativo do
7 Reboque, Semirrebo- Carroceria: A MESMA
ração estrutural). Exército
que, Ônibus, Micro-
ônibus, Utilitário, Mo- Retirar da OBS. do
tor-Casa e Quadriciclo. CRV/CRLV ‘veículo blin-
dado’.
Ciclomotor, Motoneta, Tipo: O MESMO
Alteração de Combustivel (exce- CSV e Art. 5º desta
8 Motocicleta, Triciclo,
to inclusão ou exclusão de GNV). Resolução Espécie: A MESMA
Quadriciclo, Automóvel,
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 269

Camioneta, Caminho-
nete, Caminhão, Cami-
nhão-Trator, Ônibus, Carroceria: A MESMA
Micro-Ônibus, Utilitário
e Motor-Casa
Tipo: O MESMO
Automóvel, Camioneta,
Espécie: A MESMA
Caminhonete, Cami-
nhão, Caminhão-Trator, Carroceria: A MESMA
Alteração doscomponentesdo. CSV e Art. 5º desta
9 Reboque, Semirrebo-
Sistema de suspensão. Resolução Nos veículos com PBT
que, Ônibus, Micro-
até 3500 kg na OBS.
Ônibus, Utilitário e Mo-
do CRV/CRLV constar
tor-Casa.
nova altura conforme
Art. 6º.
Automóvel, Camioneta, Tipo: O MESMO
Caminhonete, Cami-
nhão, Caminhão-Trator, Espécie: A MESMA
10 Inclusão de sistema GNV. CSV
Ônibus, Micro-ônibus,
Utilitário, Motor-Casa e Carroceria: A MESMA
Quadriciclo.

Automóvel, Camioneta, Tipo: O MESMO


Caminhonete, Cami- Espécie: A MESMA
nhão, Caminhão-Trator,
11 Retirada de sistema GNV. CSV
Ônibus, Micro-Ônibus,
Utilitário, Motor-Casa e Carroceria: A MESMA
Quadriciclo.

Tipo: O MESMO
Espécie: A MESMA
Arts. 3º e 14 desta
12 Cor. Todos os veículos.
Resolução
Carroceria: A MESMA

Tipo: O MESMO
13 De Espécie para COLEÇÃO. Todos os veículos. COVC Espécie: COLEÇÃO
Carroçaria: A MESMA

Tipo: O MESMO
Art. 3º desta Re-
14 De Espécie para COMPETIÇÃO. Todos os veículos. Espécie: COMPETIÇÃO
solução
Carroçaria: A MESMA
Tipo: O MESMO

Caminhonete, Cami- Espécie: CARGA


Trocade carroceria Trio Elétrico CSV e art. 15 desta
15 nhão, Reboque e Se- Carroçaria: conforme
para transporte de carga. Resolução
mirreboque. as carrocerias de car-
ga do Anexo I da Res.
CONTRAN 291
Inclusão de carroceria comércio Tipo: O MESMO
para uso diverso com ou sem Automóvel, Caminhão,
CSV e art. 15 desta
diminuição de lugares, sem que Camioneta, Caminho- Espécie: ESPECIAL
16 Resolução quando
haja al-teração da estrutura e/ou nete, Utilitário, Micro-
aplicável
sistemas de segurança ori-ginais ônibus e Ônibus. Carroçaria: COMÉRCIO
do veículo. (Ver Observação 2)
270 Ordeli Savedra Gomes

Tipo: O MESMO
Inclusão de dispositivo para Atender Regulamen-
17 transporte de carga, para fins de Motoneta e Motocicleta. tação específica e Espécie: CARGA
transporte remunerado de carga. Art. 139-A do CTB
Carroçaria: NENHUMA
Tipo: O MESMO
Exclusão de dispositivo para Art. 3º desta Reso-
18 Motoneta e Motocicleta. Espécie: PASSAGEIRO
transporte de carga. lução
Carroçaria: NENHUMA
Tipo: O MESMO
Exclusão de rótula e terceiro-eixo
19 Ônibus. CSV Espécie: A MESMA
(articulação).
Carroçaria: A MESMA
Tipo: O MESMO
Espécie: ESPECIAL
Inclusão de CABINE SUPLEMEN- Caminhão, Caminhão- CSV e art. 15 desta
20 Carroçaria: conforme
TAR. Trator e Caminhonete. Resolução
Anexo I da Res. CON-
TRAN 291 que possuir
cabine suplementar
Tipo: O MESMO
Espécie: CARGA
Retirada de CABINE SUPLEMEN- Caminhão, Caminhão-
21 CSV Carroçaria: conforme
TAR. Trator e Caminhonete.
as carrocerias de cara
do Anexo I da Res.
CONTRAN 291
Tipo: O MESMO
Espécie: A MESMA
Inclusão de carroceria INTER- Caminhonete e Cami- CSV e art. 15 desta Carroçaria: confor-me
22
CAMBIÁVEL (“camper”). nhão. Resolução Anexo I da Res. CON-
TRAN 291 que possuir
carroceria intercambiá-
vel
Tipo: O MESMO

Retirada da carroceria INTER- Caminhonete e Cami- Espécie: A MESMA


23 CSV
CAMBIÁVEL (“camper”). nhão. Carroçaria: confor-me
Anexo I da Res. CON-
TRAN 291
Tipo: O MESMO
Inclusão de mecanismo operacio- Caminhonete, Cami-
nal que não constitua a própria nhão, Caminhão-Trator, Espécie: A MESMA
24 CSV
carroceria do veículo. (Ver Ob- Reboque e Semirrebo- Carroçaria: conforme
servação 3) que. Anexo I da Res. CON-
TRAN 291
Tipo: O MESMO
Caminhonete, Cami-
Retirada de mecanismo operacio- Espécie: A MESMA
nhão, Caminhão-Trator,
25 nal que não constitua a própria CSV
Reboque e Semirrebo- Carroçaria: confor-me
carroceria do veículo.
que. Anexo I da Res. CON-
TRAN 291
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 271

Todos os veículos au- Tipo: O MESMO


tomotores, exceto Ci-
Inclusão/Retirada de película não Regulamentação
26 clomotor, Motoneta, Espécie: A MESMA
refletiva. específica
Motocicleta e Chassi
plataforma. Carroçaria: A MESMA
Tipo: O MESMO
Inclusão, substituição ouretirada
Caminhão e Caminhão-
27 de tanquesuplementar e/outanque CSV Espécie: A MESMA
trator
adicional.
Carroçaria: A MESMA

Inclusão, substituição ouretirada Tipo: O MESMO


de tanquesuplementar e/outanque Reboque e Semirrebo-
28 CSV Espécie: A MESMA
adicional para alimentação do que.
sistema de refrigeração. Carroçaria: A MESMA
Tipo: O MESMO
Inclusão de Sidecar para trans- CSV e art. 15 desta Espécie: CARGA ou
29 Motocicleta.
porte de pessoas ou carga. Resolução PASSAGEIRO
Carroçaria: SIDECAR
Tipo: O MESMO
Retirada de Sidecar para trans- Espécie: CARGA ou
30 Motocicleta. CSV
porte de pessoas ou carga. PASSAGEIRO
Carroçaria: NENHUMA
Tipo: O MESMO
Modificação no para-choque, Triciclo, Quadriciclo, Au-
grade, capô, saias laterais e ae- tomóvel, Ônibus, Mi- Espécie: A MESMA
rofólios de forma que o veículo cro-ônibus, Camioneta,
31 CSV Carroçaria: A MESMA
fique com características visuais Caminhão, Caminhão-
diferentes daquelas do veículo Trator, Caminhonete, Na OBS. do CRV/CRLV
original. Utilitário e Motor-Casa. ‘veículo modificado vi-
sualmente’
Tipo: O MESMO
Modificação no para-choque, Triciclo, Quadriciclo, Au-
grade, capô, saias laterais e ae- tomóvel, Ônibus, Mi- Espécie: A MESMA
rofólios de forma que o veículo cro-ônibus, Camioneta,
32 CSV Carroçaria: A MESMA
fique com características visuais Caminhão, Caminhão-
iguais daquelas do veículo Trator, Caminhonete, Na OBS. do CRV/CRLV
original. Utilitário e Motor-Casa. ‘veículo modificado vi-
sualmente’
Automóvel, Ônibus, Ca- Tipo: O MESMO
mioneta, Caminhão,
33 Para aprendizagem. CSV Espécie: A MESMA
Caminhão-Trator, Ca-
minhonete e Utilitário. Carroçaria: A MESMA

Automóvel, Ônibus, Ca- Tipo: O MESMO


Retirada da condição para apren- mioneta, Caminhão,
34 CSV Espécie: A MESMA
dizagem. Caminhão-Trator, Ca-
minhonete e Utilitário. Carroçaria: A MESMA
Para condução por pessoas por- Ciclomotor, Motoneta, Tipo: O MESMO
tadoras de necessidades espe- Motocicleta, Triciclo,
ciais sem que haja alteração da Quadriciclo, Automóvel, Espécie: A MESMA
CSV e Normas Bra-
estrutura do veículo e/ou altera- Camioneta, Caminho-
35 sileiras da ABNT
ção/reposicionamento dos com- nete, Caminhão, Ca- Carroçaria: A MESMA
aplicáveis
ponentes do sistema de segu- minhão-Trator, Ôni-
rança do veículo. (Ver Observa- bus, Micro-Ônibus, Uti- Na OBS. do CRV/CRLV
ção 4) litário e Motor-Casa. “veículo para condu-
272 Ordeli Savedra Gomes

ção por pessoas por-


tadoras de necessida-
des especiais”
Tipo: O MESMO
Retirada de componentes e dis- Ciclomotor, Motoneta,
positivos de acessibilidade para Motocicleta, Triciclo, Espécie: A MESMA
condutores portadores de nece- Quadriciclo, Automóvel,
ssidades especiais, sem que Camioneta, Caminho- Carroçaria: A MESMA
36 haja alteração da estrutura do nete, Caminhão, Ca- CSV
Retirar da OBS. do
veículo e/ou alteração/reposicio- minhão-Trator, Ônibus, CRV/CRLV ‘veículo pa-
namento dos componentes do Micro-Ônibus, Utilitário ra condução por pes-
sistema de segurança do veículo. e Motor-Casa soas portadoras de ne-
cessidades especiais’
Caminhonete e ca- Tipo: O MESMO
minhão de carroceria
Inclusão de carroceria funeral furgão, Automóvel, Ca- CSV
(sem modificação de entre-eixos mioneta, Ônibus, Mi- Espécie: ESPECIAL
37 e/ou balanço traseiro e/ou sis- cro-Ônibus e Utilitário.
temas de segurança originais do Caminhonete e cami-
veículo). nhão, exceto carroce- CSV e art. 15 desta
Carroçaria: FUNERAL
ria furgão, Reboque e Resolução.
Semirreboque.
Tipo: O MESMO
Troca da carroceria funeral para
outra de espécie CARGA (sem Espécie: conforme Ane-
modificação de entre-eixos e/ou Caminhonete e Cami- CSV e art. 15 desta xo I da Res. CONTRAN
38 balanço traseiro e/ou sistemas nhão Resolução 291
de segurança originais do veí- Carroçaria: conforme
culo), exceto carroceria Furgão. Anexo I da Res. CON-
TRAN 291
Rebaixamento, alongamento ou Tipo: O MESMO
encurtamento do chassi (exceto Caminhão e Caminhão
39 monobloco) com ou sem altera- CSV Espécie: A MESMA
ção de entre-eixos e/ou balanço Trator
traseiro. Carroçaria: A MESMA
Ciclomotor, Motoneta, Tipo: O MESMO
Motocicleta, Triciclo, CSV, inc. V e pará-
Quadriciclo, Automóvel, grafo único do art. Espécie: A MESMA
Sistema de sinalização/ilumina- Reboque, Semirrebo- 8º desta Resolução,
40 que, Camioneta, Cami- Res. 227/2007 e
ção. nhonete, Caminhão, Ca- sua sucedânea e
minhão-Trator, Ônibus, Res. 548/15 e suas Carroçaria: A MESMA
Micro-Ônibus, Utilitário sucedâneas.
e Motor-Casa.
Tipo: O MESMO
Incs. Ie II do art. 8º
41 Sistema de rodas/pneus. Todos os veículos. Espécie: A MESMA
desta Resolução
Carroçaria: A MESMA
CSV, Certificado de Tipo: O MESMO
Suspensão/inclusão ou exclusão Conformidade do
Caminhão, Caminhão
42 de eixo veicular au-xiliar, eixo Trator, Ônibus, Rebo- INMETRO (art. 9° Espécie: A MESMA
direcional ou ei-xo auto direcio- desta Resolução) e
nal. (Ver Observação 6) que e Semirreboque. inc. IVe VI do art. 8º Carroçaria: A MESMA
desta Resolução
Tipo: O MESMO

Inclusão/Troca da Carroçaria pa- Triciclo, Caminhonete, Espécie: CARGA


CSV e art. 15 desta
43 ra outra, também de transporte Caminhão, Reboque e Carroçaria: conforme
de CARGA. Semirreboque. Resolução
as carrocerias de car-
ga do Anexo I da Res.
CONTRAN 291
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 273

Tipo: O MESMO
Inclusão/Troca da Carroçaria pa-
ra outra, também de espécie Caminhonete e Cami- CSV e art. 15 desta Espécie: ESPECIAL
44
CARGA, mantendo a cabine du- nhão. Resolução Carroçaria: conforme
pla, tripla, linear ou suplementar. Anexo I da Res. CON-
TRAN 291
Tipo: O MESMO
Troca de carroçaria (reencarro-
45 Micro-ônibus e Ônibus. CSV Espécie: A MESMA
çamento).
Carroçaria: A MESMA
Tipo: O MESMO
Inclusão/Troca da Carroçaria pa- Espécie: PASSAGEI-RO
ra Transporte Recreativo ou Caminhonete, Cami- ou ESPECIAL
CSV e art. 15 desta
46 Transporte Trabalhador ou Som, nhão, Camioneta, Rebo- Carroçaria: TRANSPOR-
Resolução
o qual não é requerido código de que e Semirreboque. TE RECREATIVO ou
marca-modelo-versão. TRANSPORTE TRABA-
LHADOR ou SOM
Tipo: O MESMO
Trocada Carroçaria de Transpor- Espécie: conforme Ane-
te Recreativo ou Transporte Tra- Caminhonete, Cami- xo I da Res. CONTRAN
CSV e art. 15 desta
47 balhador ou Som, para outra o nhão, Camioneta, Re- 291
Resolução
qual não é requerido código de boque e Semirreboque. Carroçaria: conforme
marca-modelo-versão. Anexo I da Res.
CONTRAN 291
Tipo: O MESMO

Inclusão de mecanismo operacio- Caminhonete, Cami- Espécie: A MESMA


CSV e art. 15 desta
48 nal cujo mecanismo constitua a nhão e Caminhão Tra- Carroçaria: conforme
Resolução
própria car-roceria do veículo. tor. Anexo I da Res. CON-
TRAN 291 que possuir
mecanismo operacional
Tipo: O MESMO
Retirada de mecanismo operacio-
nal, cujo mecanis-mo constitua a CSV e art. 15 desta Espécie: A MESMA
49 Caminhão Trator.
própria car-roceria do caminhão Resolução Carroçaria: conforme
trator. Anexo I da Res. CON-
TRAN 291
CSV e art. 15 desta Tipo: O MESMO
Resolução, para ins-
Instalação ou remoção deca-pota talação e no caso Espécie: A MESMA
50 Caminhonete.
em carroceria aberta. de a carroceria re- Carroçaria: FECHADA se
sultante não ser re- for instalação, ABERTA
movível se for remoção
Tipo: O MESMO
Automóvel, Camioneta, Espécie: A MESMA
Utilitário, Caminhonete,
51 Instalação do Teto Solar. CSV Carroçaria: A MESMA
Caminhão, Caminhão-
Trator. Na Obs do CRV/CRLV
constar ‘veículo com
teto solar’
CSV, atender legis- Tipo: O MESMO
Inclusão de carroceria para
lação municipal,
Transporte Escolar sem altera- Camioneta, Ônibus e
52 art. 136 do CTB e Para camioneta
ção de lotação e/ou rearranjo de Micro-ônibus.
Resolução 504/14 e
layout interno. Espécie: MISTO
suas sucedâneas
274 Ordeli Savedra Gomes

Para ônibus e micro-


ônibus
Espécie: PASSAGEIRO
Carroçaria: TRANSPOR-
TE DE ESCOLAR
Tipo: O MESMO
Retirada dacondição de Trans- Espécie: conforme Ane-
porte Escolar sem alteração de Camioneta, Ônibus e xo I da Res. CONTRAN
53 CSV 291
lotação e/ou rearranjo de layout Micro-ônibus.
interno. Carroçaria: confor-me
Anexo I da Res. CON-
TRAN 291
Tipo: O MESMO
Inclusão de dispositivo de se-
gurança para impedir o aciona- Espécie: A MESMA
Caminhão e Caminhão- CSV e Resolução
54 mento da tomada de forçainvo- Carroçaria: conforme
Trator. CONTRAN 563/15
luntária para veículos com car- Anexo I da Res. CON-
roceria bas-culante. TRAN 291 que possuir
basculante
Tipo: O MESMO
Para Ambulância (sem alteração CSV e art. 15 desta Espécie: ESPECIAL
55 Motocicleta e Triciclo.
estrutural). Resolução
Carroçaria: AMBULÂN-
CIA
Tipo: O MESMO
Espécie: conforme Ane-
Retirada da condição ambulân- xo I da Res. CONTRAN
56 Motocicleta e Triciclo. CSV 291
cia (sem alteração estrutural).
Carroçaria: conforme
Anexo I da Res. CON-
TRAN 291
Inclusão de carroceria ambulân- Tipo: O MESMO
cia (sem modificação de entre- Reboque, Semirrebo-
CSV e art. 15 desta Espécie: ESPECIAL
57 eixos e/ou balanço traseiro) ex- que, Caminhão e Cami-
Resolução
ceto carroceria Furgão. (Obser- nhonete. Carroçaria: AMBULÂN-
vação 5) CIA
Troca de carroceria ambulância Tipo: O MESMO
para outra de espécie CARGA Reboque, Semirrebo- Espécie: CARGA
CSV e art. 15 desta
58 (sem modificação de entre-eixos que, Caminhão e Cami-
Resolução Carroçaria: conforme
e/ou ba-lanço traseiro) exceto nhonete.
carroceria Furgão. (Observação 5) Anexo I da Res. CON-
TRAN 291
Tipo: O MESMO
Retirada da condição ambulância
Caminhão e Caminho-
59 para veículo furgão. (Observa- CSV Espécie: CARGA
nete.
ção 5)
Carroçaria: FURGÃO
Alteração deespelhos retroviso- Tipo: O MESMO
res, guidão, decomponentes do
Motocicleta, Motoneta
60 sistema de suspensão e assento CSV Espécie: A MESMA
e Triciclo.
(alteração dos pontos de fixação
originais). (Observações 7 e 8) Carroceria: A MESMA
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 275

Observação 1: Enquadra-se nesta modifica- Observação 5: A marca/modelo/versão do


ção a retirada de banco, inclusão de rampas de acesso veículo será mantida.
ou plataformas elevatórias, dentre outros componen- Observação 6: Deverá ser observado as con-
tes e dispositivos, sem que haja alterações na estru- figurações de veículos e as combinações de veículos
tura e/ou sistemas de segurança originais do veículo. de transporte de carga e de passageiros, constantes
Observação 2: Excetuam-se desta modifica- do Anexo da Portaria DENATRAN 63, de 31.03.2009,
ção os veículos alterados para fins de escritório, tais e suas sucedâneas, com seus respectivos limites de
como unidade de atendimento de saúde, posto poli- comprimento, peso bruto total (PBT) e peso bruto to-
cial, juizados especiais, cursos profissionalizantes, tal combinado (PBTC), conforme Res. 210/06 e suas
entre outros similares. Estes devem ser tratados co- sucedâneas.
mo transformação em motorcasa para fins de escritó- Observação 7: Quando da alteração de espe-
rio conforme a Resolução CONTRAN 291/08. lhos retrovisores deverá ser observado, os requisitos
Observação 3: Enquadra-se neste tipo demo- técnicos estabelecidos na Resolução CONTRAN 682,
dificação ainclusão de dispositivos de elevação de- de 25.07.2017 e suas sucedâneas.
carga (munck), plataformas elevatórias, entre outros. Observação 8: Quando da alteração de guidão
Não se considera mecanismo operacional qualquer deverá ser observado: Largura: Mínima de 600mmm e
componente que faça parte de um sistema de acio- máxima de 950mmm (Figura 1) e Altura: Máxima limi-
namento, tais como componentes de sistema hidráu- tada ao ombro do condutor quando o mesmo estiver
lico, pneumático, mecânico ou elétrico, entre outros. em posição de condução da motocicleta (Figura 2).
Observação 4: Enquadra-se nesta modifica-
ção o reposicionamento dos comandos do freio, ace-
lerador, embreagem e transmissão, inclusão de pomo
de direção no volante, prolongamento dos pedais,
retiradas de bancos, inclusão de rampas de acesso
ou plataformas elevatórias, entre outros, sem que
haja alterações na estrutura do veículo ou dos com-
ponentes do sistema de segurança.
Figura 1 – Largura do Guidão

Figura 2 – Altura do Guidão

Conceitos: veículo original, não seja superior 9 (nove) ocupantes.


Altura original do veículo: definida pelo fa- Ex: Em caminhões cuja lotação seja igual a 3 (três)
bricante, correspondente à distância do solo ao ponto ocupantes a cabine suplementar poderá ter no má-
superior extremo doveículo. ximo 6 (seis) ocupantes.
Cabine Suplementar: Equipamento veicular Certificado de Conformidade do Inmetro:
destinado ao transporte de passageiros, separada da Documento emitido por uma entidade acreditada pelo
cabine do veículo, cuja lotação, incluindo a lotação do INMETRO atestando que o produto ou o serviço
276 Ordeli Savedra Gomes

apresenta nível adequado de confiança no cumpri- COVC: Certificado de Originalidade de Veículo


mento de requisitos estabelecidos em norma ou re- de Coleção.
gulamento técnico. Dispositivo para transporte de carga para
CSV: Certificado de Segurança Veicular. motonetas e motocicletas: equipamento do tipo baú
ou grelha.

RESOLUÇÃO 293, DE 29.09.2008


Fixa requisitos de segurança para circulação de veícu-
los que transportem produtos siderúrgicos e dá outras
providências.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme Decreto 4.711, de
29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito,
Considerando o disposto no art. 102 e seu parágrafo único, do Código de Trânsito Brasileiro;
Considerando a necessidade de atualizar os requisitos de segurança no transporte de produtos siderúr-
gicos em veículos rodoviários de carga, RESOLVE:
Art. 1º. Só poderão transitar nas vias terres- VII - TARUGO – (palanquilhas) Produto inter-
tres do território nacional abertas à circulação, mediário não plano, obtido por laminação a quente ou
transportando produtos siderúrgicos, veículos de lingotamento contínuo, de eixo longitudinal retilíneo e
cargas que atendam aos requisitos previstos nesta seção transversal geralmente retangular ou quadrada,
Resolução. com área igual ou inferior a 22.500mm2 (vinte e dois
Art. 2º. São considerados produtos siderúrgi- mil e quinhentos milímetros quadrados) e com relação
cos os seguintes materiais metálicos, definidos no entre largura e espessura igual ou inferior a 2. Tem to-
art. 3º desta Resolução, e seus insumos, tais como: lerâncias dimensionais menos rigorosas que as barras;
I - Carvão a granel ou ensacado; VIII - TUBO – Produto acabado oco, de parede
II - Minério de ferro ou de outros metais. uniforme e seção transversal constante, geralmente
Art. 3º. Os produtos siderúrgicos definidos circular e quase sempre retilíneo, revestido, ou não;
neste artigo são identificados pelos seguintes termos e IX - VERGALHÃO – Barra redonda ou fio-
expressões, usados de acordo com as NBRs nº 5.903 máquina, utilizado especialmente em armaduras de
(produtos planos laminados), 6.215 (produtos siderúr- concreto armado;
gicos), 6.362 (perfis de aço) e 8.746 (sucata de aço), X - BLOCOS COMPACTADOS – Sucata metá-
eventualmente adaptados aos fins desta Resolução. lica prensada em blocos ou pacotes; (Inciso incluído
I - BARRA – Produto retilíneo, não plano, cuja pela Res. 494/14)
seção transversal é constante, constitui figura geo- XI - PEÇAS ISOLADAS – Peças soltas de su-
métrica simples e é fabricada com tolerâncias di- cata metálica em formatos diversos como tarugos,
mensionais mais rigorosas do que as palanquilhas blocos, chaparia, carcaças, partes de equipamentos,
(tarugos); eixos, tubos, etc.; (Inciso incluído pela Res. 494/14)
II - BOBINAS – Chapa ou tira enrolada em XII - EMARANHADO – Sucata metálica em
forma cilíndrica; forma de arames, telas, treliças, vergalhões e demais
III - CHAPA – Produto plano de aço, com lar- produtos longos; (Inciso incluído pela Res. 494/14)
gura superior a 500 mm (quinhentos milímetros), XIII - GRANEL DE SUCATA – Sucata metálica
laminado a partir de placa; de dimensões reduzidas, em forma picotada, de ca-
IV - LINGOTE – Produto resultante da solidifi- vacos, de limalha, etc.; (Inciso incluído pela Res.
cação do metal líquido em molde metálico, geralmen- 494/14)
te destinado a posterior conformação plástica; Parágrafo único. O órgão máximo executivo
V - PERFIL – Produto industrial cuja seção trans- de trânsito da União regulamentará as características
versal reta é composta de figura geométrica simples; necessárias para a análise e a comparação de mate-
VI - SUCATA – Material constituído de resí- rial siderúrgico transportado em veículos rodoviários
duos metálicos, que resultam dos processos de de carga. (Parágrafo incluído pela Res. 591/16)
elaboração e transformação mecânica, bem como de Art. 4º. O trânsito dos veículos que transpor-
desuso, e que só pode ser aproveitada por re-fusão; tem produtos siderúrgicos ou seus insumos ficará
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 277

sujeito às condições especificadas nesta Resolução I - Posicionamento dos dispositivos de amar-


quanto à arrumação e à amarração da carga na ração:
carroçaria dos mesmos. a) O posicionamento da cinta ou cabo de aço
Art. 5º. No transporte de chapas metálicas sobre a bobina deve formar um “X” no seu centro.
deverão ser atendidas as seguintes condições: b) Para bobina com peso maior que 20 tone-
I - As chapas com comprimento e largura me- ladas o terceiro dispositivo de amarração deve passar
nores do que as da carroçaria do veículo deverão no centro da bobina.
estar firmemente amarradas às mesmas, por meio de II - Fixação da bobina no piso da carreta:
cabos de aço ou cintas com resistência à ruptura por a) deverão ser colocadas mantas de neopre-
tração, de no mínimo, o dobro do peso total das ne/borracha/poliuretano de alta densidade e 15 mm
chapas, garantindo assim sua estabilidade mesmo de espessura, entre a bobina e o piso da carreta;
nas condições mais desfavoráveis. (Redação dada pela Res. 494/14)
II - As chapas com largura excedente a da b) (Alínea revogada pela Res. 494/14);
carroçaria do veículo, além da amarração de que c) bobinas com peso superior a 20 toneladas
trata o inciso I deste artigo, terão seus vértices deverão ser obrigatoriamente acomodadas sobre
anteriores e posteriores protegidos por cantoneiras berço apropriado.
metálicas, conforme especificado no Anexo I. Art. 8º. As bobinas colocadas sobre o veículo
Parágrafo único. Para transportar as chapas com seus eixos paralelos ao plano da carroçaria do
metálicas definidas no inc. II deste artigo, os veículos mesmo (na horizontal) deverão obedecer adicional-
ficarão sujeitos a Autorização Especial de Trânsito, de mente aos seguintes requisitos:
que trata o art. 101 do CTB. I - Posicionamento dos dispositivos de amar-
Art. 6º. No transporte de bobinas metálicas, ração:
deverão ser obedecidas as seguintes condições: a) a cinta ou cabo de aço deve estar entre 10
I - Composição dos dispositivos de amarra- e 20 centímetros da extremidade da bobina;
ção da bobina: cintas ou cabos de aço, ganchos e b) para bobina com peso maior que 20 tone-
catracas com resistência total e comprovada à rup- ladas, o terceiro dispositivo de amarração deve estar
tura por tração de, no mínimo, o dobro do peso da posicionado no centro da bobina.
bobina.
II - As bobinas poderão fixadas ao piso da car-
II - Quantidades de dispositivos de amarração: reta por meio de pallets ou berços planos confeccio-
a) para bobinas com peso menor que 20 tone- nados com metal ou de madeira, devidamente trava-
ladas, deverão ser utilizados, no mínimo, dois disposi- dos nas suas extremidades com cunhas de madeira
tivos de amarração; ou parafusos (Anexo III, figura B), ou opcionalmente
b) para bobinas com peso igual ou maior que conforme inciso III abaixo.
20 toneladas, deverão ser utilizados, no mínimo, três III - Opcionalmente, as bobinas serão afixadas
dispositivos de amarração. em berços reguláveis idênticos ou assemelhados aos
III - Pontos de fixação dos dispositivos de do Anexo III, figura C ou ainda em berços dotados de
amarração: travas antideslizantes.
a) os ganchos deverão ser afixados nas longa- IV - O eixo da bobina poderá ser tanto paralelo
rinas ou chassi da carreta, com as cintas ou cabos de quanto perpendicular ao eixo longitudinal da carroça-
aço passando por baixo da guarda lateral, nunca por ria.
cima; Art. 9º. A montagem e a fixação da bobina
b) as catracas tensoras das cintas ou cabos nos veículos dotados de carroçaria especialmente
de aço poderão estar afixadas nas longarinas ou construída para o transporte de bobinas deverão ser
chassis (Anexo II) ou entre cintas . feitas conforme Anexo III, figura D.
IV - Inspeção dos dispositivos de amarração: § 1º A carroçaria bobineira deve ser forrada
o transportador deverá inspecionar o estado de com lençol de borracha antideslizante e equipada
conservação dos dispositivos de amarração. com dispositivo de segurança para travamento das
Art. 7º. O transporte de bobinas colocadas bobinas no cocho.
sobre o veículo com seus eixos na posição vertical § 2º Mesmo para este caso, será obrigatória
em relação ao plano da carroçaria do mesmo deverá a amarração à carroçaria, por meio de cabos de aço
obedecer adicionalmente aos seguintes requisitos ou cintas com resistência total à ruptura por tração
(Anexo III, figura A ). de, no mínimo, o dobro do peso da carga.
278 Ordeli Savedra Gomes

§ 3º O transporte de bobinas de cabos elétri- ultrapassem a 3,20m (três metros e vinte centíme-
cos, quando não acondicionados em cavaletes tros) de largura, 4,70m (quatro metros e setenta
especiais, deverá obedecer às prescrições previstas centímetros) de altura e 23m (vinte e três metros) de
neste regulamento. comprimento, sem excesso de peso, conforme espe-
Art. 10. No transporte de tubos metálicos de- cificado no Anexo VI, figura C. (Redação dada pela
verão ser atendidas as seguintes condições: Res. 591/16)
I - Os veículos destinados ao transporte de § 2º No transporte de tubos definido no pará-
tubos soltos, que não sejam dotados de dispositivos grafo anterior, se as dimensões do veículo ou da carga
de unitização de carga, deverão possuir sistema de excederem aquelas especificadas pelo Código de
proteção frontal (anexo IV) ou a utilização de redes, Trânsito Brasileiro CTB e a Resolução 210/06 – CON-
telas ou malhas que impeçam a movimentação da TRAN, o veículo ficará sujeito à Autorização Especial de
carga no sentido longitudinal. Trânsito, de que trata o art. 101 do mesmo Código.
II - Os tubos com diâmetro inferior a 0,15m § 3º Os berços ou pontaletes a que se refe-
(quinze centímetros), transportados como peças soltas rem os incisos II, III, IV e V deste artigo, deverão ser
ou como feixes amarrados, deverão estar separados em número de: 2 (dois) por camada, para tubos de
por pontaletes de madeira, camada por camada, até 6m (seis metros) de comprimento, e de 3m (três
firmemente amarrados com cabos de aço ou cintas, metros), no mínimo, por camada, para tubos de
travados à carroçaria do veículo e contidos pela mes- comprimento superior a 6m (seis metros).
ma; § 4º Admite-se arrumação por encaixe de tu-
III - Quando o transporte dos tubos com diâ- bos, de modo que cada tubo tenha por apoio dois
metro inferior a 0,15 m (quinze centímetros) for feito outros da camada inferior, quando a viga com cunhas
na forma de feixes amarrados, será obrigatória laterais será exigida apenas na base do empilhamen-
também a colocação de cunhas nas extremidades to, conforme Anexo VI, figura D.
dos pontaletes, para contê-los firmemente na posição § 5º Os tubos com quaisquer diâmetros pode-
correta dentro do caminhão. rão ser transportados nas formas previstas desde que
IV - Os tubos de diâmetro superior a 0,15m contidos, nas dimensões de largura e comprimento
da carroçaria do veículo. A altura deve estar limitada
(quinze centímetros) e inferior ou igual a 0,40 (qua-
de acordo com a Resolução 210, de 13 de novembro
renta centímetros), poderão ser transportados em
de 2006 – CONTRAN.
feixes, de acordo com as condições estabelecidas no
inciso II deste artigo ou em peças soltas. § 6º Opcionalmente, será admitido o transpor-
te de tubos de mais de 0,40m (quarenta centímetros)
a) Os produtos que serão transportados em
de diâmetro na forma piramidal, com a utilização de
peças soltas, em quantidades que obriguem ao
cintas de amarração, de redes de contenção e de
empilhamento, deverão ser acondicionados na horizon-
berços intermediários feitos sob medida, de forma a
tal e separados em camadas por berços que assegu-
permitir o perfeito encaixe dos tubos e a perfeita
rem o perfeito posicionamento dos tubos durante o distribuição de pesos e a evitar deslocamentos la-
deslocamento, conforme especificado no Anexo V, terais (Anexo VI, figura E e F). (Parágrafo acrescido
figura A. pela Res. 591/16)
b) Opcionalmente, será aceito o berço exem- § 7º Todas as cargas deverão estar amarra-
plificado no Anexo V, figuras B1 e B2. das com cabos de aço ou cintas com resistência total
c) (Alínea revogada pela Res. 591/16) à ruptura correspondente a duas (2) vezes o peso da
V - Os tubos com diâmetro superior a 0,40m carga transportada, travados e contidos no chassi do
(quarenta centímetros), para serem transportados em veículo. (Parágrafo acrescido pela Res. 591/16)
quantidades que obriguem o empilhamento, deverão Art. 11. No transporte de perfis poderão ser
ser separados, individualmente na horizontal, por utilizados veículos com carroçarias convencionais ou
berços que proporcionem perfeita acomodação e se- com carroçarias dotadas de escoras laterais metáli-
gurança da carga, conforme especificado no Anexo cas, perpendiculares ao plano do assoalho das
VI, figura A ou separados por pontaletes com cunhas mesmas e que ofereçam plena resistência aos es-
nas laterais, na forma do Anexo VI, figura B. forços provocados pela carga, nas condições mais
§ 1º Admite-se, também, a arrumação de tu- desfavoráveis.
bos de grande diâmetro, até o máximo de 1,55m (um Parágrafo único. Em ambos os casos, os
metro e cinquenta e cinco centímetros), em forma de perfis deverão estar firmemente amarrados à carro-
pirâmide, desde que as dimensões da carga não çaria do veículo através de cabos de aço ou cintas,
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 279

com resistência total à ruptura por tração correspon- III - cobrir totalmente a carga transportada de
dente a duas (2) vezes o peso da carga transportada, forma eficaz e segura;
nas extremidades e na parte central da carga. IV - estar em bom estado de conservação,
Art. 12. As barras, tarugos e vergalhões po- de forma a evitar o derramamento da carga trans-
derão ser transportados arrumados, e em rolos ou em portada;
feixes. V - a lona ou dispositivo similar não poderá
§ 1º Quando na forma de rolos, deverão ser prejudicar a eficiência dos demais equipamentos
colocados com o eixo na horizontal, no sentido obrigatórios.
longitudinal da carroçaria, a qual deverá ter suas § 2º No transporte de sucatas, o veículo de-
guardas laterais interligadas entre si, de forma a verá possuir carroceria com guardas laterais:
aumentar-lhes a resistência ao rompimento. I - Fechadas, cuja resistência e altura sejam
§ 2º Os rolos com diâmetro superior a suficientes para impedir o derramamento da carga,
1,20m (um metro e vinte centímetros) poderão ser nas condições mais desfavoráveis.
colocados com o eixo no sentido da largura da II - Ou dotadas de telas metálicas com malha
carroçaria, desde que devidamente escorados com de altura e dimensões suficientes para impedir o
calços apropriados, para evitar o seu deslocamento, derramamento do material transportado.
devendo os rolos remontados serem interligados
§ 3º No transporte de granéis, não se admite
entre si.
que a carga ultrapasse a altura normal das guardas
§ 3º No transporte de barras ou vergalhões
laterais da carroçaria.
arrumados em feixes sobre o malhal e cabine do
§ 4º Peças isoladas ou blocos de grande porte
veículo, só será obrigatória a utilização de cavalete
intermediário afixado no assoalho da carroçaria, de que ofereçam risco de tombamento ou deslocamento
forma a apoiar a parte central da carga, quando se devem ser convenientemente amarrados e travados
tratar de ferragens pré-armadas (treliças). com cabos de aço ou cintas, com resistência total à
ruptura correspondente a duas (2) vezes o peso da
§ 4º Quando as pontas das barras ou dos ver-
carga transportada.
galhões excederem a parte posterior da carroçaria,
deverão ser dobradas em U, de forma a não se § 5º O transporte de sucata em forma de gra-
constituírem em material perfurante. nel será feita obrigatoriamente em carroçaria do tipo
caçamba, não necessariamente basculante.
Art. 13. Os lingotes metálicos poderão ser
transportados em conjuntos ou pilhas amarrados com Art. 15. O transporte de minério a granel só
fitas metálicas ou soltos na carroçaria do veículo. poderá ser feito em vias públicas em caçambas
§ 1º Quando transportados na forma de con- metálicas, dotadas de dispositivo que iniba o derra-
juntos ou pilhas, deverão ser amarrados à carroçaria mamento de qualquer tipo de material ou resíduo em
do veículo por meio de cabos de aço ou cintas com vias públicas, obedecidas ainda as seguintes regras:
resistência total à ruptura por tração de, no mínimo, o I - Será obrigatória a utilização de lona para o
dobro do peso da carga. transporte do minério lavado e concentrado, tipo
§ 2º Quando transportados soltos, nas carro- pellet quando transportado seco.
çarias dos veículos, estas serão obrigatoriamente II - Para os demais produtos, a lona poderá
dotadas de guardas laterais em chapas de aço. ser dispensada desde que a carga seja acondicionada
Art. 14. O transporte de sucatas de metais de forma a resguardar um espaço livre de 40cm
poderá ser efetuado sob a forma de blocos compac- (quarenta centímetros), medido entre a parte mais
tados, peças isoladas de formatos diversos, emara- elevada da carga até a borda superior da lateral, onde
nhados ou granéis. (Redação do caput e parágrafos esta for mais baixa.
dada pela Res. 494/14) III – As caçambas usadas neste transporte
§ 1º Todas as sucatas transportadas deverão serão dotadas obrigatoriamente de dispositivo para o
estar totalmente cobertas por lonas ou dispositivos transporte de minérios, conforme o Anexo VIII, fi-
similares, que deverão cumprir os seguintes requisi- guras A e C: (Redação dada pela Res. 494/14)
tos: a) rampas de retenção no assoalho, próximas
I - possibilidade de acionamento manual, me- à tampa traseira, para contenção de líquidos;
cânico ou automático; b) travas mecânicas de segurança destinadas
II - estar devidamente ancorados à carroçaria a impedir a abertura acidental e proporcionar maior
do veículo; eficácia na vedação da tampa;
280 Ordeli Savedra Gomes

c) ressalto na parte interna da tampa traseira, deverão possuir resistência total à ruptura por tração
margeando as bordas laterais e inferiores da caçam- de, no mínimo, 2 (duas) vezes o peso da carga.
ba, para permitir fechamento hermético. § 1º Neste caso, os veículos deverão estar
IV - As partes externas das caçambas e chas- equipados com molinetes, catracas ou tambores com
sis dos veículos deverão trafegar livres de todo e resistência idêntica à dos cabos ou cintas.
qualquer detrito que possa vir a se desprender ou ser § 2º Sempre que forem utilizadas cintas de poli-
arremessado na via contra veículos ou pessoas, éster, estas deverão atender à Norma NBR 12.195.
conforme o Anexo VIII, figura B. (Redação dada pela Art. 19. A empresa ou transportador autôno-
Res. 494/14) mo responsável pelo transporte de produtos siderúr-
Art. 16. O carvão acondicionado em sacos gicos deverá estar inscrito no Registro Nacional de
poderá ser transportado em caminhões com carroça- Transportadores Rodoviários de Carga (RNTRC) da
rias convencionais, desde que atendidas as seguintes Agência nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e
condições: atender às exigências da Lei 11.442/07.
I - A carga não poderá exceder a largura e o Art. 20. Para o transporte de peças indivisí-
comprimento da carroçaria, nem as dimensões veis que necessitem de veículos com peso bruto ou
previstas na Resolução 210/06 – CONTRAN. dimensões superiores aos previstos na legislação de
II - A carga não poderá apresentar desalinha- trânsito, será necessária a obtenção, junto à autori-
mento longitudinal ou vertical à carroçaria do veículo, dade com jurisdição sobre a via, da Autorização
de forma a comprometer sua estabilidade. Especial de Trânsito, de que tratam o Código de
III - Quando ultrapassarem a altura das guardas Trânsito Brasileiro – CTB e suas Resoluções.
laterais da carroçaria do veículo, limitada a 4,40m Art. 21. O descumprimento do disposto nesta
(quatro metros e quarenta centímetros), as pilhas de Resolução sujeitará o infrator à aplicação das san-
sacos de carvão serão obrigatoriamente amarradas ções previstas no art. 171, nos incisos IX e X do art.
com cordas, cabos de aço ou cintas, com resistência 230, na alínea a do inciso II e o inciso IV do art. 231 e
total à ruptura por tração correspondente a 2 (duas) no art. 235 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB.
vezes o peso da carga transportada, inclusive quando Art. 22. O proprietário será responsável pelos
acomodadas na forma denominada “fogueira”. danos que seu veículo venha a causar à via, à sua
Art. 17. No transporte de carvão a granel, só sinalização e a terceiros, como também responderá
poderão ser utilizados veículos dotados de carroçari- integralmente pela utilização indevida de vias e pelos
as com guardas laterais fechadas ou guarnecidas de danos ambientais que vier a provocar.
telas metálicas com malhas de dimensões tais que Art. 23. Os proprietários de veículos têm pra-
impeçam o derramamento do material transportado, zo de 180 dias após a publicação desta Resolução
obedecidas ainda as seguintes regras: para se adequarem às normas nela contidas, findo o
I - A carga não poderá ultrapassar a altura das qual ficam revogadas as Resoluções 699/88 e 746/89.
guardas laterais da carroçaria; Art. 24. Esta Resolução entra em vigor na da-
II - A parte superior da carga será, obrigatoria- ta da sua publicação.
mente, protegida com lona fixada à carroçaria, de
forma a impedir o derramamento da carga sobre a via. Alfredo Peres da Silva
Art. 18. Quando for necessário o uso de ca-
bos de aço ou de cintas para amarrar a carga, estes

ÍNTEGRA DOS ANEXOS (<www.denatran.gov.br>)

ANEXO I
CANTONEIRAS DE CHAPA DE AÇO PARA PROTEÇÃO DE EXTREMIDADES DE
CHAPAS METÁLICAS DURANTE O TRANSPORTE

ANEXO II
POSICIONAMENTO DAS CATRACAS DE FIXAÇÃO
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 281

ANEXO III
FIGURA A VISTAS DA BOBINA COLOCADA NA VERTICAL SOBRE O VEÍCULO

ANEXO IV
SISTEMA DE PROTEÇÃO FRONTAL PARA TUBOS SOLTOS

ANEXO V
FIGURA A BERÇO PARA O TRANSPORTE DE TUBOS COM DIÂMETRO ENTRE 0,15 E 0,40 m SOB FOR-
MA DE PEÇAS SOLTAS
FIGURA B2 BERÇOS PARA O TRANSPORTE DE TUBOS COM DIÂMETRO ENTRE 0,15 E 0,40 m – PRI-
MEIRA CAMADA

ANEXO VI
FIGURA A BERÇOS PARA O TRANSPORTE DE TUBOS COM DIÂMETRO SUPERIOR A 0,40 m SEPARA-
DOS POR BERÇOS
FIGURA B BERÇOS PARA O TRANSPORTE DE TUBOS COM DIÂMETRO SUPERIOR A 0,40 m SEPARA-
DOS POR PONTALETES COM CUNHAS
FIGURA C BERÇOS PARA O TRANSPORTE DE TUBOS COM DIÂMETRO SUPERIOR A 0,40 m ARRUMA-
DOS EM FORMA DE PIRÂMIDE
FIGURA D BERÇOS PARA O TRANSPORTE DE TUBOS COM DIÂMETRO SUPERIOR A 0,40 m ARRUMA-
DOS POR ENCAIXE
FIGURAS E e F BERÇOS PARA O TRANSPORTE DE BOBINAS NA FORMA PIRAMIDAL E DISPOSITIVOS
DE AMARRAÇÃO PARA TRANSPORTE DE BOBINAS NA FORMA PIRAMIDAL, MERAMENTE ILUSTRATIVAS,
CONFORME RES. 591/16

ANEXO VII
(Revogado pela Res. 494/14)

ANEXO VIII
VEDAÇÃO DOS SEMIRREBOQUES BASCULANTES

RESOLUÇÃO 299, DE 04.12.2008


Dispõe sobre a padronização dos procedimentos para
apresentação de defesa de autuação e recurso, em 1ª e
2ª instâncias, contra a imposição de penalidade de mul-
ta de trânsito.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito -SNT, RESOLVE:
Art. 1º. Estabelecer os procedimentos para física ou jurídica proprietária do veículo, o condutor,
apresentação de defesa de autuação ou recurso em devidamente identificado, o embarcador e o transpor-
1ª e 2ª instâncias contra a imposição de penalidade tador, responsável pela infração.
de multa de trânsito. § 1º Para fins dos §§ 4º e 6º do art. 257 do
Art. 2º. É parte legítima para apresentar defe- CTB, considera-se embarcador o remetente ou expe-
sa de autuação ou recurso em 1ª e 2ª instâncias didor da carga, mesmo se o frete for a pagar.
contra a imposição de penalidade de multa a pessoa
282 Ordeli Savedra Gomes

§ 2º O notificado para apresentação de defesa § 1º Para verificação da tempestividade, de-


ou recurso poderá ser representado por procurador verá ser considerada: (Parágrafo acrescido pela Res.
legalmente habilitado ou por instrumento de procura- 692/17)
ção, na forma da lei, sob pena do não conhecimento I - a data da entrega na Empresa Brasileira de
da defesa ou do recurso. Correios e Telégrafos (ECT), no caso de defesa ou
Art. 3º. O requerimento de defesa ou recurso recurso apresentando por via postal; ou
deverá ser apresentado por escrito de forma legível, II - a data de protocolo no órgão ou entidade
no prazo estabelecido, contendo no mínimo os de trânsito da residência ou domicílio do proprietário
seguintes dados: ou infrator, quando utilizada a forma prevista no art.
I - nome do órgão ou entidade de trânsito res- 287 do CTB.
ponsável pela autuação ou pela aplicação da penali- § 2º Para efeito do inc. II do § 1º, o protocolo
dade de multa; de recebimento da defesa ou recurso deverá conter,
II - nome, endereço completo com CEP, nú- pelo menos, a identificação e assinatura do recebe-
mero de telefone, número do documento de identifi- dor, a identificação do órgão ou entidade de trânsito
cação, CPF/CNPJ do requerente; e a data do recebimento. (Parágrafo acrescido pela
III - placa do veículo e número do auto de in- Res. 692/17)
fração de trânsito; § 3º A defesa ou recurso recebida na forma
IV - exposição dos fatos, fundamentos legais do inc. II do § 1º deverá ser imediatamente remetida
e/ou documentos que comprovem a alegação; ao órgão ou entidade que efetuou a autuação. (Pará-
V - data e assinatura do requerente ou de seu grafo acrescido pela Res. 692/17)
representante legal. § 4º A protocolização de defesa ou recur-
Parágrafo único. A defesa ou recurso deverá so poderá ser feita por meio eletrônico, desde que
ter somente um auto de infração como objeto. disponibilizado pelo órgão ou entidade de trânsito que
Art. 4º. A defesa ou recurso não será conhe- efetuou a autuação. (Parágrafo acrescido pela Res.
cido quando: 692/17)
I - for apresentado fora do prazo legal; Art. 7º. Os processos de defesa e de recurso,
II - não for comprovada a legitimidade; depois de julgados e juntamente com o resultado de
III - não houver a assinatura do recorrente ou sua apreciação deverão permanecer com o órgão
seu representante legal; autuador ou a sua JARI.
IV - não houver o pedido, ou este for incompa- Art. 8º. A defesa ou recurso referente a veícu-
tível com a situação fática; lo registrado em outro órgão executivo de trânsito
V - não comprovado o pagamento do valor da deverá permanecer arquivado junto ao órgão ou
multa, nos termos do § 2º do art. 288 do CTB. entidade de trânsito autuador ou a sua JARI.
Art. 5º. A defesa ou recurso deverá ser apre- Art. 9º. O órgão ou entidade de trânsito e os
sentado com os seguintes documentos: órgãos recursais poderão solicitar ao requerente que
I - requerimento de defesa ou recurso; apresente documentos ou outras provas admitidas
II - cópia da notificação de autuação, notifica- em direito, definindo prazo para sua apresentação.
ção da penalidade quando for o caso ou auto de Parágrafo único. Caso não seja atendida a
infração ou documento que conste placa e o número solicitação citada no caput deste artigo será a defesa
do auto de infração de trânsito; ou recurso analisado e julgado no estado que se
III - cópia da CNH ou outro documento de encontra.
identificação que comprove a assinatura do requeren- Art. 10. O órgão ou entidade de trânsito ou os
te e, quando pessoa jurídica, documento comprovan- órgãos recursais deverão suprir eventual ausência de
do a representação; informação ou documento, quando disponível.
IV - cópia do CRLV; Art. 11. O requerente até a realização do jul-
gamento poderá desistir, por escrito, da defesa ou
V - procuração, quando for o caso.
recurso apresentado.
Art. 6º. A defesa ou o recurso deverá ser pro- Art. 12. Esta resolução entra em vigor em 30
tocolado no órgão ou entidade de trânsito autuador de junho de 2009 quando ficará revogada a Resolu-
ou enviado, via postal, para o seu endereço, respeita- ção 239/07.
do o disposto no art. 287 do C.T.B. Alfredo Peres da Silva
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 283

RESOLUÇÃO 300, DE 04.12.2008


Estabelece procedimento administrativo para submis-
são do condutor a novos exames para que possa voltar
a dirigir quando condenado por crime de trânsito, ou
quando envolvido em acidente grave, regulamentando o
art. 160 do Código de Trânsito Brasileiro.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições legais que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT;
Considerando a necessidade de estabelecer os exames exigidos no artigo 160 e seus parágrafos do Có-
digo de Trânsito Brasileiro;
Considerando para fins da aplicação do art. 160, § 1º, o Princípio da Segurança do Trânsito, onde de-
verá ser avaliada a aptidão física, mental e psicológica e a forma de dirigir do condutor envolvido em aciden-
te grave;
Considerando a necessidade de adoção de normas complementares de padronização do processo admi-
nistrativo adotado pelos órgãos e entidades de trânsito de um sistema integrado para fins de aplicação do art.
160 do CTB; e
Considerando o conteúdo do processo 80001.011947/2008-31, RESOLVE:
Disposições Preliminares Art. 5º. A autoridade de trânsito, após ser ci-
entificada da decisão judicial, deverá notificar o
Art. 1º. Estabelecer o procedimento adminis- condutor para entregar seu documento de habilitação
trativo para submissão do condutor a novos exames (Autorização/Permissão/Carteira Nacional de Habili-
para que possa voltar a dirigir quando for condenado tação) fixando prazo não inferior a quarenta e oito
por crime de trânsito, ou quando envolvido em aci- horas, contadas a partir do recebimento.
dente grave. § 1º Encerrado o prazo previsto no caput des-
Art. 2º. Os procedimentos de que trata esta te artigo, deverá ser efetuado o bloqueio no RENACH.
Resolução serão adotados pela autoridade do órgão § 2º Se o condutor for flagrado conduzindo
executivo de trânsito de registro da habilitação, em veículo, após encerrado o prazo da entrega do do-
processo administrativo, assegurada a ampla defesa, cumento de habilitação, este será recolhido e en-
no caso de condutor envolvido em acidente grave. caminhado ao órgão de trânsito do registro da habi-
Parágrafo único. Os órgãos e entidades do litação.
Sistema Nacional de Trânsito – SNT deverão prover Art. 6º O documento de habilitação ficará
os órgãos executivos de trânsito de registro da apreendido e após o cumprimento da decisão judicial
habilitação das informações necessárias ao cumpri- e de submissão a novos exames, com a devida
mento desta Resolução. aprovação nos mesmos, será emitido um novo do-
Seção I cumento de habilitação mantendo-se o mesmo re-
Do condutor condenado por gistro.
delito de trânsito Seção II
Art. 3º. O condutor condenado por delito de Do condutor envolvido em
trânsito deverá ser submetido e aprovado nos seguin- acidente grave
tes exames: Art. 7º. O disposto no § 1º do art. 160 tem
I - de aptidão física e mental; por finalidade reavaliar as condições do condutor
II - avaliação psicológica; envolvido em acidente grave nos aspectos físico,
III - escrito, sobre legislação de trânsito; e mental, psicológico e demais circunstâncias que
IV - de direção veicular, realizado na via públi- revelem sua aptidão para continuar a conduzir veícu-
ca, em veículo da categoria para a qual estiver habi- los automotores.
litado. Art. 8º. O ato instaurador do processo admi-
Art. 4º. O disposto no art. 3º só poderá ser nistrativo conterá a qualificação do condutor, descri-
aplicado após o trânsito em julgado da sentença ção sucinta do fato e indicação dos dispositivos
condenatória. legais pertinentes.
284 Ordeli Savedra Gomes

Parágrafo único. Instaurado o processo, far- IV - data e assinatura do requerente ou de seu


se-á a respectiva anotação no prontuário do condu- representante legalmente habilitado, mediante pro-
tor, a qual não constituirá qualquer impedimento ao curação, na forma da lei, sob pena de não conheci-
exercício dos seus direitos. mento da defesa.
Art. 9º. A autoridade de trânsito competente Parágrafo único. A defesa deverá ser acom-
para determinar a submissão a novos exames deverá panhada de cópia de identificação civil que comprove
expedir notificação ao condutor, contendo no mínimo, a assinatura do condutor.
os seguintes dados: Art. 11. Recebida a defesa, a instrução do
I - a identificação do condutor e do órgão de processo far-se-á através de adoção das medidas
registro da habilitação; julgadas pertinentes, requeridas ou de ofício, inclusi-
II - os fatos e fundamentos legais que enseja- ve quanto à requisição de informações a demais
ram a abertura do processo administrativo; e órgãos ou entidades de trânsito.
III - a finalidade da notificação: Parágrafo único. Os órgãos e entidades do
a) dar ciência da instauração do processo Sistema Nacional de Trânsito, quando solicitados,
administrativo; e deverão disponibilizar, em até trinta dias contados do
b) estabelecer data do término do prazo para recebimento da solicitação, os documentos e infor-
apresentação da defesa. mações necessários à instrução do processo admi-
nistrativo.
§ 1º A notificação será expedida ao condutor
por remessa postal, por meio tecnológico hábil ou por Art. 12. Concluída a análise do processo ad-
os outros meios que assegurem a sua ciência. ministrativo, a autoridade do órgão executivo de
trânsito de registro da habilitação proferirá decisão
§ 2º Esgotados todos os meios previstos para
motivada e fundamentada.
notificar o condutor, a notificação dar-se-á por edital,
Art. 13. Acolhida as razões de defesa, o
na forma da lei.
processo será arquivado, dando-se ciência ao inte-
§ 3º A ciência da instauração do processo e
ressado.
da data do término do prazo para apresentação da
Art. 14. Em caso de não acolhimento da de-
defesa também poderá se dar no próprio órgão ou
fesa, ou do seu não exercício no prazo legal, a autori-
entidade de trânsito responsável pelo processo.
dade de trânsito determinará ao condutor a submis-
§ 4º Da notificação constará a data do tér-
são aos seguintes exames:
mino do prazo para a apresentação da defesa, que
I - de aptidão física e mental;
não será inferior a trinta dias contados a partir da
data da notificação da instauração do processo ad- II - avaliação psicológica;
ministrativo. III - escrito, sobre legislação de trânsito;
§ 5º A notificação devolvida por desatualiza- IV - noções de primeiros socorros; e
ção do endereço do condutor no RENACH será V - de direção veicular, realizado na via públi-
considerada válida para todos os efeitos legais. ca, em veículo da categoria para a qual estiver
§ 6º A notificação a pessoal de missões di- habilitado.
plomáticas, de repartições consulares de carreira e Art. 15. A autoridade de trânsito após deter-
de representações de organismos internacionais e de minar a submissão a novos exames notificará o
seus integrantes será remetida ao Ministério das condutor, utilizando os mesmos procedimentos dos
Relações Exteriores para as providências cabíveis, §§ 1º, 2º e 5º do art. 9º desta Resolução, e contendo
passando a correr os prazos a partir do seu conheci- no mínimo os seguintes dados:
mento pelo condutor. I - prazo de no mínimo quarenta e oito horas,
Art. 10. A defesa deverá ser interposta por a contar do seu recebimento, para a entrega do
escrito, no prazo estabelecido, contendo, no mínimo, documento de habilitação, quando determinada a sua
os seguintes dados: apreensão pela autoridade executiva estadual de
I - nome do órgão de registro da habilitação a trânsito, nos termos do § 2º do art. 160, do CTB.
que se dirige; II - identificação do órgão de registro da habi-
II - qualificação do condutor; litação;
III - exposição dos fatos, fundamentação le- III - identificação do condutor e número do re-
gal do pedido, documentos que comprovem a ale- gistro do documento de habilitação;
gação; e IV - número do processo administrativo; e
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 285

V - a submissão a novos exames e sua fun- § 2º O órgão executivo estadual de trânsito que
damentação legal. instaurou o processo e determinou a submissão a
Art. 16. Encerrado o prazo para a entrega do novos exames, deverá comunicá-la ao órgão executivo
documento de habilitação à Autoridade de Trânsito, a estadual de trânsito para onde foi transferido o prontuá-
decisão será inscrita no RENACH. rio, para fins de seu efetivo cumprimento.
Art. 18. O curso de reciclagem previsto no
Disposições Finais
art. 268, III e IV do CTB e os exames descritos nesta
Art. 17. No curso do processo administrativo resolução deverão ser realizados pelo órgão executi-
de que trata esta Resolução não incidirá nenhuma vo de trânsito responsável pelo prontuário do condu-
restrição no prontuário do condutor, inclusive para fins tor ou por entidade credenciada, por ele indicada,
de mudança de categoria do documento de habilitação, exceto o exame de prática de direção veicular que é
renovação e transferência para outra unidade da realizado exclusivamente por aquele órgão.
Federação, até a ciência da notificação de que trata o Parágrafo único. O órgão executivo de trân-
art. 15. sito poderá autorizar em caráter excepcional a reali-
§ 1º O processo administrativo deverá ser zação dos exames e da reciclagem em outra unidade
concluído no órgão executivo estadual de trânsito da Federação.
que o instaurou, mesmo que haja transferência do Art. 19. Esta Resolução entra em 1º de julho
prontuário para outra unidade da Federação. de 2009.
Alfredo Peres da Silva

RESOLUÇÃO 302, DE 18.12.2008


Define e regulamenta as áreas de segurança e de esta-
cionamentos específicos de veículos.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro - CTB e conforme Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
Considerando que as questões de estacionamento de veículo são de interesse estratégico para o trânsi-
to e para a ordenação dos espaços públicos;
Considerando a necessidade de definir e regulamentar os diversos tipos de áreas de estacionamentos
específicos de veículos e área de segurança de edificação pública, RESOLVE:
Art. 1º. As áreas destinadas ao estaciona- mente identificado e com autorização conforme le-
mento específico, regulamentado em via pública gislação específica.
aberta à circulação, são estabelecidas e regulamen- III - Área de estacionamento para veículo de
tadas pelo órgão ou entidade executiva de trânsito idoso é a parte da via sinalizada para o estaciona-
com circunscrição sobre a via, nos termos desta mento de veículo conduzido ou que transporte idoso,
Resolução. devidamente identificado e com autorização confor-
Art. 2º. Para efeito desta Resolução são de- me legislação específica.
finidas as seguintes áreas de estacionamentos IV - Área de estacionamento para a operação
específicos: de carga e descarga é a parte da via sinalizada para
I - Área de estacionamento para veículo de este fim, conforme definido no Anexo I do CTB.
aluguel é a parte da via sinalizada para o estaciona- V - Área de estacionamento de ambulância é
mento exclusivo de veículos de categoria de aluguel a parte da via sinalizada, próximo a hospitais, centros
que prestam serviços públicos mediante concessão, de atendimentos de emergência e locais estratégicos
permissão ou autorização do poder concedente. para o estacionamento exclusivo de ambulâncias de-
II - Área de estacionamento para veículo de vidamente identificadas.
portador de deficiência física é a parte da via sinali- VI - Área de estacionamento rotativo é a parte
zada para o estacionamento de veículo conduzido ou da via sinalizada para o estacionamento de veículos,
que transporte portador de deficiência física, devida- gratuito ou pago, regulamentado para um período
286 Ordeli Savedra Gomes

determinado pelo órgão ou entidade com circunscri- § 1º Esta área é estabelecida pelas autorida-
ção sobre a via. des máximas locais representativas da União, dos
VII - Área de estacionamento de curta dura- Estados, Distrito Federal e dos Municípios, vincula-
ção é a parte da via sinalizada para estacionamento dos à Segurança Pública;
não pago, com uso obrigatório do pisca-alerta ativa- § 2º O projeto, implantação, sinalização e fis-
do, em período de tempo determinado e regulamen- calização da área de segurança são de competência
tado de até 30 minutos. do órgão ou entidade executivo de trânsito com
VIII - Área de estacionamento de viaturas po- circunscrição sobre a via, decorrente de solicitação
liciais é a parte da via sinalizada, limitada à testada formal, cabendo-lhe aplicar as penalidades e medidas
das instituições de segurança pública, para o estaci- administrativas previstas no Código de Trânsito
onamento exclusivo de viaturas policiais devidamen- Brasileiro;
te caracterizadas. § 3º A área de segurança deve ser sinalizada
Art. 3º. As áreas de estacionamento previs- com o sinal R-6c “Proibido Parar e Estacionar”, com a
tas no art. 2º devem ser sinalizadas conforme pa- informação complementar “Área de Segurança”.
drões e critérios estabelecidos pelo CONTRAN. Art. 6º. Fica vedado destinar parte da via para
Art. 4º. Não serão regulamentadas as áreas estacionamento privativo de qualquer veículo em
de estacionamento específico previstas no art. 2º, situações de uso não previstas nesta Resolução.
incs. II, IV, V e VIII desta Resolução quando a edifica- Art. 7º. Os órgãos ou entidades com circuns-
ção dispuser de área de estacionamento interna e/ou crição sobre a via têm o prazo de até 360 (trezentos e
não atender ao disposto no art. 93 do CTB. sessenta) dias, a partir da data de publicação desta
Art. 5º. Área de Segurança é a parte da via Resolução, para adequar as áreas de estacionamento
necessária à segurança das edificações públicas ou específicos existentes ao disposto nesta Resolução.
consideradas especiais, com extensão igual à testa- Art. 8º. Esta Resolução entra em vigor na da-
da do imóvel, nas quais a parada e o estacionamento ta da sua publicação, revogada a Resolução 592/82 e
são proibidos, sendo vedado o seu uso para estacio- as demais disposições em contrário.
namento por qualquer veículo. Alfredo Peres da Silva

RESOLUÇÃO 303, DE 18.12.2008


Dispõe sobre as vagas de estacionamento de veículos
destinadas exclusivamente às pessoas idosas.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro - CTB e conforme Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
Considerando a necessidade de uniformizar, em âmbito nacional, os procedimentos para sinalização e
fiscalização do uso de vagas regulamentadas para estacionamento exclusivo de veículos utilizados por
idosos;
Considerando a Lei Federal 10.741, de 1º.10.2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso, que em seu
art. 41 estabelece a obrigatoriedade de se destinar 5% (cinco por cento) das vagas em estacionamento regula-
mentado de uso público para serem utilizadas exclusivamente por idosos, RESOLVE:
Art. 1º. As vagas reservadas para os idosos § 1º A credencial confeccionada no modelo
serão sinalizadas pelo órgão ou entidade de trânsito definido por esta Resolução terá validade em todo o
com circunscrição sobre a via utilizando o sinal de território nacional.
regulamentação R-6b “Estacionamento regulamen- § 2º A credencial prevista neste artigo será
tado” com informação complementar e a legenda emitida pelo órgão ou entidade executiva de trânsito
“IDOSO”, conforme Anexo I desta Resolução e os do Município de domicílio da pessoa idosa a ser
padrões e critérios estabelecidos pelo CONTRAN. credenciada.
§ 3º Caso o Município ainda não esteja inte-
Art. 2º. Para uniformizar os procedimentos de grado ao Sistema Nacional de Trânsito, a credencial
fiscalização deverá ser adotado o modelo da creden- será expedida pelo órgão ou entidade executiva de
cial previsto no Anexo II desta Resolução. trânsito do Estado.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 287

Art. 3º. Os veículos estacionados nas vagas II - rasurada ou falsificada;


reservadas de que trata esta Resolução deverão exibir III - em desacordo com as disposições conti-
a credencial a que se refere o art. 2º sobre o painel do das nesta Resolução, especialmente se constatada
veículo, com a frente voltada para cima. que a vaga especial não foi utilizada por idoso.
Art. 4º. O uso de vagas destinadas às pessoas Art. 6º. Os órgãos ou entidades com circuns-
idosas em desacordo com o disposto nesta Resolução crição sobre a via têm o prazo de até 360 (trezentos e
caracteriza infração prevista no art. 181, inc. XVII do sessenta) dias, a partir da data de publicação desta
CTB. Resolução, para adequar as áreas de estacionamento
Art. 5º. A autorização poderá ser suspensa ou específicos existentes ao disposto nesta Resolução.
cassada, a qualquer tempo, a critério do órgão Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na da-
emissor, se verificada quaisquer das seguintes ta de sua publicação, revogadas as disposições em
irregularidades na credencial: contrário.
I - uso de cópia efetuada por qualquer processo; Alfredo Peres da Silva

ANEXO I
MODELO DE SINALIZAÇÃO DE VAGAS REGULAMENTADAS PARA ESTACIONAMENTO
EXCLUSIVO DE VEÍCULOS UTILIZADOS POR IDOSO
Sinalização vertical de regulamentação
288 Ordeli Savedra Gomes

Sinalização horizontal – legenda “IDOSO”

Vaga paralela ao meio-fio Vaga perpendicular ao meio-fio

Vagas em ângulo
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 289

ANEXO II
MODELO DE CREDENCIAL
Frente da Credencial Verso da Credencial

RESOLUÇÃO 304, DE 18.12.2008


Dispõe sobre as vagas de estacionamento destinadas ex-
clusivamente a veículos que transportem pessoas porta-
doras de deficiência e com dificuldade de locomoção.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro - CTB e conforme Decreto 4.711 de
29.05.2003, que dispõe sobre a Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
Considerando a necessidade de uniformizar, em âmbito nacional, os procedimentos para sinalização e
fiscalização do uso de vagas regulamentadas para estacionamento exclusivo de veículos utilizados no transpor-
te de pessoas portadoras de deficiência e com dificuldade de locomoção;
Considerando a Lei Federal 10.098, de 19.12.2000, que dispõe sobre normas gerais e critérios básicos
para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência e com dificuldade de locomoção, que,
em seu art. 7º, estabelece a obrigatoriedade de reservar 2% (dois por cento) das vagas em estacionamento
regulamentado de uso público para serem utilizadas exclusivamente por veículos que transportem pessoas
portadoras de deficiência ou com dificuldade de locomoção;
Considerando o disposto no Decreto 5.296, de 02.12.2004, que regulamenta a Lei 10.098/00, para, no
art. 25, determinar a reserva de 2% (dois por cento) do total de vagas regulamentadas de estacionamento para
veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência física ou visual, desde que devidamente identificados,
RESOLVE:
Art. 1º. As vagas reservadas para veículos § 3º A validade da credencial prevista neste
que transportem pessoas portadoras de deficiência e artigo será definida segundo critérios definidos pelo
com dificuldade de locomoção serão sinalizadas pelo órgão ou entidade executiva do município de domicí-
órgão ou entidade de trânsito com circunscrição lio da pessoa portadora de deficiência e/ou com
sobre a via utilizando o sinal de regulamentação R-6b dificuldade de locomoção a ser credenciada.
“Estacionamento regulamentado” com a informação
§ 4º Caso o município ainda não esteja inte-
complementar conforme Anexo I desta Resolução.
grado ao Sistema Nacional de Trânsito, a credencial
Art. 2º. Para uniformizar os procedimentos de
será expedida pelo órgão ou entidade executiva de
fiscalização deverá ser adotado o modelo da creden-
cial previsto no Anexo II desta Resolução. trânsito do Estado.
§ 1º A credencial confeccionada no modelo Art. 3º. Os veículos estacionados nas vagas re-
proposto por esta Resolução terá validade em todo o servadas de que trata esta Resolução deverão exibir a
território nacional. credencial que trata o art. 2º sobre o painel do veículo, ou
§ 2º A credencial prevista neste artigo será em local visível para efeito de fiscalização.
emitida pelo órgão ou entidade executiva de trânsito Art. 4º. O uso de vagas destinadas às pessoas
do município de domicílio da pessoa portadora de portadoras de deficiência e com dificuldade de loco-
deficiência e/ou com dificuldade de locomoção a ser moção em desacordo com o disposto nesta Resolu-
credenciada.
290 Ordeli Savedra Gomes

ção caracteriza infração prevista no art. 181, inc. XVII Resolução, para adequar as áreas de estacionamento
do CTB. específicos existentes ao disposto nesta Resolução.
Art. 5º. Os órgãos ou entidades com circuns- Art. 6º. Esta Resolução entra em vigor na da-
crição sobre a via têm o prazo de até 360 (trezentos e ta de sua publicação, revogadas as disposições em
sessenta) dias, a partir da data de publicação desta contrário.
Alfredo Peres da Silva

ANEXO I
MODELO DE SINALIZAÇÃO VERTICAL DE REGULAMENTAÇÃO DE VAGAS DE ESTACIONA-
MENTO DE VEÍCULOS DESTINADAS EXCLUSIVAMENTE A VEÍCULOS QUE TRANSPORTEM
PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA E COM DIFICULDADE DE LOCOMOÇÃO

ANEXO II
MODELO DA CREDENCIAL
Frente da Credencial Verso da Credencial
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 291

RESOLUÇÃO 306, DE 06.03.2009


Cria o código numérico de segurança para o Certificado
de Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV e esta-
belece a sua configuração e utilização.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das competências que lhe confere o art. 12 inc. X
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito e;
Considerando a necessidade de agregar maiores elementos de segurança ao Certificado de Registro e
Licenciamento de Veículo – CRLV, dando-lhe características e condições de invulnerabilidade à falsificação e
adulteração;
Considerando a necessidade de oferecer aos órgãos executivos de trânsito e a seus agentes, instrumen-
to para facilitar a identificação da veracidade dos certificados de registro e licenciamento de veículos e, ainda,
que o Departamento Estadual de Trânsito de Santa Catarina – DETRAN SC apresentou-se como Estado Piloto
para a implantação destes novos itens e controles, RESOLVE:
Art. 1º. Fica referendada a Deliberação 70, de parte inferior do certificado, no mesmo local destina-
23.09.2008, publicada no Diário Oficial da União – do à assinatura do Expedidor.
D.O.U. em 24.09.2008. Parágrafo único. O código numérico de segu-
Art. 2º. Cria um código numérico de seguran- rança será considerado a assinatura eletrônica do
ça a ser utilizado na emissão do Certificado de RENAVAM no CRLV e deverá vir acompanhado da
Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV, de que matrícula e nome da autoridade expedidora.
trata o artigo 131 do Código de Trânsito Brasileiro. Art. 5º. A obrigatoriedade da implantação do
Art. 3º. O código numérico de segurança será código numérico de segurança nos CRLV, para os
composto de 11(onze) dígitos gerados a partir de órgãos executivos de trânsito dos Estados e do
algoritmo específico, de propriedade do Departamen- Distrito Federal, se dará conforme cronograma a ser
to Nacional de Trânsito – DENATRAN, composto estabelecido pelo DENATRAN.
pelos dados individuais de cada CRLV e fornecido Parágrafo único. Fica referendada a obrigato-
pelo sistema central do Registro Nacional de Veículos riedade do código numérico de segurança implantado
Automotores – RENAVAM, permitindo a validação do nas emissões de CRLV do DETRAN SC a partir de
documento. 06.10.2008.
Art. 4º. Na emissão do CRLV será obrigatória Art. 6º. Esta Resolução entra em vigor na da-
a impressão do código numérico de segurança na ta de sua publicação.
Alfredo Peres da Silva

RESOLUÇÃO 311, DE 03.04.2009


Dispõe sobre a obrigatoriedade do uso do equipamento
suplementar de segurança passiva – Air Bag, na parte
frontal dos veículos novos saídos de fábrica, nacionais
e importados.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 12,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o disposto no
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT;
Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar os requisitos de segurança para os veículos au-
tomotores nacionais e importados conforme determina a Lei 11.910, de 18.03.2009;
Considerando a necessidade de garantir a segurança dos condutores e passageiros dos veículos;
Considerando que a instalação deste equipamento nos veículos automotores, reduz de maneira expres-
siva os danos causados ao condutor e passageiro do banco dianteiro direito, nos casos de colisão frontal e
Considerando também que trata de um equipamento suplementar de segurança passiva que deve ser
usado concomitantemente com o cinto de segurança; RESOLVE:
Art. 1º. Estabelecer como obrigatório, o equi- originários de novos projetos, das categorias M1e N1,
pamento suplementar de segurança passiva – AIR nacionais e importados.
BAG, instalados na posição frontal para o condutor e Parágrafo único. Conforme norma NBR
o passageiro do assento dianteiro, para os veículos 13776 da Associação Brasileira de Normas Técnicas
novos produzidos, saídos de fábrica e os veículos – ABNT fica caracterizado:
292 Ordeli Savedra Gomes

a) veículos da categoria M1 são aqueles pro- § 4º Na hipótese de novo projeto, o fabricante


jetados e construídos para o transporte de passagei- ou importador deverá indicar essa condição no
ros, que não tenham mais que oito assentos, além do requerimento dirigido ao DENATRAN para concessão
assento do motorista. de código de Marca/Modelo/Versão.
b) veículos da categoria N1 são aqueles proje- § 5º Para veículos N1 das espécies Carga e
tados e construídos para o transporte de cargas e Especial do tipo Caminhonete, com peso bruto total –
que tenham uma massa máxima não superior a 3,5 PBT até 3.500 Kg, que compartilhem plataforma e
toneladas que abrange também os veículos classifi- cabine com veículos N2 das espécies Carga e Espe-
cados como caminhonetes no CTB. cial do tipo Caminhão, será obrigatória a instalação
Art. 2º. Para efeito desta Resolução, define- de Air Bag, em 100% (cem por cento) da produção, a
-se Air Bag, como equipamento suplementar de re- partir de 1º de janeiro de 2013, para o condutor e, a
tenção que objetiva amenizar o contato de uma ou partir de 1º de janeiro de 2014, para condutor e
mais partes do corpo do ocupante com o interior do passageiros. (Parágrafo acrescido pela Res. 367/10 e
veículo, composto por um conjunto de sensores co- alterado pela Res. 394/11)
locados em lugares estratégicos da estrutura do veí- Art. 4º. Estão dispensados do atendimento
culo, central de controle eletrônica, dispositivo gera- aos requisitos desta Resolução: (Caput e incs. I a IV
dor de gás propulsor para inflar a bolsa de tecido re- com redação dada pela Res. 534/15)
sistente. I - Os veículos fora-de-estrada;
Art. 3º. O disposto na presente Resolução se II - Os veículos especiais, definidos pela nor-
aplica aos veículos das categorias M1 e N1, confor- ma NBR 13776 da Associação Brasileira de Normas
me o cronograma de implantação definido abaixo: Técnicas;
I - Novos projetos de automóveis e veículos III - Os veículos de uso bélico;
deles derivados, nacionais ou importados. IV - Os veículos resultantes de transformações
DATA DE PERCENTUAL DA de veículos sujeitos a homologação compulsória, cuja
IMPLANTAÇÃO PRODUÇÃO data de fabricação dos veículos original objeto de
01 de janeiro de 2011 10% transformação seja anterior a 1º de janeiro de 2014;
01 de janeiro de 2012 30% V - Os fabricantes de veículos de pequena sé-
01 de janeiro de 2013 100% rie; (Inciso acrescido pela Res. 597/16)
II - Automóveis e veículos deles derivados em VI - Os fabricantes de veículos artesanais; (In-
produção, nacionais ou importados. ciso acrescido pela Res. 597/16)
DATA DE PERCENTUAL DA VII - As réplicas de veículos; (Inciso acrescido
IMPLANTAÇÃO PRODUÇÃO
pela Res. 597/16)
01 de janeiro de 2010 8% VIII - Os automóveis de carroçaria Buggy; (In-
ciso acrescido pela Res. 597/16)
01 de janeiro de 2011 15%
Parágrafo único. Para efeitos desta Resolu-
01 de janeiro de 2012 30%
ção, ficam adotadas as seguintes definições: (Pará-
01 de janeiro de 2013 60% grafo único e incs. I a IV acrescidos pela Res. 597/16)
01 de janeiro de 2014 100%
I - fabricante de Veículos de Pequena Série: é
§ 1º Independente dos percentuais definidos aquele cuja produção está limitada a 30 (trinta) veí-
no inciso I, a partir de 2012, todos os veículos origi- culos por marca/modelo e 100 (cem) unidades no pe-
nários de novos projetos, nacionais ou importados, ríodo de 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada ano;
ficam condicionados ao atendimento da Resolução II - fabricante de Veículos Artesanais: é a pes-
CONTRAN 221/2007, que estabelece requisitos de soa física ou jurídica, que fabrica, no máximo, 03
proteção aos ocupantes e integridade do sistema de (três) veículos no período de 1º de janeiro a 31 de de-
combustível decorrente de impacto nos veículos.
zembro de cada ano;
§ 2º Considera-se novo projeto o modelo de
III - réplica é o veículo produzido por um fabri-
veículo que nunca obteve o Código de Marca/ Mode-
cante de pequena série e que:
lo/Versão junto ao DENATRAN, e veículos derivados
de automóveis, os veículos em que a parte dianteira a) assemelha-se a outro veículo que foi des-
da carroceria, delimitada a partir da coluna “A” em continuado há pelo menos 30 anos;
diante, tenha semelhança estrutural e de forma ao do b) possua licença do fabricante original, seus
automóvel do qual o projeto deriva (anexo). sucessores ou cessionários ou atual pro-
§ 3º Não se considera como novo projeto a prietário de tais direitos;
derivação de um mesmo modelo básico de veículo IV - Buggy: Automóvel para utilização especial
que já possua Código de Marca/Modelo/Versão conce- em atividades de lazer, capaz de circular em terrenos
dido pelo DENATRAN. arenosos, dotados de rodas e pneus largos, normal-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 293

mente sem capota e portas. Além disso, estando o do solo, entre eixos, mínimo de 200 mm e altura livre
veículo com a massa em ordem de marcha, em do solo, sob os eixos dianteiro e traseiro, mínimo de
superfície plana, com as rodas dianteiras paralelas à 180 mm.
linha de centro longitudinal do veículo e os pneus Art. 5º. Esta Resolução entra em vigor na da-
inflados com a pressão recomendada pelo fabricante, ta de sua publicação.
deverá apresentar um ângulo de ataque mínimo de Alfredo Peres da Silva
25º; um ângulo de saída mínimo de 20º; altura livre

ANEXO

RESOLUÇÃO 314, DE 08.05.2009


Estabelece procedimentos para a execução das campa-
nhas educativas de trânsito a serem promovidas pelos
órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito - SNT; e
Considerando o art. 75 do CTB, que trata das campanhas de trânsito a serem promovidas pelo SNT;
Considerando as diretrizes da Política Nacional de Trânsito - PNT aprovadas pela Resolução 166, de
15.09.2004 do CONTRAN;
Considerando a importância da adoção de padrões para unificar concepções e valores a serem transmi-
tidos pelos órgãos e entidades do SNT no que se refere à realização de campanhas educativas. RESOLVE:
Art. 1º. Aprovar as orientações para a realiza- Art. 2º. Os órgãos e entidades do SNT devem
ção de campanhas educativas de trânsito estabeleci- assegurar recursos financeiros e nível de profissiona-
das no Anexo desta Resolução. lismo adequado para o planejamento, a execução e a
Parágrafo único. Para efeitos desta Resolu- avaliação das campanhas de que trata esta Resolução.
ção, entende-se por campanha educativa toda a ação Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor na data
que tem por objetivo informar, mobilizar, prevenir ou de sua publicação, revogando a Resolução 420/69 do
alertar a população ou segmento da população para CONTRAN.
adotar comportamentos que lhe tragam segurança e Alfredo Peres da Silva
qualidade de vida no trânsito.

ANEXO
PROCEDIMENTOS PARA A REALIZAÇÃO DE CAMPANHAS EDUCATIVAS DE TRÂNSITO
A Política Nacional de Trânsito – PNT, cujas mento individual dos usuários, carecendo de um
diretrizes foram aprovadas pela Resolução 166/04 tratamento no campo da engenharia, da administra-
do CONTRAN, é marcada pela preocupação com o ção do comportamento e da participação social. Em
fato de que, ao longo de muitos anos, o trânsito foi seu conjunto, a PNT busca reverter essa tendência
tratado como uma questão policial e de comporta- e preconiza que um trânsito calmo e previsível
294 Ordeli Savedra Gomes

estabelece um ambiente de civilidade e de respeito sexo, entre outras questões importantes para deter-
às leis, mostrando a internalização da norma básica minar temas, objetivos, público-alvo.
da convivência democrática: todos são iguais pe- 2. Elaboração da campanha
rante a lei e, em contrapartida, obedecê-la é dever A campanha deve ser criada para ir ao encon-
de todos. tro das informações coletadas na pesquisa. Nesta
A observância a esses aspectos na realização etapa será definida a concepção a ser adotada, o
de campanhas educativas de trânsito é fundamental tema a ser abordado, as linguagens utilizadas, sele-
para assegurar que o conjunto de órgãos e entidades ção das mídias, frequência de veiculação, etc.
que compõem o SNT promova o trânsito cidadão, No momento de elaboração das campanhas
seguro e participativo, priorizando a preservação da educativas de trânsito consideradas nesta Resolução,
vida, da saúde e do meio ambiente, visando à redu- devem ser considerados os seguintes aspectos:
ção do número de vítimas, dos índices e da gravidade 2.1 A utilização de linguagens acessíveis e de
dos acidentes de trânsito e da emissão de poluentes fácil compreensão à população em geral, assim como
e ruídos. Em consonância ao previsto pela PNT no a fundamentação em preceitos técnico-legais, garan-
que se referem à efetivação da educação contínua, tindo a transmissão de informações corretas sobre
as campanhas devem orientar cada cidadão e toda a quaisquer assuntos relacionados ao trânsito.
comunidade, quanto a princípios, valores, conheci-
2.2 O foco no ser humano, visando a constru-
mentos, habilidades e atitudes favoráveis e adequa-
ção de uma cultura e de uma ética democráticas no
das à locomoção no espaço social, para uma convi- trânsito, fundadas no direito de ir e vir, com o objeti-
vência no trânsito de modo responsável e seguro. vo de assegurar a vida.
Além da promoção da segurança no trânsito,
2.3 O destaque a ações, preferencialmente
as campanhas educativas de trânsito devem provo-
propositivas, que ressaltem aspectos positivos, bus-
car comportamentos éticos e de cidadania, voltados cando a identificação do público com situações de
ao bem comum. Portanto, a visão predominante na seu cotidiano no trânsito, de forma a levá-lo à análise
sociedade de que os espaços de circulação são e à reflexão de suas atitudes.
prioritários – ou até exclusivos – para os usuários de
2.4 O atendimento aos princípios e valores
veículos, especialmente dos veículos motorizados
éticos presentes na PNT.
individuais, deve ser também objeto de preocupação
das campanhas, o que requer caráter e abordagem 2.5 O extremo cuidado com abordagens nega-
que favoreçam a democratização do ambiente do tivas ou que apresentem violência para evitar a
trânsito e a inclusão social. anodinia.
Para que as campanhas educativas de trânsi- 2.6 A necessidade da adoção de critérios para
to possam, efetivamente, construir conhecimentos e selecionar personagens e personalidades a serem
produzir mudança de atitude, é fundamental que os usadas nas campanhas, considerando a imagem que
órgãos e entidades do SNT adotem uma metodologia têm perante o público, especialmente no que diz
capaz de orientar sua execução. Isto porque não se respeito à observância dos princípios e valores
pode pensar na veiculação de campanhas de forma éticos. É aconselhável a associação das campanhas
aleatória, como atividade fortuita ou casual. a personagens e personalidades identificadas com
atitudes responsáveis e respeitosas para com a
Nesse sentido, independentemente da mídia e
coletividade e as leis em geral. Cuidados devem ser
dos recursos financeiros envolvidos, toda campanha
tomados quanto ao histórico de envolvimento das
educativa de trânsito deve ser cuidadosamente pla-
referidas personagens e personalidades em proble-
nejada, conforme orientações a seguir.
mas de responsabilidade em acidentes de trânsito ou
1. Pesquisa ocorrências semelhantes.
A pesquisa trará à luz indicadores qualitativos 3. Pré-teste
e/ou quantitativos sobre a percepção da população
Antes de ser exposta ao grande público, as pe-
em relação ao trânsito: qual a sua opinião, quais as
ças produzidas para a campanha devem ser submeti-
suas maiores preocupações, quais as suas dificulda-
das a uma pesquisa junto ao público-alvo, a fim de
des relacionadas ao trânsito; deve detectar seu envol-
verificar se, realmente, atendem às expectativas.
vimento em acidentes de trânsito: como, quando,
onde, o motivo. A pesquisa deve considerar também 4. Pós-teste
as estatísticas de trânsito relacionadas a passagei- Após a veiculação da campanha ao grande
ros, pedestres, condutores, examinando faixa etária, público, deve ser realizada avaliação para que seja
possível examinar se os objetivos foram alcançados
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 295

ou não. No caso das campanhas educativas de e interligação com outros conceitos, num sistema
trânsito, os indicadores a serem usados no pós-teste amplo de relações.
devem ter foco preferencialmente nos aspectos b) Linguagem não-verbal
comportamentais diretos, não tanto nos resultados Na comunicação diária, as pessoas utilizam
globais – e.g. em termos de redução de índices de de meios que dispensam o uso da palavra: gestos,
acidentes ou de vítimas – que podem ter influência olhares, etc.
de outros fatores. A mímica, a pintura, a música e a dança são
GLOSSÁRIO artes que, em sua expressão, prescindem da palavra.
Anodinia: ausência de dor; espécie de anes- Hoje, o ser humano convive com frequência cada vez
tesia da capacidade de impressionar com algo maior e mais intensamente com a linguagem visual.
violento e, por conseguinte, banalizá-lo. O cinema, a televisão, a computação, a fotografia, os
Linguagens: são sistemas de sinais utilizados veículos publicitários (outdoors, revistas) têm encon-
pelo ser humano para expressar suas idéias, senti- trado, nesse tipo de linguagem, um instrumento de
mentos, pensamentos, emoções. Há dois tipos de comunicação extremamente eficaz, sobretudo devido
linguagem: à velocidade com que transmite as mensagens.
a) Linguagem verbal Mídia: em latim, media significa meios. Daí
A palavra é o instrumento mais eficaz na co- vem a palavra mídia. É o plural de medium (o meio).
municação que as pessoas estabelecem com o outro O termo foi adotado nos Estados Unidos e adaptado
e consigo mesmas. Ela organiza o pensamento, faz ao português na forma como se pronuncia em inglês:
com que seja possível explicitá-lo e acompanha as mídia. Indica o conjunto de meios de comunicação
inúmeras atividades que são desenvolvidas ao longo social utilizados atualmente: rádio, TV, cinema,
da vida. telefone, jornais, revistas, cartazes, internet.
A humanidade tem veiculado, por intermédio Peças produzidas para uma campanha: são
da palavra, de geração para geração, um volume todos os materiais produzidos para a realização das
enorme de conhecimentos, comportamentos e valores campanhas, tais como: filmes para TV, spots (para
que constituem a cultura das várias comunidades rádio), folderes, cartazes, outdoors, entre outras.
existentes. Veiculação: publicação de mensagem publici-
A linguagem verbal apresenta uma estrutura tária em um veículo de comunicação (TV, rádio, jornal
bastante complexa: além de representar todos os etc.).
tipos de objetos, permite sua análise, caracterização

RESOLUÇÃO 315, DE 08.05.2009


Estabelece a equiparação dos veículos ciclo-elétricos,
aos ciclomotores e os equipamentos obrigatórios para
condução nas vias públicas abertas à circulação.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições que lhe conferem os incs. I e X, do
art. 12, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
Considerando os permanentes e sucessivos avanços tecnológicos empregados na construção de veícu-
los, bem como a utilização de novas fontes de energia e novas unidades motoras aplicadas de forma acessória
em bicicletas, e em evolução ao conceito inicial de ciclomotor.
Considerando o crescente uso de ciclo motorizado elétrico em condições que comprometem a seguran-
ça do trânsito, RESOLVE:
Art. 1º. Para os efeitos de equiparação ao ci- (cento e quarenta quilogramas) e cuja velocidade
clomotor, entende-se como cicloelétrico todo o máxima declarada pelo fabricante não ultrapasse a
veículo de duas ou três rodas, provido de motor de 50 km/h (cinquenta quilômetros por hora)
propulsão elétrica com potência máxima de 4 kw § 1º Inclui-se nesta definição de ciclo-elétrico
(quatro quilowatts) dotados ou não de pedais aciona- a bicicleta dotada originalmente de motor elétrico,
dos pelo condutor, cujo peso máximo incluindo o bem como aquela que tiver este dispositivo motriz
condutor, passageiro e carga, não exceda a 140 kg agregado posteriormente à sua estrutura. (Parágrafo
296 Ordeli Savedra Gomes

renumerado pela Res. 375/11 e alterado pela Res. IV – não dispor de acelerador ou de qualquer
465/13) outro dispositivo de variação manual de potência;
§ 2º Fica excepcionalizado da equiparação V – estarem dotadas de:
prevista no caput deste artigo, os equipamentos de a) Indicador de velocidade;
mobilidade individual autopropelidos, sendo permitida b) Campainha;
sua circulação somente em áreas de circulação de c) Sinalização noturna dianteira, traseira e
pedestres, ciclovias e ciclo faixas, atendidas as lateral;
seguintes condições: (Parágrafo acrescido pela Res.
d) Espelhos retrovisores em ambos os lados;
375/11 e alterado pela Res. 465/13)
e) Pneus em condições mínimas de segu-
I - velocidade máxima de 6 km/h em áreas de
rança.
circulação de pedestres;
VI – uso obrigatório de capacete ciclista.
II - velocidade máxima de 20 km/h em ciclo-
§ 4º Caberá aos órgãos e entidades executi-
vias e ciclo faixas;
vos de trânsito dos municípios e do Distrito Federal,
III - uso de indicador de velocidade, campai-
no âmbito de suas circunscrições, regulamentar a
nha e sinalização noturna, dianteira, traseira e lateral,
circulação dos equipamentos de mobilidade indivi-
incorporados ao equipamento;
dual autopropelidos e da bicicleta elétrica de que
IV - dimensões de largura e comprimento tratam os §§ 2º e 3º do presente artigo. (Parágrafo
iguais ou inferiores às de uma cadeira de rodas, acrescido pela Res. 465/13)
especificadas pela Norma Brasileira NBR 9050/2004.
Art. 2º. Além de observar os limites de po-
§ 3º Fica excepcionalizada da equiparação tência e velocidade previstos no artigo anterior, os
prevista no caput deste artigo a bicicleta dotada fabricantes de ciclo-elétrico deverão dotar esses
originalmente de motor elétrico auxiliar, bem como veículos dos seguintes equipamentos obrigatórios:
aquela que tiver o dispositivo motriz agregado poste-
1 - Espelhos retrovisores, de ambos os lados;
riormente à sua estrutura, sendo permitida a sua
2 - Farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
circulação em ciclovias e ciclo faixas, atendidas as
seguintes condições: (Parágrafo acrescido pela Res. 3 - Lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
375/11 e alterado pela Res. 465/13) 4 - Velocímetro;
I – com potência nominal máxima de até 350 5 - Buzina;
Watts; 6 - Pneus que ofereçam condições mínimas
II – velocidade máxima de 25 Km/h; de segurança.
III – serem dotadas de sistema que garanta o Art. 3º. Esta resolução entra em vigor na data
funcionamento do motor somente quando pedalar; da sua publicação.
Alfredo Peres da Silva

RESOLUÇÃO 321, DE 17.07.2009


Institui exame obrigatório para avaliação de instrutores
e examinadores de trânsito no exercício da função em
todo o território nacional.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503 de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e
Considerando a importância de se manter sistemática avaliação do desempenho para aferir o desenvol-
vimento de competências fundamentais ao exercício da função e a requalificação técnica e didática dos instru-
tores e examinadores de trânsito em atividade;
Considerando que os exames nacionais contribuirão, significativamente, para a melhoria da qualidade do
ensino nos Centros de Formação de Condutores -CFC;
Considerando o benefício que os exames nacionais trarão aos candidatos à obtenção da Permissão para
Dirigir Veículo Automotor, à Adição ou Mudança de Categoria, à Atualização para Renovação da Carteira Nacio-
nal de Habilitação – CNH e à Autorização para conduzir Ciclomotores ACC, a partir de aulas com profissionais
mais qualificados; e
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 297

Considerando a proposta da Associação Nacional dos Departamentos Estaduais de Trânsito e do Distrito


Federal AND encaminhada por meio do Ofício n. 11/2008-AND, em 1º de julho de 2008, protocolada no Depar-
tamento Nacional de Trânsito - DENATRAN sob o 80001.022093/2008-18. RESOLVE:
Art. 1º. Instituir exame obrigatório para avalia- Art. 3º. Para participar do exame obrigatório os
ção de instrutor e examinador de trânsito no exercí- profissionais deverão preencher formulário de inscrição
cio da função em todo o território nacional. eletrônica que será disponibilizado no endereço eletrô-
§ 1º Os exames serão promovidos e coorde- nico www.denatran.gov.br, com antecedência de 60
nados pelo DENATRAN, órgão máximo executivo de (sessenta) dias da data dos exames.
trânsito da União, a cada 3 (três) anos, contados da § 1º A veracidade das informações prestadas
data da primeira aplicação. no ato do preenchimento da inscrição será de total
§ 2º O período de aplicação dos exames, em responsabilidade do avaliado, ficando assegurado ao
âmbito nacional, será definido pelo DENATRAN, divul- DENATRAN e aos órgãos executivos de trânsito dos
gados por meio de Portaria e nos sítios oficiais do Estados e do Distrito Federal o direito de excluir do
DENATRAN e dos órgãos executivos de trânsito dos exame o profissional que não preencher o formulário
Estados e do Distrito Federal, sendo facultada a divul- de forma completa e/ou correta ou que fornecer
gação em outros meios de comunicação de massa. dados comprovadamente inverídicos.
§ 3º Os exames serão realizados por meio de § 2º O DENATRAN não se responsabilizará
prova eletrônica, que conterá questões objetivas de por inscrições não recebidas ou não efetivadas por
múltipla escolha, versando sobre as áreas de conhe- motivo de ordem técnica de computadores, falhas de
cimento compatíveis à formação do Instrutor e do comunicação, congestionamento de linhas de comu-
Examinador de Trânsito vigentes à época do exame. nicação ou outros fatores que venham a impossibili-
§ 4º O DENATRAN providenciará e disponibili- tar a transferência dos dados.
zará aos órgãos e entidades executivos de trânsito Art. 4º. Os profissionais que realizarem o
dos Estados e do Distrito Federal sistema informati- exame e não atingirem nota igual ou superior a 70
zado, com banco de questões atualizado, para que os (setenta) deverão, obrigatoriamente, submeter-se à
exames sejam gerados randomicamente e aplicados atividade de requalificação, conforme Anexo desta
ao universo de instrutores e de examinadores do país. Resolução, ficando suspensos do exercício de sua
§ 5º Os órgãos ou entidades executivos de trân- atividade até apresentação, ao órgão ou entidade
sito dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Fede-
circunscrição, seguindo as determinações do DENA- ral, de certificado de participação na referida ativi-
TRAN, responsabilizar-se-ão pela aplicação dos exames. dade.
§ 6º Os órgãos ou entidades executivos de Parágrafo único. A realização da atividade
trânsito dos Estados e do Distrito Federal poderão prevista no caput deste artigo ficará a cargo dos
utilizar o sistema informatizado para realizar outros órgãos executivos de trânsito dos Estados e do
exames, em cronograma específico, para atender às Distrito Federal ou por instituições por estes creden-
necessidades e à demanda local. ciadas para tal finalidade.
Art. 2º. O exame obrigatório tem como prin- Art. 5º. O profissional que deixar de se ins-
cipais objetivos: crever para o exame, ou que não comparecer na data
I - Ampliar a qualidade do processo de forma- de sua realização, terá suspenso seu credenciamento
ção e reciclagem de condutores. para o exercício da função de examinador ou instrutor
até que seja cumprida a atividade de requalificação,
II - Aferir o grau de conhecimento de instruto-
nos termos do anexo desta resolução.
res e de examinadores acerca de assuntos relaciona-
dos à sua área de atuação. Art. 6º. O DENATRAN divulgará os resultados
III - Requalificar instrutores e examinadores dos exames, assim como outras informações conve-
que apresentam falta de conhecimento acerca de nientes, por meio de seu sitio eletrônico e/ou por
assuntos relacionados à sua área de atuação. outros meios de fácil acesso público.
IV - Possibilitar aos órgãos executivos de Art. 7º. O DENATRAN editará as instruções
trânsito dos Estados e do Distrito Federal o acompa- necessárias à plena consecução do disposto nesta
nhamento do nível de qualidade dos serviços presta- Resolução.
dos à comunidade por profissionais credenciados. Art. 8º. Esta Resolução entra em vigor na da-
ta de sua publicação.
V - Oferecer uma referência aos profissionais
em exercício na função para estudos permanentes Alfredo Peres da Silva
com vistas à melhoria de seu desempenho.
298 Ordeli Savedra Gomes

ANEXO
ATIVIDADE DE REQUALIFICAÇÃO PARA INSTRUTORES E
EXAMINADORES DE TRÂNSITO
- Código de Trânsito Brasileiro, principais aspectos;
ÁREA Carga Horária - Atualização da legislação vigente.
Legislação de Trânsito 12 horas 2. Didática do Ensino
Didática do Ensino 04 horas - Aplicação de técnicas da didática para a melhoria
TOTAL 16 horas do ensino e da aprendizagem
Ementas - A missão e o papel do instrutor como professor
1. Legislação de Trânsito

RESOLUÇÃO 323, DE 17.07.2009


Estabelece os requisitos técnicos de fabricação e insta-
lação de protetor lateral para veículos de carga.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o inc. I do art. 12
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e
Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar os requisitos de segurança para os veículos de
carga nacionais e importados,
Considerando as conclusões apresentadas no bojo do Processo administrativo 80001.007960/2009-76,
RESOLVE:
Art. 1º. Os caminhões, reboques e semi-rebo- III - Veículos concebidos e construídos para
ques com peso bruto total PBT superior a 3.500kg (três fins específicos e onde, por razões técnicas, não for
mil e quinhentos quilogramas) novos, nacionais e impor- possível prever no projeto a instalação dos protetores
tados, fabricados a partir de 1º de janeiro de 2011, laterais;
somente poderão ser registrados e licenciados se IV - Veículos inacabados ou incompletos;
estiverem dotados do protetor lateral que atenda às V - Veículos e implementos destinados à ex-
especificações constantes do Anexo desta Resolução. portação;
(Artigo alterado pela Res. 377, de 06.04.2011) VI - Viaturas militares;
Parágrafo único. Os caminhões, reboques e VII - Aqueles que possuam na carroçaria o
semi-reboques com peso bruto total PBT superior a protetor lateral incorporado ao projeto original do
3.500 kg (três mil e quinhentos quilogramas) cujas fabricante.
características originais da carroçaria forem altera- Parágrafo único. O órgão máximo executivo
das, ou quando neles for instalado algum tipo de de trânsito da União analisará e decidirá quais veícu-
implemento, a partir de 1º de janeiro de 2011, tam- los se enquadram no inciso III.
bém deverão atender às especificações constantes
Art.3º. A não observância dos preceitos desta
do Anexo desta Resolução. (Parágrafo alterado pela
Resolução sujeita o infrator às penalidades previstas
Res. 377, de 06.04.2011)
nos incisos IX ou X do artigo 230 do Código de
Art. 2º. Não estão sujeitos ao cumprimento Trânsito Brasileiro.
desta Resolução os seguintes veículos:
Art.4º. Esta Resolução entrará em vigor na
I - Caminhões tratores; data da sua publicação.
II - Carroçaria ou plataformas de carga que es-
Alfredo Peres da Silva
tejam a até 550 mm de altura em relação ao solo;

ANEXO
(íntegra dos anexos – www.denatran.gov.br)
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 299

RESOLUÇÃO 324, DE 17.07.2009


Dispõe sobre a expedição de Certificado Provisório de
Registro e Licenciamento de Veículos.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições legais que lhe confere o art. 12,
inc. IX da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito e;
Considerando a necessidade de estabelecer procedimentos uniformes em todo o território nacional, com
referência aos documentos dos veículos;
Considerando o disposto no art. 61, caput e parágrafo único, da Lei 11.343, de 23.08.2006;
Considerando o que consta do Processo 80000.023010/2007-37; RESOLVE:
Art. 1º. Autorizar aos órgãos ou entidades II - Vara e Seção Judiciária;
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito III - Órgão ou entidade indicada pelo Poder
Federal a expedição do Certificado Provisório de Judiciário como responsável pela posse do veículo;
Registro de Licenciamento de Veículo, para atendi- Art. 4º. O órgão ou entidade beneficiária será
mento do disposto no art. 61, caput e parágrafo responsável pelo pagamento de multas, encargos e
único, da Lei 11.343, de 23.08.2006. tributos vinculados ao veículo referente ao período
Art 2º. O formulário do Certificado Provisório de em que perdurar a posse provisória.
Registro e Licenciamento de Veículo é o mesmo do Art. 5º. Enquanto perdurar a posse provisória
Certificado de Licenciamento Anual, com as ressalvas do veículo, os órgãos ou entidades de trânsito encami-
desta Resolução, cabendo aos órgãos ou entidades nharão, no caso de infração de trânsito, as Notificações
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal de Autuação e de Penalidade diretamente ao órgão ou
o lançamento das observações na Base Estadual. entidade beneficiária que se equipara ao proprietário do
Parágrafo único. Nos casos em que for de- veículo, cabendo-lhe a identificação do condutor
terminada a expedição do Certificado Provisório de infrator, quando não for responsável pela infração.
Registro e Licenciamento de Veículo, não será emiti- Art. 6º. Fica o DENATRAN autorizado a baixar
do o Certificado de Registro de Veiculo. as instruções complementares necessárias para o
Art 3º. O Certificado Provisório de Registro e pleno funcionamento do disposto nesta Resolução.
Licenciamento de Veículo deverá conter em seu Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na da-
campo de observações, além dos dados exigidos pela ta de sua publicação.
legislação em vigor, as seguintes observações: Alfredo Peres da Silva
I - art. 61 e parágrafo único, da Lei 11.343/06
- Provisório;

RESOLUÇÃO 349, DE 17.05.2010


Dispõe sobre o transporte eventual de cargas ou de bi-
cicletas nos veículos classificados nas espécies auto-
móvel, caminhonete, camioneta e utilitário.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o inc. I do art. 12
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito,
Considerando as disposições sobre o transporte de cargas nos veículos contemplados por esta Resolu-
ção, contidas na Convenção de Viena sobre o Trânsito Viário, promulgada pelo Decreto 86.714, de 10.12.1981;
Considerando o disposto no art. 109 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasi-
leiro – CTB;
Considerando a necessidade de disciplinar o transporte eventual de cargas em automóveis, caminhone-
tes e utilitários de modo a garantir a segurança do veículo e trânsito;
Considerando a conveniência de atualizar as normas que tratam do transporte de bicicletas nos veículos
particulares.
Considerando as vantagens proporcionadas pelo uso da bicicleta ao meio ambiente, à mobilidade e à
economia de combustível; RESOLVE:
300 Ordeli Savedra Gomes

CAPÍTULO I excluídos os retrovisores, e possuir sistema de si-


DISPOSIÇÕES GERAIS nalização paralelo, energizado e semelhante em con-
teúdo, quantidade, finalidade e funcionamento ao do
Art. 1º. Estabelecer critérios para o transporte veículo em que for instalado.
eventual de cargas e de bicicletas nos veículos § 2º A régua de sinalização deverá ter sua
classificados na espécie automóvel, caminhonete,
superfície coberta com faixas refletivas oblíquas,
camioneta e utilitário.
com uma inclinação de 45 graus em relação ao
Art. 2º. O transporte de cargas e de bicicletas plano horizontal e 50,0 +/- 5,0 mm de largura, nas
deve respeitar o peso máximo especificado para o cores branca e vermelha refletiva, idênticas às
veículo. dispostas nos para-choques traseiros dos veículos
Art. 3º. A carga ou a bicicleta deverá estar de carga.
acondicionada e afixada de modo que: § 3º A fixação da régua de sinalização deve
I - não coloque em perigo as pessoas nem ser feita no veículo, de forma apropriada e segura,
cause danos a propriedades públicas ou privadas, e por meio de braçadeiras, engates, encaixes e/ou
em especial, não se arraste pela via nem caia sobre parafusos, podendo ainda ser utilizada a estrutura de
esta; transporte de carga ou seu suporte.
II - não atrapalhe a visibilidade a frente do § 4º A segunda placa de identificação será
condutor nem comprometa a estabilidade ou condu- lacrada no centro da régua de sinalização ou na parte
ção do veículo; estrutural do veículo em que estiver instalada (para-
III - não provoque ruído nem poeira; choque ou carroceria), devendo ser aposta em local
IV - não oculte as luzes, incluídas as luzes de visível na parte direita da traseira.
freio e os indicadores de direção e os dispositivos re- § 5º Fica dispensado da utilização de régua
fletores; ressalvada, entretanto, a ocultação da de sinalização o veículo que possuir extensor de
lanterna de freio elevada (categoria S3); caçamba, no qual deve ser lacrada a segunda placa
V - não exceda a largura máxima do veículo; traseira.
VI - não ultrapasse as dimensões autorizadas § 6º Extensor de caçamba é o acessório que
para veículos estabelecidas na Resolução CONTRAN permite a circulação do veículo com a tampa do
210, de 13.11.2006, que estabelece os limites de compartimento de carga aberta, de forma a impedir a
pesos e dimensões para veículos que transitam por queda da carga na via, sem comprometer a sinaliza-
vias terrestres e dá outras providências, ou Resolu- ção traseira.
ção posterior que venha sucedê-la;
CAPÍTULO II
VII - todos os acessórios, tais como cabos, REGRAS APLICÁVEIS AO TRANSPORTE
correntes, lonas, grades ou redes que sirvam para EVENTUAL DE CARGAS
acondicionar, proteger e fixar a carga deverão estar
devidamente ancorados e atender aos requisitos des- Art. 5º. Permite-se o transporte de cargas
ta Resolução; acondicionadas em bagageiros ou presas a suportes
apropriados devidamente afixados na parte superior
VIII - não se sobressaiam ou se projetem além
externa da carroçaria.
do veículo pela frente.
§ 1º O fabricante do bagageiro ou do suporte
Art. 4º. Nos casos em que o transporte even-
deve informar as condições de fixação da carga na
tual de carga ou de bicicleta resultar no encobrimen-
parte superior externa da carroçaria e sua fixação
to, total ou parcial, quer seja da sinalização traseira
deve respeitar as condições e restrições estabeleci-
do veículo, quer seja de sua placa traseira, será
das pelo fabricante do veículo
obrigatório o uso de régua de sinalização e, respecti-
vamente, de segunda placa traseira de identificação § 2º As cargas, já considerada a altura do
fixada àquela régua ou à estrutura do veículo, con- bagageiro ou do suporte, deverá ter altura máxima de
forme figura constante do Anexo desta Resolução. cinquenta centímetros e suas dimensões, não devem
(Texto do caput e parágrafos, dados pela Res. 589/16 ultrapassar o comprimento da carroçaria e a largura
e de acordo com a retificação) da parte superior da carroçaria. (figura 1)
§ 1º Régua de sinalização é o acessório com Y=50 cm, onde Y = altura máxima;X =Z,
características físicas e de forma semelhante a um onde Z = comprimento da carroçaria e X = compri-
para-choque traseiro, devendo ter no mínimo um mento da carga.
metro de largura e no máximo a largura do veículo,
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 301

Figura 1 CAPÍTULO III


REGRAS APLICÁVEIS AO TRANSPORTE DE
BICICLETAS NA PARTE EXTERNA DOS VEÍCULOS
Art. 8º. A bicicleta poderá ser transportada na
parte posterior externa ou sobre o teto, desde que
fixada em dispositivo apropriado, móvel ou fixo,
aplicado diretamente ao veículo ou acoplado ao
gancho de reboque.
§ 1º O transporte de bicicletas na caçamba de
caminhonetes deverá respeitar o disposto no Capítulo
II desta Resolução.
Art. 6º. Nos veículos de que trata esta Reso- § 2º Na hipótese da bicicleta ser transportada
lução, será admitido o transporte eventual de carga sobre o teto não se aplica a altura especificada no §
indivisível, respeitados os seguintes preceitos: 2º do art. 5º.
I - As cargas que sobressaiam ou se projetem Art. 9º. O dispositivo para transporte de bici-
além do veículo para trás, deverão estar bem visíveis cletas para aplicação na parte externa dos veículos
e sinalizadas. No período noturno, esta sinalização deverá ser fornecido com instruções precisas sobre:
deverá ser feita por meio de uma luz vermelha e um I - Forma de instalação, permanente ou tem-
dispositivo refletor de cor vermelha; porária, do dispositivo no veículo;
II - O balanço traseiro não deve exceder 60% II - Modo de fixação da bicicleta ao dispositi-
do valor da distância entre os dois eixos do veículo. vo de transporte;
(figura 2) III - Quantidade máxima de bicicletas trans-
B = 0,6 x A, onde B = Balanço traseiro e A portados, com segurança;
= distância entre os dois eixos. IV - Cuidados de segurança durante o trans-
porte de forma a preservar a segurança do trânsito,
Figura 2 do veículo, dos passageiros e de terceiros.
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 10. Para efeito desta Resolução, a bici-
cleta é considerada como carga indivisível.
Art. 11. O não atendimento ao disposto nesta
Resolução acarretará na aplicação das penalidades
previstas nos artigos 230, IV, 231, II, IV e V e 248 do
CTB, conforme infração a ser apurada.
Art. 12. Esta Resolução entra em vigor noven-
Art. 7º. Será admitida a circulação do veículo ta dias após a data de sua publicação, ficam revoga-
com compartimento de carga aberto apenas durante das as Resoluções 577/81 e 549/79 e demais dispo-
o transporte de carga indivisível que ultrapasse o sições em contrário.
comprimento da caçamba ou do compartimento de Alfredo Peres da Silva
carga.

ANEXO

Figura ilustrativa
302 Ordeli Savedra Gomes

RESOLUÇÃO 351, DE 14.06.2010


Estabelece procedimentos para veiculação de mensa-
gens educativas de trânsito em toda peça publicitária
destinada à divulgação ou promoção, nos meios de co-
municação social, de produtos oriundos da indústria au-
tomobilística ou afins.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I e
art. 141, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito e:
Considerando o disposto na Lei 12.006, de 29.07.2009, que acresceu os arts. 77-A a 77-E ao CTB;
Considerando que as disposições do CTB na forma do seu art. 3º são aplicáveis a qualquer veiculo, bem
como aos proprietários condutores dos veículos nacionais ou estrangeiros e às pessoas neles expressamente
mencionadas;
Considerando que o art. 257 do CTB dispõe que as penalidades serão impostas ao condutor, ao proprie-
tário do veículo, ao embarcador e ao transportador, salvo os casos de descumprimento de obrigações e deveres
impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente mencionadas no CTB;
Considerando a necessidade de padronizar a veiculação de mensagens educativas de trânsito à popula-
ção brasileira em toda peça publicitária destinada à divulgação ou promoção, nos meios de comunicação social,
de produtos oriundos da indústria automobilística ou afins. RESOLVE:
Art. 1º. A mensagem educativa de trânsito, V - Outdoor: apresentação da mensagem no
em todo o território nacional, que for veiculada em rodapé do outdoor, em fonte Arial, observadas as
peça publicitária destinada à divulgação ou promo- seguintes dimensões:
ção, nos meios de comunicação social, de produto a) Anúncio Tamanho da fonte
oriundo da indústria automobilístico ou afim, observa- 1501 a 2000 cm² Corpo 30
rá padrão mínimo de apresentação. 2001 a 3000 cm² Corpo 36
I - Rádio: apresentação da mensagem pelo lo- 3001 a 4000 cm² Corpo 40
cutor após a assinatura da marca anunciante. 4001 a 5000 cm² Corpo 48
II - Televisão: apresentação da mensagem b) Na hipótese de outdoors com dimensões
sob forma de texto em fonte corpo 20, com tempo superiores às especificadas, o tamanho da fonte da
mínimo de permanência de três segundos durante mensagem será proporcionalizado ao estabelecido
comerciais com duração a partir de 15 segundos. para 2000 cm2.
III - Jornal: apresentação da mensagem em § 1º Considera-se produtos oriundos da indús-
fonte Arial, observadas as seguintes dimensões: tria automobilística ou afins os veículos rodoviários
a) Jornal tamanho padrão automotores de qualquer espécie, incluídos os de pas-
Anúncio Tamanho da fonte sageiros e os de carga, e os componentes, as peças
1 página Corpo 36 e os acessórios utilizados nesses veículos.
½ página Corpo 24 § 2º Não será obrigatória a divulgação de
¼ página Corpo 14 mensagem educativa:
b) Jornal tamanho tablóide I - em vinhetas e chamadas de patrocínio vei-
Anúncio Tamanho da fonte culadas em radio e televisão;
1 página Corpo 24 II - em anúncios com dimensões menores do
½ página Corpo 15 que 20 cm2, medidos em centímetros por coluna,
¼ página Corpo 12 publicados em jornais e revistas.
c) O tamanho não especificado será propor- Art. 2º. O Departamento Nacional de Trânsito
cionalizado, tomando por base a definição de ¼ de – DENATRAN publicará, anualmente, entre três e seis
página. mensagens educativas de âmbito nacional, compos-
IV - Revista: apresentação da mensagem em tas de no máximo seis palavras, a partir dos temas
fonte Arial, observadas as seguintes dimensões: das campanhas de trânsito estabelecidos pelo CON-
TRAN na forma do art. 75 do CTB.
a) Anúncio Tamanho da fonte
Parágrafo único. O responsável pela publi-
Página dupla/ Página simples Corpo 18 cidade de produto automotivo terá o prazo de 60
½ página Corpo 12 (sessenta) dias, após a publicação pelo DENATRAN,
¼ página Corpo 6 para utilização das mensagens em novas campanhas.
b) O tamanho não especificado será proporcio- Art. 3º. São responsáveis pelo cumprimento do
nalizado, tomando por base a definição de ¼ de página. disposto nesta resolução: o fabricante, o montador, o
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 303

encarroçador, o importador e o revendedor do veículo no âmbito de sua circunscrição, fiscalizarão e aplica-


rodoviário de qualquer espécie, bem como de compo- rão as sanções previstas no CTB.
nente, peça e acessório utilizados nesses veículos. Art. 5º. Esta Resolução entra em vigor 90
Art. 4º. Os órgãos ou entidades competentes (noventa) dias após a data de sua publicação.
que compõem Sistema Nacional de Trânsito - SNT, Alfredo Peres da Silva

RESOLUÇÃO 354, DE 24.06.2010


Estabelece requisitos de segurança para o transporte de
blocos e chapas serradas de rochas ornamentais.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso da atribuição que lhe confere o art. 12, inc. I, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
Considerando o disposto no art. 102 e seu parágrafo único da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o
Código de Trânsito Brasileiro;
Considerando a necessidade de aprimorar os requisitos de segurança para o transporte de blocos e de
rochas ornamentais e disciplinar o transporte destas rochas por contêiner, além da movimentação de blocos de
pequenas dimensões e de chapas serradas, RESOLVE:
Art. 1º. O transporte de rochas ornamentais e Nacional de Trânsito – DENATRAN , ou outras que
de chapas serradas deverá observar às seguintes venham a substituí-las.
normas gerais: Art. 3º. As combinações de veículos de carga
I - A amarração dos blocos de rochas em com mais de 54,5 t (Peso Bruto Total Combinado -
combinações de veículos de carga ou veículos uni- PBTC máximo para composição de veículo de carga
tários deve obedecer ao disposto nos arts. 4º e 5º e dotado de articulação única) utilizadas no transporte
6º desta Resolução. de um único bloco de rocha ornamental, devem ser
II - O transporte de chapas serradas de rochas obrigatoriamente do tipo caminhão trator 6x2 ou 6x4,
deve obedecer ao disposto no art. 9º desta Resolu- um semi-reboque dianteiro para distribuição do peso
ção, exceto quando transportadas em contêneires. (dolly) e um semi-reboque traseiro destinado ao car-
regamento de cargas indivisíveis de até 6 m, confor-
III - O transporte de blocos ou chapas serra-
me desenhos meramente ilustrativos contidos no
das de rochas em contêineres deve obedecer ao
Anexo I, inclusive quanto às dimensões e distâncias
disposto no art. 10 desta Resolução. entre eixos.
IV - O transporte de blocos de rochas em ca- Art. 4º. O transporte de bloco de rocha orna-
çambas metálicas deve atender ao art. 11 desta Re- mental com amarração longitudinal e transversal
solução. (Anexo IV) só é permitido com a utilização de linga de
V - Em nenhuma hipótese pode haver sobre- corrente e quando a sua altura mínima for igual à
posição dos blocos de rochas ornamentais. soma das seguintes parcelas:
Parágrafo único. Para efeito desta Resolução: a) o comprimento da trava do bloco;
a) Comprimento é sempre a maior dimensão b) comprimento do gancho com trava mais
do bloco de rocha, a largura, a dimensão intermedia- três elos de corrente grau 8, 13 mm;
ria, e a altura, a menor dimensão; c) comprimento do tensionador de corrente; e
b) Consideram-se rochas ornamentais, para d) comprimento de cinco elos de corrente
efeito desta Resolução, blocos de mármore e granito, grau 8, 13 mm (Anexo V).
em forma de paralelepídedos, de quaisquer dimen- § 1º Para a amarração longitudinal e transver-
sões, destinados à indústria de transformação; sal do bloco de rocha deve ser utilizado um conjunto
c) Considera-se chapa serrada, para efeito mínimo de oito travas de segurança, sendo duas em
desta Resolução, o produto resultante do processa- cada lateral da carroceria, duas frontais e duas
mento dos blocos pelos teares, já pronto para aplica- traseiras.
ção na construção civil. § 2º Cada trava de segurança deve ter altura
Art. 2º. Os veículos ou combinações de veí- suficiente e ser posicionada de forma que tangencie
culos de carga utilizados no transporte de blocos de ou fique o mais próximo possível do bloco, haja vista
rochas ornamentais devem obedecer aos limites de a irregularidade da superfície e o sistema de ajuste
pesos, dimensões e tolerâncias aprovados pelas de posição da trava, na forma do Anexo XIV. (Reda-
Resoluções 210, de 13 de novembro de 2006 e 258, ção dada pela Deliberação 178/19)
de 30 de novembro de 2007, do CONTRAN e pela § 3º O bloco de rocha ornamental pode estar
Portaria 63, de 1º de abril de 2009 do Departamento apoiado sobre 2 (dois) ou mais barrotes transversais
304 Ordeli Savedra Gomes

de madeira, ou de outro material com densidade a) Corrente de elos curtos grau 8 para amar-
compatível, de seção retangular ou quadrada, com ração de cargas, diâmetro nominal de 13mm (1/2
altura máxima de 20 (vinte) cm, devendo a face de polegada), capacidade de carga de trabalho de
maior área estar voltada para baixo, conforme Anexo 10.000kgf, fator de segurança 2:1;
XII. (Parágrafo acrescido pela Deliberação 178/19) b) Tensionadores tipo catraca com gancho
§ 4º O bloco de rocha ornamental que, em encurtador para corrente grau 8 de diâmetro nominal
função de sua altura reduzida (conhecido como 13mm ou ½ polegada (Anexo VII).
“intera”), não permitir a amarração estabelecidad no c) Extremidades equipadas com ganchos com
caput deve ser transportado por meio de oito travas, trava de segurança e cadeado de segurança ou
com amarração longitudinal e transversal, conforme manilha para corrente grau 8 de diâmetro nominal
Anexo XIII, com a utilização de duas lingas de corren- 13mm (1/2 polegada);
te longitudinais e duas transversais, cada uma com III - utilizar travas de segurança reforçadas
tensionador centralizado na parte superior do bloco com carga de trabalho 10 tf (fator de segurança 2:1),
ligado à corrente por meio de garras ou ganchos identificadas através de plaquetas contendo as
encurtadores (Anexos XIV e XV), devendo sua altura seguintes informações:
mínima ser igual ao comprimento da trava do bloco a) Nome e CNPJ do fabricante;
acrescido do comprimento mínimo equivalente a b) Capacidade de carga e fator de segurança.
cinco elos de corrente de 13 mm, grau 8. (Parágrafo § 1º (Revogado pela Deliberação 178/19)
acrescido pela Deliberação 178/19) § 2º As lingas de correntes citadas neste arti-
§ 5º Os demais blocos de rochas ornamentais go devem atender às especificações da norma EN
de dimensões reduzidas, que não comportem amar- 12195-3:2001.
ração individual prevista no § 4º, devem ser trans- § 3º Os veículos de carga não-articulados de-
portadas em caçambas metálicas, desde que possu- vem ter as travas afixadas a um sobrechassi em aço
am dispositivos, travas ou enchimentos que evitem em forma de viga U ou I.
deslocamentos relativos longitiudinais e transversais, § 4º Os veículos de cargas poderão ter mais
dentro do compartimento de carga, de forma similar de um conjunto de travas, desde que cada bloco seja
ao contêiner, conforme Anexo IX. (Parágrafo acresci- travado individualmente.
do pela Deliberação 178/19)
§ 5º Fica proibida a utilização de tensionado-
Art. 5º. No transporte de bloco de rocha or- res de alavanca.
namental que comporte a amarração definida no art.
Art. 6º. Os veículos em operação até a data
4º, os veículos não-articulados de transporte de car- de publicação desta Resolução podem, transitoria-
ga, bem como as combinações de veículos de carga, mente, por um período de 360 dias, substituir as
além dos dispositivos de segurança dos Anexos II e lingas de correntes definidas no art. 5º desta Resolu-
III, devem: ção, desde que, no transporte dos blocos de rocha,
I - utilizar sistema de amarração longitudinal sejam observados os seguintes requisitos:
passando obrigatoriamente pela parte superior do I - a utilização de uma amarração longitudinal,
bloco de rocha ornamental, por meio de duas lingas passando obrigatoriamente pela parte superior do
de corrente grau 8 (Anexo VI), devidamente identifi- bloco de rocha ornamental, por meio de duas corren-
cadas por plaquetas de aço contendo nome do tes, grau 8, com diâmetro nominal de 13 mm, estica-
fabricante, capacidade de carga, comprimento e das sem qualquer folga por meio de tensionadores
código de rastreabilidade, compostas por: tipo catraca de 25,40mm, tendo cada corrente carga
a) Corrente de elos curtos grau 8 para amar- máxima de trabalho de 5,3 toneladas;
ração de cargas, diâmetro nominal de 13mm (1/2 II - a utilização de amarração transversal, pas-
polegada), capacidade de carga de trabalho de sando obrigatoriamente pela parte superior do bloco
10.000kgf, fator de segurança 2:1; de rocha ornamental, por meio de duas correntes,
b) Tensionadores tipo catraca com gancho grau 8, de 130 mm, esticadas sem qualquer folga por
encurtador para corrente grau 8 de diâmetro nominal meio de tensionadores de 25,40mm, tendo cada
13mm ou ½ polegada (Anexo VII). corrente carga máxima de trabalho de 5,3 toneladas;
c) Extremidades equipadas com ganchos com III - a utilização de tensionadores fixados às
trava de segurança e cadeado de segurança ou travas e correntes por meio de manilhas de aço
manilha para corrente grau 8 de diâmetro nominal (ANEXO VIII), grau de dureza 8 (mínimo), e capazes
13mm (1/2 polegada); de resistir a 10 toneladas de carga efetiva cada.
II - utilizar sistema de amarração transversal § 1º As correntes citadas neste artigo não
passando obrigatoriamente pela parte superior do podem apresentar rebarbas de soldagem nas partes
bloco de rocha ornamental, por meio de duas lingas externas dos elos e não podem passar por qualquer
de corrente grau 8 (Anexo VI), devidamente identifi- processo de reparo.
cadas por plaquetas de aço contendo nome do § 2º As correntes devem atender ao especifi-
fabricante, capacidade de carga, comprimento e cado na norma ABNT NBR ISO 3076:2005, devendo a
código de rastreabilidade, compostas por: fiscalização nas vias públicas verificar:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 305

a) se os elos da corrente têm comprimento das, ambas tensionadas sem folgas por meio de ca-
externo máximo de 63 mm e mínimo de 59 mm. tracas fixadas às travessas de ferro presas à longari-
Largura externa máxima de 44 mm e largura interna na e ao chassi do veículo com grampo de 22,23 mm
mínima de 15,7 mm, fora da região das soldas; (7/8 de polegada), aos pares;
b) se o grau da corrente está estampado ou b) podem estar apoiadas sobre 2 (dois) ou
gravado em relevo, na forma de número (8), a inter- mais barrotes transversais de madeira, ou de outro
valos de 1 m de corrente; material com densidade compatível, de seção retan-
c) se a corrente não apresenta evidência de gular ou quadrada, com altura máxima de 20 (vinte)
ocorrência de reparos em qualquer dos elos e que es- cm, devendo a face de maior área estar voltada para
tes não apresentam rebarbas de soldagem em suas baixo, de modo a permitir a correta amarração longi-
partes externas. tudinal.
Art.7º. A partir do licenciamento anual de V - As cintas de poliéster citadas neste artigo
2012, os veículos utilizados no transporte de blocos devem atender à norma EN 12195-2:2001.
que exigem amarração nos termos do art. 4º desta VI - As cintas não podem apresentar cortes
resolução deverão comprovar a realização da Inspe- longitudinais ou transversais assim como costuras
ção através da obtenção Certificado de Segurança desfiadas ou rompidas.
Veicular – CSV, emitido eletronicamente por Institui- Art. 10. Os blocos e as chapas serradas po-
ção Técnica Licenciada pelo DENATRAN realizada na dem ser transportados também em contêineres,
forma do anexo XI. conforme Resolução 725/88 do CONTRAN. (De
Art. 8º. Não é permitido o uso de veículos de car- acordo com a retificação de 08.07.2010)
ga combinados com peso bruto superior a 57 toneladas § 1º O transporte de blocos de rochas orna-
no transporte de blocos ou chapas serradas de rochas mentais pode ser realizado em contêineres do tipo
ornamentais, salvo o estabelecido no § 2º do art. 10. “dry box” ou “open top”, desde que utilize caminhão
Parágrafo único. O veículo de carga tipo bi- trator com, no mínimo, 57 t de CMT.
trem convencional pode ser utilizado para o transporte § 2º O transporte de chapas serradas em con-
de dois ou mais blocos de rochas ornamentais, desde têineres poderá ser realizado em combinações de
que trafegue com os semi-reboques simultaneamente veículos de carga de 9 eixos e 74 toneladas, atendi-
carregados, a unidade da frente tenha carga maior ou dos os requisitos da Resolução 211, de 13.11.2006,
igual ao da unidade traseira, os blocos de rochas do CONTRAN.
ornamentais sejam amarrados individualmente, nos
sentidos longitudinal e transversal, e que sejam atendi- Art. 11. Os blocos de rochas ornamentais que
dos os arts. 1º, 3º e 4º desta Resolução. não comportam amarração devem ser transportados
em caçambas metálicas, desde que estejam trava-
Art. 9º. No prazo de 180 dias após a publica- dos. (De acordo com a retificação de 08.07.2010)
ção desta Resolução, os veículos de carga utilizados
no transporte de chapas serradas de rochas orna- rt. 12. O condutor de veículo ou combinação
mentais devem atender aos seguintes requisitos: de veículos que transporta blocos de rochas orna-
mentais ou chapas serradas deve ser aprovado e
I - Quando transportadas na vertical, devem ser
certificado em curso específico na forma que dispõe
utilizados pares de cavaletes verticais, cada qual afixado
a Resolução 168/04 do CONTRAN.
à uma viga I, por sua vez presa ao chassi do veículo com
um par de grampos de 22,23 mm (7/8 de polegada). Art. 13. O descumprimento do disposto nesta
II - As chapas serradas devem ser unitizadas Resolução implicará na aplicação das medidas ad-
ao cavalete em cada face, por meio de duas cintas de ministrativas e penalidades previstas na legislação de
poliéster (PES), de largura mínima 50 mm, de carga trânsito.
mínima de trabalho 2500 kgf fator de segurança 2:1, Parágrafo único. Sem prejuízo das disposi-
tensionadas sem folga por meio de catracas. ções aplicáveis aos proprietários de veículos, aos em-
III - O conjunto formado pelo cavalete e cha- barcadores e aos transportadores em geral, o des-
pas serradas unitizados deve ser amarrado transver- cumprimento do previsto nos arts. 1º ao 9º desta
salmente ao veiculo por meio de duas cintas de Resolução, em face de cada ato ou fato específico,
poliéster (PES), de largura mínima 50 mm, de carga enseja a aplicação do previsto nos incisos IX, X e
mínima de trabalho 2500 kgf, fator de segurança 2:1, XVIII do art. 230 e no inc. IV do art. 231 do Código de
tensionadas sem folga por meio de catracas, conec- Trânsito Brasileiro.
tadas à viga I, que deve ser solidária ao chassi do Art. 14. Os Anexos desta Resolução encon-
veículo de carga (Anexo XI). tram-se disponíveis no sitio, eletrônico <www.dena
IV – Quando transportadas na horizontal: (Re- tran.gov.br>.
dação dada pela Deliberação 178/19) Art. 15. Esta Resolução entra em vigor em 1º
a) a amarração deve ser transversal, por meio de julho de 2010, ficando revogadas a Resolução
de duas cintas de poliéster – PES, tendo cada cinta 264/07 e as Deliberações 81/09 e 89/10 do CONTRAN.
capacidade nominal de carga mínima de 10 tonela- Alfredo Peres da Silva
306 Ordeli Savedra Gomes

ANEXOS
Anexos desta Resolução encontram-se disponíveis no sítio, eletrônico <www.denatran.gov.br>.
Anexos XII a XV, acrescidos pela Deliberação 178/19

RESOLUÇÃO 356, DE 02.08.2010


Estabelece requisitos mínimos de segurança para o
transporte remunerado de passageiros (mototáxi) e de
cargas (motofrete) em motocicleta e motoneta, e dá ou-
tras providências.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso da competência que lhe confere o art. 12, inc. I, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito,
Considerando a necessidade de fixar requisitos mínimos de segurança para o transporte remunerado de
passageiros e de cargas em motocicleta e motoneta, na categoria aluguel, para preservar a segurança do
trânsito, dos condutores e dos passageiros desses veículos;
Considerando a necessidade de regulamentar a Lei 12.009, de 29.07.2009;
Considerando a necessidade de estabelecer requisitos mínimos de segurança para o transporte não re-
munerado de carga; e
Considerando o que consta do processo 80000.022300/2009-25, RESOLVE:
Capítulo I § 2º As informações do parágrafo anterior se-
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS rão disponibilizados no prazo de 270 (duzentos e
Art. 1º. Os veículos tipo motocicleta ou moto- setenta) dias a contar da data de publicação desta
neta, quando autorizados pelo poder concedente para Resolução para os veículos lançados no mercado nos
transporte remunerado de cargas (motofrete) e de últimos 5 (cinco) anos e em 365 (trezentos e sessenta
passageiros (mototáxi), deverão ser registrados pelo e cinco) dias , também contados da publicação desta
Órgão Executivo de Trânsito do Estado e do Distrito Resolução, passarão a constar do manual do proprietá-
Federal na categoria de aluguel, atendendo ao disposto rio, para os veículos novos nacionais ou importados.
no artigo 135 do CTB e legislação complementar. (Parágrafo alterado pela Res. 378, de 06.04.2011)
Art. 2º. Para efeito do registro de que trata o § 3º A capacidade máxima de tração deverá
artigo anterior, os veículos deverão ter: constar no Certificado de Registro (CRV) e no Certifi-
cado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV).
I - dispositivo de proteção para pernas e mo-
tor em caso de tombamento do veículo, fixado em Art. 4º. Os veículos de que trata o art. 1º deve-
sua estrutura, conforme Anexo IV, obedecidas as rão submeter-se à inspeção semestral para verificação
especificações do fabricante do veículo no tocante dos equipamentos obrigatórios e de segurança.
à instalação; Art. 5º. Para o exercício das atividades pre-
II - dispositivo aparador de linha, fixado no vistas nesta Resolução, o condutor deverá:
guidon do veículo, conforme Anexo IV; e I - ter, no mínimo, vinte e um anos de idade;
III - dispositivo de fixação permanente ou re- II - possuir habilitação na categoria “A”, por
movível, devendo, em qualquer hipótese, ser alterado pelo menos dois anos, na forma do art. 147 do CTB;
o registro do veículo para a espécie passageiro ou III - ser aprovado em curso especializado, na
carga, conforme o caso, vedado o uso do mesmo forma regulamentada pelo CONTRAN; e
veículo para ambas as atividades. IV - estar vestido com colete de segurança
Art. 3º. Os pontos de fixação para instalação dotado de dispositivos retrorrefletivos, nos termos do
dos equipamentos, bem como a capacidade máxima Anexo III desta Resolução.
admissível de carga, por modelo de veículo serão Parágrafo único. Para o exercício da ativida-
comunicados ao DENATRAN, pelos fabricantes, na de de mototáxi o condutor deverá atender aos requi-
ocasião da obtenção do Certificado de Adequação à sitos previstos no art. 329 do CTB.
Legislação de Trânsito (CAT), para os novos modelos, e Art. 6º. Na condução dos veículos de trans-
mediante complementação de informações do registro porte remunerado de que trata esta Resolução, o
marca/modelo/versão, para a frota em circulação. condutor e o passageiro deverão utilizar capacete
§ 1º As informações do caput serão disponibili- motociclístico, com viseira ou óculos de proteção,
zadas no manual do proprietário ou boletim técnico nos termos da Resolução 203, de 29.09.2006, dotado
distribuído nas revendas dos veículos e nos sítios de dispositivos retrorrefletivos, conforme Anexo II
eletrônicos dos fabricantes, em texto de fácil compre- desta Resolução.
ensão e sempre que possível auxiliado por ilustrações.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 307

Capítulo II to da grelha, admitida a altura do conjunto em até 70


DO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS (MOTOTÁXI) cm da base do assento do veículo.
Art. 7º. Além dos equipamentos obrigatórios § 6º Os dispositivos de transporte, assim co-
para motocicletas e motonetas e dos previstos no art. mo as cargas, não poderão comprometer a eficiência
2º desta Resolução, serão exigidas para os veículos dos espelhos retrovisores.
destinados aos serviços de mototáxi alças metálicas, Art. 10. As caixas especialmente projetadas
traseira e lateral, destinadas a apoio do passageiro. para a acomodação de capacetes não estão sujeitas
às prescrições desta Resolução, podendo exceder a
Capítulo III extremidade traseira do veículo em até 15 cm.
DO TRANSPORTE DE CARGAS (MOTOFRETE) Art. 11. O equipamento do tipo fechado (baú)
Art. 8º. As motocicletas e motonetas desti- deve conter faixas retrorrefletivas conforme especifi-
nadas ao transporte remunerado de mercadorias - cação no Anexo I desta Resolução, de maneira a
motofrete -somente poderão circular nas vias com favorecer a visualização do veículo durante sua
autorização emitida pelo órgão executivo de trânsito utilização diurna e noturna.
do Estado e do Distrito Federal. Art. 12. É proibido o transporte de combustí-
Art. 9º. Os dispositivos de transporte de car- veis inflamáveis ou tóxicos, e de galões nos veícu-
gas em motocicleta e motoneta poderão ser do tipo los de que trata a Lei 12.009, de 29.07.2009, com
fechado (baú) ou aberto (grelha), alforjes, bolsas ou exceção de botijões de gás com capacidade máxima
caixas laterais, desde que atendidas as dimensões de 13 kg e de galões contendo água mineral, com
máximas fixadas nesta Resolução e as especifica- capacidade máxima de 20 litros, desde que com
ções do fabricante do veículo no tocante à instalação auxílio de sidecar.
e ao peso máximo admissível. Art. 13. O transporte de carga em sidecar ou
§ 1º Os alforjes, as bolsas ou caixas laterais de- semirreboques deverá obedecer aos limites estabele-
vem atender aos seguintes limites máximos externos: cidos pelos fabricantes ou importadores dos veículos
I - largura: não poderá exceder as dimensões homologados pelo DENATRAN, não podendo a altura
máximas dos veículos, medida entre a extremidade do da carga exceder o limite superior o assento da
guidon ou alavancas de freio à embreagem, a que for motocicleta e mais de 40 (quarenta) cm.
maior, conforme especificação do fabricante do veículo; Parágrafo único. É vedado o uso simultâneo
II - comprimento: não poderá exceder a ex- de sidecar e semirreboque.
tremidade traseira do veículo; e Art. 14. Aplicam-se as disposições deste ca-
III - altura: não superior à altura do assento pítulo ao transporte de carga não remunerado, com
em seu limite superior. exceção do art. 8º.
§ 2º O equipamento fechado (baú) deve aten- Capítulo IV
der aos seguintes limites máximos externos: DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
I - largura: 60 (sessenta) cm, desde que não Art. 15. O descumprimento das prescrições
exceda a distância entre as extremidades internas desta Resolução, sem prejuízo da responsabilidade so-
dos espelhos retrovisores; lidária de outros intervenientes nos contratos de pres-
II - comprimento: não poderá exceder a ex- tação de serviços instituída pelos artigos 6º e 7º da Lei
tremidade traseira do veículo; e 12.009, de 29.07.2009, e das sanções impostas pelo
III - altura: não poderá exceder a 70 (setenta) Poder Concedente em regulamentação própria, sujeitará
cm de sua base central, medida a partir do assento o infrator às penalidades e medidas administrativas
do veículo. previstas nos seguintes artigos do Código de Trânsito
§ 3º O equipamento aberto (grelha) deve Brasileiro, conforme o caso: art. 230, V, IX, X e XII; art.
atender aos seguintes limites máximos externos: 231, IV, V, VIII, X; art. 232; e art. 244, I, II, VIII e IX.
I - largura: 60 (sessenta) cm, desde que não Art. 16. Os Municípios que regulamentarem a
exceda a distância entre as extremidades internas prestação de serviços de mototáxi ou motofrete
dos espelhos retrovisores; deverão fazê-lo em legislação própria, atendendo, no
II - comprimento: não poderá exceder a ex- mínimo, ao disposto nesta Resolução, podendo estabe-
tremidade traseira do veículo; e lecer normas complementares, conforme as peculiari-
III - altura: a carga acomodada no dispositivo dades locais, garantindo condições técnicas e requisi-
não poderá exceder a 40 (quarenta) cm de sua base tos de segurança, higiene e conforto dos usuários dos
central, medida a partir do assento do veículo. serviços, na forma do disposto no art. 107 do CTB.
§ 4º No caso do equipamento tipo aberto (gre- Art. 17. Esta Resolução entra em vigor na da-
lha), as dimensões da carga a ser transportada não ta de sua publicação, produzindo efeitos no prazo de
podem extrapolar a largura e comprimento da grelha. trezentos e sessenta e cinco dias contados da data
§ 5º Nos casos de montagem combinada dos de sua publicação, quando ficará revogada a Resolu-
dois tipos de equipamento, a caixa fechada (baú) não ção CONTRAN 219, de 11.01.2007.
pode exceder as dimensões de largura e comprimen- Alfredo Peres da Silva
308 Ordeli Savedra Gomes

ANEXO I
DISPOSITIVOS RETRORREFLETIVOS DE SEGURANÇA PARA BAÚ DE MOTOCICLETAS

1. Localização Medidas em (cm)


O baú deve contribuir para a sinalização do usuá-
rio durante o dia como a noite, em todas as direções,
através de elementos retrorrefletivos, aplicados na parte
externa do casco, conforme diagramação:

b) Os limites de cor (diurna) e o coeficiente mí-


nimo de retrorrefletividade em candelas por Lux por
metro quadrado devem atender às especificações do
anexo da Resolução CONTRAN 128, de 06.08.2001.
c) O retrorrefletor deverá ter suas caracterís-
2. Retrorrefletivo ticas, especificadas por esta Resolução, atestada por
a) Dimensões uma entidade reconhecida pelo DENATRAN e deverá
exibir em sua construção uma marca de segurança
O elemento no baú deve ter uma área total que
comprobatória desse laudo com a gravação das
assegure a completa sinalização das laterais e na
palavras APROVADO DENATRAN, com 3 mm (três
traseira.
milímetros) de altura e 50 mm (cinquenta milímetros)
O formato e as dimensões mínimas do disposi- de comprimento em cada segmento da cor branca do
tivo de segurança refletivo deverá seguir o seguinte retrorrefletor, incorporada na construção da película,
padrão: não podendo ser impressa superficialmente.

ANEXO II
DISPOSITIVOS RETRORREFLETIVOS DE SEGURANÇA PARA CAPACETES
1. Localização: O formato e as dimensões mínimas do dispo-
O capacete deve contribuir para a sinalização sitivo de segurança refletivo deverão seguir o seguin-
do usuário durante o dia como a noite, em todas as te padrão:
direções, através de elementos retrorrefletivos, aplica-
dos na parte externa do casco, conforme diagramação:

b) Os limites de cor (diurna) e o coeficiente


mínimo de retrorrefletividade em candelas por Lux por
metro quadrado devem atender às especificações do
anexo da Resolução CONTRAN 128, de 06.08.2001.
2. Retrorrefletivo
c) O retrorrefletor deverá ter suas caracterís-
a) Dimensões
ticas, especificadas por esta Resolução, atestada por
O elemento retrorrefletivo no capacete deve ter
uma área total de, pelo menos, 0,014 m², assegurando a uma entidade reconhecida pelo DENATRAN e deverá
sinalização em cada uma das laterais e na traseira. exibir em sua construção uma marca de segurança
comprobatória desse laudo com a gravação das pa-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 309

lavras APROVADO DENATRAN, com 3 mm (três mi- branca do retrorrefletor, incorporada na construção
límetros) de altura e 35 mm (trinta e cinco milíme- da película, não podendo ser impressa superficial-
tros) de comprimento em cada segmento da cor mente.

ANEXO III
DISPOSITIVOS RETROREFLETIVOS DE SEGURANÇA PARA COLETE
1. Objetivo 1 2 3 4
O colete é de uso obrigatório e deve contribuir x y x y x y x y
para a sinalização do usuário tanto de dia quanto à Amarela
noite, em todas as direções, através de elementos Esverdeado 0.387 0.610 0.356 0.494 0.398 0.452 0.460 0.540
retrorrefletivos e fluorescentes combinados. Fluorescente
2. Característica do material retrorrefletivo Tabela 1 - Cor do material retrorrefletivo. Coordenadas de
a) Dimensões cromaticidade.
O elemento retrorrefletivo no colete deve ter A cor amarelo-esverdeado fluorescente propor-
uma área total mínima de, pelo menos 0,13 m², ciona excepcional brilho diurno, especialmente durante
assegurando a completa sinalização do corpo do o entardecer e amanhecer. A cor deve ser medida de
condutor, de forma a assegurar a sua identificação. acordo com os procedimentos definidos na ASTM E
O formato e as dimensões mínimas do dispo- 1164 (revisão 2002, Standard practice for obtaining
sitivo de segurança refletivo deverão seguir o padrão spectrophotometric data for object-color evaluation)
apresentado na figura 1, sendo que a parte amarela com iluminação policromática D65 e geometria 45º/0º
representa o refletivo enquanto a parte branca repre- (ou 0º/45º) e observador normal CIE 2º. A amostra
senta o tecido de sustentação do colete: deve ter um substrato preto com refletância menor que
0,04.
O fator de luminância mínimo da película refle-
tiva fluorescente amarelo-esverdeado utilizada na
confecção do colete deverá atender às especifica-
ções da tabela abaixo:
Fator mínimo de
Luminância
(mín.)
Amarelo – Esverdeado 0,70
Fluorescente
Tabela 2 - Cor do material retrorrefletivo. Fator mínimo de
luminância.
c) Especificação do coeficiente mínimo de re-
trorrefletividade em candelas por lux por metro quadra-
do.
Os coeficientes de retrorrefletividade não de-
verão ser inferiores aos valores mínimos especifica-
dos, e devem ser determinados de acordo com o
procedimento de ensaio definido nas ASTM E 808 e
ASTM E 809.
Ângulo de Ângulo de Entrada
Observação 5º 20º 30º 40º
0,2º (12') 330 290 180 65
0,33º (20') 250 200 170 60
Ilustração 1: formato padrão e dimensões mínimas do disposi- 1º 25 15 12 10
tivo refletivo 1º 30' 10 7 5 4
Tabela 3 - Coeficiente de retrorreflexão mínimo em cd/(lx.m²)
b) Cor do Material Retrorrefletivo de Desem-
penho Combinado O retrorrefletor deverá ter suas características
atestada por uma entidade reconhecida pelo DENA-
310 Ordeli Savedra Gomes

TRAN e deverá exibir em sua construção uma marca c) Etiquetagem


de segurança comprobatória desse laudo com a Cada peça do colete deve ser identificada da
gravação das palavras APROVADO DENATRAN, com seguinte forma:
3 mm (três milímetros) de altura e 50 mm (cinquenta - marca no próprio produto ou através de eti-
milímetros) de comprimento, incorporada na constru- quetas fixadas ao produto, podendo ser utilizada uma
ção da película, não podendo ser impressa superfici- ou mais etiquetas;
almente, podendo ser utilizadas até duas linhas, que
deverá ser integrada à região amarela do dispositivo. - As etiquetas devem ser fixadas de forma vi-
sível e legível. Deve-se utilizar algarismos maiores
3. Características do colete
que 2 mm, recomenda-se que sejam algarismos
a) Estrutura pretos sobre fundo branco;
O colete deverá ser fabricado com material
- A marca ou as etiquetas devem ser indelé-
resistente, processo em tecido dublado com material
veis e resistentes ao processo de limpeza;
combinado, perfazendo uma espessura de no mínimo
2,50 mm. - devem ser fornecidas, no mínimo, as seguin-
b) Ergonometria tes informações: identificação têxtil (material);
tamanho do colete (P, M, G, GG, EG); CNPJ, telefone
O colete deve fornecer ao usuário o maior
do fabricante e identificação do registro do INMETRO.
grau possível de conforto.
As partes do colete em contato com o usuário d) Instruções para utilização
final devem ser isentas de asperezas, bordas afiadas O Colete de alta visibilidade deve ser forneci-
e projeções que possam causar irritação excessiva e do ao usuário com manual de utilização contendo no
ferimentos. mínimo as seguintes informações: garantia do fabri-
O colete não deve impedir o posicionamento cante, instrução para ajustes de como vestir, instru-
correto do usuário no veículo, e deve manter-se ajusta- ção para uso correto, instrução para limitações de
do ao corpo durante o uso, devendo manter-se íntegro uso, instrução para armazenar e instrução para
apesar dos fatores ambientais e dos movimentos e conservação e limpeza.
posturas que o usuário pode adotar durante o uso. 4. Aprovação do colete
Devem ser previstos meios para que o colete Os fabricantes de coletes devem obter, para
se adapte ao biotipo do usuário (tamanhos). os seus produtos, registro no Instituto Nacional de
O colete deve ser o mais leve possível, sem Metrologia, Normalização e Qualidade – INMETRO
prejuízo à sua resistência e eficiência. que estabelecerá os requisitos para sua concessão.

ANEXO IV
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO DE MOTOR E PERNAS E APARADOR DE LINHA

Ilustração 2 – protetor de motor e pernas e aparador de linha

1) Características Técnicas do Dispositivo de excluídos os veículos homologados pelo DENATRAN


Proteção de Motor e Pernas. com dispositivos de proteção para esta função;
a) Objetivo: Proteção das pernas do condutor b) Características Construtivas: Peça única,
e passageiro em caso de tombamento do veículo, construído em aço tubular de seção redonda resisten-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 311

te e com acabamento superficial resistente à corro- e) Características construtivas: Construído em


são, o dispositivo deve ser construído sem arestas e aço de seção redonda resistente com acabamento
com formas arredondas, limitada sua largura à superficial resistente a corrosão, deve prover sistema
largura do guidon; de corte da linha em sua extremidade superior;
c) Localização: Deve ser fixado na estrutura f) Localização: fixado na extremidade do gui-
do veículo, obedecidas as especificações do fabrican- don (próximo à manopla) do veículo, no mínimo em
te do veículo no tocante à instalação, e não deve um dos lados;
interferir no curso do pára-lama dianteiro; g) Utilização: A altura do dispositivo deve ser
2. Características Técnicas do Dispositivo regulada com a altura da parte superior da cabeça do
Aparador de Linha. condutor na posição sentado sobre o veículo.
d) Objetivo: Proteção do tórax, pescoço e bra-
ços do condutor e passageiro;

RESOLUÇÃO 357, DE 02.08.2010


Estabelece diretrizes para a elaboração do Regimento
Interno das Juntas Administrativas de Recursos de In-
frações – JARI.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso da competência que lhe confere o inc. VI do art.
12, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e à vista do disposto no Decreto
4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – STN.
Considerando a necessidade de adequar a composição das Juntas Administrativas de Recursos e Infra-
ções – JARI;
Considerando a instauração dos Processos Administrativos 80001.016472/2006-15, 80001.008506/2006-90
e 80000.014867/2009-28, Resolve:
Art. 1º. Estabelecer diretrizes para a elabora- Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor na da-
ção do Regimento Interno das Juntas Administrativas ta de sua publicação.
de Recursos de Infrações – JARI, constantes do
Anexo desta Resolução. Alfredo Peres da Silva
Art. 2º. Fica revogada a Resolução CONTRAN
233, de 30.03.2007.

ANEXO
DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DO REGIMENTO INTERNO DAS JUNTAS
ADMINISTRATIVAS DE RECURSOS DE INFRAÇÕES – JARI

1. Introdução 2.3. Sempre que funcionar mais de uma JARI


1.1. De acordo com a competência que lhe junto ao órgão ou entidade executivo de trânsito ou
atribui o inc. VI do art. 12 da Lei 9.503, de rodoviário, deverá ser nomeado um coordenador.
23.09.1997, o Conselho Nacional de Trânsito – 2.4. As JARI funcionarão junto:
CONTRAN estabelece as diretrizes para a elaboração 2.4.a. aos órgãos e entidades executivos ro-
do Regimento Interno das Juntas Administrativas de doviários da União e à Polícia Rodoviária Federal;
Recursos de Infrações – JARI. 2.4.b. aos órgãos e entidades executivos de
2. Da Natureza e Finalidade das JARI trânsito ou rodoviários dos Estados e do Distrito Federal;
2.1. As JARI são órgãos colegiados, compo- 2.4.c. aos órgãos e entidades executivos de
nentes do Sistema Nacional de Trânsito, responsá- trânsito ou rodoviários dos Municípios.
veis pelo julgamento dos recursos interpostos contra 3. Da Competência das JARI
penalidades aplicadas pelos órgãos e entidades 3.1. Compete às JARI:
executivos de trânsito ou rodoviários. 3.1.a. julgar os recursos interpostos pelos
2.2. Haverá, junto a cada órgão ou entidade infratores;
executivo de trânsito ou rodoviário, uma quantidade 3.1.b. solicitar aos órgãos e entidades execu-
de JARI necessária para julgar, dentro do prazo legal, tivos de trânsito e executivos rodoviários informa-
os recursos interpostos.
312 Ordeli Savedra Gomes

ções complementares relativas aos recursos objeti- habilitação, até 12 (doze) meses do fim do prazo da
vando uma melhor análise da situação recorrida; penalidade;
3.1.c. encaminhar aos órgãos e entidades 5.1.c. ao julgamento do recurso, quando tiver
executivos de trânsito e executivos rodoviários lavrado o Auto de Infração.
informações sobre problemas observados nas autua- 6. Da Nomeação dos Integrantes das JARI
ções, apontados em recursos e que se repitam 6.1. A nomeação dos integrantes das JARI
sistematicamente. que funcionam junto aos órgãos e entidades executi-
4. Da Composição das JARI vos rodoviários da União e junto à Polícia Rodoviária
4.1. A JARI, órgão colegiado, terá, no mínimo, Federal será efetuada pelo Secretário Executivo do
três integrantes, obedecendo-se aos seguintes Ministério ao qual o órgão ou entidade estiver subor-
critérios para a sua composição: dinado, facultada a delegação.
4.1.a. um integrante com conhecimento na área 6.2. A nomeação dos integrantes das JARI
de trânsito com, no mínimo, nível médio de escolaridade; que funcionam junto aos órgãos e entidades executi-
4.1.a.1. excepcionalmente, na impossibilidade vos de trânsito ou rodoviários estaduais e municipais
de se compor o colegiado por comprovado desinte- será feita pelo respectivo chefe do Poder Executivo,
resse do integrante estabelecido no item 4.1.a, ou facultada a delegação.
quando indicado, injustificadamente, não comparecer
7. Do Mandato dos membros das JARI
à sessão de julgamento, deverá ser observado o
disposto no item 7.3, e substituído por um servidor 7.1. O mandato será, no mínimo, de um ano e,
público habilitado integrante de órgão ou entidade no máximo, de dois anos.
componente do Sistema Nacional de Trânsito, que 7.2. O Regimento Interno poderá prever a re-
poderá compor o Colegiado pelo tempo restante do condução dos integrantes da JARI por períodos
mandato; sucessivos.
4.1.a.2. representante servidor do órgão ou 7.3 Perderá o mandato e será substituído o
entidade que impôs a penalidade; membro que, durante o mandato, tiver:
4.1.b. representante de entidade representati- 7.3a três faltas injustificadas em três reuniões
va da sociedade ligada à área de trânsito; consecutivas;
4.1.b.1. excepcionalmente, na impossibilidade 7.3b quatro faltas injustificadas em quatro
de se compor o colegiado por inexistência de entida- reuniões intercaladas.
des representativas da sociedade ligada à área de 8. Dos deveres das JARI
trânsito ou por comprovado desinteresse dessas 8.1. O funcionamento das JARI obedecerá ao
entidades na indicação de representante, ou quando seu Regimento Interno.
indicado, injustificadamente, não comparece à
8.2. A JARI poderá abrir a sessão e deliberar
sessão de julgamento deverá ser observado o dispos-
com a maioria simples de seus integrantes, respeita-
to no item 7.3, e substituído por um servidor público
habilitado integrante de órgão ou entidade compo- da, obrigatoriamente, a presença do presidente ou
nente do Sistema Nacional de Trânsito, que poderá seu suplente.
compor o Colegiado pelo tempo restante do mandato; 8.3. As decisões das JARI deverão ser fun-
damentadas e aprovadas por maioria simples de
4.1.b.2. o presidente poderá ser qualquer um
votos dando-se a devida publicidade.
dos integrantes do colegiado, a critério da autoridade
competente para designá-los; 9. Dos deveres dos Órgãos e Entidades de
Trânsito
4.1.b.3. é facultada a suplência;
9.1. O Regimento Interno deverá ser encami-
4.1.c. é vedado ao integrante das JARI com-
nhado para conhecimento e cadastro:
por o Conselho Estadual de Trânsito – CETRAN ou
9.1.a. ao DENATRAN, em se tratando de ór-
o Conselho de Trânsito do Distrito Federal –
gãos ou entidades executivos rodoviários da União e
CONTRANDIFE.
da Polícia Rodoviária Federal;
5. Dos Impedimentos
9.1.b. aos respectivos CETRAN, em se tratan-
5.1. O Regimento Interno das JARI poderá do de órgãos ou entidades executivos de trânsito ou
prever impedimentos para aqueles que pretendam rodoviários estaduais e municipais ou ao CONTRAN-
integrá-las, dentre outros, os relacionados: DIFE, se do Distrito Federal.
5.1.a. à idoneidade; 9.2. Caberá ao órgão ou entidade junto ao
5.1.b. estar cumprindo ou ter cumprido pena- qual funcione as JARI prestar apoio técnico, adminis-
lidade da suspensão do direito de dirigir, cassação da trativo e financeiro de forma a garantir seu pleno
habilitação ou proibição de obter o documento de funcionamento.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 313

RESOLUÇÃO 358, DE 13.08.2010


Regulamenta o credenciamento de instituições ou enti-
dades públicas ou privadas para o processo de capaci-
tação, qualificação e atualização de profissionais, e de
formação, qualificação, atualização e reciclagem de can-
didatos e condutores e dá outras providências.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN usando da competência que lhe conferem os arts. 12,
incs. I e X, e 156 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e, conforme o
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
Considerando o que dispõe o inc. VI do art. 19 e inc. II do art. 22 do Código de Trânsito Brasileiro, e a Lei
12.302, de 02.08.2010;
Considerando a necessidade de estabelecer procedimentos uniformes, propor medidas administrativas,
técnicas e legislativas e editar normas sobre o funcionamento das instituições e entidades credenciadas pelos
órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal e registradas no Órgão Máximo
Executivo de Trânsito da União;
Considerando a necessidade de aperfeiçoar os processos de formação, qualificação, atualização, reci-
clagem e avaliação dos candidatos e condutores, priorizando a defesa da vida e a segurança de todos os usuá-
rios do trânsito;
Considerando que a eficiência da instrução e formação depende dos meios didático-pedagógicos e pre-
paro adequado dos educadores integrantes das instituições e entidades credenciadas;
Considerando a necessidade de promover a articulação e a integração entre as instituições e entidades
responsáveis por todas as fases do processo de capacitação, qualificação e atualização de recursos humanos e
da formação, qualificação, atualização e reciclagem de candidatos e condutores; Resolve:
Art. 1º. O credenciamento de instituições ou Centros de Formação de Condutores – CFC e entida-
entidades públicas ou privadas para o processo de des credenciadas nas modalidades presenciais e à
capacitação, qualificação e atualização de profissio- distância; (Redação dada pela Res. 411/12)
nais, e processo de formação, qualificação, atualiza- IV - Processo de qualificação de condutores em
ção e reciclagem de candidatos e condutores obede- cursos especializados e respectiva atualização –
cerá ao estabelecido nesta Resolução. Serviço Nacional de Aprendizagem – Sistema “S”, e
§ 1º As atividades exigidas para o processo instituições e entidades credenciadas nas modalidades
de formação de condutores serão realizadas exclusi- presenciais e à distância; (Redação dada pela Res.
vamente pelos órgãos e entidades executivos de 415/12)
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, ou por V - Processo de qualificação de condutores
instituições ou entidades públicas ou privadas com em cursos especializados e respectiva atualização
comprovada capacidade técnica por estes credencia- para motofrete e mototaxi, poderão ser ministrados
das para: (Redação dada pela Res. 411/12) por instituições e entidades credenciadas, Serviço
I - Processo de capacitação, qualificação e Nacional de Aprendizagem – Sistema “S” e Centros
atualização de profissional para atuar no processo de de Formação de Condutores – CFC, nas modalidades
habilitação de condutores – Entidades credenciadas presenciais e à distância. (Inciso acrescido pela Res.
com a finalidade de capacitar diretor geral, diretor de 415/12)
ensino e instrutor de trânsito para os Centros de
§ 2º O credenciamento das instituições e en-
Formação de Condutores – CFC, conforme definido
tidades, referidas no parágrafo anterior, é específico
no art. 7º desta Resolução, e examinador de trânsito,
para cada endereço, intransferível e renovável con-
através de cursos específicos teórico-técnico e de
forme estabelecido pelo órgão executivo de trânsito
prática de direção;
dos Estados ou do Distrito Federal.
II - Processo de formação de condutores de veí-
culos automotores e elétricos – Centros de Formação de DOS ÓRGÃOS OU ENTIDADES EXECUTIVOS
Condutores – CFC e Unidades das Forças Armadas e DE TRÂNSITO DOS ESTADOS E DO
Auxiliares que possuírem cursos de formação dirigidos DISTRITO FEDERAL
exclusivamente para os militares dessas corporações; Art. 2º. Compete ao órgão ou entidade execu-
III - Processo de atualização e reciclagem de tivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal
condutores de veículos automotores e elétricos – credenciar instituições ou entidades para a execução
314 Ordeli Savedra Gomes

de atividades previstas na legislação de trânsito, na X - elaborar estatísticas para o acompanha-


forma estabelecida pelo CONTRAN. mento dos cursos e profissionais das entidades cre-
Parágrafo único. Os órgãos ou entidades denciadas;
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito XI - controlar o número total de candidatos por
Federal, por delegação do Departamento Nacional de turma proporcionalmente ao tamanho da sala e à frota de
Trânsito, são os responsáveis, no âmbito de sua veículos do CFC, por meio de sistemas informatizados;
circunscrição, pelo cumprimento dos dispositivos do XII - manter controle dos registros referentes a
CTB e das exigências da legislação vigente, devendo conteúdos, frequência e acompanhamento do desempe-
providenciar condições organizacionais, operacionais, nho dos candidatos e condutores nas aulas teóricas e
administrativas e pedagógicas, em sistema informati- práticas, contendo no mínimo as seguintes informações:
zado, por meio de rede nacional, para permitir o
a) cursos teóricos: conteúdo, turma, datas e
registro, acompanhamento e controle no exercício
horários iniciais e finais das aulas, nome e identifica-
das funções exigidas nesta Resolução, conforme
ção do instrutor, lista de presença com assinatura do
padrão tecnológico estabelecido pelo Órgão Máximo
candidato ou verificação eletrônica de presença;
Executivo de Trânsito.
b) cursos práticos: quilometragem inicial e fi-
Art. 3º. Constituem atribuições dos órgãos e nal da aula, horário de início e término, placa do
entidades executivos de trânsito dos Estados e do veículo, nome e identificação do instrutor, ficha de
Distrito Federal, para o processo de credenciamento, acompanhamento do candidato com assinatura ou
acompanhamento e controle dos entes credenciados: verificação eletrônica de presença.
I - elaborar e revisar periodicamente a distri- Parágrafo único. Os órgãos ou entidades
buição geográfica dos credenciados; executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Fe-
II - credenciar as instituições e entidades que deral poderão estabelecer exigências complementa-
cumprirem as exigências estabelecidas nesta Resolução; res para o processo de credenciamento, acompa-
III - credenciar os profissionais que atuam nas nhamento e controle, desde que respeitadas as dis-
referidas instituições ou entidades credenciadas, posições desta Resolução.
vinculando-os a estas e disponibilizando-lhes senhas
pessoais e intransferíveis, de acesso aos sistemas DO CREDENCIAMENTO DE INSTITUIÇÕES E
informatizados do órgão executivo de trânsito do ENTIDADES
Estado ou do Distrito Federal; Art. 4º. Os órgãos executivos de trânsito dos
IV - garantir, na esfera de sua competência, o Estados e do Distrito Federal poderão credenciar
suporte técnico ao sistema informatizado disponível entidades, com capacidade técnica comprovada,
aos credenciados; para exercerem as atividades de formação de diretor
V - auditar as atividades dos credenciados, obje- geral, diretor de ensino e instrutor de trânsito para
tivando o fiel cumprimento das normas legais e dos CFC, e de examinador de trânsito, através de cursos
compromissos assumidos, mantendo supervisão admi- específicos teórico-técnico e de prática de direção.
nistrativa e pedagógica; § 1º As entidades referidas no caput deste ar-
VI - estabelecer as especificações mínimas de tigo serão credenciadas por período determinado,
equipamentos e conectividade para integração dos podendo ser renovado, desde que atendidas as dis-
credenciados aos sistemas informatizados do órgão posições desta Resolução.
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal; § 2º As entidades, já autorizadas anteriormen-
VII - definir referências mínimas para: te pelo DENATRAN até a data de 25 de julho de 2006,
a) identificação dos Centros de Formação de em caráter provisório, com a finalidade de capacitar
Condutores e dos veículos de aprendizagem, devendo diretor geral, diretor de ensino e instrutor de trânsito
a expressão “Centro de Formação de Condutores“ ou para CFC, e examinador de trânsito, poderão continuar
a sigla “CFC” constar na identificação visual; normalmente suas atividades, exclusivamente na lo-
b) selecionar o material, equipamentos e ação calidade da autorização, submetendo-se às exigên-
didática a serem utilizados; cias do Órgão Executivo de Trânsito do Estado ou do
VIII - estabelecer os procedimentos pertinen- Distrito Federal e as disposições desta Resolução.
tes às atividades dos credenciados; Art. 5º. São exigências mínimas para o cre-
IX - apurar irregularidades praticadas por insti- denciamento:
tuições ou entidades e pelos profissionais credencia- I - requerimento da unidade da instituição di-
dos, por meio de processo administrativo, aplicando rigido ao órgão ou entidade executivo de trânsito do
as penalidades cabíveis previstas nesta Resolução; Estado ou do Distrito Federal;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 315

II - infraestrutura física e recursos instrucionais Art. 6º. São atribuições das entidades cre-
necessários para a realização do(s) curso(s) propos- denciadas com a finalidade de capacitar diretor geral,
to(s), admitindo-se, quando optar pela utilização do diretor de ensino e instrutor de trânsito para CFC, e
simulador de direção, o uso compartilhado do equipa- examinador de trânsito, através de cursos específi-
mento entre as entidades de ensino; (Redação dada cos teórico-técnico e de prática de direção:
pela Res. 778/19) I - atender às exigências das normas vigentes;
II-A - o órgão executivo de Trânsito do Estado II - manter atualizado e em perfeitas condi-
ou do Distrito Federal poderá aceitar a vinculação da ções de uso o material didático-pedagógico e acervo
instituição de ensino a um Centro de Simulação fixo bibliográfico;
ou itinerante, com comprovação de recursos instru- III - promover a atualização do seu quadro
cionais necessários à formação, administrado por docente;
outra unidade de ensino credenciada ou por terceiros IV - atender às convocações do órgão ou enti-
autorizados pelo DETRAN, em conjunto com empre- dade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
sas homologadas pelo DENATRAN para fornecimento Federal;
e fabricação de simulador de direção veicular. A V - manter atualizadas as informações dos
administração terceirizada não eximirá o acompa- cursos oferecidos e do respectivo corpo docente e
nhamento e a instrução realizada por Instrutor de discente, no sistema informatizado do órgão ou
Ensino, Diretor de Ensino ou Diretor Geral, os dois entidade executivo de trânsito do Estado ou do
últimos necessariamente vinculados ao Centro de Distrito Federal;
Formação de Condutores. (Inciso acrescido pela Res. VI - manter o arquivo dos documentos perti-
473/14) nentes ao corpo docente e discente por 5 (cinco)
III - estrutura administrativa informatizada pa- anos conforme legislação vigente;
ra interligação com o sistema de informações do VII - emitir certificado de conclusão do curso.
órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou
do Distrito Federal; DAS INSTITUIÇÕES CREDENCIADAS PARA
IV - relação do corpo docente com a titulação FORMAÇÃO, ATUALIZAÇÃO E RECICLAGEM DE
exigida no art.18 desta Resolução; CONDUTORES - CENTROS DE FORMAÇÃO DE
CONDUTORES - CFC
V - apresentação do plano de curso em con-
Art. 7º. As autoescolas a que se refere o art.
formidade com a estrutura curricular contida no
156 do CTB, denominadas Centros de Formação de
Anexo desta Resolução;
Condutores – CFC são empresas particulares ou
VI - vistoria para comprovação do cumprimen- sociedades civis, constituídas sob qualquer das
to das exigências pelo órgão ou entidade executivo
formas previstas na legislação vigente.
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal;
§ 1º Os CFC devem ter como atividade exclu-
VII - publicação do ato de credenciamento e siva o ensino teórico e/ou prático visando a forma-
registro da unidade no sistema informatizado do ção, atualização e reciclagem de candidatos e condu-
órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou tores de veículos automotores;
do Distrito Federal; § 2º Os CFC serão credenciados pelo órgão
VIII - participação dos representantes do cor- ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
po funcional, em treinamentos efetivados pelo órgão Distrito Federal por período determinado, podendo ser
ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do renovado por igual período, desde que atendidas as
Distrito Federal, para desenvolver unidade de proce- disposições desta Resolução.
dimentos pedagógicos e para operar os sistemas § 3º Para efeito de credenciamento pelo ór-
informatizados, com a devida liberação de acessos gão de trânsito competente, os CFC terão a seguinte
mediante termo de uso e responsabilidades. classificação:
Parágrafo único. O credenciamento das enti- I - “A” – ensino teórico técnico;
dades credenciadas com a finalidade de capacitar II - “B” – ensino prático de direção; e
diretor geral, diretor de ensino e instrutor de trânsito
III - “AB” – ensino teórico técnico e de prática
para CFC, e examinador de trânsito é específico para
de direção.
cada endereço, sendo expedido pelo órgão executivo
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal da cir- § 4º Cada CFC poderá se dedicar ao ensino
cunscrição em que esteja instalado, que o cadastrará teórico técnico ou ao ensino prático de direção
no Órgão Executivo de Trânsito da União. veicular, ou ainda a ambos, desde que certificado e
credenciado para tal.
316 Ordeli Savedra Gomes

§ 5º O CFC só poderá preparar o aluno para o f) fachada do CFC atendendo às diretrizes de


exame de direção veicular se dispuser de veículo identidade visual, conforme regulamentação específi-
automotor da categoria pretendida pelo candidato. ca do órgão ou entidade executivo de trânsito do
§ 6º As dependências físicas do CFC deverá Estado ou do Distrito Federal;
ter uso exclusivo para o seu fim. g) infraestrutura tecnológica para conexão com
Art. 8º. São exigências mínimas para o cre- o sistema informatizado do órgão ou entidade executi-
denciamento de CFC: vo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal.
I - Infraestrutura física: II - Recursos Didático-pedagógicos:
a) acessibilidade conforme legislação vigente; a) quadro para exposição escrita com, no mí-
b) se para ensino teórico-técnico, salas para nimo, 2m x 1,20m;
aulas: (toda alínea b, com redação dada pela Res. b) material didático ilustrativo;
473/14) c) acervo bibliográfico sobre trânsito, disponível
b.1) teóricas, obedecendo ao critério de 1,20 aos candidatos e instrutores, tais como Código de
m² (um metro e vinte centímetros quadrados) por Trânsito Brasileiro, Coletânea de Legislação de Trânsito
candidato, e 6 m² (seis metros quadrados) para o atualizada e publicações doutrinárias sobre trânsito;
instrutor, com medida total mínima de 24 m² (vinte e d) recursos audiovisuais necessários por sala
quatro metros quadrados) correspondendo à capacida- de aula;
de de 15 (quinze) candidatos, sendo que a capacidade e) manuais e apostilas para os candidatos e
total máxima não poderá exceder a 35 (trinta e cinco) condutores;
candidatos por sala, respeitados os critérios estabele- III - Veículos e equipamentos de aprendizagem
cidos; a) mobiliada com carteiras individuais em (Redação de todo o inciso, dada pela Res. 571/15):
número compatível com o tamanho da sala; b) adequa- a) (Revogada pela Res. 778/19)
das para destro e canhoto, além de cadeira e mesa b) para a categoria “A” - dois veículos automo-
para instrutor. (Redação alterada pela Res. 473/14) tores de duas rodas, de no mínimo 120cc (cento e vin-
b.2) de simulação de direção veicular, sala te centímetros cúbicos), com câmbio mecânico, não
com medida total mínima de 15 m² (quinze metros sendo admitida alteração da capacidade estabelecida
quadrados) para acomodação e funcionamento do pelo fabricante, com no máximo cinco anos de uso,
simulador de direção, acrescido 8 m² (oito metros excluído o ano de fabricação;
quadrados) na mesma sala. Poderá haver a instala- c) para categoria “B” - dois veículos automoto-
ção de simuladores em ambiente com medidas res de quatro rodas, exceto quadriciclo, com câmbio
inferiores, para efeito das unidades itinerantes, desde mecânico, com no máximo oito anos de uso, excluído
que devidamente autorizada pelo órgão executivo de o ano de fabricação;
trânsito do Estado ou do Distrito Federal. (Redação d) para categoria “C” - um veículo de carga
alterada pela Res. 473/14) com Peso Bruto Total - PBT de no mínimo 6.000Kg, não
b.2.1) A sala destinada ao(s) simulador(es) de sendo admitida alteração da capacidade estabelecida
direção deverá ter uma webcam instalada de forma a pelo fabricante, com no máximo quinze anos de uso,
proporcionar uma visão panorâmica da sala de aula, excluído o ano de fabricação;
que deverá transmitir as imagens geradas ao órgão e) para categoria “D” - um veículo motorizado,
executivo estadual de trânsito ou Distrito Federal, que classificado de fábrica, tipo ônibus, com no mínimo
realize a fiscalização e monitoramento dessas aulas. 7,20m (sete metros e vinte centímetros) de compri-
(Redação alterada pela Res. 473/14) mento, utilizado no transporte de passageiros, com
c) espaços destinados à Diretoria Geral, Dire- no máximo quinze anos de uso, excluído o ano de
toria de Ensino, Secretaria e Recepção; fabricação;
d) 2 (dois) sanitários, sendo um feminino e f) para categoria “E” - uma combinação de ve-
outro masculino, com acesso independente da sala ículos, cujo caminhão trator deverá ser acoplado a
de aula, constante da estrutura física do CFC; um reboque ou semirreboque, registrado com peso
e) área específica de treinamento para prática bruto total (PBT) de no mínimo 6.000Kg e compri-
de direção em veículo de 2 (duas) ou 3 (três) rodas mento mínimo de 13m (treze metros), com no máxi-
em conformidade com as exigências da norma legal mo quinze anos de uso, excluído o ano de fabricação;
vigente, podendo ser fora da área do CFC, bem como g) (Revogada pela Res. 778/19)
de uso compartilhado, desde que no mesmo municí- IV - Recursos Humanos:
pio; a) um Diretor-Geral;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 317

b) um Diretor de Ensino; altura, com a inscrição “AUTOESCOLA” na cor preta,


c) dois Instrutores de Trânsito. sendo que, nos veículos de cor amarela, a faixa
V – A utilização do simulador de direção vei- deverá ser emoldurada por um filete de cor preta, de
cular fica condicionada ao atendimento das seguintes no mínimo 1 cm (um centímetro) de largura.
exigências. (Redação do inciso e acréscimo das § 6º Os veículos de aprendizagem devem con-
alíneas dada pela Res. 444/13) ter identificação do CFC atendendo às diretrizes de
a) laudo técnico de avaliação, vistoria e verifi- identidade visual, conforme regulamentação específi-
cação de conformidade do protótipo, expedido por ca do órgão ou entidade executivo de trânsito do
Organismo Certificador de Produto – OCP, acreditado Estado ou do Distrito Federal, vedada a utilização de
pelo INMETRO na área de veículos automotores e qualquer outro motivo de inscrição ou informação.
produtos relacionados e credenciado pelo DENA- § 7º Os veículos destinados à aprendizagem
TRAN especificamente para tal finalidade; devem ser de propriedade do CFC e estar devidamen-
te registrados e licenciados no município-sede do
b) homologação do protótipo pelo DENA-
CFC, admitindo-se contrato de financiamento devi-
TRAN, com análise de hardware, software e respec-
damente registrado.
tivos funcionamentos;
§ 8º O CFC é responsável pelo uso do veículo
c) laudo técnico de avaliação, vistoria e verifi-
destinado à aprendizagem, ainda que fora do horário
cação de conformidade dos equipamentos, estrutura autorizado para a prática de direção veicular.
física e outros itens do local em que serão produzidos
§ 9º O Diretor-Geral poderá estar vinculado a
os simuladores, expedido por Organismo Certificador
no máximo dois CFC, mediante autorização do órgão
de Produto – OCP, acreditado pelo INMETRO na área
ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
de veículos automotores e produtos relacionados e Distrito Federal, desde que não haja prejuízo em suas
credenciado pelo DENATRAN especificamente para atribuições.
tal finalidade;
§ 10 O Diretor de Ensino deverá estar vincula-
d) inspeção individualizada do simulador ins- do apenas a um CFC.
talado, quando requisitado pelo DENATRAN, realizada
§ 11 O uso do simulador poderá ser comparti-
por Organismo Certificador de Produto – OCP, acredi- lhado entre CFC, desde que o equipamento esteja
tado pelo INMETRO na área de veículos automotores vinculado à outra instituição de ensino credenciada
e produtos relacionados e credenciado pelo DENA- ou a centro de simulação fixou ou itinerante. (Pará-
TRAN especificamente para tal finalidade. grafo com redação dada pela Res. 778/19)
§ 1º As dependências do CFC devem possuir § 12 Os CFCs, para credenciamento, deverão
meios que atendam aos requisitos de segurança, possuir no mínimo os veículos previstos nas alíneas,
conforto e higiene, às exigências didático-pedagógicas, a, b e c do inc. III deste artigo, quando pretenderem
assim como às posturas municipais vigentes. ministrar aulas práticas de direção veicular. (Parágra-
§ 2º Qualquer alteração nas instalações inter- fo acrescido pela Res. 571/15)
nas do CFC credenciado deve ser previamente autori- § 13 Para cumprimento da exigência contida
zada pelo órgão executivo de trânsito do Estado ou nas alíneas “a” e “b”, do inc. III deste artigo, será per-
do Distrito Federal, após vistoria para aprovação. mitido o uso compartilhado de veículos pelos Centros
§ 3º Os veículos de aprendizagem devem es- de Formação de Condutores, desde que devidamente
tar equipados com duplo comando de freio e embrea- autorizados pelos órgãos e entidades executivos de
gem e retrovisor interno extra para uso do instrutor e trânsito dos Estados e do Distrito Federal. (Parágrafo
examinador, além dos equipamentos obrigatórios acrescido pela Res. 633/16)
previstos na legislação. § 14 Nas aulas práticas para obtenção da
§ 4º Os veículos de aprendizagem da catego- ACC, o CFC poderá utilizar veículo próprio ou permitir
ria “A” devem estar identificados por uma placa de que o candidato, voluntariamente, apresente veículo
cor amarela com as dimensões de 30 (trinta) centí- para realizá-las. (Parágrafo acrescido pela Res.
metros de largura e 15 (quinze) centímetros de altura, 778/19)
fixada na parte traseira, em local visível, contendo a § 15 Independentemente da opção prevista
inscrição “MOTO ESCOLA” em caracteres pretos. no § 14, a aula prática deverá ser realizada em um
§ 5º Os veículos de aprendizagem das catego- veículo automotor de duas rodas de, no máximo,
rias B, C, D e E, devem estar identificados por uma 50cc (cinquenta centímetros cúbicos), com ou sem
faixa amarela de 20 (vinte) centímetros de largura, câmbio, classificado como ciclomotor e com, no
pintada na lateral ao longo da carroceria, a meia máximo, 5 (cinco) anos de uso, excluído o ano de
fabricação. (Parágrafo acrescido pela Res. 778/19)
318 Ordeli Savedra Gomes

Art. 9º. O processo para o credenciamento de b) cópia da planta baixa do imóvel;


Centro de Formação de Condutores constituir-se-á c) cópia da RAIS da empresa, ou CTPS do
das seguintes etapas: corpo funcional;
I - Apresentação da seguinte documentação: d) atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros;
a) requerimento do interessado dirigido ao ór- e) relação do (s) proprietário(s);
gão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou f) comprovação da titulação exigida de for-
do Distrito Federal, acompanhado dos seguintes mação e qualificação do corpo diretivo e instrutores;
documentos:
g) apresentação da frota dos veículos identifi-
- Carteira de Identidade e CPF (fotocópia au- cados conforme art. 154 do CTB e referências míni-
tenticada); mas para identificação estabelecidas pelo órgão
- Certidão negativa da Vara de Execução Pe- executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Fede-
nal do Município sede do CFC e do Município onde ral, com os respectivos certificados de segurança
reside; veicular – CSV, referentes à transformação de duplo
- Certidão negativa do registro de distribuição comando de freios e embreagem para autorização da
e de execuções criminais referentes à prática de mudança de categoria;
crimes contra os costumes, a fé pública, o patrimô- h) laudo da vistoria de comprovação do cum-
nio, à administração pública, privada ou da justiça e primento das exigências para o credenciamento,
os previstos na lei de entorpecentes, expedidas no
realizada pelo órgão ou entidade executivo de trânsito
local de seu domicílio ou residência;
do Estado ou do Distrito Federal.
- Certidão negativa expedida pelo cartório de
III - Assinatura do termo de credenciamento
distribuições cíveis, demonstrando não estar impossibi-
após o cumprimento das etapas anteriores, com a
litado para o pleno exercício das atividades comerciais
devida aprovação da vistoria pelo órgão ou entidade
(insolvência, falência, interdição ou determinação
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal.
judicial etc.), expedidas no local de seu domicílio ou
residência; IV - Publicação do ato de credenciamento e
registro do CFC no sistema informatizado do órgão ou
- Comprovante de residência.
entidade executivo de trânsito do Estado ou do
b) contrato social, devidamente registrado,
Distrito Federal.
com capital social compatível com os investimentos;
V - Participação do corpo funcional do CFC em
c) certidões negativas de débitos federais, es-
treinamentos efetivados pelo órgão ou entidade execu-
taduais e municipais;
tivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, para
d) certidões negativas do FGTS e do INSS; padronizar procedimentos pedagógicos e operar o
e) cartão do CNPJ, Inscrição Estadual e Ins- sistema informatizado, com a devida liberação de
crição Municipal; acesso mediante termo de uso e responsabilidade.
f) declaração do (s) proprietário (s) do CFC de Art. 10. Compete a cada CFC credenciado pa-
que irá dispor de: ra ministrar os cursos de formação, atualização e
- infraestrutura física conforme exigência des- reciclagem de condutores:
ta Resolução e de normas vigentes; I - realizar as atividades necessárias ao de-
- recursos didático-pedagógicos, com a devi- senvolvimento dos conhecimentos técnicos, teóricos
da listagem dos mesmos; e práticos com ênfase na construção de comporta-
- veículos de aprendizagem conforme exigên- mento seguro no trânsito, visando a formação,
cia desta Resolução; atualização e reciclagem de condutores de veículos
- recursos humanos exigidos nesta Resolu- automotores, nos termos do CTB e legislação perti-
ção, listados nominalmente com a devida titulação. nente;
II - Cumpridas as exigências do item I, o inte- II - buscar a caracterização do CFC como uma
ressado será convocado para que, num prazo de até unidade de ensino, atendendo integralmente aos
150 (cento e cinquenta dias), apresente a documen- padrões estabelecidos pela legislação vigente quanto
tação e as exigências técnicas abaixo relacionadas às instalações físicas, recursos humanos e didáticos,
para a realização da vistoria técnica pelo órgão ou identidade visual, sistema operacional, equipamentos
entidade executivo de trânsito do Estado ou do e veículos;
Distrito Federal: III - cadastrar seus veículos automotores, des-
a) alvará de localização e funcionamento for- tinados à instrução prática de direção veicular junto ao
necido pelo órgão competente; órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 319

do Distrito Federal, submetendo-se às determinações CFC deverão participar de treinamento de reciclagem


estabelecidas nesta Resolução e normas vigentes; e atualização extraordinários sob a responsabilidade
IV - manter o Diretor-Geral e/ou o Diretor de do órgão ou entidade executivos de trânsito do
Ensino presente nas dependências do CFC, durante o Estado ou do Distrito Federal.
horário de funcionamento;
DAS UNIDADES DAS FORCAS ARMADAS E
V - promover a qualificação e atualização do AUXILIARES QUE POSSUÍREM CURSOS DE
quadro profissional em relação à legislação de trânsi- FORMAÇÃO DE CONDUTORES
to vigente e às práticas pedagógicas;
Art. 12. As unidades das Forças Armadas e
VI - divulgar e participar de campanhas insti- Auxiliares que possuírem cursos de formação de
tucionais educativas de trânsito promovidas ou
condutores, conforme previsto no § 2º do art. 152 do
apoiadas pelo órgão ou entidade executivo de trânsi-
CTB, para ministrar estes cursos, deverão credenciar-
to do Estado ou do Distrito Federal;
se junto ao órgão ou entidade executivo de trânsito
VII - contratar, para exercer as funções de Di-
do Estado ou do Distrito Federal, no âmbito de sua
retor-Geral, Diretor de Ensino e Instrutor de Trânsito,
circunscrição, que a registrará junto ao Órgão Máxi-
somente profissionais credenciados junto ao órgão
ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do mo Executivo de Trânsito da União, atendendo às
Distrito Federal, providenciando a sua vinculação ao exigências estabelecidas nesta Resolução.
CFC; Art. 13. São exigências mínimas para o cre-
VIII - manter atualizado o planejamento dos denciamento das unidades das Forças Armadas e
cursos de acordo com as orientações do órgão ou Auxiliares:
entidade executivo de trânsito do Estado ou do I - requerimento da unidade interessada em
Distrito Federal; ministrar cursos de formação de condutores, dirigido
IX - manter atualizado o banco de dados do ao órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado
órgão executivo de trânsito dos Estados ou do ou do Distrito Federal;
Distrito Federal, conforme o art. 3º, inc. XII desta II - infraestrutura física e recursos instrucio-
Resolução; nais necessários para a realização do curso proposto;
X - manter o arquivo dos documentos perti- III - estrutura administrativa informatizada pa-
nentes ao corpo docente e discente por 5 (cinco) ra interligação com o sistema de informações do
anos conforme legislação vigente. órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou
Art. 11. Para a renovação do credenciamento, do Distrito Federal;
o CFC deverá apresentar índices de aprovação de
IV - relação dos recursos humanos: instruto-
seus candidatos de, no mínimo, 60% (sessenta por
res de trânsito, coordenadores geral e de ensino da
cento) nos exames teóricos e práticos, respectiva-
Corporação, devidamente capacitados nos cursos de
mente, referentes aos 12 (doze) meses anteriores ao
mês da renovação do credenciamento. instrutor de trânsito e diretor geral e de ensino,
credenciados pelo órgão ou entidade executivo de
§ 1º Para os efeitos da operacionalização do
caput deste artigo, o órgão ou entidade executivo trânsito do Estado ou do Distrito Federal;
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal deve V - apresentação do plano de curso em con-
estabelecer ações de acompanhamento, controle e formidade com a legislação vigente;
avaliação das atividades e dos resultados de cada VI - realização de vistoria para comprovação
CFC, de forma sistemática e periódica, emitindo do cumprimento das exigências pelo órgão ou enti-
relatórios e oficiando aos responsáveis pelas dade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
entidades credenciadas. Federal;
§ 2º Quando o CFC não atingir o índice míni- VII - emissão do ato de credenciamento;
mo estabelecido no caput deste artigo, em períodos VIII - publicação do ato de credenciamento e
que não ultrapassem 3 (três) meses, o órgão ou registro da unidade militar no sistema informatizado
entidade executivo de trânsito do Estado ou do do órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado
Distrito Federal deverá solicitar ao Diretor de Ensino
ou do Distrito Federal;
do CFC uma proposta de planejamento para alteração
dos resultados, sanando possíveis deficiências no IX - participação do corpo funcional da unida-
processo pedagógico. de militar em treinamentos efetivados pelo órgão ou
§ 3º Persistindo o índice de aprovação inferior entidade executivos de trânsito do Estado ou do
ao estabelecido no caput deste artigo, após decorri- Distrito Federal, para padronização de procedimentos
dos 3 (três) meses, os instrutores e os diretores do pedagógicos e operacionais e do sistema informati-
320 Ordeli Savedra Gomes

zado, com a liberação de acesso mediante termo de III - estrutura administrativa informatizada pa-
uso e responsabilidades. ra interligação com o sistema de informações do
Art. 14. São atribuições da unidade das For- órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou
ças Armadas e Auxiliares, credenciada para ministrar do Distrito Federal;
o curso: IV - relação do corpo docente com a titulação
I - atender às exigências das normas vigen- exigida no art. 22 desta Resolução, e do coordenador
tes, no que se refere ao curso de formação de condu- geral dos cursos;
tores; V - apresentação do plano de curso em con-
II - manter atualizado o acervo bibliográfico e formidade com a estrutura curricular exigida nesta
de material didático-pedagógico; Resolução;
III - promover a atualização técnico-pedagó- VI - realização de vistoria para comprovação
gica do seu quadro docente; do cumprimento das exigências pelo órgão ou enti-
IV - disponibilizar veículos automotores com- dade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
patíveis com a categoria a que se destina o curso; Federal;
V - manter atualizadas as informações dos VII - emissão do ato de credenciamento;
cursos oferecidos e dos respectivos corpos docente e VIII - publicação do ato de credenciamento e
discente, no sistema do órgão ou entidade executivo registro da unidade do Sistema “S” no sistema
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal; informatizado do órgão ou entidade executivo de
VI - manter o arquivo dos documentos perti- trânsito do Estado ou do Distrito Federal;
nentes ao corpo docente e discente por 5 (cinco) IX - participação do corpo funcional em trei-
anos conforme legislação vigente. namentos efetivados pelo órgão ou entidade executi-
vo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, para
DAS INSTITUIÇÕES CREDENCIADAS PARA A padronização de procedimentos pedagógicos e
QUALIFICAÇÃO DE CONDUTORES EM CURSOS operacionais do sistema informatizado, com a devida
ESPECIALIZADOS liberação de acesso mediante termo de uso e res-
INSTITUIÇÕES DO SERVIÇO NACIONAL DE ponsabilidade.
APRENDIZAGEM SISTEMA “S” Art. 17. São atribuições de cada unidade das
Art. 15. As instituições do Serviço Nacional de Instituições do Serviço Nacional de Aprendizagem,
Aprendizagem, credenciadas pelos órgãos e entidades credenciada para ministrar cursos especializados:
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Fede- I - atender às exigências das normas vigentes;
ral, promoverão a qualificação de condutores e sua
II - manter atualizado o acervo bibliográfico e
respectiva atualização, por meio da oferta de cursos
de material didático-pedagógico;
especializados para condutores de veículos de:
III - promover a atualização do seu quadro
a) Transporte de escolares;
docente;
b) Transporte de produtos perigosos;
IV - atender às convocações do órgão ou enti-
c) Transporte coletivo de passageiros; dade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
d) Transporte de emergência; Federal;
e) Outros transportes especializados, na for- V - manter atualizadas as informações dos cur-
ma regulamentada pelo CONTRAN. sos oferecidos e dos respectivos corpos docente e
Parágrafo único. As instituições referidas no discente, no sistema informatizado do órgão ou entidade
caput deste artigo serão credenciadas por período executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal;
determinado, podendo ser renovado, desde que VI - manter o arquivo dos documentos perti-
atendidas as disposições desta Resolução. nentes aos corpos docente e discente por 5 (cinco)
Art. 16. São exigências mínimas para o cre- anos conforme legislação vigente.
denciamento das instituições do Serviço Nacional de
Aprendizagem: DOS PROFISSIONAIS DAS ENTIDADES
I - requerimento da unidade da Instituição di- CREDENCIADAS COM A FINALIDADE DE
rigido ao órgão ou entidade executivo de trânsito do CAPACITAR DIRETOR GERAL, DIRETOR DE
ENSINO E INSTRUTOR DE TRÂNSITO PARA OS
Estado ou do Distrito Federal;
CFC, E EXAMINADOR DE TRÂNSITO
II - infraestrutura física e recursos instrucio-
Art. 18. São exigências para os profissionais
nais necessários para a realização do(s) curso(s) pro-
destas instituições:
posto(s);
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 321

I - Curso superior completo, pós-graduação la- DAS UNIDADES DAS FORÇAS ARMADAS E
to-sensu e experiência na área de trânsito, quando AUXILIARES
Coordenador Geral. Art. 20. As exigências para o exercício da
II - Curso superior completo, cursos relacio- atividade de instrutor de trânsito e de Coordenadores
nados ao tema de sua disciplina e curso específico Geral e de Ensino e respectiva documentação para
na área do trânsito, quando membro do corpo do- credenciamento junto ao órgão ou entidade executivo
cente. de trânsito do Estado ou do Distrito Federal são as
referidas nos incs. I e II, do art. 19 desta Resolução.
DOS CENTROS DE FORMAÇÃO DE
CONDUTORES – CFC DOS INSTRUTORES NÃO VINCULADOS A UM
Art. 19. São exigências para o exercício das CENTRO DE FORMAÇÃO DE CONDUTORES
atividades dos profissionais destas instituições: Art. 21. A instrução de prática de direção vei-
I – Diretor Geral e Diretor de Ensino: cular para obtenção da CNH poderá ser realizada por
instrutores de trânsito não vinculados a um CFC,
a) no mínimo 21 (vinte e um) anos de idade; mediante prévia autorização do órgão executivo de
b) curso superior completo; trânsito do Estado ou do Distrito Federal, nas locali-
c) curso de capacitação específica para a dades que não contarem com um CFC.
atividade; § 1º O instrutor não vinculado deverá atender
d) no mínimo dois anos de habilitação. às exigências previstas para o instrutor de trânsito,
II – Instrutor de Trânsito: conforme inc. II do art. 19.
a) no mínimo 21 (vinte e um) anos de idade; § 2º O instrutor de prática de direção veicular
b) curso de ensino médio completo; não vinculado só poderá instruir 1 (um) candidato a
c) no mínimo um ano na categoria “D”; cada período de 6 (seis) meses.
d) não ter sofrido penalidade de cassação de § 3º Os órgãos executivos de trânsito dos Es-
CNH; tados ou do Distrito Federal devem conceder a
autorização para instrutor não vinculado, por candida-
e) não ter cometido nenhuma infração de trân-
to, com vistas ao registro e à emissão da Licença
sito de natureza gravíssima nos últimos 60 (sessenta)
para Aprendizagem de Direção Veicular – LADV.
dias;
§ 4º Os órgãos executivos de trânsito dos Es-
f) curso de capacitação específica para a ativi-
tados ou do Distrito Federal devem manter atualiza-
dade e curso de direção defensiva e primeiros socor-
dos os cadastros de instrutores de direção veicular
ros.
não vinculados, em suas respectivas circunscrições.
Parágrafo único. Para credenciamento junto
§ 5º O veículo eventualmente utilizado pelo
ao órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado
instrutor não vinculado, quando autorizado, deverá
ou do Distrito Federal, os profissionais referidos neste
observar o disposto no parágrafo único do art. 154 do
artigo deverão apresentar: CTB.
a) Carteira Nacional de Habilitação válida;
DAS INSTITUIÇÕES DO SERVIÇO NACIONAL DE
b) Cadastro de Pessoa Física - CPF; APRENDIZAGEM SISTEMA “S”
c) Diploma ou certificado de escolaridade ex- Art. 22. São exigências para os profissionais
pedido por instituição de ensino devidamente cre- destas Instituições:
denciada pelo órgão competente;
I - Quando na função de Coordenador Geral:
d) certificado de conclusão do curso específi-
a) mínimo de 21 (vinte e um) anos de idade;
co de capacitação para a atividade;
b) curso superior completo;
e) comprovante de residência;
c) curso de capacitação específico exigido
f) contrato de trabalho com o CFC devidamen- para Diretor Geral de CFC;
te anotado na Carteira de Trabalho e Previdência So-
d) dois anos de habilitação.
cial;
II - Quando na função de Coordenador de Ensino:
g) certidão negativa do registro de distribui-
a) mínimo de 21 (vinte e um) anos de idade;
ção e de execuções criminais referentes às práticas
de crimes contra os costumes, fé pública, patrimônio, b) curso superior completo;
à administração pública, privada ou da justiça e os c) curso de capacitação específico exigido
previstos na lei de entorpecentes, expedidas no local para Diretor de Ensino de CFC;
de seu domicílio ou residência. d) dois anos de habilitação.
322 Ordeli Savedra Gomes

Parágrafo único. Para credenciamento junto DOS EXAMINADORES DE TRÂNSITO


ao órgão executivo de trânsito do Estado ou do Art. 24. São exigências mínimas para o exer-
Distrito Federal, os Coordenadores, Geral e de Ensino, cício da atividade de examinador de trânsito, obser-
deverão apresentar: vadas as disposições contidas no art. 152 do CTB:
a) Carteira de Identidade; I - No mínimo 21(vinte e um) anos de idade;
b) Cadastro de Pessoa Física – CPF; II - Curso superior completo;
c) documento comprobatório de conclusão de III - Dois anos de habilitação compatível com
curso superior devidamente reconhecido pelo Minis- a categoria a ser examinada;
tério da Educação; IV - Não ter sofrido penalidade de suspensão
d) certificado de conclusão de curso de Dire- do direito de dirigir ou cassação de CNH e não ter
tor Geral ou de Diretor de Ensino em Instituição cometido nenhuma infração de trânsito de natureza
credenciada pelo órgão ou entidade executivo de gravíssima nos últimos 12 (doze) meses;
trânsito do Estado ou do Distrito Federal; V - Curso para examinador de trânsito.
e) CNH válida. § 1º Para serem designados pela autoridade
Art. 23. São exigências para os Instrutores de executiva de trânsito do Estado ou do Distrito Fede-
Cursos Especializados previstos na legislação vigente: ral, os profissionais referidos neste artigo deverão
I - No mínimo 21 (vinte e um) anos de idade; apresentar:
II - Nível médio completo; a) Carteira Nacional de Habilitação válida;
III - Curso de capacitação para instrutor espe- b) Cadastro de Pessoa Física –CPF;
cializado; c) Certificado de conclusão de curso superior
IV - Um ano de habilitação em categoria com- devidamente reconhecido pelo Ministério da Educação;
patível com as exigidas para o curso especializado d) Certificado de conclusão do curso específi-
em que atuam; co de capacitação para a atividade;
V - Não ter sofrido penalidade de suspensão e) Comprovante de residência;
do direito de dirigir ou cassação de CNH e não ter f) Certidão Negativa da Vara de Execução
cometido nenhuma infração de trânsito de natureza Criminal do Município onde reside e do local onde
gravíssima nos últimos 12 (doze) meses. pretende atuar.
§ 1º Para credenciamento junto ao órgão ou § 2º As exigências para o exercício da ativi-
entidade executivo de trânsito do Estado ou do dade de examinador de trânsito nas unidades das
Distrito Federal, o instrutor de curso especializado Forças Armadas e Auxiliares e respectiva documen-
deverá apresentar: tação para credenciamento junto ao órgão ou entida-
a) Carteira Nacional de Habilitação válida; de executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
b) Cadastro de Pessoa Física -CPF; Federal, são as referidas no § 1º deste artigo.
c) Certificado de conclusão de curso médio DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NOS
devidamente reconhecido. (De acordo com a retifica- PROCESSOS DE CAPACITAÇÃO, FORMAÇÃO,
ção de 31.08.2010) QUALIFICAÇÃO, ESPECIALIZAÇÃO, ATUALIZAÇÃO
d) Certificado de conclusão do curso de ins- E RECICLAGEM DE CANDIDATOS A CNH E
trutor especializado na área de atuação; CONDUTORES
e) Certidão Negativa da Vara de Execução Art. 25. São atribuições dos profissionais que
Criminal do Município onde residem e do local onde atuam nos processos de capacitação, formação,
pretendem atuar. qualificação, especialização, atualização e reciclagem
§ 2º As entidades que, quando da publicação de recursos humanos, candidatos e condutores:
da Resolução 168/04, se encontravam credenciadas I - O Instrutor de trânsito é o responsável dire-
para ministrar exclusivamente cursos especializados, to pela formação, atualização e reciclagem de candi-
têm assegurada a continuidade do exercício de suas datos e de condutores e o Instrutor de cursos especi-
atividades, devendo: alizados, pela qualificação e atualização de conduto-
a) efetuar recadastramento junto ao órgão res, competindo-lhes:
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Fede- a) transmitir aos candidatos os conteúdos
ral, renovando-o a cada dois anos; teóricos e práticos exigidos pela legislação vigente;
b) cumprir as exigências previstas nos arts. b) tratar os candidatos com urbanidade e
22 e 23 desta Resolução. respeito;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 323

c) cumprir as instruções e os horários estabe- torização do órgão ou entidade executivo de trânsito


lecidos no quadro de trabalho da instituição; do Estado ou do Distrito Federal;
d) utilizar crachá de identificação com foto, k) comunicar, no prazo de 48 (quarenta e oito)
quando no exercício da função que será fornecido horas, ao órgão ou entidade executivo de trânsito do
pelo órgão executivo de trânsito do Estado ou do Estado ou do Distrito Federal o desligamento de
Distrito Federal; qualquer um de seus instrutores ou diretores;
e) frequentar cursos de aperfeiçoamento ou l) frequentar cursos de aperfeiçoamento ou de
de atualização determinados pelo órgão executivo de atualização determinados pelo órgão ou entidade
trânsito do Estado ou do Distrito Federal; executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal.
f) acatar as determinações de ordem adminis- III - O Diretor de Ensino é o responsável pelas
trativa e pedagógica estabelecidas pela Instituição; atividades escolares da instituição, competindo-lhe,
g) avaliar se o candidato está apto a prestar dentre outras atribuições determinadas pelo órgão ou
exame de direção veicular após o cumprimento da entidade executivo de trânsito do Estado ou do
carga horária estabelecida. Distrito Federal:
II - O Diretor Geral é o responsável pela admi- a) orientar os instrutores no emprego de méto-
nistração e o correto funcionamento da Instituição, dos, técnicas e procedimentos didático-pedagógicos,
competindo-lhe, além de outras atribuições determina- dedicando-se à permanente melhoria do ensino;
das pelo Órgão Máximo Executivo de Trânsito da União: b) disponibilizar informações dos cursos e dos
respectivos corpos docente e discente nos sistemas
a) estabelecer e manter as relações oficiais
informatizados do órgão ou entidade executivos do
com os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de
Estado ou do Distrito Federal;
Trânsito;
c) manter e arquivar documentos pertinentes
b) administrar a instituição de acordo com as aos corpos docente e discente por 05 (cinco) anos;
normas estabelecidas pelo órgão ou entidade execu-
d) organizar o quadro de trabalho a ser cum-
tivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal;
prido pelos Instrutores;
c) decidir, em primeira instância, sobre os re-
e) acompanhar, controlar e avaliar as atividades
cursos interpostos ou reclamações feitas por candi- dos instrutores a fim de assegurar a eficiência do
dato ou condutor contra qualquer ato julgado prejudi- ensino;
cial, praticado nas atividades escolares;
f) representar o Diretor Geral junto ao órgão
d) dedicar-se à permanente melhoria do ensi- ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
no, visando à conscientização das pessoas que Distrito Federal, quando este se encontrar impedido
atuam no complexo do trânsito; por quaisquer motivos, desde que previamente co-
e) praticar todos os atos administrativos ne- municado a estes órgãos;
cessários à consecução das atividades que lhe são g) ministrar aulas teóricas, em casos excep-
próprias e possam contribuir para a melhoria do cionais, quando da substituição de instrutores, me-
funcionamento da instituição; diante autorização do órgão ou entidade executivo de
f) assinar, em conjunto com o Diretor de En- trânsito do Estado ou do Distrito Federal;
sino, os certificados de conclusão de cursos de h) frequentar cursos de aperfeiçoamento ou de
formação, atualização e reciclagem, com a identifi- atualização determinados pelo órgão ou entidade
cação da assinatura; executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal.
g) aplicar as penalidades administrativas ao IV - O Examinador de Trânsito é o responsável
pessoal que lhe é subordinado, nos termos desta pela realização dos exames previstos na legislação,
Resolução; competindo-lhe:
h) manter, em local visível, tabela de preços a) avaliar os conhecimentos e as habilidades
dos serviços oferecidos; dos candidatos e condutores para a condução de
i) comunicar, por escrito, ao órgão ou entida- veículos automotores;
de executivo de trânsito do Estado ou do Distrito b) tratar os candidatos e condutores com ur-
Federal ausências e impedimentos, por motivo de banidade e respeito;
força maior, podendo ser autorizada a sua substitui- c) cumprir as instruções e os horários estabe-
ção pelo Diretor de Ensino, por um prazo de até 30 lecidos pelo órgão ou entidade executivo de trânsito
(trinta) dias; do Estado ou do Distrito Federal;
j) ministrar aulas, em casos excepcionais, d) utilizar crachá de identificação com foto,
quando da substituição de instrutores, mediante au- emitido pela autoridade responsável do órgão ou
324 Ordeli Savedra Gomes

entidade executivo de trânsito do Estado ou do II - deficiência técnico-didática da instrução


Distrito Federal, quando no exercício da função; teórica, prática e de simulador de direção veicular;
e) frequentar cursos de aperfeiçoamento ou de (Inciso alterado pela Res. 493/14)
atualização determinados pelo órgão ou entidade exe- III - aliciamento de candidatos por meio de re-
cutivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal. presentantes, corretores, prepostos e similares; e
DO FUNCIONAMENTO DAS ENTIDADES publicidade em jornais e outros meios de comunica-
CREDENCIADAS ção, mediante oferecimento de facilidades indevidas
e/ou ilícitas.
Art. 26. Todas as entidades credenciadas de-
vem celebrar contrato de prestação de serviços, com IV - prática de ato de improbidade contra a fé
o candidato, contendo as especificações do curso pública, contra o patrimônio ou contra a administra-
quanto a período, horário, condições, frequência ção pública ou privada;
exigida, prazo de validade do processo, valores e Art. 32. Será considerada infração de respon-
forma de pagamento. sabilidade específica do Diretor de Ensino:
Parágrafo único. A exigência de celebração I - negligência na orientação e fiscalização das
do contrato de prestação de serviço não se aplica às atividades dos instrutores, nos serviços administrativos
unidades das Forças Armadas e Auxiliares. de sua responsabilidade direta, bem como no cumpri-
Art. 27. Os horários de realização das aulas mento das atribuições previstas nesta Resolução e
serão regulamentados pelo órgão ou entidade execu- normas complementares dos órgãos ou entidades exe-
tivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal. cutivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal;
Parágrafo único. A carga horária diária má- II - deficiência no cumprimento da programa-
ção estabelecida para o(s) curso(s);
xima permitida nos cursos teóricos é de 10 (dez)
horas/aula e, no curso de prática de direção veicular, III - prática de ato de improbidade contra a fé
3 (três) horas/aula, sendo, no máximo, duas aulas pública, contra o patrimônio ou contra a administra-
ção pública ou privada.
práticas consecutivas por candidato ou condutor.
Art. 33. As infrações previstas para os coor-
Art. 28. As entidades que permanecerem ina-
denadores das entidades públicas ou privadas, das
tivas por um período superior a 90 (noventa) dias
unidades do Serviço Nacional de Aprendizagem e das
poderão ter o credenciamento cancelado pelo órgão
unidades das Forças Armadas e Auxiliares, creden-
ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do ciadas para ministrar os cursos referidos nesta
Distrito Federal, excetuando-se as unidades das Resolução, são as mesmas constantes dos arts. 31 e
Forças Armadas e Auxiliares. 32, respectivamente.
Parágrafo único. A instituição ou entidade § 1º A regulamentação do funcionamento e
que tiver seu credenciamento cancelado, somente os conteúdos didático-pedagógico dos cursos espe-
poderá retornar às atividades, mediante um novo cializados ministrados pelos órgãos ou entidades pú-
processo de credenciamento. blicas de segurança, de saúde e forças armadas e
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES auxiliares serão definidos internamente por esses ór-
Art. 29. Compete aos órgãos e entidades exe- gãos e entidades, não sendo exigível o cumprimento
cutivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, das disposições previstas no item 6 do Anexo II da
no âmbito de suas circunscrições, fiscalizar as entida- Resolução CONTRAN 168, de 14.12.2004. (Parágrafo
des públicas ou privadas por eles credenciadas. acrescido e já retificado pela Res. 493/14)
Art. 30. As irregularidades deverão ser apura- § 2º O registro de que trata o § 4º do art. 33 da
das por meio de processo administrativo, e penalizadas Resolução CONTRAN 168, de 14.12.2004, para os cur-
de acordo com o estabelecido nesta Resolução. sos especializados realizados pelos órgãos ou entida-
Art. 31. São consideradas infrações de res- des públicas nominados no parágrafo anterior, será
ponsabilidade das instituições ou entidades e do realizado diretamente pelo órgão máximo executivo
Diretor Geral, credenciados pelos órgãos ou entida- de trânsito da União ou pelo próprio órgão ou entida-
des executivos de trânsito dos Estados e do Distrito de pública, a qualquer tempo e mediante autorização.
Federal, no que couber: (Parágrafo acrescido pela Res. 493/14 e alterado pela
I - negligência na fiscalização das atividades Res. 658/17)
dos instrutores, nos serviços administrativos de sua Art. 34. São consideradas infrações de respon-
responsabilidade direta, bem como no cumprimento sabilidade específica do instrutor e do examinador:
das atribuições previstas nesta Resolução e normas I - negligência na transmissão das normas
complementares do órgão ou entidade executivo de constantes da legislação de trânsito, conforme estabe-
trânsito do Estado ou do Distrito Federal; lecido no quadro de trabalho, bem como o cumprimen-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 325

to das atribuições previstas nesta Resolução e normas § 6º A penalidade de cassação será imposta
complementares do órgão ou entidade executivo de quando já houver sido aplicada a penalidade prevista
trânsito dos Estados ou do Distrito Federal; no § 3º e/ou quando do cometimento das infrações
II - falta de respeito aos candidatos; tipificadas no inc. IV do art. 31, inc. III do art. 32 e
III - deixar de orientar corretamente os candi- inc. V do art. 34.
datos no processo de aprendizagem; § 7º Decorridos cinco anos da aplicação da
IV - deixar de portar o crachá de identificação penalidade ao credenciado, esta não surtirá mais
como instrutor ou examinador habilitado, quando a efeitos como registro de reincidência para novas
serviço; penalidades.
V - prática de ato de improbidade contra a fé § 8º Na hipótese de cancelamento do creden-
pública, contra o patrimônio ou contra a administra- ciamento por aplicação da penalidade de cassação,
ção pública ou privada; somente após 5 (cinco) anos, poderá a entidade
VI - realizar propaganda contrária à ética pro- requerer um novo credenciamento.
fissional; DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
VII - obstar ou dificultar a fiscalização do ór- Art. 37. O processo administrativo será ini-
gão executivo de trânsito estadual ou do Distrito ciado pela autoridade de trânsito, de oficio ou me-
Federal. diante representação, visando à apuração de irregula-
Art. 35. As penalidades serão aplicadas pelo ridades praticadas pelas instituições e profissionais
órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou credenciados pelo órgão ou entidade executivo de
do Distrito Federal responsável pelo credenciamento, trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, obser-
após decisão fundamentada. vando o princípio da ampla defesa e do contraditório.
Art. 36. As instituições e entidades e os pro- § 1º Em caso de risco iminente, a Adminis-
fissionais credenciados que agirem em desacordo tração Pública poderá motivadamente adotar pro-
com os preceitos desta Resolução estarão sujeitos às vidências acauteladoras sem a prévia manifestação
seguintes penalidades, conforme a gravidade da do interessado.
infração: § 2º O representado será notificado da instau-
I - advertência por escrito; ração do processo administrativo.
II - suspensão das atividades por até 30 (trin- Art. 38. A autoridade, de ofício ou a requeri-
ta) dias; mento do representado, poderá determinar a realiza-
III - suspensão das atividades por até 60 (ses- ção de perícias ou de quaisquer outros atos necessá-
senta) dias; rios à elucidação dos fatos investigados.
IV - cassação do credenciamento. Art. 39. Concluída a instrução o representado
§ 1º A penalidade de advertência por escrito terá o prazo de 10 (dez) dias para apresentar defesa
será aplicada no primeiro cometimento das infrações escrita, contados do recebimento da notificação.
referidas nos incs. I e II do art. 31, incs. I e II do art. Art. 40. Após o julgamento, a autoridade de
32 e incs. I, II, III e IV do art. 34. trânsito notificará o representado da decisão.
§ 2º A penalidade de suspensão por até 30 Parágrafo único. Da decisão da autoridade
(dias) será aplicada na reincidência da prática de de trânsito caberá recurso à autoridade superior no
qualquer das infrações previstas nos incs. I e II do prazo de 30 (trinta) dias.
art. 31, incs. I e II do art. 32 e incs. I, II, III e IV do art. Art. 41. Aplicam-se subsidiariamente ao pro-
34 ou quando do primeiro cometimento da infração cesso administrativo, no que couber, as disposições
tipificada no inc. III do art. 31. da Lei 9.784, de 29.01.1999.
§ 3º A penalidade de suspensão por até 60
(sessenta) dias será imposta quando já houver sido DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
aplicada a penalidade prevista no parágrafo anterior Art. 42. As diretrizes, disposições gerais e es-
nos últimos 5 (cinco) anos. trutura curricular básica dos cursos para a capacita-
§ 4º O período de suspensão será aplicado ção e atualização dos profissionais para atuar na
proporcionalmente à natureza e à gravidade da falta formação, atualização, qualificação e reciclagem de
cometida. candidatos e condutores fazem parte do Anexo desta
§ 5º Durante o período de suspensão, a enti- Resolução.
dade e os profissionais credenciados que forem Art. 43. É vedada a todas as entidades cre-
penalizados não poderão realizar suas atividades. denciadas a transferência de responsabilidade ou a
326 Ordeli Savedra Gomes

terceirização das atividades para as quais foram cre- acompanhamento das entidades e organizações for-
denciadas. madoras e fiscalizadoras.
Parágrafo único. A utilização do espaço com- Art. 46. É assegurado o direito ao exercício
partilhado pelos CFCs, nos termos do disposto no inc. da profissão aos instrutores de trânsito que já este-
II do art. 5º desta Resolução, não afasta, para to- jam credenciados nos órgãos ou entidades executi-
dos os fins, a responsabilidade do CFC e seu corpo vos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal até
docente, em relação ao candidato nele matriculado. a entrada em vigor da Lei 12.302, de 02.08.2010.
(Parágrafo com redação dada pela Res. 493/14) § 1º Os demais profissionais que já estejam
Art. 43-A. Os órgãos de Segurança Pública e credenciados junto aos órgãos ou entidades executi-
Forças Armadas e auxiliares deverão apresentar, até vos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal
30.11.2020, cronograma de capacitação dos condu- terão até 13 de agosto de 2020 para adequação às
tores a eles vinculados, em curso especializado a que exigências estabelecidas nesta Resolução. (Redação
se refere o art. 145, IV, do Código de Trânsito Brasi- dada pela Res. 542/15)
leiro. (Artigo acrescido pela Res. 493/14 e redação § 2º Para fins de credenciamento junto ao ór-
dada pela Deliberação 179/19) gão ou entidade executivo de trânsito do Estado e do
Art. 44. As informações sobre o processo de Distrito Federal, serão aceitos os certificados de
formação dos profissionais, dos candidatos e condu- cursos concluídos até a data da entrada em vigor
tores referidos nesta Resolução, deverão estar desta Resolução.
contempladas em módulo do Registro Nacional de Art. 47. As instituições ou entidades já creden-
Condutores Habilitados – RENACH, no prazo de até ciadas pelos órgãos ou entidades executivos de
360 dias, a partir da data de entrada em vigor desta trânsito dos Estados e do Distrito Federal terão o prazo
Resolução. de até 1 (um) ano para adequação às exigências de
Art. 45. O Órgão Máximo Executivo de Trânsi- infraestrutura física estabelecidas nesta Resolução.
to da União estabelecerá os procedimentos para Art. 47-A. Os Centros de Formação de Condu-
operacionalização da integração dos órgãos ou tores – CFC que já estão credenciados pelos órgãos
entidades executivos de trânsito dos Estados e do ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do
Distrito Federal, com as seguintes finalidades: Distrito Federal terão prazo até o dia 1º de outubro de
I - definir padrões de qualidades e procedi- 2016, para adequação às exigências previstas no §
mentos de monitoramento e avaliação dos processos 12 do art. 8º desta Resolução, sob pena de inativação
de capacitação, qualificação e atualização de profis- no Sistema RENACH até o devido cumprimento. (Ar-
sionais, e de formação, qualificação, atualização e tigo acrescido pela Res. 571/15 e alterado pela Res.
reciclagem de candidatos e condutores; 621/16)
II - permitir a disseminação de práticas e ex- Art. 48. Os Instrutores e Examinadores de Trân-
periências bem sucedidas na área de educação de sito, credenciados pelos órgãos ou entidades executi-
trânsito; vos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, serão
III - padronizar e desenvolver os procedimen- periodicamente avaliados em exame nacional, na for-
tos didáticos básicos, assegurando a boa formação ma da Resolução 321/09 do CONTRAN.
do condutor; Art. 49. Esta Resolução entra em vigor na da-
IV - integrar todos os procedimentos e as in- ta de sua publicação, ficando revogadas as Resolu-
formações quanto à formação, habilitação e desem- ções 74/98 e 198/06 do CONTRAN e as disposições
penho de candidatos, permitindo, simultaneamente, o contrárias.
Alfredo Peres da Silva

ANEXO À RESOLUÇÃO 358, DE 13.08.2010


DIRETRIZES, DISPOSIÇÕES GERAIS E ESTRUTURA CURRICULAR BÁSICA DOS
CURSOS PARA FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS PARA ATUAR NO
PROCESSO DE FORMAÇÃO DE CONDUTORES

1. curso para instrutor de trânsito; 4. curso para diretor de ensino de CFC;


2. curso para instrutor de curso especializado 5. curso para examinador de trânsito;
para condutor de veículo; 6. cursos de atualização para os profissionais
3. curso para diretor geral de CFC; habilitados.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 327

1. DIRETRIZES GERAIS a) De Instrutor de Trânsito:


I – DOS FINS • ser maior de 21 anos;
Estes cursos têm a finalidade de capacitar • comprovar escolaridade de ensino médio;
profissionais para atuar no processo de formação, • ser habilitado no mínimo há dois anos; (De
atualização, qualificação e reciclagem de condutores acordo com a retificação de 31.08.2010)
de veículos automotores e elétricos. • ser aprovado em avaliação psicológica para
Para atingir seus fins, estes cursos devem dar fins pedagógicos;
condições de: b) De Diretores de CFC ou de Examinadores
1. Ao Instrutor de Trânsito e ao Instrutor de de Trânsito:
Curso Especializado: • ser maior de 21 anos;
a. planejar e avaliar atividades educativas do • comprovar escolaridade de ensino superior
processo de formação de condutores; completo;
b. demonstrar flexibilidade, compatibilizando • apresentar o certificado de conclusão do
diferenças entre os candidatos e condutores; curso específico de capacitação para instrutor de
c. demonstrar domínio do conteúdo a ser mi- trânsito realizado pelo órgão executivo de trânsito do
nistrado no processo de formação, qualificação, Estado ou do Distrito Federal ou por entidade creden-
atualização e reciclagem de condutores de veículos ciada.
automotores e elétricos. III – DA AVALIAÇÃO
d. ministrar aulas práticas de direção veicular, Ao final de cada módulo será realizada prova
acompanhando e avaliando o desempenho dos sobre conteúdos trabalhados pelas instituições que
candidatos e condutores; ministram os cursos.
e. demonstrar domínio no processo de forma- Será considerado aprovado no curso de capa-
ção de condutores de veículos automotores e elétricos. citação o aluno que obtiver aproveitamento mínimo
2. Ao Diretor Geral de CFC: de 70% em cada módulo.
• planejar e avaliar as atividades desenvolvi- O aluno reprovado ao final do módulo poderá
das no CFC; realizar nova prova a qualquer momento, sem prejuízo
• coordenar atividades administrativas, ge- da continuidade do curso. Caso ainda não consiga
renciando os recursos humanos e financeiros do CFC; resultado satisfatório deverá repetir o módulo em
• participar do planejamento estratégico da outra edição do curso.
instituição; Com frequência mínima de 75% em cada um
• interagir com a comunidade e setor público; dos módulos. Caso o aluno não atinja o mínimo de
• exercer liderança demonstrando capacida- frequência estabelecido em um ou mais módulo (s),
de de resolver conflitos. poderá repeti-lo (s) em outra turma ou edição do
3. Ao Diretor de Ensino de CFC: curso, aproveitando os módulos em que atingiu o
• planejar e avaliar atividades educacionais estabelecido.
realizadas no CFC; Nos cursos de atualização, a avaliação será
• coordenar as atividades pedagógicas do CFC; feita através de observação direta e constante do
• coordenar a atuação dos instrutores no CFC; desempenho dos alunos, sendo dispensado atribui-
ção de nota ao final do curso.
• participar do planejamento estratégico da
instituição; IV – DA CERTIFICAÇÃO
a) Será emitido certificado de conclusão do
• interagir com a comunidade e setor público;
curso de capacitação ao aluno aprovado em todos os
• exercer liderança demonstrando capacida-
módulos do curso;
de de resolver conflitos.
b) Será emitido certificado de conclusão do
4. Ao Examinador de trânsito:
curso de atualização ao aluno com frequência mínima
• avaliar os conhecimentos e as habilidades de 75% em cada um dos módulos. Caso o aluno não
dos candidatos e condutores para a condução de atinja o mínimo de frequência estabelecido em um ou
veículos automotores; mais módulo (s), poderá repeti-lo (s) em outra turma
• demonstrar habilidade de relações interpes- ou edição do curso, aproveitando os módulos em que
soais nas situações de exame atingiu o estabelecido.
II – DAS EXIGÊNCIAS PARA INGRESSO NOS c) Os alunos certificados neste (s) curso (s)
CURSOS terão os dados correspondentes registrados nos
328 Ordeli Savedra Gomes

sistemas informatizados do órgão ou entidade execu- • Processo de planejamento: concepção, im-


tivos de trânsito do Estado ou do Distrito Federal. portância, dimensões e níveis; planejamento de en-
d) Os certificados deverão conter no mínimo sino em seus elementos constitutivos: objetivos e
os seguintes dados: conteúdos de ensino; métodos e técnicas; multimídia
• nome completo do aluno; educativa e avaliação educacional; processo de
• data de conclusão do curso; planejamento e a elaboração de planos de ensino:
• assinaturas dos diretores da entidade ou objetivos, conteúdos, métodos e técnicas de ensino,
instituição; recursos didáticos e avaliação.
• módulos, carga horária, nome dos professo- • Orientações pedagógicas para o processo
res, aproveitamento do aluno em cada módulo; de formação de condutores: especificidade da atua-
• registro e assinatura do dirigente do órgão ção do instrutor nos cursos teórico e de prática de
executivo de trânsito do estado ou do Distrito Federal. direção veicular em veículos de duas e de quatro ou
mais rodas.
V – DA VALIDADE
• Acompanhamento e avaliação no processo
a. Os cursos terão validade máxima de 5 (cin-
de ensino e aprendizagem: importância, procedimen-
co) anos, quando os profissionais deverão realizar
tos e habilidades necessárias.
curso de atualização;
3.1.3. MODULO III – LÍNGUA PORTUGUESA 8
b. O profissional deverá apresentar certificado
HORAS-AULA
do curso de atualização dentro do período previsto na
alínea anterior, quando da renovação do seu creden- • Habilidades de comunicação e expressão
ciamento junto ao órgão ou entidade executivo de oral e escrita.
trânsito do Estado ou do Distrito Federal. • Importância da comunicação no processo
de aprendizagem e na direção de um veículo.
c. Os cursos terão validade em todo o Territó-
rio Nacional. • Interpretação de textos.
2. DISPOSIÇÕES GERAIS 3.1.4. MODULO IV – CONTEÚDOS A SEREM
• Considera-se hora aula o período de 50 DESENVOLVIDOS NOS CURSOS TEÓRICOS - 92
(cinquenta) minutos. HORAS-AULA
• A carga horária diária máxima não poderá • Legislação de Trânsito – 32 horas-aula
ultrapassar 10 (dez) horas aula. Código de Trânsito Brasileiro: Sistema Nacio-
3. ESTRUTURA CURRICULAR BÁSICA nal de Trânsito – SNT; Órgãos executivos, normativos
e consultivos; vias públicas; habilitação de conduto-
3.1 - CURSO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO
res; normas de circulação e conduta; infrações e pe-
180 HORAS-AULA
nalidades; medidas administrativas; processo admi-
3.1.1. MÓDULO I – FUNDAMENTOS DA EDU- nistrativo; crimes de trânsito; sinalização. Resoluções
CAÇÃO 16 HORAS-AULA do CONTRAN: resoluções aplicáveis ao processo de
• Fundamentos da Educação - relação educa- habilitação, sinalização viária, documentação obriga-
ção e sociedade: dimensões filosófica, sociocultural e tória e educação para o trânsito.
pedagógica; teorias educacionais. • Direção defensiva – 20 horas-aula
• Currículo e construção do conhecimento: Definição e elementos da direção defensiva;
processo de ensino-aprendizagem. física aplicada – conceitos de física aplicados ao
• Noções de Psicologia da Educação - Bases trânsito; condições adversas do meio ambiente e da
psicológicas da aprendizagem: conceitos básicos; via; normas para ultrapassagem; acidentes de trânsi-
principais teorias e suas contribuições; processo de to – situações de risco e como evitá-los; condução
aprendizagem do jovem e do adulto; relações da econômica; manutenção preventiva do veículo;
psicologia e a prática pedagógica. condutor defensivo - procedimentos defensivos; a
• Relação instrutor/candidato - atribuições do responsabilidade do condutor de veiculo de maior
instrutor: instrutor como educador; princípios éticos porte em relação aos de menor porte; pilotagem de
da relação instrutor/candidato ou condutor; direitos, motocicleta – equipamentos obrigatórios; postura do
deveres e responsabilidade civil durante as aulas de motociclista; aspectos físico, emocional e social do
direção veicular; interdependência entre ação profis- condutor e interferência na segurança do trânsito.
sional e princípios éticos. • Noções de primeiros socorros e Medicina
• Relacionamentos no Trânsito. de Tráfego – 12 horas-aula
3.1.2. MODULO II – DIDÁTICA 20 HORAS- A legislação de trânsito e os socorros de ur-
AULA gência; verificação das condições gerais da vítima;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 329

cuidados com a vítima – o que não fazer; ações 3 horas de observação de aula prática de di-
básicas no local do acidente -sinalização do local, reção veicular em veículo de quatro rodas nas dife-
acionamento de recursos, telefones de emergência; rentes categorias de sua habilitação;
• Noções de proteção e respeito ao meio 2 horas de observação de aula prática de di-
ambiente e de convívio social no trânsito 12 horas- reção veicular em veículo de duas rodas;
aula Poluição ambiental causada por veículos au- Apresentar relatório, ao final das observações
tomotores – emissão sonora, de gases e de partícu- feitas em CFC credenciado pelo DETRAN.
las – manutenção preventiva do veículo; meio am- • Prática de ensino – 5 horas-aula.
biente -contexto atual e regulamentação do CONA- Cada aluno deverá ministrar aula teórica, sob
MA sobre poluição causada por veículos; relações supervisão do professor da Instituição de Ensino em
interpessoais – diferenças individuais, o indivíduo que realizou o curso.
como cidadão. 3.2 CURSOS PARA INSTRUTOR DE CURSO
• Psicologia Aplicada à Segurança no Trânsi- ESPECIALIZADO PARA CONDUTORES
to – 8 horas-aula 3.2.1. CURSO PARA INSTRUTORES DE CUR-
Relações interpessoais; a obediência às leis e SO ESPECIALIZADO PARA CONDUTORES DE VEÍCU-
à sinalização; o controle das emoções; a atenção e LO DE TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIRO –
cuidados indispensáveis a segurança do trânsito. 270 HORAS-AULA
• Noções sobre funcionamento do veículo de 3.2.1.1. MÓDULO I – CURSO DE INSTRUTOR
2 e 4 rodas / Mecânica Básica - 8 horas-aula. DE TRÂNSITO – 180 HORAS-AULA
Equipamentos de uso obrigatório do veículo 3.2.1.2. MÓDULO II – CURSO PARA CONDU-
e sua utilização; extintor de incêndio – manuseio e TORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE COLETIVO DE
uso; responsabilidade do condutor com a manuten- PASSAGEIROS – 50 HORAS-AULA
ção do veículo; alternativas de solução para repa- 3.2.1.3 MÓDULO III – O TRANSPORTE COLE-
ros, em eventos de emergência mais comuns, no TIVO DE PASSAGEIROS - NOÇÕES GERAIS – 40
veículo HORAS-AULA
3.1.5 – MÓDULO V – PRÁTICA DE DIREÇÃO • Legislação aplicada (nacional, estadual e
VEICULAR EM VEÍCULO DE DUAS E QUATRO RODAS municipal) ao transporte de passageiros.
– 24 HORAS-AULA • Direção defensiva aplicada ao transporte
• Postura do instrutor na condução das orien- coletivo de passageiros; comportamentos seguros e
tações com o veículo em movimento e procedimen- sua importância para a segurança dos passageiros do
tos nas solicitações de manobra. veículo de transporte coletivo e demais atores do
• O veículo de duas ou três rodas: funciona- trânsito.
mento, equipamentos obrigatórios e sistemas. • Valores, habilidades e atitudes – o papel
• O veículo de quatro rodas: funcionamento, destes fatores no cotidiano do condutor de veículo de
equipamentos obrigatórios e sistemas. transporte de passageiros.
• Os pedestres, os ciclistas e demais atores • Relações interpessoais – a interação sau-
do processo de circulação. dável e solidária com passageiros, pedestres e
• Prática de direção veicular na via pública: demais condutores e agentes de trânsito.
direção defensiva, normas de circulação e conduta, • Diferenças individuais – características dos
parada e estacionamento, observância da sinalização usuários do transporte coletivo, responsabilidade e
e comunicação; cuidados e atenção especiais com a cuidados especializados.
circulação com veículos de duas ou três rodas. • Responsabilidades da empresa e do condu-
3.1.6 – MODULO VI - PRÁTICA DE ENSINO tor: passageiros, usuários das vias, meio ambiente e
SUPERVISIONADO 20 HORAS-AULA vítimas, em casos de acidente.
• Planejamento da prática de ensino – 5 ho- 3.2.2. CURSO PARA INSTRUTORES DE CUR-
ras-aula. SO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANS-
Elaborar instrumentos de observação de au- PORTE ESCOLAR – 270 HORAS -AULA
las, de planos de aula e de relatórios, sob supervisão 3.2.2.1. MÓDULO I – CURSO DE INSTRUTOR
do professor da Instituição de Ensino em que realizou DE TRÂNSITO – 180 HORAS-AULA
o curso; 3.2.2.2. MÓDULO II – CURSO PARA CONDU-
• Observação de aulas – 10 horas-aula, sendo: TORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE ESCOLAR – 50
5 horas de observação de aula teórica; HORAS-AULA
330 Ordeli Savedra Gomes

3.2.2.3 MÓDULO III – O TRANSPORTE ESCO- 3.2.4. CURSO PARA INSTRUTOR DE CURSO
LAR – FUNDAMENTOS E NOÇÕES GERAIS – 40 ESPECIALIZADO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO
HORAS-AULA DE EMERGÊNCIA – 270 HORAS-AULA
• Legislação aplicada (nacional, estadual e 3.2.4.1. MÓDULO I – CURSO DE INSTRUTOR
municipal) ao transporte escolar. DE TRÂNSITO – 180 HORAS-AULA
• Direção defensiva aplicada ao transporte 3.2.4.2. MÓDULO II – CURSO PARA CONDU-
escolar; comportamentos seguros e sua importância TORES DE VEÍCULO DE EMERGÊNCIA – 50 HORAS-
para a segurança dos passageiros do veículo de AULA
transporte escolar e demais atores do trânsito. 3.2.4.3 MÓDULO III – SITUAÇÕES DE EMER-
• Valores, habilidades e atitudes – o papel GÊNCIA – FUNDAMENTOS E NOÇÕES GERAIS – 40
destes fatores no cotidiano do condutor de veículo de HORAS-AULA
transporte escolar. • Legislação aplicada (nacional, estadual e
• Relações interpessoais – a interação sau- municipal) aos veículos de emergência.
dável e solidária com passageiros do transporte • Direção defensiva aplicada aos veículos de
escolar e demais condutores e agentes de trânsito. emergência; comportamento seguro e sua importân-
• Diferenças individuais – características da cia para a segurança do condutor de veículos de
infância, adolescência, e fase adulta; pessoas com emergência e demais atores do trânsito.
necessidades especiais: responsabilidade e cuidados • Valores, habilidades e atitudes – o papel
especializados. destes fatores no cotidiano do condutor de veículo de
• Responsabilidades da empresa e do condu- emergência.
tor do veículo de transporte escolar: escolares, meio • Relações interpessoais – a interação com
ambiente e vítimas, em casos de acidente. os demais condutores, pedestres, passageiros,
3.2.3. CURSO PARA INSTRUTOR DE CURSO outros condutores e agentes de trânsito.
ESPECIALIZADO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO • Responsabilidades das instituições e enti-
DE TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS – 270 dades e do condutor do veículo de emergência com
HORAS-AULA as pessoas transportadas, usuários das vias, meio
3.2.3.1. MÓDULO I – CURSO DE INSTRUTOR ambiente e vítimas em casos de acidente, com as
DE TRÂNSITO – 180 HORAS-AULA vítimas e demais usuários das vias.
3.2.3.2. MÓDULO II – CURSO PARA CONDU- 3.3. CURSO PARA DIRETOR GERAL DE CFC -
TORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE PRODUTOS 220 HORAS AULA
PERIGOSOS – 50 HORAS-AULA 3.3.1. MÓDULO I – CURSO DE INSTRUTOR DE
3.2.3.3 MÓDULO III – O TRANSPORTE DE TRÂNSITO – 180 HORAS-AULA
PRODUTOS PERIGOSOS – FUNDAMENTOS E NO- 3.3.2. MÓDULO II – NOÇÕES GERAIS DE AD-
ÇÕES GERAIS – 40 HORAS-AULA MINISTRAÇÃO – 12 HORAS-AULA
• Legislação aplicada (nacional, estadual e • Organização: conceito, objetivos, missão,
municipal) ao transporte de produtos perigosos. visão e elementos de uma empresa; processos de
• Direção defensiva aplicada e comportamen- trabalho; normalização de procedimentos; planeja-
to preventivo do transporte de produtos perigosos; mento estratégico.
comportamento seguro e sua importância para a • Princípios éticos aplicáveis às atividades
segurança do condutor de veículos de transporte de empresariais: clientes, concorrentes, fornecedores,
produtos perigosos e demais atores do trânsito. empregados e governantes.
• Relações interpessoais – a interação sau- • Noções de administração financeira e con-
dável e solidária com os demais condutores, pedes- tábil: contas a pagar e a receber; folha de pagamen-
tres e agentes de trânsito e de transporte. to; faturamento; balancete, apuração de resultados;
• Valores, habilidades e atitudes – o papel gestão tributária; gestão de custos.
destes fatores no cotidiano do condutor de veículo de • Empreendedorismo: conceito; perfil do em-
produtos perigosos. preendedor.
• Responsabilidades da empresa e do condu- 3.3.3. MÓDULO III – NOÇÕES DE DIREITO
tor do veículo de transporte de produtos perigosos ADMINISTRATIVO – 12 HORAS-AULA
com a carga, usuários das vias, meio ambiente e • Instituições de direito público e privado.
vítimas, em casos de acidente. • Entidades credenciadas pelos Órgãos ou
• Aperfeiçoamento em reações químicas e entidades executivos de trânsito dos estados ou do
seus riscos. Distrito Federal, exigências e responsabilidades.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 331

• Atos normativos relativos à atuação do CFC. 3.4.3. MÓDULO III – GESTÃO DE PESSOAS –
• Noções de relações trabalhistas. 12 horas-aula
• Contratos de prestação de serviço. • Relações interpessoais: características in-
3.3.4. MÓDULO IV – GESTÃO DE PESSOAS – dividuais, relacionamento vertical e horizontal, comu-
12 HORAS-AULA nicação, motivação; ética e respeito nas relações
• Relações interpessoais: características in- interpessoais.
dividuais; relacionamento vertical e horizontal; comu- • Visão sistêmica em gestão de pessoas: re-
nicação, motivação; ética e respeito nas relações crutamento e seleção, desenvolvimento, gestão de
interpessoais. desempenho e remuneração.
• Visão sistêmica em gestão de pessoas: re- • Desenvolvimento de habilidades gerenciais:
crutamento e seleção, desenvolvimento, gestão de liderança; integração de equipes de trabalho, técni-
desempenho e remuneração. cas de negociação, administração de conflitos,
• Desenvolvimento de habilidades gerenciais: delegação.
liderança; integração de equipes de trabalho, técni- 3.4.4. MÓDULO IV – O PAPEL DO CFC NA
cas de negociação, administração de conflitos, dele- SOCIEDADE – 4 HORAS-AULA
gação. • Postura do diretor na condução do CFC.
3.3.5. MÓDULO V – O PAPEL DO CFC NA SO- • Responsabilidade social do CFC na constru-
CIEDADE – 4 HORAS-AULA ção de um trânsito mais seguro e cidadão.
• Postura do diretor na condução do CFC. • Relações dos CFC com a comunidade e os
• Responsabilidade social do CFC na constru- órgãos do SNT.
ção de um trânsito mais seguro e cidadão. 3.5. CURSO PARA EXAMINADORES DE
• Relações dos CFC com a comunidade e os TRÂNSITO – 208 HORAS-AULA
órgãos do SNT. 3.5.1. MÓDULO I – CURSO DE INSTRUTOR DE
3.4. CURSO PARA DIRETOR DE ENSINO DE TRÂNSITO – 180 HORAS-AULA
CFC: 220 HORAS-AULA 3.5.2. MÓDULO II – FUNDAMENTOS DO
3.4.1. MÓDULO I – CURSO DE INSTRUTOR DE PROCESSO DA AVALIAÇÃO – 12 HORAS-AULA
TRÂNSITO – 180 HORAS-AULA • Avaliação/ conceito, teorias, técnicas e
3.4.2. MÓDULO II – NOÇÕES DE ADMINISTRA- medidas educacionais.
ÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR – 24 HORAS-AULA 3.5.3. MÓDULO III – ASPECTOS PSICOLÓGICOS
• Noções de supervisão pedagógica: o papel NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO – 4 HORAS-AULA
do diretor de ensino como coordenador das ações • Comportamentos mais comuns em situa-
pedagógicas do CFC. ções de avaliação.
• Planejamento global da instituição: seleção 3.5.4. MÓDULO IV – PAPEL DO EXAMINADOR
de métodos, técnicas e procedimentos de ensino e NO PROCESSO DE HABILITAÇÃO – 12 HORAS-AULA
avaliação; elaboração do plano de curso. • Atribuições do examinador de trânsito.
• Planejamento e realização de reuniões de • Princípios éticos das relações examinador/
cunho técnico pedagógico com os instrutores do CFC. candidato ou condutor.
• Procedimentos e técnicas de acompanha- 3.6. CURSOS DE ATUALIZAÇÃO – PARA OS
mento e avaliação do desempenho dos instrutores. PROFISSIONAIS HABILITADOS NOS CURSOS PARA
• Noções básicas de estatística para trata- INSTRUTORES DE TRÂNSITO, INSTRUTORES DE
mento dos resultados dos candidatos nos exames. CURSOS ESPECIALIZADOS PARA CONDUTORES DE
• Regimento escolar: definição, aspectos bá- VEÍCULOS, DIRETOR GERAL DE CFC, DIRETOR DE
sicos e importância para o CFC. ENSINO DE CFC, EXAMINADORES DE TRÂNSITO –
20 HORAS-AULA (CADA).
• Estrutura e funcionamento do CFC: atos
normativos específicos. Os cursos de atualização terão uma carga ho-
rária mínima de 20 horas aula, cada um, sobre os
• Papel do diretor de ensino na busca de so-
conteúdos dos cursos de capacitação, abordando as
luções para problemas de aprendizagem candida-
atualizações na legislação, a evolução tecnológica e
to/condutor.
estudos de casos, relacionando a prática com os
• Psicologia da Aprendizagem / Andragogia. fundamentos teóricos destes cursos.
332 Ordeli Savedra Gomes

RESOLUÇÃO 360, DE 29.09.2010


Dispõe sobre a habilitação do candidato ou condutor es-
trangeiro para direção de veículos em território nacional.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 12,
inc. I e X, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e, conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito e,
CONSIDERANDO o inteiro teor dos Processos 80001.006572/2006-25, 80001.003434/2006-94,
80001.035593/2008-10 e 80000.028410/2009-09;
CONSIDERANDO a necessidade de uma melhor uniformização operacional acerca do condutor estrangeiro; e,
CONSIDERANDO a necessidade de compatibilizar as normas de direito internacional de com as diretrizes
da legislação de trânsito brasileira em vigor, Resolve:
Art. 1º. O condutor de veículo automotor, ori- de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal e ser
undo de país estrangeiro e nele habilitado, desde que aprovado nos Exames de Aptidão Física e Mental,
penalmente imputável no Brasil, poderá dirigir no Avaliação Psicológica e de Direção Veicular, respei-
Território Nacional quando amparado por convenções tada a sua categoria, com vistas à obtenção da
ou acordos internacionais, ratificados e aprovados Carteira Nacional de Habilitação.
pela República Federativa do Brasil e, igualmente, Art. 3º. Ao cidadão brasileiro habilitado no ex-
pela adoção do Princípio da Reciprocidade, no prazo terior serão aplicadas as regras estabelecidas nos
máximo de 180 (cento e oitenta) dias, respeitada a arts. 1º ou 2º, respectivamente, comprovando que
validade da habilitação de origem. mantinha residência normal naquele País por um
§ 1º O prazo a que se refere o caput deste ar- período não inferior a 06 (seis) meses quando do
tigo iniciar-se-á a partir da data de entrada no âmbito momento da expedição da habilitação.
territorial brasileiro. Parágrafo único. A comprovação de residên-
§ 2º O órgão máximo Executivo de Trânsito cia mencionada no caput deste artigo, para habilita-
da União informará aos demais órgãos ou entidades ções oriundas de países fronteiriços (Uruguai, Paraguai,
do Sistema Nacional de Trânsito a que países se Argentina, Colômbia, Peru, Bolívia, Venezuela, Guiana,
aplica o disposto neste artigo. Guiana Francesa, Suriname) Chile e Equador, se dará
§ 3º O condutor de que trata o caput deste ar- com a apresentação de Atestado, Declaração ou Cer-
tigo deverá portar a carteira de habilitação estrangei- tidão da autoridade consular do Brasil no respectivo
ra, dentro do prazo de validade, acompanhada do seu país. (Parágrafo acrescido pela Res. 671/17)
documento de identificação. Art. 4º. O estrangeiro não habilitado, com es-
§ 4º O condutor estrangeiro, após o prazo de tada regular no Brasil, pretendendo habilitar-se para
180 (cento e oitenta) dias de estada regular no Brasil, conduzir veículo automotor no Território Nacional,
pretendendo continuar a dirigir veículo automotor no deverá satisfazer todas as exigências previstas na
âmbito territorial brasileiro, deverá submeter-se aos legislação de trânsito brasileira em vigor.
Exames de aptidão Física e Mental e Avaliação Art. 5º. Quando o condutor habilitado em país
Psicológica, nos termos do art. 147 do CTB, respeita- estrangeiro cometer infração de trânsito, cuja penali-
da a sua categoria, com vistas à obtenção da Carteira dade implique na proibição do direito de dirigir, a
Nacional de Habilitação. autoridade de trânsito competente tomará as seguin-
§ 5º Na hipótese de mudança de categoria tes providências com base no art. 42 da Convenção
deverá ser obedecido o estabelecido no art. 146 do sobre Trânsito Viário, celebrada em Viena e promul-
Código de Trânsito Brasileiro. gada pelo Decreto 86.714, de 10.12.1981:
§ 6º O disposto nos parágrafos anteriores não I - recolher e reter o documento de habilita-
terá caráter de obrigatoriedade aos diplomatas ou ção, até que expire o prazo da suspensão do direito
cônsules de carreira e àqueles a eles equiparados. de usá-la, ou até que o condutor saia do território
Art. 2º. O condutor de veículo automotor, ori- nacional, se a saída ocorrer antes de expirar o prazo;
undo de país estrangeiro e nele habilitado, em estada II - comunicar à autoridade que expediu ou em
regular, desde que penalmente imputável no Brasil, cujo nome foi expedido o documento de habilitação,
detentor de habilitação não reconhecida pelo Governo a suspensão do direito de usá-la, solicitando que
brasileiro, poderá dirigir no Território Nacional medi- notifique ao interessado da decisão tomada;
ante a troca da sua habilitação de origem pela equi- III - indicar no documento de habilitação, que
valente nacional junto ao órgão ou entidade executiva o mesmo não é válido no território nacional, quando
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 333

se tratar de documento de habilitação com validade Parágrafo único. A Carteira Internacional ex-
internacional. pedida pelo órgão ou entidade executiva de trânsito
Parágrafo único. Quando se tratar de missão do Estado ou do Distrito Federal não poderá substituir
diplomática, consular ou a elas equiparadas, as a CNH.
medidas cabíveis deverão ser tomadas pelo Ministé- Art. 7º. Ficam revogadas as Resoluções
rio das Relações Exteriores. 193/06 e 345/10 – CONTRAN e os arts. 29, 30, 31 e 32
Art. 6º. O condutor com Habilitação Internacional da Resolução 168/04 e as disposições em contrário.
para Dirigir, expedida no Brasil, que cometer infração de Art. 8º. Esta Resolução entra em vigor na da-
trânsito cuja penalidade implique na suspensão ou ta de sua publicação.
cassação do direito de dirigir, terá o recolhimento e
apreensão desta, juntamente com o documento de ha- Alfredo Peres da Silva
bilitação nacional, ou pelo órgão ou entidade executivo
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal.

RESOLUÇÃO 370, DE 10.12.2010


Dispõe sobre o Dispositivo Auxiliar de Identificação
Veicular.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
Considerando a necessidade de prover-se eficiência aos equipamentos de leitura eletrônica das placas
dos veículos, bem como facilitar a leitura por parte dos agentes de fiscalização;
Considerando a necessidade de padronização dos caracteres para melhoria dos sistemas de legibilidade
visual e eletrônico da identificação traseira dos veículos de cargas em circulação;
Considerando que, nos termos do art. 7º, inc. II da Lei Complementar 121/06, compete ao CONTRAN es-
tabelecer os sinais obrigatórios de identificação dos veículos, suas características técnicas e o local exato em
que devem ser colocados no veículo;
Considerando o que consta do Processo 80001.011027/2009-01; Resolve:
Art. 1º. Tornar facultativo o uso do sistema au- legibilidade e visibilidade constitui infração prevista
xiliar de identificação veicular para veículos automo- no art. 237 do Código de Trânsito Brasileiro, sujeitan-
tores de transporte de carga, reboques e semirrebo- do seus proprietários à penalidade de multa, bem
ques com Peso Bruto Total (PBT) superior a 4.536 Kg, como à medida administrativa de retenção do veículo
de acordo com as disposições constantes do Anexo para regularização.
desta Resolução. (Caput alterado pela Res. 616/16) Art. 4º. (Revogado pela Res. 616/16).
Parágrafo único. Aos veículos não mencio- Art. 5º. (Revogado pela Res. 616/16).
nados no caput é facultado o uso do Sistema Auxiliar Art. 6º. O Anexo desta Resolução encontram-se
de identificação, desde que atendidas as especifica- disponíveis no sítio eletrônico <www.denatran.gov.br>.
ções do Anexo desta Resolução. Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na da-
Art. 2º. (Revogado pela Res. 616/16). ta de sua publicação.
Art. 3º. O descumprimento dos preceitos des- Alfredo Peres da Silva
ta Resolução, bem como o trânsito dos veículos com
o sistema de identificação auxiliar sem condições de

ANEXOS
(Disponíveis no sítio eletrônico <www.denatran.gov.br>)
334 Ordeli Savedra Gomes

RESOLUÇÃO 371, DE 10.12.2010


Aprova o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito,
Volume I – Infrações de competência municipal, incluindo
as concorrentes dos órgãos e entidades estaduais de
trânsito, e rodoviários.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, e
Considerando a necessidade de padronização de procedimentos referentes à fiscalização de trânsito no
âmbito de todo território nacional;
Considerando a necessidade da adoção de um manual destinado à instrumentalização da atuação dos
agentes das autoridades de trânsito, nas esferas de suas respectivas competências;
Considerando os estudos desenvolvidos por Grupo Técnico e por Especialistas da Câmara Temática de
Esforço Legal do CONTRAN, Resolve:
Art.1º. Aprovar o Manual Brasileiro de Fiscali- Art. 3º. Os órgãos e entidades que compõem
zação de Trânsito – MBFT, Volume I – Infrações de o Sistema Nacional de Trânsito deverão adequar seus
competência municipal, incluindo as concorrentes dos procedimentos até 31 de julho de 2014. (Redação
órgãos e entidades estaduais de trânsito, e rodoviá- alterada pela Res. 480/14)
rios, a ser publicado pelo órgão máximo executivo de Art. 4º. Esta Resolução entra em vigor na data
trânsito da União. de sua publicação.
Art. 2º. Compete ao órgão máximo executivo Alfredo Peres da Silva
de trânsito da União:
I - Atualizar o MBFT, em virtude de norma Anexo com Manual Básico de Fiscalização de
posterior que implique a necessidade de alteração de Trânsito, v. I, disponível no site:
seus procedimentos. <www.denatran.gov.br>
II - Estabelecer os campos das informações
mínimas que devem constar no Recibo de Recolhi-
mento de Documentos.

RESOLUÇÃO 380, DE 28.04.2011


Dispõe sobre a obrigatoriedade do uso do sistema anti-
travamento das rodas – ABS.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo arts. 12
e 105, ambos do CTB, Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme
o disposto no Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT;
Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar os requisitos de segurança para os veículos au-
tomotores nacionais e importados;
Considerando a necessidade de garantir a segurança dos condutores e passageiros dos veículos;
Considerando que a instalação do sistema antitravamento das rodas – ABS, melhora a estabilidade e a
dirigibilidade do veículo durante o processo de frenagem; e
Considerando também que a instalação do sistema adicional ao sistema de freio existente, que permite
ao condutor manter o controle do veículo durante o processo de frenagem principalmente em pista escorregadia
com possibilidade de evitar acidentes causados pelo travamento das rodas.
Considerando 80000.018218/2010-30, o constante nos processos 80000.017187/2010-08 e Resolve:
Art. 1º. Estabelecer como obrigatória a utili- art. 3º desta Resolução. (Artigo com redação dada pela
zação do sistema de antitravamento de rodas - ABS, Res. 535/15)
nos veículos das categorias M1, M2, M3, N1, N2, Parágrafo único. Para efeito desta Resolução
N3 e O3 e O4, nacionais e importados, fabricados de serão utilizadas as classificações conforme tabela a
acordo com o cronograma de implantação contido no seguir:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 335

M Veículo automotor que contém pelo II - Veículos das categorias M2, M3, N2 e N3
menos quatro rodas, projetado e constru- (Caminhões e Ônibus de todas as espécies).
ído para o transporte de passageiros
DATA DE IMPLANTAÇÃO PERCENTUAL DA
M1 Veículos projetados e construídos para PRODUÇÃO
o transporte de passageiros, que não
01 de janeiro de 2013 40%
tenham mais que oito assentos, além do
assento do motorista 01 de janeiro de 2014 100%
M2 Veículos projetados e construídos para o III - Veículos das categorias O (Reboques e
Categoria transporte de passageiros que tenham semirreboques).
mais que oito assentos, além do assento
DATA DE IMPLANTAÇÃO PERCENTUAL DA
do motorista, e que contenham uma
massa não superior a 5 t PRODUÇÃO
01 de janeiro de 2013 100% CVC´s com PBTC
M3 Veículos projetados e construídos para o
transporte de passageiros, que tenham ≥ 57 toneladas
mais que oito assentos, além do assen- 01 de janeiro de 2014 100% (todos os outros)
to do motorista, e tenham uma massa Retificado em 11.05.2011.
máxima superior a 5 t § 1º Os veículos N1 das espécies Carga e Es-
N Veículo automotor que contém pelo pecial do tipo Caminhonete, com peso bruto total –
menos quatro rodas, projetado e PBT até 3.500 kg, que compartilhem plataforma e
construído para o transporte de cargas cabine com veículos N2 das espécies Carga e Espe-
N1 Veículos projetados e construídos para o cial do tipo Caminhão, devem atender ao seguinte
transporte de cargas e que contenham cronograma: (Redação dada pela Res. 395/11)
uma massa máxima não superior a 3,5 t
N2 Veículos projetados e construídos para DATA DE IMPLANTAÇÃO PERCENTUAL DA
o transporte de cargas e que contenham PRODUÇÃO
uma massa máxima superior a 3,5 t e não 01 de janeiro de 2013 100%
superior a 12 t.
§ 2º Os veículos da espécie misto, deverão
N3 Veículos projetados e construídos para compor com os percentuais e prazos estabelecidos
o transporte de cargas e que contenham para os veículos da categoria M1.
uma massa máxima superior a 12 t
§ 3º Todos os veículos produzidos a partir de
O Reboques (incluindo semirreboques) 01 de janeiro de 2014, nacionais e importados, so-
O3 Reboques (incluindo semirreboques) com mente serão registrados e licenciados se dispuserem
massa máxima superior a 3,5 t e não de sistema de antitravamento de rodas – ABS.
superior a 10t. Art. 4º. Fica a critério do fabricante e/ou im-
O4 Reboques (incluindo semirreboques) com portador antecipar o atendimento aos critérios de-
uma massa máxima superior a 10t. finidos nesta Resolução.
Art. 2º. Para efeito desta Resolução define-se Art. 5º. Fica a critério do órgão máximo exe-
ABS como um sistema composto por uma unidade cutivo de trânsito da União admitir, para efeito de
de comando eletrônica, sensores de velocidade das comprovação do atendimento das exigências desta
rodas e unidade hidráulica ou pneumática que tem Resolução, os resultados de testes e ensaios obtidos
por finalidade evitar o travamento das rodas durante por procedimentos similares de mesma eficácia,
o processo de frenagem. realizados no exterior.
Art. 3º. O disposto na presente Resolução se Art. 6º. Ficam dispensados do cumprimento
aplica aos veículos definidos no art. 1º, conforme o dos requisitos desta Resolução: (Caput e incs. I a III
cronograma de implantação a seguir: com redação dada pela Res. 535/15)
I - Veículos das categorias M1 e N1 (Automó- I - Os veículos de uso bélico;
veis e caminhonetes). II - Os veículos de uso exclusivo fora-de-estrada;
III - Os veículos resultantes de transformações
DATA DE IMPLANTAÇÃO PERCENTUAL DA
de veículos sujeitos a homologação compulsória, cuja
PRODUÇÃO
data de fabricação do veículo original objeto de trans-
01 de janeiro de 2010 8% formação seja anterior a 1º de janeiro de 2014;
01 de janeiro de 2011 15% IV - Os fabricantes de veículos de pequena sé-
01 de janeiro de 2012 30% rie; (Inciso incluído pela Res. 596/16)
01 de janeiro de 2013 60% V - Os fabricantes de veículos artesanais; (In-
01 de janeiro de 2014 100% ciso incluído pela Res. 596/16)
336 Ordeli Savedra Gomes

VI - As réplicas de veículos; (Inciso incluído b) possua licença do fabricante original, seus


pela Res. 596/16) sucessores ou cessionários ou atual proprietário de
VII - Os automóveis de carroceria Buggy. (In- tais direitos;
ciso incluído pela Res. 596/16) - Buggy: Automóvel para utilização especial
Parágrafo único. Para os efeitos desta Reso- em atividade de lazer, capaz de circular em terrenos
lução, ficam adotadas as seguintes definições: (Pará- arenosos, dotados de rodas e pneus largos, normal-
grafo acrescido pela Res. 596/16) mente sem capota e portas. Além disso, estando o
- Fabricante de Veículos de Pequena Série: é veículo com a massa em ordem de marcha, em su-
aquele cuja produção está limitada a 30 (trinta) veí- perfície plana, com as rodas dianteiras e paralelas à
culos por marca/modelo e 100 (cem) unidades no pe- linha de centro longitudinal do veículo e os pneus in-
ríodo de 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada ano; flados com a pressão recomendada pelo fabricante,
- Fabricante de Veículos Artesanais: é a pes- deverá apresentar um ângulo de ataque mínimo de
soa física ou jurídica que fabrica, no máximo, 03 (três) 25º; um ângulo de saída mínimo de 20º; altura livre
veículos, exceto ônibus, micro-ônibus, motor-casa e do solo, entre eixos, mínimo de 200 mm e altura livre
caminhão, e de reboque e semirreboque com PBT do solo, sob os eixos dianteiro e traseiro, mínimo de
superior a 750 Kg, no período de 1º de janeiro a 31 de 180 mm.
dezembro de cada ano; Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na da-
- Réplica: veículo produzido por um fabricante ta de sua publicação, ficando revogada a Resolução
de pequena série e que: CONTRAN 312/09. (Redação dada pela Res. 395/11)
a) assemelha-se a outro veículo que foi des-
continuado há pelo menos 30 anos; Orlando Moreira da Silva

RESOLUÇÃO 382, DE 02.06.2011


Dispõe sobre notificação e cobrança de multa por infra-
ção de trânsito praticada com veículo licenciado no ex-
terior em trânsito no território nacional.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o inc. I do art. 12,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, e
Considerando a necessidade de regulamentação dos procedimentos para a notificação do cometi-
mento da infração e cobrança de multa decorrente de infração de trânsito cometida por veículos licenciados
no exterior;
Considerando a impossibilidade de aplicação e arrecadação de multa por infração de trânsito a veículos
licenciados no exterior, na forma estabelecida para veículos registrados no país;
Considerando que a falta de mecanismos para dar cumprimento aos preceitos contidos nos arts. 119,
parágrafo único, e 260, § 4º, do CTB, gera expectativa de impunidade aos condutores de veículos licencia-
dos no exterior, estimulando a desobediência às regras gerais de circulação e conduta prevista na legislação
de trânsito, contribuindo, assim, para o aumento da ocorrência de acidentes e de vítimas fatais nas vias pú-
blicas; e
Considerando o que consta no Processo 80000.017734/2009-11; Resolve:
Art. 1º. Os veículos licenciados no exterior que acordo com a competência estabelecida pelo Código
possuam registro de infração cometida em vias públi- de Trânsito Brasileiro – CTB.
cas do território nacional, em qualquer fase dos proce- § 1º A cobrança ocorrerá após o vencimento,
dimentos administrativos decorrentes da autuação, so- esgotados os prazos recursais, ou a qualquer tempo,
mente poderão deixar o território nacional mediante a quando o veículo estiver de saída do País, em qual-
prévia quitação do valor da multa correspondente. quer ponto de fiscalização, situado antes da fronteira
Art. 2º. O valor correspondente à multa por nacional, ou ainda como condição para liberação de
infração de trânsito cometida com veículo licenciado veículo removido.
no exterior será arrecadado pelos órgãos ou entida- § 2º Para assegurar o pagamento da multa de
des de trânsito com circunscrição sobre a via, de que trata o caput deste artigo, o veículo poderá ser
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 337

retido até a apresentação do comprovante original de contados da data do vencimento do prazo para
quitação. interposição de defesa da autuação, observado o
§ 3º Havendo recusa ao pagamento da multa, disposto no § 1º do art. 5º desta Resolução.
será aplicada a medida administrativa de remoção do § 3º Os requisitos para interposição de defesa
veículo. de autuação e/ou recurso seguem, no que couber, ao
§ 4º Os órgãos e entidades do Sistema Nacio- disposto em regulamentação específica do CONTRAN
nal de Trânsito – SNT poderão integrar-se para fins de e:
arrecadação dos valores das multas por eles aplica- a) a petição deverá ser escrita em português;
das, de acordo com as disposições desta Resolução, b) o endereço indicado na petição para comu-
bem como celebrar convênios ou acordos de coope- nicação da decisão deverá ser no Brasil ou endereço
ração com as repartições aduaneiras de controle de eletrônico (e-mail).
fronteira, para este fim. § 4º No caso de descumprimento do disposto
§ 5º Os órgãos e entidades de trânsito que na alínea 'b' do parágrafo anterior, a decisão constan-
autuarem veículos licenciados no exterior deverão te no processo será considerada válida para todos os
adotar as providências necessárias para que o Auto efeitos.
de Infração seja lançado em sistema informatizado, Art. 5º. A Guia de Pagamento e Notificação
possibilitando a consulta aos registros e a devida de Veículo Estrangeiro – GPNVE deverá conter no mí-
cobrança. nimo:
Art. 3º. A notificação por infração de trânsito
I - código do órgão atuador e do número do
cometida com veículo licenciado no exterior dar-se-á
auto de infração;
da seguinte forma:
II - dados mínimos definidos no art. 280 do
I - Notificação da Autuação: entrega do Auto
CTB e em regulamentação específica;
de Infração de Trânsito ou da Guia de Pagamento e
Notificação de Veículo Estrangeiro – GPNVE ao pro- III - data do término para apresentação de de-
prietário ou condutor do veículo. fesa da autuação;
II - Notificação da Penalidade, através da en- IV - instruções para apresentação de defesa
trega da Guia de Pagamento e Notificação de Veículo de autuação e recurso, nos termos dos arts. 285, 286
Estrangeiro – GPNVE ao proprietário ou condutor do e 287 do CTB;
veículo. V - data do término para apresentação do re-
III - as Notificações de que tratam os incisos I curso, que será a mesma data para o pagamento da
e II poderão ser entregues ao proprietário ou condu- multa, conforme §§ 4º e 5º do art. 282, sem prejuízo
tor, impressas ou por qualquer outro meio tecnológi- do disposto nos arts. 1º e 2º desta Resolução;
co que assegure a ciência da notificação. (Acrescido VI - o valor da multa e a informação quanto ao
pela Res. 602/16) desconto previsto no caput do art. 284 do CTB;
IV - as Notificações de que tratam os incisos I VII - campo para a autenticação eletrônica,
e II conterão os dados descritos no art. 5º ou, quan- incluindo código de barras, observando o regulamen-
do por meio eletrônico, com os conteúdos mínimos tado pelo órgão máximo executivo de trânsito da
necessários a sua identificação. (Acrescido pela Res. União; e
602/16) VIII - transcrição do parágrafo único do art. 119
Parágrafo único. Não se aplica ao veículo li- e § 4º do art. 260, do Código de Trânsito Brasileiro.
cenciado no Exterior o disposto no inciso II, parágrafo § 1º Havendo interposição de defesa da autu-
único, do art. 281 do CTB. ação que venha a ser indeferida, será concedido novo
Art. 4º. O recolhimento do valor da multa de prazo para apresentação de recurso, contado a partir
que trata esta Resolução não prejudicará o direito à da data de julgamento da defesa, sem prejuízo da
interposição de defesa da autuação ou dos recursos aplicação do disposto nos arts. 1º e 2º desta Resolu-
de que tratam o CTB, conforme orientações contidas ção.
na GPNVE. § 2º A guia de que trata este artigo poderá
§ 1º O prazo para interposição de defesa da ser integrada ao auto de infração e deverá permitir o
autuação é de, no mínimo, 15 (quinze) dias conta- pagamento em instituição bancária de abrangência
dos da entrega do Auto de Infração de Trânsito ou da nacional.
GPNVE. Art. 6º. Durante os procedimentos de aborda-
§ 2º O prazo para interposição de recurso da gem de veículo licenciado no exterior, sendo verifica-
penalidade de multa é de, no mínimo, 30 (trinta) dias da a existência de infração de trânsito, será disponi-
338 Ordeli Savedra Gomes

bilizada ao condutor, sempre que possível, a GPNVE, tema de infrações de trânsito dos órgãos ou entida-
impressa ou em meio eletrônico. (Redação do caput e des de trânsito para controle e baixa automática
incisos dada pela Res. 602/16) das multas.
I - não sendo adotada a providência de que II - os órgãos e entidades de trânsito deverão
trata o caput deste artigo, não poderá ser aplicado o manter de forma regular e abrangente, rede de institui-
disposto nos §§ 2º e 3º do art. 2º desta Resolução. ção bancária para pagamento das multas, caso o es-
II - caso o veículo esteja entrando no Brasil, trangeiro não aceite realizar o pagamento por meio de
será adotado o procedimento previsto neste artigo, cartão de crédito.
devendo ser informado ao condutor a exigência pre- Art. 7º. Para fins de cumprimento desta Reso-
vista no art. 1º desta Resolução e efetuada a co- lução, a pessoa que estiver na posse do veículo no
brança das multas já notificadas e que estejam ven- momento da abordagem equipara-se ao proprietário
cidas. do veículo.
Art. 6º-A. Os órgãos e entidades de trânsito, Art. 8º. Os órgãos de trânsito terão o prazo
visando facilitar o pagamento das multas de trânsito máximo de 240 (duzentos e quarenta) dias, contados
pelos estrangeiros, poderão oferecer alternativamente da data de publicação desta Resolução para adequar
a possibilidade de pagamento das multas por meio de seus procedimentos.
cartão de crédito. (Artigo acrescido pela Res. 602/16) Art. 9º. Esta Resolução entrará em vigor na
I - o aplicativo ou solução sistêmica que rea- data de sua publicação.
lize a operação de pagamento das multas por meio Orlando Moreira da Silva
de cartão de crédito deverá estar integrado ao sis-

RESOLUÇÕES 383 A 387/2011


Res. 383, de 02.06.2011, altera a Res. 227/07.
Res. 384, de 02.06.2011, altera a Res 292/08.
Res. 385, de 02.06.2011, altera a Res 253/07.
Res. 386, de 02.06.2011, altera a Res 254/07.
Res. 387, de 21.06.2011, altera a Res 370/10.

As alterações já se encontram nas respectivas Resoluções.

RESOLUÇÃO 396, DE 13.12.2011


Dispõe sobre requisitos técnicos mínimos para a fiscali-
zação da velocidade de veículos automotores, reboques
e semirreboques, conforme o Código de Trânsito Brasi-
leiro.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 12, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT; e
Considerando a necessidade de padronização dos procedimentos referente à fiscalização eletrônica da
velocidade;
Considerando que onde não houver sinalização regulamentar de velocidade, os limites máximos devem
obedecer ao disposto no art. 61 do CTB;
Considerando a importância da fiscalização de velocidade como instrumento para redução de acidentes e de
sua gravidade; e
Considerando o contido no processo 80001.020255/2007-01; RESOLVE:
Art. 1º. A medição das velocidades desenvol- meio de instrumento ou equipamento que registre ou
vidas pelos veículos automotores, elétricos, reboques e indique a velocidade medida, com ou sem dispositivo
semirreboques nas vias públicas deve ser efetuada por registrador de imagem dos seguintes tipos:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 339

I - Fixo: medidor de velocidade com registro de publicidade à relação de códigos de que trata a alínea
imagens instalado em local definido e em caráter “b” e à numeração de que trata a alínea “c”, ambas do
permanente; inciso II, podendo, para tanto, utilizar-se de seu sítio na
II - Estático: medidor de velocidade com regis- internet.
tro de imagens instalado em veículo parado ou em Art. 3º. O medidor de velocidade de veículos
suporte apropriado; deve observar os seguintes requisitos:
III - Móvel: medidor de velocidade instalado em I - ter seu modelo aprovado pelo Instituto Nacio-
veículo em movimento, procedendo a medição ao nal de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO,
longo da via; atendendo à legislação metrológica em vigor e aos
IV - Portátil: medidor de velocidade direcionado requisitos estabelecidos nesta Resolução;
manualmente para o veículo alvo. II - ser aprovado na verificação metrológica pelo
§ 1º Para fins desta Resolução, serão adotadas INMETRO ou entidade por ele delegada;
as seguintes definições: III - ser verificado pelo INMETRO ou entidade
a) medidor de velocidade: instrumento ou equi- por ele delegada, obrigatoriamente com periodicidade
pamento destinado à medição de velocidade de veículos. máxima de 12 (doze) meses e, eventualmente, confor-
b) controlador eletrônico de velocidade: medi- me determina a legislação metrológica em vigência.
dor de velocidade destinado a fiscalizar o limite máxi- Art. 4º. Cabe à autoridade de trânsito com cir-
mo regulamentado para a via ou trecho por meio de cunscrição sobre a via determinar a localização, a
sinalização (placa R-19) ou, na sua ausência, pelos sinalização, a instalação e a operação dos medidores
limites definidos no art. 61 do CTB;
de velocidade do tipo fixo.
c) redutor eletrônico de velocidade (barreira ou
§ 1º Não é obrigatória a presença da autorida-
lombada eletrônica): medidor de velocidade, do tipo
de de trânsito ou de seu agente, no local da infração,
fixo, com dispositivo registrador de imagem, destinado
quando utilizado o medidor de velocidade com disposi-
a fiscalizar a redução pontual de velocidade em trechos
tivo registrador de imagem que atenda ao disposto nos
considerados críticos, cujo limite é diferenciado do
limite máximo regulamentado para a via ou trecho em arts. 2º e 3º.
um ponto específico indicado por meio de sinalização § 2º Para determinar a necessidade da instala-
(placa R-19). ção de medidor de velocidade do tipo fixo, deve ser
§ 2º Quando for utilizado redutor eletrônico de realizado estudo técnico que contemple, no mínimo, as
velocidade, o equipamento deverá ser dotado de variáveis do modelo constante no item A do Anexo I,
dispositivo (display) que mostre aos condutores a que venham a comprovar a necessidade de controle ou
velocidade medida. redução do limite de velocidade no local, garantindo a
Art. 2º. O medidor de velocidade dotado de visibilidade do equipamento.
dispositivo registrador de imagem deve permitir a § 3º Para medir a eficácia dos medidores de
identificação do veículo e, no mínimo: velocidade do tipo fixo ou sempre que ocorrerem
I - Registrar: alterações nas variáveis constantes no estudo técnico,
a) Placa do veículo; deve ser realizado novo estudo técnico que contemple,
b) Velocidade medida do veículo em km/h; no mínimo, o modelo constante no item B do Anexo I,
c) Data e hora da infração; com periodicidade máxima de 12 (doze) meses.
d) Contagem volumétrica de tráfego. § 4º Sempre que os estudos técnicos do mode-
lo constante no item B do Anexo I constatarem o
II - Conter:
elevado índice de acidentes ou não comprovarem sua
a) Velocidade regulamentada para o local da via
redução significativa recomenda-se, além da fiscaliza-
em km/h;
ção eletrônica, a adoção de outros procedimentos de
b) Local da infração identificado de forma des-
engenharia no local.
critiva ou codificado;
§ 5º Caso os estudos de que tratam o § 4º
c) Identificação do instrumento ou equipamento
comprovem a necessidade de remanejamento do
utilizado, mediante numeração estabelecida pelo órgão
equipamento, deverá ser realizado um novo estudo
ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via.
técnico do modelo constante no item A do Anexo I.
d) Data da verificação de que trata o inciso III
do art. 3º. § 6º Os estudos técnicos referidos nos §§ 2º,
3º, 4º e 5º devem:
Parágrafo único. No caso de medidor de velo-
cidade do tipo fixo, a autoridade de trânsito deve dar I - estar disponíveis ao público na sede do órgão
ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via;
340 Ordeli Savedra Gomes

II - ser encaminhados às Juntas Administrati- § 1º A fiscalização de velocidade com medidor


vas de Recursos de Infrações – JARI dos respectivos do tipo móvel só pode ocorrer em vias rurais e vias
órgãos ou entidades. urbanas de trânsito rápido sinalizadas com a placa R-19
III - ser encaminhados ao órgão máximo exe- conforme legislação em vigor e onde não ocorra variação
cutivo de trânsito da União e aos Conselhos Estadu- de velocidade em trechos menores que 5 (cinco) km.
ais de Trânsito – CETRAN ou ao Conselho de Trânsito § 2º No caso de fiscalização de velocidade com
do Distrito Federal – CONTRADIFE, quando por eles medidor dos tipos portátil e móvel sem registrador de
solicitados. imagens, o agente de trânsito deverá consignar no
§ 7º Quando em determinado trecho da via campo “observações” do auto de infração a informação
houver instalado medidor de velocidade do tipo fixo, os do local de instalação da placa R-19, exceto na situa-
equipamentos dos tipos estático, portátil e móvel, ção prevista no art. 7º.
somente poderão ser utilizados a uma distância mínima § 3º Para a fiscalização de velocidade com me-
daquele equipamento de: didor dos tipos fixo, estático ou portátil deve ser
I - quinhentos metros em vias urbanas e tre- observada, entre a placa R-19 e o medidor, uma
chos de vias rurais com características de via urbana; distância compreendida no intervalo estabelecido na
II - dois quilômetros em vias rurais e vias de tabela constante do Anexo IV, facultada a repetição da
trânsito rápido. placa em distâncias menores.
Art. 5º. A notificação da autuação/penalidade § 4º Para a fiscalização de velocidade em lo-
deve conter, além do disposto no CTB e na legislação cal/trecho sinalizado com placa R-19, em vias em que
ocorra o acesso de veículos por outra via pública que
complementar, expressas em km/h:
impossibilite, no trecho compreendido entre o acesso e
I - a velocidade medida pelo instrumento ou
o medidor, o cumprimento do disposto no caput, deve
equipamento medidor de velocidade; ser acrescida, nesse trecho, outra placa R-19, assegu-
II - a velocidade considerada para efeito da rando ao condutor o conhecimento acerca do limite de
aplicação da penalidade; e velocidade fiscalizado.
III - a velocidade regulamentada para a via. § 5º Em locais/trechos onde houver a necessi-
§ 1º Para configuração das infrações previstas dade de redução de velocidade pontual e temporária
no art. 218 do CTB, a velocidade considerada para por obras ou eventos, desde que devidamente sinaliza-
efeito da aplicação da penalidade será o resultado da dos com placa R-19, respeitadas as distâncias cons-
subtração da velocidade medida pelo instrumento ou tantes do Anexo IV, poderão ser utilizados medidores
equipamento pelo erro máximo admitido previsto na de velocidade do tipo portátil ou estático.
legislação metrológica em vigor, conforme tabela de § 6º Para cumprimento do disposto no § 5º, o
valores referenciais de velocidade e tabela para enqua- agente de trânsito deverá produzir relatório descritivo
dramento infracional constantes do Anexo II. da obra ou evento com a indicação da sinalização
§ 2º Para configuração da infração prevista no utilizada, o qual deverá ser arquivado junto ao órgão de
art. 219 do CTB, a velocidade considerada para efeito trânsito responsável pela fiscalização, à disposiçãodas
da aplicação da penalidade será o resultado da soma JARI, CETRAN, CONTRADIFE e CONTRAN.
da velocidade medida pelo instrumento ou equipamen- § 7º É vedada a utilização de placa R-19 que não
to com o erro máximo admitido previsto na legislação seja fixa, exceto nos casos previstos nos §§ 5º e 6º.
metrológica em vigor, conforme tabela de valores Art. 7º. Em trechos de estradas e rodovias onde
referenciais de velocidade constante do Anexo III. não houver placa R-19 poderá ser realizada a fiscalização
§ 3º A informação de que trata o inciso III, no com medidores de velocidade dos tipos móvel, estático
caso da infração prevista no art. 219 do CTB, é a ou portátil, desde que observados os limites de velocida-
velocidade mínima que o veículo pode transitar na via de estabelecidos no § 1º do art. 61 do CTB.
(cinquenta por cento da velocidade máxima estabe- § 1º Ocorrendo a fiscalização na forma prevista
lecida). no caput, quando utilizado o medidor do tipo portátil ou
Art. 6º. A fiscalização de velocidade deve ocor- móvel, a ausência da sinalização deverá ser informada
rer em vias com sinalização de regulamentação de no campo “observações” do auto de infração.
velocidade máxima permitida (placa R-19), observadas § 2º Para cumprimento do disposto no caput, a
as disposições contidas no Manual Brasileiro de operação do equipamento deverá estar visível aos
Sinalização de Trânsito - Volume 1, de forma a garantir condutores.
a segurança viária e informar aos condutores dos Art. 8º. Quando o local ou trecho da via possuir
veículos a velocidade máxima permitida para o local. velocidade máxima permitida por tipo de veículo, a
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 341

placa R-19 deverá estar acompanhada da informação Art. 10. Os órgãos e entidades de trânsito
complementar, na forma do Anexo V. com circunscrição sobre a via têm o prazo de 180
§ 1º Para fins de cumprimento do estabelecido (cento e oitenta) dias, a partir da data de publicação
no caput, os tipos de veículos registrados e licenciados desta Resolução, para adequar seus procedimentos
devem estar classificados conforme as duas denomi- às disposições contidas no § 2º do art. 1º e no § 6º
nações descritas a seguir: do art. 4º. (De acordo com a republicação do DOU de
I - “VEÍCULOS LEVES” correspondendo a ciclo- 16.01.2012)
motor, motoneta, motocicleta, triciclo, quadriciclo, Parágrafo único. As exigências contidas na
automóvel, utilitário, caminhonete e camioneta, com alínea “d” do inciso I e alínea “d” do inciso II do art. 2º
peso bruto total - PBT inferior ou igual a 3.500 kg. aplicam-se aos equipamentos novos implantados a
II - “VEÍCULOS PESADOS” correspondendo a partir de 1º de janeiro de 2013.
ônibus, micro-ônibus, caminhão, caminhão-trator, Art. 11. As disposições desta Resolução não
trator de rodas, trator misto, chassi-plataforma, motor- se aplicam à fiscalização das condutas tipificadas
casa, reboque ou semirreboque e suas combinações. como infração no art. 220 do CTB.
§ 2° “VEÍCULO LEVE” tracionando outro veícu- Art. 12. Ficam revogados o art. 3º e o Anexo II
lo equipara-se a “VEÍCULO PESADO” para fins de da Resolução CONTRAN 202/06 e as Resoluções
fiscalização. CONTRAN 146/03, 214/06 e 340/10.
Art. 9º. São exemplos de sinalização vertical Art. 13. Esta Resolução entra em vigor na data
para atendimento do art. 8º, as placas constantes do de sua publicação.
Anexo V.
Julio Ferraz Arcoverde
Parágrafo único. Poderá ser utilizada sinaliza-
ção horizontal complementar reforçando a sinalização
vertical.

ANEXO I
A - ESTUDO TÉCNICO: INSTALAÇÃO DE INSTRUMENTOS OU EQUIPAMENTOS MEDIDORES DE VELOCIDA-
DE DO TIPO FIXO
1 – IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO DE TRÂNSITO
• Razão social:
• Estado/Município:
2 – LOCALIZAÇÃO DA INSTALAÇÃO
• Local:
____ pista principal ____ pista lateral
• Sentido do fluxo fiscalizado:
• Faixa(s) de trânsito (circulação) fiscalizada(s) (numeração da esquerda para direita):
3 – EQUIPAMENTO
• Tipo:
aparelho controlador eletrônico de velocidade aparelho redutor eletrônico de velocidade
Data de início da operação no local: _____/_____/_____
4 – CARACTERÍSTICAS DO LOCAL/TRECHO DA VIA
• Classificação viária (art. 60 do CTB): _________________
• Nº de pistas: __________
• Nº de faixas de trânsito (circulação) no sentido fiscalizado: _________
• Geometria:
Aclive Declive Plano Curva
• Trecho urbano: Sim Não
342 Ordeli Savedra Gomes

• Fluxo veicular na pista fiscalizada (VMD):_________


• Trânsito de pedestre: Sim ao longo da Via Transversal a via
Não
• Trânsito de ciclista: Sim ao longo da Via Transversal a via
Não

5 – VELOCIDADE
• 5.1 – Em trecho da via com velocidade inferior à regulamentada no trecho anterior:
• 5.1.1 - Velocidade no trecho anterior ao local fiscalizado (km/h):
Velocidade regulamentada: _________
Velocidade Praticada (85 percentil): _________
• 5.1.2 - Velocidade no local fiscalizado (km/h):
Velocidade regulamentada: _________ Data: _____/_____/______
• 5.2 – Em trecho da via com velocidade igual à regulamentada no trecho anterior:
Velocidade regulamentada: _________
Velocidade Praticada antes do inicio da fiscalização: ______ Data: ____/____/_____

6 – Nº DE ACIDENTES NO LOCAL (para esta definição, considerar-se-á um trecho máximo de quinhentos


metros antes e quinhentos metros depois do local).
Até 12 meses antes do início da fiscalização (interstício de 06 meses): __________

7 – POTENCIAL DE RISCO NO LOCAL


Descrição dos fatores de risco:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_______________________

• Histórico descritivo das medidas de engenharia adotadas antes da instalação do equipamento:


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_______________________

• Outras informações julgadas necessárias:


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
____________________________________________________________________

8 – PROJETO OU CROQUI DO LOCAL


(Deve conter indicação do posicionamento do equipamento e da sinalização)
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 343

9 – RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO ESTUDO TÉCNICO


• Nome: _______________________________________________________________
• CREA nº: _______________________
• Assinatura: ______________________
• Data: _____/_____/_____

10 – RESPONSÁVEL TÉCNICO DO ÓRGÃO DE TRÂNSITO PERANTE O CREA


• Nome: _______________________________________________________________
• CREA nº: _______________________
• Assinatura: ______________________
• Data: _____/_____/_____

B – ESTUDO TÉCNICO: MONITORAMENTO DA EFICÁCIA DOS INSTRUMENTOS OU EQUIPAMENTOS ME-


DIDORES DE VELOCIDADE DO TIPO FIXO
1 - IDENTIFICAÇÃO DO ÓRGÃO DE TRÂNSITO
• Razão social:
• Estado/Município:
2 – LOCALIZAÇÃO DA INSTALAÇÃO
• Local:
• Sentido do fluxo fiscalizado:
• Faixa(s) de trânsito (circulação) fiscalizada(s) (numeração da esquerda para direita):
3 – EQUIPAMENTO
• Tipo:
aparelho controlador eletrônico de velocidade aparelho redutor eletrônico de velocidade
• Data de início da operação no local/trecho: _____/_____/_____
4 – CARACTERÍSTICAS DO LOCAL
• Classificação viária (art. 60 do CTB): _________________
• Nº de pistas: __________
• Nº de faixas de trânsito (circulação) no sentido fiscalizado: ________
• Geometria:
Aclive Declive Plano Curva
• Trecho urbano: Sim Não
• Fluxo veicular na pista fiscalizada (VMD):_________ (interstício de 12 meses).
• Trânsito de pedestre: Sim ao longo da Via Transversal a via
Não
• Trânsito de ciclista: Sim ao longo da Via Transversal a via
Não
5 – VELOCIDADE
• 5.1 – Em trecho da via com velocidade inferior à regulamentada no trecho anterior:
• 5.1.1 Velocidade no trecho anterior ao local fiscalizado (km/h):
Velocidade regulamentada: _________
Velocidade Praticada (85 percentil): _________
• 5.1.2 Velocidade no local fiscalizado (km/h):
Velocidade regulamentada: ________________ Data: _____/_____/______
Velocidade monitorada até 12 meses depois: __________Data: ____/____/______
344 Ordeli Savedra Gomes

• 5.2 – Em trecho da via com velocidade igual à regulamentada no trecho anterior:


Velocidade regulamentada: _________
Velocidade praticada (85 percentil) antes do inicio da fiscalização: _________
Velocidade monitorada até 12 meses depois: ________ Data: _____/_____/_____
6 – Nº DE ACIDENTES NO TRECHO DA VIA (para esta definição, considerar-se-á um trecho máximo de qui-
nhentos metros antes e quinhentos metros depois do local)
Antes e depois o início da fiscalização, por 06 meses de igual período:
• Antes do início da operação do equipamento (dados do estudo técnico do tipo A): _________________
• Após início da operação do equipamento: ________________
7 – AVALIAÇÃO DOS INSTRUMENTOS OU EQUIPAMENTOS MEDIDORES DE VELOCIDADE E MEDIDAS DE
ENGENHARIA ADOTADAS
• Descrição dos fatores de risco:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
________________________________________________________________

• Histórico descritivo das medidas de engenharia adotadas antes e após a instalação do equipamento:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
________________________________________________________________

• Outras informações julgadas necessárias:


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
________________________________________________________________

8 – PROJETO OU CROQUI DO LOCAL


(Deve conter indicação do posicionamento do equipamento e da sinalização)

9 – RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO ESTUDO TÉCNICO


• Nome: _______________________________________________________
• CREA n.º: _______________________
• Assinatura: ______________________
• Data: _____/_____/_____

10 – RESPONSÁVEL TÉCNICO DO ÓRGÃO DE TRÂNSITO PERANTE O CREA


• Nome: ________________________________________________________
• CREA nº: _______________________
• Assinatura: ______________________
• Data: _____/_____/_____
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 345

ANEXO II

Tabela de valores referenciais de velocidade para infrações do art. 218 do CTB

Observações:
1. VM – VELOCIDADE MEDIDA (Km/h) VC – VELOCIDADE CONSIDERADA (Km/h)
2. Para velocidades medidas superiores aos indicados na tabela, considerar o erro máximo admissível de
7%, com arredondamento matemático para se calcular a velocidade considerada.
3. Para enquadramento infracional, deverá ser observada a tabela abaixo:
346 Ordeli Savedra Gomes

Tabela para enquadramento infracional

Obs.: VC – VELOCIDADE CONSIDERADA (Km/h)

ANEXO III
Tabela de valores referenciais de velocidade para infração do art. 219 do CTB

Observação:
1. VM – VELOCIDADE MEDIDA (Km/h) VC – VELOCIDADE CONSIDERADA (Km/h)

ANEXO IV
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 347

ANEXO V
EXEMPLOS DE SINALIZAÇÃO VERTICAL ESPECÍFICA PARA LIMITE DE
VELOCIDADE MÁXIMA POR TIPO DE VEÍCULO NO MESMO TRECHO DA VIA

Observações:
1. As placas ilustradas são exemplos para atendimento ao disposto nesta Resolução, podendo ser esta-
belecidos outros limites de velocidades, devidamente justificados por estudos técnicos.
2. A diagramação das placas deve seguir o disposto no Volume I – Sinalização Vertical de Regula-
mentação do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, aprovado pela Resolução CONTRAN
180/05.

RESOLUÇÃO 400, DE 15.03.2012


Referenda a Deliberação 119, de 19 de dezembro de
2011, que define a cor predominante dos caminhões,
caminhões tratores, reboques e semirreboques.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 12, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT; e
Considerando a necessidade de definir a cor predominante dos caminhões, caminhões tratores, reboques e
semirreboques, RESOLVE:
Art. 1º. Referendar a Deliberação 119, de 19 de Art. 2º. Considera-se cor predominante dos ca-
dezembro de 2011, do Presidente do Conselho Nacio- minhões, caminhões tratores, reboques e semirreboques
nal de Trânsito – CONTRAN, publicada no Diário Oficial aquela que constar no cadastro do Registro Nacional de
da União - DOU de 22 de dezembro de 2011.
348 Ordeli Savedra Gomes

Veículos Automotores e no respectivo Certificado de Art. 5º. Os preceitos desta Resolução aplicam-
Registro e Licenciamento de Veículo - C R LV. se aos veículos fabricados a partir de 1º de janeiro de
Art. 3º. Para os caminhões e caminhões tra- 2013.
tores, considera-se cor predominante aquela vincula- Parágrafo único. Para os reboques e semirre-
da à cabine, conforme exemplificado no Anexo desta boques fabricados até 31 de dezembro de 2012 será
Resolução. considerada, para fins de fiscalização, a cor predomi-
Art. 4º. Para os reboques e semirreboques, a nante da carroceria ou do chassi.
cor predominante é aquela vinculada à estrutura fixa Art. 6º. Esta Resolução entra em vigor na data
(chassi), conforme exemplificado no Anexo desta de sua publicação ficando revogada a Resolução
Resolução. CONTRAN 355/10.
Julio Ferraz Arcoverde

ANEXO
EXEMPLOS ILUSTRATIVOS SOBRE A IDENTIFICAÇÃO DA COR PREDOMINANTE

Exemplo para caminhão e caminhão-trator


Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 349

RESOLUÇÃO 410, DE 02.08.2012


Regulamenta os cursos especializados obrigatórios desti-
nados a profissionais em transporte de passageiros (mo-
totaxista) e em entrega de mercadorias (motofretista) que
exerçam atividades remuneradas na condução de moto-
cicletas e motonetas.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12,
inciso I e art. 141, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, conforme o
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito e
Considerando o inciso III do art. 2º da Lei 12.009, de 29.07.2009;
Considerando a importância de garantir aos motociclistas profissionais a aquisição de conhecimentos, a
padronização de ações e, consequentemente, atitudes de segurança no trânsito, RESOLVE:
Art. 1º. Instituir curso especializado obrigató- Parágrafo único. O curso de que trata o
rio destinado a profissionais em transporte de passa- caput deste artigo será válido em todo o território
geiro (mototaxista) e em entrega de mercadorias nacional.
(motofretista), que exerçam atividades remuneradas Art. 2º. O curso, na forma desta Resolução,
na condução de motocicletas e motonetas. será ministrado pelo órgão executivo de trânsito do
350 Ordeli Savedra Gomes

Estado ou do Distrito Federal ou por órgãos, entida- cidade para o curso de atualização previsto no seu
des e instituições por ele autorizados. Anexo I. (Redação dada pela Res. 414/12)
Art. 3º. A grade curricular e as disposições Art. 5º. Ficam convalidados os cursos espe-
gerais do curso especializado a que se refere esta cializados realizados durante a vigência da Resolução
Resolução constam do Anexo I. CONTRAN 350/10.
Art. 4º. Ficam reconhecidos os cursos espe- Art. 6º. Os cursos previstos nesta Resolução
cíficos, destinados a motofretistas e a mototaxistas, serão exigidos, para fins de fiscalização, a partir de
que tenham sido ministrados por órgãos ou entidades 02.02.2013.
do Sistema Nacional de Trânsito–SNT, por entida- Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na
des por eles credenciadas e pelas instituições vincu- data de sua publicação, revogando-se a Resolução
ladas ao Sistema S, concluídos até a data de entrada CONTRAN 350/10.
em vigor desta Resolução, respeitando-se a periodi- Julio Ferraz Arcoverde

ANEXO I
Carga horária, requisitos para matrícula, estrutura curricular, abordagem didático-pedagógica e dis-
posições gerais dos cursos
1. Carga horária
30 (trinta) horas-aula.
2. Requisitos para matrícula
• Ter completado 21 (vinte e um) anos.
• Estar habilitado no mínimo, há 2 (dois) anos na categoria “A”.
• Não estar cumprindo pena de suspensão do direito de dirigir, cassação da Carteira Nacional de Ha-
bilitação (CNH), decorrente de crime de trânsito, bem como estar impedido judicialmente de exercer seus
direitos.
3. Estrutura curricular

Módulo Disciplina Carga Horária

Ética e cidadania na atividade profissional 3 h/a

MÓDULO I Noções básicas de Legislação 7 h/a


Básico Gestão do risco sobre duas rodas 7 h/a
Segurança e saúde 3 h/a

MÓDULO II
Transporte de pessoas ou transporte de cargas 5 h/a
Específico

MÓDULO III Prática veicular individual específica (carga ou


Prática de Pilotagem 5h/a
pessoas)
Profissional

Total 30 h/a
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 351

3.1 Módulo I – Básico

Disciplina Conteúdo

• A imagem do motociclista profissional na sociedade e a


importância socioeconômica da atividade para a vida na
cidade.
Ética e cidadania na atividade do
• A importância da profissionalização (motofretista e moto-
profissional motociclista
taxista).
• Responsabilidade, concentração, autocontrole, capacidade
de lidar com imprevistos, disciplina, comprometimento.
• Legislação de trânsito (normas gerais de circulação e
conduta).
• Lei Federal de regulamentação do exercício profissional
Noções básicas de legislação
(motofretista e mototaxista).
• Aspectos da legislação trabalhista e previdenciária.
• Aspectos do direito civil e criminal relacionado a trânsito.

• Conceito e aplicação de pilotagem segura.


• Estratégias para a prevenção de acidentes de trânsito:
- ver e ser visto;
- ponto cego dos veículos ou ângulos mortos;
- posicionamento na via;
- distância de segurança;
- controle da velocidade;
- cuidados com os demais usuários da via;
- frenagem normal e de emergência;
- verificação permanente do veículo;
- concentração (riscos envolvidos em falar ao celular e
Gestão do risco sobre duas rodas utilizar outros aparelhos sonoros).
• Pilotando em situações adversas e de risco:
- condições climáticas;
- ultrapassagem;
- derrapagem;
- variações de luminosidade;
- cruzamentos, curvas, cabeceiras de pontes viadutos e
elevados;
- condições da via (ondulações, buracos, etc.);
- derramamentos (óleo, areia, brita, etc.).
• Importância do uso dos equipamentos de segurança do
motociclista, do passageiro e da motocicleta.
• Cuidados com o corpo (alimentação, sono e alongamento
corporal).
• Condições emocionais (estresse, preocupação e fadiga).
Segurança e saúde • Postura corporal sobre duas rodas (cabeça, mãos,
joelhos, pés).
• Consequências de pilotar após ingestão de bebidas alcoóli-
cas, medicamentos e substâncias psicoativas.
352 Ordeli Savedra Gomes

3.2 Módulo II – Específico


3.2.1 Motofretista
Disciplina Conteúdo
• Legislação específica para motofrete (Resoluções do
Legislação CONTRAN e regulamentação da atividade profissional do
motofretista no estado e no município)
• Verificação e manutenção permanentes do veículo para
a pilotagem segura no transporte de cargas:
- suspensão, freio, embreagem, acelerador, nível de com-
bustível, óleo de freio e motor, bateria, sistema de trans-
Procedimentos para o missão, pneus, sistema elétrico;
transporte de cargas - condições e fixação do baú ou da grelha, do dispositivo
retrorrefletivo e demais dispositivos e requisitos de se-
gurança;
- transporte de diferentes tipos de carga (avaliação de
peso e tamanho).
• Organização e planejamento temporal de tarefas:
- utilização da planta da cidade para elaboração de rotas
Logística
otimizadas e alternativas;
- identificação de pontos críticos de fluidez e de segurança.

3.2.2 Mototaxista
Disciplina Conteúdo
• Legislação específica (Resoluções do CONTRAN e regu-
Legislação lamentação da atividade profissional do mototaxista no
estado e no município).
• Verificação e manutenção permanentes do veículo para
a pilotagem segura no transporte de pessoas:
- suspensão, freio, embreagem, acelerador, nível de com-
bustível, óleo de freio e motor, bateria, sistema de trans-
missão, pneus, sistema elétrico.
Procedimentos para o
• Cuidados para o transporte de pessoas:
transporte de pessoas
- postura corporal;
- posição dos pés e mãos;
- segurança no embarque e desembarque;
- uso, limpeza e higienização do capacete;
- transporte do passageiro com/sem objetos.
• Qualidade na prestação dos serviços ao passageiro:
- pilotagem confortável (controle da velocidade, frenagem,
manobras suaves);
- escolha de trajetos econômicos e seguros (conhecimen-
Atendimento to da planta da cidade);
ao cliente - manutenção e limpeza do veículo;
- prudência na transposição de obstáculos (lombadas,
buracos, pavimentos irregulares, etc.);
- respeito, educação, atenção, simpatia, paciência, hones-
tidade, responsabilidade, pontualidade.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 353

3.3 Módulo III – Prática de Pilotagem Profissional


3.3.1 Motofretista
• Verificação do veículo.
• Uso adequado dos equipamentos de segurança.
Prática de pilotagem
• Acondicionamento de cargas.
profissional
• Técnicas de postura corporal e de prevenção de aci-
dentes na condução do veículo.

3.3.2 Mototaxista
• Verificação do veículo.
• Uso adequado dos equipamentos de segurança para
Prática de pilotagem condutor e pasageiro.
profissional • Técnicas de postura corporal e de prevenção de aci-
dentes na condução do veículo para o transporte de
pessoas.

4. Abordagem didático-pedagógica (alterado pela Res. 414/12)


As aulas teóricas devem ser dinâmicas, levando em consideração os conhecimentos prévios dos parti-
cipantes e suas diferenças cultura is e de aprendizagem. É importante ressaltar que além de informações, os
conteúdos indicados na grade curricular devem possibilitar discussões permanentes que favoreçam a aquisição
de valores, posturas e atitudes de cidadania no trânsito.
A aula de prática de pilotagem, ministrada e acompanhada pelo instrutor, deverá ser realizada individual-
mente no veículo, conforme a carga horária determinada no item 3 (três) deste Anexo.
A avaliação da aprendizagem é um processo permanente que deve ser feita no decorrer do curso, por
meio de observações contínuas durante a realização das aulas e das atividades, considerando a participação e a
produtividade de cada participante.
Entretanto, ao final dos módulos I e II, realizados nas modalidades presencial ou à distância, deverá ser
aplicada pela instituição ou entidade pública ou privada ou ainda pelo centro de formação de condutores res-
ponsável pelo curso uma prova de avaliação, no formato eletrônico, na forma estabelecida no item 6 do anexo III
da resolução CONTRAN 168/04, ou no formato escrito, com 30 questões de múltipla escolha, com 4 (quatro)
alternativas, utilizando obrigatoriamente o banco de questões fornecido pelo DENATRAN. Na aplicação das
provas, em qualquer das modalidades, deverá ser adotado o processo randômico na distribuição das alternati-
vas, de forma a impedir a ocorrência de provas idênticas numa mesma turma.
A avaliação prática deverá ser realizada ao final do Módulo III (Prática de Pilotagem Profissional). Caberá
ao instrutor elaborar uma lista de checagem, conforme orientações contidas no Manual de Prática de Pilotagem
Profissional, a fim de avaliar as condições para a pilotagem segura de cada um dos participantes.
5. Disposições Gerais
I – A carga horária total do curso é de 30 horas-aula, sendo 20 horas/aula destinadas ao Módulo I (Bási-
co), 5 horas/aula ao Módulo II (Específico) e 5 horas/aula ao Módulo III (Prática de Pilotagem Profissional).
II – Considera-se hora-aula o período igual a 50 (cinquenta) minutos.
III – A carga horária presencial diária será organizada de forma a atender as peculiaridades e necessida-
des da clientela, não podendo exceder, em regime intensivo, 10 horas/aula por dia.
IV – O profissional que queira exercer as atividades de motofretista e de mototaxista, ao mesmo tempo,
deverá realizar um curso com carga horária total para receber a certificação em uma atividade e, posteriormen-
te, a qualquer tempo, frequentar apenas 5 horas/aula do Módulo II (Específico) e 5 horas/aula do Módulo III
(Prática de Pilotagem Profissional) com respectivas avaliações.
V – O curso será ministrado por profissionais habilitados em cursos de instrutores de trânsito e/ou por
profissionais que tenham formação (técnica ou superior) afim às disciplinas.
354 Ordeli Savedra Gomes

VI – Será considerado aprovado no curso, o participante que tiver 100% de frequência e, no mínimo, 70%
(setenta por cento) de acerto nas questões relativas ao conteúdo teórico e 70% (setenta por cento) na avaliação
prática. Em caso de reprovação, o participante terá prazo máximo de 30 (trinta) dias para realizar nova avaliação.
VII – Os certificados serão emitidos pelos órgãos, entidades ou instituições autorizadas que ministrarem
o curso.
VIII – O número máximo de participantes, por turma, deverá ser de 30 (trinta) alunos.
IX – Para a realização das aulas e da avaliação do Módulo III (Prática de Pilotagem Profissional), a insti-
tuição disponibilizará veículos equipados em conformidade à legislação vigente.
X – O motociclista profissional realizará curso de atualização a cada 5 (cinco) anos, conforme grade cur-
ricular disposta no Anexo II desta Resolução.
XI – O curso de atualização deverá coincidir com a data de validade de renovação da Carteira Nacional
de Habilitação (CNH).
a) A fim de compatibilizar prazos e de não ensejar ônus aos motociclistas profissionais, os cursos reali-
zados antes da data de entrada em vigor desta Resolução terão sua validade estendida até a data limite da
segunda realização dos exames de aptidão física e mental, necessários à renovação da CNH.
XII – Os motociclistas profissionais aprovados no curso especializado e que realizarem a atualização exigida
terão os dados correspondentes registrados em seu cadastro pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do
Estado ou do Distrito Federal, informando-os no campo “observações” da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
XIII – Em curso presencial ministrado pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do estado ou do dis-
trito federal, ou instituição/entidade por ele credenciado, com frequência
integral comprovada.
XIV – Em curso na modalidade à distância/ semipresencial, sendo o módulo I (básico) e II (específico) à
distância e o módulo III (prático), deverá ser realizado na modalidade presencial. (Inc. XIV alterado pela Res.
414/12)

ANEXO II
Curso de atualização destinado a profissionais em transporte de passageiro (mototaxista), em en-
trega de mercadorias (motofretista) que exerçam atividades remuneradas na condução de motocicletas e
motonetas
1. Grade curricular
1.1 Motofretista
Carga
Módulo Disciplina Conteúdo
Horária
• Legislação (legislação específica para motofrete: Resolu-
ções do CONTRAN e regulamentação da atividade profissio-
nal do motofretista no estado e no município).
• Procedimentos para o transporte de cargas:
- verificação e manutenção permanentes do veículo para a
pilotagem segura no transporte de cargas;
- suspensão, freio, embreagem, acelerador, nível de com-
bustível, óleo de freio e motor, bateria, sistema de trans-
MÓDULO I Transporte
missão, pneus, sistema elétrico; 7 horas/aula
Teórico de cargas
- condições e fixação do baú ou da grelha, do dispositivo re-
trorrefletivo e demais dispositivos e requisitos de segurança;
- transporte de diferentes tipos de carga.
• Logística:
- organização e planejamento temporal de tarefas;
- utilização da planta da cidade para elaboração de rotas
otimizadas e alternativas;
- identificação de pontos críticos de fluidez e de segurança.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 355

• Verificação do veículo
MÓDULO II Prática veicular
• Uso adequado dos equipamentos de segurança
Prática de individual para
• Acondicionamento de cargas 3 horas/aula
Pilotagem o transporte
Profissional de carga • Técnicas de postura corporal e de prevenção de aciden-
tes na condução do veículo
Total 10 horas/aula

1.2 Mototaxista
Carga
Módulo Disciplina Conteúdo
Horária
• Legislação (legislação específica: Resoluções do CONTRAN
e regulamentação da atividade profissional do mototaxis-
ta no estado e no município).
• Procedimentos para o transporte de pessoas:
- verificação e manutenção permanentes do veículo para
a pilotagem segura no transporte de pessoas;
- suspensão, freio, embreagem, acelerador, nível de com-
bustível, óleo de freio e motor, bateria, sistema de trans-
missão, pneus, sistema elétrico;
- cuidados para o transporte de pessoas;
- postura corporal;
- posição dos pés e mãos;
MÓDULO I Transporte de - segurança no embarque e desembarque;
7 horas/aula
Teórico pessoas - uso, limpeza e higienização do capacete;
- transporte do passageiro com/sem objetos.
• Atendimento ao cliente:
- qualidade na prestação dos serviços ao passageiro;
- pilotagem confortável (controle da velocidade, frenagem,
manobras suaves);
- escolha de trajetos econômicos e seguros (conhecimen-
to da planta da cidade);
- manutenção e limpeza do veículo;
- prudência na transposição de obstáculos (lombadas, bu-
racos, pavimentos irregulares, etc.);
- respeito, educação, atenção, simpatia, paciência, hones-
tidade, responsabilidade, pontualidade.
• Verificação do veículo.
MÓDULO II Prática veicular
• Uso adequado dos equipamentos de segurança para con-
Prática de Individual para
dutor e passageiro. 3 horas/aula
Pilotagem o transporte de
Profissional pessoas • Técnicas de postura corporal e de prevenção de aciden-
tes na condução do veículo para o transporte de pessoas.
Total 10 horas/aula

RESOLUÇÃO 425, DE 27.11.2012


Dispõe sobre o exame de aptidão física e mental, a ava-
liação psicológica e o credenciamento das entidades
públicas e privadas de que tratam o art. 147, I e §§ 1º a
4º e o art. 148 do Código de Trânsito Brasileiro.
356 Ordeli Savedra Gomes

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no uso das atribuições legais que lhe confere o art.
12, inciso I e art. 141, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT;
Considerando a necessidade de adequação da legislação para conferir o direito de recurso aos conduto-
res e candidatos à habilitação para conduzir veículos automotores, referentes ao exame de aptidão física e
mental e à avaliação psicológica;
Considerando o conteúdo dos Processos 80000017956/2011-41; 80000.015606/2011-40;
80000.023545/2012-75; 80000.036482/2012-17; RESOLVE:
Art. 1º. O exame de aptidão física e mental, a c) estado geral, fácies, trofismo, nutrição, hi-
avaliação psicológica e o credenciamento das entida- dratação, coloração da pele e mucosas, deformida-
des públicas e privadas para realização destes, de que des e cicatrizes, visando à detecção de enfermidades
tratam o art. 147, I e §§ 1º a 4º e o art. 148 do Código que possam constituir risco para a direção veicular;
de Trânsito Brasileiro, bem como os respectivos pro- III - exames específicos:
cedimentos, obedecerão ao disposto nesta Resolução. a) avaliação oftalmológica (Anexo II);
Art. 2º. Caberá ao Departamento Nacional de b) avaliação otorrinolaringológica (Anexos III e IV);
Trânsito – DENATRAN, criar e disciplinar o uso do c) avaliação cardiorrespiratória (Anexos V, VI e
formulário Registro Nacional de Condutores Habilitados VII);
– RENACH, destinado à coleta de dados dos candida-
d) avaliação neurológica (Anexos VIII e IX);
tos à obtenção da Autorização para Conduzir Ciclomo-
tor – ACC, da Carteira Nacional de Habilitação – CNH, e) avaliação do aparelho locomotor, onde se-
renovação, adição e mudança de categoria, bem como rão exploradas a integridade e funcionalidade de cada
determinar aos órgãos ou entidades executivos de membro e coluna vertebral, buscando-se constatar a
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de existência de malformações, agenesias ou amputa-
suas circunscrições, a sua utilização. ções, assim como o grau de amplitude articular dos
movimentos;
§ 1º O preenchimento dos formulários com o
resultado do exame de aptidão física e mental e da f) avaliação dos distúrbios do sono, exigida
avaliação psicológica é de responsabilidade das enti- quando da renovação, adição e mudança para as
dades credenciadas pelos órgãos ou entidades execu- categorias C, D e E (Anexos X, XI e XII);
tivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal. g) (Revogada pela Res. 691/17).
§ 2º As informações prestadas pelo candidato IV - exames complementares ou especializa-
são de sua responsabilidade. dos, solicitados a critério médico.
Art. 3º. Para fins desta Resolução considera- § 1º O exame de aptidão física e mental do
se candidato a pessoa que se submete ao exame de candidato portador de deficiência física será realizado
aptidão física e mental e/ou à avaliação psicológica por Junta Médica Especial designada pelo Diretor do
para a obtenção da ACC, da CNH, renovação, adição órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou
ou mudança de categoria. do Distrito Federal.
Parágrafo único. Ficam dispensados da realiza- § 2º As Juntas Médicas Especiais ao exami-
ção dos exames previstos no caput deste artigo, os can- narem os candidatos portadores de deficiência física
didatos que se enquadrem no § 5º do art. 148 do CTB. seguirão o determinado na NBR 14970 da ABNT.
§ 3º (Revogado pela Res. 691/17).
CAPÍTULO I
DO EXAME DE APTIDÃO FÍSICA Art. 5º. Na avaliação psicológica deverão ser
E MENTAL E DA AVALIAÇÃO aferidos, por métodos e técnicas psicológicas, os
PSICOLÓGICA seguintes processos psíquicos (Anexo XIII):
I - tomada de informação;
Art. 4º. No exame de aptidão física e mental
são exigidos os seguintes procedimentos médicos: II - processamento de informação;
I - anamnese: III - tomada de decisão;
a) questionário (Anexo I); IV - comportamento;
b) interrogatório complementar; V - auto-avaliação do comportamento;
II - exame físico geral, no qual o médico perito VI - traços de personalidade.
examinador deverá observar: Art. 6º. Na avaliação psicológica serão utili-
a) tipo morfológico; zados as seguintes técnicas e instrumentos:
b) comportamento e atitude frente ao examina- I - entrevistas diretas e individuais (Anexo XIV);
dor, humor, aparência, fala, contactuação e compreen- II - testes psicológicos, que deverão estar de
são, perturbações da percepção e atenção, orientação, acordo com resoluções vigentes do Conselho Federal
memória e concentração, controle de impulsos e indí- de Psicologia – CFP, que definam e regulamentem o
cios do uso de substâncias psicoativas; uso de testes psicológicos;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 357

III - dinâmicas de grupo; são, respectivamente, de exclusiva responsabilidade


IV - escuta e intervenções verbais. do médico perito examinador de trânsito e do psicó-
Parágrafo único. Para realização da avaliação logo perito examinador de trânsito.
psicológica, o psicólogo responsável deverá se re- § 1º Todos os documentos utilizados no exa-
portar às Resoluções do Conselho Federal de Psico- me de aptidão física e mental e na avaliação psicoló-
logia que instituem normas e procedimentos no con- gica deverão ser arquivados conforme determinação
texto do Trânsito e afins. dos Conselhos Federais de Medicina e Psicologia.
Art. 7º. A avaliação psicológica do candidato § 2º Na hipótese de inaptidão temporária ou
portador de deficiência física deverá ser realizada de inaptidão, o perito examinador de trânsito deverá co-
acordo com as suas condições físicas. municar este resultado aos Setores Médicos e Psicoló-
gicos do órgão ou entidade executivo de trânsito do
CAPÍTULO II Estado ou do Distrito Federal, ou à circunscrição de
DO RESULTADO DOS EXAMES trânsito do local de credenciamento, para imediato blo-
Art. 8º. No exame de aptidão física e mental queio do cadastro nacional, competindo a esse órgão o
o candidato será considerado pelo médico perito devido desbloqueio no vencimento do prazo.
examinador de trânsito como:
I - apto – quando não houver contra-indicação CAPÍTULO III
para a condução de veículo automotor na categoria DA INSTAURAÇÃO DE JUNTA
pretendida; MÉDICA E PSICÓLOGICA E DO
RECURSO DIRIGIDO AO
II - apto com restrições – quando houver ne-
CETRAN/CONTRANDIFE
cessidade de registro na CNH de qualquer restrição
referente ao condutor ou adaptação veicular; Art. 11. Independente do resultado do exame
III - inapto temporário – quando o motivo da de aptidão física e mental e da avaliação psicológica,
reprovação para a condução de veículo automotor na o candidato poderá requerer, no prazo de trinta dias,
categoria pretendida for passível de tratamento ou contados do seu conhecimento, a instauração de
correção; Junta Médica e/ou Psicológica ao órgão ou entidade
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Fede-
IV - inapto – quando o motivo da reprovação
ral, para reavaliação do resultado.
para a condução de veículo automotor na categoria
pretendida for irreversível, não havendo possibilidade § 1º A revisão do exame de aptidão física e
de tratamento ou correção. mental ocorrerá por meio de instauração de Junta
Médica, pelo órgão ou entidade executivo de trânsito
Parágrafo único. No resultado “apto com
do Estado ou do Distrito Federal, e será constituída
restrições” constarão da CNH as observações codifi-
por três profissionais médicos peritos examinadores
cadas no Anexo XV.
de trânsito ou especialistas em medicina de tráfego.
Art. 9º. Na avaliação psicológica o candidato
§ 2º A revisão da avaliação psicológica ocor-
será considerado pelo psicólogo perito examinador de
rerá por meio de instauração de Junta Psicológica,
trânsito como:
pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do
I - apto – quando apresentar desempenho Estado ou do Distrito Federal, e será constituída por
condizente para a condução de veículo automotor; três psicólogos peritos examinadores de trânsito ou
II - inapto temporário – quando não apresentar especialistas em psicologia de trânsito.
desempenho condizente para a condução de veículo Art. 12. Mantido o resultado de inaptidão per-
automotor, porém passível de adequação; manente pela Junta Médica ou Psicológica caberá, no
III - inapto – quando não apresentar desempe- prazo de trinta dias, contados a partir do conhecimento
nho condizente para a condução de veículo automotor. do resultado da revisão, recurso ao Conselho Estadual
§ 1º O resultado inapto temporário constará de Trânsito – CETRAN ou ao Conselho de Trânsito do
na planilha RENACH e consignará prazo de inaptidão, Distrito Federal – CONTRANDIFE.
findo o qual, deverá o candidato ser submetido a uma Art. 13. O requerimento de instauração de
nova avaliação psicológica. Junta Médica ou Psicológica e o recurso dirigido ao
§ 2º Quando apresentar distúrbios ou com- CETRAN ou CONTRANDIFE deverão ser apresentados
prometimentos psicológicos que estejam tempora- no órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado
riamente sob controle, o candidato será considerado ou do Distrito Federal onde residir ou estiver domici-
apto, com diminuição do prazo de validade da avalia- liado o interessado.
ção, que constará na planilha RENACH. § 1º O órgão ou entidade executivo de trânsi-
§ 3º O resultado da avaliação psicológica de- to do Estado ou do Distrito Federal deverá, no prazo
verá ser disponibilizado pelo psicólogo no prazo de de quinze dias úteis, contados do recebimento do
dois dias úteis. requerimento, designar Junta Médica ou Psicológica.
Art. 10. A realização e o resultado do exame § 2º Em se tratando de recurso, o prazo para
de aptidão física e mental e da avaliação psicológica remessa dos documentos ao CETRAN ou CONTRAN-
358 Ordeli Savedra Gomes

DIFE é de vinte dias úteis, contados da data do seu g) estetoscópio;


recebimento. h) esfigmomanômetro;
§ 3º As Juntas Médicas ou Psicológicas de- i) martelo de Babinsky;
verão proferir o resultado no prazo de trinta dias, j) dinamômetro para força manual;
contados da data de sua designação. k) equipamento para avaliação do campo vi-
Art. 14. Para o julgamento de recurso, o Con- sual, da estereopsia, do ofuscamento e da visão
selho de Trânsito do Estado ou do Distrito Federal noturna;
deverá designar Junta Especial de Saúde. l) foco luminoso;
Parágrafo único. “A Junta Especial de Saúde” m) lanterna;
deverá ser constituída por, no mínimo, três médicos, n) fita métrica;
sendo dois especialistas em Medicina de Tráfego, ou, o) balança antropométrica;
no mínimo, três psicólogos, sendo dois especialistas
p) material para identificação das cores verde,
em psicologia do trânsito, quando for o caso. vermelha e amarela.
CAPÍTULO IV III - exigências relativas às entidades psicoló-
DO CREDENCIAMENTO E DAS gicas:
INSTALAÇÕES a) sala de atendimento individual com dimen-
Art. 15. As entidades, públicas ou privadas, sões mínimas de 2,0m x 2,0m (dois metros por dois
serão credenciadas pelo órgão ou entidade executivo metros);
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, de b) sala de atendimento coletivo com dimen-
acordo com a sua localização e em conformidade sões mínimas de 1,20m x 1,00m (um metro e vinte
com os critérios aqui estabelecidos. centímetros por um metro) por candidato;
§ 1º As entidades credenciadas deverão man- c) ambiente bem iluminado por luz natural ou
ter o seu quadro de peritos examinadores atualizado artificial fria, evitando-se sombras ou ofuscamentos;
junto ao órgão que a credenciou. d) condições de ventilação adequadas à situa-
§ 2º O prazo de vigência do credenciamento ção de teste;
será de um ano, podendo ser renovado sucessiva- e) salas de teste indevassáveis, de forma a
mente desde que observadas às exigências desta evitar interferência ou interrupção na execução das
Resolução. tarefas dos candidatos.
§ 3º A cada dois anos as entidades, públicas § 1º As entidades deverão realizar o exame e
ou privadas, credenciadas deverão comprovar o cum- a avaliação em local fixo.
primento do disposto nos arts. 16 a 23, junto aos órgãos § 2º As instalações físicas e os equipamentos
ou entidades executivas de trânsito do respectivo Esta- técnicos das entidades médicas e psicológicas deverão
do ou do Distrito Federal onde estiverem credenciadas. ser previamente vistoriados pela autoridade de trânsito
Art. 16. Para a obtenção do credenciamento competente e por ela considerados em conformidade
as entidades deverão dispor de instalações que com os itens I e II ou I e III, respectivamente.
atendam às seguintes exigências: § 3º As salas e o espaço físico de atendimen-
I - exigências comuns às entidades médicas e to das entidades credenciadas para a realização da
psicológicas: avaliação psicológica deverão obedecer às normas
a) cumprir o Código de Postura Municipal; estabelecidas nos manuais dos testes psicológicos,
b) possuir licença de funcionamento/licença inclusive no tocante à aplicação individual dos testes.
sanitária/alvará sanitário, emitido pela vigilância sa- Art. 17. Nos municípios em que não houver
nitária local e cumprir a legislação sanitária vigente; entidade credenciada, será permitida a realização do
c) cumprir a NBR 9050 da ABNT; exame de aptidão física e mental e/ou da avaliação
d) ter recursos de informática com acesso à psicológica por entidades credenciadas em outras
Internet. localidades, autorizadas pelo órgão ou entidade
II - exigências relativas às entidades médicas: executivo de trânsito do Estado.
a) a sala de exame médico deverá ter dimen- Art. 18. O credenciamento de médicos e psi-
sões mínimas de 4,5m x 3,0m (quatro metros e meio cólogos peritos examinadores será realizado pelo
por três metros) com auxilio de espelhos, obedecen- órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou
do aos critérios de acessibilidade; do Distrito Federal, observados os seguintes critérios:
b) tabela de Snellen ou projetor de optotipos; I - médicos e psicólogos deverão estar regu-
c) equipamento refrativo de mesa (facultativo); larmente inscritos nos respectivos Conselhos Regio-
nais; (Redação dada pela Res. 500/14)
d) divã para exame clínico;
II - o médico deve ter Título de Especialista
e) cadeira e mesa para o médico; em Medicina de Tráfego, expedido de acordo com as
f) cadeira para o candidato; normas da Associação Médica Brasileira – AMB e do
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 359

Conselho Federal de Medicina – CFM ou Capacitação ção Nacional de Psicólogos e Conselho Federal de
de acordo com o programa aprovado pela Comissão Psicologia – CFP.
Nacional de Residência Médica – CNRM (Anexo XVI); Art. 22. As entidades credenciadas remeterão
III - o psicólogo deve ter Título de Especialista ao órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado
em Psicologia do Trânsito reconhecido pelo CFP ou ou do Distrito Federal, até o vigésimo dia do mês
ter concluído com aproveitamento o curso “Capacita- subsequente, a estatística relativa ao mês anterior,
ção Para Psicólogo Perito Examinador de Trânsito” conforme modelo nos Anexos XVIII, XIX, XX e XXI.
(Anexo XVII). Art. 23. Os órgãos ou entidades executivos
§ 1º Será assegurado ao médico credenciado de trânsito dos Estados e do Distrito Federal remete-
que até a data da publicação desta Resolução tenha rão ao DENATRAN, até o último dia do mês de fe-
concluído e sido aprovado no “Curso de Capacitação vereiro, a estatística anual dos exames de aptidão
para Médico Perito Examinador Responsável pelo física e mental e da avaliação psicológica.
Exame de Aptidão Física e Mental para Condutores
CAPÍTULO V
de Veículos Automotores” o direito de continuar a
DA FISCALIZAÇÃO E DO
exercer a função de perito examinador.
CONTROLE
§ 2º Até quatorze de fevereiro de 2015, será
Art. 24. A fiscalização das entidades e profis-
assegurado ao psicólogo que tenha concluído e sido sionais credenciados será realizada pelos órgãos ou
aprovado no curso de “Capacitação para Psicólogo entidades executivos de trânsito dos Estados e do
Perito Examinador de Trânsito”, de 180 (cento e Distrito Federal com a colaboração dos Conselhos
oitenta) horas ou curso de “Especialista em Psicolo- Regionais de Medicina e de Psicologia, no mínimo
gia do Trânsito”, o direito de solicitar credenciamento uma vez por ano ou quando for necessário.
ou de continuar a exercer a função de perito exami-
Art. 25. O descumprimento das regras previs-
nador.
tas nesta Resolução sujeitará o infrator às penalida-
§ 3º A partir de 15 de fevereiro de 2015, a so- des abaixo descritas, a serem apuradas em processo
licitação para o credenciamento só será permitida administrativo, assegurados o contraditório e a ampla
aos psicólogos portadores de Título de Especialista defesa, formalizado pelos órgãos ou entidades execu-
em Psicologia do Trânsito reconhecido pelo CFP. tivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal:
§ 4º Os Cursos de Capacitação para Psicólo- I – advertência;
go Perito Examinador serão ministrados por Institui- II - suspensão das atividades até trinta dias;
ções de Ensino Superior que ofereçam o curso de III - cassação do credenciamento.
Psicologia, reconhecido pelo Ministério da Educação.
Parágrafo único. Os relatórios conclusivos de
§ 5º Os órgãos ou entidades executivos de sindicância administrativa serão encaminhados aos
trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão respectivos Conselhos Regionais de Psicologia e de
remeter ao DENATRAN, anualmente, a relação dos Medicina e ao DENATRAN.
profissionais médicos e psicólogos credenciados com
seus respectivos certificados de conclusão dos CAPÍTULO VI
cursos exigidos por esta Resolução. DAS DISPOSIÇÕES
Art. 19. Os psicólogos credenciados deverão COMPLEMENTARES
atender, no máximo, ao número de perícias/dia por Art. 26. Eventual necessidade de paralisação
profissional em conformidade com as determinações das atividades das entidades credenciadas, por com-
vigentes do CFP. provada motivação, julgada a critério do órgão ou en-
Art. 20. O perito examinador de trânsito man- tidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito
terá registro de exames oficiais, numerados, onde Federal, poderá não acarretar perda do credenciamento.
anotará os exames realizados, contendo data, núme- Art. 27. Caberá ao DENATRAN criar e disci-
ro de documento oficial de identificação, nome e plinar o registro das entidades credenciadas objeti-
assinatura do periciando, categoria pretendida, vando o aperfeiçoamento e qualificação do processo
resultado do exame, tempo de validade do exame, de formação dos condutores, bem como a verificação
restrições, se houverem, e observação, quando se da qualidade dos serviços prestados, que conterá
fizer necessária. anotações das ocorrências de condutores envolvidos
Art. 21. Os honorários decorrentes da realiza- em acidentes de trânsito, infratores contumazes e os
ção do exame de aptidão física e mental e da avalia- que tiverem sua CNH cassada.
ção psicológica serão fixados pelos órgãos executi- Art. 28. Os órgãos ou entidades executivos
vos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal e de trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão
terão como referência, respectivamente, a Classifica- ter disponível em seu sítio na Internet a relação das
ção Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médi- entidades credenciadas para a realização do exame e
cos e a Tabela Referencial de Honorários da Federa- da avaliação de que trata esta Resolução.
360 Ordeli Savedra Gomes

CAPÍTULO VII Art. 38. Esta Resolução entra em vigor na da-


DO EXAME TOXICOLÓGICO DE ta de sua publicação, ficando revogadas as disposi-
LARGA JANELA DE DETECÇÃO ções em contrário e as Resoluções CONTRAN 267,
(Capítulo incluído pela Res. 517/15 e de 2008, 283, de 2008, e 327, de 2009.
revogado pela Res. 691/17) Julio Ferraz Arcoverde

ANEXO I
QUESTIONÁRIO
1) Você toma algum remédio, faz algum tratamento de saúde?
SIM ( ) NÃO ( )
2) Você tem alguma deficiência física?
SIM ( ) NÃO ( )
3) Você já sofreu de tonturas, desmaios, convulsões ou vertigens?
SIM ( ) NÃO ( )
4) Você já necessitou de tratamento psiquiátrico?
SIM ( ) NÃO ( )
5) Você tem diabetes, epilepsia, doença cardíaca, neurológica, pulmonar ou outras?
SIM ( ) NÃO ( )
6) Você já foi operado?
SIM ( ) NÃO ( )
7)Você faz uso de drogas ilícitas ?
SIM ( ) NÃO ( )
8) Você já sofreu acidente de trânsito?
SIM ( ) NÃO ( )
9) Você exerce atividade remunerada como condutor?
SIM ( ) NÃO ( )
Obs.: Constitui crime previsto no art. 299, do Código Penal Brasileiro, prestar declaração falsa com o fim
de criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. Pena: reclusão de um a três
anos e multa.
______________________________
Local e data
________________________________________
Assinatura do candidato sob pena de responsabilidade

Observações Médicas:
________________________________________________
Assinatura do Médico Perito ou Especialistas em
Medicina de Tráfego responsável

ANEXO II
AVALIAÇÃO OFTALMOLÓGICA
1. Teste de acuidade visual e campo visual: lente a 0,50) no outro, com visão binocular mínima de
1.1. Exigências para candidatos à direção de 20/25 (equivalente a 0,80);
veículos das categorias C, D e E: 1.1.2. visão periférica na isóptera horizontal
1.1.1. acuidade visual central igual ou supe- igual ou superior a 120º em cada um dos olhos.
rior a 20/30 (equivalente a 0,66) em cada um dos 1.2. Exigências para candidatos à ACC e à di-
olhos ou igual ou superior a 20/30 (equivalente a reção de veículos das categorias A e B:
0,66) em um olho e igual ou superior a 20/40 (equiva-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 361

1.2.1. acuidade visual central igual ou supe- ção “obrigatório o uso de lentes corretoras”. As
rior a 20/40 (equivalente a 0,50) em cada um dos lentes intra-oculares não estão enquadradas nesta
olhos ou igual ou superior a 20/30 (equivalente a obrigatoriedade.
0,66) em um dos olhos, com pelo menos percepção 2. Motilidade ocular, tropia:
luminosa (PL) no outro;
2.1. Portadores de estrabismo poderão ser
1.2.2. visão periférica na isóptera horizontal
aprovados somente na ACC e nas categorias A e B,
igual ou superior a 60º em cada um dos olhos ou igual
ou superior a 120º em um olho. segundo os seguintes parâmetros:
1.3. Candidatos sem percepção luminosa (SPL) 2.1.1. acuidade visual central igual ou supe-
em um dos olhos poderão ser aprovados na ACC e rior a 20/30 (equivalente a 0,66) no melhor olho;
nas categorias A e B, desde que observados os 2.1.2. visão periférica na isóptera horizontal
seguintes parâmetros e ressalvas: igual ou superior a 120º em pelo menos um dos olhos.
1.3.1. acuidade visual central igual ou supe- 3. Teste de visão cromática:
rior a 20/30 (equivalente a 0,66); 3.1. Candidatos à direção de veículos devem
1.3.2. visão periférica na isóptera horizontal ser capazes do reconhecimento das luzes semafóri-
igual ou superior a 120º; cas em posição padronizada, prevista no CTB.
1.3.3. decorridos, no mínimo, noventa dias da 4. Teste de limiar de visão noturna e reação
perda da visão, deverá o laudo médico indicar o uso ao ofuscamento:
de capacete de segurança com viseira protetora, sem 4.1. O candidato deverá possuir visão em bai-
limitação de campo visual. xa luminosidade e recuperação após ofuscamento
1.4. Os valores de acuidade visual exigidos direto.
poderão ser obtidos sem ou com correção óptica, de-
vendo, neste último caso, constar da CNH a observa-

ANEXO III
AVALIAÇÃO OTORRINOLARINGOLÓGICA
1. Da avaliação auditiva: 2000 Hz na via aérea da orelha melhor perda da
1.1. a acuidade auditiva será avaliada subme- acuidade auditiva inferior a 40 dB, serão considera-
tendo-se o candidato a prova da voz coloquial, em dos aptos para a condução de veículo em qualquer
ambas as orelhas simultaneamente, sem auxílio da categoria. Esta média deverá ser comprovada através
leitura labial, em local silencioso, a uma distância de de uma audiometria tonal aérea após tratamento ou
dois metros do examinador (Anexo IV); audiometria em campo livre com uso de prótese
1.2. no caso de reprovação neste exame, o auditiva no caso de sua indicação. Neste caso,
examinador solicitará ao candidato a realização de deverá constar a observação médica: “Obrigatório o
audiometria tonal aérea; uso de prótese auditiva”;
1.3. a audiometria deverá ser realizada por 1.7. os candidatos que após tratamento e/ou
médico ou fonoaudiólogo, conforme estabelecido nas indicação de prótese auditiva apresentarem perda da
Resoluções dos Conselhos Federais de Medicina e acuidade auditiva na média aritmética nas frequên-
Fonoaudiologia, respectivamente; cias de 500, 1000 e 2000 Hz na via aérea na orelha
1.4. os candidatos com média aritmética em melhor igual ou superior a 40 dB somente poderão
dirigir veículos automotores enquadrados na ACC e
decibéis (dB) nas frequências de 500, 1000 e 2000
nas categorias A e B, com exame otoneurológico
Hz da via aérea (Davis & Silverman – 1970) na orelha
normal. Os veículos automotores dirigidos por estes
melhor que apresentarem perda da acuidade auditiva
candidatos não passíveis de correção, deverão estar
inferior a 40 dB serão considerados aptos para a equipados com espelhos retrovisores nas laterais.
condução de veículo em qualquer categoria;
2. Da avaliação otoneurológica:
1.5. os candidatos que apresentarem perda
2.1. Caso o candidato responda positivamente
da acuidade auditiva igual ou superior a 40 dB na
à pergunta 03 do questionário do Anexo I, afirmando
orelha melhor, serão considerados inaptos tempora- ser portador de tonturas e/ou vertigens, o exami-
riamente, devendo ser encaminhados a avaliação nador deverá solicitar um exame otoneurológico para
complementar específica; avaliação da condição de segurança para direção
1.6. os candidatos que após tratamento e/ou veicular.
indicação do uso de prótese auditiva alcançarem na
média aritmética nas frequências de 500, 1000 e
362 Ordeli Savedra Gomes

ANEXO IV
PROCEDIMENTOS PARA A PROVA DA VOZ COLOQUIAL
1. A prova deverá realizar-se em local silen- contrário, correrá o risco de que cada início de emis-
cioso, onde não haja interferência de ruído de tráfego são seja muito forte.
e que tenha pouca reverberação, com o examinador 4. As melhores palavras para esta prova são
situado a uma distância de dois metros do candidato, as dissílabas, tais como casa, dama, tronco.
em ambas as orelhas simultaneamente. 5. O examinador deverá assegurar-se de que
2. O examinador deverá assegurar-se de que, o candidato não veja os seus lábios, pois neste caso,
durante esta prova, as palavras sejam pronunciadas os resultados poderão ser afetados pela sua capaci-
com calma e volume constante. dade de leitura labial.
3. O examinador não deverá inspirar profun-
damente antes de pronunicar cada palavra, pois, do

ANEXO V
AVALIAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA
1. Deverá ser avaliada a pressão arterial e rea- diastólica igual ou superior a 100mmHg e inferior a 110
lizadas auscultas cardíaca e pulmonar: mmHg;
1.1. a pressão arterial deverá ser aferida nas 1.4. será considerado inapto temporariamente
condições preconizadas nas diretrizes estabelecidas o candidato que apresentar valor da pressão arterial
pelas Sociedades Brasileiras de Hipertensão, Cardio- sistólica igual ou superior a 180 mmHg e/ou diastóli-
logia e Nefrologia, e o seu valor registrado, obrigato- ca igual ou superior a 110 mmHg;
riamente, no formulário RENACH; 1.5. o examinador poderá valer-se de relatórios
1.2. será considerado apto na ACC e nas ca- comprovadamente emitidos por médico assistente, dos
tegorias A, B, C, D e E, o candidato que apresentar quais constem o registro da medição de pressões ar-
valor da pressão arterial sistólica inferior a 160 teriais aferidas em outras ocasiões (Anexo VI);
mmHg e diastólica inferior a 100 mmHg; 2. O candidato portador de doença cardiovas-
1.3. será considerado apto na ACC e nas cate- cular capaz de causar perda de consciência ou
gorias A, B, C, D e E, “com diminuição do prazo de insuficiência cardíaca congestiva, deverá ser avaliado
validade do exame a critério médico”, o candidato que observando-se o Consenso estabelecido pela Associa-
apresentar valor da pressão arterial sistólica igual ou ção Brasileira de Medicina de Tráfego – ABRAMET
superior a 160 mmHg e inferior a 180 mmHg e/ou (Anexo VII). A diretriz médica pertinente passará a
ser utilizada quando da sua elaboração.

ANEXO VI
RELATÓRIO MÉDICO
Sr (a) _______________________________________________________________________
RG _____________________________________ RENACH:_______________________________
____________________________________________________________________________
Local e data

Por ocasião do exame de saúde para habilitação foi constatado que sua pressão arterial estava em
______X_______mmHg.

Solicitamos que o Senhor consulte o médico da sua preferência para realizar o tratamento adequado e
que a sua pressão arterial seja verificada novamente em dois ou mais dias na próxima semana. Quando alcan-
çados os níveis preconizados pelo seu médico, retorne trazendo este formulário. O objetivo destes cuidados será
sempre a sua segurança e a dos demais usuários do trânsito.
______________________________________
Assinatura do Médico Perito Examinador ou
Especialistas em Medicina de Tráfego
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 363

Este formulário poderá ser utilizado para anotar a leitura da sua pressão arterial, realizada pelo médico
clínico ou cardiologista que lhe assiste:
Data Medida da PA Médico/Carimbo Telefone

Observações:
_____________________________________
Assinatura do Médico Assistente

ANEXO VII
AVALIAÇÃO CARDIOLÓGICA

Condutores da ACC e das Condutores das categorias


categorias A e B C, D e E
Aprovação condicionada a relatório car-
Apto com sintomas controlados.
diológico favorável.
Angina Pectoris Diminuição do prazo de validade do exa-
Diminuição do prazo de validade do exa-
me a critério médico.
me a critério médico.
Aprovação com recuperação clínica após
Apto com recuperação clínica após oito
doze semanas, condicionada a relatório
semanas.
Infarto do miocárdio cardiológico favorável.
Diminuição do prazo de validade do exa-
Diminuição do prazo de validade do exa-
me a critério médico.
me a critério médico.
Aprovação com recuperação clínica após
Apto quando clinicamente recuperado após
doze semanas, condicionada a relatório
Revascularização doze semanas.
cardiológico favorável.
Miocárdica Diminuição do prazo de validade do exa-
Diminuição do prazo de validade do exa-
me a critério médico.
me a critério médico.
Sem infarto agudo do miocárdio:
Sem infarto agudo do miocárdio:
Aprovação com recuperação clínica após
Apto quando clinicamente recuperado após
duas semanas, condicionada a relatório
Angioplastia duas semanas.
cardiológico favorável.
Diminuição do prazo de validade do exa-
Diminuição do prazo de validade do exa-
me a critério médico.
me a critério médico.
- Pressão arterial sistólica inferior a 160
- Pressão arterial sistólica inferior a 160
mmHg e diastólica inferior a 100 mmHg:
mmHg e diastólica inferior a 100 mmHg:
apto.
apto.
- Pressão arterial sistólica entre 160 e
- Pressão arterial sistólica entre 160 e
179 mmHg e/ou diastólica entre 100 e
179 mmHg e/ou diastólica entre 100 e
109 mmHg: apto com diminuição do
Hipertensão Arterial 109 mmHg: apto com diminuição do
prazo de validade do exame a critério
prazo de validade do exame a critério
médico.
médico.
- Pressão arterial sistólica igual ou
- Pressão arterial sistólica igual ou superior
superior a 180 mmHg e/ou diastólica
a 180 mmHg e/ou diastólica igual ou
igual ou superior a 110 mmHg: inapto
superior a 110 mmHg: inapto temporário.
temporário.
364 Ordeli Savedra Gomes

Após seis semanas da implantação:


Após duas semanas da implantação:
Aprovação condicionada a relatório cardio-
Apto com exame cardiológico normal.
Marcapasso lógico favorável e avaliação da etiologia.
Diminuição do prazo de validade do exa-
Diminuição do prazo de validade do exa-
me a critério médico.
me a critério médico.
Com repercussão funcional; Com repercussão funcional;
Bloqueio AV de 2º e 3º grau; Bloqueio AV de 2º e 3º grau;
Arritmias
Bradicardia acentuada, Taquiarritmias: Bradicardia acentuada, Taquiarritmias:
inapto temporariamente. inapto temporariamente.
Insuficiência cardíaca
Inapto temporariamente. Inapto temporariamente.
congestiva
Com repercussão hemodinâmica: inapto.
Com repercussão hemodinâmica: inapto. Sem repercussão hemodinâmica:
Sem repercussão hemodinâmica: apto. Aprovação condicionada a relatório car-
Valvulopatias
Diminuição do prazo de validade do exa- diológico favorável.
me a critério médico. Diminuição do prazo de validade do exa-
me a critério médico.

ANEXO VIII
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
1. Deverão ser avaliadas a mobilidade ativa, 1.4.1. deverá ser avaliada através da sensibi-
passiva e reflexa, a coordenação motora, a força lidade cinético-postural e sensibilidade vibratória.
muscular, a sensibilidade profunda, a fala e as per- 1.5. Da linguagem, das percepções:
cepções. 1.5.1. avaliação de distúrbios da linguagem:
1.1. Da avaliação das mobilidades ativa, pas- disartria e afasia;
siva e reflexa: 1.5.2. avaliação da capacidade de percepção
1.1.1. mobilidade ativa: o candidato deverá visual de formas, espaços e objetos.
realizar movimentos do pescoço, braços, antebraços, 2. A avaliação do candidato portador de epi-
pernas e coxa; fechar e abrir as mãos, fletir e esten- lepsia deverá seguir os seguintes critérios:
der os antebraços, agachar-se e levantar-se sem 2.1. O candidato que no momento do exame
apoio; de aptidão física e mental, através da anamnese ou
1.1.2. mobilidade passiva: o examinador pes- resposta ao questionário, declarar ser portador de
quisará os movimentos passivos dos diversos seg- epilepsia ou fazer uso de medicamento antiepiléptico,
mentos corporais do candidato, avaliando a resistên- deverá ter como primeiro resultado “necessita de
cia muscular; exames complementares ou especializados” e trazer
1.1.3. mobilidade reflexa: pesquisa dos refle- informações do seu médico assistente através de
xos miotáticos. questionário padronizado (Anexo IX);
1.2. A coordenação será avaliada através do 2.2. O questionário deverá ser preenchido por
equilíbrio estático e dinâmico. médico assistente que acompanhe o candidato há, no
1.3. A força muscular será avaliada por provas mínimo, um ano;
de oposição de força e pela dinamometria manual: 2.3. Para efeito de avaliação consideram-se
1.3.1. na dinamometria para candidatos à dois grupos:
ACC e à direção de veículos das categorias A e B 2.3.1. grupo I - candidato em uso de medica-
será exigida força igual ou superior a 20Kgf em cada ção antiepiléptica;
uma das mãos, e para candidatos à direção de 2.3.2. grupo II - candidato em esquema de re-
veículos das categorias C, D e E, força igual ou tirada de medicação.
superior a 30 Kgf em cada uma das 2.4. Para a aprovação de candidato em uso de
mãos; medicação antiepiléptica (grupo I), este deverá
1.3.2. para o portador de deficiência física os apresentar as seguintes condições:
valores exigidos na dinamometria ficarão a critério da 2.4.1. um ano sem crise epiléptica;
Junta Médica Especial. 2.4.2. parecer favorável do médico assistente;
1.4. Da sensibilidade superficial e profunda:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 365

2.4.3. plena aderência ao tratamento. 2.7. Quando considerados aptos no exame


2.5. Para a aprovação de candidato em es- pericial, os seguintes critérios deverão ser observa-
quema de retirada de medicação (grupo II), este dos:
deverá apresentar às seguintes condições: 2.7.1. aptos somente para a direção de veícu-
2.5.1. não ser portador de epilepsia mioclôni- los da categoria "B";
ca juvenil; 2.7.2. diminuição do prazo de validade do
2.5.2. estar, no mínimo, há dois anos sem cri- exame, a critério médico, na primeira habilitação;
se epiléptica; 2.7.3. repetição dos procedimentos nos exa-
2.5.3. retirada de medicação com duração mes de renovação da CNH;
mínima de seis meses; 2.7.4. diminuição do prazo de validade do
2.5.4. estar, no mínimo, há seis meses sem exame, a critério médico, na primeira renovação e
ocorrência de crises epilépticas após a retirada da prazo normal nas seguintes para os candidatos que
medicação; se enquadrem no grupo I;
2.5.5. parecer favorável do médico assistente. 2.7.5. prazo de validade normal a partir da
2.6. Quando o parecer do médico assistente primeira renovação para os candidatos que se en-
for desfavorável, o resultado do exame deverá ser quadrem no grupo II.
“inapto temporariamente” ou “inapto”, dependendo
do caso.

ANEXO IX
RELATÓRIO DO MÉDICO ASSISTENTE
Identificação do paciente:
Nome: ........................................................................................ RG ...........................................
Endereço residencial:
Rua ........................................................ n ........... Apto .............. Bairro .....................................
CEP ................................. Cidade .......................................... e-mail: ..........................................
1 - Crise Epiléptica:
a) Tipo de crise ............................................................................................................................
b) Número estimado de crises nos últimos
• 06 meses ......................................
• 12 meses ......................................
• 18 meses ......................................
• 24 meses ......................................
c) Grau de confiança nas informações prestadas (na avaliação do perito):
Alto ( ) Médio ( ) Baixo ( )
d) Ocorrência das crises exclusivamente no sono?
Sim ( ) Não ( )
e) Fatores precipitantes conhecidos: Sim ( ) Não ( )
Quais? ..........................................................................................................................................
2 - Síndrome Epiléptica:
a) Tipo ..........................................................................................................................................
b) Resultado do último E.E.G ........................................................................................................
c) Resultado dos exames de imagem/data do último exame
T.C:. .............................................................................................................................................
R.M:. ............................................................................................................................................
3 - Em relação ao tratamento:
a) Medicação em uso (tipo/dose) ................................................................................................
................................................................................................................................................ .....
b) Duração do uso ........................................... (Tempo de Uso) ..................................................
366 Ordeli Savedra Gomes

c) Retirada da medicação atual em andamento? Sim ( ) Não ( )


Previsão do início .....................................Previsão do término ....................................................
4 - Parecer do médico assistente:
a) Nome .......................................................................................................................................
b) Especialidade ...........................................................................................................................
c) Tempo de tratamento com o médico atual ...............................................................................
d) Aderência ao tratamento: Alta ( ) Média ( ) Baixa ( ) Duvidosa ( )
e) Parecer favorável à liberação para direção de veículos automotores:
1 - Durante o uso de antiepilépticos: Sim ( ) Não ( )
2 - Após o término/retirada de antiepilépticos: Sim ( ) Não ( )
Data .........../ .........../ ...........
_______________________________________
Assinatura do médico responsável/CARIMBO
Ciente (Paciente):__________________________________________

ANEXO X
AVALIAÇÃO DOS DISTÚRBIOS DE SONO
1. Da avaliação dos distúrbios de sono (CID 1.2.1. Hipertensão Arterial Sistêmica: pressão
10 – G47): sistólica > 130mmHg e diastólica > 85mmHg;
1.1. Os condutores de veículos automotores 1.2.2. Índice de Massa Corpórea (IMC): >
quando da renovação, adição e mudança para as 30kg/m2;
categorias C, D e E deverão ser avaliados quanto à 1.2.3. Perímetro Cervical (medido na altura da car-
Síndrome de Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) de tilagem cricóide): homens >45cm e mulheres >38cm;
acordo com os seguintes parâmetros: 1.2.4. Classificação de Mallampati modifica-
1.1.1. parâmetros objetivos: hipertensão arte- do: classe 3 ou 4 (Anexo XII);
rial sistêmica, índice de massa corpórea, perímetro 1.2.5. Escala de Sonolência Epworth: > 12.
cervical, classificação de Malampatti modificado; 1.3. O candidato que apresentar escore na
1.1.2. parâmetros subjetivos: sonolência ex- escala de sonolência de Epworth maior ou igual a 12
cessiva medida por meio da Escala de Sonolência de (> 12) e/ou que apresentar dois ou mais indícios
Epworth (Anexo XI). objetivos de distúrbios de sono, a critério médico,
1.2. Serão considerados indícios de distúrbios poderá ser aprovado temporariamente ou ser enca-
de sono, de acordo com os parâmetros acima, os minhado para avaliação médica específica e realiza-
seguintes resultados: ção de polissonografia (PSG).

ANEXO XI
ESCALA DE SONOLÊNCIA DE EPWORTH

Nome:_________________________________________________________________________
Qual é a probabilidade de você “cochilar” ou adormecer nas situações que serão apresentadas a seguir,
em contraste com estar sentindo-se simplesmente cansado? Isso diz respeito ao seu modo de vida comum, nos
tempos atuais. Ainda que você não tenha feito, ou passado por nenhuma dessas situações, tente calcular como
poderiam tê-lo afetado.
Utilize a escala apresentada a seguir para escolher o número mais apropriado para cada situação:

0 = nenhuma chance de cochilar


1 = pequena chance de cochilar
2 = moderada chance de cochilar
3 = alta chance de cochilar
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 367

SITUAÇÃO: CHANCE
DE COCHILAR
Sentado(a) e lendo ____________
Assistindo TV ____________
Sentado(a) em lugar público (ex.: sala de espera) ____________
Como passageiro(a) de trem, carro ou ônibus, andando uma hora sem parar ____________
Deitando-se para descansar à tarde, quando as circunstâncias permitem ____________
Sentado(a) e conversando com alguém ____________
Sentado(a) calmamente após o almoço sem álcool ____________
Se você tiver carro, enquanto pára por alguns minutos em virtude de trânsito intenso ____________
TOTAL: ____________

ANEXO XII
ÍNDICE DE MALLAMPATI

ANEXO XIII
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
O candidato deverá ser capaz de apresentar: cia para a direção, identificando-os dentro do campo
1. Tomada de informação geral do meio ambiente;
1. 1. Atenção: manutenção da visão conscien- 1.1.3. atenção distribuída: capacidade de
te dos estímulos ou situações. atenção a vários estímulos ao mesmo tempo.
1.1.1. atenção difusa ou vigilância: esforço 1.2. Detecção: capacidade de perceber e in-
voluntário para varrer o campo visual na sua frente à terpretar os estímulos fracos de intensidade ou após
procura de algum indício de perigo ou de orientação; ofuscamento.
1.1.2. atenção concentrada seletiva: fixação 1.3. Discriminação: capacidade de perceber e
da atenção sobre determinados pontos de importân- interpretar dois ou mais estímulos semelhantes.
368 Ordeli Savedra Gomes

1.4. Identificação: capacidade de perceber e de trânsito, o comportamento seguro para a situação


identificar sinais e situações específicas de trânsito. que se apresenta.
2. Processamento de informação 4. Comportamento
2.1. Orientação espacial e avaliação de dis- 4.1. Comportamentos adequados às situações
tância: capacidade de situar-se no tempo, no espaço que deverão incluir tempo de reação simples e com-
ou situação reconhecendo e avaliando os diferentes plexo, coordenação viso e audio-motora, coordena-
espaços e velocidades. ção em quadros motores complexos, aprendizagem e
2.2. Conhecimento cognitivo: capacidade de memória motora.
aprender, memorizar e respeitar as leis e as regras de 4.2. Capacidade para perceber quando suas
circulação e de segurança no trânsito. ações no trânsito correspondem ou não ao que pre-
2.3. Identificação significativa: identificar si- tendia fazer.
nais e situações de trânsito. 5. Traços de Personalidade
2.4. Inteligência: capacidade de verificar, pre- 5.1. Equilíbrio entre os diversos aspectos emo-
ver, analisar e resolver problemas de forma segura cionais da personalidade.
nas diversas situações da circulação. 5.2. Socialização: valores, crenças, opiniões,
2.5. Memória: capacidade de registrar, reter, atitudes, hábitos e afetos que considerem o ambiente
evocar e reconhecer estímulos de curta duração de trânsito como espaço público de convívio social
(memória em curto prazo); experiências passadas e que requer cooperação e solidariedade com os dife-
conhecimentos das leis e regras de circulação e de rentes protagonistas da circulação.
segurança (memória em longo prazo) e a combinação 5.3. Ausência de traços psicopatológicos não
de ambas na memória operacional do momento. controlados que podem gerar, com grande probabili-
2.6. Julgamento ou juízo crítico: escala de va- dade, comportamentos prejudiciais à segurança de
lores para perceber, avaliar a realidade, chegando a trânsito para si e ou para os outros.
julgamentos que levem a comportamentos de segu- Observação: Para realização da avaliação psi-
rança individual e coletiva no trânsito. cológica, o psicólogo responsável por ela deverá se
3. Tomada de decisão reportar às Resoluções do Conselho Federal de Psico-
3.1. Capacidade para escolher dentre as vá- logia que instituem normas e procedimentos para a
rias possibilidades que são oferecidas no ambiente avaliação psicológica no contexto do Trânsito.

ANEXO XIV
ROTEIRO DE ENTREVISTA PSICOLÓGICA
1. Na entrevista deverão ser observados e registrados os seguintes dados:
1.1. identificação pessoal;
1.2. motivo da avaliação psicológica;
1.3. histórico escolar e profissional;
1.4. histórico familiar;
1.5. indicadores de saúde/doença;
1.6. aspectos da conduta social;
2. Os itens contidos no roteiro de entrevista psicológica deverão seguir as normas e legislações estabe-
lecidas pelo Conselho Federal de Psicologia.

ANEXO XV
RESTRIÇÕES CÓDIGO NA CNH
obrigatório o uso de lentes corretivas A
obrigatório o uso de prótese auditiva B
obrigatório o uso de acelerador à esquerda C
obrigatório o uso de veículo com transmissão automática D
obrigatório o uso de empunhadura/manopla/pômo no volante E
obrigatório o uso de veículo com direção hidráulica F
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 369

obrigatório o uso de veículo com embreagem manual ou com automação de


G
embreagem ou com transmissão automática
obrigatório o uso de acelerador e freio manual H
obrigatório o uso de adaptação dos comandos de painel ao volante I
obrigatório o uso de adaptação dos comandos de painel para os membros inferiores
J
e/ou outras partes do corpo
obrigatório o uso de veículo com prolongamento da alavanca de câmbio e/ou
K
almofadas (fixas) de compensação de altura e/ou profundidade
obrigatório o uso de veículo com prolongadores dos pedais e elevação do assoalho
L
e/ou almofadas fixas de compensação de altura e/ou profundidade
obrigatório o uso de motocicleta com pedal de câmbio adaptado M
obrigatório o uso de motocicleta com pedal do freio traseiro adaptado N
obrigatório o uso de motocicleta com manopla do freio dianteiro adaptada O
obrigatório o uso de motocicleta com manopla de embreagem adaptada P
obrigatório o uso de motocicleta com carro lateral ou triciclo Q
obrigatório o uso de motoneta com carro lateral ou triciclo R
obrigatório o uso de motocicleta com automação de troca de marchas S
vedado dirigir em rodovias e vias de trânsito rápido T
vedado dirigir após o pôr-do-sol U
(Item “V” excluído pela Res. 474/14) V
outras restrições X

ANEXO XVI
REQUISITOS MÍNIMOS DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA
EM MEDICINA DE TRÁFEGO
1. Treinamento em Medicina de Tráfego Curativa: • Trauma na criança;
emergências clínicas e traumáticas (cirúrgicas) • Atendimento pré-hospitalar do queimado;
• Atendimento pré-hospitalar (APH); • Estabilização e transporte do paciente.
• Avaliação primária e secundária de um paciente Locais: Serviços de emergência e resgate, ambula-
no APH (traumático e não traumático); tórios e unidades de internação clínica e cirúrgica.
• Sistemas de urgência; Carga horária: mínimo de 35%.
• Unidade de emergência; 2. Treinamento em Medicina de Viagem
• Procedimentos básicos e exames básicos; (Doenças infecto-contagiosas e imunizações)
• Cinética do trauma; Locais: ambulatórios e unidades de internação.
• Vias aéreas e ventilação; Carga horária: mínimo de 5%.
• Reanimação cardiorrespiratória;
3. Treinamento em Medicina de Tráfego Preventiva
• Controle de hemorragias externas;
Atenção primária à saúde: Clínica Médica, Oftalmo-
• Choque e reposição volêmica; logia, Otorrino, Neurologia, Ortopedia e Traumato-
• Ferimentos; logia, Psiquiatria, Endocrinologia, Reumatologia e
• Principais emergências clínicas (não traumáticas); Cardiologia.
• Trauma de crânio; Locais: ambulatórios e unidades de internação.
• Trauma de tórax; Carga horária: mínimo de 30%.
• Trauma abdominal; 4. Treinamento em Medicina de Tráfego Legal
• Trauma abdominal na gestante; Medicina Legal; perícia médica.
• Trauma da coluna e da medula; Local: Instituto Médico Legal.
• Trauma de extremidades; Carga horária: mínimo de 5%.
370 Ordeli Savedra Gomes

5. Treinamento em Medicina de Tráfego Ocupacional - A responsabilidade legal do perito examinador e


Locais: Serviços e centrais de referências de saú- a abrangência do laudo de aptidão;
de do trabalhador na área de tráfego. - O médico de equipe de fiscalização;
Carga horária: mínimo de 5%. - O laudo médico e laboratorial como prova crimi-
6. Cursos Obrigatórios: bioética, ética médica, meto- nal no trânsito;
dologia científica, epidemiologia, bioestatística e - Os direitos individuais versus coleta para exame
perícias médicas. e quais exames são utilizados;
- A recusa em submeter-se a exames – legislação;
MEDICINA DE TRÁFEGO - Catástrofes produzidas pelos acidentes ou libera-
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ção de cargas perigosas no meio ambiente;
Medicina de Tráfego - A violência urbana (medo de assaltos, pânico)
- Conceituação; e a produção de condutores delituososaciden-
- Áreas de abrangência; tógenos.
- Histórico; Epidemiologia do acidente de trânsito
- Terminologia – Nomenclatura. - Sistemas de análises estatísticas aplicados ao
Medicina de Tráfego Preventiva e Medicina de Tráfego meio-ambiente-homem-veículo;
Legal - Distribuição, morbi-mortalidade, sequelas e inca-
- O estado de saúde do motorista; pacidade produzidas pelos acidentes de trânsito;
- A performance do condutor; - AIS (Escala Abreviada de Injúrias – Abbreviated
Injury Scale da AAAM);
- Tempos de reação e simulação em laboratório da
resposta do condutor; - CID 10 – consultas e determinação precisa da mor-
- Doenças pré-existentes e riscos para a condução bidade e mortalidade (especialmente capítulo XX);
veicular; - Educação e treinamento para segurança no tráfego;
- A perícia do condutor para fins da obtenção da - Aplicação do conhecimento epidemológico;
CNH. - Conceito de morte;
- A omissão de socorro.
Comportamento do condutor
- Sexo e idade; Grupos de alto risco em desastres
- Personalidade. - Pedestres (crianças, idosos, destituídos);
- Condutores (motociclistas, adolescentes);
O álcool nos acidentes de trânsito
- Usuários de drogas e álcool.
- Mensurações do álcool;
- Absorção do álcool; Engenharia, rodovias e fatores ambientais como causas
- O efeito do álcool. de acidentes
- Características dos veículos;
Outras drogas - Características das vias;
- Fármacos (lícitas) e seus efeitos relacionados com - Fatores ambientais (poluição atmosférica, sonora,
a doença tratada (psicoativas, analgésicos, antin- outras);
flamatórios, antihistamínicos, etc);
- A dificuldade de identificar fatores específicos
- Drogas ilícitas, seus efeitos e doença básica (de- pela complexidade das causas- efeitos;
pendência).
- Acessibilidade ao meio físico – CB-40 da ABNT.
Medicina de Tráfego Legal
Critérios para a habilitação
- O exame médico de aptidão para a obtenção da Pessoa com Deficiência
CNH (direito adquirido ou privilégio?);
- As adaptações nos veículos para as pessoas
- Legislação de trânsito; CONTRAN – as Câmaras com deficiência;
Temáticas, o papel da Medicina de Tráfego em esta-
belecer parâmetros para embasar leis e resoluções; - O exame prático para as pessoas com deficiên-
cia;
- O prazo de validade do exame de saúde – Reso-
lução do CONTRAN (80/98 e anteriores); - As restrições para as pessoas com deficiência;
- Parâmetros para as diferentes classes de condu- - A contra-indicação (temporária ou definitiva) da
tores de acordo com as resoluções do CONTRAN direção veicular;
e respectiva legislação de trânsito; - O condutor reincidente (infrações e acidentes);
- O credenciamento no sistema de trânsito; - O condutor acidentógeno (tipos de personalidade
e tipos de veículos utilizados).
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 371

Medidas e equipamentos de segurança ativa e passiva - As contaminações, as aglomerações (transportes


- Proteções efetivas para os ocupantes dos veícu- coletivos, as propagações de doenças);
los, quando e como devem ser usadas; - O pedestre, o ciclista – doenças preveníveis e
- Cinto de segurança e seus vários tipos; adquiríveis pelo exercício;
- Capacetes e seus vários tipos, luvas e roupas - A falta de recursos e pontos de apoio para os
especiais; trafegantes em relação a doenças. O que fazer
- Airbags; quando, por alteração na saúde, é contra indicada
a mobilidade;
- Tipo de veículo utilizado e seus equipamentos
(ABS, barra de proteção transversal, direção hi- - Emergências clínicas;
dráulica progressiva). - Arritmias cardíacas;
- Descompensações do diabetes;
Medicina de Tráfego Curativa: Emergências clínicas e - Coma:
traumáticas (cirúrgicas) crise hipertensiva;
- Atendimento pré-hospitalar (APH); crise tireotóxica;
- Avaliação primária e secundária de um paciente coma mixedematoso;
no APH (traumático e não-traumático);
hipoxia;
- Sistemas de urgência; hipoglicemia;
- Unidade de emergência;
encefalopatia hepática;
- Procedimentos básicos e exames básicos;
narcose;
- Cinética do trauma; diabetes;
- Vias aéreas e ventilação; uremia;
- Reanimação cardiorrespiratória; hipotensão;
- Controle de hemorragias externas; infecção;
- Choque e reposição volêmica;
intoxicações exógenas.
- Ferimentos;
- Asma;
- Principais emergências clínicas (não traumáticas); - DPOC;
- Trauma de crânio; - Choque elétrico;
- Trauma de tórax; - Quase afogamento;
- Trauma abdominal; - Hipotermia;
- Trauma abdominal na gestante; - Intoxicações Agudas;
- Trauma da coluna e da medula; - Parada cardiorrespiratória na infância e adoles-
- Trauma de extremidades; cência;
- Trauma na criança; - Crise hipertensiva.
- Atendimento pré-hospitalar do queimado;
- Estabilização e transporte do paciente; Medicina do Tráfego Ocupacional
- As fases de uma colisão; - A “hora-extra” num trabalho penoso;
- Repercussão dos congestionamentos de tráfego - Tipos de acidentes entre os motoristas;
sobre o organismo humano; - Ações dos produtos da combustão sobre o orga-
- Características do trabalho penoso; nismo humano;
- Riscos físicos, químicos e ergonômicos; - Alternativas de geração de energia não poluente;
- Injúria biomecânica; - Equipamentos de proteção individual (EPI) para o
- Crash testes; transporte;
- Ações da aceleração e desaceleração sobre o
- Perícia dos acidentes;
organismo humano;
- A perícia técnica e a pesquisa nos tribunais;
- Aposentadoria – auxílio doença em profissionais
- A reabilitação do motorista (infrator, sequelas, incapacitados;
profissional);
- Higienização de veículos;
- O estojo e equipamentos de primeiros socorros
(histórico e conteúdo); - Habilitação especial para o condutor de carga
perigosa (carga-descarga);
- As doenças decorrentes do uso do veículo (se-
dentarismo, poluição, estresse, violência); - Programas especiais para prevenção de aciden-
tes. detecção de reincidências.
- As alterações ambientais e a saúde – meio am-
biente “externo” e “interno” tendo o veículo como Medicina de Viagem:
referência; - Conceituação
372 Ordeli Savedra Gomes

- Planejamento das viagens; - Fisiologia do vôo;


- O ambiente nas viagens e situações de risco pa- - Ambiente físico de cabines;
ra o viajante; - Álcool, drogas e medicamentos na aviação;
- Doenças pré-existentes: conduta e adequação a - Fatores humanos na aviação: passageiros, co-
serem observadas no percurso e destino final; missários e pilotos;
- Os meios de transporte utilizados e suas ocor- - Sono, fadiga, estresse na aviação;
rências mais frequentes (terrestre, aéreo, naval); - Exames para habilitação:
- Ser condutor ou ser passageiro: diferenciar situ- Oftalmologia;
ações; Otorrinolaringologia;
- O médico quando viajante: o que fazer perante uma Cardiologia – Angiologia;
emergência, a conduta específica do médico de trá-
Neurologia;
fego nas doenças e situações de risco e desastres;
Psiquiatria;
- “Kits” de viagem, o “kit” do médico, o “kit” do
não médico e adequações individuais; Ortopedia;
- Condutas a serem estabelecidas para áreas ca- Clínica;
rentes de recursos. - Doenças Orgânicas e o vôo: Diabetes, DPOC,
- Material de socorro básico em veículos que Nefropatias e Reumatopatias;
transportam grande quantidade de pessoas; - Avaliação Psicológica na aviação;
- A maleta de primeiros socorros; - Infectologia – Vacinações;
- Os riscos de doenças apresentadas pela alimen- - Pediatria e o voo;
tação, água, contatos interpessoais – regiões de - Nutrologia;
endemias/epidemias; - Ciclos cardianos e mudanças climáticas bruscas;
- A locomoção e o transporte como propagador de - Equipamentos e técnicas de sobrevivência;
doenças e as mudanças de hábitos e comporta- - Aspectos ocupacionais(pensões, aposentadorias,
mentos. As diferentes condições e recursos para doenças);
controle na disseminação de doenças; - Transporte e resgate aéreo de pacientes e víti-
- Os seguros (saúde e patrimoniais) e sua abran- mas;
gência – facilidade para o viajante; - Emergências em aeroportos.
- Vacinações para a viagem;
Medicina do Tráfego Aquático
- Consultas pré e pós viagem (imediatas e tardias);
- Histórico do tipo de transporte;
- Febre e hemograma após viagem (eosinofilia);
- Histórico do tema na área médica;
- O direito (nacional e internacional), a omissão do
socorro, a cobrança de honorários, a autoridade - Ambiente físico das embarcações;
para intervir e coordenar o socorro; - Avaliação dos condutores (Habilitação):
- O viajante ocasional e o viajante habitual; Clínicas;
- A viagem sem acompanhantes e a viagem em Especialidades:Oftalmo, Otorrino, Neuro e Psiquia-
grupo – prevenções e responsabilidades das tria.
companhias de turismo; - Avaliação psicológica dos condutores;
- Fuso horários, ciclos cardianos, medicação em cur- - Doenças que comumente afetam os trafegantes
so: precauções em levar medicamentos e receitas (passageiros, tripulantes, condutores):
para eventuais faltas e a legislação internacional; Cinetoses
- Os fatores sócio-econômico-culturais como de- Diarréias e Aspectos Psiquiátricos;
terminantes de problemas ou facilidades – “Sín- - Nutrição, entretenimento e exercícios nas embar-
drome da Classe Econômica”; cações;
- As diferentes legislações e as dificuldades para o - Álcool, drogas, medicamentos e o navegante;
condutor se adequar a cada sistema de tráfego; - Atendimento médico nas embarcações: ambula-
- Sistemas de integração de informações (ABRA- torial e emergências – resgastes;
MET, Internet, Secretarias de Estados, Centros de - O aspecto ocupacional dos navegantes;
controles de endemias); - Doenças, aposentadorias, benefícios.
- Telemedicina e Informática Médica (conceitos e
principais utilidades). Medicina do Tráfego Ferroviário
- Histórico do tipo de transporte;
Medicina de Tráfego Aéreo - Histórico do tema na área médica;
- Histórico do tipo de transporte; - Habilitações de Condutores – requisitos exigidos;
- Histórico do estudo na área médica;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 373

- Desastres e resgate; RESIDÊNCIA MÉDICA EM


- Emergências médicas; MEDICINA DE TRÁFEGO
- Nutrição – sono – fadiga; Foi publicado no DOU 252, de 29.12.2003, na
- Aspectos ocupacionais na atividade. Seção I, p. 7, a Resolução 4 da Comissão Nacional de
Residência Médica, que aprova o Programa de Resi-
dência Médica em Medicina de Tráfego.

ANEXO XVII
CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA PSICÓLOGO PERITO EXAMINADOR
O conteúdo programático do Curso de Capacitação para Psicólogo Perito Examinador de Trânsito Res-
ponsável pela Avaliação Psicológica será multidisciplinar, dentro das seguintes áreas de estudo:

DISCIPLINA Carga Horária


Psicologia do Trânsito e Prevenção de Acidentes:
• A psicologia do trânsito: origem, objeto e objetivo;
• A psicogênese do comportamento: visão genérica;
16
• A infração, os infratores e a segurança de trânsito;
• Fatores humanos no trânsito;
• Intervenções da Psicologia na prevenção de acidentes.
Metodologia da Pesquisa Aplicada à Psicologia de Trânsito:
• Ciência e Psicologia:
– visões de homem e de mundo da ciência psicológica;
– áreas, métodos e tipos de pesquisa em Psicologia do Trânsito.
• Planejamento e desenvolvimento da pesquisa em Psicologia do Trânsito: 16
– etapas do desenvolvimento da pesquisa: escolha do tema, problemática, objetivos, justificativa,
metodologia, análise de dados, resultados, discussão e elaboração de relatório;
– desenvolvimento prático de pesquisa em grupos de trabalho;
estatísticas do trânsito
Inter relação da Psicologia do Trânsito com:
Legislação do Trânsito:
• Da relação do homem com a lei;
• Relação entre o CTB e o exercício da cidadania.
Psicologia Social:
• Conceito de Circulação Humana;
• Relação entre Trânsito e Circulação Humana;
• Circulação Humana e Urbana: a cidade como fenômeno psicossocial.
Engenharia do Trânsito:
• Segurança: planejamento e monitoramento do trânsito;
• Mobilidade, acessibilidade e qualidade de vida.
Saúde Pública:
60
• Relação entre trânsito e Saúde Pública;
• Medicina do tráfego: suas áreas de abrangência e atuações;
• Epidemiologia dos acidentes de trânsito;
• Uso do álcool, drogas ilícitas e prescritas e suas implicações no comportamento dos atores do
trânsito;
• As diversas abordagens em Psicopatologia.
Educação e Cidadania no Trânsito:
• Princípios de Aprendizagem para o Trânsito;
• Programas de Educação para o Trânsito;
• Noções de Cidadania;
• Procedimentos educacionais e psicológicos para a formação e reabilitação dos candidatos ou
condutores.
374 Ordeli Savedra Gomes

Ética Profissional:
8
• A ética profissional e os direitos humanos.
Peritagem e elaboração de documentos:
• Conceitos e metodologias de peritagem;
8
• Leis e resoluções do Conselho Federal de Psicologia – laudo, parecer, relatório e atestado
psicológico.
Normas e Procedimentos da Avaliação Psicológica:
• Concepções da Avaliação Psicológica (Resolução CFP 007/03 e procedimentos desta
Resolução);
• Definição, objetivos e operacionalização;
• Instrumentos e técnicas de avaliação psicológica: teste, entrevista, observação, técnica
projetiva;
• Processo de Avaliação Psicológica: métodos descritivos e compreensivos; a entrevista 48
diagnóstica; tipos de entrevistas: inicial, para aplicação dos testes e devolutiva;
• Uso de instrumentos: procedimentos/recursos (Resolução CFP 002/03);
• Avaliação psicológica contextualizada nas questões éticas, políticas, econômicas, sociais e
administrativas;
• Avaliação de pessoas portadoras de necessidades especiais;
• Estudos de casos da Avaliação Psicológica.
Ensaio Monográfico 24
CARGA HORÁRIA TOTAL 180

1. Atividades práticas: aplicação e execução de testes e laudos psicológicos.


2. Da aprovação: ter cumprido 75% da carga horária estabelecida, e obtido nota mínima 7,0 na avaliação de
cada disciplina.
3. Da avaliação final: constará de ensaio monográfico de temas relacionados a Psicologia do Trânsito.
ANEXO XVIII
MAPA ESTATÍSTICO MENSAL – AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
NOME:
ENDEREÇO DA ENTIDADE:
MÊS: ANO:

HABILITAÇÃO APTO INAPTO INAPTO TOTAL


PRETENDIDA TEMPORÁRIO
Nº % Nº % Nº %
INICIAL A
C
C
A
B
A
B
RENOVAÇÃO A
C
C
A
B
C
D
E
A
B
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 375

A
C
A
D
A
E
TOTAL

MUNICÍPIO: DATA:

____________________________________________
Psicólogo Perito Examinador de Trânsito ou Especialista em Psicologia de Trânsito

ANEXO XIX
MAPA ESTATÍSTICO MENSAL – EXAME DE APTIDÃO FÍSICA E MENTAL

NOME:
ENDEREÇO DA ENTIDADE:
MÊS: ANO:

HABILITAÇÃO APTO APTO COM INAPTO INAPTO TOTAL


PRETENDIDA RESTRIÇÕES TEMPORÁRIO
Nº % Nº % Nº % Nº %
EXAME A
INICIAL C
C
A
B
A
B
RENOVAÇÃO A
C
C
A
B
C
D
E
A
B
A
C
A
D
A
E
ADIÇÃO A
C
C
A
B
376 Ordeli Savedra Gomes

MUDANÇA C
DE CATEGORIA D
E
TOTAL

MUNICÍPIO: DATA:

____________________________________________
Médico Perito Examinador de Trânsito ou Especialistas em Medicina de Tráfego

ANEXO XX
RELAÇÃO DOS CANDIDATOS SUBMETIDOS A AVALIAÇÃO

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

MÊS: ANO:

Nome (*) Resultado Permissão Renovação Categoria

Observação: Citar, em primeiro lugar, os candidatos considerados aptos, em seguida os considerados


inaptos temporários e inaptos e, finalmente, os casos em andamento.
____________________________________________
Local e Data
____________________________________________
Assinatura do Psicólogo Perito Examinador de Trânsito ou Especialista em Psicologia de Trânsito

ANEXO XXI
RELAÇÃO DOS CANDIDATOS SUBMETIDOS AO EXAME

EXAME DE APTIDÃO FÍSICA E MENTAL

MÊS: ANO:

Nome (*) Resultado Permissão Renovação Adição Mudança Categoria


Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 377

Observação: Citar, em primeiro lugar, os candidatos considerados aptos, em seguida os considerados aptos
com restrições, os inaptos temporários e os considerados inaptos, e, finalmente, os casos em andamento.

____________________________________________
Local e Data
____________________________________________
Assinatura do Médico Perito Examinador de Trânsito ou Especialistas em Medicina de Tráfego

ANEXO XXII
DO EXAME TOXICOLÓGICO
(Revogado pela Res. 691/17)

RESOLUÇÃO 426, DE 05.12.2012


Dispõe sobre o sistema de travamento do capuz e rodas
dos veículos automotores, e seus elementos de fixação
e enfeites.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo
art. 12, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o disposto
no Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT;
Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar os requisitos de segurança para os veículos au-
tomotores nacionais e importados;
Considerando a necessidade de garantir a segurança dos condutores e passageiros dos veículos;
Considerando que há a necessidade de manter os requisitos para o sistema de travamento do capuz;
Considerando que há a necessidade de manter os requisitos para rodas, elementos de fixação e seus enfeites;
Considerando o que consta nos processos 80000.016490/2011-66 e 80000.016491/2011-19; RESOLVE:
Art. 1º. O capuz que se abre pela frente, e que Parágrafo único. O requisito estabelecido nes-
em qualquer posição aberta encobre parcial ou com- te Artigo se aplica a automóveis, camionetas, cami-
pletamente a visão do condutor através do para- nhonetes, caminhões, utilitários, ônibus, micro-ônibus
brisa, deve ser provido de um sistema de travamento e veículos de duas ou três rodas.
de dois estágios ou uma segunda trava. Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor na data
Parágrafo único. O requisito estabelecido neste de sua publicação e ficam revogadas as Resoluções
Artigo se aplica a automóveis, camionetas, caminhone- CONTRAN 461/72 e 636/84.
tes, caminhões, utilitários, ônibus e micro-ônibus.
Art. 2º. Rodas, seus elementos de fixação e Julio Ferraz Arcoverde
seus enfeites, não devem ter partes cortantes ou ele-
mentos protuberantes.
378 Ordeli Savedra Gomes

RESOLUÇÃO 432, DE 23.01.2013


Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas
autoridades de trânsito e seus agentes na fiscalização
do consumo de álcool ou de outra substância psicoativa
que determine dependência, para aplicação do disposto
nos arts. 165, 276, 277 e 306 da Lei 9.503, de
23.09.1997 – Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei
9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e nos termos do disposto no Decreto 4.711,
de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito.
CONSIDERANDO a nova redação dos art. 165, 276, 277 e 302, da Lei 9.503, de 23.09.1997, dada pela
Lei 12.760, de 20.12.2012;
CONSIDERANDO o estudo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, ABRAMET, acerca dos pro-
cedimentos médicos para fiscalização do consumo de álcool ou de outra substância psicoativa que determine
dependência pelos condutores; e
CONSIDERANDO o disposto nos processos 80001.005410/2006-70, 80001.002634/2006-20 e
80000.000042/2013-11; RESOLVE,
Art. 1º. Definir os procedimentos a serem ado- a realização do exame de sangue ou exame clínico, não
tados pelas autoridades de trânsito e seus agentes na será necessário aguardar o resultado desses exames
fiscalização do consumo de álcool ou de outra subs- para fins de autuação administrativa.
tância psicoativa que determine dependência, para DO TESTE DE ETILÔMETRO
aplicação do disposto nos arts. 165, 276, 277 e 306 Art. 4º. O etilômetro deve atender aos seguin-
da Lei 9.503, de 23.09.1997 – Código de Trânsito
tes requisitos:
Brasileiro (CTB).
I - ter seu modelo aprovado pelo INMETRO;
Art. 2º. A fiscalização do consumo, pelos
condutores de veículos automotores, de bebidas II - ser aprovado na verificação metrológica
alcoólicas e de outras substâncias psicoativas que inicial, eventual, em serviço e anual realizadas pelo
determinem dependência deve ser procedimento Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecno-
operacional rotineiro dos órgãos de trânsito. logia – INMETRO ou por órgão da Rede Brasileira de
Metrologia Legal e Qualidade – RBMLQ.
Art. 3º. A confirmação da alteração da capa-
cidade psicomotora em razão da influência de álcool Parágrafo único. Do resultado do etilômetro
ou de outra substância psicoativa que determine (medição realizada) deverá ser descontada margem
dependência dar-se-á por meio de, pelo menos, um de tolerância, que será o erro máximo admissível,
dos seguintes procedimentos a serem realizados no conforme legislação metrológica, de acordo com a
condutor de veículo automotor: “Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro”
constante no Anexo I.
I - exame de sangue;
II - exames realizados por laboratórios especia- DOS SINAIS DE ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE
lizados, indicados pelo órgão ou entidade de trânsito PSICOMOTORA
competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de Art. 5º. Os sinais de alteração da capacidade
consumo de outras substâncias psicoativas que psicomotora poderão ser verificados por:
determinem dependência; I – exame clínico com laudo conclusivo e fir-
III - teste em aparelho destinado à medição do mado por médico perito; ou
teor alcoólico no ar alveolar (etilômetro); II – constatação, pelo agente da Autoridade
IV - verificação dos sinais que indiquem a al- de Trânsito, dos sinais de alteração da capacidade
teração da capacidade psicomotora do condutor. psicomotora nos termos do Anexo II.
§ 1º Além do disposto nos incisos deste arti- § 1º Para confirmação da alteração da capa-
go, também poderão ser utilizados prova testemu- cidade psicomotora pelo agente da Autoridade de
nhal, imagem, vídeo ou qualquer outro meio de prova Trânsito, deverá ser considerado não somente um
em direito admitido. sinal, mas um conjunto de sinais que comprovem a
§ 2º Nos procedimentos de fiscalização deve- situação do condutor.
-se priorizar a utilização do teste com etilômetro. § 2º Os sinais de alteração da capacidade
§ 3º Se o condutor apresentar sinais de altera- psicomotora de que trata o inc. II deverão ser descri-
ção da capacidade psicomotora na forma do art. 5º ou tos no auto de infração ou em termo específico que
haja comprovação dessa situação por meio do teste de contenha as informações mínimas indicadas no Ane-
etilômetro e houver encaminhamento do condutor para xo II, o qual deverá acompanhar o auto de infração.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 379

DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA II - no caso do art. 5º, os sinais de alteração


Art. 6º. A infração prevista no art. 165 do CTB da capacidade psicomotora de que trata o Anexo II
será caracterizada por: ou a referência ao preenchimento do termo específico
I – exame de sangue que apresente qualquer de que trata o § 2º do art. 5º;
concentração de álcool por litro de sangue; III - no caso de teste de etilômetro, a marca,
II – teste de etilômetro com medição realiza- modelo e nº de série do aparelho, nº do teste, a
da igual ou superior a 0,05 miligrama de álcool por medição realizada, o valor considerado e o limite
litro de ar alveolar expirado (0,05 mg/L), descontado regulamentado em mg/L;
o erro máximo admissível nos termos da “Tabela de IV - conforme o caso, a identificação da (s)
Valores Referenciais para Etilômetro” constante no testemunha (s), se houve fotos, vídeos ou outro meio
Anexo I; de prova complementar, se houve recusa do condu-
III – sinais de alteração da capacidade psico- tor, entre outras informações disponíveis.
motora obtidos na forma do art. 5º. § 1º Os documentos gerados e o resultado
Parágrafo único. Serão aplicadas as penali- dos exames de que trata o inciso I deverão ser
dades e medidas administrativas previstas no art. anexados ao auto de infração.
165 do CTB ao condutor que recusar a se submeter a § 2º No caso do teste de etilômetro, para
qualquer um dos procedimentos previstos no art. 3º, preenchimento do campo “Valor Considerado” do
sem prejuízo da incidência do crime previsto no art. auto de infração, deve-se observar as margens de
306 do CTB caso o condutor apresente os sinais de erro admissíveis, nos termos da “Tabela de Valores
alteração da capacidade psicomotora. Referenciais para Etilômetro” constante no Anexo I.
DO CRIME
DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
Art. 7º. O crime previsto no art. 306 do CTB
será caracterizado por qualquer um dos procedimen- Art. 9º. O veículo será retido até a apresenta-
tos abaixo: ção de condutor habilitado, que também será subme-
tido à fiscalização.
I - exame de sangue que apresente resultado
igual ou superior a 6 (seis) decigramas de álcool por Parágrafo único. Caso não se apresente
litro de sangue (6 dg/L); condutor habilitado ou o agente verifique que ele não
II - teste de etilômetro com medição realizada está em condições de dirigir, o veículo será recolhido
igual ou superior a 0,34 miligrama de álcool por litro ao depósito do órgão ou entidade responsável pela
de ar alveolar expirado (0,34 mg/L), descontado o fiscalização, mediante recibo.
erro máximo admissível nos termos da “Tabela de Art. 10. O documento de habilitação será re-
Valores Referenciais para Etilômetro” constante no colhido pelo agente, mediante recibo, e ficará sob
Anexo I; custódia do órgão ou entidade de trânsito responsá-
III - exames realizados por laboratórios espe- vel pela autuação até que o condutor comprove que
cializados, indicados pelo órgão ou entidade de trân- não está com a capacidade psicomotora alterada,
sito competente ou pela Polícia Judiciária, em caso nos termos desta Resolução.
de consumo de outras substâncias psicoativas que § 1º Caso o condutor não compareça ao órgão
determinem dependência; ou entidade de trânsito responsável pela autuação no
IV - sinais de alteração da capacidade psico- prazo de 5 (cinco) dias da data do cometimento da
motora obtido na forma do art. 5º. infração, o documento será encaminhado ao órgão
§ 1º A ocorrência do crime de que trata o executivo de trânsito responsável pelo seu registro,
caput não elide a aplicação do disposto no art. 165 onde o condutor deverá buscar seu documento.
do CTB. § 2º A informação de que trata o § 1º deverá
§ 2º Configurado o crime de que trata este ar- constar no recibo de recolhimento do documento de
tigo, o condutor e testemunhas, se houver, serão en- habilitação.
caminhados à Polícia Judiciária, devendo ser acom-
DISPOSIÇÕES GERAIS
panhados dos elementos probatórios.
Art. 11. É obrigatória a realização do exame
DO AUTO DE INFRAÇÃO de alcoolemia para as vítimas fatais de acidentes de
Art. 8º. Além das exigências estabelecidas trânsito.
em regulamentação específica, o auto de infração la- Art. 12. Ficam convalidados os atos pratica-
vrado em decorrência da infração prevista no art. 165 dos na vigência da Deliberação CONTRAN 133, de
do CTB deverá conter: 21.12.2012, com o reconhecimento da margem de
I - no caso de encaminhamento do condutor tolerância de que trata o art. 1º da Deliberação CON-
para exame de sangue, exame clínico ou exame em TRAN referida no caput (0,10 mg/L) como limite regu-
laboratório especializado, a referência a esse proce- lamentar.
dimento;
380 Ordeli Savedra Gomes

Art. 13. Ficam revogadas as Resoluções Art. 14. Esta Resolução entra em vigor na data
CONTRAN 109, de 21.11.1999, e 206, de 20.10.2006, de sua publicação.
e a Deliberação CONTRAN 133, de 21.12.2012. Morvam Cotrim Duarte

ANEXO I
TABELA DE VALORES REFERENCIAIS PARA ETILÔMETRO

MR = Medição realizada pelo etilômetro


VC = Valor considerado para autuação
EM = Erro máximo admissível
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 381

* Para definição do VC, foi deduzido da MR o EM (VC = MR - EM). No resultado do VC foram consideradas
apenas duas casas decimais, desprezando-se as demais, sem arredondamento, observados os itens 4.1.2 e
5.3.1 do Regulamento Técnico Metrológico (Portaria 06/2002 do INMETRO), visto que o etilômetro apresenta
MR com apenas duas casas decimais.

Erro máximo admissível (EM):


1. MR inferior a 0,40mg/L: ........................................................................ 0,032 mg/L
2. MR acima de 0,40mg/L até 2,00mg/L: .................................................. 8%
3. MR acima de 2,00mg/L: ........................................................................ 30%

ANEXO II
SINAIS DE ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE PSICOMOTORA
Informações mínimas que deverão constar no termo mencionado no art. 6º desta Resolução, para cons-
tatação dos sinais de alteração da capacidade psicomotora pelo agente da Autoridade de Trânsito:
I. Identificação do órgão ou entidade de trânsito fiscalizador;
II. Dados do condutor:
a. Nome;
b. Número do Prontuário da CNH e/ou do documento de identificação;
c. Endereço, sempre que possível.
III. Dados do veículo:
a. Placa/UF;
b. Marca;
IV. Dados da abordagem:
a. Data;
b. Hora;
c. Local;
d. Número do auto de infração.
V. Relato do condutor:
a. Envolveu-se em acidente de trânsito;
b. Declara ter ingerido bebida alcoólica, sim ou não (Em caso positivo, quando);
c. Declara ter feito uso de substância psicoativa que determine dependência, sim ou não (Em caso posi-
tivo, quando);
VI. Sinais observados pelo agente fiscalizador:
a. Quanto à aparência, se o condutor apresenta:
i. Sonolência;
ii. Olhos vermelhos;
iii. Vômito;
iv. Soluços;
v. Desordem nas vestes;
vi. Odor de álcool no hálito.
b. Quanto à atitude, se o condutor apresenta:
i. Agressividade;
ii. Arrogância;
iii. Exaltação;
iv. Ironia;
v. Falante;
vi. Dispersão.
382 Ordeli Savedra Gomes

c. Quanto à orientação, se o condutor:


i. sabe onde está;
ii. sabe a data e a hora.
d. Quanto à memória, se o condutor:
i. sabe seu endereço;
ii. lembra dos atos cometidos;
e. Quanto à capacidade motora e verbal, se o condutor apresenta:
i. Dificuldade no equilíbrio;
ii. Fala alterada;
VII. Afirmação expressa, pelo agente fiscalizador:
a. De acordo com as características acima descritas, constatei que o condutor acima qualificado, está
( ) sob influência de álcool ( ) sob influência de substância psicoativa.
b. O condutor ( ) se recusou ( ) não se recusou a realizar os testes, exames ou perícia que permitiriam
certificar o seu estado quanto à alteração da capacidade psicomotora.
VIII. Quando houver testemunha (s), a identificação:
a. nome;
b. documento de identificação;
c. endereço;
d. assinatura.
IX. Dados do Policial ou do Agente da Autoridade de Trânsito:
a. Nome;
b. Matrícula;
c. Assinatura.

RESOLUÇÃO 441, DE 28.05.2013


Dispõe sobre o transporte de cargas de sólidos a gra-
nelnas vias abertas à circulação pública em todo o terri-
tório nacional.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12,
inciso I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT;
Considerando que o caput do art. 102 do Código de Trânsito Brasileiro exige que o veículo esteja devi-
damente equipado para evitar o derramamento de carga sobre a via;
Considerando que o parágrafo único do art. 102 do Código de Trânsito Brasileiro dá poderes ao CON-
TRAN para fixar os requisitos mínimos e a forma de proteção das cargas, de acordo com sua natureza;
Considerando o surgimento de tecnologias de acionamento mecânico de lonas;
Considerando o conteúdo dos Processos 80000.011729/2011-10 e 80000.009764/2012-41;
RESOLVE:
Art. 1º. O transporte de qualquer tipo de sóli- § 1º As cargas transportadas deverão estar
do a granel em vias abertas à circulação pública, não totalmente cobertas por lonas ou dispositivos simila-
realizado em carroceria inteiramente fechada, somen- res, que deverão cumprir os seguintes requisitos:
te será permitido nos seguintes casos: (caput com I - possibilidade de acionamento manual, me-
redação dada pela Res. 499/14, assim como os acrés- cânico ou automático;
cimos dos §§ 3º a 5º) II - estar devidamente ancorados à carroçaria
I - veículos com carroçarias de guardas late- do veículo;
rais fechadas; III - cobrir totalmente a carga transportada de
II - veículos com carroçarias de guardas late- forma eficaz e segura;
rais dotadas de telas metálicas com malhas de dimen-
IV - estar em bom estado de conservação, de
sões que impeçam o derramamento de fragmentos do
material transportado. forma a evitar o derramamento da carga transportada.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 383

§ 2º A lona ou dispositivo similar não poderá Art. 2º. O descumprimento do disposto nesta
prejudicar a eficiência dos demais equipamentos obri- Resolução sujeitará o infrator, conforme o caso, si-
gatórios. multaneamente ou não, às seguintes sanções: (caput
§ 3º Para fins desta Resolução entende-se e incisos com redação dada pela Res. 499/14)
como “sólido a granel” qualquer carga sólida fracio- I - em desacordo com os incisos e §§ 1º e 2º do
nada, fragmentada ou em grãos, transformada ou in art. 1º: art. 230, inc. IX ou X, do CTB, conforme o caso;
natura, transportada diretamente na carroceria do
II - com a carga ultrapassando os limites da
veículo sem estar acondicionada em embalagem.
carroceria, mas sem ultrapassar os limites de dimen-
§ 4º A carga transportada não poderá exceder
sões estabelecidos pela Resolução CONTRAN 210/06,
os limites da carroceria do veículo.
ou sucedâneas: art. 235 do CTB;
§ 5º As disposições deste artigo não se apli-
cam ao transporte de cargas que tenham regulamen- III - com a carga ultrapassando simultaneamen-
tação específica. te os limites da carroceria e um ou mais limites de
Art. 1º-A. Para os veículos utilizados no transpor- dimensões estabelecidos pela Resolução CONTRAN
te de cana-de-açúcar, o uso de lona, cordas ou dispositivo 210/06, ou sucedâneas: art. 231, inc. IV, do CTB;
similar de que trata o § 1º do art. 1º será exigido a partir IV - derramando carga sobre a via: art. 231,
do dia 1º de junho de 2017. (Artigo acrescido pela Res. inc. II, do CTB.
499/14, com redação dada pela Res. 664/17) Art. 3º. Fica revogada a Resolução CONTRAN
Art. 1º-B. A utilização de cordas, prevista no art. 732/89.
1º-A, fica restrita a cana-de-açúcar inteira, medindo entre Art. 4º. Esta Resolução entrará em vigor 30
1,50m e 3,00m. (Artigo acrescido pela Res. 664/17) (trinta) dias após a data de sua publicação.
Parágrafo único. As cordas deverão ter dis-
tância máxima entre elas de 1,50m, impedindo o derra- Antônio Claudio Portella Serra e Silva
mamento da carga na via.

RESOLUÇÃO 452, DE 26.09.2013


Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas
autoridades de trânsito e seus agentes na fiscalização
das emissões de gases de escapamento de veículos au-
tomotores de que trata o art. 231, inciso III, do Código
de Trânsito Brasileiro (CTB).
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no uso da atribuição que lhe confere o inciso I, do art.
12 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e tendo em vista o disposto no
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT;
Considerando o disposto no § 2º do artigo 280 do CTB, que estabelece a obrigatoriedade de regulamen-
tação prévia de instrumento utilizado para comprovação de cometimento de infração;
Considerando o disposto no inciso V do artigo 105 do CTB, que atribui ao CONTRAN o estabelecimento
de norma para definição de equipamento obrigatório destinado ao controle de emissão de gasespoluentes e de
ruído; e
Considerando o estabelecido na Lei 8.723, de 28.10.1993, que dispõe sobre a redução de emissão de
poluentes por veículos automotores e dá outras providências;
Considerando que compete aos órgãos e entidades de trânsito previstos nos arts. 20, 21, 22 e 24 do
CTB fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga,
no âmbito de suas respectivas circunscrições;
Considerando o disposto nas Resoluções CONAMA 418/09, Instrução Normativa IBAMA 6/2010 e suas
sucedâneas;
Considerando o inteiro teor do Processo 80001.009917/2009-45.
RESOLVE:
Art. 1º. Para fins de comprovação da ocor- Parágrafo único. O órgão máximo executivo
rência da infração de trânsito prevista no inciso III do de trânsito da União, no prazo máximo de 90 (noven-
artigo 231 do CTB serão observados os índices ta) dias, divulgará os limites de emissões de gases e
estabelecidos pela Resolução CONAMA 418, de os procedimentos de fiscalização constantes da Ins-
25.11.2009, e suas sucedâneas.
384 Ordeli Savedra Gomes

trução Normativa IBAMA 6/2010 a serem praticados II – valor considerado: valor considerado para
pelos órgãos de trânsito. infração, obtido subtraindo-se o erro máximo admis-
sível da medição realizada;
DO EQUIPAMENTO DE FISCALIZAÇÃO
III – limite regulamentado: limite máximo
Art. 2º. Sem prejuízo de outras exigências permitido de acordo com as normas do CONAMA;
estabelecidas pelo Conselho Nacional do Meio Am-
IV – marca, modelo e número de série do
biente – CONAMA e pelo Instituto Nacional de
equipamento utilizado na fiscalização.
Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO, os
V – data da última verificação metrológica.
equipamentos utilizados para fiscalização de que
trata esta Resolução deverão obedecer, no mínimo, Parágrafo único. Erro máximo admissível é o
aos seguintes requisitos: limite de erro aceitável pela regulamentação metro-
lógica na verificação metrológica dos equipamentos
I - Ter seu modelo aprovado pelo INMETRO; e
de medição.
II - Ser aprovado na verificação metrológica
Art. 5º. Serão aplicadas as penalidades e
inicial, eventual, em serviço e periódica, realizadas de
medidas administrativas previstas no art. 231, inciso
acordo com a regulamentação metrológica vigente.
III, do CTB, quando o valor considerado for superior
§ 1º A verificação metrológica periódica de-
ao limite de emissões de gases e poluentes e ruído-
verá ser realizada com a seguinte periodicidade má-
estabelecidos pelo CONAMA.
xima:
a) 06 (seis) meses, no caso de equipamen- DISPOSIÇÕES GERAIS
to para medição de poluentes em motores do ciclo Art. 6º. Nos casosde existência de irregulari-
Otto; dades no veículo que impossibilitem a medição da
b) 12 (doze) meses, no caso de equipamen- emissão dos gases de escapamento e poluentes, a
to para medição de poluentes em motores do ciclo autuação será feita com base nos dispositivos apli-
Diesel. cáveis do CTB.
§ 2º Os resultados obtidos na medição deve- Parágrafo único. Não configura infração a
rão ser impressos e juntados ao auto de infração. substituição parcial ou total do sistema de escapa-
Art. 3º. Do resultado obtido pela medição em mento original por outro similar, desde que respeita-
serviço com o equipamento de fiscalização (medição dos os limites de emissões de gases e poluentes e
realizada), deverá ser subtraído o erro máximo ad- seja certificado pelo INMETRO.
missível conforme legislação metrológica. Art. 7º. Esta Resolução entrará em vigor na
data de sua publicação.
DO PREENCHIMENTO DO AUTO DE INFRAÇÃO
Art. 8º. Ficam revogadas as Resoluções
Art. 4º. O auto de infração, além das demais CONTRAN 510, de 15.02.1977, 427, de 05.12.2012,
exigências contidas em normas específicas, deverá e 440, de 28.05.2013.
ser preenchido, no mínimo, com as seguintes infor-
mações: Antônio Claudio Portella Serra e Silva
I – medição realizada: resultado obtido pelo
equipamento de medição no momento da fiscalização;

RESOLUÇÃO 453, DE 26.09.2013


Disciplina o uso de capacete para condutor e passagei-
ro de motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos
motorizados e quadriciclos motorizados.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no uso da atribuição que lhe confere o art. 12, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito,
Considerando o disposto no inciso I dos arts. 54 e 55 e os incisos I e II do art. 244 do Código de Transito
Brasileiro,
Considerando o inteiro teor do processo 80000.028782/2013-11
RESOLVE:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 385

Art. 1º. É obrigatório, para circular nas vias de forma singular, em substituição aos óculos de
públicas, o uso de capacete motociclístico pelo con- proteção.
dutor e passageiro de motocicleta, motoneta, ciclo- § 3º Quando o veículo estiver em circulação, a
motor, triciclo motorizado e quadriciclo motorizado, viseira ou óculos de proteção deverão estar posicio-
devidamente afixado à cabeça pelo conjunto formado nados de forma a dar proteção total aos olhos, obser-
pela cinta jugular e engate, por debaixo do maxilar vados os seguintes critérios:
inferior. I - quando o veículo estiver imobilizado na via,
§ 1º O capacete motociclístico deve estar cer- independentemente do motivo, a viseira poderá ser
tificado por organismo acreditado pelo Instituto Na- totalmente levantada, devendo ser imediatamente
cional de Metrologia, Normalização, Qualidade e Tec- restabelecida a posição frontal aos olhos quando o
nologia (INMETRO), de acordo com regulamento de veículo for colocado em movimento;
avaliação da conformidade por ele aprovado. (Renu- II - a viseira deverá estar abaixada de tal forma
merado e alterado pela Res. 680/17) possibilite a proteção total frontal aos olhos, conside-
§ 2º Capacetes com numeração superior a 64 rando-se um plano horizontal, permitindo-se, no caso
estão dispensados da certificação compulsória quan- dos capacetes com queixeira, pequena abertura de
do adquiridos por pessoa física no exterior. (Parágrafo forma a garantir a circulação de ar;
acrescido pela Res. 680/17) III - no caso dos capacetes modulares, além
Art. 2º. Para fiscalização do cumprimento des- da viseira, conforme inciso II, a queixeira deverá estar
ta Resolução, as autoridades de trânsito ou seus totalmente abaixada e travada.
agentes devem observar: § 4º No período noturno, é obrigatório o uso
I - Se o capacete motociclístico utilizado é cer- de viseira no padrão cristal.
tificado pelo INMETRO; § 5º É proibida a aposição de película na visei-
II - Se o capacete motociclístico está devida- ra do capacete e nos óculos de proteção.
mente afixado à cabeça; Art. 4º. Dirigir ou conduzir passageiro em des-
III – A aposição de dispositivo retrorrefletivo de cumprimento às disposições contidas nesta Resolu-
segurança nas partes laterais e traseira do capacete ção implicará nas sanções previstas no CTB, confor-
motociclístico, conforme especificado no item I do me abaixo:
Anexo; I - com o capacete fora das especificações
IV - A existência do selo de identificação da contidas no art. 2º, exceto inciso II, combinado com o
conformidade do INMETRO, ou etiqueta interna com a Anexo: art. 230, inciso X, do CTB;
logomarca do INMETRO, especificada na norma II - utilizando viseira ou óculos de proteção em
NBR7471, podendo esta ser afixada no sistema de descumprimento ao disposto no art. 3º ou utilizando
retenção; capacete não afixado na cabeça conforme art. 1º: art.
V - O estado geral do capacete, buscando ava- 169 do CTB;
rias ou danos que identifiquem a sua inadequação III - não uso de capacete motociclístico, capa-
para o uso. cete não encaixado na cabeça ou uso de capacete
Parágrafo único. Os requisitos descritos nos indevido, conforme Anexo: incisos I ou II do art. 244
incisos III e IV deste artigo aplicam-se aos capacetes do CTB, conforme o caso.
fabricados a partir de 1º de agosto de 2007. Art. 5º. As especificações dos capacetes mo-
Art. 3º. O condutor e o passageiro de moto- tociclísticos, viseiras, óculos de proteção e acessó-
cicleta, motoneta, ciclomotor, triciclo motorizado e rios estão contidas no Anexo desta Resolução.
quadriciclo motorizado, para circular na via pública, Art. 6º. O Anexo desta Resolução encontra-
deverão utilizar capacete com viseira, ou na ausên- -se disponível no sítio eletrônico <www.denatran.
cia desta, óculos de proteção, em boas condições gov.br>.
de uso. Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na data
§ 1º Entende-se por óculos de proteção, aque- de sua publicação.
le que permite ao usuário a utilização simultânea de Art. 8º. Ficam revogadas as Resoluções CON-
óculos corretivos ou de sol. TRAN 203, de 29.09.2006, 257, de 30.11.2007e 270,
§ 2º Fica proibido o uso de óculos de sol, de 15.02.2008.
óculos corretivos ou de segurança do trabalho (EPI)
Antônio Claudio Portella Serra e Silva
386 Ordeli Savedra Gomes

ANEXO
(Resolução CONTRAN 453/13)

I - DISPOSITIVO RETRORREFLETIVO DE SE- a marca do Sistema Brasileiro de Avaliação da Con-


GURANÇA formidade-SBAC, comercializado, após o controle do
O capacete deve contribuir para a sinalização processo de fabricação e ensaios específicos, de
do usuário diuturnamente, em todas as direções, maneira a garantir que os requisitos técnicos, defini-
através de elementos retrorrefletivos, aplicados na dos na norma técnica, foram atendidos. Os modelos
parte externa do casco. de capacetes certificados estão descritos abaixo nos
O elemento retrorrefletivo deve ter uma su- desenhos legendados de 01 a 07:
perfície de pelo menos 18 cm² (dezoito centímetros
quadrados) e assegurar a sinalização em cada lado
do capacete: frente, atrás, direita e esquerda. Em
cada superfície de 18 cm², deve ser possível traçar
um círculo de 4,0 cm de diâmetro ou um retângulo
de superfície de, no mínimo, 12,5 cm² com uma
largura mínima de 2,0 cm.
Cada uma destas superfícies deve estar si-
tuada o mais próximo possível do ponto de tangência
do casco com um plano vertical paralelo ao plano
vertical longitudinal de simetria, à direita e à esquer-
da, e do plano de tangência do casco com um plano
vertical perpendicular ao plano longitudinal de sime-
tria, à frente e para trás.
A cor do material iluminado pela fonte padrão
A da CIE deve estar dentro da zona de coloração
definida pelo CIE para branco retrorrefletivo.
As cores e as especificações técnicas dos re-
trorrefletivos a serem utilizados no transporte remu-
nerado serão definidas em resolução própria.
Especificação do coeficiente mínimo de retro-
refletividade em candelas por Lux pometro quadrado
(orientação 0 e 90°):
Os coeficientes de retrorefletividade não de-
verão ser inferiores aos valores mínimos especifica-
dos. As medições serão feitas de acordo com o
método ASTME-810. Todos os ângulos de entrada
deverão ser medidos nos ângulos de observação de
0,2° e 0,5°. A orientação 90° é definida com a fonte
de luz girando na mesma direção em que o dispositi-
vo será afixado no capacete.
II - DEFINIÇÕES
A - CAPACETE MOTOCICLISTICO
Tem a finalidade de proteger a calota crania-
na, o qual deve ser calçado e fixado na cabeça do
usuário, de forma que fique firme, com o tamanho
adequado, encontrados nos tamanhos, desde o 50
até o 64.
B - CAPACETE CERTIFICADO
Capacete que possui aplicado as marcações
(selo de certificação holográfico/etiquetainterna), com
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 387

D -PRINCIPAIS COMPONENTES DE UM CA-


PACETE CERTIFICADO:
CASCO EXTERNO: O casco pode ser construí-
do em plásticos de engenharia, como o ABS e o
Policarbonato (PC), através do processo de injeção,
ou, pelo processo de multilaminação de fibras (vidro,
aramídicas, carbono e polietileno), com resinas termo-
fixas.
CASCO INTERNO: Confeccionado em mate-
riais apropriados, onde o mais conhecido é poliesti-
reno expansível (isopor), devido a sua resiliência,
forrado com espumas dubladas com tecido, item
que em conjunto com o casco externo, fornece a
proteção à calota craniana, responsável pela ab-
sorção dos impactos.
VISEIRA: Destinada à proteção dos olhos e das
mucosas, é construída em plásticos de engenharia,
com transparência, fabricadas nos padrões: cristal,
fume light, fume e metalizadas. As viseiras que não
sejam do padrão cristal devem ter aplicação da seguin-
te orientação na sua superfície, em alto oubaixo relevo,
sendo:
Idioma português: USO EXCLUSIVO DIURNO
(podendo estar acompanhada com a informação em
outro idioma)
Idioma ingles: DAY TIME USE ONLY
SISTEMA DE RETENÇÃO: (figura 9) sistema é
C - ÓCULOS DE PROTEÇÃO MOTOCICLISTICA composto de:
São óculos que permitem aos usuários a utili- CINTA JUGULAR: Confeccionada em mate-
zação simultânea de óculos corretivos ou de sol riais sintéticos, fixadas ao casco de forma apropria-
(figura 8), cujo uso é obrigatório para os capacetes da, cuja finalidade é a de fixar firmemente (sem
que não possuem viseiras, casos específicos das qualquer folga aparente) o capacete à calota crania-
figuras 02, 05 e 06 na, por debaixo do maxilar inferior do usuário, e;
388 Ordeli Savedra Gomes

ENGATES: tem a finalidade de fixar as extre- A relação dos capacetes certificados pelo
midades da cinta jugular, após a regulagem efetuada INMETRO, com a descrição do fabricante ou impor-
pelo usuário, não deixando qualquer folga, e, podem tador, do modelo, dos tamanhos, da data da certifi-
ser no formato de Duplo “D”, que são duas argolas cação, estão disponibilizados no site do INMETRO:
estampadas em aço ou através de engates rápidos, <www.inmetro.gov.br>.
nas suas diversas configurações. E - CAPACETES INDEVIDOS
Uso terminantemente proibido, nas vias pú-
blicas, por não cumprirem com os requisitos estabe-
lecidos na norma técnica (figura 11):

ACESSÓRIOS: são componentes que po-


dem, ou não, fazer parte de um capacete certifica-
do, como palas, queixeiras removíveis, sobrevisei-
ras e máscaras (figura 10).
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 389

RESOLUÇÃO 456, DE 22.10.2013


Estabelece o conteúdo mínimo para o curso de taxista
de que trata o inciso II do art. 3º da Lei 12.468 de
20.08.2011, na forma do anexo.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN usando da competência que lhe confere o art. 12,
inciso I e art. 141, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e, conforme
o Decreto 4.711, de 29.052003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito; e
Considerando o inciso II do art. 3º da Lei 12.468, de 26.082011,
Considerando a importância de garantir aos taxistas a aquisição de conhecimentos, a padronização de
ações e, consequentemente, atitudes de segurança no trânsito, e
Considerando o Processo 80000.011730/2012-17;
RESOLVE:
Art. 1º. Estabelecer o conteúdo mínimo Art. 4º. Os órgãos autorizatários devem
para o curso de taxista de que trata inciso II do incorporar os requisitos desta Resolução até
art. 3º da Lei 12.468, de 20.08.2011, na forma do 31.12.2014.
Anexo. Art.5º. Esta Resolução entrará em vigor
Art. 2º. O curso, na forma desta Resolu- na data de sua publicação.
ção, terá validade em todo o território nacional.
Art. 3º. O disposto nesta Resolução não Morvam Cotrim Duarte
exclui outras exigências estabelecidas pelo órgão
autorizatário.

ANEXO
PROPOSTA DO CURSO DE TAXISTA GT – EDUCAÇÃO CARGA HORÁRIA: 28H/A

CARGA
MÓDULOS TEMAS
HORÁRIA
A imagem do taxista na sociedade:
- postura;
- vestuário;
- higiene pessoal e do veículo;
- responsabilidade e disciplina no trabalho;
Condições físicas e emocionais: - Fadiga
- tempo de direção e descanso,
- consumo de álcool e drogas
- Estresse (lidando com as emoções, reconhecimento e controle)
1 - RELAÇÕES Segurança no transporte dos usuários em geral:
- cinto de segurança; 14 horas
HUMANAS
- lotação;
- velocidade;
- respeito à sinalização.
Comportamento solidário no trânsito:
- cuidados com os mais frágeis;
- respeito à circulação dos veículos de transporte coletivo;
- gentileza e respeito com os demais usuários da via. Atendimen-
to às gestantes, às pessoas idosas, pessoas com deficiência ou
pessoas com mobilidade reduzida. Normas do órgão autorizatário.
Conceito de direção defensiva;
Riscos e perigos no trânsito (veículos, condutores, vias, o ambi-
ente e comportamento das pessoas);
2 - DIREÇÃO Embarque e desembarque de passageiros;
Ver e ser visto; 08 horas
DEFENSIVA
Como evitar acidentes (especialmente com pedestres, motociclis-
tas e ciclistas);
Equipamentos obrigatórios do veículo.
390 Ordeli Savedra Gomes

Sinalização do local;
3 - PRIMEIROS Acionamento de recursos (bombeiros, polícia, ambulância, con-
cessionária da via etc); 02 horas
SOCORROS Verificação das condições gerais da vítima;
Cuidados com a vítima.
O funcionamento do motor;
4 - MECÂNICA Sistemas elétricos e eletrônicos do veículo;
Suspensão, freios, pneus, alinhamento e balanceamento do veículo; 04 horas
BÁSICA E Instrumentos de indicação e advertência eletrônica;
ELÉTRICA BÁSICA Manutenção preventiva do veículo;
TOTAL 28H

RESOLUÇÃO 459, DE 29.10.2013


Dispõe sobre o uso de sistemas automatizados integrados
para a aferição de peso e dimensões de veículos com dis-
pensa da presença física da autoridade de trânsito ou de
seu agente no local da aferição e dá outras providências.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo
art. 12, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Transito:
Considerando os limites de peso e dimensões para veículos estabelecidos pelo CONTRAN;
Considerando o disposto nos artigos 99, 100 e os incisos V e X do artigo 231 do Código de Trânsito Brasileiro;
Considerando que o parágrafo § 2º do artigo 280 do Código de Trânsito Brasileiro dispõe que a infração
deverá ser comprovada por declaração da autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por aparelho
eletrônico ou por equipamento audiovisual, reações químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente disponí-
vel, previamente regulamentado pelo CONTRAN;
Considerando a necessidade de regulamentar a utilização de sistemas automatizados integrados para a
aferição de peso e dimensões de veículos que complemente a metodologia estabelecida na Resolução
258/2007, no que couber;
Considerando a existência de novas tecnologias de verificação automática para aferição de peso e di-
mensões de veículos, permitindo a dispensa da presença física da autoridade de trânsito ou de seu agente;
Considerando o conteúdo do processo 80000.033551/2011-50; Resolve:
Art. 1º. A critério dos órgãos e entidades IV - Sistema de Orientação ao Condutor:
executivos rodoviários da União, dos Estados, do composto de dispositivos automáticos luminosos
Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua com o intuito de determinar a ação do condutor a
circunscrição, a aferição de peso e dimensões de ser seguida nas áreas destinadas à pesagem de
veículos, poderá ser realizada por sistemas automati- veículos;
zados integrados, permitindo a dispensa da presença V - Sistema de Informação: composto de
física da autoridade de trânsito ou de seu agente. terminal de consulta e impressão dos dados relativos
Art. 2º. Os sistemas automatizados integra- à pesagem, devendo indicar as medidas administra-
dos previstos nesta Resolução deverão ser compos- tivas cabíveis;
tos por: VI - Sistema de Monitoramento e Fiscaliza-
I - Sistema de Pesagem: composto de ins- ção: composto de câmeras e dispositivos de imagem
trumento e software destinados à aferição de peso com o intuito de monitorar as operações de pesagem
de veículos; e fiscalizar as infrações previstas nos arts. 209 e 239
II - Sistema de Classificação de Veículos: do Código de Trânsito Brasileiro;
composto de instrumento destinado à identificação VII - Sistema de Registro e Armazenamento
das composições homologadas para o transporte de de Dados: possibilita digitalização de documentos, a
cargas e passageiros pelo DENATRAN; digitação de informações, a gravação e transmissão
III - Sistema de Identificação Veicular: com- de dados relativos à fiscalização ao agente da autori-
posto de instrumento para leitura e registro da placa dade de trânsito;
dianteira do veículo ou qualquer outro dispositivo de VIII - Sistema de Gerenciamento da Fiscaliza-
identificação veicular homologado pelo DENATRAN. ção e Operação: composto de dispositivos de comuni-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 391

cação online entre o agente da autoridade de trânsito e tor de rodas, trator misto, chassi-plataforma, reboque
as áreas de pesagem, propiciando a coordenação de ou semi-reboque e suas combinações.
toda a operação e fiscalização do sistema automatiza- § 3º Haverá no local sinalização indicativa
do integrado de forma remota, assim como a lavratura com a seguinte expressão “FISCALIZAÇÃO DE
dos autos de infração cabíveis, para posterior envio da VEÍCULOS POR AGENTE REMOTO”.
notificação de autuação ao interessado, na forma Art. 6º. Comprovada a infração, será lavrado
prevista pelo art. 257 do Código de Trânsito Brasileiro. o auto de infração por registro em sistema eletrônico
§ 1º O sistema previsto no inciso I deverá ser de processamento de dados, contendo, além das
certificado pelo Instituto Nacional de Metrologia, informações estabelecidas no art. 280 do CTB e em
Qualidade e Tecnologia – INMETRO, ou por entidade portaria do DENATRAN:
por ele acreditada. I - Por meio de registro automático:
§ 2º Os veículos que estiverem de acordo com a) a imagem frontal com a placa legível e a
o estabelecido pelo art. 9º da Resolução 258/2007 panorâmica do veículo no momento da pesagem;
poderão prosseguir viagem sem remanejamento ou b) a configuração do veículo pesado na forma
transbordo, independentemente da natureza da car- descrita na Portaria 63/2009 do DENATRAN;
ga, sem prejuízo da multa aplicada. c) o peso bruto total (PBT), o peso bruto total
§ 3º Todos os dados e imagens gerados pe- combinado (PBTC) e o peso por eixo ou conjunto de
los equipamentos do sistema automatizado de eixos, obtido durante o processo de fiscalização
pesagem devem ser criptografados no momento do (pesagem e repesagem) do veículo, expresso em
registro e possuírem assinatura digital que garanta quilograma;
total inviolabilidade e a segurança do processo. d) a identificação do instrumento de pesagem
Art. 3º. Compete à autoridade de trânsito e de sua regularidade metrológica;
com circunscrição sobre a via dispor sobre a uti- e) os limites regulamentares de peso por ei-
lização, localização, instalação e operação do siste- xo, de PBT, PBTC e dimensões para a configuração
ma automatizado integrado normatizado nesta Re- do veículo fiscalizado.
solução. Parágrafo único. O agente de trânsito, com
Art. 4º. Para a utilização do sistema automa- base nas imagens do veículo, da operação e das
tizado integrado nas áreas destinadas à fiscalização informações recebidas, terá disponível os dados
de peso e dimensões de veículos, os órgãos e enti- necessários à lavratura do auto de infração.
dades executivos rodoviários da União, dos Estados, Art. 7º. Não é obrigatória a presença da auto-
do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua ridade de trânsito ou de seus agentes nas áreas
circunscrição deverão elaborar projeto, detalhando destinadas à fiscalização de peso e dimensões de
os sistemas constantes do art. 2º desta Resolução, veículos, quando utilizado sistema automatizado
dispostos em espaços com infraestrutura adequada, integrado de fiscalização.
inclusive área de transbordo e remanejamento. Art. 8º. A fiscalização por sistema automati-
Parágrafo único. O projeto referido neste ar- zado integrado não dispensa a aplicação da medida
tigo, deverá: administrativa de retenção do veículo para remane-
I - estar disponível ao público na sede do ór- jamento e transbordo da carga excedente. 4
gão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre § 1º O agente da autoridade de trânsito pode-
a via; e 3 rá aplicar as medidas administrativas, de que tratam
II - ser encaminhado às Juntas Administrati- o caput deste artigo, inclusive a liberação conforme
vas de Recursos e Infrações – JARI dos respectivos determina o § 2º do artigo 8º da Resolução 258/07,
órgãos ou entidades, quando por elas solicitado. remotamente, por meio da utilização de sistema
Art. 5º. As áreas destinadas à pesagem de audiovisual.
veículos deverão estar devidamente sinalizadas, pelo § 2º As imagens capturadas pelo sistema
sinal de regulamentação R-24b, com a informação audiovisual deverão ser armazenadas pelo órgão de
complementar “VEÍCULOS PESADOS”, em placa adi- trânsito, a fim de serem disponibilizadas quando
cional ou incorporada. necessário para elucidação de eventuais autuações.
§ 1º Haverá sinalização de regulamentação § 3º Aplicando-se o transbordo ou remane-
para os "VEÍCULOS PESADOS" permanecerem na jamento, o veículo deverá passar novamente pela
faixa de rolamento de pesagem seletiva, quando área de pesagem para conferência.
houver, antes do posto de fiscalização. Art. 9º. Esta Resolução entra em vigor na da-
§ 2º Para efeito do disposto neste artigo, en- ta de sua publicação.
tende-se que ‘VEÍCULOS PESADOS’ correspondem a
ônibus, microônibus, caminhão, caminhão-trator, tra- Morvam Cotrim Duarte
392 Ordeli Savedra Gomes

RESOLUÇÃO 461, DE 12.11.2013


Institui o Registro Nacional de Posse e Uso Temporário de
Veículos – RENAPTV.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no uso das competências que lhe confere o artigo
12, inciso X, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito e;
Considerando a necessidade de aprimorar a identificação do real infrator de trânsito e a consequente
cobrança de multas e destinação da pontuação respectiva e estabelecer orientações para adoção dos procedi-
mentos para o registro, por meio eletrônico, dos condutores de veículos de propriedade de pessoas jurídicas,
cuja atividade preponderante seja a locação, comodato ou arrendamento de veículos não vinculados ao próprio
financiamento;
Considerando o disposto no artigo 257, §§ 1º, 3º e 8º, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código
de Trânsito Brasileiro – CTB; nos artigos 565 e 579 da Lei 10.406, de 10.01.2002, que institui o Código Civil
Brasileiro; no art. 8º, da Lei Complementar 121, de fevereiro de 2006, que exige o porte de autorização para
condução de veiculo comercial de carga, quando o condutor não for o proprietário do veiculo, e Resoluções do
CONTRAN.
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução institui o Registro Na- Art. 3º. Os dados dos contratos ficarão arma-
cional de Posse e Uso Temporário de Veículos – zenados, de forma centralizada e integrada, na base
RENAPTV, para regular, por meio eletrônico, veículos de dados do RENAPTV – Registro Nacional de Posse
de propriedade de pessoas jurídicas, cuja atividade e Uso Temporário de Veículos, sob responsabilidade
preponderante seja a locação, comodato ou arrenda- do DENATRAN.
mento de veículos não vinculados ao próprio financia- Art. 4º. O proprietário de veículo pessoa jurí-
mento. dica cuja atividade preponderante seja a locação,
Art. 2º. A pessoa jurídica que celebrar contrato comodato ou arrendamento de veículos não vincula-
de locação, de comodato, de arrendamento não dos ao próprio financiamento, deverá manter a base
vinculado a financiamento do veículo fica obrigada a de dados do RENAPTV – Registro Nacional de Posse
inserir na base de dados do RENAPTV – Registro e Uso Temporário de Veículos, permanentemente
Nacional de Posse e Uso Temporário de Veículos, no atualizada, exclusivamente, por meio do sistema
ato da celebração do contrato, as seguintes informa- eletrônico integrado ao DENATRAN.
ções: Parágrafo único. Após o término ou a resci-
I – Identificação do veículo: são do contrato de locação, o locador deverá promo-
a) Placa; ver a respectiva comunicação de encerramento da
locação com vistas à devida atualização da base de
b) Código RENAVAM;
dados.
II – Identificação do condutor:
Art. 5º. O cumprimento do disposto na pre-
a) Nome do condutor; sente Resolução implica na indicação automática do
b) Número do CPF ou CNPJ; real infrator para efeitos do estabelecido no art. 257,
c) No caso de condutor estrangeiro número do § 8º do CTB e Resolução CONTRAN 404, de 12.06.2012,
passaporte, número da habilitação e nacionalidade. art. 4º, para imputação de responsabilidades civil e
c) Número da CNH do condutor; criminal.
d) Endereço completo do condutor Parágrafo único. As infrações lavradas serão
III – Dados do contrato: remetidas pelo respectivo órgão autuador, direta-
a) Natureza do contrato; mente ao real infrator registrado na base do RE-
b) Número do contrato; NAPTV – Registro Nacional de Posse e Uso Tempo-
rário de Veículos, com cópia eletrônica com registro
c) Data e horário de início do contrato; de recebimento, para conhecimento do proprietário
d) Data e horário de encerramento do con- do veículo.
trato; Art. 6º. Ficam os agentes autuadores obriga-
e) Data e horário da entrega do veículo; dos a consultar a base de dados do RENAPTV – Re-
f) Data e horário de recebimento do veículo. gistro Nacional de Posse e Uso Temporário de Veícu-
Paragrafo único. Não será permitido registro los antes da lavratura definitiva do auto de infração.
de inicio ou encerramento do contrato diferente da Art. 7º. Caberá ao órgão máximo executivo
data de registro no sistema. de trânsito da União estabelecer os requisitos neces-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 393

sários a implantação do sistema informatizado do no § 1º do art. 19 da Lei 9.503/97, além das demais
RENAPTV – Registro Nacional de Posse e Uso penalidades cabíveis.
Temporário de Veículos. Art. 9º. Esta Resolução entra em vigor em 1º
Art. 8º. Caberá aos órgãos e entidades do Sis- de maio de 2014.
tema Nacional de Trânsito a observância dos norma-
tivos estabelecidos pelo DENATRAN em cumprimen- Morvam Cotrim Duarte
to ao disposto nesta Resolução, sob pena do previsto

RESOLUÇÃO 466, DE 11.12.2013


Estabelece procedimentos para o exercício da atividade
de vistoria de identificação veicular.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, usando da competência que lhe conferem os inci-
sos I e X, do artigo 12 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e con-
forme o Decreto 4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT,
Considerando o disposto no inciso III do art. 22, nos incisos I e II do art. 123 e do inciso V do art. 124, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro.
Considerando aconveniência técnica e administrativa de que as vistorias de veículos obedeçam a crité-
rios e procedimentos uniformes em todo o país;
Considerando as proposições do Grupo de Trabalho instituído pela Portaria DENATRAN 246/2012, nos
termos da Deliberação 126/2012 do CONTRAN;
Considerando o disposto no art. 311 do Código Penal;
Considerando o que consta nos Processos Administrativos 80000.045476/2010-99, 80000.045316/2012-10,
80000.044196/2012-25, 80000.012971/2013-64 e 80020.001532/2013-98,
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução estabelece procedi- Sistema Nacional de Trânsito se registrado no Sis-
mentos para o exercício da atividade de vistoria de tema de Certificação de Segurança Veicular e Visto-
identificação veicular a ser realizada pelos órgãos e rias – SISCSV, mantido pelo DENATRAN.
entidades executivos de trânsito dos Estados e do § 2º A vistoria de identificação veicular tem
Distrito Federal, ou por pessoa jurídica de direito como objetivo verificar:
público ou privado, habilitada para a prestação dos I - a autenticidade da identificação do veículo
serviços de vistoria veicular. e da sua documentação;
§ 1º A habilitação para a realização do servi- II - a legitimidade da propriedade;
ço de que trata esta Resolução constitui atribuição III - se os veículos dispõem dos equipamen-
dos órgãos e entidades executivos de trânsito dos tos obrigatórios, e se estes estão funcionais;
Estados e do Distrito Federal. IV - se as características originais dos veícu-
§ 2º Os órgãos e entidades executivos de los e seus agregados foram modificados e, caso
trânsito dos Estados e do Distrito Federal poderão constatada alguma alteração, se esta foi autorizada,
exercer diretamente a atividade de vistoria de veícu- regularizada e se consta no prontuário do veículo na
los automotores por meio de servidores públicos repartição de trânsito.
especialmente designados. § 3º Os equipamentos obrigatórios são aque-
CAPÍTULO I les previstos pelo Código de Trânsito Brasileiro –
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES CTB, Resoluções do CONTRAN e Portarias do DENA-
Art. 2º. A vistoria de identificação veicular, TRAN.
por ocasião da transferência de propriedade ou de § 4º É vedada a realização de vistoria de
domicílio intermunicipal ou interestadual do proprie- identificação veicular em veículo sinistrado com
tário do veículo, é de responsabilidade dos órgãos e laudo pericial de perda total.
entidades executivos de trânsito dos Estados ou do Art. 3º. Havendo habilitação de pessoa jurí-
Distrito Federal e poderá ser realizada por pessoa dica pelos órgãos e entidades executivos de trânsito
jurídica de direito público ou privado previamente dos Estados e do Distrito Federal, para a realização
habilitada. de vistoria de identificação veicular, deverá o DENA-
§ 1º A emissão do laudo único de vistoria de TRAN conceder o acesso ao SISCSV.
identificação veicular será realizada exclusivamente § 1º O acesso de que trata este artigo será
por meio eletrônico e só terá validade no âmbito do realizado por intermédio do órgão ou entidade execu-
394 Ordeli Savedra Gomes

tivo de trânsito do Estado e do Distrito Federal III - mediante anuência prévia do órgão exe-
contratante, que ressarcirá ao DENATRAN os custos cutivo de trânsito do estado ou do Distrito Federal no
referentes aos acessos à base de dados do Registro qual a empresa esteja credenciada, após a justificati-
Nacional de Veículos Automotores – RENAVAM pelo va da impossibilidade de deslocamento do veículo.
SISCSV, nos termos da regulamentação a ser editada CAPÍTULO II
pelo DENATRAN. DOS REQUISITOS PARA HABILITAÇÃO DO
§ 2º A pessoa jurídica habilitada pelos órgãos EXERCÍCIO DOS SERVIÇOS DE VISTORIA DE
e entidades executivos de trânsito dos Estados e do IDENTIFICAÇÃO VEICULAR
Distrito Federal somente poderá operar em vistoria
de identificação veicular após a concessão do acesso Art. 4º. Os órgãos e entidades executivos de
ao SISCSV, cabendo ao órgão ou entidade responsá- trânsito dos Estados e do Distrito Federal promove-
vel pelo credenciamento a fiscalização da conformi- rão a habilitação da pessoa jurídica de direito público
dade dos serviços prestados. ou privado para o exercício da atividade de vistoria
de identificação veicular, mediante cumprimento dos
Art. 3º-A. A vistoria móvel somente será rea-
lizada nas seguintes hipóteses: (Artigo acrescido pela seguintes requisitos:
Res. 737/18) I - documentação relativa à habilitação jurídica:
I - veículo indenizado integralmente por com- a) ato constitutivo, estatuto ou contrato social
panhia seguradora, em razão de sinistro, devendo a em vigor, devidamente registrado, e, no caso de so-
vistoria ser realizada no respectivo pátio da segura- ciedades por ações, acompanhado de documentos
dora, exclusivamente para fins de registro em nome da eleição de seus administradores, devendo constar
da seguradora autorizada ou de terceiro adquirente; do objeto social a atividade exclusiva de vistoria de
II - veículo recuperado por instituição finan- identificação veicular, excetuando-se as pessoas ju-
ceira por intermédio de ordem judicial ou entrega rídicas de direito público que se dediquem à ativida-
amigável, ou por ela alienado, devendo a vistoria ser de de ensino e pesquisa técnico-científica;
realizada no respectivo pátio da instituição financei- b) decreto de autorização, em se tratando de
ra, exclusivamente para fins de registro em nome da empresa ou sociedade estrangeira em funcionamen-
instituição autorizada ou de terceiro adquirente; to no País, e ato de registro ou autorização para
III - veículo adquirido ou comercializado por funcionamento expedido pelo órgão competente,
pessoa jurídica cujo objeto social preveja a comer- quando a atividade assim o exigir;
cialização de veículos novos e/ou usados, devendo a c) cópia da lei de criação, em se tratando de
vistoria ser realizada no respectivo estabelecimento pessoa jurídica de direito público.
comercial, desde que a referida pessoa jurídica seja II - documentação relativa à regularidade fis-
adquirente ou proprietária registrada do veículo vis- cal, trabalhista e econômico-financeira:
toriado; a) prova de inscrição no Cadastro Nacional
IV - veículo apreendido em pátio público e cuja de Pessoas Jurídicas – CNPJ;
liberação esteja condicionada a serviço dependente b) prova de inscrição no cadastro de contri-
de vistoria; buintes estadual e municipal, se houver, relativo à
V - veículo relacionado para leilão e veículo lei- sede da pessoa jurídica, pertinente ao seu ramo de
loado; atividade e compatível com o objeto contratual ou
VI - veículo com peso bruto total superior a estatutário;
10t. c) prova de regularidade para com a Fazenda
Art. 3º-B. A vistoria móvel prevista no art. Federal, Estadual e Municipal da sede da pessoa
3º-A desta Resolução será realizada exclusivamen- jurídica, na forma da lei;
te dentro do limite da unidade da federação em que d) prova de regularidade relativa à Seguridade
a empresa de vistoria esteja credenciada, exceto Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
nas seguintes hipóteses: (Artigo acrescido pela Res. (FGTS), demonstrando situação regular no cumpri-
737/18) mento dos encargos sociais instituídos por lei;
I - no caso de transferência de veículos que se e) comprovação, na forma da lei, de regulari-
enquadrem nas hipóteses previstas pelo § 6º do art. dade na entrega da Relação Anual de Informações
2º e pelo art. 13, ambos da Resolução CONTRAN Sociais – RAIS ao Ministério do Trabalho e Emprego
544, de 19.08.2015; – MTE;
II - no caso de transferência de veículos recu- f) prova de inexistência de débitos inadimpli-
perados por instituição financeira por ordem judicial dos perante a Justiça do Trabalho, mediante a apre-
ou entrega amigável; sentação de certidão negativa, nos termos do título
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 395

VII-A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprova- b) deter controle informatizado através de tec-
da pelo Decreto-Lei 5.452/1943; nologia de biometria para a emissão do laudo único
g) certidão negativa de falência, expedida pe- padronizado pelo SISCSV e demais exigências técnicas
lo distribuidor da sede da pessoa jurídica, com data determinadas por regulamentação específica do
inferior a 60 (sessenta) dias, contados da data do DENATRAN e descritas no manual do sistema, em
início do processo administrativo de habilitação, especial relativas à segurança, identificação e rastrea-
acompanhada de prova da competência expedida bilidade;
por cartório distribuidor. c) Certificado de Sistema de Qualidade, pa-
III - documentação relativa à qualificação téc- drão ISO 9001:2008, com validade atestada pela
nica: entidade certificadora, acreditada pelo INMETRO ou
a) comprovação de possuir em seu quadro de signatária de acordos internacionais de reconheci-
pessoal permanente, vistoriadores com qualificação mento mútuo no campo da acreditação.
comprovada por meio de certificado ou diploma de § 1º A Apólice de Seguro de Responsabilida-
conclusão de curso de treinamento em vistoria de de Civil Profissional e o Certificado ISO 9001:2008
identificação veicular, regulamentado pelo DENA- devem ter caráter individual e intransferível, não
TRAN; sendo aceitos apólices de seguros e certificados
b) Licença ou Alvará de Funcionamento, com coletivos.
data de validade em vigor, expedido pela Prefeitura § 2º Caberá ao órgão ou entidade executivo
do Município ou pelo Governo do Distrito Federal; de trânsito dos Estados e do Distrito Federal regula-
c) comprovação de canal aberto de ouvidoria mentar as demais características de infraestrutura
ou serviço de atendimento ao consumidor; técnico-operacional, em relação ao disposto no
d) Apólice de Seguro de Responsabilidade Ci- inciso IVdeste artigo.
vil Profissional, segurada no valor de R$ 500.000,00 § 3º Os órgãos e entidades executivos de
(quinhentos mil reais), e em vigor durante o prazo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, no ato da
validade do contrato de exercício dos serviços de habilitação da pessoa jurídica de direito público,
vistoria de identificação veicular, em nome da poderão dispensar o cumprimento dos requisitos
contratada, para eventual cobertura de danos causa- dispostos neste artigo, com exceção da documenta-
dos ao consumidor pela pessoa jurídica habilitada; ção descrita na alínea “d” do inciso I, na alínea “a”
do inciso II, nas alíneas “b”, “c” e “g” do inciso III e
e) comprovante de quitação do seguro con-
nas alíneas “a” e “b” do inciso IV, do presente artigo.
tratado;
§ 4º Os órgãos e entidades executivos de
f) comprovação da atuação exclusiva no
trânsito dos Estados e do Distrito Federal poderão
mercado de vistoria de identificação veicular, me-
deixar de exigir o disposto no inciso III, alínea “f”
diante certidão emitida pelo órgão competente e
deste artigo quando a habilitação referir-se à pessoa
cópia do contrato social vigente;
jurídica de direito privado sem fins lucrativos.
g) declaração de abster-se de envolvimentos
§ 5º É proibida a participação de sócio ou
comerciais que possam comprometer a isenção no
proprietário de pessoa jurídica habilitada para a
exercício da atividade de vistoria de identificação
prestação de serviços de vistoria veicular, que
veicular, assinada pelo representante legal da pessoa
exerça outra atividade empresarial regulamentada
jurídica.
pelo CONTRAN ou DENATRAN.
IV - documentação relativa à infraestrutura
Art. 5º. A área de atuação para o exercício
técnico-operacional:
da atividade de vistoria de identificação veicular será
a) projeto atual aprovado e registrado pelo determinada pelo órgão ou entidade executivo de
Município e fotos atualizadas do estabelecimento trânsito dos Estados e do Distrito Federal, observado
identificando a existência de local adequado para o município sede da pessoa jurídica e as Circunscri-
estacionamento de veículos, com dimensões compa- ções Regionais de Trânsito – CIRETRAN.
tíveis para realizar as vistorias de identificação Parágrafo único. O órgão ou entidade execu-
veicular em áreas cobertas, possibilitando o desen- tivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal
volvimento das vistorias de identificação veicular ao poderá, a seu critério, estender, precariamente,
abrigo das intempéries, sendo vedado o uso de quando solicitado, o âmbito de atuação da pessoa
estruturas provisórias. No caso de veículos pesados, jurídica habilitada para município ou região de
com peso bruto total superior 4.536 Kg, as vistorias determinada CIRETRAN que não disponha de meios
de identificação veicular poderão ser realizadas em próprios para o exercício da atividade de vistoria de
área descoberta no pátio da empresa; identificação veicular ou na qual não haja pessoa
396 Ordeli Savedra Gomes

jurídica habilitada para a localidade, desde que a IX - Comunicar à Polícia Civil do Estado e do
CIRETRAN esteja vinculada à mesma autoridade Distrito Federal qualquer identificação veicular sus-
executiva de trânsito. A extensão da área de atuação peita de fraude ou irregularidades, na forma do
perde efeito quando ocorrer habilitação de pessoa disposto no art. 311 do Código Penal;
jurídica para o Município. X - cumprir e fazer cumprir as disposições re-
CAPÍTULO III gulamentares da atividade de vistoria de identifica-
DAS COMPETÊNCIAS ção veicular.
Art. 6º. Compete aos órgãos e entidades exe- Art. 7º. Compete ao DENATRAN, depois de
cutivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal: informado pelos órgãos e entidades executivos de
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, o rol de
I - publicar no Diário Oficial do Estado ou Dis-
empresas habilitadas aptas a executar a atividade de
trito Federal o extrato do contrato de prestação de
vistoria de identificação veicular:
serviços de vistoria de identificação veicular cele-
brado com pessoa jurídica de direito público ou I - disponibilizar, em sítio eletrônico, a relação
privado; atualizada de pessoas jurídicas habilitadas para a
atividade de vistoria de identificação veicular, com
II - disponibilizar, permanentemente e em
nome, endereço, CNPJ, prazo de vigência do contra-
destaque, no seu sítio eletrônico, a relação atualizada
to e nome do preposto responsável;
das pessoas jurídicas habilitadas para a atividade de
vistoria de identificação veicular, incluindo nome, II - cumprir e fazer cumprir as disposições re-
endereço, telefones para contato, CNPJ, área geo- gulamentares da atividade de vistoria de identifica-
gráfica de atuação, prazo de vigência do contrato e ção veicular;
nome do preposto responsável; III - fiscalizar, quando motivado e a qualquer
III - informar ao DENATRAN a relação de em- tempo, a atividade de vistoria de identificação veicular,
presas que podem executar a atividade de vistoria de no que se refere ao acesso ao SISCSV, independente-
identificação veicular, com nome, endereço, CNPJ, mente de notificação judicial ou extrajudicial, podendo,
prazo de vigência do contrato e nome do preposto para isso, firmar convênios ou acordos de cooperação
responsável; técnica e informar aos órgãos e entidades executivos
IV - monitorar e controlar todo o processo de de trânsito dos Estados e do Distrito Federal caso haja
vistoria de identificação veicular, inclusive a emissão a constatação de infração passível de punição ou
do laudo e qualquer documento eletrônico disponível qualquer irregularidade;
na central SISCSV, seja quando realizada por meios Art. 8º. Compete à pessoa jurídica de direito
próprios ou por meio de pessoa jurídica de direito público ou privado habilitada para o exercício da
público ou privado, utilizando-se de tecnologia da atividade de vistoria de identificação veicular:
informação adequada que realize a integração dos I - prestar serviço adequado, na forma previs-
dados necessários, conforme regulamentação espe- ta nas resoluções, normas e regulamentos técnicos
cífica do DENATRAN; aplicáveis à vistoria de identificação veicular;
V - fiscalizar, anualmente, a pessoa jurídica II - atualizar o inventário e o registro dos bens
habilitada no exercício da atividade de vistoria de vinculados à contratação da pessoa jurídica;
identificação veicular, “in loco” e por meio do SISCSV, III - cumprir as normas técnicas pertinentes à
independentemente de solicitação do DENATRAN ou atividade de vistoria de identificação veicular;
de notificação judicial ou extrajudicial, podendo requi- IV - permitir aos encarregados da fiscalização
sitar documentos, esclarecimentos, e ter livre acesso livre acesso, em qualquer época, aos equipamentos
a todas as instalações da empresa; e às instalações integrantes da vistoria de identifica-
VI - zelar pela uniformidade e qualidade das ção veicular, aos registros operacionais e aos regis-
vistorias de identificação veicular; tros de seus empregados;
VII - advertir, suspender ou cassar a pessoa V - manter atualizada a documentação relati-
jurídica habilitada nos casos de irregularidades va à regularidade fiscal, nas esferas municipal,
previstas nesta Resolução, informando antecipada- estadual e federal, permitindo aos encarregados da
mente ao DENATRAN, por meio de ofício, a data de fiscalização livre acesso aos documentos comproba-
início e término da imposição da penalidade; tórios;
VIII - celebrar o instrumento jurídico necessá- VI - comunicar previamente ao órgão ou enti-
rio, com a autoridade policial competente, para dade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
acesso às informações registradas no SISCSV e Federal qualquer alteração, modificação ou introdu-
prover os meios para disponibilização dessas infor- ção técnica capaz de interferir na execução da
mações eletronicamente; atividade de vistoria de identificação veicular, e
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 397

ainda, referente aos seus instrumentos constitutivos, automaticamente, a suspensão do acesso ao SISCSV
bem como a decretação do regime de falência; pelo respectivo tempo.
VII - informar ao órgão ou entidade executivo § 2º As irregularidades serão apuradas jun-
de trânsito do Estado ou do Distrito Federal as falhas to aos órgãos e entidades executivos de trânsito
constatadas na emissão dos laudos de vistoria de dos Estados e do Distrito Federal, mediante pro-
identificação veicular; cesso administrativo, observando-se a legislação
VIII - responder civil e criminalmente por pre- aplicável, bem como o direito à ampla defesa e ao
juízos causados em decorrência das informações e contraditório.
interpretações inseridas no laudo de vistoria de Art. 10. Constituem infrações passíveis de
identificação veicular, salvo aquelas oriundas do advertência por escrito:
banco de dados BIN/RENAVAM/RENAMO, indepen- I - apresentar, culposamente, informações
dentemente do limite da apólice de seguro prevista não verdadeiras às autoridades de trânsito e ao
no art. 4º, desta Resolução; DENATRAN;
IX - comunicar imediatamente à autoridade II - registrar laudo de vistoria de identificação
policial quando detectar veículo cuja identificação
veicular de forma ilegível ou sem oferecer evidência
seja suspeita de fraude ou irregularidades insaná-
nítida;
veis, para fins de apuração criminal.
III - preencher laudos em desacordo com o
X - comprovar, anualmente, perante o órgão
documento de referência;
ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
Distrito Federal, o cumprimento dos requisitos de IV - deixar de prover informações que sejam
habilitação fixados nesta norma. devidas às autoridades de trânsito e ao DENA-
TRAN;
§ 1º O serviço adequado previsto no inciso I
deste artigo corresponde àquele que satisfaz as V - manter não-conformidade crítica aberta
condições de regularidade, continuidade, eficiência, por tempo superior a 30 (trinta) dias ou outro prazo
segurança, atualidade e cortesia na sua prestação. acordado com as autoridades de trânsito e com o
§ 2º A atualidade compreende a modernidade DENATRAN;
das técnicas, dos equipamentos e das instalações e VI - deixar de registrar informações ou de tra-
a sua conservação, bem como a melhoria e expan- tá-las;
são do serviço. VII - praticar condutas incompatíveis com a
§ 3º A pessoa jurídica de direito público ou atividade de vistoria de identificação veicular.
privado habilitada somente poderá emitir laudos de Art. 11. Constituem infrações passíveis de
vistoria de identificação veicular referentes às placas suspensão das atividades por 30 (trinta) dias na
de veículos dos municípios abrangidos por sua ha- primeira ocorrência, de 60 (sessenta) dias na segun-
bilitação, ou a serem transferidos para os respecti- da ocorrência e de 90 (noventa) dias na terceira
vos municípios. ocorrência:
CAPÍTULO IV I - reincidência de infração punida com apli-
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVASAPLICÁVEIS cação de advertência por escrito;
ÀS EMPRESAS HABILITADAS II - deixar de exigir do cliente a apresentação
Art. 9º. A pessoa jurídica de direito público de documentos obrigatórios previstos na legislação
ou privado habilitada para o exercício da atividade de de trânsito;
vistoria de identificação veicular sujeitar-se-á às III - emitir laudo de vistoria de identificação
seguintes sanções administrativas, conforme a gra- veicular em desacordo com o respectivo regulamen-
vidade da infração e sua reincidência, aplicadas pelo to técnico;
órgão executivo de trânsito dos Estados e do Distrito IV - realizar vistoria de identificação veicu-
Federal a que estiver vinculada, observada a ampla lar em desacordo com o respectivo regulamento
defesa e o contraditório: técnico;
I - advertência por escrito; V - emitir laudos assinados por profissional
II - suspensão das atividades por 30, 60 ou não habilitado;
90 dias; VI - deixar de armazenar em meio eletrônico
III - cassação do credenciamento. registro de vistoria de identificação veicular, não
§ 1º A aplicação das sanções de suspensão manter em funcionamento o sistema de biometria e
das atividades por 30, 60 ou 90 dias acarretará, outros meios eletrônicos previstos;
398 Ordeli Savedra Gomes

VII - deixar de emitir ou emitir documento fis- público ou privado, motivadamente, em caso de
cal de forma incorreta; risco iminente, nos termos do art. 45, da Lei
VIII - utilizar quadro técnico de funcionários 9.784/99.
sem a qualificação requerida; Art. 15. A pessoa jurídica cassada poderá
IX - deixar de utilizar equipamento indispen- requerer sua reabilitação para o exercício da ati-
sável à realização da vistoria de identificação veicu- vidade de vistoria de identificação veicular depois
lar ou utilizar equipamento inadequado ou de forma de decorridos 2 (dois) anos da aplicação da penali-
inadequada; dade.
X - deixar de conceder, a qualquer tempo, Art. 16. As sanções aplicadas às pessoas ju-
livre acesso às autoridades de trânsito e ao DENA- rídicas habilitadas são extensíveis aos sócios, sendo
TRAN às suas instalações, registros e outros meios vedada a participação destes na composição socie-
vinculados à habilitação, por meio físico ou eletrô- tária de outras pessoas jurídicas que realizem as
nico; atividades de que trata esta Resolução.
XI - utilizar pessoal subcontratado para servi- CAPÍTULO V
ços de vistoria de identificação veicular; DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
XII - deixar de manter o Seguro de Responsa- Art. 17. No caso de alteração de endereço
bilidade Civil Profissional. das instalações da pessoa jurídica habilitada, esta
Art. 12. Constituem infrações passíveis de somente poderá voltar a operar após a vistoria prévia
cassação do habilitado: do órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado
I - reincidência da irregularidade punida com e do Distrito Federal.
aplicação de sanção administrativa de suspensão das Art. 18. Os modelos de requerimento e os
atividades por 90 (noventa) dias; demais formulários necessários à instrução do pro-
II - realizar vistoria de identificação veicular cesso administrativo de habilitação da pessoa jurí-
fora das instalações da pessoa jurídica habilitada, dica serão padronizados em ato específico do órgão
exceto nos casos expressamente previstos nos ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
arts. 3º-A e 3º-B desta Resolução; (Redação dada Distrito Federal.
pela Res. 737/18) Art. 19. O Laudo de Vistoria de identificação
III - fraudar o laudo de vistoria de identifica- veicular terá validade somente se emitido, monitora-
ção veicular; do e controlado por meio do SISCSV, nos termos da
IV - emitir laudo de vistoria de identificação legislação vigente e atendidos os requisitos técnicos
veicular sem a realização da vistoria; e funcionais especificados em Portaria do DENA-
V - manipular os dados contidos no arquivo TRAN.
de sistema de imagens. Parágrafo único. Os órgãos e entidades exe-
VI - repassar a terceiros, a qualquer título, as cutivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal
informações sobre veículos e proprietários objeto de promoverão sua inscrição no DENATRAN para
vistoria. integração das pessoas jurídicas habilitadas com o
Art. 13. Além das infrações e penalidades SISCSV, conforme regulamentação específica do
previstas nos artigos anteriores, será considerada DENATRAN.
infração administrativa passível de cassação do ha- Art. 20. As Empresas Credenciadas em Vis-
bilitado, qualquer ato que configure crime contra a toria de Veículos – ECVs e as Unidades de Gestão
fé pública, a administração pública e a administra- Central – UGC, credenciadas pelo DENATRAN, per-
ção da justiça, previstos no Decreto-Lei 2.848/40, e manecerão habilitadas no SISCSV até a data da
atos de improbidade administrativa previstos na Lei entrada em vigor desta Resolução, ou até o término
8.429/92, em especial a ofensa aos princípios cons- do prazo de vigência do credenciamento, vedada a
titucionais da legalidade, impessoalidade, moralida- prorrogação, ou o que ocorrer primeiro.
de, publicidade e interesse público. Parágrafo único. As empresas credenciadas
Art. 14. Os órgãos e entidades executivos como Unidades de Gestão Central – UGC pelo
de trânsito dos Estados e do Distrito Federal pode- DENATRAN, no curso da vacatio legis desta Resolu-
rão suspender cautelarmente, sem prévia manifes- ção, somente poderão exercer suas atividades junto
tação do interessado, as atividades de vistoria de às Empresas Credenciadas em Vistorias de Veículos
identificação veicular da pessoa jurídica de direito – ECVs credenciadas pelo DENATRAN.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 399

Art. 21. Esta Resolução entra em vigor em 1º CONTRAN 282, de 26.06.2008. (Artigo acrescido
de novembro de 2014. (Redação dada pela Res. pela Res. 496/14)
496/14)
Art. 21-A. Ficam revogadas a Resolução Morvam Cotrim Duarte
CONTRAN 5, de 23.01.1998, e o art. 1º da Resolução

RESOLUÇÃO 471, DE 18.12.2013


Regulamenta a fiscalização de trânsito por intermédio de
videomonitoramento nos termos do § 2º do art. 280 do
Código de Trânsito Brasileiro. (Redação dada pela Res.
532/15)
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no uso da atribuição que lhe confere o art. 12, da
Lei 9.507, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme Decreto 4.711, de 29.05.2003,
que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
CONSIDERANDO o disposto no § 2º do art. 280 do Código de Trânsito Brasileiro;
CONSIDERANDO que os sistemas de videomonitoramento empregados para policiar vias públicas e ope-
rar o trânsito podem se converter em importantes ferramentas para a fiscalização do trânsito;
CONSIDERANDO a necessidade de intensificar a fiscalização nas vias públicas para inibir a prática de
condutas infratoras que não raras vezes ceifam vidas em acidentes de trânsito;
CONSIDERANDO o contido no processo 80000.016352/2013-49;
RESOLVE:
Art. 1º. Regulamentar a utilização de siste- Parágrafo único. A autoridade ou o agente
mas de videomonitoramento para fiscalização de da autoridade de trânsito, responsável pela lavratura
trânsito nos termos do § 2º do art. 280 do Código de do auto de infração, deverá informar no campo
Trânsito Brasileiro. (Redação dada pela Res. 532/15) “observação” a forma com que foi constatado o
Art. 2º. A autoridade ou o agente da autori- cometimento da infração.
dade de trânsito, exercendo a fiscalização remota por Art. 3º. A fiscalização de trânsito mediante
meio de sistemas de videomonitoramento, poderão sistema de videomonitoramento somente poderá ser
autuar condutores e veículos, cujas infrações por realizada nas vias que estejam devidamente sinaliza-
descumprimento das normas gerais de circulação e das para esse fim.
conduta tenham sido detectadas “on-line” por esses Art. 4º. Esta Resolução entra em vigor na da-
sistemas. ta de sua publicação.
Morvam Cotrim Duarte

RESOLUÇÃO 483, DE 09.04.2014


Aprova o Volume V – Sinalização Semafórica do Manual
Brasileiro de Sinalização de Trânsito e altera o Anexo da
Resolução CONTRAN 160, de 2004.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12,
inciso I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, e
Considerando a necessidade de estabelecer padrões atualizados para a implantação, programação e re-
moção de sinalização semafórica em vias públicas;
Considerando o constante do Processo 80000.021431/2013-71; RESOLVE:
Art.1º. Fica aprovado o Volume V – Sinaliza- Art. 2º. O Anexo desta Resolução encontra-
ção Semafórica, do Manual Brasileiro de Sinalização se disponível no sítio eletrônico <www.denatran.
de Trânsito, na forma do Anexo desta Resolução. gov.br>.
400 Ordeli Savedra Gomes

Art. 3º. O item 4 do Anexo da Resolução duração deve permitir a conclusão das travessias
160/04 passa a vigorar com as seguintes alterações, iniciadas no tempo de verde;
no que diz respeito às formas e dimensões dos semá- (...)
foros para ciclistas e de controle ou faixa reversível: 4.1.3 Tipos
“4. SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA a) Para Veículos
(...) (...)
Formas e Dimensões CONTROLE OU FAIXA REVERSÍVEL
SEMÁFORO FORMA DO DIMENSÃO DA LENTE
DESTINADO A FOCO (mm)
Veículos
Diâmetro de 200 ou
automotores e Circular
300
bicicletas
Controle ou
vermelho verde ”
Quadrada Lado de 300 (mínimo)
faixa reversível Parágrafo único. Semáforos para ciclistas e
Pedestres Quadrada Lado de 200 ou 300 de controle ou faixa reversível já implantados quando
4.1 SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA DE REGULA- da entrada em vigor desta Resolução devem ser
MENTAÇÃO adequados à mesma quando de sua substituição.
(...) Art. 4º. Os órgãos ou entidades integrantes
do Sistema Nacional de Trânsito terão até o dia 31
4.1.2 Cores das Indicações Luminosas
de dezembro de 2015 para adequação às disposi-
As cores utilizadas são: ções desta Resolução.
a) Para controle de fluxo de pedestres: Art. 5º. Esta Resolução entra em vigor na da-
- Vermelha: indica que os pedestres não po- ta de sua publicação.
dem atravessar;
- Vermelha Intermitente: Indica para o pedes- Rone Evaldo Barbosa
tre o término do direito de iniciar a travessia. Sua

RESOLUÇÃO 486, DE 07.05.2014


Aprova o Volume III – Sinalização Vertical de Indicação,
do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12,
inciso XI, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme Decreto
4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT; e
Considerando o disposto no art. 19, inciso XVIII, e no art. 90, § 2º, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que ins-
tituiu o CTB;
Considerando o constante do Processo 80000.005628/2011-00 e do Processo 80000.010982/2013-18;
RESOLVE:
Art. 1º. Fica aprovado o Volume III – Sinaliza- da em vigor desta Resolução, desde que em confor-
ção Vertical de Indicação, do Manual Brasileiro de midade com a Resolução CONTRAN 160/04, poderá
Sinalização de Trânsito, Anexo a esta Resolução. permanecer em via pública até que seja necessária
Parágrafo único. O Anexo desta Resolução sua substituição ou remoção.
encontra-se disponível no sítio eletrônico <www. Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor 180
denatran.gov.br>. (cento e oitenta) dias após sua publicação.
Art. 2º. Ficam alterados os exemplos de pic- Art. 4º. Fica revogado o Capítulo V – Placas
togramas constantes dos itens 1.3.4 e 1.3.5 do de Indicação, do Manual Brasileiro de Sinalização de
Anexo da Resolução CONTRAN 160/04, conforme o Trânsito – Parte I, Sinalização Vertical, aprovado pela
Anexo desta Resolução. Resolução CONTRAN 599/82.
Parágrafo único. A Sinalização Vertical de
Indicação que tenha sido implantada antes da entra- Morvam Cotrim Duarte
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 401

RESOLUÇÃO 504, DE 29.10.2014


Dispõe sobre a utilização obrigatória de espelhos retro-
visores, equipamento do tipo câmera-monitor ou outro
dispositivo equivalente, a ser instalado nos veículos
destinados ao transporte coletivo de escolares.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), usando da competência que lhe confere o inciso I
do art. 12 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT), e
Considerando a necessidade de garantir ao condutor de veículos escolares a completa visão da área ad-
jacente ao veículo durante o embarque e o desembarque de passageiros;
Considerando que os dispositivos para visão indireta destinam-se a possibilitar a observação da área de
circulação de trânsito adjacente ao veículo que pode não ser observada por visão direta;
Considerando o Processo Administrativo 80000.022200/2009-07, instaurado pelo Ministério Público do
Estado de São Paulo, e o Inquérito Civil 1.34.001.0009378/2009-71;
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução dispõe sobre a utili- Art. 4º. Os veículos fabricados ou importados
zação obrigatória de espelhos retrovisores, equipa- antes de 1º de janeiro de 2016 devem atender os
mento do tipo câmera-monitor ou outro dispositivo requisitos dispostos nesta Resolução até de 1º de
equivalente, a ser instalado nos veículos destinados janeiro de 2018.
ao transporte coletivo de escolares. Art. 5º. Fica facultada a antecipação dos pra-
Art. 2º. Os campos de visão de que dispõe zos previstos nesta Resolução.
esta Resolução deverão ser obtidos por meio de Art. 6º. As modificações realizadas nos veí-
espelhos retrovisores, equipamentos do tipo câmera- culos especialmente destinados à condução coletiva
monitor, pela combinação desses equipamentos ou de escolares, a fim de atender aos requisitos previs-
por outros dispositivos com comprovada eficiência tos nesta Resolução, não serão consideradas altera-
técnica. ções de características.
§ 1º Entende-se por outros dispositivos com Art. 7º. A não observância do disposto nesta
comprovada eficiência técnica, aqueles resultantes Resolução, sujeitará o infrator à penalidade prevista
da inovação tecnológica, capazes de substituir os no art. 230, incisos IX e X, do CTB.
equipamentos previstos nesta Resolução. Art. 8º. Os anexos desta Resolução encon-
§ 2º As especificações técnicas necessárias tram-se disponíveis no sítio eletrônico do <www.
para o cumprimento dos requisitos desta Resolução denatran.gov.br>.
quanto à aplicação, à fabricação e à instalação dos Art. 9º. Fica revogada a Resolução CONTRAN
dispositivos para visão indireta estão dispostas nos 439, de 17.04.2013.
Anexos I, II e III. Art. 10. Esta Resolução entra em vigor na da-
Art. 3º. A partir de 1º de janeiro de 2016 to- ta de sua publicação.
dos os veículos especialmente destinados à condu-
ção coletiva de escolares, das categorias M1, M2 e Morvam Cotrim Duarte
M3, fabricados no país ou importados devem atender
aos requisitos constantes desta Resolução.

ANEXOS
(Disponíveis no sítio eletrônico <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 508, DE 27.11.2014


Dispõe sobre os requisitos de segurança para a cir-
culação, a título precário, de veículo de carga ou mis-
to transportando passageiros no compartimento de
cargas.
402 Ordeli Savedra Gomes

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12,
inciso I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
Considerando o disposto no art. 108, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito
Brasileiro – CTB;
Considerando o que consta do Processo Administrativo 80001.003050/2006-71;
RESOLVE:
Art. 1º. A autoridade com circunscrição so- por Instituição Técnica Licenciada – ITL, e vistoria da
bre a via poderá autorizar, eventualmente e a título autoridade competente para conceder a autorização
precário, a circulação de veículo de carga ou misto de trânsito.
transportando passageiros no compartimento de Art. 4º. Satisfeitos os requisitos enumerados
cargas, desde que sejam cumpridos os requisitos no artigo anterior, a autoridade com circunscrição
estabelecidos nesta Resolução. sobre a via, declarando a não existência de linha
§ 1º A autorização será expedida pelo órgão regular de ônibus, estabelecerá no documento de
com circunscrição sobre a via não podendo ultrapas- autorização os seguintes elementos técnicos:
sar o prazo previsto no parágrafo único do art. 108 I - identificação do órgão de trânsito e da au-
do CTB. toridade;
§ 2º Em trajeto que utilize mais de uma via II - marca, modelo, espécie, ano de fabrica-
com autoridades de trânsito com circunscrição ção, placa e UF do veículo;
diversa, a autorização deve ser concedida por cada III - identificação do proprietário do veículo;
uma das autoridades para o respectivo trecho a ser
IV - o número de passageiros (lotação a ser
utilizado.
transportado;
Art. 2º. A circulação de que trata o art. 1º só
V - o local de origem e de destino do trans-
poderá ser autorizada entre localidades de origem e
porte;
destino que estiverem situadas em um mesmo
município ou entre municípios limítrofes, quando não VI - o itinerário a ser percorrido; e
houver linha regular de ônibus. VII - o prazo de validade da autorização.
Art. 3º. Os veículos a serem utilizados no § 1º O número máximo de pessoas admitidas
transporte de que trata esta Resolução devem ser no transporte será calculado na base de 35dm2
adaptados, no mínimo, com: (trinta e cinco decímetros quadrados) do espaço útil
I - bancos, na quantidade suficiente para to- da carroceria por pessoa, incluindo-se o encarregado
dos os passageiros, revestidos de espuma, com da cobrança de passagem e atendimento aos passa-
encosto e cinto de segurança, fixados na estrutura geiros.
da carroceria; § 2º A autorização de que trata este artigo é
II - carroceria com cobertura, barra de apoio de porte obrigatório.
para as mãos, proteção lateral rígida, com dois Art. 5º. Além das exigências estabelecidas
metros e dez centímetros de altura livre, de material nos demais artigos desta Resolução, para o transpor-
de boa qualidade e resistência estrutural, que evite o te de passageiros em veículos de carga ou misto, é
esmagamento e a projeção de pessoas em caso de vedado:
acidente com o veículo; I - transportar passageiros com idade inferior
III - escada para acesso, com corrimão; a 10 anos;
IV - cabine e carroceria com ventilação, ga- II - transportar passageiros em pé;
rantida a comunicação entre motorista e passagei- III - transportar cargas no mesmo ambiente
ros; dos passageiros;
V - compartimento resistente e fixo para a IV - utilizar veículos de carga tipo basculante
guarda das ferramentas e materiais, separado dos e boiadeiro;
passageiros, no caso de transporte de trabalhadores; V - utilizar combinação de veículos.
VI - sinalização luminosa, na forma do inciso VI - transportar passageiros nas partes exter-
VIII do art. 29 do CTB e da Resolução 268, de nas.
15.02.2008, no caso de transporte de pessoas vin- Art. 6º. Para a circulação de veículos de que
culadas à prestação de serviço em obras na via. trata o art. 1º, o condutor deve estar habilitado:
Parágrafo único. Os veículos referidos neste I - na categoria B, se o transporte for realiza-
artigo só poderão ser utilizados após expedição do do em veículo cujo peso bruto total não exceda a
Certificado de Segurança Veicular – CSV, expedido
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 403

três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não b) inobservância do itinerário;


exceda a oito lugares, excluído o do condutor; c) se o veículo não estiver devidamente adap-
II - na categoria C, se o transporte for realiza- tado na forma estabelecida no art. 3º desta Reso-
do em veículo cujo peso bruto total exceda a três mil lução;
e quinhentos quilogramas; d) utilização dos veículos previstos nos inci-
III - na categoria D e ter o curso especializado sos V e VI do art. 5°; transportar passageiros em pé.
para o transporte coletivo de passageiros, se o II - art. 231, inciso VII, do CTB, por exceder o
transporte for realizado em veículo cuja lotação número de passageiros autorizado pela autoridade
exceda a oito lugares, excluído o do condutor; competente;
Parágrafo único. Para determinação da lota- III - art. 168 do CTB, se o (s) passageiro(s)
ção de que tratam os incisos deste artigo deverá ser transportado no compartimento de carga for menor
considerada, além da lotação do compartimento de de 10 (dez) anos; e
passageiros, a lotação do compartimento de carga IV - art. 162, inciso III, do CTB, se o condutor
após a adaptação. possuir habilitação de categoria diferente da do
Art. 7º. As autoridades com circunscrição veículo que esteja conduzindo, conforme art. 6°;
sobre as vias a serem utilizadas no percurso preten- V - art. 232 do CTB, combinado com o art. 2º
dido são competentes para autorizar, permitir e da Resolução 205, de 20.10.2006, se o condutor não
fiscalizar esse transporte por meio de seus órgãos possuir o curso especializado para o transporte co-
próprios. letivo de passageiros, conforme inciso II do art. 6º, e
Art. 8º. Pela inobservância ao disposto nesta se não portar a autorização de trânsito.
Resolução, fica o proprietário ou o condutor do VI - art. 235 do CTB, por transportar passa-
veículo, nos termos do art. 257 do CTB, independen- geiros, animais ou cargas nas partes externas dos
temente das demais penalidades previstas e outras veículos.
legislações, sujeitos às penalidades e medidas ad- Art. 9º. Esta Resolução entra em vigor na da-
ministrativas previstas nos seguintes artigos: ta de sua publicação.
I - art. 230, inciso II, do CTB: Art. 10. Fica revogada a Resolução CONTRAN
a) transporte de passageiro em compartimen- 82/98.
to de carga sem autorização ou com a autorização Morvam Cotrim Duarte
vencida;

RESOLUÇÃO 514, DE 18.12.2014


Dispõe sobre a Política Nacional de Trânsito, seus fins e
aplicação, e dá outras providências.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, usando da competência que confere o art. 12, in-
ciso I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, e
Considerando a necessidade de serem estabelecidos, para todo o território nacional, fundamentos para
padronização e integração das ações do Sistema Nacional de Trânsito – SNT;
Considerando que uma Política Nacional em qualquer setor governamental, como fator natural de convi-
vência entre Estado e Sociedade, deve primordialmente congregar as expectativas sociais em volta de uma
determinada ordem social, estabelecendo os fundamentos axiológicos necessários para a formulação do sentido
a ser buscado nas ações públicas;
Considerando a necessidade de direcionar as ações voltadas para o trânsito com uma visão de futuro,
sem nunca perder de vista as imprescindibilidades dos meios existentes; e
Considerando o que consta do Processo 80000.035670/2013-17. RESOLVE:
CAPÍTULO I Art. 2º. A Política Nacional de Trânsito, na
DISPOSIÇÕES GERAIS abrangência da legislação em vigor, pelos seus ins-
trumentos legais, deverá constituir-se como o marco
Art. 1º. Esta Resolução institui a Política Na- referencial do País para o planejamento, organização,
cional de Trânsito.
404 Ordeli Savedra Gomes

normalização, execução e controle das ações de d) incentivar a renovação da frota circulante,


trânsito em todo o território nacional. com foco no uso de veículos com elevado níveis de
Parágrafo único. Constituem instrumentos da segurança passiva e ativa;
Política Nacional de Trânsito: e) desenvolver e modernizar a gestão da ope-
I - programa nacional de trânsito; ração e fiscalização do trânsito viário;
II - deliberações do Comitê de Mobilização f) promover a melhoria das condições físicas
pela saúde, segurança e paz no trânsito. do sistema viário: sinalização; geometria; pavimento;
passeios e calçadas de pedestres;
III - ações interministeriais integradas volta-
das para a segurança viária. g) incentivar o desenvolvimento de pesquisas
tecnológicas em gestão e segurança do trânsito;
CAPÍTULO II h) padronizar, aperfeiçoar e produzir as infor-
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA mações estatísticas de trânsito;
NACIONAL DE TRÂNSITO i) estimular a regulamentação municipal de
Seção I registro, licenciamento e circulação de ciclomotores,
Dos Princípios bicicletas e veículos de tração animal;
Art. 3º. A Política Nacional de Trânsito visa II - da educação para a cidadania no trânsito:
assegurar a proteção da integridade humana e o a) articular e promover a educação para o
desenvolvimento socioeconômico do País, atendidos trânsito no âmbito da educação básica;
os seguintes princípios: b) articular e promover a capacitação de pro-
I - assegurar ao cidadão o pleno exercício do fessores multiplicadores da educação para o trânsito;
direito de locomoção; c) buscar parcerias com universidades e cen-
II - priorizar ações à defesa da vida, incluindo tros de ensino para promover a educação e capaci-
a preservação da saúde e do meio ambiente; e tação para o trânsito;
III - incentivar o estudo e a pesquisa orienta- d) estimular a produção intelectual, tanto de
obras científicas como de obras artísticas e culturais
da para a segurança, fluidez, conforto e educação
voltadas para o trânsito;
para o trânsito.
e) aperfeiçoar e monitorar a formação de con-
Seção II
dutores;
Dos Objetivos
f) promover e monitorar campanhas perma-
Art. 4º. A Política Nacional de Trânsito tem nentes de utilidade pública com vistas a difundir
por objetivos: princípios de cidadania, valores éticos, conhecimen-
I - promover a melhoria da segurança viária; to, habilidades e atitudes favoráveis ao trânsito se-
II - aprimorar a educação para a cidadania no guro;
trânsito; III - da garantia de mobilidade, acessibilidade
III - garantir a melhoria das condições de mo- e qualidade ambiental:
bilidade urbana e viária, a acessibilidade e a qualida- a) priorizar a mobilidade de pessoas sobre a
de ambiental; de veículos, considerando os usuários mais vulnerá-
IV - fortalecer o Sistema Nacional de Trânsito veis do trânsito como: crianças, idosos, pessoas
– SNT; com deficiência e com mobilidade funcional reduzida;
V - incrementar o planejamento e a gestão do b) estimular a edição de legislações munici-
trânsito. pais que regulamentem a construção, manutenção e
melhoria das calçadas, passeios que garantindo aos
Seção III
pedestres conforto e segurança ao transitar no
Das Diretrizes
espaço público, minimizando as inclinações trans-
Art. 5º. A Política Nacional de Trânsito é orien- versais e limitando as longitudinais em rampa;
tada pelas seguintes diretrizes: c) incentivar o desenvolvimento de sistemas
I - da segurança de trânsito: de transporte coletivo e dos não motorizados;
a) intensificar a fiscalização do trânsito viário, d) fomentar a construção de ciclovias e ciclo-
dos veículos e dos condutores; faixas;
b) fomentar projetos destinados à redução de e) promover o uso mais eficiente dos meios
acidentes de trânsito; motorizados de transporte com incentivo a tecnolo-
c) promover o aperfeiçoamento das condi- gias ambientalmente mais eficientes e desestímulo
ções de segurança veicular; aos modos menos sustentáveis;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 405

f) promover nos projetos de empreendimen- V - do planejamento e gestão:


tos, em especial naqueles considerados pólos ge- a) promover a criação de indicadores que
radores de tráfego, a inclusão de medidas de segu- permitam monitorar e avaliar os planos, programas e
rança e sinalização de trânsito; projetos implementados;
g) incentivar que os planos diretores munici- b) estimular a criação de ouvidorias e outros
pais incluam o trânsito como temática estratégica, canais de comunicação da sociedade com os órgãos
com vistas a favorecer a fluidez do trânsito; do SNT;
h) estimular a atuação integrada dos órgãos c) promover a articulação e a integração dos
executivos de trânsito com os de planejamento, órgãos autuadores e arrecadadores de multas de
desenvolvimento urbano e de transporte público; trânsito;
i) incentivar o uso de veículos ambientalmen- d) padronizar critérios técnicos, financeiros e
te sustentáveis; administrativos das atividades de gestão de trânsito;
IV - do fortalecimento do Sistema Nacional de e) definir estratégias e sistemáticas para a
Trânsito – SNT: melhoria do controle da arrecadação de multas de
a) estimular a integração de municípios ao trânsito;
SNT; f) promover a articulação do governo federal
b) promover o desenvolvimento dos órgãos e com as diversas esferas de governo e sociedade,
entidades integradas ao SNT; com vistas a compatibilizar políticas, planos, progra-
c) priorizar a reestruturação organizacional mas, projetos e ações;
dos órgãos do SNT; g) criar e manter sistemas informatizados in-
d) contribuir para a capacitação continuada tegrados que promovam o fluxo de informações en-
dos profissionais de trânsito; tre os diversos órgãos e entidades, a fim de facilitar
e) estimular o redimensionamento e adequa- o processo decisório e a gestão de trânsito;
ção do quadro de recursos humanos dos órgãos do CAPÍTULO III
SNT; DISPOSIÇÕES FINAIS
f) estimular a adequação dos recursos patri- Art. 6º. Cabe ao órgão máximo executivo de
moniais e materiais, com investimentos e custeios trânsito da União a coordenação da implementação
adequados e modernos, para o melhor desempenho da Política Nacional de Trânsito, bem como a formu-
das competências do SNT; lação e aplicação do Programa Nacional de Trânsito.
g) difundir experiências exitosas entre os ór- Parágrafo único. Os órgãos e entidades do
gãos do SNT; Sistema Nacional de Trânsito, no âmbito de suas
h) fomentar a pesquisa e desenvolvimento na respectivas competências, deverão formular progra-
área de trânsito; mas, projetos e ações em consonância com esta
i) integrar planos, projetos e ações dos dife- Política Nacional de Trânsito.
rentes órgãos e entidades do SNT, reforçando o Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na da-
caráter de sistema com alcance nacional; ta de sua publicação.
j) revisar as normas e procedimentos, com Art. 8º. Fica revogada a Resolução CONTRAN
vistas a modernizá-las e acompanhar as melhores 166, de 15.09.2004.
práticas nacionais e internacionais;
k) disponibilizar os estudos técnicos, estatís-
Morvam Cotrim Duarte
ticas, normas e legislação de trânsito;

RESOLUÇÃO 515, DE 18.12.2014


Revoga a Resolução CONTRAN 207, de 20.10.2006 e
estabelece critérios de padronização para funcionamen-
to das Escolas Públicas de Trânsito.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), usando da competência que lhe confere o inciso I
do art. 12 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e fundamentado no
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT);
Considerando o disposto no § 2º do art. 74 da Lei 9.503, de 23.09.1997;
Considerando o constante no processo administrativo do DENATRAN 80000.048954/2010-12;
406 Ordeli Savedra Gomes

Considerando a necessidade de estabelecer padrões mínimos de eficiência para o funcionamento das


Escolas Públicas de Trânsito em todo o território nacional, de modo a contribuir para maior equidade no exercí-
cio do direito à mobilidade no espaço público e para a segurança no trânsito.
RESOLVE:
Art. 1º. A Escola Pública de Trânsito – EPT VI - disponibilizar material didático de apoio
destina-se a promover a Política Nacional de Trânsito para os cursos;
bem como execução de ações e cursos voltados VII - propor a realização de parcerias com
para o exercício da cidadania, mobilidade e seguran- outros órgãos, entidades, instituições e segmen-
ça no trânsito. tos organizados da sociedade para a execução dos
Art. 2º. A EPT, em suas atividades, priorizará cursos;
o desenvolvimento do convívio social no espaço VIII - incentivar e promover pesquisas e pro-
público, promovendo princípios de equidade, de dução de conhecimento;
ética, visando uma melhor compreensão do sistema IX - promover e divulgar as atividades da EPT;
de trânsito com ênfase na segurança e no meio X - desenvolver atividade permanente de es-
ambiente. tudos e pesquisas voltadas para a educação de
Art. 3º. Os profissionais para atuarem na trânsito, inclusive organizando e mantendo biblioteca
EPT deverão ter reconhecida experiência na área de especializada;
atuação. XI - executar avaliações periódicas das ações
Art. 4º. Compete à Escola Pública de Trânsito: implementadas;
I - constituir quadro técnico de educadores de Art. 5º. Os órgãos e entidades executivos
trânsito e coordenação pedagógica; de trânsito dos estados, do Distrito Federal e dos
II - definir público-alvo, temas, estabelecer municípios deverão enviar, anualmente, no mês de
currículos, conteúdos programáticos e sistemas de janeiro, relatório sobre o funcionamento das EPT
avaliação a serem desenvolvidos em consonância conforme modelo estabelecido pelo órgão máximo
com os objetivos e diretrizes da Política Nacional de executivo de trânsito da União.
Trânsito; Parágrafo único. A partir da análise dos rela-
III - executar cursos conforme estabelecido tórios poderão ser realizadas visitas técnicas as EPT,
em planos e programas de educação de trânsito do pelo órgão máximo executivo de trânsito da União.
respectivo órgão ou entidade executivo de trânsito; Art. 6º. Fica revogada a Resolução CONTRAN
IV - elaborar o seu projeto político pedagógico 207, de 20.10.2006.
conforme os parâmetros estabelecidos e os objetivos Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na da-
e diretrizes da Política Nacional de Trânsito; ta de sua publicação.
V - gerenciar dados e informações referentes
Morvam Cotrim Duarte
aos cursos ministrados;

RESOLUÇÃO 518, DE 29.01.2015


Estabelece os requisitos de instalação e os procedimen-
tos de ensaios de cintos de segurança, ancoragem e
apoios de cabeça dos veículos automotores.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12,
inciso I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto
2.327, de 23.09.1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito.
Considerando o disposto nos arts. 103 e 105, incisos I e III, do Código de Trânsito Brasileiro;
Considerando a evolução alcançada pela indústria de fabricação dos veículos automotores, tornando-os
compatíveis com a evolução tecnológica internacional;
Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar os requisitos de segurança para o sistema cinto
de segurança e suas ancoragens dos veículos, em particular dos bancos, dos dispositivos de retenção e apoios
de cabeça,
RESOLVE:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 407

Art. 1º. Os cintos de segurança afixados nos forma ao do automóvel do qual o projeto deriva (ane-
veículos, ancoragem e os apoios de cabeça deverão xo III).
observar os requisitos mínimos estabelecidos nos Art. 3º. Não se aplicam os requisitos desta
Anexos desta Resolução. Resolução às viaturas militares de que trata a Reso-
Art. 2º. Os requisitos constantes nos Anexos lução CONTRAN 797, de 16.05.1995.
desta Resolução aplicar-se-ão aos novos projetos de Art. 4º. A partir de 29.01.2020, ficam revoga-
veículos produzidos ou importados, 3 anos a partir da das a Resolução CONTRAN 44, de 21.05.1998, a
data de publicação desta Resolução e 5 anos a partir Resolução CONTRAN 48, de 21.05.1998, e o art. 1º e
da data de publicação para todos os veículos em os §§ 1º e 2º da Resolução CONTRAN 220, de
produção, sendo facultado antecipar a sua adoção 11.01.2007, de maneira que as novas solicitações para
total ou parcial. obtenção do Certificado de Adequação à Legislação de
§ 1º Para efeito desta Resolução considera- Trânsito – CAT, deverão atender as exigências cons-
se novo projeto o modelo de veículo que nunca ob- tantes na presente Resolução, sendo facultado anteci-
teve o código de Marca/Modelo/Versão junto ao DE- par a sua adoção total ou parcial.
NATRAN. Art. 5º. Os anexos desta Resolução encon-
§ 2º Não se considera como novo projeto a tram-se disponíveis no sítio eletrônico <www.dena
derivação de um mesmo modelo básico de veícu- tran.gov.br>.
lo que já possua Código de Marca/Modelo/Versão Art. 6º. Esta Resolução entra em vigor na da-
concedido pelo DENATRAN e/ou veículos cuja parte ta de sua publicação.
dianteira da carroceria, delimitada a partir da colu- Morvam Cotrim Duarte
na “A” em diante, tenha semelhança estrutural e de

ANEXOS
(Disponíveis no sítio eletrônico <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 520, 29.01.2015


Dispõe sobre os requisitos mínimos para a circulação
de veículos com dimensões excedentes aos limites es-
tabelecidos pelo CONTRAN.
O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12, inciso I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT); e
Considerando o disposto nos arts. 99, 101, 231 incisos IV, V, VI, VII e X, 237 e 327 do Código de Trânsito
Brasileiro (CTB) e no art. 30 da Convenção sobre Trânsito Viário, promulgada pelo Decreto 86.714, de 10.12.1981,
da qual o Brasil é signatário;
Considerando que os veículos com dimensões excedentes aos limites fixados pelo CONTRAN para circu-
larem em via pública devem possuir sinalização especial de advertência;
Considerando o que consta nos Processos 80000.040940/2013-01 e 80000.007235/2014-75;
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução estabelece os requi- a via pública, atendidos os requisitos desta Reso-
sitos mínimos para a circulação de veículo com suas lução.
dimensões ou de sua carga superiores aos limites Parágrafo único. É obrigatório o porte da
estabelecidos pelo CONTRAN. AET para os veículos referidos no caput.
Art. 2º. A circulação de veículo com suas Art. 3º. A AET, fornecida pelo Órgão Executi-
dimensões ou de sua carga superiores aos limites vo Rodoviário da União, dos Estados, dos Municípios
estabelecidos pela Resolução CONTRAN 210, de e do Distrito Federal com circunscrição sobre a via,
13.11.2006, ou suas sucedâneas, poderá ser per- terá validade máxima de 1 (um) ano e conterá, no
mitida, mediante Autorização Especial de Trânsi- mínimo:
to (AET) da autoridade com circunscrição sobre a) a identificação do órgão emissor;
408 Ordeli Savedra Gomes

b) o número de identificação; outros veículos com sistema de portas traseiras e


c) a identificação e características do(s) veí- comprimento excedente, pode ser aplicado a sinali-
culo(s); zação de comprimento excedente bipartida conforme
d) o peso e dimensões autorizadas; Anexo IV, sendo que o espaçamento entre as placas
e) o prazo de validade; pode ser igual à largura da moldura das portas, sem
f) o percurso; que comprometa ou altere as dimensões estabeleci-
das para a sinalização, conforme Anexo V. (Parágrafo
g) a identificação em se tratando de carga in-
divisível. incluído pela Res. 610/16)
Art. 4º. A autoridade concedente da AET po- Art. 9º. O não cumprimento do disposto nes-
derá exigir a indicação de um engenheiro como ta Resolução implicará na aplicação das sanções
responsável técnico, quando as dimensões da carga previstas no CTB:
assim o exigirem, bem como medidas preventivas de a) Art. 187, inciso I: quando o(s) veículo(s)
segurança a serem adotadas pelo proprietário para a e/ou carga estiverem com dimensões superiores aos
circulação do veículo no percurso autorizado, incluin- limites estabelecidos legalmente e existir restrição
do escolta especializada, conforme a regulamenta- de tráfego referente ao local e/ou horário imposta
ção de cada órgão. pelo órgão com circunscrição sobre a via e não
Art. 5º. A AET não exime o condutor e/ou constante na AET.
proprietário da responsabilidade por eventuais danos b) Art. 231, inciso IV: quando o(s) veículo(s)
que o veículo ou a combinação de veículos causar à e/ou carga estiverem com suas dimensões superio-
via ou a terceiros, conforme prevê o § 2º do art. 101 res aos limites estabelecidos legalmente e circula-
do CTB. rem sem a expedição da AET ou com AET expedida
Art. 6º. O veículo, cujas dimensões excedam em desacordo com o disposto no art. 2º desta
os limites fixados pelo CONTRAN, deverá portar na Resolução;
parte traseira a sinalização especial de advertência c) Art. 231, inciso V: quando o peso do veícu-
prevista nos Anexos desta Resolução. (Artigo altera- lo mais o peso da carga for superior aos limites
do pela Res. 610/16) legais de peso;
Parágrafo único. A sinalização deverá estar d) Art. 231, inciso VI: quando as informações
em condições de visibilidade e leitura, não sendo do(s) veículo(s) e/ou carga, com dimensões superio-
permitida a inserção de quaisquer outras informa- res aos limites estabelecidos legalmente, estão em
ções além das previstas nesta Resolução. desacordo com aquelas constantes da AET, tais
Art. 7º. Excepcionalmente, os caminhões, como peso, dimensões, percurso, exigência da sina-
reboques e semirreboques equipados com rampa de lização, configuração de eixos, entre outras informa-
acesso poderão portar na parte traseira sinalização ções e exigências;
especial de advertência seccionada ao meio (biparti- e) Art. 231, inciso VI: quando o veículo(s)
da) constante do Anexo IV desta Resolução. e/ou carga estiverem com suas dimensões superio-
§ 1º Os veículos de que trata o caput que es- res aos limites estabelecidos legalmente e circula-
tiverem com a placa seccionada em desacordo com rem com a AET vencida;
o Anexo IV terão prazo de 90 (noventa) dias, conta- f) Art. 231, inciso X: quando o peso do veícu-
dos da data de publicação desta Resolução, para lo mais a carga for superior à Capacidade Máxima de
adequação. Tração (CMT) do(s) caminhão(ões) trator(es);
§ 2º Quando a sinalização estiver em posição g) Art. 232: quando o(s) veículo(s) e/ou carga
normal, a secção não poderá prejudicar a legibilidade com dimensões superiores aos limites estabelecidos
das informações. legalmente não estiver portando a AET regularmente
Art. 8º. A sinalização e demais requisitos re- expedida;
lativos às Combinações de Veículos de Carga (CVC), h) Art. 235: quando a carga ultrapassar os
Combinações de Transporte de Veículos (CTV) e as limites laterais, posterior e/ou anterior do(s) veícu-
Combinações de Transporte de Veículos e Cargas lo(s), ainda que não ultrapasse os limites regula-
Paletizadas (CTVP) devem observar o previsto nas mentares estabelecidos na Resolução CONTRAN
Resoluções CONTRAN 211, de 13.11.2006, e 305, de 210/06;
06.03.2009, ou suas sucedâneas. i) Art. 237: quando o(s) veículo(s) e/ou car-
Parágrafo único. Para os veículos furgão ga estiverem com suas dimensões superiores aos
carga geral, furgão frigorífico, sider, basculante ou limites estabelecidos legalmente e a sinalização
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 409

especial de advertência não tiver sido instalada ou Art. 11. Os Anexos desta Resolução estão
não atender aos requisitos previstos nos arts. 6º e disponíveis no sítio <www.denatran.gov.br>.
7º e anexos desta Resolução. Art. 12. Esta Resolução entra em vigor na da-
Art. 10. Fica revogada a Resolução CONTRAN ta de sua publicação.
603, de 23.11.1982. Morvam Cotrim Duarte

Anexos I a V substituídos e
Anexo VI acrescido pela Res. 702/17
*Atentar para a vigência da Res. 702/17, em 1º de janeiro de 2020,
conforme redação dada ao art. 4º, pela Res. 768/18.
Disponível em: <www.denatran.gov.br>

RESOLUÇÃO 525, DE 29.04.2015


Dispõe sobre a fiscalização do tempo de direção do mo-
torista profissional de que trata os arts. 67-A, 67-C e
67-E, incluídos no Código de Transito Brasileiro – CTB,
pela Lei 13.103, de 02.03.2015, e dá outras providên-
cias.
O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), usando da competência que lhe confere o art. 12 da Lei
9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT): e
Considerando a publicação da Lei 13.103, de 02.03.2015, que dispõe sobre o exercício da profissão de
motorista; altera a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 01.05.1943, e as
Leis 9.503, de 23.09.1997 – Código de Trânsito Brasileiro, e 11.442, de 05.01.2007 (empresas e transportadores
autônomos de carga), para disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional; altera a
Lei 7.408, de 25.11.1985; revoga dispositivos da Lei 12.619, de 30.04.2012; e dá outras providências;
Considerando o disposto na Lei 10.350, de 21.12.2001, que definiu motorista profissional como o condu-
tor que exerce atividade remunerada ao veículo;
Considerando o disposto na Lei. 7.290, de 19.12.1984, que define a atividade do Transportador Rodoviá-
rio Autônomo de Bens e dá outras providências;
Considerando o disposto na Lei 11.442, de 05.01.2007, que define o Transportador Autônomo de Cargas
– TAC como a pessoa física que exerce sua atividade profissional mediante remuneração;
Considerando que o registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo é obrigatório em todos
os veículos mencionados no inc. II do art. 105, do CTB;
Considerando a necessidade de redução da ocorrência de acidentes de trânsito e de vítimas fatais nas
vias públicas envolvendo veículos de transporte de escolares, de passageiros e de cargas;
Considerando a necessidade de regulamentação dos meios a serem utilizados para a comprovação do
registro do tempo de direção e repouso nos termos da Lei 13.103, de 02.03.2015;
Considerando o disposto no art. 8º da Lei Complementar 121, de 09.02.2006, que cria o Sistema Nacio-
nal de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e dá outras providências; e
Considerando o que consta no processo 80020.002766/2015-14;
RESOLVE:
Art. 1º. Estabelecer os procedimentos para fis- Parágrafo único. Para efeito desta Resolu-
calização do tempo de direção e descanso do motorista ção, serão adotadas as seguintes definições: Não se
profissional na condução dos veículos de transporte e altera.
de condução de escolares, de transporte de passagei- I - motorista profissional: condutor que exerce
ros com mais de 10 (dez lugares) e de carga com peso atividade remunerada ao veículo.
bruto total superior a 4.536 (quatro mil e quinhentos e II - tempo de direção: período em que o con-
trinta e seis) quilogramas, para cumprimento das dis- dutor estiver efetivamente ao volante de um veículo
posições da Lei 13.103, de 02.03.2015. em movimento.
410 Ordeli Savedra Gomes

III - intervalo de descanso: período de tempo tes condições, conforme estabelecido nos arts. 67-C
em que o condutor estiver efetivamente cumprindo o e 67-E da Lei 13.103, de 2015:
descanso estabelecido nesta Resolução, comprovado I - É vedado ao motorista profissional dirigir
por meio dos documentos previstos no art. 2º, não por mais de 5 (cinco) horas e meia ininterruptas
computadas as interrupções involuntárias, tais como veículos de transporte rodoviário coletivo de passa-
as decorrentes de engarrafamentos, semáforo e si- geiros ou de transporte rodoviário de cargas;
nalização de trânsito. II - Serão observados 30 (trinta) minutos para
IV - ficha de trabalho do autônomo: ficha de descanso dentro de cada 6 (seis) horas na condução
controle do tempo de direção e do intervalo de de veículo de transporte de carga, sendo facultado o
descanso do motorista profissional autônomo, que seu fracionamento e o do tempo de direção desde
deverá sempre acompanhá-lo no exercício de sua que não ultrapassadas 5 (cinco) horas e meia contí-
profissão. nuas no exercício da condução;
Art. 2º. A fiscalização do tempo de direção e III - Serão observados 30 (trinta) minutos para
do intervalo de descanso do motorista profissional descanso a cada 4 (quatro) horas na condução de
dar-se-á por meio de: veículo rodoviário de passageiros, sendo facultado o
I - Análise do disco ou fita diagrama do regis- seu fracionamento e o do tempo de direção;
trador instantâneo e inalterável de velocidade e IV - Em situações excepcionais de inobser-
tempo ou de outros meios eletrônicos idôneos insta- vância justificada do tempo de direção, devidamente
lados no veículo, na forma regulamentada pelo CON- registradas, o tempo de direção poderá ser elevado
TRAN; ou pelo período necessário para que o condutor, o
II - Verificação do diário de bordo, papeleta ou veículo e a carga cheguem a um lugar que ofereça a
ficha de trabalho externo, fornecida pelo empregador; segurança e o atendimento demandados, desde que
ou não haja comprometimento da segurança rodoviária;
III - Verificação da ficha de trabalho do autô- V - O condutor é obrigado, dentro do período
nomo, conforme Anexo I desta Resolução. de 24 (vinte e quatro) horas, a observar o mínimo de
§ 1º A fiscalização por meio dos documentos 11 (onze) horas de descanso, que podem ser fracio-
previstos nos incs. II e III somente será feita quando nadas, usufruídas no veículo e coincidir com os
da impossibilidade da comprovação por meio do intervalos mencionados no inc. II, observadas, no
disco ou fita diagrama do registrador instantâneo e primeiro período, 8 (oito) horas ininterruptas de
inalterável de velocidade e tempo do próprio veículo descanso;
fiscalizado. VI - Entende-se como tempo de direção ou de
§ 2º O motorista profissional autônomo deve- condução apenas o período em que o condutor
rá portar a ficha de trabalho das últimas 24 (vinte estiver efetivamente ao volante, em curso entre a
quatro) horas. origem e o destino;
§ 3º Os documentos previstos nos incs. II e III VII - Entende-se como início de viagem a par-
deverão possuir espaço, no verso ou anverso, para tida do veículo na ida ou no retorno, com ou sem
que o agente de trânsito possa registrar, no ato da carga, considerando-se como sua continuação as
fiscalização, seu nome e matrícula, data, hora e local partidas nos dias subsequentes até o destino;
da fiscalização, e, quando for o caso, o número do VIII - O condutor somente iniciará uma viagem
auto de infração. após o cumprimento integral do intervalo de descan-
§ 4º Para controle do tempo de direção e do so previsto no inc. V deste artigo;
intervalo de descanso, quando a fiscalização for IX - Nenhum transportador de cargas ou cole-
efetuada de acordo com o inc. I, deverá ser descon- tivo de passageiros, embarcador, consignatário de
tado da medição realizada, o erro máximo admitido cargas, operador de terminais de carga, operador de
de 2 (dois) minutos a cada 24 (vinte e quatro) horas e transporte multimodal de cargas ou agente de cargas
10 (dez) minutos a cada 7 (sete) dias. ordenará a qualquer motorista a seu serviço, ainda
§ 5º Os documentos previstos nos incs. II e III que subcontratado, que conduza veículo referido no
servirão como autorização de transporte prevista no caput sem a observância do disposto no inc. VIII;
art. 8º da Lei Complementar 121, de 09.02.2006, des- X - O descanso de que tratam os incs. II, III e
de que contenham o carimbo e assinatura do repre- V deste artigo poderá ocorrer em cabine leito do
sentante legal da empresa. veículo ou em poltrona correspondente ao serviço de
Art. 3º. O motorista profissional, no exercício leito, no caso de transporte de passageiros, devendo
de sua profissão e na condução de veículos mencio- o descanso do inc. V ser realizado com o veículo
nados no caput do art. 1º, fica submetido às seguin- estacionado, ressalvado o disposto no inc. XI;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 411

XI - Nos casos em que o empregador adotar 2 o infrator à aplicação das penalidades e medidas ad-
(dois) motoristas trabalhando no mesmo veículo, o ministrativas previstas no inc. XXIII art. 230 do CTB.
tempo de repouso poderá ser feito com o veículo em § 1º A medida administrativa de retenção do
movimento, assegurado o repouso mínimo de 6 (seis) veículo será aplicada:
horas consecutivas fora do veículo em alojamento I - por desrespeito aos incs. II e III do art. 3º,
externo ou, se na cabine leito, com o veículo estacio- pelo período de 30 minutos, observadas as disposi-
nado, a cada 72 (setenta e duas) horas, nos termos ções do inc. IV do mesmo artigo;
do § 5º do art. 235-D e inc. III do art. 235-E da Conso- II - por desrespeito ao inc. V do art. 3º, pelo
lidação das Leis Trabalhistas – CLT. período de 11 horas.
X - O motorista profissional é responsável por § 2º No caso do inc. II, a retenção poderá ser
controlar e registrar o tempo de condução estipulado realizada em depósito do órgão ou entidade de trân-
neste artigo, com vistas à sua estrita observância; sito responsável pela fiscalização, com fundamento
XI - A não observância dos períodos de des- no § 4º do art. 270 do CTB.
canso estabelecidos neste artigo sujeitará o motoris-
§ 3º Não se aplicarão os procedimentos pre-
ta profissional às penalidades previstas no art. 230,
vistos nos §§ 1º e 2º, caso se apresente outro condu-
inc. XXIII, do código de Trânsito Brasileiro;
tor habilitado que tenha observado o tempo de
NOTA: Sequência incorreta dos incisos, de acor- direção e descanso para dar continuidade à viagem.
do com o original.
§ 4º Caso haja local apropriado para descanso
XII - O tempo de direção será controlado me- nas proximidades o agente de trânsito poderá liberar
diante registrador instantâneo inalterável de veloci- o veículo para cumprimento do intervalo de descanso
dade e tempo e, ou por meio de anotação em diário nesse local, mediante recolhimento do CRLV (CLA), o
de bordo, ou papeleta ou ficha de trabalho externo, qual será devolvido somente depois de decorrido o
conforme o modelo do Anexo I desta Resolução, ou
respectivo período de descanso.
por meios eletrônicos instalados no veículo, conforme
regulamentação específica do CONTRAN, observada § 5º Incide nas mesmas penas previstas nes-
a sua validade jurídica para fins trabalhistas; te artigo o condutor que deixar de apresentar ao
agente de trânsito qualquer um dos meios de fiscali-
XIII - O equipamento eletrônico ou registrador
zação previstos no art. 2º.
deverá funcionar de forma independente de qualquer
interferência do condutor, quanto aos dados registrados; § 6º A critério do agente, no caso do inc. I do
§ 1º deste artigo, não se dará a retenção imediata de
XIV - A guarda, a preservação e a exatidão
veículos de transporte coletivo de passageiros, carga
das informações contidas no equipamento registrador
perecível e produtos perigosos, nos termos do § 4º
instantâneo inalterável de velocidade e de tempo são
de responsabilidade do condutor. do art. 270 do CTB;
Art. 4º. Nos termos dos incs. I e II do art. Art. 7º. As exigências estabelecidas nesta Re-
235-E da Consolidação das Leis Trabalhistas, para o solução referentes ao transporte coletivo de passa-
transporte de passageiros, serão observados os se- geiros, não exclui outras definidas pelo poder conce-
guintes dispositivos: dente.
I - é facultado o fracionamento do intervalo de Art. 8º. As publicações de que trata o art. 11
condução do veículo previsto na Lei 9.503, de da Lei 13.103, de 2015, poderão ser realizadas nos
23.09.1997 – Código de Trânsito Brasileiro – CTB, em sítios eletrônicos dos órgãos que menciona, devendo
períodos de no mínimo 5 (cinco) minutos; ser atualizadas sempre que houver qualquer altera-
ção.
II - será assegurado ao motorista intervalo
mínimo de 1 (uma) hora para refeição, podendo ser Art. 9º. O estabelecimento reconhecido como
fracionado em 2 (dois) períodos e coincidir com o ponto de parada e descanso, na forma do § 3º do art.
tempo de parada obrigatória na condução do veículo 11 da Lei 13.103, de 02.03.2015, deverá contar com
estabelecido pelo CTB, exceto quando se tratar do sinalização de indicação de serviços auxiliares, con-
motorista profissional enquadrado no § 5º do art. 71 forme modelos apresentados no Anexo II.
da Consolidação das Leis Trabalhistas. Art. 10. As disposições dos incs. I, II, III e V
Art. 5º. Compete ao órgão ou entidade de do art. 3º desta RESOLUÇÃO produzirão efeitos:
trânsito com circunscrição sobre a via em que ocor- I - a partir da data da publicação dos atos de
rer a abordagem do veículo a fiscalização das condu- que trata o art. 8º desta Resolução, para os trechos
tas previstas nesta Resolução. das vias deles constantes;
Art. 6º. O descumprimento dos tempos de di- II - a partir da data da publicação das relações
reção e descanso previstos nesta Resolução sujeitará subsequentes, para as vias por elas acrescidas.
412 Ordeli Savedra Gomes

Parágrafo único. Durante os primeiros 180 Art. 12. Esta Resolução entra em vigor na da-
(cento e oitenta) dias de sujeição do trecho ao ta de sua publicação.
disposto na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, Art. 12. Ficam revogadas as Resoluções CON-
aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 01.05.1943, e no TRAN 405, de 12.06.2012, 408, de 02.08.2012, 417, de
CTB, com as alterações constantes da Lei 13.103, de 12.09.2012, 431, de 23.01.2013, e 437, de 27.03.2013,
2015, a fiscalização do seu cumprimento será mera- e a Deliberação do Presidente do CONTRAN 134, de
mente informativa e educativa. 16.01.2013.
Art. 11. Os anexos desta Resolução encontram-
-se disponíveis no sítio eletrônico <www.denatran. NOTA: De acordo com o original, repetição do número do
gov.br>. art. 12.
Alberto Angerami

ANEXO I
FICHA DE TRABALHO DO AUTÔNOMO
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 413

ANEXO II
SINALIZAÇÃO DE INDICAÇÃO DOS POSTOS DE PARADA E
DESCANSO RECONHECIDOS

Anexo II-A: Sinalização de Serviços Auxiliares

Anexo II-B: Pictogramas


Obs.: Utilizar nas placas os pictogramas correspondentes aos serviços oferecidos.
414 Ordeli Savedra Gomes

RESOLUÇÃO 537, DE 17.06.2015


Dispõe sobre a implantação do Sistema Nacional de
Identificação Automática de Veículos – SINIAV em todo
o território nacional.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 12, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e nos termos do disposto no Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito e;
Considerando o que consta do Processo 80000.038562/2009-10;
Considerando a necessidade de participação de todos os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito no
processo de implantação do Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos;
Considerando a necessidade de prévia homologação dos equipamentos que irão operar no SINIAV e
adequação dos sistemas informatizados do DENATRAN, o que exigirá ajuste no prazo para a implantação do
Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos nas Unidades da Federação;
RESOLVE:
Art. 1º. Fica instituído em todo o território Na- terão prazos diferenciados para a instalação da "placa
cional o Sistema Nacional de Identificação Automáti- eletrônica", a serem divulgados posteriormente pelo
ca de Veículos – SINIAV, baseado em tecnologia de DENATRAN.
identificação por radiofreqüência. Art. 3º. O processo de emplacamento eletrô-
Parágrafo único. O SINIAV é composto por nico de veículos do Sistema Nacional de Identificação
dispositivo de identificação eletrônico denominado Automática de Veículos – SINIAV será iniciado em
“placa eletrônica” instalado no veículo, subsistemas todo território Nacional a partir de 01 de janeiro de
de leitura de placas eletrônicas – SLP, Equipamentos 2016, sendo facultada a antecipação pelos órgãos do
Configuradores SINIAV – ECS, centrais de processa- Sistema Nacional de Trânsito.
mento e sistemas informatizados. Art. 4º. O processo tratado no artigo anterior
Art. 2º. Nenhum veículo automotor, elétrico, seguirá cronograma a ser definido pelo DENATRAN.
reboque e semirreboque poderão ser licenciados e Art. 5º. Os requisitos técnicos dos elementos
transitar pelas vias terrestres abertas à circulação sem do sistema definidos no art. 1º, bem como os regu-
estar equipado com a placa eletrônica de que trata lamentos aplicáveis às aplicações derivadas do uso
esta Resolução. da placa eletrônica no veículos definidos no art. 2º e
§ 1º A placa eletrônica será individualizada e seus parágrafos, serão especificados pelo DENATRAN.
terá um número de série único e inalterável para cada Art. 6º. Esta Resolução entra em vigor na da-
veículo. ta de sua publicação, ficando revogadas as Resolu-
§ 2º Os veículos de uso bélico estão isentos ções CONTRAN 412/12 e a 433/13.
desta obrigatoriedade. Alberto Angerami
§ 3º Os ciclomotores, motonetas, motocicle-
tas, triciclos e quadriciclos, reboque e semirreboque

RESOLUÇÃO 540, DE 15.07.2015


Dispõe sobre o conjunto roda e pneu sobressalente de
uso temporário e sistemas alternativos.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 415

O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), no uso das atribuições legais que lhe confere o inc. I do
art. 12 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT), e
Considerando as condições de segurança do veículo no emprego do conjunto roda e pneu sobressalente
ou de sistemas alternativos;
Considerando o que consta no processo 80000.032729/2012-26;
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução dispõe sobre as es- Art. 6º. A estrutura do pneu pertencente ao
pecificações técnicas obrigatórias para o emprego do conjunto roda/pneu sobressalente deve garantir o seu
conjunto roda e pneu sobressalente de uso temporá- emprego enquanto a profundidade dos sulcos que
rio e dos sistemas alternativos para veículos da ca- compõe a banda de rodagem for maior que 1,6 mm.
tegoria M1 e N1 fabricados no país e ou importados. Parágrafo único. Este requisito poderá ser
§ 1º Veículo da categoria M1 são projetados e comprovado pela comparação entre o desgaste da
construídos para o transporte de passageiros, que banda de rodagem e a altura do Indicador de Desgas-
não tenham mais que oito assentos, além do assento te da Banda de Rodagem (TWI).
do motorista. Art. 7º. No momento da entrega técnica do
§ 2º Veículo da categoria N1 são projetados e veículo, a montadora e/ou concessionária deve in-
construídos para o transporte de cargas e que conte- formar ao comprador, todas as observações e restri-
nham uma massa máxima não superior a 3,5 t. ções sobre o conjunto roda e pneu sobressalente ou
Art. 2º. As especificações necessárias para o sobre o funcionamento do sistema alternativo.
conjunto roda e pneu sobressalente de uso temporá- Art. 8º. A roda e o pneu, constituintes do con-
rio e dos sistemas alternativos estão apresentadas junto roda e pneu sobressalente de uso temporário,
nos Anexos desta Resolução. deverão atender as regulamentações do Instituto
Art. 3º. O diâmetro externo do conjunto roda Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (IN-
e pneu sobressalente deve ser igual ao do conjunto METRO).
rodas e pneus rodantes. Art. 9º. Os veículos de que trata esta Resolu-
Parágrafo único. O diâmetro de que trata o ção equipados com conjunto roda e pneu capaz de
caput deste artigo poderá sofrer variação desde que, trafegar "sem ar" ou sistema capaz de trafegar "sem
a montadora garanta, no processo de homologação, ar", devem ser fornecidos com produto selante para
que o conjunto roda pneu sobressalente não afeta a pneus, em quantidade suficiente para o reparo de um
segurança do veículo quanto a: pneu, acompanhado de dispositivo que permita in-
a) dirigibilidade em função do equilíbrio está- suflar o pneu, à pressão prescrita para o uso tempo-
tico e dinâmico; rário, em um período máximo de 10 minutos.
b) capacidade máxima de tração do veículo; Art. 10. O órgão máximo executivo de trânsi-
c) capacidade de carga do veículo; to da União, para comprovação dos requisitos de se-
d) velocidade estabelecida para o conjunto gurança do conjunto roda e pneu sobressalente cons-
sobressalente. tantes desta Resolução, poderá admitir, se tecnica-
mente justificado, veículos que atendam o Regula-
Art. 4º. Os veículos que possuem roda e pneu mento ECE R64 (Nações Unidas) ou a norma FMVSS
sobressalente de uso temporário devem dispor de 109.
área útil para alojar o conjunto roda e pneu rodante,
de modo que não comprometa a lotação dos ocupan- Art. 11. O descumprimento de qualquer uma
tes e a segurança do veículo. das disposições contidas nesta Resolução sujeitará a
montadora ao cancelamento do Certificado de Ade-
Parágrafo único. A área de que trata o caput quação a Legislação de Trânsito (CAT).
deste artigo será reconhecida pelo órgão máximo
executivo de trânsito da União quando o fabricante Parágrafo único. A sanção imposta no caput
ou importador requerer o código específico de mar- deste artigo somente cessará quando a montadora
ca/modelo/versão. comprovar junto ao DENATRAN o atendimento de
todos os requisitos desta Resolução.
Art. 5º. A montadora deve informar a veloci-
dade máxima permitida, para o emprego seguro do Art. 12. Os requisitos técnicos desta Resolu-
conjunto roda e pneu sobressalente temporário. ção encontram-se discriminados nos anexos que está
disponibilizado no seguinte sítio eletrônico: <www.
Paragrafo único. O manual do veículo deve denatran.gov.br>.
conter instruções, para que o conserto do conjunto
roda e pneu rodante se realize com brevidade para Art. 13. Os veículos das categorias M1 e N1
que o veículo volte a sua configuração normal. fabricados ou importados a partir de 1º de janeiro de
416 Ordeli Savedra Gomes

2017 devem cumprir os requisitos desta Resolução, Art. 14. Esta Resolução entra em vigor na da-
sendo facultada sua antecipação. ta de sua publicação.
Alberto Angerami

ANEXOS
(Disponíveis no sítio eletrônico <www.denatran.gov.br>)
*Anexo I alterado pela Res. 719/17

RESOLUÇÃO 544, DE 19.08.2015


Estabelece a classificação de danos decorrentes de aci-
dentes, os procedimentos para a regularização, transfe-
rência e baixa dos veículos envolvidos.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso da competência que lhe confere o art. 12, inc. I, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e nos termos do disposto no
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT; e
Considerando o resultado dos trabalhos desenvolvidos pelo GT, criado pelo Departamento Nacional de
Trânsito – DENATRAN, com objeto de melhorar os critérios de classificação dos danos e os procedimentos para
regularização ou baixa de veículos decorrentes de acidentes;
Considerando o número de veículos acidentados que, recuperados, voltam a circular nas vias públicas;
Considerando a necessidade da Administração Pública, no interesse da segurança viária e da sociedade,
de determinar medidas que submetam os veículos acidentados a procedimentos de controle para que possam
voltar a circular nas vias públicas com segurança, bem como estabelecer procedimentos para a baixa do regis-
tro dos veículos acidentados irrecuperáveis;
Considerando o disposto nos arts. 103, 106, 123, inc. III, 124, incs. IV, V, X, 126, 127, e 240 do CTB; e
Considerando o que consta nos processos: 80000.057985/2010-64 e 80000.030245/2012/42;
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução dispõe sobre a classi- § 5º O cumprimento dos procedimentos pre-
ficação de danos e os procedimentos para a regulari- vistos nesta Resolução não dispensa o registro com-
zação, a transferência e a baixa dos veículos envolvi- pleto do acidente no Boletim de Ocorrência de Aci-
dos em acidentes. dente de Trânsito – BOAT.
Art. 2º. O veículo envolvido em acidente deve § 6º Veículos indenizados integralmente que
ser avaliado pela autoridade de trânsito ou seu não tenham sido objeto do relatório de avarias pela
agente, na esfera das suas competências estabeleci- autoridade policial devem ter, no momento da trans-
das pelo CTB, e ter seu dano classificado conforme ferência para o nome da Companhia Seguradora, seus
estabelecido nesta Resolução. danos classificados nos termos desta Resolução, me-
§ 1º Para automóveis, camionetas, caminho- diante regulamentação do órgão executivo de trânsito
netes e utilitários, com estrutura em monobloco, a do Estado ou Distrito Federal.
classificação do dano deve ser realizada conforme Art. 3º. Concomitantemente à lavratura do
estabelecido no Anexo I desta Resolução. BOAT, a autoridade de trânsito ou seu agente deve
§ 2º Para motocicletas, motonetas, ciclomo- avaliar o dano sofrido pelo veículo no acidente, en-
tores, triciclos e quadriciclos, a classificação do dano quadrando-o em uma das categorias a seguir e assi-
deve ser realizada conforme estabelecido no Anexo II nalar o respectivo campo no “Relatório de Avarias”
desta Resolução. constante em cada um dos anexos mencionados no
§ 3º Para reboques e semirreboques, cami- artigo anterior:
nhonetes e utilitários com estrutura em chassis, ca- I - Dano de pequena monta;
minhões e caminhões-trator, a classificação do dano II - Dano de média monta;
deve ser realizada conforme estabelecido no Anexo III III - Dano de grande monta.
desta Resolução. § 1º Devem ser anexadas ao BOAT fotogra-
§ 4º Para ônibus e micro-ônibus, a classifica- fias do veículo acidentado – laterais direita e esquer-
ção do dano deve ser realizada conforme estabeleci- da, frente e traseira, devendo ser justificada a impos-
do no Anexo IV desta Resolução. sibilidade de juntada de imagens.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 417

§ 2º Quando, em virtude de circunstâncias ex- modelo previsto no Anexo VI desta Resolução, in-
cepcionais, a autoridade de trânsito ou seu agente formando-o sobre as providências para a regulariza-
não conseguirem verificar se um componente do ção ou baixa do veículo.
veículo foi danificado no acidente, esse componente Art. 7º. O desbloqueio do veículo que tenha
deve ser assinalado na coluna ‘NA’ do respectivo sofrido dano de média monta só pode ser realizado
‘Relatório de Avarias’ e sua pontuação considerada pelo órgão executivo de trânsito dos Estados ou do
no cômputo geral da avaliação do veículo, justifican- Distrito Federal no qual o veículo esteja registrado.
do-se no campo ‘observações’ do relatório as razões § 1º Deve ser exigido para desbloqueio de ve-
pela qual ele não pôde ser avaliado. ículo com dano de média monta:
§ 3º Em atendimento ao § 2º do art. 1º do I - Certificado de Registro de Veículos – CRV e
CTB, para efeito de segurança no trânsito, um com- Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos –
ponente assinalado como não avaliado (‘NA’) deve CRLV originais do veículo, RG, CPF ou CNPJ e com-
ser considerado como danificado e computado na provante de residência ou domicílio do proprietário;
avaliação geral do veículo. II - Comprovação do serviço executado e das
Art. 4º. Em caso de danos de “média monta” peças utilizadas, mediante apresentação da nota
ou “grande monta”, o órgão ou entidade fiscalizadora fiscal de serviço da oficina reparadora, acompanhada
de trânsito responsável pelo BOAT deve, em até da(s) nota(s) fiscal (is) das peças utilizadas;
trinta dias da data do acidente, expedir ofício acom- III - Certificado de Segurança Veicular – CSV
panhado dos registros que possibilitaram a classifi- expedido por Instituição Técnica Licenciada – ITL, de-
cação do dano ao órgão executivo de trânsito dos vidamente licenciada pelo DENATRAN e acreditada pe-
Estados ou do Distrito Federal responsável pelo re- lo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tec-
gistro do veículo, conforme modelo constante do Ane- nologia – INMETRO;
xo V desta Resolução. IV - Comprovação da autenticidade da identi-
Parágrafo único. O envio da documentação ficação do veículo mediante vistoria do órgão execu-
poderá ser efetuado por via postal ou por meio ele- tivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal ou
trônico previamente definido entre os órgãos e desde entidade por ele autorizada.
que contenha de forma visível a assinatura, o nome e § 2º O órgão executivo de trânsito dos Esta-
a matrícula da autoridade de trânsito ou do agente de dos ou do Distrito Federal no qual está registrado o
fiscalização que emitiu o documento ou de seu su- veículo com dano de média monta, de posse dos
perior hierárquico. documentos previstos no parágrafo anterior, deve
Art. 5º. O órgão executivo de trânsito dos Es- fazer constar no campo “observações” do CRV/CRLV
tados ou do Distrito Federal em que o veículo estiver o número do CSV, que deverá permanecer no docu-
registrado deve incluir o bloqueio administrativo no mento e no cadastro do veículo na BIN mesmo após
cadastro em até dez dias úteis após o recebimento da eventuais transferências de propriedade, município
documentação citada no artigo anterior. ou Unidade da Federação, até a baixa definitiva do
§ 1º O bloqueio administrativo será registrado veículo.
na Base de Índice Nacional – BIN pertencente ao § 3º O desbloqueio do veículo ficará ainda vin-
sistema de Registro Nacional de Veículos Automoto- culado à emissão de um novo CRV, no qual já estarão
res – RENAVAM, contendo a data do sinistro, o tipo inseridas as informações relativas ao sinistro descri-
de dano classificado, o órgão executivo de trânsito tas no parágrafo anterior.
do Estado ou do Distrito Federal responsável pela § 4º Os documentos previstos nos parágrafos
inclusão e, se for o caso, número do BOAT e o órgão anteriores devem ser incorporados ao prontuário do
fiscalizador responsável pela ocorrência. veículo.
§ 2º Enquanto perdurar a restrição administra- § 5º Caso não ocorra a recuperação do veícu-
tiva imposta pelo órgão ou entidade executiva de lo, seu proprietário deve providenciar a baixa do re-
trânsito dos Estados ou do Distrito Federal é proibida gistro de acordo com o art. 126 do CTB e regulamen-
a circulação do veículo nas vias públicas, sob pena tação complementar.
de infringir o disposto no art. 230, inc. VIII, do CTB. § 6º Caso o veículo sofra acidente em Unida-
Art. 6º. Imediatamente após o lançamento da de da Federação (UF) distinta daquela na qual está
restrição administrativa à circulação do veículo, o registrado, é facultada ao proprietário do veículo ou
órgão executivo de trânsito dos Estados ou do Dis- seu representante legal a obtenção dos documentos
trito Federal deve notificar o proprietário, conforme citados nos incs. III e IV deste artigo no próprio local
418 Ordeli Savedra Gomes

onde o veículo se encontra. O órgão executivo de § 1º O órgão executivo de trânsito dos Esta-
trânsito dos Estados ou do Distrito Federal que rea- dos ou do Distrito Federal que detiver o registro do
lizar vistoria em veículo registrado em outra UF deve veículo deve apreciar o recurso no prazo de quinze
comunicar formalmente sua realização ao órgão exe- dias úteis, podendo requisitar a apresentação do veí-
cutivo de trânsito da UF onde o veículo está registrado. culo para avaliação própria ou por entidade por ele
§ 7º No caso de veículos que pertençam a em- reconhecida.
presas de transporte de passageiros ou cargas e que § 2º A requisição tratada no § 1º deste artigo
possuam oficinas próprias, a comprovação do serviço interrompe o prazo de apreciação e deve ser atendida
executado e das peças utilizadas, prevista no inc. II pelo proprietário no prazo de dez dias úteis. A não
do § 1º deste artigo, poderá ser feita mediante decla- apresentação do veículo para avaliação na forma e
ração da empresa com firma reconhecida por auten- prazo previstos implica a sua classificação como
ticidade em papel timbrado e devidamente assinada irrecuperável, aplicando-se o disposto no art. 8º des-
por seu responsável técnico, formalmente investido ta Resolução.
nesta função, acompanhada de originais ou cópias § 3º Em caso de deferimento do recurso, o
das notas fiscais utilizadas no reparo. desbloqueio do veículo fica sujeito aos procedimen-
Art. 8º. O veículo enquadrado na categoria tos descritos no art. 7º desta Resolução.
“dano de grande monta” deve ser classificado como Art. 10. Caso o sinistro ocorra em Unidade da
“irrecuperável” pelo órgão executivo de trânsito dos Federação (UF) distinta daquela na qual está regis-
Estados ou do Distrito Federal que detiver seu regis- trado, é facultado ao proprietário do veículo, para
tro, devendo ser executada a baixa do seu cadastro efeito de baixa definitiva, entregar o recorte do chassi
na forma determinada pelo CTB. e placas no órgão executivo de trânsito onde o veí-
Art. 9º. O proprietário do veículo, ou seu re- culo se encontra, de acordo com o art. 126 do CTB e
presentante legal, com "dano de grande monta" ou regulamentação complementar, que encaminhará a
"dano de média monta" poderá apresentar recurso Certidão de Entrega de recorte de chassi e placas
para reenquadramento do dano na categoria imedia- para o órgão executivo de trânsito da UF onde o veí-
tamente inferior, desde que em hipótese autorizada culo estiver registrado, que promoverá a baixa defi-
nos anexos I a IV, sendo necessário, para tanto, o nitiva.
atendimento às seguintes exigências: Art. 11. As disposições contidas nesta Reso-
I - Ser realizada nova avaliação técnica por lução também se aplicam aos veículos que sofreram
profissional engenheiro legalmente habilitado e apre- acidentes antes de serem cadastrados, cabendo o
sentado o respectivo laudo; envio de ofício com a documentação com a classifi-
II - O veículo deve estar nas mesmas condi- cação de danos ao DENATRAN, para bloqueio admi-
ções em que se encontrava após o acidente; nistrativo no pré-cadastro da BIN e demais procedi-
III - A avaliação deve ser feita conforme os mentos daí decorrentes.
critérios e modelos de formulários constantes desta Art. 12. Veículos objetos de roubo ou furto
Resolução e seus anexos; que tenham sofrido avarias em itens pontuáveis dos
IV - O laudo deve estar acompanhado de fotos relatórios contidos nos anexos desta Resolução tam-
ilustrativas do veículo mostrando as partes danifica- bém estão sujeitos às disposições nela contidas, de-
das e as seguintes vistas: frontal, traseira, lateral vendo ser elaborados boletim de ocorrência policial e
direita, lateral esquerda, a 45º mostrando dianteira e pertinente relatório de avarias e encaminhados ao
lateral esquerda, a 45º mostrando dianteira e lateral órgão executivo de trânsito dos Estados ou do Dis-
direita, a 45º mostrando traseira e lateral esquerda e trito Federal que detiver o registro do veículo.
a 45º mostrando traseira e lateral direita; Art. 13. O veículo classificado com dano de
V - O laudo deve estar acompanhado de Ano- média ou grande monta não pode ter sua propriedade
tação de Responsabilidade Técnica (ART) devidamen- transferida, excetuando-se para as companhias segu-
te preenchida e assinada pelo engenheiro e pelo radoras, nos casos de acidentes em que por força da
proprietário do veículo ou seu representante legal; indenização se opere a sub-rogação nos direitos de
VI - O laudo e demais documentos devem ser propriedade.
apresentados ao órgão executivo de trânsito dos § 1º O veículo somente pode ser transferido
Estados ou do Distrito Federal que detiver o registro ao nome da companhia seguradora mediante apre-
do veículo no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a sentação da documentação referente ao processo de
contar da data da lavratura do BOAT, salvo caso indenização, BOAT, se houver, relatório de avarias e
fortuito ou força maior devidamente comprovados. fotografias do veículo acidentado.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 419

§ 2º A companhia seguradora deve providen- seguindo-se o disposto nos arts. 7º e 8º desta Reso-
ciar o registro da transferência de propriedade para lução.
seu nome, no prazo previsto no art. 123, inc. I, do Art. 14. Os anexos desta Resolução encon-
CTB, devendo ser realizada vistoria para identificação tram-se no sítio eletrônico do DENATRAN: <www.
veicular e emitido o CRV/CRLV com a informação de denatran.gov.br>.
que o veículo encontra-se proibido de circular nas Art. 15. Esta Resolução entra em vigor no dia
vias públicas, até a adoção das providências previs- 1º de março de 2016.
tas no art. 7º ou 8º desta Resolução. Art. 16. A Resolução CONTRAN 362, de
§ 3º Efetivada a transferência de propriedade 15.10.2010, fica revogada a partir de 1º de março de
para a razão social da companhia seguradora, nova- 2016.
mente deve ser bloqueado o cadastro do veículo, Alberto Angerami

ANEXO I
PROCEDIMENTO PARA REGISTRO E CLASSIFICAÇÃO DE DANOS EM AUTOMÓVEIS,
CAMIONETAS, CAMINHONETES E UTILITÁRIOS

1. Este procedimento aplica-se aos automó- • Dano de média monta;


veis, camionetas, caminhonetes e utilitários. • Dano de grande monta;
2. O preenchimento do Relatório de Avarias 3.2. A classificação do dano na categoria
constante deste Anexo deve retratar a condição real “pequena monta” dar-se-á quando o total de itens
do veículo e ser feito conforme os seguintes critérios: assinalados na coluna “SIM” somados aos da coluna
2.1. Quando verificar-se fisicamente que um “NA” for no máximo 1(um) item.
componente estrutural ou de segurança passiva do 3.3 A classificação do dano na categoria
veículo foi danificado no acidente, deve ser assinala- “média monta” dar-se-á quando o total de itens
da a coluna “SIM” ao lado do respectivo item no re- assinalados na coluna “SIM” somados aos da coluna
latório. “NA” for superior a 1(um) não superior a 6 (seis)
2.2. Quando um componente estrutural ou de itens.
segurança passiva não estiver danificado, ou não 3.4. A classificação do dano na categoria
existir originalmente, deve ser assinalada a coluna “grande monta” dar-se-á quando o total de itens
“NÃO” ao lado do respectivo item no relatório.. assinalados na coluna “SIM” somados aos da coluna
2.3. Quando, em virtude de circunstâncias “NA” for superior a 6 (seis) itens, o que implica
excepcionais, a autoridade de trânsito ou seu agente também na classificação do veículo como irrecuperá-
não conseguirem verificar se um componente estru- vel.
tural ou de segurança passiva do veículo foi danifica- 3.5 O proprietário do veículo, ou seu represen-
do no acidente, esse componente deve ser assinala- tante legal, com “dano de grande monta” poderá
do na coluna “NA” do respectivo “Relatório de apresentar recurso para reenquadramento do dano
Avarias” e sua pontuação considerada no cômputo para “média monta” desde que o total de itens clas-
geral da avaliação do veículo, justificando-se no sificados como “SIM” não exceda 9 (nove) compo-
campo “observações” do relatório as razões pelas nentes estruturais, não havendo limitação de quanti-
quais ele não pôde ser avaliado. dade para os itens classificados como “NA”.
2.4. Em atendimento ao § 2º do art. 1º do 3.6 O proprietário do veículo, ou seu represen-
CTB, para efeito de segurança no trânsito, até prova tante legal, com “dano de média monta” poderá
em contrário, um componente assinalado como não apresentar recurso para reenquadramento do dano
avaliado (“NA”) será considerado como danificado e para “pequena monta”, desde que o total de itens
será computado na avaliação geral do veículo. classificados como “SIM” não excedam 3 (três)
3. A classificação do dano sofrido pelo veículo componentes estruturais, não havendo limitação de
será feita conforme os seguintes critérios: quantidade para os itens classificados como “NA”.
3.1. Categorias de danos: 4. Os desenhos a seguir são ilustrativos de
• Dano de pequena monta; alguns itens de avaliação:
420 Ordeli Savedra Gomes
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 421
422 Ordeli Savedra Gomes

ANEXO II
PROCEDIMENTO PARA REGISTRO E CLASSIFICAÇÃO DE DANOS EM MOTOCICLETAS
E VEÍCULOS ASSEMELHADOS

1. Este procedimento aplica-se a motocicletas • Dano de grande monta;


e veículos assemelhados. 3.2. A classificação do dano na categoria
2. O preenchimento do Relatório de Avarias “pequena monta” dar-se-á quando o total dos itens
constante deste Anexo deve retratar a condição real assinalados nas colunas “SIM” e “NA” for igual a
do veículo e ser feito conforme os seguintes critérios: zero;
2.1. Quando verificar-se fisicamente que um 3.3. A classificação do dano na categoria “mé-
componente do veículo foi danificado no acidente, dia monta” dar-se-á quando o total de itens assinala-
deve ser assinalada a coluna “SIM” ao lado do res- dos nas colunas “SIM”, somados aos da coluna “NA”
pectivo item no relatório. for de 1 (um) a 4 (quatro) itens;
2.2. Quando um componente não estiver dani- 3.4. A classificação do dano na categoria
ficado, ou não existir originalmente, deve ser assina- “grande monta” dar-se-á quando o total de itens
lada a coluna “NÃO” ao lado do respectivo item no assinalados na coluna “SIM” somados ao da coluna
relatório. “NA” for superior a 4 (quatro) itens, o que implica
2.3. Quando, em virtude de circunstâncias ex- também na classificação do veículo como irrecuperá-
cepcionais, a autoridade de trânsito ou seu agente vel.
não conseguirem verificar se um componente do 3.5. O proprietário do veículo, ou seu repre-
veículo foi danificado no acidente, esse componente sentante legal, com “dano de grande monta” poderá
deve ser assinalado na coluna “NA” do respectivo apresentar recurso para reenquadramento do dano
“Relatório de Avarias” e sua pontuação considerada para “média monta” desde que o total de itens
no cômputo geral da avaliação do veículo, justifican- classificados como “SIM” não exceda 5 (cinco) com-
do-se no campo “observações” do relatório as razões ponentes estruturais, não havendo limitação de quan-
pela qual ele não pôde ser avaliado. tidade para os itens classificados como “NA”.
2.4. Em atendimento ao § 2º do art. 1º do 3.6. O proprietário do veículo, ou seu repre-
CTB, para efeito de segurança no trânsito, até prova sentante legal, com “dano de média monta” poderá
em contrário, um componente assinalado como não apresentar recurso para reenquadramento do dano
avaliado “NA” será considerado como danificado e para “pequena monta”, desde que o total de itens
será computado na avaliação geral do veículo. classificados como “SIM” não exceda 1 (um) com-
3. A classificação do dano sofrido pelo veículo ponente estrutural, não havendo limitação de quanti-
será feita conforme os seguintes critérios: dade para os itens classificados como “NA”.
3.1. Categorias de danos: 4. Os desenhos a seguir são ilustrativos dos
• Dano de pequena monta; itens de avaliação:
• Dano de média monta;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 423
424 Ordeli Savedra Gomes

ANEXO III
PROCEDIMENTO PARA REGISTRO E CLASSIFICAÇÃO DO DANO EM REBOQUES
E SEMIRREBOQUES, CAMINHÕES E CAMINHÕES-TRATORES

1. Este procedimento se aplica aos reboques 3.1. Categorias de danos:


e semirreboques, aos caminhões com implementos a) Dano de pequena monta: quando não hou-
rodoviários ou carroçarias e aos caminhões-tratores. ver nenhum item assinalado nas colunas “SIM” ou
2. O preenchimento do Relatório de Avarias “NA”;
constante deste Anexo deve retratar a condição real b) Dano de média monta: quando o item de
do veículo e ser feito conforme os seguintes critérios: maior gravidade assinalado nas colunas “SIM” ou
2.1. Quando verificar-se fisicamente que um “NA” for de categoria M (Média Monta);
componente do veículo foi danificado no acidente, c) Dano de grande monta: quando o item de
deve ser assinalada a coluna “SIM” ao lado do res- maior gravidade assinalado nas colunas “SIM” ou
pectivo item no relatório. “NA”, for de categoria G (Grande Monta).
2.2. Quando um componente não estiver dani- 3.2. Considera-se que “dano de pequena
ficado, ou não existir originalmente, deve ser assina- monta” é o menos grave e “dano de grande monta”
lada a coluna “NÃO” ao lado do respectivo item no é o de maior gravidade.
relatório. 3.3. A classificação do dano do veículo se ba-
2.3. Quando, em virtude de circunstâncias ex- seará no item de maior gravidade assinalado nas
cepcionais, a autoridade de trânsito ou seu agente colunas “SIM” ou “NA”. Por exemplo, se dentre os
não conseguirem verificar se um componente do itens assinalados nas colunas “SIM” ou “NA” existi-
veículo foi danificado no acidente, esse componente rem três itens cuja gravidade é “M” (média monta) e
deve ser assinalado na coluna “NA” do respectivo um item de gravidade “G” (grande monta), no campo
“Relatório de Avarias” e sua pontuação considerada
“DANO” deve ser assinalado o item “GRANDE MON-
no cômputo geral da avaliação do veículo, justifican-
TA”, pois o item de maior gravidade tem categoria “G”.
do-se no campo “observações” do relatório as
razões pela qual ele não pôde ser avaliado. 4. Devem ser avaliadas separadamente as
avarias ocorridas na cabine e/ou carroçaria e as ava-
2.4. Em atendimento ao § 2º do art. 1º do CTB,
rias ocorridas no chassi do veículo.
para efeito de segurança no trânsito, até prova em
contrário, um componente assinalado como não 4.1. A classificação “Dano de Grande Monta”
avaliado “NA” será considerado como danificado e não se aplica à cabine e à carroçaria.
será computado na avaliação geral do veículo. 4.2. A classificação “dano de grande monta”
3. A classificação do dano será feita conforme no chassi acarreta, obrigatoriamente, no sucatea-
os seguintes critérios: mento do veículo como um todo.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 425

5. Os componentes da cabine e/ou carroçaria 6. A constatação de avaria em algum compo-


danificados no acidente, dependendo do componente nente da cabine e/ou carroçaria conforme a tabela 1,
e da avaria sofrida, resultam na classificação do dano abaixo, resulta na classificação do veículo como
conforme as tabelas a seguir. portador, no mínimo, de “Dano de Média Monta”, de-
pendendo da avaliação do chassi do veículo.

TABELA 1
MÉDIA MONTA COMPONENTES DA CABINE E/OU CARROÇARIA
Localização Avaria de origem mecânica Avaria de origem térmica
Cabine (quando existente) Deformações na estrutura afetando coluna(s), painel Região termicamente afeta-
corta fogo, soleira e/ou assoalho. (fig. 1) da com dimensão menor ou
Carroçaria Deformações na estrutura das laterais e/ou do teto igual a 2/3 do comprimento
(quando houver) atingindo o compartimento de carga. da carroçaria.
Estrutura com deformação vertical ou lateral atingin-
do o compartimento de carga;
Estrutura com deformação vertical ou lateral afetando
os componentes de união da base da carroçaria com o
chassi.

7. Os componentes mecânicos e do chassi veículo como portador, no mínimo, do dano especifi-


danificados no acidente resultam na classificação do cado na coluna da esquerda da tabela 2 abaixo.
426 Ordeli Savedra Gomes

TABELA 2
CLASSIFICAÇÃO DO COMPONENTE DANIFICADO DO CHASSI
DANO DO VEÍCULO
Avaria de origem mecânica Avaria de origem térmica
MÉDIA MONTA Suspensão, eixos, sistema de freio e para-choque Região do chassi termicamente
traseiro. afetada com dimensão menor
Chassi com deformação torcional permanente menor ou igual a 2/3 do comprimento
ou igual à altura da longarina – item 8.1. do chassi e/ou qualquer fração
Chassi com deformação vertical permanente menor da região da suspensão
ou igual à altura da longarina – item 8.2.
Chassi com deformação lateral permanente menor ou
igual à distância interna entre as longarinas – item 8.3.
GRANDE MONTA Chassi com deformações permanentes superiores às Região do chassi termicamente
definidas na classificação de média monta afetada com dimensão superior
a 2/3 do comprimento do
chassi

7.1. O proprietário do veículo, ou seu repre- 8. Tipos de deformação


sentante legal, com “dano de grande monta” poderá 8.1. Deformação torcional permanente
apresentar recurso para reenquadramento do dano 8.1.1. Quando o deslocamento (Y) provocado
para “média monta” desde que o total de itens clas- pela torção na secção transversal formada pelas
sificados como “SIM” não excedam 3 (três) compo- longarinas (vigas) for inferior ou igual à altura da
nentes estruturais classificados como “G”, não ha- longarina (H), medida na região de maior dimensão,
vendo limitação de quantidade para os itens classifi- isso resulta na classificação do veículo como porta-
cados como “NA”. Excetuam-se os casos de dano dor, no mínimo, de “Dano de Média Monta”, depen-
térmico, que não são passíveis de reclassificação. dendo da avaliação dos demais itens.
7.2. O proprietário do veículo, ou seu represen- 8.1.2. Quando o deslocamento (Y) provocado
tante legal, com “dano de média monta” poderá pela torção na secção transversal formada pelas
apresentar recurso para reenquadramento do dano longarinas (vigas) for superior à altura da longarina
para “pequena monta” desde que o total de itens (H), medida na região de maior dimensão, isso re-
classificados como “SIM” não excedam 3 (três) com- sulta na classificação do veículo como portador de
ponentes estruturais classificados como “M”, não “Dano de Grande Monta”.
havendo limitação de quantidade para os itens clas-
sificados como “NA”.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 427

8.2. Deformação vertical permanente resulta na classificação do veículo como portador de


8.2.1. Quando o deslocamento (Y) formado pela “Dano de Grande Monta”.
linha superior do chassi for inferior ou igual à altura NOTA: Na região do chassi de menor secção
da longarina (H), medida na região de maior dimen- transversal (região frontal), é admitida a mesma de-
são, isso resulta na classificação do veículo como formação vertical (Y), visto que essa região é mais
portador, no mínimo, de “Dano de Média Monta”, suscetível a pequenas deformações que não com-
dependendo da avaliação dos demais itens. prometem o restante do chassi. Seções menores fa-
8.2.2. Quando o deslocamento (Y) formado pela cilitam a recuperação/substituição,mantendo a inte-
linha superior do chassi for superior à altura da lon- gridade do restante da estrutura.
garina (H), medida na região de maior dimensão, isso

8.3. Deformação lateral permanente de MédiaMonta”, dependendo da avaliação dos de-


8.3.1. Quando o deslocamento(X) de uma lon- mais itens.
garina (viga), em qualquer um de seus pontos, for 8.3.2. Quando o deslocamento(X) de uma lon-
inferior ou igual à maior distância interna original (L) garina (viga), em qualquer um de seus pontos, for
entre as longarinas (vigas), issoresulta na classifica- superior à maior distância interna original (L) entre as
ção do veículo como portador, no mínimo, de “Dano longarinas (vigas), isso resulta na classificação do
veículo como portador de “Dano de Grande Monta”.
428 Ordeli Savedra Gomes

ANEXO IV
PROCEDIMENTO PARA REGISTRO E CLASSIFICAÇÃO DO DANO EM
ÔNIBUS E MICRO-ÔNIBUS
1. Este procedimento aplica-se aos ônibus e 2.1. Quando verificar-se fisicamente que uma
micro-ônibus. parte do veículo foi danificada no acidente, deve ser
2. O preenchimento do Relatório de Avarias assinalada a coluna “SIM” ao lado do respectivo item
constante deste Anexo deve retratar a condição real no relatório.
do veículo e ser feito conforme os seguintes critérios:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 429

2.2. Quando a parte não estiver danificada, ou 3.2. Considera-se que “dano de pequena mon-
não existir originalmente, deve ser assinalada a co- ta” é o menos grave e “dano de grande monta” é o de
luna “NÃO” ao lado do respectivo item no relatório. maior gravidade.
2.3. Quando, em virtude de circunstâncias ex- 3.3. A classificação do dano do veículo se ba-
cepcionais, a autoridade de trânsito ou seu agente seará no item de maior gravidade assinalado nas
não conseguirem determinar com certeza se uma colunas “SIM” ou “NA”. Por exemplo, se dentre os
determinada parte do veículo foi ou não danificada no itens assinalados nas colunas “SIM ou “NA” existi-
acidente, deve ser assinalada a coluna “NA” ao lado rem sete itens de gravidade “M” (média monta) e
do respectivo item no relatório, justificando-se no nenhum item com gravidade “G” (grande monta), no
campo “observações” a razão pela qual esse item não campo “DANO” deve ser assinalado o item “MÉDIA
pôde ser avaliado. MONTA”, pois o item de maior gravidade tem catego-
2.4. Em atendimento ao § 2º do art. 1º do Có- ria “M”.
digo de Trânsito Brasileiro, para efeito de segurança 4. Devem ser avaliadas separadamente as
no trânsito e até prova em contrário, um item assina- avarias ocorridas na carroçaria e as avarias ocorridas
lado como não avaliado “NA” será considerado como no chassi do veículo.
danificado e será computado na avaliação geral do 4.1. A classificação “dano de grande monta”
veículo. não se aplica à carroçaria.
3. A classificação do dano sofrido pelo veículo 4.2. A classificação “dano de grande monta”
será feita conforme os seguintes critérios: no chassi acarreta, obrigatoriamente, o sucateamen-
3.1. Categorias de danos: to do veículo como um todo, incluindo a carroçaria.
5. Os componentes da carroçaria danificados
a) Dano de pequena monta: quando não hou-
no acidente, dependendo do componente e da avaria
ver nenhum item assinalado nas colunas “SIM” ou
sofrida, resultam na classificação do dano conforme
“NA”;
as tabelas a seguir.
b) Dano de média monta: quando o item de
5.1. A constatação de avaria em algum com-
maior gravidade assinalado nas colunas “SIM” ou ponente da carroçaria conforme a tabela 1 “Média
“NA” for de categoria M (média monta); Monta”, abaixo, resulta na classificação do veículo
c) Dano de grande monta: quando o item de como portador, no mínimo, de “Dano de Média
maior gravidade assinalado nas colunas “SIM” ou Monta”, dependendo da avaliação do chassi do
“NA”, for de categoria G (grande monta). veículo.

TABELA 1
MÉDIA MONTA COMPONENTES DA CARROÇARIA
Localização Avaria de origem mecânica Avaria de origem térmica
Seção Dianteira Avarias na estrutura afetando o posto do condutor e/ou a Região termicamente afetada
coluna “B” da carroceria podendo afetar ainda o compar- com dimensão menor ou igual a
timento dos passageiros ou qualquer ponto de fixação das 2/3 do comprimento da carroça-
poltronas (bancos); ria.
Seção Traseira Avarias na estrutura atingindo a porção traseira da carroce-
ria, podendo afetar ainda o compartimento dos passagei-
ros ou qualquer ponto de fixação das poltronas (bancos);
Seção Dianteira Avarias na estrutura das laterais ou do teto atingindo o
Seção Central compartimento interno dos passageiros podendo ultrapas-
Seção Traseira sar o plano que passa pela linha de referência do peitoril
(parte inferior das janelas);
Estrutura com deformação vertical, podendo afetar o
compartimento dos passageiros e os componentes de
união da base da carroceria com o chassi;
Estrutura com deformação lateral, podendo afetar o
compartimento dos passageiros e os componentes de
união da base da carroceria com o chassi.
430 Ordeli Savedra Gomes

6. O proprietário do veículo, ou seu representan- 6.1. O proprietário do veículo, ou seu represen-


te legal, com “dano de grande monta” poderá apresen- tante legal, com “dano de média monta” poderá apre-
tar recurso para reenquadramento do dano para “média sentar recurso para reenquadramento do dano para
monta” desde que o total de itens classificados como “pequenamonta” desde que o total de itens classifi-
“SIM” não excedam 3 (três) componentes estruturais cados como “SIM” não excedam 3 (três) componen-
classificados como “G”, não havendo limitação de tes estruturais classificados como “M”, não havendo
quantidade para os itens classificados como “NA”. limitação de quantidade para os itens classificados
Excetuam-se os casos de dano térmico, que não são como “NA”.
passíveis de reclassificação.

IDENTIFICAÇÃO DOS PLANOS DE REFERÊNCIA


Notas:
• O plano de referência do peitoril/janela indicado na figura 1 mantém-se como referência também no caso de veículos
com dois andares.
• No caso de ônibus articulados e biarticulados, a análise deve ser feita para cada unidade.

7. Os componentes mecânicos e do chassi da- culo como portador, no mínimo, do dano especificado
nificados no acidente resultam na classificação do veí- na coluna da esquerda da tabela 3 abaixo.

TABELA 3
CLASSIFICAÇÃO DO COMPONENTE DANIFICADO DO CHASSI
DANO DO VEÍCULO
Avaria de origem mecânica Avaria de origem térmica
MÉDIA MONTA Suspensão, eixos, sistema de freio e para-choque Região do chassi termicamente
traseiro. afetada com dimensão menor
Chassi com deformação torcional permanente menor ou igual a 1/3 do comprimento
ou igual à altura da longarina – item 8.1. do chassi e/ou qualquer fração
Chassi com deformação vertical permanente menor da região da suspensão
ou igual à altura da longarina – item 8.2.
Chassi com deformação lateral permanente menor ou
igual à distância interna entre as longarinas – item 8.3.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 431

GRANDE MONTA Chassi com deformações permanentes superiores às Região do chassi termicamente
definidas na classificação de média monta afetada com dimensão superior
a 1/3 do comprimento do chassi

8. Tipos de deformação mínimo, de “Dano de Média Monta”, dependendo da


8.1. Deformação torcional permanente avaliação dos demais itens.
8.1.1. Quando o deslocamento (Y) provocado 8.1.2. Quando o deslocamento (Y) provocado
pela torção na secção transversal formada pelas lon- pela torção na secção transversal formada pelas
garinas (vigas) for inferior ou igual à altura da longari- longarinas (vigas) for superior à altura da longarina
(H), medida na região de maior dimensão, isso
na (H),medida na região de maior dimensão, isso
resulta na classificação do veículo como portador de
resulta na classificação do veículo como portador, no “Dano de Grande Monta”.

8.2. Deformação vertical permanente resulta na classificação do veículo como portador de


8.2.1. Quando o deslocamento (Y) formado pela “Dano de Grande Monta”.
linha superior do chassi for inferior ou igual à altura NOTA: Na região do chassi de menor secção
da longarina (H), medida na região de maior dimen- transversal (região frontal), é admitida a mesma
são, isso resulta na classificação do veículo como deformação vertical (Y), visto que essa região é mais
portador, no mínimo, de “Dano de Média Monta”, de- suscetível a pequenas deformações que não com-
pendendo da avaliação dos demais itens. prometem o restante do chassi. Seções menores fa-
8.2.2. Quando o deslocamento (Y) formado pela cilitam a recuperação/substituição, mantendo a inte-
linha superior do chassi for superior à altura da lon- gridade do restante da estrutura.
garina (H), medida na região de maior dimensão, isso
432 Ordeli Savedra Gomes

8.3. Deformação lateral permanente de MédiaMonta”, dependendo da avaliação dos de-


8.3.1. Quando o deslocamento(X) de uma lon- mais itens.
garina (viga), em qualquer um de seus pontos, for 8.3.2. Quando o deslocamento(X) de uma lon-
inferior ou igual à maior distância interna original (L) garina (viga), em qualquer um de seus pontos, for
entre as longarinas (vigas), isso resulta na classifica- superior à maior distância interna original (L) entre as
ção do veículo como portador, no mínimo, de “Dano longarinas (vigas), isso resulta na classificação do
veículo como portador de “Dano de Grande Monta”.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 433

ANEXO V
OFÍCIO PARA COMUNICAÇÃO DE DANO DE MÉDIA MONTA OU DE
GRANDE MONTA EM VEÍCULOS

Ofício nº / ano (Número de Referência)


Data de emissão do Ofício
Ao Senhor
..................................................
Diretor do DETRAN

Assunto: Encaminhamento de documentação utilizada na classificação de danos em veículo(s) envolvi-


do(s) em acidente de trânsito.

Senhor Diretor,
Encaminhamos a documentação utilizada na classificação de dano prevista na Resolução Contran nº ......./ano,
parte integrante do Boletim de Ocorrência de Acidente de Trânsito –BOAT nº......., relativo ao(s) veículo(s)
placa(s) .........................., para adoção das providências administrativas também previstas na Resolução acima
citada.

Atenciosamente,
Nome do Diretor
Órgão fiscalizador
434 Ordeli Savedra Gomes

ANEXO VI
OFÍCIO PARA A NOTIFICAÇÃO DE DANO DE MÉDIA MONTA OU
DANO DEGRANDE MONTA EM VEÍCULO

Ofício nº ............./DETRAN/UF/2008
Cidade e data.
Prezado Senhor,
Comunicamos a V. Sa. que consoante a decisão prolatada no Processo n° ........................., este Órgão de Trân-
sito procedeu ao bloqueio administrativo do veículo registrado em seu nome, no Município de ..........................,
e possuidor das seguintes características:
Marca/modelo:
Placas:
Ano de Fabricação:
Código RENAVAM:
Chassi nº:
A decisão está fundamentada na Resolução nº ..../2010 do CONTRAN e decorreu do acidente em que o veículo
foi envolvido, que resultou em dano .................. monta no mesmo.
Em virtude do bloqueio no registro do veículo, sua situação passou a ser considerada irregular, não podendo o
mesmo ser licenciado, transferido e nem posto em circulação sem que se cumpram as exigências da acima
citada Resolução.

Atenciosamente,
Diretor do DETRAN/UF

RESOLUÇÃO 547, DE 19.08.2015


Dispõe sobre a padronização do procedimento adminis-
trativo para identificação do infrator responsável pela in-
fração de excesso peso e dimensões de veículos e dá
outras providências.
O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 12,
da Lei no 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto 4.711,
de 29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT); e
Considerando o disposto na Resolução CONTRAN 459, de 29.10.2013, bem como o relatado no § 2º do
art. 2º do mesmo diploma legal;
Considerando que o § 7º do art. 257 do Código de Trânsito Brasileiro dispõe que não sendo imediata a
identificação do infrator, o proprietário do veículo terá quinze dias de prazo, após a notificação da autuação, para
apresentá-lo, na forma em que dispuser o CONTRAN, ao fim do qual, não o fazendo, será considerado responsá-
vel pela infração;
Considerando o disposto na Resolução CONTRAN 404, de 12.06.2012;
Considerando a necessidade de uniformizar e aperfeiçoar o procedimento para identificação do infrator
responsável pelo cometimento de infração relativa ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos, no
peso bruto total ou peso bruto total combinado, com vistas a garantir maior eficácia, segurança e transparência
dos atos administrativos;
Considerando o que consta dos Processos 80000.013530/2014-61 e 80000.013528/2014-91;
RESOLVE:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 435

I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES VIII - esclarecimento das consequências da


Art. 1º. Estabelecer os procedimentos admi- não identificação do responsável pela infração, nos
nistrativos complementares a Res. 404, de 12.06.2012, termos dos §§ 7º e 8º do art. 257 do CTB;
para identificação do responsável pela infração rela- IX - instrução para que o Formulário de Identi-
tiva ao transporte de carga com excesso de peso nos ficação do Responsável pela Infração seja acompa-
eixos, no peso bruto total ou peso bruto total combi- nhado de cópia da nota fiscal, fatura ou manifesto da
nado, quando não for imediata a sua identificação, carga transportada, ou, do contrato ou conhecimento
nos termos do art. 257 do CTB. de transportes na hipótese de transporte rodoviário
Art. 2º. Constatada a infração pela autoridade de cargas por conta de terceiros e mediante remune-
de trânsito ou por seu agente, ou ainda comprovada ração;
sua ocorrência por aparelho eletrônico ou qualquer X - instrução para que o Formulário de Identi-
outro meio tecnologicamente disponível, previamente ficação do Responsável pela Infração seja acompa-
regulamentado pelo CONTRAN, será lavrado o Auto nhado de cópia reprográfica legível do documento de
de Infração que deverá conter os dados mínimos identificação do proprietário do veículo e do respon-
definidos pelo art. 280 do CTB e em regulamentação sável pela infração;
específica. XI - instrução para que na hipótese de identi-
§ 1º O Auto de Infração de que trata o caput ficação de pessoa jurídica como proprietário do
deste artigo poderá ser lavrado pela autoridade de veículo ou responsável pela infração, o formulário
trânsito ou por seu agente: seja acompanhado de documento que comprove a
I - por anotação em documento próprio; representação ou de procuração que comprove os
poderes para a assinatura do Formulário de Identifi-
II - por registro em talão eletrônico ou sistema
cação do Responsável;
eletrônico de processamento de dados isolado ou
acoplado a equipamento de detecção de infração XII - esclarecimento de que a indicação do
regulamentado pelo CONTRAN, atendido o procedi- responsável pela infração somente será acatada e
mento definido pelo órgão máximo executivo de trân- produzirá efeitos legais se o formulário de identifica-
sito da União; ção estiver corretamente preenchido, sem rasuras,
com assinaturas do proprietário do veículo e do
II – DA NOTIFICAÇÃO DA AUTUAÇÃO
responsável pela infração e acompanhado de cópia
Art. 3º. As Notificações da Autuação para as reprográfica legível dos documentos apresentados. A
infrações de excesso de peso serão encaminhadas assinatura do responsável pela infração caracteriza
ao proprietário do veículo, acompanhadas do Formu- sua ciência quanto a notificação de autuação e pos-
lário de Identificação do Responsável pela Infração sibilidade de interposição de defesa;
(FIRI), quando não for imediata a identificação do in- XIII - endereço para entrega do Formulário de
frator. Identificação do Responsável pela Infração; e
Art. 3º. O FIRI deverá conter no mínimo: XIV - esclarecimento sobre a responsabilidade
I - identificação do órgão ou entidade de trân- nas esferas penal, cível e administrativa, pela veraci-
sito responsável pela autuação; dade das informações e dos documentos fornecidos.
II - a transcrição dos §§§ 4º, 5º e 6º do art. § 1º Em se tratando de transporte internacio-
257 do CTB; nal, aplica-se a legislação específica.
III - campos para preenchimento da identifica- § 2º O Formulário de Identificação do Respon-
ção do responsável pela infração nos termos dos §§ sável pela Infração poderá ser substituído por outro
4º, 5º e 6º do art. 257 do CTB, com nome, qualifica- documento, desde que contenha as informações mí-
ção como transportador ou embarcador, número de nimas exigidas neste artigo.
inscrição no Cadastro de Pessoa Física ou Cadastro § 3º Constatada irregularidade na indicação
Nacional de Pessoa Jurídica; do responsável pela infração, capaz de configurar
IV - campo para a assinatura do proprietário ilícito penal, a Autoridade de Trânsito deverá comuni-
do veículo; car o fato à autoridade competente.
V - campo para a assinatura do responsável Art. 4º. Admite-se a prorrogação do prazo pa-
pela infração; ra a entrega do Formulário de Identificação do Res-
VI - placa do veículo e número da Notificação ponsável pela Infração e interposição de defesa por
da Autuação; mais 45 (quarenta e cinco) dias, totalizando 60 (ses-
VII - data do término do prazo de 15 (quinze) senta) dias, mediante requerimento do proprietário do
dias para a identificação do responsável pela infração veículo no prazo estabelecido no inc. VII do artigo
e interposição da defesa da autuação; anterior.
436 Ordeli Savedra Gomes

Art. 5º. Não havendo a identificação do res- proprietário do veículo será considerado responsável
ponsável pela infração até o término do prazo fixado pela infração cometida.
na Notificação da Autuação, ou se a identificação for Art. 6º. Para fins de identificação do real infra-
feita em desacordo com o estabelecido no art. 3º, o tor, considera-se a tabela abaixo:

Responsável pelo Excesso


Responsável pelo Responsável pelo
Simultâneo de Eixo e
Possibilidades Excesso no PBT/PBTC Excesso nos Eixos
PBT/PBTC
Cód. 683-11 Cód. 683-12
Cód. 683-13
Mercadoria sem Documento Fiscal TRANSPORTADOR TRANSPORTADOR TRANSPORTADOR
Peso Declarado
EMBARCADOR EMBARCADOR EMBARCADOR
Inferior ao Aferido
Único Peso Não Declarado TRANSPORTADOR TRANSPORTADOR TRANSPORTADOR
Remetente Peso Declarado EMBARCADOR E EMBARCADOR E EMBARCADOR E
Superior ao Limite TRANSPORTADOR TRANSPORTADOR TRANSPORTADOR
Legal SOLIDARIAMENTE SOLIDARIAMENTE SOLIDARIAMENTE
Vários Reme- Independe Qual o
TRANSPORTADOR TRANSPORTADOR TRANSPORTADOR
tentes Peso Declarado

Art. 7º. Para todos os demais procedimentos II - Conduzir o veículo de carga, com falta de
administrativos na lavratura de Auto de Infração, na inscrição da tara e demais inscrições previstas no
expedição de notificação de autuação e de notifica- Código (Art. 230 do CTB);
ção de penalidade de multa e de advertência, aplica- III - Retirar do local veículo legalmente retido
-se a Resolução CONTRAN 371, de 10.12.2010, Re- para regularização, sem permissão da autoridade
solução CONTRAN 404, de 12.06.2012, e Resolução competente ou de seus agentes (Art. 239 do CTB).
CONTRAN 488, de 07.05.2014.
Art. 9º. Esta Resolução entra em vigor na da-
Art. 8º. Cabe às Autoridades de Trânsito ou ta de sua publicação.
seus agentes com a atribuição prevista no inc. VIII do
Art. 10. Fica revogado o art. 16 da Resolução
art. 21 do CTB a aplicação subsidiária das seguintes
penalidades correlatas: CONTRAN 258, de 2007.
I - Deixar de adentrar às áreas destinadas à Alberto Angerami
pesagem de veículos (Art. 209 do CTB);

RESOLUÇÃO 550, DE 17.09.2015


Estabelece em caráter experimental conforme Resolu-
ção do CONTRAN 348/10, que estabelece o procedi-
mento e os requisitos para apreciação dos equipamen-
tos de trânsito e de sinalização não previstos no Código
de Trânsito Brasileiro – CTB.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando das competências que lhe conferem os incs. I e XI
do art. 12 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, conforme Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT;
Considerando que a Cartilha do Ciclista reúne informações sobre Legislação, sinalização e segurança,
num esforço para que as bicicletas possam circular em harmonia com pedestres, carros, motocicletas, ônibus,
metrôs e caminhões; e
Considerando o que consta do processo 80000.025382/2015-16
RESOLVE:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 437

Art. 1º. A sinalização horizontal, executada de Art. 3º. A sinalização horizontal, executada de
acordo com as normas do CONTRAN, poderá ser acordo com as normas do CONTRAN, poderá ser com-
complementada pela nova sinalização horizontal para plementada pela nova sinalização horizontal quando
indicação de rota de bicicleta (ciclorrota) – SIR, houver bolsão com segunda linha de retenção consti-
definida pelos padrões tipo I e tipo II, sendo que o tuída de área de espera exclusiva para motocicleta e
tipo I as setas e pictograma “bicicleta” brancos e o bicicleta junto à aproximação semafórica, conforme
tipo II as setas brancas, pictograma “bicicleta” em Anexo III;
vermelho inserido em uma elipse de fundo branco, Art. 4º. A Sinalização vertical educativa exe-
conforme Anexo I; cutada de acordo com as normas do CONTRAN po-
Art. 2º. A sinalização vertical de regulamenta- derá ser complementada pela nova sinalização edu-
ção, executada de acordo com as normas do CON- cativa de área de espera definida com pictograma de
TRAN, poderá ser complementada pela nova sinaliza- motocicleta e de bicicleta na cor preta com fundo
ção de regulamentação a ser utilizada em calçada, branco, conforme Anexo IV;
canteiro, passagem subterrânea de pedestre, passa- Art. 5º. Esta Resolução entrará em vigor na
rela, trecho de via pista ou faixa(s) de circulação data de sua publicação.
compartilhada de ciclista e pedestre, conforme Ane-
xo II;

ANEXO I
Símbolo Indicativo de Rota de Bicicleta (Ciclorrota) – SIR
438 Ordeli Savedra Gomes
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 439

ANEXO II
Placa de circulação compartilhada de ciclistas e pedestres

ANEXO III
Símbolo “Bicicleta” Símbolo “Motocicleta”
0,60m x 1,50m 1,50m x 2,40m
440 Ordeli Savedra Gomes

ANEXO IV
Parada Exclusiva para Parada Exclusiva para
Motocicleta Motocicleta e Bicicleta
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 441

RESOLUÇÃO 552, DE 17.09.2015


Fixa os requisitos mínimos de segurança para amarra-
ção das cargas transportadas em veículos de carga.
O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme Decreto 4.711, de
29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT); e
Considerando o disposto no art. 102 e no seu parágrafo único, do CTB;
Considerando o disposto no art. 30 da Convenção sobre Trânsito Viário, promulgada pelo Decreto
86.714, de 10 de dezembro de 1981, da qual o Brasil é signatário;
Considerando a necessidade de aperfeiçoar os requisitos de segurança no transporte de cargas em veí-
culos rodoviários de carga;
Considerando o que consta no Processo 80000.005239/2014-19,
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução fixa os requisitos mí- dos dispositivos de fixação, e reapertá-los quando ne-
nimos de segurança para o transporte de cargas em cessário.
veículos de carga. § 3º Fica proibida a utilização de cordas como
Parágrafo único. As disposições contidas nes- dispositivo de amarração de carga, sendo permitido o
ta Resolução aplicam-se também aos veículos regis- seu uso exclusivamente para fixação da lona de co-
trados como especiais ou mistos utilizados no trans- bertura, quando exigível.
porte de cargas. § 4º As carroçarias de madeira deverão obe-
Art. 2º. Só poderão transitar nas vias terres- decer aos seguintes requisitos: (Parágrafo alterado
tres do território nacional abertas à circulação, trans- pela Res. 631/16)
portando cargas, veículos que atendam aos requisi- I - As carroçarias novas deverão ser construí-
tos previstos nesta Resolução. das com madeira de alta densidade e alta resistência,
Parágrafo único. As disposições deste artigo ter obrigatoriamente fixadores metálicos de perfil U
não se aplicam ao transporte de cargas que tenham que comprovadamente resistam às forças solicitadas,
regulamentação específica ou aquele realizado em conforme estabelecido no item 3.3 do Anexo desta
veículo dedicado a transportar determinado tipo de Resolução, não podendo ser considerados pontos de
carga, o qual possua sistemas específicos de con- fixação as guardas laterais e piso, se estes pontos de
tenção, como por exemplo, as cargas indivisíveis. amarração não estiverem em contato com travessas
Art. 3º. Todas as cargas transportadas, con- ou chassi.
forme seu tipo, devem estar devidamente amarradas, II - Para os veículos em circulação, deverão
ancoradas e acondicionadas no compartimento de ser adicionados aos dispositivos de amarração perfis
carga ou superfície de carregamento do veículo, de metálicos em “L” ou “U” nos pontos de fixação, fi-
modo a prevenir movimentos relativos durante todas xados nas travessas da estrutura por parafusos, de
as condições de operação esperadas no transcorrer modo a permitir a soldagem do gancho nesse perfil e
da viagem, como: manobras bruscas, solavancos, a garantir a resistência necessária.
curvas, frenagens ou desacelerações repentinas. § 5º Na inexistência de pontos de amarração
Art. 4º. Devem ser utilizados dispositivos de adequados, ou em número suficiente, fica permitida a
amarração, como cintas têxteis, correntes ou cabos de fixação dos dispositivos de amarração no próprio
aço, com resistência total à ruptura por tração de, no chassi do veículo.
mínimo, 2 (duas) vezes o peso da carga, bem como Art. 5º. Os veículos do tipo prancha ou carro-
dispositivos adicionais como: barras de contenção, ceria aberta, transportando equipamento(s), máqui-
trilhos, malhas, redes, calços, mantas de atrito, sepa- na(s), veículo(s) ou qualquer outro tipo de carga fra-
radores, bloqueadores, protetores, etc., além de pontos cionada, deverão amarrar cada unidade de carga com
de amarração adequados e em número suficiente. correntes, cintas têxteis, cabos de aço ou combina-
§ 1º Os dispositivos de amarração devem es- ção entre esses tipos, ancorados nos pontos de
tar em bom estado e serem dotados de mecanismo amarração da estrutura metálica da carroceria e/ou
de tensionamento, quando aplicável, que possa ser do próprio chassi, em pelo menos 4 (quatro) termi-
verificado e reapertado manual ou automaticamente nais de amarração.
durante o trajeto. Art. 6º. Nos veículos do tipo carroceria aber-
§ 2º É responsabilidade do condutor verificar ta, com guardas laterais rebatíveis, no caso de haver
periodicamente durante o percurso o tensionamento espaço entre a carga e as guardas laterais, os dispo-
442 Ordeli Savedra Gomes

sitivos de amarração devem ser tensionados pelo amarração por dentro das guardas. Neste caso, os
lado interno das guardas laterais (Figura 1). dispositivos de amarração podem passar pelo lado
§ 1º Fica proibida a passagem dos dispositi- externo das guardas.
vos pelo lado externo das guardas laterais. § 3º Os pontos de amarração não podem es-
§ 2º Excetuam-se os casos em que a carga tar fixados exclusivamente no piso de madeira, e sim
ocupa todo o espaço interno da carroceria, estando fixados na parte metálica da carroceria ou no próprio
apoiada ou próxima das guardas laterais ou dos seus chassi.
fueiros, impedindo a passagem dos dispositivos de

Figura 1
✓ – Sistema de amarração aceito
X – Sistema de amarração não aceito
(figura meramente ilustrativa)

Art. 7º Para as cargas que não ocuparem toda amarração, outros dispositivos diagonais que impe-
a carroceria no sentido longitudinal, restando espa- çam os movimentos para frente e para trás da carga
ços vazios nos painéis traseiro e frontal, devem ser (Figura 2).
previstos pelo transportador, além dos dispositivos de

Figura 2
(figura meramente ilustrativa)

Art. 8º. No veículo cujo painel frontal seja uti- Parágrafo único. Neste caso, fica proibida a
lizado como batente dianteiro, o painel frontal deve circulação de veículos cuja carga ultrapasse a altura
ter resistência suficiente para absorver os esforços do painel frontal e exista a possibilidade de desliza-
previstos nas rodovias e adequados ao tipo de carga mento longitudinal da parte da carga que está acima
a que se destinam. do painel frontal (Figura 3).
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 443

Figura 3
✓ – Painel frontal aceito para o carregamento
X – Painel frontal não aceito para o carregamento
(figura meramente ilustrativa)

Art. 9º. Nos veículos do tipo baú lonado (tipo sitivos obrigatórios de fixação, em mau estado de
“sider”), as lonas laterais não podem ser considera- conservação; quando utilizar cordas como dispositivo
das como estrutura de contenção da carga, devendo de amarração de carga, em substituição aos disposi-
existir pontos de amarração em número suficiente. tivos de fixação previstos nesta Resolução;
Art. 10. Nos veículos com carroceria inteira- c) Art. 230, inc. X: quando utilizar a passagem
mente fechada (furgão carga geral, baú isotérmico, dos dispositivos de fixação pelo lado externo das
baú frigorífico, etc.), as paredes podem ser conside- guardas laterais nos veículos do tipo carroceria aber-
radas como estrutura de contenção, sendo opcional a ta, com guardas laterais rebatíveis; quando utilizar os
existência de pontos de amarração internos. dispositivos de fixação com os pontos de ancoragem
Art. 11. Os veículos abrangidos por esta reso- não fixados nas travessas da estrutura da carroceria,
lução, fabricados ou encarroçados a partir de 1º de ou com os pontos de ancoragem em desacordo com
janeiro de 2017, deverão possuir pontos de amarra- os requisitos do Anexo I;
ção de acordo com as especificações do Anexo, além d) Art. 235: quando transportar carga ultra-
de observar os demais requisitos previstos nesta passando a altura do painel frontal, existindo a pos-
Resolução. (Redação dada pela Res. 676/17) sibilidade de deslizamento longitudinal da parte da
Art. 12. Os veículos fabricados ou encarroça- carga que está acima do painel frontal;
dos até 31 de dezembro de 2016 deverão cumprir os e) Art. 237: quando for constatada a ausência
requisitos mencionados nesta Resolução, a partir de
da placa ou adesivo de identificação contendo o
1º de janeiro de 2018, facultando sua antecipação.
Nome e CNPJ do fabricante dos pontos de amarra-
Art. 13. O não cumprimento do disposto nes- ção, prevista no item 5 do Anexo I. (Alínea com re-
ta Resolução implicará, conforme o caso, na aplica- dação dada pela Res. 676/17)
ção das seguintes sanções previstas no CTB:
Art. 14. Os anexos desta Resolução encon-
a) Art. 169: quando transitar com os disposi-
tram-se no sítio eletrônico do DENATRAN: <www.
tivos de fixação sem estar devidamente tensionados;
denatran.gov.br>.
b) Art. 230, inc. IX: quando for constatada fal-
ta dos dispositivos obrigatórios de fixação, fabricados Art. 15. Esta Resolução entra em vigor na da-
para amarração de cargas, ou mecanismo de tensio- ta sua publicação.
namento (quando aplicável); quando portar os dispo- Alberto Angerami

ANEXOS
(Disponíveis no sítio eletrônico <www.denatran.gov.br> e o Anexo I alterado pela Res. 676/17)
444 Ordeli Savedra Gomes

RESOLUÇÃO 555, DE 17.09.2015


Dispõe sobre o registro e licenciamento de ciclomotores
e ciclo-elétricos no Registro Nacional de Veículos Au-
tomotores – RENAVAM.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 12,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT; e
Considerando a edição da Lei 13.154, de 30.07.2015, que estabelece a necessidade do registro dos veí-
culos do tipo ciclomotor pelos Órgãos Executivos de Trânsito dos Estados e do Distrito Federal;
Considerando os arts. 97, 120 e o Anexo do Código de Trânsito Brasileiro – CTB, que dispõem sobre a
circulação, especificidades, definições, registro e licenciamento dos veículos em circulação em vias públicas;
Considerando as Resoluções do CONTRAN 14, de 06.02.1998, 24, de 21.05.1998 e 282, de 26.06.2008,
que tratam respectivamente dos equipamentos obrigatórios, dos critérios de identificação dos veículos e dos
critérios para a regularização da numeração de motores;
Considerando o que consta no processo 80000.023525/2015-47.
RESOLVE:
Art. 1º. Dispor sobre o registro e licenciamen- Art. 3º. Para os ciclomotores e ciclo-elétricos
to de ciclomotores e ciclo-elétricos no Registro fabricados a partir de 31 de julho de 2015, será exi-
Nacional de Veículos Automotores – RENAVAM. gido, para o registro e licenciamento junto aos Ór-
Art. 2º. Para o registro e licenciamento de ci- gãos Executivos de Trânsito dos Estados e do Distrito
clomotores e ciclo-elétricos junto aos Órgãos Execu- Federal:
tivos de Trânsito dos Estados e do Distrito Federal, I - Certificado de Adequação à Legislação de
serão exigidos: Trânsito – CAT;
I - Pessoa física deverá apresentar: II - Código específico de marca/modelo/ver-
a) Nota Fiscal do veículo, ou a Declaração de são;
Procedência prevista no Anexo I desta Resolução III - Realização de pré-cadastro pelo fabrican-
com firma devidamente reconhecida em cartório; te, órgão alfandegário ou importador.
b) Original e cópia autenticada do Documento Art. 4º. Para os ciclomotores e ciclo-elétricos
de Identificação e do comprovante do CPF do proprie- fabricados antes de 31 de julho de 2015 e que já
tário do veículo; possuam código específico de marca/modelo/versão,
II - Pessoa jurídica deverá apresentar: será exigido, para o registro e licenciamento junto
a) Nota Fiscal do veículo, ou a Declaração de aos Órgãos Executivos de Trânsito dos Estados e do
Procedência prevista no Anexo II desta Resolução de- Distrito Federal:
vidamente assinado pelo(s) representante(s) legal(s) I - Certificado de Adequação à Legislação de
da empresa e com firma devidamente reconhecida Trânsito – CAT;
em cartório, II - Código de marca/modelo/versão específico;
b) Cópia autenticada do Contrato Social ou do III - Realização de pré-cadastro pelo fabrican-
Estatuto Social da empresa e do comprovante do te, importador ou órgão alfandegário.
CNPJ; Art. 5º. Para os veículos de que trata essa
III - Nos casos de representação por Procura- Resolução, fabricados antes de 31 de julho de 2015 e
dor, apresentar adicionalmente aos documentos que não possuam código específico de marca/mo-
listados nos incisos anteriores: delo/versão, será exigido, para realizar o registro e
a) Procuração original com fins específicos e licenciamento junto aos Órgãos Executivos de Trânsi-
com reconhecimento de firma do outorgante (proprie- to dos Estados e do Distrito Federal: (Artigo alterado
tário do veículo); pela Res. 582/16)
b) Cópia autenticada do documento de identi- I - Laudo de vistoria, emitido no SISCSV, con-
ficação e do CPF do outorgante; forme previsto na Resolução CONTRAN 466, de 11
de dezembro de 2013, constando o número de motor
c) Original e cópia autenticada do documento
(se aplicável) e o número de Identificação Veicular
de identificação, do CPF e do comprovante de resi-
(VIN) gravado conforme procedimento estabelecido
dência do outorgado (procurador);
no Anexo III desta Resolução e comprovando o aten-
IV - Demais documentos especificados nos dimento dos itens de segurança obrigatórios defini-
arts. 2º, 3º, 4º e 5º, ao caso aplicável. dos na Resolução CONTRAN 14, de 06.02.1998, na
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 445

Resolução CONTRAN 315, de 08.05.2009, e nos de- findo o qual ficarão impedidos de proceder o registro
mais regulamentos de trânsito. e o licenciamento, não podendo circular em via
§ 1º Os Órgãos Executivos de Trânsito dos pública antes do registro e licenciamento do veículo.
Estados e do Distrito Federal deverão registrar e li- Art. 6º. O Número de Identificação Veicular
cenciar os ciclomotores e ciclo-elétricos de que trata (VIN) deverá ser gravado conforme critério de identi-
o caput deste artigo, utilizando o código específico de ficação estabelecido na Resolução CONTRAN 24, de
marca/modelo/versão 040400, referente a designação 21.05.1998 e na forma estabelecida no Anexo III des-
CICLOMOTOR/L13154. ta Resolução.
§ 2º Para os veículos de que trata o caput Parágrafo único. Compete aos Órgãos Exe-
deste artigo que possuam número de Identificação cutivos de Trânsito dos Estados e do Distrito Federal
Veicular (VIN) gravado conforme ABNT NBR 6066, fornecer o número VIN seguindo o padrão estabeleci-
poderão ser registrados e licenciados pelos Órgãos do no Anexo III desta Resolução e autorizar a sua
Executivos de Trânsito dos Estados e do Distrito Fe- gravação por empresas por eles credenciadas para
deral sob o código específico de marca/modelo/ver- os veículos previstos no art. 5º desta Resolução.
são 040400 (designação CICLOMOTOR/L13154), sem Art. 7º. O número do motor dos ciclomotores e
a necessidade de atendimento ao estabelecido no ciclo-elétricos deverá estar em conformidade com o es-
Anexo III desta Resolução, desde que os 03 (três) tabelecido na Resolução CONTRAN 282, de 26.06.2008.
primeiros dígitos do VIN constem cadastrados no sis- Art. 8º. Compete aos Órgãos Executivos de
tema RENAVAM. Trânsito dos Estados e do Distrito Federal realizar o
§ 3º Para fins de registro e licenciamento no cadastro completo do veículo no RENAVAM.
sistema RENAVAM, os veículos referidos no caput Art. 9º. Os anexos desta Resolução encon-
deste artigo, independente de terem sido fabricados tram-se no sítio eletrônico do DENATRAN: <www.
no Brasil ou no exterior, serão considerados, excep- denatran.gov.br>.
cionalmente, de procedência nacional. Art. 10. Esta Resolução entra em vigor 30
§ 4º Os proprietários dos veículos de que tra- (trinta) dias após a data de sua publicação.
ta o caput deste artigo terão um prazo de dois anos
para a inclusão desses veículos junto ao RENAVAM, Alberto Angerami

ANEXOS
(Disponíveis no sítio eletrônico <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 560, DE 15.10.2015


Dispõe sobre a integração dos órgãos e entidades exe-
cutivos de trânsito e rodoviários municipais ao Sistema
Nacional de Trânsito.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I,
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT;
Considerando o disposto no § 2° do art. 24 do CTB, que condiciona o exercício das competências dos
órgãos municipais à integração ao SNT, combinado com o art. 333 do CTB e seus parágrafos, que atribui
competência ao CONTRAN para estabelecer exigências para aquela integração, acompanhada pelo respectivo
Conselho Estadual de Trânsito – CETRAN;
Considerando a necessidade de manutenção e atualização do cadastro nacional dos integrantes do SNT,
seu controle e acesso ao sistema de comunicação e informação para as operações de notificação de autuação e
de aplicação de penalidade ao Registro Nacional de Infrações de Trânsito – RENAINF, assim como de arrecada-
ção financeira de multas e respectivas contribuições ao Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito,
resolve:
Art. 1º. Estabelecer procedimentos para inte- Art. 2º. Integram o Sistema Nacional de Trân-
gração dos órgãos e entidades executivos de trânsito sito – SNT os órgãos e entidades municipais executi-
e rodoviários municipais ao Sistema Nacional de Trân- vos de trânsito e rodoviário que disponham de estru-
sito. tura organizacional e capacidade para o exercício das
446 Ordeli Savedra Gomes

atividades e competências legais que lhe são próprias, § 2º Em caso de desconformidade quanto ao
sendo estas no mínimo de: disposto no art. 2º desta Resolução, o CETRAN no-
I - engenharia de tráfego; tificará o Município acerca da necessidade de cum-
II - fiscalização e operação de trânsito; primento da exigência.
III - educação de trânsito; § 3º O Município ao ser comunicado pelo CE-
IV - coleta, controle e análise estatística de trân- TRAN da exigência apontada, deverá, no prazo de 30
sito, e, dias, providenciar a devida adequação na forma desta
V - Junta Administrativa de Recurso de Infra- Resolução.
ção – JARI § 4º Após o cumprimento da exigência pelo
Art. 3º. Disponibilizadas as condições estabe- Município, o CETRAN fará nova inspeção.
lecidas no artigo anterior, o município encaminhará Art. 5º. O Município que delegar o exercício
ao respectivo o Conselho Estadual de Trânsito – CE- das atividades previstas no CTB deverá comunicar
TRAN, os seguintes dados de cadastros e documen- essa decisão ao CETRAN, no prazo máximo de 30
tação: (trinta) dias, e apresentar cópias dos documentos per-
tinentes que indiquem o órgão ou entidade do SNT
I - denominação do órgão ou entidade execu-
incumbido de exercer suas atribuições.
tivo de trânsito e/ou rodoviário, fazendo juntar cópia
da legislação de sua constituição; Art. 6º. Os entes federados poderão optar pe-
II - identificação e qualificação das Autorida- la organização de seu órgão ou entidade executivo de
des de Trânsito e/ou Rodoviária municipal, fazendo trânsito e/ou rodoviário na forma de consórcio, se-
juntar cópia do ato de nomeação; gundo a Lei 11.107 de 06.04.2005, e Resolução a ser
elaborada pelo CONTRAN, atendendo, no que couber,
III - cópias da legislação de constituição da
ao disposto nos arts. 2º e 3º desta Resolução.
JARI, de seu Regimento e sua composição:
Parágrafo único. A documentação referente à
IV - endereço, telefones, fac-símile e e-mail do constituição do Consórcio, nos termos da Lei 11.107,
órgão ou entidade executivo de trânsito e/ou rodoviário. de 06.04.2005, deverá ser apresentada ao CETRAN.
Parágrafo único. Qualquer alteração ocorrida Art. 7º. Os Municípios integrados ao SNT de-
nos dados cadastrais mencionados neste artigo de- verão manter a estrutura definida nesta Resolução e
verá ser comunicado no prazo máximo de 30 dias ao operacionalizar a gestão do trânsito sob sua jurisdi-
CETRAN, que por sua vez encaminhara alteração ao ção, cabendo ao CETRAN verificar a sua regularidade
Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN em através de inspeções técnicas periódicas.
igual prazo.
§ 1º Constatada deficiência técnica, adminis-
Art. 4º. O CETRAN, com suporte dos órgãos
trativa ou inexistência dos requisitos mínimos previs-
do SNT do respectivo Estado, ao receber a documen-
tos nos arts. 2º e 3º desta Resolução, o CETRAN no-
tação referida nesta Resolução, promoverá inspeção
tificara o órgão ou entidade municipal executivo de
técnica ao órgão municipal, objetivando verificar a
trânsito e/ou rodoviário municipal, estabelecendo pra-
sua conformidade quanto ao disposto no art. 2º desta
zo para a regularização, a qual não ocorrendo, o CE-
Resolução, de tudo certificando ao DENATRAN:
TRAN comunicará ao DENATRAN para registro do
§ 1º Havendo perfeita conformidade, o CE- descumprimento da legislação de trânsito pelo órgão
TRAN encaminhará ao DENATRAN, a documentação ou entidade executivo de trânsito e/ou executivo ro-
referida no art. 3º e o Certificação de Conformidade doviário municipal integrado ao SNT.
do Município. O DENATRAN, após ter recebido o Cer- Art. 8º. Esta Resolução entra em vigor na
tificado de Conformidade, publicará no Diário Oficial data de sua publicação, revogando a Res. 296, de
da União (D.O.U.) Portaria de Integração do Município 28.10.2008.
e enviará ofício contendo cópia da referida Portaria ao
Alberto Angerami
CETRAN.

RESOLUÇÃO 563, DE 25.11.2015


Dispõe sobre o sistema de segurança para a circulação
de veículos e implementos rodoviários do tipo carroce-
ria basculante.
O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT);
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 447

Considerando o disposto no art. 103 do CTB, que determina que o veículo só poderá transitar pela via
quando atendidos os requisitos e as condições de segurança estabelecidos no Código de Trânsito Brasileiro e
em normas do CONTRAN;
Considerando a necessidade de regulamentar a circulação de veículos e implementos rodoviários do tipo
de carroceria basculante;
Considerando o disposto nos processos de número 80000.003354/2014-59, 80000.005901/2014-31,
80000.010253/2014-34 e 80020.001175/2014-49;
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução dispõe sobre o siste- de alerta e segurança sobre a operação dos dispositi-
ma de segurança para a circulação de veículos e im- vos.
plementos rodoviários do tipo carroceria basculante. Parágrafo único. A apresentação do Certifi-
Art. 2º. O disposto nesta Resolução não se cado de Segurança Veicular (CSV) será exigida anual-
aplica ao caminhão-trator sem sistema hidráulico, não mente para o licenciamento destes veículos.
destinado à operação com basculante. Art. 6º. Cabe ao implementador fornecer o
Art. 3º. Os seguintes sistemas de segurança manual de operação do sistema de basculamento e a
são definidos na norma ABNT NBR 16141 e apresen- descrição do sistema de segurança juntamente com
tados a seguir: o implemento, sendo obrigatória, pelo menos, a utili-
I - dispositivo de segurança primário – dispo- zação do Tipo A.
sitivo que impede o acionamento da tomada de força Art. 7º. O Departamento Nacional de Trânsito
de forma involuntária e de modo que, para o aciona- (DENATRAN) poderá, a qualquer tempo, solicitar ao
mento, sejam necessários dois comandos de acio- implementador ou ao instalador do conjunto hidráuli-
namentos ou um comando de dois estágios; co a apresentação dos resultados de ensaios que
II - dispositivo de segurança secundário – avi- comprovem o atendimento das exigências estabele-
so visual e sonoro, com intuito de alertar o operador cidas nesta Resolução.
sobre o acionamento da tomada de força, sendo que Art. 8º. Os caminhões e implementos nacio-
o aviso visual deverá ser colocado na altura do painel nais e importados do tipo carroceria basculante, a
e no campo visual do operador; partir de 1º de janeiro de 2017, somente poderão tran-
III - dispositivo de segurança terciário – disposi- sitar nas vias terrestres abertas a circulação se aten-
tivo eletrônico de controle do acionamento da tomada derem aos requisitos desta Resolução.
de força que objetiva garantir que o caminhão não Parágrafo único. Faculta-se a adoção desta
passe de 10 km/h com a tomada de força ligada. Resolução a partir da data de sua publicação.
Art. 4º. O veículo do tipo carroceria basculan- Art. 9º. A não observância dos preceitos des-
te deverá possuir sistema hidráulico que utilize o sis- ta Resolução sujeita o infrator às penalidades previs-
tema de segurança Tipo A, que é composto pelos tas nos incs. IX ou X do art. 230 do Código de Trânsi-
dispositivos de segurança primário e secundário, ou o to Brasileiro.
Tipo B, composto pelos dispositivos de segurança Art. 10. Esta Resolução entrará em vigor na
primário e terciário. data da sua publicação.
Art. 5º. Os veículos do tipo carroceria bascu- Alberto Angerami
lante deverão possuir fixados no para-brisa os avisos

RESOLUÇÃO 564, DE 25.11.2015


Fixa os requisitos de segurança para a circulação de
veículos transportadores de contêineres.
O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12, inc. I, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e nos termos do disposto no Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT);
Considerando a necessidade de proporcionar segurança ao transporte de contêineres em veículos classi-
ficados quanto à espécie carga e objetivando facilitar a carga, descarga e o transbordo entre as diferentes
modalidades de transporte do mencionado equipamento;
Considerando que os requisitos a que devem obedecer os veículos porta-contêineres e os dispositivos
de apoio e fixação dos contêineres dos veículos estão definidos nas regulamentações do Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO);
448 Ordeli Savedra Gomes

Considerando a necessidade de atualizar e aperfeiçoar os requisitos de segurança no transporte cargas


em veículos rodoviários de carga;
Considerando o art. 25, da Lei 9.611, de 19.02.1998, que dispõe sobre o transporte multimodal de car-
gas, e estabelece que a unidade de carga deve satisfazer aos requisitos técnicos e de segurança exigidos pelas
convenções internacionais reconhecidas pelo Brasil e pelas normas legais e regulamentares nacionais;
Considerando o disposto no art. 102, do Código de Trânsito Brasileiro e no art. 30 da Convenção sobre
Trânsito Viário, promulgada pelo Decreto 86.714, de 10.12.1981, da qual o Brasil é signatário;
Considerando o que consta do processo 80000.042294/2014-90;
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução fixa os requisitos de Art. 6º. O trânsito de veículos transportadores
segurança para a circulação de veículos transporta- de contêineres com altura superior a 4,40m (quatro
dores de contêineres. metros e quarenta centímetros) e inferior ou igual a
Art. 2º. Somente poderão transitar nas vias 4,60m (quatro metros e sessenta centímetros), so-
terrestres abertas à circulação pública transportando mente poderá ocorrer mediante Autorização Especial
contêineres, os veículos especialmente fabricados ou de Trânsito – AET, concedida pela autoridade com cir-
adaptados para este tipo de transporte, que atendam cunscrição sobre a via pública a ser utilizada, com
aos requisitos desta Resolução. prazo de validade máximo de 1(um) ano.
Art. 3º. Para fins de entendimento desta Re- § 1º No caso de combinação de veículos, a
solução, considera-se: AET será fornecida somente à(s) unidade(s) reboca-
I - Contêiner: equipamento veicular removível, da(s).
destinado ao acondicionamento de cargas, constituí- § 2º O proprietário do veículo que tenha rece-
do de um recipiente construído em material resisten- bido Autorização Especial de Trânsito (AET) será res-
te, com dimensões, encaixes de fixação e outras ca- ponsável pelos danos que este venha causar à via, à
racterísticas padronizadas, facilitando sua movimen- sua sinalização e a terceiros, como também respon-
tação mecânica entre as diferentes modalidades de derá integralmente pela utilização indevida de vias
transporte; que, pelo seu gabarito não permitam sua circulação.
II - Veículo Porta-Contêiner (VPC): veículo es- Art. 7º. O descumprimento do disposto nesta
pecialmente fabricado ou adaptado para este tipo de Resolução sujeitará o infrator, conforme o caso,
transporte; simultaneamente ou não, na aplicação das seguintes
III - Dispositivo de Fixação de Contêiner (DIF): sanções previstas no CTB:
trava giratória destinada a fixar o contêiner no quadro a) Art. 230, inc. VII: quando existirem as adap-
do chassi do VPC; e tações para o transporte de contêiner, porém a carro-
IV - Dispositivos de Canto: receptáculo exis- ceria constante no campo específico do CRLV não é a
tente nos cantos do contêiner, destinado a receber o específica para esse tipo de transporte;
pino giratório do DIF, garantindo o travamento ao b) Art. 230, inc. IX: quando existirem as adap-
quadro do chassi do veículo. tações para o transporte de contêiner, porém for cons-
Art. 4º. A emissão do Certificado de Registro tatada a ausência de um ou mais DIF(s); quando exis-
de Veículo (CRV) e o Certificado de Registro e Licen- tirem os DIFs, porém um ou mais dispositivo não es-
ciamento de Veículo (CRLV), para os VPC fabricados, tiver (em) travados aos cantos do contêiner; quando
no caso do primeiro registro, ou adaptados, será feita não existirem as adaptações e o veículo esteja trans-
mediante a apresentação de Certificado de Garantia portando contêiner;
emitido por Organismo de Certificação de Produto c) Art. 230, inc. XVIII: quando os DIFs, apre-
(OCP) acreditado pelo INMETRO. sentarem danos ou folgas que não assegurem a cor-
Art. 5º. Para circularem nas vias de que trata reta fixação do contêiner ao veículo;
esta Resolução, os veículos deverão ter afixados em d) Art. 231, inc. IV: quando o veículo e/ou car-
sua estrutura uma plaqueta ou selo de Identificação ga estiver com suas dimensões superiores aos li-
de Certificação do Fabricante ou Adaptador, acredi- mites estabelecidos legalmente, porém não foi ex-
tado pelo INMETRO. pedida a correspondente AET, em desacordo com o
Parágrafo único. Os modelos, as dimensões art. 6º;
e as informações mínimas da plaqueta ou selo de e) Art. 231, inc. VI: quando o veículo e/ou car-
Identificação de Certificação do Fabricante ou Adap- ga estiverem com suas dimensões superiores aos li-
tador referido neste artigo, devem atender ao contido mites estabelecidos legalmente, porém apresentam
no regulamento de conformidade para Veículos Porta- informações divergentes em relação à AET; quando o
Contêineres, aprovado pelo INMETRO. veículo e/ou carga estiverem com suas dimensões
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 449

superiores aos limites estabelecidos legalmente, po- g) Art. 237: quando for constatada a ausência
rém a AET está vencida; em sua estrutura da plaqueta ou selo de Identificação
f) Art. 232: quando o veículo transportador de de Certificação do Fabricante ou adaptador acredita-
contêiner estiver com suas dimensões superiores aos do pelo INMETRO.
limites estabelecidos legalmente, possuir a corres- Art. 8º. Ficam revogadas as Resoluções CON-
pondente AET, porém o documento não está sendo TRAN 725, de 29.11.1988, e 213, de 13.11.2006.
portado, em desacordo com o art. 6º desta Resolu- Art. 9º. Esta Resolução entra em vigor na da-
ção; e, ta de sua publicação.
Alberto Angerami

RESOLUÇÃO 567, DE 16.12.2015


Dispõe sobre a obrigatoriedade do uso do sistema de
controle de estabilidade, nos veículos M1 e N1 novos
saídos de fábrica, nacionais e importados.
O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), no uso das atribuições legais que lhe confere o art. 12 da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito,
Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar os requisitos de segurança para os veículos au-
tomotores nacionais e importados;
Considerando a necessidade de garantir a segurança dos condutores e passageiros dos veículos;
Considerando que a instalação do sistema de controle de estabilidade, melhora a estabilidade direcional
do veículo atribuindo-lhe melhor dirigibilidade;
Considerando o Plano da Década de Ações para Segurança Viária da ONU e a participação do Brasil no
Fórum Mundial para Harmonização dos Regulamentos Veiculares (WP.29) da ONU;
Considerando o constante no processo 80000.002199/2015-34.
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução estabelece como obri- dos de fábricas, destinados ao mercado interno, ou
gatória a instalação do Sistema de Controle de Esta- importados em 01 de janeiro de 2020 para novos
bilidade (ESC), nos veículos das categorias M1 e N1. projetos e para todos os veículos em 01 de janeiro de
§ 1º Conforme norma NBR 13776 da Associa- 2022, sendo facultado antecipar a sua adoção total
ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) fica carac- ou parcial.
terizado: § 1º Considera-se novo projeto o modelo de
a) veículos da categoria M1 são aqueles pro- veículo que nunca obteve o código de Marca/Modelo/
jetados e construídos para o transporte de passagei- Versão junto ao DENATRAN.
ros, que não tenham mais que oito assentos, além do § 2º Não se considera como novo projeto uma
assento do motorista. nova versão de uma Marca/Modelo já existente.
b) veículos da categoria N1 são aqueles proje- § 3º Não se considera como novo projeto a
tados e construídos para o transporte de cargas e derivação de um mesmo modelo básico de veículo
que tenham uma massa máxima não superior a 3,5 que já possua Código de Marca/Modelo/Versão con-
toneladas.
cedido pelo DENATRAN e/ou veículos cuja parte dian-
§ 2º Todos os veículos da categoria N1 e os teira da carroceria, delimitada a partir da coluna “A”
veículos da categoria M1 com massa em ordem de em diante, tenha semelhança estrutural e de forma
marcha superior a 1.735kg podem, alternativamente, ao do automóvel do qual o projeto deriva (Anexo).
ser equipados com função de estabilidade do veículo Art. 3º. Para efeito desta Resolução definem-
(VSF) conforme definido no inc. II do art. 3º desta se como sistemas de controle de estabilidade:
Resolução incluindo compulsoriamente tanto a fun-
I - Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC),
ção de controle direcional quanto a função de contro-
um sistema que engloba as seguintes características:
le de rolagem.
a) Aprimorar a estabilidade direcional do veí-
Art. 2º. Os requisitos constantes nesta Reso-
culo pela habilidade de controlar de maneira automá-
lução aplicar-se-ão aos veículos das categorias M1 e tica e individual os torques de frenagem das rodas da
N1 produzidos ou importados, novos produzidos, saí- direita e da esquerda em cada eixo do veículo para
450 Ordeli Savedra Gomes

induzir o momento correto de guinada baseado na Art. 4º. Para comprovação do desempenho dos
análise do comportamento do veículo durante a ação sistemas obrigatórios de que trata a presente Reso-
do condutor; lução, os resultados de ensaios devem cumprir com
b) Controlar eletronicamente o veículo pela os Regulamentos das Nações Unidas ECE R13-H ou
utilização de um algoritmo computacional de circuito- ECE R13, ou com normativa Norte-Americana FMVSS
fechado de modo a limitar o sobre esterço e sub es- 126, conforme aplicável.
terço do veículo baseado na análise do comporta- Art. 5º. Os fabricantes e importadores de veí-
mento do veículo durante a ação do condutor; culos deverão informar nos novos pedidos de conces-
c) Possui um meio para determinar diretamen- são de marca/modelo/versão e de emissão do CAT a
te o valor da taxa de guinada do veículo e de estimar presença e características técnicas dos sistemas de
o seu deslizamento lateral ou deslizamento lateral de- controle de estabilidade.
rivado em relação ao tempo; Art. 6º. Ficam dispensados do cumprimento
d) Possui um meio de monitorar os movimen- dos requisitos desta Resolução:
tos de direção do condutor, e; I - Veículos de uso exclusivo fora-de-estrada;
e) Possui um algoritmo para determinar a ne- II - Veículos militares ou de uso bélico;
cessidade, e um meio para modificar a propulsão do III - Veículos de salvamento;
torque, se necessário, para auxiliar o condutor em
IV - Veículos de fabricação artesanal, réplicas
manter o controle do veículo.
e buggy.
II - Função de Estabilidade do Veículo (VSF):
V - Veículos para aplicações especiais median-
um sistema que possui uma ou ambas das seguintes
funções: te aprovação do DENATRAN;
a) Controle direcional – designa uma função VI - Veículos resultantes de transformações de
no âmbito do controle de estabilidade do veículo a veículos sujeitos a homologação compulsória, cuja da-
qual auxilia o motorista dentro dos limites físicos do ta de fabricação do veículo original objeto de trans-
veículo, em situações de sobre esterço e sub esterço, formação sejam aquelas estabelecidas no art. 2º des-
em manter a direção pretendida pelo condutor no ta Resolução.
caso de veículos automotores. Art. 7º. O Anexo desta Resolução se encontra
b) Controle de rolagem – designa uma função disponível no sítio eletrônico <www.denatran.gov.br>.
no âmbito do controle de estabilidade do veículo a Art. 8º. Esta Resolução entra em vigor na da-
qual, dentro dos limites físicos do veículo, reage a ta de sua publicação.
uma situação de rolagem iminente a fim de estabilizar Alberto Angerami
o veículo automotor, em condições de manobras
dinâmicas.

ANEXO
(Disponível no sítio eletrônico <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 570, DE 16.12.2015


Define a abrangência do termo “veículo de uso bélico”
e seus reflexos na fiscalização, identificação, registro,
controle e uso de padrões de pintura camuflada, no âm-
bito do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e;
Considerando o inteiro teor dos processos: 80000.043778/2013-75, 80000.011298/2014-26 e
80000.043777/2013-21;
RESOLVE:
Art. 1º. Veículo de uso bélico, para efeito do ao preparo e emprego em operações de natureza mi-
Código de Trânsito Brasileiro, é a Viatura Militar Ope- litar das Forças Armadas, no cumprimento das suas
racional, de propriedade da União, fabricada ou im- missões constitucionais e infraconstitucionais.
plementada com características especiais, destinada
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 451

§ 1º As situações de preparo compreendem, Art. 3º. O uso de padrões de pintura camufla-


entre outras, as atividades permanentes de planeja- da é exclusivo das viaturas militares operacionais das
mento, organização e articulação, instrução e ades- Forças Armadas e das viaturas dos Órgãos de Segu-
tramento, desenvolvimento de doutrina e pesquisas rança Pública.
específicas, inteligência e estruturação das Forças Parágrafo único. Os padrões de pintura ca-
Armadas, de sua logística e mobilização, nos termos muflada serão definidos em normas a serem publica-
da Lei Complementar 97, de 1999. das pelo:
§ 2º As situações de emprego das Forças Ar- I - Ministério da Defesa para as viaturas mili-
madas compreendem as atividades de defesa da Pá- tares operacionais das Forças Armadas;
tria, da garantia dos poderes constitucionais, da lei e II - Ministério da Justiça para as suas viaturas
da ordem, e na participação em operações de paz, operacionais; e
nos termos da Lei Complementar 97, de 1999. III - Chefe do Poder Executivo estadual ou dis-
Art. 2º. A identificação, o registro e o controle trital, ou pessoa por ele expressamente indicada,
das viaturas militares operacionais são realizados por para as viaturas dos Órgãos de Segurança Pública
Sistemas de responsabilidade das Forças Armadas. subordinados.
Parágrafo único. Em função das suas carac- Art. 4º. Fica revogada a Resolução CONTRAN
terísticas e emprego específicos, as condições de 797, de 16.05.1995.
conservação e funcionamento das viaturas militares
operacionais estão submetidas, exclusivamente, aos Art. 5º. Esta Resolução entrará em vigor na
Sistemas de controle, fiscalização e manutenção das data de sua publicação.
Forças Armadas. Alberto Angerami

RESOLUÇÃO 573, DE 16.12.2015


Estabelece os requisitos de segurança e circulação de
veículos automotores denominados quadriciclos.
O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), usando da competência que lhe confere o inc. I do art. 12
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT), e
Considerando que nenhum veículo poderá transitar nas vias terrestres abertas à circulação pública sem
que ofereça as condições mínimas de segurança;
Considerando a existência de produção, importação e comercialização, no Brasil, de veículos com carac-
terísticas similares às motocicletas, porém dotados de quatro rodas;
Considerando a produção, importação e comercialização, no Brasil, de veículos elétricos ultracompactos,
para circulação exclusivamente urbana, com cabine fechada e volante;
Considerando a Resolução CONTRAN 14, de 06.02.1998;
Considerando os arts. 96, 97, 103 e 105 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito
Brasileiro (CTB);
Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar a classificação e os requisitos de segurança des-
tes veículos nacionais e importados;
Considerando o que consta nos processos: 80000.026291/2011-66, 80000.021069/2012-58, 80001.05626/2008-
13, 80000.037712/2010-01, 800001.035426/2008-79, 80000.022349/2010-11, 80000.054858/2010-11, 800001.007121/
2008-77, 80000.025667/2012-04, 80000.021118/2010-91, 80000.015062/2008-11, 80000.005211/2012-10 e
80000.038633/2013-52.
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução estabelece os requisi- cedimento estabelecido pelo DENATRAN por meio da
tos de circulação e de segurança obrigatórios para os Portaria DENATRAN 190, de 30.06.2009, para fins de
veículos automotores denominados quadriciclos, de registro e licenciamento junto aos órgãos executivos
fabricação nacional ou importados. de trânsito dos Estados e do Distrito Federal.
§ 1º Todos os veículos novos devem possuir § 2º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior
código de marca/modelo/versão e Certificado de Ade- aos veículos de que trata o caput deste artigo fabri-
quação a Legislação de Trânsito (CAT), conforme pro- cados antes da entrada em vigor desta Resolução.
452 Ordeli Savedra Gomes

Art. 2º. Para os efeitos desta Resolução, en- e) Sistema de suspensão independente para
tende-se como quadriciclos: cada roda do eixo dianteiro e traseiro;
I - o veículo automotor com estrutura mecâni- f) Freios em cada uma das rodas do veículo,
ca similar às motocicletas, possuindo eixo dianteiro e devendo estar em acordo com as normas vigentes;
traseiro, dotado de quatro rodas, com massa em or- g) Equipamentos obrigatórios previstos no
dem de marcha não superior a 400kg, ou 550kg no item V do art. 1º da Res. 14, de 06.02.1998;
caso do veículo destinado ao transporte de cargas, h) Cinto de segurança de três ou quatro pon-
excluída a massa das baterias no caso de veículos tos para condutor e passageiros;
elétricos, cuja potência máxima do motor não seja i) Assentos com apoio de cabeça;
superior a 15kW. j) Equipamento suplementar de segurança
II - o veículo automotor elétrico com cabine passiva – AIR BAG frontal.
fechada, possuindo eixo dianteiro e traseiro, dotado Art. 4º. Devem ser observados os seguintes
de quatro rodas, com massa em ordem de marcha requisitos de circulação nas vias públicas para os
não superior a 400kg, ou 550kg no caso do veículo veículos previstos no art. 3º desta Resolução:
destinado ao transporte de cargas, excluída a massa I - Placas de identificação traseira, com di-
das baterias, cuja potência máxima do motor não mensões idênticas às de motocicleta e que atendam
seja superior a 15kW. à legislação vigente;
Art. 3º. O quadriciclo deve atender aos requi- II - Lanterna de marcha à ré na cor branca
sitos de segurança especificados para os triciclos e, quando o veículo permitir este tipo de deslocamento;
para concessão do código Marca/Modelo/Versão e III - Transporte apenas de passageiro maior de
emissão de Certificado de Adequação à Legislação de 7 anos.
Trânsito (CAT), atender ainda aos seguintes requisi-
IV - Circulação restrita às vias urbanas, sendo
tos:
proibida sua circulação em rodovias federais, esta-
I - Veículos enquadrados no inc. I do art. 2º duais e do Distrito Federal;
desta Resolução devem possuir obrigatoriamente:
Art. 5º. Devem ser observados os seguintes
a) Comando do sistema acionado através de requisitos para condução do quadriciclo nas vias pú-
guidão; blicas:
b) Assentos para condução e transporte de I - O condutor e o passageiro devem utilizar
passageiro na posição montada; capacete de segurança, com viseira ou óculos pro-
c) Eixo de tração com dispositivo que permita tetores, em acordo com a legislação vigente aplicável
suas duas rodas girarem em velocidades angulares às motocicletas, para os veículos enquadrados no inc. I
diferentes; do art. 2º desta Resolução.
d) Pneus de alta pressão, com banda de roda- II - A Carteira Nacional de Habilitação do con-
gem para pista pavimentada, e certificados pelo IN- dutor será do tipo B.
METRO; Art. 6º. A identificação dos quadriciclos se
e) Sistema de suspensão independente para dará por meio da gravação do Número de Identifica-
cada roda do eixo dianteiro e traseiro; ção do Veículo (VIN), em acordo com as normas e
f) Freios em cada uma das rodas do veículo, especificações vigentes.
devendo estar em acordo com as normas vigentes; Art. 7º. Ficam proibidos:
g) Equipamentos obrigatórios previstos no I - O uso de cabine fechada nos veículos en-
item V do art. 1º da Res. 14, de 06.02.1998. quadrados no inc. I do art. 2º desta Resolução;
II - Veículos enquadrados no inc. II do art. 2º II - A transformação de outros tipos de veícu-
desta Resolução: los em quadriciclos;
a) Comando do sistema acionado através de III - A circulação em vias públicas de veículos
volante; similares sem homologação.
b) Assentos para condução e transporte de Art. 8º. Os veículos enquadrados no inc. II do
passageiro na posição sentada; art. 2º desta Resolução estão isentos das exigências
c) Eixo de tração com dispositivo que permita previstas na Resolução CONTRAN 509, de 27.11.2014.
suas duas rodas girarem em velocidades angulares Art. 9º. Fica revogada a Resolução CONTRAN
diferentes; 700, de 04.10.1988.
d) Pneus de alta pressão, com banda de roda- Art. 10. Esta Resolução entra em vigor na da-
gem para pista pavimentada, e certificados pelo IN- ta de sua publicação.
METRO; Alberto Angerami
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 453

RESOLUÇÃO 576, DE 24.02.2016


Dispõe sobre o intercâmbio de informações, entre ór-
gãos e entidades executivos de trânsito dos Estados e
do Distrito Federal e os demais órgãos e entidades exe-
cutivos de trânsito e executivos rodoviários da União,
dos Estados, Distrito Federal e dos Municípios que com-
põem o Sistema Nacional de Trânsito e dá outras provi-
dências.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inc. I da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT;
Considerando que a aplicabilidade e eficácia do CTB se estruturam no funcionamento do Sistema Nacio-
nal de Trânsito, constituído nos termos do art. 5º do Código;
Considerando que o CTB em seu art. 20, inc. X, art. 21, inc. XII, art. 22, inc. XIII, e art. 24, inc. XIII, de-
termina que os órgãos e entidades devem integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacional de
Trânsito para fins de arrecadação e compensação de multas impostas na área de sua competência, com vistas
à unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das transferências de veículos e de prontuários
dos condutores entre as unidades da Federação;
Considerando que o art. 22, inc. XIV do CTB determina aos órgãos ou entidades executivos de trânsito
dos Estados e do Distrito Federal o fornecimento aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos
rodoviários municipais dos dados cadastrais dos veículos registrados e dos condutores habilitados para fins de
imposição e notificação de penalidades e arrecadação de multas nas suas áreas de competência;
Considerando a necessidade de regulamentar o intercâmbio de informações, entre órgãos e entidades
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal e os demais órgãos e entidades executivos de trânsito
e executivos rodoviários da União, dos Estados, Distrito Federal e dos Municípios que compõem o Sistema
Nacional de Trânsito;
Considerando o que consta no Processo Administrativo 80001.001652/2003-41, resolve:
Art. 1º. A comunicação e integração entre os atos de bloqueio e desbloqueio da transferência e do
órgãos e entidades executivos de trânsito e executi- licenciamento dos veículos, previstos nos arts. 124,
vos rodoviários da União, dos Estados e Distrito Fe- inc. VIII e 131, § 2º do CTB;
deral e dos Municípios integrados ao Sistema Nacio- IV - comunicação e recebimento das informa-
nal de Trânsito com os órgãos e entidades executivos ções de pontuação como estabelecido no CTB.
de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, prevista § 1º É da exclusiva competência dos órgãos
no art. 20, inc. X, art. 21, inc. XII, art. 22, inc. XIII, e executivos de trânsito e órgãos executivos rodoviá-
art. 24, inc. XIII, do Código de Trânsito Brasileiro - rios efetuarem ou mandarem efetuar o bloqueio e o
CTB deverá ocorrer mediante os seguintes procedi- desbloqueio das penalidades de multas impostas por
mentos dos órgãos e entidades executivos de trânsi- infrações cometidas no âmbito de sua circunscrição.
to dos Estados e do Distrito Federal: Art. 2º. Os serviços devem ser prestados den-
I - celebração de acordo formal (contrato, con- tro dos prazos estabelecidos no CTB e normativos do
vênio ou acordo de cooperação) com o objetivo de Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN e do De-
formalizar e estabelecer procedimentos de coopera- partamento Nacional de Trânsito – DENATRAN.
ção entre as partes acordantes que propicie o cum-
primento do que dispõe o CTB e viabilize a fiscaliza- Art. 3º. Os custos dos serviços de que trata
ção, notificação de autuação, imposição e notificação esta Resolução devem ser ressarcidos.
de penalidades, arrecadação de multas e o conse- Parágrafo único. A apuração dos custos de
quente repasse financeiro; que trata o caput deste artigo deve ser realizada uti-
II - disponibilização e atualização dos dados lizando-se Planilha de Custos e Serviços Prestados a
cadastrais de veículos registrados e de condutores Terceiros, conforme modelo constante do Anexo.
habilitados para fins de notificação de autuação, im- Art. 4º. É vedada a cobrança dos custos dos
posição e notificação de penalidades e de arrecada- serviços de que trata esta Resolução com base em
ção de multas; percentual de valor de multas.
III - recebimento das informações sobre a apli- Art. 5º. O disposto nesta Resolução não se
cação de penalidade de multa, assim como de seu aplica aos procedimentos relativos à imposição, arre-
pagamento ou cancelamento por recurso, para os cadação de multas, e o consequente repasse finan-
454 Ordeli Savedra Gomes

ceiro, por infrações cometidas em unidade da Fede- Parágrafo único. Sempre que houver ajustes
ração diferente da do licenciamento do veículo, ob- nos valores acordados, o órgão executivo de trânsito
jeto de Resolução específica do CONTRAN e regula- do Estado ou do Distrito Federal deverá informar ao
mentações do DENATRAN. DENATRAN.
Art. 6º. Os órgãos e entidades executivos de Art. 7º. Fica revogada a Resolução CONTRAN
trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão en- 145, de 21.08.2003.
caminhar ao DENATRAN o custo dos serviços cons- Art. 8º. Esta Resolução entra em vigor na da-
tantes do art. 2º, demonstrado em planilha de custo ta de sua publicação.
na forma do Anexo, no prazo de 90 (noventa) dias Alberto Angerami
após a publicação desta Resolução.

ANEXO
PLANILHA DE CUSTOS DE SERVIÇOS PRESTADOS A TERCEIROS

SERVIÇOS OBRIGATÓRIOS CUSTO (R$)


1. Acesso aos dados cadastrais do veículo
2. Acesso aos dados cadastrais do condutor
3. Registro da infração (autuação)
4. Registro de multa (penalidade)
5. Registro da pontuação
6. Bloqueio / Desbloqueio de multas
7. Bloqueio / Desbloqueio Administrativo
8. Bloqueio / Desbloqueio Judicial
9. Bloqueio / Desbloqueio de Pontuação
SERVIÇOS NÃO OBRIGATÓRIOS
10. Emissão de Notificação de Autuação
11. Emissão de Notificação de Penalidade
12. Emissão de Notificação de Advertência por multa
13. Postagem de Notificação com AR
14. Postagem de Aviso, Comunicado ou Resultado de Recurso sem AR
15. Emissão de documento de pagamento de multa
16. Registro de Recurso
17. Inclusão de Imagem de Infração
18. Despesa bancária para arrecadar multa
19. Outros Serviços (discriminar)

RESOLUÇÃO 585, DE 23.03.2016


Dispõe sobre os requisitos de segurança, identificação,
habilitação dos condutores e sinalização viária para os
Veículos Leves sobre Trilhos – VLT.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso da atribuição que lhe confere o art. 12, da Lei
9.507, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme Decreto 4.711, de 29.05.2003,
que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
Considerando que os Veículos Leves sobre Trilhos – VLTs circulam sobre trilhos compartilhando o mes-
mo leito de via, concorrendo com outros tipos de veículos e pedestres, em faixas segregadas ou não;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 455

Considerando a necessidade de estabelecer os requisitos de segurança para o VLT, a sinalização viária a


ser utilizada para a sua circulação e a definição da categoria de habilitação e formação dos condutores desse
tipo de veículo;
Considerando o que consta do processo administrativo n 80000.035279/2015-76, resolve:
CAPÍTULO I XIII - dispositivo de sinalização luminosa ou
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES refletora de emergência, independente do sistema de
iluminação do veículo;
Art. 1º. Esta norma dispõe sobre os requisitos
de segurança e identificação dos Veículos Leves so- XIV - extintor de incêndio;
bre Trilhos – VLT, a sinalização viária a ser utilizada XV - registrador instantâneo e inalterável de
para a sua circulação e a definição da categoria de velocidade e tempo;
habilitação e formação dos condutores desse tipo de XVI - lanternas delimitadoras e lanternas late-
veículo. rais;
CAPÍTULO II XVII - carenagem de proteção do truque;
DAS DEFINIÇÕES XVIII - cinto de segurança subabdominal ou de
três pontos para o condutor;
Art. 2º. Para fins desta Resolução, entende-se
por VLT o veículo de mobilidade urbana para trans- XIX - dispositivo destinado ao controle de emis-
porte coletivo de passageiros de tração automotora sões de gases poluentes e ruído, naqueles dotados de
ou elétrica, que se move sobre trilhos e que comparti- motor a combustão.
lha a mesma via, concorrendo com outros tipos de Art. 4º. O VLT deve cumprir, ainda, com os
veículos e pedestres, em faixas segregadas ou não. requisitos estabelecidos nas normas da Associação
Parágrafo único. Os Sistemas implantados em Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) abaixo:
circuito fechado e/ou implantados em faixa de domí- I - ABNT NBR 13067 - Carro metropolitano e
nio ferroviário ficam excluídos da aplicação desta Re- veículo leve sobre trilhos - Determinação dos níveis
solução. de ruídos - Método de ensaio;
II - ABNT NBR 13068 - Ruídos interno e ex-
CAPÍTULO III terno em carro metropolitano e veículo leve sobre
DOS REQUISITOS DE SEGURANÇA E trilhos (VLT) - Procedimento;
IDENTIFICAÇÃO DO VEÍCULO LEVE SOBRE
III - ABNT NBR 14035 - Veículo leve sobre tri-
TRILHO – VLT
lhos - Requisitos.
Art. 3º. Para circular em vias públicas, o VLT Art. 5º. Os veículos de que trata esta Resolu-
deverá estar dotado dos equipamentos obrigatórios re- ção não são passíveis de concessão de marca/mode-
lacionados abaixo, em condições de funcionamento: lo/versão e obtenção do Certificado de Adequação a
I - para-choques, em ambas cabeceiras; Legislação de Trânsito – CAT.
II - câmeras ou espelhos retrovisores externo; § 1º Compete ao órgão municipal de transpor-
III - limpador de para-brisa; te verificar e fiscalizar no momento da implantação
IV - lavador de para-brisa; do projeto de mobilidade urbana utilizando VLT se o
V - faróis principais dianteiros de cor branca veículo atende aos requisitos de segurança mínimos
ou amarela, em ambas cabeceiras; estabelecidos nos arts. 3º e 4º desta Resolução.
VI - luzes de posição dianteiras (faroletes) de § 2º O órgão municipal de transporte deverá
cor branca ou amarela, em ambas cabeceiras; receber das operadoras do VLT, os resultados dos
VII - lanternas de posição traseiras de cor testes de comissionamento dos veículos de que trata
vermelha, em ambas cabeceiras; esta Resolução, validados por organismos certifica-
dores.
VIII - lanternas de freio de cor vermelha, em
ambas cabeceiras; Art. 6º. Cada veículo da composição do VLT
deverá ser identificado por numeração exclusiva, ce-
IX - lanternas indicadoras de direção em am-
dida pela operadora.
bas cabeceiras;
§ 1º A identificação deverá constar nas late-
X - retrorrefletores (catadióptrico) traseiros, rais externas e nas extremidades internas de cada
de cor vermelha, em ambas cabeceiras; veiculo da composição.
XI - buzina ou campainha; § 2º A identificação de que trata o caput des-
XII - freios de estacionamento e de serviço, te artigo, será controlada pelos órgãos municipais de
com comandos independentes; transporte.
456 Ordeli Savedra Gomes

CAPÍTULO IV e lista de presença com assinatura do candidato, por


DA HABILITAÇÃO E FORMAÇÃO DO 5 (cinco) anos, conforme legislação vigente;
CONDUTOR DO VLT IV - emitir certificado de conclusão do curso
Art. 7º. O condutor do VLT deverá possuir ha- contendo no mínimo os seguintes dados:
bilitação na Categoria "D". a) nome completo do condutor;
Art. 8º. Constitui responsabilidade da empre- b) validade e data de conclusão do curso;
sa operadora do VLT a realização de treinamento c) assinatura do responsável pelo treinamento;
específico para a operação e condução do veículo, d) identificação do Sistema e da empresa
conforme previsto no Anexo I desta Resolução. operadora para qual foi qualificado; e
§ 1º A formação técnica é específica para ca- e) no verso deverão constar as disciplinas, a
da tipo de VLT e de sua rede, assim como para cada carga horária e o aproveitamento do condutor.
via de operação do veículo. CAPÍTULO V
§ 2º A atualização do treinamento específico DA SINALIZAÇÃO VIÁRIA
deve ser realizada em até 2 (dois) anos e meio, de-
Art. 12. A sinalização viária a ser utilizada pa-
vendo ser contínua para assegurar a reciclagem das
competências e a evolução de sua formação, sendo ra a circulação do VLT está prevista no Anexo II desta
de responsabilidade da empresa operadora do VLT, Resolução.
conforme previsto no Anexo I desta Resolução. § 1º A Sinalização horizontal, onde houver
Art. 9º. Compete aos órgãos ou entidades compartilhamento do espaço com veículos e/ou pe-
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Fe- destres, deverá acompanhar a extensão dos trilhos,
deral realizar o cadastro e o acompanhamento da em- em ambos os lados, demarcando a área de domínio
presa operadora do VLT. do VLT.
§ 1º Os órgãos ou entidades executivos de § 2º Nos locais destinados ao VLT e onde
trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão houver o compartilhamento do espaço com os pe-
fiscalizar os registros referentes a conteúdos, fre- destres, de forma não segregada, além da sinalização
quência e acompanhamento do desempenho dos con- horizontal, deverá ser utilizado o piso podotátil dire-
dutores nas aulas teóricas e práticas, contendo no cional e/ou de alerta, conforme definido em estudos
mínimo informações: técnicos de engenharia.
I - aulas teóricas e práticas: conteúdo, turma, CAPÍTULO VI
datas e horários iniciais e finais das aulas, lista de DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
presença com assinatura do candidato ou verificação Art. 13. O VLT somente poderá transitar pela
eletrônica de presença. via quando atendidos os requisitos e condições esta-
§ 2º Os órgãos ou entidades executivos de belecidos nesta Resolução.
trânsito dos Estados e do Distrito Federal poderão es- Art. 14. Os sistemas de transporte já implanta-
tabelecer exigências complementares para o processo dos no País ou em fase final de implantação que fazem
de cadastramento, acompanhamento e controle, des- uso do VLT terão os seguintes prazos, a contar da data
de que respeitadas as disposições desta Resolução. de publicação desta Resolução, para adequação:
Art. 10. São exigências mínimas para o ca-
I - prazo até 1º de março de 2019 para se
dastro:
adequarem aos requisitos de segurança estabeleci-
I - requerimento da empresa operadora do VLT dos nesta Resolução.
dirigido ao órgão ou entidade executivo de trânsito do
Estado ou do Distrito Federal; II – prazo até 1º de março de 2019 para os
condutores se adequarem aos requisitos de habilita-
II - apresentação do plano de curso em con-
ção e formação previstos nesta Resolução.
formidade com a estrutura curricular contida no Ane-
xo I desta Resolução. III - prazo até 1º de março de 2017 para ade-
Art. 11. São atribuições da empresa operado- quação da sinalização viária a ser utilizada para a
ra do VLT para ministrar o treinamento específico circulação do VLT.
para a operação e condução do veículo: Art. 15. As disposições desta Resolução não
I - atender às exigências das normas vigentes; se aplicam aos Bondes.
II - atender às convocações do órgão ou enti- Art. 16. Os anexos desta Resolução encon-
dade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito tram-se disponíveis no sítio eletrônico do DENATRAN
Federal; em www.denatran.gov.br/resolucoes.
III - manter o arquivo dos documentos perti- Art. 17. Esta Resolução entra em vigor na da-
nentes às aulas teóricas e práticas, incluindo conteú- ta de sua publicação.
do, turma, datas e horários iniciais e finais das aulas Alberto Angerami
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 457

ANEXOS
(Disponíveis no sítio eletrônico <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 593, DE 24.05.2016


Estabelece as especificações técnicas para a fabricação e
a instalação de parachoques traseiros nos veículos de fa-
bricação nacional ou importados das categorias N2, N3,
O3 e O4.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o inc. I do art. 12
da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que dispõe sobre a Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT;
Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar os requisitos de segurança para os veículos nacio-
nais e importados;
Considerando a necessidade de minimizar as consequências dos acidentes em casos de colisões traseira;
Considerando que os veículos não devem transitar nas vias terrestres abertas à circulação pública sem
que ofereçam condições mínimas de segurança; e
Considerando o constante dos processos 80020.001167/2015-83, resolve:
Art.1º. Esta Resolução estabelece as especi- § 2º Os veículos de que trata esta Resolução
ficações técnicas para a fabricação e a instalação de cujas quaisquer características forem alteradas, e
para-choques traseiros nos veículos de fabricação que for exigida a realização de inspeção de segurança
nacional ou importados das categorias N2, N3, O3 e veicular para emissão do Certificado de Segurança
O4. Veicular – CSV, também devem atender às especifi-
§ 1º Para efeito desta Resolução serão utili- cações constantes do Anexo desta Resolução.
zadas as classificações a seguir: § 3º Os demais veículos em circulação de que
I - categoria N: Veículo automotor que contém trata esta Resolução devem atender as especifica-
pelo menos quatro rodas, projetado e construído para ções constantes do Anexo, conforme cronograma a
o transporte de cargas. seguir:
a) categoria N2: Veículos projetados e cons-
truídos para o transporte de cargas e que contenham ALGARISMO FINAL PRAZO FINAL
uma massa máxima superior a 3,5 t e não superior a DA PLACA PARA ADEQUAÇÃO
12 t. 1e2 Até 31.12.2020
b) categoria N3: Veículos projetados e cons- 3e4 Até 31.12.2021
truídos para o transporte de cargas e que contenham 5e6 Até 31.12.2022
uma massa máxima superior a 12 t.
7e8 Até 31.12.2023
II - Categoria O: Reboques incluindo os Semir-
reboques. 9 e 0 Até 31.12.2024
a) categoria O3: Reboques (incluindo semirre- Art. 3º. Para os efeitos de aplicação desta Re-
boques) com uma massa máxima superior a 3,5 t e
solução, define-se:
não superior a 10 t.
I - balanço traseiro: Distância da extremidade
b) Categoria O4: Reboques (incluindo semirre-
traseira até o centro do último eixo do veículo.
boques) com uma massa máxima superior a 10 t.
II - carga autoportante: É a capacidade de au-
§ 2º Os requisitos técnicos e os métodos de
tomanutenção estrutural de determinado componente
ensaios dos para-choques traseiros estão definidos
quando submetida a carregamento do peso próprio
no Anexo I desta Resolução.
mais carga líquida.
Art. 2º. Aplica-se o disposto nesta Resolução
III - chassi: Parte do veículo constituída dos
aos veículos de que trata o art. 1º fabricados ou im-
componentes necessários ao seu deslocamento e que
portados a partir de 1º de janeiro de 2017.
suporta a carroceria.
§ 1º Faculta-se aos fabricantes de veículos e
IV - conjunto de ensaio: Conjunto constituído
de equipamentos veiculares a adoção desta Resolu-
do para-choque e seus elementos de fixação.
ção a partir da data de sua publicação.
458 Ordeli Savedra Gomes

V - dispositivo de ensaio: Estrutura rígida à IX - extremidade do veículo: Plano vertical per-


qual é fixado o conjunto de ensaio para a aplicação pendicular ao plano longitudinal de simetria (do veí-
das forças e medição das deformações. culo) e que tangenciam a dianteira e traseira do veí-
VI - elemento horizontal: Perfil do para-choque culo, respectivamente, desconsiderando os dispositi-
que receberá os esforços P1, P2 e P3 estabelecidos vos mencionados no art. 1º da Resolução CONTRAN
no ensaio previsto nesta Resolução. 258, de 2007.
VII - equipamento veicular (carroceria): Imple- X - família de para-choques: Grupo de para-
mento rodoviário específico, incorporado a um veí- choques construídos de acordo com o mesmo proje-
culo automotor incompleto, seja chassi de caminhão to, variando na altura das colunas de fixação subme-
ou rebocado incompleto (base), construído para com- tidos a um mesmo procedimento de ensaio, conside-
plementá-lo, permitindo assim sua funcionalidade de rando as colunas com maior dimensão do ponto de
transporte de cargas. fixação ao elemento horizontal.
VIII - estrutura rígida: Estrutura cuja deforma-
ção máxima seja inferior a 1% em relação a deforma-
ção máxima permitida no ensaio do para-choque.
Figura 1 – Família de para-choques

XI - longarina: Elemento estrutural principal do XVI - placa de contato: Elemento de contato


quadro do chassi ou da carroceria, posicionado lon- posicionado entre o dispositivo aplicador de força e o
gitudinalmente no veículo. elemento horizontal do para-choque, com a função de
XII - para-choque traseiro: Dispositivo de pro- distribuir de forma padronizada a força em torno de
teção, constituído de uma ou mais travessas e ele- seu ponto de aplicação.
mentos de fixação para montagem, fixado às longari- Art. 4º. Estão isentos da instalação do para-
nas ou ao elemento que desempenha as funções choque traseiro os seguintes veículos:
destas e destinado a atenuar as lesões corporais e a I - inacabados ou incompletos;
reduzir os danos materiais consequentes de colisão
envolvendo a traseira deste veículo. II - caminhões-tratores;
XIII - para-choque removível: Para-choque cuja III - produzidos especialmente para cargas au-
fixação seja resistente aos ensaios estabelecidos toportantes e veículos muito longos que necessitem
nesta Resolução, com a possibilidade de ser retirado de Autorização Especial de Trânsito – AET;
do veículo, quando este se encontra em operações IV - aqueles nos quais a aplicação do para-
específicas, em que, se instalado, venha a prejudicar choque traseiro especificado nesta Resolução seja
o correto andamento destas operações. incompatível com a sua utilização. Neste caso, a es-
XIV - para-choque retrátil: Dispositivo de pro- trutura que substitui o para-choque deverá atender os
teção equipado com sistema de articulação que per- esforços estabelecidos nos ensaios descritos no Item
mite variar a distância ao solo, girando no sentido con- 4 do Anexo I, comprovados por meio de relatório de
trário à marcha do veículo, quando este se desloca ensaio, e ter altura máxima do solo de 450 mm;
para frente, em situação transitória, devendo voltar à V - veículos completos da categoria N2 e N3
posição original, sem interferência do operador, assim que possuam para-choque traseiro incorporado ao
que o obstáculo seja transposto.
projeto original do fabricante do veículo automotor;
XV - para-choque traseiro fixo: Dispositivo de
proteção, constituído de uma travessa e elementos VI - veículos de uso bélico;
de fixação para montagem, destinado a atenuar as VII - de coleção;
lesões corporais e a reduzir os danos materiais con- VIII - exclusivos para uso fora-de-estrada;
sequentes de colisão envolvendo a traseira deste veí- IX - destinados à exportação;
culo.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 459

X - rebocados destinados ao transporte de e do Certificado de Registro e Licenciamento – CRLV


cargas indivisíveis (carrega-tudo). do veículo.
§ 1º Os tipos de veículos ou equipamentos Art. 5º. Compete à empresa responsável pela
veiculares que se enquadram no inc. IV deste artigo complementação dos veículos inacabados ou incom-
são aqueles definidos no Anexo II desta Resolução. pletos o atendimento aos requisitos constantes desta
§ 2º Compete ao Órgão Máximo Executivo Resolução.
de Trânsito da União atualizar o Anexo II, a qualquer Art. 6º. Os veículos cuja distância da face
tempo. traseira do pneu até a extremidade máxima traseira
§ 3º Os fabricantes, importadores e encarro- de sua estrutura seja igual ou inferior a 400 mm
çadores dos veículos ou equipamentos veiculares que estão isentos dos requisitos de parachoque e deverão
se enquadram no inc. IV deste artigo deverão fazer portar um perfil horizontal para fixação da faixa
constar nas notas fiscais a expressão "ISENTO DE retrorrefletiva, com mínimo, 100 mm de altura e mí-
PARA-CHOQUE TRASEIRO", conforme Resolução CON- nimo 1600 mm de comprimento, centralizado em
TRAN 592, de 24.05.2016. relação ao eixo longitudinal do veículo, cuja altura da
§ 4º A isenção de para-choque traseiro nos borda inferior do elemento horizontal em relação ao
veículos ou equipamentos veiculares que se enqua- plano de apoio das rodas seja de no máximo 550
dram no inc. IV deste artigo deverá constar no cam- mm, medida com o veículo com a massa em ordem
po das observações do Certificado de Registro – CRV de marcha. (Redação dada pela Res. 674/17)

Figura 2 – Dimensões do perfil horizontal

§ 1º Os veículos enquadrados neste artigo requisitos estabelecidos nesta Resolução, conforme


devem atender aos §§ 3º e 4º do art. 4º. (Parágrafo Figuras "3a" a "3e".
renumerado e alterado pela Res. 674/17) Parágrafo único. A menos que esteja rebo-
§ 2º Este artigo não se aplica aos veículos cando outro veículo, os apoios de roda do dispositivo
enquadrados no art. 4º. (Parágrafo incluído pela Res. Asa Delta utilizado nas plataformas autossocorro de-
674/17) vem estar sempre recolhidos para exercerem a fun-
Art. 7º. Nos veículos com betoneira, plata- ção de para-choque (ver figura 3b).
forma autossocorro, basculamento traseiro ou com
plataforma elevatória de carga, o para-choque poderá
estar posicionado até o limite de 400 mm da extremi-
dade máxima traseira do veículo, cumpridos os demais
460 Ordeli Savedra Gomes

Figura 3a – Vista lateral da parte traseira dos veículos – Betoneira

Figura 3b – Vista lateral da parte traseira dos veículos – Plataforma autossocorro com Asa Delta

Figura 3c – Vista lateral da parte traseira dos veículos – Plataforma autossocorro sem Asa Delta
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 461

Figura 3d – Vista lateral da parte traseira dos veículos com basculamento traseiro

§ 1º Nos casos em que o para-choque tenha


Figura 3e – Vista lateral da parte traseira dos veículos que assumir posição transitória para permitir a ope-
com plataforma elevatória de carga ração da plataforma, os movimentos que o levam a
tal posição, bem como o retorno à sua posição origi-
nal, devem:
a) ser interligados à dinâmica da plataforma,
de maneira direta ou indireta, através de movimentos
suaves, sem sobressaltos, e sem apresentar interfe-
rências com outros componentes do conjunto veícu-
lo/plataforma;
b) ser acionado por mecanismo apropriado, di-
mensionado para tal fim, que deve ter vida útil com-
patível com a do conjunto veículo/plataforma.
§ 2º Alternativamente, no caso de acionamen-
to manual do para-choque para posição transitória,
até o seu retorno à posição original, deve:
a) ser disparado alarme sonoro e luminoso,
junto à posição de comando da plataforma, quando
esta se encontrar na posição de ordem de marcha e o
para-choque não atenda a esta condição, alertando
Art. 8º. Para veículo equipado com plataforma assim, sobre a condição irregular de posicionamento
elevatória de carga, o para-choque poderá se apresen- do para-choque, permanecendo ativo até que o para-
tar conforme exemplos da Figura 4, desde que aten- -choque esteja de acordo com condições de ordem
dam as exigências dos ensaios previstos, e/ou: de marcha ou a plataforma em operação;
I - seja constituído de múltiplas partes, desde b) ser inibida a sinalização de irregularidade
que elas tenham no mínimo 350cm² de face; de posicionamento do para-choque enquanto a plata-
II - a plataforma assuma a função do para-cho- forma estiver em operação;
que em sua totalidade, quando o veículo estiver em c) ter sistema de sinalização com vida útil com-
ordem de marcha (ver Figura 5); patível com o conjunto veículo/plataforma;
III - seja basculante, ou não, com a plataforma; § 3º Os modelos de para-choque e suas varian-
tes, apresentados nas Figuras 4 e 5, devem:
IV - seja removível, no todo ou em parte, duran-
a) receber marcação conforme Item 3 do Ane-
te a utilização da plataforma, em situação transitória; xo I desta Resolução no componente de maior sig-
V - seja articulado, no todo ou em parte, duran- nificância do para-choque, e nos demais componen-
te a utilização da plataforma, em situação transitória; tes, móveis ou removíveis, deverão receber, no mí-
VI - seja constituído de lâminas telescópicas, nimo, o número do chassi do veículo se o espaço dis-
que posicionadas adequadamente, em situação tran- ponível for diminuto, para relacionar tal componente
sitória, permitam a operação da plataforma. ao para-choque como um todo;
462 Ordeli Savedra Gomes

b) participar dos programas promovidos pelo c) suportar os esforços previstos para as po-
fabricante da plataforma, para a sua manutenção pre- sições P1, P2 e P3 conforme o Item 2 do Anexo I
ventiva e corretiva; desta Resolução.
Figura 4 – Exemplos de para-choque de veículo equipado com plataforma elevatória
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 463

Figura 5 – Plataforma elevatória com a função de para-choque

Art. 9º. O Órgão Máximo Executivo de Trânsi- atendido o estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 2º.
to da União poderá solicitar, a qualquer momento, às (Parágrafo incluído pela Res. 674/17)
empresas fabricantes, às responsáveis pela comple- Art. 11. Os Anexos desta Resolução encon-
mentação dos veículos e às importadoras, a apresen- tram-se no sítio eletrônico do DENATRAN, a saber:
tação dos resultados de ensaios que comprovem o <www.denatran.gov.br>. *Observação do autor:
atendimento das exigências estabelecidas nesta Re- Anexo I alterado pelas Res. 645/16 e 674/17.
solução. Art. 12. O não cumprimento do disposto nes-
Art. 10. Revogam-se, partir 1º de janeiro de ta Resolução implicará, conforme o caso, na aplica-
2017, as Resoluções CONTRAN 805/95 e 152/03. (Re- ção das sanções previstas no art. 230, incs. IX, X e
dação dada pela Res. 674/17) art. 237 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB.
Parágrafo único. Os veículos fabricados e re- Art. 13. Esta Resolução entra em vigor na da-
gistrados até 31 de dezembro de 2016 permanecem ta de sua publicação.
obrigados a cumprir as disposições contidas nas Re- Alberto Angerami
soluções CONTRAN 805/95 e 152/03, até que seja

ANEXOS
(Disponíveis no sítio eletrônico <www.denatran.gov.br>)
464 Ordeli Savedra Gomes

RESOLUÇÃO 598, DE 24.05.2016


Regulamenta a produção e a expedição da Carteira Na-
cional de Habilitação, com novo leiaute e requisitos de
segurança.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições legais que lhe são conferidas pelo
art. 12, I, X da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o
Decreto 4711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT; e
Considerando a necessidade de adequação do modelo único da Carteira Nacional de Habilitação – CNH
às exigências das técnicas de segurança documental;
Considerando o que consta do processo administrativo 80000.015736/2012-63;
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução regulamenta a produ- sigla da Unidade de Federação expedidora, facultada
ção e expedição da Carteira Nacional de Habilitação a utilização da última posição como dígito verificador
– CNH, com novo leiaute e requisitos de segurança. de segurança.
§ 1º O documento de habilitação será expedi- a) O número do formulário RENACH identifica-
do em modelo único, conforme especificações téc- rá a Unidade da Federação onde o condutor foi ha-
nicas constantes nos Anexos I, II, III e IV desta Re- bilitado ou realizou alterações de dados no seu ca-
solução. (Parágrafo renumerado pela Res. 684/17) dastro pela última vez.
§ 2º O documento de habilitação previsto no b) O Formulário RENACH que dá origem às in-
§ 1º poderá ser expedido em meio eletrônico, na formações na BINCO e autorização para a impressão
forma estabelecida em portaria do Departamento da CNH deverá ficar arquivado em segurança no
Nacional de Trânsito (DENATRAN). (Parágrafo acres- órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou
cido pela Res. 684/17) do Distrito Federal.
Art. 2º. A expedição da Carteira Nacional de Art. 2º-A. A CNH deverá possuir código de
Habilitação – CNH obedecerá ao previsto no art. 159 barras bidimensional (Quick Response Code – QR
do Código de Transito Brasileiro – CTB e deverá con- Code), gerado a partir de algoritmo específico, de
ter novo leiaute, papel com marca d’água, requisitos propriedade do Departamento Nacional de Trânsito –
de segurança e 2 (dois) números de identificação na- DENATRAN, que deverá armazenar todas as informa-
cional e 1 (um) número de identificação estadual, que ções contidas nos dados variáveis do respectivo
são: documento, exceto as assinaturas do condutor e do
I - Registro Nacional – primeiro número de emissor, também devendo conter a fotografia do
identificação nacional, que será gerado pelo sistema condutor. O QR Code será fornecido pelo sistema
informatizado da Base Índice Nacional de Condutores central do Registro Nacional de Condutores Habilita-
– BINCO, composto de 9 (nove) caracteres mais 2 dos – RENACH, e permitirá a validação do documen-
(dois) dígitos verificadores de segurança, sendo úni- to. (Artigo e parágrafo único acrescidos pela Res.
co para cada condutor e o acompanhará durante toda 650/17 e alterados pela Res. 668/17)
a sua existência como condutor, não sendo permitida Parágrafo único. O QR Code, em dimensão
a sua reutilização para outro condutor. de 5 cm x 5 cm, será impresso na parte superior do
II - Número do Espelho da CNH – segundo verso da CNH, de forma centralizada.
número de identificação nacional, que será formado Art. 2º-B. O DENATRAN disponibilizará sis-
por 9 (nove) caracteres mais 1 (um) dígito verificador tema eletrônico para validação dos documentos,
de segurança, autorizado e controlado pelo Órgão através da informação de código numérico previsto
Máximo Executivo de Trânsito da União e identificará no item 18 do Anexo IV desta resolução ou da leitura
cada espelho de CNH expedida. do QR Code previsto no art. 2º-A. (Artigo acrescido
a) O dígito verificador será calculado pela ro- pela Res. 650/17)
tina denominada de “módulo 11” e sempre que o Art. 3º. A inscrição “Permissão” prevista no
resto da divisão for zero (0) ou um (1), o dígito ve- modelo da CNH será impressa em caixeta específica,
rificador será zero (0); usando as mesmas fontes dos demais campos na cor
III - Número do formulário RENACH – número preta, ou ser hachurada, quando se tratar de CNH de-
de identificação estadual, documento de coleta de finitiva.
dados do candidato/condutor gerado a cada serviço, Art. 4º. A caixeta “ACC” deverá ser impressa
composto, obrigatoriamente, por 11 (onze) caracte- com a informação “ACC” usando as mesmas fontes
res, sendo as duas primeiras posições formadas pela dos demais campos na cor preta, ou deverá ser ha-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 465

churada, quando não houver esta autorização de de Trânsito dos Estados e do Distrito Federal. (Reda-
habilitação, sendo a “ACC” e a categoria “A” exclu- ção dada pela Res. 684/17, que acresceu os §§ 1º a
dente, não existindo simultaneamente para um mes- 6º)
mo condutor. § 1º A Carteira Nacional de Habilitação, em
Art. 5º. A “Permissão” para a “ACC” poderá meio físico, poderá ser produzida por empresas con-
ser simultânea com a permissão da categoria “B”, tratadas pelos órgãos ou entidades executivos de
com validade de um ano. trânsito dos Estados e do Distrito Federal, previamen-
Art. 6º. Quando existir a informação para o te credenciadas pelo DENATRAN, na forma estabele-
preenchimento somente da caixeta “ACC”, a caixeta cida em portaria específica.
“Cat. Hab” deverá ser hachurada. § 2º As imagens da fotografia, decadactilar e
Art. 7º. Dentro do campo “Observações” do assinatura para registro do condutor e produção da
modelo da CNH previsto no Anexo I desta Resolução, Carteira Nacional de Habilitação, em meio físico e
deverão constar as restrições médicas, a informação digital, poderão ser coletadas por entidades contrata-
sobre o exercício de atividade remunerada e os cur- das pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito
sos especializados que tenham certificações expedi- dos Estados e do Distrito Federal, previamente cre-
das, todos em formatos padronizados e abrevia dos, denciadas pelo DENATRAN, e inseridas no RENACH,
conforme Anexo II desta Resolução. na forma estabelecida em portaria específica.
Art. 8º. A expedição da Carteira Nacional de § 3º As imagens utilizadas para a produção da
Habilitação – CNH, modelo único, será obrigatória CNH, em meio físico e digital, serão aquelas constan-
quando: tes na Base Central do RENACH, inseridas pelas
I - da obtenção da Permissão para Dirigir na entidades de que trata o § 2º.
“ACC” e nas categorias “A”, “B” ou “AB”, com § 4º As imagens da fotografia, assinatura e
validade de 1(um) ano; das impressões digitais dos dedos polegar e indica-
II - da substituição da Permissão para Dirigir dor da mão direita, deverão ser coletadas a cada
pela CNH definitiva, ao término do prazo de valida- adição de categoria ou renovação da CNH e atualiza-
de de 1 (um) ano, desde que atendido ao disposto no das no Banco de Imagens do DENATRAN.
§ 3º do art. 148 do CTB; § 5º Na impossibilidade da coleta das impres-
III - da adição ou da mudança de categoria; sões digitais do polegar ou do indicador da mão
IV - da perda, dano ou extravio; direita, deverá ser enviada a imagem do respectivo
V - da renovação dos exames para a CNH, ex- dedo da mão esquerda para compor o Banco de
ceto o exame toxicológico; (Redação dada pela Res. Imagens do RENACH.
679/17) § 6º No caso da impossibilidade da coleta das
VI - houver a reabilitação do condutor; impressões digitais, esta deverá ser justificada para
VII - ocorrer alteração de dados do condutor; cada um dos dedos.
VIII - da substituição do documento de habili- Art. 11. Os Anexos desta resolução encon-
tação estrangeira. tram-se disponíveis no sítio eletrônico <www.dena
tran.gov.br>.
Art. 8º-A. A Carteira Nacional de Habilitação
Eletrônica (CNH-e), deverá ser implantada pelos ór- Art. 12. Os órgãos executivos de transito dos
gãos e entidades executivos de trânsito dos Estados estados e do Distrito Federal deverão adequar seus
e do Distrito Federal, até 1º de julho de 2018. (Arti- procedimentos para adoção do modelo único da
go acrescido pela Res. 684/17 e alterado pela Res. Carteira Nacional de Habilitação até 31.12.2016,
727/18) quando ficará revogada a Resolução CONTRAN 192,
de 30.03.2006 e a Resolução CONTRAN 511, de
Art. 9º. O DENATRAN disponibilizará aplicati-
27.11.2014.
vo específico para validação do código numérico pre-
visto no item 18 do Anexo IV desta resolução. Art. 13. Esta resolução entra em vigor na data
da sua publicação.
Art. 10. A Carteira Nacional de Habilitação
será expedida pelos órgãos ou entidades executivos Alberto Angerami
466 Ordeli Savedra Gomes

ANEXO I
MODELO DE CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO E DE
AUTORIZAÇÃO PARA CONDUZIR CICLOMOTOR

ANVERSO DA CARTEIRA ANVERSO DA CARTEIRA – PERSONALIZADA

VERSO DA CARTEIRA
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 467

ANVERSO – INDICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DOS ITENS DE SEGURANÇA


468 Ordeli Savedra Gomes

VERSO – INDICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DOS ITENS DE SEGURANÇA

ANVERSO – INDICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DOS ITENS DE SEGURANÇA


FUNDO INVISÍVEL FLUORESCENTE
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 469

ANVERSO – INDICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DOS ITENS DE SEGURANÇA


PELÍCULA PROTETORA COM FUNDO INVISÍVEL FLUORESCENTE

ANEXO II
TABELA DE ABREVIATURAS A SEREM IMPRESSAS NA
CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO

TEXTO IMPRESSO
CÓDIGO TEXTO ORIGINAL
NA CNH
11 Habilitado em Curso Especifico de Transporte Produtos Perigosos CETPP
12 Habilitado em Curso Especifico de Transporte Escolar CETE
13 Habilitado em Curso Especifico de Transporte Coletivo de Passageiros CETCP
14 Habilitado em Curso Especifico de Transporte de Veículos de Emergência CETVE
15 Exerce atividade remunerada EAR
17 Habilitado em Curso Especifico de Transporte de Carga Indivisível CETCI
18 Habilitado em curso para Mototaxista CMTX
19 Habilitado em curso para Motofretista CMTF
A Obrigatório o uso de lentes corretivas A
B Obrigatório o uso de prótese auditiva B
C Obrigatório o uso de acelerador à esquerda C
D Obrigatório o uso de veículo com transmissão automática D
470 Ordeli Savedra Gomes

E Obrigatório o uso de empunhadura/manopla/pômo no volante E


F Obrigatório o uso de veículo com direção hidráulica F
Obrigatório o uso de veículo com embreagem manual ou com automação
G G
de embreagem ou com transmissão automática
H Obrigatório o uso de acelerador e freio manual H
I Obrigatório o uso de adaptação dos comandos de painel ao volante I
Obrigatório o uso de adaptação dos comandos de painel para os membros
J J
Inferiores e/ou outras partes do corpo
Obrigatório o uso de veículo com prolongamento da alavanca de câmbio
K K
e/ou almofadas (fixas) de compensação de altura e/ou profundidade
Obrigatório o uso de veículo com prolongadores dos pedais e elevação do
L L
assoalho e/ou almofadas fixas de compensação de altura e/ou profundidade
M Obrigatório o uso de motocicleta com pedal de câmbio adaptado M
N Obrigatório o uso de motocicleta com pedal do freio traseiro adaptado N
O Obrigatório o uso de motocicleta com manopla do freio dianteiro adaptada O
P Obrigatório o uso de motocicleta com manopla de embreagem adaptada P
Q Obrigatório o uso de motocicleta com carro lateral ou triciclo Q
R Obrigatório o uso de motoneta com carro lateral ou triciclo R
S Obrigatório o uso de motocicleta com automação de troca de marchas S
T Vedado dirigir em rodovias e vias de trânsito rápido T
U Vedado dirigir após o pôr-do-sol U
V *Código excluído pela Res. 668/17 e Res. 684/17 V
X Outras restrições X

ANEXO III
ESPECIFICAÇÃO DA CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO – CNH

1. DIMENSÕES: 3. IMPRESSÕES GRÁFICAS:


1.1 Documento aberto – 85 x 120 mm; 3.1 CALCOGRAFIA CILÍNDRICA (TALHO DOCE)
1.2 Documento dobrado – 85 x 60 mm. 3.1.1 Processo de impressão especial, deno-
2. PAPEL: minado Calcografia – Talho Doce, processo que utiliza
2.1 Branco isento de branqueador ótico, não matrizes encavograficas (baixo relevo), que confere
fluorescente, composto de massa com reação quími- ao impresso relevo sensível ao tato, além de propiciar
ca a solventes, com gramatura de 94 +/- 4 g/m2; a utilização de dispositivos óticos de variação visual
2.2 Contendo filigrana "mould made", com a (imagem latente).
imagem da Bandeira Nacional Brasileira estilizada em 3.1.1.1 Uso de tinta especial, pastosa, de alta
linhas claras e do logotipo “DENATRAN” reproduzido viscosidade, na cor PRETA, com características pró-
em claro com sombreamento em escuro; prias que irão permitir sua ancoragem ao substrato,
2.3 Contendo fibras nas cores azul e verme- sem, no entanto, oxidar-se por completo, permitindo
lha, bem como fibras incolores luminescentes na cor assim que suas camadas internas não sequem to-
azul quando expostas à luz ultravioleta (UV). As fi- talmente.
bras, de comprimento variável entre 03 e 05 mm, 3.1.2 Na parte superior, tarja tipo barra em
serão distribuídas alternadamente no papel, na pro- positivo, composta por Brasão da República, com-
porção de 05 a 07 fibras por centímetro quadrado. plementada por fundo geométrico em positivo, com
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 471

os textos "REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL", - No lado esquerdo com fundo geométrico e,


“MINISTÉRIO DAS CIDADES”, "DEPARTAMENTO NA- no local reservado à foto digitalizada, em degradê.
CIONAL DE TRÂNSITO", e "CARTEIRA NACIONAL DE - À direita, as siglas dos Estados, com tinta
HABILITAÇÃO”. Mapa do Estado contendo microle- prata fluorescente;
tras positivas indicando a “UF”; - Imagem secreta com a sigla “BR”
3.1.3 Tarja superior contendo microletras - No rodapé, tarja em rosácea, incorporando
positivas e negativas com falha técnica e a sigla microletras negativas e efeito íris;
“UF”; - À esquerda, fundo geométrico e microletras
3.1.4 No lado esquerdo da face superior, o positivas e distorcidas duplex com falha técnica;
texto “VÁLIDA EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL”; - Á esquerda, meio círculo estilizado da Ban-
3.1.5 No lado esquerdo da face inferior, tarja deira do Brasil em tinta prata fluorescente.
do tipo coluna em guilhoche negativo, contendo de 3.2.1.2 FACE INFERIOR:
forma visível a sigla “CNH” e de forma invisível a - Tarja em rosácea, incorporando microletras
palavra “ORIGINAL”, dispositivo este, denominado negativas e efeito íris;
“imagem latente”; - No centro, fundo numismático duplex espe-
3.1.6 No lado esquerdo da face inferior, o tex- cial incorporando o Mapa do Brasil em fundo geomé-
to “PROIBIDO PLASTIFICAR”; trico, microletras positivas e negativas e efeito íris;
3.1.7 No rodapé, duas linhas de assinaturas - Impressão com registro coincidente frente e
para o portador e emissor, compostas por microtex- verso (“See-through”), alocado à direita do mapa do
tos positivos com falha técnica na palavra “CARTEI- Brasil;
RA NACIONAL DE HABILITAÇÃO”; - Na parte inferior, uma faixa horizontal de
3.1.8 Na face inferior, duas tarjas com fundo formato estilizado, em holografia bidimensional com a
geométrico positivo e entre elas, a identificação por inscrição “DENATRAN CONTRAN” vazada, que de-
extenso da Sigla “UF”; verá ser aplicada através do processo hot stamping,
3.2 EM OFFSET: após a personalização da carteira, nos locais de emis-
3.2.1 ANVERSO DO DOCUMENTO são de cada Departamento Estadual de Trânsito;
- Fundo numismático duplex com Brasão da - À esquerda, fundo geométrico;
República incorporado e efeito íris nas cores, verde - Imagem Secreta com a sigla “CNH”.
Pantone 359U, ocre Pantone 7550U e verde Pantone 3.2.2 VERSO DO DOCUMENTO:
359U; 3.2.2.1 Na parte superior, fundo numismático
- Fundo numismático duplex com Mapa do simplex incorporando o Brasão da República e efeito
Brasil em fundo geométrico, microletras incorporadas Iris, nas cores vermelho Pantone 1645U, ocre Panto-
e efeito íris. ne 7550U e vermelho Pantone 1645U;
- Tarja geométrica positiva e distorcida, à di- 3.2.2.2 À direita, fundo geométrico positivo e
reita da CNH; distorcido;
- Sigla dos Estados com tinta prata fluores- 3.2.2.3 Imagem secreta impressa em dois lo-
cente; cais distintos com a sigla BR;
- Meio círculo estilizado da Bandeira do Brasil 3.2.2.4 Impressão com registro coincidente
em tinta prata fluorescente. frente e verso (“See-through”), na parte inferior es-
querda;
- Fundo geométrico;
3.2.2.5 À esquerda, fundo geométrico positivo
- Rosácea Positiva;
com microletras negativas e com falha técnica;
- Imagem secreta impressa em dois locais dis- 3.2.3 IMPRESSÕES ESPECIAIS:
tintos;
3.2.3.1 Fundo invisível fluorescente com falha
- Microletras positivas e distorcidas com falha técnica composto artisticamente por textos: “AU-
técnica; TÊNTICO”, “REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”,
- Impressão com registro coincidente frente e “MINISTÉRIO DAS CIDADES”, "DEPARTAMENTO NA-
verso (“See-through”). CIONAL DE TRÂNSITO", e "CARTEIRA NACIONAL DE
3.2.1.1 FACE SUPERIOR: HABILITAÇÃO", a sigla “CNH” em positivo e Mapa do
- Fundo numismático duplex especial incorpo- Brasil em positivo e em fio de contorno, impressos
rando o Brasão da República, no lado direito e efeito com tinta invisível fluorescente, com reação amare-
íris; lada, quando submetida aos raios ultravioleta;
472 Ordeli Savedra Gomes

3.2.3.2 No lado esquerdo da face superior, 5. DADOS VARIÁVEIS:


Mapa do Brasil impresso com tinta de variação óp- A Carteira Nacional de Habilitação e a Per-
tica. missão para Dirigir serão compostas dos seguintes
3.2.4 NUMERAÇÃO TIPOGRÁFICA: dados variáveis:
3.2.4.1 Numeração sequencial tipográfica com - Sobre o portador: nome completo, documen-
dez dígitos alinhados, sendo o último dígito verifica- to de identidade, órgão emissor/UF, CPF, data de nas-
dor. A numeração é repetida nas faces inferior e cimento, filiação, fotografia e assinatura;
superior e impressa com tinta fluorescente de resul- - Sobre o documento: Data da 1ª habilitação,
tado esverdeado, quando submetida à ação da luz categoria do condutor, número de registro, validade,
ultravioleta. O dígito verificador é calculado pelo sis- local de emissão, data da emissão, assinatura do
tema DSR, utilizando rotina denominada “módulo 11” emissor, código numérico de validação e número do
e sempre que o resto da divisão for zero ou um, o formulário RENACH;
dígito verificador será zero. - Campo de observações: deverão constar as
4. IMPRESSÕES ELETRÔNICAS: restrições médicas, a informação sobre o exercício
4.1 Todos os dados variáveis, inclusive a fo- de atividade remunerada, os cursos especializados
tografia e assinaturas, serão impressos eletronica- que tenham certificações expedidas, todos em for-
mente, a laser, com resolução gráfica de no mínimo matos padronizados e abreviados conforme Anexo II.
1.200 (mil e duzentos) pontos por polegada linear; 6. PELÍCULA PROTETORA DOS DADOS VARIÁ-
4.2 O sistema eletrônico de impressão a laser VEIS
deve ser controlado por computador, criar um banco - Película Protetora impressa com tinta invisí-
de dados com acesso on-line para reemissões e ve- vel fluorescente, com reação vermelha quando sub-
rificação de prontuários, disponível ao RENACH – metida aos raios ultravioleta. As impressões em cal-
Registro Nacional de Condutores Habilitados; cografia da CNH não serão revestidas pela película,
4.3 A fotografia eletrônica será em cores (co- visando a demonstração de autenticidade por meio
lorida), nas dimensões de 27 mm por 32 mm e lo- do tato.
calizada na caixeta a ela destinada.

ANEXO IV
INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DOS DADOS VARIÁVEIS DA CNH

Com relação às imagens da fotografia e assinatura, necessárias à emissão da CNH, o processo de cap-
tura e armazenamento deverá ser feito diretamente pelos Órgãos e Entidades Executivos de Trânsito dos Esta-
dos e do Distrito Federal ou, sendo necessária a terceirização desses serviços, os mesmos somente deverão ser
realizados pelas empresas credenciadas junto ao DENATRAN, conforme ato normativo específico a ser publica-
do pelo DENATRAN, e observadas as normas e especificações estabelecidas em normatização para o banco de
imagens do RENACH. (Redação dada pela Res. 684/17)
1. FOTOGRAFIA: a mais recente possível, que outro item de vestuário/acessório que cubra parte do
garanta o perfeito reconhecimento fisionômico do rosto ou da cabeça;
candidato ou condutor, impressa no documento, por f) A imagem da face não poderá ter qualquer
processo eletrônico, obtida do original aposta no tipo de inclinação (para direita ou esquerda, para
formulário RENACH ou através de outro mecanismo cima ou para baixo), devendo a fotografia representar
de captura eletrônica de imagem. A fotografia deverá o condutor olhando para frente, sem piscar;
atender às seguintes características: g) A imagem não poderá conter qualquer tipo
a) Colorida; de manchas, alterações, deformações, retoques ou
b) Dimensão padrão 3x4 cm (seja em papel, correções.
seja em meio eletrônico); 2. ASSINATURA DO CONDUTOR: impressa no
c) O fundo deverá ser na cor branca; documento, por processo eletrônico, obtida da ori-
d) Representar a visão completa da cabeça do ginal aposta no formulário RENACH, com tinta da cor
condutor e ombros, com a imagem da face centrali- preta de ponta grossa, ou através de outro mecanis-
zada na fotografia, devendo a área da face ocupar mo de captura eletrônica da imagem;
mais de 50% da fotografia; 3. ASSINATURA DO EMISSOR: impressa no
e) O candidato ou condutor não poderá estar documento, por processo eletrônico, obtida da ori-
utilizando óculos, bonés, gorros, chapéus ou qualquer ginal em papel, com tinta da cor preta de ponta gros-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 473

sa, ou através de outro mecanismo de captura ele- 13. VALIDADE: constar dia, mês e ano que
trônica da imagem; prescreverá a validade do exame de aptidão física e
4. NOME: constar, sempre que possível, o no- mental do condutor. A impressão será realizada na
me completo do condutor; cor vermelha;
5. NÚMERO DO DOCUMENTO DE IDENTIDA- 14. DATA DA 1a HABILITAÇÃO: constar dia,
DE: constar o número do documento de identidade mês e ano da primeira habilitação do condutor;
seguida da sigla da entidade expedidora e UF; 15. OBSERVAÇÕES: dentro deste campo de-
6. NÚMERO DO CPF: constar o número da ins- verão constar as restrições médicas, a informação
crição no Cadastro de Pessoas Físicas; sobre o exercício de atividade remunerada e os cur-
7. DATA DE NASCIMENTO: constar dia, mês sos especializados que tenham certificações expedi-
e ano, obtidos do documento de identidade; das, todos em formato padronizados e abreviados
8. FILIAÇÃO: constar os nomes completos do conforme Anexo II desta Resolução;
pai e da mãe, nessa sequência, respectivamente; 16. LOCAL: nome da cidade e estado de emis-
9. PERMISSÃO: A expressão “Permissão” se- são da CNH;
rá impressa em caixeta específica ou hachurada quan- 17. DATA DE EMISSÃO: constar dia, mês e
do se tratar de CNH Definitiva; ano da expedição do documento;
10. ACC: Quando se tratar de “ACC” a sigla 18. CÓDIGO NUMÉRICO DE VALIDAÇÃO: com
deverá ser impressa em caixeta específica ou hachu- 11 (onze) dígitos gerados a partir de algoritmo espe-
rada quando não for o caso; cífico e de propriedade do DENATRAN, composto pe-
11. CATEGORIA: indicar a (s) letra (s) corres- los dados individuais de cada CNH, permitindo a va-
pondente à (s) categoria (s) na (s) qual (is) o condu- lidação do documento;
tor for habilitado e hachurada no caso de se tratar de 19. NÚMERO DO FORMULÁRIO RENACH: cons-
uma ACC sem adição de categoria, sendo a “ACC” e tar o número do formulário RENACH do Estado emissor;
a categoria “A” excludentes, não existindo simultanea- 20. QR CODE: constar o código de barras bidi-
mente. A impressão será realizada na cor vermelha; mensional, fornecido pelo sistema central do Registro
12. Nº DE REGISTRO: atribuir o número de re- Nacional de Condutores Habilitados – RENACH. (Item
gistro do condutor. A impressão será realizada na cor acrescido pela Res. 650/17)
vermelha;

RESOLUÇÃO 600, DE 24.05.2016


Estabelece os padrões e critérios para a instalação de
ondulação transversal (lombada física) em vias públi-
cas, disciplinada pelo parágrafo único do art. 94 do Có-
digo de Trânsito Brasileiro e proíbe a utilização de ta-
chas, tachões e dispositivos similares implantados trans-
versalmente à via pública.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12 da Lei
9.503 de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, conforme Decreto 4.711, de 29.05.2003,
que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT;
Considerando a necessidade de atualizar as normas referentes à implantação de ondulações transversais
em vias públicas; e
Considerando o que consta do processo 80000.023220/2009-97. Resolve:
Art. 1º. A ondulação transversal pode ser uti- § 1º O estudo técnico a que se refere o caput
lizada onde se necessite reduzir a velocidade do veí- deve contemplar, no mínimo, as variáveis do modelo
culo de forma imperativa, nos casos em que estudo constante do ANEXO I desta Resolução.
técnico de engenharia de tráfego demonstre índice § 2º É proibida a utilização de tachas, tachões
significativo ou risco potencial de acidentes cujo fator e dispositivos similares aplicados transversalmente à
determinante é o excesso de velocidade praticado no via pública.
local e onde outras alternativas de engenharia de trá- Art. 2º. A implantação de ondulações trans-
fego são ineficazes. versais nas vias públicas dependerá de autorização
474 Ordeli Savedra Gomes

expressa da autoridade de trânsito com circunscrição mente justificado no estudo técnico previsto no art.
sobre a via. 1º.
Art. 3º. A ondulação transversal pode ser do Art. 6º. A colocação de ondulação transversal
TIPO A ou do TIPO B e deve atender às característi- na via só será admitida se acompanhada da devida
cas constantes do ANEXO II da presente Resolução. sinalização viária, constituída no mínimo de:
I - Ondulação transversal TIPO A: Pode ser I - Placa com o sinal R-19 – “Velocidade Má-
instalada onde ocorre a necessidade de limitar a xima Permitida”, regulamentando a velocidade em 30
velocidade máxima para 30km/h, em: km/h, quando se utilizar a ondulação TIPO A, e em 20
a) Rodovia, somente em travessia de trecho km/h, quando se utilizar a ondulação transversal TIPO
urbanizado; B, sempre antecedendo o dispositivo;
b) Via urbana coletora; II - Placa com o sinal de advertência A-18 –
c) Via urbana local. “Saliência ou Lombada”, antes da ondulação trans-
versal, colocada de acordo com os critérios estabele-
II - Ondulação transversal TIPO B: Pode ser
cidos pelo Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsi-
instalada somente em via urbana local em que não
to – Volume II – Sinalização Vertical de Advertência,
circulem linhas regulares de transporte coletivo e não
do CONTRAN, conforme exemplo constante do ANE-
seja possível implantar a ondulação transversal do
XO IV da presente Resolução;
Tipo A, reduzindo pontualmente a velocidade máxima
para 20 km/h. III - Placa com o sinal de advertência A-18 –
“Saliência ou Lombada” com seta de posição, colo-
Parágrafo único. Em casos excepcionais em
cada junto à ondulação, de acordo com os critérios
que haja comprometimento da segurança viária, com-
estabelecidos pelo Manual Brasileiro de Sinalização
provado mediante estudo técnico de engenharia de
de Trânsito – Volume II – Sinalização Vertical de Ad-
tráfego, pode ser adotado o uso da ondulação trans-
vertência, do CONTRAN, conforme exemplo constan-
versal TIPO A em rodovia, em situação não contem- te do ANEXO IV da presente Resolução;
plada no inc. I, letra “a”, e em via urbana arterial,
IV - Marcas oblíquas, inclinadas, no sentido
respeitados os demais critérios estabelecidos nesta
horário, a 45º em relação à seção transversal da via,
Resolução.
com largura mínima de 0,25m, pintadas na cor
Art. 4º. Após o período de 1 (um) ano da im- amarela e espaçadas de no máximo de 0,50 m,
plantação da ondulação transversal, a autoridade alternadamente, sobre o dispositivo, admitindo-se,
com circunscrição sobre a via deve avaliar o seu também a pintura de toda a ondulação transversal na
desempenho, por meio de estudo de engenharia de cor amarela, assim como a intercalada nas cores
tráfego que contemple, no mínimo, as variáveis do preta e amarela, no caso de pavimento que necessite
modelo constante do ANEXO III desta Resolução, de contraste mais definido, conforme desenho cons-
devendo estudar outra solução de engenharia quando tante do ANEXO IV, da presente Resolução.
não for verificada a sua eficácia. § 1º Quando houver redução da velocidade
Art. 5º. Para a colocação de ondulações trans- regulamentada na aproximação da ondulação trans-
versais do TIPO A e do TIPO B devem ser observa- versal, esta deve ser gradativa e sinalizada conforme
das, simultaneamente, as seguintes características os critérios estabelecidos pelo CONTRAN no Manual
relativas à via: Brasileiro de Sinalização de Trânsito – Volume I –
I - Em rodovia, declividade inferior a 4% ao Sinalização Vertical de Regulamentação.
longo do trecho; § 2º Na situação prevista no § 1º, após a
II - Em via urbana e ramos de acesso de rodo- transposição do dispositivo, deve ser implantada
vias, declividade inferior a 6% ao longo do trecho; sinalização de regulamentação de velocidade.
III - Ausência de curva ou interferência que Art. 7º. A implantação de ondulações trans-
comprometa a visibilidade do dispositivo; versais em série na via só será admitida se acompa-
IV - Pavimento em bom estado de conservação; nhada da devida sinalização viária, constituída no mí-
V - Ausência de guia de calçada (meio-fio) re- nimo de:
baixada, destinada à entrada ou saída de veículos; I - Placa com o sinal R-19 – “Velocidade Má-
VI - Ausência de rebaixamento de calçada pa- xima Permitida”, regulamentando a velocidade em 30
ra pedestres. km/h, quando se utilizar a ondulação TIPO A, e em 20
Parágrafo único. A autoridade de trânsito com km/h, quando se utilizar a ondulação TIPO B, sempre
circunscrição sobre a via poderá implantar ondulação antecedendo a série;
transversal em via com características diferentes das II - Placas com o sinal de advertência A-18 –
citadas nos incs. I e II do caput, desde que devida- “Saliência ou Lombada”, antes do início da série e
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 475

com informação complementar indicando a existên- os critérios estabelecidos pelo CONTRAN no Manual
cia de ondulações transversais em série, colocadas Brasileiro de Sinalização de Trânsito – Volume I –
de acordo com os critérios estabelecidos pelo Manu- Sinalização Vertical de Regulamentação.
al Brasileiro de Sinalização de Trânsito – Volume II – § 5º Na situação prevista no § 4º, após a
Sinalização Vertical de Advertência, do CONTRAN, transposição da série de dispositivos, deve ser im-
conforme exemplo constante do ANEXO V da presen- plantada sinalização de regulamentação de velocidade.
te Resolução; Art. 8º. Deve ser realizada manutenção per-
III - Placa com o sinal de advertência A-18 – manente da sinalização prevista nos arts. 6º e 7º,
“Saliência ou Lombada”, com seta de posição colo- para garantir a sua visibilidade diurna e noturna.
cada junto a cada ondulação, de acordo com os
Art. 9º. Durante a fase de construção da on-
critérios estabelecidos pelo Manual Brasileiro de Si-
nalização de Trânsito – Volume II – Sinalização Ver- dulação transversal deve ser implantada sinalização
tical de Advertência, do CONTRAN, conforme exem- viária apropriada, advertindo sobre sua localização.
plo constantes do ANEXO V da presente Resolução; Art. 10. A implantação de ondulação trans-
IV - Marcas oblíquas, inclinadas, no sentido versal próxima a uma interseção deve respeitar uma
horário, a 45º em relação à seção transversal da via, distância mínima de 15 m do alinhamento do meio-fio
com largura mínima de 0,25 m, pintadas na cor ama- ou linha de bordo da via transversal, conforme Anexo
rela e espaçadas de no máximo de 0,50 m, alterna- II.
damente, sobre o obstáculo, admitindo-se, também, Art. 11. O órgão ou entidade com circunscri-
a pintura de toda a ondulação transversal na cor ção sobre a via deve adotar as providências necessá-
amarela, assim como intercalada nas cores preta e rias para a imediata adequação ou remoção das on-
amarela, no caso de pavimentos que necessitem de dulações transversais implantadas de forma irregular
contraste mais definido, conforme desenho constante ou clandestina.
do ANEXO IV, da presente Resolução. Art. 12. Os estudos técnicos de que tratam o
§ 1º Para que ondulações transversais suces- art. 1º e o art. 4º desta Resolução devem estar dis-
sivas sejam consideradas em série, devem estar poníveis ao público no órgão ou entidade de trânsito
espaçadas de no máximo 100m em via urbana e de com circunscrição sobre a via.
200m em rodovia. Art. 13. A colocação de ondulação transver-
§ 2º A distância mínima entre ondulações su- sal sem permissão prévia da autoridade de trânsito
cessivas em via urbana de sentido duplo de circula- com circunscrição sobre a via sujeita o infrator às
ção deve ser de 50 m, e em via urbana de sentido penalidades previstas no § 3º do art. 95 do CTB.
único de circulação e em rodovia, de 100 m.
Art. 14. Os anexos desta Resolução encon-
§ 3º Rodovia de pista simples e sentido duplo tram-se disponíveis no sítio eletrônico: <www.dena
de circulação, inserida em área urbana cujas caracte- tran.gov.br>.
rísticas operacionais sejam similares às de via ur-
Art. 15. Fica revogada a Res. 39, de 21.05.1998
bana, a distância mínima entre ondulações sucessi-
e a Res. 336, de 24.11.2009.
vas deve ser de 50 m.
Art. 16. Esta Resolução entrará em vigor na
§ 4º Quando houver redução de velocidade
data de sua publicação.
regulamentada na aproximação de ondulações suces-
Alberto Angerami
sivas, esta deve ser gradativa e sinalizada conforme

ANEXOS
(Disponíveis no site: <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 601, DE 24.05.2016


Estabelece os critérios e padrões para a instalação de
sonorizador nas vias públicas, disciplinados pelo pará-
grafo único do art. 94 do Código de Trânsito Brasileiro –
CTB.
476 Ordeli Savedra Gomes

O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12 da Lei
9503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, conforme Decreto 4.711, de
29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT;
Considerando a necessidade de atualizar as normas referentes à implantação de sonorizador em vias pú-
blicas; e
Considerando o que consta do Processo 80000.023220/2009-97, resolve:
Art. 1º. Esta Resolução estabelece os crité- V - comprimento: 5,60m;
rios e padrões para a instalação de sonorizador nas VI - espessura de cada faixa: entre 0,003m e
vias públicas, disciplinadas pelo parágrafo único do 0,004m;
art. 94 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB. VII - cor branca.
Parágrafo único. Para fins desta Resolução, § 3º O material de demarcação viária utilizado
Sonorizador é um dispositivo físico implantado sobre para execução do sonorizador deve atender as nor-
a superfície da pista, de modo que provoque trepida- mas da Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ção e ruído na passagem de veículos, com o objetivo ABNT ou as normas vigentes nos órgãos componen-
de alertar o condutor para uma situação atípica à frente. tes do Sistema Nacional de Trânsito ou, na ausência
Art. 2º. A implantação de sonorizador na via destas, normas internacionais consagradas.
pública, em caráter temporário ou definitivo, depende Art. 4º. O sonorizador deve ser implantado
de autorização expressa da autoridade de trânsito entre 30 e 50 metros antes do sinal de advertência
com circunscrição sobre a via. correspondente à situação atípica à frente.
Parágrafo único. É proibida a implantação de Parágrafo único. O posicionamento do sinal
sonorizador em local com edificação lindeira, em tre- de advertência a que se refere o caput deste artigo
cho em curva horizontal e no Ponto de Interseção Ver- deve respeitar o estabelecido pelo CONTRAN no Ma-
tical (PIV). nual Brasileiro de Sinalização de Trânsito Volume II –
Art. 3º. O sonorizador deve ser executado com Sinalização Vertical de Advertência.
material asfáltico, concreto ou material de demarca- Art. 5º. O sonorizador deve ser mantido em
ção viária. boas condições funcionais durante todo o tempo em
§ 1º O sonorizador executado com material que permanecer na pista.
asfáltico ou concreto deve atender ao projeto-tipo Art. 6º. Constatada a ineficácia do sonoriza-
constante do Anexo I da presente Resolução, apre- dor deve ser estudada outra solução de engenharia
sentando as seguintes dimensões: de tráfego.
I - largura do sonorizador: igual à da pista, Art. 7º. É proibida a utilização de tachas e ta-
mantendo-se as condições de drenagem superficial; chões, aplicados transversalmente ao fluxo de tráfe-
II - largura da régua: 0,08m; go, como sonorizadores.
III - espaçamento entre réguas: 0,08m; Art. 8º. No caso de descumprimento desta
IV - comprimento: aproximadamente 5,00m + Resolução, a autoridade de trânsito com circunscri-
ou - 0,05 ção sobre a via deve adotar as providências necessá-
V - altura da régua: 0,025m. rias para sua imediata regularização ou remoção.
§ 2º O sonorizador executado com material de Art. 9º. A implantação de sonorizador sem
demarcação viária deve atender ao projeto-tipo cons- permissão prévia da autoridade de trânsito com cir-
tante do Anexo II da presente Resolução, apresen- cunscrição sobre a via sujeitará o infrator às penali-
tando as seguintes características: dades previstas no § 3º do art. 95 do CTB.
I - largura do sonorizador: igual à da pista, Art. 10. Os anexos desta Resolução encon-
mantendo-se as condições de drenagem superficial; tram-se disponíveis no sítio eletrônico: <www.dena
II - largura da faixa base: 0,20m; tran.gov.br>.
III - largura da faixa sobreposta (centralizada Art. 11. Esta Resolução entrará em vigor na
sobre a faixa base): 0,10m; data de sua publicação.
IV - espaçamento entre faixas base: 0,40m; Alberto Angerami

ANEXOS
(Disponíveis no site: <www.denatran.gov.br>)
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 477

RESOLUÇÃO 607, DE 24.05.2016


Estabelece o Registro Nacional de Acidentes e Estatís-
ticas de Trânsito – RENAEST e dá outras providências.
O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12, inc. I, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
Considerando os dispostos nos incs. X e XI do art. 19, do Código de Trânsito Brasileiro, e as Diretrizes da
Política Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito;
Considerando a necessidade de implantação de uma base nacional de registro de informações sobre
acidentes de trânsito e suas consequências no território nacional, de estabelecimento de uma sistemática para
comunicação, registro, controle, consulta e acompanhamento de tais informações e de implantação de uma
base nacional de estatísticas de trânsito, que subsidiem o desenvolvimento de estudos, pesquisas e ações que
visem à melhoria da segurança viária no país;
RESOLVE:
Art. 1º. O RENAEST é o sistema de registro, gistro e controle de informações sobre as vítimas de
gestão e controle de informações sobre acidentes de acidentes de trânsito.
trânsito, integrado aos sistemas: Registro Nacional Art. 4º. Os órgãos e entidades de que trata o
de Veículos Automotores – RENAVAM, Registro Na- art. 3º deverão integrar-se ao RENAEST para fins de
cional de Condutores Habilitados – RENACH e Regis- fornecimento das informações referentes aos aciden-
tro Nacional de Infrações – RENAINF, e complemen- tes e estatísticas regionais e locais e para participa-
tado por informações dos diversos órgãos integrados. ção no processo de homologação de tais informa-
§ 1º As informações sobre acidentes de trân- ções, objetivando o seu registro na base nacional.
sito serão disponibilizadas por meio do Boletim de § 1º Para fins de consolidação das informa-
Ocorrência de Acidente de Trânsito – BOAT. ções na base nacional do RENAEST, serão estabele-
§ 2º A integração aos sistemas de que trata o cidas três homologações: a primeira, em nível muni-
caput se dará de forma a complementar o registro do cipal, que será realizada pelos órgãos executivos de
BOAT, tornando o registro mais célere e com infor- trânsito dos municípios integrados ao SNT; a segun-
mações consistentes, e pela disponibilização de da- da, em nível estadual, que será realizada pelos órgãos
dos estatísticos. executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
Art. 2º. O RENAEST tem por objetivo disponi- Federal; e a terceira, em nível federal, que será rea-
bilizar sistemática de registro e consolidação das va- lizada pelo DENATRAN.
riáveis relativas à acidentalidade no trânsito, à se- § 2º Os órgãos executivos de trânsito dos Es-
gurança viária e outras informações sobre o trânsito, tados e do Distrito Federal, a Polícia Rodoviária Fe-
com vistas ao desenvolvimento de estudos, pesqui- deral, o Ministério da Saúde e a seguradora adminis-
sas e ações que possibilitem tornar o trânsito brasi- tradora do Seguro DPVAT deverão integrar-se ao
leiro mais seguro. RENAEST por meio do DENATRAN.
Art. 3º. O RENAEST, coordenado pelo Depar- § 3º As Secretarias de Saúde dos Estados e
tamento Nacional de Trânsito – DENATRAN, será in- do Distrito Federal poderão integrar-se ao RENAEST
tegrado pelos órgãos e entidades do Sistema Nacio- por meio do Ministério da Saúde.
nal de Trânsito – SNT, pelos órgãos e entidades que § 4º Os órgãos e entidades executivos de
realizem o registro de boletins de ocorrência de aci- trânsito dos municípios integrados ao SNT e as po-
dentes de trânsito. lícias militares e civis dos Estados e do Distrito Fe-
Parágrafo único. O Corpo de Bombeiros, o deral, que realizarem o registro do BOAT, deverão
Serviço de Atendimento Médico de Urgência – SAMU, integrar-se ao RENAEST por meio do órgão ou enti-
o Ministério da Saúde, as Secretarias de Saúde dos dade executivo de trânsito da unidade da federação
Estados e do Distrito Federal e a seguradora adminis- de sua circunscrição.
tradora do Consórcio do Seguro de Danos Pessoais § 5º Os órgãos e entidades integrados ao RE-
Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre – NAEST adotarão todas as medidas necessárias ao
DPVAT poderão também ser integrados ao RENAEST, seu efetivo funcionamento.
desde que firmem convênio com os órgãos de trânsi- Art. 5º. Os órgãos que realizam o registro de
to dos Estados, Municípios e Distrito Federal para boletins de ocorrência de acidentes de trânsito no
fornecimento das ferramentas necessárias para re- território nacional deverão observar o estabelecido nes-
478 Ordeli Savedra Gomes

ta resolução, sendo o BOAT registrado no RENAEST Parágrafo único. O DENATRAN estabelecerá,


como modelo padrão de coleta de informações sobre no prazo de 30 (trinta) dias, as informações mínimas
as ocorrências de acidentes de trânsito no Brasil. constantes no BOAT, a definição dos conceitos que
Art. 6º. A seguradora administradora do Se- regem o trânsito e os procedimentos padrões a se-
guro DPVAT deverá informar os fatos que levaram à rem observados pelos agentes que realizarem o re-
concessão do benefício e as consequências sofridas gistro do BOAT e pelos órgãos quando da homologa-
pela vítima entre a data do acidente e 30 (trinta) dias ção das informações no sistema, de forma a unifor-
após o acidente, em módulo específico no Sistema mizar as informações registradas no RENAEST.
RENAEST. Art. 8º. A integração referida no § 2º, do art.
Art. 7º. Caberá ao DENATRAN: 4º, desta Resolução, dar-se-á no prazo máximo de 60
I - organizar e manter o RENAEST; (sessenta) dias, a contar da data de implantação do
II - desenvolver e padronizar os procedimen- RENAEST.
tos operacionais do sistema; Parágrafo único. Os órgãos e entidades de
III - assegurar correta gestão do RENAEST; trânsito referidos no § 4º do art. 4º terão um prazo de
IV - definir as atribuições operacionais dos ór- 90 (noventa) dias, após a integração do órgão ou en-
gãos e entidades integrados; tidade executivo de trânsito das unidades da fede-
V - cumprir e fazer cumprir esta Resolução e ração de sua circunscrição, para integrar-se ao RE-
as instruções complementares; NAEST.
VI - estabelecer procedimentos para a inte- Art. 9º. Esta Resolução entra em vigor na da-
gração dos órgãos e entidades de que trata o art. 3º; ta de sua publicação.
VII - solucionar conflitos entre os órgãos e en- Art. 10. Fica revogada a Resolução CONTRAN
tidades integrados; 208, de 26.10.2006.
VIII - apresentar ao CONTRAN relatório se- Alberto Angerami
mestral das informações obtidas pelo RENAEST.

RESOLUÇÃO 611, DE 24.05.2016


Regulamenta a Lei 12.977, de 20.05.2014, que regula e
disciplina a atividade de desmontagem de veículos au-
tomotores terrestres, altera o § 4º do art. 1º da Resolu-
ção CONTRAN 11, de 23.01.1998, e dá outras provi-
dências.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo inc. I
do art. 12 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Transito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Transito – SNT;
Considerando o disposto no art. 126 do CTB;
Considerando a necessidade de regulamentar a Lei 12.977, de 20.05.2014, que disciplina a atividade de
desmontagem de veículos automotores terrestres;
Considerando a necessidade de alterar o § 4º do art. 1º da Resolução CONTRAN 11, de 23.01.1998, que
estabelece critérios para a baixa de registro de veículos a que se refere bem como os prazos para efetivação;
Considerando o art. 10 da Resolução 336, de 31.03.2016, da Superintendência de Seguros Privados –
SUSEP, que dispõe sobre as regras e os critérios para operação do seguro popular de automóvel com permissão
de utilização de peças usadas oriundas de empresas de desmontagem, conforme lei específica, para a recupe-
ração de veículos sinistrados com cobertura securitária, e dá outras providências;
Considerando a necessidade de estabelecer procedimentos para a atividade de desmontagem de veícu-
los automotores terrestres e fornecimento de informações para o banco de dados nacional de informações de
veículos desmontados e das atividades exercidas pelos empresários individuais ou sociedades empresárias;
Considerando que os procedimentos de desmontagem de veículos, reciclagem e recuperação de peças e
conjuntos de peças preservam e melhoram a qualidade do meio ambiente, impedem uma série de problemas
para a saúde pública e aumenta a segurança;
Considerando o que consta no processo administrativo 80000.038299/2014-18, resolve:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 479

CAPÍTULO I de modo a evitar danos ou riscos à saúde e à segu-


DISPOSIÇÕES INICIAIS rança e a minimizar os impactos ambientais;
Art. 1º. Regulamentar a Lei 12.977, de III - reposição de peças: atividade que permite
20.05.2014, que disciplina a atividade de desmonta- a utilização imediata da peça sem nenhum tipo de
gem de veículos automotores terrestres e alterar a tratamento (conserto);
Resolução CONTRAN 11, de 23.01.1998, que estabe- IV - reciclagem: consiste na reintrodução da
lece critérios para a baixa de registro de veículos a peça no sistema produtivo, dando origem a um novo
que se refere bem como os prazos para efetivação. produto;
Art. 2º. Serão necessariamente encaminha- V - recuperação de peças: atividade que per-
dos para desmontagem, com possível reaproveita- mite a utilização de peça que necessite de algum tipo
mento e reposição de suas peças ou conjunto de de tratamento (conserto);
peças, os veículos: VI - empresa de desmontagem: empresário in-
I - apreendidos por ato administrativo ou de dividual ou sociedade empresária que realize as ati-
polícia judiciária, quando inviável seu retorno à vidades previstas na Lei 12.977, de 20.05.2014;
circulação, mesmo por meio de Leilão; VII - empresa de reciclagem: empresário indi-
II - sinistrados classificados como irrecuperá- vidual ou sociedade empresária que realize atividade
veis ou sinistrados de grande monta, apreendidos ou no ramo de reciclagem de materiais e peças, de su-
indenizados por empresa seguradora; cata, de veículos irrecuperáveis ou de materiais sus-
III - alienados pelos seus respectivos proprie- cetíveis de reutilização, descartados no processo de
desmontagem;
tários, em quaisquer condições, para fins de desmon-
tagem e reutilização de partes e peças. VIII - empresa de recuperação de peças: em-
presário individual ou sociedade empresária que rea-
§ 1º Os veículos definidos nos incs. I a III des-
lize atividade no ramo de recuperação de peças ou
te artigo somente poderão ser destinados aos estabe-
conjunto das peças, descartados no processo de des-
lecimentos registrados pelos Órgãos e Entidades Exe-
montagem;
cutivos de Trânsito dos Estados e do Distrito Federal,
IX - empresa especializada no comércio de pe-
nos termos da Lei 12.977, de 20.05.2014, regulamen-
ças: empresário individual ou sociedade empresária
tada por esta Resolução.
que realize atividade no ramo do comércio de peças
§ 2º Os veículos incendiados, totalmente en- usadas, oriundas da reposição de peças, recuperação
ferrujados, repartidos e os demais em péssimas con- de peças e desmontagem.
dições ou aqueles cuja autenticidade de identificação
Art. 4º. Não poderão ser destinadas à reposi-
ou legitimidade da propriedade não restar demonstrada
ção, independentemente do estado em que se encon-
serão necessariamente encaminhados para destrui-
trem, os itens de segurança, assim considerados o
ção, como sucata, vedada a reutilização de partes e sistema de freios, o sistema de controle de estabili-
peças, respeitados os procedimentos administrativos dade, as peças de suspensão, o sistema de air bags,
e a legislação ambiental. os cintos de segurança e seus subsistemas, o siste-
§ 3º Somente poderão adquirir os veículos des- ma de direção e os vidros de segurança com grava-
critos no art. 2º desta Resolução, seja diretamente do ção da numeração de chassi, sendo sua destinação
proprietário ou por meio de Leilão, público ou privado, restrita para reciclagem e tratamento de resíduos.
e efetivamente praticar as atividades de desmonta- CAPÍTULO II
gem de veículos, prevista no inc. I do art. 2º da Lei
DO REGISTRO JUNTO AOS ÓRGÃOS E ENTIDADES
12.977, de 20.05.2014, as empresas devidamente
EXECUTIVOS DE TRÂNSITO DOS ESTADOS
registradas perante os órgãos executivos de trânsito
OU DO DISTRITO FEDERAL
de seus respectivos estados ou do Distrito Federal.
Art. 5º. Terão, obrigatoriamente, que solicitar
Art. 3º. Para os efeitos desta Resolução, fi-
registro junto ao Órgão ou Entidade Executivo de Trân-
cam adotadas as seguintes definições: sito dos Estados e do Distrito Federal as pessoas
I - desmontagem: atividade de desmonte ou jurídicas de que trata o inc. VI do art. 3º desta Reso-
destruição de veículo, seguida da destinação das pe- lução, conforme dispõe o art. 4º da Lei 12.977, de
ças ou conjunto das peças usadas para reposição, 20.05.2014.
sucata ou outra destinação final; Art. 6º. A entidade interessada em atuar no
II - destinação de peças: atividade que destina ramo de desmontagem de veículos deverá apresentar
as peças para reutilização, reposição, reciclagem ou Requerimento constante do Anexo I desta Resolução
outras destinações admitidas pelos órgãos compe- junto ao Órgão ou Entidade executivo de trânsito dos
tentes, observando normas operacionais específicas Estados e do Distrito Federal da Unidade Federativa
480 Ordeli Savedra Gomes

em que almeja operar, acompanhada de documenta- VI - comprovante de registro de todos os em-


ção que comprove habilitação jurídica e fiscal. pregados;
§ 1º A documentação relativa à habilitação ju- VII - certidão de regularidade trabalhista;
rídica consiste de: VIII - declaração de que não dispõe de empre-
I - contrato, estatuto social e/ou regimento e gado menor de 18 anos, salvo na condição de menor
suas alterações, devidamente registrado; aprendiz a partir dos 16 anos de idade.
II - ata de eleição da diretoria em exercício, Art. 7º. A fiscalização in loco do órgão ou en-
devidamente registrada, quando couber; tidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito
III - ato de outorga de poderes ao representan- Federal, prevista no § 7º do art. 4º da Lei 12.977, de
te legal da empresa; 20.05.2014, aferirá a conformidade da estrutura e das
atividades da empresa de desmontagem, devendo a
IV - carteira de identidade e Cadastro de Pes-
referida empresa:
soa Física – CPF do(s) representante(s) legal(is);
I - possuir instalações e equipamentos que
V - endereço completo (logradouro, comple- permitam a remoção e manipulação, de forma crite-
mento, bairro, cidade, unidade da Federação e CEP), riosa, observada a legislação e a regulamentação per-
número de telefone e e-mail; tinentes, dos materiais com potencial lesivo ao meio
VI - possuir alvará de funcionamento expedido ambiente, tais como fluídos, gases, baterias e catali-
pela autoridade local; sadores;
VII - estar regular perante o Registro Público II - possuir local de desmontagem dos veícu-
de Empresas, inclusive quanto à nomeação dos admi- los isolada fisicamente de qualquer outra atividade;
nistradores; III - possuir piso totalmente impermeável nas
VIII - certidões negativas de falência ou con- áreas de descontaminação e desmontagem do veícu-
cordata, expedidas pelo distribuidor da sede da pes- lo, bem como na de estoque de partes e peças;
soa jurídica ou de execução patrimonial, com data IV - possuir área de descontaminação isolada,
não superior a 30 (trinta) dias da data de solicitação contendo caixa separadora de água e óleo, bem como
da licença e registro, acompanhadas da prova de canaletas de contenção de fluidos;
competência expedida por cartórios distribuidores; V - possuir responsável técnico junto ao Con-
IX - declaração de abster-se em envolvimen- selho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA
tos comerciais e outros que possam comprometer sua para exercício de suas funções de acordo com o art.
isenção na execução do serviço credenciado; e 2º da Resolução CONFEA 458, de 27.04.2001 e alte-
X - atestado de antecedentes criminais e cer- rações posteriores, na execução das atividades de
tidão de distribuições criminais do(s) sócio(s) proprie- desmontagem de veículos;
tário(s) e do(s) responsável(is) técnico(s); VI - possuir capacitação técnica; e
§ 2º A documentação relativa à regularidade VII - apresentar relação de empregados e aju-
fiscal consiste de: dantes, em caráter permanente ou eventual, devida-
I - prova de inscrição no Cadastro Nacional de mente qualificados.
Pessoa Jurídica – CNPJ; § 1º Os resíduos provenientes do processo de
II - prova de inscrição no cadastro de contri- desmontagem do veículo devem atender aos requisi-
buintes municipal ou estadual, se o caso, relativa à tos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituí-
sede da pessoa jurídica, pertinente ao seu ramo de da pela Lei 12.305, de 02.08.2010, e demais legisla-
atividade e compatível com o objeto contratual; ções ambientais.
§ 2º A aferição do atendimento aos requisitos
III - prova de regularidade para com as Fazen-
constantes dos incs. I a VII do caput deste artigo po-
das Federal, Estadual, Distrital e Municipal da sede
derá ser atribuída a entidade especializada pública,
da pessoa jurídica, ou outra equivalente, na forma da
mediante ato do órgão ou entidade executivo de trân-
lei; sito dos Estados ou do Distrito Federal.
IV - prova de regularidade relativa à Segurida- Art. 8º. Uma vez registrado junto ao órgão ou
de Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de Ser- entidade executivo de trânsito dos Estados e do Dis-
viço – FGTS, demonstrando situação regular no cum- trito Federal, será expedido documento de numera-
primento dos encargos sociais instituídos por lei; ção sequencial estabelecida pelo próprio órgão ou
V - comprovação na forma da lei, de regulari- entidade, conforme modelo constante do Anexo II
dade da entrega da declaração da Relação Anual de desta Resolução, que deverá ficar exposto no estabe-
Informações Sociais – RAIS ao Ministério do Trabalho lecimento em local visível para o público, conforme §
e Previdência Social; 4º do art. 4º da Lei 12.977, de 29.05.2014.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 481

Parágrafo único. O registro terá validade de: por terceiros por ela contratados, serão relacionadas
I - 1 (um) ano, na primeira vez; e em laudo técnico complementar, vinculado ao primeiro.
II - 5 (anos) anos, a partir da primeira renova- § 3º Todas as partes e peças desmontadas,
ção. inclusive as recuperadas e/ou de recuperação, serão
CAPÍTULO III objeto de identificação, por meio de gravação inde-
PROCEDIMENTOS SOBRE A DESMONTAGEM DE lével, de forma a permitir a rastreabilidade de todas
VEÍCULOS AUTOMOTORES TERRESTRES as etapas do processo de desmontagem desde a sua
Art. 9º. As empresas referidas no inc. VI do origem.
art. 3º deverão: § 4º É permitido o desmonte parcial do veícu-
I - comunicar ao Órgão ou Entidade executivo lo, desde que no primeiro desmonte que deve ser
de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no prazo feito em até 10 (dez) dias após a entrada do veículo
máximo de 5 (cinco) dias, a entrada de veículo em na desmontadora o mesmo se torne inapto a retornar
seu estabelecimento para fins de desmontagem, já a circulação, devendo ser observadas às disposições
com a devida vinculação com a cartela de rastreabili- contidas no § 1º do art. 7º desta Resolução.
dade, observando-se a disciplina estabelecida pelo § 5º Os laudos técnicos referidos no inc. III e
referido órgão ou entidade, bem como aos procedi- no § 2º deste artigo serão elaborados e mantidos no
mentos de baixa do registro do veículo; sistema informatizado a que se refere o art. 11 da Lei
II - implementar sistema de controle operacio- 12.977, de 20.05.2014, devendo a empresa registra-
nal informatizado, que permita a rastreabilidade de to- da manter uma via impressa em seu estabelecimento
das as etapas do processo de desmontagem, desde a para eventual fiscalização.
origem das partes e peças, incluindo a movimenta- Art. 10. As empresas registradas nos termos
ção do estoque, até a sua saída, assim como dos re- do inc. VI do art. 3º somente poderão comercializar
síduos, de forma a garantir toda segurança ao con- as partes e peças resultantes da desmontagem de
sumidor final e permitir o controle e a fiscalização pe- veículos com destino a:
los órgãos públicos competentes; I - consumidor ou usuário final, devidamente
III - elaborar laudo técnico imediatamente após identificado na Nota Fiscal eletrônica a que se refere
a desmontagem de cada veículo, que deverá ser ins- o art. 16 desta Resolução;
truído, no mínimo, com:
II - outras empresas, igualmente registradas,
a) inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – do ramo de desmontagem; e
CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas –
CNPJ, endereço e nome do proprietário ou ex-pro- III - empresas do ramo de reciclagem e/ou re-
prietário do veículo objeto da desmontagem; cuperação de peças.
b) número do Registro Nacional de Veículos Art. 11. As empresas responsáveis diretamen-
Automotores – RENAVAM, marca, modelo, cor, ano te pela desmontagem deverão assegurar a manuten-
de fabricação e ano do modelo do veículo; ção dos instrumentos de rastreabilidade previstos no
c) número de certidão de baixa do veículo jun- § 1º do art. 14 desta Resolução, bem como pela in-
to ao Órgão e Entidade executivo de trânsito do Es- serção das informações referentes à entrada e saída
tado ou do Distrito Federal de registro do veículo. de peças nos bancos de dados dos Órgãos Executi-
§ 1º No laudo técnico referido no inc. III deste vos de Trânsito dos Estados e do Distrito Federal.
artigo deverão ser relacionadas individualmente as Art. 12. No prazo previsto no art. 19 da Lei
partes e peças que, sob o aspecto de segurança vei- 12.977, de 20.05.2014, a empresa de desmontagem
cular, sejam consideradas: deverá apresentar, perante o Órgão e Entidade exe-
a) reutilizáveis, sem necessidade de descon- cutivo de trânsito de sua Unidade Federativa, e na
taminação, restauração ou recondicionamento; forma estabelecida por este, inventário contendo seu
estoque de peças que se enquadrem no rol previsto
b) passíveis de reutilização após descontami-
no Anexo III desta Resolução, bem como os compro-
nação, restauração ou recondicionamento;
vantes da origem de aquisição das referidas peças,
c) não suscetíveis de reutilização, descarta- devendo submetê-las ao sistema de rastreabilidade
das no processo de desmontagem de veículos, que previsto nesta Resolução.
serão destinadas à reciclagem; Art. 13. Partes, peças ou itens de segurança,
d) inexistente; independentemente do estado em que se encontrem,
e) não desmontada. listados no art. 4º desta Resolução, não poderão ser
§ 2º As partes e peças restauradas ou recon- objeto de comercialização com o consumidor final,
dicionadas, pela própria empresa desmontadora ou sendo sua destinação restrita aos próprios fabrican-
482 Ordeli Savedra Gomes

tes ou empresas especializadas em recondiciona- Art. 18. As empresas referidas no inc. VI do


mento, garantida a rastreabilidade prevista nesta Re- art. 3º, devidamente registradas, deverão efetuar o
solução, ou reciclagem e tratamento de resíduos. registro da entrada e da saída de veículos e das res-
Parágrafo único. A rastreabilidade para os pectivas partes e peças em sistema eletrônico de con-
itens de segurança tem como objetivo garantir que trole de entrada e saída, contendo:
esses itens não sejam comercializados indevidamen- I - data de entrada do veículo no estabeleci-
te e que somente os fabricantes ou recondicionado- mento e o número da Nota Fiscal eletrônica de aqui-
res possam manuseá-los. sição do veículo;
Art. 14. As peças não abrangidas pela restri- II - nome, endereço e identificação do proprie-
ção contida no art. 13 desta Resolução poderão ser tário ou vendedor;
comercializadas após aprovação de seu estado pelo III - data da saída e descrição das partes e pe-
responsável técnico de que trata o inc. V do art. 7º ças no estabelecimento, com identificação do veículo
desta Resolução. ao qual pertenciam, e o número da Nota Fiscal ele-
§ 1º As partes, peças ou itens de segurança trônica de venda;
serão marcadas com etiquetas de segurança com IV - nome, endereço e identificação do com-
número de série controlado pelo órgão executivo de prador ou encomendante;
trânsito do estado ou do Distrito Federal, produzidas V - número do RENAVAM, marca, modelo,
de acordo com o formato e os requisitos previstos no cor, ano de fabricação e ano do modelo do veículo de
Anexo IV, sendo o número de série obrigatoriamen- origem;
te associado ao veículo desmontado no momento da
entrada do veículo na oficina de desmontagem. VI - número da certidão de baixa do veículo
junto ao órgão ou entidade executivo de trânsito dos
§ 2º O sistema informatizado do Órgão e Enti-
Estados e do Distrito Federal.
dade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito
Federal deve ser capaz de efetuar o gerenciamento § 1º A fiscalização dos registros a que refere
das etiquetas, de forma a garantir que nenhuma des- este artigo será realizada pelo órgão ou entidade exe-
montadora possua um veículo sem a devida identifi- cutivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal.
cação, assim como não existam cartelas de etiquetas § 2º A empresa de desmontagem deve asse-
não relacionadas a um veículo. gurar que as peças ou conjunto de peças destinados
Art. 15. As partes e peças de veículos não à reciclagem não receba outro tratamento que não a
passíveis de reutilização, bem como o material inser- efetiva reciclagem.
vível que restar da desmontagem, deverão ser enca- CAPÍTULO IV
minhadas às empresas referidas no inc. VII do art. 3º DO BANCO DE DADOS NACIONAL DE
desta Resolução, para fins de reciclagem. INFORMAÇÕES DE VEÍCULOS DESMONTADOS
Art. 16. Na hipótese de desmontagem de veí- Art. 19. O banco de dados nacional de infor-
culo realizada sob encomenda do proprietário, as par- mações de veículos desmontados, previsto no art. 11
tes e peças reutilizáveis, devidamente identificadas da Lei 12.977, de 20.05.2014, conterá os registros
nos termos do § 3º do art. 9º desta Resolução, deve- das empresas elencadas no inc. VI do art. 3º, bem
rão ser entregues, mediante Termo de Entrega, ao en- como as informações dos laudos previstos no art. 9º,
comendante exclusivamente para utilização própria. ambos desta Resolução.
Art. 17. Toda a movimentação de veículos e § 1º Os Órgãos e Entidades executivos de trân-
das respectivas peças resultantes das atividades pre- sito dos Estados e do Distrito Federal deverão dispor
vistas nesta Resolução será objeto de emissão de de sistema próprio para gerenciamento das empresas
Nota Fiscal no prazo de 5 (cinco) dias, desde o Leilão por eles registradas, bem como para controle do fluxo
ou alienação do veículo até a destinação final das de desmontagem de um veículo, desde sua aquisi-
referidas peças ou conjunto de peças nos termos da ção, diretamente do proprietário ou via Leilão, público
Lei 12.977, de 20.05.2014, e desta Resolução. ou privado, até a efetiva comercialização, diretamen-
§ 1º Nos locais em que estiver disponível a te pela empresa de desmontagem ou por empresa de
emissão de Nota Fiscal eletrônica para as atividades comércio de peças usadas, para o consumidor final.
previstas no caput deste artigo, a emissão se dará § 2º Os sistemas dos Órgãos e Entidades exe-
obrigatoriamente por esta modalidade. cutivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal
§ 2º Em todas as Notas Fiscais eletrônicas deverão se integrar ao banco nacional de dados para
que ampararem a movimentação de partes e peças fornecimento automático das informações previstas
deverá ser indicada a identificação para fins da ras- no caput deste artigo.
treabilidade prevista no § 3º do art. 9º desta Resolu- § 3º Os sistemas informatizados utilizados pe-
ção. los Órgãos e Entidades executivos de trânsito dos Es-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 483

tados e do Distrito Federal deverão ser homologados de trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão
pelo DENATRAN, na forma a ser estabelecida em Por- publicar e manter atualizada em sítio eletrônico a lis-
taria específica do Órgão máximo executivo de trân- tagem das empresas registradas para a atividade de
sito da União. desmontagem.
§ 4º Os prazos de implantação e os requisitos § 4º Os Órgãos e Entidades executivos de trân-
técnicos do banco de dados nacional de informações sito dos Estados e do Distrito Federal deverão infor-
de veículos desmontados e dos sistemas informati- mar ao DENATRAN a listagem das empresas regis-
zados dos Órgãos e Entidades executivos de trânsito tradas para as atividades de que trata o inc. VI do art.
dos Estados e do Distrito Federal serão definidos em 3º desta Resolução.
Portaria a ser publicada pelo DENATRAN. CAPÍTULO V
Art. 20. Os Órgãos e Entidades executivos de DA FISCALIZAÇÃO E CONTROLE
trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão for- Art. 24. A fiscalização do cumprimento do
necer as informações para alimentar o banco de da- disposto nesta Resolução será realizada pelo Órgão
dos a que se refere o artigo anterior. ou Entidade executivo de trânsito dos Estados e do
Art. 21. Os Órgãos e Entidades executivos de Distrito Federal, ressalvada a competência dos órgãos
trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão fazendários da União, dos Estados, do Distrito Federal
manter bancos de dados de informações de veículos e dos Municípios, no que se refere à legislação tri-
desmontados e das atividades exercidas pelos em- butária.
presários individuais ou sociedades empresariais, no § 1º O Órgão ou Entidade executivo de trânsi-
âmbito de sua circunscrição, que manterão interface to dos Estados e do Distrito Federal poderá atuar em
com o sistema sob gestão do DENATRAN. parceria com os órgãos e entidades de Segurança
Art. 22. A alimentação do banco de dados Pública para fiscalização conjunta, incluindo desde a
nacional será on-line por meio de webservice, con- expedição do registro até a lacração dos estabeleci-
forme os registros ocorrerem nos bancos de cada Ór- mentos que descumprirem as normas contidas nesta
gão ou Entidade executivo de trânsito dos Estados e Resolução e legislação específica.
do Distrito Federal. Art. 25. O Órgão ou Entidade executivo de trân-
Art. 23. Os leiloeiros oficiais que realizarem sito dos Estados e do Distrito Federal publicará, na
Leilões de veículos deverão observar o disposto na Imprensa Oficial, a relação dos estabelecimentos que
Lei 12.977, de 20.05.2014, e no § 3º do art. 2º desta sofreram punição com base no disposto nesta Reso-
Resolução, permitindo somente a participação de em- lução e demais normativos, fazendo constar os núme-
presas devidamente registradas para fins de desmon- ros do registro e da inscrição no Cadastro Nacional
tagem de veículo automotor. de Pessoas Jurídicas – CNPJ e os respectivos ende-
§ 1º Sem prejuízo das exigências contidas em reços.
legislação específica, os leiloeiros oficiais deverão man- CAPÍTULO VI
ter registro e informar o órgão executivo de trânsito DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
do Estado ou do Distrito Federal, na forma por ele Art. 26. O sistema de rastreabilidade a que
regulamentada, acerca de todos os veículos levados alude o inc. II do art. 9º desta Resolução deverá pos-
a Leilão, contendo: sibilitar o registro do trânsito do veículo e de deter-
I - placa e número RENAVAM do veículo; minada parte ou peça ao longo do processo de des-
II - nome e CPF ou CNPJ do proprietário ou montagem, desde a entrada do item no estabeleci-
ex-proprietário; mento até sua destinação ao consumidor final.
III - nome e CPF ou CNPJ do arrematante; Parágrafo único. A utilização de sistema pró-
IV - número da Nota Fiscal de venda em Leilão; prio de rastreabilidade não exime a empresa registra-
V - informação sobre a condição do veículo, da de fornecer ao Órgão e Entidade executivo de trân-
constando se foi vendido com direito a documenta- sito dos Estados e do Distrito Federal o acesso ao re-
ção e, neste caso, se o Certificado de Registro do Veí- gistro de rastreio das partes e peças e de inserir esse
culo – CRV foi entregue ao arrematante. mesmo registro em seus sistemas eletrônicos dispo-
§ 2º As informações deverão ser inseridas pe- níveis.
los leiloeiros no prazo de 5 (cinco) dias no sistema Art. 27. A Nota Fiscal eletrônica relativa à mo-
informatizado que deverá ser disponibilizado pelos Ór- vimentação de veículos e das respectivas partes e
gãos e Entidades executivos de trânsito dos Estados peças resultantes da desmontagem deverá ser emi-
e do Distrito Federal. tida pelas empresas registradas nos termos do inc. VI
§ 3º Para fins de cumprimento do disposto no do art. 3º desta Resolução tanto na entrada dos pro-
caput deste artigo, os Órgãos e Entidades executivos dutos em seu estabelecimento, quanto na saída des-
484 Ordeli Savedra Gomes

tes, inclusive quando o remetente ou destinatário for IV - vendidos ou leiloados como sucata:
pessoa física, consumidor final ou não. Art. 29. A baixa do registro do veículo deverá
§ 1º Na emissão da Nota Fiscal eletrônica a atender ao disposto na Resolução CONTRAN 11, de
que se refere o caput deste artigo deverá ser obser- 23.01.1998, alterada pela Resolução CONTRAN 179,
vado o disposto em legislação própria, em especial a de 05.07.2005.
disciplina estabelecida pelo Órgão ou Entidade Fa- Art. 30. O § 4º do art. 1º da Resolução CON-
zendário da União, dos Estados, do Distrito Federal ou TRAN 11, de 23.01.1998, passa a vigorar com a se-
dos Municípios. guinte redação:
§ 2º Em todas as Notas Fiscais eletrônicas “§ 4º O recolhimento da parte do chassi que
deverá ser indicada, no campo "Código do Produto ou contém o número VIN poderá ser substituído por lau-
Serviço" (TAG 101 - cProd), a identificação do produ- do fotográfico que ateste que a identificação do chas-
to para fins da rastreabilidade prevista no art. 9º des- si foi descaracterizada no local através de procedi-
ta Resolução.
mento realizado pelo órgão executivo de trânsito do
§ 3º Na comercialização de determinadas par- Estado ou do Distrito Federal, ou por entidade por ele
tes e peças resultantes do processo de desmonta- autorizada para esta finalidade”.
gem de veículos para consumidor ou usuário final se-
rá obrigatório constar, no campo "Dados Adicionais Art. 31. Os Anexos desta Resolução encon-
do Produto" (TAG 325 - infAdProd) da Nota Fiscal ele- tram-se disponíveis no sítio eletrônico do DENATRAN,
trônica, dados do veículo em que serão utilizadas. a saber: <www.denatran.gov.br>.
Art. 28. A baixa do registro de veículos é Art. 32. Esta Resolução entra em vigor na da-
obrigatória sempre que o veículo for retirado de cir- ta de sua publicação.
culação nas seguintes possibilidades: Art. 33. Fica revogada a Resolução CONTRAN
I - veículo irrecuperável; 530, de 14.05.2015.
II - veículo definitivamente desmontado; Alberto Angerami
III - sinistrado de grande monta;

ANEXOS
(Disponíveis no site: <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 619, DE 06.09.2016


Estabelece e normatiza os procedimentos para a aplica-
ção das multas por infrações, a arrecadação e o repas-
se dos valores arrecadados, nos termos do inc. VIII do
art. 12 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código
de Trânsito Brasileiro – CTB, e dá outras providências.
O Conselho Nacional de TRÂNSITO – CONTRAN, usando da competência que lhe confere os incs. I, II e
VIII do art. 12, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT,
Considerando a edição da Lei 13.281, de 04.05.2016, que altera a Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu
o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e a Lei 13.146, de 06.07.2015;
Considerando a necessidade de estabelecer e normatizar os procedimentos para a aplicação das multas
por infrações, a arrecadação e o repasse dos valores arrecadados, nos termos do inc. VIII do art. 12 do CTB;
Considerando a necessidade de uniformizar e aperfeiçoar os procedimentos relativos à lavratura do Auto
de Infração, expedição da notificação da autuação, identificação do condutor infrator e aplicação das penalida-
des de advertência por escrito e de multa, pelo cometimento de infrações de responsabilidade do proprietário ou
do condutor do veiculo, com vistas a garantir maior eficácia, segurança e transparência dos atos administrativos;
Considerando a necessidade do estabelecimento de regras e padronização de documentos para arreca-
dação de multas de trânsito e a retenção, recolhimento e a prestação de informações do percentual de cinco
por cento do valor arrecadado das multas destinados à conta do Fundo Nacional de Segurança e Educação de
Trânsito – FUNSET;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 485

Considerando a necessidade de identificação inequívoca do real infrator e a necessidade de estabelecer


as responsabilidades pelas infrações a partir de uma base de informações nacional única;
Considerando a necessidade de estabelecer regras e padronização para o acréscimo de juros de mora
equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – Selic para títulos federais
acumulada mensalmente, calculados a partir do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do
pagamento, e de 1% (um por cento) relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado;
Considerando o que consta do Processo 80001.002866/2003-35, resolve:
CAPÍTULO I to que deverá conter os dados mínimos definidos pe-
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES lo art. 280 do CTB e em regulamentação específica.
Art. 1º. Estabelecer e normatizar os procedi- § 1º O Auto de Infração de Trânsito de que
mentos para a aplicação das multas por infrações, a trata o caput deste artigo poderá ser lavrado pela au-
arrecadação e o repasse dos valores arrecadados, toridade de trânsito ou por seu agente:
nos termos do inc. VIII do art. 12 da Lei 9.503, de I - por anotação em documento próprio;
23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasilei- II - por registro em talão eletrônico isolado ou
ro – CTB. acoplado a equipamento de detecção de infração re-
Art. 2º. Para os fins previstos nesta Resolu- gulamentado pelo CONTRAN, atendido o procedimen-
ção, entende-se por: to definido pelo Departamento Nacional de Trânsito –
I - Auto de Infração de Trânsito: é o documen- DENATRAN; ou
to que dá início ao processo administrativo para im- III - por registro em sistema eletrônico de pro-
posição de punição, em decorrência de alguma infra- cessamento de dados quando a infração for compro-
ção à legislação de trânsito. vada por equipamento de detecção provido de regis-
II - notificação de autuação: é o procedimento trador de imagem, regulamentado pelo CONTRAN.
que dá ciência ao proprietário do veículo de que foi § 2º O órgão ou entidade de trânsito, sempre
cometida uma infração de trânsito com seu veículo. que possível, deverá imprimir o Auto de Infração de
Caso a infração não tenha sido cometida pelo proprie- Trânsito elaborado nas formas previstas nos incs. II e
tário do veículo, deverá ser indicado o condutor res- III do parágrafo anterior para início do processo ad-
ponsável pelo cometimento da infração. ministrativo previsto no Capítulo XVIII do CTB, sendo
dispensada a assinatura da Autoridade ou de seu
III - notificação de penalidade: é o procedi-
agente.
mento que dá ciência da imposição de penalidade bem
como indica o valor da cobrança da multa de trânsito. § 3º O registro da infração, referido no inc. III
do § 1º deste artigo, será referendado por autoridade
IV - autuador: os órgãos e entidades executi-
de trânsito, ou seu agente, que será identificado no
vos de trânsito e rodoviários competentes para julgar Auto de Infração de Trânsito.
a defesa da autuação e aplicar penalidade de multa
§ 4º Sempre que possível o condutor será
de trânsito;
identificado no momento da lavratura do Auto de In-
V - arrecadador: os órgãos e entidades execu- fração de Trânsito.
tivos de trânsito e rodoviários que efetuam a cobran-
§ 5º O Auto de Infração de Trânsito valerá
ça e o recebimento da multa de trânsito (de sua com-
como notificação da autuação quando for assinado
petência ou de terceiros), sendo responsáveis pelo
pelo condutor e este for o proprietário do veículo.
repasse dos 5% (cinco por cento) do valor da multa
§ 6º Para que a notificação da autuação se
de trânsito à conta do Fundo Nacional de Segurança
dê na forma do § 5º, o Auto de Infração de Trânsito
e Educação de Trânsito – FUNSET;
deverá conter o prazo para apresentação da defesa
VI - RENACH: Registro Nacional de Conduto- da autuação, conforme § 4º do art. 4º desta Resolução.
res Habilitados;
§ 7º O talão eletrônico previsto no inc. II do §
VII - RENAVAM: Registro Nacional de Veícu- 1º desta Resolução trata-se de sistema informatizado
los Automotores; (software) instalado em equipamentos preparados para
VIII - RENAINF: Registro Nacional de Infrações este fim ou no próprio sistema de registro de infra-
de Trânsito. ções dos órgãos ou entidades de trânsito, na forma
Art. 3º. Constatada a infração pela autoridade disciplinada pelo DENATRAN.
de trânsito ou por seu agente, ou ainda comprovada CAPÍTULO II
sua ocorrência por aparelho eletrônico ou por equi- DA NOTIFICAÇÃO DA AUTUAÇÃO
pamento audiovisual, reações químicas ou qualquer
Art. 4º. À exceção do disposto no § 5º do ar-
outro meio tecnológico disponível, previamente re-
tigo anterior, após a verificação da regularidade e da
gulamentado pelo Conselho Nacional de Trânsito –
consistência do Auto de Infração de Trânsito, a auto-
CONTRAN, será lavrado o Auto de Infração de Trânsi-
486 Ordeli Savedra Gomes

ridade de trânsito expedirá, no prazo máximo de 30 V - placa do veículo e número do Auto de In-
(trinta) dias contados da data do cometimento da in- fração de Trânsito;
fração, a Notificação da Autuação dirigida ao proprie- VI - data do término do prazo para a identifi-
tário do veículo, na qual deverão constar os dados cação do condutor infrator e interposição da defesa
mínimos definidos no art. 280 do CTB. da autuação;
§ 1º Quando utilizada a remessa postal, a ex- VII - esclarecimento das consequências da não
pedição se caracterizará pela entrega da notificação identificação do condutor infrator, nos termos dos §§
da autuação pelo órgão ou entidade de trânsito à 7º e 8º do art. 257 do CTB;
empresa responsável por seu envio. VIII - instrução para que o Formulário de Iden-
§ 2º Quando utilizado sistema de notificação tificação do Condutor Infrator seja acompanhado de
eletrônica, a expedição se caracterizará pelo envio cópia reprográfica legível do documento de habilita-
eletrônico da notificação da atuação pelo órgão ou ção do condutor infrator e do documento de identifi-
entidade de trânsito ao proprietário do veículo. cação do proprietário do veículo ou seu representante
§ 3º A não expedição da notificação da autu- legal, o qual, neste caso, deverá juntar documento que
ação no prazo previsto no caput deste artigo ensejará comprove a representação;
o arquivamento do Auto de Infração de Trânsito. IX - esclarecimento de que a indicação do
§ 4º Da Notificação da Autuação constará a condutor infrator somente será acatada e produzirá
data do término do prazo para a apresentação da efeitos legais se o formulário de identificação do con-
Defesa da Autuação pelo proprietário do veículo ou dutor estiver corretamente preenchido, sem rasuras,
pelo condutor infrator devidamente identificado, que com assinaturas originais do condutor e do proprietá-
não será inferior a 15 (quinze) dias, contados da data rio do veículo e acompanhado de cópia reprográfica
da notificação da autuação ou publicação por edital, legível dos documentos relacionados no inciso ante-
observado o disposto no art. 13 desta Resolução. rior;
§ 5º A autoridade de trânsito poderá socorrer- X - endereço para entrega do Formulário de
se de meios tecnológicos para verificação da regula- Identificação do Condutor Infrator; e
ridade e da consistência do Auto de Infração de Trân- XI - esclarecimento sobre a responsabilidade
sito. nas esferas penal, cível e administrativa, pela veraci-
§ 6º Os dados do condutor identificado no Au- dade das informações e dos documentos fornecidos.
to de Infração de Trânsito deverão constar na Notifi- § 1º Na impossibilidade da coleta da assina-
cação da Autuação, observada a regulamentação es- tura do condutor infrator, além dos documentos pre-
pecífica. vistos nos incisos deste artigo, deverá ser anexado
§ 7º Torna-se obrigatório atualização imediata ao Formulário de Identificação do Condutor Infrator:
da base nacional, por parte dos órgãos e entidades I - ofício do representante legal do Órgão ou
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Fe- Entidade identificando o condutor infrator, acompa-
deral, sempre que houver alteração dos dados cadas- nhado de cópia de documento que comprove a con-
trais do veículo e do condutor. dução do veículo no momento do cometimento da
Seção I infração, para veículo registrado em nome dos Ór-
Da Identificação do Condutor Infrator gãos ou Entidades da Administração Pública direta ou
Art. 5º Sendo a infração de responsabilidade indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal ou
do condutor, e este não for identificado no ato do dos Municípios; ou
cometimento da infração, a Notificação da Autuação II - cópia de documento onde conste cláusula
deverá ser acompanhada do Formulário de Identifica- de responsabilidade por infrações cometidas pelo
ção do Condutor Infrator, que deverá conter, no mí- condutor e comprove a posse do veículo no momento
nimo: do cometimento da infração, para veículos registra-
I - identificação do órgão ou entidade de trân- dos em nome das demais pessoas jurídicas.
sito responsável pela autuação; § 2º No caso de identificação de condutor in-
II - campos para o preenchimento da identifi- frator em que a situação se enquadre nas condutas
cação do condutor infrator: nome e números de re- previstas nos incisos do art. 162 do CTB, serão lavra-
gistro dos documentos de habilitação, identificação e dos, sem prejuízo das demais sanções administrati-
CPF; vas e criminais previstas no CTB, os respectivos Au-
III - campo para a assinatura do proprietário tos de Infração de Trânsito:
do veículo; I - ao proprietário do veículo, por infração ao
IV - campo para a assinatura do condutor in- art. 163 do CTB, exceto se o condutor for o proprietá-
frator; rio; e
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 487

II - ao condutor indicado, ou ao proprietário jurídica, será imposta multa, nos termos do § 8º do


que não indicá-lo no prazo estabelecido, pela infração art. 257 do CTB, expedindo-se a notificação desta ao
cometida de acordo com as condutas previstas nos proprietário do veículo, nos termos de regulamenta-
incisos do art. 162 do CTB. ção específica.
§ 3º Ocorrendo a situação prevista no pará- Art. 8º. Para fins de cumprimento desta Reso-
grafo anterior, o prazo para expedição da notificação lução, no caso de veículo objeto de penhor ou de
da autuação de que trata o inc. II, parágrafo único, do contrato de arrendamento mercantil, comodato, alu-
art. 281 do CTB, será contado a partir da data do guel ou arrendamento não vinculado ao financiamen-
protocolo do Formulário de Identificação do Condutor to do veículo, o possuidor, regularmente constituído e
Infrator junto ao órgão autuador ou do prazo final para devidamente registrado no órgão ou entidade execu-
indicação. tivo de trânsito do Estado ou Distrito Federal, nos
§ 4º Em se tratando de condutor estrangeiro, termos de regulamentação específica, equipara-se ao
além do atendimento às demais disposições deste proprietário do veículo.
artigo, deverão ser apresentadas cópias dos docu- Parágrafo único. As notificações de que trata
mentos previstos em legislação específica. esta Resolução somente deverão ser enviadas ao
§ 5º O formulário de identificação do condutor possuidor previsto neste artigo no caso de contrato
infrator poderá ser substituído por outro documento, com vigência igual ou superior a 180 (cento e oitenta)
desde que contenha as informações mínimas exigi- dias.
das neste artigo. Seção III
§ 6º Os órgãos e entidades de trânsito deve- Da Defesa da Autuação
rão registrar as indicações de condutor no RENACH, Art. 9º. Interposta a Defesa da Autuação, nos
administrado pelo DENATRAN, o qual disponibilizará termos do § 4º do art. 4º desta Resolução, caberá à
os registros de indicações de condutor de forma a autoridade competente apreciá-la, inclusive quanto
possibilitar o acompanhamento e averiguações das ao mérito. (Retificado no DOU de 14.03.2017)
reincidências e irregularidades nas indicações de con- § 1º Acolhida a Defesa da Autuação, o Auto
dutor infrator, articulando- se, para este fim, com ou- de Infração de Trânsito será cancelado, seu registro
tros órgãos da Administração Pública. será arquivado e a autoridade de trânsito comunicará
§ 7º Constatada irregularidade na indicação o fato ao proprietário do veículo.
do condutor infrator, capaz de configurar ilícito penal, § 2º Não sendo interposta Defesa da Autua-
a Autoridade de Trânsito deverá comunicar o fato à ção no prazo previsto ou não acolhida, a autoridade
autoridade competente. de trânsito aplicará a penalidade correspondente, nos
§ 8º O documento referido no inc. II do § 1º termos desta Resolução.
deverá conter, no mínimo, identificação do veículo, CAPÍTULO III
do proprietário e do condutor, cláusula de responsabi- DA PENALIDADE DE ADVERTÊNCIA POR ESCRITO
lidade pelas infrações e período em que o veículo Art. 10. Em se tratando de infrações de natu-
esteve na posse do condutor apresentado, podendo reza leve ou média, a autoridade de trânsito, nos
esta última informação constar de documento em termos do art. 267 do CTB, poderá, de ofício ou por
separado assinado pelo condutor. solicitação do interessado, aplicar a Penalidade de
Seção II Advertência por Escrito, na qual deverão constar os
Responsabilidade do Proprietário dados mínimos definidos no art. 280 do CTB e em
Art. 6º. O proprietário do veículo será consi- regulamentação específica.
derado responsável pela infração cometida, respei- § 1º Até a data do término do prazo para a
tado o disposto no § 2º do art. 5º, nas seguintes si- apresentação da defesa da autuação, o proprietário
tuações: do veículo, ou o condutor infrator, poderá requerer à
I - caso não haja identificação do condutor in- autoridade de trânsito a aplicação da Penalidade de
frator até o término do prazo fixado na Notificação da Advertência por Escrito de que trata o caput deste
Autuação; artigo.
II - caso a identificação seja feita em desa- § 2º Não cabe recurso à Junta Administrativa
cordo com o estabelecido no artigo anterior; e de Recursos de Infrações – JARI da decisão da au-
III - caso não haja registro de comunicação de toridade que aplicar a Penalidade de Advertência por
venda à época da infração. Escrito solicitada com base no § 1º, exceto se essa
Art. 7º. Ocorrendo a hipótese prevista no arti- solicitação for concomitante à apresentação de defe-
go anterior e sendo o proprietário do veículo pessoa sa da autuação.
488 Ordeli Savedra Gomes

§ 3º Para fins de análise da reincidência de condutores por eles administrados nas bases de in-
que trata o caput do art. 267 do CTB, deverá ser formações do DENATRAN.
considerada apenas a infração referente à qual foi CAPÍTULO IV
encerrada a instância administrativa de julgamento DA NOTIFICAÇÃO DA PENALIDADE DE MULTA
de infrações e penalidades. Art. 11. A Notificação da Penalidade de Multa
§ 4º A aplicação da Penalidade de Advertên- deverá conter:
cia por Escrito deverá ser registrada no prontuário do I - os dados mínimos definidos no art. 280 do
infrator depois de encerrada a instância administrati- CTB e em regulamentação específica;
va de julgamento de infrações e penalidades.
II - a comunicação do não acolhimento da De-
§ 5º Para fins de cumprimento do disposto
fesa da Autuação ou da solicitação de aplicação da
neste artigo, o DENATRAN deverá disponibilizar tran-
Penalidade de Advertência por Escrito;
sação específica para registro da Penalidade de Ad-
vertência por Escrito no RENACH e no RENAVAM, III - o valor da multa e a informação quanto ao
bem como, acesso às informações contidas no pron- desconto previsto no art. 284 do CTB;
tuário dos condutores e veículos para consulta dos IV - data do término para apresentação de re-
órgãos e entidades componentes do Sistema Nacio- curso, que será a mesma data para pagamento da
nal de Trânsito. multa, conforme §§ 4º e 5º do art. 282 do CTB;
§ 6º A Penalidade de Advertência por Escrito V - campo para a autenticação eletrônica, re-
deverá ser enviada ao infrator, no endereço constante gulamentado pelo DENATRAN; e
em seu prontuário ou por sistema de notificação VI - instruções para apresentação de recurso,
eletrônica, se disponível. nos termos dos arts. 286 e 287 do CTB.
§ 7º A aplicação da Penalidade de Advertên- Parágrafo único. O órgão ou entidade inte-
cia por Escrito não implicará em registro de pontua- grante do Sistema Nacional de Trânsito responsável
ção no prontuário do infrator. pela expedição da Notificação da Penalidade de Mul-
§ 8º Caso a autoridade de trânsito não enten- ta deverá utilizar documento próprio para arrecada-
da como medida mais educativa a aplicação da Pe- ção de multa que contenha as características estabe-
nalidade de Advertência por Escrito, aplicará a Pena- lecidas pelo DENATRAN.
lidade de Multa. Art. 12. Até a data de vencimento expressa
§ 9º A notificação devolvida por desatualiza- na Notificação da Penalidade de Multa ou enquanto
ção do endereço do infrator junto ao órgão ou entida- permanecer o efeito suspensivo sobre o Auto de
de executivo de trânsito responsável pelo seu pron- Infração de Trânsito, não incidirá qualquer restrição,
tuário será considerada válida para todos os efeitos. inclusive para fins de licenciamento e transferência,
§ 10 Na hipótese de notificação por meio ele- nos arquivos do órgão ou entidade executivo de
trônico, se disponível, o proprietário ou o condutor trânsito responsável pelo registro do veículo.
autuado será considerado notificado 30 (trinta) dias CAPÍTULO V
após a inclusão da informação no sistema eletrônico. DA NOTIFICAÇÃO POR EDITAL
§ 11 Para cumprimento do disposto no § 1º, o Art. 13. Esgotadas as tentativas para notificar
infrator deverá apresentar, ao órgão ou entidade res- o infrator ou o proprietário do veículo por meio postal
ponsável pela aplicação da penalidade, documento ou pessoal, as notificações de que trata esta Resolu-
emitido pelo órgão ou entidade executivo de trânsito ção serão realizadas por edital publicado em diário
responsável pelo seu prontuário, que demonstre as oficial, na forma da lei, respeitados o disposto no § 1º
infrações cometidas, se houverem, referente aos úl- do art. 282 do CTB e os prazos prescricionais previs-
timos 12 (doze) meses anteriores à data da infração,
tos na Lei 9.873, de 23.11.1999, que estabelece pra-
caso essas informações não estejam disponíveis no
zo de prescrição para o exercício de ação punitiva.
RENACH.
§ 1º Os editais de que trata o caput deste ar-
§ 12 Até que as providências previstas no §
tigo, de acordo com sua natureza, deverão conter, no
5º sejam disponibilizadas aos órgãos autuadores, a
Penalidade de Advertência por Escrito poderá ser mínimo, as seguintes informações:
aplicada por solicitação da parte interessada. I - Edital da Notificação da Autuação:
§ 13 Para atendimento do disposto neste ar- a) cabeçalho com identificação do órgão au-
tigo, os órgãos e entidades executivos de trânsito tuador e do tipo de notificação;
dos Estados e do Distrito Federal deverão registrar e b) instruções e prazo para apresentação de
atualizar os registros de infrações e os dados dos defesa da autuação;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 489

c) lista com a placa do veículo, número do Art. 17. Somente depois de esgotados os re-
Auto de Infração de Trânsito, data da infração e có- cursos, as penalidades aplicadas poderão ser cadas-
digo da infração com desdobramento. tradas no RENACH.
II - Edital da Notificação da Penalidade de Ad- CAPÍTULO VII
vertência por Escrito: DO VALOR PARA PAGAMENTO DA MULTA
a) cabeçalho com identificação do órgão au- Art. 18. Sujeitam-se ao disposto no § 4º do
tuador e do tipo de notificação; art. 284 do CTB apenas os autos de infrações lavra-
b) instruções e prazo para interposição de re- dos a partir de 1º de novembro de 2016.
curso, observado o disposto no § 2º do art. 10 desta Seção I
Resolução; Para Pagamento Até a Data de Vencimento
c) lista com a placa do veículo, número do Indicada na Notificação de Penalidade
Auto de Infração de Trânsito, data da infração, código Art. 19. Pelo valor equivalente a 80% (oitenta
da infração com desdobramento e número de registro por cento) do valor original da multa conforme caput
do documento de habilitação do infrator. do art. 284, conforme:
III - Edital da Notificação da Penalidade de I - fórmula: Valor original x 0,80 = valor a pa-
Multa: gar.
a) cabeçalho com identificação do órgão au- Art. 20. Pelo valor equivalente a 60% (sessen-
tuador e do tipo de notificação; ta por cento) do valor original da multa, quando da
b) instruções e prazo para interposição de re- opção precedente de recebimento da Notificação pe-
curso e pagamento; lo sistema de notificação eletrônica, quando disponi-
c) lista com a placa do veículo, número do bilizada pelo órgão máximo executivo de trânsito da
Auto de Infração de Trânsito, data da infração, códi- União aos órgãos autuadores, conforme previsto no §
go da infração com desdobramento e valor da multa. 1º do art. 284 do CTB, conforme:
§ 2º É facultado ao órgão autuador publicar I - fórmula: Valor original x 0,60 = valor a pa-
extrato resumido de edital no Diário Oficial, o qual gar.
conterá as informações constantes das alíneas "a" e Seção II
"b" dos incs. I, II ou III do § 1º deste artigo, sendo Para Pagamento Após a Data de Vencimento
obrigatória a publicação da íntegra do edital, conten-
Indicada na Notificação de Penalidade
do todas as informações descritas no § 1º deste
artigo, no seu sítio eletrônico na Internet. Art. 21. Para quitação no período compreen-
dido entre a data imediata após o vencimento, até o
§ 3º As publicações de que trata este artigo último dia do mês seguinte ao do vencimento, pelo
serão válidas para todos os efeitos, não isentando o valor original da multa acrescido de juros relativos ao
órgão de trânsito de disponibilizar as informações das mês de pagamento, no percentual de 1% (um por
notificações, quando solicitado. cento), conforme:
§ 4º As notificações enviadas eletronicamen- I - fórmula: Valor original x 1,01 = valor corri-
te dispensam a publicação por edital. gido a pagar.
CAPÍTULO VI Art. 22. Para quitação após o mês subse-
DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS quente ao do vencimento, pelo valor original da mul-
Art. 14. Aplicadas as penalidades de que tra- ta, acrescido da variação mensal da taxa referencial
ta esta Resolução, caberá recurso em primeira ins- do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia
tância na forma dos arts. 285, 286 e 287 do CTB, que - Selic, definida pelo somatório dos percentu-
serão julgados pelas JARI que funcionam junto ao ais mensais, não capitalizados, divulgados para o
órgão de trânsito que aplicou a penalidade, respeita- período entre o mês subseqüente ao do vencimento e
do o disposto no § 2º do art. 10 desta Resolução. o mês anterior ao do pagamento, inclusive e adicio-
Art. 15. Das decisões da JARI caberá recurso nado ainda, o percentual de 1% (um por cento) re-
em segunda instância na forma dos arts. 288 e 289 lativo a juros do mês de pagamento, qualquer que se-
do CTB. ja o dia desse mês considerado, conforme:
Art. 16. O recorrente deverá ser informado I - fórmulas: Período = incluir mês subse-
das decisões dos recursos de que tratam os arts. 14 qüente ao vencimento e excluir o mês de pagamento.
e 15. II - valor: Valor original x fator multiplicador =
Parágrafo único. No caso de deferimento do valor a pagar
recurso de que trata o art. 14, o recorrente deverá ser III - fator multiplicador: 1,01 mais (soma per-
informado se a autoridade recorrer da decisão. centuais mensais da SELIC do período)
490 Ordeli Savedra Gomes

§ 1º O cálculo do acréscimo de mora e o valor forma integral, podendo ser realizado parcelamento,
atualizado devido, com base na variação da taxa por meio de cartão de crédito, por conta e risco de
SELIC indicado neste artigo serão mantidos pelo ór- instituições integrantes do Sistema de Pagamentos
gão arrecadador, que aplicará a variação mensal acu- Brasileiro (SPB). (Redação dada pela Res. 697/17)
mulada da taxa básica de juros SELIC, proveniente do Art. 24. Os órgãos autuadores da União, para
somatório dos índices de correção no período divul- arrecadarem multas de trânsito de sua competência,
gados pelo Banco Central do Brasil – BACEN, cujo deverão utilizar a Guia de Recolhimento da União –
índice obtido e montante atualizado serão definidos GRU do tipo Cobrança, observado o Decreto 4.950,
com duas casas decimais, desprezadas as demais de 09.01.2004 e a Instrução Normativa da Secretaria
sem arredondamento, como forma de uniformizar o do Tesouro Nacional – STN n. 2, de 22.05.2009, e
valor resultante. suas alterações posteriores.
§ 2º O cálculo adicional de juros de mora, não Parágrafo único. O recolhimento do percen-
capitalizado, com índice fixo de 1% (um por cento), tual de 5% (cinco por cento) do valor arrecadado das
relativo ao acréscimo do mês de pagamento, em que multas de trânsito à conta do FUNSET pelos órgãos
não ocorrerá o cômputo da variação mensal da taxa autuadores da União dar-se-á na forma estabelecida
SELIC, será também mantido pelo órgão arrecadador, pela Secretaria do Tesouro Nacional – STN, do Mi-
complementando o valor final do débito vencido, vá- nistério da Fazenda.
lido até o último dia útil do mês de pagamento consi- Art. 25. Os demais órgãos e entidades inte-
derado. grantes do Sistema Nacional de Trânsito, arrecadado-
§ 3º O usuário devedor da multa imposta será res de multas de trânsito, de sua competência ou de
orientado por texto na Notificação de Penalidade so- terceiros, e recolhedores de valores à conta do Fundo
Nacional de Segurança e Educação de Trânsito –
bre a validade do documento para fins de pagamento,
FUNSET deverão prestar informações ao DENATRAN
cujo prazo coincide com o vencimento indicado, após
até o 20º (vigésimo) dia do mês subsequente ao da
o que deverá ser consultado o órgão autuador e/ou
arrecadação, na forma disciplinada pelo próprio DE-
arrecadador, para a obtenção do valor atualizado para NATRAN.
pagamento.
Art. 25-A. Os órgãos e entidades integrantes
§ 4º Interposto recurso no prazo legal, se jul- do Sistema Nacional de Trânsito poderão firmar, sem
gado improcedente, a incidência de juros de mora ônus para si, acordos e parcerias técnico-operacio-
deverá ser considerado a partir do encerramento da nais para viabilizar o pagamento de multas de trânsito
instância administrativa. e demais débitos relativos ao veículo com cartões de
§ 5º A interposição do recurso fora do prazo débito ou crédito, disponibilizando aos infratores ou
legal ensejará a cobrança de juros de mora a partir do proprietários de veículos alternativas para quitar seus
vencimento da Notificação de Penalidade. débitos à vista ou em parcelas mensais, com a ime-
CAPÍTULO VIII diata regularização da situação do veículo. (Artigo
DA ARRECADAÇÃO DAS MULTAS E DO inserido pela Res. 697/17, com texto alterado em seu
REPASSE DOS VALORES caput e §§ 1º ao 15º pela Res. 736/18)
Art. 23. Os órgãos e entidades executivos de § 1º Os órgãos e entidades integrantes do
trânsito e executivos rodoviários dos Estados, do Sistema Nacional de Trânsito deverão solicitar auto-
Distrito Federal e dos Municípios, integrantes do Sis- rização ao Departamento Nacional de Trânsito – DE-
NATRAN para viabilizar o pagamento de multas de
tema Nacional de Trânsito – SNT, para arrecadarem
trânsito e demais débitos relacionados a veículos com
multas de trânsito de sua competência ou de tercei-
cartões de débito ou crédito.
ros, deverão utilizar o documento próprio de arreca-
§ 2º A autorização de que trata o § 1º será ex-
dação de multas de trânsito estabelecido pelo DENA-
pedida pelo DENATRAN por meio de Ofício ao diri-
TRAN, com vistas a garantir o repasse automático gente máximo da entidade solicitante.
dos valores relativos ao FUNSET.
§ 3º Os órgãos e entidades integrantes do
§ 1º O recolhimento do percentual de 5% Sistema Nacional de Trânsito autorizados pelo DENA-
(cinco por cento) do valor arrecadado das multas de TRAN poderão promover a habilitação, por meio de
trânsito à conta do FUNSET é de responsabilidade do contratação ou credenciamento, de empresas creden-
órgão de trânsito arrecadador. ciadoras (adquirentes), subcredenciadora (subadqui-
§ 2º O pagamento das multas de trânsito será rentes) ou facilitadoras para processar as operações
efetuado na rede bancária arrecadadora. e os respectivos pagamentos.
§ 3º O recebimento de multas pela rede arre- § 4º As empresas referidas no § 3º deverão
cadadora será feito exclusivamente à vista e de estar previamente credenciadas pelo DENATRAN, na
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 491

forma de normativo a ser editado por aquele órgão, e IV - multas aplicadas por outros órgãos autua-
serem autorizadas, por instituição credenciadora su- dores que não autorizam o parcelamento ou arreca-
pervisionada pelo Banco Central do Brasil, a proces- dação por meio de cartões de crédito ou débito.
sar pagamentos, inclusive parcelados, mediante uso § 13 O órgão ou entidade de trânsito autuador
de cartões de débito e crédito normalmente aceitos da multa de trânsito é o competente para autorizar o
no mercado, sem restrição de bandeiras, e apresen- parcelamento, em caráter facultativo, podendo dele-
tar ao interessado os planos de pagamento dos dé- gar tal competência, na forma do art. 25 do CTB.
bitos em aberto, possibilitando ao titular do cartão § 14 O DENATRAN ficará responsável por au-
conhecer previamente os custos adicionais de cada torizar e fiscalizar as operações dos órgãos de trânsi-
forma de pagamento e decidir pela opção que melhor to que adotarem a modalidade de parcelamento com
atenda às suas necessidades. Cartão de Crédito para o pagamento das multas de
§ 5º Os encargos e eventuais diferenças de trânsito, bem como para credenciar as empresas, re-
valores a serem cobrados por conta do parcelamento gulamentando as disposições deste artigo.
via cartão de crédito ficam a cargo do titular do car- § 15 O credenciamento de pessoas jurídicas
tão de crédito que aderir a essa modalidade de paga- para prestação dos serviços previstos nesta Resolu-
mento. ção será feito exclusivamente pelo DENATRAN e de-
§ 6º Os órgãos e entidades integrantes do verá ser antecedido da comprovação de:
Sistema Nacional de Trânsito que adotarem essa mo- I - habilitação jurídica;
dalidade de arrecadação de multas por meio de car- II - regularidade fiscal e trabalhista;
tões de débito ou crédito deverão encaminhar relató-
III - qualificação econômico-financeira; e
rios mensais ao DENATRAN contendo o montante arre-
cadado de forma discriminada, para fins de controle IV - qualificação técnica.
dos repasses relativos ao FUNSET. CAPÍTULO IX
§ 7º Na ausência de prestação de contas a DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
que se refere o § 6º, o DENATRAN poderá suspender Art. 26. Nos casos dos veículos registrados
a autorização para que os órgãos e entidades de em nome de missões diplomáticas, repartições con-
trânsito admitam o pagamento parcelado ou à vista sulares de carreira ou representações de organismos
de multas de trânsito por meio de cartões de débito internacionais e de seus integrantes, as notificações de
ou crédito. que trata esta Resolução, respeitado o disposto no § 6º
§ 8º O parcelamento poderá englobar uma ou do art. 10, deverão ser enviadas ao endereço constante
mais multas de trânsito vinculadas ao veículo. no registro do veículo junto ao órgão executivo de
§ 9º A aprovação e efetivação do parcelamen- trânsito do Estado ou Distrito Federal e comunicadas
to por meio do Cartão de Crédito pela Operadora de ao Ministério das Relações Exteriores para as provi-
Cartão de Crédito libera o licenciamento do veículo e dências cabíveis, na forma definida pelo DENATRAN.
a respectiva emissão do Certificado de Registro de Art. 27. A contagem dos prazos para apresen-
Licenciamento do Veículo – CRLV. tação de condutor e interposição da Defesa da
§ 10 O pagamento parcelado de multas já ven- Autuação e dos recursos de que trata esta Resolução
cidas deverá ser acrescido de juros de mora equiva- será em dias consecutivos, excluindo-se o dia da
lentes à taxa referencial do Sistema Especial de Li- notificação ou publicação por meio de edital, e in-
quidação e de Custódia (SELIC), nos termos do § 4º luindo-se o dia do vencimento.
do art. 284 do CTB, conforme disciplinado pelos arts. Parágrafo único. Considera-se prorrogado o
21 e 22 desta Resolução. prazo até o primeiro dia útil se o vencimento cair em
§ 11 O valor total do parcelamento, excluído a feriado, sábado, domingo, em dia que não houver ex-
taxa sobre a operação de Cartão de Crédito, deverá pediente ou este for encerrado antes da hora normal.
ser considerada como receita arrecadada, para fins Art. 28. No caso de falha nas notificações
de aplicação de recurso, conforme o art. 320 do CTB, previstas nesta Resolução, a autoridade de trânsito
bem como para fato gerador do repasse relativo ao poderá refazer o ato, observados os prazos prescri-
FUNSET. cionais.
§ 12 Ficam excluídos do parcelamento dispos- Art. 29. A notificação da autuação e a notifi-
to neste artigo: cação da penalidade de multa deverão ser encami-
I - as multas inscritas em dívida ativa; nhadas à pessoa física ou jurídica que conste como
II - os parcelamentos inscritos em cobrança proprietária do veículo na data da infração, respeitado
administrativa; o disposto no § 6º do art. 10.
III - os veículos licenciados em outras Unida- § 1º Caso o Auto de Infração de Trânsito não
des da Federação; e conste no prontuário do veículo na data do registro
492 Ordeli Savedra Gomes

da transferência de propriedade, o proprietário atual das notificações, apresentação da defesa da autua-


será considerado comunicado quando do envio, pelo ção e dos respectivos recursos.
órgão ou entidade executivos de trânsito, do extrato Parágrafo único. Caso o pagamento tenha
para pagamento do IPVA e demais débitos vinculados sido efetuado antecipadamente, conforme previsto no
ao veículo, ou quando do vencimento do prazo de caput, a Notificação da Penalidade deverá ser expe-
licenciamento anual. dida com a informação de que a multa encontra-se
§ 2º O DENATRAN deverá adotar as provi- paga, com a indicação do prazo para interposição do
dências necessárias para fornecer aos órgãos de recurso e sem código de barras para pagamento.
trânsito responsáveis pela expedição das notifica- Art. 31. Os procedimentos para apresentação
ções os dados da pessoa física ou jurídica que cons- de defesa de autuação e recursos, previstos nesta
tava como proprietário do veículo na data da infração. Resolução, atenderão ao disposto em regulamenta-
§ 3º Até que sejam disponibilizadas as infor- ção específica.
mações de que trata o § 2º, as notificações enviadas Art. 32. Aplica-se o disposto nesta Resolu-
ao proprietário atual serão consideradas válidas para ção, no que couber, às autuações em que a respon-
todos os efeitos, podendo este informar ao órgão sabilidade pelas infrações não sejam do proprietário
autuador os dados do proprietário anterior para con- ou condutor do veículo, até que os procedimentos
tinuidade do processo de notificação. sejam definidos por regulamentação específica.
§ 4º Após efetuar a venda do veículo, caso Art. 33. Aplicam-se a esta Resolução os prazos
haja Auto de Infração de Trânsito em seu nome, a prescricionais previstos na Lei 9.873, de 23.11.1999,
pessoa física ou jurídica que constar como proprietá- que estabelece prazo de prescrição para o exercício
ria do veículo na data da infração deverá providenciar de ação punitiva.
atualização de seu endereço junto ao órgão ou enti- Parágrafo único. O DENATRAN definirá os pro-
dade de trânsito de registro do veículo. cedimentos para aplicação uniforme dos preceitos da
§ 5º Caso não seja providenciada a atualiza- lei de que trata o caput pelos demais órgãos e enti-
ção do endereço prevista no § 4º, a notificação de- dades do Sistema Nacional de Trânsito.
volvida por esse motivo será considerada válida para Art. 34. Fica o DENATRAN autorizado a expe-
todos os efeitos. dir normas complementares para o fiel cumprimento
Art. 30. É facultado antecipar o pagamento do das disposições contidas nesta Resolução.
valor correspondente à multa, junto ao órgão ou enti- Art. 35. Esta Resolução entra em vigor em 1º
dade de trânsito responsável pela aplicação dessa de novembro de 2016, quando fica revogada a Reso-
penalidade, em qualquer fase do processo adminis- lução CONTRAN 404, de 12.06.2012.
trativo, sem prejuízo da continuidade dos procedi- Elmer Coelho Vicenzi
mentos previstos nesta Resolução para expedição

RESOLUÇÃO 622, DE 06.09.2016


Estabelece o Sistema de Notificação Eletrônica.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso da competência que lhe confere o art. 12, inc. I, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT;
Considerando o disposto no caput do art. 282 do CTB acerca da possibilidade de utilização de meios
tecnológicos hábeis para assegurar a ciência das notificações das infrações de trânsito;
Considerando o disposto no § 1º do art. 284 do CTB, com redação dada pela Lei 13.281, de 04.05.2016,
acerca da possibilidade de o infrator efetuar o pagamento da multa por 60% (sessenta por cento) do seu valor,
em qualquer fase do processo, até o vencimento da multa, caso opte pelo Sistema de Notificação Eletrônica, e
opte por não apresentar defesa prévia nem recurso, reconhecendo o cometimento da infração;
Considerando que os meios de comunicação via internet possibilitam o conhecimento, por parte do ci-
dadão, dos atos administrativos de forma ágil e eficiente, observados os princípios do devido processo legal,
ampla defesa e contraditório;
Considerando a necessidade de instituição de um sistema nacional que garanta a plena efetividade do
disposto no art. 282-A e no § 1º do art. 284, do CTB; e
Considerando o constante dos autos do processo 80000.044796/2013-74, resolve:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 493

CAPÍTULO I § 1º O acesso ao Sistema de Notificação Ele-


DISPOSIÇÕES PRELIMINARES trônica será disponibilizado mediante controle de
Art. 1º. Fica instituído o Sistema de Notifica- segurança para garantir a inviolabilidade da informa-
ção Eletrônica, sob a coordenação do Departamento ção. (Redação dada pela Res. 636/16)
Nacional de Trânsito – DENATRAN. (Redação dada § 2º É de exclusiva responsabilidade do usuá-
pela Res. 636/16) rio o acesso ao Sistema de Notificação Eletrônica,
Art. 2º. O Sistema de Notificação Eletrônica é respondendo este por todos os atos praticados.
o único meio tecnológico hábil, de que trata o caput § 3º O proprietário ou o condutor autuado que
do art. 282, do Código de Trânsito Brasileiro – CTB, optar pela notificação por meio eletrônico deverá
admitido para assegurar a ciência das notificações de manter seu cadastro atualizado no órgão executivo
infrações de trânsito e será certificado digitalmente, de trânsito do Estado ou do Distrito Federal.
atendidos os requisitos de autenticidade, integridade, § 4º No cadastrado de que trata o § 3º deverá
validade jurídica e interoperabilidade da Infraestrutura constar o endereço eletrônico e telefone celular do
de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil. proprietário ou condutor autuado para receber alertas
Art. 3º. Compete ao DENATRAN: a respeito de possíveis notificações em seu nome.
I - organizar e manter o Sistema de Notifica- § 5º Na hipótese de notificação por meio ele-
ção Eletrônica; trônico, o proprietário ou o condutor autuado será
II - desenvolver e padronizar os procedimentos considerado notificado 30 (trinta) dias após a inclu-
operacionais do Sistema de Notificação Eletrônica; são da informação no sistema eletrônico.
III - assegurar a correta gestão do Sistema de § 6º Independentemente do acesso regular ao
Notificação Eletrônica; Sistema, prevalecem, para todos os efeitos, os pra-
IV - definir as atribuições operacionais dos ór- zos estabelecidos nas notificações, informativos, co-
gãos e entidades integradas; municados e documentos nele disponibilizados.
V - cumprir e fazer cumprir esta Resolução e § 7º A utilização do Sistema de Notificação
as instruções complementares; Eletrônica substitui qualquer outra forma de notifica-
VI - arbitrar conflitos entre os participantes. ção para todos os efeitos legais.
CAPÍTULO II Art. 6º. Considera-se expedida a notificação
DO SISTEMA DE NOTIFICAÇÃO ELETRÔNICA de autuação, para fins de cumprimento do prazo de
Art. 4º. O Sistema de Notificação Eletrônica é 30 (trinta) dias de que trata o inc. II do parágrafo úni-
um meio de comunicação virtual, disponibilizado pelo co do art. 281 do CTB, com a efetiva disponibilização
DENATRAN aos órgãos e entidades integrados ao da notificação no Sistema de Notificação Eletrônica,
SNT e aos proprietários de veículos e condutores ha- devendo essa informação ser registrada no sistema.
bilitados, que permite receber e enviar informativos, Art. 7º. A adesão dos órgãos do SNT ao Sis-
comunicados e documentos em formato digital, me- tema de Notificação Eletrônica poderá ser realizada
diante adesão prévia. (Redação dada pela Res. 636/16) junto aos Órgãos e Entidades Executivos de Trânsito
Art. 5º. Os órgãos e entidades integrados ao dos Estados e do Distrito Federal, quando disponível,
SNT poderão disponibilizar e receber, no Sistema de ou via outros mecanismos a serem especificados,
Notificação Eletrônica, informativos, comunicados e abrangendo a possibilidade de comunicação de ou-
documentos, relativos a: (Caput e incisos com reda- tros órgãos e entidades do SNT referente a veículos e
ção dada pela Res. 636/16) condutores neles registrados. (Artigo com redação
I - notificação de autuação; dada pela Res. 636/16)
II - notificação de penalidade de multa; Art. 7-A. A adesão dos proprietários e condu-
III - notificação de penalidade de advertência tores ao Sistema de Notificação Eletrônica poderá ser
por escrito; realizada junto aos Órgãos e Entidades Executivos de
IV - interposição de defesa da autuação; Trânsito dos Estados e do Distrito Federal, quando
V - interposição de recursos administrativos disponível, ou via outros mecanismos disponibiliza-
de infrações de trânsito; dos. (Acrescido pela Res. 636/16)
VI - resultado de julgamentos; Art. 7-B. O cancelamento do acesso ao Sis-
VII - indicação de condutor infrator; tema de Notificação Eletrônica dar-se-á: (Acrescido
VIII - resultado da identificação do condutor pela Res. 636/16)
infrator; I - por livre iniciativa do usuário; ou
IX - campanhas educativas de trânsito; II - a critério do órgão ou entidade do SNT de-
X - outros documentos e informes de suas tentor do meio tecnológico disponibilizado, desde que
competências. justificado.
494 Ordeli Savedra Gomes

§ 1º Após a comunicação de venda ou a § 4º O Sistema de Notificação Eletrônica não


transferência de propriedade de veículo cadastrado permitirá o parcelamento das multas de trânsito.
no SNE, o vínculo entre o proprietário anterior aderen- Art. 9º. Os valores pelo recebimento e envio
te ao SNE e o veículo será cancelado. de informativos, comunicados e documentos em for-
§ 2º As notificações disponibilizadas no Sis- mato digital serão cobrados dos órgãos e integrantes
tema de Notificação Eletrônica até o dia do cancela- do SNT, que aderirem ao Sistema de Notificação Ele-
mento do acesso permanecerão válidas para fins de trônica, na forma estabelecida pelas instruções com-
comprovação da notificação do infrator. plementares emitidas pelo DENATRAN. (Redação dada
Art. 8º. Os órgãos e entidades integrantes do pela Res. 636/16)
SNT, para arrecadarem multas de trânsito de sua CAPÍTULO III
competência ou de terceiros, por meio do Sistema de DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Notificação Eletrônica, deverão utilizar o documento Art. 10. (Revogado pela Res. 636/16).
próprio de arrecadação de multas de trânsito estabe-
Art. 11. O Sistema de Notificação Eletrônica
lecido pelo DENATRAN, com vistas a garantir o re-
disponibilizará o Formulário de Identificação do Con-
passe automático dos valores relativos ao Fundo Na-
dutor Infrator, referente às notificações de autuação
cional de Segurança e Educação de Trânsito – FUN-
informadas eletronicamente. (Redação dada pela Res.
SET.
636/16)
§ 1º Os documentos de arrecadação de mul-
Art. 12. As unidades de tecnologia da infor-
tas de trânsito serão gerados pelos órgãos autuado-
mação dos órgãos e entidades componentes do SNT
res, e disponibilizados pelo Sistema de Notificação
deverão manter sistema de segurança de acesso que
Eletrônica, na seguinte forma: (Redação dada pela Res.
garanta a preservação e a integridade dos dados pu-
636/16) blicados eletronicamente, por um prazo mínimo de 5
I - com desconto de 40% nas condições esta- (cinco) anos.
belecidas pelo § 1º do art. 284 do CTB; Art. 13. O DENATRAN regulamentará a pre-
II - com desconto de 20%, até o vencimento, sente Resolução no tocante às especificações técni-
nos termos do caput do art. 284 do CTB, facultando a cas do Sistema de Notificação Eletrônica.
possibilidade do infrator apresentar defesa ou recurso. Art. 14. Aplicam-se as disposições contidas
III - acrescido de juros de mora, nos termos em outros normativos do CONTRAN relacionadas ao
do § 4º do art. 284 do CTB e conforme Resolução processo de notificação, naquilo que não conflitem
CONTRAN 619, de 06.09.2016. com a presente Resolução.
§ 2º O recolhimento do percentual de 5% Art. 15. Fica revogada a Resolução CONTRAN
(cinco por cento) do valor arrecadado das multas de 488, de 07.05.2014.
trânsito à conta do FUNSET é de responsabilidade do
Art. 16. Esta Resolução entra em vigor no dia
órgão de trânsito arrecadador.
1º de novembro de 2016.
§ 3º O pagamento das multas de trânsito será
efetuado na rede bancária arrecadadora. Elmer Coelho Vicenzi

RESOLUÇÃO 623, DE 06.09.2016 (*)


Dispõe sobre a uniformização dos procedimentos admi-
nistrativos quanto à remoção, custódia e para a realiza-
ção de leilão de veículos removidos ou recolhidos a
qualquer título, por órgãos e entidades componentes do
Sistema Nacional de Trânsito – SNT, nos termos dos
arts. 271 e 328, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que insti-
tuiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e dá outras
providências.
O Conselho Nacional de TRÂNSITO – CONTRAN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art.
12, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e conforme o Decreto 4.711,
de 29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT,
Considerando a necessidade de adequar e integrar os procedimentos administrativos quanto à remoção,
custódia e realização de leilão de veículos removidos ou recolhidos a qualquer título, por Órgãos e Entidades
componentes do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, nos termos dos arts. 271 e 328, da Lei 9.503, de
23.09.1997, com redação dada pela Lei 13.160, de 25.08.2015, e da Lei 13.281, de 04.05.2016, que dispõem
sobre retenção, remoção e leilão de veículo,
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 495

Considerando o que dispõe a Lei 12.977, de 20.05.2014, que regula e disciplina a atividade de desmon-
tagem de veículos automotores terrestres, quanto aos veículos classificados como sucatas,
Considerando o disposto no Processo Administrativo 80000.031542/2014-77, resolve:
CAPÍTULO I instruída por meio de processo administrativo, devi-
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES damente protocolizado pelo órgão responsável por
Art. 1º. Os procedimentos administrativos sua custódia, onde serão anexados os documentos
quanto à remoção e custódia de veículos em decor- em ordem cronológica, a partir do Termo de Remoção
rência de penalidade aplicada ou medida administra- ou documento equivalente, obrigatoriamente emitido
tiva adotada por infração à Lei 9.503, de 23.09.1997, e inclusive a cópia do prontuário do veículo recolhido,
na forma prevista em seu art. 271 e para a realização onde conste a situação atualizada de seu registro.
de leilão de veículos removidos ou recolhidos a qual- Seção I
quer título, por órgãos e entidades componentes do Do Registro e Notificação
Sistema Nacional de Trânsito – SNT, nos termos do de Recolhimento
art. 328 do CTB, e alterações promovidas pela Lei Art. 4º. Caberá ao agente da Autoridade de
13.160, de 25.08.2015, e pela Lei 13.281, de 04.05.2016, Trânsito, responsável pelo recolhimento do veículo,
combinada com a Lei 8.666, de 21.06.1993, deverão emitir a notificação por meio do termo de recolhimen-
ser realizados de acordo com o estabelecido nesta Re- to de veículo ou documento equivalente, mediante
solução. identificação e assinatura, ou por meio de sistema in-
Seção I formatizado que possibilite a identificação do respon-
Das Definições sável, que discriminará:
Art. 2º. Para os fins previstos nesta Resolu- I - os objetos deixados no veículo por conve-
ção, entende-se por: niência e inteira responsabilidade do condutor;
I - remoção de veículos: medida administrati- II - os equipamentos obrigatórios ausentes;
va aplicada pelo agente da Autoridade de Trânsito, III - o estado geral da lataria, pintura e pneus;
quando da constatação da infração de trânsito que IV - os danos do veículo causados por aciden-
caracterize a necessidade de se retirar o veículo do te e a sua condição de trafegar em vias públicas;
trânsito, que será recolhido em local apropriado, V - identificação do proprietário e do condu-
conforme o estabelecido no art. 271 do CTB.
tor, sempre que possível;
II - recolhimento: ato de encaminhamento do
VI - dados que permitam a precisa identifica-
veículo ao pátio de custódia a qualquer título, decor-
ção do veículo, registrado a termo, se irregular;
rente de remoção, retenção, abandono ou acidente,
realizado por órgão público ou por particular contrata- VII - o prazo para a retirada do veículo, sob
do por licitação pública, inclusive por meio de pregão. pena de ser levado a leilão.
III - custódia de veículos: procedimento admi- § 1º O termo de recolhimento de veículo ou
nistrativo de guarda e zelo de veículo recolhido a local documento equivalente será preenchido em, no mí-
apropriado diretamente por órgão público responsável nimo, duas vias, admitida a hipótese de uso de ar-
pelo recolhimento, por órgão público conveniado, por quivos informatizados que permitam sua impressão e
particular contratado por licitação, inclusive por meio utilização em processos instruídos, sendo:
de pregão, ou mediante credenciamento. I - a primeira destinada ao proprietário ou con-
IV - leilão: modalidade de licitação entre quais- dutor do veículo recolhido, a qualquer título;
quer interessados para a venda de veículos removi- II - a segunda destinada ao órgão ou entidade
dos ou recolhidos a qualquer título a quem oferecer o responsável pela custódia do veículo, que instruirá o
maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. devido processo administrativo;
CAPÍTULO II III - a terceira, se necessário, à entidade con-
DOS PROCEDIMENTOS DE CUSTÓDIA tratada ou conveniada pelo acolhimento do veículo
Art. 3º. Os procedimentos e os prazos de cus- em depósito, quando for o caso; e
tódia dos veículos recolhidos em razão de penalidade IV - a quarta, se necessário, ao agente de
ou medida administrativa aplicada por inobservância trânsito responsável pelo recolhimento.
a preceito do CTB e legislação complementar, aban- § 2º O condutor do veículo flagrado, mesmo
dono ou acidentes de trânsito, obedecerão ao dispos- que não habilitado e ainda que não seja o proprietário
to nesta Resolução. que conste do registro, poderá ser notificado e re-
Parágrafo único. A remoção de veículo, a qual- ceber o termo de recolhimento ou documento equiva-
quer título conforme o estabelecido no CTB deverá ser lente, com eficácia de notificação.
496 Ordeli Savedra Gomes

§ 3º Considera-se notificado o proprietário ou ro, arrendador do bem, entidade credora ou a quem


condutor presente no momento do recolhimento, ain- tenha se sub-rogado aos direitos do veículo, caso o
da que se recuse a assinar o termo de recolhimento. endereço conste no prontuário ao qual o veículo es-
§ 4º Caso o proprietário ou condutor não este- teja vinculado.
jam presentes no momento do recolhimento do veí- § 4º Para o caso de notificação postal, decor-
culo, a autoridade competente deverá expedir notifi- rente de gravames financeiros registrados no pron-
cação de recolhimento, no prazo de 10 (dez) dias, tuário do veículo, poderão ser agrupados em um mes-
contados do fato, por remessa postal ou qualquer mo documento todos os veículos que contenham gra-
outro meio tecnológico hábil, em nome e para o en- vames em favor do mesmo agente financeiro, sendo
dereço de quem constar no registro do veículo para válidas as notificações postais por comunicação ele-
que seja retirado no prazo de 60 (sessenta) dias a trônica.
contar da data de recolhimento ou remoção. Seção II
§ 5º A notificação devolvida por desatualiza- Das Disposições Complementares
ção do endereço do proprietário do veículo ou por Intermediárias
recusa desse de recebê-la será considerada recebida Art. 6º. Em caso de veículo transportando
para todos os efeitos. carga de produto perigoso ou perecível e de transpor-
§ 6º Caso restem frustradas as tentativas de te coletivo de passageiros, a remoção imediata po-
notificação presencial, postal ou por qualquer outro derá não ocorrer, a critério do agente, verificadas as
meio tecnológico hábil, a notificação poderá ser feita condições de segurança para circulação, nos termos
por edital, a partir do qual passará a contar os 60 do § 5º do art. 270 do CTB.
(sessenta) dias para a alienação por leilão.
Art. 7º. O veículo sob custódia que não puder
§ 7º O agente de trânsito recolherá o Certifi-
ser identificado, ou que tiver sua identificação adulte-
cado de Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV,
rada, terá assegurado os seguintes procedimentos de
contra entrega de recibo ao proprietário ou condutor,
verificação, inclusive como condição para ser levado
ou informará, no termo de recolhimento ou documen-
to equivalente, o motivo pelo qual não foi recolhido. à Leilão:
§ 8º Para os veículos com restrição judicial ou I - emissão de laudo pericial oficial ou laudo
policial, a autoridade responsável pela restrição será de vistoria do órgão ou entidade responsável pela
notificada, o que implica ciência de que o veículo po- custódia do veículo, visando à busca da autenticida-
derá ser levado à leilão caso não seja regularizado e de de seus caracteres, da sua documentação, bem
liberado, no prazo de 60 (sessenta) dias. como a legitimidade da propriedade, enquadrando-se
Art. 5º. O órgão ou entidade responsável pela o veículo em uma das seguintes situações:
custódia, além da expedição da via do termo de re- a) veículo com identificação não reconhecida
colhimento ou documento equivalente, decorrido o ou não assegurada: leiloar como sucata inservível,
prazo de 30 (trinta) dias sem a retirada do veículo, qualquer que seja seu estado de conservação;
expedirá edital de notificação de retirada do veículo. b) veículo de identificação alterada com con-
§ 1º O edital de notificação de retirada do veí- firmação de sua identificação correta, com restrições
culo será publicado em portal na Internet do próprio judiciais, administrativas ou policiais: notificar a au-
órgão ou afixado nas dependências do órgão em local toridade responsável pela restrição para proceder à
de livre acesso ao público, pelo prazo de 10 (dez) retirada do veículo em depósito, desde que pagas as
dias, para que o veículo seja retirado com a devida despesas com remoção e estada, ou para a autoriza-
quitação dos débitos a ele vinculados e regularizado, ção do leilão, que poderá ocorrer se não houver
sob pena de ser incluído em procedimento de aliena- manifestação da autoridade no prazo de 60 (sessen-
ção por leilão, decorrido o prazo legal. ta) dias a contar da notificação;
§ 2º A notificação por edital deverá conter: c) veículo de identificação alterada com con-
I - o nome do proprietário do veículo; firmação de sua identificação correta, assegurada por
II - o nome do agente financeiro, ou do arren- dados verdadeiros, sem restrições judiciais, adminis-
datário do veículo, ou da entidade credora, ou de quem trativas ou policiais: emitir notificação ao proprietário
se sub-rogou nos direitos, quando for o caso; e/ou agente financeiro que constem do registro do
III - os caracteres da placa de identificação e veículo, exigindo a regularização de dados por remar-
do chassi do veículo, quando houver; cação de caracteres e nova emissão de documentos,
IV - a marca e o modelo do veículo. no prazo máximo de 60 (sessenta) dias a contar do
§ 3º O edital deverá ser encaminhado por recolhimento, que se não atendido será incluído em
meio de comunicação eletrônica ao agente financei- procedimento de Leilão;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 497

d) veículo com identificação duplicada, sem los serão concluídos por termo final e conservados
confirmação de sua identificação correta, com alertas por cinco anos.
e restrições no registro do veículo original: notificar CAPÍTULO III
as autoridades que inseriram as anotações no Siste- DA ALIENAÇÃO POR MEIO DE LEILÃO
ma Registro Nacional de Veículos Automotores – Art. 10. Constatada a permanência do veículo
RENAVAM, solicitando que efetuem a exclusão de recolhido em depósito do órgão público responsável,
tais dados, para que o veículo recolhido seja levado a do órgão público conveniado, do particular contratado
Leilão como sucata; por licitação, inclusive por meio de pregão, ou medi-
e) veículo com identificação duplicada, com ante credenciamento, não reclamado por seu proprie-
confirmação de sua identificação correta, com ou tário, por período superior ao previsto no caput art.
sem alertas ou restrições no registro do veículo 328 do CTB, este será levado à alienação por meio de
original: notificar as autoridades que inseriram as Leilão.
observações no Sistema RENAVAM, solicitando que Seção I
efetuem a exclusão de tais dados, em razão da Da Competência
correta identificação do veículo, de seu legítimo pro- Art. 11. O órgão ou entidade responsável pelo
prietário e agente financeiro, se houver, que serão envio do veículo ao depósito é competente para rea-
notificados a efetuar a regularização de dados por lização do leilão, devendo o seu dirigente máximo au-
remarcação de caracteres e reemissão de documen- torizar expressamente a abertura do processo admi-
tos, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias do re- nistrativo, bem como designar o leiloeiro.
colhimento do veículo, que se não atendido será in- Parágrafo único. A realização do leilão pode-
cluído em procedimento de Leilão; rá ocorrer diretamente pelo órgão, por órgão público
II - não demonstrada a autenticidade da iden- conveniado, ou leiloeiro, podendo ainda ser designa-
tificação do veículo recolhido ou a legitimidade da da comissão de leilão para a realização de atos ins-
sua propriedade, o veículo será incluído em procedi- trumentais que auxiliem a sua realização e sua exe-
mento de leilão como sucata inservível, qualquer que cução.
seja seu estado de conservação, registrando-se a Art. 12. Os órgãos ou entidades de trânsito
termo que tal alienação não constará do Sistema componentes do SNT e regularmente habilitados jun-
RENAVAM – Módulo Leilão, por ausência de identifi- to aos sistemas RENAVAM e Registro Nacional de
cação. Infrações de Trânsito – RENAINF poderão realizar lei-
III - o recurso obtido com leilão de veículo pa- lão de forma compartilhada, cujos ajustes serão defi-
ra o qual seja autorizada a sua alienação antecipada nidos em comum acordo, nos termos desta Resolu-
será integralmente revertido a crédito da conta indi- ção.
cada no seu respectivo termo autorizatório de venda, Parágrafo único. O leilão compartilhado será
com seus débitos desvinculados, na forma preconi- realizado conforme ajuste firmado entre os órgãos e
zada em Lei. entidades cooperantes, recomendando- se que este
Art. 8º. A restituição do veículo sob custódia instrumento preveja que seja realizado em único pro-
somente ocorrerá mediante prévio pagamento de cedimento, com mesmo edital e leiloeiro, com veícu-
todos os débitos incidentes devidos, bem como o los ofertados em lotes separados e com arremates
reparo de qualquer componente ou equipamento obri- depositados em contas bancárias distintas, sob con-
gatório que não esteja em perfeito estado de funcio- trole e conciliação de cada órgão específico.
namento. Seção II
§ 1º Se o reparo exigido no caput demandar Das Providências que Antecedem a
providência que não possa ser tomada no depósito, a Realização do Leilão
autoridade responsável pela remoção liberará o veí- Art. 13. O órgão ou entidade responsável pelo
culo para reparo, na forma transportada, mediante leilão, durante os procedimentos preparatórios de sua
autorização, assinalando prazo para reapresentação. realização, deverá verificar a situação de cada veículo
§ 2º A despesa de remoção e estada será de- junto ao órgão executivo de trânsito responsável pelo
vida integralmente, por período contado em dias, a registro, para detectar:
partir do recolhimento do veículo, limitado ao prazo I - restrição judicial ou policial;
máximo de 6 (seis) meses. II - registro de gravames financeiros;
Art. 9º. Cumpridas todas as exigências e de- III - débitos relativos a tributos, encargos e
corridos os prazos previstos nesta Resolução, os multas de trânsito e ambientais, identificando os res-
processos administrativos de recolhimento de veícu- pectivos credores.
498 Ordeli Savedra Gomes

§ 1º O veículo que apresentar restrição judi- Art. 16. São considerados como sucata os
cial ou policial poderá ser retirado pela autoridade veículos que estão impossibilitados de voltar a circu-
responsável pela restrição, desde que a manifestação lar ou cuja autenticidade de identificação ou legitimi-
ocorra no prazo de 60 (sessenta) dias de sua notifi- dade da propriedade não restar demonstrada, não
cação e que sejam pagas as despesas com remoção tendo direito à documentação.
e estada do veículo. § 1º São critérios mínimos para classificação
§ 2º O leilão de veículo que apresentar restri- de veículos como sucata:
ção judicial ou policial ocorrerá após a autorização da I - danos de grande monta;
autoridade responsável pela restrição ou em caso de II - impossibilidade de reparo gerando causa
descumprimento do estabelecido no § 1º. impeditiva à circulação;
§ 3º As instituições financeiras poderão habi- III - motor cuja numeração não seja possível
litar-se aos créditos remanescentes, após deduzidos confirmar, por motivo de corrosão, inexistência ou
os valores dos encargos legais do montante obtido divergência de cadastro nos sistemas Base Índice
no leilão. Nacional e Base Estadual do RENAVAM, ilegibilidade
§ 4º Os órgãos ou entidades executivos de ou qualquer outro motivo que impossibilite a identifi-
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito cação, desde que não caracterize fraude;
de sua circunscrição, deverão fornecer aos órgãos e IV - veículo artesanal sem registro; ou
entidades executivos e rodoviários de trânsito da V - veículo registrado no exterior e não licen-
União, dos Estados e Municípios, que não sejam ope- ciável no Brasil.
radores das rotinas do Sistema RENAVAM, o acesso § 2º Os veículos classificados como sucata
ao referido sistema, para consulta da situação do são divididos em:
veículo. I - sucatas aproveitáveis: aquelas cujas peças
§ 5º Serão disponibilizadas aos órgãos e enti- poderão ser reaproveitadas em outro veículo, com
dades executivos e rodoviários de trânsito de que inutilização de placas e chassi em que conste o Nú-
trata o § 4º todas as rotinas referentes a leilão do mero de Identificação do Veículo – registro VIN;
Sistema RENAVAM. II - sucatas inservíveis: aquelas transformadas
Art. 14. Esgotados os prazos de notificações em fardos metálicos, por processo de prensagem ou
previstos nesta Resolução e não tendo comparecido trituração, sendo desnecessária a inutilização de pla-
nenhum dos notificados para a quitação dos débitos cas e numeração do chassi quando a prensagem
e retirada do veículo, será feita a verificação final das ocorrer em local supervisionado pelo órgão responsá-
condições de cada veículo, para fins de avaliação. vel pelo leilão;
Art. 15. A avaliação dos veículos será feita III - sucatas aproveitáveis com motor inserví-
pelo órgão ou entidade responsável pelo procedimen- vel: aquelas cujas peças poderão ser reaproveitadas
to de leilão, pela comissão de leilão, ou ainda por pro- em outro veículo, com exceção da parte do motor
fissional terceirizado, devidamente autorizado e habi- que conste sua numeração, devendo ser inutilizadas
litado, que deverá: as placas e chassi em que conste o Número de Iden-
tificação do Veículo - registro VIN.
I - identificar os veículos conservados, que se
encontram em condições de segurança para trafegar § 3º Os veículos definidos como sucatas e in-
em via aberta ao público, e os veículos que deverão seridos em processos de leilão somente poderão ser
vendidos como destinação final e sem direito à do-
ser leiloados como sucata;
cumentação, como sucatas prensadas para empre-
II - estabelecer os lotes de sucata a serem lei- sas regulares do ramo de siderurgia ou fundição, ou
loados; como sucatas aproveitáveis para empresas do ramo
III - proceder à avaliação de cada veículo e de do comércio de peças usadas reguladas pela Lei
cada lote de sucata, estabelecendo o lance mínimo 12.977, de 20.05.2014, e normativos do CONTRAN.
para arrematação de cada item; e § 4º Os veículos, sucatas e materiais inserví-
IV - atribuir a cada veículo identificado como veis de bens automotores que se encontrarem reco-
sucata um valor proporcional ao valor total do lote no lhidos há mais de 1 (um) ano poderão ser destinados
qual esteja incluído. à reciclagem como material ferroso, independente-
Parágrafo único. O órgão ou entidade res- mente da existência de restrições sobre o veículo.
ponsável pelo leilão poderá reclassificar a avaliação § 5º A alienação prevista no § 4º será realiza-
do veículo, realizada por profissional terceirizado, le- da por tonelagem de material ferroso, condicionando-
vando em conta os princípios da economicidade, ce- se a entrega do material arrematado à realização dos
leridade processual e eficiência. procedimentos necessários de descaracterização to-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 499

tal do bem, à destinação exclusiva para a reciclagem I - para a alienação de veículos conservados,
siderúrgica e à captação ambientalmente correta de destinados à circulação:
fluídos, combustíveis e demais materiais e substân- a) objeto da alienação por leilão, com descri-
cias reconhecidos como contaminantes do meio am- ção sucinta e clara, indicação de marca, modelo, ano
biente. de fabricação, número do motor e cor predominante
Art. 17. Para os veículos avaliados como su- dos veículos ofertados;
cata, o órgão ou entidade responsável pelo procedi- b) locais, datas e horários onde poderão ser
mento de leilão deverá: examinados os lotes dos veículos relacionados;
I - inutilizar a identificação gravada no chassi c) condições para a participação no leilão e as
que contêm o registro VIN e suas placas, nas hipóte- restrições legais;
ses de sucatas aproveitáveis ou de sucatas aprovei- d) endereços e formas de acesso às informa-
táveis com motor inservível; ções à distância, para o fornecimento de elementos e
II - solicitar a baixa ao órgão executivo de esclarecimentos sobre o leilão;
trânsito de registro do veículo, após a realização da e) local, data e horário de realização do leilão;
venda e do recolhimento dos débitos pendentes, f) a indicação do leiloeiro;
quitados com os recursos do leilão, antes da entrega g) o valor inicial dos lotes e a forma de paga-
ao arrematante. mento dos arremates;
III - emitir ou solicitar ao órgão de registro do h) critério para julgamento dos lances oferta-
veículo a certidão de baixa de veículo, para entrega dos;
ao arrematante, com cópia juntada a processo i) sanções para o caso de inadimplemento;
vinculado ao do leilão, que reúna as certidões ou j) instruções e normas para os recursos pre-
solicitações de todas as sucatas leiloadas no respec- vistos em lei;
tivo procedimento.
k) condições e locais para a retirada dos veí-
Art. 18. O órgão ou entidade responsável pelo culos arrematados;
procedimento de leilão, após a publicação de seu l) outras indicações específicas ou peculiares
edital, deverá registrar no sistema RENAVAM a da alienação.
indicação de que o veículo será levado a leilão, ex-
II - para a alienação de sucatas aproveitáveis
ceto no caso de sucatas com ausência de sua identi-
e sucatas aproveitáveis com motor inservível desti-
ficação.
nadas ao comércio de peças e componentes:
§ 1º No caso de inoperância do Sistema RE-
a) objeto da alienação por leilão, indicando mar-
NAVAM, o órgão ou entidade responsável pelo pro-
ca, modelo, ano de fabricação, número do motor e cor
cedimento de leilão deverá emitir comunicado oficial predominante dos veículos ofertados;
ao órgão detentor do registro do veículo de que este
b) locais, datas e horários onde poderão ser
será leiloado, bastando tais informações para que o
examinados os lotes dos veículos relacionados;
órgão de registro do veículo adote todos os procedi-
mentos devidos. c) condições para a participação do leilão e as
restrições legais;
§ 2º Atendido o disposto no caput, o órgão
executivo de trânsito responsável pelo registro do d) exigências de comprovação do ramo de ati-
vidade de comércio de peças usadas, conforme pre-
veículo deverá informar, no prazo máximo de 10 (dez)
visto na Lei 12.977, de 2014, e normativos do CON-
dias úteis, a existência de débitos, restrições ou ou-
TRAN;
tros encargos incidentes sobre o prontuário do veí-
culo, ao órgão ou entidade de trânsito preparador do e) exigências para a retirada dos veículos su-
leilão, devendo alertar sobre fato impeditivo à aliena- catas;
ção. f) endereços e formas de acesso às informa-
ções à distância, para o fornecimento de elementos e
Seção III
esclarecimentos sobre o leilão;
Da Realização do Leilão
g) local, data e horário de realização do leilão;
Art. 19. Cumpridas todas as exigências para
h) a indicação do leiloeiro;
a realização da alienação, o órgão ou entidade res-
ponsável, por meio do leiloeiro designado, expedirá o i) o valor inicial dos lotes e a forma de paga-
edital de leilão, listando todos os veículos em lotes, mento dos arremates;
como conservados ou sucatas. j) critério para julgamento dos lances oferta-
§ 1º O edital de leilão deverá conter, no míni- dos;
mo: k) sanções para o caso de inadimplemento;
500 Ordeli Savedra Gomes

l) instruções e normas para os recursos pre- ção, os tipos de veículos ofertados, se destinados à
vistos em lei; circulação, sucatas aproveitáveis, sucatas aproveitá-
m) condições e locais para a retirada dos veí- veis com motor inservível ou sucatas inservíveis, e
culos sucatas arrematados; e os endereços e meios para a obtenção do edital
n) outras indicações específicas ou peculiares completo, será publicado:
da alienação. a) no Diário Oficial; e
III - para a alienação de sucatas inservíveis, b) em jornal de grande circulação no Estado
transformadas em fardos metálicos: ou na região em que ocorrerá o leilão.
a) objeto da alienação por leilão, indicando II - o edital completo, até a data de sua reali-
tratar-se de sucatas inservíveis; zação, terá a sua publicação:
b) locais, datas e horários onde poderão ser a) afixada em dependências do órgão ou enti-
examinados os lotes dos veículos relacionados; dade de trânsito, suas unidades descentralizadas e
c) condições específicas para a participação no local designado para a sua realização; e
do leilão e as restrições legais; b) disponível no sítio eletrônico na Internet do
d) exigências de comprovação do ramo de ati- órgão ou entidade responsável pelo leilão.
vidade, de siderurgia ou reciclagem, exercida pelo in- Art. 21. Na data e hora previstas será promo-
teressado; vido o leilão, conduzido por leiloeiro designado for-
e) exigências de preparação, retirada de fluí- malmente pelo órgão responsável e que constará do
dos e prensagem dos veículos sucatas inservíveis; edital, sendo ofertados os lotes a interessados.
f) endereços e formas de acesso às informa- Art. 22. Os lotes arrematados serão descritos
ções à distância, para o fornecimento de elementos e em nota de arremate ou documento equivalente,
esclarecimentos sobre o leilão; emitida pelo leiloeiro ou órgão ou entidade responsá-
g) local, data e horário de realização do leilão; vel pelo leilão, que conterá o número do lote, o valor
h) a indicação do leiloeiro; do arremate, nome, CPF ou CNPJ do arrematante e,
no caso de leiloeiro oficial, o valor da comissão.
i) o valor inicial por quilo e total do peso esti-
mado; Art. 23. Os valores oriundos dos arremates
serão depositados em conta do Tesouro Público ou
j) critério para julgamento dos lances oferta- em conta específica na agência bancária em que o
dos; órgão detenha suas movimentações regulares em con-
k) sanções para o caso de inadimplemento; formidade com a Lei, sob a responsabilidade de quem
l) instruções e normas para os recursos pre- detenha a autorização de movimentação das contas
vistos em lei; bancárias do órgão ou entidade.
m) condições e locais para a retirada das su- Art. 24. O veículo poderá ser restituído ao
catas prensadas; e proprietário até o último dia útil anterior à realização
n) outras indicações específicas ou peculiares da sessão do leilão, desde que quitados os débitos e
da alienação. regularizado.
§ 2º Para os veículos definidos como sucatas Parágrafo único. Na hipótese de o antigo
aproveitáveis para comércio de suas partes, o edital proprietário reaver o veículo a qualquer tempo, por
conterá apenas os dados necessários de avaliação, qualquer meio, os débitos serão novamente vincula-
que permitam distinção da marca, modelo, ano de dos ao bem.
fabricação, número do motor e cor predominante, Seção IV
considerando a inutilização obrigatória de seus dados Da Entrega ao Arrematante
identificadores.
Art. 25. Realizado o leilão, o órgão ou entida-
§ 3º Os editais de leilão deverão indicar que de responsável por este procedimento providenciará
aqueles que tiverem crédito sobre o veículo poderão o registro no sistema RENAVAM do extrato do leilão,
requerer a sua habilitação para exercer direito sobre conforme dispuser o manual do referido sistema ou,
o crédito identificado, obedecida a ordem de preva- em caso de inoperância do sistema, comunicará ofi-
lência legal, sendo considerados notificados desde a cialmente o fato ao órgão ou entidade executivo de
publicação do edital. trânsito de registro do veículo.
Art. 20. O edital de leilão será publicado com § 1º O órgão ou entidade executivo de trânsi-
a antecedência mínima de 15 (quinze) dias da sua to de registro do veículo, confirmada a realização do
realização, observadas as seguintes condições: procedimento, deverá proceder à desvinculação dos
I - o Aviso de Leilão, sintetizando as caracte- débitos e demais ônus incidentes sobre o prontuário
rísticas do leilão, o local, data e hora de sua realiza- do veículo leiloado existentes até a data do leilão e
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 501

não quitados com os recursos obtidos na alienação, Art. 31. Os processos de leilão serão instruí-
no prazo máximo de 10 (dez) dias. dos com os seguintes documentos:
§ 2º Para a desvinculação obrigatória das I - autorização para a realização do procedi-
multas de veículos leiloados, devem ser seguidas as mento;
rotinas previstas no Sistema RENAINF no prazo má- II - despacho de autorização de realização do
ximo de 10 (dez) dias. procedimento;
§ 3º Para veículo leiloado como sucata, o ór- III - documento oficial, designando a Comis-
gão detentor do seu registro deverá efetivar a baixa e são de Avaliação, se for o caso;
expedir a respectiva certidão, na forma da Lei 8.722, IV - indicação de leiloeiro oficial ou designa-
de 27.10.1993. ção de leiloeiro;
§ 4º O arrematante de veículo destinado à cir- V - termo de compromisso firmado com o lei-
culação será responsável unicamente pelo pagamen- loeiro;
to dos tributos incidentes sobre o veículo arrematado VI - cópia do aviso de leilão e comprovante de
a partir da aquisição, a ser calculado de forma pro- sua publicação;
porcional, a contar do mês da realização do leilão.
VII - parecer jurídico emitido sobre o leilão;
§ 5º Para os veículos leiloados como conser- VIII - edital de leilão contendo a relação dos
vados, o arrematante terá o prazo máximo de 30 veículos, em anexo, com:
(trinta) dias para o registro perante o órgão executivo
a) lote ao qual pertence o veículo;
de trânsito, contados a partir de sua liberação pelo
órgão ou entidade responsável pelo leilão. b) marca e modelo;
Art. 26. O veículo conservado, destinado à c) placa ou chassi, se houver;
circulação, será entregue ao arrematante, livre e de- d) lance mínimo;
sembaraçado de quaisquer ônus, ficando este res- e) avaliação do veículo
ponsável pela regularização e transferência de proprie- IX - termo de ocorrências do leilão e presta-
dade perante o órgão ou entidade executivo de trân- ção de contas do leiloeiro;
sito detentor de seu registro. X - relatório financeiro do leilão;
Art. 27. Ao arrematante de veículo leiloado XI - notificações aos ex-proprietários sobre os
como sucata será fornecida a certidão de baixa do saldos credores, se houver;
registro prevista no art. 4º do Decreto 1.305, de XII - termo de encerramento ou ata de realiza-
09.11.1994, e art. 7º da Lei 12.977, de 2014, ates- ção do leilão, assinado pelo leiloeiro ou pela comis-
tando sua baixa, que será emitida pelo órgão detentor são designada, se houver;
do registro do veículo. XIII - termo de homologação do leilão, assina-
CAPÍTULO IV do pela autoridade competente do órgão.
DOS REGISTROS FINANCEIROS E Seção I
CONTROLES DO PROCEDIMENTO Do Rateio dos Valores Arrecadados e
Art. 28. Os órgãos ou entidades que não reali- Rendimentos Auferidos
zam controle contábil nos sistemas oficiais do Gover- Art. 32. O valor integral arrecadado com os
no Federal deverão manter todos os controles finan- arremates no leilão será depositado em conta bancá-
ceiros demonstrados por documentos inseridos nos ria do órgão ou entidade responsável por sua realiza-
respectivos processos administrativos, autuados e ção, cujos valores arrecadados deverão ter a seguin-
devidamente instruídos. te ordem de prevalência:
Art. 29. Os recursos administrativos deman- I - os custos necessários ao ressarcimento
dados contra atos do leiloeiro ou da Comissão de com o procedimento licitatório, em montante a ser
Avaliação, formalmente designados, serão resolvidos definido na forma indicada no § 1º;
pela autoridade de instância superior à que se subor- II - despesas com remoção e estada;
dinam, e, sobre a decisão desta, os recursos serão III - tributos vinculados ao veículo:
apreciados pela autoridade competente. a) taxas de licenciamento; e
Parágrafo único. Em qualquer fase recursal é b) imposto sobre a propriedade de veículos
facultada a assistência jurídica. automotores – IPVA.
Art. 30. O procedimento de Leilão será homo- IV - os credores trabalhistas, tributários e titu-
logado por termo próprio, assinado pela autoridade lares de crédito com garantia real, segundo a ordem
competente, após a confirmação de atendimento de de preferência estabelecida no art. 186 da Lei 5.172,
todas as exigências normativas. de 25.10.1966.
502 Ordeli Savedra Gomes

V - multas de trânsito devidas ao órgão res- pecífica do órgão responsável pela realização do lei-
ponsável pelo Leilão; lão desde a sua realização até a promoção das pro-
VI - multas de trânsito devidas aos demais ór- vidências indicadas nesta Seção, se houver, serão
gãos integrantes do SNT, segundo a ordem cronoló- rateados proporcionalmente utilizando-se o coeficien-
gica da aplicação da penalidade; te de percentual disposto no inc. I do § 1º do art. 32
VII - Seguro Obrigatório de Danos Pessoais desta Resolução.
causados por veículos automotores de via terrestre, Seção II
ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não - Dos Saldos Credores
Seguro DPVAT; Art. 35. Restando saldo do produto apurado
VIII - multas ambientais; e na venda de cada veículo, quitados os débitos e as
IX - demais créditos, segundo a ordem de pre- despesas previstas nesta Resolução, este deverá ser
ferência legal. mantido em conta remunerada na agência bancária
§ 1º O montante dos custos do procedimento pública ou privada que o órgão detenha suas movi-
a ser ressarcido será demonstrado em planilha ane- mentações regulares.
xada ao processo do leilão e as parcelas proporcio- § 1º O órgão ou entidade responsável pelo
nais a serem deduzidas do valor de arremate de cada Leilão no prazo de até 30 (trinta) dias, contados da
veículo serão definidas da seguinte forma: sua realização, deverá notificar o ex proprietário para
I - pela aplicação da fórmula de proporção que realize o levantamento do saldo.
simples para obtenção do coeficiente de percentual, § 2º Comparecendo o interessado para o re-
que será obtido multiplicandose por 100 o valor de cebimento do saldo credor registrado em seu nome,
arremate de cada veículo, dividindo-se o resultado o órgão responsável acatará o requerimento por meio
pelo valor total dos arremates do leilão, onde: sendo de processo administrativo autuado, que terá anexa-
CP = Coeficiente de proporcionalidade; VAV = Valor dos os seguintes documentos:
de Arremate do Veículo e VTA = valor total dos I - requerimento de retirada do saldo registra-
arremates, se obterá a seguinte expressão: do com indicação da conta bancária a ser creditada;
CP = (VAV x 100) / VTA.
II - no caso de pessoa física, cópia de docu-
II - O coeficiente de percentual de cada veícu- mento de identidade e do CPF, ou, no caso de pessoa
lo assim obtido será aplicado sobre o valor total dos jurídica, cópia do contrato social e do CNPJ;
custos demonstrados, cujo resultado será a parcela
III - comprovante de quitação do financiamen-
do ressarcimento relativa a cada um desses veículos.
to anotado no registro do veículo, se for o caso;
§ 2º Os recursos arrecadados com a aliena-
ção de veículos sucatas, que não tiveram sua identi- § 3º Os saldos credores não reclamados se-
ficação confirmada, serão destinadas exclusivamente rão mantidos em registros e contas bancárias do ór-
ao órgão ou entidade responsável pela realização do gão ou entidade realizadora do leilão, pelo prazo de 5
Leilão. (cinco) anos, a contar da data do Termo de Homolo-
gação do Leilão, findo o qual serão recolhidos ao
§ 3º As multas de trânsito devidas a outros
Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito
órgãos de trânsito serão quitadas após aquelas de
– FUNSET, conforme previsão contida no art. 6º, inc.
direito do próprio órgão realizador do leilão, obedeci-
da à ordem cronológica de imputação das mesmas, VII da Lei 9.602, de 21.01.1998, sendo que o repasse
podendo o órgão realizador do leilão adotar o critério deverá ser realizado por meio de Guia de Recolhimen-
de recolher a maior quantidade de multas que o re- to da União – GRU, a ser disciplinado pelo Departa-
curso destinado permitir. mento Nacional de Trânsito – DENATRAN.
Art. 33. Aqueles que tiverem crédito sobre o Seção III
veículo poderão requerer a habilitação nos termos Da Cobrança dos Débitos
desta Resolução, a partir do lançamento do edital até Remanescentes
o encerramento da sessão de lances, sendo que o Art. 36. Havendo insuficiência de recursos para
pagamento se dará após a quitação dos débitos quitação dos débitos e despesas previstas, o órgão
previstos nos incs. I a VIII do art. 32, se houver saldo, ou entidade responsável pelo leilão deverá comunicar
e obedecida a ordem cronológica de habilitação. aos demais órgãos e entidades de trânsito credores,
Parágrafo único. Para fins do disposto no ca- para que promovam à desvinculação de tais débitos
put, o edital de leilão é considerado a notificação para do registro do veículo.
todos os habilitados. Art. 37. Os débitos que não forem cobertos
Art. 34. Os rendimentos auferidos em razão pelo valor alcançado com a alienação do veículo, po-
da aplicação financeira dos arremates em conta es- derão ser cobrados pelos credores na forma da le-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 503

gislação em vigor, por meio de ação própria e inclu- possam ser responsáveis pelos bloqueios e restrições
são em Dívida Ativa em nome dos ex-proprietários. registradas, para a solução que couber.
CAPÍTULO V Art. 42. Compete ao DENATRAN, na qualida-
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E de de órgão máximo executivo de trânsito e gestor
TRANSITÓRIAS dos Sistemas RENAVAM e RENAINF, manter e atua-
Art. 38. Os órgãos e entidades componentes lizar os procedimentos de ordem operacional contidos
do SNT, no âmbito de suas competências ou nas de nesta Resolução, editando quaisquer alterações que
suas unidades federativas, poderão utilizar de normas se façam necessárias ao desenvolvimento dos refe-
complementares, versando sobre matérias necessá- ridos sistemas, resguardando-se os normativos do
rias à boa prática na realização de leilões de veículos CONTRAN.
recolhidos. Art. 43. É vedado o retorno do veículo leiloa-
Art. 39. A retirada do veículo leiloado do de- do como sucata à circulação.
pósito do órgão ou entidade de trânsito deverá ser Parágrafo único. O veículo leiloado como su-
realizada no prazo máximo de 30 (trinta) dias úteis, cata que for recolhido em circulação será novamente
contados a partir da data da realização do leilão, sob levado à leilão pelo órgão.
pena de caracterização de abandono pelo arrematan- Art. 44. Aplicam-se aos veículos licenciados
te, com a perda do valor desembolsado. no exterior as disposições desta Resolução.
Parágrafo único. Observadas as razões apre- Art. 45. Aplicam-se aos animais recolhidos as
sentadas ou circunstanciais, o órgão responsável disposições desta Resolução, no que couber.
pelo leilão poderá prorrogar o prazo de retirada de Art. 46. Os leilões com editais publicados até
veículo arrematado por igual prazo. a entrada em vigor desta Resolução não se sujeitam
Art. 40. O órgão ou entidade responsável pelo às regras nela estabelecidas.
leilão, cumpridas as exigências e decorridos os pra- Art. 47. Ficam revogadas as Resoluções CON-
zos previstos para a alienação por meio de leilão, TRAN:
deverá manter sob registro e arquivo toda a docu- I - n. 53, de 23.05.1998;
mentação referente ao procedimento de leilão para II - n. 331, de 14.08.2009; e
eventuais consultas de interessados na forma da Lei, III - n. 449, de 25.07.2013.
pelo prazo de 5 (cinco) anos, contados do fim do
Art. 48. Esta Resolução entra em vigor:
exercício de realização do leilão, podendo ser micro-
filmados ou armazenados em meio magnético, ópti- I - no dia 1º de novembro de 2016, em relação:
co, digital ou eletrônico para todos os efeitos legais. a) ao § 8º do art. 4º;
Art. 41. Os órgãos e entidades componentes b) à alínea "b" do inc. I do art. 7º; e
do SNT, que detenham em seus pátios ou depósitos c) aos §§ 1º e 2º do art. 13.
veículos mantidos em condições deterioradas sem II - na data de sua publicação em relação aos
providências de alienação, potencializando possíveis demais dispositivos.
riscos ambientais ou de saúde pública, promoverão Elmer Coelho Vicenzi
revisões e reexames de suas condições, buscando a
solução de seus casos em conformidade com esta (*) Republicada por ter saído no DOU 173, do
Resolução, enquadrando os procedimentos de possí- dia 08.09.2016, Seção 1, Página 50, com incorreções
veis providências, de acordo com o disposto neste no original.
normativo, inclusive acionando as autoridades que

RESOLUÇÃO 624, DE 19.10.2016


Regulamenta a fiscalização de sons produzidos por equi-
pamentos utilizados em veículos, a que se refere o art.
228, do Código de Trânsito Brasileiro – CTB.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso da competência que lhe confere o art. 12, inc. I, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e nos termos do disposto no Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
Considerando as dificuldades de aplicabilidade operacional da fiscalização da infração do art. 228 do
CTB, no rito definido pela legislação vigente e, em decorrência disso, a crescente impunidade dos infratores;
Considerando o que consta do Processo Administrativo 80000.008618/2013-80, resolve:
504 Ordeli Savedra Gomes

Art. 1º. Fica proibida a utilização, em veículos to e comunicação, desde que estejam portando auto-
de qualquer espécie, de equipamento que produza som rização emitida pelo órgão ou entidade local compe-
audível pelo lado externo, independentemente do vo- tente, e
lume ou frequência, que perturbe o sossego público, III - veículos de competição e os de entrete-
nas vias terrestres abertas à circulação. nimento público, somente nos locais de competição
Parágrafo único. O agente de trânsito deve- ou de apresentação devidamente estabelecidos e per-
rá registrar, no campo de observações do auto de in- mitidos pelas autoridades competentes.
fração, a forma de constatação do fato gerador da in- Art. 3º. A inobservância do disposto nesta Re-
fração. solução constitui infração de trânsito prevista no art.
Art. 2º. Excetuam-se do disposto no art. 1º 228 do CTB.
desta Resolução os ruídos produzidos por: Art. 4º. Esta Resolução entra em vigor na da-
I - buzinas, alarmes, sinalizadores de marcha à ta de sua publicação.
ré, sirenes, pelo motor e demais componentes obri- Art. 5º. Fica revogada a Resolução do CON-
gatórios do próprio veículo, TRAN 204, de 20.10.2006.
lI - veículos prestadores de serviço com emis-
Elmer Coelho Vicenzi
são sonora de publicidade, divulgação, entretenimen-

RESOLUÇÃO 626, DE 19.10.2016


Estabelece os requisitos de segurança para veículos de
transporte de Presos e dá outras providências.
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso das atribuições legais que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, e
Considerando a melhor adequação do veículo para transporte de presos à sua função, ao meio ambiente
e ao trânsito;
Considerando a necessidade de estabelecer os requisitos de segurança veicular, conforme previsto pela
Política Nacional de Trânsito;
Considerando os procedimentos adotados pelo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), para
homologação de veículos junto ao Registro Nacional de Veículos Automotores (RENAVAM);
Considerando o que consta nos Processos 80000.045840/2013-63; 80000.038870/2011-51; 80000.045047/
201283; 80000.053726/2011-45 e 80000.010028/2011-55, resolve:
Art. 1º. Os veículos fabricados e transforma- § 3º Entende-se por prestação de serviço de
dos para transporte de presos deverão obter o Certi- urgência os deslocamentos realizados pelos veículos
ficado de Adequação à Legislação de Trânsito (CAT), de emergência, em circunstâncias que necessitem de
e atender aos requisitos da presente Resolução. brevidade para o atendimento, sem a qual haverá gran-
§ 1º Os veículos mencionados no caput pode- de prejuízo à incolumidade pública.
rão utilizar luz vermelha intermitente e dispositivo de Art. 2º. Fica excepcionalizado o transporte pro-
alarme sonoro. visório e precário, por motivo de força maior, de sus-
§ 2º A condução dos veículos referidos no peitos do cometimento de crime em compartimento
caput, somente se dará sob circunstâncias que per- de carga de viaturas policiais.
mitam o uso das prerrogativas de prioridade de trân- Parágrafo único. É proibido o transporte de
sito e de livre circulação, estacionamento e parada, presos em compartimento de proporções reduzidas,
quando em efetiva prestação de serviço de urgência com ventilação deficiente ou ausência de luminosidade.
que os caracterizem como veículos de emergência, Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor na da-
estando neles acionados o sistema de iluminação ver- ta de sua publicação.
melha intermitente e alarme sonoro. Elmer Coelho Vicenzi

RESOLUÇÃO 630, DE 30.11.2016


Estabelece os requisitos para o trânsito de Composições
de Veículos de Carga Remontadas (CVR).
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 505

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), usando da competência que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT);
Considerando o disposto no art. 102 do CTB e seu parágrafo único, que determinam que o veículo de
carga deve estar devidamente equipado, quando transitar, de modo a evitar o derramamento da carga sobre a
via, e dão ao CONTRAN poderes para fixar os requisitos mínimos e a forma de proteção da carga, de acordo
com sua natureza;
Considerando o disposto no art. 103 do CTB, que determina que o veículo deve transitar pela via somente
quando atendidos os requisitos e as condições de segurança estabelecidos no CTB e em normas do CONTRAN; e
Considerando o que consta no Processo Administrativo 80000.004379/2016-31
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução estabelece os requisi- ou seja, as catracas pneumáticas existentes no
tos para o transporte de Composições de Veículos de produto.
Carga Remontadas (CVR). § 1º Cada cinta deve possuir capacidade de
Parágrafo único. Entende-se por Composição carga à ruptura de 7 toneladas e o modelo do gancho
de Veículo de Carga Remontada (CVR) aquela em que deve ser do tipo delta.
sua configuração pode ser formada: § 2º Devem ser utilizadas duas cintas para
1. por quatro unidades, incluindo o caminhão amarração de cada composição, ou seja, a composi-
trator, quando a composição estiver carregada ção intermediária fará a amarração da composição
(Figura 1 do Anexo); e traseira e a composição dianteira fará a amarração da
2. por duas unidades, nas quais as duas uni- composição intermediária (Figura 3 do Anexo).
dades traseiras circulam transportadas pelas duas Art. 5º. Na configuração especificada na alí-
primeiras unidades (Figura 2 do Anexo). nea “b” do parágrafo único do art. 1º, na região
Art. 2º. Para as configurações estabelecidas frontal do equipamento, o processo de amarração
pelas alíneas “a” e “b” do parágrafo único do art. 1º deve utilizar o sistema articulado com pino-rei e
desta Resolução: quinta roda (Figura 4 do Anexo).
I - O desempenho do sistema de freios deve § 1º O travamento do deslocamento horizontal
atender a Resolução CONTRAN 519/15. deve ser feito através de um pino, projetado exclusi-
II - Os adesivos, os para-choques, o sistema vamente para tal finalidade.
de iluminação e os limites de pesos e dimensões § 2º O deslocamento vertical deve ser nulo,
devem estar em conformidade com as Resoluções devendo inexistir folga no mecanismo de travamento
CONTRAN sobre estes assuntos. entre a quinta roda e o pino-rei.
III - O acoplamento dos veículos articulados Art 6º. O não cumprimento do disposto nesta
com pino-rei e quinta-roda deve obedecer ao disposto Resolução sujeita o infrator às penalidades previstas
na NBR NM ISO 337. no CTB, especialmente as estabelecidas nos incs. IX
Art. 3º. As unidades transportadas não po- e X do art. 230 do CTB.
dem ficar acima do painel dianteiro. Art. 7º. O Anexo desta Resolução está dispo-
Art. 4º. Na configuração especificada na ali- nível no site <www.denatran.gov.br>.
nea “b” do parágrafo único do art. 1º, deve ser Art. 8º. Esta Resolução entra em vigor na da-
utilizado, na região posterior, o sistema de amarração ta da sua publicação.
já instalado nos equipamentos para amarrar as toras, Elmer Coelho Vicenzi

ANEXO
Figura 1 – Configuração do CVR em viagem carregada
506 Ordeli Savedra Gomes

Figura 2 – Configuração do CVR com as duas unidades traseiras transportadas pelas duas primeiras unidades

Figura 3 – Amarração da carga na região posterior por meio de cintas e catracas

Figura 4 – Amarração das cargas na parte da frente, por meio de sistema de pino-rei e quinta roda e de pino
específico
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 507

RESOLUÇÃO 632, DE 30.11.2016


Estabelece procedimentos para a prestação de serviços
por Instituição Técnica Licenciada (ITL) e Entidade Téc-
nica Pública ou Paraestatal (ETP), para emissão do Cer-
tificado de Segurança Veicular (CSV), de que trata o art.
106 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), no uso da atribuição que lhe confere o art. 12, da Lei 9.503,
de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme Decreto 4.711, de 29.05.2003, que
dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT);
Considerando a conclusão dos trabalhos realizados pelo Grupo de Trabalho criado em 29 de julho de 2015
no âmbito da Câmara Temática de Assuntos Veiculares (CTAV), para o aprimoramento das atividades na execu-
ção dos serviços de inspeção de segurança veicular;
Considerando a necessidade de atualizar os procedimentos para a realização de inspeção veicular por
Instituição Técnica Licenciada (ITL) ou por Entidade Pública ou Paraestatal (ETP) dos veículos modificados, re-
cuperados de sinistro, fabricados artesanalmente e demais casos previstos na legislação de trânsito;
Considerando o que consta do Processo 80001.014912/2006-91, resolve:
CAPÍTULO I V - protótipos, para fins de emissão do Certifi-
Art. 1º. Estabelecer os procedimentos para a cado de Capacitação Técnica (CCT) do INMETRO;
prestação de serviços por Instituição Técnica Licen- VI - importados de maneira independente ob-
ciada (ITL) e Entidade Técnica Pública ou Paraestatal jetos de processos de obtenção do Certificado de
(ETP), para emissão do Certificado de Segurança Adequação a Legislação de Trânsito (CAT) junto ao
Veicular (CSV). DENATRAN;
§ 1º Entende-se por ITL a pessoa jurídica de VII - quando regulamentados pelo Departa-
direito público ou privado reconhecida pelos órgãos e mento Nacional de Trânsito ou pelo Conselho Nacio-
entidades componentes do Sistema Nacional de Trân- nal de Trânsito. (Inciso acrescido pela Res. 693/17)
sito para realizar o serviço de inspeção veicular. Art. 3º. Fica permitida às ITL emitir laudos pa-
§ 2º Entende-se por ETP a pessoa jurídica de ra inspeções voluntárias ou compulsórias que ates-
direito público ou privado sem fins lucrativos reco- tem a condição do veículo para órgãos e entidades
nhecida pelos órgãos e entidades componentes do públicas ou privadas, tais como a análise de emissão
Sistema Nacional de Trânsito para realizar o serviço de poluentes e ruídos, da regularização de transporte
de inspeção veicular de modo excepcional e precário. coletivo de passageiros e de transporte escolar, da
§ 3º Para fins desta Resolução considera-se comprovação da qualidade da frota de empresas par-
inspeção veicular o processo de avaliação da estrutu- ticulares para fins da manutenção da certificação do
ra, sistemas, componentes e identificação de um sistema de gestão da qualidade, entre outros, desde
veículo em estação de inspeção, realizado de forma que não haja conflitos de interesses.
visual e mecanizada, por inspetores qualificados e § 1º Fica proibida a emissão de laudos de re-
habilitados e com equipamentos apropriados e cali- cuperabilidade de veículos, de vistoria veicular ou ati-
brados, com a finalidade de constatar o atendimento
vidades conflitantes pelas ITLs e ETPs.
aos requisitos de identificação e de segurança esta-
belecidos na legislação de trânsito e ambiental, para § 2º As ETPs não podem prestar os serviços
que seja permitida, ou não, sua circulação em vias de inspeção de que trata o caput deste artigo.
públicas. Art. 4º. Compete à ITL certificar empresas pa-
Art. 2º. Compete as ITL e as ETP a prestação ra fins de emissão do Certificado de Capacitação Téc-
do serviço de inspeção de segurança de veículos: nica (CCT).
I - modificados, fabricados artesanalmente ou Art. 5º. As ITL e ETP deverão emitir os Certi-
aqueles em que tenha havido substituição de equi- ficados de Segurança Veicular (CSV) no âmbito do
pamento de segurança especificado pelo fabricante, Sistema de Certificação de Segurança Veicular e Vis-
montador ou encarroçador, de que trata o art. 106 do torias (SISCSV) mantido pelo órgão máximo executi-
Código de Trânsito Brasileiro; vo de trânsito da União.
II - recuperados de sinistro de média monta; Art. 6º. A necessidade de instalação da ETP
III - de transporte de carga e de passageiros deverá ser definida pelos órgãos executivos de trân-
em circulação no Mercosul; sito dos Estados e do Distrito Federal.
IV - regulamentados pela Agência Nacional de § 1º A ETP deve ter no objeto de seu ato
Transportes Terrestres (ANTT); constitutivo a execução das atividades de perícia
508 Ordeli Savedra Gomes

científica, treinamento, pesquisa e desenvolvimento cial, a ITL e a ETP somente poderão operar após a
no setor automotivo. obtenção de novo licenciamento, nos termos desta
§ 2º A autorização para funcionamento da Resolução.
ETP será concedida em caráter excepcional e precá- § 1º Uma nova Portaria de licenciamento de-
rio, somente em local não atendido por Instituição verá ser publicada no caso de alteração do endereço
Técnica Licenciada – ITL. de funcionamento da ITL ou ETP, revogando-se ime-
§ 3º Para a definição da necessidade de insta- diatamente a Portaria de licenciamento vigente.
lação da ETP, os órgãos executivos de trânsito dos § 2º Havendo a alteração da razão social da
Estados e do Distrito Federal levarão em considera- ITL ou ETP, será indisponibilizado o seu acesso ao
ção a distância entre o local de instalação da ETP e a sistema SISCSV até a publicação da Portaria cons-
ITL mais próxima, em funcionamento, que não deverá tando a nova informação.
ser inferior a um raio de 100 km. Art. 10. Havendo troca do seu quadro socie-
§ 4º Identificada a necessidade de instalação tário ou do seu quadro técnico, a ITL deverá comuni-
da ETP, os órgãos executivos de trânsito dos Estados car o órgão máximo executivo de trânsito da União.
e do Distrito Federal encaminharão o pedido do
Parágrafo único. O órgão máximo executivo
interessado ao órgão máximo executivo de trânsito
de trânsito da União comunicará formalmente a ITL
da União, que procederá a análise da documentação.
ou ETP a alteração do seu quadro societário ou do
CAPÍTULO II seu quadro técnico.
DA LICENÇA DE FUNCIONAMENTO Art.11. A ITL ou ETP somente poderá realizar
Art. 7º. A prestação deste serviço será forma- a atividade de que trata esta Resolução após a pu-
lizada mediante licença, nos termos desta Resolução. blicação de sua licença de funcionamento no Diário
§1º A ITL ou ETP interessada em prestar o Oficial da União e após firmar contrato de acesso aos
serviço de inspeção e emissão do Certificado de Se- sistemas conforme procedimento estabelecido pelo
gurança Veicular (CSV) deverá requerer a licença de órgão máximo executivo de trânsito da União.
instalação ao órgão máximo executivo de trânsito da
Art. 12. Havendo a necessidade de encerra-
União, sendo a licença formalizada nos termos desta
mento das atividades da empresa, por solicitação
Resolução.
voluntária ou por força de sanção de cassação, a ITL
§ 2º O órgão máximo executivo de trânsito da
ou ETP deverá passar por um processo de auditoria
União, somente licenciará a prestação do serviço
de encerramento de modo a se verificar os processos
após o atendimento do disposto nesta Resolução e
de inspeção em andamento e o registro pregressos
das Portarias do DENATRAN aplicáveis.
de inspeções.
Art. 8º. A licença para funcionamento da ITL
e ETP, prestadora do serviço de inspeção para emis- Parágrafo único. O encerramento voluntário
são do CSV fica sujeita à fiscalização pelo órgão da empresa deverá ser comunicado previamente ao
máximo executivo de trânsito da União. órgão máximo executivo de trânsito da União e ao
INMETRO.
§ 1º A licença da ITL terá validade de quatro
(04) anos, devendo a pessoa jurídica requerer a CAPÍTULO III
renovação para continuidade da prestação do serviço DO SERVIÇO ADEQUADO
de que trata esta Resolução na forma a ser estabe- Art. 13. A licença de que trata o art. 4º pres-
lecida pelo órgão máximo executivo de trânsito da supõe a prestação de serviço adequado aos usuários
União. e à sociedade em geral.
§ 2º A ETP possuirá licença precária para fun- § 1º Para efeito desta Resolução, entende-se
cionamento durante o prazo de um (01) ano, podendo por serviço adequado é o que satisfaz as condições
ser renovado por uma única vez por igual período, de regularidade, continuidade, eficiência, segurança,
condicionada à manutenção das condições previstas, atualidade, cortesia na sua prestação e modicidade
findo o qual deverá solicitar licenciamento como ITL, do valor cobrado pelo serviço prestado.
na forma estabelecida pelo órgão máximo executivo § 2º Para efeito desta Resolução, a atualidade
de trânsito da União. compreende a modernidade das técnicas, do equi-
§ 3º Não havendo mais as razões que motiva- pamento e das instalações e sua conservação, bem
ram a concessão excepcional e precária do licencia- como a melhoria e expansão do serviço, atendidas as
mento da ETP, o órgão máximo executivo de trânsito normas e regulamentos complementares.
da União revogará a sua licença. § 3º Não se caracteriza como descontinuida-
Art. 9º. No caso de alteração de endereço de do serviço a sua interrupção em situação de emer-
das suas instalações ou de alteração da sua razão so- gência, após aviso à administração pública e a comu-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 509

nidade interessada, quando motivada por razões de III - atualizar diariamente o inventário e o re-
ordem técnica ou de segurança das instalações. gistro dos bens vinculados à licença;
CAPÍTULO IV IV - cumprir os regulamentos, as normas téc-
DOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS USUÁRIOS nicas e toda a legislação vigente pertinentes ao
Art. 14. Sem prejuízo do disposto na Lei 8.078, serviço licenciado;
de 11.09.1990, são direitos e obrigações dos usuários: V - permitir aos encarregados da fiscalização
I - receber serviço adequado; livre acesso, em qualquer época, aos equipamentos e
II - receber do órgão máximo executivo de às instalações integrantes do serviço, a seus regis-
tros de inspeção, certificados e de seus empregados;
trânsito da União, da ITL e da ETP, informações para
a defesa de interesses individuais ou coletivos; VI - comunicar previamente ao órgão máximo
executivo de trânsito da União, qualquer alteração,
III - obter e utilizar o serviço, com liberdade de
modificação ou introdução técnica, capaz de interferir
escolha, observado o disposto nesta Resolução; na prestação de serviço licenciado ou naquele de
IV - levar ao conhecimento do poder público, natureza contratual;
da ITL e da ETP as irregularidades de que tenham VII - emitir o Certificado de Segurança Veicu-
conhecimento, referentes ao serviço prestado; lar (CSV) e o CSV de não-conformidade no SISCSV.
V - comunicar às autoridades competentes os CAPÍTULO VII
atos ilícitos praticados pela ITL e pela ETP, na presta- DOS ENCARGOS DOS ÓRGÃOS EXECUTIVOS
ção do serviço. DE TRÂNSITO DOS ESTADOS E DO
CAPÍTULO V DISTRITO FEDERAL
DOS ENCARGOS DO ÓRGÃO MÁXIMO Art. 17. Incumbe aos órgãos executivos de
EXECUTIVO DE TRÂNSITO DA UNIÃO trânsito dos Estados e do Distrito Federal:
Art. 15. Incumbe ao órgão máximo executivo I - emitir no SISCSV a autorização prévia para
de trânsito da União: fins de alteração das características do veículo de
I - expedir licença ao prestador do serviço de que trata o art. 98 do Código de Trânsito Brasileiro
inspeção para emissão do CSV; em consonância com as modificações e transforma-
II - cumprir e fazer cumprir as disposições re- ções permitidas pelo CONTRAN e pelo DENATRAN;
gulamentares do serviço licenciado; II - emitir no SISCSV a autorização prévia para
III - fiscalizar a prestação do serviço licencia- a inspeção de veículos sinistrados classificados como
do, independentemente de notificação judicial ou ex- média monta pela autoridade de trânsito em conso-
trajudicial; nância com a Resolução do CONTRAN;
IV - aplicar as sanções previstas no Anexo des- III - aceitar o CSV eletrônico expedido por ITL
ta Resolução; ou ETP em qualquer Unidade da Federação;
V - incentivar a competitividade; IV - incluir no campo de observações do Re-
VI - zelar pela boa qualidade do serviço, rece- gistro Nacional de Veículos Automotores (RENAVAM)
ber, apurar e solucionar queixas, reclamações e de- o número do certificado de segurança veicular (CSV)
núncias remetendo-as às autoridades competentes do veículo inspecionado;
quando for o caso; V - levar ao conhecimento do órgão máximo
VII - estimular o aumento da qualidade e pro- executivo de trânsito da União as irregularidades de
dutividade; que tenham conhecimento, referentes ao serviço pres-
VIII - estimular a conservação e a preservação tado;
do meio ambiente; VI - comunicar às autoridades competentes
IX - cassar a licença, nos casos previstos nes- os atos ilícitos praticados pela ITL e pela ETP, na pres-
ta Resolução. tação do serviço.
CAPÍTULO VI CAPÍTULO VIII
DOS ENCARGOS DA ITL E ETP DAS EXIGÊNCIAS OPERACIONAIS
Art. 16. Incumbe à ITL e à ETP: Art. 18. O órgão máximo executivo de trânsi-
I - somente iniciar a prestação do serviço to da União editará regulamentação para a concessão
após obtenção da licença para funcionamento, expe- e manutenção da licença de funcionamento das ITL e
dida na forma desta Resolução; ETP.
II - prestar serviço adequado, na forma previs- Parágrafo único. A regulamentação de que
ta nesta Resolução e nas normas e regulamentos téc- trata o caput deste artigo deverá exigir comprovação
nicos aplicáveis; acerca da habilitação jurídica, da regularidade fiscal e
510 Ordeli Savedra Gomes

da qualificação técnica das empresas, além das es- Art. 23. A ITL e a ETP deverão possuir siste-
pecificações técnicas operacionais referentes à es- ma automatizado que permita a rastreabilidade dos
trutura física das instalações, aos equipamentos e registros e dados armazenados de todas as inspe-
aos recursos humanos empregados na atividade de ções efetuadas.
inspeção veicular. Art. 24. Os equipamentos utilizados pela ITL e
Art. 19. Para obter e manter a licença de fun- ETP devem ter comunicação criptografada e não
cionamento a pessoa jurídica deverá executar exclu- devem apresentar os valores coletados, sendo neces-
sivamente atividades pertinentes à inspeção veicular. sário a sua homologação, conforme os procedimen-
§ 1º A ITL ou ETP, seu proprietário, seus só- tos a serem estabelecidos pelo órgão máximo execu-
cios e o pessoal técnico/administrativo que atuam no tivo de trânsito da União.
mesmo, não devem projetar, fabricar, modificar, Art. 25. Incumbe à ITL e à ETP a execução do
alterar, transformar, fornecer, instalar, comercializar, serviço, cabendo-lhe responder pelos prejuízos mate-
ou reparar veículos, componentes automotivos ou riais causados ao veículo por imperícia na realização
equipamentos de inspeção, nem serem representan- da inspeção.
tes autorizados, associados ou conveniados de qual- Art. 26. O CSV, expedido pela ITL ou pela ETP
quer tipo de empresa que execute quaisquer destas por meio do SISCSV, terá validade em todo o territó-
atividades. rio nacional.
§ 2º Atividades como comércio de autopeças Parágrafo único. O CSV deverá ser aceito por
e de veículos, serviços de manutenção, recuperação, qualquer órgão ou entidade do Sistema Nacional de
transformação e instalação de sistema de GNV, Trânsito, independente da Unidade da Federação em
reparação de registrador instantâneo e inalterável de que ele foi emitido e sem a necessidade de qualquer
velocidade e tempo, requalificação de cilindros, ser- outra chancela a não ser a do próprio SISCSV.
viços de despachantes, serviços de transporte e lo- CAPÍTULO IX
cação de veículos, serviço de vistoria de identificação DA FISCALIZAÇÃO E DAS SANÇÕES
veicular, emissão de laudos de recuperabilidade e de Art. 27. No exercício da fiscalização, in loco
requalificação de monta de veículos sinistrados, re- ou remotamente, o órgão máximo executivo de trân-
marcação de motor e chassi, são atividades confli- sito da União terá livre acesso aos dados relativos à
tantes com a da ITL e da ETP. administração, equipamentos, sistemas, softwares,
§ 3º A prestação de serviço de apoio técnico documentos, recursos técnicos e registro de empre-
ao processo de obtenção do Certificado de Adequa- gados da ITL e da ETP, assim como aos seus arqui-
ção a Legislação de Trânsito (CAT), a execução de vos de inspeção e de certificados.
ensaios e testes laboratoriais, a dedicação à pesqui- § 1º O órgão máximo executivo de trânsito,
sa, ensino e formação de mão-de-obra no setor, não no ato da fiscalização, poderá recolher documentos
configuram quebra à imparcialidade e independência originais e equipamentos que achar necessários para
do processo de inspeção. o fiel cumprimento da fiscalização.
Art. 20. Os equipamentos e instalações deve- § 2º O órgão máximo executivo de trânsito
rão atender aos requisitos previstos em normas poderá realizar a fiscalização in loco ou de forma
técnicas estabelecidas pelo órgão máximo executivo remota, sem aviso prévio da realização da atividade.
de trânsito da União e pelo INMETRO e às disposi- Art. 28. A ITL e a ETP sujeitar-se-ão às san-
ções regulamentares para execução de serviços li- ções administrativas, que podem ser aplicadas em
cenciados. conjunto ou separadamente pelo órgão máximo exe-
Art. 21. O exame de emissão de gases, opa- cutivo de trânsito da União:
cidade e ruídos, deverá obedecer às exigências cons- I - advertência;
tantes das Resoluções do Conselho Nacional do Meio II - suspensão de 15, 30, 60 e 90 dias; (alínea
Ambiente (CONAMA). alterada pela Res. 669/17)
Art. 22. Os procedimentos para execução dos III - cassação da licença.
serviços de inspeção de segurança veicular deverão § 1º As infrações serão apuradas mediante
atender aos regulamentos técnicos aprovados pelo IN- processo administrativo, ficando os infratores sujei-
METRO e observar a legislação de trânsito em vigor. tos às sanções especificadas no Anexo desta Reso-
Parágrafo único. As ITL e ETP deverão ob- lução, que poderá ser atualizado a qualquer tempo
servar os procedimentos específicos de inspeção de- pelo órgão máximo executivo de trânsito da União me-
finidos pelo órgão máximo executivo de trânsito da diante Portaria publicada no Diário Oficial da União.
União na ausência de procedimentos aprovados pelos § 2º O órgão máximo executivo de trânsito da
regulamentos técnicos do INMETRO. União poderá suspender preventivamente, em caráter
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 511

excepcional, a ITL ou a ETP que for enquadrada na CAPITULO X


sanção de cassação de licença no intercurso do DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
processo administrativo de apuração, desde que seja Art. 30. A ITL e a ETP deverão manter em ar-
apresentada a motivação administrativa pertinente e quivo os registros dos resultados de todas as inspe-
oportunamente cientificada a pessoa jurídica direta- ções realizadas e a seguinte documentação:
mente interessada, para que possa exercer as garan- I - cópia dos documentos do veículo;
tias inerentes ao devido processo legal.
II - fotografia do veículo posicionado na linha
§ 3º A ITL ou ETP que não mantiver atualizada de inspeção automatizada, com tarja informando a
a documentação relativa à habilitação jurídica, à placa, data, hora e o nome da ITL ou ETP;
regularidade fiscal e ou à qualificação técnica defini- III - Anotação de Responsabilidade Técnica
da no parágrafo único do art. 18 desta Resolução terá (ART) para cada inspeção realizada, podendo ser uti-
sua licença suspensa temporariamente até a sua lizada a ART múltipla;
regularização.
IV - cópia do CAT referente à inspeção reali-
§ 4º No período de 24 (vinte e quatro) meses, zada, quando aplicável;
no período de vigência da Portaria de licenciamento:
V - filmagens de todas as etapas da inspeção
I - à 4ª (quarta) ocorrência de qualquer item,
realizada.
identificada em fiscalizações distintas, a sanção a ser
aplicada é cassação da licença; Art. 31. A ITL e a ETP somente realizarão a
inspeção e expedirão o Certificado de Segurança Vei-
II - à 4ª (quarta) ocorrência seguida, não rein- cular (CSV) aos veículos previamente autorizados pe-
cidente, apenada com advertência, identificada em los órgãos ou entidades executivos de trânsito dos
fiscalizações distintas, terá a pena comutada para Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto
suspensão por 30 (trinta) dias. no art. 98 do Código de Trânsito Brasileiro.
§ 5º Decorridos 2 (dois) anos sem cometi- § 1º Não necessitam de autorização prévia os
mento de nova infração da mesma natureza, conta- veículos movidos a Gás Natural Veicular (GNV) su-
dos do cumprimento da última sanção disciplinar, jeitos à inspeção periódica, bem como os veículos de
não mais poderá aquela ser considerada em prejuízo transporte de carga e de passageiros em circulação
do infrator para efeito de reincidência. no Mercosul, os veículos regulamentados pela Agên-
Art. 29. A ITL ou a ETP que tiver a licença cia nacional de Transporte Terrestres (ANTT), os veí-
cassada poderá requerer sua reabilitação para a pres- culos protótipos, para fins de emissão do Certificado
tação do serviço de inspeção veicular, depois de de- de Capacidade Técnica (CCT) do INMETRO, os veí-
corridos dois anos da cassação. culos importados de maneira independente objetos
§ 1º Fica vedada a participação societária de de processos de obtenção do Certificado de Adequa-
integrante do quadro de ITL ou responsável técnico ção a Legislação de Trânsito (CAT) junto ao DENA-
de ETP, que tiver licença cassada, como sócio de TRAN e os veículos com carroceria basculante quan-
pessoa jurídica na prestação do serviço de que trata do da inspeção do dispositivo de segurança do acio-
esta Resolução. namento da tomada de força.
§ 2º Fica vedada a atuação em quadro técni- § 2º Os órgãos executivos de trânsito dos Es-
co de outra ITL ou ETP os engenheiros e inspetores tados e do Distrito Federal deverão conceder autori-
técnicos de empresa que tiver licença cassada na zação prévia para a inspeção de veículos sinistrados
prestação de serviço de que trata esta Resolução. classificados em média monta.
§ 3º Os integrantes do quadro societário, en- § 3º A autorização prévia para a inspeção de
genheiros e inspetores técnicos terão um prazo veículos importados de maneira independente será o
máximo de 30 (trinta) dias a partir da publicação da próprio Certificado de Adequação a Legislação de
cassação da licença para se desligarem dos quadros Trânsito (CAT) emitido pelo órgão máximo executivo
de outras ITLs que porventura estejam registrados. de trânsito da União.
§ 4º O desligamento da ITL de que trata o § 3º Art. 32. Os equipamentos pertencentes à ITL
deverá ser comunicada ao órgão máximo executivo e à ETP deverão ser registrados junto ao órgão má-
de trânsito da União no prazo estabelecido. ximo executivo de trânsito da União, sendo que qual-
§ 5º As ITLs que contarem em seus quadros quer substituição dependerá de prévia autorização.
com sócios, engenheiros e inspetores técnicos de ou- Art. 33. Não é permitido a realização de ins-
tras ITL cuja licença de funcionamento tenha sido peção fora da instalação licenciada.
cassada, terão sua licença e o acesso ao SISCSV Parágrafo único. Casos excepcionais, em que
suspensos até a sua regularização perante o órgão por razões técnicas a inspeção não puder ser realiza-
máximo executivo de trânsito da União. da na instalação licenciada terão seus procedimentos
512 Ordeli Savedra Gomes

estabelecidos em regulamento específico do órgão Art. 35. Esta Resolução entra em vigor na data
máximo executivo de trânsito da União. de sua publicação, ficando revogadas as Resoluções
Art. 34. O órgão máximo executivo de trânsi- CONTRAN 232, de 30.03.2007, 237, de 11.05.2007 e
to da União editará as instruções necessárias para o 266, de 19.12.2007 e demais disposições em contrário.
pleno funcionamento do disposto nesta Resolução, Elmer Coelho Vicenzi
objetivando a segurança e agilidade das operações,
em benefício dos usuários dos serviços.

ANEXO
(Alterado pela Res. 669/17)

DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS PARA ITL E ETP

Irregularidades Passíveis de
Item 1º Oc. 2º Oc. 3º Oc.
Sanções Administrativas
Apresentar informações não verdadeiras às autoridades
01 de trânsito, ao INMETRO e ao órgão máximo executivo S15 S30 S90
de trânsito da União.
02 Realizar inspeção fora da instalação licenciada. C - -
Deixar de exigir do cliente a apresentação de documento
03 S30 S60 S90
obrigatório.
Emitir Certificado de Segurança Veicular fora do escopo
04 S30 S60 C
do licenciamento.
Realizar inspeção em desacordo com o respectivo regu-
05 S30 S60 C
lamento técnico.
Emitir Certificados assinados por profissional não habili-
06 S30 S60 C
tado.
Deixar de apresentar ao responsável, Certificados, Selos
07 S30 S60 C
e/ou equivalentes que lhe tenham sido fornecidos.
Repassar Certificados, Selos e ou equivalentes para
08 S30 S60 C
terceiros.
09 Deixar de armazenar registros de inspeção. S30 S60 C
Registrar a inspeção de forma ilegível ou sem oferecer
10 A S60 S60
evidência nítida.
11 Fraudar o Certificado de Segurança Veicular – CSV. C - -
12 Fraudar registro de inspeção ou documento fiscal. C - -
Emitir Certificado de Segurança Veicular – CSV sem a
13 C - -
realização de inspeção.
Manipular dados contidos no arquivo de sistema de
14 C - -
imagens.
Preencher Certificados, Selos e/ou equivalentes em
15 A S30 S60
desacordo com o documento de referência.
Deixar de emitir ou emitir documento fiscal de forma
16 S30 S60 S90
incorreta.
Utilizar quadro técnico de funcionários sem a qualifica-
17 S30 S60 C
ção requerida.
Deixar de utilizar equipamento indispensável à realização
18 S30 S60 C
de inspeção ou utilizar equipamento inadequado.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 513

Deixar de prover informação que seja devida ao órgão


19 A S30 S90
máximo executivo de trânsito da União e /ou INMETRO.
Deixar de conceder, a qualquer tempo, livre acesso ao
órgão máximo executivo de trânsito da União e/ou
20 S30 S90 C
INMETRO às instalações, registros e outros meios vincu-
lados à licença.
Manter não-conformidade crítica aberta por tempo
superior a 30 (trinta) dias ou outro qualquer acordado
21 A S60 C
com o órgão máximo executivo de trânsito da União
e/ou INMETRO.
22 Deixar de registrar reclamações ou de tratá-la. A S30 S60
Utilizar pessoal sub- contratado para serviços de inspe-
23 A S60 C
ção.
Emitir Certificado de Segurança Veicular – CSV a veículo
que não foi previamente autorizado pelos órgãos ou
24 S30 S60 C
entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distri-
to Federal.
Deixar de comunicar desligamento de funcionário da
25 empresa ao órgão máximo executivo de trânsito da A S30 S60
União.
Deixar de emitir Certificado de não-conformidade no
26 A S30 S60
SISCSV.
Emitir CSV a veículo que não possua item de segurança
27 S30 S60 S90
obrigatório.
28 Cancelar CSV sem justificativa. S30 S60 S90
Realizar inspeção sem a presença do engenheiro res-
29 A S30 S60
ponsável técnico na ITL/ETP.
Possuir instalações físicas em desacordo com as espe-
30 cificações do órgão máximo executivo de trânsito da A S30 S60
União.
Deixar de utilizar Equipamentos de Proteção Individual
31 A S30 S60
na realização de inspeção.
Exercer atividade conflitante com a atividade de inspe-
32 C - -
ção veicular.
Deixar de comunicar previamente ao órgão máximo
executivo de trânsito da União, qualquer alteração,
33 modificação ou introdução técnica, capaz de interferir na A S30 S60
prestação de serviço licenciado ou naquele de natureza
contratual.
34 Utilizar engenheiro não cadastrado no SISCSV. S30 S60 S90
Não possuir equipamento necessário ou adequado ao
35 S30 S60 S90
escopo de licenciamento.
Emitir CSV a veículo em desacordo com o regulamento
36 S30 S60 S90
técnico.
Suspensão Suspensão Suspensão
temporária temporária temporária
Não possuir certificado de acreditação do INMETRO
37 da licença da licença da licença
vigente.
até regula- até regula- até regula-
rização rização rização
Interromper as atividades da empresa sem prévio aviso
38 A S30 S60
ao órgão máximo executivo de trânsito da União.
514 Ordeli Savedra Gomes

Não realizar a prestação de serviço para o qual foi licen-


39 ciado em razão de fiscalização do órgão máximo execu- S30 S60 S90
tivo de trânsito da União.
Deixar de realizar inspeção completa a veículo em retor-
40 S30 S60 S90
no para verificação de não-conformidades após 30 dias.
Permitir a circulação de pessoas estranhas ao corpo de
41 A S30 S60
funcionários da empresa na linha de inspeção.
Permitir a participação de pessoa estranha ao corpo
42 S30 S60 S90
técnico da empresa na realização de inspeção.
Emitir laudos, pareceres, relatórios, entre outros docu-
43 S30 S60 S90
mentos não afetos a atividade de ITL.
Emitir CSV de maneira incompleta ou com dados que
44 A S15 S30
divergem do veículo inspecionado.
45 Emitir CSV a veículo que possua equipamento proibido. S30 S60 S90
46 Fraudar documento solicitado pela fiscalização. C - -
Realizar inspeção para escopo divergente da alteração
47 S30 S60 S90
realizada no veículo.
Suspensão Suspensão Suspensão
temporária temporária temporária
Deixar de possuir habilitação jurídica, regularidade fiscal
48 da licença da licença da licença
ou qualificação técnica a qualquer tempo.
até regula- até regula- até regula-
rização rização rização
Realizar inspeção para escopo divergente da autorização
49 prévia do órgão executivo de trânsito do Estado ou do S30 S60 S90
Distrito Federal.
Deixar de realizar procedimento de inspeção afeto ao
50 S30 S60 S90
escopo.
51 Não possuir equipamento necessário à inspeção. S30 S60 S90
Emitir CSV a veículo reprovado na linha de inspeção ou
52 S30 S60 S90
nos demais testes e ensaios.
Manter quadro societário ou engenheiro de empresa
53 S30 S90 C
cassada após os trinta dias da publicação da sanção.
54 Deixar a ETP de se licenciar como ITL. C - -
Impedir ou não disponibilizar acesso remoto aos seus
55 S30 S60 S90
equipamentos, registros e câmeras.
56 Emitir laudo para veículo objeto de CSV. S30 S60 S90

Legenda:
A Advertência
S15 Suspensão da licença por 15 dias
S30 Suspensão da licença por 30 dias
S60 Suspensão da licença por 60 dias
S90 Suspensão da licença por 90 dias
C Cassação da licença
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 515

RESOLUÇÃO 634, DE 30.11.2016


Estabelece critérios para a regularização do número de
identificação veicular que não atende à legislação brasi-
leira para registro no RENAVAM
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso das atribuições conferidas pelo art. 12, da
Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto 4.711, de
29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT); e
Considerando a necessidade de se estabelecer padrões de procedimentos para viabilizar o registro de
veículos, cujo número de identificação veicular (VIN) não atende à legislação de trânsito vigente;
Considerando o contido no Processo 80000.007341/2016-11.
RESOLVE:
Art. 1º. Estabelecer os critérios para a regula- sobre a concessão de novo número de identificação
rização dos veículos de fabricação nacional ou im- do veículo, com base nas disposições desta Resolu-
portados com número de identificação que não aten- ção.
de à legislação brasileira para fins de registro e li- Art. 3º. Os veículos de que trata esta Resolu-
cenciamento no RENAVAM. ção deverão receber nova composição do número de
Parágrafo único. Os critérios para a regulari- identificação veicular conforme descrição apresenta-
zação dos veículos de que trata o caput aplicam-se da no Anexo.
somente aos veículos em que não for possível identi- § 1º Aplica-se a nova composição apenas aos
ficar, por nenhuma outra maneira, o seu número de veículos em que não for possível a regularização do
identificação nos padrões estabelecidos na legislação número de identificação conforme a norma ABNT
brasileira. NBR 6066;
Art. 2º. Aplica-se o disposto nesta Resolução § 2º Caberá ao órgão máximo executivo de
aos veículos de que trata o art. 1º: trânsito da União estabelecer a nova identificação do
I - de representações diplomáticas, de repar- veículo e informá-la aos órgãos executivos de trânsi-
tições consulares de carreira ou organismos interna- to dos Estados e do Distrito Federal.
cionais acreditados junto ao Governo brasileiro; Art. 4º. A regravação do número de identifi-
II - originários dos órgãos executivos de trân- cação veicular (VIN) no chassi ou monobloco deverá
sito dos Estados e do Distrito Federal; atender ao disposto no art. 6º da Resolução CONTRAN
III - doados ou incorporados a órgãos públi- 24, de 1998.
cos; Art. 5º. Os veículos de representações diplo-
IV - objeto de decisões judiciais; máticas, de repartições consulares de carreira ou or-
V - de coleção; ganismos internacionais acreditados junto ao Gover-
VI - leiloados; e no brasileiro deverão receber nova composição do
VII - importados cujo número de identificação número de identificação veicular quando da alteração
de propriedade.
veicular (VIN) não atende a norma ABNT NBR 6066.
Parágrafo único. Outras aplicações não lista- Art. 6º. Esta Resolução entra em vigor na da-
ta de sua publicação.
das neste artigo deverão ser analisadas pelo órgão
máximo executivo de trânsito da União, que decidirá Elmer Coelho Vicenzi

ANEXO
COMPOSIÇÃO DO NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO VEICULAR (VIN)
DOS VEÍCULOS QUE POSSUEM NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO QUE NÃO ATENDE
A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
1. Compete ao órgão máximo executivo de 2. Para efeito de padronização de identifica-
trânsito da União estabelecer a numeração de identi- ção dos veículos de que trata esta Resolução, foi fi-
ficação veicular (VIN) para os casos previstos no § 1º xado o WMI (IDENTIFICADOR INTERNACIONAL DO
do art. 3º desta Resolução, com a devida numeração FABRICANTE) como sendo XXX.
sequencial, conforme o padrão estabelecido neste Ane- 3. O quadro abaixo apresenta a composição
xo, a ser gravado no veículo e cadastrado no RENA- do Código VIN, específico para os veículos de que tra-
VAM. ta esta Resolução.
516 Ordeli Savedra Gomes

3.1 Da primeira à terceira posição a letra X; 3.5.2 Veículos de DETRAN: D E T;


3.2 Da quarta à nona posição: 3.5.3 Veículos leiloados: L E 1;
3.2.1 Chassi original composto por 6 ou mais 3.5.4 Veículos doados/incorporados: D 0 A;
caracteres: utilizar os 6 primeiros caracteres existen- 3.5.5 Veículos de decisões judiciais: J U D;
te do chassi original e desconsiderar os demais; 3.5.6 Veículos de coleção: C 0 L; e
3.2.2 Chassi original composto por menos de 3.5.7 Veículos importados: 1 M P.
6 caracteres: utilizar os caracteres existentes do chas- 3.5.8 Veículos de aplicações a serem analisa-
si original e complementar com o número ¨0¨; das pelo DENATRAN: D E N
3.2.3 Caso o veículo não possua nenhuma iden- 4. No caso de veículos em que somente a dé-
tificação, utilizar os caracteres designados pelo DE- cima posição, correspondente ao ano modelo, não
NATRAN. atende à NBR 6066, a composição do número de
3.3 Décima posição: identificação deve permanecer a mesma, alterando
3.3.1 Ano modelo do veículo, para os veículos apenas a décima posição, a qual deverá identificar o
fabricados a partir de 1999; ano modelo nos termos da NBR 6066.
3.3.2 Ano de fabricação do veículo, para os 5. Para os veículos fabricados a partir do ano
veículos fabricados antes de 1999; de 1994 em que o chassi não estiver conforme a NBR
3.3.3 Este campo deve ter o caractere con- 6066, a nova composição do número de identificação
forme dispõe a norma ABNT NBR 6066. deverá ser informada pelo seu fabricante ou o seu
3.4 Décima primeira posição, número ¨0¨; representante oficial no país, mediante emissão de
3.5 Décima segunda à décima quarta posição Carta Laudo solicitada pelo órgão máximo executivo
preencher com os seguintes caracteres: de trânsito da União.
3.5.1 Veículos de uso diplomático: M R E;

RESOLUÇÃO 637, DE 30.11.2016


Dispõe sobre a organização e o funcionamento do Re-
gistro Nacional de Infrações de Trânsito – RENAINF, de
que trata o inc. XXX do art. 19 do Código de Trânsito
Brasileiro – CTB, e dá outras providências.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12,
incs. I e VIII, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e nos termos do
disposto no Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT.
Considerando a necessidade de estabelecer e normatizar os procedimentos para a aplicação das multas
por infrações, a arrecadação e o repasse dos valores arrecadados, nos termos do inc. VIII do art. 12 do CTB;
Considerando a necessidade de implantação de uma Base Nacional de Infrações de Trânsito, que con-
temple uma sistemática para comunicação, registro, controle, consulta e acompanhamento de todas as infra-
ções de trânsito, de suas respectivas penalidades e arrecadação, bem como viabilize a pontuação delas decor-
rentes;
Considerando a necessidade de identificação inequívoca do real infrator e a necessidade de estabelecer
as responsabilidades pelas infrações a partir de uma base de informações nacional única;
Considerando a necessidade de viabilizar condições operacionais adequadas ao efetivo controle, para
todo o território nacional, e transparência das receitas arrecadadas com a cobrança de multas de trânsito;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 517

Considerando a edição da Lei 13.281, de 04.05.2016;


Considerando o que consta dos autos do Processo Administrativo 80000.046454/2011-27,
RESOLVE:
CAPÍTULO I RENAINF todas as infrações de trânsito, de forma
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES individualizada, para fins de notificação e obtenção
Art. 1º. Dispor sobre a organização e o funci- do número de registro da infração de trânsito no
onamento do Registro Nacional de Infrações de sistema RENAINF (Código RENAINF).
Trânsito – RENAINF, de que trata o inc. XXX do art. § 1º Os autos de infrações de trânsito deve-
19 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB. rão ser lavrados com dados e informações relativos a
Art. 2º. O RENAINF, sob a coordenação do De- uma única infração de trânsito. Havendo o cometi-
partamento Nacional de Trânsito – DENATRAN, é um mento de mais de uma infração, deverá ser lavrada a
sistema de gerenciamento e controle de infrações de quantidade de autos de infração correspondente ao
trânsito, integrado ao sistema de Registro Nacional de número de infrações.
Veículos Automotores – RENAVAM e ao Registro Na- § 2º As penalidades decorrentes das infra-
cional de Condutores Habilitados – RENACH e tem por ções de trânsito somente poderão ser inseridas no
finalidade criar a base nacional de infrações de trânsito RENAVAM e no RENACH se registradas no RENAINF,
e proporcionar condições operacionais para o registro na forma desta Resolução.
dessas infrações, viabilizando o processamento dos Art. 6º. Ao registrar uma infração no RENA-
autos de infrações e o intercâmbio de informações INF, o órgão autuador receberá as informações
entre os diversos órgãos e entidades componentes do cadastrais do veículo e do condutor e o Código RE-
Sistema Nacional de Trânsito. NAINF, que fará parte do registro dessa infração no
Art. 3º. Compete ao DENATRAN: Sistema, e que deverá ser impresso nas notificações
I - organizar e manter o RENAINF; de autuação e de penalidade.
II - desenvolver e padronizar os procedimen- Parágrafo único. A ausência do registro da
tos operacionais do sistema; infração no sistema RENAINF torna sem efeito a
III - disponibilizar o número de registro de ca- Notificação de Autuação e a Notificação de Penalida-
da infração no sistema RENAINF para os órgãos e de, enquanto tal omissão perdurar.
entidades componentes do Sistema Nacional de CAPÍTULO III
Trânsito – SNT; DA ARRECADAÇÃO
IV - assegurar a correta gestão do RENAINF; Art. 7º. Todas as infrações de trânsito deve-
V - definir as atribuições operacionais dos ór- rão ser registradas no RENAINF para fins de arreca-
gãos e entidades integradas; dação.
VI - cumprir e fazer cumprir esta Resolução e Art. 8º. Do valor da multa arrecadada pelo ór-
as instruções complementares; gão ou entidade executivo de trânsito dos Estados e
VII - arbitrar conflitos entre os participantes. do Distrito Federal responsável pelo licenciamento do
Art. 4º. Para os fins previstos nesta Resolu- veículo, quando aplicadas por órgãos ou entidades de
ção, entende-se por: trânsito de outra unidade da Federação, pela Polícia
I - autuador: os órgãos e entidades executivos Rodoviária Federal ou pelo órgão executivo rodoviário
de trânsito e rodoviários competentes para julgar a da União, serão deduzidos os custos operacionais
defesa da autuação e aplicar penalidade de multa de dos participantes do processo, na forma estabelecida
trânsito; pelas instruções complementares emitidas pelo
II - arrecadador: os órgãos e entidades execu- DENATRAN.
tivos de trânsito e rodoviários que efetuam a cobran- § 1º As quantias provenientes de multas ar-
ça e o recebimento da multa de trânsito (de sua recadadas na forma de que trata o caput têm nature-
competência ou de terceiros), sendo responsáveis za extra-orçamentária e caracterizam-se como receita
pelo repasse dos 5% (cinco por cento) do valor da do autuador.
multa de trânsito à conta do Fundo Nacional de § 2º O valor arrecadado das multas inseridas
Segurança e Educação de Trânsito – FUNSET, de que no RENAINF, após a dedução dos valores referentes
trata o § 1º do art. 320 do CTB. à retenção legal do percentual pertencente ao FUN-
CAPÍTULO II SET e dos custos operacionais incorridos pelos par-
DO REGISTRO DAS INFRAÇÕES ticipantes do processo, será repassado ao órgão au-
Art. 5º. Os órgãos e entidades integrantes do tuador mediante liquidação de boleto de cobrança
Sistema Nacional de Trânsito deverão registrar no bancária, emitido pelo cedente (órgão autuador ou
518 Ordeli Savedra Gomes

entidade que este designar), na forma disciplinada Mato Grosso, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do
pelo DENATRAN. Sul, Rondônia e Santa Catarina;
Art. 9º. O DENATRAN definirá a estrutura e III - Até o dia 31 de julho de 2017 para os ór-
características do documento para pagamento das gãos e entidades executivos de trânsito dos Estados
multas, o qual, obrigatoriamente, deverá discriminar do Amapá e Paraná; e
o percentual e código de arrecadação do FUNSET, IV - Até o dia 31 de outubro de 2017 para o
possibilitando a rede bancária a sua adequada desti- órgão e entidade executivo de trânsito do Estado de
nação ao Fundo. São Paulo.
Art. 10. O RENAINF, mediante informações Art. 14. Os órgãos executivos rodoviários dos
prestadas pelo órgão ou entidade executivo de Estados e do Distrito Federal, a Polícia Rodoviária Fe-
trânsito do Estado ou do Distrito Federal de registro deral e o órgão executivo rodoviário da União poderão
do veículo ou pelo órgão autuador, registrará o integrar-se diretamente ao RENAINF.
pagamento de cada multa no Sistema. Art. 15. Os órgãos e entidades executivos de
Parágrafo único. O Sistema disponibilizará as trânsito e rodoviários dos Municípios deverão inte-
informações de que trata o caput deste artigo aos grar-se ao RENAINF através do órgão ou entidade
participantes do processo para o acompanhamento executiva de trânsito da Unidade da Federação de
da arrecadação e controle dos repasses financeiros. sua circunscrição ou diretamente ao RENAINF, nos
Art. 11. A informação acerca do pagamento casos em que o DENATRAN julgar técnica e operaci-
da multa e a respectiva baixa no sistema RENAINF onalmente conveniente.
deverá ser providenciada: Art. 16. Os órgãos e entidades executivos de
I - pelo órgão autuador, quando o recolhimen- trânsito responsáveis pelo registro de veículos deve-
to da multa for efetivado por documento próprio de rão considerar a restrição por infração de trânsito,
arrecadação por ele expedido; inclusive para fins de licenciamento ou transferência,
II - pelo órgão ou entidade executivo de trânsi- somente após o encerramento da instância adminis-
to do Estado ou do Distrito Federal de registro do trativa de julgamento de infrações e penalidades, de
veículo, quando efetivada a cobrança e o pagamento acordo com o previsto no art. 284, § 3º do CTB.
da multa ocorrer pelo sistema de licenciamento de Art. 17. Os órgãos e entidades do Sistema
cada Estado ou do Distrito Federal. Nacional de Trânsito deverão receber as defesas de
Art. 12. Os órgãos e entidades integrantes do autuação apresentadas e os recursos interpostos,
Sistema Nacional de Trânsito, arrecadadores de mul- quando a infração for cometida em localidade diversa
tas de trânsito, de sua competência ou de terceiros, e daquela do licenciamento do veículo, anotar a data de
recolhedores de valores à conta do FUNSET deverão recebimento, registrar no Sistema RENAINF de acor-
prestar informações ao DENATRAN até o 20º (vigé- do com as transações estabelecidas no Manual do
simo) dia do mês subsequente ao da arrecadação, na Usuário do referido sistema, e, imediatamente, reme-
forma disciplinada pelo DENATRAN. ter a documentação ao órgão autuador responsável
CAPÍTULO IV pela autuação, nos termos do art. 287 do CTB.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 18. Caberá aos órgãos e entidades do
Art. 13. Os órgãos e entidades executivos de Sistema Nacional de Trânsito a observância dos
trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão normativos estabelecidos pelo DENATRAN em cum-
integrar-se ao RENAINF para registro de todas as primento ao disposto nesta Resolução, sob pena do
infrações de trânsito, das suas respectivas penalida- previsto no § 1º do art. 19 do CTB, além das demais
des e arrecadação, bem como da pontuação delas penalidades cabíveis.
decorrentes, conforme cronograma abaixo: (Redação Art. 19. O DENATRAN emitirá instruções téc-
dada pela Res. 677/17) nicas complementares para acerca dos procedimen-
I - Até 30 de abril de 2017 para os órgãos tos de integração e operacionalização do RENAINF.
e entidades executivos de trânsito das seguintes Art. 20. Fica revogada a Resolução CONTRAN
Unidades da Federação: Acre, Alagoas, Amazonas, 155, de 28.01.2004, a Resolução CONTRAN 335,
Bahia, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Mato Gros- de 24.11.2009, e a Resolução CONTRAN 524, de
so do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, 29.04.2015.
Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e Tocantins; Art. 21. Esta Resolução entra em vigor na da-
II - Até o dia 31 de maio de 2017 par os ór- ta de sua publicação.
gãos e entidades executivos de trânsito das seguin- Elmer Coelho Vicenzi
tes Unidades da Federação: Espírito Santo, Goiás,
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 519

RESOLUÇÃO 638, DE 30.11.2016


Dispõe sobre as formas de aplicação da receita arreca-
dada com a cobrança das multas de trânsito, conforme
previsto no caput do art. 320 da Lei 9.503, de 23.09.1997,
que institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no uso da competência lhe confere o art. 12, incs.
I, II e VII da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e tendo em vista o
disposto no Decreto 4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Transito –
SNT;
Considerando a necessidade de prover fundamentação apropriada para interpretação das normas sobre
aplicação da receita arrecadada com a cobrança de multas de trânsito, conforme art. 320 do Código de Transito
Brasileiro;
Considerando a necessidade de estabelecer instrumento normativo pormenorizado que discipline a apli-
cação da receita arrecadada com a cobrança das multas de trânsito;
Considerando o que consta no Processo Administrativo 80000.048772/2010-41, resolve:
CAPÍTULO I Art. 4º. São considerados elementos de des-
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES pesas com sinalização:
Art. 1º. Dispor sobre a aplicação da receita I - tacha e tachão refletivos, mono ou bidirecio-
arrecadada com a cobrança das multas de trânsito, nais;
conforme previsto no caput do art. 320 da Lei 9.503, II - defensa metálica;
de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Bra- III - tinta a base de água, de resina acrílica, de
sileiro – CTB. solvente ou termoplástico para demarcação viária;
Seção I IV - microesfera de vidro;
Da Natureza da Receita V - placas de trânsito;
Art. 2º. As multas aplicadas com a finalidade VI - suporte estrutural para placas de trânsito,
de punir a quem transgride a legislação de trânsito totem, bandeira, semi-pórtico, pórtico, coluna cônica
são receitas públicas orçamentárias e destinadas a com braço cônico e estrutura especial;
atender, exclusivamente, as despesas públicas com VII - dispositivos para canalização, segrega-
sinalização, engenharia de tráfego e de campo, po- ção e delimitação – barreiras horizontais e verticais e
liciamento, fiscalização e educação de trânsito. cones;
CAPÍTULO II VIII - painel eletrônico;
DAS DESPESAS PÚBLICAS IX - aplicativo e equipamento de tecnologia da
Seção I informação destinados ao controle da sinalização –
Da Sinalização grupos focais, controladores de tráfego, semáforos
Art. 3º. A sinalização é o conjunto de sinais para pedestre, repetidores, contadores regressivos e
de trânsito e dispositivos de segurança colocados na outros sistemas semafóricos.
via pública com o objetivo de garantir sua adequada X - projeto, execução e implantação de sinali-
utilização, compreendendo especificamente as sina- zação viária horizontal e vertical;
lizações vertical, horizontal e semafórica e os seguin- XI - manutenção, conservação e funcionamen-
tes dispositivos auxiliares: to de sinalização eletroeletrônica;
I - dispositivos delimitadores; XII - equipamentos, máquinas e veículos para
II - dispositivos de canalização; implantação e conservação da sinalização;
III - dispositivos e sinalização de alerta; XIII - outros elementos comprovadamente ne-
IV - alterações nas características do pavi- cessários à implantação e conservação da sinalização.
mento; Seção II
V - dispositivos de uso temporário; Da Engenharia de Tráfego e de Campo
VI - dispositivos de proteção contínua; Art. 5º. A Engenharia de Tráfego, fase da en-
VII - dispositivos luminosos; genharia de transporte, é o conjunto de atividades
relacionado com o estudo, a definição e o planeja-
VIII - painéis eletrônicos; mento do desenho geométrico, da segurança e das
IX - outros dispositivos previstos em legisla- operações de trânsito nas vias e rodovias, suas re-
ção específica. des, e terrenos adjacentes, inclusive a integração de
520 Ordeli Savedra Gomes

todos os modos e tipos de transportes, voltado a XIV - elaboração de estudos, projetos e im-
ampliar as condições de fluidez e de segurança no plantação de faixas, pistas exclusivas ou preferenci-
trânsito, visando a movimentação segura, eficiente e ais, corredores e terminais de ônibus;
conveniente de pessoas e mercadorias, a saber: XV - estudo, projeto e implantação de faixas e
I - elaboração e atualização de mapa viário; ou pistas exclusivas ou preferenciais para transporte
II - cadastramento e implantação da sinalização; coletivo e corredores de transporte público;
III - identificação, estudo e análise de novos XVI - estudo, projeto e implantação de medi-
polos geradores de trânsito; das moderadoras de tráfego;
XVII - avaliação e definição de medidas para
IV - estudos e estatísticas de acidentes de
reduzir possíveis impactos negativos de pólos gera-
trânsito; dores de viagens;
V - estudos e análises da utilização das faixas XVIII - aquisição, locação, manutenção e afe-
de domínio do sistema viário; rição de contador volumétrico de tráfego.
VI - atualização e manutenção do cadastro de Art. 7º. A Engenharia de Campo, ramo da en-
projetos do sistema viário; genharia de transporte, é o conjunto de atividades
VII - estudos de viabilidade técnica, econômi- relacionado com a execução de serviços e obras nas
ca e ambiental de adequação e melhorias do sistema vias e rodovias, suas redes, e terrenos adjacentes,
viário; inclusive a integração de todos os modos e tipos de
VIII - estudos e projetos necessários a ade- transportes, voltado a ampliar as condições de fluidez
quações e melhorias no sistema viário; e de segurança no trânsito, visando à movimentação
IX - outras atividades previstas em legislação segura, eficiente e conveniente de pessoas, veículos
e cargas, a saber:
específica.
I - desenvolvimento e implantação de corredo-
Art. 6º. São considerados elementos de des-
res especiais de trânsito nas vias já existentes;
pesas com engenharia de tráfego:
II - adequações e melhorias do sistema viário,
I - estudos relacionados com a fiscalização das faixas de domínio e das margens de vias e
eletrônica e o controle de peso; rodovias;
II - estudos de contagem de tráfego; III - ações e intervenções para a implementa-
III - estudos de movimentação de produtos ção da engenharia de tráfego, previstas nos arts. 4º e
perigosos; 5º desta Resolução;
IV- estudos de autorização especial de tráfego; IV - outras atividades previstas em legislação
V - planejamento técnico dos equipamentos específica.
destinados à execução dos serviços de engenharia Art. 8º. São considerados elementos de des-
de tráfego e de campo; pesas com engenharia de campo os procedimentos
VI - estudo, planejamento e implantação de executivos em vias e ou rodovias para:
sistemas e conjuntos semafóricos; I - implantação de soluções para tratamento
VII - controle e gerenciamento de tráfego; de segmentos críticos visando à minimização de
acidentes de trânsito;
VIII - estudos de fiscalização e operação de
II - manutenção e conservação, rotineira e téc-
proteção ao pedestre e ciclistas;
nica;
IX - aquisição, conservação e manutenção de III - limpeza, roçada e capina das faixas de
equipamentos necessários ao levantamento de dados domínio, incluindo margens, canteiros centrais, sar-
de engenharia de tráfego; jetas, meio fios, valetas, bueiros, caixas coletoras,
X - aquisição, conservação e manutenção de placas de sinalização e pontes;
equipamentos necessários à atualização do cadastro IV - correção de ângulos e tomadas de curvas;
de projetos do sistema viário; V - conservação e recomposição de drenagem
XI - estudos, apropriação e manutenção do superficial e profunda;
cadastro dos acessos às faixas de domínio do siste- VI - estabilidade de taludes e banquetas de
ma viário; solo;
XII - estudo e projeto para tratamento de VII - pavimentação, recapeamento, tapa-bura-
segmentos críticos visando à minimização de aciden- cos e recomposição da pista e acostamentos;
tes de trânsito; VIII - patrolamento, ensaibramento e compac-
XIII - projeto de alterações no sistema viário, tação da pista de rolamento;
como mudança na geometria das vias, alteração de IX - correção de cabeceiras e estruturas de
sentido de circulação; viadutos, pontes e passarelas em vias e rodovias;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 521

X - pintura de pontes, sarjetas, meio-fio e cai- o cumprimento da legislação de trânsito, por meio do
ação; poder de polícia administrativa.
XI - execução de projeto de alterações no sis- Art. 10. São considerados elementos de des-
tema viário, como mudança na geometria das vias e pesas com policiamento e fiscalização:
alteração de sentido de circulação; I - capacitação de autoridades, de agentes de
XII - implantação e adequação de calçadas, trânsito e agente de autoridade de trânsito;
passarelas para pedestres, ciclovias e ciclofaixas; II - material e equipamento para policiamento;
XIII - execução de projeto de faixas e ou pis- III - serviço de recolhimento de animais soltos;
tas exclusivas ou preferenciais para transporte co- IV - aquisição e ou locação de imóvel para
letivo;
guarda de veículos removidos;
XIV - aquisição, conservação e manutenção
V - equipamento ou instrumento medidor de
de equipamentos e materiais necessários ao levan-
velocidade fixo, estático ou portátil;
tamento de dados de engenharia de campo;
VI - equipamento ou instrumento fixo regis-
XV - aquisição de materiais permanente e de
consumo relacionados a projetos de intervenções na trador de avanço de sinal vermelho, de parada sobre
estrutura viária, quando voltados a melhoria da fluidez a faixa de pedestre e vídeo monitoramento para
e segurança no trânsito; fiscalização de trânsito;
XVI - aquisição de áreas necessárias a viabili- VII - aquisição, locação, manutenção e aferi-
zação de projetos de infraestrutura viária, quando vol- ção de etilômetro;
tados a melhoria da fluidez e segurança no trânsito; VIII - aquisição, locação, manutenção e aferi-
XVII - construção de baias de ônibus, faixas ção de equipamento medidor de transmitância lu-
de aceleração e de desaceleração; minosa e de poluição sonora e atmosférica;
XVIII - demais intervenções na infraestrutura IX - operação, manutenção e transferência de
viária que visem melhorias na segurança no trânsito. infraestrutura instalada;
§ 1º As despesas com engenharia de campo X - aquisição e ou locação de veículos e viatu-
serão realizadas exclusivamente pelo órgão autuador, ras – motos, triciclos, quadriciclos, caminhões, re-
respeitando sua circunscrição sobre a via, sem a boques, microônibus, minivans, aeronaves – com ins-
possibilidade de transferência de recursos arrecada- talações e ou equipamentos de policiamento e fis-
dos por órgãos executivos de trânsito para órgãos calização;
rodoviários de trânsito. XI - armazenamento de imagens para controle
§ 2º Entende-se por segmentos críticos, para de infração de trânsito, relativos às notificações de
fins desta Resolução, trechos específicos de vias autuação e de penalidade;
públicas que demandem medidas pontuais para re- XII - emissão, expedição e publicação de noti-
dução do risco potencial ou do índice de acidentes, ficações de autuação, de penalidade, de hasta públi-
redução de conflitos intermodais ou priorização do ca, de inclusão em dívida ativa e do resultado da
transporte não motorizado. defesa da autuação e ou de recursos de infrações de
§ 3º São medidas para tratamento de seg- trânsito;
mentos críticos de que trata o inc. I deste artigo, XIII - manutenção, conservação e funciona-
devidamente caracterizadas e justificadas por estu- mento da Junta Administrativa de Recursos de In-
dos de engenharia: fração – Jari, do Conselho Estadual de Trânsito –
I - alteração da geometria de vias e rodovias; CETRAN e do Conselho de Trânsito do Distrito Fede-
II - construção de rotatórias e minirrotatórias; ral – CONTRANDIFE;
III - execução de travessias em desnível; XIV - construção, manutenção, conservação
IV - execução de ilhas, refúgios para pedes- e funcionamento de centros descentralizados de
tres ou canteiros centrais; controle operacional de trânsito, postos de fiscaliza-
V - iluminação específica de faixas de pedes- ção e policiamento e monitoramento eletrônico viário;
tres, ciclovias e ciclofaixas; XV - instalação, operação, manutenção e afe-
VI - tratamento de cruzamentos rodoferroviá- rição de equipamentos de controle de peso;
rios e rodocicloviários; XVI - aquisição, locação, manutenção e confi-
Seção III guração de talão eletrônico;
Do Policiamento e da Fiscalização XVII - tarifas bancárias – arrecadação e co-
Art. 9º. O policiamento e a fiscalização são os brança, débito em conta, cartões de débito e crédito,
atos de prevenção e repressão que visam a controlar referentes à notificação de penalidade;
522 Ordeli Savedra Gomes

XVIII - diárias e locomoção dos agentes de VII - periódicos e publicações voltados para
trânsito em operações de policiamento e fiscalização; educação de trânsito;
XIX - realização de ações conjuntas de fiscali- VIII - campanhas publicitárias e educativas de
zação e policiamento; trânsito;
XX - uniformes e acessórios para agentes de IX - cursos de qualificação para profissionais
trânsito e agentes da autoridade de trânsito; dos órgãos de trânsito;
XXI - implementação, informatização e manu- X - distribuição de material educativo de trân-
tenção de sistemas informatizados para processa- sito;
mento de multas de trânsito e demais procedimentos XI - eventos educativos de trânsito;
relativos; XII - manutenção, conservação e funciona-
XXII - serviços de terceiros necessários ao exer- mento de centros de instrução, aperfeiçoamento e
cício do policiamento e da fiscalização do trânsito; escolas públicas de trânsito;
XXIII - manutenção e abastecimento da frota XIII - transporte para participantes de eventos
operacional destinada ao policiamento e fiscalização ligados a educação de trânsito;
de trânsito. (Alínea acrescida pela Res. 660/17) XIV - contratação de corpo técnico especiali-
Seção IV zado para execução de cursos, ações e projetos edu-
Da Educação de Trânsito cativos;
Art. 11. A educação de trânsito é a atividade XV - manutenção, conservação e funciona-
direcionada à formação do cidadão como usuário das mento de biblioteca especializada;
vias e rodovias, por meio do aprendizado de normas e XVI - gerenciamento de banco de dados e in-
condutas de respeito à vida e ao meio ambiente, formações das ações de educação de trânsito;
visando sempre o trânsito seguro, a saber: XVII - desenvolvimento de atividades perma-
I - publicidade institucional; nentes de estudos e pesquisas voltados para educa-
II - campanhas educativas; ção de trânsito.
III - realização e participação em palestras, cur- CAPÍTULO III
sos, seminários e eventos relacionados ao trânsito; DISPOSIÇÕES FINAIS
IV - atividades escolares; Art. 13. Os órgãos e entidades de trânsito
V - elaboração de material didático-pedagó- responsáveis pela arrecadação das multas de trânsito
gico; deverão observar a incidência da alíquota de 1%,
VI - formação e qualificação de profissionais sobre as multas de trânsito, prevista no art. 8º, inc.
do Sistema Nacional de Transito – SNT; III, da Lei 9.715, de 25.11.1998, que dispõe sobre as
VII - formação de agentes multiplicadores. contribuições para os Programas de Integração So-
Art. 12. São considerados elementos de des- cial e de Formação do Patrimônio do Servidor Público
pesas com educação de trânsito: – PIS/PASEP.
I - material didático; Art. 14. O órgão ou entidade do Sistema Na-
II - aplicativos e equipamentos de informática cional de Trânsito – SNT responsável pela aplicação
destinados à educação de trânsito; da receita arrecadada com a cobrança das multas de
trânsito deverá publicar, anualmente, na rede mundial
III - equipamento de áudio e vídeo destinados de computadores – internet, dados sobre a receita
à educação de trânsito; arrecadada com a cobrança de multas de trânsito e
IV - instrumentos musicais voltados para edu- sua destinação.
cação de trânsito; Art. 15. Fica revogada a Resolução CONTRAN
V - móveis e utensílios destinados à educação 191, de 16.02.2006.
de trânsito;
Art. 16. Esta Resolução entra em vigor na da-
VI - mini-veículos e veículos equipados desti- ta de sua publicação.
nados à educação de trânsito; Elmer Coelho Vicenzi

RESOLUÇÃO 641, DE 14.12.2016


Dispõe sobre a obrigatoriedade do uso do Sistema de
Controle de Estabilidade, nos veículos M2, M3, N2, N3,
O3 e O4 novos saídos de fábrica, nacionais e importados.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 523

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso das atribuições legais que lhe confere o art.
12 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto 4.711,
de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar os requisitos de segurança para os veículos au-
tomotores nacionais e importados;
Considerando a necessidade de garantir a segurança dos condutores e passageiros dos veículos;
Considerando que a instalação do Sistema de Controle de Estabilidade, melhora a estabilidade direcional
do veículo atribuindo-lhe melhor dirigibilidade;
Considerando o Plano da Década de Ações para Segurança Viária da ONU e a participação do Brasil no
Fórum Mundial para Harmonização dos Regulamentos Veiculares (WP.29) da ONU;
Considerando o constante no Processo 80000.002199/2015-34.
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução estabelece como obri- Parágrafo único. Conforme norma NBR 13776
gatória a instalação do Sistema de Controle de Esta- da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
bilidade, nos veículos das categorias M2, M3, N2, fica caracterizado:
N3, O3 e O4.
Veículo automotor que contém pelo menos quatro rodas, projetado e construído para
M
o transporte de passageiros.
Veículos projetados e construídos para o transporte de passageiros que tenham mais
M2 que oito assentos, além do assento do motorista, e que contenham uma massa não
superior a 5 t.
Veículos projetados e construídos para o transporte de passageiros, que tenham
M3 mais que oito assentos, além do assento do motorista, e tenham uma massa máxi-
ma superior a 5 t.
Veículo automotor que contém pelo menos quatro rodas, projetado e construído para
Categoria N
o transporte de cargas.
Veículos projetados e construídos para o transporte de cargas e que contenham uma
N2
massa máxima superior a 3,5 t e não superior a 12 t.
Veículos projetados e construídos para o transporte de cargas e que contenham uma
N3
massa máxima superior a 12 t.
O Reboques (incluindo semirreboques).
Reboques (incluindo semirreboques) com uma massa máxima superior a 3,5 t e não
O3
superior a 10 t.
O4 Reboques (incluindo semirreboques) com uma massa máxima superior a 10 t.

Art. 2º. Os requisitos constantes nesta Reso- I - Função de Estabilidade do Veículo (VSF):
lução aplicar-se-ão aos novos projetos de veículos um sistema que possui uma ou ambas das seguintes
produzidos ou importados a partir de 1º de janeiro de funções:
2022 e para todos os projetos de veículos produzidos a) Controle direcional: designa uma função no
ou importados a partir de 1º de janeiro de 2024, sendo âmbito do controle de estabilidade do veículo a qual
facultado antecipar sua adoção total ou parcial. auxilia o motorista dentro dos limites físicos do veí-
§ 1º Considera-se novo projeto de veículo o culo, em situações de sobre esterço e sub esterço,
que nunca obteve Código / Marca / Modelo junto ao em manter a direção pretendida pelo condutor no
Órgão Máximo Executivo de Trânsito da União – DE- caso de veículos automotores, e auxilia em manter a
NATRAN. direção do veículo rebocado junto ao veículo trator no
§ 2º Fica concedido prazo até 1º de janeiro de caso de reboques e semirreboques;
2025 para o encarroçamento dos chassis produzidos b) Controle de rolagem: designa uma função
sem o Sistema de Controle de Estabilidade, até a da- no âmbito do controle de estabilidade do veículo a
ta de 31 de dezembro de 2023. qual, dentro dos limites físicos do veículo, reage a
Art. 3º. Para efeito desta Resolução define-se uma situação de rolagem iminente a fim de estabilizar
como Sistema de Controle de Estabilidade: o veículo automotor ou veículo trator e rebocado ou
524 Ordeli Savedra Gomes

veículo rebocado, em condições de manobras dinâ- II - Veículos de uso bélico;


micas. III - Veículos de salvamento;
Art. 4º. A definição dispostas no art. 3º deve- IV - Veículos das categorias M2, M3, N2 e N3,
rão ser exigidas nos veículos conforme aplicável na atendendo as categorias G definidas pela Norma Bra-
sua categoria. sileira NBR 13776 da ABNT;
§ 1º Veículos das categorias abaixo devem V - Veículos resultantes de transformações su-
ser equipados com função de estabilidade do veículo jeitos a homologação compulsória, cuja data de fa-
(VSF) conforme definido no inc. I do art. 3º incluindo bricação do veículo original objeto de transformação
compulsoriamente tanto a função de controle direcio- sejam aquelas estabelecidas no art. 2º desta Resolu-
nal quanto a função de controle de rolagem. ção;
I - M2, M3 e N2 VI - Veículos das categorias N2 se classifi-
II - N3 possuindo dois ou três eixos cados com espécie de tração e com PBT entre 3,5 e
III - N3 com 4 eixos, desde que a massa má- 7,5 t;
xima técnica não exceda 25 t e que o diâmetro má- VII - Veículos das categorias M2 e M3 articu-
ximo da roda não exceda 19.5”. lados;
§ 2º Veículos da categoria O3 e O4 possuindo VIII - Chassis para veículos da categoria M3
um, dois ou três eixos devem ser equipados com fabricados até a data estabelecida no art. 2º desta
função de estabilidade do veículo (VSF) conforme Resolução;
definido no inc. I do art. 3º. Devendo possuir no mí- IX - Reboques e semirreboques, de uso exclu-
nimo a função de controle de rolagem. sivo para transportes de cargas indivisíveis;
Art. 5º. Para comprovação do desempenho X - Veículos da categoria M2, M3, N2 e N3
dos sistemas obrigatórios de que trata a presente com mais de 3 eixos, exceto veículos da categoria
Resolução, os resultados de ensaios devem cumprir N3 com 4 eixos, PBT menor que 25t e diâmetro má-
com o Regulamento das Nações Unidas UN R13, ou ximo de roda não excedendo 19.5;
com normativa Norte-Americana FMVSS 136, con-
XI - Veículos de categoria M, N e O destina-
forme aplicável.
dos a exportação.
Art. 6º. Os fabricantes, importadores, encar-
Art. 8º. A instalação do Sistema de Controle
roçadores e transformadores de veículos deverão in-
de Estabilidade para os veículos da categoria M3,
formar nos novos pedidos de concessão de Marca /
para utilização exclusiva urbana, é opcional.
Modelo / Versão e de emissão do CAT a presença e
características técnicas dos Sistemas de Controle de Parágrafo único. Para os veículos da catego-
Estabilidade, bem como atualizar os processos exis- ria M3 escolares a instalação do Sistema de Controle
tentes com essa informação. de Estabilidade é obrigatória.
Art. 7º. Ficam dispensados do cumprimento Art. 9º. Esta Resolução entra em vigor na da-
dos requisitos estabelecidos nesta Resolução: ta de sua publicação.
I - Veículos de uso exclusivo fora-de-estrada; Elmer Coelho Vicenzi

RESOLUÇÃO 643, DE 14.12.2016


Dispõe sobre o emprego de película retrorrefletiva em
veículos.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
Considerando o Acordo aprovado pela Resolução MERCOSUL/GMC/64/08;
Considerando os Processos Administrativos 80000.035736/2011-07 e 80000.101777/2016-03;
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução regulamenta o em- kg, Ônibus, Micro-ônibus, Motorcasa e Tratores, fa-
prego de película retrorrefletiva em veículos com ob- cultados a transitar em vias públicas, Reboques e
jetivo de prover melhores condições de visibilidade Semirreboques com PBT até 4.536 kg, somente se-
diurna e noturna. rão comercializados quando possuírem dispositivo de
Art. 2º. Os veículos de transporte rodoviários segurança retrorrefletores afixado de acordo com as
de carga com Peso Bruto Total (PBT) superior a 4.536 disposições constantes do Anexo I desta Resolução.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 525

Art. 3º. Os veículos de transporte rodoviários Art. 6º. Excluem-se os veículos bélicos das
de carga com PBT superior a 4.536 kg, Ônibus, Mi- exigências constantes desta Resolução.
cro-ônibus, Motorcasa e Tratores, facultados a tran- Art. 7º. Os fabricantes de películas retrorrefle-
sitar em vias públicas, Reboques e Semirreboques tivas devem obter, para os seus produtos, registro no
com PBT até 4.536 kg, somente poderão ter renova- Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecno-
da a licença anual quando possuírem dispositivo de logia (INMETRO) atendendo aos requisitos estabele-
segurança retrorrefletores afixado de acordo com as cidos no Anexo I desta Resolução.
disposições constantes do Anexo I desta Resolução. Parágrafo único. Até a efetiva implementa-
Art. 4º. Os veículos habilitados ao transporte ção do registro pelo INMETRO, a película retrorrefleti-
internacional de cargas e coletivo de passageiros, de va deve ter suas características atestadas atendendo
que trata o acordo aprovado pela Resolução MERCO- aos requisitos estabelecidos no item 3.3.8 do Anexo I
SUL/GMC/64/08, quando em trânsito internacional, desta Resolução.
somente poderão circular pelo território nacional Art. 8º. As películas retrorrefletivas homolo-
quando possuírem dispositivos retrorrefletivos de se- gadas com a inscrição “APROVADO DENATRAN” afi-
gurança de acordo com as disposições constantes no xadas nos veículos ficam convalidadas até o final de
Anexo II desta Resolução. sua vida útil.
Art. 5º. Os proprietários e condutores, cujos Art. 9º. Os Anexos desta Resolução se encon-
veículos circularem nas vias públicas desprovidos tram no sítio eletrônico do DENATRAN.
dos requisitos estabelecidos nesta Resolução, ficam Art. 10. Fica revogada a Res. 568, de 16.12.2015.
sujeitos às penalidades constantes no art. 230, incs. Art. 11. Esta Resolução entra em vigor a par-
IX ou X do CTB. tir de 1º de junho de 2017.
Elmer Coelho Vicenzi

ANEXOS
(Disponíveis no site: <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 666, DE 18.05.2017


Dispõe sobre a fiscalização do sistema de controle de
emissão de poluentes de veículos diesel pesados, ou
seja, com PBT acima de 3856 kg, produzidos a partir de
2012.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
Considerando o disposto no art. 103 do CTB, que determina que o veículo só poderá transitar pela via
quando atendidos os requisitos e as condições de segurança estabelecidos no Código de Trânsito Brasileiro e
em normas do CONTRAN;
Considerando a necessidade de regulamentar a fiscalização do dispositivo destinado ao controle de
emissão de gases poluentes, conforme disposto no art. 105, inc. V do CTB, bem como regulamentar a fiscaliza-
ção do Agente Redutor Líquido de NOx Automotivo – ARLA 32 em uso nos veículos;
Considerando que compete aos órgãos e entidades previstas nos arts. 20, 21, 22 e 24 do CTB fiscalizar as
emissões de poluentes produzidas pelos veículos automotores, no âmbito de suas respectivas circunscrições;
Considerando a Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) 15/95, que dispõe sobre
a nova classificação dos veículos automotores para o controle da emissão veicular de gases, material particula-
do e evaporativo, e dá outras providências;
Considerando a Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) 403/08, que dispõe so-
bre a fase P-7 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE) para veículos
pesados novos, movidos a diesel, fabricados a partir de 2012;
Considerando a Resolução CONAMA 418/09 e a Instrução Normativa do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente (IBAMA) 23/09, que dispõe sobre a especificação do Agente Redutor Líquido de NOx Automotivo
(ARLA 32) para aplicação nos veículos com motorização do ciclo Diesel;
526 Ordeli Savedra Gomes

Considerando estudos realizados pela Petrobras, Cummins, Laboratório Falcão Bauer quanto a eficiência
da utilização do reagente “Negro de Eriocromo T” como teste colorimétrico da qualidade do ARLA 32 para
identificar adulterações ou irregularidades no produto em uso;
Considerando a Instrução Normativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) 04/10, que esta-
belece os requisitos técnicos e de homologação para os sistemas de AUTO DIAGNOSE DE BORDO (OBD) a
serem instalados em todos os veículos pesados novos a Diesel homologados na fase P-7 do Programa de
Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores-PROCONVE;
Considerando a cartilha de conscientização pública do uso do ARLA 32 elaborada pela AEA – Associa-
ção Brasileira de Engenharia Automotiva; e
Considerando o constante nos Processos Administrativos 80000.107074/2016-81, 80000.116511/2016-57
e 80000.118600-2016-38,
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução dispõe sobre a fiscali- VII - Veículo pesado – veículo automotor para
zação do sistema destinado ao controle de emissão o transporte de passageiros e/ou carga, com massa
de gases poluentes, para os veículos pesados com total máxima autorizada maior que 3856 kg ou massa
motorização ciclo diesel, produzidos a partir de 2012 do veículo em ordem de marcha maior que 2720 kg,
usando as seguintes definições: projetado para o transporte de passageiros e/ou carga.
I - Sistema destinado ao controle de emissão VIII - Negro de Eriocromo T – é um reagente
de gases poluentes – Sistema destinado a atender indicador de complexação, o qual indica com fidedig-
os limites de emissões definidos pela fase P7 do nidade a utilização de água comum, com presença de
PROCONVE, utilizando atualmente a tecnologia SCR cálcio e magnésio, água não desmineralizada, apre-
(Selective Catalytic Reduction ou catalisador de re- sentando a cor rosa nestes casos e azul quando
dução seletiva) ou EGR (Exhaust Gas Recirculation ou utilizado água desmineralizada, isenta de impurezas.
recirculação de gases de escapamento);
Art. 2º. A fiscalização do dispositivo destina-
II - SCR – Sistema composto por software de do ao controle de emissão de gases poluentes, pode
funcionamento, OBD, LIM, sensores, sondas, reserva-
ser realizada através de inspeção visual, utilização de
tório de ARLA 32, unidade de injeção do ARLA 32,
leitor de OBD, ou da LIM no painel do veículo.
unidade de controle de dosagem, catalisador, siste-
ma de escapamento entre outros; Paragrafo único. Esta fiscalização não res-
III - EGR – Sistema composto por software de tringe as fiscalizações dos limites de emissões atra-
funcionamento, OBD, LIM, sensores, filtros de partícu- vés de equipamento para medição de poluentes, re-
las, catalisador, sistema de escapamento entre outros; gulamentado através da Resolução CONTRAN 452/13
IV - ARLA 32 – é a abreviação para Agente e Portaria DENATRAN 38/14, ou outro dispositivo le-
Redutor Líquido de NOx Automotivo, solução aquosa gal que venha a substituí-las.
composta por água desmineralizada e ureia em grau Art. 3º. São consideradas infrações previstas
industrial, com presença de traços de biureto e pre- no art. 230, inc. IX do CTB (conduzir veículo com
sença limitada de aldeídos e outras substâncias, equipamento obrigatório ineficiente/inoperante) os
características e especificações definidas na Instru- seguintes casos verificados no veículo:
ção Normativa do IBAMA 23, de 11.07.2009, com I - Identificação de emissão de NOx superior a
concentração de 32,5% ureia técnica de alta pureza 3,5 g/kWh por mais de 48 horas de operação do
em água desmineralizada, reagente, usado para o motor através de leitor de OBD;
controle da emissão de óxidos de nitrogênio (NOx) no II - Falta de fusível ou fusível danificado do
gás de escapamento dos veículos e motores diesel sistema SCR;
equipados com os sistemas de Redução Catalítica III - Catalisador danificado;
Seletiva (SCR – Selective Catalytic Reduction);
IV - Reservatório sem ARLA 32, ou com água
V - LIM – (Lâmpada indicadora de mau funci-
ou outro líquido;
onamento): é o meio visível que informa ao condutor
do veículo e o agente de trânsito um mau funciona- V - Reservatório com ARLA 32 adulterado ou
mento do sistema de controle de emissões; irregular, verificado com refratômetro ou reagente
VI - Sistema OBD – Sistema de Autodiagnose negro de Eriocromo T;
de Bordo utilizado no controle de emissões com a VI - utilização de emulador ou chip que altera
capacidade de detectar a ocorrência de uma falha e o funcionamento do sistema;
de identificar a localização provável das falhas verifi- VII - qualquer outro componente do sistema
cadas por meio de códigos de falha armazenados na de controle de emissões danificado que impeça seu
memória de um computador. correto funcionamento.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 527

Parágrafo único. Deve constar no campo de de ureia no ARLA 32 medido através de refratômetro
observações do auto de infração a situação verificada digital;
que configurou a infração. III - nome, marca, modelo e número de série
Art. 4º. Os agentes de fiscalização de trânsito do equipamento utilizado na fiscalização.
poderão fiscalizar a concentração de ureia do ARLA § 3º As equipes de fiscalização de trânsito
32 em uso nos reservatórios dos veículos, com uti- poderão realizar coleta do líquido do reservatório de
lização de equipamento metrológico. ARLA 32 para posterior análise pericial.
§ 1º Sem prejuízo de outras exigências esta- Art. 5º. A verificação do líquido em uso no re-
belecidas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente servatório de ARLA 32 do veículo poderá também ser
(CONAMA) e pelo Instituto Nacional de Metrologia, realizada através de teste colorimétrico utilizando o
Qualidade e Tecnologia (INMETRO), os equipamentos reagente denominado Negro de Eriocromo T que iden-
utilizados para fiscalização de que trata o caput deve- tifica a utilização de água com impurezas na fabrica-
rão obedecer, no mínimo, aos seguintes requisitos: ção do ARLA 32, adição ou utilização de água que
I - ter seu modelo aprovado pelo INMETRO; e não seja desmineralizada, comprovando a adultera-
II - ser aprovado na verificação metrológica ção ou irregularidade do ARLA 32 em uso no veículo.
inicial, eventual, em serviço e periódica, realizadas de Art. 6º. É proibida a alteração do reservatório
acordo com a regulamentação metrológica vigente. original e do sistema de injeção de ARLA 32.
§ 2º O auto de infração, além das demais exi- Art. 7º. Os atos administrativos decorrentes
gências contidas em normas específicas, deverá ser da presente Resolução não elidem as punições origi-
preenchido, no mínimo, com as seguintes informações: nárias de ilícitos penais, conforme disposições de Lei.
I - medição realizada: resultado obtido pelo equi- Art. 8º. Esta Resolução entra em vigor na da-
pamento de medição no momento da fiscalização; ta de sua publicação.
II - valor considerado: qualquer valor situado Elmer Coelho Vicenzi
fora do intervalo de 30,0% a 35,0% de concentração

RESOLUÇÃO 667, DE 18.05.2017


Estabelece as características e especificações técnicas
dos sistemas de sinalização, iluminação e seus disposi-
tivos aplicáveis a automóveis, camionetas, utilitários,
caminhonetes, caminhões, caminhões tratores, ônibus,
micro-ônibus, reboques e semirreboques, novos saídos
de fábrica, nacionais ou importados e da outras provi-
dências.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), usando da competência que lhe confere o inc. I, do
art. 12, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT);
Considerando que nenhum veículo poderá transitar nas vias terrestres abertas à circulação pública sem
que ofereça as condições mínimas de segurança;
Considerando que a normalização dos sistemas de iluminação e sinalização é de vital importância na
manutenção da segurança do Trânsito;
Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar os requisitos de segurança para os veículos naci-
onais e importados;
Considerando a necessidade de harmonização dos requisitos nacionais de segurança veicular com re-
quisitos internacionais equivalentes, conforme previsto pela Política Nacional de Trânsito (PNT);
Considerando o disposto na Convenção de Viena sobre Trânsito Viário de 1968, promulgada pelo Decreto
86.714, de 10.12.1981; e
Considerando os Processos Administrativos 80000.040564/2012-66, 80000.039256/2012-98, 80000.110755/
2016-26, 80000.109184/2016-87 e 80000.011963/2015-62;
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução estabelece as carac- sinalização, iluminação e seus dispositivos aplicáveis
terísticas e especificações técnicas dos sistemas de a automóveis, camionetas, utilitários, caminhonetes,
528 Ordeli Savedra Gomes

caminhões, caminhões tratores, ônibus, micro-ônibus, § 6º É vedada a instalação de dispositivo ou


reboques e semirreboques, novos saídos de fábrica, equipamento adicional luminoso não previsto no sis-
nacionais ou importados. tema de sinalização e iluminação veicular estabeleci-
Art. 2º. Os dispositivos componentes dos sis- do nesta resolução.
temas de iluminação e de sinalização veicular devem § 7º É vedado o uso de luzes estroboscópi-
atender ao estabelecido no Anexo I desta Resolução cas, exceto em veículo previsto no art. 29, inc. VII, do
e nos demais anexos, quando pertinente: CTB.
Anexo I - Instalação de dispositivos de ilumi- Art. 3º. Os veículos inacabados (chassi de
nação e sinalização luminosa. caminhão com cabine e sem carroçaria com destino
Anexo II - Faróis principais emitindo fachos as- ao concessionário, encarroçador ou, ainda, a serem
simétricos e equipados com lâmpadas de filamento. complementados por terceiros), não estão sujeitos à
Anexo III - Faróis de neblina dianteiros. aplicação dos dispositivos relacionados abaixo:
Anexo IV - Lanternas de marcha-a-ré. I - lanternas delimitadoras traseiras;
Anexo V - Lanternas indicadoras de direção. II - lanternas laterais traseiras e intermediá-
Anexo VI - Lanternas de posição dianteiras e rias;
traseiras, lanternas de freio e lanternas delimitadoras III- retrorrefletores laterais traseiros e inter-
traseiras. mediários.
Anexo VII - Lanterna de iluminação da placa Parágrafo único. Os dispositivos referidos no
traseira. caput deste artigo deverão ser aplicados, conforme o
Anexo VIII - Lanternas de neblina traseiras. caso, quando da complementação do veículo.
Anexo IX - Lanternas de estacionamento. Art. 4º. Os veículos inacabados (chassi de
Anexo X - Faróis principais equipados com caminhão com cabine incompleta ou sem cabine,
fonte de luz de descarga de gás. chassi e plataforma para ônibus ou micro-ônibus)
com destino ao concessionário, encarroçador ou,
Anexo XI - Fonte de luz para uso em farol de
ainda, a serem complementados por terceiros, não
descarga de gás.
estão sujeitos à aplicação dos dispositivos relaciona-
Anexo XII - Retrorrefletores. dos abaixo:
Anexo XIII - Lanterna de posição lateral. I - lanternas delimitadoras dianteiras e trasei-
Anexo XIV - Farol de rodagem diurna. ras;
Anexo XV - Lanternas de Sinalização para Veí- II - lanternas laterais e dianteiras, traseiras e
culos Transporte Escolar. intermediárias;
Anexo XVI – Especificação de Lanternas es- III - retrorrefletores laterais e dianteiros, tra-
pecial de emergência de Luz Azul. seiros e intermediários;
§ 1º As lanternas especiais de emergência IV - lanternas de iluminação da placa traseira; e
que emitem luz de cor azul, conforme Anexo XVI, po- V - lanterna de marcha-a-ré.
derão ser utilizadas exclusivamente em veículos des-
Parágrafo único. Os dispositivos referidos no
tinados a socorro de incêndio e salvamento, os de
caput deste artigo deverão ser aplicados, conforme o
polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as
ambulâncias, quando em efetiva prestação do serviço caso, quando da complementação do veículo.
de urgência e devidamente identificados. Art. 5º. Os veículos inacabados (chassi de
§ 2º Ficam limitados a instalação e o funcio- caminhão com cabine incompleta ou sem cabine,
namento simultâneo de no máximo 8 (oito) faróis, chassi e plataforma para ônibus ou micro-ônibus,
independentemente de suas finalidades com destino ao concessionário, encarroçador ou,
§ 3º A identificação, localização e forma cor- ainda, a serem complementados por terceiros) não
reta de utilização dos dispositivos luminosos deverão estão sujeitos ao cumprimento dos requisitos de
constar no manual do veículo. iluminação e sinalização, quanto à posição de monta-
§ 4º É proibida a colocação de adesivos, pin- gem e prescrições fotométricas estabelecidas nesta
turas, películas ou qualquer outro material que não Resolução, para aqueles dispositivos luminosos a
seja original do fabricante nos dispositivos dos sis- serem substituídos ou modificados quando da sua
temas de iluminação ou sinalização de veículos. complementação.
§ 5º É proibida a substituição de lâmpadas Art. 6º. Serão aceitas inovações tecnológi-
dos sistemas de iluminação ou sinalização de veícu- cas, ainda que não contempladas nos requisitos
los por outras de potência ou tecnologia que não seja estabelecidos nesta Resolução, desde que sua efi-
original do fabricante. cácia seja comprovada através de certificação ou
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 529

legislação internacional reconhecidas pelo órgão má- adoção total ou parcial, ficando convalidadas, até a
ximo executivo de trânsito da União. data de sua publicação, as características dos veí-
Art. 7º. Serão aceitos pelo órgão máximo culos fabricados de acordo com a Resolução CON-
executivo de trânsito da União, para efeito de com- TRAN 227, de 09.02.2007, e suas alterações.
provação do atendimento das exigências desta Re- § 1º A obrigatoriedade das categorias 5 ou 6
solução, os resultados de testes e ensaios obtidos do item 4.5, 4.19 e o item 4.21, do Anexo I da Res.
por procedimentos similares de mesma eficácia, rea- 667, de 18.05.2017, (Indicador de direção lateral, fa-
lizados no exterior. rol de rodagem diurna e dispositivo de sinalização de
Art. 8º. Alternativamente, para comprovação frenagem de emergência) será aplicada para novos
do desempenho dos sistemas obrigatórios de que projetos de veículos produzidos a partir de 1º de
trata a presente resolução, os resultados de ensaios janeiro de 2021. (Redação dada pela Res. 761/18)
devem cumprir com os Regulamentos Técnicos das § 2º A obrigatoriedade das categorias 5 ou 6
Nações Unidas (ONU/UNECE) ou com as Normas Fe- do item 4.5, 4.19 e o item 4.21 do Anexo I da Res.
derais de Segurança dos Veículos Motorizados (FMVSS) 667, de 18.05.2017, (Indicador de direção lateral, fa-
dos Estados Unidos, conforme aplicável. rol de rodagem diurna e dispositivo de sinalização de
Art. 9º. O não atendimento ao disposto nesta frenagem de emergência) será aplicada para todos os
Resolução sujeita o infrator à aplicação das penalida- veículos produzidos a partir de 1º de janeiro de 2023,
des e medidas administrativas previstas na legislação nacionais e importados, que somente serão registra-
vigente. dos e licenciados se atenderem a esta Resolução.
Art. 10. Os Anexos desta Resolução encon- (Redação dada pela Res. 761/18)
tram-se disponíveis no sítio eletrônico <www.dena I - Para efeito desta Resolução considera-se
tran.gov.br>. novo projeto o modelo de veículo que nunca obteve o
Art. 11. Ficam revogadas em 1º de janeiro de código de Marca/Modelo/Versão junto ao órgão má-
2023, as Resoluções CONTRAN 227, de 09.02.2007, ximo executivo de trânsito da União.
294, de 17.10.2008, 383, de 02.06.2011, e 436, de II - Não se considera como novo projeto a de-
20.02.2013, e o Anexo B da Resolução CONTRAN rivação de um mesmo modelo básico de veículo que
561, de 15.10.2015. já possua Código de Marca/Modelo/Versão concedido
Art. 12. Esta Resolução entra em vigor na da- pelo órgão máximo executivo de trânsito da União.
ta de sua publicação, produzindo seus efeitos em 1º Elmer Coelho Vicenzi
de janeiro de 2021, sendo facultado antecipar sua

ANEXOS
(Disponíveis no site: <www.denatran.gov.br>)
*Obs. do autor: O item 4.21.1, do Anexo I, foi alterado pela Res. 761/18, passando ao seguinte teor
- Presença: obrigatória

RESOLUÇÃO 670, DE 18.05.2017


Disciplina o processo administrativo de troca de placas
de identificação de veículos automotores em caso de
clonagem.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), usando da competência que lhe confere o inc. I, do
art. 12, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT);
Considerando o que consta do Processo Administrativo 80001.000457/2008-17,
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução disciplina o processo circulando com combinação alfanumérica de placas
administrativo para a troca de placas de identifica- igual à do veículo original.
ção de veículos automotores nos casos em que for Art. 2º. Para efeito desta Resolução, conside-
comprovada a existência de outro veículo automotor ra-se:
530 Ordeli Savedra Gomes

a) veículo clonado: veículo original que teve a divergentes entre o veículo clonado e o veículo dublê
sua Placa de Identificação Veicular (PIV) aplicada em ou clone;
outro veículo; III - informações que possibilitem a compro-
b) veículo dublê ou clone: veículo que utiliza a vação da existência de veículo dublê ou clone;
combinação alfanumérica da PIV do veículo clonado IV - cópia do expediente que autorizou a re-
(original), apresentando ou não as mesmas caracte- marcação do chassi, na hipótese da identificação do
rísticas do veículo original (marca, modelo, cor, den- chassi e agregados demonstrar que a gravação não é
tre outras), com adulteração ou não do Número de original ou que tenha ocorrido a sua substituição.
Identificação Veicular (VIN) gravado no chassi. V - laudo de vistoria de identificação veicu-
Art. 3º. A troca de placas de identificação de lar, nos moldes da Resolução CONTRAN 466, de
veículos automotores de que trata esta Resolução, 11.12.2013, e suas alterações, para a constatação da
com a substituição de caracteres alfanuméricos de originalidade dos caracteres de identificação (chas-
identificação, será realizada mediante a instauração si e seus agregados), com a coleta das respectivas
de processo administrativo pelo órgão executivo de imagens;
trânsito da unidade da federação em que estiver
VI - laudo pericial, elaborado pelo Instituto de
registrado o veículo.
Criminalística competente, com as características do
Art. 4º. A instauração do processo adminis- veículo.
trativo de que trata o art. 3º terá início com a apre-
§ 1º Os originas dos documentos menciona-
sentação de requerimento pelo proprietário do veícu-
dos nas alíneas “a” e “e”, do inc. I, poderão ser
lo, acompanhado da documentação comprobatória da
solicitados no curso do processo administrativo, para
existência de veículo dublê ou clone.
conferência.
Parágrafo único. Após a instauração do pro-
cesso administrativo e enquanto não for realizada a § 2º Poderão ser solicitados outros documen-
troca de placas, será inserida restrição administrativa tos além dos previstos neste artigo, sempre que ne-
de “suspeita de clonagem” no cadastro do veículo cessário à instauração e instrução do processo ad-
original, sendo facultada a retirada da restrição a pe- ministrativo de que trata esta Resolução.
dido do proprietário do veículo. Art. 6º. Concluído o processo administrativo
Art. 5º. O requerimento de que trata o art. 4º com a comprovação da existência de veículo dublê
deverá ser instruído com os seguintes documentos: ou clone, deverá o órgão executivo de trânsito dos
I - cópias reprográficas: estados ou do Distrito Federal:
a) do documento de identificação pessoal do I - inserir os caracteres “CL” ao final do VIN e
requerente e do Cadastro de Pessoa Física (CPF), do número de motor no registro do veículo original;
para pessoas naturais; II - criar novo registro no Sistema RENAVAM
para o veículo original, com as mesmas informações
b) do contrato social e suas alterações e do
do registro anterior, exceto pelos caracteres CL nas 2
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), para
últimas posições do VIN e do número do motor,
pessoas jurídicas;
gerando novo número de RENAVAM e nova PIV;
c) do Certificado de Registro de Veículo (CRV),
III - realizar novo emplacamento do veículo
frente e verso;
original, com a nova PIV;
d) do Certificado de Registro e Licenciamento
IV - retirar os dados do proprietário do registro
de Veículo (CRLV), frente e verso;
cujo VIN termine em CL, incluindo no campo relativo à
e) da notificação de autuação por infração de propriedade a expressão “Registro de veículo clone”;
trânsito que incidiu indevidamente sobre o veículo;
V - anotar a restrição administrativa “Registro
f) da imagem do veículo, no caso de infração de veículo clone” no registro cujo VIN termine em CL;
registrada por sistema automático metrológico ou não VI - realizar a “baixa por clonagem” do regis-
metrológico de fiscalização; tro do veículo cujo VIN termine em CL.
g) do microfilme de Auto de Infração de Trân- § 1º Nos casos em que incidir gravame finan-
sito lavrado por Agente de Trânsito; ceiro sobre o veículo, deverá ser oficiada a instituição
h) do recurso interposto perante o órgão au- financeira credora, ou o responsável pelo gerencia-
tuador, conforme o caso; mento eletrônico do gravame, a fim de que seja
II - fotografias coloridas da frente, da traseira suspensa ou cancelada a restrição financeira, caben-
e das laterais do veículo de propriedade do requeren- do à instituição financeira credora a responsabilidade
te, para confronto com os demais documentos, de- exclusiva para a inclusão da restrição sobre a nova
vendo ser descritos ou indicados todos os pontos placa designada.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 531

§ 2º Nos casos em que incidir restrição judi- original serão migrados para o novo cadastro do veí-
cial sobre o veículo, o Juízo responsável pela restri- culo.
ção deverá ser informado acerca das alterações Parágrafo único. Deverá ser excluída do pron-
realizadas no registro do veículo original. tuário do proprietário/condutor a pontuação relativa
§ 3º Nos casos em que incidir restrição “RFB” às multas por infrações que tenham sido comprova-
sobre o registro do veículo, a Receita Federal do damente cometidas com o veículo dublê ou clone.
Brasil deverá ser informada acerca das alterações Art. 9º. As infrações cometidas pelo veículo
realizadas no registro do veículo original. dublê ou clone serão registradas para o veículo que
Art. 7º. A troca de placas de identificação de possua os caracteres CL ao final do VIN registrado no
veículos automotores de que trata esta Resolução RENAVAM, para eventual atribuição de responsabili-
deverá ser precedida do pagamento de todos os dé- dade aos infratores.
bitos, impostos, taxas e multas vinculados ao regis- Art. 10. Esta Resolução entra em vigor em 90
tro do veículo automotor, exceto aqueles gerados (noventa) dias da sua publicação.
pelo veículo dublê ou clone. Elmer Coelho Vicenzi
Art. 8º. Os procedimentos administrativos em
curso relativos às infrações cometidas com o veículo

RESOLUÇÃO 672, DE 21.06.2017


Estabelece procedimentos a serem adotados nos casos
em que os tributos, encargos e multas do veículo es-
tejam sob investigação de terem sido pagos mediante
fraude.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo
art. 12, incs. I e X, e pelo art. 141, ambos da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasi-
leiro e nos termos do disposto no Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional
de Trânsito (SNT).
CONSIDERANDO o constante dos autos do Processo Administrativo 80000.118591/2016-85,
RESOLVE:
Art. 1º. Estabelecer os procedimentos a se- peita de fraude ao órgão ou entidade executivo de
rem adotados pelos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal em que o
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, nos casos veículo encontra-se registrado.
em que os tributos, encargos e multas vinculadas ao Art. 3º. O órgão ou entidade executivo de
veículo estejam com suspeita de terem sido pagos trânsito dos Estados e do Distrito Federal, em que o
mediante fraude. veículo encontra-se registrado, após tomar conheci-
Art. 2º. Quando houver fundada suspeita de mento da suspeita de fraude, deverá incluir restrição
que o pagamento dos tributos, encargos e multas foi administrativa no RENAVAM, denominada “Pagamen-
realizado mediante fraude, deverão ser adotados os tos Fraudulentos”, impedindo o licenciamento anual,
procedimentos previstos nesta Resolução. até que o(s) tributo(s), encargo(s) e/ou multa(s) que
§ 1º A suspeita em referência no caput pode estão sob suspeita de fraude, sejam pagos novamente.
ser identificada pelos órgãos policiais, fazendários, Art. 4º. Esta Resolução entra em vigor em 90
instituições financeiras e/ou órgão ou entidade exe- (noventa) dias a contar da data de sua publicação.
cutivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal. Elmer Coelho Vicenzi
§ 2º Os órgãos e entidades que identificarem
a fraude deverão encaminhar comunicação da sus-

RESOLUÇÃO 673, DE 21.06.2017


Dispõe sobre a proibição de instalação e de utilização
do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) como combustível
nos veículos automotores.
532 Ordeli Savedra Gomes

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT);
Considerando o disposto no art. 1º, inc. II, da Lei 8.176, de 08.02.1991, que define crimes contra a or-
dem e cria o Sistema de Estoques de Combustível; e
Considerando o constante no Processo Administrativo 80000.017155/2014-28,
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução proíbe a instalação e Art. 2º. O descumprimento do disposto no
a utilização do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) como art. 1º caracteriza a infração prevista no art. 230, inc.
combustível nos veículos automotores. XII, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Parágrafo único. Somente as máquinas utili- Art. 3º. Fica revogada a Resolução CONTRAN
zadas para carregar e descarregar mercadorias, deno- 677, de 19.12.1986.
minadas de “empilhadeiras”, poderão utilizar o GLP Art. 4º. Esta Resolução entra em vigor na da-
como combustível. ta de sua publicação.
Elmer Coelho Vicenzi

RESOLUÇÃO 685, DE 15.08.2017


Altera os itens 6.1, 6.2 e 6.5 do Anexo II da Resolução
CONTRAN 168, de 14.12.2004, e dá outras providências.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
Considerando o que consta no Processo Administrativo 80000.030572/2015-47,
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução altera os itens 6.1, 6.5.2 Requisitos para matrícula
6.2 e 6.5 do Anexo II da Resolução CONTRAN 168, ..........
de 14.12.2004, que passam a vigorar com a seguinte - Estar habilitado na categoria ‘C’, ‘D’ ou ‘E’;”
redação: Art. 2º. Os candidatos aos cursos especializa-
“Anexo II dos para condutores de veículos, referidos no item 6 do
.......... Anexo II da Resolução CONTRAN 168, de 14.12.2004,
6.1. CURSO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO habilitados nas categorias D e E, deverão observar as
DE TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIROS seguintes exigências:
.......... I - categoria “D”: para conduzir veículos de
6.1.2 Requisitos para matrícula transporte de carga com peso bruto total excedendo
.......... a 3.500kg deverão comprovar que estão habilitados
- Estar habilitado na categoria ‘D’; na categoria “C”;
.......... II - categoria “E”: para conduzir veículos de
6.2. CURSO PARA CONDUTORES DE VEÍCU- transporte de passageiros cuja lotação exceda a oito
LOS DE TRANSPORTE ESCOLAR lugares, excluído o do motorista, deverão comprovar
que estão habilitados na categoria “D”.
..........
Parágrafo único. A inobservância do dispos-
6.2.2 Requisitos para matrícula
to neste artigo implicará nas sanções previstas no
........... art. 162, inc. III, do CTB.
- Estar habilitado na categoria D; Art. 3º. Ficam revogados o art. 43 e o Anexo I
.......... da Resolução CONTRAN 168, de 14.12.2004.
6.5. CURSO PARA CONDUTORES DE VEÍCU- Art. 4º. Esta Resolução entra em vigor na da-
LOS DE TRANSPORTE DE CARGA INDIVISÍVEL E OU- ta de sua publicação.
TROS OBJETO DE REGULAMENTAÇÃO ESPECÍFICA Elmer Coelho Vicenzi
PELO CONTRAN
..........
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 533

RESOLUÇÃO 686, DE 15.08.2017


Estabelece os requisitos para circulação de veículos
inacabados ou incompletos para efeitos de trânsito em
vias públicas.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
Considerando o constante no Processo Administrativo 80000.017155/2014-28,
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução estabelece os requisi- 9) Buzina;
tos para circulação de veículos inacabados ou in- 10) Freios de estacionamento e de serviço
completos para efeitos de trânsito em vias públicas. com comandos independentes;
Parágrafo único. Entende-se por veículo ina- 11) Pneus que ofereçam condições mínimas
cabado ou incompleto todo o chassi e plataforma de segurança;
para ônibus ou micro-ônibus e os chassis de cami- 12) Extintor de incêndio para chassi e plata-
nhões, caminhonete, utilitário com cabine completa, forma de ônibus, micro-ônibus e para chassis de ca-
incompleta ou sem cabine. minhão;
Art. 2º. Os veículos inacabados ou incomple- 13) Cinto de segurança para todos os ocupan-
tos somente poderão circular em vias públicas, no tes do veículo;
período diurno, no percurso entre os seguintes des-
14) Dispositivo destinado ao controle de ruído
tinos: pátio do fabricante, concessionário, revende-
do motor, naqueles dotados de motor a combustão;
dor, encarroçador, complementador final, Posto Al-
fandegário, cliente final ou ao local para o transporte 15) Cinto de segurança para a árvore de trans-
a um dos destinatários mencionados. missão nos chassi e plataforma de ônibus, micro-ôni-
bus e nos chassis para caminhão;
Art. 3º. O descumprimento do disposto no
art. 2º caracteriza a infração prevista no art. 187, inc. 16) Protetores das rodas traseiras em chassis
I, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). de caminhão.
Art. 4º. Para realizar o percurso definido no § 2º Chassis de caminhões, caminhonete e
art. 2º, os veículos inacabados ou incompletos de- utilitário com cabine completa:
vem, de forma provisória ou definitiva, possuir no mí- 1) Para-choque dianteiro;
nimo os seguintes equipamentos a serem constata- 2) Espelhos retrovisores externos;
dos pela fiscalização e em condições de funciona- 3) Limpador do para-brisa;
mento: 4) Lavador de para-brisa;
§ 1º Chassi e Plataforma para ônibus e micro- 5) Pala interna de proteção contra o sol para o
ônibus e chassis para caminhão, caminhonete e uti- condutor;
litário sem cabine: 6) Faróis principais de cor branca;
1) Faróis principais de cor branca; 7) Luzes de posição dianteiras (faroletes) de
2) Lanternas de posição traseira de cor ver- cor branca ou amarela;
melha;
8) Lanternas de posição traseiras de cor ver-
3) Lanternas de freio de cor vermelha; melha;
4) Lanternas dianteiras e traseiras indicadoras 9) Lanternas de freio de cor vermelha;
de direção de cor âmbar;
10) Lanternas traseiras e dianteiras indicado-
5) Dispositivo de sinalização luminosa ou re- ras de direção de cor âmbar;
fletora de emergência, independente do sistema de
11) Lanterna de marcha à ré, de cor branca;
iluminação do veículo;
12) Retrorrefletores (catadióptrico) traseiros,
6) Espelho retrovisor externo do lado esquerdo;
de cor vermelha;
7) Registrador instantâneo e inalterável de ve-
locidade e tempo para ônibus, micro-ônibus e chassis 13) Velocímetro;
para caminhão com peso bruto total superior a quatro 14) Buzina;
mil, quinhentos e trinta e seis quilogramas; 15) Freios de estacionamento e de serviço
8) Velocímetro; com comandos independentes;
534 Ordeli Savedra Gomes

16) Pneus que ofereçam condições mínimas 8) Freio de estacionamento e de serviço com
de segurança; comandos independentes;
17) Dispositivo de sinalização luminosa ou re- 9) Dispositivo de sinalização luminosa ou re-
fletora de emergência, independente do sistema de fletora de emergência, independente do sistema de
iluminação do veículo; iluminação do veículo;
18) Extintor de incêndio para chassis de ca- 10) Espelho retrovisor externo lado esquerdo;
minhões; 11) Registrador instantâneo e inalterável de
19) Registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo para chassis de caminhão com
velocidade e tempo para chassis de caminhão com peso bruto total superior a quatro mil, quinhentos e
peso bruto total superior a quatro mil, quinhentos e trinta e seis quilogramas;
trinta e seis quilogramas; 12) Pneus que ofereçam condições mínimas
20) Cinto de segurança para todos os ocupan- de segurança;
tes do veículo; 13) Extintor de incêndio para chassis de ca-
21) Dispositivo destinado ao controle de ruído minhões;
do motor, naqueles dotados de motor a combustão; 14) Dispositivo destinado ao controle de ruído
22) Cinto de segurança para a árvore de trans- do motor, naqueles dotados de motor a combustão;
missão em chassis de caminhões; 15) Cinto de segurança para a árvore de trans-
23) Protetores das rodas traseiras em chassis missão em chassis de caminhões;
de caminhões. 16) Protetores das rodas traseiras em chassis
§ 3º Chassis de caminhões, caminhonete e de caminhões.
utilitário com cabine incompleta: Art. 5º. O descumprimento do disposto no
1) Para-choque dianteiro; art. 4º caracteriza a infração prevista no art. 230, inc.
2) Faróis principais de cor branca; X, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
3) Lanternas de posição traseira de cor ver- Art. 6º. Os veículos inacabados ou incomple-
melha; tos que não cumprirem o estabelecido no art. 4º
devem transitar embarcados.
4) Lanternas de freio de cor vermelha;
Art. 7º. Fica revogada a Resolução CONTRAN
5) Lanternas dianteiras e traseiras indicadoras
724, de 20.12.1988.
de direção de cor âmbar;
Art. 8º. Esta Resolução entra em vigor em 1º
6) Velocímetro;
de janeiro de 2018.
7) Buzina;
Elmer Coelho Vicenzi

RESOLUÇÃO 688, DE 15.08.2017


Estabelece diretrizes para a elaboração do Regimento
Interno, gestão e operacionalização das atividades dos
Conselhos Estaduais de Trânsito (CETRAN) e do Conse-
lho de Trânsito do Distrito Federal (CONTRANDIFE).
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12,
incs. I e V, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e, conforme o Decre-
to 4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
Considerando o que consta no Processo Administrativo 80000.004806/2017-62, RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução estabelece diretrizes tidade de municípios, tamanho da população e quanti-
para a elaboração do Regimento Interno, gestão e dade de veículos registrados na sua circunscrição.
operacionalização das atividades dos Conselhos Esta- Art. 4º. Para gestão e operacionalização os
duais de Trânsito (CETRAN) e do Conselho de Trânsi- CETRAN e o CONTRANDIFE devem dispor de uma
to do Distrito Federal (CONTRANDIFE). estrutura física e capital humano permanente com
Art. 2º. Os Regimentos Internos dos CETRAN capacidade para o exercício das atividades e compe-
e do CONTRANDIFE devem ser elaborados em conso- tências legais que lhe são próprias nos termos do
nância com o disposto no Anexo desta Resolução. disposto no art. 14 do CTB.
Art. 3º. A definição da estrutura dos CETRAN e Art. 5º. Os CETRAN e o CONTRANDIFE de-
do CONTRANDIFE deve levar em consideração a quan- vem dispor de uma estrutura organizacional e capaci-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 535

dade instalada permanente para o exercício das V - estatística de trânsito, com a sua evolução
atividades e competências legais que lhe são pró- histórica;
prias, sendo estas no mínimo as de administração, VI - relação das comunicações oficiais enca-
gestão, e controle de processos de recursos de minhadas pelos Conselhos aos órgãos sob sua
infrações e juntas especiais de saúde, assessoramen- coordenação e que não foram por eles respondidas;
to jurídico e técnico especializado nas áreas previstas VII - outras informações solicitadas pelo CON-
na legislação de trânsito, especificamente a de en- TRAN e/ou DENATRAN.
genharia, operação, fiscalização, educação e estatís-
tica. Art. 8º. Os CETRAN e o CONTRANDIFE devem
apresentar bienalmente ao CONTRAN e ao DENA-
Art. 6º. Os CETRAN e o CONTRANDIFE de-
TRAN Certificação de Conformidade, conforme espe-
vem elaborar sua proposta orçamentária dentro dos
cificações e modelo estabelecido pelo órgão máximo
limites estabelecidos pela Lei de Diretrizes Orçamen-
executivo de trânsito da União, de todos os muni-
tárias (LDO), encaminhando-a ao Governador do Es- cípios integrados ao SNT que estão sob sua Coorde-
tado ou do Distrito Federal. nação.
Art. 7º. Os CETRAN e o CONTRANDIFE de- Art. 9º. Os CETRAN e o CONTRANDIFE de-
vem apresentar semestralmente ao CONTRAN e ao vem manter atualizadas junto ao DENATRAN todas
DENATRAN relatório de acompanhamento dos ór- as informações de cadastro dos órgãos executivos de
gãos sob sua coordenação com os seguintes dados: trânsito dos Estados, Distrito Federal e Municípios.
I - recolhimento do valor de 5% das multas de Art. 10. Os CETRAN e o CONTRANDIFE de-
trânsito arrecadadas depositado na conta do FUN- vem dispor de página oficial exclusiva na internet que
SET, de que trata o § 1º do art. 320 do CTB; possibilite o acesso às informações na forma da
II - cumprimento do determinado pelo § 2º do legislação vigente.
art. 320 do CTB quanto a publicação anual na internet Art. 11. Os CETRAN e o CONTRANDIFE terão
da receita arrecadada com a cobrança de multas de até o dia 1º de março de 2018 para encaminhar ao
trânsito e sua destinação; DENATRAN os Regimentos Internos atualizados con-
III - cumprimento do que determina os norma- forme dispõe o art. 2º desta Resolução.
tivos do CONTRAN quanto ao intercâmbio de infor- Art. 12. O descumprimento do disposto nesta
mações e dados cadastrais dos veículos registrados Resolução implicará em encaminhamento de mani-
e dos condutores habilitados, para fins de imposição festação ao Ministério Público a fim de averiguar a
e notificação de penalidades e de arrecadação de ocorrência de possível ato de improbidade adminis-
multas nas áreas de suas competências; trativa prevista na Lei 8.429, de 02.06.1992.
IV - acompanhamento dos repasses dos valo- Art. 13. Fica revogada a Resolução do CON-
res arrecadados com a cobrança de multas de trân- TRAN 244, de 22.06.2007.
sito pelos órgãos executivos de trânsito dos Estados Art. 14. Esta Resolução entra em vigor na da-
e do Distrito Federal aos diversos órgãos autuadores ta de sua publicação.
de sua respectiva Unidade Federativa; Elmer Coelho Vicenzi

ANEXO
Diretrizes para a gestão e operacionalização, bem como para a elaboração do Regimento Interno dos
Conselhos Estaduais de Trânsito (CETRAN) e Conselho de Trânsito do Distrito Federal (CONTRANDIFE)

1. Introdução 2. Da Natureza, Finalidade e Missão


De acordo com a competência que lhe confe- O CETRAN e o CONTRANDIFE são órgãos com-
re o art. 12, incs. I e V, da Lei 9.503, de 23.09.1997, ponentes do Sistema Nacional de Trânsito, de nature-
que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o za colegiada, que têm por finalidade o exercício das
Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) estabe- atividades de planejamento, coordenação, normatiza-
lece as diretrizes para a elaboração do Regimento ção e julgamento de recursos administrativos, com a
Interno, gestão e operacionalização das atividades missão de assegurar o cumprimento da legislação de
dos Conselhos Estaduais de Trânsito (CETRAN) e do trânsito, de forma articulada e integrada, com vistas
Conselho de Trânsito do Distrito Federal (CONTRAN- à garantia de um trânsito em condições seguras para
DIFE), necessárias ao cumprimento de suas atribui- todos com a promoção, valorização e preservação da
ções legais. vida.
536 Ordeli Savedra Gomes

3. Da Competência doviários municipais integrados no Sistema Nacional


3.1 Conforme estabelece o art. 14 do Código de Trânsito e de entidades representativas da socie-
de Trânsito Brasileiro, compete ao CETRAN e ao dade ligadas à área de trânsito.
CONTRANDIFE: 5.1.1.1 Os representantes da esfera do poder
3.1.1 Cumprir e fazer cumprir a legislação e as executivo estadual devem pertencer aos seguintes
normas de trânsito, no âmbito das respectivas atri- órgãos e entidades, sendo ao menos um:
buições; a) do órgão ou entidade executivo de trânsito;
3.1.2 Elaborar normas no âmbito das respec- b) do órgão ou entidade executivo rodoviário;
tivas competências; c) do policiamento ostensivo de trânsito.
3.1.3 Responder a consultas relativas à apli- 5.1.1.2 Os representantes dos órgãos ou enti-
cação da legislação e dos procedimentos normativos dades executivos e rodoviários dos municípios in-
de trânsito; tegrados ao Sistema Nacional de Trânsito, sendo ao
3.1.4 Estimular e orientar a execução de cam- menos um:
panhas educativas de trânsito; a) da capital do Estado;
3.1.5 Julgar os recursos interpostos contra b) do município com a maior população, exce-
decisões: to a capital do Estado;
I - das JARI; c) do município com população inferior a 500
II - dos órgãos e entidades executivos esta- mil habitantes, exceto a capital do Estado e o muni-
duais, nos casos de inaptidão permanente, constata- cípio de maior população definido na alínea “b” deste
das nos exames de aptidão física, mental ou psicoló- item.
gica; 5.1.1.3 Os representantes da sociedade liga-
3.1.6 Indicar um representante para compor a das à área de trânsito devem pertencer às seguintes
comissão examinadora de candidatos portadores de entidades, sendo ao menos um:
deficiência física à habilitação para conduzir veículos a) do sindicato patronal;
automotores; b) do sindicato dos trabalhadores;
3.1.7 Acompanhar e coordenar as atividades c) de entidades não governamentais ligadas à
de administração, educação, engenharia, fiscalização, área de trânsito.
policiamento ostensivo de trânsito, formação de 5.1.2 Além dos representantes previstos no
condutores, registro e licenciamento de veículos, item 5.1.1, os CETRAN devem conter:
articulando os órgãos do Sistema no Estado, repor- a) um membro com nível de escolaridade su-
tando-se ao CONTRAN; perior completo e notório saber na área de trânsito;
3.1.8 Dirimir conflitos sobre circunscrição e b) um membro especialista em medicina com
competência de trânsito no âmbito dos Municípios; conhecimento na área de trânsito;
3.1.9 Informar ao CONTRAN sobre o cumpri- c) um membro especialista em psicologia
mento das exigências definidas nos §§ 1º e 2º do art. com conhecimento na área de trânsito;
333 do Código de Trânsito Brasileiro. d) um membro especialista em meio ambien-
3.1.10 Designar em casos de recursos deferi- te com conhecimento na área de trânsito;
dos e na hipótese de reavaliação dos exames, junta e) um representante da Polícia Rodoviária Fe-
especial de saúde para examinar os candidatos à deral. (Alínea acrescida pela Res. 732/18)
habilitação para conduzir veículos automotores. 5.2 O CONTRANDIFE será composto por um
4. Da Estrutura Os CETRAN e o CONTRANDI- presidente além de, no mínimo, onze integrantes com
FE deverão contar com estrutura mínima que con- seus respectivos suplentes. (Redação dada pela Res.
temple os serviços de Secretaria, Assessoria Técnica 732/18)
e Jurídica, de forma a assegurar o exercício pleno de 5.2.1 É obrigatória a representação em igual
suas competências e missão. número de integrantes da esfera do poder executivo
5. Da Composição e Representação distrital e de entidades representativas da sociedade
5.1 Os CETRAN serão compostos por um pre- ligadas à área de trânsito;
sidente além de, no mínimo, quatorze membros com 5.2.1.1 Os representantes da esfera do poder
seus respectivos suplentes. (Redação dada pela Res. executivo distrital devem pertencer aos seguintes
732/18) órgãos e entidades, sendo ao menos um:
5.1.1 É obrigatória a representação, em igual a) do órgão ou entidade executivo de trânsito;
número, de integrantes da esfera do poder executivo b) do órgão ou entidade executivo rodoviário;
estadual, dos órgãos ou entidades executivos e ro- c) do policiamento ostensivo de trânsito.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 537

5.2.1.2 Os representantes da sociedade liga- 9.2 O Regimento Interno dos CETRAN e do


dos à área de trânsito devem pertencer às seguintes CONTRANDIFE também deverá prever as atribuições
entidades, sendo ao menos um: da Secretaria do Conselho, casa exista, bem como de
a) do sindicato patronal; cada um dos cargos de assessoramento estabeleci-
b) do sindicato dos trabalhadores; dos no art. 5º do caput desta Resolução.
c) de entidades não governamentais ligadas à 10. Dos Impedimentos
área de trânsito. 10.1 O Regimento Interno dos CETRAN e do
5.2.2 Além dos representantes previstos no CONTRANDIFE poderá prever impedimentos para
item 5.2.1, o CONTRADIFE deve conter: indicados que pretendam integrá-los, dentre outros,
a) um integrante com notório saber na área de os relacionados:
trânsito, com nível superior, 10.1.1 à idoneidade;
b) um membro especialista em medicina com 10.1.2 às penalidades e crimes de trânsito
conhecimento na área de trânsito; previstos no CTB, caso seja condutor;
c) um membro especialista em psicologia 10.1.3 ao exercício da fiscalização do trânsito:
com conhecimento na área de trânsito; 10.1.4 ao exercício de cargo ou função em
d) um membro especialista em meio ambien- órgãos ou entidades que sobreponha ou comprometa
te com conhecimento na área de trânsito; o acompanhamento e a coordenação das atividades
e) um representante da Polícia Rodoviária Fe- previstas no inc. VIII do art. 14 do CTB.
deral. (Alínea acrescida pela Res. 732/18) 11. Das Reuniões
5.3 O Regimento Interno de cada CETRAN e 11.1 O Regimento Interno do CETRAN e do
do CONTRANDIFE deve dispor o número de membros CONTRANDIFE deve prever a periodicidade das
admitidos e a sua respectiva representatividade. reuniões, a forma de convocação dos Conselheiros, a
5.4 Os integrantes dos CETRAN e do CON- definição da pauta, a forma de registro das reuniões,
TRANDIFE não poderão compor JARI. a forma de votação e decisões, as prioridades de
6. Da Presidência matérias, o processo de relatoria e pedido de vistas,
entre outros.
6.1 A Presidência de cada CETRAN e do
11.2 O Regimento Interno também deve pre-
CONTRANDIFE deverá ser exercida por técnico com
ver o modo como o Conselho formalizará e divulgará
conhecimento e experiência na área de trânsito, sem
suas decisões.
vinculação com o corpo diretivo dos órgãos de
trânsito ou entidades representativas, de modo que 12. Dos Deveres
possa atuar de forma independente para tomada de 12.1 O funcionamento dos CETRAN e do
decisões quando do julgamento de recursos, acom- CONTRANDIFE obedecerá ao seu Regimento Interno;
panhamento, coordenação e fiscalização das ativida- 12.2 Os CETRAN e o CONTRANDIFE somente
des na área de trânsito dos órgãos de trânsito dos poderão deliberar com, no mínimo, a maioria simples
Estados e do Distrito Federal; de seus integrantes, observadas a paridade de repre-
6.2 O Regimento Interno dos CETRAN e do sentação.
CONTRANDIFE deve elencar todas as atribuições do 12.3 As decisões dos CETRAN e do CON-
Presidente. TRANDIFE deverão ser fundamentadas e aprovadas
6.3 O Regimento Interno dos Conselhos deve por maioria de votos, cabendo ao presidente o voto
prever as alternativas para a substituição do Presi- de qualidade, em caso de empate;
dente em sua ausência. 12.4 O Regimento Interno dos CETRAN e do
7. Da Nomeação dos Integrantes A nomeação CONTRANDIFE deverá prever se o Presidente terá
dos integrantes dos CETRAN e do CONTRANDIFE se- direito ao voto nominal ou somente ao voto de qua-
rá realizada pelo Governador do Estado ou do Distrito lidade.
Federal. 12.5 Os CETRAN e o CONTRANDIFE deverão
8. Do Mandato dos Integrantes encaminhar seu Regimento Interno ao DENATRAN
O mandato dos integrantes dos CETRAN e do para conhecimento e cadastro.
CONTRANDIFE será de dois anos, admitidas recon- 13. Dos deveres dos órgãos e entidades de
duções. (Redação dada pela Res. 779/19) trânsito que compõem o Conselho.
9. Das Atribuições dos Integrantes 13.1 Conforme estabelece o art. 337 do CTB,
9.1 O Regimento Interno dos CETRAN e do caberá aos órgãos ou entidades de trânsito dos
CONTRANDIFE deve elencar todas as atribuições dos estados, município e do Distrito Federal que com-
Conselheiros. põem os CETRAN e o CONTRANDIFE prestar suporte
538 Ordeli Savedra Gomes

técnico e financeiro de forma a garantir seu pleno todas as facilidades para o cumprimento de sua
funcionamento. missão, fornecendo-lhes as informações que solicita-
13.2 Os órgãos e entidades integrantes do rem, permitindo-lhes inspecionar a execução de
SNT na Unidade da Federação proporcionarão aos quaisquer serviços e deverão atender prontamente
membros do CETRAN e CONTRANDIFE, em serviço, suas requisições.

RESOLUÇÃO 689, DE 27.09.2017


Estabelece o Registro Nacional de Gravames – RENA-
GRAV e dispõe sobre o Registro de Contratos com cláu-
sula de Alienação Fiduciária em operações financeiras,
consórcio, Arrendamento Mercantil, Reserva de Domínio
ou Penhor, nos órgãos ou entidades executivos de trân-
sito dos Estados e do Distrito Federal, para anotação no
Certificado de Registro de Veículos – CRV.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12,
incs. I, II e X, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e, conforme o
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
Considerando o disposto no § 1º do art. 1.361 da Lei 10.406, de 10.01.2002, que instituiu o Código Civil;
Considerando a Lei 6.099, de 12.09.1974, que dispõe sobre o tratamento tributário das operações de Ar-
rendamento Mercantil e dá outras providências;
Considerando o disposto no art. 6º da Lei 11.882, de 23.12.2008, que dispõe que em operação de Arren-
damento Mercantil ou qualquer outra modalidade de crédito ou financiamento a anotação da Alienação Fiduciá-
ria de veículo automotor no Certificado de Registro de Veículo – CRV produz plenos efeitos probatórios contra
terceiros sendo dispensado qualquer outro registro público;
Considerando o Relatório de Auditoria 201412890 da Controladoria-Geral da União – CGU;
Considerando a necessidade de estabelecer e padronizar os procedimentos para o Registro de Contratos
com cláusula de Alienação Fiduciária em operações financeiras, consórcio, Arrendamento Mercantil, Reserva de
Domínio ou Penhor, nos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, para
anotação no Certificado de Registro de Veículos – CRV;
Considerando o que consta no Processo Administrativo 80000.106578/2016-83,resolve:
CAPÍTULO I (CRV) e do Certificado de Registro e Licenciamento
DISPOSIÇÕES INICIAIS de Veículos (CRLV).
Art. 1º. Esta norma estabelece o Registro Na- Art. 3º. Compete ao DENATRAN:
cional de Gravames – RENAGRAV, sob a coordena- I - organizar, manter e gerenciar o RENA-
ção e gerenciamento do Departamento Nacional de GRAV;
Trânsito – DENATRAN, e dispõe sobre o Registro de II- desenvolver e padronizar os procedimentos
Contratos com cláusula de Alienação Fiduciária em operacionais do sistema;
operações financeiras, consórcio, Arrendamento Mer- III - assegurar correta gestão do RENAGRAV;
cantil, Reserva de Domínio ou Penhor, nos órgãos ou IV - definir as atribuições operacionais dos ór-
entidades executivos de trânsito dos Estados e do gãos e entidades integradas;
Distrito Federal, para anotação no Certificado de V - cumprir e fazer cumprir esta Resolução e
Registro de Veículos – CRV. as instruções complementares;
Art. 2º. O RENAGRAV é um subsistema do VI - arbitrar conflitos entre os participantes;
Registro Nacional de Veículos Automotores – RENA-
VAM, destinado à realização de Apontamento e do VII - credenciar as entidades interessadas em
Protocolo para a realização do Registro de contratos realizar a prestação dos serviços inerentes ao Apon-
de garantias de alienação fiduciária em operações tamento, previsto nesta Resolução.
financeiras ou consórcio, arrendamento mercantil, Art. 4º. O Registro de Contratos de garantias
reserva de domínio ou penhor, pelos órgãos e entida- de Alienação Fiduciária em operações financeiras,
des executivos de trânsito dos Estados e do Distrito consórcio, Arrendamento Mercantil, Reserva de Do-
Federal para anotação do Gravame no campo de mínio ou Penhor, será realizado pelos órgãos ou
observações do Certificado de Registro de Veículos entidades executivos de trânsito dos Estados e do
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 539

Distrito Federal, conforme o § 1º do art. 1.361 da Lei tem a garantia da propriedade da coisa vendida a
10.406, de 10.01.2002, que instituiu o Código Civil. prazo, até que seja pago integralmente.
Parágrafo único. Havendo divergência entre VII - Propriedade Fiduciária: origina-se com o
os dados constantes do apontamento e o do registro registro do contrato, celebrado por instrumento pú-
do contrato, o órgão executivo de trânsito requererá blico ou particular, que lhe serve de título, no órgão
da instituição financeira ou entidade credora esclare- ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
cimentos para fins de confronto, prevalecendo, em Distrito Federal competente para o licenciamento do
persistindo a divergência, os dados relativos ao re- veículo, fazendo-se a anotação no CRV.
gistro do contrato para fins de anotação da garantia CAPÍTULO II
real e expedição do Certificado de Registro de Veículo DO APONTAMENTO
– CRV.
Art. 6º. Antecedendo o envio das informa-
Seção I ções para registro do contrato, a instituição credora
Das Definições deverá requerer, de forma preliminar, por meio de
Art. 5º. Para fins desta Resolução, considera- Empresa Credenciada pelo DENATRAN (ECD), o
-se: Apontamento da informação destinada à inserção do
I - Apontamento: é a anotação prévia e provi- Gravame correspondente ao registro de contratos de
sória de Gravame no RENAGRAV, feita pelas institui- garantias de alienação fiduciária em operações fi-
ções financeiras, as administradoras de consórcios, nanceiras, consórcio, Arrendamento Mercantil, Re-
as sociedades de Arrendamento Mercantil ou entida- serva de Domínio ou Penhor.
des de registro e de liquidação financeira, autorizadas § 1º O Apontamento será realizado pela ECD,
a funcionar pelo Banco Central do Brasil, por meio exclusivamente por meio eletrônico no Sistema
das empresas credenciadas pelo DENATRAN RENAGRAV, e constará em campo próprio do cadas-
II - Registro de Contrato: procedimento reali- tro do veículo, enquanto não realizado o registro do
zado pelos órgãos e entidades executivos de trânsito contrato, devendo a instituição credora armazenar
dos Estados e do Distrito Federal, mediante solicita- arquivo eletrônico relativo à proposta de financiamen-
ção do Declarante, com base em instrumento público to ou documento equivalente, para fins de consulta
ou particular, com garantia de alienação fiduciária em pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos
operações financeiras, consórcio, Arrendamento Mer- Estados e do Distrito Federal.
cantil, Reserva de Domínio ou Penhor de veículo au- § 2º O Apontamento somente terá validade se
tomotor, produzindo plenos efeitos probatórios contra for realizado no Sistema RENAGRAV.
terceiros; § 3º O apontamento, vedada sua simultanei-
III - Gravame: a anotação efetuada pelos ór- dade com o registro do contrato, servirá para controle
gãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados de análise e garantia do crédito pela instituição
e do Distrito Federal, no campo de observações do financeira ou entidade credora de garantia real, não
CRV e CRLV, decorrente do Registro de Contratos de podendo ser utilizado como meio, forma ou condição
garantias de Alienação Fiduciária em operações fi- exclusiva para fins de registro do contrato.
nanceiras, consórcio, Arrendamento Mercantil, Re- § 4º O Apontamento não poderá ser realizado
serva de Domínio ou Penhor. em momento posterior ao registro do contrato.
IV - Alienação Fiduciária: transferência feita § 5º O registro do contrato pelo órgão ou en-
por um devedor ao credor de propriedade resolúvel e tidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito
da posse indireta do veículo, como garantia de seu Federal, após conferência com as informações trans-
débito, resolvendo-se o direito do adquirente com o mitidas por meio do RENAGRAV, é condição obriga-
adimplemento da obrigação, ou melhor, com o pa- tória para anotação do Gravame no campo de obser-
gamento da dívida garantida. vações do Certificado de Registro de Veículo – CRV.
V - Arrendamento Mercantil: negócio jurídico § 6º Somente será possível realizar novo
realizado entre pessoa jurídica, na qualidade de ar- apontamento sobre o veículo caso o primeiro esteja
rendadora, e pessoa física ou jurídica, na qualidade devidamente baixado ou quando não mais persisti-
de arrendatária, e que tenha por objeto o arrenda- rem obrigações decorrentes do registro do contrato e
mento de bens adquiridos pela arrendadora, segundo ainda não realizada a operação constante do § 2º do
especificações da arrendatária e para uso próprio art. 9º desta Resolução.
desta. § 7º Em caso de desistência da celebração do
VI - Reserva de Domínio ou Penhor: modalida- contrato de financiamento, o Apontamento poderá
de de negociação em que o vendedor de coisa móvel ser retirado a qualquer momento.
540 Ordeli Savedra Gomes

Art. 7º. Caso não seja realizado o registro do VII - quantidade de parcelas do financiamento;
contrato no órgão ou entidade executivo de trânsito VIII - o prazo, ou a época do pagamento;
de registro do veículo, no prazo de 30 (trinta) dias, IX - taxa de juros, comissões cuja cobrança
haverá o cancelamento automático do Apontamento. for permitida, cláusula penal e correção monetária,
Parágrafo único. Quando o veículo estiver com a indicação dos índices aplicados, se houver.
devidamente registrado, na forma disciplinada pelo § 1º Os registros de contratos receberão nu-
CONTRAN, em Estoque de Estabelecimento que co- meração sequencial de assentamento e aos seus
mercializa veículos novos e usados, e for objeto de respectivos aditivos será aplicada, mediante averba-
garantia em operações de crédito, o Apontamento ção, numeração de referência vinculada ao registro
poderá ser incluído e retirado nos termos da regula- inicial.
mentação do Sistema Registro Nacional de Veículos § 2º A instituição credora deverá encaminhar
em Estoque – RENAVE, a pedido do credor sem a no prazo de até 10 (dez) dias à ECD, que deverá
necessidade do registro do contrato com cláusula de atualizar imediatamente o RENAGRAV, e ao órgão ou
Alienação Fiduciária e, tampouco, aplica-se o dispos- entidade executivo de trânsito dos Estados e do Dis-
to no caput. trito Federal por meio da empresa registradora de
CAPÍTULO III contratos, que deverão atualizar imediatamente seus
DO REGISTRO DOS CONTRATOS registros, a informação relativa à quitação das obri-
Seção I gações do devedor, a qual será averbada junto ao
Disposições Gerais registro do contrato, destinando-se à comprovação
do término da garantia vinculada ao veículo registra-
Art. 8º. Os contratos de garantias de Aliena-
do no órgão ou entidade executivo de trânsito dos
ção Fiduciária em operações financeiras, consórcio,
Estados e do Distrito Federal.
Arrendamento Mercantil, Reserva de Domínio ou
Penhor, celebrados por instrumentos público ou pri- § 3º A instituição credora deverá informar ao
vado, serão, obrigatoriamente, registrados no órgão órgão ou entidade executiva de trânsito dos Estados
ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do e do Distrito Federal de registro do veículo, ou por
Distrito Federal em que for registrado e licenciado o meio da empresa registradora de contratos, qualquer
veículo, nos termos desta Resolução. alteração ocorrida no Contrato, cabendo a estes
procederem aos devidos registros.
§ 1º O registro dos contratos previsto no ca-
§ 4º Os órgãos ou entidades executivos de
put é ato bastante e suficiente para dar ampla publi-
trânsito dos estados e do Distrito Federal, bem como
cidade e produz plenos efeitos probatórios contra
as Empresas Credenciadas pelo DENATRAN atuarão
terceiros, dispensado qualquer outro registro público.
dentro dos limites impostos nesta seção, sendo ve-
§ 2º Os procedimentos constantes desta Re- dado impor outras exigências adicionais à instituição
solução destinam-se à autenticidade, segurança e credora ou ao devedor para a realização dos registros
eficácia dos atos jurídicos decorrentes do registro dos contratos.
dos contratos.
§ 5º Os órgãos e entidades executivos de
Art. 9º. Para o registro dos contratos de ga-
trânsito dos Estados e do Distrito Federal poderão
rantias de Alienação Fiduciária em operações finan-
editar normas que julgarem necessárias para o contro-
ceiras, consórcio, Arrendamento Mercantil, Reserva
le e estabelecimento de procedimentos do registro
de Domínio ou Penhor, o Declarante deverá fornecer
por eles realizado.
os seguintes dados aos órgãos e entidades executi-
vos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal em Seção II
que for registrado o veículo para efetivar o registro do Dos Procedimentos de Registro dos Contratos
contrato: Art. 10. O protocolo das informações para o
I - tipo de operação realizada; registro do Contrato será realizado por empresa
II - número do contrato; registradora de contratos, por meio da obtenção dos
III - identificação do credor e do devedor, con- dados encaminhados pelas instituições credoras e
tendo respectivos endereço, telefone e, quan- daqueles constantes do RENAGRAV, a qual transmiti-
do possível, o endereço eletrônico (e-mail); rá as informações aos órgãos e entidades executivos
IV - a descrição do veículo objeto do contrato de trânsito dos Estados e do Distrito Federal para
e os elementos indispensáveis à sua identificação efetivação do registro do contrato.
nos termos do Código de Trânsito Brasileiro – CTB; § 1º Os órgãos ou entidades executivos de
V - o total da dívida, ou sua estimativa; trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão
VI - o local e a data do pagamento; implementar os novos procedimentos para registro
dos contratos nos termos desta Resolução, cabendo-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 541

lhes a supervisão e o controle de todo o processo de recebimento da notificação, será considerado omisso
forma privativa e intransferível, podendo sua execu- ou remisso para todos os fins de direito.
ção ser realizada por terceiros, mediante credencia- Art. 12. Inexiste qualquer responsabilidade do
mento e/ou contratação. órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados
§ 2º Os órgãos e entidades executivos de e do Distrito Federal sobre as informações original-
trânsito dos Estados e do Distrito Federal poderão mente enviadas, a quem competirá apenas observar
operacionalizar o registro dos contratos através de o cumprimento dos dispositivos legais pertinentes a
credenciamento ou outra forma concorrencial, mes- esta Resolução, em relação ao Apontamento, ao
mo que haja outro modelo vigente. registro do contrato e ao Gravame.
§ 3º A empresa credenciada e/ou contratada Parágrafo único. A constatação de erro ou
pelos órgãos e entidades executivos de trânsito dos divergência na informação prestadas aos órgãos ou
Estados e do Distrito Federal para realização do entidades executivos de trânsito dos Estados e do
registro de contrato deverá solicitar ao DENATRAN Distrito Federal para o Registro de Contrato resultará
acesso exclusivo ao Sistema RENAGRAV, nos termos na obrigação ao credor da garantia real de refazer o
do normativo que disciplina o acesso aos sistemas e procedimento de registro do contrato e de arcar com
subsistemas informatizados do DENATRAN. os valores correspondentes aos serviços de correção
§ 4º Não poderão atuar como registradoras de dados cadastrais e, se for o caso, com os possí-
de contrato junto aos órgãos ou entidades executivos veis custos relativos à emissão de novos CRV e
de trânsito dos Estados e do Distrito Federal as: CRLV.
I - empresas credenciadas pelo DENATRAN Art. 13. A autorização de emissão do CRV e
para realizarem o apontamento; do CRLV de veículos objeto de contratos de garantias
II - empresas coligadas ou subsidiárias e to- de Alienação Fiduciária em operações financeiras,
das as demais pessoas jurídicas que, direta ou consórcio, Arrendamento Mercantil, Reserva de Do-
indiretamente, tenham participação societária com as mínio ou Penhor com o respectivo Gravame só será
empresas constantes do inc. I deste parágrafo, ainda concedida após inserção de informação ao Sistema
que por meio de seus sócios-proprietários, cônjuges RENAGRAV por parte do órgão executivo de trânsito
ou parentes até o terceiro grau; de registro e licenciamento do veículo dos dados
III - pessoas jurídicas que tenham em posição constantes do contrato, para fins de validação com
de controle ou de administração, pessoa física que as informações constantes no Apontamento.
mantenha vínculo trabalhista, contratual ou qualquer Parágrafo único. As empresas registradoras
forma de nomeação, indicação ou subordinação ime- de contrato, quando solicitado pelos órgãos e entida-
diata ou mediata, remunerada ou não, a qualquer des executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
título, com as pessoas jurídicas descritas no inc. I Federal, após a realização do registro do contrato,
deste parágrafo; poderão inserir as informações necessárias ao gra-
IV - pessoas jurídicas que mantenham socie- vame.
dade ou qualquer outra forma de participação, ou que Seção III
contrate ou venha a contratar, entidades que exer-
Dos Procedimentos de Consultas
çam, direta ou indiretamente, as atividades descritas
nos incs. I a III deste parágrafo. Art. 14. O DENATRAN poderá autorizar con-
sulta ao Sistema RENAVAM, para fins de verificação
Art. 11. Independentemente do envio eletrô-
da propriedade e existência de eventuais Gravames e
nico dos dados exigidos no art. 9º desta Resolução, a
outras restrições sobre o veículo, sendo mantidos
instituição credora deverá encaminhar ao órgão ou
sob sigilo, os dados e informações referente ao
entidade de trânsito de registro do veículo, por meio
da empresa registradora de contrato, arquivo digitali- conteúdo dos contratos registrados, nos termos da
zado do contrato firmado com o devedor, integral- legislação vigente.
mente preenchido e assinado pelas partes, no prazo § 1º O dever de sigilo de que trata o caput é
de até 30 (trinta) dias, sob pena de baixa do Grava- extensivo à ECD em relação às operações que realizar
me. e as informações que obtiver no exercício de suas
Parágrafo único. Em caso de divergência de atribuições.
informações será instaurado procedimento adminis- § 2º A celebração do acordo formal para os
trativo para cancelamento do registro do contrato e fins previstos no caput observará as disposições
da anotação da Alienação Fiduciária no CRV, notifi- constantes no normativo que estabelece os procedi-
cando-se a instituição credora, que, caso não se mentos para o acesso aos dados dos sistemas e
pronuncie no prazo de 30 (trinta) dias, contados do subsistemas informatizados do DENATRAN.
542 Ordeli Savedra Gomes

CAPÍTULO IV CAPÍTULO V
DA ANOTAÇÃO E DA BAIXA DA GARANTIA REAL DO CREDENCIAMENTO DAS EMPRESAS PARA
Art. 15. Os órgãos ou entidades executivos REALIZAREM O APONTAMENTO
de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, após Art. 19. As pessoas jurídicas interessadas em
registrarem o contrato na forma prevista nesta realizar a prestação de serviços de Apontamento de-
Resolução, farão constar o Gravame e a identificação verão requerer seu credenciamento junto ao DENA-
da instituição credora no campo observações do CRV TRAN.
e do CRLV. Parágrafo único. O Credenciamento será con-
Parágrafo único. A anotação do Gravame no cedido pelo prazo de 4 (quatro) anos, podendo ser
campo de observações do CRV e do CRLV somente renovado por igual período, sem limite de renovações.
terá validade quando observados os procedimentos Art. 20. Com o credenciamento, possibilitar-
de Apontamento e Registro de Contrato efetuados se-á acesso às informações necessárias para as
por meio no Sistema RENAGRAV. atividades inerentes à verificação da propriedade e
Art. 16. Após cumprida pela instituição cre- existência de eventuais Gravames ou outras restri-
dora a obrigação de prestar informação relativa a ções sobre veículos, por meio do Sistema RENA-
quitação das obrigações do devedor perante a insti- GRAV.
tuição, o órgão ou entidade de trânsito de registro do § 1º A ECD deverá observar o sigilo e a confi-
veículo procederá, de forma obrigatória, automática e dencialidade das informações a que tiver acesso nos
eletrônica, a baixa do Gravame constante no cadastro termos desta Resolução e da legislação vigente.
do veículo, no prazo máximo de 10 dias, sem qual-
§ 2º O ato administrativo de credenciamento
quer custo para o Declarante, independentemente da
é equivalente ao Termo de Autorização para fins de
transferência de propriedade do veículo em razão do
acesso aos Sistemas e Subsistemas informatizados
contrato que originou o Gravame ou da existência de
do DENATRAN.
débitos incidentes sobre o veículo.
Art. 21. Será credenciada pelo DENATRAN, a
Parágrafo único. A instituição credora pode-
rá solicitar ao registrador do contrato a baixa definiti- pessoa jurídica que comprovar:
va da garantia, a qualquer tempo, independentemente I - habilitação jurídica;
da quitação das obrigações do devedor para com a II - regularidade fiscal e trabalhista;
instituição credora, no âmbito do contrato que origi- III - qualificação econômica e financeira;
nou o respectivo Gravame. IV - qualificação técnica.
Art. 17. Após a informação da baixa do Gra- Parágrafo único. A ECD deverá manter, du-
vame o CRLV será expedido no próximo licenciamen- rante o prazo de validade do credenciamento, todas
to do veículo, obrigatoriamente, sem a anotação do as condições de habilitação e qualificação exigidas
Gravame e sem custos adicionais. nesta Resolução, podendo o DENATRAN, a qualquer
§ 1º Caso o proprietário do veículo necessite momento, exigir tal comprovação.
do CRV e do CRLV antes do próximo licenciamento Art. 22. A documentação relativa à habilita-
do veículo sem anotação do Gravame, deverá arcar ção jurídica consiste da apresentação de:
com os possíveis custos e despesas para essa nova I - Ato constitutivo, estatuto ou contrato soci-
emissão. al em vigor, devidamente registrado, acompanhado
§ 2º O disposto no caput não se aplica ao Ar- das alterações posteriores ou da última consolidação
rendamento Mercantil, devendo haver a imediata e alterações posteriores ou instrumento congênere de
transferência de propriedade, no caso de quitação do constituição;
respectivo contrato. II - ata da eleição de diretoria em exercício,
Art. 18. Os órgãos ou entidades executivos quando couber;
de trânsito dos Estados e do Distrito Federal fornece- III - cédula de identidade e Cadastro Nacional
rão certidões, relativas ao contrato registrado, única
de Pessoas Físicas (CPF) do (s) representantes(s);
e exclusivamente aos devedores ou às instituições
credoras quando solicitados, no prazo máximo de 10 IV - endereço completo (com identificação de
dias. logradouro, bairro, cidade, unidade da federação e
CEP); número de telefone e email, da pessoa jurídica,
Parágrafo único. A certidão poderá ser assi-
sócios e representantes legais;
nada e enviada eletronicamente para o solicitante,
garantidas a segurança quanto à divulgação, adulte- V - prova de inscrição no Cadastro Nacional
ração e manutenção do conteúdo. de Pessoa Jurídica (CNPJ);
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 543

VI - declaração de que o interessado não se I - Atestado técnico emitido por profissional


enquadra em quaisquer das situações que configu- que possua certificações CISSP – Certified Informa-
ram conflito de interesses envolvendo ocupantes de tion Systems Security Professional, ITIL e COBIT, que
cargo emprego no âmbito do Poder Executivo Fede- ateste:
ral, na forma da Lei 12.813, de 16.05.2013; a) que a ECD dispõe de instalações, apare-
VII - declaração de que o interessado não se lhamento (incluindo hardwares e software) e pessoal
enquadra em situação de violação ou indício de técnico, adequados e disponíveis, para realização dos
violação de qualquer dispositivo legal, nacional ou serviços, acompanhando da qualificação de cada um
estrangeiro, contra prática de corrupção ou atos le- dos membros da equipe técnica que se responsabili-
sivos à administração pública. zará pelos trabalhos;
Art. 23. A documentação relativa à regulari- b) que a ECD possui em seu quadro perma-
dade fiscal e trabalhista consiste em: nente, profissional de nível superior em Tecnologia da
I - prova de inscrição no cadastro de contribu- Informação, detentor de atestado de responsabilidade
intes estadual ou municipal, se houver, relativo ao técnica por execução de serviço de características
domicílio ou sede do interessado, pertinente ao seu semelhantes;
ramo de atividade e compatível aos fins pretendidos
c) que a ECD possui disponibilidade de plata-
para o credenciamento;
forma tecnológica apta a preservar a integridade e o
II - prova de regularidade para com a Fazenda
sigilo dos dados armazenados, e indique que as
Federal, Estadual e Municipal do domicilio ou sede do
estruturas tecnológicas envolvidas no fornecimento
solicitante, ou outra equivalente, na forma da lei;
do serviço seguem as melhores práticas de seguran-
III - prova de regularidade relativa à Segurida-
ça da informação, inclusive quanto a plano de recu-
de Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de
peração em caso de desastre, com infraestrutura de
Serviço (FGTS), demonstrando situação regular no
cópia de segurança para o armazenamento dos dados
cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei;
e das autorizações;
IV - prova de inexistência de débitos inadim-
plidos perante a Justiça do Trabalho, mediante a d) que a ECD possui adequabilidade da políti-
apresentação de certidão negativa; ca de segurança da informação sobre a criação,
guarda, utilização e descarte de informações no
V - Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas
e Suspensas – CEIS, obtido no endereço eletrônico âmbito interno e externo, inclusive quanto à transfe-
<http://www.portaldatransparencia.gov.br>; rência ou utilização de informações por outras em-
presas prestadoras de serviço contratadas;
VI - lista de inidôneos do Tribunal de Contas
da União – TCU, obtido no endereço eletrônico e) que a ECD possui a adequabilidade da polí-
<http://portal2.tcu.gov.br>; tica de estabelecimento da responsabilidade, princi-
VII - Cadastro Nacional de Condenações Civis palmente nos quesitos sigilo e proteção das informa-
por Ato de improbidade Administrativa, obtido no ções, privacidade de dados dos clientes e prevenção
endereço eletrônico <http://cnj.jus.br>. e tratamento de fraudes;
Art. 24. A documentação relativa à qualifica- f) que a ECD possui Planos de contingência e
ção econômico financeira consiste da apresentação recuperação, com detalhamento dos procedimentos a
de: serem adotados no caso de falhas operacionais,
I - balanço patrimonial e demonstrações con- necessários à continuidade dos serviços na hipótese
tábeis do último exercício social, já exigíveis e de falhas de equipamentos ou programas de compu-
apresentados na forma da lei, que comprovem a boa tador, ou de interrupção, por qualquer razão, do
situação financeira da empresa e Patrimônio Líquido fornecimento de energia elétrica, dos serviços de
mínimo de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), telecomunicação ou de qualquer outro insumo, in-
atualizado anualmente pelo IPCA ou outro índice cluindo instalação e operação de centro de proces-
oficial que o substitua, vedada a sua substituição por samento secundário que permita a retomada do
balancetes ou balanços provisórios; efetivo funcionamento do sistema em prazo não
II - certidão negativa de falência ou concorda- superior a 2 horas e previsão de procedimentos de
ta expedida pelo distribuidor da sede da pessoa ju- emergência, no caso de simultâneo impedimento dos
rídica, ou de execução patrimonial, expedida no do- centros de processamento principal e secundário;
micílio da pessoa física. g) que a ECD possui armazenamento das in-
Art. 25. A documentação relativa à qualifica- formações relativas aos registros efetuados em seus
ção técnica consiste da apresentação de: sistemas, de modo a permitir a sua rastreabilidade;
544 Ordeli Savedra Gomes

h) que a ECD possui mecanismos e salva- b) dever de proteção aos dados, pela ECD, ob-
guardas adotados pelo sistema para administração tidos em função da atividade desempenhada, res-
do risco operacional; pondendo de forma objetiva em caso de acesso
i) que a ECD possui regras que zelem pela ve- indevido por terceiros.
racidade das informações e mantenham os registros CAPÍTULO VI
devidamente atualizados; DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
j) que a ECD possui procedimentos que visam Art. 27. Os procedimentos estabelecidos nes-
à qualidade das informações registradas; ta Resolução não desobrigarão o proprietário ou
k) que a ECD possui comprovação de que as adquirente do veículo do cumprimento dos demais
informações serão armazenadas pelo prazo de 5 procedimentos legais e administrativos exigidos para
(cinco) anos, após a liquidação do contrato que a expedição do CRV e CRLV.
originou o Gravame, para finalidade de auditoria; Parágrafo único. Para fins de registro do veí-
l) que a ECD possui comprovação quanto ao culo e expedição do CRV e CRLV, o registro eletrônico
atendimento dos requisitos exigidos pelo SERPRO de do contrato desonera a instituição credora e o deve-
conexão e de segurança do Sistema, conforme o dor da apresentação de documento referente ao
descrito no manual RENAVAM, para integração do contrato firmado e da respectiva quitação.
sistema. Art. 28. Os órgãos ou entidades executivos
m) que os dados afetos ao Protocolo de Apon- de trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão
tamento e o Protocolo para o Registro de Contratos de adotar as medidas administrativas necessárias para o
que tratam esta Resolução somente encontram-se cumprimento do disposto no § 1º do art. 6º da Lei
registrados em banco de dados em território nacional; 11.882, de 2008, que considera nulos quaisquer
convênios celebrados entre entidades de títulos e
n) que o sistema integrado com o DENATRAN
registros públicos e as repartições de trânsito compe-
conta com um servidor web, instalado em datacenters
tentes para o licenciamento de veículos, bem como
redundantes com atualização de dados em tempo real,
portarias e outros atos normativos por elas editados,
condições apropriadas de refrigeração, manutenção 24
que disponham de modo contrário ao disposto no
horas, gerência própria dos sistemas básicos, cabea-
caput do referido artigo, e, também, desta Resolução.
mento-estruturado e firewall, onde estarão os servido-
Art. 29. Verificada, mediante ação de audito-
res de arquivamento central do sistema, com todos os
ria ou fiscalização do DENATRAN ou dos órgãos de
dados relevantes dos registros armazenados de forma
controle interno ou externo da União, dos Estados e
segura e com garantia de disponibilidade do sistema de
do Distrito Federal, a não observância das disposi-
registro de informações sobre garantias constituídas
ções contidas nesta Resolução, o DENATRAN provi-
sobre veículos de no mínimo 99,8%;
denciará a autuação de Processo Administrativo para
o) que comprove uso de rede de telecomuni- apuração, sem prejuízo de outras medidas legais e ou
cações com linhas de duas operadoras distintas para administrativas cabíveis.
conexão integrada a todas as instituições credoras, Art. 30. Os órgãos ou entidades executivos
bem como, ao RENAGRAV. de trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão
p) que dispõe de Responsável Técnico com cancelar os credenciamentos realizados em descon-
experiência e formação na área técnica, qualificados formidade com os termos desta Resolução.
para a execução ou manutenção das ações previstas Art. 31. O DENATRAN poderá editar ato ad-
no projeto. ministrativo contendo as instruções complementares
II - A ECD deverá manter serviço de atendi- necessárias para o pleno funcionamento do disposto
mento aos seus clientes. nesta Resolução.
Parágrafo único. O laudo técnico em referên- Art. 32. Os órgãos ou entidades executivos
cia no inc. I deverá ser renovado e encaminhado ao de trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão
DENATRAN a cada quatro anos. encaminhar ao DENATRAN, as informações da base
Art. 26. O contrato de prestação de serviços de Gravames e Registro de Contratos ativos até a
entre a ECD e a instituição credora deverá estabele- data da entrada em vigor desta Resolução, para fins
cer, no mínimo: de povoamento sistêmico do RENAGRAV, conforme
a) dever de sigilo, pela ECD, de todas e quais- cronograma a ser estabelecido pelo DENATRAN.
quer informações fornecidas e recebidas em função Art. 33. Os custos relativos ao Apontamento
de seus acessos ao RENAGRAV, sob pena de resci- e ao protocolo do Registro de Contrato serão deter-
são contratual por justo motivo, sem prejuízo da minados e pagos diretamente ao DENATRAN, pela
indenização pelos danos eventualmente causados; ECD ou empresa registradora de contrato, respecti-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 545

vamente, ficando à cargo do órgão ou entidade Art. 36. Fica vedado aos órgãos e entidades
executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Fe- executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal
deral o efetivo registro do contrato e a determinação estabelecerem normativos complementares ou relati-
do respectivo valor, através de taxa, tarifa ou preço vos ao Apontamento que se refere esta Resolução.
público, para esse procedimento. Art. 37. Ficam revogadas a Resolução CON-
Art. 34. O órgão ou entidade executivo de TRAN 320, de 05.06.2009, e a Resolução CONTRAN
trânsito dos Estados e do Distrito Federal é responsá- 470, de 18.12.2013.
vel pela cobrança do respectivo valor de registro do Art. 38. Esta Resolução entra em vigor no dia
contrato. 31 de março de 2020 para os aspectos relacionados ao
Art. 35. O DENATRAN poderá descredenciar Sistema RENAGRAV e no dia da sua publicação para
a ECD, mediante procedimento administrativo e ga- os procedimentos relativos ao Registro de Contratos
rantia à ampla defesa: com cláusula de Alienação Fiduciária em operações
I - se algum de seus representantes legais for financeiras, consórcio, Arrendamento Mercantil, Re-
condenado por crime contra a administração pública, serva de Domínio ou Penhor. (Redação dada pela Res.
contra a fé pública ou a administração da justiça; 773/19)
II - caso a credenciada deixe de obedecer aos Parágrafo único. A data de que trata o caput
requisitos previstos nesta Resolução; poderá ser antecipada a critério do Órgão Máximo
III - caso haja constatação de violação dos Executivo de Trânsito da União. (Acrescido pela Res.
deveres inerentes ao sigilo das informações, inde- 773/19)
pendentemente de dolo ou culpa da credenciada ou
Elmer Coelho Vicenzi
qualquer de seus colaboradores.

RESOLUÇÃO 691, DE 27.09.2017


Dispõe sobre o exame toxicológico de larga janela de
detecção, em amostra queratínica, para a habilitação,
renovação ou mudança para as categorias C, D e E, de-
corrente da Lei 13.103, de 02.03.2015.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12,
incs. I, X e XV, art. 141 e os §§ 1º e 7º do art. 148-A, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de
Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do
Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
Considerando que a regulamentação do processo de habilitação para condução de veículos automotores
é competência do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, conforme art. 141 do CTB;
Considerando a edição da Lei 13.103, de 02.03.2015, que dispõe sobre o exercício da profissão de con-
dutor e tornou obrigatório o exame toxicológico de larga janela de detecção para a habilitação, renovação ou
mudança para as categorias C, D e E;
Considerando a necessidade de aprimoramento da regulamentação contida na Resolução CONTRAN
583, de 23.03.2016; e
Considerando o que consta no Processo Administrativo 80000.010366/2017-82,
RESOLVE:
Art. 1º. O exame toxicológico de larga janela condutor, garantindo a rastreabilidade operacional,
de detecção, em amostra queratínica, para a habilita- contábil e fiscal de todo o processo, aí compreendi-
ção, renovação ou mudança para as categorias C, D e das todas as etapas analíticas (descontaminação,
E, destinado à verificação do consumo, ativo ou não, extração, triagem e confirmação).
de substâncias psicoativas, com análise retrospecti- Art. 3º. O exame toxicológico somente pode-
va mínima de 90 (noventa) dias, decorrente da Lei rá ser realizado por laboratórios credenciados pelo
13.103, de 02.03.2015, deverá ser realizado de acordo DENATRAN.
com as diretrizes estabelecidas nesta Resolução. Parágrafo único. O DENATRAN, após receber
Art. 2º. O exame toxicológico deve possuir requerimento devidamente instruído e protocolado,
todas as suas etapas, pré-analíticas, analíticas e pós- notificará o interessado acerca da viabilidade do pedido,
analíticas, protegidas por cadeia de custódia com nos seguintes prazos: (Acrescido pela Del. 183/20)
validade forense, incluindo desde o procedimento de I - cento e vinte dias, para os requerimentos
coleta do material biológico até o registro na base de apresentados até 01.02.2021;
dados do RENACH e a entrega do laudo do exame ao
546 Ordeli Savedra Gomes

II - noventa dias, para os requerimentos apre- devem ficar armazenados em formato eletrônico pelo
sentados até 01.02.2022; laboratório credenciado pelo período mínimo de 5
III - sessenta dias, para os requerimentos (cinco) anos.
apresentados a partir de 02.02.2022. § 2º O material biológico coletado deve ficar
Art. 4º. O credenciamento junto ao DENA- armazenado no laboratório credenciado por no míni-
TRAN será concedido aos laboratórios que compro- mo 5 (cinco) anos.
varem a condição de laboratório regularmente esta- Art. 9º. O exame toxicológico de larga janela
belecido, regularidade fiscal, alvará de funcionamento de detecção, exigido para a habilitação, renovação ou
concedido pela autoridade responsável, acreditação mudança para as categorias C, D e E, dentro do
junto a organismo de acreditação e atendimento processo de habilitação para condução de veículos
integral às exigências estabelecidas nesta Resolução. automotores, deverá ser realizado em etapa anterior
§ 1º Os laboratórios deverão estar acredita- aos exames realizados pelo órgão executivo de trân-
dos junto ao INMETRO ou entidade internacional com sito, previstos no art. 147 do Código de Trânsito Bra-
a qual o INMETRO possua acordo de reconhecimento sileiro (CTB).
mútuo, de acordo com a norma ISO/IEC 17025, com Parágrafo único. A validade do exame toxi-
atendimento dos requisitos que incluam integralmen- cológico será de 90 dias, contados a partir da data
te as “Diretrizes sobre o exame de substâncias psi- da coleta da amostra, podendo seu resultado ser
coativas em cabelos e pelos: Coleta e Análise” da utilizado neste período para todos os fins previstos no
Sociedade Brasileira de Toxicologia – SBTOX (versão caput.
publicada oficialmente em dezembro de 2015), ou Art. 10. O DENATRAN será responsável pelo
junto ao CAP-FDT (acreditação forense para exames credenciamento dos laboratórios para a realização do
toxicológicos de larga janela de detecção do Colégio exame toxicológico de larga janela de detecção que
Americano de Patologistas), e requisitos forenses atendam aos requisitos constantes desta Resolução.
específicos para exames toxicológicos de larga janela § 1º O credenciamento dos laboratórios terá
de detecção contidos nesta Resolução. validade de 4 (quatro) anos, podendo ser revogado a
§ 2º Será permitido que laboratórios creden- qualquer tempo, se não mantidos, no todo ou em
ciados junto ao DENATRAN utilizem laboratório de parte, os requisitos exigidos para o credenciamento.
apoio localizado no Brasil ou fora do país, os quais § 2º O credenciamento poderá ser renovado a
deverão possuir a acreditação descrita no § 1º. pedido, por igual período, sem limite de renovações,
(Redação dada pela Res. 713/17) desde que atendidos os requisitos de credenciamento
Art. 5º. A coleta de material biológico desti- estabelecidos nesta Resolução.
nado ao exame toxicológico de larga janela de detec- § 3º Para garantir segurança, fidedignidade e
ção deverá ser realizada pelo próprio laboratório precisão ao exame toxicológico, bem como a neces-
credenciado junto ao DENATRAN ou por Posto de sária eficiência e higidez da cadeia de custódia, o
Coleta Laboratorial (PCL) por ele contratado, de forma laboratório credenciado, sob sua única, exclusiva e
exclusiva, e atendendo às exigências estabelecidas indelegável responsabilidade, deverá realizar a co-
nesta Resolução. mercialização direta com os condutores a serem
Art. 6º. Para os fins de realização do exame to- testados, sem intermediários ou delegação a tercei-
xicológico de larga janela de detecção, conforme esta- ros a qualquer título, definindo de forma pública,
belecido nesta Resolução, todas as atividades desen- transparente e clara o preço total do exame, que
volvidas pelo laboratório de apoio, e pelo Posto de Co- deverá incluir o serviço de análise das amostras de
leta Laboratorial serão conduzidas sob a responsabilida- queratina, o serviço de coleta das amostras biológi-
de única e exclusiva do laboratório credenciado pelo cas, o kit de coleta, o transporte das amostras, o
DENATRAN, cabendo a este responder pelos demais. envio do laudo do exame toxicológico ao consumidor
Art. 7º. Os laboratórios credenciados deverão final e qualquer outra despesa acessória.
disponibilizar Médico Revisor com capacidade técnica I - Todas as etapas do procedimento devem
para atender às exigências contidas nesta Resolução. possuir trilhas de auditoria comprobatórias, desde a
Art. 8º. Os laboratórios devem entregar ao comercialização do exame até a entrega final do
condutor, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, laudo ao condutor e inserção dos dados no Sistema
contados a partir da data da coleta, laudo laboratorial RENACH, afastando integralmente o risco de o
detalhado, em meio físico ou digital, em que conste a condutor, na qualidade de consumidor, deixar de
relação de substâncias testadas, seus respectivos receber todas as informações necessárias ao seu
resultados, bem como inserir o resultado do exame pleno entendimento sobre todas as condições co-
no Sistema RENACH. merciais de forma clara, precisa e definitiva no que
§ 1º Os resultados detalhados dos exames, as se refere ao exame e, em especial, o seu preço final;
informações sobre a cadeia de custódia e os arquivos II - É atribuição dos Postos de Coleta Labora-
de vídeo com registro de coleta, quando aplicável, torial (PCL) responsáveis pela coleta das amostras, o
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 547

exercício dessa atividade de coleta, sempre de ços dos laboratórios credenciados pelo DENATRAN
acordo com o estabelecido nesta Resolução, ficando ou nos endereços dos Postos de Coleta Laboratorial
vedada a revenda dos exames toxicológicos, bem que forem formalmente contratados por laboratório
como a cobrança direta ao condutor de qualquer credenciado pelo DENATRAN, não cabendo outros
valor relativo a serviço relacionado, direta ou indire- tipos de coleta, tais como coleta laboratorial em
tamente, ao exame toxicológico de larga janela de unidade móvel, domiciliar, em empresa ou qualquer
detecção, por iniciativa dos mencionados Postos de outra que venha a ser criada.
Coleta Laboratorial. § 4º Para a realização dos exames toxicológi-
§ 4º Os laboratórios credenciados pelo DE- cos devem ser coletadas duas amostras na presença
NATRAN são obrigados a fornecer aos condutores de uma testemunha devidamente identificada, cujos
informações adequadas, claras e precisas sobre dados deverão ser inseridos em campo específico no
todas as etapas e procedimentos relativos ao exame sistema RENACH, contendo obrigatoriamente nome
toxicológico de larga janela de detecção, com especi- completo, CPF, nome de pai e mãe, quando houver,
ficação das características do exame, lista dos número do documento de identidade com órgão
postos de coleta laboratorial exclusivos, tributos expedidor e declaração de vínculo empregatício com
incidentes e preço total que o condutor deverá pagar, o Posto de Coleta Laboratorial ou com o laboratório
incluindo o direito à contraprova. credenciado pelo DENATRAN. (Redação dada pela
§ 5º O PCL deverá informar ao condutor de Res. 713/17)
maneira clara e escrita qual o laboratório credenciado § 5º A figura da testemunha poderá ser dis-
que realizará o exame toxicológico. pensada no caso em que o condutor consentir ex-
§ 6º A emissão da nota fiscal de serviço ao pressamente na realização da filmagem do procedi-
consumidor final deve ser realizada diretamente pelo mento de coleta e o laboratório credenciado junto ao
laboratório credenciado pelo DENATRAN, sendo DENATRAN ou Posto de Coleta Laboratorial dispuser
vedada a sub-rogação dessa responsabilidade. O de estrutura tecnológica capaz de registrar em vídeo
número de série e a data de emissão da referida nota contínuo, sem cortes, os rostos do doador e do
fiscal de prestação de serviço, emitida pelo laborató- coletor, todo o procedimento de coleta, no qual o
rio credenciado pelo DENATRAN, deverá ser registra- material coletado deve estar à vista durante todo o
da em campo específico no sistema RENACH, bem procedimento, até o momento em que for acondicio-
como o CNPJ do posto de coleta e o CPF do coletor. nado e lacrado, devendo os números dos lacres ser
Art. 11. A coleta do material biológico desti- registrados de forma inequívoca.
nado ao exame toxicológico de larga janela de detec- § 6º O não cumprimento de qualquer das exi-
ção deverá ser realizada sob a responsabilidade do gências previstas neste artigo acarretará a invalida-
laboratório credenciado pelo DENATRAN, de acordo ção do material coletado para o fim do exame toxico-
com o disposto nesta Resolução e seus Anexos. lógico definido nesta Resolução.
§ 1º A coleta deverá ser realizada pelo labora- § 7º A coleta das duas amostras será feita
tório credenciado junto ao DENATRAN ou por Posto conforme procedimentos de custódia indicados pelo
de Coleta Laboratorial (PCL), formalmente contratado laboratório credenciado, observando-se os seguintes
pelo laboratório credenciado pelo DENATRAN, desde requisitos:
que possua registro no Cadastro Nacional de Estabe- I - para proceder ao exame completo, a amos-
lecimento de Saúde (CNES) específico para esta tra deverá ser analisada individualmente, com a
atividade e alvará de funcionamento concedido pela necessária adoção dos procedimentos de desconta-
autoridade de vigilância sanitária competente. minação, extração, triagem e confirmação, sendo
§ 2º Cada laboratório credenciado junto ao vedada a análise conjunta de amostras (“pool de
DENATRAN para realização do exame toxicológico amostras”);
poderá proceder à coleta em suas instalações, desde II - deverá ser armazenada no laboratório, por
que tais instalações atendam a todas as exigências no mínimo 05 (cinco) anos, para fim de realização da
feitas a um Posto de Coleta Laboratorial, e/ou manter contraprova, por meio de solicitação formal do condu-
rede de Postos de Coleta Laboratorial para coleta do tor ao laboratório credenciado pelo DENATRAN;
material biológico, com vínculo exclusivo, a fim de III - ao solicitar a realização da contraprova, o
garantir a segurança e a precisão do exame, bem condutor assinará termo através do qual dará ciência
como a rastreabilidade de sua cadeia de custódia. de que a partir do momento em que o material
§ 3º Para a realização do exame toxicológico biológico for utilizado para realização da contraprova,
de larga janela de detecção, definido nesta Resolu- não haverá mais qualquer material a ser analisado
ção, somente serão permitidas coletas nos endere- futuramente.
548 Ordeli Savedra Gomes

IV - a contraprova deverá ser analisada pelo não houver esta autorização, o exame não terá va-
mesmo laboratório que promoveu a análise da amos- lidade para os fins desta Resolução e não poderá ser
tra original e deverá ser emitido laudo positivo ou utilizado para qualquer outra finalidade junto ao Sis-
negativo. tema Nacional de Trânsito.
Art. 12. Os laboratórios credenciados pelo § 2º A informação de que trata o caput deverá
DENATRAN ou os postos de coleta laboratorial de- ser considerada confidencial no RENACH, sendo de
verão adotar os procedimentos a seguir, que consti- responsabilidade dos laboratórios credenciados, dos
tuem a primeira etapa da cadeia de custódia do Órgãos Executivos de Trânsito dos Estados e do
exame, devendo ser também utilizados na hipótese Distrito Federal e do DENATRAN manter essa confi-
de questionamento do resultado pelo condutor: dencialidade.
I - Verificação da identidade do doador; Art. 15. Na hipótese de o exame acusar o
II - Assinatura e coleta da impressão digital do consumo de qualquer uma das substâncias constan-
condutor no formulário de coleta; tes do Anexo I desta Resolução, em níveis que
III - Captura da biometria do condutor por sis- configurem o uso da substância detectada, o candi-
tema eletrônico e sua confirmação, caso disponível dato será considerado reprovado no exame toxicoló-
sistema do DENATRAN; gico e terá como consequência a suspensão do
IV - Verificação da identidade do coletor; direito de dirigir pelo período de 3 (três) meses.
V - Assinatura e coleta da impressão digital Art. 16. No caso de o candidato ser reprova-
do coletor no formulário de coleta; do no exame toxicológico é garantido a ele o direito
VI - Captura da biometria do coletor por sis- de contraprova e de recurso administrativo, nos
tema eletrônico; termos da Lei 13.103/15.
VII - Verificação da identidade da testemunha; Art. 17. Independentemente do resultado apu-
VIII - Assinatura e coleta da impressão digital rado, todos os exames toxicológicos de larga janela
da testemunha no formulário de coleta; e de detecção realizados com base nesta Resolução
IX - Captura da biometria da testemunha por serão utilizados, de forma anônima e com fins estatís-
sistema. ticos, para a formação de Banco de Dados para aná-
Art. 13. A análise do material coletado será lise da saúde dos condutores, com vistas à imple-
realizada sob a responsabilidade dos laboratórios cre- mentação de políticas públicas de saúde.
denciados pelo DENATRAN, atendendo integralmen- Parágrafo único. As informações armazena-
te aos requisitos previstos nesta Resolução e seus das, contendo o resultado dos exames toxicológicos
Anexos, bem como às normas de vigilância sanitária de larga janela de detecção, poderão ser disponibili-
aplicáveis. zadas mediante determinação judicial para instrução
§ 1º Os exames toxicológicos devem testar a de processos relativos a acidentes e crimes de trân-
presença das substâncias definidas no Anexo I desta sito.
Resolução, conforme os valores (cutoff) de triagem e Art. 18. Os órgãos executivos de trânsito dos
confirmação estabelecidos. Estados e do Distrito Federal deverão disponibilizar
§ 2º O laudo emitido pelo laboratório creden- em seus sítios eletrônicos a relação de todos os
ciado deve ser detalhado, contendo a relação e os laboratórios credenciados pelo DENATRAN.
níveis das substâncias testadas, bem como seus res- Art. 19. Os laboratórios credenciados pelo
pectivos resultados, garantida a sua confidenciali- DENATRAN devem disponibilizar Médico Revisor –
dade. MR com capacidade técnica para interpretar os
§ 3º No caso de realização de exames em la- laudos toxicológicos positivos, relacionando ou não o
boratórios diferentes, com resultados diferentes, para uso de determinada substância com condição ou
o mesmo processo de habilitação, prevalecerá aquele tratamento médico.
que for positivo.
§ 1º Cabe ao MR a interpretação do exame
Art. 14. O laboratório credenciado deverá in- toxicológico e emissão de relatório médico, concluin-
serir a informação contendo o resultado da análise do do pelo uso indevido ou não de substância psicoati-
material coletado (se negativo ou positivo para cada
va, considerando o comprometimento da capacidade
uma das substâncias testadas) no prontuário do
do condutor.
condutor por meio do Sistema de Registro Nacional
de Condutores Habilitados (RENACH), no prazo má- § 2º O MR deve considerar, dentre outras si-
ximo de 15 dias contados a partir da coleta. tuações, além dos níveis da substância detectada no
§ 1º O condutor deverá autorizar, por escrito e exame, o uso de medicamento prescrito, devidamen-
previamente à realização do exame toxicológico, a te comprovado.
inclusão da informação do resultado no RENACH. Se § 3º O relatório emitido pelo MR deve conter:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 549

a) nome e CPF do condutor; o INMETRO possua acordo de reconhecimento mútuo


b) data da coleta da amostra; ou por provedores acreditados junto ao Sistema
c) número de identificação do exame; Nacional de Acreditação – DICQ, ao Organismo Na-
d) identificação do laboratório que realizou o cional de Acreditação – ONA ou ao Programa de
exame; Acreditação de Laboratórios Clínicos – PALC, segun-
e) data da emissão do laudo laboratorial; do a norma ISO/IEC 17043, seguindo as orientações
contidas nos Anexos desta Resolução;
f) data da emissão do laudo do MR;
II - Aprovação em Programa de Amostras Ce-
g) relatório conclusivo sobre o uso indevido
gas, emitido por provedores que sejam organismos
ou não de substância psicoativa, com indicação de
de avaliação de conformidade acreditados pelo
níveis e tipo de substância;
INMETRO, por entidade internacional com a qual o
h) nome, CPF, assinatura e CRM do Médico
INMETRO possua acordo de reconhecimento mútuo
Revisor – MR.
ou por provedores acreditados junto ao Sistema
Art. 20. O exame toxicológico realizado por Nacional de Acreditação – DICQ, ao Organismo
condutores na forma do art. 5º da Lei 13.103/15 será
Nacional de Acreditação – ONA ou ao Programa de
aceito para a renovação ou mudança para as catego-
Acreditação de Laboratórios Clínicos – PALC, segun-
rias C, D e E da CNH, respeitado o prazo de validade
do a norma ISO/IEC 17043, seguindo as orientações
previsto na referida lei.
contidas nos Anexos desta Resolução; e
Art. 21. A direção de veículo por condutor
que não tiver realizado o exame toxicológico, 30 III - Aprovação em Programa de Controle de
(trinta) dias após os prazos descritos pelos §§2º e 3º Qualidade das atividades realizadas em todas as
do art. 148-A do CTB, configura a infração prevista no etapas da cadeia de custódia, inclusive pelos pontos
inc. V do art. 162, do CTB. de coleta próprios do laboratório credenciado junto ao
§ 1º A não realização do exame toxicológico DENATRAN quanto pelos Postos de Coleta Laborato-
descrito nos §§2º e 3° do art. 148-A do CTB implica rial da sua rede exclusiva, assim como pelos labora-
no impedimento do condutor para a condução de tórios credenciados e seus laboratórios de apoio.
veículos em qualquer categoria. Este programa deverá ser conduzido por organismos
§ 2º A mudança de categoria dos condutores de avaliação de conformidade acreditados pelo
das categorias C, D e E para as categorias A e/ou B, INMETRO, por entidade internacional com a qual o
antes do final do prazo de validade do exame toxico- INMETRO possua acordo de reconhecimento mútuo
lógico, afastará a aplicação da sanção referida no ou por provedores acreditados junto ao Sistema
caput. Nacional de Acreditação – DICQ, ao Organismo
§ 3º Cabe aos órgãos executivos de trânsito Nacional de Acreditação – ONA ou ao Programa de
dos Estados e do Distrito Federal, às autoridades de Acreditação de Laboratórios Clínicos – PALC, ou
trânsito ou seus agentes consultar a base de dados CAP-FDT. O Programa deverá auditar pelo menos
do RENACH, verificando a realização do exame para a 25% do universo de pontos de coleta de cada labora-
eventual imposição das sanções legais. tório credenciado, a cada ano, de forma que, ao
§ 4º Os exames previstos nos §§2º e 3º, do término de 4 (quatro) anos, todo o seu universo de
art. 148-A do CTB, somente serão exigidos para os pontos de coleta tenha sido obrigatoriamente audi-
motoristas que já tenham realizado o exame toxicoló- tado.
gico de que trata esta Resolução. § 1º As auditorias de conformidade regulató-
Art. 22. O DENATRAN, anualmente e a qual- ria referidas neste artigo deverão ser contratadas
quer tempo, fiscalizará in loco os laboratórios creden- junto a organismos de avaliação de conformidade, de
ciados para verificar a manutenção dos requisitos e notória e reconhecida especialização, acreditados
documentos pertinentes e necessários ao credenci- pelo INMETRO, por entidade internacional com a qual
amento, conforme estabelecido nesta Resolução. o INMETRO possua acordo de reconhecimento mútuo
Art. 23. Os laboratórios credenciados pelo ou por provedores acreditados junto ao Sistema
DENATRAN, assim como os laboratórios de apoio, Nacional de Acreditação – DICQ, ao Organismo Na-
ficam obrigados a realizar auditorias periódicas regu- cional de Acreditação – ONA ou ao Programa de
lares, com periodicidade de 1 (um) ano, que deverão Acreditação de Laboratórios Clínicos – PALC.
incluir: § 2º O laboratório credenciado deverá subme-
I - Aprovação em Programa de Ensaios de ter os relatórios de auditorias periódicas regulares de
Proficiência, emitido por provedores que sejam or- conformidade regulatória ao DENATRAN que poderá
ganismos de avaliação de conformidade acreditados solicitar esclarecimentos e informações complemen-
pelo INMETRO, por entidade internacional com a qual tares.
550 Ordeli Savedra Gomes

§ 3º O descumprimento, total ou parcial, da § 7º Na hipótese de revogação do credencia-


obrigação prevista no caput ou no caso de o relatório mento, somente após 02 (dois) anos da publicação
de auditoria de conformidade regulatória concluir pela da revogação, poderá o laboratório credenciado junto
não adequação do laboratório credenciado, no todo ao DENATRAN requerer um novo credenciamento.
ou em parte, aos critérios e parâmetros desta Reso- No caso de laboratórios credenciados junto ao DE-
lução, o DENATRAN aplicará as sanções previstas NATRAN que utilizem laboratório de apoio localizado
nesta Resolução. fora do país, o laboratório de apoio localizado fora do
§ 4º No caso de identificação de não-confor- país ficará impedido de realizar o exame toxicológico
midades em alguma das auditorias de conformidade de larga janela de detecção para qualquer outro la-
regulatória, o laboratório credenciado terá 30 (trinta) boratório credenciado junto ao DENATRAN pelo mes-
dias para sanar as não-conformidades e ser submeti- mo período.
do a nova auditoria.
§ 8º Caso o DENATRAN constate, a qualquer
Art. 24. O descumprimento, no todo ou em
momento, alguma irregularidade que possa colocar
parte, das regras previstas nesta Resolução sujeitará
em risco a integridade dos resultados dos exames
o laboratório credenciado às sanções administrativas
abaixo descritas, assegurados o contraditório e a am- toxicológicos de larga janela de detecção realizados
pla defesa: sob a responsabilidade do laboratório credenciado,
I - advertência; será emitida uma notificação, para apresentação de
defesa em 5 (cinco) dias e poderá ser decretada a
II - suspensão do credenciamento por 30 (trin-
imediata suspensão do laboratório até que a não
ta) dias;
conformidade seja sanada.
III - suspensão do credenciamento por 60 (ses-
senta) dias; e Art. 25. Fica concedido aos laboratórios cre-
IV - revogação do credenciamento. denciados pelo DENATRAN o prazo de 270 (duzentos
e setenta) dias, contados da data da publicação
§ 1º Constatado o descumprimento, o DENA-
desta Resolução, para que adotem todas as medidas
TRAN expedirá advertência ao laboratório credencia-
do para que sane a irregularidade, no prazo de 30 necessárias ao seu integral atendimento, sob pena
(trinta) dias. de descredenciamento, devendo entregar os laudos
§ 2º Decorrido o prazo previsto no §1º sem previstos no art. 23 no prazo de um ano. (Redação
que o laboratório tenha sanado a irregularidade, o dada pela Res. 724/18)
DENATRAN determinará a suspensão do credencia- Art. 26. Integram a presente Resolução os se-
mento pelo prazo de 30 (trinta) dias. guintes Anexos:
§ 3º Durante o período de suspensão, o labo- Anexo I - Tabela com os Níveis de Corte (cutoff).
ratório não poderá realizar o exame toxicológico nem Anexo II - Organização e Gestão da Etapa Pré-
enviar material para ser analisado por seus laborató- analítica da Cadeia de Custódia com Validade Forense.
rios de apoio, assim como seus pontos de coleta es- Anexo III - Organização e Gestão da Etapa Ana-
tarão impedidos de realizar coletas para os fins desta lítica da Cadeia de Custódia com Validade Forense.
Resolução. Anexo IV - Resultado dos Exames e Atendi-
§ 4º Durante o período de suspensão, o labo- mento ao Cliente.
ratório terá seu acesso bloqueado ao Sistema RE-
Anexo V - Definições, Siglas e Abreviaturas.
NACH e os órgãos executivos de trânsito dos Estados
e do Distrito Federal deverão destacar em seus sítios Anexo VI - Exigências de comprovação do-
eletrônicos que o referido laboratório credenciado cumental para credenciamento de laboratório junto
junto ao DENATRAN está com suas atividades ao DENATRAN.
suspensas e que sua rede de pontos de coleta está Art. 27. Ficam revogados o Anexo XXII –
impedida de realizar coletas para o exame toxicológi- Exame Toxicológico, da Resolução CONTRAN 425, de
co definido nesta Resolução. 2012, inserido pela Resolução CONTRAN 517, de
§ 5º Decorridos os 30 (trinta) dias previstos 2015, a alínea “g” do inc. III e o § 3º do art. 4º, assim
no § 2º sem que a irregularidade tenha sido compro- como o Capítulo VII – DO EXAME TOXICOLÓGICO DE
vadamente sanada, o DENATRAN determinará a sus- LARGA JANELA DE DETECÇÃO da Resolução CON-
pensão do credenciamento pelo prazo adicional de 60 TRAN 425, de 27.11.2012 e a Resolução CONTRAN
(sessenta) dias. 583, de 2016.
§ 6º Decorridos os 60 (sessenta) dias previs- Art. 28. Esta Resolução entra em vigor na da-
tos no § 5º sem que a irregularidade tenha sido com- ta de sua publicação.
provadamente sanada, o DENATRAN revogará o cre- Elmer Coelho Vicenzi
denciamento.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 551

ANEXOS
(Disponíveis no site: <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 701, DE 10.10.2017


Dispõe sobre os requisitos obrigatórios de segurança
para circulação de veículos que transportem produtos
siderúrgicos.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), usando da competência que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
Considerando o disposto no art. 102 e seu parágrafo único, do CTB;
Considerando a necessidade de atualizar os requisitos de segurança no transporte de produtos siderúr-
gicos em veículos rodoviários de carga;
Considerando o que consta no Processo Administrativo 80000.003885/2017-94,
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução estabelece os requisi- Tem tolerâncias dimensionais menos rigorosas que
tos de segurança obrigatórios para o transporte de as barras;
produtos siderúrgicos por veículos de carga nas vias VIII - TUBO: produto acabado oco, de parede
abertas a circulação no território nacional. uniforme e seção transversal constante, geralmente
Art. 2º. Os produtos siderúrgicos derivados circular e quase sempre retilíneo, revestido, ou não;
do minério de ferro ou do minério de outro metal es- IX - VERGALHÃO: barra redonda ou fio-má-
tão definidos neste artigo pelos mesmos termos e ex- quina, utilizado especialmente em armaduras de con-
pressões empregados na NBR 5903, produtos planos creto armado;
laminados de aço, na NBR 6215, produtos siderúrgi- X - BLOCOS COMPACTADOS: Sucata metáli-
cos e na NBR 16229, sucata de ferro fundido e aço. ca prensada em blocos ou pacotes;
I - BARRA: produto retilíneo, não plano, cuja XI - PEÇAS ISOLADAS: Peças soltas de suca-
seção transversal é constante, constitui figura geo- ta metálica em formatos diversos como tarugos,
métrica simples e é fabricada com tolerâncias di- blocos, chaparia, carcaças, partes de equipamentos,
mensionais mais rigorosas do que as palanquilhas (ta- eixos, tubos, etc;
rugos); XII - EMARANHADO: sucata metálica em for-
II - BOBINAS: chapa ou tira enrolada em for- ma de arames, telas treliças, vergalhões e demais
ma cilíndrica; produtos longos;
III - CHAPA: produto plano de aço, com largu- XIII - GRANEL DE SUCATA: sucata metálica
ra superior a 500 mm (quinhentos milímetros), de dimensões reduzidas, em forma picotada, de ca-
laminado a partir de placa; vacos, de limalha, etc.
IV - LINGOTE: produto resultante da solidifica- Parágrafo único. A definição das caracterís-
ção do metal líquido em molde metálico, geralmente ticas necessárias para a análise e a comparação dos
destinado a posterior conformação plástica; tipos de material siderúrgico conforme a descrição
V - PERFIL: produto industrial cuja seção trans- dos tipos de sucatas deve ser regulamentada pelo
versal reta é composta de figura geométrica simples; DENATRAN em portaria específica.
VI - SUCATA: material constituído de resíduos Art. 3º. O carvão a granel ou ensacado é con-
metálicos, que resultam dos processos de elaboração siderado insumo dos produtos siderúrgicos.
e transformação mecânica, bem como de desuso, e Art. 4º. O trânsito dos veículos que transpor-
que só pode ser aproveitada por re-fusão; tem produtos siderúrgicos ou seus insumos deve
VII - TARUGO/(palanquilhas): produto inter- seguir às condições especificadas nesta Resolução
mediário não plano, obtido por laminação a quente ou quanto à arrumação e à amarração da carga na
lingotamento contínuo, de eixo longitudinal retilíneo e carroçaria dos mesmos.
seção transversal geralmente retangular ou quadrada, Art. 5º. No transporte de chapas metálicas
com área igual ou inferior a 22.500 mm2 (vinte e dois devem ser atendidas as seguintes condições:
mil e quinhentos milímetros quadrados) e com re- I - As chapas com comprimento e largura me-
lação entre largura e espessura igual ou inferior a 2. nores do que as da carroçaria do veículo devem estar
552 Ordeli Savedra Gomes

firmemente amarradas às mesmas, por meio de a) O posicionamento da cinta, corrente ou ca-


cabos de aço, correntes ou cintas com resistência à bo de aço sobre a bobina deve formar um “X” no seu
ruptura por tração, de no mínimo, o dobro do peso centro para amarração de topo;
total das chapas, garantindo assim sua estabilidade b) Para bobina com peso igual ou maior que
mesmo nas condições mais desfavoráveis; 20 toneladas o terceiro dispositivo de amarração
II - As chapas com largura excedente a da deve passar no centro da bobina;
carroçaria do veículo, além da amarração de que c) Para amarração direta devem ser instala-
trata o inc. I deste artigo, devem ter seus vértices dos no mínimo dois laços com dispositivos de amar-
anteriores e posteriores protegidos por cantoneiras ração para bobina com peso menor que 20 toneladas
metálicas, conforme especificado no Anexo I. e quatro laços para bobinas com peso igual ou maior
Parágrafo único. Para transportar as chapas que 20 toneladas.
metálicas definidas no inc. II deste artigo, os veículos II - Fixação da bobina no piso da carreta:
devem portar a Autorização Especial de Trânsito a) Devem ser colocadas mantas de neopre-
(AET), de que trata o art. 101 do CTB. ne/borracha/poliuretano de alta densidade e 15 mm
Art. 6º. No transporte de bobinas metálicas, de espessura, entre a bobina e o piso da carreta;
devem ser obedecidas as seguintes condições: b) Bobinas com peso igual ou maior que 20
I - Composição dos dispositivos de amarração toneladas devem ser obrigatoriamente acomodadas
da bobina: - cintas, correntes ou cabos de aço, sobre berço apropriado.
ganchos e catracas com resistência total e compro- Art. 8º. As bobinas colocadas sobre o veículo
vada à ruptura por tração de, no mínimo, o dobro do com seus eixos paralelos ao plano da carroçaria do
peso da bobina para cada tipo de amarração: de topo mesmo (na horizontal) devem obedecer adicional-
e direta; mente aos seguintes requisitos:
II - Quantidades de dispositivos de amarração: I - Posicionamento dos dispositivos de amar-
a) para bobinas com peso menor que 20 tone- ração (Anexo II, figura B):
ladas, devem ser utilizados, no mínimo, dois disposi- a) a cinta, corrente ou cabo de aço deve estar
tivos de amarração de topo e dois de amarração entre 10 e 20 centímetros da extremidade da bobina;
direta; b) para bobina com peso igual ou maior que
b) para bobinas com peso igual ou maior que 20 toneladas, o terceiro dispositivo de amarração
20 toneladas, devem ser utilizados, no mínimo, três deve estar posicionado no centro da bobina;
dispositivos de amarração de topo e quatro de amar- c) as bobinas devem receber amarração dire-
ração direta. ta passando pelo centro das mesmas, em forma de
III - Pontos de fixação dos dispositivos de laço, sendo dois dispositivos para bobina com peso
amarração: menor que 20 toneladas e quatro dispositivos para
a) os pontos de fixação dos dispositivos de bobina com peso igual ou maior que 20 toneladas.
amarração devem ser afixados nas longarinas ou II - As bobinas devem ser fixadas ao piso da
chassi do veículo, com as cintas, correntes ou cabos carreta por meio de paletes ou berços planos confec-
de aço passando por baixo da guarda lateral, nunca cionados com metal ou de madeira, devidamente
por cima; travados nas suas extremidades com parafusos, ou
opcionalmente conforme inc. III a seguir;
b) as catracas tensoras das cintas, correntes
ou cabos de aço devem estar afixadas nas longarinas III - Opcionalmente, as bobinas podem ser afi-
ou chassis ou entre os dispositivos. xadas em berços reguláveis idênticos ou assemelha-
dos ao do Anexo II, figura C, com mantas de neopre-
IV - Inspeção dos dispositivos de amarração:
ne/borracha/poliuretano de alta densidade e 15 mm
o transportador deve sempre inspecionar o estado de
de espessura entre o berço e o piso da carreta,
conservação dos dispositivos de amarração antes de fixados por cintas, correntes ou cabo de aço ou ainda
carregar o veículo. em berços dotados de travas antideslizantes;
Art. 7º. O transporte de bobinas colocadas IV - O eixo da bobina poderá ser tanto paralelo
sobre o veículo com seus eixos na posição vertical quanto perpendicular ao eixo longitudinal da carroça-
em relação ao plano da carroçaria do mesmo deve ria. O caso de posicionamento perpendicular ao eixo
obedecer adicionalmente aos seguintes requisitos longitudinal da carroçaria está ilustrado no Anexo II,
(Anexo II, figura A): figura D.
I - Posicionamento dos dispositivos de amar- Art. 9º. A montagem e a fixação da bobina
ração: nos veículos dotados de carroçaria especialmente
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 553

construída para o transporte de bobinas devem ser V, figura A ou separados por pontaletes com cunhas
feitas conforme Anexo II, figura B. nas laterais, na forma do Anexo V, figura B.
§ 1º A carroçaria bobineira deve ser forrada § 1º Admite-se, também, a arrumação de tu-
com lençol de borracha antideslizante e equipada bos de grande diâmetro, até o máximo de 1,55 m (um
com dispositivo de segurança para travamento das metro e cinquenta e cinco centímetros), em forma de
bobinas no cocho. pirâmide, desde que as dimensões da carga não
§ 2º Mesmo para este caso, será obrigatória ultrapassem a 3,20 m (três metros e vinte centíme-
a amarração à carroçaria, por meio de cabos de aço, tros) de largura, 4,70 m (quatro metros e setenta
correntes ou cintas com resistência total à ruptura centímetros) de altura e 23 m (vinte e três metros) de
por tração de, no mínimo, o dobro do peso da carga. comprimento, sem excesso de peso, conforme
§ 3º O transporte de bobinas de cabos elétri- especificado no Anexo V, figura C.
cos, quando não acondicionados em cavaletes § 2º No transporte de tubos definido no pará-
especiais, deve obedecer às prescrições previstas grafo anterior, se as dimensões do veículo ou da
neste regulamento. carga excederem aquelas especificadas pelo CTB e
Art. 10. No transporte de tubos metálicos de- pela Resolução CONTRAN 210/06, o veículo deve
vem ser atendidas as seguintes condições: portar à Autorização Especial de Trânsito, de que
trata o art. 101 do mesmo Código.
I - Os veículos destinados ao transporte de
tubos devem possuir sistema de proteção frontal § 3º Os berços ou pontaletes a que se refe-
rem os incs. II, III, IV e V deste artigo, devem ser no
(Anexo III, figura A) ou a utilização de redes, telas ou
mínimo em número de: 2 (dois) por camada, para
malhas que impeçam a movimentação da carga no
tubos de até 6 m (seis metros) de comprimento, e de
sentido longitudinal (Anexo III, figura B);
no mínimo 3 (três) por camada, para tubos de com-
II - Os tubos com diâmetro inferior a 15 cm primento superior a 6 m (seis metros).
(quinze centímetros) devem estar separados por
§ 4º Admite-se arrumação por encaixe de tu-
pontaletes de madeira, camada por camada, firme-
bos, de modo que cada tubo tenha por apoio dois
mente amarrados com cabos de aço, correntes ou
outros da camada inferior, quando a viga com cunhas
cintas, travados à carroçaria do veículo e contidos laterais será exigida apenas na base do empilhamen-
pela mesma; to, conforme Anexo V, figura D.
III - Quando o transporte dos tubos com diâ- § 5º Os tubos com quaisquer diâmetros po-
metro inferior a 15 cm (quinze centímetros) for feito dem ser transportados nas formas previstas desde
na forma de feixes amarrados, será obrigatória que contidos, nas dimensões de largura e compri-
também a colocação de cunhas nas extremidades mento da carroçaria do veículo. A altura deve estar
dos pontaletes, para contê-los firmemente na posição limitada de acordo com a regulamentação do CON-
correta dentro da carroçaria; TRAN.
IV - Os tubos, de diâmetro superior a 15 cm § 6º Opcionalmente, será admitido o transpor-
(quinze centímetros) e inferior ou igual a 40 cm te de tubos de mais de 40 cm (quarenta centímetros)
(quarenta centímetros), devem ser transportados em de diâmetro na forma piramidal, com a utilização de
feixes, de acordo com as condições estabelecidas no cintas de amarração, de redes de contenção e de
inc. II deste artigo ou em peças individuais; berços intermediários feitos sob medida, de forma a
a) Os produtos que serão transportados em permitir o perfeito encaixe dos tubos e a perfeita
peças individuais, em quantidades que obriguem ao distribuição de pesos e a evitar deslocamentos la-
empilhamento, devem ser acondicionados na horizon- terais (Anexo V, figura E e F).
tal e separados em camadas por berços que assegu- § 7º Todas as cargas devem estar amarradas
rem o perfeito posicionamento dos tubos durante o com cabos de aço, correntes ou cintas com resistên-
deslocamento, conforme especificado no Anexo IV, cia total à ruptura correspondente a duas (2) vezes o
figura A; peso da carga transportada, travados e contidos no
b) Opcionalmente, será aceito o berço exem- chassi do veículo.
plificado no Anexo IV, figura B. Art. 11. No transporte de perfis podem ser
V - Os tubos com diâmetro superior a 40 cm utilizados veículos com carroçarias convencionais ou
(quarenta centímetros), para serem transportados em com carroçarias dotadas de escoras laterais metá-
quantidades que obriguem o empilhamento, devem licas, perpendiculares ao plano do assoalho das
ser separados, individualmente na horizontal, por mesmas e que ofereçam plena resistência aos es-
berços que proporcionem perfeita acomodação e forços provocados pela carga, nas condições mais
segurança da carga, conforme especificado no Anexo desfavoráveis. Os veículos devem possuir sistema de
554 Ordeli Savedra Gomes

proteção frontal (Anexo III, figura A) ou a utilização de § 1º Todas as sucatas transportadas devem
redes, telas ou malhas que impeçam a movimentação estar totalmente cobertas por lonas ou dispositivos
da carga no sentido longitudinal (Anexo III, figura B). similares, que devem cumprir os seguintes requisitos:
Parágrafo único. Em ambos os casos, os I - possibilidade de acionamento manual, me-
perfis devem estar firmemente amarrados à carroça- cânico ou automático;
ria do veículo através de cabos de aço, correntes ou II - estar devidamente ancorados à carroçaria
cintas, com resistência total à ruptura por tração do veículo;
correspondente a duas (2) vezes o peso da carga III - cobrir totalmente a carga transportada de
transportada, nas extremidades e na parte central da forma eficaz e segura;
carga (Anexo VI, figura A). IV - estar em bom estado de conservação, de
Art. 12. As barras, tarugos e vergalhões po- forma a evitar o derramamento da carga transporta-
derão ser transportados de forma individual, arruma- da;
dos em rolos ou em feixes. V - a lona ou dispositivo similar não deve pre-
§ 1º Quando na forma de rolos, devem ser co- judicar a eficiência dos demais equipamentos obriga-
locados com o eixo na horizontal, no sentido longitu- tórios.
dinal da carroçaria, a qual deve ter suas guardas § 2º No transporte de sucatas, o veículo deve
laterais interligadas entre si (lado esquerdo com lado possuir carroceria com guardas laterais:
direito), de forma a aumentar-lhes a resistência ao I - Fechadas, cuja resistência e altura sejam
rompimento. suficientes para impedir o derramamento da carga,
§ 2º Os rolos com diâmetro superior a 1,20 m nas condições mais desfavoráveis; ou
(um metro e vinte centímetros) poderão ser coloca- II - Dotadas de telas metálicas com malha de
dos com o eixo no sentido da largura da carroçaria, altura e dimensões suficientes para impedir o derra-
desde que devidamente escorados com calços mamento do material transportado.
apropriados, para evitar o seu deslocamento, deven- § 3º No transporte, de granéis, não se admite
do os rolos remontados serem interligados entre si. que a carga ultrapasse a altura normal das guardas
§ 3º No transporte de barras ou vergalhões laterais da carroçaria.
arrumados em feixes sobre o malhal e a cabine do § 4º Peças isoladas ou blocos de grande porte
veículo, só será obrigatória a utilização de cavalete que ofereçam risco de tombamento ou deslocamento
intermediário afixado no assoalho da carroçaria, de devem ser convenientemente amarrados e travados
forma a apoiar a parte central da carga, quando se com cabos de aço, correntes ou cintas, com resis-
tratar de ferragens pré-armadas (treliças). tência total à ruptura correspondente a duas (2)
vezes o peso da carga transportada.
§ 4º Quando as pontas das barras ou dos ver-
galhões excederem a parte posterior da carroçaria, § 5º O transporte de sucata em forma de gra-
devem ser dobradas em U, de forma a não se consti- nel será feita obrigatoriamente em carroçaria do tipo
caçamba, não necessariamente basculante.
tuírem em material perfurante.
Art. 15. O transporte de minério a granel só
§ 5º Todas as cargas devem estar amarradas
poderá ser feito em vias públicas em caçambas
com cabos de aço, correntes ou cintas com resistên-
metálicas, dotadas de dispositivo que iniba o derra-
cia total à ruptura correspondente a duas (2) vezes o
mamento de qualquer tipo de material ou resíduo em
peso da carga transportada, travados e contidos no
vias públicas, obedecidas ainda as seguintes regras:
chassi do veículo (Anexo VI, figuras A e B).
I - Será obrigatória a utilização de lona para o
Art. 13. Os lingotes metálicos poderão ser transporte do minério a granel;
transportados em conjuntos, paletes ou pilhas amar-
II - As caçambas usadas neste transporte se-
rados e unitizados com fitas metálicas ou de forma
rão dotadas obrigatoriamente de dispositivo para o
individual sobre a carroçaria do veículo.
transporte de minérios conforme o Anexo VII, figuras
Parágrafo único. Devem ser amarrados à A e C:
carroçaria do veículo por meio de cabos de aço, a) rampas de retenção no assoalho, próximas
correntes, redes, telas ou cintas com resistência total à tampa traseira, para contenção de líquidos;
à ruptura por tração de, no mínimo, o dobro do peso
b) travas mecânicas de segurança destinadas
da carga.
a impedir a abertura acidental e proporcionar maior
Art. 14. O transporte de sucatas de metais eficácia na vedação da tampa;
poderá ser efetuado sob a forma de blocos compac- c) ressalto na parte interna da tampa traseira,
tados, peças isoladas de formatos diversos, emara- margeando as bordas laterais e inferiores da caçam-
nhados ou granéis. ba, para permitir fechamento hermético.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 555

III - As partes externas das caçambas e chas- tambores com resistência idêntica à dos cabos, cor-
sis dos veículos devem trafegar livres de todo e rentes ou cintas.
qualquer detrito que possa vir a se desprender ou ser § 2º Os pontos de fixação dos dispositivos de
arremessado na via contra veículos ou pessoas, amarração devem ser afixados nas longarinas ou
conforme o Anexo VII, figura B. chassi do veículo.
Art. 16. O carvão acondicionado em sacos § 3º Sempre que forem utilizadas cintas têx-
poderá ser transportado em caminhões com carroça- teis, estas devem atender à Norma NBR 15.883.
rias convencionais, desde que atendidas as seguintes § 4º É responsabilidade do condutor verificar
condições: periodicamente durante o percurso o tensionamento
I - A carga não deve exceder a largura e o dos dispositivos de amarração da carga, e reapertá-
comprimento da carroçaria, nem as dimensões los quando necessário.
previstas nas normas do CONTRAN; Art. 19. Para o transporte de peças indivisí-
II - A carga não deve apresentar desalinha- veis que necessitem de veículos com peso bruto ou
mento longitudinal ou vertical à carroçaria do veículo, dimensões superiores aos previstos na legislação de
de forma a comprometer sua estabilidade; trânsito, será necessária a obtenção, junto à autori-
III - Quando ultrapassarem a altura das guar- dade com jurisdição sobre a via, da Autorização Es-
das laterais da carroçaria do veículo, limitada a 4,40 pecial de Trânsito, de que tratam o CTB e suas Re-
m (quatro metros e quarenta centímetros), as pilhas soluções.
de sacos de carvão devem ser obrigatoriamente Art. 20. O descumprimento do disposto nesta
amarradas com cabos de aço, correntes ou cintas, Resolução sujeitará o infrator à aplicação das san-
com resistência total à ruptura por tração correspon- ções previstas no art. 171, nos incs. IX e X do art.
dente a 2 (duas) vezes o peso da carga transportada. 230, na alínea a do inc. II e o inc. IV do art. 231 e no
Art. 17. No transporte de carvão a granel, de- art. 235 do CTB.
vem ser utilizados veículos dotados de carroçarias Art. 21. O proprietário será responsável pelos
com guardas laterais fechadas ou guarnecidas de danos que seu veículo venha a causar à via, à sua
telas metálicas com malhas de dimensões tais que sinalização e a terceiros, como também responderá
impeçam o derramamento do material transportado, integralmente pela utilização indevida de vias e pelos
obedecidas ainda as seguintes regras: danos ambientais que vier a provocar.
I - A carga não deve ultrapassar a altura das Art. 22. Os Anexos desta Resolução encon-
guardas laterais da carroçaria; tram-se disponíveis no endereço eletrônico do DENA-
II - A parte superior da carga será, obrigatoria- TRAN: <www.denatran.gov.br>.
mente, protegida com lona fixada à carroçaria, de for- Art. 23. Os requisitos desta Resolução serão
ma a impedir o derramamento da carga sobre a via. exigidos a partir de 1º de janeiro de 2020, quando
Art. 18. Quando for necessário o uso de cabos ficarão revogadas as Resoluções CONTRAN 293/08,
de aço, correntes ou de cintas para amarrar a carga, 494/14 e 591/16, sendo facultado antecipar sua ado-
estes devem possuir resistência total à ruptura por ção total ou parcial. (Texto dado pela Res. 767/18)
tração de, no mínimo, 2 (duas) vezes o peso da carga. Art. 24. Esta Resolução entra em vigor na da-
§ 1º Neste caso, os veículos devem estar ta de sua publicação.
equipados com molinetes, esticadores, catracas ou Elmer Coelho Vicenzi

ANEXOS
(Disponíveis no site: <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 704, DE 10.10.2017


Estabelece padrões e critérios para sinalização semafó-
rica com sinal sonoro para travessia de pedestres com
deficiência visual.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
556 Ordeli Savedra Gomes

Considerando que o trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entida-
des componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências,
adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito;
Considerando a necessidade de definir requisitos para implantação de mecanismos que sirvam de guia
ou orientação para travessia na via pública de pessoas com deficiência visual ou com mobilidade reduzida, exi-
gidos na forma prevista no art. 9º da Lei 10.098, de 19.12.2000 e no art. 17 do Decreto 5.296, de 02.12.2004;
Considerando que o parágrafo único, do art. 9º, da Lei 10.098, de 19.12.2000, dispõe que os semáforos
para pedestres instalados em vias públicas de grande circulação, ou que deem acesso aos serviços de reabilita-
ção, devem obrigatoriamente estar equipados com mecanismo que emita sinal sonoro suave para orientação do
pedestre;
Considerando a Lei 13.146, de 06.07.2015, que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Defi-
ciência (Estatuto da Pessoa com Deficiência); e
Considerando o que consta no Processo Administrativo 80000.051045/2010-61,
RESOLVE:
Art. 1º. Estabelecer padrões e critérios para IX - Sinal visual de localização: luz intermiten-
sinalização semafórica com sinal sonoro para traves- te que indica a localização física da botoeira sonora
sia de pedestres com deficiência visual. na via;
Art. 2º. O semáforo com sinal sonoro desti- X - Sinal visual de demanda: luz contínua que
nado a informar às pessoas com deficiência visual os indica que a solicitação de travessia foi acionada;
períodos de verde, de vermelho intermitente e de ver- XI - Sinal vibratório: vibração ou conjunto de
melho fixo dos semáforos de pedestres deve operar vibrações que permite a compreensão da informação
segundo os padrões e critérios definidos nesta Reso- pelo tato;
lução. XII - Mensagem verbal: sentença completa, na
Art. 3º. Para fins desta Resolução, define-se: forma ativa e imperativa, que transmite instrução ou
advertência, podendo ser digitalizada ou sintetizada.
I - Semáforo com sinal sonoro: sinalização
Art. 4º. O semáforo com sinal sonoro deve
semafórica de regulamentação equipada com foco de
ser dotado de botoeira sonora, conforme especificado
pedestres e botoeira sonora para auxílio à travessia
no art. 5º desta Resolução.
de pessoas com deficiência visual;
Parágrafo único. O semáforo com sinal sono-
II - Botoeira sonora: dispositivo que emite si- ro deve ter sua localização sempre identificada por
nais sonoros, visuais e vibratórios (localização, ad- sinalização tátil direcional e de alerta, em conformi-
vertência e instrução) para auxiliar a travessia de dade com as normas técnicas brasileiras de acessibi-
pedestres, em especial as pessoas com deficiência lidade.
visual; Art. 5º. A botoeira sonora deve atender as
III - Modo sonoro: modo de operação em que seguintes condições:
a botoeira sonora funciona com os dispositivos I - possuir dispositivos que emitam sinais vi-
sonoros, visuais e vibratórios ativados; suais, sonoros e vibratórios integrados;
IV - Sinalização de localização: composta de II - possuir dispositivo sonoro que atenda as
sinal sonoro de localização e sinal visual de localiza- caraterísticas previstas no art. 6º desta Resolução;
ção que auxilia a orientação do pedestre quanto à III - a botoeira sonora deve emitir mensagem
localização física da botoeira sonora na via; verbal indicando que o usuário deve pressionar o bo-
V - Sinal sonoro: som ou conjunto de sons que tão de acionamento por 3 segundos para ativação do
permitem a compreensão da informação pela audi- modo sonoro, sempre que o botão for acionado por
ção; tempo inferior a este e o modo sonoro não estiver
VI - Sinal sonoro de localização: indica a loca- ativado;
lização física da botoeira sonora na via; IV - possuir dispositivo que emita sinal visual
de localização e sinal visual de demanda de cor azul;
VII - Sinal sonoro de travessia: consiste no
conjunto de sons emitidos durante os tempos de V - possuir dispositivo que emita sinal vibrató-
rio instalado na sua parte frontal, preferencialmente
verde, vermelho intermitente e no início do vermelho
com a utilização do botão de acionamento como
na travessia dos pedestres;
elemento de vibração;
VIII - Sinal visual: luz ou conjunto de luzes que VI - possuir um botão com diâmetro mínimo
permite a compreensão da informação pela visão; de 40 mm;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 557

VII - o botão deve estar posicionado a altura minados pelo órgão executivo de trânsito local e/ou
entre 0,80 m e 1,20 m do piso, medido do centro do em caso de conflito;
botão ao piso acabado; § 4º Entende-se como caso de conflito:
VIII - o botão deve ter cor contrastante com o I - o desligamento do semáforo;
corpo da botoeira, respeitadas as condições definidas II - a entrada em modo de amarelo intermiten-
na norma ABNT NBR 9050 para sinalização e textos te do foco veicular;
informativos;
III - outras situações a serem analisadas e jus-
IX - ser dotada de sinalização de localização tificadas pelo órgão de trânsito com circunscrição so-
conforme características e regras de funcionamento bre a via.
disciplinadas nos arts. 6º e 7º desta Resolução;
§ 5º A botoeira sonora pode ser complemen-
X - deve possuir sistema de proteção contra
tada com:
choques elétricos;
I - uma placa em escrita braile compatível
XI - o sinal visual de localização e de demanda
com a mensagem sonora definida no inc. III deste
deve estar disposto acima ou ao redor do botão, de
artigo, posicionada no topo do seu corpo;
modo que a sua visualização não seja obstruída no
momento de seu acionamento. II - dispositivo sonoro auxiliar separado do seu
§ 1º A sinalização de localização de que trata corpo, voltado para a travessia, funcionando em
o inc. IX deste artigo, deve possuir, além das caracte- conjunto com o dispositivo sonoro principal.
rísticas sonoras definidas no art. 6º, sinal visual de Art. 6º. Os sinais sonoros devem ter as se-
localização visível sob insolação direta, com mesma guintes características:
intermitência do sinal sonoro de localização, com I - podem ser digitalizados ou sintetizados;
alcance visual no plano horizontal de no mínimo 120º, II - ter intensidade de 10 dBA acima do ruído
instalado na parte frontal da botoeira sonora; momentâneo mensurado no local pela própria botoei-
§ 2º O sinal vibratório de que trata o inc. V ra, obedecidos os limites máximos de emissão so-
deste artigo deve corresponder a uma vibração na nora conforme legislação vigente;
frequência entre 100 Hz a 200 Hz; III - ter intermitência, duração e frequência em
§ 3º A botoeira sonora deve permitir que o onda senoidal, conforme o Quadro 1 a seguir:
modo sonoro seja desligado em horários pré-deter-
Quadro 1 – Especificação de sinais sonoros
Momento Intermitência Duração Frequência
Para o sinal sonoro de 60 ms 950 Hz
0,5 Hz (1 ciclo a cada 2 s)
localização (± 2 ms) (± 10 Hz)
Para o sinal sonoro de início 2000 Hz (± 10 Hz),
do tempo de travessia 1 pulso único, antecedendo 160 ms decrescendo
(silvo inicial do tempo de o sinal sonoro de travessia (± 5 ms) gradativamente até
verde do foco do pedestre) 500 Hz (± 10 Hz)
Para o sinal sonoro de Frequência Modulada:
160 ms
travessia (tempo de verde 1 Hz (1 ciclo/s) 2000 Hz (± 10 Hz) +
(± 5 ms)
do foco de pedestre) 500 Hz (±10 Hz)
Para o sinal sonoro de
advertência de encerramento Frequência Modulada:
160 ms
de travessia (tempo de 2 Hz (2 ciclo/s) 2000 Hz (± 10 Hz) +
(± 5 ms)
vermelho intermitente do 500 Hz (±10 Hz)
foco de pedestre)

IV - Quando cada sinal sonoro for reproduzido, b) antes de finalizar a reprodução, nos últimos
o mesmo não deve ser iniciado ou finalizado em 10% do tempo restante, o volume de cada pulso deve
volume máximo, sendo: cair progressivamente até zero.
a) dentro dos primeiros 05 (cinco) ms repro- Parágrafo único. Os arquivos digitais com os
duzidos de cada pulso, o volume deve iniciar em zero sons a serem utilizados no semáforo sonoro estão
e progressivamente aumentar até o volume máximo disponíveis no site do DENATRAN.
da reprodução;
558 Ordeli Savedra Gomes

Art. 7º. O semáforo com sinal sonoro deve ope- § 2º Em nenhuma hipótese, a botoeira sonora
rar atendendo as seguintes regras de funcionamento: deve emitir qualquer sinal sonoro ou mensagem que
I - A sinalização de localização deve funcionar conflite com a indicação luminosa apresentada pelo
com: foco de pedestres que está sinalizando.
a) sinal de localização sonoro, que deve estar § 3º As mensagens verbais podem ser grava-
ativo sempre que não estiver em curso a mensagem das com os seguintes textos, sem prejuízo às men-
verbal, ou o sinal sonoro de travessia; sagens que o órgão de trânsito com circunscrição
b) sinal de localização visual, que deve estar sobre a via deseje implementar a fim de conferir
ativo de modo intermitente sempre que não houver maior segurança à travessia de pedestre:
demanda registrada para a travessia de pedestres; I - “PRESSIONE POR TRÊS SEGUNDOS PARA
II - O sinal sonoro de travessia somente deve MODO SONORO”
ser ativado quando pressionado por mais de 3 (três) II - “TRAVESSIA SOLICITADA. AGUARDE.”
segundos; § 4º As mensagens dispostas no § 3º devem
III - Acionada a botoeira sonora por menos de ser complementadas, sempre que necessário, com
3 (três) segundos, e se a programação do semáforo mensagem verbal para alertar o pedestre acerca de
sonoro assim permitir, deve ser registrada a demanda situações específicas de travessia, tais como a traves-
da travessia de pedestres sem ativação do modo sia em duas ou mais etapas, presença de ciclofaixa ou
sonoro, devendo ser emitidos: ciclovia, faixa exclusiva de ônibus, entre outras.
a) Sinal visual, aceso de modo contínuo até o § 5º Opcionalmente, mensagens verbais de
início do tempo de verde destinado aos pedestres; caráter informativo relativas à orientação da travessia
b) Mensagem verbal, informando que o botão podem ser emitidas após o acionamento do modo
deve ser pressionado por 3 (três) segundos para sonoro, de modo a comunicar ao pedestre acerca de
ativar o modo sonoro de travessia. outras situações, como, por exemplo, nomes de ruas.
IV - Acionada a botoeira sonora por 3 (três) § 6º Fica proibido o uso de mensagens publi-
segundos ou mais, deve-se: citárias e/ou propaganda.
a) registrar a demanda da travessia de pedes- Art. 8º. O dimensionamento dos tempos dos
tres com a ativação do modo sonoro; semáforos dotados do dispositivo sonoro deve consi-
b) emitir sinal visual, aceso de modo contínuo derar as características específicas do fluxo de pedes-
até o início do tempo de verde destinado aos pedes- tres com deficiência ou com mobilidade reduzida.
tres; Parágrafo único. O intervalo de vermelho ge-
c) emitir sinal vibratório, ativo enquanto o bo- ral deve ter duração mínima de 1 (um) segundo,
tão estiver sendo pressionado, limitado a uma dura- conforme o Manual Brasileiro de Sinalização de Trân-
ção máxima de 3 (três) segundos; sito, Volume V – Sinalização Semafórica.
d) emitir mensagem verbal, informando ao Art. 9º. Quando utilizado o sinal A-32b –
pedestre que a demanda foi registrada e que aguarde “Passagem sinalizada de pedestres” ou o sinal A-33b
o tempo de verde destinado à sua travessia, exceto – “Passagem sinalizada de escolares” –, estes podem
quando o modo sonoro de travessia estiver ativado, ser complementados com a informação “TRAVESSIA
conforme estabelecido no Anexo desta Resolução. DE CEGOS”.
V - O sinal sonoro de travessia reproduzido Art. 10. Devem ser respeitadas as demais
durante o tempo de verde e de vermelho intermitente disposições apresentadas nos Manuais Brasileiros de
do pedestre não deve ser interrompido por outro sinal Sinalização de Trânsito aprovados pelo Conselho Na-
sonoro ou mensagem verbal sob qualquer hipótese; cional de Trânsito (CONTRAN) e as normas técnicas
VI - Se o botão for acionado durante a repro- brasileiras de acessibilidade.
dução do sinal sonoro de travessia nos tempos de Art. 11. O semáforo sonoro deve permanecer
verde, ou vermelho intermitente do pedestre, a mensa- desativado nos casos em que a sinalização semafóri-
gem sonora deve ser reproduzida somente quando ca veicular estiver operando em amarelo intermitente
iniciar o tempo de vermelho para os pedestres; e/ou nos casos em que o foco do pedestre estiver
VII - Demandado o modo sonoro no tempo de desligado.
verde ou de vermelho intermitente do pedestre, o seu Art. 12. O órgão ou entidade de trânsito com
acionamento deve ocorrer somente no próximo tem- circunscrição sobre a via deve adotar as providências
po de verde do pedestre. necessárias para a instalação de novos semáforos
§ 1º As regras de funcionamento para pro- sonoros e para a adequação daqueles existentes que
gramação do semáforo com sinal sonoro devem estiverem em desacordo com o determinado nesta
atender ao disposto no Anexo desta Resolução. Resolução, até 31 de dezembro de 2019.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 559

Art. 13. Fica alterado o item 7 da Resolução Art. 14. Esta Resolução entra em vigor na da-
CONTRAN 160, de 22.04.2004, de modo a incluir o ta de sua publicação, sendo revogadas as disposi-
Quadro 1 (Especificação de sinais sonoros) apresen- ções em contrário.
tado no art. 6º desta Resolução. Elmer Coelho Vicenzi

ANEXO
(Disponível no site: <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 710, DE 25.10.2017


Regulamenta os procedimentos para a imposição da
penalidade de multa à pessoa jurídica proprietária do
veículo por não identificação do condutor infrator (multa
NIC), nos termos do art. 257, § 8º do Código de Trânsito
Brasileiro.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso das atribuições que lhe conferem o art. 7º,
inc. I e o art. 12, incs. I e VIII, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Considerando o disposto no § 8º do art. 257 do CTB, que atribui penalidade de multa à pessoa jurídica
proprietária de veículo por não identificação de condutor infrator;
Considerando a necessidade de regulamentar § 8º do art. 257 do CTB, que impõe penalidade de multa à
pessoa jurídica proprietária do veículo por não identificação do condutor infrator;
Considerando a importância de unificar os procedimentos adotados pelos órgãos e entidades executivos
de trânsito e rodoviários da União, Estados, Distrito Federal e Municípios para a aplicação da penalidade de
multa à pessoa jurídica por não identificação do condutor infrator;
Considerando que a omissão da pessoa jurídica, além de descumprir dispositivo expresso do CTB, con-
tribui para o aumento da impunidade, comprometendo a finalidade primordial do Código de Trânsito Brasileiro,
que é a de garantir ao cidadão o direito a um trânsito seguro;
Considerando o que consta no Processo Administrativo 80000.024559/2015-59, resolve:
CAPÍTULO I visto em regulamentação específica do órgão máxi-
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES mo executivo de trânsito da União.
Art. 1º. A penalidade de multa por não identi- § 2º Para o cômputo do número de infrações
ficação do condutor infrator (multa NIC), prevista no iguais, serão consideradas apenas aquelas vincula-
§ 8º do art. 257 do Código de Trânsito Brasileiro das à placa do veículo com o qual foi cometida a
(CTB), será aplicada à pessoa jurídica proprietária do infração autuada, independentemente da fase pro-
veículo pela autoridade de trânsito responsável pela cessual em que se encontrem, desde que seja o
lavratura do auto da infração originária para a qual mesmo proprietário.
não houve regular identificação do condutor infrator. § 3º Na multiplicação a que se refere o caput,
Parágrafo único. A aplicação da penalidade de multa não serão consideradas as infrações iguais cometi-
NIC dispensa lavratura de auto de infração e expedi- das por condutor infrator regularmente identificado.
ção de notificação da autuação. CAPÍTULO II
Art. 2º. O arquivamento do auto da infração DA NOTIFICAÇÃO DA PENALIDADE
originária para a qual não houve regular identificação
Art. 4º. A notificação de penalidade de multa
do condutor infrator ensejará o cancelamento da
correspondente penalidade de multa NIC. NIC deverá conter, no mínimo:
Art. 3º. O valor da multa NIC será obtido com I - identificação do órgão ou entidade executi-
a multiplicação do valor previsto para a multa originá- vo de trânsito ou rodoviário que aplicou a penalidade;
ria pelo número de infrações iguais cometidas no II - nome da pessoa jurídica proprietária do
período de 12 (doze) meses. veículo;
§ 1º Para os fins do disposto no caput, infra- III - os dados do auto de infração para o qual
ções iguais são aquelas que utilizam o mesmo código não houve a regular indicação do condutor infrator,
de infração, inclusive com seu desdobramento, pre- quais sejam:
560 Ordeli Savedra Gomes

a) número de identificação; Art. 6º. Da imposição da penalidade de multa


b) data, hora e local da infração; e NIC caberá recurso, na forma dos arts. 285 e seguin-
c) código da infração. tes do CTB.
IV - data de emissão; Art. 7º. Em caso de cancelamento de multa
V - descrição da penalidade e sua previsão legal; que implique alteração do fator multiplicador de que
trata o art. 3º, os valores das multas NIC remanes-
VI - data do término do prazo para a apresen-
tação de recurso; centes deverão ser recalculadas com o novo multipli-
cador.
VII - valor da multa integral e com o desconto
aplicável nos termos do art. 284 do CTB; Parágrafo único. No caso de multas já pa-
gas, a diferença de valor decorrente do recálculo a
VIII - campo para autenticação eletrônica, a que se refere o caput será devolvida na forma da lei.
ser regulamentado pelo órgão máximo executivo de
trânsito da União. Art. 8º. Esta Resolução não afasta a obser-
vância, no que couber, da Res. 619, de 06.09.2016, e
CAPÍTULO III suas sucedâneas.
DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 9º. Ficam revogadas as Resoluções
Art. 5º. A falta de pagamento da multa NIC CONTRAN 151, de 08.10.2003, 162, de 26.05.2004, e
impedirá a transferência de propriedade e o licencia- 393, de 25.10.2011.
mento do veículo, nos termos do art. 124, VIII, com- Art. 10. Esta Resolução entra em vigor após
binado com o art. 128 e com o art. 131, § 2º, todos decorridos 30 (trinta) dias de sua publicação.
do CTB.
Elmer Coelho Vicenzi

RESOLUÇÃO 711, DE 25.10.2017


Estabelece conteúdo mínimo do Manual Básico de Se-
gurança no Trânsito.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso das atribuições legais que lhe confere o art.
12, inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
Considerando que cabe ao CONTRAN zelar pela uniformidade e cumprimento das normas contidas neste
Código e nas resoluções complementares, conforme estabelece o art. 12 do CTB, inc. VII, do CTB;
Considerando a necessidade de estabelecer conteúdo mínimo das informações previstas no art. 338 do CTB;
Considerando o que consta nos Processos Administrativos 80000.010678/2015-24 e 80000.025956/2015-48,
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução estabelece o conteú- primeiros socorros e Anexos do Código de Trânsito
do mínimo do Manual Básico de Segurança no Trân- Brasileiro.
sito, conforme definido no art. 338 do Código de Trân- § 1º O Manual poderá ser fornecido em ver-
sito Brasileiro (CTB). são eletrônica, impressa ou disponibilizado no sítio
Parágrafo único. A apresentação do Manual eletrônico da montadora, encarroçadora, importador
de Segurança deverá seguir a ordem descrita abaixo, ou fabricante.
conforme Anexo desta Resolução: § 2º É de responsabilidade da montadora, en-
I - Normas de circulação; carroçadora, importadora e fabricante as informações
e atualizações do Manual.
II - Infrações e penalidades;
Art. 3º. Os requisitos constantes nesta Reso-
III - Direção defensiva; lução aplicar-se-ão a todos os veículos automotores
IV - Primeiros socorros; produzidos ou importados, 12 (doze) meses a partir
V - Anexos do Código de Trânsito Brasileiro da data de publicação desta Resolução, sendo fa-
(CTB). cultado antecipar a sua adoção total ou parcial.
Art. 2º. As montadoras, encarroçadoras, os Art. 4º. O Anexo desta Resolução encontra-se
importadores e fabricantes, ao comercializarem veí- no sítio eletrônico do DENATRAN: <www.denatran.
culos automotores de qualquer categoria e ciclos, gov.br>.
são obrigados a fornecer, no ato da comercialização Art. 5º. Esta Resolução entra em vigor na da-
do respectivo veículo, manual contendo normas de ta de sua publicação.
circulação, infrações, penalidades, direção defensiva, Elmer Coelho Vicenzi
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 561

ANEXO
(Disponível no site: <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 712, DE 25.10.2017


Institui o Certificado Eletrônico de Registro de Veículo –
CRVe, a Autorização Eletrônica para Transferência de
Propriedade de Veículo – ATPVe e estabelece orienta-
ções e procedimentos a serem adotados para o preen-
chimento e autenticação da ATPV e realização da co-
municação de venda de veículo de que trata o art. 134
do Código de Trânsito Brasileiro – CTB.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso das atribuições que lhe confere o art. 12,
incs. I e X, art. 121 e art. 134, todos da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro
(CTB), e conforme o decreto 4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de
Trânsito (SNT).
Considerando a necessidade de manter atualizadas as Bases Estaduais e a Base de Índice Nacional –
BIN do Sistema Registro Nacional de Veículos Automotores – RENAVAM e de padronizar os procedimentos de
comunicação de venda de veículos;
Considerando o que consta no Processo Administrativo 80000.115683/2016-11, Resolve:
CAPÍTULO I meio físico; ou por meio do ingresso e preenchimento
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES da ATPVe em sistema do DENATRAN, utilizando
Art. 1º. Instituir o Certificado Eletrônico de certificado digital, emitido por autoridade certificado-
Registro de Veículo – CRVe, a Autorização Eletrônica ra, conforme padrão da Infraestrutura de Chaves
para Transferência de Propriedade de Veículo – Públicas Brasileira (ICP-Brasil), de propriedade da
ATPVe e estabelecer orientações e procedimentos a respectiva parte ou por entidades públicas e privadas
serem adotados para o preenchimento e autenticação com atribuição legal em conformidade com a Lei
da ATPV e realização da comunicação de venda de 8.935, de 18.11.1994, que possuam Termo de Autori-
veículo de que trata o art. 134 do Código de Trânsito zação do DENATRAN para tanto, ou por terceiro
Brasileiro – CTB. munido de procuração eletrônica emitida por entida-
CAPÍTULO II de pública ou privada com atribuição legal em con-
DA AUTORIZAÇÃO PARA TRANSFERÊNCIA DE formidade com a Lei 8.935, de 18.11.1994, em nome
PROPRIEDADE DO VEÍCULO da parte para a realização do procedimento.
Art. 2º. O comprovante de transferência de § 1º No caso de inscrição do veículo no Sis-
propriedade de que trata o art. 134 do Código de tema RENAVE, com a respectiva emissão de NF-e de
Trânsito Brasileiro – CTB, constitui o documento de- entrada do veículo, será dispensado o reconhecimen-
nominado Autorização para a Transferência de Pro- to de firma do comprador no ATPV físico;
priedade do Veículo – ATPV. Art. 5º. O antigo proprietário poderá realizar o
Parágrafo único. A ATPV é o documento em preenchimento e autenticação da ATPVe apenas se o
que o antigo e o novo proprietário declaram estar de veículo possuir CRVe.
acordo com a transferência da propriedade do veícu- CAPÍTULO III
lo, nos termos das informações constantes no docu- DA COMUNICAÇÃO DE VENDA DO VEÍCULO
mento, responsabilizando-se pela veracidade das in- Art. 6º. O encaminhamento da ATPV, em
formações ali declaradas. seus meios físico ou eletrônico, ao órgão executivo
Art. 3º. A ATPV poderá ser preenchida e au- de trânsito, é denominado comunicação de venda de
tenticada tanto em meio físico quanto em meio ele- veículo, sendo obrigatório para o antigo proprietário,
trônico, a depender do suporte, físico ou eletrônico, nos termos do art. 134 do CTB.
do CRV.
Seção I
Art. 4º. A autenticidade da declaração feita
Da Comunicação de Venda do Veículo em Meio
pelo antigo proprietário será verificada pelo reconhe-
Físico
cimento de firma na ATPV, realizada por entidades
públicas e privadas com atribuição legal, em confor- Art. 7º. O antigo proprietário deverá encami-
midade com a Lei 8.935, de 18.11.1994, quando em nhar ao órgão ou entidade executivo de trânsito do
562 Ordeli Savedra Gomes

Estado ou do Distrito Federal de licenciamento do em conformidade com a Lei 8.935, de 18.11.1994,


veículo, no prazo máximo de trinta dias, a contar da que possuam Termo de Autorização do DENATRAN
data declarada na ATPV, cópia autenticada da ATPV para tanto, ou por terceiro munido de procuração
devidamente preenchida, datada e assinada com re- eletrônica emitida por entidade pública ou privada
conhecimento de firma. com atribuição legal em conformidade com a Lei
Parágrafo único. O não atendimento do dis- 8.935, de 18.11.1994, em nome da parte para a
posto no caput, ensejará a responsabilidade do antigo realização do procedimento.
proprietário pelas penalidades impostas ao veículo CAPÍTULO IV
até a data da comunicação de venda do veículo. DO CERTIFICADO ELETRÔNICO DE REGISTRO DO
Art. 8º. A comunicação de venda em meio fí- VEÍCULO – CRVE
sico poderá ser realizada diretamente pelo antigo Art. 11. O Certificado Eletrônico de Registro
proprietário, protocolada no órgão ou entidade execu- do Veículo – CRVe constitui documento eletrônico,
tivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal em com as mesmas informações constantes no docu-
que o veículo estiver registrado, por intermédio de mento físico, sendo sua geração de competência do
cópia autenticada da Autorização para Transferência DENATRAN, bem como sua expedição.
de Propriedade de Veículo – ATPV, que consta do § 1º O acesso dado ao proprietário e aos ór-
verso do Certificado de Registro de Veículos – CRV, gãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados
devidamente preenchida, ou em meio eletrônico, por e do Distrito Federal ao sistema DENATRAN, será
meio do sistema eletrônico de comunicação de venda feito com utilização de certificado digital conforme
implantado pelo DENATRAN na Base Nacional do padrão ICP-Brasil.
Sistema RENAVAM, utilizando certificado digital, emi- § 2º A chancela do dirigente máximo do ór-
tido por autoridade certificadora, conforme padrão gão emissor existente no documento físico será
de Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP- substituída no CRVe pela assinatura eletrônica do
Brasil), de propriedade da respectiva parte, ou por dirigente máximo do órgão emissor, a qual conferirá
entidade pública ou privada com atribuição legal em validade jurídica ao documento eletrônico.
conformidade com a Lei 8.935, de 18.11.1994, que Art. 12. O CRVe será expedido apenas a partir
possuam Termo de autorização do DENATRAN para da entrega do antigo CRV, com o verso, a ATPV,
tanto, ou pelo órgão ou entidade executivo de trânsi- devidamente preenchida e assinada pelo antigo
to do Estado ou do Distrito Federal. proprietário com reconhecimento de firma, ao órgão
Seção II ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
Da Comunicação de Venda do Veículo em Meio Distrito Federal de licenciamento do veículo, no caso
Eletrônico de o antigo CRV ser documento físico.
Art. 9º. O antigo proprietário deverá encami- Art. 13. A transferência de propriedade do ve-
nhar ao órgão ou entidade executivo de trânsito do ículo será realizada com a emissão do Certificado de
Estado ou do Distrito Federal de licenciamento do Registro do Veículo – CRV, em meio físico ou eletrô-
veículo a transação eletrônica de comunicação de nico, conforme for solicitado pelo novo proprietário.
venda do veículo no sistema do DENATRAN destina- Parágrafo único. Para solicitar a emissão de
do ao preenchimento da ATPVe. CRVe, o novo proprietário deverá utilizar sistema do
§ 1º Para que não seja responsabilizado pelas DENATRAN destinado para tal finalidade, utilizando
penalidades impostas ao veículo após a data declara- certificado digital conforme padrão ICP- Brasil, de sua
da na ATPVe, até a data da comunicação de venda propriedade.
do veículo, o antigo proprietário terá o prazo máximo CAPÍTULO V
de 30 dias, a contar da data declarada na ATPVe, DAS ENTIDADES PRIVADAS AUTORIZADAS
para realizar o envio da transação eletrônica de Art. 14. O DENATRAN poderá expedir Termo
comunicação de venda do veículo. de Autorização para acesso ao(s) sistema(s) destina-
§ 2º O disposto no caput será excepcionaliza- do(s) aos procedimentos previstos nesta Resolução,
do quando o veículo estiver inscrito no sistema conforme normativo que disciplina o acesso aos
RENAVE, conforme normativo específico. Sistemas e Subsistemas do DENATRAN. (Artigo com
Art. 10. A comunicação de venda em meio redação dada pela Res. 715/17)
eletrônico poderá ser realizada diretamente pelo § 1º Poderão solicitar o acesso a que se refe-
antigo proprietário, através do ingresso em sistema re o caput as entidades públicas e privadas previstas
do DENATRAN, utilizando certificado digital, confor- na Lei 8.935, de 18.11.1994 ou entidade privada que
me padrão ICP-Brasil, de sua propriedade ou por tenha como atividade principal ou acessória prevista
entidades públicas e privadas com atribuição legal em Lei ou em seu estatuto constitutivo ou contrato
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 563

social, a prestação de serviços inerentes à Comuni- Art. 17. O descumprimento do prazo disposto
cação de Venda de Veículos, desde que comprove a no art. 16 desta Resolução configura infração previs-
necessidade de acesso aos sistemas e subsistemas ta no art. 233 do CTB.
do DENATRAN para desempenhar tal atividade. Art. 18. Os procedimentos estabelecidos pela
§ 2º As entidades públicas e privadas autori- presente Resolução poderão ser normatizados por
zadas para a realização dos procedimentos previstos meio de portarias, manuais e demais formas de orien-
nesta Resolução deverão atender a todos os requisi- tação adotadas pelo DENATRAN.
tos e obrigações determinadas por esta Resolução e Art. 19. Os órgãos ou entidades executivos
por normatização específica do DENATRAN. de trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão
§ 3º É vedada a realização de comunicação adotar todas as medidas necessárias, no âmbito de
de venda de veículo por qualquer entidade, pública ou suas competências, para viabilizar o cumprimento do
privada, que não atenda ao disposto no § 1º deste disposto na presente Resolução ou em normas que a
artigo e não possua Termo de Autorização do DENA- complementem.
TRAN expresso para essa finalidade, excetuando-se
Art. 20. Em caso de descumprimento de qual-
os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos
quer das disposições estabelecidas na presente Re-
Estados e do Distrito Federal.
solução, o órgão ou entidade executivo de trânsito do
CAPÍTULO VI
Estado ou do Distrito Federal será considerado em
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS situação de irregularidade perante o Sistema Nacio-
Art. 15. Os órgãos ou entidades executivos de nal de Trânsito e ficará impedido de obter o código
trânsito da União, dos Estados e do Distrito Federal, numérico de segurança a ser utilizado na emissão do
após registrarem a comunicação de venda de veículo CRV, até que sane a irregularidade e passe a cumprir
nas formas previstas nesta Resolução, farão constar
com os deveres e obrigações estipulados na presente
obrigatoriamente em seus sistemas, com acesso pú-
Resolução.
blico, a informação de “Comunicação de Venda Ativa”,
a qual constará no registro do veículo, até que seja Art. 21. Ficam revogadas a Resolução CON-
realizada a emissão do novo CRV ou C RVe . TRAN 398, de 13.12.2011 e a Resolução CONTRAN
Art. 16. O novo proprietário adotará as provi- 476, de 20.03.2014.
dências necessárias à efetivação da expedição do Art. 22. Esta Resolução entra em vigor 180
novo CRV ou CRVe, no prazo máximo de trinta dias. (cento e oitenta) dias após sua publicação.
Parágrafo único. A data a ser considerada Elmer Coelho Vicenzi
como data de transferência do veículo é a data
declarada no campo “DATA” da ATPV.

RESOLUÇÃO 714, DE 30.11.2017


Regulamenta o credenciamento de entidades públicas ou
privadas para a expedição do Certificado de Registro de
Veículo (CRV) e do Certificado de Registro e Licenciamen-
to de Veículo (CRLV), junto aos órgãos e entidades exe-
cutivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12,
incs. I e X, e o art. 22, inc. X, ambos da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e
nos termos do disposto no Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de
Trânsito (SNT).
Considerando o que consta no Processo Administrativo 80000.028147/2017-50, RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução regulamenta o cre- credenciar entidades públicas ou privadas para a
denciamento de entidades públicas ou privadas para execução da atividade prevista no art. 1º.
a expedição do Certificado de Registro de Veículo Art. 3º. As entidades interessadas em desen-
(CRV) e do Certificado de Registro e Licenciamento volver a atividade de expedição do CRV e do CRLV
de Veículo (CRLV), junto órgãos e entidades executi- deverão atender aos requisitos previstos nesta Re-
vos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal. solução.
Art. 2º. Os órgãos e entidades executivos de Art. 4º. Poderão solicitar o credenciamento
trânsito dos Estados e do Distrito Federal poderão as entidades públicas ou privadas que:
564 Ordeli Savedra Gomes

I - possuam atribuição legal para atestar a au- V - prova de regularidade relativa à Segurida-
tenticidade, em conformidade com a Lei 8.935, de de Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de Ser-
18.11.1994, ou viço (FGTS), demonstrando situação regular no cum-
II - as entidades públicas ou privadas que primento dos encargos sociais instituídos por lei;
atenderem aos requisitos previstos nos arts. 5º, 6º, VI - prova de inexistência de débitos inadim-
7º, 8º e 9º desta Resolução. plidos perante a Justiça do Trabalho, mediante a
Art. 5º. Será concedido o credenciamento à apresentação de certidão negativa, nos termos do
pessoa jurídica descrita no inc. II do art. 4º que com- Título VII-A da Consolidação das Leis do Trabalho,
provar: aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 01.05.1943.
I - habilitação jurídica; Art. 8º. A documentação relativa à qualifica-
II - regularidade fiscal e trabalhista; ção técnica consiste em:
III - qualificação técnica; I - indicação de aparelhamento e de pessoal
IV - qualificação econômico-financeira; técnico adequados à expedição do Certificado de Re-
V - qualificação do processo de expedição dos gistro de Veículo (CRV) e do Certificado de Registro e
documentos. Licenciamento de Veículo (CRLV), contendo as espe-
Parágrafo único. A qualificação referente ao cificações técnicas das impressoras;
processo de expedição dos documentos CRV e CRLV II - descrição completa do fluxo de expedição
será comprovada com o atendimento dos requisitos do documento, sistema de segurança dos processos
definidos pelo CONTRAN. e da segurança patrimonial da empresa interessada,
Art. 6º. A documentação relativa à habilita- incluindo Circuito Fechado de TV – CFTV;
ção jurídica consiste em: III - certificado NBR ISO/IEC 9.001;
I - contrato, estatuto social e/ou regimento e IV - as impressoras e o aparelhamento neces-
suas alterações, devidamente registrado; sário, requerido no item I, para expedição do CRV e
II - ata de eleição da diretoria em exercício, do CRLV, deverão estar localizados em território
devidamente registrada, quando couber; nacional;
III - ato de outorga de poderes ao representan- V - comprovação de possuir em seu quadro
te legal da empresa; pessoal com qualificação técnica para execução das
IV - cédula de identidade e Cadastro de Pes- atividades de expedição do CRV e do CRLV;
soa Física (CPF) dos representantes legais; VI - apresentação de certidão de anteceden-
V - cópia do cartão de inscrição do Cadastro tes criminais federais e estaduais dos proprietários e
Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ; empregados.
VI - endereço completo (logradouro, comple- Art. 9º. A documentação relativa à qualifica-
mento, bairro, cidade, unidade da Federação e CEP), ção econômico-financeira consiste em:
número de telefone e e-mail. I - balanço patrimonial e demonstrações con-
Art. 7º. A documentação relativa à regulari- tábeis do último exercício social, já exigíveis e
dade fiscal e trabalhista, conforme o caso, consiste apresentados na forma da lei, que comprovem a boa
em: situação financeira da empresa;
I - cópia do ato constitutivo, estatuto ou con- II - certidões negativas de falência ou concor-
trato social em vigor, devidamente registrado no data, expedidas pelo distribuidor da sede da pessoa
órgão competente, em se tratando de sociedades jurídica ou de execução patrimonial, com data não
comerciais, e, no caso de sociedades por ações, superior a 30 (trinta) dias da data de solicitação do
acompanhado de documentos de eleição de seus credenciamento, acompanhadas da prova de compe-
atuais administradores, atestando objeto social cor- tência expedida por cartórios distribuidores.
relato ao ramo de atividade pertinente; Art. 10. Os documentos poderão ser apresen-
II - prova de inscrição no Cadastro Nacional tados em original, por qualquer processo de cópia
de Pessoa Jurídica (CNPJ); autenticada por cartório competente ou por servidor
III - prova de inscrição no cadastro de contri- da Administração, ou publicação em órgão da im-
buintes estadual ou municipal, se houver, relativo ao prensa oficial.
domicílio ou sede da entidade, pertinente ao seu Art. 11. O credenciamento será concedido pe-
ramo de atividade e compatível com o objeto contra- lo período de 2 (dois) anos, podendo ser revogado a
tual; qualquer tempo, se não cumpridas as exigências
IV - prova de regularidade para com a Fazenda descritas nesta Resolução.
Federal, Estadual e Municipal do domicílio ou sede do Art. 12. O credenciamento poderá ser reno-
requerente, ou outra equivalente, na forma da lei; vado por igual período, sem limite de renovações,
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 565

desde que mantidos os requisitos estabelecidos nas mo executivo de trânsito da União, no prazo máximo
Resoluções do CONTRAN. de 15 (quinze) dias, cópia integral do processo ad-
Art. 13. É vedado o credenciamento de enti- ministrativo que deu origem ao credenciamento da
dades que atuem na compra e venda de veículos, entidade pública ou privada para a execução da
vistoria e inspeção veicular, financiamento, análise atividade prevista no art. 1º.
de crédito e venda de informações. Parágrafo único. Caso sejam verificados in-
Art. 14. As entidades credenciadas deverão dícios de irregularidades no credenciamento de que
disponibilizar ao interessado a opção de envio do trata o caput, será encaminhado ofício ao Ministé-
documento expedido por remessa postal. rio Público para que seja apurado possível ato de
Art. 15. O valor referente à prestação do servi- improbidade administrativa prevista na Lei 8.429, de
ço pelas entidades credenciadas deverá estar em local 02.06.1992.
visível, ser disponibilizado ao interessado e conter o Art. 17. Fica vedado aos órgãos e entidades
quantitativo a ser arrecadado de forma discriminada, executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Fe-
indicando a parte que será destinada aos órgãos pú- deral estabelecer requisitos complementares aos pre-
blicos e o que caberá à entidade credenciada. vistos nesta Resolução.
Art. 16. Os órgãos e entidades executivos de Art. 18. Esta Resolução entra em vigor na da-
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, sempre ta de sua publicação.
que solicitados, deverão encaminhar ao órgão máxi- Elmer Coelho Vicenzi

RESOLUÇÃO 716, DE 30.11.2017


Estabelece a forma e as condições de implantação e
operação do Programa de Inspeção Técnica Veicular em
atendimento ao disposto no art. 104 da Lei 9.503, de
23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro
(CTB).
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e, conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
Considerando o que dispõe os arts. 104 e 131, da Lei. 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de
Trânsito Brasileiro (CTB);
Considerando o disposto no art. 12 do § 3º da Lei 8.723, de 28.10.1993, que trata da redução de emis-
sões de poluentes por veículos automotores e dá outras providências;
Considerando o disposto na Lei 12.009, de 29.07.2009, que regulamenta o exercício das atividades dos
profissionais em transporte de passageiros, em entrega de mercadorias e em serviço comunitário de rua, por
meio de motocicletas e motonetas;
Considerando a necessidade de atestar as condições de segurança da frota de veículos registrada em
todo o território nacional, contribuindo para a redução dos acidentes de trânsito;
Considerando o relatório de auditoria especial 00190.035225/2011-58 da Controladoria Geral da União – CGU;
Considerando o que consta no Processo Administrativo 80000.058544/2010-80, RESOLVE:
CAPÍTULO I e será executada em todo o território nacional, con-
DISPOSIÇÕES INICIAIS forme determinado por esta Resolução.
Art. 1º. Estabelecer a forma e as condições Art. 3º. A comprovação de que o veículo foi
de implantação e operação do Programa de Inspeção aprovado na Inspeção Técnica Veicular é condição
Técnica Veicular em atendimento ao disposto no art. necessária para o seu licenciamento anual, conforme
104 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o disposto no art. 131 do CTB.
Código de Trânsito Brasileiro (CTB). CAPÍTULO II
Art. 2º. A Inspeção Técnica Veicular (ITV) se- DA IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO DO
rá realizada para fins de avaliação das condições de PROGRAMA DE INSPEÇÃO TÉCNICA VEICULAR
segurança dos veículos registrados no Sistema Re- Art. 4º. O órgão máximo executivo de trânsito
gistro Nacional de Veículos Automotores (RENAVAM) da União exercerá a coordenação, a supervisão e a
566 Ordeli Savedra Gomes

fiscalização nacional da execução do Programa de denciamento a fiscalização da conformidade dos ser-


Inspeção Técnica Veicular. viços prestados.
Parágrafo único. Os órgãos e entidades exe- § 7º A Inspeção Ambiental para o controle de
cutivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal emissão de gases poluentes e ruído, estabelecida no
exercerão com exclusividade a fiscalização da opera- art. 104 do Código de Trânsito Brasileiro, poderá ser
ção da Inspeção Técnica Veicular (ITV), que poderá realizada conjuntamente com a inspeção regulamen-
ocorrer tanto de forma presencial quanto de forma tada por esta resolução, conforme parâmetros esta-
remota, sem aviso prévio, através de sistemas in- belecidos pelo CONAMA.
formatizados e de sistemas de monitoramento das Art. 6º. Nos casos em que o órgão ou entida-
inspeções. de executivo de trânsito dos Estados e do Distrito
Art. 5º. Os órgãos e entidades executivos de Federal decidirem pela contratação de terceiros para
trânsito dos Estados e do Distrito Federal implantarão a operação do Programa de Inspeção Técnica Veicu-
o Programa de Inspeção Técnica Veicular em suas lar, os procedimentos de seleção destas empresas,
respectivas áreas de circunscrição, nos termos desta instituições ou entidades públicas ou privadas deve-
Resolução, atendidas as diretrizes do Anexo I. rão atender ao disposto no Anexo II desta Resolução.
§ 1º Os órgãos executivos de trânsito dos Es- § 1º Fica impedida a participação das empre-
tados e do Distrito Federal terão prazo até 31 de de- sas, instituições ou entidades públicas ou privadas e
zembro de 2019, para implantar o Programa de Ins- seus proprietários que desempenhem atividades
peção Técnica Veicular em sua área de circunscrição. relacionadas à fabricação, montagem, modificação,
§ 2º A operação da Inspeção Técnica Veicular transformação, recuperação, encarroçamento, comér-
(ITV) poderá ser realizada diretamente pelo órgão e cio ou importação de veículos ou de autopeças,
entidade executivo de trânsito do Estado ou do Dis- seguradoras, transportadoras e as que prestam ser-
trito Federal, ou indiretamente por pessoa jurídica de viços de reparação ou de locação de veículos.
direito público ou privado previamente credenciada. § 2º Não poderão participar do processo de
§ 3º A emissão do Certificado de Inspeção credenciamento, em qualquer unidade da federação,
(CI) será realizada exclusivamente por meio eletrô- aquelas empresas, instituições ou entidades públicas
nico e só terá validade no âmbito do Sistema Nacio- ou privadas sancionadas com cassação a menos de
nal de Trânsito se registrado em sistema eletrônico 24 meses.
específico, mantido pelo DENATRAN, vinculado ao § 3º As empresas, instituições ou entidades
RENAVAM. públicas ou privadas de que trata o caput deste artigo
§ 4º Os órgãos e entidades executivos de poderão realizar a Inspeção Ambiental estabelecida
trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão no art. 104 do Código de Trânsito Brasileiro, confor-
solicitar ao DENATRAN acesso ao sistema específico me parâmetros estabelecidos pelo CONAMA para
para Inspeção Técnica Veicular (ITV), atendendo os emissão de gases poluentes e ruído.
requisitos dos normativos que disciplinem o acesso CAPÍTULO III
aos sistemas e subsistemas informatizados do DE- DA INSPEÇÃO
NATRAN para controle e ressarcimento dos valores Art. 7º. A inspeção, de que trata esta Resolu-
inerentes ao acesso. ção será automatizada e informatizada e realizar-se-á
§ 5º Havendo credenciamento de pessoa jurí- em estações fixas ou móveis, exclusivamente dedi-
dica pelos órgãos e entidades executivos de trânsito cadas a realização de inspeção veicular periódica,
dos Estados e do Distrito Federal para a realização de devidamente certificadas por Organismos de Certifi-
Inspeção Técnica Veicular (ITV), será concedido o cação credenciados pelo DENATRAN.
acesso ao respectivo sistema mediante apresentação Art. 8º. A inspeção será realizada de forma
do ato administrativo de credenciamento, e atendi- contínua através de conjunto de equipamentos e
mento dos requisitos dos normativos que disciplinem áreas de inspeção segmentadas.
o acesso aos sistemas e subsistemas informatizados
§ 1º Os equipamentos e instrumentos metro-
do DENATRAN para controle e ressarcimento dos va-
lores inerentes ao acesso. lógicos utilizados nos serviços de inspeção sujeitos à
regulamentação metrológica devem atender os re-
§ 6º A pessoa jurídica credenciada pelos ór-
quisitos determinados pelo Instituto Nacional de Me-
gãos e entidades executivos de trânsito dos Estados
e do Distrito Federal somente poderá operar o Pro- trologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO).
grama de Inspeção Técnica Veicular após a conces- § 2º Os requisitos dos equipamentos e a se-
são do acesso ao sistema eletrônico específico, ca- quência de inspeção, de que trata o caput deste
bendo ao órgão ou entidade responsável pelo cre- artigo, serão definidas em portaria do DENATRAN.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 567

Art. 9º. O resultado da Inspeção Técnica Vei- c) anual para as Combinações de Veículos de
cular (ITV) deve ser informado ao órgão executivo de Carga (CVC) com PBTC superior a 57 toneladas.
trânsito dos Estados ou do Distrito Federal via siste- Art. 12. O Certificado de Inspeção Técnica
ma e ao condutor do veículo através de Certificado de Veicular terá validade de 2 (dois) anos e por 2 (dois)
Inspeção de acordo com modelo, forma e condições licenciamentos, exceto para o § 4º, do art. 11, desta
definidas pelo órgão máximo executivo de trânsito da Resolução, que terá validade de 6 (seis) meses para
União. alínea “a”, e validade de 1 (um) ano para as alíneas
“b” e “c”.
Parágrafo único. O órgão máximo executivo
CAPÍTULO VI
de trânsito da União publicará portaria específica
CRONOGRAMA DA IMPLEMENTAÇÃO DA
com o modelo do Certificado de Inspeção e especifi-
INSPEÇÃO TÉCNICA VEICULAR
cação do sistema, cujo acesso se dará por certifica-
Art. 13. Cada órgão e entidade executivo de
ção digital padrão ICP-Brasil.
trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverá
CAPÍTULO IV apresentar ao CONTRAN, até 01 de julho de 2018, o
DOS ITENS DA INSPEÇÃO TÉCNICA VEICULAR
cronograma de implementação da inspeção técnica
Art. 10. A Inspeção Técnica Veicular (ITV) se- veicular do seu Estado, contemplando o disposto no
rá executada segundo o conjunto de normas NBR art. 11 desta Resolução.
14040 – Partes I a XII, NBR 14180 – Partes I a XII e Parágrafo único. Para fins do cronograma de
NBR 14624 da Associação Brasileira de Normas implantação da Inspeção Técnica Veicular deverão
Técnicas (ABNT) e suas sucedâneas e na ausência ser considerados:
de requisitos, os normativos do CONTRAN e do DE-
I - “VEÍCULOS LEVES” ciclomotor, motoneta,
NATRAN.
motocicleta, triciclo, quadriciclo, automóvel, utilitário,
CAPÍTULO V caminhonete, camioneta, e micro-ônibus, motor-casa
DA OBRIGATORIEDADE E PERIODICIDADE DA e reboque com peso bruto total – PBT inferior ou
INSPEÇÃO TÉCNICA VEICULAR igual a 3.500 kg.
Art. 11. A Inspeção Técnica Veicular (ITV) II - “VEÍCULOS PESADOS” ônibus, caminhão,
deve ser realizada de dois em dois anos em todos os
caminhão-trator, trator de rodas, trator misto, chassi-
veículos da frota registrada, conforme cronograma a
plataforma, semirreboque, e micro-ônibus, motor-
ser definido por cada órgão e entidade executivo de
casa e reboque com peso bruto total (PBT) acima de
trânsito dos Estados e do Distrito Federal, sendo pré-
3.500 kg e suas combinações.
requisito para o licenciamento anual.
CAPÍTULO VII
§ 1º Estarão isentos da inspeção de que trata
DA REPROVAÇÃO NA INSPEÇÃO TÉCNICA
o caput, durante 3 (três) anos a partir do primeiro
VEICULAR
licenciamento, os veículos novos registrados na ca-
tegoria particular, com capacidade para até 7 (sete) Art. 14. Os critérios para reprovação dos veí-
passageiros, desde que mantenham suas caracterís- culos são:
ticas originais de fábrica e não se envolvam em § 1º No primeiro ano de operação do Programa
acidente de trânsito com danos de média ou grande de Inspeção Técnica Veicular na Unidade da Federa-
monta. ção, seguindo o cronograma de implantação, a repro-
§ 2º Para os demais veículos novos, o período vação do veículo darse-á nas seguintes condições:
de que trata o parágrafo anterior será de 2 (dois) a) quando for constatada a existência de De-
anos, desde que mantenham suas características feito Muito Grave – DMG;
originais de fábrica e não se envolvam em acidente b) quando for constatada a existência de De-
de trânsito com danos de média ou grande monta. feito Grave – DG no sistema de freios, pneus, rodas
§ 3º Os veículos de coleção, assim definidos ou nos equipamentos obrigatórios ou utilizando equi-
no Anexo I do CTB, e os veículos de uso bélico, não pamentos proibidos; ou,
estão sujeitos à Inspeção Técnica Veicular de que c) quando reprovado na inspeção de controle
trata esta Resolução. de emissão de gases poluentes e ruído.
§ 4º A Inspeção Técnica Veicular (ITV) será: § 2º No segundo ano de operação do Progra-
a) semestral, para os veículos destinados ao ma de Inspeção Técnica Veicular, seguindo o crono-
transporte de escolares e para os previstos na Lei grama de implantação, a reprovação dar-se-á nas
12.009, de 29.07.2009; seguintes situações:
b) anual para os veículos utilizados no transporte a) na constatação de qualquer defeito relacio-
rodoviário internacional de cargas e passageiros; nado no parágrafo anterior; ou,
568 Ordeli Savedra Gomes

b) quando for constatado Defeito Grave – DG, sanção que poderá ser aplicada, conferindo prazo de
no sistema de direção. 15 (quinze) dias para apresentação de defesa, a
§ 3º A partir do terceiro ano de operação do contar do recebimento da notificação.
Programa de Inspeção Técnica Veicular, serão repro- § 4º Após o recebimento da defesa, e haven-
vados todos os veículos que apresentarem qualquer do a manutenção de não conformidades, caberá aos
defeito classificado como Defeito Muito Grave (DMG) órgãos e entidades executivos de trânsito dos Esta-
ou Defeito Grave (DG) para os itens de segurança, ou dos e do Distrito Federal dar prosseguimento ao
não atenderem aos parâmetros estabelecidos pelo processo administrativo, retornando os autos a em-
CONAMA para emissão de gases poluentes e ruído. presa credenciada, com suas considerações e da
§ 4º Os defeitos aos quais se refere este arti- aplicação das sanções, conferindo o prazo de 15
go são aqueles constantes nas normas relacionadas (quinze) dias para a apresentação das alegações
no art. 10 desta Resolução. finais, a contar do recebimento da notificação.
Art. 15. Todos os defeitos constatados na § 5º Após o recebimento das alegações fi-
Inspeção Técnica Veicular (ITV), inclusive os casos nais, e havendo a manutenção de não conformidades,
caberá aos órgãos e entidades executivos de trânsito
de Defeito Leve – DL, independentemente do ano de
dos Estados e do Distrito Federal dar prosseguimento
operação do programa, devem ser obrigatoriamente
ao processo administrativo e aplicar as penalidades.
registrados no Certificado referido no art. 12 desta
Resolução, sendo necessária a comunicação ao § 6º A não manifestação da empresa creden-
proprietário do veículo para que seja providenciada a ciada em quaisquer fases do processo administrativo,
imediata reparação, assim como deverá constar no ou quando da apresentação intempestiva de sua
manifestação, deverá o órgão e entidade executivo
sistema a informação da reprovação.
de trânsito dos Estados e do Distrito Federal dar
Paragrafo único. Ocorrendo a repetição dos prosseguimento ao processo administrativo.
mesmos Defeitos Leves – DL no ano subsequente,
§ 7º A aplicação da sanção se dará unica-
estes devem ser classificados como Defeito Grave –
mente pelo órgão ou entidade executiva de trânsito
DG.
do Estado ou do Distrito Federal que credenciou a
CAPÍTULO VIII empresa, mediante a publicação de portaria em
DAS SANÇÕES Diário Oficial, a partir do qual será contado o prazo da
Art. 16. A instituição ou entidade pública ou aplicação da sanção.
privada sujeitar-se-á às sanções administrativas § 8º Quando forem identificadas não confor-
decorrentes de processos de fiscalização dos órgãos midades de caráter técnico, especificamente aquelas
executivos de trânsito dos Estados ou do Distrito
elencadas nos itens 3, 4, 5, 6, 7, 8, 11 e 13 do Anexo
Federal, obedecidas as sanções definidas no Anexo
III desta Resolução, será concedido prazo de 60
III desta Resolução.
(sessenta) dias para que a empresa credenciada
§ 1º A aplicação das sanções definidas no providencie a análise da causa e execute ações de
Anexo III desta Resolução será precedida de instau- correção e ações corretivas, objetivando sanar tais
ração de processo administrativo, que garantirá o não conformidades e as potenciais causas de sua
direito ao acesso total e irrestrito dos autos, assim reincidência. Caso tais ações não sejam implementa-
como direito à defesa e ao contraditório. das no prazo máximo descrito neste parágrafo,
§ 2º O rito processual deverá permitir à empre- caberá ao órgão ou entidade executivo de trânsito
sa credenciada a apresentação de justificativas, antes dos Estados e do Distrito Federal aplicar a respectiva
da análise do enquadramento das eventuais sanções penalidade.
aplicáveis às não conformidades identificadas durante
as fiscalizações ou na apuração de denúncias, sendo § 9º Para fins de aplicação da sanção de cas-
deferido o prazo de 15 (quinze) dias, a partir do acesso sação definida nos itens 9 e 10 do Anexo III desta
integral dos autos e da ciência da notificação, que Resolução, entender-se-á fraudar a inspeção, seus
poderá se dar por meio eletrônico. resultados e seus registros (filmagens, relatórios,
§ 3º Após o recebimento e análise das justifi- dados de sistemas informatizados, documentos),
cativas, e havendo a manutenção de não conformi- quando ficar comprovado que a empresa credencia-
dades, caberá aos órgãos e entidades executivos de da, por intermédio de seus sócios, agiu com dolo ou
trânsito dos Estados e do Distrito Federal dar prosse- má fé, não se confundindo com as sanções aplicáveis
guimento ao processo administrativo, retornando os quando do descumprimento de regulamentos técni-
autos à empresa credenciada com suas considera- cos e de suas normas aplicáveis ou quando de
ções, análises, notas técnicas e/ou pareceres, infor- atitudes de dolo e má fé dos responsáveis técnicos
mando da manutenção de não conformidades, da ou dos inspetores.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 569

§ 10 Quando forem identificadas e mantidas Parágrafo único. A vedação de que trata o


não conformidades, após o devido processo adminis- caput deste artigo será de 10 (dez) anos quando a
trativo definidas nos itens 9 e 10 do Anexo III desta cassação ocorrer pela aplicação de sanções previstas
Resolução causadas por dolo ou má fé dos responsá- nos itens 9 e 10 do Anexo III desta Resolução.
veis técnicos ou dos inspetores da empresa creden- CAPÍTULO IX
ciada, estes deverão ser imediatamente afastados de DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
suas funções de sua empresa e o órgão ou entidade Art. 18. Caso o veículo seja reprovado nas
executiva de trânsito do Estado ou do Distrito Federal condições estabelecidas no art. 14 desta Resolução,
deverá proceder denúncia contra estes junto ao Conse- a primeira reinspeção será isenta da remuneração do
lho Regional de Engenharia e Agronomia (Sistema serviço no mesmo operador, desde que obedecidos
CREA/CONFEA) e ao Ministério Público Estadual, para os prazos estabelecidos pelo órgão executivo de trân-
que estes órgãos apurem os fatos e apliquem, quando sito do Estado ou do Distrito Federal.
for o caso, as devidas sanções profissionais, e medidas Parágrafo único. A reinspeção deverá ser
cíveis e criminais aos denunciados. completa, nos termos do art. 10 desta Resolução,
§ 11 As sanções aplicáveis são agravadas com a emissão de novo Certificado de Inspeção Téc-
devido sua reincidência, conforme estabelece o Ane- nica Veicular, conforme o art. 12.
xo III desta Resolução, quando esta reincidência no Art. 19. As informações obtidas na inspeção
mesmo requisito ocorrer em até 2 (dois) anos conta- técnica veicular são de propriedade dos órgãos exe-
dos entre a data da aplicação da sanção anterior e a cutivos de trânsito dos estados ou do Distrito Fede-
data da constatação de sua reincidência. Decorridos ral, devendo disponibilizá-las ao órgão máximo exe-
este prazo, a aplicação das sanções deverão ser cutivo de trânsito da União por meio de sistema
aquelas descritas como primeira ocorrência. eletrônico específico, mantido pelo DENATRAN.
Art. 17. Fica vedado o credenciamento e a Art. 20. O descumprimento das disposições
manutenção do credenciamento de empresas para o contidas nesta Resolução sujeitará o infrator às
exercício da inspeção técnica veicular de que trata sanções previstas no inc. VIII do art. 230 do Código
esta Resolução quando esta possuir em sua partici- de Trânsito Brasileiro.
pação societária integrante de empresa que tiver Art. 21. Ficam revogadas as Resoluções do
credenciamento cassado, em qualquer unidade da CONTRAN 84, de 19.11.1998, 101, de 31.08.1999 e a
Federação, pelo prazo de 2 (dois) anos, contados da 107, de 21.12.1999.
aplicação da sanção, sendo conferido prazo não
inferior a 60 (sessenta) dias para a retirada de sócio Art. 22. Esta Resolução entra em vigor na da-
ou de sua substituição quando se tratar de manuten- ta de sua publicação.
ção do credenciamento. Elmer Coelho Vicenzi

ANEXOS
(Disponíveis no site: <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 718, DE 07.12.2017


Regulamenta as especificações, a produção e a expedi-
ção da Carteira Nacional de Habilitação e dá outras pro-
vidências.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12,
incs. I e X, e art. 159, ambos da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e nos
termos do disposto no Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsi-
to (SNT).
Considerando a necessidade de adequação do modelo único da Carteira Nacional de Habilitação – CNH
às exigências das técnicas de segurança documental;
Considerando o disposto na Convenção de Viena sobre Trânsito Viário de 1968, da qual o Brasil é Parte
Contratante nos termos do Decreto 86.714, de 10.12.1981; e
Considerando o que consta nos Processos Administrativos 80000.015736/2012-63 e 80000.127025/2016-
64, RESOLVE:
570 Ordeli Savedra Gomes

Art. 1º. Esta Resolução regulamenta as espe- por 9 (nove) caracteres mais 1 (um) dígito verificador
cificações, a produção e a expedição da Carteira de segurança, autorizado e controlado pelo Órgão
Nacional de Habilitação (CNH). Máximo Executivo de Trânsito da União e identificará
CAPÍTULO I cada espelho de CNH expedida.
DAS ESPECIFICAÇÕES DA CARTEIRA III - Número do Formulário RENACH – número
NACIONAL DE HABILITAÇÃO de identificação estadual, referente ao documento de
Art. 2º. A CNH será expedida em modelo úni- coleta de dados do candidato/condutor gerado a cada
co, estabelecido pelo Anexo I. serviço, composto, obrigatoriamente, por 11 (onze)
§ 1º Os dados variáveis constantes à CNH se- caracteres, sendo as duas primeiras posições forma-
rão identificados por numeração específica, acresci- das pela sigla da Unidade Federativa expedidora,
dos pela fotografia do condutor e pelas numerações facultada a utilização da última posição como dígito
estabelecidas pelo art. 4º, em conformidade com os verificador de segurança.
Anexos I, II e III. § 1º O dígito verificador é calculado pelo sis-
§ 2º As restrições médicas, a informação so- tema DSR, utilizando rotina denominada “módulo 11”
bre o exercício de atividade remunerada e os cursos e sempre que o resto da divisão for zero (0) ou um
especializados que tenham certificações expedidas
(1), o dígito verificador será zero (0);
deverão ser informados em campo específico da
CNH, de forma codificada, conforme o Anexo IV. § 2º O Formulário RENACH que dá origem às
§ 3º A CNH possui Código de Referência Rá- informações na BINCO e autorização para a emissão
pida (Quick Response Code – QR Code), disposto em da CNH deverá ser arquivado em segurança no órgão
conformidade com o Anexo I, gerado a partir de ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
algoritmo específico do órgão máximo executivo de Distrito Federal.
trânsito da União e fornecido pelo sistema central do Art. 5º. A CNH será expedida em meio eletrô-
Registro Nacional de Condutores Habilitados (RE- nico e armazenada e disponibilizada ao condutor pelo
NACH), permitindo a validação do documento. órgão máximo executivo de trânsito da União, po-
§ 4º O QR Code da CNH armazena todas as dendo o condutor optar também pela expedição do
informações contidas nos dados variáveis do respec- documento em meio físico. Parágrafo único. A CNH
tivo documento, inclusive a fotografia e exceto a expedida em meio eletrônico é denominada Carteira
assinatura do condutor. Nacional de Habilitação Eletrônica (CNHe).
§ 5º O órgão máximo executivo de trânsito da Art. 6º. A CNH expedida em meio físico trata-
União deve disponibilizar aplicativo específico para a
-se de cartão plástico do tipo policarbonato contendo
validação de que trata o § 3º.
microcontrolador (chip) de proximidade (contactless),
Art. 3º. A Permissão Para Dirigir – PPD e a
Autorização para Conduzir Ciclomotores – ACC terão conforme especificações estabelecidas pelo Anexo II.
o mesmo modelo da CNH. CAPÍTULO II
§ 1º A letra “P” no canto inferior direito do DA EXPEDIÇÃO DA CARTEIRA NACIONAL
anverso do documento, constante ao modelo estabe- DE HABILITAÇÃO
lecido pelo Anexo I, será impresso apenas quando o Art. 7º. A expedição da CNH se dará compul-
documento se tratar de uma PPD. soriamente quando:
§ 2º A PPD para a ACC poderá ser simultânea I - da obtenção da Permissão para Dirigir, so-
à PPD para a categoria “B”, com validade de um ano. mente para as categoria “A”, “B” ou “A” e “B”, com
Art. 4º. A CNH deverá conter 2 (dois) núme- validade de 1(um) ano, observado o disposto no art.
ros de identificação nacional e 1 (um) número de 147 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB;
identificação estadual, que são:
II - da substituição da Permissão para Dirigir
I - Número do Registro Nacional – primeiro
pela CNH definitiva, ao término do prazo de validade
número de identificação nacional, que será gerado
pelo sistema informatizado da Base Índice Nacional de 1 (um) ano daquela, desde que atendido ao
de Condutores – BINCO, composto de 9 (nove) disposto no § 3º do art. 148 do CTB;
caracteres mais 2 (dois) dígitos verificadores de III - da adição de categoria;
segurança, sendo único para cada condutor e o IV - da solicitação de emissão de segunda via
acompanhará durante toda a sua existência como pelo condutor por perda, dano ou extravio;
condutor, não sendo permitida a sua reutilização para V - da renovação dos exames para a CNH, ex-
outro condutor. ceto o exame toxicológico;
II - Número do Espelho da CNH – segundo VI - houver a reabilitação do condutor;
número de identificação nacional, que será formado
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 571

VII - da alteração de algum dos dados impres- CAPÍTULO III


sos na CNH; DA PRODUÇÃO DA CARTEIRA NACIONAL DE
VIII - da substituição do documento de habili- HABILITAÇÃO
tação estrangeira. Art. 9º. A CNH será produzida conforme as
Art. 8º. A CNH será expedida pelos órgãos ou especificações estabelecidas na presente Resolução
entidades executivos de trânsito dos Estados e do por empresas credenciadas pelo órgão máximo
executivo de trânsito da União.
Distrito Federal.
Parágrafo único. O credenciamento de que
§ 1º As imagens da fotografia, decadactilar e trata o caput será requerido pela empresa interessa-
assinatura para registro do condutor e personalização da, mediante atendimento ao disposto em portaria
da CNH, em meio físico e digital, serão coletadas específica editada pelo órgão máximo executivo de
pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos trânsito da União.
Estados e do Distrito Federal, podendo estes, para CAPÍTULO IV
tanto, contratar entidades previamente credenciadas DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
pelo órgão máximo executivo de trânsito da União, na Art. 10. Os órgãos e entidades executivos de
forma estabelecida em portaria específica. trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão
§ 2º As imagens utilizadas para a personaliza- adequar seus procedimentos para adoção do modelo
ção da CNH, em meio físico e digital, serão aquelas da CNH estabelecido pela presente Resolução até 31
constantes na Base Central do RENACH, inseridas de dezembro de 2022, quando ficará revogada a Re-
pelos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos solução CONTRAN 598, de 24.05.2016. (Redação dada
Estados e do Distrito Federal ou pelas entidades por pela Res. 747/18)
eles contratadas de que trata o § 1º. Art. 11. O órgão máximo executivo de trânsi-
to da União poderá publicar atos normativos com-
§ 3º A personalização do formulário-base da plementares a essa Resolução.
CNH com vistas à sua expedição será realizada pelos Art. 12. Os anexos desta Resolução ficarão dis-
órgãos ou entidades executivos de trânsito dos poníveis no endereço eletrônico do Órgão Máximo Exe-
Estados e do Distrito Federal, podendo, para tanto, cutivo de Trânsito da União: <www.denatran.gov.br>.
contratar empresa credenciada pelo órgão máximo Art. 13. Esta Resolução entra em vigor na da-
executivo de trânsito da União para a personalização ta de sua publicação.
da CNH, conforme portaria específica. Elmer Coelho Vicenzi

ANEXOS
(Disponíveis no site: <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 721, DE 10.01.2018


Estabelece requisitos de proteção aos ocupantes de veí-
culos em casos de impacto lateral contra barreira de-
formável.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), usando da competência que lhe confere o art. 7º, I
e o art. 12, inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Considerando a necessidade de criar critérios biomecânicos de segurança para os ocupantes dos veícu-
los de passageiros, quando da ocorrência de impactos laterais;
Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar os requisitos de segurança para os veículos nacio-
nais e importados em função das mais recentes tecnologias disponíveis e os objetivos para a redução das
consequências em casos de acidentes; e
Considerando o que consta nos Processos Administrativos 80000.124821/2016-45 e 80000.122066/2016-64,
resolve:
Art. 1º. Esta Resolução estabelece os requisi- cumprir com os requisitos para a proteção aos ocu
tos de proteção aos ocupantes de veículos em casos pantes no advento de um choque lateral, conforme
de impacto lateral contra barreira deformável. procedimentos de ensaios estabelecidos nos Anexos
Art. 2º. Os automóveis, camionetas, cami- II (ensaio a 90º) ou Anexo III (ensaio a 63º) desta
nhonetes e utilitários, nacionais e importados, devem Resolução.
572 Ordeli Savedra Gomes

Parágrafo único. Os veículos do escopo des- estrutural e de forma ao do automóvel do qual o


ta Resolução que devem cumprir com os requisitos projeto deriva (Anexo I).
estabelecidos no caput são aqueles em que exista Art. 4º. Estão dispensados do atendimento
algum dos assentos com altura do ponto R que não aos requisitos desta Resolução:
exceda 700 mm com relação ao solo. Esta altura é I - Os veículos de uso exclusivo fora-de-es-
verificada com veículo estando em sua Massa de trada;
Referência. II - Os veículos de uso bélico;
Art. 3º. Os requisitos constantes no art. 2º III - Os veículos resultantes de transformações
aplicar-se-ão aos novos projetos de veículos, produ- de veículos sujeitos a homologação compulsória, cuja
zidos ou importados, a partir de 1º de janeiro de 2020 data de fabricação do veículo original objeto de trans-
e para todos os veículos em 01 de janeiro de 2023, formação sejam aquelas estabelecidas no art. 3º des-
sendo facultado antecipar a sua adoção total ou ta Resolução;
parcial. IV - Veículos de fabricação artesanal, réplicas
e buggy;
§ 1º Para efeito desta Resolução considera-se
V - Os fabricantes de veículos de pequena sé-
novo projeto o modelo de veículo que nunca obteve o
rie.
código de Marca/Modelo/Versão junto ao órgão
Art. 5º. Alternativamente, para comprovação
máximo executivo de trânsito da União.
do atendimento aos requisitos obrigatórios de que
§ 2º Não se considera como novo projeto a trata a presente resolução, os resultados de ensaios
derivação de um mesmo modelo básico de veícu- devem cumprir com os Regulamentos Técnicos das
lo que já possua Código de Marca/Modelo/Versão Nações Unidas (ONU/UNECE) ou com as Normas
concedido pelo órgão máximo executivo de trânsito Federais de Segurança dos Veículos Motorizados
da União. (FMVSS) dos Estados Unidos, conforme aplicável.
§ 3º Não se considera como novo projeto os Art. 6º. Esta Resolução entra em vigor na da-
veículos cuja parte dianteira da carroceria, delimitada ta de sua publicação.
a partir da coluna “A” em diante, tenha semelhança
Maurício José Alves Pereira

ANEXOS
(Disponíveis no site: <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 722, DE 06.02.2018


Estabelece o tema e o cronograma das campanhas edu-
cativas de trânsito a serem realizadas em 2018.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 7º, I,
e o art. 12, I e II, combinados com o art. 75, todos da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsi-
to Brasileiro.
Considerando o que consta no Processo Administrativo 80000.030443/2017-11, resolve:
Art. 1º. Divulgar, na forma do Anexo, o tema Março – Campanha de conscientização sobre
e cronograma das campanhas educativas de trânsito o respeito ao pedestre;
a serem realizadas em 2018, bem como as mensa- Abril – Campanha de conscientização sobre o
gens a serem utilizadas nacionalmente em todas as uso do capacete na condução de motocicletas e ci-
peças publicitárias destinadas à divulgação ou pro- clomotores;
moção, nos meios de comunicação social, de produ- Maio – Ações de apoio ao Maio Amarelo, cam-
tos oriundos da indústria automobilística ou afins. panha da sociedade por um trânsito seguro;
Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor na da- Junho – Campanha de conscientização sobre
ta de sua publicação. o perigo do consumo de álcool e condução veicular;
a) Tema para as Campanhas Educativas de Julho – Campanha nacional de respeito aos
Trânsito para 2018: “NÓS SOMOS O TRÂNSITO” limites de velocidade;
b) Cronograma 2018 das Campanhas Educati- Agosto – Campanha de conscientização sobre
vas de Trânsito de âmbito nacional: os riscos do manuseio do celular ao volante;
Janeiro e Fevereiro – Ações de apoio à Cam- Setembro – Campanha da Semana Nacional
panha RODOVIDA do Governo Federal (itens de se- de Trânsito (18 a 25 de setembro de 2018);
gurança e férias);
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 573

Outubro – Campanha de conscientização so- c) Mensagens a serem veiculadas em toda


bre o uso de cinto de segurança e de dispositivo de peça publicitária destinada à divulgação ou promo-
retenção infantil; ção, nos meios de comunicação social, de produtos
Novembro – Campanha de conscientização e oriundos da indústria automobilística ou afins, no ano
respeito ao ciclista, e do Dia Mundial em Memória às de 2018:
Vítimas do Trânsitos; e No trânsito, a vida vem primeiro.
Dezembro – Ações de apoio à Campanha RO- Seja gentil. Seja o trânsito seguro.
DOVIDA do Governo Federal (manutenção preventiva Trânsito seguro: eu faço a diferença.
e documentação regular). Respeito no Trânsito. Uma via de mão dupla.
Maurício José Alves Pereira

RESOLUÇÃO 723, DE 06.02.2018


Referendar a Deliberação CONTRAN 163, de 31.10.2017,
que dispõe sobre a uniformização do procedimento admi-
nistrativo para imposição das penalidades de suspensão
do direito de dirigir e de cassação do documento de ha-
bilitação, previstas nos arts. 261 e 263, incs. I e II, do Có-
digo de Trânsito Brasileiro (CTB), bem como sobre o cur-
so preventivo de reciclagem.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e nos termos do disposto
no Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
Considerando a Lei 13.154, de 30.07.2015, e a Lei 13.281, de 04.05.2016;
Considerando a necessidade de uniformizar os procedimentos relativos à imposição das penalidades de
suspensão do direito de dirigir e de cassação do documento de habilitação na forma do disposto nos arts. 261 e
263 do CTB, bem como do curso preventivo de reciclagem, previsto no art. 261, § 5º, do mesmo diploma legal;
Considerando o que consta no Processo Administrativo 80000.112839/2016-02,
RESOLVE:
Art. 1º. Referendar a Deliberação CONTRAN I - quando, suspenso o direito de dirigir, o in-
163, de 31.10.2017, publicada no Diário Oficial da frator conduzir qualquer veículo;
União (DOU) do dia 01 de novembro de 2017, nos II - no caso de reincidência, no prazo de doze
termos desta Resolução. meses, das infrações previstas no inc. III do art. 162 e
CAPÍTULO I nos arts. 163, 164, 165, 173, 174 e 175, todos do CTB.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 5º. As penalidades de que trata esta Re-
Art. 2º. Esta Resolução estabelece o proce- solução serão aplicadas pela autoridade de trânsito
dimento administrativo a ser seguido pelos órgãos do órgão de registro do documento de habilitação,
e entidades componentes do Sistema Nacional de em processo administrativo, assegurados a ampla
Trânsito (SNT), quando da aplicação das penalidades defesa, o contraditório e o devido processo legal.
de suspensão do direito de dirigir e de cassação do CAPÍTULO II
documento de habilitação, decorrentes de infrações DA SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR
cometidas a partir de 1º de novembro de 2016, bem Seção I
como do curso preventivo de reciclagem. Por Pontuação
Art. 3º. A penalidade de suspensão do direito Art. 6º. Esgotados todos os meios de defesa
de dirigir será imposta nos seguintes casos: da infração na esfera administrativa, a pontuação
I - sempre que o infrator atingir a contagem prevista no art. 259 do CTB será considerada para
de 20 (vinte), no período de 12 (doze) meses; fins de instauração de processo administrativo para
II - por transgressão às normas estabelecidas aplicação da penalidade de suspensão do direito de
no CTB, cujas infrações preveem, de forma específi- dirigir.
ca, a penalidade de suspensão do direito de dirigir. Art. 7º. Para fins de cumprimento do disposto
Art. 4º. A cassação do documento de habili- no inc. I do art. 3º serão consideradas as datas do
tação será imposta nos seguintes casos: cometimento das infrações.
574 Ordeli Savedra Gomes

§ 1º Os órgãos e entidades componentes do aplicação da penalidade de suspensão do direito de


SNT que aplicam a penalidade de multa deverão dirigir.
comunicar, por meio do registro no RENAINF ou outro Parágrafo único. Na hipótese prevista no inc.
sistema eletrônico, aos órgãos executivos de trânsito I do caput, o procedimento de notificação deverá
de registro do documento de habilitação, a pontuação obedecer às disposições constantes na Resolução
correspondente, após o encerramento da instância CONTRAN 619, de 06.09.2016, e suas alterações e
administrativa da infração. sucedâneas, devendo constar ainda:
§ 2º Será instaurado um único processo ad- I - na notificação de autuação: a informação
ministrativo para aplicação da penalidade de suspen- de que, mantida a autuação, serão aplicadas as
são do direito de dirigir quando a soma dos pontos penalidades de multa e de suspensão do direito de
relativos às infrações cometidas atingir 20 (vinte), no dirigir;
período de 12 (doze) meses. II - na notificação de penalidade: as informa-
§ 3º Não serão computados pontos nas infra- ções referentes à penalidade de multa e à penalidade
ções que preveem, por si só, a penalidade de sus- de suspensão do direito de dirigir, nos termos do art.
pensão do direito de dirigir. 15 desta Resolução.
§ 4º Ressalvada a hipótese do §3º, todas as CAPÍTULO III
demais infrações previstas no CTB deverão ser DO CURSO PREVENTIVO DE RECICLAGEM
consideradas para cômputo de pontuação, indepen- Art. 9º. Para fins de cumprimento do disposto
dentemente de sua natureza, inclusive as de respon- nos §§ 5º, 6º e 7º do art. 261 do CTB, o órgão execu-
sabilidade do proprietário. tivo de trânsito de registro do documento de habilita-
§ 5º A qualquer tempo, havendo anulação ju- ção do condutor aplicará a regulamentação prevista
dicial ou administrativa do autos de infração, o órgão para o art. 268 do CTB.
autuador deverá efetuar nova comunicação aos § 1º Para instauração do processo definido
órgãos de registro da habilitação, para que sejam no caput, o condutor que, no período de 12 (doze)
adotadas providências quanto a processos adminis- meses, for autuado por infrações cuja soma dos
trativos de suspensão ou cassação do direito de pontos atinja 14 (quatorze) pontos, poderá requerer
dirigir eventualmente instaurados com base nas au- junto ao órgão de registro do documento de habili-
tuações anuladas. tação a participação no curso preventivo de reci-
§ 6º Configurada a hipótese do § 5º, o órgão clagem.
de registro da habilitação anulará, de ofício, a penali- § 2º Também fará jus ao estabelecido no § 1º
dade eventualmente aplicada, cancelando registro no o condutor que, possuindo uma soma de pontos por
RENACH, ainda que já tenha havido o encerramento infrações inferior a 14 (quatorze) pontos, no período
da instância administrativa. de 12 (doze) meses, seja uma vez mais autuado,
Seção II dentro desse período, e a soma dos pontos das
Por Infração Específica infrações seja superior a 14 (quatorze) e não ultra-
passe os 19 (dezenove) pontos.
Art. 8º. Para fins de cumprimento do disposto
§ 3º Poderá fazer o requerimento o condutor
no inc. II do art. 3º, o processo de suspensão do
que, mesmo já tendo atingido a soma exata de 14
direito de dirigir deverá ser instaurado da seguinte
(quatorze) pontos, no período de 12 (doze) meses, for
forma: autuado por infrações que não ultrapassem 19
I - para as autuações de competência do ór- (dezenove) pontos, sendo eliminada a pontuação,
gão executivo de trânsito estadual de registro do observado o disposto no §6º deste artigo.
documento de habilitação do infrator, quando o § 4º Para fins de instauração, análise e defe-
infrator for o proprietário do veículo, será instaurado rimento do processo do curso preventivo de recicla-
processo único para aplicação das penalidades de gem, não é necessário o trânsito em julgado das
multa e de suspensão do direito de dirigir, nos termos infrações relacionadas no requerimento do condutor
do § 10 do art. 261 do CTB; ou a existência da pontuação respectiva no RENACH.
II - para as demais autuações, o órgão ou en- § 5º Novo requerimento para o curso preven-
tidade responsável pela aplicação da penalidade de tivo de reciclagem só poderá ser realizado uma vez a
multa, encerrada a instância administrativa de julga- cada período de 12 (doze) meses, contado da data de
mento da infração, comunicará imediatamente ao conclusão do último curso preventivo de reciclagem.
órgão executivo de trânsito do registro do documento § 6º Concluído com êxito o curso preventivo
de habilitação, via RENAINF ou outro sistema, para de reciclagem, a pontuação das infrações relaciona-
que instaure processo administrativo com vistas à das será eliminada para todos os efeitos legais.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 575

CAPÍTULO IV § 7º A notificação a pessoal de missões di-


DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE plomáticas, de repartições consulares de carreira e
SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR de representações de organismos internacionais e de
Art. 10. O ato instaurador do processo admi- seus integrantes será remetida ao Ministério das
nistrativo de suspensão do direito de dirigir de que Relações Exteriores para as providências cabíveis,
trata esta Resolução, conterá o nome, a qualificação passando a correr os prazos a partir do seu conheci-
do infrator, a(s) infração(ões) com a descrição su- mento pelo infrator.
cinta dos fatos e a indicação dos dispositivos legais § 8º Os órgãos de registro do documento de
pertinentes. habilitação para fins de instauração do processo de
§ 1º Instaurado o processo, far-se-á a respec- suspensão ou cassação deverão considerar, exclusi-
tiva anotação no prontuário do infrator, a qual não vamente, as informações constantes no RENAINF ou
constituirá qualquer impedimento ao exercício dos outro sistema informatizado.
seus direitos. CAPÍTULO V
§ 2º A autoridade de trânsito deverá expedir DA APRESENTAÇÃO DE DEFESA E DE RECURSO
notificação ao infrator, contendo no mínimo, os se-
Art. 11. Os critérios gerais para apresenta-
guintes dados:
ção de defesa, recursos ou outros requerimentos
I - a identificação do infrator e do órgão de re- deverão seguir as disposições constantes na Re-
gistro do documento de habilitação; solução CONTRAN 299, de 04.12.2008, e suas su-
II - a finalidade da notificação, qual seja, dar cedâneas.
ciência da instauração do processo administrativo CAPÍTULO VI
para imposição da penalidade de suspensão do di-
DA APLICAÇÃO DA PENALIDADE
reito de dirigir por somatório de pontos ou por infra-
ção específica; Art. 12. Concluída a análise do processo ad-
ministrativo, a autoridade do órgão ou entidade de
III - a data do término do prazo para apresen-
trânsito proferirá decisão motivada e fundamentada.
tação da defesa;
Art. 13. Acolhidas as razões da defesa, o pro-
IV - informações referentes à(s) infração(ões)
cesso será arquivado, dando-se ciência ao interessado.
que ensejou(aram) a abertura do processo adminis-
trativo, fazendo constar: Art. 14. Não apresentada, não conhecida ou
não acolhida a defesa, a autoridade de trânsito do
a) o(s) número(s) do(s) auto(s) de infra-
órgão de registro do documento de habilitação apli-
ção(ões);
cará a penalidade de suspensão do direito de dirigir.
b) órgão(s) ou entidade(s) que aplicou(aram)
Art. 15. Aplicada a penalidade, a autoridade
a(s) penalidade(s) de multa;
de trânsito do órgão de registro do documento de
c) a(s) placa(s) do(s) veículo(s); habilitação deverá notificar o condutor informando-
d) tipificação(ões), código(s) da(s) infra- lhe:
ção(ões) e enquadramento(s) legal(is); I - identificação do órgão de registro do do-
e) a(s) data(s) da(s) infração(ões); e cumento de habilitação, responsável pela aplicação
f) o somatório dos pontos, quando for o caso. da penalidade;
§ 3º A notificação será expedida ao infrator II - identificação do infrator e número do regis-
por remessa postal, por meio tecnológico hábil ou por tro do documento de habilitação;
outro meio que assegure a sua ciência. III - número do processo administrativo;
§ 4º A ciência da instauração do processo e IV - a penalidade de suspensão do direito de
da data do término do prazo para apresentação da dirigir aplicada, incluída a dosimetria fixada, e sua
defesa também poderá se dar no próprio órgão ou fundamentação legal;
entidade de trânsito, responsável pelo processo, me- V - a data limite para entrega do documento
diante certidão nos autos. de habilitação físico ou para interpor recurso à JARI;
§ 5º Da notificação constará a data do térmi- VI - a data em que iniciará o cumprimento da
no do prazo para a apresentação da defesa, que não penalidade fixada, caso não seja entregue o documen-
será inferior a 15 (quinze) dias contados a partir da to de habilitação físico e não seja interposto recurso à
data da notificação da instauração do processo ad- JARI, nos termos do art. 16 desta Resolução.
ministrativo.
§ 1º O prazo de que trata o inc. V não será in-
§ 6º A notificação devolvida, por desatualiza- ferior a 30 (trinta) dias.
ção do endereço do infrator no RENACH, será consi-
§ 2º No caso de perda, extravio, furto ou rou-
derada válida para todos os efeitos legais.
bo do documento de habilitação físico válido, o con-
576 Ordeli Savedra Gomes

dutor deverá providenciar a emissão da 2ª via, para CAPÍTULO VII


que seja juntada ao processo, a fim de se dar início DA CASSAÇÃO DO DOCUMENTO DE
ao cumprimento da penalidade. HABILITAÇÃO
Art. 16. A data de início do cumprimento da Art. 19. Deverá ser instaurado processo ad-
penalidade será fixada e anotada no RENACH: ministrativo de cassação do documento de habilita-
I - em 15 (quinze) dias corridos, contados do ção, pela autoridade de trânsito do órgão executivo
término do prazo para a interposição do recurso, em de seu registro, observado no que couber as dispo-
1ª ou 2ª instância, caso não seja interposto, inclusive sições dos Capítulos IV, V e VI, desta Resolução,
para os casos do documento de habilitação eletrônico; quando:
II - no dia subsequente ao término do prazo I - suspenso o direito de dirigir, o infrator con-
para entrega do documento de habilitação físico, duzir qualquer veículo;
caso a penalidade seja mantida em 2ª instância II - no caso de reincidência, no prazo de doze
recursal; meses, das infrações previstas no inc. III do art. 162
III - na data de entrega do documento de habi- e nos arts. 163, 164, 165, 173, 174 e 175, todos do
litação físico, caso ocorra antes das hipóteses previs- CTB.
tas nos incs. I e II. § 1º Na hipótese prevista no inc. I do caput:
§ 1º Na notificação de resultado dos recursos I - o processo administrativo será instaurado
de 1ª e de 2ª instâncias deverão constar as informa- após esgotados todos os meios de defesa da infração
ções definidas no art. 15, no que couber. que enseja a penalidade de cassação, na esfera
§ 2º A inscrição da penalidade no RENACH administrativa, devendo o órgão executivo de registro
conterá a data do início e término da penalidade, do documento de habilitação observar as informa-
período durante qual o condutor deverá realizar o ções registradas no RENAINF ou outro sistema;
curso de reciclagem. II - caso o condutor seja autuado por outra in-
§ 3º Cumprido o prazo de suspensão do direi- fração que preveja suspensão do direito de dirigir,
to de dirigir, caso o condutor não realize ou seja re- será aberto apenas o processo administrativo para
provado no curso de reciclagem, deverá ser mantida cassação, sem prejuízo da penalidade de multa;
a restrição no RENACH, que deverá ser impeditivo III - a autoridade de trânsito de registro do do-
para devolução ou renovação do documento de cumento de habilitação do condutor, que tomar
habilitação, impressão de 2ª via do documento de ciência da condução de veículo automotor por pessoa
habilitação físico ou emissão de Permissão Internaci- com direito de dirigir suspenso, por qualquer meio de
onal para Dirigir – PID. prova em direito admitido, deverá instaurar o proces-
§ 4º Caso o condutor já tenha cumprido o so de cassação do documento de habilitação;
prazo de suspensão do direito de dirigir e seja flagra- IV - quando não houver abordagem, não será
do na condução de veículo automotor sem ter reali- instaurado processo de cassação do documento de
zado o curso de reciclagem, e estiver portando o habilitação:
documento de habilitação físico, esta deverá ser a) ao proprietário do veículo, nas infrações
recolhida e caso não esteja portando ou se trate de originalmente de sua responsabilidade;
documento eletrônico, caberá a autuação do art. 232 b) nas infrações de estacionamento, quando
do CTB, observado o disposto no § 4º do art. 270 do não for possível precisar que o momento inicial da
CTB. conduta se deu durante o cumprimento da penalidade
Art. 17. Os órgãos e entidades executivos de de suspensão do direito de dirigir.
trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão V - é possível a instauração do processo de
aplicar a penalidade de suspensão do direito de cassação do documento de habilitação do proprietá-
dirigir, conforme o disposto no art. 261 do CTB. rio que não realizar a indicação do condutor infrator
Art. 18. O documento de habilitação físico, de que trata o art. 257, § 7º, do CTB.
que tiver sido entregue, ficará acostado aos autos e § 2º Na hipótese prevista no inc. II do caput:
será devolvido ao infrator depois de cumprido de I - o processo administrativo será instaurado
suspensão do direito de dirigir e comprovada a após esgotados todos os meios de defesa da infração
realização e aprovação no curso de reciclagem, no que configurou a reincidência, na esfera administrati-
caso de documento de habilitação eletrônico este va, devendo o órgão executivo de registro do docu-
deverá ser regularizado na forma estabelecida pelo mento de habilitação observar as informações regis-
Departamento Nacional de Trânsito. tradas no RENAINF ou outro sistema;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 577

II – para fins de reincidência, serão considera- § 1º O termo inicial da pretensão punitiva re-
das as datas de cometimento das infrações, indepen- lativo à penalidade de suspensão do direito de dirigir
dentemente da fase em que se encontre o processo será:
de aplicação de penalidade da primeira infração; I - no caso previsto no inc. I do art. 3º desta
III – em relação à primeira infração, serão Resolução, o dia subsequente ao encerramento da
aplicadas todas as penalidades previstas; instância administrativa referente à penalidade de
IV – em relação à infração que configurar multa que totalizar 20 ou mais pontos no período de
reincidência, caso haja previsão de penalidade de 12 meses;
suspensão do direito de dirigir, esta deixará de ser II - no caso do inc. I do art. 8º desta Resolu-
aplicada, em razão da cassação. ção, a data da infração;
§ 3º Poderá ser instaurado mais de um pro- III - no caso do inc. II do art. 8º desta Resolu-
cesso administrativo para aplicação da penalidade de ção, o dia subsequente ao encerramento da instância
cassação, concomitantemente. administrativa referente à penalidade de multa.
§ 4º Após a aplicação da penalidade de cas- § 2º O termo inicial da pretensão punitiva re-
sação, o órgão executivo de trânsito de registro do lativo à penalidade de cassação do documento de
documento de habilitação deverá registrar essa habilitação será:
informação no RENACH nos seguintes termos: “Do- I - no caso do inc. I do art. 19 desta Resolu-
cumento de habilitação cassado”, com as datas de ção, a data do fato;
início e de término da penalidade, observado o dis- II - no caso do inc. II do art. 19 desta Resolu-
posto no art. 16. ção, o dia subsequente ao encerramento da instância
Art. 20. Decorridos 02 (dois) anos da cassa- administrativa referente à penalidade de multa da
ção do documento de habilitação, o infrator poderá infração que configurou a reincidência.
requerer a sua reabilitação, submetendo-se a todos
§ 3º Interrompe-se a prescrição da pretensão
os exames necessários, na forma estabelecida no §
punitiva com:
2º do art. 263, do CTB.
I - a notificação de instauração do processo
Parágrafo único. Decorrido o prazo previsto
administrativo;
no caput, o condutor será considerado inabilitado até
a conclusão do processo de reabilitação. II - a aplicação da penalidade de suspensão
do direito de dirigir ou de cassação do documento de
Art. 21. A não concessão do documento de
habilitação;
habilitação nos termos do § 3º do art. 148, do CTB,
não caracteriza a penalidade de cassação da Permis- III - o julgamento do recurso na JARI, se hou-
são para Dirigir. ver.
Art. 22. No caso de perda, extravio, furto ou § 4º Suspende-se a prescrição da pretensão
roubo do documento de habilitação físico válido, o punitiva ou da pretensão executória durante a trami-
condutor deverá providenciar a emissão da 2ª via, tação de processo judicial, do qual o órgão tenha sido
para que seja juntada ao processo, a fim de se dar cientificado pelo juízo.
início ao cumprimento das penalidades de cassação § 5º Incide a prescrição intercorrente no pro-
do documento de habilitação e de suspensão do cedimento administrativo paralisado por mais de três
direito de dirigir, que iniciará em 10 (dez) dias corri- anos.
dos caso essa providência não seja adotada. § 6º A declaração de prescrição acarretará o
CAPÍTULO VIII arquivamento do respectivo processo de ofício ou a
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS pedido da parte.
Art. 23. Esgotadas as tentativas para notificar § 7º A declaração da prescrição das penali-
o condutor por meio postal ou pessoal, as notifica- dades desta Resolução não implicará, necessaria-
ções de que trata esta Resolução serão realizadas por mente, prejuízo da aplicação das demais penalidades
edital, na forma disciplinada pela Resolução CON- e medidas administrativas previstas para a conduta
TRAN 619, de 06.09.2016, e suas sucedâneas. infracional.
Art. 24. Aplicam-se a esta Resolução, os se- Art. 25. No curso do processo administrativo
guintes prazos prescricionais previstos na Lei 9.873, de que trata esta Resolução não incidirá nenhuma
de 23.11.1999: restrição no prontuário do infrator, inclusive para fins
I - Prescrição da Ação Punitiva: 5 anos; de mudança de categoria do documento de habilita-
ção, renovação e transferência para outra unidade da
II - Prescrição da Ação Executória: 5 anos;
Federação, até a efetiva aplicação da penalidade de
III - Prescrição Intercorrente: 3 anos. suspensão ou cassação do documento de habilitação.
578 Ordeli Savedra Gomes

§ 1º O processo administrativo deverá ser do art. 148 do CTB, não exige a instauração do
concluído pelo órgão ou entidade de trânsito que o processo administrativo descrito nesta Resolução.
instaurou, mesmo que haja transferência do prontuá- Art. 29. Os prazos de suspensão do direito de
rio para outra unidade da Federação. dirigir para processo instaurado em decorrência da
§ 2º Na hipótese do § 1º, o órgão ou entidade contagem de 20 (vinte) ou mais pontos, em que haja
de trânsito que aplicar a penalidade de suspensão do uma ou mais infrações praticadas antes de 1º de
direito de dirigir ou cassação do documento de novembro de 2016, serão os estabelecidos no art. 16
habilitação deverá comunicá-la ao órgão executivo da Resolução CONTRAN 182, de 09.09.2005.
estadual de trânsito de registro do documento de Parágrafo único. Para os casos anteriores à
habilitação do condutor para o cadastramento da pe- publicação da Deliberação CONTRAN 163/17, que já
nalidade no RENACH. tenha a penalidade inscrita no RENACH, mas não
§ 3º A interposição de recurso intempesti- tenha data de início do cumprimento da mesma, os
vo não impede o cadastramento da penalidade no órgãos e entidades pertencentes ao SNT deverão
RENACH. adotar a medida administrativa de recolhimento da
Art. 26. A apresentação de defesas, recursos CNH e encaminhá-la aos DETRANs de registro do
e outros requerimentos previstos nesta Resolução documento para aposição do início e fim do cumpri-
poderá ser realizada por meio eletrônico, quando mento da respectiva penalidade.
disponível pelo órgão. Art. 30. As informações de que trata o § 2º
Art. 27. Os atos referentes aos processos de do art. 16 referentes às penalidades aplicadas sob a
que trata esta Resolução deverão ser registrados no égide da Resolução CONTRAN 182, de 2005, deverão
RENACH e no RENAINF. ser lançadas pelos órgãos executivos de trânsito no
Art. 28. As disposições desta Resolução apli- prazo de 12 (doze) meses da publicação desta Reso-
cam-se, no que couber, à Permissão para Dirigir, à lução, na forma estabelecida no art. 16.
Autorização para Conduzir Ciclomotor e à Permissão Art. 31. Ficam convalidadas as penalidades e
Internacional para Dirigir. medidas administrativas aplicadas sob a égide da
§ 1º Havendo prazo a ser cumprido em rela- Resolução CONTRAN 182, de 2005.
ção a qualquer uma das penalidades previstas nesta Art. 32. Ficam revogadas as disposições da
Resolução aplicada ao condutor portador de Permis- Resolução CONTRAN 182, de 2005, com exceção do
são para Dirigir, o reinício do processo de habilitação art. 16, que permanecerá aplicável às infrações
de que trata o § 4º do art. 148 do CTB somente se cometidas antes de 1º de novembro de 2016.
dará ao fim desse prazo, ainda que a CNH já tenha Art. 33. Esta Resolução entra em vigor na da-
sido emitida em razão de efeito suspensivo, dispen- ta de sua publicação.
sado o curso de reciclagem. Maurício José Alves Pereira
§ 2º A não obtenção da CNH, tendo em vista
a incapacidade de atendimento do disposto no § 3º

RESOLUÇÃO 730, DE 06.03.2018


Estabelece os critérios e requisitos técnicos para a ho-
mologação dos cursos e das plataformas tecnológicas,
na modalidade de ensino à distância, quando requeridos
por instituições ou entidades públicas ou privadas es-
pecializadas.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12,
incs. I e X, e o art. 141, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme
o Decreto 4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT;
CONSIDERANDO a necessidade de padronizar os requisitos tecnológicos e educacionais para homologa-
ção de cursos realizados na modalidade de ensino à distância – EAD dentro do Sistema Nacional de Trânsito –
SNT; e
CONSIDERANDO o que consta no Processo Administrativo 80000.032124/2017-40,
RESOLVE:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 579

CAPÍTULO I tos distintos, utilizando-se de meios e tecnologias da


DISPOSIÇÕES PRELIMINARES informação e comunicação, obrigatoriamente pela
Seção I rede mundial de computadores – internet, empregan-
Das Disposições Gerais do profissionais capacitados, além de oferecer po-
lítica de amplo acesso, acompanhamento contínuo de
Art. 1º. Estabelecer os critérios e requisitos
todas as ações educativas e efetiva avaliação dos
técnicos para a homologação dos cursos e das
seus processos;
plataformas tecnológicas, na modalidade de ensino
à distância, quando requeridos por instituições ou II - Equipe Multidisciplinar: equipe composta
entidades públicas ou privadas especializadas, para a por profissionais qualificados e capacitados, respon-
sáveis pela produção intelectual dos conteúdos edu-
realização dos cursos de atualização para Renovação
cacionais, levantamento das necessidades pedagógi-
da CNH, Curso de Aperfeiçoamento para Renovação
cas de cada público-alvo, planejamento curricular,
da CNH, Curso de Reciclagem para Condutores
desenvolvimento dos objetos de aprendizagem e ope-
Infratores, Curso Preventivo de Reciclagem e Cursos
racionalização dos cursos com contínua atualização
Especializados de Capacitação para Condutores de
dos conteúdos ofertados;
Veículos e outros cursos relacionados ao Sistema
III - Projeto político pedagógico: documento
Nacional de Trânsito.
descritivo da metodologia de ensino, compreendendo
§ 1º A instituição ou entidade interessada currículo, estratégias adotadas para o processo de
na obtenção da homologação deverá comprovar a ensino e aprendizagem, perfil do público-alvo, mate-
compatibilidade do seu objeto social à atividade rial didático completo a ser disponibilizado aos alu-
educativa, possuindo código de descrição da ativi- nos, modelo de tutoria, canais de comunicação com
dade econômica principal referente a uma das op- definição de prazos para resposta às demandas dos
ções contidas na Seção P (Educação) da Classifi- alunos matriculados no curso, estabelecimento de
cação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), estratégias e ferramentas de avaliação, delineando,
observado os critérios e requisitos definidos nesta obrigatoriamente, os princípios e diretrizes vinculados
Resolução e disponibilização de capacidade técnica ao desenvolvimento do processo de ensino e aprendi-
comprovada. zagem adotado; e
§ 2º A homologação será realizada perante o IV - Tutores: grupo de profissionais com expe-
DENATRAN, o qual, após receber requerimento devi- riência e capacitação na área de trânsito, com forma-
damente instruído e protocolado, notificará o interes- ção mínima de nível médio, responsáveis pela me-
sado acerca da viabilidade do pedido, nos seguintes diação do processo pedagógico, que deverão ter
prazos: (Redação dada pela Del. 183/20) concluído curso de instrutor de trânsito, conforme
I - cento e vinte dias, para os requerimentos regulamentação específica do CONTRAN e compro-
apresentados até 01.02.2021; var experiência na área de trânsito.
II - noventa dias, para os requerimentos apre- CAPÍTULO II
sentados até 01.02.2022; DA HOMOLOGAÇÃO
III - sessenta dias, para os requerimentos Seção I
apresentados a partir de 02.02.2022. Da Documentação
§ 3º A homologação das instituições e enti- Art. 3º. São exigências mínimas para a homo-
dades referidas no parágrafo anterior é específico logação:
para a Pessoa Jurídica que o solicita, sendo intrans- I - requerimento de solicitação, informando ra-
ferível. zão social, descrição da atividade econômica princi-
§ 4º O disposto nesta Resolução não se aplica pal, endereços fiscal e eletrônico e número de regis-
aos cursos especializados dos Órgãos ou Entidades tro perante a Secretaria da Receita Federal, com
Públicas de Segurança, de Saúde, e Forças Armadas expressa indicação do(s) curso(s) e da(s) platafor-
e Auxiliares. ma(s) tecnológica(s);
Seção II II - ato constitutivo, estatuto ou contrato so-
Das Definições cial em vigor, da instituição ou entidade com o objeto
social específico para a finalidade da homologação,
Art. 2º. Para os fins previstos nesta Resolu-
devidamente registrado, acompanhado das altera-
ção entende-se por:
ções posteriores ou da última consolidação;
I - Educação à distância – EAD no Sistema
III - cópia da cédula de identidade e do CPF
Nacional de Trânsito: modalidade educacional na qual
dos proprietários da instituição ou entidade e/ou de
a mediação didático-pedagógica nos processos de
ensino e aprendizagem ocorra em locais ou momen- seus representantes legais;
580 Ordeli Savedra Gomes

IV - certidão negativa da vara de execuções anteriores à data do protocolo de entrega da docu-


penais dos CPF dos proprietários; mentação.
V - registro de inscrição no Cadastro Nacional Art. 4º. A instituição ou entidade requerente,
de Pessoa Jurídica – CNPJ; por ocasião da apresentação do requerimento, deverá
VI - registro de inscrição no Cadastro de Con- disponibilizar acesso ao ambiente virtual de ensino
tribuintes Estadual e Municipal ou do Distrito Federal, para análise do curso, da plataforma tecnológica e do
relativo à sede da entidade, pertinente ao seu ramo projeto político pedagógico a ser ministrado.
de atividade e compatível com os fins pretendidos Parágrafo único. O perfil de usuário disponi-
para a homologação; bilizado para acesso ao ambiente virtual deverá ser
VII - certidão de regularidade de débito para de “administrador” ou função equivalente, que ga-
com as Fazendas Estadual e Municipal ou Distrital, da ranta acesso pleno a todos os arquivos e registros
sede da Pessoa Jurídica; digitais, incluindo controles de acesso, para fim de
VIII - certidão de regularidade de débito para auditoria, e que possibilite o acesso pleno ao ambien-
com o Sistema de Seguridade Social (INSS) e o te virtual do aluno e do tutor. Caso a instituição ou
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS); entidade desenvolva um perfil de auditor que seja
IX - certidão Conjunta Negativa de Débitos ou capaz de manter todos os privilégios de um “adminis-
Positiva com efeitos de Negativa, relativa a tributos trador”, exceto o de modificar arquivos e conteúdos,
federais e dívida ativa da União; este perfil também poderá ser disponibilizado.
X - certidão comprovando a inexistência de Seção II
débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho, Do Projeto Político Pedagógico e da Avaliação
mediante a apresentação de certidão negativa ou Art. 5º. O projeto político pedagógico deverá
positiva com efeito de negativa; conter as seguintes informações mínimas:
XI - certidão negativa de falência, recuperação I - Fundamentação teórica da proposta peda-
judicial, dissolução, liquidação e concordata anterior gógica, contemplando os pressupostos teóricos para
à vigência da Lei 11.101/05, expedida pelo Cartório a oferta do cursos na modalidade educativa à distân-
distribuidor da sede da Pessoa Jurídica; cia, mediante utilização de recursos online, contendo:
XII - alvará de localização e funcionamento a) nome do curso, carga horária, modalidade
fornecido pelo órgão competente; de oferta;
XIII - projeto político pedagógico com os prin- b) requisitos de matrícula e formas de inscri-
cípios e diretrizes da formação pretendida que apre- ção no curso;
sente a compreensão da instituição ou entidade c) compreensão da problemática e fundamen-
enquanto instituição educativa, e que atenda às exi- tação teórica;
gências desta Resolução; d) justificativa e objetivos da oferta do curso;
XIV - relação dos integrantes da equipe multi- e) objetivos gerais e específicos de cada cur-
disciplinar e comprovantes de atendimento às exi- so oferecido;
gências definidas nesta Resolução para estes profis- f) conteúdos desenvolvidos e organizados em
sionais; currículo interdisciplinar e contextualizados à realida-
XV - descrição detalhada do suporte pedagó- de do trânsito; e
gico online disponibilizado (tutoria); g) estratégia de acessibilidade adotada, com
XVI - comprovação da propriedade intelectual inclusão de tecnologia assistiva para alunos com de-
do conteúdo ofertado nos cursos; ficiência auditiva, dislexia, autismo e/ou transtorno
XVII - projeto de viabilidade tecnológica que de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) nos
garanta o funcionamento dos conteúdos estáticos e dinâmicos;
cursos a serem ofertados; e II - Método de ensino e aprendizagem, con-
XVIII – guia de recolhimento à União do valor tendo:
referente à taxa de homologação devidamente paga, a) definição da estrutura modular do curso;
a ser regulamentada por meio de portaria do órgão b) definição da estrutura de navegabilidade do
máximo executivo de trânsito da União. curso;
§ 1º Os documentos descritos no caput deste c) detalhamento da tecnologia a ser utilizada
artigo deverão ser apresentados em cópia autêntica para garantir que os conteúdos oferecidos em vídeo
ou, na impossibilidade, mediante apresentação do ou slides dinâmicos serão efetivamente assistidos na
original para validação. totalidade por cada aluno;
§ 2º As certidões emitidas em sítios de inter- d) detalhamento da análise de tarefas a serem
net deverão possuir data inferior a 30 (trinta) dias realizadas pelo aluno;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 581

e) detalhamento das mídias e tecnologias uti- específicos apresentados, observadas as regras es-
lizadas no curso, incluindo a definição do ambiente tabelecidas pela ABNT;
virtual de ensino/aprendizagem utilizado; g) recursos didáticos do curso, contendo, no
f) detalhamento dos objetos de aprendizagem mínimo:
utilizados durante o curso: vídeos, exercícios, infográ- 1. telas interativas: recurso instrucional elabo-
ficos, jogos educativos, quiz, áudios, fóruns de dis- rado para apresentar o conteúdo ao aluno através de
cussão, chat, apostila online, telas interativas, ima- objetos de aprendizagem. Os objetos de aprendiza-
gens, dentre outros; gem a serem considerados são atividades multimídia,
g) detalhamento das formas de interatividade interativas, na forma de vídeo aulas, animações e
do aluno com o conteúdo do curso e de interação simulações, utilizando sons, imagens e infográficos.
com a equipe multidisciplinar da instituição ou enti- Devem ser elaboradas de forma a aguçar a curiosida-
dade; de do aluno, estimulando-o a explorar os conteúdos
h) detalhamento das formas de interatividade abordados de forma fragmentada em pequenos
a serem promovidas entre os alunos que estejam trechos, sintetizados de forma gráfica, audiovisual,
matriculados na mesma época e no mesmo curso, animada e simulada, com links que o remetam a
em fóruns temáticos mediados pelos tutores de cada outros recursos do próprio curso, como pequenos
curso; textos de apoio e glossários, bem como conteúdos
i) detalhamento do suporte pedagógico e dos externos como, por exemplo, sites na internet. Para
recursos empregados para oferecer tutoria e monito- todas estas atividades deverá haver uma tecnologia
rar a evolução dos alunos no curso; associada para garantir que o aluno só poderá passar
para a fase seguinte do curso após assistir todo o
j) detalhamento da metodologia empregada
conteúdo ofertado na anterior, impedindo-lhe de
para suporte técnico/tecnológico aos alunos e à
“pular” fases ou “avançar” sem assistir ao que lhe é
equipe multidisciplinar; e apresentado; e
k) detalhamento das competências e habili- 2. guia de orientação aos alunos: documento
dades a serem auferidas pelo aluno. construído especialmente para os alunos do curso,
III - Organização Curricular: matriz curricular contendo informações sobre as características da
do curso, apresentando o detalhamento dos compo- EAD, orientações para estudo nesta modalidade, para
nentes curriculares, por módulos, e em atendimento a realização e a evolução no curso, para o acesso e a
aos conteúdos e objetivos educacionais definidos em navegação no ambiente virtual, a metodologia de
Resolução específica do CONTRAN, com seus res- ensino, os recursos disponíveis para a aprendizagem,
pectivos: os meios de contato com a instituição ou entidade
a) objetivos educacionais; ofertante, com a equipe multidisciplinar e com a
b) ferramentas e objetos de aprendizagem, equipe de suporte técnico.
compreendendo recursos digitais/tecnológicos edu- h) material de apoio, compreendendo, no mí-
cacionais utilizados para viabilizar o aprendizado dos nimo:
alunos e, exemplificadamente, vídeos, exercícios, 1. apostila do curso: documento disponibiliza-
infográficos, jogos educativos, quiz, áudios, fóruns de do ao aluno para download e, caso deseje, impres-
discussão, chat, apostila online, telas interativas, são, em formato PDF, contendo todo o conteúdo do
imagens, dentre outros; curso em forma textual e gráfica, dialógica, com uso
c) avaliação da aprendizagem, que deverá adequado de imagens elucidativas, observando que:
descrever por meio de quais ferramentas/recursos 1.1. a apostila deverá conter capa, contraca-
será avaliada a aprendizagem do aluno no curso; pa, ficha catalográfica (com registro ISBN da mes-
d) critérios de evolução no curso, que deverá ma), sumário e apresentação de todo o conteúdo do
apresentar a nota ou critérios que o aluno deverá curso, organizado por módulos e unidades de apren-
obter/atender para ser aprovado no módulo e evoluir dizagem, deixando claro para o aluno os conteúdos
no curso; que serão abordados em cada seção e os objetivos
e) carga horária do módulo e do curso; educacionais que deverão ser alcançados em cada
f) ementas curriculares contendo a descrição etapa do curso; e
dos conteúdos programáticos e referências bibliográ- 1.2. ao final de cada unidade de aprendizagem
ficas de cada componente curricular, por módulo do deverá ser apresentado um resumo contendo os
curso, indicando de forma clara e inequívoca todos os principais tópicos estudados, o objetivo daquela uni-
momentos do curso nos quais os conteúdos oferta- dade e a indicação clara do que o aluno deverá
dos contribuirão para o atingimento dos objetivos realizar para seguir nas próximas fases do curso.
582 Ordeli Savedra Gomes

2. bloco de anotações: aplicação digital que Seção III


acompanha a navegabilidade do aluno pelo curso Da Equipe Multidisciplinar
online, possibilitando as anotações de informações Art. 7º. A equipe multidisciplinar será responsá-
consideradas relevantes pelo aluno e que possam ser vel pelo desenvolvimento do curso, orientando quanto
consultadas em momentos aleatórios e impressas, se às melhores práticas pedagógicas e técnicas alinhadas
necessárias, para estudos posteriores. às tecnologias digitais de comunicação, informação e
3. biblioteca virtual contendo acervo com le- desenvolvimento do conteúdo dos cursos, oferecendo
gislação e demais temas referentes à atuação do suporte pedagógico e técnico/tecnológico.
profissional de trânsito, disponibilizando no mínimo § 1º A equipe multidisciplinar deverá garantir
duas obras para cada um dos cursos oferecidos pela que os conteúdos dos cursos sejam atuais, coesos e
instituição ou entidade e material complementar. corretos, aplicáveis à realidade e cotidiano do trânsi-
IV - Avaliação dos conteúdos dos módulos, to, possuindo visão da necessidade educacional, das
que deverão conter exercícios de fixação dos conte- características do público-alvo e dos objetivos de
údos estudados, podendo ser apresentados em aprendizagem.
formato de questionários, jogos, discussões e pes- § 2º Cada integrante da equipe multidiscipli-
quisas, assim como outros recursos instrucionais. nar deverá comprovar, obrigatoriamente, qualificação
Critérios de desempenho e qualidade, contendo des- mínima para realização dos cursos ministrados pela
crição de todos os processos e recursos utilizados instituição ou entidade.
para avaliação do desempenho do aluno e da quali- Art. 8º. A equipe multidisciplinar será com-
dade do curso, necessários para certificação do posta obrigatoriamente por, no mínimo:
aluno, observados os seguintes aspectos: I - Pedagogo:
a) apresentação de banco de questões, con- a) título de especialista, mestre ou doutor;
tendo ao menos 90 (noventa) questões inéditas, por b) experiência mínima de 1 ano na condução
módulo; de programas em EAD; e
b) armazenamento das questões em ambiente c) recomendável atividade de docência e pes-
virtual, escolhidas aleatoriamente para a composição quisa em Instituição de Ensino Superior – IES.
de cada avaliação online; II - Engenheiro:
c) disponibilização, ao final de cada módulo, a) título de especialista, mestre ou doutor; e
de avaliação online, composto por 15 (quinze) ques- b) experiência profissional comprovada de
tões de múltipla escolha, com 4 (quatro) alternativas; atuação na área de engenharia de trânsito.
d) utilização de recursos de feedback automá- III - Médico:
tico com explicação do conteúdo para o aluno ao final a) título de especialista, mestre ou doutor em
da avaliação online no módulo, de forma que possam medicina de tráfego.
ser identificadas as respostas certas, erradas e o IV - Advogado:
conteúdo que precisa ser revisado; e a) título de especialista, mestre ou doutor; e
e) interação do aluno com todos os módulos, b) experiência profissional comprovada de
sendo considerado concluído mediante a realização atuação na área de legislação de trânsito.
da avaliação online de cada módulo. V - Psicólogo:
Parágrafo único. O conteúdo curricular deve- a) título de especialista, mestre ou doutor; e
rá ser constantemente atualizado, observadas as b) experiência comprovada de atuação em si-
alterações introduzidas no Código de Trânsito Brasi- tuações de stress em grandes cidades e aspectos
leiro e nas Resoluções do Conselho Nacional de comportamentais de condutores de veículos automo-
Trânsito e Portarias do Departamento Nacional de tores.
Trânsito, observado o prazo máximo de 90 (noventa) VI - Instrutor:
dias dessas alterações. a) experiência comprovada de, no mínimo, 12
Art. 6º. O aluno, após conclusão do curso na (doze) meses na instrução de conteúdos de educação
modalidade de ensino à distância, realizará exame no trânsito;
teórico presencial, exclusivamente na forma eletrônica, VII - Revisor Ortográfico:
composto de questões de múltipla escolha, observadas a) curso superior em letras, com habilitação
as disposições contidas em norma específica. em língua portuguesa; ou curso superior em Comuni-
Parágrafo único. Os requisitos relativos à re- cação Social; e
alização do exame teórico presencial observará a b) experiência comprovada de, no mínimo, 12
disciplina própria contida em Resolução específica. (doze) meses em revisão ortográfica.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 583

VIII - Especialista em Tecnologia da Informação: c) curso de instrutor de trânsito, observadas


a) profissional com diploma de conclusão de as diretrizes e determinações de Resolução específi-
curso superior na área de Tecnologia de Informação ca do CONTRAN.
(Ciência da Computação, Sistemas de Informação ou § 2º Os tutores atuarão a partir da instituição
Análise e Desenvolvimento de Sistemas); e ou entidade homologada, mediando o processo pe-
b) experiência comprovada de, no mínimo, 12 dagógico junto a alunos fisicamente distantes, es-
(doze) meses em projetos de EAD ou em desenvolvi- clarecendo dúvidas por meio de mensagens eletrôni-
mento de aplicação web. cas, fóruns de discussão pela rede mundial de com-
IX - Analista de Suporte Tecnológico: putadores – internet, pelo telefone, videoconferên-
a) ensino médio completo; e cias, entre outros, observado o projeto político pe-
b) experiência comprovada de, no mínimo, 12 dagógico.
(doze) meses em atendimento ao cliente, devendo § 3º A instituição ou entidade deverá apre-
possuir conhecimento sobre os recursos técnicos da sentar claramente os meios de comunicação que
plataforma utilizada. disponibilizará aos alunos para acesso ao suporte
Art. 9º. Para comprovação da qualificação pedagógico online.
técnica dos profissionais integrantes da equipe § 4º O suporte pedagógico online deverá ser
multidisciplinar será exigida a apresentação de: informado aos alunos/condutores no momento da
I - Curriculum registrado na Plataforma Lattes matrícula e na página inicial do curso na Internet,
contendo os horários de funcionamento.
de Currículos do CNPq – Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico; § 5º O usuário da plataforma deverá ter as
suas dúvidas esclarecidas no prazo máximo de 48
II - Cópia dos documentos pessoais: CPF e
Documento de Identidade; (quarenta e oito) horas, salvo em caso de realização
de procedimentos mais complexos que exijam prazo
III - Cópia do documento de filiação aos res- maior de resposta, quando então o interessado
pectivos conselhos profissionais, quando houver; deverá ser informado no prazo de 48 (quarenta e oito)
IV - Comprovante de endereço; horas sobre o encaminhamento de sua solicitação.
V - Diplomas relativos às titulações acadêmi- Nos casos de realização de procedimentos mais
cas e/ou especializações profissionais, desde que complexos que exijam prazo maior de resposta, este
reconhecidos pelo Ministério da Educação; e não poderá ser superior a 120 horas.
VI - Comprovação da experiência profissional: Seção V
a) para os profissionais Pedagogo, Médico, Da Propriedade Intelectual
Advogado, Engenheiro, Psicólogo e Revisor Ortográfi- Art. 11. Para comprovação da propriedade in-
co: contrato de trabalho ou de prestação de serviços telectual em relação aos cursos que serão ministra-
que comprove a experiência; e dos, será exigido:
b) para os demais profissionais: contrato de I - certificado de registro e/ou protocolo de
trabalho que comprove a experiência. pedido de direito autoral do conteúdo desenvolvido
§ 1º As alterações do quadro de profissionais para os cursos junto à Biblioteca Nacional; e
da equipe multidisciplinar deverão ser comunicadas II - comprovação dos direitos de uso do sof-
no prazo de 30 (trinta) dias da ocorrência. tware através do registro no INPI (Instituto Nacional
§ 2º (Revogado pela Del. 184/20). de Propriedade Industrial).
§ 3º Os profissionais a que alude o art. 8º Parágrafo único. Quando a instituição ou en-
desta Resolução deverão estar vinculados à institui- tidade utilizar software de tecnologia aberta, gratuita
ção ou entidade requerente, por meio da comprova- e livre para o seu Ambiente Virtual de Aprendizagem
ção de contrato de trabalho ou contrato de prestação – AVA, não haverá necessidade de apresentar a
de serviços, em caráter de exclusividade. comprovação descrita no inc. II deste artigo.
Seção IV Seção VI
Do Suporte Pedagógico online (Tutoria) Do Projeto Tecnológico e de Infraestrutura Digital
Art. 10. O suporte pedagógico online deverá Art. 12. A instituição ou entidade deverá
contribuir para o desenvolvimento dos processos comprovar a disponibilização dos seguintes requisitos
educacionais de ensino na modalidade educativa à técnicos, tecnológicos e de infraestrutura digital:
distância, sendo conduzido por meio de tutores. I - Sistema do Curso, dispondo de:
§ 1º Os tutores deverão possuir, no mínimo: a) sistema tecnológico web que suporte o
a) formação acadêmica de nível médio; ambiente virtual de aprendizagem – AVA, capaz de
b) curso específico para mediação pedagógi- armazenar os cursos online, permitindo o gerencia-
ca à distância online; e mento das atividades dos alunos matriculados;
584 Ordeli Savedra Gomes

b) interface única para cadastro biométrico 3. apresentar avaliações individualizadas por


facial ou da digital, para validação dos acessos e aluno, atribuindo número de questões de acordo com
verificação durante a realização do curso, a ser a grade curricular do curso e o peso de cada módulo;
regulamentado por meio de portaria do órgão máximo 4. gerenciar o tempo de aplicação da avalia-
executivo de trânsito da União; ção, informando ao aluno o tempo restante e o
d) certificado digital de conexão segurança número de questões respondidas e não respondidas;
(https) para as páginas do website do curso; 5. fazer a correção automática e apresentar o
e) sistema com responsividade, passível de uti- resultado da avaliação no momento de sua finalização
lização em diferentes dispositivos tecnológicos (com- com o feedback das respostas; e
putadores, notebooks, telefones móveis e tablets); 6. registrar todas as interações e requisições
f) informações detalhadas sobre a estrutura do aluno nas avaliações eletrônicas e armazená-las
técnica dos cursos; sistemicamente em banco de dados, como também
g) estudo de navegabilidade, usabilidade e er- as avaliações realizadas pelo prazo de 5 (cinco) anos;
gonomia; s) controle de:
h) armazenamento de diferentes objetos de 1. acesso por nível de perfil;
aprendizagem, tais como: vídeos, exercícios, infográ-
ficos, jogos educativos, quiz, áudios, fóruns de discus- 2. troca de senha pelo aluno; e
são, chat, apostila online, telas interativas, imagens, 3. evolução na realização do curso após inte-
dentre outros; ração do aluno em todas as atividades apresentadas
i) tutoriais com informações de navegabilida- em tela.
de, caracterização das ferramentas, aplicações e t) canal de comunicação criptografado entre
equipamentos mínimos necessários para que o aluno dispositivos e servidor web;
possa realizar o curso; u) relatórios de performance dos alunos nos
j) informações sobre as características da cursos com dados atualizados em tempo real; e
EAD e orientações para estudo nesta modalidade; v) certificação do software com capacidade
k) formas de contato com os tutores dos cur- para atender requisições em 3 (três) segundos
sos e horários de funcionamento do atendimento; quando submetido a carga de 50 (cinquenta) usuários
l) ferramentas de interação entre tutor e aluno com acesso simultâneo e concorrente, por profissio-
(chat, fórum, e-mail etc.); nal com certificado ativo em um órgão de qualidade
m) exibição de conteúdo técnico obrigatório de software;
distribuído por módulos; II - Requisitos Técnicos e de Infraestrutura di-
n) detalhamento dos objetivos a serem alcan- gital:
çados e competências e habilidades a serem desen- a) domínio Internet registrado e ativo;
volvidas em cada um dos módulos previstos, além de b) capacidade tecnológica para promover a
sistemáticas de auto avaliação, tudo isto associado transmissão de troca de informações com o banco de
ao tempo previsto de dedicação do aluno; dados dos órgãos executivos de trânsito dos Estados
o) emissão de certificado de conclusão do e do Distrito Federal;
curso a distância, que deverá ser transmitido eletro- c) sistema de transmissão eletrônica das in-
nicamente aos órgãos ou entidades executivos de formações, de acordo com os protocolos, programas
trânsito dos estados ou do Distrito Federal após e procedimentos definidos pelo órgão credenciador;
aprovação, que habilita o condutor a realizar o exame
d) certificado digital de segurança configurado
teórico presencial, por meio de link dedicado;
nas aplicações do sistema, plataforma de educação e
p) acessibilidade, por meio de utilização de avaliações;
tecnologia assistida para alunos com deficiência
auditiva, dislexia, autismo e/ou transtorno de déficit e) infraestrutura digital disponível e banda IP;
de atenção e hiperatividade (TDAH) do conteúdo f) firewall com alta disponibilidade;
estático e dinâmico (vídeos, exercícios, etc.); g) sistema de detecção de intrusos (IDS);
q) avaliação online ao final de cada módulo do h) estrutura de recuperação de desastre;
curso, com feedback das questões no gabarito de i) capacidade comprovada para armazena-
cada módulo do curso; mento de dados com garantia de integridade a qual-
r) possuir módulo de avaliação eletrônica on- quer momento;
line: j) capacidade comprovada para armazena-
1. com tecnologia para consultar o banco de mento de informações (banco de dados) e sistemas
questões e suas alternativas de respostas randomi- em servidores sob responsabilidade da instituição ou
zando-as de forma aleatória; entidade;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 585

k) sistema de redundância da aplicação do II - apresentação, no DENATRAN, da plata-


banco de dados; forma e dos cursos na modalidade de ensino à dis-
l) sistema de loading balance das requisições; tância, para validação sistêmica; (Redação dada pela
m) armazenamento das informações dos usu- Del. 184/20)
ários por 5 (cinco) anos, com backup diário; III - auditoria digital para certificação dos sis-
n) certificado de segurança digital nos servi- temas online do(s) curso(s) e da plataforma tecnoló-
dores; gica;
o) escalabilidade; § 1º O órgão executivo máximo de trânsito da
p) monitoração 7x24x365; União deverá dispor de manual de operações para
orientação dos órgãos executivos de trânsito dos
q) atestado de capacitação técnica em solu- Estados e do Distrito Federal.
ções de internet e desenvolvimento de aplicações;
§ 2º A análise da documentação e a certifica-
r) comprovação de certificação do corpo téc- ção dos sistemas consistirá na verificação relativa a:
nico nas plataformas escolhidas; (Redação dada pela Del. 184/20)
s) desenho técnico da estrutura; I - habilitação e regularidade das certidões e
t) criptografia para sigilo das senhas e dados declarações;
dos usuários; II - equipe multidisciplinar;
u) infraestrutura de suporte técnico; III - projeto político pedagógico e tecnológico;
v) suporte técnico; IV - disponibilidade dos módulos dos cursos
x) identificação positiva do condutor por meio na plataforma de educação;
de ferramentas biométricas, com parametrização da V - testes integrados dos sistemas;
biometria da digital ou facial, necessárias para as VI - funcionalidade do Ambiente Virtual de
validações com os sistemas do Órgão Executivo de Aprendizagem (AVA) e comprovação da existência do
Trânsito no momento da matrícula e por ocasião da serviço de suporte técnico e tutoria.
realização do curso a ser regulamentado por meio de
Seção VIII
portaria do órgão máximo executivo de trânsito da
União; e Da Validade da Homologação
z) ferramentas para identificação biométrica Art. 15. O ato de homologação terá validade
do aluno para captura da foto e assinatura digitais, a de 5 (cinco) anos, renováveis sucessivamente pelo
ser regulamentado por meio de portaria do órgão mesmo período, desde que cumpridas todas as exi-
máximo executivo de trânsito da União. gências estabelecidas nesta Resolução por ocasião
do pedido de renovação.
Art. 13. Na apresentação do projeto técni-
co/tecnológico digital deverão ser incluídos os se- § 1º A homologação será atribuída a título
guintes documentos adicionais: precário, não importando em qualquer ônus à Admi-
nistração Pública, sujeita ao cumprimento das exi-
I - declaração com detalhamento da infraes-
gências estabelecidas nesta Resolução.
trutura digital (hardware, software e pessoal técnico)
com garantia da operação e funcionamento do sis- § 2º Anualmente, as instituições ou entidades
tema digital; homologadas deverão comprovar o atendimento da
regularidade fiscal e da manutenção da qualificação
II - termo de compromisso de sigilo das in-
técnica e pedagógica.
formações colhidas durante a prestação dos serviços
e não cessão a qualquer título do conteúdo do banco § 3º A não apresentação do requerimento de
de dados, sob pena de cancelamento da homologa- renovação da homologação, no prazo de 30 (trinta)
ção, além de sanções administrativas e criminais; dias corridos antes da data do término da homologa-
ção, será considerada como renúncia tácita à reno-
III - termo de ciência e disponibilização do
vação, ensejando o imediato bloqueio das atividades
acesso ao ambiente digital para auditoria; e
da instituição ou entidade após o término do prazo de
IV - contratos com as empresas de tecnolo- vigência.
gia contratadas para as operações de infraestrutu-
§ 4º Qualquer alteração nas condições de
ra digital, telecomunicações, sistemas e banco de
atuação, sem a formal e justificada comunicação,
dados.
implicará na imediata suspensão da homologação.
Seção VII
§ 5º No caso de comunicação formal, acom-
Da Análise do Pedido de Homologação panhada de justificativa, para qualquer alteração nas
Art. 14. A homologação será conferida medi- condições da homologação, caberá verificação do
ante prévia: cumprimento das exigências definidas nesta Resolu-
I - análise e deferimento da documentação; ção.
586 Ordeli Savedra Gomes

§ 6º Descumpridas as exigências previstas no respectiva renovação e regular funcionamento das


parágrafo anterior, deverá ser procedido o imediato atividades de ensino;
bloqueio das atividades da instituição ou entidade, II - deficiência técnico-didática do projeto polí-
sem prejuízo da abertura de processo administrativo tico pedagógico ou do curso ministrado;
para cancelamento da homologação. III - negligência na fiscalização das atividades
Seção IX da equipe multidisciplinar, tutoria e serviços adminis-
Das Atribuições do Órgão Executivo Máximo de trativos de sua responsabilidade direta e no cumpri-
Trânsito da União mento das atribuições previstas nesta Resolução;
Art. 16. Constituem atribuições do órgão exe- IV - obstar ou dificultar a auditoria e a fiscali-
cutivo máximo de trânsito da União: zação;
I - homologar os cursos na modalidade de ensi- V - transferência de responsabilidade ou ter-
no à distância e respectivas plataformas tecnológicas; ceirização das atividades ou do endereço de funcio-
namento; e
II - auditar e fiscalizar as atividades das insti-
tuições e entidades, objetivando o fiel cumprimento VI - prática de ato de improbidade contra a fé
pública, contra o patrimônio ou contra a administra-
das normas legais e dos compromissos assumidos,
ção pública ou privada.
mantendo supervisão administrativa e pedagógica;
Art. 20. As penalidades serão aplicadas após
III - apurar irregularidades praticadas por insti-
decisão fundamentada em processo administrativo.
tuições ou entidades, por meio de processo adminis-
trativo, aplicando as penalidades cabíveis previstas Art. 21. As instituições ou entidades que agi-
rem em desacordo com os preceitos desta Resolução
nesta Resolução.
estarão sujeitas às seguintes penalidades, conforme
Seção X a gravidade da infração:
Das Atribuições das Instituições ou Entidades I - advertência por escrito;
Art. 17. São atribuições das instituições ou II - suspensão das atividades por 10 (dez) até
entidades: 30 (trinta) dias;
I - realizar as atividades necessárias ao de- III - suspensão das atividades por 30 (trinta)
senvolvimento dos conhecimentos ministrados, com até 60 (sessenta) dias; e
ênfase na construção de condutores que adotem IV - cassação da homologação.
comportamento seguro no trânsito, visando a atuali-
§ 1º A penalidade de advertência por escrito
zação e reciclagem de condutores de veículos auto- será aplicada no primeiro cometimento das infrações
motores, nos termos do CTB e legislação específica; referidas nos incs. I a III do art. 19 desta Resolução.
II - atender às exigências das normas vigentes; § 2º A penalidade de suspensão por 10 (dez)
III - manter atualizados o planejamento do até 30 (trinta) dias será aplicada na reincidência da
curso, o material didático-pedagógico, o banco de prática de qualquer das infrações previstas nos incs. I
dados e o acervo bibliográfico, de acordo com a le- a III ou quando do primeiro cometimento das infra-
gislação de trânsito; ções tipificadas nos incisos IV, todos do art. 19 desta
IV - promover a atualização profissional da Resolução.
equipe multidisciplinar e dos demais colaboradores; § 3º A penalidade de suspensão por 30 (trin-
V - atender às convocações do órgão executi- ta) até 60 (sessenta) dias será imposta quando já
vo máximo de trânsito da União e dos órgãos ou houver sido aplicada a penalidade prevista no pará-
entidades executivos de trânsito dos estados ou do grafo anterior nos últimos 5 (cinco) anos.
Distrito Federal; § 4º O período de suspensão será aplicado
VI - manter o arquivo dos documentos perti- proporcionalmente à natureza e à gravidade da falta
nentes por 5 (cinco) anos, conforme legislação vi- cometida.
gente. § 5º Durante o período de suspensão, a insti-
Seção XI tuição ou entidade não poderá realizar as atividades
Das Infrações e Penalidades para as quais foi homologada.
Art. 18. As irregularidades deverão ser apura- § 6º A penalidade de cassação da homologa-
das por meio de processo administrativo e penalizadas ção será imposta quando já houver sido aplicada a
de acordo com o estabelecido nesta Resolução. penalidade prevista no § 3º deste artigo e/ou quando
Art. 19. São consideradas infrações de res- do cometimento das infrações tipificadas nos incs. V
ponsabilidade das instituições ou entidades homolo- e VI do art. 19 desta Resolução.
gadas: § 7º Decorridos cinco anos da aplicação da
penalidade ao credenciado, esta não surtirá mais
I - deficiência, irregularidade ou descumpri-
efeitos como registro de reincidência para novas
mento das condições exigidas para a homologação e
penalidades.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 587

§ 8º Na hipótese de cancelamento da homo- Art. 28. As instituições e entidades, cujos


logação, somente após 5 (cinco) anos, poderá a cursos tenham sido homologados antes da publica-
entidade requerer nova homologação, inclusive sendo ção desta Resolução, deverão comprovar o atendi-
vedado, também, aos sócios da empresa penalizada, mento de seus requisitos, até o dia 30.04.2020.
o exercício da mesma atividade no período da aplica- (Artigo alterado pela Del. 184/20)
ção da penalidade. Parágrafo único. As entidades e instituições
Seção XII previstas no caput poderão continuar a realizar os
Do Processo Administrativo cursos na modalidade de ensino à distância até a
Art. 22. O processo administrativo será inici- emissão de nova Portaria de homologação pelo
ado por determinação da autoridade de trânsito DENATRAN.
responsável, de ofício ou mediante representação, Art. 28-A. As entidades e instituições cre-
visando apuração da(s) irregularidade(s) praticada(s)
denciadas pelo DETRAN, que não tiveram os cursos
pela instituição ou entidade, observado o disposto na
Lei 9.784/99. homologados pelo DENATRAN, deverão requerer a
homologação junto ao DENATRAN, até o dia
§ 1º Em caso de risco iminente, a Adminis-
tração Pública poderá motivadamente adotar provi- 30.04.2020. (Artigo acrescido pela Del. 184/20)
dências acauteladoras sem a prévia manifestação do Parágrafo único. As entidades e instituições
interessado pelo prazo de 90 (noventa) dias. previstas no caput poderão continuar a realizar os
§ 2º O representado será notificado da instau- cursos na modalidade de ensino à distância até a
ração do processo administrativo. emissão de Portaria de homologação pelo DENA-
Art. 23. A autoridade de trânsito responsável, TRAN.
de ofício ou a requerimento do representado, poderá Art. 29. O não atendimento ao disposto nos
determinar a realização de perícias ou de quaisquer arts. 28 e 28-A, no prazo neles estabelecido, impedirá
outros atos necessários à elucidação dos fatos in- a continuidade das atividades da instituição ou
vestigados. entidade para realizar cursos na modalidade de
Art. 24. Após conclusão da instrução, o re- ensino à distância. (Redação dada pela Del. 184/20)
presentado terá prazo de 10 (dez) dias para apresen- Art. 30. O órgão executivo máximo de trânsi-
tação de defesa escrita, contados da data do recebi- to da União deverá e manter lista atualizada em seu
mento da notificação. sítio eletrônico das entidades homologadas na forma
Art. 25. Após a decisão administrativa, a au- disposta nesta Resolução.
toridade de trânsito notificará o representado da de- Art. 31. Revogam-se os § 7º, § 7º A, § 7º B, §
cisão.
7º C e § 7º D, do art. 33, da Resolução CONTRAN
Parágrafo único. Da decisão da autoridade 168, de 14.12.2004, e o art. 1º da Resolução CON-
de trânsito responsável caberá recurso ao CONTRAN
TRAN 659, de 14.02.2017.
no prazo de 10 (dez) dias.
Art. 26. (Revogado pela Del. 184/20). Art. 32. Esta Resolução entra em vigor na da-
ta de sua publicação.
CAPÍTULO III
Maurício José Alves Pereira
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 27. (Revogado pela Del. 184/20).

RESOLUÇÃO 734, DE 05.06.2018


Institui a Autorização Específica – AE para os veículos
e/ou combinações de veículos equipados com tanques
que apresentem excesso de até 5% (cinco por cento)
nos limites de peso bruto total ou peso bruto total com-
binado, devido à incorporação da tolerância, com base
em Resolução do CONTRAN.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no uso da competência que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e nos termos do disposto no
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito.
Considerando o disposto nos arts. 97, 99 e 100, do Código de Trânsito Brasileiro, que regulamenta peso
e dimensões;
Considerando o que consta dos processos 80001.000475/2008-91, 80000.033847/2009-56 e
80000.015718/2018-77, resolve:
588 Ordeli Savedra Gomes

Art. 1º. Somente ao veículo ou combinação deste artigo, é a data de licenciamento das unidades
de veículos utilizados no transporte de cargas líquidas rebocadas, podendo o caminhão trator ter data de
e gasosas, licenciados de 1º de janeiro de 2000 até licenciamento posterior.
31 de dezembro de 2007, cujos tanques fabricados Parágrafo único. A Autorização Específica –
nesse período apresentem excesso de até 5% (cinco AE poderá ser requerida a qualquer tempo, sendo
por cento) nos limites de peso bruto total ou peso permitida a sua solicitação para unidade rebocada
bruto total combinado, fixados pelas Resoluções com ou sem unidade tratora, permanecendo válidas
CONTRAN 210 e 211, ambas de 13.11.2006 e suas aquelas AEs emitidas até a data de publicação desta
alterações, será concedida, pela autoridade com cir- Resolução.
cunscrição sobre a via, Autorização Específica – AE, Art. 2º. Os veículos de que trata esta Resolu-
para circulação do implemento rodoviário do tipo ção deverão obrigatoriamente portar a Autorização
tanque, com validade até o seu sucateamento, aten- Especifica – AE descrita no art. 1º, cujo não cumpri-
didos os seguintes critérios: mento implicará nas sanções estabelecidas no art.
I - apresentação do certificado de verificação 232 do Código de Trânsito Brasileiro.
metrológica expedido no período estabelecido no Art. 3º. Ficam revogadas:
caput deste artigo conforme regulamento do Instituto I - a Resolução CONTRAN 341, de 25.02.2010;
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – II - a Deliberação CONTRAN 98, de 26.08.2010;
INMETRO, para atestar a capacidade volumétrica do
III - a Resolução CONTRAN 374, de 18.03.2011;
tanque utilizado no transporte de carga líquida;
II - atendimento à Resolução do CONTRAN IV - a Resolução CONTRAN 388, de 14.07.2011;
211/06, que estabelece requisitos necessários à V - a Resolução CONTRAN 399, de 08.02.2012;
circulação de Combinações de Veículos de Carga – VI - a Resolução CONTRAN 627, de 30.11.2016;
CVC, em se tratando de CVC com peso bruto total VII - a Resolução CONTRAN 648, de 10.01.2017.
combinado superior a 57 t, os quais somente poderão Art. 4º. Esta Resolução entra em vigor na da-
circular portando a respectiva Autorização Especial ta da sua publicação.
de Trânsito – AET; Maurício José Alves Pereira
III - no caso de Combinação de Veículo de
Carga – CVC, o que prevalece, para efeito do caput

RESOLUÇÃO 735, DE 05.06.2018


Estabelece requisitos de segurança necessários à circu-
lação de Combinações para Transporte de Veículos –
CTV e Combinações de Transporte de Veículos e Cargas
Paletizadas – CTVP.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no uso da competência que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e nos termos do disposto no
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT.
Considerando a necessidade de se reduzir custos no transporte de veículos, peças e componentes au-
tomotivos, sem prejuízo para a segurança;
Considerando o disposto no art. 102, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito
Brasileiro – CTB; e
Considerando o que consta do Processo Administrativo 80000.123904/2016-17,
RESOLVE:
Art. 1º. As Combinações de Transporte de veículos construídos ou adaptados especial e exclu-
Veículos – CTV e as Combinações de Transporte de sivamente para o transporte de veículos e chassis.
Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP, cujas dimen- § 2º Entende-se por Combinações de Trans-
sões excedam aos limites previstos na Resolução porte de Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP a
CONTRAN 210, de 13.11.2006 e suas sucedâneas, combinação de veículos concebida e construída
só poderão circular nas vias portando Autorização especialmente para o transporte de veículos acaba-
Especial de Trânsito – AET, em conformidade com dos e cargas unitizadas sobre paletes ou racks.
esta Resolução.
§ 3º Ficam dispensadas da emissão de Autori-
§ 1º Entende-se por Combinações de Trans- zação Especial de Trânsito – AET as Combinações de
porte de Veículos – CTV o veículo ou combinação de
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 589

Transporte de Veículos – CTV e as Combinações de específicos na tabela de marca/modelo do RENA-


Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP VAM, que enviará atestado técnico de aprovação aos
com até 4,70 m (quatro metros e setenta centímetros) órgãos e entidades executivos rodoviários da União,
de altura, e que atendam aos limites de largura e dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
comprimento previstos no art. 3º desta Resolução. Art. 3º. Para a circulação e a concessão da
§ 4º Por deliberação e a critério dos órgãos e Autorização Especial de Trânsito – AET deverão ser
entidades executivos rodoviários da União, dos observados os seguintes limites:
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, pode- I - poderá ser admitida, a critério dos órgãos e
rão ser dispensadas de Autorização Especial de entidades executivos rodoviários, a altura máxima do
Trânsito – AET as Combinações de Transporte de conjunto carregado de 4,95 m (quatro metros e
Veículos – CTV e as Combinações de Transporte de noventa e cinco centímetros);
Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP com altura II - largura: 2,60 m (dois metros e sessenta
entre 4,71 m (quatro metros e setenta e um centíme- centímetros) ou até 3,0 m (três metros) quando se
tros) e 4,95 m (quatro metros e noventa e cinco tratar de Combinação para Transporte de Veículos –
centímetros) que atendam aos limites de largura e CTV e Combinações de Transporte de Veículos e
comprimento previstos no art. 3º desta Resolução. Cargas Paletizadas – CTVP destinada ao transporte
§ 5º O caminhão-trator adaptado para o trans- de ônibus, chassis de ônibus e de caminhões;
porte de outro veículo sobre a cabine, na forma pre- III - comprimento – medido do para-choque
vista no Anexo I desta Resolução, deve submeter-se dianteiro à extremidade posterior (plano inferior e
à inspeção de segurança veicular para obtenção do superior) da carroceria do veículo:
novo Certificado de Registro de Veículo – CRV e Cer- a) veículo simples: 14,00 m (quatorze metros);
tificado de Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV. b) veículo articulado: até 23,00 m (vinte e três
§ 6º Tanto a estrutura de apoio quanto o veí- metros), desde que a distância entre os eixos extre-
culo transportado sobre a cabine não poderão ultra- mos não ultrapasse a 18,00 m (dezoito metros);
passar o ponto mais avançado do para-choque c) veículo com reboque: até 23,00 m (vinte e
dianteiro do caminhão ou caminhão-trator. três metros);
Art. 2º. As empresas e transportadores autô- IV - os limites legais de Peso Bruto Total
nomos de veículos deverão requerer a Autorização Combinado – PBTC e peso por eixo previstos na
Especial de Trânsito – AET perante à autoridade com- Resolução CONTRAN 210, de 13.11.2006 e suas
petente, juntando a seguinte documentação: sucedâneas;
I - requerimento, em 3 (três) vias, indicando V - a compatibilidade do limite da Capacidade
nome e endereço do proprietário, devidamente assi- Máxima de Tração – CMT do caminhão-trator,
nado por responsável ou representante credenciado determinada pelo seu fabricante, com o Peso Bruto
do proprietário; Total Combinado – PBTC, nos termos do Anexo II;
II - cópia do Certificado de Registro e Licenci- VI - as combinações deverão estar equipadas
amento do Veículo – CRLV; com sistemas de freios conjugados entre si e com o
III - memória de cálculo comprobatório da es- caminhão-trator, atendendo o disposto na Resolução
tabilidade do equipamento com carga considerando a CONTRAN 210, de 13.11.2006 e suas sucedâneas;
ação do vento firmada por engenheiro que se respon- VII - os acoplamentos dos veículos rebocados
sabilizará pelas condições de estabilidade e seguran- deverão ser do tipo automático, conforme NBR
ça operacional do veículo; 11410/11411, e estar reforçados com correntes ou
IV - planta dimensional da combinação, na cabos de aço de segurança;
escala 1:50, com o equipamento carregado nas VIII - os acoplamentos dos veículos articula-
condições mais desfavoráveis indicando: dos com pino-rei e quinta roda deverão obedecer ao
a) dimensões; disposto na ABNT NBR NM ISO 337/2001 e suas
b) distância entre eixos e comprimento dos atualizações;
balanços dianteiro e traseiro; IX - contar com sinalização especial na trasei-
V - distribuição de peso por eixo; ra do conjunto veicular, na forma do Anexo III, para
VI - apresentação do Laudo Técnico conforme Combinações com comprimento superior a 19,80 m
o § 2º do art. 6º desta Resolução. (dezenove metros e oitenta centímetros);
§ 1º Somente será admitido o acoplamento X - estar provido de lanternas laterais, coloca-
de reboque e semirreboque, especialmente construí- das em intervalos regulares de no máximo 3,00 m
dos para utilização nesses tipos de Combinação para (três metros) entre si, que permitam a sinalização do
Transporte de Veículos – CTV e Combinações de comprimento total do conjunto.
Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP, Art. 4º. O trânsito de Combinações para
quando devidamente homologados pelo órgão máxi- Transporte de Veículos – CTV e de Combinações de
mo executivo de trânsito da União, com códigos Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP
590 Ordeli Savedra Gomes

de que trata esta Resolução será do amanhecer ao Art. 8º. Não será concedida Autorização Es-
pôr do sol, e sua velocidade máxima de 80 km/h. pecial de Trânsito – AET para combinações que não
§ 1º Não se aplica a restrição quanto ao horá- atendam integralmente ao disposto nesta Resolução.
rio de trânsito contida no caput para Combinações Art. 9º. O proprietário do veículo, usuário de
cujo comprimento seja de no máximo 19,80 m Autorização Especial de Trânsito – AET, será respon-
(dezenove metros e oitenta centímetros). sável pelos danos que o veículo venha causar à via, à
§ 2º Será admitido o trânsito noturno das sua sinalização e a terceiros, como também respon-
Combinações que apresentem comprimento superior derá integralmente pela utilização indevida de vias
a 19,80 m (dezenove metros e oitenta centímetros) que, pelo seu gabarito e sua geometria, não permi-
até 23,00 m (vinte três metros) nas vias com pista tam o trânsito dessas combinações.
dupla e duplo sentido de circulação, dotadas de Art. 10. Todas as rodas de cada veículo
separadores físicos, que possuam duas ou mais transportado deverão estar firmemente ancoradas à
faixas de circulação no mesmo sentido. estrutura de apoio, por meio de cintas cuja resistên-
§ 3º Nos trechos rodoviários de pista simples cia total à ruptura seja, de no mínimo, o dobro do
será permitido também o trânsito noturno, quando peso do veículo.
vazio, ou com carga apenas na plataforma inferior, Art. 11. As Combinações de Transporte de
devidamente ancorada e ativada toda a sinalização Veículos – CTV constituídas por caminhão-trator 6x2
do equipamento transportador. ou 6x4 mais semirreboque novo, saído de fábrica, de
§ 4º Poderão ser adotados horários distintos dois eixos, especialmente projetadas e construídas
dos estabelecidos por esta Resolução em trechos para o transporte de automóveis, poderão transportar
específicos, mediante proposição da autoridade outras cargas paletizadas ou acondicionadas em racks.
competente com circunscrição sobre a via. § 1º Não será admitido o compartilhamento
Art. 5º. Nos veículos articulados ou com re- simultâneo de espaço entre veículos e outro tipo de
boque, ocorrendo pane ou qualquer outro evento que carga.
impeça a utilização do caminhão-trator, será permiti- § 2º Não é permitida a transformação de
da sua substituição exclusivamente para a comple- Combinações para Transporte de Veículos – CTV para
mentação da viagem. Combinações de Transporte de Veículos e Cargas
Art. 6º. A Autorização Especial de Trânsito – Paletizadas – CTVP.
AET expedida pela autoridade competente terá Art. 12. Nas Combinações de Transporte de
validade máxima de 1 (um) ano. Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP, o espaço
§ 1º Na data da entrada em vigor desta Resolu- ocupado pelas peças e componentes deverá obede-
ção será assegurada a renovação da Autorização cer aos seguintes limites:
Especial de Trânsito – AET, mediante a apresentação do I - comprimento máximo da carga: limitado à
Laudo Técnico descrito no parágrafo abaixo e do Certifi- parte do equipamento que fica rebaixada, ou seja,
cado de Registro e Licenciamento dos Veículos – CRLV. àquela situada entre o “castelo” inferior (onde o
§ 2º O Laudo Técnico, acompanhado pela caminhão-trator é engatado ao semirreboque) e os
respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica – dois eixos do semirreboque, região tecnicamente
ART, deverá ser elaborado e assinado pelo engenhei- chamada de “plataforma inferior” desde que não
ro mecânico ou automotivo responsável pelo projeto, superior a 10,00 m (dez metros);
que emitirá declaração de conformidade junto com o II - largura máxima: 2,40 m (dois metros e
proprietário do veículo, atestando que a operação se
quarenta centímetros);
desenvolve dentro das condições de segurança
estabelecidas nesta Resolução. III - altura máxima de carga: 2,25 m (dois me-
tros e vinte e cinco centímetros).
§ 3º A autorização somente será concedida
ou renovada após apresentação de Laudo Técnico da Art. 13. As Combinações de Transporte de
Combinação para Transporte de Veículos – CTV ou da Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP deverão contar
Combinação de Transporte de Veículos e Cargas com dispositivos adequados de fixação e contenção
Paletizadas – CTVP. das cargas unitizadas (Anexo I), por meio de:
Art. 7º. São dispensadas da emissão da Au- I - ganchos que se encaixem nas longarinas
torização Especial de Trânsito – AET as combinações laterais ou nos estampos dos trilhos, completados
que atendam as dimensões máximas fixadas pela por cintas de nylon dotadas de catracas, com resis-
Resolução CONTRAN 210, de 13.11.2006 e suas tência à ruptura de 20 tf (vinte tonelada-força) e que
sucedâneas, as Combinações de Transporte de contornem todos os paletes ou racks;
Veículos – CTV e as Combinações de Transporte de II - travessas metálicas removíveis.
Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP com até 4,70 Art. 14. O chassi dos semirreboques das
m (quatro metros e setenta centímetros) de altura e Combinações de Transporte de Veículos e Cargas
que atendam aos limites de largura e comprimento Paletizadas – CTVP deverá ter estrutura dimensionada
previstos no art. 3º desta Resolução. para suportar a concentração de cargas unitizadas.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 591

Art. 15. As Combinações de Transporte de ção Especial de Trânsito – AET, exigida pelo art. 3º
Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP deverão contar desta Resolução;
com sider protetor contra intempéries composto por VI - Art. 231, inc. VI:
lona especial, trilhos de alumínio, cintas para amarra- a) quando as Combinações de Transporte de
ção e mecanismos de fixação em todo o perímetro Veículos – CTV e as Combinações de Transporte de
lateral, teto, dianteira e traseira. Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP e/ou carga
Art. 16. O descumprimento das determina- estiverem com suas dimensões superiores aos
ções desta Resolução implicará, conforme o caso, na limites estabelecidos legalmente, e apresentarem
aplicação das penalidades descritas nos seguintes informações divergentes em relação à Autorização
dispositivos do Código de Trânsito Brasileiro – CTB: Especial de Trânsito – AET já expedida;
I - Art. 169, quando as Combinações de b) quando as Combinações de Transporte de
Transporte de Veículos – CTV e as Combinações de Veículos – CTV e as Combinações de Transporte de
Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP e/ou carga
transitarem com os dispositivos de fixação sem estar estiverem com suas dimensões superiores aos
devidamente tensionados; limites estabelecidos legalmente, e a Autorização
II - Art. 187, inc. I, quando as Combinações de Especial de Trânsito – AET estiver vencida;
Transporte de Veículos – CTV e as Combinações de VII - Art. 232, quando as Combinações de
Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP Transporte de Veículos – CTV e as Combinações de
e/ou carga estiverem com suas dimensões superio- Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP
res aos limites estabelecidos legalmente e existir res- e/ou carga estiverem com suas dimensões superio-
trição de tráfego, referente ao local e/ou horário, im- res aos limites estabelecidos legalmente no art. 1º
posta pelo órgão com circunscrição sobre a via e não desta Resolução, e não estiverem portando a Autori-
constante na Autorização Especial de Trânsito – AET; zação Especial de Trânsito – AET regularmente
III - Art. 230, inc. IX: expedida;
a) quando for constatada a falta de qualquer VIII - Art. 235, quando a carga ultrapassar os
um dos dispositivos obrigatórios para fixação e limites laterais, posterior e/ou anterior das Combina-
ancoragem de chassis, veículos e cargas unitizadas ções de Transporte de Veículos – CTV e as Combina-
sobre paletes ou racks, ou do mecanismo de tensio- ções de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas
namento (quando aplicável); – CTVP, ainda que não ultrapasse os limites estabe-
b) quando portar os dispositivos obrigatórios lecidos legalmente;
para fixação e ancoragem em mau estado de conser- IX - Art. 237, quando as Combinações de
vação; Transporte de Veículos – CTV e as Combinações de
Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP
c) quando uma ou mais rodas do veículo trans-
e/ou carga estiverem com suas dimensões superio-
portado não estiver ancorada à estrutura de apoio;
res aos limites estabelecidos legalmente e a sinaliza-
d) quando utilizar cordas como dispositivo pa- ção especial de advertência não tiver sido instalada
ra amarração de chassis, veículos e cargas unitizadas ou não atender aos requisitos previstos no inc. IX do
sobre paletes ou racks, em substituição aos disposi- art. 3º e no Anexo III desta Resolução.
tivos de fixação previstos nesta Resolução; Art. 17. Os modelos das combinações, cami-
e) quando as Combinações de Transporte de nhões-tratores, semirreboques, bem como os tipos e
Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP não possuírem modelos de automóveis e da carga transportada,
sider protetor contra intempéries, ou este estiver em constantes no Anexo I desta Resolução, são mera-
mau estado de conservação, em desacordo ao mente ilustrativos, e visam apenas demonstrar as
disposto no art. 15 desta Resolução; dimensões máximas das Combinações de Transporte
IV - Art. 230, inc. X: de Veículos – CTV e as Combinações de Transporte
a) quando os dispositivos de fixação e anco- de Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP.
ragem estiverem em desacordo com os requisitos Art. 18. Os Anexos desta Resolução encon-
previstos nesta Resolução; tram-se disponíveis no sítio eletrônico <www.dena
b) quando as Combinações de Transporte de tran.gov.br>.
Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP portar sider Art. 19. Ficam revogadas:
protetor contra intempéries e este não atender aos
I - a Resolução CONTRAN 305, de 06.03.2009;
requisitos previstos no art. 15 desta Resolução;
V - Art. 231, inc. IV, quando as Combinações II - a Resolução CONTRAN 368, de 24.11.2010;
de Transporte de Veículos – CTV e as Combinações III - a Resolução CONTRAN 603, de 24.05.2016.
de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas – Art. 20. Esta Resolução entra em vigor na da-
CTVP e/ou carga estiverem com suas dimensões ta de sua publicação.
superiores aos limites estabelecidos legalmente, e Maurício José Alves Pereira
não houver a expedição da correspondente Autoriza-
592 Ordeli Savedra Gomes

ANEXO I
Desenhos meramente ilustrativos com as dimensões máximas das Combinações de Transporte de
Veículos – CTV e das Combinações de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas – CTVP
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 593
594 Ordeli Savedra Gomes

ANEXO II
CÁLCULO DA CAPACIDADE DE RAMPA
Cálculo da Capacidade de Rampa: Sendo:
i = Rampa máxima em %;
i = Ft – Rr G = Peso bruto total combinado (t);
10 x G 10 Rr = Resistência ao rolamento (kgf/ton);
Ft = Força de tração em kgf determinada da
seguinte forma:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 595

Fr = Tm x ic x id x 0,9 Tm = Toque máximo do motor (kgf x m);


Rd ic = Maior relação de redução da caixa de
câmbio;
Fad = P x u id = Relação de redução no eixo traseiro (total);
Rd = Raio dinâmico do pneu do eixo de tra-
Se Fr < Fad --- → Ft = Fr ção (m);
Se Fr > Fad --- → Ft = Fad Fad = Força de aderência (kgf);
P = Somatório dos pesos incidentes nos eixos
Sendo: de tração (kgf);
Fr = Força na roda (kgf); u = Coeficiente de atrito pneus x solo.

ANEXO III
SINALIZAÇÃO ESPECIAL DE ADVERTÊNCIA TRASEIRA
(Comprimento máximo 22,40 m ou 23,00 metros, de acordo com a configuração)

RESOLUÇÃO 738, DE 06.09.2018


Estabelece os padrões e critérios para a instalação de
travessia elevada para pedestres em vias públicas.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
Considerando a necessidade de melhoria das condições de acessibilidade, conforto e segurança na cir-
culação e travessia de pedestres em determinadas áreas residenciais e trechos de vias a elas pertencentes,
assim como, em terminais de transporte coletivo, em locais de aglomeração ou entrada de área de pedestres;
Considerando a necessidade de padronização das soluções de engenharia de tráfego, conforme determi-
na o art. 91 do CTB, bem como o disposto nos arts. 69 a 71, do CTB, que regulamentam a circulação dos pe-
destres; e
Considerando o que consta do Processo Administrativo 80000.057977/2011-07,
RESOLVE:
596 Ordeli Savedra Gomes

Art. 1º. A faixa elevada para travessia pedes- II - com declividade longitudinal superior a 6%;
tres é um dispositivo implantado no trecho da pista III - em via rural, exceto quando apresentar
onde o pavimento é elevado, conforme critérios e características de via urbana;
sinalização definidos nesta Resolução, respeitando os IV - em via arterial, exceto quando justificado
princípios de utilização estabelecidos no Volume IV – por estudos de engenharia;
Sinalização Horizontal, do Manual Brasileiro de V - em via com faixa ou pista exclusiva para
Sinalização de Trânsito do CONTRAN. ônibus;
Art. 2º. A implantação de faixa elevada para VI - em trecho de pista com mais de duas fai-
travessia de pedestres em vias públicas depende de xas de circulação, exceto em locais justificados por
autorização expressa do órgão ou entidade executivo estudos de engenharia;
de trânsito com circunscrição sobre a via. VII - em pista não pavimentada ou inexistên-
Art. 3º. A faixa elevada para travessia de pe- cia de calçadas;
destres não deve ser utilizada como dispositivo VIII - em curva ou situação com interferências
isolado, mas em conjunto com outras medidas que visuais que impossibilitem visibilidade do dispositivo
garantam que os veículos se aproximem numa à distância;
velocidade segura da travessia, tais como: o controle IX - em locais desprovidos de iluminação pú-
da velocidade por equipamentos, alterações geomé- blica ou específica;
tricas, a diminuição da largura da via, a imposição de
X - em obra de arte e nos 25 metros anterio-
circulação com trajetória sinuosa e outras. res e posteriores a estas;
Art. 4º. A faixa elevada para travessia de pe-
XI - defronte a guia rebaixada para entrada e
destres deve atender ao projeto-tipo constante do saída de veículos;
ANEXO I da presente Resolução e apresentar as se-
XII - em esquinas a menos de 12m do alinha-
guintes dimensões:
mento do bordo da via transversal, exceto quando
I - Comprimento da plataforma: igual à largura justificado por estudo de engenharia.
da pista, garantidas as condições de drenagem su-
Parágrafo único. O órgão ou entidade execu-
perficial;
tivo de trânsito com circunscrição sobre a via deve
II - Largura da plataforma (L1): no mínimo realizar consulta prévia junto a instituições que dão
5,0m e no máximo 7,0m, garantidas as condições de atendimento a deficientes visuais, no caso de implan-
drenagem superficial. Larguras acima desse intervalo tação de travessia elevada em suas proximidades.
podem ser admitidas, desde que devidamente justifi- Art. 6º. A implantação de travessia elevada
cadas pelo órgão ou entidade executivo de trânsito; para pedestres deve ser acompanhada da devida
III - Rampas: o seu comprimento deve ser sinalização, contendo, no mínimo:
igual ao da plataforma. A sua largura (L2) deve ser I - Sinal de Regulamentação R-19 – “Veloci-
calculada de acordo com a altura da faixa elevada, dade máxima permitida”, limitando a velocidade em
com inclinação entre 5% e 10% a ser estabelecida por até 30 km/h, sempre antecedendo a travessia,
estudos de engenharia, em função da velocidade e devendo a redução de velocidade da via ser gradati-
composição do tráfego; va, conforme critérios estabelecidos no Volume I –
IV - Altura (H): deve ser igual à altura da cal- Sinalização Vertical de Regulamentação, do Manual
çada, desde que não ultrapasse 15,0cm. Em locais Brasileiro de Sinalização de Trânsito, do CONTRAN;
em que a calçada tenha altura superior a 15,0cm, a II - Sinais de advertência A-18 – “Saliência ou
concordância entre o nível da faixa elevada e o da lombada” antecedendo o dispositivo e junto a ele, e
calçada deve ser feita por meio de rebaixamento da A-32b – “Passagem sinalizada de pedestres” ou A-
calçada, conforme estabelecido na norma ABNT NBR 33b – “Passagem sinalizada de escolares” nas
9050. proximidades das escolas, acrescidos de seta como
V - O sistema de drenagem deve ser feito de informação complementar, conforme desenho cons-
forma a garantir a continuidade de circulação dos tante no ANEXO II da presente Resolução;
pedestres, sem obstáculos e riscos à sua segurança. III - Demarcação em forma de triângulo, na
Art. 5º. Não pode ser implantada travessia cor branca, sobre o piso da rampa de acesso da
elevada para pedestres em via ou trecho de via em travessia elevada, conforme Anexo I; III e IV. Para
que seja observada qualquer uma das seguintes garantir o contraste, quando a cor do pavimento for
condições: (Com redação dada pela Retificação clara, o piso da rampa deve ser pintado de preto;
publicada no DOU 175, do dia 11.09.2018) IV - Demarcação de faixa de pedestres do tipo
I - isoladamente, sem outras medidas conjun- “zebrada” com largura (L3) entre 4,0m e 6,0m na
tas que garantam que os veículos se aproximem com plataforma da travessia elevada, conforme critérios
uma velocidade segura da travessia; estabelecidos no Volume;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 597

IV - Sinalização Horizontal, do Manual Brasileiro do utilizado na calçada ou na pista e piso tátil direcio-
de Sinalização de Trânsito do CONTRAN, admitindo-se nal, para melhoria da segurança na travessia de
largura superior, conforme previsto no inc. II, do art. 4º; pessoas com deficiência visual.
(De acordo com o original – o correto seria inc. V) Art. 7º. A colocação de faixa elevada para
V - A área da calçada próxima ao meio-fio de- travessia de pedestres sem permissão prévia do
ve ser sinalizada com piso tátil, de acordo com a órgão ou entidade executivo de trânsito com circuns-
norma ABNT NBR 9050, conforme mostrado no Anexo crição sobre a via sujeita o infrator às penalidades
I da presente Resolução; (De acordo com o original – o previstas no § 3º, do art. 95, do CTB.
correto seria inc. VI) Art. 8º. Os órgãos ou entidades executivos de
VI - Linha de retenção junto a travessia elevada trânsito terão prazo até 30 de junho de 2019, para
semaforizada, a ser implantada de acordo com o dispos- adequar às disposições contidas nesta Resolução.
to no Volume IV – Sinalização Horizontal, do Manual Bra- (Com redação dada pela Retificação publicada no
sileiro de Sinalização de Trânsito do CONTRAN, respei- DOU 175, do dia 11.09.2018)
tada distância mínima de 1,60 m antes do início da ram- Art. 9º. Fica revogada a Resolução CONTRAN
pa. (De acordo com o original – o correto seria inc. VII) 495, de 05.06.2014.
§ 1º A travessia elevada pode ser precedida Art. 10. Esta Resolução entra em vigor na da-
de linhas de estímulo de redução de velocidade. ta de sua publicação.
§ 2º Recomenda-se que o piso da plataforma Maurício José Alves Pereira
seja executado com material de textura diferenciada

ANEXO I
598 Ordeli Savedra Gomes

CORTE A-A
medidas em metros
sem escala

DETALHE A DETALHE B

ANEXO II
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 599

ANEXO III
600 Ordeli Savedra Gomes

ANEXO IV
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 601

RESOLUÇÃO 740, DE 12.09.2018


Dispõe sobre as metas de redução dos índices de mor-
tos por grupo de veículos e dos índices de mortos por
grupo de habitantes para cada um dos Estados da Fe-
deração e para o Distrito Federal, de que trata a Lei
13.614, de 11.01.2018, que criou o Plano Nacional de
Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS).
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
CONSIDERANDO que cabe ao CONTRAN fixar as metas de redução dos índices de mortos no trânsito
para cada Estado da Federação e para o Distrito Federal, com base nas propostas de metas e ações encami-
nhadas pelos Conselhos Estaduais de Trânsito – CETRAN, pelo Conselho de Trânsito do Distrito Federal –
CONTRANDIFE e pela Polícia Rodoviária Federal – PRF, conforme disposto na Lei 13.614 de 2018;
CONSIDERANDO que o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS) esta-
belece que até 2028 seja reduzido à metade, no mínimo, o índice nacional de mortos por grupo de veículos e o
índice nacional de mortos por grupo de habitantes apurados em 2018.
CONSIDERANDO o marco referencial para o planejamento, organização, normalização, execução e con-
trole das ações de trânsito em todo o território nacional estabelecido pelos instrumentos, objetivos e diretrizes
da Política Nacional de Trânsito, estabelecida pela Resolução CONTRAN 514, de 18.12.2014;
CONSIDERANDO que as diretrizes e ações do PNATRANS estão em consonância com os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável 3.6 e 11.2 da Agenda 2030, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas,
reafirmados na Resolução A/Res/72/271, adotada pela Assembleia Geral da ONU em 12 de abril de 2018; e
CONSIDERANDO o que consta no Processo 80000.026629/2018-56, resolve:
Art. 1º. Esta Resolução dispõe sobre as me- sentadas em Capítulo específico do Anexo I desta
tas de redução dos índices de mortos por grupo de Resolução.
veículos e dos índices de mortos por grupo de habi- § 1º Será admitida a tolerância de 0,5 ponto
tantes para cada um dos Estados da Federação e percentual da meta apurada para cada ano avaliado.
para o Distrito Federal, de que trata a Lei 13.614, de § 2º As metas poderão ser revisadas pelo
11.01.2018, que criou o Plano Nacional de Redução CONTRAN a cada ano a partir da obtenção dos dados
de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS). estatísticos reais de mortalidade no trânsito coletados
Art. 2º. Fica aprovado o Plano Nacional de nos Estados e no Distrito Federal, tratados e consolida-
Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNA- dos pelos respectivos órgãos ou entidades executivos
TRANS), conforme disposto no Anexo I desta Reso- de trânsito, e pela Polícia Rodoviária Federal em âmbito
lução. nacional.
Parágrafo único. As ações que compõem o Art. 5º. Durante a vigência do PNATRANS, os
PNATRANS para o decênio 2019-2028, constituem o CETRAN, o CONTRANDIFE e a PRF deverão encami-
Programa Nacional de Trânsito de que trata a Lei nhar ao CONTRAN as ações, projetos ou programas,
9.503, de 1997, que instituiu o Código de Trânsito com os respectivos orçamentos, no padrão estabele-
Brasileiro, e a Resolução CONTRAN 514, de 2015, cido no Anexo II desta Resolução, respeitadas as
que dispõe sobre a Política Nacional de Trânsito. disposições contidas na Lei 13.614, de 2018.
Art. 3º. Os índices de mortos a serem consi- § 1º Até 31 de dezembro de 2018, os CE-
derados no regime de metas por todas as Unidades TRAN, o CONTRANDIFE e a PRF deverão encaminhar
da Federação são: ao órgão máximo executivo de trânsito da União o
I - índice por grupo de veículos: número de detalhamento de suas ações, projetos e programas,
mortos por 10.000 (dez mil) veículos; referentes a 2019, conforme padrão estabelecido no
II - índice por grupo de habitantes: número de Anexo II desta Resolução e com base nas ações
mortos por 100.000 (cem mil) habitantes. propostas no Anexo I desta Resolução.
Art. 4º. As metas de redução dos índices de § 2º Até 1º de agosto de cada ano, os CE-
mortos por grupo de veículos e dos índices de TRAN, o CONTRANDIFE e a PRF deverão encaminhar
mortos por grupo de habitantes são aquelas apre- ao CONTRAN as ações, projetos ou programas, com
602 Ordeli Savedra Gomes

os respectivos orçamentos, referentes ao ano subse- Art. 6º. Anexos desta Resolução estão dispo-
quente, conforme Anexo II desta Resolução. níveis no sítio <www.denatran.gov.br>.
§ 3º O órgão máximo executivo de trânsito da Art. 7º. Esta Resolução entra em vigor na da-
União auxiliará os representantes dos órgãos do Sis- ta de sua publicação.
tema Nacional de Trânsito na aplicação do modelo de Maurício José Alves Pereira
ações e projetos definido no Anexo II desta Resolução.

ANEXOS
(Disponíveis no site: <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 743, DE 12.11.2018


Estabelece requisitos técnicos para modificação ou trans-
formação de veículos para motorcasa, assim como sua
circulação e fiscalização.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da atribuição que lhe confere o art. 12, inc.
I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e nos termos do disposto no
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT);
Considerando o disposto nos arts. 98 e 106, do CTB;
Considerando o que consta do Processo Administrativo 80000.027839/2017-81, resolve:
Art. 1º. Esta Resolução estabelece os requisi- cionar, indicado pelo fabricante, baseado em condi-
tos técnicos para transformação de veículos para o ções sobre suas limitações de geração e multiplica-
tipo “motorcasa” ou modificação para o tipo “motor- ção de momento de força e resistência dos elemen-
casa”, assim como sua circulação e fiscalização. tos que compõem a transmissão. A CMT deve ser
Art. 2º. Para efeitos desta Resolução, serão sempre igual ou superior ao PBT ou PBTC;
adotadas as seguintes definições: VIII - Reboque: veículo destinado a ser enga-
I - Motorcasa: também chamado de “mo- tado atrás de um veículo automotor;
torhome”, é o veículo automotor cuja carroçaria seja IX - Semirreboque: veículo de um ou mais ei-
fechada e destinada a alojamento, escritório, comér- xos que se apoia na sua unidade tratora ou é a ela
cio ou finalidades análogas; ligado por meio de articulação.
II - Camper: carroçaria intercambiável (remo- Art. 3º. Toda modificação ou transformação
vível), similar à carroçaria tipo motorcasa, cujos re- realizada em veículos para tipo motorcasa deve ser
quisitos técnicos estão contidos na Resolução CON- precedida apenas da obtenção do Certificado de Se-
TRAN 346/10, ou sucedâneas; gurança Veicular (CSV), nos termos da Resolução
III - Trailer: reboque ou semirreboque tipo ca- CONTRAN 292/08, ou sucedâneas, além de:
sa, com duas, quatro, ou seis rodas, acoplado ou I - A modificação deverá respeitar os pesos e
adaptado à traseira de um veículo automotor, utiliza- capacidades previstos pelo fabricante do veículo
do em geral em atividades turísticas como alojamen- utilizado como base, além dos pesos e dimensões
to, ou para atividades comerciais; previstos na Resolução CONTRAN 210/06, ou suce-
IV - Lotação: capacidade máxima de pessoas dâneas;
que o motorcasa pode transportar, limitada ao núme- II - Não devem existir equipamentos, acessó-
ro de posições de assento disponíveis, incluindo o do rios ou objetos soltos dentro do habitáculo do veícu-
condutor, devidamente equipados com cintos de lo, que apresentem risco de lesões para os ocupantes
segurança individuais; do veículo;
V - Peso Bruto Total (PBT): peso máximo que III - Não devem existir equipamentos, acessó-
o veículo transmite ao pavimento, constituído da so-
rios ou objetos que atrapalhem o campo de visibilida-
ma da tara mais a lotação;
de à frente do condutor e o campo de visão dos
VI - Peso Bruto Total Combinado (PBTC): so- retrovisores externos.
ma total do PBT do veículo trator ao PBT do veículo
Art. 4º. Para as transformações ou modifica-
rebocado;
ções efetuadas a partir da entrada em vigor desta
VII - Capacidade Máxima de Tração (CMT):
resolução, o Certificado de Registro de Veículos (CRV)
máximo peso que a unidade de tração é capaz de tra-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 603

e o Certificado de Registro e Licenciamento de Veí- sejam replicados pelo sistema de sinalização traseira
culos (CRLV) deverão informar, obrigatoriamente, no de ambos os veículos.
campo observações, a lotação do motorcasa expres- Art. 9º. O condutor de veículo do tipo motor-
sa em lugares, o PBT expresso em kg, e a CMT casa deverá possuir a categoria de habilitação
expressa em kg. conforme disposto no art. 143 do Código de Trânsito
Art. 5º. Para circular em vias públicas, o mo- Brasileiro (CTB).
torcasa deverá estar dotado dos equipamentos Art. 10. O não cumprimento do disposto nes-
obrigatórios gerais previstos para os veículos auto- ta Resolução implicará, conforme o caso e de forma
motores pela Resolução CONTRAN 14/98, ou suce- não exaustiva, na aplicação das seguintes sanções
dâneas. previstas no CTB:
§ 1º Ficam dispensados do registrador instan- I - Art. 162, inc. III: quando o condutor possuir
tâneo e inalterável de velocidade e tempo os veículos habilitação de categoria diferente à prevista no CTB;
do tipo motorcasa registrados na categoria particular. II - Art. 167: quando, em circulação, o condu-
§ 2º Devem ser aplicados nos veículos dispo- tor ou passageiros não estiverem devidamente senta-
sitivos retrorrefletivos de segurança conforme legis- dos e utilizando os cintos de segurança, em desacor-
lação aplicável aos ônibus e micro-ônibus, de acordo do com o art. 6º;
com o PBT e o comprimento somente, nos termos III - Art. 169: quando o condutor permitir o
das Resoluções CONTRAN 416/12 e 445/13, ou su- transporte de pessoas no interior de veículos reboca-
cedâneas. dos, deixando de observar os cuidados indispensá-
Art. 6º. Quando em circulação, todos os ocu- veis à segurança previstos no art. 8º;
pantes do motorcasa deverão estar devidamente IV - Art. 230, inc. VII: quando o veículo tiver
alocados em assentos equipados com cintos de sofrido as transformações ou modificações previstas
segurança, que respeitem os requisitos previstos pela nesta resolução e não possuir o tipo “motorcasa” no
Resolução CONTRAN 48/98, ou sucedâneas. CRLV;
Art. 7º. Fica vedado o transporte de cargas e V - Art. 230, inc. IX:
bagagens nas partes externas do motorcasa, inclusi- a) quando o veículo não possuir os equipa-
ve sobre o teto. mentos obrigatórios previstos no art. 5º, ou estiver
Parágrafo único. Bicicletas, ciclomotores, com eles ineficientes ou inoperantes;
motocicletas, motonetas, entre outros veículos asse- b) quando o veículo não estiver equipado com
melhados, poderão ser transportados em suporte ou cintas têxteis nos casos previstos no art. 7º, ou
espaço especialmente projetado na parte traseira, no estiver com elas ineficientes ou inoperantes; e
espaço entre a parede traseira do habitáculo e o para-
c) quando o veículo tracionar outro, cujo sis-
choque traseiro e dispositivos de sinalização traseira
tema de sinalização traseira original não esteja
(lanternas de posição, lanternas de freio, lanternas de
funcionando simultaneamente ao do veículo trator,
marcha a ré, lanternas indicadoras de direção, lanter-
em desacordo com o art. 8º.
na de iluminação da placa traseira), desde que seja
respeitado o balanço traseiro máximo permitido, VI - Art. 230, inc. X: quando o veículo for
conforme Resolução CONTRAN 210/06, ou sucedâ- transformado ou modificado para motorcasa e estiver
neas, e os veículos, ou conjunto de veículos, estejam com algum dos equipamentos obrigatórios previstos
devidamente acondicionados e amarrados com pelo no art. 5º em desacordo com o estabelecido pelo
menos duas cintas têxteis, com capacidade de tra- CONTRAN;
balho de no mínimo 1.000 Kg, tensionadas por meio VII - Art. 235: quando o veículo for transfor-
de catracas. mado ou modificado para motorcasa e estiver trans-
portando cargas ou bagagens nas partes externas,
Art. 8º. No caso de o motorcasa tracionar re-
em desacordo com o art. 7º.
boque, semirreboque, trailer ou veículo de passeio,
deverão ser observados os seguintes critérios: Art. 11. Ficam convalidadas todas as modifi-
I - Será permitido o reboque de apenas 1 (um) cações para motorcasa, ou transformação para tipo
veículo por vez; motorcasa realizadas até essa data.
II - Fica vedado o transporte de pessoas no in- Art. 12. Esta Resolução entra em vigor na da-
terior do veículo rebocado; e ta de sua publicação.
Art. 13. Fica revogada a Resolução CONTRAN
III - Os dispositivos originais de sinalização
538, de 06.10.1978.
traseira do veículo rebocado deverão estar conecta-
dos ao veículo trator (motorcasa), de forma que os Maurício José Alves Pereira
comandos de sinalização efetuados pelo condutor
604 Ordeli Savedra Gomes

RESOLUÇÃO 746, DE 30.11.2018


Estabelece os requisitos de segurança necessários à
circulação de ônibus articulados e biarticulados.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
Considerando a necessidade estabelecer requisitos necessários para emissão de Autorização Especial de
Trânsito (AET) para a circulação de veículos articulados e biarticulados de transporte coletivo de passageiros;
Considerando o disposto nos arts. 97, 101 e 107, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de
Trânsito Brasileiro (CTB);
Considerando o que consta nos autos do Processo Administrativo 80000.017069/2018-49,
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução estabelece os requisi- dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
tos de segurança necessários à circulação de ônibus juntando a seguinte documentação:
articulados e biarticulados. I - requerimento, em 3 (três) vias, indicando
Art. 2º. Os Veículos articulados e biarticula- nome e endereço do proprietário, devidamente assi-
dos, destinados ao transporte coletivo de passagei- nado por responsável ou representante credenciado
ros, cujas dimensões excedam aos limites de com- do proprietário;
primento de 19,80m, só poderão circular nas vias II - cópia do Certificado de Registro e Licenci-
portando Autorização Especial de Trânsito (AET) em amento do Veículo (CRLV);
conformidade com esta Resolução. III - planta dimensional do veículo, na escala
§ 1º Entende-se por veículos articulados de 1:50, contendo:
transporte coletivo de passageiros, veículos da cate- a) dimensões;
goria M3 constituídos por 2 (duas) unidades rígidas, b) distância entre eixos e comprimento dos
devidamente acopladas, que permitam comunicação balanços dianteiro e traseiro;
entre elas. Pelo menos 1 (uma) unidade deverá estar IV - distribuição de peso por eixo;
dotada de tração. Pode ser de piso único ou de duplo V - contar com sinalização especial de adver-
piso. tência na traseira do veículo, na forma indicada pela
§ 2º Entende-se por veículos biarticulados de Resolução CONTRAN 520/15 e suas sucedâneas,
transporte coletivo de passageiros, veículos da ca- para ônibus articulado e biarticulado com comprimen-
tegoria M3 constituído por 3 (três) unidades rígidas, to superior a 19,80 m (dezenove metros e oitenta
devidamente acopladas, que permitam comunicação centímetros), podendo esta sinalização ser ajustada
entre elas. Pelo menos 1 (uma) unidade deverá estar às dimensões do vidro traseiro, quando existir.
dotada de tração. Somente será permitido veículo de Paragrafo único. A AET fornecida pelos Ór-
piso simples. gãos e Entidades Executivos Rodoviários da União,
§ 3º Ficam dispensadas da emissão de AET dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
os ônibus articulados com comprimento até 19,80m terá o percurso estabelecido e aprovado pelo órgão
e que atendam aos limites de largura previsto no art. com circunscrição sobre a via.
4º. Art. 4º. Para a circulação nas vias e a con-
§ 4º Ficam dispensadas de AET os ônibus ar- cessão da AET deverão ser observados os seguintes
ticulados e os ônibus biarticulados que atendam aos limites:
limites de largura e comprimento previstos no art. 4º I - largura: 2,60 m (dois metros e sessenta
e que trafeguem em faixas próprias a eles destinadas centímetros);
e ou em trajetos definidos com a finalidade de opera- II - comprimento – medido do para-choque di-
ção para o transporte de passageiros. anteiro à extremidade traseira do veículo;
§ 5º Os ônibus articulados e os ônibus biarti- a) veículos articulados de transporte coletivo
culados com dimensões previstas no art. 4º, quando de passageiros: acima de 19,80 (dezenove metros e
em circulação fora dos trajetos específicos para oitenta centímetros) até 25,00 m (vinte e cinco
finalidade da operação de transporte de passageiros, metros);
só poderão circular portando AET. b) veículos biarticulados de transporte coleti-
Art. 3º. A AET pode ser concedida pelos Ór- vo de passageiros: acima de 25,00 m (vinte e cinco
gãos e Entidades Executivos Rodoviários da União, metros) até 30,00 m (trinta metros);
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 605

III - os limites legais de Peso Bruto Total (PBT) I - Art. 187, inc. I, quando os ônibus articula-
e peso por eixo previstos na Resolução CONTRAN dos e biarticulados estiverem com suas dimensões
210, de 13.11.2006, e suas sucedâneas. superiores aos limites estabelecidos legalmente e
Art. 5º. O trânsito dos ônibus articulados e existir restrição de tráfego, referente ao local e/ou
biarticulados de que trata esta Resolução será do horário, imposta pelo órgão com circunscrição sobre
amanhecer ao pôr do sol, e terá velocidade máxima a via e não constante na Autorização Especial de Trân-
de 60 km/h. sito – AET;
§ 1º Não se aplica a restrição quanto ao horá- II - Art. 231, inc. IV, quando os ônibus articu-
rio de trânsito contida no caput para os ônibus lados e biarticulados estiverem com suas dimensões
articulados cujo comprimento seja de no máximo superiores aos limites estabelecidos legalmente, e
19,80 m (dezenove metros e oitenta centímetros). não houver a expedição da correspondente Autoriza-
§ 2º Será admitido o trânsito noturno dos ôni- ção Especial de Trânsito – AET, exigida pelo art. 4º
bus articulados e biarticulados nas vias com pista desta Resolução;
dupla e duplo sentido de circulação, dotadas de III - Art. 231, inc. VI:
separadores físicos, que possuam duas ou mais
faixas de circulação no mesmo sentido. a) quando os ônibus articulados e biarticula-
dos estiverem com suas dimensões superiores aos
§ 3º Nos trechos rodoviários de pista simples
limites estabelecidos legalmente, e apresentarem
será permitido também o trânsito noturno.
informações divergentes em relação à Autorização
§ 4º Poderão ser adotados horários distintos
Especial de Trânsito – AET já expedida;
dos estabelecidos por esta Resolução em trechos
específicos, mediante proposição da autoridade b) quando os ônibus articulados e biarticula-
competente com circunscrição sobre a via. dos estiverem com suas dimensões superiores aos
Art. 6º. A Autorização Especial de Trânsito limites estabelecidos legalmente, e a Autorização
(AET) expedida pela autoridade competente terá Especial de Trânsito – AET estiver vencida;
validade máxima de 1 (um) ano. IV - Art. 232, quando os ônibus articulados e
Parágrafo único. Na data da entrada em vi- biarticulados estiverem com suas dimensões superio-
gor desta Resolução será assegurada a renovação da res aos limites estabelecidos legalmente no art. 2º
Autorização Especial de Trânsito (AET), mediante a desta Resolução, e não estiverem portando a Autori-
apresentação do Certificado de Registro e Licencia- zação Especial de Trânsito – AET regularmente ex-
mento dos Veículos (CRLV). pedida;
Art. 7º. Não será concedida Autorização Es- V - Art. 237, quando os ônibus articulados e
pecial de Trânsito (AET) para os veículos articulados biarticulados estiverem com suas dimensões superio-
e biarticulados de transporte coletivo de passageiros res aos limites estabelecidos legalmente e a sinaliza-
que não atendam integralmente ao disposto nesta ção especial de advertência na traseira não tiver sido
Resolução. instalada ou não atender aos requisitos previstos no
Art. 8º. O proprietário do veículo, usuário de inc. V do art. 3º.
Autorização Especial de Trânsito (AET), será respon- Art. 10. Os modelos dos ônibus articulados e
sável pelos danos que o veículo venha causar à via, à biarticulados, constantes no Anexo desta Resolução,
sua sinalização e a terceiros, como também respon- são meramente ilustrativos, e visam apenas demons-
derá integralmente pela utilização indevida de vias trar as dimensões permitidas aos veículos.
que, pelo seu gabarito e sua geometria, não permi- Art. 11. O Anexo desta Resolução encontra-se
tam o trânsito desses veículos.
disponível no sítio eletrônico do DENATRAN (<www.
Art. 9º. O descumprimento das determina- denatran.gov.br>).
ções desta Resolução implicará, conforme o caso e
Art. 12. Esta Resolução entra em vigor na da-
de forma não exaustiva, na aplicação das penalida-
des descritas nos seguintes dispositivos do Código ta de sua publicação.
de Trânsito Brasileiro (CTB): Maurício José Alves Pereira

ANEXO
Desenhos meramente ilustrativos com as dimensões máximas dos veículos
articulados e biarticulados de transporte coletivo de passageiros
606 Ordeli Savedra Gomes

VEÍCULO ARTICULADO

VEÍCULO BIARTICULADO

RESOLUÇÃO 749, DE 20.12.2018


Estabelece requisitos específicos para veículos movidos
à propulsão híbrida, híbrida plug-in e elétrica.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT);
Considerando a necessidade de aumentar a segurança nos veículos por meio da harmonização dos re-
quisitos nacionais de segurança veicular com os requisitos internacionais equivalentes, conforme previsto no
Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito – PNATRANS; e
Considerando o Processo Administrativo 80000.036570/2017-23, resolve:
Art. 1º. Esta Resolução estabelece os requisi- camionetas, caminhonetes, utilitários, micro-ônibus,
tos específicos para veículos movidos à propulsão ônibus, caminhões, caminhões-tratores e chassipla-
híbrida, híbrida plug-in e elétrica. taforma produzidos ou importados, a partir de 1º de
§ 1º Automóveis, caminhonetes, camionetas, janeiro de 2023.
utilitários, micro-ônibus, ônibus, caminhões, cami- Art. 3º. Para comprovação do atendimento
nhões-tratores e chassiplataformas, produzidos e dos requisitos mencionados no art. 1º desta Resolu-
importados, devem cumprir com os requisitos esta- ção, serão aceitos os resultados de ensaios que
belecidos no Anexo I, Capítulo I, ou alternativamente cumpram com os Regulamentos UN R100, UN R94
o Anexo II, desta Resolução. e UN R95, das Nações Unidas, ou com normativa
§ 2º Para os requisitos estabelecidos no Ane- Federal Motor Vehicle Safety Standards FMVSS 305,
xo I, Capítulos II e III, ou alternativamente no Anexo II dos Estados Unidos, conforme aplicável.
desta Resolução, o cumprimento deverá seguir o es- Art. 4º. Os anexos desta Resolução encon-
copo de categorias definidos em normativos do CON- tram-se disponíveis no sítio eletrônico do DENATRAN.
TRAN referentes a impacto frontal e impacto lateral. Art. 5º. Esta Resolução entra em vigor na da-
Art. 2º. Os requisitos referidos no art. 1º des- ta de sua publicação, sendo facultado antecipar sua
ta resolução aplicar-se-ão aos veículos híbridos, hí- adoção total ou parcial.
bridos plug-in e elétricos das categorias automóveis, Maurício José Alves Pereira

ANEXOS
(Disponíveis no site: <www.denatran.gov.br>)
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 607

RESOLUÇÃO 750, DE 20.12.2018


Estabelece requisitos específicos para ciclomotores,
motocicletas, motonetas, triciclos e quadriciclos movi-
dos à propulsão híbrida, híbrida plug-in e elétrica.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto no
Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT);
Considerando a necessidade de aumentar a segurança nos veículos por meio da harmonização dos re-
quisitos nacionais de segurança veicular com os requisitos internacionais equivalentes, conforme previsto no
Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito – PNATRANS; e
Considerando o que consta no Processo Administrativo 80000.036570/2017-23, resolve:
Art. 1º. Esta Resolução estabelece requisitos Art. 3º. Para comprovação do atendimento dos
específicos de ciclomotores, motocicletas, motone- requisitos mencionados no art. 1º desta Resolução,
tas, triciclos e quadriciclos movidos à propulsão hí- serão aceitos os resultados de ensaios que cumpram
brida, híbrida plug-in e elétrica. com o Regulamento UN R136, das Nações Unidas.
Parágrafo único. Os requisitos técnicos es- Art. 4º. Os anexos desta Resolução encon-
tão contidos nos Anexos desta Resolução. tram-se disponíveis no sítio eletrônico do DENATRAN.
Art. 2º. Os requisitos constantes desta Reso- Art. 5º. Esta Resolução entra em vigor na da-
lução aplicar-se-ão a ciclomotores, motocicletas, mo- ta de sua publicação, sendo facultado antecipar sua
tonetas, triciclos e quadriciclos produzidos ou impor- adoção total ou parcial.
tados, a partir de 1º de janeiro de 2022. Maurício José Alves Pereira

ANEXOS
(Disponíveis no site: <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 759, DE 20.12.2018


Estabelece requisitos de desempenho dos sistemas de
alerta e monitoramento traseiro instalados nos veículos.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
Considerando a necessidade de aumentar a segurança nos veículos por meio da harmonização dos re-
quisitos nacionais de segurança veicular com os requisitos internacionais equivalentes, conforme previsto no
Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito – PNATRANS; e
Considerando o Processo 80000.036372/2017-60, resolve:
Art. 1º. Esta Resolução estabelece requisitos Art. 3º. As disposições contidas nesta Reso-
de desempenho dos sistemas de alerta e monitora- lução serão aplicadas:
mento traseiro instalados nos veículos. I - a partir de 1º de janeiro de 2025 aos novos
Art. 2º. Os veículos tipo automóvel, camione- projetos de veículos produzidos ou importados;
ta, utilitário e caminhonete, nacionais e importados, II - a partir de 1º de janeiro de 2027 para to-
deverão ser dotados obrigatoriamente de um sistema dos os veículos em produção, sendo facultado ante-
de alerta traseiro, conforme estabelecido no Anexo I, cipar a sua adoção total ou parcial.
e/ou sistema de monitoramento traseiro nos termos § 1º Para efeitos desta Resolução, considera-
do Anexo II, desta Resolução.
se como novo projeto o modelo de veículo que nunca
Parágrafo único. Caso o veículo esteja equi- obteve o registro de código de Marca/Modelo/Versão
pado com o sistema de alerta e monitoramento tra- junto ao órgão máximo executivo de trânsito da União.
seiro, fica a critério do fabricante cumprir com os re-
§ 2º Não se considera como novo projeto a
quisitos do sistema de alerta traseiro ou de monito-
ramento traseiro. derivação de um mesmo modelo básico de veículo que
608 Ordeli Savedra Gomes

já possua Código de Marca/Modelo/Versão concedi- V - Os fabricantes de veículos de pequena sé-


do pelo órgão máximo executivo de trânsito da União. rie;
§ 3º Na hipótese de novo projeto, o fabricante VI - Os fabricantes de veículos artesanais;
ou importador deverá indicar essa condição no VII - As réplicas de veículos;
requerimento dirigido ao órgão máximo executivo de VIII - Os automóveis de carroçaria Buggy;
trânsito da União, para concessão de código de mar- IX - Veículos incompletos do tipo Chassi/Ca-
ca modelo versão. bine.
Art. 4º. Estão dispensados do atendimento Art. 5º. Alternativamente, para comprovação
aos requisitos desta Resolução: do desempenho dos sistemas obrigatórios de que
I - Os veículos fora-de-estrada; trata esta Resolução, os resultados de ensaios devem
II - Os veículos especiais, segundo definidos cumprir com os Regulamentos Técnicos das Nações
pela norma NBR 13776 da Associação Brasileira de Unidas (ONU/UNECE) ou com as normativas Federal
Normas Técnicas; Motor Vehicle Safety Standards (FMVSS), dos Esta-
III - Os veículos de uso bélico; dos Unidos.
IV - Os veículos resultantes de transforma- Art. 7º. Os anexos desta Resolução encon-
ções de veículos sujeitos a homologação compulsó- tram-se disponíveis no sitio eletrônico do DENATRAN.
ria, cuja data de fabricação do veículo original obje- (Conforme o original – omitido art. 6º)
to de transformação seja anterior a 1º de janeiro de Art. 8º. Esta Resolução entra em vigor na da-
2027. ta de sua publicação.
Maurício José Alves Pereira

ANEXOS
(Disponíveis no site: <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 760, DE 20.12.2018


Dispõe sobre a obrigatoriedade da instalação de dispo-
sitivo de aviso de não afivelamento dos cintos de segu-
rança em veículos automotores.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), usando da competência que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
Considerando a necessidade de aumentar a segurança nos veículos por meio da harmonização dos re-
quisitos nacionais de segurança veicular com os requisitos internacionais equivalentes, conforme previsto no
Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito – PNATRANS; e
Considerando o que consta no Processo Administrativo 80000.036541/2017-61, resolve:
Art. 1º. Esta Resolução estabelece requisitos segurança, este deve atender aos requisitos previs-
para a instalação de dispositivo de aviso de não afivela- tos nesta Resolução.
mento do cinto de segurança em veículos automotores. Art. 4º. Os requisitos desta Resolução serão
Parágrafo único. As disposições desta Reso- aplicados:
lução são aplicáveis para os veículos tipo automóvel, I - a partir de 1º de janeiro de 2020 aos auto-
camioneta, utilitário, caminhonete, micro-ônibus, ôni- móveis, camionetas, caminhonetes e utilitários
bus, caminhão, caminhão-trator e motor-casa. produzidos ou importados para novos projetos;
Art. 2º. A posição de assento do condutor de- II - a partir de 1º de janeiro de 2021 para to-
ve ser equipada obrigatoriamente com o dispositivo de dos os veículos;
aviso de não afivelamento dos cintos de segurança. III - a partir de 1º de janeiro de 2021 aos ca-
minhões, caminhões-tratores, motor-casa, ônibus e
Art. 3º. Se as posições dos assentos dos
micro-ônibus produzidos ou importados para novos
passageiros das categorias camioneta, utilitário, au- projetos;
tomóvel e caminhonete forem equipadas com o dis- IV - a partir de 1º de janeiro de 2023 para to-
positivo de aviso de não afivelamento dos cintos de dos os veículos.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 609

Parágrafo único. Para os assentos do condu- V - Veículos para aplicações especiais medi-
tor com sistema de suspensão, o aviso de não ante aprovação do DENATRAN;
afivelamento do cinto de segurança passará a ser VI - Veículos resultantes de transformações
obrigatório a partir de 1º de janeiro de 2024. de veículos sujeitos a homologação compulsória,
Art. 5º. Para efeito desta Resolução, conside- cujas datas de fabricação do veículo original objeto
ra-se novo projeto o modelo de veículo que nunca de transformação sejam anteriores àquelas estabele-
obteve o código de Marca/Modelo/Versão junto ao cidas no art. 2º desta Resolução.
órgão máximo executivo de trânsito da União. Art. 6º. Os Anexos desta Resolução estão
Parágrafo único. Não se considera como no- disponíveis no sítio eletrônico do DENATRAN. (De
vo projeto a derivação de um mesmo modelo básico acordo com o original – o correto seria art. 7º)
de veículo que já possua Código de Marca/Mode- Art. 7º. Alternativamente, para comprovação
lo/Versão concedido pelo órgão máximo executivo de do desempenho dos sistemas obrigatórios de que tra-
trânsito da União. ta a presente resolução, os resultados de ensaios de-
Art. 5º. Ficam dispensados do cumprimento vem cumprir com os Regulamentos Técnicos UN 16,
dos requisitos desta Resolução: (De acordo com o das Nações Unidas ou com as Normas Federais de
original – o correto seria art. 6º) Segurança dos Veículos Motorizados 208 (FMVSS)
I - Veículos de uso exclusivo fora-de-estrada; dos Estados Unidos, conforme aplicável. (De acordo
II - Veículos militares ou de uso bélico; com o original – o correto seria art. 8º)
III - Veículos de salvamento; Art. 8º. Esta Resolução entra em vigor na da-
IV - Veículos de fabricação artesanal, réplicas ta de sua publicação. (De acordo com o original – o
e Buggy; correto seria art. 9º)
Maurício José Alves Pereira

ANEXOS
(Disponíveis no site: <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 762, DE 20.12.2018


Estabelece requisitos do sistema antispray para veículos
tipo caminhão, caminhão-trator, reboque e semirreboque.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12,
inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
Considerando a necessidade de aumentar a segurança nos veículos por meio da harmonização dos re-
quisitos nacionais de segurança veicular com os requisitos internacionais equivalentes, conforme previsto no
Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito – PNATRANS; e
Considerando o que consta no Processo Administrativo 80000.036557/2017-74, resolve:
Art.1º. Esta Resolução estabelece os requisi- maior que 7.500 kg, além dos reboques e semirrebo-
tos do sistema antispray para os veículos tipo cami- ques que não se enquadrem nas condições do inciso
nhão, caminhão-trator, reboque e semirreboque. anterior.
Parágrafo único. Os veículos referidos no Parágrafo único. Todos os dispositivos an-
caput devem ter Peso Bruto Total (PBT) superior a tispray, mesmo os instalados de forma opcional,
7.500 kg (sete mil e quinhentos quilogramas). deverão cumprir os requisitos definidos nesta resolu-
Art. 2º. Os requisitos constantes nesta Reso- ção.
lução serão aplicados: Art. 3º. Para os chassis de caminhões ina-
I - Obrigatoriamente, para os veículos tipo re- cabados e dotados de cabine completa, o sistema
boque ou semirreboque que compõem qualquer tipo antispray, quando existente, deve ser aplicado so-
de combinação com comprimento total maior que mente nos eixos cobertos pela cabine.
19,80 m, independentemente do Peso Bruto Total Parágrafo único. Cabe ao implementador da
Combinado (PBTC); carroceria a instalação do sistema antispray nas car-
II - Opcionalmente, para os veículos tipo ca- roceiras dos veículos inacabados durante sua com-
minhão e caminhão-trator com Peso Bruto Total (PBT) plementação.
610 Ordeli Savedra Gomes

Art. 4º. Estão dispensados do atendimento I - a partir de 1º de janeiro de 2023 aos novos
aos requisitos desta Resolução: projetos de veículos, produzidos ou importados;
I - Os veículos fora de estrada; II - a partir de 1º de janeiro de 2025 a todos as
II - Os veículos de salvamento e combate a categorias de veículos estabelecidos no caput desse
incêndio; artigo, produzidos ou importados,
III - Os veículos de uso bélico; § 1º Para efeitos desta Resolução, considera-se
IV - Os veículos do tipo chassi-plataforma; como novo projeto o modelo de veículo que nunca
V - Os veículos cuja presença do sistema an- obteve o registro de código de Marca/Modelo/Versão
tispray seja incompatível com sua utilização, a serem junto ao órgão máximo executivo de trânsito da União.
definidos em Portaria do órgão máximo executivo de § 2º Não se considera como novo projeto a de-
trânsito da União; rivação de um mesmo modelo básico de veículo que já
VI - Os reboques e semirreboques especiais possua Código de Marca/Modelo/Versão concedido
utilizados no transporte de cargas indivisíveis. pelo órgão máximo executivo de trânsito da União.
Art. 5º. O descumprimento do disposto nesta § 3º Na hipótese de novo projeto, o fabricante
Resolução implicará, conforme o caso, na aplicação ou importador deverá indicar essa condição no
das seguintes sanções previstas no CTB: requerimento dirigido ao órgão máximo executivo de
I - Art. 230, inc. IX: quando for constatada a trânsito da União, para concessão de código de mar-
ausência do equipamento, em desacordo com o art. ca modelo versão.
2º desta Resolução; Art. 7º. Para comprovação do atendimento
II - Art. 230, inc. IX: quando for constatado aos requisitos desta Resolução serão aceitos os re-
defeito no equipamento, que acarrete sua ineficiência sultados de ensaios do sistema antispray que cum-
ou inoperância; pram com os Regulamento UN R109 ou suas suce-
dâneas, ou com a Diretiva Europeia 91/226/CEE.
III - Art. 230, inc. X: quando for constatado
Art. 8º. Os anexos desta Resolução encon-
que o equipamento esteja em descordo com o
tram-se disponíveis no sítio eletrônico do DENATRAN.
estabelecido nesta resolução.
Art. 6º. As disposições constantes desta Re- Art. 8º. Esta Resolução entra em vigor na data
solução serão aplicadas: de sua publicação, sendo facultada a sua antecipação.
(De acordo com o original – o correto seria art. 9º)
Maurício José Alves Pereira

ANEXOS
(Disponíveis no site: <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 763, DE 20.12.2018


Dispõe sobre a utilização obrigatória de espelhos retro-
visores, equipamento do tipo câmera-monitor ou outro
dispositivo equivalente, a ser instalado nos veículos
destinados ao transporte coletivo de escolares.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), usando da competência que lhe confere o inc. I do
art. 12 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT).
Considerando a necessidade de aumentar a segurança nos veículos por meio da harmonização dos re-
quisitos nacionais de segurança veicular com os requisitos internacionais equivalentes, conforme previsto no
Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito – PNATRANS; e
Considerando o Processo Administrativo 80000.036490/2017-78, resolve:
Art. 1º. Esta Resolução dispõe sobre a utiliza- Art. 2º. Os campos de visão referidos nos
ção obrigatória de espelhos retrovisores, equipamen- Anexos desta Resolução deverão ser obtidos por meio
to do tipo câmeramonitor ou outro dispositivo equiva- de espelhos retrovisores, equipamentos do tipo câ-
lente, a ser instalado nos veículos destinados ao trans- mera-monitor, pela combinação desses equipamen-
porte coletivo de escolares. tos ou por outros dispositivos com comprovada efi-
ciência técnica.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 611

§ 1º Entende-se por outros dispositivos com II - a partir de 1º de janeiro de 2026 para to-
comprovada eficiência técnica, aqueles resultantes dos os veículos em produção, sendo facultado ante-
da inovação tecnológica, capazes de substituir os cipar a sua adoção total ou parcial.
equipamentos previstos nesta Resolução. § 1º Para efeitos desta Resolução, considera-
§ 2º As especificações técnicas necessárias se como novo projeto o modelo de veículo que nunca
para o cumprimento dos requisitos desta Resolução, obteve o registro de código de Marca/Modelo/Versão
quanto à aplicação, à fabricação e à instalação dos junto ao órgão máximo executivo de trânsito da União.
dispositivos para visão indireta, estão estabelecidas § 2º Não se considera como novo projeto a
nos Anexos I, II e III. derivação de um mesmo modelo básico de veículo que
Art. 3º. Os espelhos retrovisores dos veículos já possua Código de Marca/Modelo/Versão concedido
do tipo utilitário, camioneta, ônibus e micro-ônibus pelo órgão máximo executivo de trânsito da União.
especialmente destinados à condução coletiva de § 3º Na hipótese de novo projeto, o fabricante
escolares, devem observar os requisitos estabeleci- ou importador deverá indicar essa condição no
dos nos anexos desta Resolução. requerimento dirigido ao órgão máximo executivo de
Art. 4º. As modificações realizadas nos veícu- trânsito da União, para concessão de código de mar-
los especialmente destinados à condução coletiva de ca modelo versão
escolares, a fim de atender aos requisitos previstos Art. 7º. Fica revogada, a partir de 1º de janeiro
nesta Resolução, não serão consideradas alterações de 2026, a Resolução CONTRAN 504, de 29.10.2014.
de características. Art. 7º. Os anexos desta Resolução encon-
Art. 5º. A não observância do disposto nesta tram-se disponíveis no sítio eletrônico do DENATRAN.
Resolução sujeitará o infrator à penalidade prevista (De acordo com o original – o correto seria art. 8º)
no art. 230, incs. IX e X, do CTB. Art. 8º. Esta Resolução entra em vigor na da-
Art. 6º. As disposições contidas nesta Reso- ta de sua publicação. (De acordo com o original – o
lução serão aplicadas: correto seria art. 9º)
I - a partir de 1º de janeiro de 2024 aos novos Maurício José Alves Pereira
projetos de veículos produzidos ou importados;

ANEXOS
(Disponíveis no site: <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 764, DE 20.12.2018


Estabelece método de ensaio para medição de pressão
sonora por buzina ou equipamento similar de veículos
automotores.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso das atribuições legais que lhe confere o art.
12, inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto
4.711, de 29.05.2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito (SNT);
Considerando a necessidade de aumentar a segurança nos veículos por meio da harmonização dos re-
quisitos nacionais de segurança veicular com os requisitos internacionais equivalentes, conforme previsto no
Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito – PNATRANS; e
Considerando o constante do Processo Administrativo 80000.036484/2017-11; resolve:
Art. 1º. Esta Resolução estabelece método de § 2º Para veículos da categoria L, com potên-
ensaio para medição de pressão sonora por buzina ou cia não superior a 7 kW, o nível permissível de pressão
equipamento similar de veículos automotores. sonora emitida por buzina ou equipamento similar será
§ 1º Todos os veículos automotores, nacio- de no mínimo 83 dB(A) e no máximo 112 dB(A), me-
nais ou importados, deverão cumprir com o nível dido conforme determinado no Anexo desta Resolução.
mínimo permissível de pressão sonora emitida por Art. 2º. Excetuam-se do disposto no art. 1º
buzina ou equipamento similar de 87 decibéis – dB desta Resolução, os veículos de competição automo-
(A) e nível máximo de 112 decibéis – dB (A), medido bilística, máquinas de tração agrícola, máquinas in-
conforme determinado no Anexo desta Resolução. dustriais de trabalho e tratores.
612 Ordeli Savedra Gomes

Art. 3º. A buzina ou equipamento similar, a b) Veículo com buzina, substituta ou comple-
que se refere o art. 1º, não poderá produzir sons mentar à buzina original, que imita sons assemelha-
contínuos ou intermitentes, assemelhado aos utiliza- dos aos utilizados, privativamente, por veículos de
dos, privativamente, por veículos de socorro de in- socorro de incêndio e salvamento, de polícia, de ope-
cêndio e salvamento, de polícia, de operação e fis- ração e fiscalização de trânsito e ambulância, entre
calização de trânsito e ambulância, assim como sons outros, em desacordo com o art. 3º desta resolução; ou
de animais, músicas, entre outros. c) Veículo com buzina, substituta ou comple-
Parágrafo único. A buzina deverá emitir um mentar à buzina original, que imita sons de animais,
som contínuo e uniforme. O espectro sonoro não músicas, entre outros, em desacordo com o art. 3º
deve variar substancialmente durante o seu funcio- desta resolução.
namento. II - Art. 230, inc. IX:
Art. 4º. Alternativamente, para comprovação a) Veículo sem buzina;
do desempenho do sistema de que trata a presente b) Veículo com a buzina ineficiente ou inope-
Resolução, os resultados de ensaios devem cumprir o rante.
previsto no Regulamento UN R 28 das Nações Art. 7º. Os anexos desta Resolução encon-
Unidas, conforme aplicável. tram-se disponíveis no sítio eletrônico do DENATRAN.
Art. 5º. É proibida a substituição da buzina Art. 8º. Esta Resolução entra em vigor na data
por outro equipamento similar de potência ou tecno- de sua publicação, sendo facultado antecipar sua ado-
logia de especificações diferentes do fabricante. ção total ou parcial, produzindo seus efeitos a partir de
Art. 6º. O não cumprimento do disposto nesta 1º de janeiro de 2022, quando ficarão revogadas:
Resolução implicará, conforme o caso, na aplicação I - a Resolução CONTRAN 35/98; e
das seguintes sanções previstas no CTB: II - a Portaria DENATRAN 12/02,
I - Art. 227, inc. V:
Parágrafo único. Ficam convalidadas as ca-
a) Veículo com o nível pressão sonora emitido racterísticas dos veículos fabricados até 31 de de-
pela buzina, ou equipamento similar, em desacordo zembro de 2021 de acordo com a Resolução CON-
com o art. 1º desta resolução ou das normas vigen- TRAN 35/98, e suas alterações.
tes à época de sua produção ou importação; Maurício José Alves Pereira

ANEXO
(Disponível no site: <www.denatran.gov.br>)

RESOLUÇÃO 771, DE 28.02.2019


Estabelece o tema, a mensagem e o cronograma da
campanha educativa de trânsito a ser realizada de maio
de 2019 a abril de 2020.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no uso da competência que lhe confere o art. 7º,
inc. I, art. 12, incs. I e II, e o art. 75, todos da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasi-
leiro – CTB, e nos termos do disposto no Decreto 4.711, de 29.05.2003, que trata da Coordenação do Sistema
Nacional de Trânsito – SNT.
Considerando o que consta no Processo Administrativo 80000.003536/2019-34, resolve:
Art. 1º. Esta Resolução estabelece o tema e o trânsito a ser realizada de abril de 2019 a maio de
cronograma da campanha educativa de trânsito a ser 2020, bem como a mensagem a ser utilizada nacio-
realizada de abril de 2019 a maio de 2020, bem como nalmente em todas as peças publicitárias destinadas
a mensagem a ser utilizada nacionalmente em todas à divulgação ou promoção, nos meios de comunica-
as peças publicitárias destinadas à divulgação ou pro- ção social, de produtos oriundos da indústria auto-
moção, nos meios de comunicação social, de produ- mobilística ou afins.
tos oriundos da indústria automobilística ou afins. Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor na da-
Art. 2º. Ficam divulgados, na forma do Ane- ta de sua publicação.
xo, o tema e cronograma da campanha educativa de Jerry Adriane Dias Rodrigues
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 613

ANEXO
I - Tema para a Campanha Educativa de Trân- 3º quadrimestre de 2019 – Foco: CICLISTA
sito para o período de maio de 2019 a abril de 2020: Setembro – Campanha da Semana Nacional
“NO TRÂNSITO, O SENTIDO É A VIDA” de Trânsito (18 a 25 de setembro de 2019).
II - Mensagem a ser veiculada em toda peça Outubro – Bicicletas como meio de locomo-
publicitária destinada à divulgação ou promoção, nos ção, o que saber para se proteger e proteger o ci-
meios de comunicação social, de produtos oriundos clista.
da indústria automobilística ou afins, no período de Novembro – Campanha de conscientização de
maio de 2019 a abril de 2020: preservação da vida no trânsito pelo Dia Mundial em
“NO TRÂNSITO, DÊ SENTIDO À VIDA” Memória às Vítimas do Trânsito.
III - Cronograma 2019/2020 da Campanha Dezembro – Bicicleta nas férias escolares e o
Educativa de Trânsito de âmbito nacional: seu convívio no trânsito.
2º quadrimestre de 2019 – Foco: PEDESTRE 1º quadrimestre de 2020 – Foco: MOTOCI-
Maio – Ações de apoio ao movimento Maio CLISTA
Amarelo e à Semana das Nações Unidas sobre se- Janeiro – Respeite o motociclista, respeite a
gurança viária. vida.
Junho – Campanha de valorização das Faixas Fevereiro – Valorização da Lei Seca e sua im-
para Pedestres e do Sinal de Vida. portância na redução de acidentes.
Julho – Ações de prevenção voltadas para o Março – Capacete é Vida.
período das férias escolares. Abril – Campanha de educação sobre a utili-
Agosto – Campanha de educação sobre a uti- zação do celular quando estamos em movimento, nos
lização do celular quando estamos em movimento, papéis de pedestre/ciclista/condutor.
nos papéis de pedestre/ciclista/condutor.

RESOLUÇÃO 780, DE 26.06.2019


Dispõe sobre o novo sistema de Placas de Identificação
Veicular
O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, no uso da competência que lhe confere o art. 12, incs. I e
VII, e art. 115, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB.
Considerando o que consta do Processo Administrativo 50000.013843/2019- 62,
RESOLVE:
Art. 1º. Esta Resolução dispõe sobre o novo § 2º As especificações técnicas das PIV es-
sistema de placas de identificação de veículos regis- tão contidas no Anexo I.
trados no território nacional e as medidas de transi- § 3º Caso os proprietários de veículos que
ção entre o atual e o novo sistemas estejam em circulação desejem adotar voluntaria-
CAPÍTULO I mente o modelo de PIV previsto nesta Resolução,
REQUISITOS DA PLACA DE IDENTIFICAÇÃO haverá a substituição automática do segundo carac-
VEICULAR ter numérico do modelo de PIV anterior por uma
letra, conforme padrão contido no Anexo II.
Art. 2º. Após o registro no respectivo órgão
ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Art. 3º. O código de barras bidimensionais
Distrito Federal (DETRAN), cada veículo será identifi- dinâmico (Quick Response Code – QR Code) de que
cado por Placas de Identificação Veicular – PIV trata o art. 5º substituirá o lacre previsto no art. 115
dianteira e traseira, de acordo com os requisitos do CTB, durante o período de implantação do dispo-
estabelecidos nesta Resolução. sitivo de identificação eletrônico denominado “placa
eletrônica”, de que trata a Resolução CONTRAN 537,
§ 1º Os reboques, semirreboques, motocicle-
de 17.06.2015, que “dispõe sobre a implantação do
tas, motonetas, ciclomotores, cicloelétricos, trici-
Sistema Nacional de Identificação Automática de
clos, quadriciclos, bem como, quando couber, os
Veículos – SINIAV em todo o território nacional”, e
tratores destinados a puxar ou arrastar maquinaria
suas sucedâneas.
de qualquer natureza ou a executar trabalhos agríco-
las e de construção, de pavimentação ou guindastes Art. 4º. É obrigatório o uso de segunda PIV
serão identificados apenas pela PIV traseira. traseira nos veículos equipados com engates para
614 Ordeli Savedra Gomes

reboques ou carroceria intercambiável, transportan- critérios de registro das informações necessárias pa-
do eventualmente carga que cobrir, total ou parcial- ra o rastreamento do processo de fabricação e es-
mente, a PIV traseira. tampagem da PIV;
§ 1º A segunda PIV deve ser disposta em lo- VII - disponibilizar o sistema informatizado de
cal visível, podendo ser instalada: emplacamento para a gestão e controle de distribui-
I - no caso de engate de reboque, no para- ção do QR Code e das combinações alfanuméricas,
choque ou carroceria, admitida a utilização de supor- estampagem das PIV e emplacamento;
tes adaptadores; VIII - aplicar as sanções administrativas aos
II - no caso de transporte eventual de carga, fabricantes credenciados, registrando e informando
ou de carroceria intercambiável, nos termos da Reso- em seu sítio eletrônico as sanções aplicadas.
lução CONTRAN 349, de 17.05.2010, e suas sucedâ- Art. 7º. Compete aos DETRAN:
neas, no que couber. I - cumprir e fazer cumprir as disposições
§ 2º A segunda placa traseira também deverá desta Resolução;
atender os requisitos de instalação de que trata o II - credenciar as empresas estampadoras de
item 5 do Anexo I. PIV no âmbito de sua circunscrição, utilizando
Art. 5º. Todas as PIV deverão possuir código sistema informatizado disponibilizado pelo DENA-
de barras bidimensionais dinâmico (Quick Response TRAN;
Code – QR Code) contendo números de série e III - fiscalizar a regularidade das atividades
acesso às informações do banco de dados do fabri- dos estampadores de PIV, suas instalações, equipa-
cante, especificados no Anexo I, com a finalidade de mentos, bem como o controle e gestão do processo
controlar a produção, logística, estampagem e produtivo;
instalação das PIV nos respectivos veículos, além da IV - aplicar as sanções administrativas aos
verificação da sua autenticidade. estampadores credenciados no âmbito de sua
Parágrafo único. O DENATRAN disponibiliza- circunscrição, registrando e informando em seu sítio
rá aplicativo aos órgãos e entidades do SNT para eletrônico as sanções aplicadas.
leitura do QR Code de que trata o caput. Art. 8º. É vedado aos DETRAN estabelece-
rem a atividade de intermediários na execução das
CAPÍTULO II
atividades de que trata esta Resolução.
COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS EXECUTIVOS DE
Art. 9º. É vedado ao DENATRAN e aos DE-
TRÂNSITO
TRAN:
Art. 6º. Compete ao Departamento Nacional
I - credenciar empresa que não possua objeto
de Trânsito – DENATRAN:
social para a atividade de fabricação ou estampagem
I - cumprir e fazer cumprir as disposições de PIV.
desta Resolução;
II - estabelecer critérios adicionais aos conti-
II - Credenciar, mediante análise do requeri- dos no Anexo III.
mento devidamente instruído e protocolado, as
empresas fabricantes de PIV, as quais devem ser CAPÍTULO III
notificadas acerca da viabilidade do pedido, nos FABRICANTES E ESTAMPADORES
seguintes prazos: (Inc. II alterado pela Del. 183/20) Art. 10. A prestação de serviços de fabrica-
a) cento e vinte dias, para os requerimentos ção e estampagem das PIV será realizada por meio
apresentados até 01.02.2021; de credenciamento de fabricantes e estampadores,
b) noventa dias, para os requerimentos apre- nos termos desta Resolução, sendo vedada a habili-
sentados até 01.02.2022; tação de empresas de forma diversa.
c) sessenta dias, para os requerimentos Parágrafo único. Para fins desta Resolução
apresentados a partir de 02.02.2022. serão adotadas as seguintes definições:
III - disponibilizar acesso às informações dos I - Fabricante de Placa de Identificação Veicu-
fabricantes credenciados aos DETRAN; lar – PIV: empresa credenciada pelo DENATRAN para
IV - fiscalizar a regularidade das atividades exercer a atividade de fabricação, operação logística,
dos fabricantes de PIV, suas instalações, equipamen- gerenciamento informatizado e a distribuição das PIV
tos e soluções tecnológicas de controle e gestão do semiacabadas para os estampadores;
processo produtivo; II - Estampador de Placa de Identificação Vei-
V - desenvolver, manter e atualizar o sistema cular – PIV: empresa credenciada pelo órgão ou
informatizado de emplacamento; entidade executivo de trânsito dos Estados e do
VI - estabelecer os requisitos mínimos do sis- Distrito Federal (DETRAN), em sistema informatizado
tema desenvolvido pelo fabricante, bem como os do DENATRAN, para exercer, exclusivamente, o ser-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 615

viço de acabamento final das PIV e a comercialização poderá ser substituída por documento instituído pelo
com os proprietários dos veículos. respectivo DETRAN responsável pelo registro e
Art. 11. Os fabricantes de PIV serão creden- licenciamento do veículo.
ciados pelo DENATRAN, conforme critérios estabe- Art. 14. O credenciamento das empresas fa-
lecidos no Anexo III. bricantes e estampadoras terá validade de 5 (cinco)
§ 1º Os fabricantes de PIV têm como finali- anos, podendo ser cassado a qualquer tempo, se não
dade a produção da placa semiacabada, bem como a mantidos, no todo ou em parte, os requisitos exigi-
logística, gerenciamento informatizado e distribuição dos para o credenciamento conforme Anexo III,
das PIV aos estampadores credenciados. observado o devido processo administrativo.
§ 2º Os fabricantes credenciados na forma Parágrafo único. O credenciamento deverá
desta Resolução poderão fornecer PIV para todas as ser renovado, a pedido, por igual período, sem limite
Unidades da Federação, vedada qualquer restrição de renovações, desde que atendidos os requisitos de
credenciamento estabelecidos no Anexo III, bem
ao exercício dessa atividade por parte dos DETRAN.
como o cumprimento das demais disposições desta
§ 3º É vedado aos fabricantes firmarem con- Resolução.
tratos de exclusividade com os estampadores, sob Art. 15. O descumprimento, no todo ou em
pena de descredenciamento. parte, das regras previstas nesta Resolução, sujeita-
§ 4º Os fabricantes somente poderão forne- rá os fabricantes e os estampadores de PIV creden-
cer PIV para estampadores credenciados pelos ciados às seguintes sanções administrativas, con-
DETRAN, para que estes realizem a estampagem e o forme a gravidade da conduta, assegurado o devido
acabamento final. processo administrativo, sem prejuízo de sanções
§ 5º Cabe ao fabricante disponibilizar equi- cíveis ou penais cabíveis:
pamentos e sistemas informatizados para garantir a I - advertência;
prevenção contra as fraudes e operações não autori- II - suspensão do credenciamento de 30 (trin-
zadas, bem como todas as informações relativas ao ta) dias;
histórico dos processos realizados, nos termos III - cassação do credenciamento.
estabelecidos pelo DENATRAN. § 1º Constatado o descumprimento, de me-
Art. 12. Os estampadores de PIV serão cre- nor gravidade, das regras previstas nesta Resolução,
denciados pelos respectivos DETRAN, em sistema será expedida a advertência ao credenciado, deter-
informatizado do DENATRAN, conforme critérios minando-lhe que sane a irregularidade.
estabelecidos no Anexo III. § 2º Caso não seja sanada a irregularidade
§ 1º Os estampadores têm como finalidade que ensejou a advertência no prazo de 30 (trinta)
executar a estampagem e o acabamento final das dias, será aplicada a penalidade de suspensão do
PIV. credenciamento.
§ 2º Os estampadores poderão adquirir PIV e § 3º Durante o período de suspensão, o cre-
insumos de qualquer fabricante regularmente cre- denciado não poderá produzir, estampar ou comerci-
denciado pelo DENATRAN, independentemente da alizar as PIV.
Unidade da Federação de sua instalação. § 4º Constatado o cometimento de irregulari-
§ 3º Os estampadores deverão emitir a nota dade grave, ou em caso de persistência do motivo da
fiscal diretamente ao consumidor final, sendo vedada suspensão, será cassado o credenciamento da
empresa.
a sub-rogação dessa responsabilidade.
§ 5º No caso de cassação do credenciamen-
Art. 13. Os estampadores credenciados de- to, a empresa punida poderá requerer novo credenci-
verão realizar, sob sua única, exclusiva e indelegável amento depois de transcorridos 2 (dois) anos da
responsabilidade, a comercialização direta com os cassação, ficando sujeita à análise, pelo órgão com-
proprietários dos veículos, sem intermediários ou petente, das causas da penalidade, sem prejuízo do
delegação a terceiros a qualquer título, definindo de integral ressarcimento à Administração e aos usuá-
forma pública, clara e transparente o preço total da rios dos prejuízos causados com as irregularidades
PIV. perpetradas.
§ 1º A disposição do caput não impede o § 6º Enquanto perdurarem a penalidade de
proprietário de veículo de se fazer representar por suspensão ou cassação de credenciamento, ou ainda
qualquer pessoa, desde que apresentada ao estam- no caso de não haver sua renovação, será bloqueado
pador a procuração com poderes específicos. o acesso ao sistema informatizado de emplacamento.
§ 2º Caso o DETRAN tenha regulamentado a Art. 16. Sem prejuízo das demais disposições
atuação de despachantes legalmente constituídos, contidas nesta Resolução e em seus Anexos, as
desde que o proprietário voluntariamente decida por empresas credenciadas são responsáveis pelo cum-
ser representado, a procuração de que trata o § 1º primento das seguintes exigências:
616 Ordeli Savedra Gomes

I - atender às especificações dos insumos tema informatizado de emplacamento, nos termos


personalizados utilizados na produção das PIV, estabelecidos pelo DENATRAN.
constantes do Anexo I, estando sujeitas ao descre- Parágrafo único. O responsável pelo empla-
denciamento, no caso de fabricação e estampagem camento deverá fazer, via sistema, a vinculação do
de PIV que não atendam às especificações; QR Code à PIV disponibilizada.
II - garantir a confidencialidade das opera- Art. 20. No caso de extravio, furto ou roubo
ções e de qualquer informação que lhe seja confiada de quaisquer das PIV, o proprietário, possuidor ou
pelo DENATRAN ou pelos DETRAN, atestando que condutor do veículo poderá requerer a substituição
não será fornecida a terceiros sem autorização em qualquer Unidade da Federação onde o veículo
expressa e escrita, sob pena de descredenciamento; estiver circulando, independentemente do município
III - manter arquivo eletrônico completo de ou Unidade da Federação onde o veículo estiver
fornecimento das PIV produzidas e estampadas, e registrado.
fornecer sempre que solicitado, o acesso deste Parágrafo único. Aplica-se o disposto no ca-
arquivo ao DENATRAN e aos DETRAN para consultas put a veículo que estiver legalmente retido ou reco-
e auditorias;
lhido a depósito em outra Unidade da Federação ou
IV - registrar os procedimentos relativos ao município e necessite ser regularizado para voltar a
processo de fabricação e estampagem das PIV no circular em via pública.
sistema informatizado de emplacamento;
V - não se dedicar à produção ou distribuição CAPÍTULO V
de outros produtos ou serviços relacionados à DISPOSIÇÕES FINAIS
legalização dos veículos ou de seus condutores, de Art. 21. A PIV de que trata esta Resolução
modo a restringir o acesso, a concentração e o deverá ser implementada pelos DETRAN até o dia
perfilhamento das informações relativas ao registro 31.01.2020, sendo exigida nos casos de primeiro
nacional de veículos por entidade privada, sob pena emplacamento do veículo.
de descredenciamento; § 1º Também se exigirá a nova PIV para os
VI - disponibilizar aos consumidores, via in- veículos em circulação, nos seguintes casos:
ternet, informações adequadas, claras e precisas I - substituição de qualquer das placas em
sobre todas as etapas e procedimentos relativos à decorrência de mudança de categoria do veículo ou
produção, estampagem e acabamento das PIV, com furto, extravio, roubo ou dano da referida placa;
especificação dos materiais utilizados, bem como o
II - mudança de município ou de Unidade Fe-
preço final da PIV, sendo solidariamente responsá-
derativa; ou
veis pelas irregularidades praticadas e vícios do
produto e do serviço pelo período mínimo de 5 III - em que haja necessidade de instalação
(cinco) anos; da segunda placa traseira de que trata o art. 4º.
VII - inserir, em campo específico no sistema § 2º Os DETRAN que já adotaram o modelo
informatizado de emplacamento, o serial (QR Code) de PIV de que trata a Resolução CONTRAN 729, de
das PIV utilizadas no atendimento, o arquivo eletrôni- 26.03.2018, e suas alterações, deverão adequar seus
co (XML) da referida nota fiscal e o CPF do funcioná- procedimentos às disposições contidas nesta Reso-
rio responsável; lução até a data de sua entrada em vigor.
VIII - ressarcir os custos relativos às transa- § 3º Os emplacamentos realizados de acordo
ções sistêmicas, conforme normativos do DENA- com a Resolução CONTRAN 729, de 2018, e suas
TRAN que disciplinam o acesso aos seus sistemas e alterações, serão aceitos por todos os órgãos e
subsistemas informatizados. entidades do Sistema Nacional de Trânsito – SNT e
Art. 17. As empresas produtoras dos insu- demais órgãos e entidades públicas e privadas que
mos personalizados constantes do Anexo I somente utilizem o sistema de emplacamento para identifica-
poderão fornecer tais insumos para os fabricantes e ção veicular.
estampadores credenciados, sob pena de responsa- § 4º Para o veículo já emplacado com o mo-
bilização cível e criminal. delo de PIV de que trata esta Resolução ou a Resolu-
Art. 18. Fabricantes e estampadores respon- ção CONTRAN 729, de 2018, transferido para um
dem solidariamente pelas irregularidades cometidas Estado que ainda esteja em fase de transição para o
no processo de estampagem das PIV. novo modelo, não poderá ser exigido o retorno ao
modelo de placa anterior.
CAPÍTULO IV § 5º No caso do § 3º, havendo necessidade
PROCESSO PRODUTIVO de aquisição de nova PIV, por extravio, furto, roubo
Art. 19. Todas as etapas do procedimento ou dano ou por segunda placa traseira, o proprietário
devem possuir trilhas de auditoria comprobatórias, do veículo poderá adquiri-la de outra Unidade da
desde a fabricação e estampagem da PIV até a sua Federação, mediante intermediação do DETRAN on-
vinculação ao veículo e inserção dos dados no sis- de seu veículo estiver registrado.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 617

Art. 22. Os veículos em circulação que utili- Art. 24. No caso das PIV especiais tratadas
zem PIV no padrão estabelecido pela Resolução no Anexo I, o DENATRAN deverá providenciar as
CONTRAN 231, de 15.03.2007, e suas alterações, adequações nos sistemas RENAVAM e RENAINF de
poderão circular até o seu sucateamento sem neces- forma a possibilitar o registro das infrações que
sidade de substituição das placas e, a qualquer venham a ser cometidas quando da circulação dos
tempo, optar voluntariamente pelo novo modelo de veículos com prerrogativa de utilização dessas PIV,
PIV de que trata esta Resolução, ressalvado o dis- nos termos de regulamentação específica.
posto no § 2º deste artigo. Art. 25. Os insumos utilizados para a confec-
§ 1º No caso de adoção do novo modelo, os ção das PIV de que trata a Resolução CONTRAN 729,
caracteres originais alfanuméricos da PIV deverão de 2018, e suas atualizações, poderão ser utilizados
ser mantidos no cadastro do veículo e constar no por fabricantes e estampadores até o fim de seus
campo “placa anterior” do Certificado de Registro de estoques.
Veículo – CRV e do Certificado de Registro e Licenci- Art. 26. Na implantação do novo sistema de
amento de Veículo – CRLV, atribuindo-se a nova PIV, eventuais aspectos regionais serão, a pedido
combinação alfanumérica de que trata esta Resolu- dos DETRAN, avaliados pelo DENATRAN.
ção, na forma do Anexo II, devendo ser possível a Art. 27. A instalação ou uso de PIV em desa-
consulta e demais transações referentes ao veículo cordo com o disposto nesta Resolução implicará a
por meio de ambas as combinações. aplicação das penalidades e medidas administrativas
§ 2º É vedado aos DETRAN e estampadores previstas nos arts. 221, 230, incisos I, III, IV e VI, 243
exigirem a substituição das PIV pelo modelo de que e 250, inciso III, do Código de Trânsito Brasileiro,
trata esta Resolução, exceto nas situações previstas conforme a conduta observada.
nos incisos do § 1º do art. 21 e na Resolução CON- Art. 28. O DENATRAN definirá os critérios de
TRAN 670, de 18.05.2017. transição para a implementação da nova PIV, além
Art. 23. As empresas credenciadas nos ter- dos parâmetros e procedimentos para aplicação das
mos da Resolução CONTRAN 729, de 2018, e suas penalidades previstas no art. 15.
alterações, continuarão a prestar seus serviços até o Art. 29. Ficam revogadas as Resoluções do
fim do prazo de credenciamento, sendo vedada a CONTRAN 729, de 06.03.2018, 733, de 10.05.2018,
prorrogação em desacordo com esta Resolução. 741, de 17.09.2018, 748, de 30.11.2018, e 770, de
Parágrafo único. Os DETRAN deverão provi- 20.12.2018.
denciar o cadastramento das empresas estampado- Art. 30. Esta Resolução entrará em vigor 60
ras já credenciadas pelo DENATRAN, no prazo (sessenta) dias após a data de sua publicação.
estabelecido no caput do art. 21. Marcelo Sampaio Cunha Filho

ANEXO I
ESPECIFICAÇÕES DAS PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO VEICULAR – PIV
1. CARACTERÍSTICAS BÁSICAS: 1.2.1 O caracter “L” refere-se à letra, e o ca-
1.1. A PIV deve ser revestida, em seu anver- racter “N” refere-se ao numeral.
so, de película retrorrefletiva, na cor branca com uma 1.3. O processo de estampagem dos caracte-
faixa na cor azul na margem superior, contendo ao res alfanuméricos deve ser realizado por meio de
lado esquerdo o logotipo do MERCOSUL, ao lado filme térmico aplicado por calor (hot stamp).
direito a Bandeira do Brasil e ao centro o nome 1.4. A cor dos caracteres alfanuméricos da
BRASIL. PIV será determinada de acordo com o uso dos
1.2. O padrão de estampagem é composto de veículos, conforme Tabela III.
7 (sete) caracteres alfanuméricos, em alto relevo, na 2. MATERIAL, DIMENSÕES E CORES
sequência LLLNLNN, com espaçamento equidistante 2.1. Dimensões:
e combinação aleatória, distribuída e controlada pelo 2.1.1 As PIV devem ter as dimensões apre-
DENATRAN. sentadas na Tabela I:
Tabela I – Dimensões da PIV
Tipo de veículo Dimensões (em mm)
altura (h) = 170 ± 2 comprimento
Motocicletas, motonetas, ciclomotores,
(c) = 200 ± 2 Conforme Figura I
cicloelétricos, triciclos e quadriciclos
espessura (e) = 1 ± 0,2
618 Ordeli Savedra Gomes

altura (h) = 130 ± 2 comprimento


Demais Veículos (c) = 400 ± 2 Conforme Figura II
espessura (e) = 1 ± 0,2
* A espessura (e) da placa refere-se à soma das espessuras do substrato metálico, mais a película re-
trorrefletiva flexível, mais o filme térmico.

2.1.2 As dimensões de que trata a Tabela efeito difrativo, sólido, com inscrições das palavras
acima poderão ser reduzidas em até 15% caso a PIV “MERCOSUR BRASIL MERCOSUL” sobre os caracte-
não caiba no receptáculo do veículo homologado res, em letras maiúsculas, conforme Figura V.
pelo DENATRAN. 2.3. Cores (conforme Figura III):
2.2. Material: 2.3.1. Fundo:
2.2.1. Metal: alumínio não galvanizado, com A placa deverá ter o fundo branco, conforme
espessura de 1mm ± 0,2mm. especificações contidas nas Tabelas IV e V.
2.2.2. Película do fundo: microprismática ou 2.3.2. Faixa Azul:
microesférica retrorrefletiva; A placa deverá conter em sua margem supe-
2.2.3. Caracteres: filme térmico aplicado por rior uma faixa horizontal azul padrão Pantone 286,
calor (hot stamp), sem retrorrefletividade e sem cujas medidas são dispostas na Tabela II:
Tabela II – Dimensões da faixa azul conforme tipo de veículo
Tipo de veículo Dimensões (em mm)
Motocicletas, motonetas, ciclomotores, cicloelétricos, triciclos e altura (h) = 30 comprimento (c)
quadriciclos = 196
altura (h) = 30 comprimento (c)
Demais Veículos
= 390

2.3.3 Caracteres: 2.4.1.2 Altura (h): 53mm, para motocicletas,


A cor dos caracteres alfanuméricos da PIV motonetas, ciclomotores, cicloelétricos, triciclos e
será determinada de acordo com o uso dos veículos, quadriciclos; 65mm, para os demais veículos.
nos termos da Tabela III: 2.4.1.3 Largura: conforme Figuras I e II.
2.3.4. Nome do País (BRASIL): deverá ser 2.4.1.4 Espessura do traço: proporcional ao
vazado na cor branca, ao centro da faixa azul superior. padrão da tipologia.
2.4. Fontes 2.4.2. Fonte do Nome do País (BRASIL): Gill
2.4.1. Fonte da Combinação Alfanumérica: Sans Standard Bold Condensed 50 Interletrado
2.4.1.1 Tipologia: FE Engschrift,
Tabela III – Cor dos caracteres conforme o uso do veículo
Uso de veículo Cor dos Caracteres Padrão de Cor
Particular Preta -
Pantone Fórmula
Comercial (Aluguel e Aprendizagem) Vermelha Sólido
Brilhante 186C
Pantone Fórmula
Oficial e Representação Azul Sólido
Brilhante 286C
Diplomático/Consular (Missão Diplomática, Corpo Pantone Fórmula
Consular, Corpo Diplomático, Organismo Consular e/ou Dourada Sólido
Internacional e Acordo Cooperação Internacional) Brilhante 130C
Pantone Fórmula
Especiais (Experiência/Fabricantes de veículos, peças
Verde Sólido
e implementos)
Brilhante 341C
Coleção Cinza Prata Swop Pantone Grey
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 619

2.3.4. Nome do País (BRASIL): deverá ser serão arredondados e terão uma borda branca de 1
vazado na cor branca, ao centro da faixa azul superior. mm (±0,5 mm) de largura.
2.4. Fontes 3.3. Signo/Distintivo internacional do Bra-
2.4.1. Fonte da Combinação Alfanumérica: sil – BR (Figuras I, II e III): a sigla “BR” deverá ser
2.4.1.1 Tipologia: FE Engschrift, na fonte Gill Sans, cor Preta, aplicada por calor ou
2.4.1.2 Altura (h): 53mm, para motocicletas, impressa no canto inferior esquerdo;
motonetas, ciclomotores, cicloelétricos, triciclos e 3.4. Marca d’água (Figuras I, II e IV): con-
quadriciclos; 65mm, para os demais veículos. siste em um efeito óptico visível sob condições de
2.4.1.3 Largura: conforme Figuras I e II. luz normais, inscrito no interior da película com o
2.4.1.4 Espessura do traço: proporcional ao emblema do MERCOSUL em formato circular, grava-
dos na construção da película retrorrefletiva, ocor-
padrão da tipologia.
rendo a cada 72mm.
2.4.2. Fonte do Nome do País (BRASIL): Gill
3.5. Código bidimensional (2D): Gravação
Sans Standard Bold Condensed 50 Interletrado
de forma indelével no canto superior esquerdo da
3. ESPECIFICAÇÕES DOS ELEMENTOS DE
placa, abaixo da faixa azul, com lado entre 16mm a
SEGURANÇA:
22 mm.
3.1. Emblema do MERCOSUL (Figuras I, II e
3.5.1 O código de barras bidimensionais di-
III): É o Emblema Oficial do MERCOSUL, claramente
nâmico (Quick Response Code - QR Code), deve ser
visível e impresso na película retrorrefletiva, com um
gerado a partir de algoritmo específico, de proprie-
Pantone Azul (286) e Verde (347), com tamanho de
dade do DENATRAN, que deverá conter a identifica-
25mm por 20mm para motocicletas, motonetas,
ção do fabricante e o número de série individual e
triciclos, ciclo elétricos, quadriciclos e ciclomotores
acesso aos dados dos eventos envolvendo as placas,
e, de 32mm por 22mm, para os demais veículos.
que permita a rastreabilidade sistêmica das placas
Esta aplicação é sobre fundo de cor conforme a
desde a sua produção até a instalação aos respecti-
Normativa, Emblema do MERCOSUL do Manual de
vos veículos, além da verificação da autenticidade
Identidade Corporativa – Emblema do MERCO-
por meio de sistema eletrônico.
SUL/DEC CMC 17/02. O extremo esquerdo da logo-
marca começa aos 15mm da borda esquerda, exceto 3.5.2 A obtenção do QR Code será feita dire-
para motocicleta, motoneta, triciclos, ciclo elétricos, tamente pelos fabricantes credenciados pelo DENA-
TRAN, que terão acesso exclusivo aos sistemas
quadriciclo e ciclomotor, em que a bissetriz do
ângulo da placa deve coincidir com a bissetriz do informatizados capazes de realizar a comunicação do
ângulo do emblema. referido código.
3.2. Bandeira do Brasil (Figuras I, II e III): 4. ESPECIFICAÇÕES DA PELÍCULA RE-
Deverá ser impressa na película retrorrefletiva e TRORREFLETIVA:
posicionada no canto superior direito, fazendo 4.1. As películas retrorrefletivas devem ser
coincidir a bissetriz da bandeira com a bissetriz flexíveis para todas as condições atmosféricas com
principal da placa, a uma distância de 4 mm tanto da adesivo sensível à pressão, conformável para supor-
parte superior quanto do lado direito da placa. As tar a elongação necessária para o processo produtivo
medidas da bandeira são de 23 mm por 16 mm para das placas veiculares.
motocicletas, motonetas, triciclos, ciclo elétricos, 4.2. A película deve ter coeficiente de retror-
quadriciclos e ciclomotores e, de 28 mm por 20 mm, refletividade, expresso em cd/lux/m2, conforme
para os demais veículos. Para ambas, os cantos estabelecido na Tabela IV.
Tabela IV – Coeficientes de retrorrefletividade (cd/lux/m2)
Ângulo de Observação Ângulo de Entrada Branca Azul
0,2º -4º 50 3
0,2º 30º 24 1
0,5º -4º 24 1,5
0,5º 30º 12 0,6

4.3 As medições de coeficiente de retrorrefle- 4.4 A película retrorrefletiva deverá ser na cor
tividade devem ser realizadas em conformidade com branca com faixa azul, conforme definição na Tabela
a norma ASTM E-810. V.
620 Ordeli Savedra Gomes

Tabela V – Especificação de cromaticidade e luminância

1 2 3 4 Luminância (Y%)
Cor
X Y X Y X Y X Y Mín Máx
Branca 0.303 0.300 0.368 0.366 0.340 0.393 0.274 0.329 32 na
Azul 0.140 0.035 0.244 0.210 0.190 0.255 0.065 0.216 1 10
na=não aplicável

4.5. As películas retrorrefletivas devem apre- I - cento e vinte dias, para os requerimentos
sentar os valores de coordenadas de cromaticidade apresentados até 01.02.2021;
e luminância conforme as especificações nos II - noventa dias, para os requerimentos
termos do Sistema Colorimétrico padrão CIE 1964, apresentados até 01.02.2022;
com iluminante D65 e ângulo de observação de 10°. III - sessenta dias, para os requerimentos
4.6. As películas retrorrefletivas devem aten- apresentados a partir de 02.02.2022.
der aos testes e ensaios estabelecidos segundo os 5. FIXAÇÃO DA PLACA AO VEÍCULO
seguintes itens da Norma Internacional ISO 5.1 A PIV deve ser afixada no veículo em
7591:1982 (Veículos Rodoviários – Placas Refletivas primeiro plano, na extremidade traseira ou dianteira,
para Veículos Motorizados e Trailers – Especificação): em posição vertical, formando um ângulo de 90º em
4.6.1. Ensaio de temperatura, conforme item 8 relação ao plano longitudinal, admitida uma tolerân-
4.6.2. Ensaio de adesão ao substrato, con- cia de 10º, sem qualquer tipo de obstrução à sua
forme item 9 visibilidade e legibilidade. Em relação ao plano
4.6.3. Ensaio de resistência impacto, con- transversal, a PIV não deverá apresentar inclinação.
forme item 10 5.2 Admite-se, para os veículos de carga ou
4.6.4. Ensaio de resistência a flexão, confor- especial com PBT superior a 3.500 kg, que a placa
me item 11 traseira possa ser posicionada a uma distância
4.6.5. Ensaio de resistência a água, confor- afastada da extremidade do veículo, desde que
me item 12 garantido um ângulo máximo de visibilidade de 45o
4.6.6. Ensaio de lavagem, conforme item 13 entre a extremidade superior da placa e a extremida-
4.6.7. Ensaio de resistência a gasolina, con- de do veículo.
forme item 14 5.3 Deve ser fixada por elementos de fixação
4.7. Os fabricantes de películas retrorrefleti- (parafusos, rebites, etc.) nos pontos destinados a
vas devem obter, para os seus produtos, homologa- este fim conforme apresentado nas Figuras I e II.
ção pelo DENATRAN atendendo aos requisitos 5.4 A fixação deve ser de tal forma que não
estabelecidos neste Anexo e em Portaria específica. prejudique a estrutura física da chapa da placa,
4.7.1 Até a edição da Portaria do DENATRAN, podendo ser utilizado suporte específico para esta
serão admitidas as películas retrorrefletivas que função.
atendam aos requisitos estabelecidos no Anexo III. 5.5 Quando utilizado suporte específico para
4.8. O DENATRAN, após receber requerimen- a fixação da placa, este não poderá encobrir nada
to de homologação devidamente instruído e protoco- além da borda da placa, tampouco possuir elementos
lado, notificará o interessado acerca da viabilidade refletivos ou luminosos.
do pedido, nos seguintes prazos: (Acrescido pela
Del. 183/20)
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 621

FIGURA I – PLACA DE MOTOCICLETAS, TRICICLOS,


MOTONETAS, QUADRICICLOS, CICLO ELÉTRICOS E CICLOMOTORES
622 Ordeli Savedra Gomes

FIGURA II – PLACA DEMAIS VEÍCULOS


Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 623

FIGURA III – PADRÕES DE CORES


624 Ordeli Savedra Gomes

FIGURA IV – MARCAS D’AGUA DE SEGURANÇA DA PELÍCULA RETRORREFLETIVA

FIGURA V – PADRÃO DAS INSCRIÇÕES SOBRE OS CARACTERES DA PIV

Fonte das inscrições : Gill Sans


Tamanho da fonte das inscrições: 5 mm
Padrão de Cores das Inscrições: conforme Tabela VI
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 625

Tabela VI – Padrão de cores das inscrições


Padrão de Cor
Uso do Veículo
das Inscrições
Particular Pantone 447C
Comercial (Aluguel e Aprendizagem) Pantone 187C
Oficial e Representação Pantone 288C
Diplomático/Consular (Missão Diplomática, Corpo Consular, Corpo Diplomático, Orga-
Pantone 131C
nismo Consular e/ou Internacional e Acordo Cooperação Internacional)
Especiais (Experiência / Fabricantes de veículos, peças e implementos) Pantone 342C
Pantone Warm
Coleção
Grey 11C

ANEXO II
TABELA DE CONVERSÃO DOS CARACTERES ALFANUMÉRICOS DA PIV
1. No caso de substituição da PIV de que tra- haja uma relação direta entre a antiga e a nova
ta a Resolução CONTRAN 231, de 15.03.2007 (pa- placa:
drão LLLNNNN), pela PIV de que trata esta Resolu- 2. A faixa de letras de “A” a “J” será utilizada
ção (padrão LLLNLNN), será adotada a seguinte apenas para a conversão do modelo antigo para o
tabela equiparativa, para substituição do antepenúl- novo de PIV, de forma a permitir a convivência entre
timo caracter, de número para letra, a fim de que ambos os modelos e possibilitar a consulta por
ambos os critérios de placas.

Placa antiga Nova placa


0 A
1 B
2 C
3 D
4 E
5 F
6 G
7 H
8 I
9 J
Ex.: A placa anterior ABC1234 será substituída pela nova placa com o padrão alfanumérico ABC1C34.

ANEXO III
REQUISITOS PARA CREDENCIAMENTO DE FABRICANTES E
ESTAMPADORES DE PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO VEICULAR – PIV
1. As empresas interessadas em credenciar- 2. O credenciamento será concedido para
se para fabricar ou estampar placas de identificação pessoas jurídicas instaladas no território nacional,
veicular deverão apresentar requerimento destinado: mediante o protocolo de requerimento acompanhado
1.1. Ao DENATRAN, no caso de empresas in- da comprovação do cumprimento dos requisitos
teressadas em credenciar-se como fabricantes de estabelecidos neste Anexo.
Placa de Identificação Veicular; ou 3. Requisitos para credenciamento de fabri-
1.2. Ao DETRAN da respectiva Unidade da cantes:
Federação, no caso de empresas interessadas em 3.1. Habilitação Jurídica, Fiscal e Trabalhista:
credenciar-se como estampadoras de Placa de 3.1.1. Cópia do Ato constitutivo, estatuto ou
Identificação Veicular. contrato social em vigor, devidamente registrado,
626 Ordeli Savedra Gomes

com objeto social relacionado às atividades objeto Resolução, expedido por organismo de certificação
do credenciamento que trata esta Resolução; competente, acompanhado de relatório com os
3.1.2. Cópia da Licença ou Alvará de funcio- resultados dos seguintes ensaios:
namento expedido pela Prefeitura do município ou a) verificação visual;
pelo Governo do Distrito Federal; b) exame da codificação e elemento de segu-
3.1.3. Cópia do Comprovante de Inscrição no rança;
Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) com c) cromaticidade, luminância e retrorrefletivi-
Situação Cadastral Ativa; dade;
3.1.4. Regularidade cadastral no Sistema de d) resistência à temperatura;
Cadastro Unificado de Fornecedores (SICAF), níveis I e) adesividade ao substrato de alumínio;
a IV; f) resistência ao impacto;
3.1.5. Declaração contendo as seguintes in- g) resistência à deformação;
formações: h) resistência à umidade;
a) não estarem o proprietário ou sócios en- i) capacidade de limpeza;
volvidos em atividades comerciais e outras que
j) resistência a combustíveis e produtos de
possam comprometer sua isenção na execução da
limpeza abrasivos;
atividade credenciada;
k) resistência à salinidade; e
b) não estar a empresa interessada, ou outra
empresa do mesmo ramo da qual o interessado seja l) durabilidade.
proprietário ou sócio, com decretação de falência; 3.3.7. Comprovante de que a empresa possui
c) não estarem o proprietário ou sócios con- as suas rotinas fabris e administrativas voltadas para
denados por crimes nas esferas federal e estadual; a fabricação de placas veiculares, certificadas
segundo a Norma ISO 9001, indicando seu respon-
d) não haver registro de inidoneidade junto ao sável técnico;
Tribunal de Contas da União – TCU;
3.3.8. Apresentar, ao DENATRAN, amostras
3.2. O DENATRAN poderá verificar a regulari- das PIV estampadas no padrão estabelecido nesta
dade das informações apresentadas; Resolução, sendo um par de placas para veículos e
3.3. Qualificação técnica: uma placa para motocicleta, motoneta, ciclomotor e
3.3.1. Relação dos equipamentos, dos dispo- similares.
sitivos e das ferramentas de propriedade da pessoa 4. Requisitos para credenciamento de estam-
jurídica, com seus devidos códigos de identificação e padores:
respectivos comprovantes fiscais e prova de contabi- 4.1. Habilitação Jurídica, Fiscal e Trabalhista:
lização na empresa; 4.1.1. Cópia do Ato constitutivo, estatuto ou
3.3.2. Comprovante de que possui tecnologia contrato social em vigor, devidamente registrado,
de certificação digital padrão ICPBrasil para a identi- com objeto social relacionado às atividades objeto
ficação das empresas e dos seus empregados junto do credenciamento que trata esta Resolução;
ao DENATRAN e DETRAN e acesso aos sistemas 4.1.2. Cópia da Licença ou Alvará de funcio-
informatizados; namento expedido pela Prefeitura do município ou
3.3.3. Planta baixa e imagens detalhando a pelo Governo do Distrito Federal;
infraestrutura de suas instalações fabris ou de 4.1.3. Cópia do Comprovante de Inscrição no
estampagem, conforme o tipo de credenciamento Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) com
pretendido; Situação Cadastral Ativa;
3.3.4. Documento contendo o planejamento e 4.1.4. Prova de regularidade com a Fazenda
a sistemática de controle e rastreabilidade das Federal, Estadual ou Distrital e Municipal da sede da
unidades produzidas, durante todo o processo de Pessoa Jurídica, ou outra equivalente, na forma da lei;
fabricação, distribuição e estampagem de forma a 4.1.5. Prova de regularidade relativa à Segu-
evitar que as placas sejam desviadas ou extraviadas; ridade Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de
3.3.5. Declaração de instalador e imagens Serviço – FGTS, demonstrando situação regular no
que comprovem que suas instalações de fabricação cumprimento dos encargos sociais instituídos por
e estampagem possuem sistema de monitoramento Lei.
por meio de Circuito Fechado de Televisão – CFTV 4.1.6. Declaração contendo as seguintes in-
com tecnologia digital, com capacidade de armaze- formações:
namento de imagem por 90 (noventa) dias; a) não estarem o proprietário ou sócios en-
3.3.6. Laudo de Certificação de produto e do volvidos em atividades comerciais e outras que
processo de produção de acordo com as especifica- possam comprometer sua isenção na execução da
ções contidas na norma ISO 7591:1982 e nesta atividade credenciada;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 627

b) não estar a empresa interessada, ou outra b) verificação eletrônica da regularidade do


empresa do mesmo ramo da qual o interessado seja número do chassi dos veículos atendidos, em con-
proprietário ou sócio, com decretação de falência; formidade com os padrões internacionais;
c) não estarem o proprietário ou sócios con- c) controle da rastreabilidade das placas pro-
denados por crimes nas esferas federal e estadual; duzidas ou estampadas, de forma a garantir a segu-
d) não haver registro de inidoneidade junto ao rança e prevenção de fraudes;
Tribunal de Contas da União – TCU; d) o recebimento do QR Code para implanta-
4.2. Regularidade cadastral no Sistema de ção nas PIV semiacabadas;
Cadastro Unificado de Fornecedores (SICAF), níveis I e) vinculação dos caracteres alfanuméricos
a IV, substituirá os itens 4.1.5 e 4.1.6; da PIV estampada ao QR Code;
4.3. O DETRAN poderá verificar a regularida- 5.2. Os fabricantes devem disponibilizar o
de das informações apresentadas; acesso ao sistema informatizado de que trata o item
4.3. Qualificação técnica: 5.1 para os estampadores que deles adquirirem PIV
4.3.1. Apresentar, ao DETRAN do respectivo semiacabadas.
Estado ou do Distrito Federal, amostras das PIV 5.3. Os estampadores somente poderão atuar
estampadas no padrão estabelecido nesta Resolu- na atividade por meio do Sistema informatizado de
ção, sendo um par de placas para veículos e uma que trata o item 5.1 devidamente homologado pelo
placa para motocicleta, motoneta, ciclomotor e DENATRAN.
similares; 5.4. O fabricante não poderá comercializar
4.3.2. Relação dos equipamentos, dos dispo- placas com estampadores que não utilizem seu
sitivos e das ferramentas de propriedade da pessoa sistema informatizado para o exercício de suas
jurídica, com seus devidos códigos de identificação e atividades.
respectivos comprovantes fiscais e prova de contabi- 5.5. A fim de viabilizar a troca de informações
lização na empresa; necessárias à execução da fabricação e estampa-
4.3.3. Comprovante de que possui tecnologia gem das PIV de que trata esta resolução, o fabrican-
de certificação digital padrão ICPBrasil para a identi- te deverá integrar o seu sistema informatizado com o
ficação das empresas e dos seus empregados junto banco de dados do DENATRAN.
ao DENATRAN e DETRAN e acesso aos sistemas 6. Disposições gerais:
informatizados; 6.1. Atendidos os requisitos estabelecidos
4.3.4. Planta baixa e imagens detalhando a nesta Resolução, a empresa será credenciada como
infraestrutura de suas instalações fabris ou de Fabricante ou Estampadora de Placas de Identifica-
estampagem, conforme o tipo de credenciamento ção Veicular.
pretendido; 6.2. O credenciamento da empresa deverá
4.3.5. Documento contendo o planejamento e ser formalizado:
a sistemática de controle e rastreabilidade das 6.2.1. No caso de fabricante, mediante Porta-
unidades produzidas, durante todo o processo de ria do DENATRAN a ser publicada no Diário Oficial da
fabricação, distribuição e estampagem de forma a União;
evitar que as placas sejam desviadas ou extraviadas; 6.2.2. No caso de estampador, mediante Por-
4.3.6. Declaração de instalador e imagens taria do DETRAN do respectivo Estado ou Distrito
que comprovem que suas instalações de fabricação Federal a ser publicada na forma oficial estabelecida
e estampagem possuem sistema de monitoramento pela legislação estadual ou distrital, cuja cópia deve
por meio de Circuito Fechado de Televisão – CFTV ser enviada ao DENATRAN para fins de controle e
com tecnologia digital, com capacidade de armaze- habilitação sistêmica.
namento de imagem por 90 (noventa) dias; 6.3. O credenciamento equivale ao Termo de
4.4. Atestado de idoneidade financeira da Autorização para fins de utilização do sistema infor-
empresa e dos sócios: matizado de emplacamento do DENATRAN.
4.4.1. Certidão do Cartório de Títulos e Pro- 6.4. As empresas fabricantes e estampado-
testos do Município de inscrição da Pessoa Jurídica ras, devidamente credenciadas, deverão ressarcir os
e dos Sócios da empresa. custos inerentes ao uso do Sistema, nos termos do
5. Sistemas informatizados: normativo do DENATRAN que disciplina ao acesso
5.1. Após o credenciamento junto ao DENA- aos seus sistemas e subsistemas informatizados.
TRAN, o fabricante deverá apresentar sistema in- 6.5. No caso de alteração de endereço das
formatizado a ser avaliado e homologado pelo DENA- instalações, a empresa somente poderá operar após
TRAN, com a finalidade de executar: atualização do processo de credenciamento, nos ter-
a) integração e interoperabilidade com o sis- mos desta Resolução, cumpridos os seguintes re-
tema informatizado de emplacamento; quisitos:
628 Ordeli Savedra Gomes

6.5.1. fabricante: subitens 3.1.1, 3.1.2, 3.1.3, 6.7. No exercício da fiscalização conforme
3.1.6, 3.1.7, 3.1.8, 3.2.1, 3.4.3 e 3.4.5; subitens 6.6, constatada alguma irregularidade,
6.5.2. estampador: documentação constante serão aplicadas, no que couber, as disposições do
dos itens 4.1 e 4.2 devidamente atualizada para o art. 15 desta Resolução.
novo endereço, bem como os subitens 4.3.4 e 4.3.6. 6.8. Uma vez credenciadas, as empresas fa-
6.6. O DENATRAN e o DETRAN, a qualquer bricantes e estampadoras deverão submeter-se à
tempo, fiscalizarão as empresas por eles credencia- sistemática de produção, controle e rotinas a serem
das quanto ao cumprimento dos requisitos de cre- determinadas pelo DENATRAN.
denciamento.

DELIBERAÇÃO 181, DE 02.01.2020


(De acordo com a republicação do DOU, de 03.01.2020)
Suspende a entrada em vigor da Resolução CONTRAN
702, de 10.10.2017, até reavaliação pela Câmara Temá-
tica de Assuntos Veiculares (CTAV) do CONTRAN e pe-
lo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN)
acerca da eficácia das especificações técnicas da sina-
lização especial de advertência traseira por ela regula-
mentada.
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), ad referendum do Colegiado, no
uso das atribuições que lhe conferem o art. 12, inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de
Trânsito Brasileiro (CTB) e o art. 6º, inc. XII, do Regimento Interno do CONTRAN (Anexo da Resolução CON-
TRAN 776, de 13.06.2019).
CONSIDERANDO o que consta no Processo Administrativo 50000.019802/2019-80, resolve:
Art. 1º. Esta Deliberação suspende a entrada da Resolução CONTRAN 610, de 24.05.2016, apenas
em vigor da Resolução CONTRAN 702, de quando o veículo estiver trafegando à noite. Parágra-
10.10.2017, até reavaliação pela Câmara Temática fo único. Nos demais casos, aplicam-se os Anexos
de Assuntos Veiculares (CTAV) do CONTRAN e pelo da Resolução CONTRAN 520, de 29.01.2015.
Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) Art. 3º. Fica revogada a Resolução CON-
acerca da eficácia das especificações técnicas da TRAN 768, de 20.12.2018.
sinalização especial de advertência traseira por ela Art. 4º. Esta Deliberação entra em vigor na
regulamentada. data de sua publicação.
Art. 2º. Até que os estudos de que trata o
art. 1º sejam concluídos, será exigida a observância
Jerry Adriane Dias Rodrigues
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 629

RESOLUÇÕES DO CETRAN/RS

RESOLUÇÃO 24, DE 15.09.2009


Dispõe sobre a integração dos Órgãos e Entidades Exe-
cutivos e Rodoviários de Trânsito Municipais ao Siste-
ma Nacional de Trânsito – SNT, sua estrutura organiza-
cional capacidade de instalação, atividades desenvolvi-
das e dá outras providências.

O Conselho Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul – CETRAN – RS, no uso das atribuições que lhe
confere o art. 14 da Lei Federal 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, bem
como a competência definida pelo Decreto Estadual 38.705/98 e suas alterações posteriores e:
Considerando o disposto no art. 24 e incisos do CTB, que estabelece como competência e responsabili-
dade dos Órgãos e Entidades Executivos de Trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição, entre
outras, cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições; coletar
dados estatísticos e elaborar estudos sobre os acidentes de trânsito e suas causas; estabelecer, em conjunto
com os órgãos de polícia ostensiva de trânsito, as diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito; executar
a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis, por infrações de circulação,
estacionamento e parada, notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar; integrar-se a outros
órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito – SNT; implantar as medidas da Política Nacional de
Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; promover e participar de projetos e programas de educação e
segurança de trânsito de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN; articular-se com os demais
órgãos do SNT no Estado, sob coordenação do respectivo CETRAN;
Considerando o disposto nos arts. 6º, 7º e 8º do CTB, que estabelecem os objetivos e a composição do
SNT e determina que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão seus respectivos órgãos e
entidades executivos de trânsito e rodoviário;
Considerando o disposto no art. 332, do CTB, que dispõe que os órgãos e entidades integrantes do SNT
proporcionarão aos membros do CONTRAN, CETRAN e CONTRANDIFE, em serviço, todas as facilidades para o
cumprimento de sua missão, fornecendo-lhes as informações que solicitarem, permitindo-lhes inspecionar a
execução de quaisquer serviços e deverão atender prontamente suas requisições;
Considerando o disposto no art. 14 do CTB, que atribui competência ao CETRAN para cumprir e fazer
cumprir a legislação de e as normas de trânsito no âmbito de suas atribuições;
Considerando a necessidade atender a Resolução 296, de 28.10.2008, do CONTRAN, que determina aos
Órgãos e Entidades Municipais Executivos de Trânsito e Rodoviário disponibilizarem estrutura organizacional e
capacidade instalada para o exercício das atividades e competências legais que lhe são próprias, pelo menos
de: engenharia de tráfego; fiscalização e operação de trânsito; educação de trânsito; coleta, controle e análise
estatística de trânsito, e que disponham de Junta Administrativa de Recursos de Infrações – JARI,
Considerando o contido no processo SPD 99645/09, bem como a ata de Reunião do Pleno do Conselho
025/09 do dia 15.09.2009, RESOLVE:
Art. 1º. A integração dos Municípios ao Sis- tência de local específico para a sede do Órgão ou
tema Nacional de Trânsito – SNT pressupõe a exis- Entidade Executivo de Trânsito Municipal, que será
630 Ordeli Savedra Gomes

comprovada mediante visita de inspeção técnica de mínimas para o exercício de suas competências
equipe do CETRAN/RS, conforme Ficha de Inspeção legais ao Município e ao DENATRAN.
Técnica disposta no ANEXO I desta Resolução. § 1º Caso não se verifique a conformidade do
Art. 2º. O pedido de integração do município Órgão Municipal, será comunicado ao Município
deverá ser encaminhado diretamente ao CETRAN, na acerca da necessidade de cumprimento da exigência
forma do art. 2º da Resolução 296/08 do CONTRAN. que se definir.
Parágrafo único. O pedido de integração § 2º O cumprimento da exigência deverá ocor-
deverá ser instruído com cópia da legislação da rer no prazo estabelecido, mediante apresentação de
constituição do Órgão ou Entidade Executivo de documentação que comprove o seu atendimento.
Trânsito Municipal, do ato de nomeação da Autori- § 3º Após o cumprimento da exigência pelo
dade de Trânsito, da legislação de constituição da Municípi o, o CETRAN realizará nova inspeção para
JARI, seu Regimento Interno e relação dos inte- emissão da certificação, conforme o caso.
grantes, cópia de convênios assinados sobre Art. 6º. Após a integração ao SNT, o Município
operação e fiscalização de trânsito, indicação do deverá manter a atualização de seus dados cadastrais,
endereço, telefone, fac-símile e e-mail do órgão ou bem como comunicar ao CETRAN, no prazo de 30
entidade executivo de trânsito, bem como outros (trinta) dias, qualquer alteração na documentação ou
documentos que o CETRAN considerar necessários. na situação anteriormente verificada.
Art. 3º. O Município deverá apresentar, no Art. 7º. Os Municípios já integrados ao SNT
momento da inspeção técnica de integração, pro- na data da publicação desta resolução, também
grama sobre sua política de trânsito, que deverá deverão atender o disposto no artigo anterior e
conter ao menos informações sobre: engenharia de poderão, a critério do CETRAN, receber a visita da
tráfego; fiscalização e operação de trânsito; educação equipe de inspeção técnica a fim de verificar sua
de trânsito; coleta, controle e análise estatística de regular atuação e as condições de instalação da sede
trânsito municipal. do órgão ou entidade executivo de trânsito, na forma
Art. 4º. Por ocasião da inspeção técnica, o do inciso VIII, do artigo 14, do CTB.
representante do CETRAN preencherá a Ficha de Art. 8º. Esta Resolução entra em vigor na da-
Inspeção Técnica do Órgão ou Entidade Executivo de ta de sua publicação, revogando-se as disposições
Trânsito Municipal, constante do Anexo I desta em contrário, em especial a Resolução CETRAN/RS
Resolução, que deverá ser conferida e assinada pela 002, de 21.01.2004.
Autoridade de Trânsito do Município.
Art. 5º. Sendo constatada a conformidade do Porto Alegre, RS, 15.09.2009.
Órgão ou Entidade Executivo de Trânsito Municipal, o
Alfredo Scherer Neto
CETRAN certificará a existência das condições

RESOLUÇÃO 27, DE 20.10.2009


Dispõe sobre a certificação de conformidade dos Muni-
cípios para fins de integração junto ao Sistema Nacional
de Trânsito – SNT.

O Conselho Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul – CETRAN – RS, no uso das atribuições que lhe
confere o art. 14 da Lei Federal 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, bem
como a competência definida pelo Decreto Estadual 38.705/98 e suas alterações posteriores e:
Considerando o disposto no art. 14 do CTB, que atribui competência ao CETRAN para cumprir e fazer
cumprir a legislação de e as normas de trânsito no âmbito de suas atribuições;
Considerando a previsão dos arts. 6º, 7º e 8º do CTB, que estabelecem os objetivos e a composição do
SNT e determina que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão seus respectivos órgãos e
entidades executivos de trânsito e rodoviário;
Considerando o art. 24 e incisos do CTB, que estabelece como competência e responsabilidade dos Órgãos e
Entidades Executivos de Trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição, entre outras, cumprir e fazer
cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições; executar a fiscalização de trânsito,
autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis, por infrações de circulação, estacionamento e parada, notifican-
do os infratores e arrecadando as multas que aplicar; integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacional de
Trânsito - SNT; implantar as medidas da Política Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; articular-se
com os demais órgãos do SNT no Estado, sob coordenação do respectivo CETRAN;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 631

Considerando a regra do § 1º, do art. 4º, da Resolução 296, de 28.10.2008, do CONTRAN, que prevê que
o CETRAN encaminhará a certificação de conformidade ao Município ao Órgão certificado ao DENATRAN, para
fins de integração dos Órgãos e Entidades Municipais Executivos de Trânsito e Rodoviário;
Considerando a Resolução 24, de 15.09.2009, que dispõe sobre a integração dos Órgãos e Entidades Munici-
pais Executivos de Trânsito e Rodoviário do Rio Grande do Sul pelo CETRAN – RS, cujo art. 5º estabelece que consta-
tada a conformidade do Órgão ou Entidade Executivo de Trânsito Municipal, o CETRAN certificará a existência das
condições mínimas para o exercício de suas competências legais ao Município e ao DENATRAN;
Considerando o contido no processo SPD 118572/09, bem como a ata de Reunião do Pleno do Conselho
29 do dia 20.10.2009, RESOLVE:

Art. 1º. A comunicação de conformidade dos Certificado de Conformidade, de acordo com o


Órgãos ou Entidades Executivos de Trânsito Munici- modelo constante do Anexo I, desta Resolução.
pal a respeito da existência de condições mínimas Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor na da-
para o exercício das competências legais será certifi- ta de sua publicação.
cada ao Município e ao DENATRAN através do Porto Alegre, RS, 20.10.2009.
Alfredo Scherer Neto

RESOLUÇÃO 36, DE 22.03.2011


Dispõe sobre a uniformização da aplicação da prescri-
ção das infrações de trânsito e da suspensão e da cas-
sação do direito de dirigir.

O Conselho Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul – CETRAN – RS, no uso das atribuições que lhe
confere o art. 14 da Lei Federal 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, o
Decreto Estadual 38.705/98 e suas alterações posteriores e:
Considerando a necessidade de adoção de normas complementares para aplicação do instituto da pres-
crição das infrações de trânsito e da suspensão e cassação do direito de dirigir pelos órgãos e entidades de
trânsito do Sistema Integrado;
Considerando que com o advento do Código de Trânsito Brasileiro os prazos decadenciais e prescricio-
nais não foram referendados, mencionando apenas a palavra “prescrição” no art. 160, com o fito de determinar
que independentemente do reconhecimento da prescrição, em face da pena concretizada na sentença, o condu-
tor condenado por delito de trânsito deverá ser submetido a novos exames para que possa voltar a dirigir, de
acordo com as normas estabelecidas pelo CONTRAN;
Considerando a lacuna legislativa existente quanto à matéria prescricional, bem como as divergências
quanto às causas interruptivas e suspensivas oriundas do processo administrativo de trânsito;
Considerando que a infração de trânsito gera um ato administrativo punitivo decorrente do uso do poder
de polícia da Administração;
Considerando a Lei Federal 9.873, de 23.11.1999, que estabelece prazo de prescrição para o exercício
de ação punitiva pela Administração Pública Federal, direta e indireta;
Considerando a Resolução 182/05 do CONTRAN;
Considerando o parecer aprovado, de forma unânime, na sessão ordinária 06/2011 do Pleno do
CETRAN/RS; RESOLVE:
I – DA PRESCRIÇÃO DO AUTO DE INFRAÇÃO DE Art. 2º. A pretensão executória das multas de
TRÂNSITO trânsito prescreve em 05 (cinco) anos, contados do dia
seguinte ao final do término do prazo para apresentar
Art. 1º. A pretensão punitiva das penalidades recurso ao CETRAN ou da notificação da decisão
oriundas do auto de infração de trânsito prescreve em irrecorrível.
05 (cinco) anos, contados da data do cometimento da
infração. II – DA PRESCRIÇÃO DA SUSPENSÃO E
Parágrafo único. A disposição contida no ca- CASSAÇÃO DO DIREITO DE DIRIGIR
put não se aplica aos crimes de trânsito que possuem Art. 3º. A pretensão punitiva das penalidades
prazo prescricional estabelecido pelo Código Penal. de suspensão do direito de dirigir e cassação de CNH
632 Ordeli Savedra Gomes

prescrevem em 05 (cinco) anos, contados da data da estabelecidas pela Resolução 300/09 do CONTRAN,
instauração do processo administrativo. independentemente do reconhecimento da prescri-
§ 1º A instauração do Processo Administrati- ção, conforme o art. 160 do CTB.
vo de Suspensão do Direito de Dirigir – PSDD decor- IV – DAS CAUSAS SUSPENSIVAS
rente de infração de trânsito, que prevê de forma
específica a penalidade de suspensão, ocorrerá Art. 7º. Constitui causa suspensiva a suspen-
depois de esgotados todos os meios de defesa da são do processo decorrente de determinação judicial,
infração na esfera administrativa, pressupondo a não devidamente realizada através de notificação judicial.
prescrição da infração originária. Parágrafo único. A prescrição suspensa vol-
§ 2º A instauração do Processo Administrati- ta a correr da data da notificação do cancelamento
vo de Suspensão do Direito de Dirigir por Pontos – da suspensão judicial.
PSDDP ocorrerá sempre que o infrator atingir a V – DISPOSIÇÕES FINAIS
contagem mínima de 20 (vinte) pontos confirmados, Art. 8º. A suspensão administrativa realizada
no período de 12 (doze) meses. pelos órgãos executivos de trânsito sem qualquer
Art. 4º. A pretensão executória das penalidades de motivação prevista no art. 7º da presente resolução,
suspensão ou cassação do direito de dirigir prescreve não suspende o prazo prescricional.
em 05(cinco) anos, contados do dia seguinte ao final Art. 9º. Os processos administrativos instau-
do término do prazo para apresentar recurso ao rados antes da vigência da Resolução 149/03 do
CETRAN ou da notificação da decisão irrecorrível. CONTRAN, quando os infratores não eram notificados
III – DA PRESCRIÇÃO DO CURSO DE RECICLAGEM para apresentação de recurso junto ao CETRAN, não
serão considerados intempestivos, devendo ser
Art. 5º. O curso de reciclagem decorrente da aplicada a prescrição quinquenal, se for o caso.
suspensão do direito de dirigir prescreve no mesmo
Art. 10. Esta Resolução entra em vigor na da-
prazo da pretensão executória das penalidades adminis-
ta de sua publicação.
trativas de suspensão ou cassação do direito de dirigir.
Art. 6º. O condutor condenado por delito de
trânsito à suspensão do direito de dirigir será subme- Porto Alegre, RS, 22.03.2011.
tido a curso de reciclagem, de acordo com as normas Jaime da Silva Pereira

RESOLUÇÃO 37, DE 29.03.2011


Dispõe sobre a emissão de Documento de Circulação Pro-
visório de Porte Obrigatório – DCPPO, na circunscrição do
Estado do Rio Grande do Sul, e dá outras providências.

O Conselho Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul – CETRAN - RS. no uso das atribuições que lhe
confere o art. 14 da Lei Federal 9.503, de 23.09.1997. que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, bem
como a competência definida pelo Decreto Estadual 38.705/98 e suas alterações posteriores; e
Considerando o disposto no inc. l do art. 14 do CTB, que atribui competência ao CETRAN para cumprir e
fazer cumprir a legislação de e as normas de trânsito no âmbito de suas atribuições;
Considerando o disposto no inc. II do art. 14 do CTB, que atribui competência ao CETRAN/RS para elabo-
rar normas no âmbito de sua competência;
Considerando o que disciplinam os arts. 133 e 232 do referido diploma legal de trânsito sobre o Certifi-
cado de Licenciamento Anual e o Porte Obrigatório de Documentos;
Considerando a necessidade de adoção de procedimentos de segurança na emissão do CLA/CRLV a fim
de se evitarem falsificações e adulterações desses documentos;
Considerando a necessidade de garantia do exercício de direito do administrado de utilizar seu veiculo
nas vias públicas, tão logo houver a quitação dos débitos e cumprimento dos encargos relativos ao devido
licenciamento do veiculo, RESOLVE:
Art. 1º. Não havendo qualquer impeditivo para rio-, que substitui, a título precário, o Certificado de
emissão do CRLV e mediante requerimento formal do Registro e Licenciamento de Veiculo (CRLV).
proprietário do veículo será emitido DCPPO/RS - Parágrafo único. Para a posse do DCPPO/RS,
Documento de Circulação Provisório de Porte Obrigató- o proprietário do veículo, ou o procurador substabele-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 633

cido, deverá dingir-se a qualquer CRVA e apresentar evitar o extravio, a falsificação e a adulteração des-
requerimento formal. ses documentos.
Art. 2º. Será emitido apenas um DCPPO/RS por Art. 6º. Será emitido apenas um DCPPO/RS
exercício de licenciamento, tendo validade apenas no por licenciamento, sendo válido sonte no original.
território do Estado do Rio Grande do Sul, e por um Art. 7º. Quando da fiscalização de trânsito, com
único prazo, improrrogável, de 15 (quinze) dias. a apresentação do DCPPO/RS, deverá ser realizada
Parágrafo único. O DCPPO/RS não fará às consulta junto ao cadastro RENAVAM do veículo.
vezes de 2ª (segunda) via de CRLV. Art. 8º. Ficará a cargo do DETRAN/RS a atri-
Art. 3º. A formalização do requerimento dar-se- buição de implementar o objeto da presente Resolu-
á no dia seguinte ao pagamento e quitação dos débitos ção, fixando os valores a serem custeados pelos
- relativos a tributos, encargos, taxas e multas de requerentes para fins da emissão do DCPPO/RS.
trânsito e ambiental, entre outros, para fins de licenci-
Art. 9º. Não havendo o porte do DCPPO/RS, no
amento e já havendo o encaminhamento do pedido de
original, ou do CRLV, ambos do exercício vigente, embo-
impressão do respectivo CRLV do exercído vigente.
ra estando o veículo devidamente licenciado, ficará
Art. 4º. Somente será emitido o DCPPO/RS, configurada a infração do art. 232 do CTB. devendo ser o
considerando válido, dentro do prazo compreendido
veículo retido até a apresentação de documento ou, na
entre o momento de solicitação de impressão do
impossibilidade desta, recolhido ao depósito.
CRLV, com a validade prevista no art. 2º da presen-
te Resolução. Art. 10. Ao DETRAN/RS caberá a adoção de
Art. 5º. O DCPPO será emitido em forma de medidas para o cumprimento bem como dar ampla
certidão numerada, com assinatura eletrônica, e publicidade da possibilidade do exercício deste
ficará registrado no Sistema Informatizado do Depar- direito, inclusive em seu sítio, e em especial, dispon-
tamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul – do na correspondência anual do IPVA a possibilidade
DETRAN/RS, a fim de permitir a consulta de espelho de solicitação de emissão de DCPPO/RS. tão togo
do DCPPO emitido, oportunizando-se, assim, seu conste a baixa dos pagamentos efetuados.
rastreamento e fiscalização. (Artigo alterado pela Art. 11. Esta Resolução entra em vigor 60
Res. 41, de 14.04.2011 – DOE 16.06.2011) (sessenta dias) a contar da data de sua publicação.
Parágrafo único. A emissão ficará a cargo do
DETRAN, cabendo a este, portanto, o atendimento e Porto Alegre, RS, 29.03.2011.
a adoção de todos os meios necessários, a fim de se Jaime da Silva Pereira

RESOLUÇÃO 50, DE 13.12.2011


Dispõe sobre a condução de veículo automotor por estran-
geiro habilitado em outro país e dá outras providências.

O Conselho Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul – CETRAN – RS, no uso das atribuições que lhe con-
fere o art. 14 da Lei Federal 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB,
bem como a competência definida pelo Decreto Estadual 38.705/98 e suas alterações posteriores e:
Considerando que ao CETRAN/RS compete coordenar o Sistema Estadual de Trânsito, observando a
aplicação e observância da legalidade nos atos administrativos de trânsito e julgar os recursos em última
instância;
Considerando que o art. 142 do CTB dispõe que o reconhecimento de habilitação obtida em outro país está
subordinado às condições estabelecidas em convenções e acordos internacionais e às normas do CONTRAN;
Considerando que o art. 41 da Convenção de Viena sobre Trânsito Viário, promulgada no Brasil através
do Decreto 86.714, de 10.12.1981, dispõe sobre a validez da habilitação para dirigir e que as partes contratan-
tes reconhecerão todo documento de habilitação nacional redigido em seu idioma ou em seus idiomas ou, se
não estiver redigido em um de tais idiomas, acompanhado de uma tradução certificada;
Considerando que o art. 1º da Resolução 360/10 do CONTRAN estabelece que para o condutor de veícu-
lo automotor, oriundo de país estrangeiro e nele habilitado, desde que penalmente imputável no Brasil, poderá
dirigir no Território Nacional quando amparado por convenções ou acordos internacionais, ratificados e aprova-
dos pela República Federativa do Brasil e, igualmente, pela adoção do Princípio da Reciprocidade, no prazo
máximo de 180 (cento e oitenta) dias, respeitada a validade da habilitação de origem;
634 Ordeli Savedra Gomes

Considerando que o § 3º do art. 1º da Resolução 360/10 do CONTRAN determina que o condutor estran-
geiro deverá portar a carteira de habilitação estrangeira, dentro do prazo de validade, acompanhada do seu
documento de identificação;
Considerando que a Convenção de Viena sobre Trânsito Viário exige a tradução certificada da Carteira
Nacional de Habilitação do estrangeiro e que a Resolução 360/10 do CONTRAN não exige a tradução juramen-
tada, sob o argumento de que não é sinônimo de tradução certificada;
Considerando que o processo de certificação de documentos varia de país para país e que a definição de
uma tradução certificada é específica de cada país, mas é realizada por um tradutor juramentado ou reconheci-
do em cartório pela autoridade competente;
Considerando que a tradução de documentos públicos é realizada por tradutores juramentados ou com
denominação semelhante, como exemplificamos em alguns países que estão amparados por acordos ou con-
venções internacionais assinados e ratificados pelo Brasil, ou ainda pelo Princípio da Reciprocidade: a) Argenti-
na – Tradutor Público Certificado, b) Alemanha – Tradutor Juramentado, c) Indonésia – Tradutor Juramentado
ou Tradutores Certificados ou Autorizados, d) Itália – Tradutores Oficiais, e e) Espanha – Tradutor Juramentado;
Considerando que no Brasil a tradução de documentos públicos deve ser realizada por Tradutor Jura-
mentado, que em outros países é chamado de Tradução Certificada ou Tradução Autorizada;
Considerando que o Decreto Federal 13.609/43 regulamenta o Tradutor Público no Brasil, sendo agente
auxiliar do comércio, cuja habilitação, nomeação, matrícula e seu cancelamento competem às Juntas Comer-
ciais do Estado;
Considerando que o Ofício de Tradutor Público será exercido, em decorrência de habilitação em concurso
público de provas, e que somente na falta ou impedimento de Tradutor Público e Intérprete Comercial para determi-
nado idioma, poderá a Junta Comercial, para um único e exclusivo ato, nomear tradutor e intérprete ad hoc;
Considerando a dificuldade na efetivação da fiscalização de trânsito quando o infrator é condutor estrangeiro;
Considerando que o art. 42 da Convenção de Viena sobre Trânsito Viário dispõe que as partes contratan-
tes poderão suspender um condutor do direito de fazer uso em seu território da habilitação para dirigir, nacional
ou internacional, de que seja titular, se esse condutor cometer, no território da parte contratante uma vez a
infração que, de acordo com sua legislação, justifique a retirada da habilitação para dirigir;
Considerando a Resolução 382/11 do CONTRAN, que dispõe sobre a notificação e cobrança de multa por
infração de trânsito praticada com veículo licenciado no exterior em trânsito no território nacional;
Considerando o SPD 78.636/10; RESOLVE:
Art. 1º. O condutor de veículo automotor, ori- § 1º A carteira de habilitação ficará recolhida
undo de país estrangeiro e nele habilitado, deverá até o final do prazo de suspensão do direito de dirigir
portar a carteira de habilitação estrangeira, dentro do ou até o condutor sair do território nacional, se a
prazo de validade, acompanhada da respectiva tradu- saída se proceder antes da expiração do prazo fixado,
ção juramentada e do seu documento de identificação. e desde que tenha havido o pagamento das multas
Parágrafo único. Estará dispensada a tradu- de trânsito.
ção da carteira de habilitação estrangeira do condutor § 2º Importando a infração de trânsito, men-
habilitado nos países em que o idioma é o português cionada no caput, também em medida administrativa
ou oriundo de países do MERCOSUL, no prazo de 180 de retenção ou de remoção de veículo, deverá per-
manecer este retido ou recolhido até a apresentação
(cento e oitenta) dias a contar de sua entrada no
de condutor habilitado e pagamento da multa de
território nacional. trânsito e taxas eventualmente existentes.
Art. 2º. O condutor estrangeiro que cometer Art. 3º. Esta resolução entra em vigor na data
infração de trânsito prevista no Código de Trânsito de sua publicação.
Brasileiro como penalidade administrativa a suspen-
são do direito de dirigir terá sua carteira de habilita-
Porto Alegre, RS, 13.12.2011.
ção recolhida pelo agente de trânsito.
Jaime Lobo da Silva Pereira

RESOLUÇÃO 53, DE 31.01.2012


Dispõe sobre o enquadramento da infração de trânsito pela
condução de veículo com o CRLV e a CNH de forma plasti-
ficada e dá outras providências.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 635

O Conselho Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul – CETRAN – RS, no uso das atribuições que lhe
confere o art. 14 da Lei Federal 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro -
CTB, o Decreto Estadual 38.705/98 e suas alterações posteriores e:
Considerando a proibição legal de plastificação do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo -
CRLV e da Carteira Nacional de Habilitação - CNH, conforme Resoluções 664/86 e 192/06, ambas do CONTRAN,
podendo ser conservadas em uma carteira plástica, para facilitar a identificação da legitimidade e autenticida-
des dos referidos documentos públicos;
Considerando que o parágrafo único do art. 161 do CTB dispõe que as infrações cometidas em relação às
resoluções do CONTRAN terão suas penalidades e medidas administrativas definidas nas próprias resoluções;
Considerando a crescente constatação por agentes de trânsito de veículos circulando com o CRLV e/ou
a CNH plastificada;
Considerando o disposto no art. 14 da Resolução 664/86 do CONTRAN, no tocante a proibição de plasti-
ficação do CRLV;
Considerando o constante do item 8 do Anexo III da Resolução 192/06 do CONTRAN, no que se refere a
conferência dos detalhes de segurança da CNH, através do toque;
Considerando que as Resoluções 664/86 e 192/06 do CONTRAN omitem quanto às penalidades e medi-
das administrativas a serem aplicadas quando da plastificação do CRLV e da CNH;
Considerando que a Resolução 205/06 do CONTRAN dispõe sobre os documentos de porte obrigatório,
elencando o CRLV e a CNH, na forma original, e que a sua inobservância implica na infração ao art. 232 do
Código de Trânsito Brasileiro; RESOLVE:
Art. 1º. Os condutores flagrados em fiscaliza- Porte Provisório Obrigatório – DCPPO, conforme
ção de trânsito portando de forma plastificada o Resolução 37/2011 do CETRAN/RS, ou da CNH, todos
Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo – na sua forma original.
CRLV, ou a Carteira Nacional de Habilitação – CNH, Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor na da-
serão enquadrados no art. 232 do Código de Trânsito ta de sua publicação.
Brasileiro - CTB, com aplicação obrigatória da medida
administrativa de retenção do veículo até apresenta- Porto Alegre, RS, 31.01.2012.
ção do documento.
Jaime Lobo da Silva Pereira
Art. 2º. O veículo será liberado após a apre-
sentação do CRLV ou do Documento de Circulação de

RESOLUÇÃO 75, DE 26.02.2013


Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pe-
las autoridades de trânsito e seus agentes na fiscali-
zação do consumo de álcool ou de outra substância
psicoativa que determine dependência, para aplicação
do disposto nos arts. 165, 276, 277 e 306 da Lei 9.503,
de 23.09.1997 – Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em
complementação à Resolução 432/13 do CONTRAN, e
dá outras providências.

O Conselho Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul – CETRAN – RS, no uso das atribuições que lhe
confere o art. 14 da Lei Federal 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, bem
como a competência definida pelo Decreto Estadual 38.705/98 e suas alterações posteriores e:
Considerando o disposto no art. 14 do CTB, que atribui competência ao CETRAN para cumprir e fazer
cumprir a legislação e as normas de trânsito no âmbito de suas atribuições, bem como julgar os recursos
interpostos contra decisões da JARI e dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos casos de inaptidão
permanente constatados nos exames de aptidão física, mental ou psicológico;
Considerando o disposto no § 1º do art. 1º do CTB, onde se define que trânsito é a utilização das vias
por, entre outros, veículos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de
carga ou descarga;
Considerando o disposto no § 2º do art. 1º do CTB, onde se estabelece que o trânsito, em condições se-
guras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a
636 Ordeli Savedra Gomes

estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse
direito;
Considerando o conteúdo do § 2º do art. 280 do CTB, no qual define que ocorrendo infração prevista na
legislação de trânsito lavrar-se-á auto de infração do qual constará a infração, sendo que esta infração deverá
ser comprovada por declaração da autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por aparelho eletrônico ou
por equipamento audiovisual, reações químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente disponível, previa-
mente regulamentado pelo CONTRAN;
Considerando o conteúdo do § 3º do art. 280 do CTB, no qual se estabelece que não sendo possível a
autuação em flagrante, o agente de trânsito relatará o fato à autoridade no próprio auto de infração, informando
os dados a respeito do veículo, além dos constantes nos incisos I, II e III, para o procedimento previsto no artigo
seguinte 281;
Considerando a necessidade de padronização dos procedimentos adotados pelas autoridades de trânsito
e seus agentes;
Considerando a necessidade de proceder-se com a autuação, e penalização, de condutor que, com alte-
ração de estado psicomotor por influência de álcool ou outra substância que determine dependência, ao envol-
ver-se em acidente de trânsito, furta-se de sua responsabilização evadindo-se do local do acidente;
Considerando a evolução tecnológica, em especial a de telefonia celular, que permite o registro de ima-
gens por qualquer cidadão, permitindo-se acesso a meio probatório de cometimento de infração de trânsito e
crime de trânsito;
Considerando o pleno exercício à cidadania, na qual qualquer membro da sociedade pode colaborar, com
seus recursos, para a construção de uma sociedade mais justa, segura e solidária;
Considerando o Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segurança Viária para a Década 2011-2020,
do Ministério das Cidades – Comitê Nacional de Mobilização pela Saúde, Segurança e Paz no Trânsito;
Considerando as ações da ONU na Década de Ação pelo Trânsito Seguro 2011-2020, nas quais governos
de todo o mundo se comprometem a tomar novas medidas para prevenir os acidentes no trânsito, que matam
cerca de 1,3 milhões de pessoas por ano, e que se trata da nona causa de mortes em todo o mundo;
Considerando as ações da Organização Mundial de Saúde (OMS) em apoio às iniciativas que tem com
objetivo a redução do consumo de bebidas alcoólicas por condutores;
Considerando a necessidade de complementação e implementação de orientações procedimentais rela-
tivas à aplicação da Resolução 432/13 do CONTRAN; RESOLVE:
Art. 1º. Definir no âmbito do Estado do Rio Art. 3º. Para todos os efeitos considera-se al-
Grande do Sul os procedimentos a serem adotados teração da capacidade psicomotora motivada pela
pelas autoridades de trânsito e seus agentes na influência de álcool ou de outra substância psicoativa
fiscalização do consumo de álcool ou de outra subs- que determine dependência: a alteração das funções
tância psicoativa que determine dependência, para cognitivas, sócio-emocionais, simbólicas, psicolin-
aplicação do disposto nos arts. 165, 276, 277 e 306 guísticas e motoras, comprometendo ou alterando a
da Lei 9.503, de 23.09.1997 – Código de Trânsito capacidade de ser, pensar e agir no contexto psicos-
Brasileiro (CTB), em complementação à Resolução social.
432/13 do CONTRAN. Art. 4º. São sinais de alteração de capacida-
Art. 2º. A fiscalização do consumo de bebidas de psicomotora em razão do consumo de álcool ou de
alcoólicas e de outras substâncias psicoativas que outra substância psicoativa que determine depen-
determinem dependência pelos condutores de veícu- dência, além dos outros sinais estabelecidos no
los automotores, deve ser procedimento operacional Anexo I desta Resolução:
rotineiro dos órgãos de trânsito, podendo ocorrer em I - aumento do ritmo respiratório;
qualquer momento do exercício da atividade de II - comportamento incoerente ao executar ta-
fiscalização de condutor quando este se encontrar na refas;
realização de circulação, parada, estacionamento e III - diminuição da capacidade de discerni-
operação de carga ou descarga. mento e perda da inibição;
Parágrafo único. A administração pública IV - leve sensação de euforia e relaxamento;
também pode ser subsidiada em suas ações de V - diminuição da atenção e da vigilância;
fiscalização, autuação e demais procedimentos, por
VI - reflexos mais lentos ou consideravelmen-
informações e elementos de prova produzidos tam-
te mais lentos;
bém pelos administrados e veículos de imprensa.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 637

VII - dificuldade de coordenação e redução da II - exames realizados por laboratórios especia-


força muscular; lizados, indicados pelo órgão ou entidade de trânsito
VIII - redução da capacidade de tomar deci- competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de con-
sões racionais ou de discernimento; sumo de outras substâncias psicoativas que determi-
IX - diminuição da paciência; nem dependência;
X - alteração de equilíbrio e de movimento; III - teste em aparelho destinado à medição do
XI - alteração de algumas funções visuais teor alcoólico no ar alveolar (etilômetro);
como sensibilidade à luz; IV - verificação dos sinais que indiquem a al-
XII - fala arrastada, balbuciada, incoerente ou teração da capacidade psicomotora do condutor;
ininteligível; V - outro meio tecnológico que comprove a al-
teração da capacidade psicomotora.
XIII - soluços;
§ 1º Além do disposto nos incisos deste arti-
XIV - vômito ou seu indicativo;
go, também poderão ser utilizados prova testemu-
XV - consciência ou resposta reduzida dos es- nhal, imagem, vídeo ou qualquer outro meio de prova
tímulos externos; em direito admitido.
XVI - alteração leve, média ou grave da coor- § 2º Entre outros, entende-se como qualquer
denação motora; outro meio de prova em direito admitido o registro de
XVII - dificuldade de equilíbrio, com tendência áudio por aparelho eletrônico ou eletromagnético.
a cambalear e a cair;
XVIII - perda de consciência; DOS MEIOS DE PRODUÇÃO DE PROVA
XIX - estado de sedação comparável ao de uma Art. 7º. O meio de produção de prova da con-
anestesia cirúrgica; firmação da alteração da capacidade psicomotora em
razão da influência de álcool ou de outra substância
XX - inconsciência.
psicoativa que determine dependência, observado o
Art. 5º. Os sinais de alteração da capacidade respeito às provas em direito admitidas, pode se dar
psicomotora poderão ser verificados por: por ação, iniciativa ou meio da própria administração
I - exame clínico com laudo conclusivo e fir- pública, de particular, de agente da autoridade de
mado por médico perito no qual seja determinado que trânsito ou veículo de imprensa.
o condutor apresente capacidade psicomotora alte-
rada em razão da influência de álcool ou de outra DO TESTE DE ETILÔMETRO
substância psicoativa que determine dependência; ou Art. 8º. O etilômetro deve atender aos seguin-
II - constatação, pelo agente da Autoridade de tes requisitos:
Trânsito, dos sinais de alteração da capacidade I - ter seu modelo aprovado pelo INMETRO;
psicomotora nos termos do Anexo I desta Resolução. II - ser aprovado na verificação metrológica
§ 1º Para confirmação da alteração da capa- inicial, eventual, em serviço e anual realizada pelo
cidade psicomotora pelo agente da Autoridade de Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecno-
Trânsito, deverá ser considerado não somente um logia - INMETRO ou por órgão da Rede Brasileira de
sinal, mas um conjunto de sinais que comprovem a Metrologia Legal e Qualidade – RBMLQ;
situação do condutor. Art. 9º. Deverá ser descontada do resultado
§ 2º Os sinais de alteração da capacidade do etilômetro (medição realizada) a margem de
psicomotora de que trata o inciso II deverão ser tolerância, que será o erro máximo admissível, confor-
descritos no auto de infração ou em termo específico me legislação metrológica, de acordo com a “Tabela
que contenha as informações mínimas indicadas no de Valores Referenciais para Etilômetro” constante no
Anexo I desta Resolução, o qual deverá acompanhar Anexo I da Resolução 432/13 do CONTRAN.
o auto de infração. Parágrafo único. O Erro máximo admitido é o
valor estabelecido pela legislação metrológica, que
DOS MEIOS PROBATÓRIOS DA ALTERAÇÃO
normatiza o uso e validade do equipamento, que diz
DA CAPACIDADE PSICOMOTORA
respeito à capacidade de precisão do equipamento.
Art. 6º. A confirmação da alteração da capa- Art. 10. Será dispensada a emissão de resul-
cidade psicomotora em razão da influência de álcool tado de etilômetro com valor negativo para os casos
ou de outra substância psicoativa que determine de recusa do condutor a se submeter ao teste.
dependência dar-se-á por meio de, pelo menos, um
Art. 11. No caso de recusa ao teste e haven-
dos seguintes procedimentos a serem realizados no
do etilômetro no local da fiscalização, deverá o
condutor de veículo automotor:
agente dispor no Termo de Constatação de Sinais de
I - exame de sangue; Alteração da Capacidade Psicomotora a observação
638 Ordeli Savedra Gomes

de que o condutor se recusou a se submeter ao Parágrafo único. Sendo do interesse da auto-


exame etilométrico e indicar a existência do etilôme- ridade de trânsito e de seus agentes, poderá ser
tro no local através da inscrição do modelo do equi- lavrado termo de constatação mesmo nos casos em
pamento e seu número. que não haja a confirmação da caracterização do
Parágrafo único. Considera-se a impossibili- crime de trânsito do art. 306 do CTB.
dade de utilização do etilômetro quando: Art. 16. Os órgãos componentes do Sistema
I - o condutor se recusar a se submeter ao Nacional de Trânsito, no âmbito da circunscrição do
exame realizado com etilômetro; Estado do Rio Grande do Sul, poderão acrescentar
II - o órgão de trânsito não possuir o equipa- campos ao formulário de forma a atender às suas
mento; necessidades específicas.
III - o equipamento disponível no órgão de Art. 17. O Termo de Constatação dos Sinais
trânsito não possuir aprovação na verificação metro- de Alteração da Capacidade Psicomotora, conforme
lógica inicial, eventual, em serviço e anual realizados modelo do Anexo I desta Resolução, deverá ser
pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e preenchido em três vias.
Tecnologia – INMETRO ou por órgão da Rede Brasi- § 1º A primeira via deverá ser anexada à pri-
leira de Metrologia Legal e Qualidade – RBMLQ; meira via do auto de infração, e deverá permanecer
IV - o equipamento disponível no órgão de vinculada a esta para fins de arquivo e ulterior con-
trânsito não possuir condição de funcionamento por sulta;
mau funcionamento ou impossibilidade física de § 2º Em caso de caracterização do crime de
operação; trânsito, a segunda via deverá ser entregue à autori-
V - o equipamento estiver, operacionalmente, dade policial militar para encaminhamento do termo à
indisponível no local da abordagem; autoridade policial judiciária, ou diretamente à própria
VI - o condutor, pelo seu estado físico ou por autoridade policial judiciária;
sua vontade, não atender ou não conseguir atender § 3º A terceira via do termo de constatação
às determinações do agente com relação à forma de deverá ser entregue ao condutor, anexada à segunda
se prestar o exame. via do auto de infração, sendo direito do condutor o
Art. 12. Quando o condutor apresentar sinais acesso a esse documento no momento da autuação,
de alteração da capacidade psicomotora na forma do devendo ser especificado no auto a entrega desses
art. 5º desta Resolução, ou haja comprovação dessa documentos ao condutor no momento da autuação.
situação por meio do teste de etilômetro e encami- DAS PROVAS OBTIDAS ATRAVÉS DE IMAGEM,
nhamento do condutor para a realização do exame de VÍDEO E ÁUDIO
sangue ou exame clínico, não será necessário aguar- Art. 18. A prova de alteração do estado psi-
dar o resultado desses exames para fins de autuação comotor do condutor pode ser obtida por qualquer
administrativa. meio tecnológico que permita registro ou gravação de
Art. 13. Nos procedimentos de fiscalização filme, vídeo, fotografia e áudio.
deve-se priorizar a utilização do teste com etilômetro.
Parágrafo único. Também pode ser obtida
DO TERMO DE CONSTATAÇÃO DE ALTERAÇÃO prova de alteração do estado psicomotor de condutor
DA CAPACIDADE PSICOMOTORA através de registro de áudio no qual se retrate o uso
Art. 14. O termo de constatação de alteração da linguagem falada, produzida pelo condutor, em
da capacidade psicomotora, conforme anexo desta demonstração da alteração da capacidade psicomo-
Resolução, e em complementação do Anexo II da tora quanto ao exercício da linguagem falada.
Resolução 432/13 do CONTRAN, importará em pa- Art. 19. O equipamento, para a obtenção da
dronização de formatação do documento no âmbito prova, pode ser disponibilizado pelo administrado,
do Estado do Rio Grande do Sul. pelos veículos de imprensa, pela própria administra-
Parágrafo único. O termo de constatação de ção pública ou por equipamento de uso pessoal de
alteração da capacidade psicomotora deverá ser agente da autoridade de trânsito.
utilizado, de forma singular ou associado a outros § 1º A utilização de equipamento de registro
meios probatórios, sempre que for impossível a de imagem, vídeo e áudio, de propriedade do agente
utilização do etilômetro; da autoridade de trânsito, dar-se-á por iniciativa
Art. 15. Nos casos de caracterização do cri- pessoal deste, a quem recairá o custo e ônus sobre a
me previsto no artigo 306 do Código de Trânsito, fica utilização do equipamento.
obrigatória a lavratura do Termo de Constatação de § 2º Para todos os efeitos também são consi-
Alteração da Capacidade Psicomotora. derados meios hábeis para a produção de registro de
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 639

imagem equipamentos de vigilância e monitoramento Parágrafo único. No caso de flagrante de


de uso privado ou de uso da administração pública. cometimento de infração de trânsito do art. 165 do
§ 3º Quanto à utilização de imagens e áudio, CTB e correspondente autuação por registro de vídeo,
devem os órgãos de trânsito observar o respeito aos deverá ser descrito no auto de infração as circuns-
direitos individuais, e de imagem, do condutor autua- tâncias do registro da imagem e a fundamentação
do, devendo tais registros ser mantidos e utilizados para autuação, além de preenchimento do termo de
de forma restrita ao processo administrativo de constatação.
aplicação de penalidade, defesa e recursos, a quais- DO CRIME
quer inquéritos policiais e aos processos judiciais.
Art. 24. O crime previsto no art. 306 do CTB
Art. 20. A existência de registro de provas
será caracterizado por qualquer um dos procedimen-
obtidas através de imagem, vídeo, áudio ou por
tos abaixo:
qualquer outro meio de prova em direito admitida
deve ser indicado, no mínimo, no auto de infração de I - exame de sangue que apresente resultado
trânsito, sendo informado o local de registro, acesso igual ou superior a 6 (seis) decigramas de álcool por
litro de sangue (6 dg/L);
ou resgate.
II - teste de etilômetro com medição realizada
Art. 21. No caso de registro de áudio ou vídeo
igual ou superior a 0,34 miligrama de álcool por litro
o seu conteúdo deverá ser anexado ao auto de
de ar alveolar expirado (0,34 mg/L), descontado o
infração através de gravação em mídia eletrônica
erro máximo admissível nos termos da “Tabela de
como, por exemplo, CD, DVD, cartão de memória, Valores Referenciais para Etilômetro” constante no
pen drive, entre outros. Anexo II da presente Resolução;
Parágrafo único. As imagens devem ficar III - exames realizados por laboratórios espe-
disponíveis à instrução de processo de defesa e cializados, indicados pelo órgão ou entidade de trân-
recurso de autuação, e ao autuado ou seu procurador sito competente ou pela Polícia Judiciária, em caso
legal, neste caso mediante requerimento formal ao de consumo de outras substâncias psicoativas que
órgão de trânsito. determinem dependência;
DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA IV - sinais de alteração da capacidade psico-
Art. 22. A infração prevista no art. 165 do motora obtido na forma do art. 5º.
CTB será caracterizada por: § 1º A ocorrência do crime de que trata o
I - exame de sangue que apresente qualquer caput não elide a aplicação do disposto no art. 165
concentração de álcool por litro de sangue; do CTB.
II - teste de etilômetro com medição realizada § 2º Configurado o crime de que trata este ar-
igual ou superior a 0,05 miligrama de álcool por litro tigo, o condutor e testemunhas, se houver, serão
de ar alveolar expirado (0,05 mg/L), descontado o encaminhados à Polícia Judiciária, devendo ser
erro máximo admissível nos termos da “Tabela de acompanhados dos elementos probatórios.
Valores Referenciais para Etilômetro”, constante no Art. 25. Para a caracterização de crime de
Anexo I da Resolução 432/13 do CONTRAN; trânsito, em comunicação do fato à autoridade policial
judiciária, e sendo esta comunicação o elemento de
III - sinais de alteração da capacidade psico-
prova único ou inicial o termo de constatação de
motora obtidos na forma do art. 5º desta Resolução.
alteração da capacidade psicomotora, este instrumento
Parágrafo único. Serão aplicadas as penali- deverá ter a afirmação expressa de que o condutor
dades e medidas administrativas previstas no art. apresentava alteração da capacidade psicomotora.
165 do CTB ao condutor que recusar a se submeter a
qualquer um dos procedimentos previstos no art. 6º DO AUTO DE INFRAÇÃO
desta Resolução, sem prejuízo da incidência do crime Art. 26. Além das exigências estabelecidas
previsto no art. 306 do CTB caso o condutor apresen- em regulamentação específica, o auto de infração
te os sinais de alteração da capacidade psicomotora. lavrado em decorrência da infração prevista no art.
Art. 23. Com fundamento nos arts. 161, ca- 165 do CTB deverá conter:
put, e 280, §§ 2º e 3º do CTB, poderá ser lavrado I - no caso de encaminhamento do condutor
auto de infração com fundamento no art. 165 do CTB para exame de sangue, exame clínico ou exame em
quando houver registro de vídeo com possibilidade de laboratório especializado, a referência a esse proce-
atendimento ao preenchimento dos requisitos formais dimento, sendo descrito o número do termo e a sua
do auto de infração de trânsito e a certeza inequívo- conclusão;
ca e incontroversa quanto à identidade do condutor e II - no caso do art. 5º, os sinais de alteração
veículo. da capacidade psicomotora de que trata o Anexo I da
640 Ordeli Savedra Gomes

presente Resolução ou a referência ao preenchimento processo administrativo de defesa prévia ou recursos


do termo específico, indicando sua numeração; administrativos de questionamento de aplicação de
III - no caso de teste de etilômetro, a marca, penalidade ou nos eventuais processos judiciais.
modelo e nº de série do aparelho, nº do teste, a DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
medição realizada, o valor considerado e o limite
regulamentado em mg/L; Art. 31. Não havendo outras irregularidades
com o veículo que o sujeitarão à remoção ao depósi-
IV - conforme o caso, a identificação da (s)
to, o veículo será retido até a apresentação de
testemunha (s), se houve fotos, vídeos ou outro meio
condutor habilitado, que também será submetido à
de prova complementar, se houve recusa do condu-
fiscalização.
tor, entre outras informações disponíveis.
Parágrafo único. Caso não se apresente con-
§ 1º Os documentos gerados e o resultado
dutor habilitado ou o agente verifique que ele não
dos exames de que trata o inciso I deverão ser
está em condições de dirigir, o veículo será recolhido
anexados ao auto de infração.
ao depósito do órgão ou entidade responsável pela
§ 2º No caso do teste de etilômetro, para pre- fiscalização, mediante recibo.
enchimento do campo “Valor Considerado” do auto
Art. 32. O documento de habilitação será re-
de infração, deve-se observar as margens de erro
colhido pelo agente, mediante recibo, e ficará sob
admissíveis, nos termos da “Tabela de Valores Refe-
renciais para Etilômetro” constante no Anexo II da custódia do órgão ou entidade de trânsito responsá-
presente Resolução. vel pela autuação pelo prazo mínimo de 24 (vinte e
quatro) horas e até que o condutor comprove que não
DA CONTRAPROVA está com a capacidade psicomotora alterada, nos
Art. 27. Considera-se contraprova a segunda termos desta Resolução.
experiência, exame ou laudo, de natureza idêntica ou § 1º Caso o condutor não compareça ao ór-
diversa, tipo de equipamento, ou método, ou conteú- gão ou entidade de trânsito responsável pela autua-
do ou técnica, à primeira, dentro de espaço de tempo ção no prazo de 5 (cinco) dias da data do cometimen-
de 15 (quinze) minutos a 1 (uma) hora, que se destina to da infração, o documento será encaminhado ao
a verificar a exatidão da primeira prova. órgão executivo de trânsito responsável pelo seu
Parágrafo único. A contraprova poderá ser registro, onde o condutor deverá buscar seu docu-
realizada com o mesmo equipamento, ou método, ou mento.
conteúdo ou técnica, utilizado na produção da primei- § 2º A informação de que trata o § 1º deverá
ra prova. constar no recibo de recolhimento do documento de
Art. 28. No caso de divergência entre a prova habilitação.
e a contraprova, sendo ambas disponibilizadas por
meios próprios da administração pública, caso favorá- DISPOSIÇÕES GERAIS
vel ao condutor, será considerado o apurado na segun- Art. 33. É obrigatória a realização do exame
da prova. de alcoolemia para as vítimas fatais de acidentes de
Art. 29. No caso de divergência entre a prova trânsito.
e a contraprova, sendo ambas disponibilizadas por Art. 34. Esta Resolução entra em vigor na da-
meios próprios da administração pública, e a contra- ta de sua publicação, revogando-se a Resolução
prova serem prejudicial ao condutor, será considera- CETRAN/RS 11, de 21.03.2006.
do o apurado na primeira prova.
Art. 30. No caso de divergência entre a prova
e a contraprova ou as contraprovas, sendo estas Porto Alegre, RS, 26.02.2013.
disponibilizadas por meio de instituição, entidade ou
Lieverson Luiz Perin
empresa de caráter privado, a divergência entre
ambas será analisada, em matéria de defesa, em

ANEXO I
(Ver Resolução 432/13)

ANEXO II
(Ver Resolução 432/13)
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 641

RESOLUÇÃO 93, DE 30.09.2014


Define procedimentos acerca do recebimento de infor-
mações pelo DETRAN/RS sobre c condutores de veí-
culos automotores em benefício de auxílio-doença ou
aposentadoria por invalidez, concedido por órgãos pre-
videnciários ou pelos municípios com regime próprio de
previdência, sobre a fiscalização de trânsito nas situa-
ções referidas e dá outras providências.

O Conselho Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul – CETRAN – RS, no uso das atribuições que lhe
confere o art. 14 da Lei Federal 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, bem
como a competência definida pelo Decreto Estadual 38.705/98 e suas alterações posteriores e:
Considerando o disposto nos incisos I e II do art. 14 do CTB, que atribui competência ao CETRAN para
cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito bem como elaborar normas, no âmbito de suas
atribuições;
Considerando a necessidade de adoção de normas complementares de uniformização de procedimentos
para a realização da avaliação física e mental dos condutores de veículos com benefício securitário ou previden-
ciário do Instituto Nacional do Seguro Social, dos Municípios ou do Estado Rio Grande do Sul;
Considerando a competência regimental do CETRAN/RS para adoção de medidas administrativas no sentido
de minimizar a violência de trânsito comprovada pelos elevados índices de acidentalidade e sinistralidade decorren-
tes, entre outros aspectos, do estado de saúde físico-mental dos condutores de veículos automotores;
Considerando a necessidade de um instrumento balizador que assegure os procedimentos administrati-
vos a serem utilizados por ocasião da realização da fiscalização de trânsito nos casos referentes a condutores
portadores de doenças que possam interferir na condução de veículos automotores e representar riscos para os
demais usuários das vias públicas;
Considerando que o trânsito em condições seguras é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades
competentes, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar medidas que assegurem esse
direito, conforme § 2º do art. 1º do CTB;
Considerando a incidência da responsabilidade objetiva dos órgãos e entidades, aliado à necessidade da
mudança comportamental dos condutores em benefício securitário e previdenciário no Estado do Rio Grande do
Sul, o recolhimento do documento de habilitação como procedimento de caráter acautelatório e a comprovação
da adequação de saúde física e mental como forma preventiva;
RESOLVE:
Art. 1º. Os condutores de veículos automoto- Parágrafo único. As informações referentes
res em benefício previdenciário, caso tenham interesse aos itens “I” e “III” poderão ser obtidas através do
em se manter habilitados, deverão se submeter a novo sítio eletrônico do DETRAN/RS (<http://www.detran.
exame de aptidão física e mental, a fim de verificar se rs.gov.br>), consultando-se a situação da CNH.
a doença ou lesão que motivou a concessão do be- Art. 3º. Para a inclusão no sistema informati-
nefício interfere na direção veicular segura. zado do DETRAN/RS, a comunicação do órgão
Art. 2º. As informações de benefício deverão deverá conter:
ser encaminhadas ao DETRAN/RS pelo órgão conce- I - Tipo do benefício (auxílio-doença ou apo-
dente somente se atendidas as seguintes condições: sentadoria por invalidez);
I - O cidadão possuir documento de habilitação; II - Data de concessão do benefício;
II - A lesão ou doença representar risco à con- III - Data provável da cessação/reavaliação do
dução veicular segura; benefício (nos casos de auxílio-doença);
III - A data de concessão do benefício for pos- IV - Código do diagnóstico (CID-10, em con-
terior à data de realização do último exame de formidade com o art. 73 do Código de Ética Médica);
aptidão física e mental em serviço de habilitação; V - Nome, CPF e RG do beneficiário.
IV - Nos casos de auxílio-doença, se o prazo § 1º A comunicação deverá ser enviada em
de concessão do benefício for igual ou superior a 90 ofício numerado e assinado, informando o endereço
(noventa) dias; eletrônico, o nome e o cargo do responsável técnico.
V - Nos casos de aposentadoria por invalidez, § 2º Caso as informações fornecidas pelo ór-
a qualquer tempo. gão concedente não atendam, na integralidade, o
642 Ordeli Savedra Gomes

disposto nos arts. 2º e 3º, serão arquivadas suma- diagnóstico informado pelo órgão de origem e avaliar
riamente pelo DETRAN/RS. as implicações para a direção veicular segura, com
Art. 4º. Após o registro das informações no base nas normativas vigentes do CONTRAN.
sistema informatizado do DETRAN/RS será expedida Art. 7º. O resultado do exame de aptidão físi-
ao condutor Notificação Administrativa, através de ca e mental realizado poderá ser consultado confor-
Carta Registrada com Aviso de Recebimento – AR, me indicado no parágrafo único do artigo 2º.
convocando-a para, no prazo de 30 (trinta) dias, Art. 8º. Os condutores de veículos automoto-
comparecer a um Centro de Formação de Conduto- res em benefício previdenciário, quando flagrados
res – CFC e efetuar a entrega de seu recebimento de em Operação de Fiscalização de Trânsito, por agen-
habilitação (CNH ou Permissão para Dirigir). tes de trânsito e sendo constatada a anotação em
Parágrafo único. O condutor não localizado seu prontuário de “ATENÇÃO: BLOQUEADO – SUS-
através de Carta AR será notificado por edital publi- PEITA INCAPACIDADE FÍSICA/MENTAL”, serão au-
cado no Diário Oficial do Estado. tuados por infração ao art. 252, inciso III, da Lei
Art. 5º. Será incluído bloqueio no prontuário do Federal 9.503/97 – CTB e aplicada incontinenti à
condutor quando o documento de habilitação for re- medida administrativa de recolhimento do documen-
colhido ou quando finalizar o prazo da notificação sem to de habilitação, nos termos do art. 269, inciso III ou
manifestação do condutor, permanecendo vigente até IV c.c. art. 272, ambos do CTB, sem prejuízo das
a obtenção de resultado de aptidão em exame pericial demais medidas penais cabíveis.
para fins de habilitação e disponível para consulta Art. 9º. Esta Resolução entra em vigor na da-
pelos Órgãos Policiais e de Fiscalização. ta de sua publicação, revogando-se a Resolução CE-
Art. 6º. Havendo interesse em manter-se habi- TRAN/RS 59/12.
litado, o condutor deverá se submeter a novo exame
de aptidão física e mental realizado por médico perito Porto Alegre, RS, 30.09.2014.
diferente do que realizou o último exame, o qual Sergio Renato Teixeira
deverá, antes de realizar o exame, tomar ciência do

RESOLUÇÃO 98, DE 28.04.2015


Revoga a Resolução CETRAN/RS 95/2014, passando a
disciplinar os procedimentos para a realização de Ins-
peção Técnica realizada pelo CETRAN junto aos órgãos
de Trânsito, e dá outras providências.

O Conselho Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul – CETRAN/RS, no uso das atribuições que lhe
confere o art. 14 da Lei Federal 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, bem
como a competência definida pelo Decreto Estadual 38.705/98 e suas alterações posteriores e:
Considerando o disposto no art. 14 do CTB, que atribui competência ao CETRAN para cumprir e fazer
cumprir a legislação e as normas de trânsito no âmbito de suas atribuições;
Considerando o disposto no art. 24 e incisos do CTB, que estabelece como competência e responsabili-
dade dos Órgãos e Entidades Executivos de Trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição, entre
outras, cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições; coletar
dados estatísticos e elaborar estudos sobre os acidentes de trânsito e suas causas; estabelecer, em conjunto
com os órgãos de polícia ostensiva de trânsito, as diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito; executar
a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis, por infrações de circulação,
estacionamento e parada, notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar; integrar-se a outros
órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito – SNT; implantar as medidas da Política Nacional de
Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito; promover e participar de projetos e programas de educação e
segurança de trânsito de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN; articular-se com os demais
órgãos do SNT no Estado, sob coordenação do respectivo CETRAN;
Considerando o disposto nos arts. 6º, 7º e 8º do CTB, que estabelecem os objetivos e a composição do
Sistema Nacional de Trânsito – SNT e determina que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão
seus respectivos órgãos e entidades executivos de trânsito e rodoviário;
Considerando o disposto no art. 332 do CTB, que dispõe que os órgãos e entidades integrantes do SNT
proporcionarão aos membros do CONTRAN, CETRAN e CONTRANDIFE, em serviço, todas as facilidades para o
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 643

cumprimento de sua missão, fornecendo-lhes as informações que solicitarem, permitindo-lhes inspecionar a


execução de quaisquer serviços, atendendo prontamente suas requisições;
Considerando a necessidade de atender a Res. 296, de 28.10.2008, do CONTRAN, que determina aos
Órgãos e Entidades Municipais Executivos de Trânsito e Rodoviário disponibilizarem estrutura organizacional e
capacidade instalada para o exercício das atividades e competências legais que lhe são próprias, sendo estas
no mínimo as de: engenharia de tráfego; fiscalização e operação de trânsito; educação para o trânsito; coleta,
controle e análise estatística de trânsito, e que disponham de Junta Administrativa de Recursos de Infrações –
JARI;
Considerando que compete ao CETRAN realizar as inspeções técnicas nos órgãos de trânsito; resolve:
I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES sente Resolução será concluído relatório de Inspeção
Técnica, sob responsabilidade do presidente da equi-
Art. 1º. Instituir o procedimento de Inspeção pe técnica, no qual constarão as informações abaixo:
Técnica nos Órgãos e Entidades Municipais Executi-
vos de Trânsito e Rodoviário através de processo ad- I - data e local da inspeção;
ministrativo. II - identificação da equipe técnica;
Art. 2º. A Inspeção Técnica consistirá na aná- III - descrição do Órgão de Trânsito e/ou Ro-
lise da estrutura organizacional e capacidade instala- doviário – OTR, com a verificação quanto a:
da para o exercício das atividades e competências le- a) normatização;
gais que são próprias dos Órgãos e Entidades Munici- b) identificação e qualificação da autoridade
pais Executivos de Trânsito, nos seguintes aspectos: de trânsito e/ou rodoviária municipal;
I - engenharia de tráfego; c) endereço, telefones, e email do órgão;
II - fiscalização e operação de trânsito; d) autuação de infração de trânsito: lavratura
III - educação para o trânsito; do auto de infração de trânsito, análise de sua consis-
IV - estatística de trânsito; tência e inserção no Sistema Integrado de Infrações
V - Junta Administrativa de Recursos de In- de Trânsito;
frações – JARI; e) defesa prévia: julgamento e respectiva in-
VI - regulamentação do transporte escolar. serção no Sistema Integrado de Infrações de Trânsito;
Art. 3º. Os órgãos de trânsito deverão dispo- f) educação para o trânsito: programação e
nibilizar, na ocasião da Inspeção Técnica, toda a do- ações efetivas quanto às políticas públicas na área de
cumentação pertinente aos incs. I a VI do artigo an- educação para o trânsito.
terior, que poderá ser exigida, de forma retroativa, g) engenharia de tráfego: mobilidade urbana,
até os últimos 05 (cinco) anos, e da qual, se necessá- sinalização viária e estacionamento.
rio, será extraída cópia.
h) estatística e coleta de dados: controle e ge-
Parágrafo único. O órgão de trânsito inspe- renciamento estatístico de acidentalidade de trânsito
cionado deverá disponibilizar, quando solicitado pela e infrações.
equipe de Inspeção Técnica do CETRAN, estrutura
adequada para o desenvolvimento dos trabalhos. IV - Junta Administrativa de Recursos de In-
frações – JARI, com a verificação quanto a:
II – DA INSTAURAÇÃO DO PROCESSO a) normatização da JARI;
ADMINISTRATIVO
b) julgamento dos recursos e respectiva inser-
Art. 4º. O processo administrativo de Inspeção ção no Sistema Integrado de Infrações de Trânsito;
Técnica será instaurado por despacho do presidente c) registro de reuniões regulares da JARI;
do CETRAN, de ofício ou motivado por denúncia.
d) controle, organização e arquivamento dos
Art. 5º. O Presidente do CETRAN designará documentos;
equipe técnica formada por dois servidores para rea-
V - Verificação dos documentos de competên-
lização da Inspeção Técnica.
cia do órgão de trânsito municipal arquivados no car-
§ 1º Em casos excepcionais, poderá ser de- tório da Brigada Militar (BM), quando necessário para
signada equipe técnica composta por mais de dois melhor instruir o processo de Inspeção Técnica;
servidores.
VI - Quanto ao transporte escolar:
§ 2º Entre os componentes da equipe de ins-
peção técnica, um será designado para presidir os a) autorização emitida pelo órgão ou entidade
trabalhos. executivo de trânsito do Estado, referente aos veícu-
los que compõem a frota, em conformidade com o
III – DO RELATÓRIO disposto no art. 136 do CTB;
Art. 6º. No prazo de até 30 (trinta) dias após b) comprovação da aprovação em curso es-
análise dos aspectos relacionados no art. 2º da pre- pecializado, conforme dispõe o art. 138, V, do CTB;
644 Ordeli Savedra Gomes

c) certidões negativas criminais dos conduto- dade, notificará o Município para que, no prazo máxi-
res de veículos escolares, de acordo com o disposto mo de 90 (noventa) dias, comprove sua regularização.
no art. 329 do CTB. Art. 9º. Não ocorrendo a regularização no pra-
VII - Conclusão do Relatório, data e assinatura zo estipulado no artigo anterior, o processo será sub-
da equipe que realizou a Inspeção Técnica. metido ao Órgão Pleno do CETRAN/RS, que poderá
IV – DO PROCEDIMENTO adotar as seguintes providências:
a) denúncia ao Ministério Público;
Art. 7º. O relatório de inspeção técnica será
b) cancelamento da certificação do Município,
enviado à Coordenadoria de Municipalização que,
verificando desconformidades no órgão de trânsito com a respectiva comunicação ao DENATRAN.
municipal, notificará o Município para que, no prazo Art. 10. No caso da decisão implicar no can-
máximo de 30 (trinta) dias, as regularize, podendo o celamento da certificação, o Município deverá com-
Município: provar as condições necessárias para o retorno das
a) comprovar, através de documentação, a re- atividades de trânsito, condicionada a realização de
gularização das desconformidades apontadas; nova Inspeção Técnica.
b) apresentar o cronograma de regularização, Art. 11. Em qualquer fase do processo admi-
quando as providências a serem adotadas exijam maior nistrativo em que restar demonstrada a conformidade
prazo para sua execução; do Município junto ao Sistema Nacional de Trânsito,
c) interpor suas razões, caso discorde dos o Presidente do CETRAN poderá determinar o arqui-
apontamentos contidos na conclusão do relatório de vamento deste.
inspeção técnica. Art. 12. Esta Resolução entra em vigor na da-
Parágrafo único. A notificação de que trata o ta de sua publicação, revogando-se a Resolução CE-
caput deste artigo será acompanhada de cópia do TRAN/RS 95/2014, bem como as demais disposições
relatório de inspeção técnica. em contrário.
Art. 8º. Caberá à Coordenadoria de Municipa-
lização a análise da defesa apresentada pelo Municí- Porto Alegre, RS, 28.04.2015.
pio, submetendo-a ao julgamento do Presidente do Ivan Carlos Poggere
CETRAN que, verificando permanecer a desconformi-

RESOLUÇÃO 115, DE 25.07.2017


Dispõe sobre o Estacionamento Rotativo nas vias muni-
cipais e dá outras providências.

O Conselho Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul – CETRAN/RS, no uso das atribuições que lhe
confere o art. 14 da Lei Federal 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, em
seus arts. 14 e 15, bem como a competência definida pelos Decretos Estaduais 38.705/98 e suas alterações
posteriores e 52.549/15 e:
Considerando que, conforme art. 3º, XI, do Decreto Estadual 52.549/15, compete ao CETRAN propor
medidas para o aperfeiçoamento da legislação de trânsito;
Considerando que ao CETRAN/RS compete a aplicação e observância da legalidade nos atos administra-
tivos de trânsito;
Considerando que a implantação de áreas de Estacionamento Rotativo pago nos municípios, conhecidas
como “área azul” ou “zona azul”, tem como objetivo básico a democratização e organização dos espaços públi-
cos para o estacionamento de veículos, gratuito ou pago, regulamentado para um período determinado pelo
órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, conforme Resolução 302/08 do CONTRAN;
Considerando que compete aos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Municípios: implantar,
manter e operar sistema de Estacionamento Rotativo pago nas vias, conforme art. 24, X, do Código de Trânsito
Brasileiro – CTB;
Considerando as consultas efetuadas pelos órgãos de trânsito dos municípios do Estado do Rio Grande
do Sul ao Conselho Estadual de Trânsito – CETRAN/RS;
Considerando a evolução tecnológica dos sistemas de gestão, com destaque ao controle e fiscalização
dos estacionamentos rotativos;
Considerando o disposto na Resolução 471/13, alterada pela Resolução 532/15, ambas do CONTRAN;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 645

Considerando o disposto na Resolução 497/14, do CONTRAN;


Considerando o disposto na Resolução 619/16, do CONTRAN. RESOLVE:
Art. 1º. Compete aos órgãos e entidades exe- Art. 5º. Os órgãos ou entidades executivos de
cutivos de trânsito dos Municípios a implantação, trânsito Municipais devem manter arquivados, por
manutenção e exploração, direta ou indireta de es- um prazo de no mínimo 5 (cinco) anos, todos os do-
tacionamento rotativo. cumentos comprobatórios das infrações de trânsito.
Parágrafo único. Compete ao órgão e enti- Art. 6º. O agente da autoridade de trânsito
dade executivo de trânsito Municipal definir o regra- competente para lavrar o Auto de Infração de Trânsi-
mento e os procedimentos a serem adotados no es- to, poderá ser servidor civil, estatutário ou celetista,
tacionamento rotativo. ou, ainda, policial militar designado pela autoridade
Art. 2º. É de competência municipal definir, de trânsito com circunscrição sobre a via no âmbito
através de legislação própria, os valores do estacio- de sua competência, conforme art. 280, § 4º, do CTB.
namento rotativo pago.
Art. 7º. A delimitação das vias públicas esta-
Art. 3º. É de competência do órgão e entida-
belecidas para Estacionamento Rotativo deverá estar
de executiva de trânsito municipal, no âmbito de sua
circunscrição, a regulamentação dos procedimentos regulamentada pela sinalização com placas R6b –
logísticos e técnicos para a lavratura da autuação de Estacionamento Regulamentado – em conformidade
trânsito dos veículos estacionados em locais defini- com o Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito –
dos como estacionamento rotativo. Volume I, aprovado pela Resolução 180/05 do CON-
Art. 4º. A infração deverá ser comprovada por TRAN.
declaração da autoridade pública ou do agente da Parágrafo único. Importará em infração de
autoridade de trânsito, ou ainda, por aparelho eletrô- trânsito a inobservância da regulamentação expressa
nico ou equipamento audiovisual, reações químicas através da placa R6b e sinalização de “Estacionamen-
ou qualquer outro meio tecnologicamente disponível to Rotativo”.
que contenha os dados mínimos definidos pelo art. Art. 8º. Ficam revogadas as Resoluções 45/11
280 do CTB, tais como: e 94/14 do CETRAN/RS.
I - registro em sistema eletrônico de proces- Art. 9º. Esta resolução entra em vigor na data
samento de dados quando a infração for comprovada de sua publicação.
por equipamento de detecção provido de registrador
de imagem;
Porto Alegre, RS, 25.07.2017.
II - meio eletrônico, desde que possam ser ex-
traídos todos os dados necessários à verificação da Luiz Noé Souza Soares
infração.

RESOLUÇÃO 124, DE 04.12.2018


Regulamenta o uso do Selo Gás Natural Veicular – GNV
em veículos automotores com sistemas de Gás Natural
Veicular e dá outras providências.

O Conselho Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul – CETRAN/RS, no uso das atribuições que lhe
confere o art. 14 da Lei Federal. 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, bem
como a competência definida pelo Decreto Estadual 38.705/98 e suas alterações posteriores e:
Considerando o disposto no art. 14 do CTB, que atribui competência ao CETRAN para cumprir e fazer
cumprir a legislação e as normas de trânsito no âmbito de suas atribuições;
Considerando a competência regimental do CETRAN/RS de autogestão, delineada pela autodetermina-
ção de seus feitos – mediante a adoção de medidas administrativas eficazes para a minimização da violência do
trânsito;
Considerando a necessidade de atendimento às normas de segurança veicular quanto ao uso do Gás Na-
tural Veicular – GNV;
Considerando que os veículos rodoviários automotores com sistemas de Gás Natural Veicular só podem
trafegar após a comprovação de atendimento aos requisitos e condições de segurança estabelecidos no Código
de Trânsito Brasileiro (CTB), nas Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) e nas Resoluções do
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA);
646 Ordeli Savedra Gomes

Considerando a Resolução CONTRAN 292, de 29.08.2008, que dispõe sobre modificações de veículos
previstas nos arts. 98 e 106 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB;
Considerando a Portaria do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – IN-
METRO 190, de 10.12.2003, que estabelece que o Selo Gás Natural Veicular, que é de porte obrigatório do
veículo rodoviário automotor que utiliza essa modalidade de propelente, deverá, quando da aprovação técnica
da inspeção de segurança veicular, ser aplicado no pára-brisa dianteiro do veículo ou entregue ao seu proprietá-
rio ou condutor, devendo, nesta última hipótese, ser o selo mantido junto aos documentos do veículo;
Considerando a Portaria do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – IN-
METRO 49, de 24.02.2010, que Aprova a revisão do Regulamento Técnico da Qualidade 37 – Inspeção de
Segurança Veicular de Veículos Rodoviários Automotores com Sistemas de Gás Natural Veicular;
Considerando a dificuldade encontrada pelos Agentes de Trânsito no que tange ao sistema e fiscalização
de infrações em veículos automotores que utilizam sistemas de Gás Natural Veicular, narrada no Ofício SIN-
DRATRAN-RS 006/18, direcionado ao CETRAN/RS;
RESOLVE:
Art. 1º. O “Selo Gás Natural Veicular” ou “Selo quando solicitado, sujeita o proprietário ao enqua-
GNV” é de porte obrigatório para todo veículo automo- dramento no art. 232 do CTB.
tor que utiliza essa modalidade de propelente como Art. 2º. Esta Resolução entra em vigor na da-
combustível. Deverá estar obrigatoriamente aplicado ta de sua publicação.
sobre o pára-brisa dianteiro do veículo ou ser mantido
junto aos documentos do veículo. Porto Alegre, 04 de dezembro de 2018.
Parágrafo único. A não aplicação em parte Luiz Noé Souza Soares
externa visível do veículo, ou sua não apresentação,
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 647

ÍNDICE DAS PORTARIAS

Portaria n. Assunto Página


23/94 – DNC Proíbe o consumo de óleo diesel como combustível nos veículos automotores de 649
passageiros, de carga e de uso misto, nacionais e importados, com capacidade de
transporte inferior a 1.000 (mil quilogramas), computados os pesos do condutor, tri-
pulantes, passageiros e da carga.
13/98/DENATRAN Dispõe sobre o transporte de veículo automotor novo. 650
3/99/DENATRAN Estabelece procedimentos para a substituição do motor do veículo. 650
28/99/DENATRAN Concede a mesma tolerância estabelecida no art. 162, inc. V, do CTB, ao condutor 652
portador da Permissão para Dirigir.
77/99/DENATRAN Estabelece procedimento para a gravação do Número de Identificação veicular (VIN) 652
em monoblocos.
17/00/DENATRAN Trata da identificação do ano de fabricação. 652
20/02/DENATRAN Trata da utilização de dispositivos refletivos de segurança em veículos de carga. 654
48/02/DENATRAN Torna sem efeito a Portaria 24, de 23.04.2002, que permitia o uso de aparelho de fone 657
de ouvido, do tipo monoauricular, quando da condução de veículo automotor.
11/04/DENATRAN Veículos que não estão sujeitos aos requisitos estabelecidos para o pára-choque tra- 657
seiro de veículos de carga (Resolução 152/03/CONTRAN).
156/04/INMETRO As verificações periódicas dos medidores de velocidade de veículos automotores 658
devem ser efetuadas a cada decurso de 12 (doze) meses.
11/06/DENATRAN Requisitos para registro de veículos na categoria aluguel, lhe atribuindo placas de cor 659
vermelha.
59/07/DENATRAN Estabelece os campos de informações que deverão constar do Auto de Infração, os 659
Atualizada pelas campos facultativos e o preenchimento, para fins de uniformização em todo o território
Portarias nacional, conforme estabelecido nos anexos desta Portaria.
003/16/DENATRAN e
127/16/DENATRAN
63/09/DENATRAN Homologa os veículos e as combinações de veículos de transporte de carga e de 688
passageiros, constantes do Anexo, com seus respectivos limites de comprimento,
PBT e PBTC – Res. 211/06, arts. 6º e 7º. Revoga a Portaria 93/08.
147/09/DENATRAN Aprova as Diretrizes Nacionais da Educação para o Trânsito na Pré-Escola na forma 688
estabelecida pelo Anexo I e as Diretrizes Nacionais da Educação para o Trânsito no
Ensino Fundamental na forma estabelecida pelo Anexo II desta Portaria.
391/10/DENATRAN Homologar o medidor de transmitância luminosa modelo Translux II, marca RICCI 707
ELETRÔNICA LTDA
470/10/DENATRAN Mensagens educativas de trânsito a serem utilizadas, nacionalmente, em toda peça 707
publicitária destinada à divulgação ou promoção, nos meios de comunicação social,
de produtos oriundos da indústria automobilística ou afins.
588/10/DENATRAN Permite o uso alternativo do cone retrátil com sistema de alinhamento e sustentação 707
como equipamento de sinalização de emergência no trânsito viário.
284/11/DETRAN/RS Regula o encaminhamento da CNH e da PID pelos CFCs, para entrega ao usuário. 708
648 Ordeli Savedra Gomes

15/12/DETRAN/RS Define procedimentos para o exame de prática de direção veicular para a categoria “A”. 709
16/12/DETRAN/RS Define procedimentos para o exame de prática de direção veicular para as categorias 713
“B”, “C”, “D” e “E”.
3.924/12/ANTT Altera o anexo à Resolução ANTT 3.880, de 22.08.2012, que estabelece os códigos e 683
os desdobramentos para as infrações aplicáveis devido à inobservância do Regula-
mento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos.
26/13/DENATRAN Regulamenta o registro de tratores destinados a puxar ou arrastar maquinaria de 718
qualquer natureza ou a executar trabalhos agrícolas e de construção, fabricados até 1º
de junho de 2013, no RENAVAM, sem a necessidade de pré-cadastro.
238/14/DENATRAN Regulamenta o sistema eletrônico de anotação, transmissão e recepção dos relatórios 719
de avaliação elaborados pelos instrutores relativos às aulas de prática de direção
veicular ministradas aos pretendentes à obtenção do documento de habilitação.
544/14/INMETRO Aprova o regulamento técnico metrológico para medidores de velocidade de veículos 722
automotores sobre requisitos de software e compatibilidade eletromagnética, disponi-
bilizados no sítio <www.inmetro.gov.br>.
549/14/DETRAN/RS Estabelece a carga horária mínima nos cursos de prática de direção veicular nos 723
processos de mudança de categoria – “C, D e E”, bem como a carga horária de aulas
noturnas; assim como a habilitação ou adição de categoria “B” quando houver
comprovada impossibilidade do candidato em realizar aulas em simulador de direção
veicular.
06/15/DENATRAN Estabelece modelo de Relatório de Acompanhamento Anual do funcionamento das 724
Escolas Públicas de Trânsito a ser enviado pelos órgãos e entidades executivos de
trânsito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ao DENATRAN.
116/15/MTe Regulamenta a realização dos exames toxicológicos previstos nos §§ 6º e 7º do art. 726
168 da CLT.
94/17/DENATRAN Institui o Curso de Agente de Trânsito para profissionais que executem a fiscalização, 728
operação, policiamento ostensivo de trânsito ou patrulhamento nos órgãos integrantes
do Sistema Nacional de Trânsito.
176/17/DENATRAN Estabelece modelo da Permissão Internacional para Dirigir (PID) e os procedimentos 731
atualizada pela para a homologação de entidades com a finalidade de expedição da PID.
Portaria 36/18
85/18/DENATRAN Estabelece procedimentos para a publicação na rede mundial de computadores (internet) 733
dos dados sobre a receita arrecadada com a cobrança de multas de trânsito e sua
destinação, nos termos do art. 320, § 2º do CTB.
149/18/DENATRAN Estabelece e normatiza os procedimentos para a arrecadação das multas e demais 734
débitos relacionados a veículos e o repasse dos valores arrecadados, para dispor sobre
o pagamento parcelado por meio de cartão de crédito e débito.
573/18/DENATRAN Regulamenta a expedição do CRLVe. 738
1.657/18/DENATRAN Disciplina a expedição da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em meio eletrônico, 739
denominada CNH Digital.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 649

PORTARIAS DO DENATRAN

PORTARIA 23, DE 06.06.1994


O Diretor do Departamento Nacional de Combustíveis – DNC no uso das atribuições que lhe confere o
art. 12 do Anexo I do Decreto 507, de 23.04.1992,
Considerando que o óleo diesel tem preço favorecido e que o país necessita efetuar expressivas impor-
tações desse produto com elevado dispêndio de divisas;
Considerando a possibilidade de uso de outros combustíveis automotivos em substituição ao óleo diesel.
RESOLVE:
Art. 1º. Fica proibido o consumo de óleo die- acordo com a legislação vigente no Estado Parte de
sel como combustível nos veículos automotores de sua residência e de matrícula de seu veículo.
passageiros, de carga e de uso misto, nacionais e Art. 4º. Os veículos comunitários que ingres-
importados, com capacidade de transporte inferior a sarem no País não estarão sujeitos ao cumprimento
1.000 (mil quilogramas), computados os pesos do de qualquer formalidade aduaneira.
condutor, tripulantes, passageiros e da carga. Parágrafo único. O disposto no caput deste
§ 1º Para os fins desta Portaria, considera-se artigo não prejudica os controles seletivos que
que o peso de uma pessoa é de 70kg (setenta quilo- venham a ser praticados pelas autoridades compe-
gramas). tentes relativos ao cumprimento das condições e dos
§ 2º Excetuam-se do disposto no caput deste requisitos exigidos por esta Portaria.
artigo os veículos automotores denominados jipes,
CAPÍTULO IV
com tração nas quatro rodas, caixa de mudança
DA DOCUMENTAÇÃO
múltipla e redutor, que atendam aos requisitos do Ato
Declaratório (Normativo) 32, de 28.09.1993, da Art. 5º. Os veículos comunitários deverão in-
Coordenação Geral do Sistema de Tributação da gressar no País amparados por documentação oficial,
Secretaria da Receita Federal, mesmo os que aten- expedida pelo Estado Parte onde tiver sido efetivada
dam, simultaneamente, as condições de jipes e de a sua matrícula, devendo portar, ainda, as placas de
uso misto, conforme Parecer Normativo 2, de registro exigidas para sua circulação.
24.03.1994, da citada Coordenação. Art. 6º. A residência do turista no Estado Par-
§ 3º As disposições desta Portaria não se te de matrícula do veículo comunitário será confirma-
aplicam aos veículos registrados, licenciados e da mediante simples apresentação de seu documen-
emplacados até a data de sua entrada em vigência, to de identidade, válido no âmbito do MERCOSUL.
bem como aos veículos licenciados em outros países Parágrafo único. Em se tratando de turista
com permanência temporária no país e aos veículos estrangeiro residente no Estado Parte de matrícula do
de missões diplomáticas, desde que prestando veículo e não portador da documentação referida no
serviços efetivos às mesmas. caput deste artigo, a confirmação de residência dar-
Art. 3º. Esta portaria entra em vigor na data se-á mediante apresentação de Certificado de Resi-
de sua publicação, revogadas as disposições em dência expedido pelo órgão competente daquele Es-
contrário. ou por pessoas por eles autorizadas. de tado Parte.
650 Ordeli Savedra Gomes

CAPÍTULO V II – o veículo comunitário que transportar


DAS INFRAÇÕES E bens em quantidade ou qualidade que revelem
PENALIDADES destinação comercial ou que sejam incompatíveis
Art. 7º. Às transgressões ao disposto nesta com a finalidade turística.
Portaria serão aplicadas as penalidades previstas na CAPÍTULO VI
legislação vigente. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 8º. Será excluído do regime previsto nes- Art. 9º. O Secretário da Receita Federal pode-
ta Portaria: rá baixar instruções complementares a esta Portaria.
I – o veículo comunitário cujo condutor não
Art. 10. Esta Portaria entra em vigor na data
apresentar a documentação exigida no Capítulo IV
de sua publicação.
desta Portaria;

PORTARIA 13, DE 25.09.1998


O Diretor do Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN, no uso das atribuições legais que lhe
confere o art. 19 da Lei 9.503, de 23.09.1997 que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB;
Considerando a Resolução 04/98-CONTRAN que dispõe sobre o trânsito de veículos novos nacionais ou
importados, antes do registro e licenciamento;
Considerando a necessidade de proporcionar às autoridades fiscalizadoras, as condições precisas para o
exercício do ato de fiscalização quanto ao trânsito dos veículos automotores inacabados, RESOLVE:
Art. 1º. O transporte de um veículo automotor § 4º O veículo transportador deverá possuir
novo, completo ou incompleto, com ou sem cabina, todos os equipamentos obrigatórios estabelecidos
poderá ser realizado por outro similar, desde que nas Resoluções do CONTRAN, inclusive espelhos
cumpra com as condições estabelecidas na Resolu- retrovisores esquerdo e direito e pára-choque traseiro
ção 4/98-CONTRAN, alterada pelo art. 3º da Resolu- projetado especialmente para este tipo de conjunto,
ção 20/98-CONTRAN. instalado no chassi do veículo transportado e ancora-
§ 1º O conjunto formado pelo veículo trans- do no chassi do veículo transportador, obedecendo o
portador e pelo veículo transportado, não poderá que dispõe a Resolução 805/95 – CONTRAN.
exceder 2,60 metros (dois metros e sessenta centí- § 5º A velocidade máxima permitida será de
metros) de largura, 4,40 metros (quatros metros e 80 quilômetros por hora.
quarenta centímetros) de altura e 14,00 metros § 6º Não será permitido o trânsito em com-
(quatorze metros) de comprimento. boio, devendo ser observada a distância mínima de
§ 2º O excesso longitudinal traseiro, medido 100 metros (cem metros) entre um veículo e outro.
entre o plano vertical que passa pela parte posterior § 7º Quando o veículo transportador não possuir
original do veículo transportado e o limite posterior do cabina, o condutor deverá usar capacete de motociclista
veículo transportador, deverá ser no máximo 3,00 com viseira transparente conforme o estabelecido na
(três metros). Resolução 20/98-CONTRAN, devendo observar ainda as
§ 3º O serviço de montagem (veículo transpor- seguintes condições de segurança:
tado sobre o veículo transportador) deverá ser executa- I – o trânsito deste conjunto será diurno em
do de acordo com as recomendações técnicas dos perfeitas condições de visibilidade;
fabricantes dos veículos e em obediência ao projeto de II – não será permitido o trânsito em dias
um engenheiro que se responsabilizará, junto com a chuvosos, com neblina ou instáveis.
empresa transportadora, pelas condições de estabilida- Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data
de e de segurança operacional do conjunto. de sua publicação.

PORTARIA 3, DE 15.01.1999
O DIRETOR DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO – DENATRAN, no uso das atribuições legais
que lhe confere o art. 19 da lei 9.503, de 23.09.1997 que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 651

CONSIDERANDO as disposições constantes da Resolução 78/98 do Conselho Nacional de Trânsito –


CONTRAN;
CONSIDERANDO o que estabelece o inc. III, do art. 123 e os arts. 124 e 125 do Código de Trânsito Brasi-
leiro, resolve:
Art. 1º. A substituição do motor do veículo desta Portaria, juntamente com cópia autenticada da
por outro, novo ou usado, com as mesmas especifi- Nota Fiscal de compra do atual motor.
cações técnicas, não constitui modificação das Parágrafo único. Para veículo de representa-
características do veículo, devendo o motor substi- ção diplomática, de repartições consulares de carrei-
tuto conter os caracteres de fábrica para o seu ra, a substituição será comunicada por intermédio do
registro no RENAVAM. (Artigo alterado pela Porta- Ministério das Relações Exteriores.
ria 17/04) Art. 3º. Os órgãos executivos de trânsito dos
Art. 2º. O proprietário do veículo deverá co- estados e do Distrito Federal, deverão proceder a
municar ao órgão executivo de trânsito do Estado ou devida atualização na base de dados do sistema
Distrito Federal, que expediu o CRV, no prazo máximo RENAVAM.
de 30 (trinta) dias, contados da data da substituição Art. 4º. Esta Portaria entra em vigor na data
do motor, conforme modelo constante do Anexo de sua publicação.

ANEXO

AO ÓRGÃO EXECUTIVO DE TRÂNSITO DO ESTADO (ou DISTRITO FEDERAL)


Sr Diretor
Nos termos do disposto no art. 2º da Portaria N.____/99 -DENATRAN, venho pelo presente comunicar
a substituição do motor no veículo de minha propriedade, conforme declaração abaixo:
DECLARAÇÃO
Eu (nome do proprietário do veículo).............................................portador da Cédula de Identidade
N..................... e CPF/CGC........................................., residente (endereço completo).........................................
...............................................declaro que foi substituído o motor do veículo abaixo identificado, por outro
motor com as mesmas especificações técnicas do anterior, adquirido conforme cópia autenticada da Nota
Fiscal em anexo.
Veículo (Marco/Modelo/versão)............................................................. Ano de Fabricação.....................
anomodelo................. N. de chassi......................... Placa................ UF.................... Cód. RENAVAM
.....................................................
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DO MOTOR ANTERIOR:
N. de cilindros............................. Combustível.......................... Cilindrada (cm3).................
Potência (çy)...................................... N. de motor....................... ref de fábrica...................
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DO MOTOR ATUAL:
N. de cilindros............................. Combustível.......................... Cilindrada (cm3).................
Potência (çy)...................................... N. de motor....................... ref de fábrica...................

Assinatura do proprietário
(com firma reconhecida em Cartório)
652 Ordeli Savedra Gomes

PORTARIA 28, DE 08.03.1999


Estabelece o início do prazo para o condutor adquirir a
CNH.
O DIRETOR DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO – DENATRAN, no uso das atribuição legais
que lhe confere o art. 19, inc. VI da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e
Considerando que de acordo com o § 3º art. 148 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB a Carteira Nacional
de Habilitação – CNH será conferida ao condutor de Permissão para Dirigir no término de um ano.
Considerando que o processo de emissão da CNH só deverá ter início após o prazo de término no dispo-
sitivo acima mencionado,
RESOLVE:
Art. 1º. Para efeito de fiscalização fica conce- Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data
dida a mesma tolerância estabelecida no art. 162, de sua publicação.
inc. V, do CTB, ao condutor portador de Permissão Brasília, 8 de março de 1999.
para Dirigir, contada da data do vencimento do Gidel Dantas Queiroz
referido documento.

PORTARIA 77, DE 07.05.1999


O DIRETOR DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO-DENATRAN, no uso da sua competência que
lhe confere o art. 19 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB.
Considerando o que estabelece a Resolução no.78/98 do Conselho Nacional de Trânsito de Trânsito –
CONTRAN, resolve:
Art. 1º. Para gravação do número de identifi- Art. 2º. Esta portaria entra em vigor na data
cação veicular (VIN) em monoblocos, admitir-se-á a de sua publicação.
estampagem, direta na chapa, dos caratecteres em Brasília, 07 de maio de 1999.
alto relevo, com 0,2 mm de altura mínima, observa- Gidel Dantas Queiroz
das as demais especificações da NBR 6.066/ABNT.

PORTARIA 17, DE 22.03.2000


O DIRETOR DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO, no uso das atribuições que lhe confere o art.
19 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB.
CONSIDERANDO o que estabelece a Resolução 78/98 do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN,
resolve:
Art. 1º. A identificação do ano de fabrica- § 1º No caso da identificação do ano de fa-
ção, conforme estabelece o art. 3º da Resolução bricação nas imediações do VIN, é facultado o uso
24/98 – CONTRAN de 21.05.1998, será atendida de divisores, conforme estabelece a norma NBR
através de uma gravação no chassi ou monobloco, 6.066.
nas imediações do número de identificação do § 2º Na utilização de plaqueta destrutível
veículo (VIN), em 4 algarismos, na profundidade quando de sua remoção, a identificação do ano de
mínima de 0,2 mm e altura mínima dos caracteres fabricação será gravado de forma que qualquer
de 7 mm, ou através de uma plaqueta destrutível tentativa de adulteração seja claramente consta-
quando de sua remoção. tada.
Art. 2º. Para identificação do ano de fabrica- Art. 3º. A gravação do número de identifica-
ção será utilizada uma das alternativas constantes do ção veicular ( VIN ), conforme estabelece o art. 2º da
anexo desta Portaria. Resolução 24/98 – CONTRAN de 21.05.1998, para as
motocicletas, motonetas, triciclos, quadriciclos e
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 653

ciclomotores, deverá ser feita, no mínimo, em um Art. 5º. Esta Portaria entra em vigor na data
ponto de localização, na coluna de suporte de direção de sua publicação.
ou no chassi monobloco. Brasília, 22 de março de 2000.
Art. 4º. Fica revogada a Portaria 166/99. Jurandir Fernando Ribeiro Fernandes

ANEXO
1. Alternativa 1: GRAVAÇÃO PRÓXIMO AO VIN:
A gravação deverá ter os quatro algarismos do ano de fabricação e estar localizada nas imediações do
número de identificação do veículo (VIN), em uma das quatro posições, conforme figura abaixo.

2. Alternativa 2: GRAVAÇÃO POR PLAQUETA:


2.1 A plaqueta deverá ser em alumínio, com espessura de 0,3 mm, face interna com adesivo e ranhuras
transversais com ângulos de 45º, com a finalidade de fragilizar a plaqueta para torná-la destrutível quando de
sua remoção, inscrita com os quatro algarismos do ano de fabricação, conforme figura abaixo.

FABRICAÇÃO/ANO FAB./ANO DE FABRICAÇÃO


Altura mínima dos caracteres: 3mm, gravados de forma indelével.
2.2 Localização: 2.2.2 Na coluna de suporte de direção ou no
2.2.1 Na coluna da porta dianteira direita do chassi monobloco, para as motocicletas, motonetas,
monobloco ou cabine. triciclos, quadriciclos e ciclomotores.
654 Ordeli Savedra Gomes

PORTARIA 20, DE 18.03.2002


O Diretor do Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN, no uso das atribuições que lhe confere o
art. 19 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB.
Considerando a necessidade de uniformizar os procedimentos para aplicação da Deliberação 30, de pu-
blicada no Diário Oficial da União de 19.12.2001, que trata da obrigatoriedade de utilização dos Dispositivos
Refletivos de Segurança, para melhores condições de visibilidade, diurna e noturna, em veículos de carga com
Peso Bruto Total - PBT superior a 4536 kg;
Considerando que, para os diferentes tipos de veículos de transporte de carga, possam existir condições
estruturais que dificultem a aplicação correta dos Dispositivos Refletivos, tais como: parafusos, rebites, pregos,
ganchos, pinos salientes, sistemas externos de ar para pneus, cantoneiras, dobradiças, trincos, lanternas
adicionais, placas de identificação de produtos perigosos e ou de risco e outros, cujo posicionamento possa
coincidir com a localização do Dispositivo Refletivo de Segurança, RESOLVE;
Art. 1º. Estabelecer os seguintes procedimen- II – esses Dispositivos devem estar alinhados
tos para aplicação dos Dispositivos Refletivos de ao longo do comprimento e da largura do veículo;
Segurança em veículos de carga com peso bruto total III – para veículos com carroçaria tipo furgão,
(PBT) superior a 4536 kg; a posição dos dispositivos, nos cantos superiores e
I – os Dispositivos Refletivos de Segurança de- inferiores da traseira e laterais, poderá ser ajustada
vem ser afixados nas laterais e na traseira da carroçaria, para evitar os obstáculos, de modo que demonstre a
o mais próximo possível da borda inferior; forma e dimensões da carroçaria do veículo;

IV – em veículos com carroçaria tipo tanque, os dispositivos, de segurança, deverão ser aplicados no
alinhamento central do tanque ou afixado horizontalmente na borda inferior das laterais e traseira, acompanhan-
do o perfil da carroçaria;

V – em veículos para transportes especiais tipo “carrega tudo” e também na carroçaria dos veículos tipo
porta-conteiner, deverão ser aplicados os dispositivos, nas laterais e traseira, ao longo da borda inferior. acom-
panhando o perfil da carroçaria;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 655

VI – em veículos com carroçaria tipo guincho, guindaste e transporte de lixo, os dispositivos deverão ser
afixados horizontalmente na borda inferior, das laterais e traseira, acompanhando o perfil da carroçaria;

VII – em combinações de veículos de carga (CVC), combinações para transporte de veículos (CTV), tipos
treminhões, cegonheiras, rodotrens e outros mais longos e largos, para produtos especiais, a aplicação dos
dispositivos deverá ser, em todas as unidades tracionadas, nas laterais e na traseira, de modo que demonstre
sua forma e dimensões;

VIII – em todos os veículos, com carroçaria tipo siders, o dispositivo refletivo deverá ser afixado nas la-
terais cobrindo 33,33% (trinta e três vírgula trinta e três por cento) do bando afixado na parte superior das
mesmas e na parte traseira, conforme previsto para os veículos com carroceria tipo baú;
IX – em veículos com carroçaria tipo betoneira ou equipamento operacional, a aplicação dos dispositivos
deve ser na plataforma de sustentação, em suas laterais e traseira, acompanhando o perfil da carroçaria;
656 Ordeli Savedra Gomes

X – em quaisquer outros tipos de veículos, cujas condições estruturais dificultem a aplicação do dispo-
sitivo refletivo de segurança, o mesmo deverá ser afixado na estrutura auxiliar e na carroçaria do veículo que
permita a aplicação do dispositivo;
XI – a aplicação dos dispositivos nos pára-choques traseiros, dos veículos de carga com PBT superior a
4.536 Kg, deverá ser de forma que, a parte vermelha fique voltada para as extremidades do pára-choque;

XII – somente será admitida a adaptação (cortes) do dispositivo de segurança, nos locais onde haja um
impedimento físico, como nos casos dos cantos e extremidades das laterais e traseira da carroçaria;

XIII – os dispositivos refletivos devem estar aparentes na sua totalidade, mesmo nos veículos que utili-
zem lonas (encerados) para cobertura da carga. A lona deve ser colocada de forma que os dispositivos fiquem
aparentes, ou ser também demarcada com dispositivo refletivo flexível;
XIV – outros exemplos de aplicação e alinhamento dos dispositivos, são estabelecidos abaixo:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 657

Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.


Jorge Guilherme Francisconi

PORTARIA 48, DE 28.08.2002


A DIRETORA DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO – DENATRAN, no uso das atribuições le-
gais que lhe confere o art. 19 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e,
Considerando que a expedição de normas regulamentares é de exclusiva competência do Conselho Na-
cional de Trânsito – CONTRAN, conforme o preconizado no art. 12, do Código de Trânsito Brasileiro;
Considerando o resultado do estudo técnico realizado pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego
– ABRAMET, no sentido do perigo do uso do aparelho celular e seus acessórios ao volante;
RESOLVE:
Art. 1º. Tornar sem efeito a Portaria 24, de Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data
23.04.2002, que permitia o uso de aparelho de fone de sua publicação.
de ouvido, do tipo monoauricular, quando da condu- Rosa Maria Chaves da Cunha
ção de veículo automotor.

PORTARIA 11, DE 22.07.2004


O DIRETOR DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO – DENATRAN, no uso das atribuições que
lhe confere o art. 19, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB e,
658 Ordeli Savedra Gomes

Considerando o disposto nas Resoluções do CONTRAN 77 e 78, de 19.11.1998;


Considerando o disposto na Portaria DENATRAN 47 de 29.12.1998;
Considerando o disposto no parágrafo único do art. 2º da Resolução CONTRAN 152, de 29.10.2003, que
estabelece que o Órgão Máximo Executivo de Trânsito da União deverá decidir quais veículos não estão sujeitos
aos requisitos estabelecidos para o para-choque traseiro de veículos de carga,
RESOLVE:
Art. 1º. Os fabricantes, importadores e encar- Art. 4º As empresas com capacitação técnica
roçadores dos veículos de que trata a Resolução laboratorial emitirão relatório técnico de aprovação
CONTRAN 152/03, para enquadrar-se na isenção estabelecido no item 5.4 do Anexo da Resolução
prevista no art. 2º, inc. V, deverão solicitá-la encami- CONTRAN 152/03.
nhando para análise do DENATRAN o respectivo Parágrafo único. As demais empresas deve-
Certificado de Segurança Veicular previsto na Reso- rão apresentar ao DENATRAN Certificado de Capaci-
lução CONTRAN 77/98, acompanhado da comprova- tação Técnica emitido por Organismo de Inspeção
ção expedida por engenheiro responsável, de que a Credenciado pelo INMETRO.
aplicação do para-choque traseiro especificado no Art. 5º. O DENATRAN poderá cancelar, a
Anexo da Resolução é incompatível com a sua qualquer tempo e particularizadamente por modelo de
utilização. veículo, o regime especial de isenção previsto nos
Parágrafo único. Concedida a isenção, os fa- artigos anteriores desta Portaria, na hipótese de
bricantes, importadores e encarroçadores deverão restar comprovado que os respectivos veículos não
fazer constar das notas fiscais dos veículos a expres- oferecem segurança passiva a colisões, necessária
são: “autorizado pelo DENATRAN (autorização nº ...) de conformidade com a finalidade do pára-choque
conforme inc. V, art. 2º da Resolução CONTRAN traseiro expressa no Anexo da Resolução CONTRAN
152/03 – isento do para-choque”. 152/03.
Art. 2º. Os reboques e semirreboques cuja Art. 6º. Estende-se aos veículos de carga
distância da face traseira do pneu até a extremidade com PBT superior a 3.500 kg até 4.600 kg que
máxima traseira de sua estrutura seja igual ou inferior possuam carroçaria e para-choque traseiro incorpo-
a 400 mm, dispensados do cumprimento da Resolu- rados no projeto original do fabricante a isenção de
ção CONTRAN 152/03, deverão portar um perfil requisitos específicos para o para-choque traseiro.
metálico cuja altura da borda inferior do elemento Art. 7º. A cor cinza código RAL 7001 do sis-
horizontal em relação ao plano de apoio das rodas, tema de pintura da estrutura metálica do para-
medida com o veículo com a massa em ordem de choque, exigida no item 4.9 do Anexo da Resolução,
marcha, seja de no máximo 550 mm, cujo compri- deve ser obrigatoriamente aplicada somente quando
mento seja no mínimo igual à distância entre as faces a altura da seção do elemento horizontal do para-
internas dos aros ou rodas, e satisfaça as demais choque, ou do perfil metálico referido no art. 1º desta
especificações dos itens 4.4, 4.8 e 4.9 do Anexo da Portaria, exceder a altura das faixas oblíquas especi-
Resolução CONTRAN 152/03. ficadas no item 4.9 do Anexo da Resolução CON-
Art. 3º. Nos veículos basculantes, a isenção TRAN 152/03.
permitida será restrita à instalação do pára-choque Art. 8º. Esta Portaria entra em vigor na data
recuado até o limite de 400 mm da extremidade máxi- de sua publicação.
ma traseira do veículo, cumpridos os demais requisitos
estabelecidos na Resolução CONTRAN 152/03.
Ailton Brasiliense Pires

PORTARIA 156/04/INMETRO
O Presidente do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, no
uso de suas atribuições, conferidas pela Lei 5.966, de 11.12.1973, e tendo em vista o disposto no art. 3º, inc. III,
da Lei 9.933, de 20.12.1999, e na alínea “a”, do subitem 4.1, da Regulamentação Metrológica aprovada pela
Resolução 11, de 12.10.1988, do Conselho Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Indústrial –
Conmetro;
Considerando os termos da Resolução do CONTRAN 146, de 27.08.2003, especificamente o seu art. 2º,
inc. III;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 659

Considerando os estudos técnicos realizados pelo Inmetro, no que tange à periodicidade das verificações
metrológicas dos medidores de velocidade de veículos automotores, resolve baixar as seguintes disposições:
Art. 1º. As verificações periódicas dos medi- § 2º Os certificados de verificação periódica
dores de velocidade de veículos automotores devem semestral, anteriormente emitidos, continuam com
ser efetuadas a cada decurso de 12(doze) meses. prazo de validade de 6 (seis) meses.
§ 1º No respectivo certificado de verificação, Art. 2º. Fica revogada a Portaria Inmetro 205
deverá constar sua data limite de validade, observada de 24.10.2002.
a periodicidade estabelecida no caput deste artigo. Art. 3º. Esta Portaria entrará em vigor na data
de sua publicação.

PORTARIA 11, DE 10.02.2006


O Diretor do Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN, no uso das atribuições que lhe confere o
art. 19 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB;
Considerando que o registro de veículo na categoria de aluguel depende do cumprimento da condição
estabelecida pelo art. 135 do Código de Trânsito Brasileiro;
Considerando o disposto no inc. IV do art. 26, da Lei 10.233, de 05.06.2001, a Resolução ANTT 437, de
17.02.2004; a Resolução CONTRAN 187, de 25.01.2006; e Considerando o contido no Processo Administrativo
protocolado no DENATRAN sob o 80001.000722/06-97,
RESOLVE:
Art. 1º. Os órgãos e entidades executivos de Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de
trânsito dos Estados e do Distrito Federal somente Carga – RNTRC expedida pela Agência Nacional de
poderão registrar o veículo na categoria de aluguel Transportes Terrestres – ANTT, nas seguintes cate-
atribuindo– lhe placa vermelha quando o seu proprie- gorias:
tário ou arrendatário for autorizado pelo poder público I – Empresa de Transporte de Carga – ETC,
competente para exercer o serviço remunerado de II – Cooperativa de Transporte de Cargas –
transporte de carga. CTC, e
Art. 2º. Para expedição do Certificado de Re- III – Transportador Autônomo de Cargas –
gistro e Licenciamento Anual – CRLV de camionetas, TAC.
caminhonetes, caminhões, caminhões-tratores, Art. 3º. Esta Portaria entra em vigor na data
reboques e semi-reboques registrados na categoria de sua publicação.
de aluguel, os órgãos e entidades executivos de
trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão
Alfredo Peres da Silva
exigir do proprietário do veículo a comprovação do

PORTARIA 59, DE 25.10.2007


O DIRETOR DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO – DENATRAN, no uso da atribuição que lhe
foi conferida pela Resolução 217, de 14.12.2006, do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, resolve:
Art. 1º. Estabelecer os campos de informa- cionais e as características específicas das infrações
ções que deverão constar do Auto de Infração, os que fiscalizam, criando, inclusive, campos e espaços
campos facultativos e o preenchimento, para fins para informações adicionais.
de uniformização em todo o território nacional, con- § 1º O Auto de Infração poderá ter dimensão,
forme estabelecido nos anexos I, II, IV, V e VI desta programação visual, diagramação, organização gráfi-
portaria. ca e a sequência de blocos e campos estabelecidas
Art. 2º. Os órgãos e entidades de trânsito po- pelo órgão ou entidade de trânsito.
derão confeccionar e utilizar modelos de Autos de § 2º Poderão ser inseridas nos Autos de Infra-
Infração que atendam suas peculiaridades organiza- ção quadrículas sintetizando ou reproduzindo informa-
660 Ordeli Savedra Gomes

ções para que o agente assinale as opções de preen- às disposições desta Portaria. (Artigo alterado pela
chimento do campo. Portaria 18/08)
Art. 3º. As informações contidas no anexo III Art. 5º. Ficam revogadas as Portarias 68/06 e
desta portaria deverão ser consideradas somente para 28/07 do DENATRAN.
fins de processamento de dados em sistema informati- Art. 6º. Esta Portaria entra em vigor na data
zado. de sua publicação.
Art. 4º. Os órgãos e entidades de trânsito te- Alfredo Peres da Silva
rão até o dia 30 de junho de 2008 para se adequarem
ANEXO I
CAMPOS DO AUTO DE INFRAÇÃO
BLOCO 1 – IDENTIFICAÇÃO DA AUTUAÇÃO CAMPO 1 – ‘LOCAL DA INFRAÇÃO’ – campo
CAMPO 1 – ‘CÓDIGO DO ÓRGÃO AUTUADOR’ para registrar o local onde foi constatada a infração
Campo obrigatório. (nome do logradouro ou da via, número ou marco
CAMPO 2 – ‘IDENTIFICAÇÃO DO AUTO DE quilométrico ou, ainda, anotações que indiquem
INFRAÇÃO’ – campo que será utilizado para identifi- pontos de referência).
cação exclusiva de cada autuação. Campo obrigatório.
Campo obrigatório. CAMPO 2 – ‘DATA’ – campo para registrar o
BLOCO 2 – IDENTIFICAÇÃO DO VEÍCULO dia, mês e ano da ocorrência.
CAMPO 1 – ‘PLACA’ Campo obrigatório.
Campo obrigatório. CAMPO 3 – ‘HORA’ – campo para registrar as
CAMPO 2 – ‘MARCA’ horas e minutos da ocorrência.
Campo obrigatório. Campo obrigatório.
CAMPO 3 – ‘ESPÉCIE’ CAMPO 4– ‘CÓDIGO DO MUNICÍPIO’ – campo
Campo obrigatório. para registrar o código de identificação do município
CAMPO 4 – ‘PAÍS’ onde o veículo foi autuado. Utilizar a tabela de órgãos
Campo facultativo. e municípios (TOM), administrada pela Receita
BLOCO 3 – IDENTIFICAÇÃO DO CONDUTOR Federal – MF.
CAMPO 1 – ‘NOME’ – campo para registrar o Campo obrigatório, exceto para o Distrito
nome do condutor do veículo. Federal.
Campo facultativo para infrações registradas CAMPO 5 – ‘NOME DO MUNICÍPIO’ – campo
por sistemas automáticos metrológicos e não metro- para registrar o nome do Município onde foi consta-
lógicos. tada a infração.
CAMPO 2 – ‘Nº DO DOCUMENTO DE HABILI- Campo obrigatório, exceto para o Distrito
TAÇÃO DO CONDUTOR – campo para registrar o nº Federal.
do documento do condutor do veículo. (Alterado pela CAMPO 6 – ‘UF’ – campo para registrar a si-
Portaria 276/12) gla da UF onde foi constatada a infração.
Campo facultativo para infrações registradas Campo obrigatório.
por sistemas automáticos metrológicos e não metro- BLOCO 5 – TIPIFICAÇÃO DA INFRAÇÃO
lógicos. CAMPO 1 – ‘CÓDIGO DA INFRAÇÃO’ – campo
CAMPO 3 – ‘UF’ – campo para registrar a si- para registrar o código da infração cometida.
gla da UF onde o condutor está registrado.
Campo obrigatório.
Campo facultativo para infrações registradas
CAMPO 2 – ‘DESDOBRAMENTO DO CÓDIGO
por sistemas automáticos metrológicos e não metro-
DE INFRAÇÃO’ – campo para registrar os desdobra-
lógicos.
mentos da infração.
CAMPO 4 – ‘CPF’ – campo para registrar o n.
do CPF do condutor do veículo. Campo obrigatório.
Campo facultativo para infrações registradas CAMPO 3 – ‘DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO’ – cam-
por sistemas automáticos metrológicos e não metro- po para descrever de forma clara a infração cometida.
lógicos. Campo obrigatório.
BLOCO 4 – IDENTIFICAÇÃO DO LOCAL, DATA CAMPO 4 – ‘EQUIPAMENTO/INSTRUMENTO
E HORA DO COMETIMENTO DA INFRAÇÃO DE AFERIÇÃO UTILIZADO’
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 661

– campo para registrar o equipamento ou ins- CAMPO 2 – ‘ASSINATURA DA AUTORIDADE


trumento de medição utilizado, indicando o número, o OU AGENTE AUTUADOR’
modelo e a marca. Campo facultativo para infrações registradas
Campo obrigatório para infrações verificadas por sistemas automáticos metrológicos e não metro-
por equipamentos de fiscalização. lógicos.
CAMPO 5 – ‘MEDIÇÃO REALIZADA’ – campo BLOCO 7 – IDENTIFICAÇÃO DO EMBARCA-
para registrar a medição realizada (velocidade, carga, DOR OU EXPEDIDOR
alcoolemia, emissão de poluentes, etc.). CAMPO 1 – ‘NOME’ – campo para registrar o
Campo obrigatório para infrações verificadas nome do embarcador ou expedidor infrator.
por equipamentos de fiscalização. Campo facultativo.
CAMPO 6 – ‘LIMITE REGULAMENTADO’ – CAMPO 2 – ‘CPF’ ou ‘CNPJ’
campo para registrar o limite permitido. Campo Campo facultativo.
obrigatório para infrações verificadas por equipamen- BLOCO 8 – IDENTIFICAÇÃO DO TRANSPOR-
tos de fiscalização. TADOR
CAMPO 7 – ‘VALOR CONSIDERADO’ – campo CAMPO 1 – ‘NOME’ – campo para registrar o
para registrar o valor considerado para autuação. nome do transportador infrator.
Campo obrigatório para infrações verificadas Campo facultativo.
por equipamentos de fiscalização.
CAMPO 2 – ‘CPF’ ou ‘CNPJ’
CAMPO 8 – ‘OBSERVAÇÕES’ – campo desti- Campo facultativo.
nado ao registro de informações complementares
BLOCO 9 – ASSINATURA DO INFRATOR OU
relacionadas à infração.
CONDUTOR
Campo obrigatório.
CAMPO 1 – ‘ASSINATURA’ – campo para as-
BLOCO 6 – IDENTIFICAÇÃO DA AUTORIDADE
sinatura do infrator ou condutor.
OU AGENTE AUTUADOR
Campo facultativo para infrações registradas
CAMPO 1 – ‘NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO’ – por sistemas automáticos metrológicos e não metro-
campo para identificar a autoridade ou agente autua- lógicos.
dor (registro, matrícula, outros).
Campo obrigatório.

ANEXO II
PREENCHIMENTO DOS CAMPOS DO AUTO DE INFRAÇÃO
BLOCO 1 – IDENTIFICAÇÃO DA AUTUAÇÃO Preenchimento obrigatório quando houver a
CAMPO 1 – ‘CÓDIGO DO ÓRGÃO AUTUADOR’ identificação do condutor do veículo.
Preenchimento obrigatório ou pré-impresso – CAMPO 2 – ‘Nº DO DOCUMENTO DE HABILITA-
conforme tabela do ANEXO V administrada pelo ÇÃO DO CONDUTOR’ (Alterado pela Portaria 276/12)
DENATRAN. Preenchimento obrigatório quando houver a
CAMPO 2 – ‘IDENTIFICAÇÃO DO AUTO DE identificação do condutor habilitado.
INFRAÇÃO’ CAMPO 3 – ‘UF’
Obrigatoriamente pré-impresso. Preenchimento obrigatório quando houver a
identificação do condutor habilitado.
BLOCO 2 – IDENTIFICAÇÃO DO VEÍCULO
No caso de condutor estrangeiro, este campo
CAMPO 1 – ‘PLACA’ deverá ser preenchido com 2 caracteres, conforme
Preenchimento obrigatório. tabela de países do ANEXO VI.
CAMPO 2 – ‘MARCA’ CAMPO 4 – ‘CPF’
Preenchimento obrigatório. Preenchimento não obrigatório.
CAMPO 3 – ‘ESPÉCIE’ BLOCO 4 – IDENTIFICAÇÃO DO LOCAL, DATA
Preenchimento obrigatório. E HORA DO COMETIMENTO DA INFRAÇÃO
CAMPO 4 – ‘PAÍS’ CAMPO 1 – ‘LOCAL DA INFRAÇÃO’
Preenchimento obrigatório para veículos es- Preenchimento obrigatório.
trangeiros – conforme tabela do ANEXO VI adminis- CAMPO 2 – ‘DATA’
trada pelo DENATRAN. Preenchimento obrigatório.
BLOCO 3 – IDENTIFICAÇÃO DO CONDUTOR CAMPO 3 – ‘HORA’
CAMPO 1 – ‘NOME’ Preenchimento obrigatório.
662 Ordeli Savedra Gomes

CAMPO 4 – ‘CÓDIGO DO MUNICÍPIO’ Preenchimento não obrigatório.


Preenchimento não obrigatório. BLOCO 6 – IDENTIFICAÇÃO DA AUTORIDADE
CAMPO 5 – ‘NOME DO MUNICÍPIO’ OU AGENTE AUTUADOR
Preenchimento não obrigatório para infrações CAMPO 1 – ‘NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO’
constatadas em estradas e rodovias. Preenchimento obrigatório.
CAMPO 6 – ‘UF’ CAMPO 2 – ‘ASSINATURA DA AUTORIDADE
Preenchimento obrigatório. OU AGENTE AUTUADOR’
BLOCO 5 – TIPIFICAÇÃO DA INFRAÇÃO Preenchimento obrigatório exceto para infra-
CAMPO 1 – ‘CÓDIGO DA INFRAÇÃO’ ções registradas por sistemas automáticos metroló-
Preenchimento obrigatório. Utilizar a tabela de gicos e não metrológicos.
códigos apresentada no ANEXO IV. BLOCO 7 – IDENTIFICAÇÃO DO EMBARCA-
CAMPO 2 – ‘DESDOBRAMENTO DO CÓDIGO DOR OU EXPEDIDOR
DE INFRAÇÃO’ CAMPO 1 – ‘NOME’
Preenchimento obrigatório. Utilizar a coluna Preenchimento obrigatório para infrações de
de desdobramentos dos códigos de infrações apre- excesso de peso nos casos previstos no art. 257 do
sentada no ANEXO IV. CTB ou infrações relacionadas ao transporte de
CAMPO 3 – ‘DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO’ produtos perigosos.
Preenchimento obrigatório, devendo a condu- CAMPO 2 – ‘CPF’ ou ‘CNPJ’
ta infracional estar descrita de forma clara, não Preenchimento obrigatório para infrações de
necessariamente usando os mesmos termos da excesso de peso nos casos previstos no art. 257 do
tabela de códigos apresentada no ANEXO IV. CTB ou infrações relacionadas ao transporte de
CAMPO 4 – ‘EQUIPAMENTO/INSTRUMENTO produtos perigosos.
DE AFERIÇÃO UTILIZADO’ BLOCO 8 – IDENTIFICAÇÃO DO TRANSPOR-
Preenchimento obrigatório para infrações veri- TADOR
ficadas por equipamentos de fiscalização. CAMPO 1 – ‘NOME’
CAMPO 5 – ‘MEDIÇÃO REALIZADA’ Preenchimento obrigatório para infrações de
Preenchimento obrigatório para infrações verifi- excesso de peso nos casos previstos no art. 257 do
cadas por equipamentos de fiscalização ou nota fiscal. CTB ou infrações relacionadas ao transporte de
produtos perigosos.
CAMPO 6 – ‘LIMITE REGULAMENTADO’
Preenchimento obrigatório para infrações veri- CAMPO 2 – ‘CPF’ ou ‘CNPJ’
ficadas por equipamentos de fiscalização ou nota Preenchimento obrigatório para infrações de
fiscal. excesso de peso nos casos previstos no art. 257 do
CTB ou infrações relacionadas ao transporte de
CAMPO 7 – ‘VALOR CONSIDERADO’
produtos perigosos.
Preenchimento obrigatório para infrações veri-
ficadas por equipamentos de fiscalização ou nota BLOCO 9 – ‘ASSINATURA DO INFRATOR OU
fiscal. CONDUTOR’
CAMPO 8 – ‘OBSERVAÇÕES’ Preenchimento sempre que possível.

ANEXO III
INFORMAÇÕES PARA FINS DE PROCESSAMENTO DE DADOS
BLOCO 1 – IDENTIFICAÇÃO DA AUTUAÇÃO CAMPO 4 – ‘PAÍS’ – campo numérico com 2
CAMPO 1 – ‘CÓDIGO DO ÓRGÃO AUTUADOR’ caracteres.
– campo numérico conforme tabela no ANEXO V BLOCO 3 – IDENTIFICAÇÃO DO CONDUTOR
administrada pelo DENATRAN. CAMPO 1 – ‘NOME’ – campo alfanumérico
CAMPO 2 – ‘IDENTIFICAÇÃO DO AUTO DE IN- com 60 caracteres.
FRAÇÃO’ – campo alfanumérico com 10 caracteres. CAMPO 2 – ‘Nº DO DOCUMENTO DE HABILI-
BLOCO 2 – IDENTIFICAÇÃO DO VEÍCULO TAÇÃO DO CONDUTOR’ (Alterado pela Portaria 276/12)
CAMPO 1 – ‘PLACA’ – campo alfanumérico CAMPO 3 – ‘UF’ – campo alfanumérico com 2
com 10 caracteres. caracteres. No caso de condutor estrangeiro, este
CAMPO 2 – ‘MARCA’ – campo alfanumérico campo deverá possuir 2 caracteres, conforme tabela
com 25 caracteres. de países do ANEXO VI.
CAMPO 3 – ‘ESPÉCIE’ – campo alfanumérico CAMPO 4 – ‘CPF’ – campo numérico com 11
com 13 caracteres. caracteres.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 663

BLOCO 4 – IDENTIFICAÇÃO DO LOCAL, DATA CAMPO 4 – ‘EQUIPAMENTO/INSTRUMENTO


E HORA DO COMETIMENTO DA INFRAÇÃO DE AFERIÇÃO UTILIZADO’– campo alfanumérico com
CAMPO 1 – ‘LOCAL DA INFRAÇÃO’ – campo 30 caracteres.
alfanumérico com 80 caracteres. CAMPO 5 – ‘MEDIÇÃO REALIZADA’ – campo
CAMPO 2 – ‘DATA’ – campo numérico com 8 numérico com 9 caracteres, sendo dois decimais.
caracteres. CAMPO 6 – ‘LIMITE REGULAMENTADO’ – cam-
po numérico com 9 caracteres, sendo dois decimais.
CAMPO 3 – ‘HORA’ – campo numérico com 4
caracteres (hhmm). CAMPO 7 – ‘VALOR CONSIDERADO’ – campo
numérico com 9 caracteres, sendo dois decimais.
CAMPO 4 – ‘CÓDIGO DO MUNICÍPIO’ – cam-
BLOCO 6 – IDENTIFICAÇÃO DA AUTORIDADE
po numérico com 5 caracteres.
OU AGENTE AUTUADOR
CAMPO 5 – ‘NOME DO MUNICÍPIO’ – campo
CAMPO 1 – ‘NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO’ –
alfanumérico com 50 caracteres. campo alfanumérico com 15 caracteres.
CAMPO 6 – ‘UF’ – campo alfa com 2 carac- BLOCO 7 – IDENTIFICAÇÃO DO EMBARCA-
teres. DOR OU EXPEDIDOR
BLOCO 5 – IDENTIFICAÇÃO DA INFRAÇÃO CAMPO 1 – ‘NOME’ – campo alfanumérico
CAMPO 1 – ‘CÓDIGO DA INFRAÇÃO’ – campo com 60 caracteres.
numérico com 4 caracteres. CAMPO 2 – ‘CPF’ ou ‘CNPJ’ – campo numéri-
CAMPO 2 – ‘DESDOBRAMENTO DO CÓDIGO co com 14 caracteres.
DE INFRAÇÃO’ – campo numérico com 1 carácter. BLOCO 8 – IDENTIFICAÇÃO DO TRANSPOR-
CAMPO 3 – ‘TIPIFICAÇÃO DA INFRAÇÃO’ – TADOR
campo alfanumérico com 80 caracteres. CAMPO 1 – ‘NOME’ – campo alfanumérico
com 60 caracteres.

ANEXO IV
TABELA DE ENQUADRAMENTOS
Tabela de Codificação de Multas
(Redação dada pela Portaria 127/2016/DENATRAN e Portaria 3.678/2019/DENATRAN)
(Portaria 471, de 05.09.2012, revogou do Anexo IV a
Tabela de Codificação de multas com amparo no Decreto 96.044/88)
As Leis 12.760/12 e 12.971/14, alteraram a gravidade de várias infrações de trânsito.
A Res. 371/10, que instituiu o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito – MBFT, Volume I, foi alterada pela
Res. 497/14 e ambas incidem em atualizações à Portaria 59/07/DENATRAN.
A Res. 3.924, de 08.11.2012 da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, alterou o anexo da Res.
3.880, de 22.08.2012, que estabelece os códigos e os desdobramentos para as infrações aplicáveis devido
à inobservância do Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos.
Resolução 3.665/11 – DOU 13.05.2011 – Considerando a Lei 10.233, de 05.06.2001 e o Dec. 96.044, de
18.05.1988, atualiza o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos.
A Res. 3.665/11 foi atualizada pelas Res. 3.762/12 e 3.886/12.
664 Ordeli Savedra Gomes

Código Desdob. Descrição da Infração Amparo Legal (CTB) Infrator Gravidade Órgão Competente
da
Infração
500-2 0 Multa, por não identificação do condutor infrator, imposta à pessoa jurídica 257 § 8º Proprietário EST/MUNIC/RODOV
501-0 0 Dirigir veículo sem possuir CNH/PPD/ACC 162 * I Condutor 7 -Gravíss 3X ESTADUAL/RODOV
502-9 1 Dirigir veículo com CNH/PPD/ACC cassada 162 * II Condutor 7 -Gravíss 3X ESTADUAL/RODOV
502-9 2 Dirigir veículo com CNH/PPD/ACC com suspensão do direito de dirigir 162 * II Condutor 7 -Gravíss 3X ESTADUAL/RODOV
503-7 1 Dirigir veículo com CNH de categoria diferente da do veículo 162 * III Condutor 7 -Gravíss 2X ESTADUAL/RODOV
503-7 2 Dirigir veículo com PPD de categoria diferente da do veículo 162 * III Condutor 7 -Gravíss 2X ESTADUAL/RODOV
504-5 0 Dirigir veículo com validade da CNH vencida há mais de 30 dias 162 * V Condutor 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
505-3 1 Dirigir veículo sem usar lentes corretoras de visão 162 * VI Condutor 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
505-3 2 Dirigir veículo sem usar aparelho auxiliar de audição 162 * VI Condutor 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
505-3 3 Dirigir veículo sem usar aparelho auxiliar de prótese física 162 * VI Condutor 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
505-3 4 Dirigir veículo s/ adaptações impostas na concessão/renovação licença conduzir 162 * VI Condutor 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
506-1 0 Entregar veículo a pessoa sem CNH/PPD/ACC 163 c/c 162 * I Proprietário 7 -Gravíss 3X ESTADUAL/RODOV
507-0 1 Entregar veículo a pessoa com CNH/PPD/ACC cassada 163 c/c 162 * II Proprietário 7 -Gravíss 3X ESTADUAL/RODOV
507-0 2 Entregar veículo a pessoa com CNH/ PPD/ACC com suspensão do direito de dirigir 163 c/c 162 * II Proprietário 7 -Gravíss 3X ESTADUAL/RODOV
508-8 1 Entregar veículo a pessoa com CNH de categoria diferente da do veículo 163 c/c 162 * III Proprietário 7 -Gravíss 2X ESTADUAL/RODOV
508-8 2 Entregar veículo a pessoa com PPD de categoria diferente da do veículo 163 c/c 162 * III Proprietário 7 -Gravíss 2X ESTADUAL/RODOV
509-6 0 Entregar veículo a pessoa com CNH vencida há mais de 30 dias 163 c/c 162 * V Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
510-0 1 Entregar o veículo a pessoa sem usar lentes corretoras de visão 163 c/c 162 * VI Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
510-0 2 Entregar o veículo a pessoa sem usar aparelho auxiliar de audição 163 c/c 162 * VI Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
510-0 3 Entregar o veículo a pessoa sem aparelho de prótese física 163 c/c 162 * VI Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
Entregar veíc pessoa s/ adaptações impostas concessão/renovação licença
510-0 4 163 c/c 162 * VI Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
conduzir
511-8 0 Permitir posse/condução do veículo a pessoa sem CNH/PPD/ACC 164 c/c 162 * I Proprietário 7 -Gravíss 3X ESTADUAL/RODOV
512-6 1 Permitir posse/condução do veículo a pessoa com CNH/PPD/ACC cassada 164 c/c 162 * II Proprietário 7 -Gravíss 3X ESTADUAL/RODOV
512-6 2 Permitir posse/condução veíc pessoa com CNH/PPD/ACC c/ suspensão direito de dirigir 164 c/c 162 * II Proprietário 7 -Gravíss 3X ESTADUAL/RODOV
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 665

Código Desdob. Descrição da Infração Amparo Legal (CTB) Infrator Gravidade Órgão Competente
da
Infração
513-4 1 Permitir posse/condução veíc a pessoa com CNH categoria diferente da do veículo 164 c/c 162 * III Proprietário 7 -Gravíss 2X ESTADUAL/RODOV
513-4 2 Permitir posse/condução veíc a pessoa com PPD categoria diferente da do veículo 164 c/c 162 * III Proprietário 7 -Gravíss 2X ESTADUAL/RODOV
Permitir posse/condução do veículo a pessoa com CNH vencida há mais de 30
514-2 0 164 c/c 162 * V Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
dias
515-0 1 Permitir posse/condução do veículo a pessoa sem usar lentes corretoras de visão 164 c/c 162 * VI Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
515-0 2 Permitir posse/condução do veículo a pessoa s/ usar aparelho auxiliar de audição 164 c/c 162 * VI Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
515-0 3 Permitir posse/condução do veículo a pessoa sem usar aparelho de prótese física 164 c/c 162 * VI Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
Permitir posse/cond veíc s/ adaptações impostas concessão/renovação licença
515-0 4 164 c/c 162 * VI Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
cond
7 -Gravíss 10X
516-9 1 Dirigir sob a influência de álcool 165 Condutor (em dobro se ESTADUAL/RODOV
reinc. 12 meses)
7 -Gravíss 10X
516-9 2 Dirigir sob influência de qualquer outra substância que determine dependência 165 Condutor (em dobro se ESTADUAL/RODOV
reinc. 12 meses)
757-9 0 Rec sub test, ex clin, períc ou proc q perm cert infl álc/sub psic for art. 277 165-A Condutor 7 – Gravíss 10X ESTADUAL/RODOV
517-7 0 Confiar/entregar veíc pess c/ estado físico/psíquico s/ condições dirigir segur 166 Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
518-5 1 Deixar o condutor de usar o cinto segurança 167 Condutor 5 -Grave EST/MUNIC/RODOV
518-5 2 Deixar o passageiro de usar o cinto segurança 167 Condutor 5 -Grave EST/MUNIC/RODOV
519-3 0 Transportar criança sem observância das normas de segurança estabelecidas p/ CTB 168 Condutor 7 -Gravíss EST/MUNIC/RODOV
520-7 0 Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança 169 Condutor 3 -Leve EST/MUNIC/RODOV
521-5 1 Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via pública 170 Condutor 7 -Gravíss EST/MUNIC/RODOV
521-5 2 Dirigir ameaçando os demais veículos 170 Condutor 7 -Gravíss EST/MUNIC/RODOV
522-3 1 Usar veículo para arremessar sobre os pedestres água ou detritos 171 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
522-3 2 Usar veículo para arremessar sobre os veículos água ou detritos 171 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
523-1 1 Atirar do veículo objetos ou substâncias 172 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
666 Ordeli Savedra Gomes

Código Desdob. Descrição da Infração Amparo Legal (CTB) Infrator Gravidade Órgão Competente
da
Infração
523-1 2 Abandonar na via objetos ou substâncias 172 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
7 -Gravíss 10X
524-0 0 Disputar corrida por espírito de emulação 173 Condutor (em dobro se EST/MUNIC/RODOV
reinc. 12 meses)
7 -Gravíss 10X
525-8 1 Promover na via competição esportiva sem permissão 174 PF ou JUR (em dobro se MUNICIPAL/RODOV
reinc. 12 meses)
7 -Gravíss 10X
525-8 2 Promover na via eventos organizados sem permissão 174 PF ou JUR (em dobro se MUNICIPAL/RODOV
reinc. 12 meses)
7 -Gravíss 10X
Promover na via exibição e demonstração de perícia em manobra de veículo
525-8 3 174 PF ou JUR (em dobro se MUNICIPAL/RODOV
s/perm
reinc. 12 meses)
7 -Gravíss 10X
526-6 1 Participar na via como condutor em competição esportiva, sem permissão 174 Condutor (em dobro se MUNICIPAL/RODOV
reinc. 12 meses)
7 -Gravíss 10X
526-6 2 Participar na via como condutor em evento organizado, sem permissão 174 Condutor (em dobro se MUNICIPAL/RODOV
reinc. 12 meses)
7 -Gravíss 10X
526-6 3 Participar como condutor exib/demonst perícia em manobra de veic, s/ permissão 174 Condutor (em dobro se MUNICIPAL/RODOV
reinc. 12 meses)
7 -Gravíss 10X
527-4 1 Utiliz veíc demonst/exibir manobra perigosa mediante arrancada brusca 175 Condutor (em dobro se ESTADUAL/RODOV
reinc. 12 meses)
7 -Gravíss 10X
527-4 2 Utiliz veíc demonst/exibir manob perig med derrrap/frenag c/desliz/arrast pneus 175 Condutor (em dobro se ESTADUAL/RODOV
reinc. 12 meses)
528-2 0 Deixar o cond envolvido em acidente, de prestar ou providenciar socorro a vítima 176 * I Condutor 7 -Gravíss 5X ESTADUAL/RODOV
529-0 0 Deixar o cond envolvido em acid, de adotar provid p/ evitar perigo p/o trânsito 176 * II Condutor 7 -Gravíss 5X ESTADUAL/RODOV
530-4 0 Deixar o cond envolvido em acidente, de preservar local p/ trab policia/pericia 176 * III Condutor 7 -Gravíss 5X ESTADUAL/RODOV
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 667

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da
Infração
531-2 0 Deixar o cond envolvido em acid, de remover o veíc local qdo determ polic/agente 176 * IV Condutor 7 -Gravíss 5X ESTADUAL/RODOV
532-0 0 Deixar o cond envolvido em acid, de identificar-se policial e prestar inf p/o BO 176 * V Condutor 7 -Gravíss 5X ESTADUAL/RODOV
533-9 0 Deixar o cond de prestar socorro vítima acid de trânsito, qdo solicit p/ agente 177 Condutor 5 -Grave EST/MUNIC/RODOV
534-7 0 Deixar o condutor envolvido em acidente s/ vítima, de remover o veículo do local 178 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
535-5 0 Fazer ou deixar que se faça reparo em veíc, em rodovia e via de trânsito rápido 179 * I Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
536-3 0 Fazer/deixar que se faça reparo em veíc nas vias (q não rodovia/transito rapido) 179 * II Condutor 3 -Leve MUNICIPAL/RODOV
537-1 0 Ter seu veículo imobilizado na via por falta de combustível 180 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
538-0 0 Estacionar nas esquinas e a menos de 5m do alinhamento da via transversal 181 * I Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
539-8 0 Estacionar afastado da guia da calçada (meio-fio) de 50cm a 1m 181 * II Condutor 3 -Leve MUNICIPAL/RODOV
540-1 0 Estacionar afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de 1m 181 * III Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
541-0 0 Estacionar em desacordo com as posições estabelecidas no CTB 181 * IV Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
542-8 1 Estacionar na pista de rolamento das estradas 181 * V Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
542-8 2 Estacionar na pista de rolamento das rodovias 181 * V Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
542-8 3 Estacionar na pista de rolamento das vias de trânsito rápido 181 * V Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
542-8 4 Estacionar na pista de rolamento das vias dotadas de acostamento 181 * V Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
543-6 0 Estacionar junto/sobre hidr de incêndio, reg de água/tampa de poço visit gal sub 181 * VI Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
544-4 0 Estacionar nos acostamentos 181 * VII Condutor 3 -Leve MUNICIPAL/RODOV
545-2 1 Estacionar no passeio 181 * VIII Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
545-2 2 Estacionar sobre faixa destinada a pedestre 181 * VIII Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
545-2 3 Estacionar sobre ciclovia ou ciclofaixa 181 * VIII Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
545-2 4 Estacionar nas ilhas ou refúgios 181 * VIII Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
545-2 5 Estacionar ao lado ou sobre canteiro central/divisores de pista de rolamento 181 * VIII Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
545-2 6 Estacionar ao lado ou sobre marcas de canalização 181 * VIII Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
545-2 7 Estacionar ao lado ou sobre gramado ou jardim público 181 * VIII Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
546-0 0 Estacionar em guia de calçada rebaixada destinada à entrada/saída de veículos 181 * IX Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
668 Ordeli Savedra Gomes

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da
Infração
547-9 0 Estacionar impedindo a movimentação de outro veículo 181 * X Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
548-7 0 Estacionar ao lado de outro veículo em fila dupla 181 * XI Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
549-5 0 Estacionar na área de cruzamento de vias 181 * XII Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
550-9 0 Estacionar no ponto de embarque/desembarque de passageiros transporte coletivo 181 * XIII Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
551-7 1 Estacionar nos viadutos 181 * XIV Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
551-7 2 Estacionar nas pontes 181 * XIV Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
551-7 3 Estacionar nos túneis 181 * XIV Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
552-5 0 Estacionar na contramão de direção 181 * XV Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
553-3 0 Estacionar aclive/declive ñ freado e sem calço segurança, PBT superior a 3500kg 181 * XVI Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
554-1 1 Estacionar em desacordo com a regulamentação especificada pela sinalização 181 * XVII Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
554-1 2 Estacionar em desacordo com a regulamentação -estacionamento rotativo 181 * XVII Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
554-1 3 Estacionar em desacordo com a regulamentação -ponto ou vaga de táxi 181 * XVII Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
554-1 4 Estacionar em desacordo com a regulamentação -vaga de carga/descarga 181 * XVII Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
554-1 7 Estacionar em desacordo com a regulamentação -vaga de curta duração 181 * XVII Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
555-0 0 Estacionar em local/horário proibido especificamente pela sinalização 181 * XVIII Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
556-8 0 Estacionar local/horário de estacionamento e parada proibidos pela sinalização 181 * XIX Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
762-5 1 Estacionar nas vagas reserv às pess c/deficiência s/credencial 181 * XX Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
762-5 2 Estacionar nas vagas reserv a idosos, s/credencial 181 * XX Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
557-6 0 Parar nas esquinas e a menos 5m do bordo do alinhamento da via transversal 182 * I Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
558-4 0 Parar afastado da guia da calçada (meio-fio) de 50cm a 1m 182 * II Condutor 3 -Leve MUNICIPAL/RODOV
559-2 0 Parar afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de 1m 182 * III Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
560-6 0 Parar em desacordo com as posições estabelecidas no CTB 182 * IV Condutor 3 -Leve MUNICIPAL/RODOV
561-4 1 Parar na pista de rolamento das estradas 182 * V Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
561-4 2 Parar na pista de rolamento das rodovias 182 * V Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 669

Código Desdob. Descrição da Infração Amparo Legal (CTB) Infrator Gravidade Órgão Competente
da
Infração
561-4 3 Parar na pista de rolamento das vias de trânsito rápido 182 * V Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
561-4 4 Parar na pista de rolamento das demais vias dotadas de acostamento 182 * V Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
562-2 1 Parar no passeio 182 * VI Condutor 3 -Leve MUNICIPAL/RODOV
562-2 2 Parar sobre faixa destinada a pedestres 182 * VI Condutor 3 -Leve MUNICIPAL/RODOV
562-2 3 Parar nas ilhas ou refúgios 182 * VI Condutor 3 -Leve MUNICIPAL/RODOV
562-2 4 Parar nos canteiros centrais/divisores de pista de rolamento 182 * VI Condutor 3 -Leve MUNICIPAL/RODOV
562-2 5 Parar nas marcas de canalização 182 * VI Condutor 3 -Leve MUNICIPAL/RODOV
563-0 0 Parar na área de cruzamento de vias 182 * VII Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
564-9 1 Parar nos viadutos 182 * VIII Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
564-9 2 Parar nas pontes 182 * VIII Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
564-9 3 Parar nos túneis 182 * VIII Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
565-7 0 Parar na contramão de direção 182 * IX Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
566-5 0 Parar em local/horário proibidos especificamente pela sinalização 182 * X Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
567-3 1 Parar sobre faixa de pedestres na mudança de sinal luminoso 183 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
567-3 2 Parar sobre faixa de pedestres na mudança de sinal luminoso (fisc eletrônica) 183 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
568-1 0 Transitar na faixa/pista da direita regul circulação exclusiva determ veículo 184 * I Condutor 3 -Leve MUNICIPAL/RODOV
569-0 0 Transitar na faixa/pista da esquerda regul circulação exclusiva determ veículo 184 * II Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
570-3 0 Deixar de conservar o veículo na faixa a ele destinada pela sinalização de regul 185 * I Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
571-1 0 Deixar de conservar nas faixas da direita o veículo lento e de maior porte 185 * II Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
572-0 0 Transitar pela contramão de direção em via com duplo sentido de circulação 186 * I Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
573-8 0 Transitar pela contramão de direção em via c/ sinalização de regul sentido único 186 * II Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
574-6 1 Transitar em local/horário não permitido pela regul estabelecida p/ autoridade 187 * I Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
574-6 2 Transitar em local/horário não permitido pela regulamentação -rodízio 187 * I Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
574-6 3 Transitar em local/horário não permitido pela regulamentação -caminhão 187 * I Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
670 Ordeli Savedra Gomes

Código Desdob. Descrição da Infração Amparo Legal (CTB) Infrator Gravidade Órgão Competente
da
Infração
576-2 0 Transitar ao lado de outro veículo, interrompendo ou perturbando o trânsito 188 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
577-0 1 Deixar de dar passagem a veíc precedido de batedores devidamente identificados 189 Condutor 7 -Gravíss EST/MUNIC/RODOV
577-0 2 Deixar de dar passagem a veíc socorro incêndio/salv serv urgência devid identif 189 Condutor 7 -Gravíss EST/MUNIC/RODOV
577-0 3 Deixar de dar passagem a veíc de polícia em serviço de urgência devid identif 189 Condutor 7 -Gravíss EST/MUNIC/RODOV
577-0 4 Deixar de dar passagem a veíc de operação e fiscalização de trânsito devid ident 189 Condutor 7 -Gravíss EST/MUNIC/RODOV
577-0 5 Deixar de dar passagem a ambulância em serviço de urgência devid identificada 189 Condutor 7 -Gravíss EST/MUNIC/RODOV
578-9 0 Seguir veículo em serv urgência devid identific p/ alarme sonoro/ilum vermelha 190 Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
7 -Gravíss 10X
579-7 0 Forçar passagem entre veícs trans sent opostos na iminência realiz ultrapassagem 191 Condutor (em dobro se MUNICIPAL/RODOV
reinc. 12 meses)
580-0 0 Deixar guardar dist segurança lat/front entre seu veíc e demais e ao bordo pista 192 Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
581-9 1 Transitar com o veículo em calçadas, passeios 193 Condutor 7 -Gravíss 3X MUNICIPAL/RODOV
581-9 2 Transitar com o veículo em ciclovias, ciclofaixas 193 Condutor 7 -Gravíss 3X MUNICIPAL/RODOV
581-9 3 Transitar com o veículo em ajardinamentos, gramados, jardins públicos 193 Condutor 7 -Gravíss 3X MUNICIPAL/RODOV
581-9 4 Transitar com o veículo em canteiros centrais/divisores de pista de rolamento 193 Condutor 7 -Gravíss 3X MUNICIPAL/RODOV
581-9 5 Transitar com o veículo em ilhas, refúgios 193 Condutor 7 -Gravíss 3X MUNICIPAL/RODOV
581-9 6 Transitar com o veículo em marcas de canalização 193 Condutor 7 -Gravíss 3X MUNICIPAL/RODOV
581-9 7 Transitar com o veículo em acostamentos 193 Condutor 7 -Gravíss 3X MUNICIPAL/RODOV
581-9 8 Transitar com o veículo em passarelas 193 Condutor 7 -Gravíss 3X MUNICIPAL/RODOV
582-7 0 Transitar em marcha ré, salvo na distância necessária a pequenas manobras 194 Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
Desobedecer às ordens emanadas da autorid compet de trânsito ou de seus
583-5 0 195 Condutor 5 -Grave EST/MUNIC/RODOV
agentes
584-3 1 Deixar de indicar c/ antec, med gesto de braço/luz indicadora, início da marcha 196 Condutor 5 -Grave EST/MUNIC/RODOV
584-3 2 Deixar de indicar c/ antec, med gesto de braço/luz indicadora, manobra de parar 196 Condutor 5 -Grave EST/MUNIC/RODOV
584-3 3 Deixar de indicar c/ antec, med gesto de braço/luz indicadora, mudança direção 196 Condutor 5 -Grave EST/MUNIC/RODOV
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 671

Código Desdob. Descrição da Infração Amparo Legal (CTB) Infrator Gravidade Órgão Competente
da
Infração
584-3 4 Deixar de indicar c/ antec, med gesto de braço/luz indicadora, mudança de faixa 196 Condutor 5 -Grave EST/MUNIC/RODOV
585-1 1 Deixar de deslocar c/antecedência veíc p/ faixa mais à esquerda qdo for manobrar 197 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
585-1 2 Deixar de deslocar c/antecedência veíc p/ faixa mais à direita qdo for manobrar 197 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
586-0 0 Deixar de dar passagem pela esquerda quando solicitado 198 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
587-8 0 Ultrapassar pela direita, salvo qdo veíc da frente der sinal p/ entrar esquerda 199 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
588-6 0 Ultrap pela direita veíc transp colet/escolar parado para emb/desemb passageiros 200 Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
589-4 0 Deixar de guardar a distância lateral de 1,50m ao passar/ultrapassar bicicleta 201 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
590-8 0 Ultrapassar pelo acostamento 202 * I Condutor 7 – Gravíss 5x MUNICIPAL/RODOV
591-6 1 Ultrapassar em interseções 202 * II Condutor 7 – Gravíss 5x MUNICIPAL/RODOV
591-6 2 Ultrapassar em passagem de nível 202 * II Condutor 7 – Gravíss 5x MUNICIPAL/RODOV
7 -Gravíss 5x
592-4 1 Ultrapassar pela contramão nas curvas sem visibilidade suficiente 203 * I Condutor (em dobro se MUNICIPAL/RODOV
reinc. 12 meses)
7 -Gravíss 5x
592-4 2 Ultrapassar pela contramão nos aclives ou declives, sem visibilidade suficiente 203 * I Condutor (em dobro se MUNICIPAL/RODOV
reinc. 12 meses)
7 -Gravíss 5x
593-2 0 Ultrapassar pela contramão nas faixas de pedestre 203 * II Condutor (em dobro se MUNICIPAL/RODOV
reinc. 12 meses)
7 -Gravíss 5x
594-0 1 Ultrapassar pela contramão nas pontes 203 * III Condutor (em dobro se MUNICIPAL/RODOV
reinc. 12 meses)
7 -Gravíss 5x
594-0 2 Ultrapassar pela contramão nos viadutos 203 * III Condutor (em dobro se MUNICIPAL/RODOV
reinc. 12 meses)
7 -Gravíss 5x
594-0 3 Ultrapassar pela contramão nos túneis 203 * III Condutor (em dobro se MUNICIPAL/RODOV
reinc. 12 meses)
672 Ordeli Savedra Gomes

Código Desdob. Descrição da Infração Amparo Legal (CTB) Infrator Gravidade Órgão Competente
da
Infração
7 -Gravíss 5x
595-9 1 Ultrapassar pela contramão veículo parado em fila junto sinal luminoso 203 * IV Condutor (em dobro se MUNICIPAL/RODOV
reinc. 12 meses)
7 -Gravíss 5x
595-9 2 Ultrapassar pela contramão veículo parado em fila junto a cancela/porteira 203 * IV Condutor (em dobro se MUNICIPAL/RODOV
reinc. 12 meses)
7 -Gravíss 5x
595-9 3 Ultrapassar pela contramão veículo parado em fila junto a cruzamento 203 * IV Condutor (em dobro se MUNICIPAL/RODOV
reinc. 12 meses)
7 -Gravíss 5x
595-9 4 Ultrapassar pela contramão veíc parado em fila junto qq impedimento à circulação 203 * IV Condutor (em dobro se MUNICIPAL/RODOV
reinc. 12 meses)
7 -Gravíss 5x
596-7 0 Ultrapassar pela contramão linha de divisão de fluxos opostos, contínua amarela 203 * V Condutor (em dobro se MUNICIPAL/RODOV
reinc. 12 meses)
597-5 0 Deixar de parar no acostamento à direita, p/ cruzar pista ou entrar à esquerda 204 Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
598-3 0 Ultrapassar veículo em movimento que integre cortejo/desfile/formação militar 205 Condutor 3 -Leve MUNICIPAL/RODOV
599-1 0 Executar operação de retorno em locais proibidos pela sinalização 206 * I Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
600-9 1 Executar operação de retorno nas curvas 206 * II Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
600-9 2 Executar operação de retorno nos aclives ou declives 206 * II Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
600-9 3 Executar operação de retorno nas pontes 206 * II Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
600-9 4 Executar operação de retorno nos viadutos 206 * II Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
600-9 5 Executar operação de retorno nos túneis 206 * II Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
601-7 1 Executar operação de retorno passando por cima de calçada, passeio 206 * III Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
601-7 2 Executar operação de retorno passando por cima de ilha, refúgio 206 * III Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
601-7 3 Executar operação de retorno passando por cima de ajardinamento 206 * III Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
601-7 4 Executar operação de retorno passando por cima de canteiro de divisor de pista 206 * III Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 673

Código Desdob. Descrição da Infração Amparo Legal (CTB) Infrator Gravidade Órgão Competente
da
Infração
601-7 5 Executar operação de retorno passando por cima de faixa de pedestres 206 * III Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
601-7 6 Executar operação de retorno passando por cima de faixa de veíc não motorizados 206 * III Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
602-5 0 Executar retorno nas interseções, entrando na contramão da via transversal 206 * IV Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
603-3 0 Executar retorno c/prejuízo da circulação/segurança ainda que em local permitido 206 * V Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
604-1 1 Executar operação de conversão à direita em local proibido pela sinalização 207 Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
604-1 2 Executar operação de conversão à esquerda em local proibido pela sinalização 207 Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
605-0 1 Avançar o sinal vermelho do semáforo 208 Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
605-0 2 Avançar o sinal de parada obrigatória 208 Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
605-0 3 Avançar o sinal vermelho do semáforo -fiscalização eletrônica 208 Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
606-8 1 Transpor bloqueio viário com ou sem sinalização ou dispositivos auxiliares 209 Condutor 5 -Grave EST/MUNIC/RODOV
606-8 2 Deixar de adentrar às áreas destinadas à pesagem de veículos 209 Condutor 5 -Grave EST/MUNIC/RODOV
606-8 3 Evadir-se para não efetuar o pagamento do pedágio 209 Condutor 5 -Grave EST/MUNIC/RODOV
607-6 0 Transpor bloqueio viário policial 210 Condutor 7 -Gravíss EST/MUNIC/RODOV
608-4 1 Ultrapassar veículos motorizados em fila, parados em razão de sinal luminoso 211 Condutor 5 -Grave EST/MUNIC/RODOV
608-4 2 Ultrapassar veículos motorizados em fila, parados em razão de cancela 211 Condutor 5 -Grave EST/MUNIC/RODOV
608-4 3 Ultrapassar veíc motorizados em fila parados em razão de bloqueio viário parcial 211 Condutor 5 -Grave EST/MUNIC/RODOV
608-4 4 Ultrapassar veículos motorizados em fila, parados em razão de qualquer obstáculo 211 Condutor 5 -Grave EST/MUNIC/RODOV
609-2 0 Deixar de parar o veículo antes de transpor linha férrea 212 Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
610-6 0 Deixar de parar sempre que a marcha for interceptada por agrupamento de pessoas 213 * I Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
611-4 0 Deixar de parar sempre que a marcha for interceptada por agrupamento de veículos 213 * II Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
612-2 0 Deixar de dar preferência a pedestre/veic ñ motorizado na faixa a ele destinada 214 * I Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
613-0 0 Deixar de dar preferência a pedestre/veic ñ mot que ñ haja concluído a travessia 214 * II Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
614-9 0 Deixar de dar preferência a pedestre port deficiência fís/criança/idoso/gestante 214 * III Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
615-7 0 Deixar de dar preferência a pedestre/veic ñ mot qdo iniciada travessia s/sinaliz 214 * IV Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
674 Ordeli Savedra Gomes

Código Desdob. Descrição da Infração Amparo Legal (CTB) Infrator Gravidade Órgão Competente
da
Infração
616-5 0 Deixar de dar preferência a pedestre/veic não mot atravessando a via transversal 214 * V Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
617-3 1 Deixar de dar preferência em interseção ñ sinaliz, a veíc circulando por rodovia 215 * I * a Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
617-3 2 Deixar de dar preferência em interseção ñ sinaliz, veíc circulando por rotatória 215 * I * a Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
617-3 3 Deixar de dar prefer em interseção não sinalizada, a veículo que vier da direita 215 * I * b Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
618-1 0 Deixar de dar preferência nas interseções com sinalização de Dê a Preferência 215 * II Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
619-0 0 Entrar/sair área lindeira sem precaução com a segurança de pedestres e veículos 216 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
620-3 0 Entrar/sair de fila de veículos estacionados sem dar pref a pedestres/veículos 217 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
745-5 0 Transitar em velocidade superior à máxima permitida em até 20% 218 * I Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
746-3 0 Transitar em velocidade superior à máxima permitida em mais de 20% até 50% 218 * II Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
747-1 0 Transitar em velocidade superior à máxima permitida em mais de 50% 218 * III Condutor 7 -Gravíss 3X MUNICIPAL/RODOV
625-4 0 Transitar em velocidade inferior à metade da máxima da via, salvo faixa direita 219 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
626-2 0 Deixar de reduzir a veloc qdo se aproximar de passeata/aglomeração/desfile/etc 220 * I Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
627-0 0 Deixar de reduzir a veloc onde o trânsito esteja sendo controlado pelo agente 220 * II Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
628-9 1 Deixar de reduzir a velocidade do veículo ao aproximar-se da guia da calçada 220 * III Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
628-9 2 Deixar de reduzir a velocidade do veículo ao aproximar-se do acostamento 220 * III Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
629-7 0 Deixar de reduzir velocidade do veículo ao aproximar-se interseção ñ sinalizada 220 * IV Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
630-0 0 Deixar reduzir velocidade nas vias rurais cuja faixa domínio não esteja cercada 220 * V Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
631-9 0 Deixar de reduzir a velocidade nos trechos em curva de pequeno raio 220 * VI Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
632-7 0 Deixar de reduzir veloc ao aproximar local sinaliz advert de obras/trabalhadores 220 * VII Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
633-5 0 Deixar de reduzir a velocidade sob chuva/neblina/cerração/ventos fortes 220 * VIII Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
634-3 0 Deixar de reduzir a velocidade quando houver má visibilidade 220 * IX Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
635-1 0 Deixar de reduzir veloc qdo pavimento se apresentar escorreg/defeituoso/avariado 220 * X Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
636-0 0 Deixar de reduzir a velocidade à aproximação de animais na pista 220 * XI Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
637-8 0 Deixar de reduzir a velocidade de forma compatível com a segurança, em declive 220 * XII Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 675

Código Desdob. Descrição da Infração Amparo Legal (CTB) Infrator Gravidade Órgão Competente
da
Infração
638-6 0 Deixar de reduzir veloc de forma compatível c/ segurança ao ultrapassar ciclista 220 * XIII Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
639-4 1 Deixar de reduzir a velocidade nas proximidades de escolas 220 * XIV Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
639-4 2 Deixar de reduzir a velocidade nas proximidades de hospitais 220 * XIV Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
639-4 3 Deixar de reduzir veloc na proxim estação embarque/desembarque passageiros 220 * XIV Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
639-4 4 Deixar de reduzir veloc onde haja intensa movimentação de pedestres 220 * XIV Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
640-8 0 Portar no veículo placas de identificação em desacordo c/ especif/modelo CONTRAN 221 Proprietário 4 -Média ESTADUAL/RODOV
641-6 0 Confec/distribuir/colocar veíc próprio/terceiro placa identif desacordo CONTRAN 221 § Único PF ou JUR Média ESTADUAL/RODOV
642-4 0 Deixar de manter ligado em emerg sist ilum vermelha intermitente ainda q parado 222 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
643-2 1 Transitar com farol desregulado perturbando visão outro condutor 223 Condutor 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
643-2 2 Transitar com o facho de luz alta perturbando visão outro condutor 223 Condutor 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
644-0 0 Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias providas de iluminação pública 224 Condutor 3 -Leve MUNICIPAL/RODOV
645-9 1 Deixar de sinalizar via p/ tornar visível local qdo tiver remover veíc da pista 225 * I Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
645-9 2 Deixar de sinalizar a via p/ tornar visível o local qdo permanecer acostamento 225 * I Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
646-7 0 Deixar de sinalizar a via p/ tornar visível o local qdo a carga for derramada 225 * II Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
647-5 0 Deixar de retirar qualquer objeto utilizado para sinalização temporária da via 226 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
648-3 0 Usar buzina que não a de toque breve como advertência a pedestre ou condutores 227 * I Condutor 3 -Leve MUNICIPAL/RODOV
649-1 0 Usar buzina prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto 227 * II Condutor 3 -Leve MUNICIPAL/RODOV
650-5 0 Usar buzina entre as vinte e duas e as seis horas 227 * III Condutor 3 -Leve MUNICIPAL/RODOV
651-3 0 Usar buzina em locais e horários proibidos pela sinalização 227 * IV Condutor 3 -Leve MUNICIPAL/RODOV
652-1 0 Usar buzina em desacordo c/ os padrões e frequências estabelecidas pelo CONTRAN 227 * V Proprietário 3 -Leve MUNICIPAL/RODOV
653-0 0 Usar no veículo equip c/ som em volume/frequência não autorizados pelo CONTRAN 228 Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
Usar no veículo alarme/aparelho que produza som que perturbe o sossego público,
654-8 0 229 Condutor 4 -Média ESTADUAL/RODOV
em desacordo com as normas fixadas pelo CONTRAN
655-6 1 Conduzir o veículo com o lacre de identificação violado/falsificado 230 * I Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
655-6 2 Conduzir o veículo com a inscrição do chassi violada/falsificada 230 * I Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
676 Ordeli Savedra Gomes

Código Desdob. Descrição da Infração Amparo Legal (CTB) Infrator Gravidade Órgão Competente
da
Infração
655-6 3 Conduzir o veículo com o selo violado/falsificado 230 * I Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
655-6 4 Conduzir o veículo com a placa violada/falsificada 230 * I Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
655-6 5 Conduzir o veículo com qualquer outro elem de identificação violado/falsificado 230 * I Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
656-4 0 Conduzir o veículo transportando passageiros em compartimento de carga 230 * II Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
657-2 0 Conduzir o veículo com dispositivo anti-radar 230 * III Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
658-0 0 Conduzir o veículo sem qualquer uma das placas de identificação 230 * IV Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
659-9 1 Conduzir o veículo que não esteja registrado 230 * V Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
659-9 2 Conduzir o veículo registrado que não esteja devidamente licenciado 230 * V Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
660-2 0 Conduzir o veículo com qualquer uma das placas sem legibilidade e visibilidade 230 * VI Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
661-0 1 Conduzir o veículo com a cor alterada 230 * VII Proprietário 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
661-0 2 Conduzir o veículo com característica alterada 230 * VII Proprietário 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
662-9 0 Conduzir veículo s/ ter sido submetido à inspeção seg veicular, qdo obrigatória 230 * VIII Proprietário 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
663-7 1 Conduzir o veículo sem equipamento obrigatório 230 * IX Proprietário 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
663-7 2 Conduzir o veículo com equipamento obrigatório ineficiente/inoperante 230 * IX Proprietário 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
664-5 0 Conduzir o veículo com equip obrigatório em desacordo com o estab pelo CONTRAN 230 * X Proprietário 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
665-3 1 Conduzir o veículo com descarga livre 230 * XI Proprietário 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
665-3 2 Conduzir o veículo com silenciador de motor defeituoso/deficiente/inoperante 230 * XI Proprietário 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
666-1 0 Conduzir o veículo com equipamento ou acessório proibido 230 * XII Proprietário 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
667-0 0 Conduzir o veículo c/ equip do sistema de iluminação e de sinalização alterados 230 * XIII Proprietário 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
668-8 0 Conduzir veíc c/ registrador instan inalt de velocidade/tempo viciado/defeituoso 230 * XIV Proprietário 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
669-6 1 Conduzir c/ inscr/adesivo/legenda/símbolo afixado pára-brisa e extensão traseira 230 * XV Proprietário 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
669-6 2 Conduzir c/ inscr/adesivo/legenda/símbolo pintado pára-brisa e extensão traseira 230 * XV Proprietário 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
670-0 0 Conduzir veíc com vidro total/parcialmente coberto por película, painéis/pintura 230 * XVI Proprietário 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
671-8 0 Conduzir o veículo com cortinas ou persianas fechadas 230 * XVII Proprietário 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 677

Código Desdob. Descrição da Infração Amparo Legal (CTB) Infrator Gravidade Órgão Competente
da
Infração
672-6 1 Conduzir o veículo em mau estado de conservação, comprometendo a segurança 230 * XVIII Proprietário 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
672-6 2 Conduzir o veículo reprovado na avaliação de inspeção de segurança 230 * XVIII Proprietário 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
672-6 3 Conduzir o veículo reprovado na avaliação de emissão de poluentes e ruído 230 * XVIII Proprietário 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
673-4 0 Conduzir o veículo sem acionar o limpador de pára-brisa sob chuva 230 * XIX Condutor 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
674-2 0 Conduzir o veículo sem portar a autorização para condução de escolares 230 * XX Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
675-0 0 Conduzir o veíc de carga c/ falta inscrição da tara e demais previstas no CTB 230 * XXI Proprietário 4 -Média ESTADUAL/RODOV
Conduzir o veículo com defeito no sistema de iluminação/sinalização/lâmpada
676-9 0 230 * XXII Proprietário 4 -Média ESTADUAL/RODOV
queimada
4 -Média e
Conduzir veíc de transp passag ou carga em desacordo c/ as cond do art 67-C CTB 5 -Grave, se rein-
756-0 0 230 * XXIII Condutor MUNICIPAL/RODOV
Alterado pela Lei 13.103, de 02.03.2015 cidente nos últi-
mos doze meses
677-7 0 Transitar com o veículo danificando a via, suas instalações e equipamentos 231 * I Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
678-5 1 Transitar com veículo derramando a carga que esteja transportando 231 * II * a Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
678-5 2 Transitar com veículo lançando a carga que esteja transportando 231 * II * a Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
678-5 3 Transitar com veículo arrastando a carga que esteja transportando 231 * II * a Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
679-3 0 Transitar com veíc derramando/lançando combustível/lubrif que esteja utilizando 231 * II * b Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
680-7 0 Transitar c/veíc derraman/lançando/arrastando objeto possa acarretar risco acid 231 * II * c Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
681-5 0 Transitar com veículo produzindo fumaça, gases ou partículas em desac c/ CONTRAN 231 * III Proprietário 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
682-3 1 Transitar c/ veíc e/ou carga c/ dimensões superiores limite legal s/ autorização 231 * IV Proprietário 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
682-3 2 Transitar c/ veíc e/ou carga c/ dimensões superiores est p/sinalização s/autoriz 231 * IV Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
683-1 1 Transitar com o veículo com excesso de peso PBT/PBTC 231 * V Emb/Transp 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
683-1 2 Transitar com o veículo com excesso de peso -Por Eixo 231 * V Emb/Transp 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
683-1 3 Transitar com o veículo com excesso de peso -PBT/PBTC e Por Eixo 231 * V Emb/Transp 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
684-0 1 Transitar em desacordo c/ autorização expedida p/veículo c/ dimensões excedentes 231 * VI Proprietário 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
684-0 2 Transitar com autorização vencida, expedida p/ veículo c/ dimensões excedentes 231 * VI Proprietário 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
685-8 0 Transitar com o veículo com lotação excedente 231 * VII Condutor 4 -Média EST/MUNIC/RODOV
678 Ordeli Savedra Gomes

Código Desdob. Descrição da Infração Amparo Legal (CTB) Infrator Gravidade Órgão Competente
da
Infração
686-6 1 Transitar efetuando transporte remunerado de pessoas qdo ñ licenciado p/esse fim 231 * VIII Proprietário 7 -Gravíss EST/MUNIC/RODOV
686-6 2 Transitar efetuando transporte remunerado de bens qdo não licenciado p/ esse fim 231 * VIII Proprietário 7 -Gravíss EST/MUNIC/RODOV
687-4 1 Transitar com o veículo desligado em declive 231 * IX Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
687-4 2 Transitar com o veículo desengrenado em declive 231 * IX Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
688-2 0 Transitar com o veículo excedendo a CMT em até 600 kg 231 * X Proprietário 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
689-0 0 Transitar com o veículo excedendo a CMT entre 601 e 1.000 kg 231 * X Proprietário 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
690-4 0 Transitar com o veículo excedendo a CMT acima de 1.000 kg 231 * X Proprietário 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
691-2 0 Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório referidos no CTB 232 Condutor 3 -Leve ESTADUAL/RODOV
692-0 1 Deixar de efetuar registro do veículo em trinta dias, quando for transferir a propriedade 233 c/c 123, I Proprietário 5 -Grave ESTADUAL
Deixar de efetuar registro de veículo em trinta dias, quando mudar o município de
692-0 2 233 c/c 123, II Proprietário 5 -Grave ESTADUAL
domicílio/residência
Deixar de efetuar registro de veículo no prazo de trinta dias, quando for alterada
692-0 3 233 c/c 123, III Proprietário 5 -Grave ESTADUAL
qualquer característica do veículo
Deixar de efetuar registro de veículo no prazo de trinta dias, quando houver mu-
692-0 4 233 c/c 123, IV Proprietário 5 -Grave ESTADUAL
dança de categoria
693-9 1 Falsificar ou adulterar documento de habilitação 234 Condutor 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
693-9 2 Falsificar ou adulterar documento de identificação do veículo 234 Condutor 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
694-7 1 Conduzir pessoas nas partes externas do veículo 235 Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
694-7 2 Conduzir animais nas partes externas do veículo 235 Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
694-7 3 Conduzir carga nas partes externas do veículo 235 Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
695-5 0 Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda 236 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
696-3 0 Trans c/veíc desac c/especificação/falta de inscr/simbologia necessária identif 237 Proprietário 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
697-1 0 Recusar-se a entregar CNH/CRV/CRLV/ outros documentos 238 Condutor 7 -Gravíss ESTADUAL/RODOV
698-0 0 Retirar do local veículo legalmente retido para regularização, sem permissão 239 Condutor 7 -Gravíss EST/MUNIC/RODOV
699-8 0 Deixar responsável de promover baixa registro de veíc irrecuperável/desmontado 240 Proprietário 5 -Grave ESTADUAL
700-5 1 Deixar de atualizar o cadastro de registro do veículo 241 Proprietário 3 -Leve ESTADUAL
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 679

Código Desdob. Descrição da Infração Amparo Legal (CTB) Infrator Gravidade Órgão Competente
da
Infração
700-5 2 Deixar de atualizar o cadastro de habilitação do condutor 241 Condutor 3 -Leve ESTADUAL
701-3 1 Fazer falsa declaração de domicílio para fins de registro/licenciamento 242 Proprietário 7 -Gravíss ESTADUAL
701-3 2 Fazer falsa declaração de domicílio para fins de habilitação 242 Condutor 7 -Gravíss ESTADUAL
702-1 0 Deixar seguradora de comunicar ocorrência perda total veíc e devolver placas/doc 243 P Jurídica Grave ESTADUAL
703-0 1 Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor sem capacete de segurança 244 * I Condutor 7 -Gravíss EST/MUNIC/RODOV
703-0 3 Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor sem vestuário aprovado pelo CONTRAN 244 * I Condutor 7 -Gravíss EST/MUNIC/RODOV
704-8 1 Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor transportando passageiro s/ capacete 244 * II Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
704-8 3 Conduzir motocicleta/motoneta/ciclomotor transportando pas. fora do assento 244 * II Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
705-6 1 Conduzir motoc/moton/ciclomotor fazendo malabarismo/equilibrando-se em uma roda 244 * III Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
705-6 2 Conduzir ciclo fazendo malabarismo ou equilibrando-se em uma roda 244 * III c/c §1º Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
706-4 0 Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor com os faróis apagados 244 * IV Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
707-2 1 Conduzir motocicleta/motoneta/ciclomotor transportando criança menor de 7 anos 244 * V Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
707-2 2 Conduzir motoc/moton/ciclom transp criança s/ condição cuidar própria segurança 244 * V Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
708-0 0 Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor rebocando outro veículo 244 * VI Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
Conduzir motocicleta/motoneta/ciclomotor sem segurar o guidom com ambas as
709-9 1 244 * VII Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
mãos
709-9 2 Conduzir ciclo sem segurar o guidom com ambas as mãos 244 * VII c/c §1º Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
710-2 1 Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor transportando carga incompatível 244 * VIII Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
710-2 2 Conduzir ciclo transportando carga incompatível 244 * VIII c/c §1º Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
Conduzir motoc/moton/ transportando carga em desacordo c/ § 2º do art 139-A
710-2 3 244 * VIII Condutor 5 -Grave MUNICIPAL/RODOV
CTB
Conduzir motocicleta/motoneta efetuando transporte remunerado de mercadorias MUNICIPAL/ESTAD/
755-2 1 244 * IX Condutor 5 -Grave
em desacordo com o § 2º do art. 139-A do CTB RODOV
Conduzir motocicleta/motoneta efetuando transporte remunerado em desacordo MUNICIPAL/ESTAD/
755-2 2 244 * IX Condutor 5 -Grave
com normas atividades profissionais dos mototaxistas RODOV
680 Ordeli Savedra Gomes

Código Desdob. Descrição da Infração Amparo Legal (CTB) Infrator Gravidade Órgão Competente
da
Infração
711-0 0 Conduzir ciclo transportando passageiro fora da garupa/assento a ele destinado 244 * §1º * a Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
712-9 1 Conduzir ciclo via de trâns rápido ou rodovia salvo se houver acostam/fx própria 244, § 1º, “b” Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
712-9 2 Conduzir ciclomotor em via de trânsito rápido 244, § 1º, “b”, c/c § 2º Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
712-9 3 Conduzir ciclomotor em rodovia salvo se houver acostamento ou faixa própria 244, § 1º, “b”, c/c § 2º Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
713-7 0 Conduzir ciclo transportando criança s/ condição de cuidar própria segurança 244 * §1º * c Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
714-5 0 Utilizar a via para depósito de mercadorias, materiais ou equipamentos 245 PF ou JUR Grave MUNICIPAL/RODOV
715-3 1 Deixar de sinalizar obstáculo à circulação/segurança calçada/pista-s/agravamento 246 PF ou JUR Gravíssima MUNICIPAL/RODOV
715-3 2 Obstaculizar a via indevidamente-s/agravamento 246 PF ou JUR Gravíssima MUNICIPAL/RODOV
716-1 1 Deixar de sinalizar obstáculo circulação/segurança calçada/pista-agravamento 2X 246 PF ou JUR Gravíss 2X MUNICIPAL/RODOV
716-1 2 Obstaculizar a via indevidamente-agravamento 2X 246 PF ou JUR Gravíss 2X MUNICIPAL/RODOV
717-0 1 Deixar de sinalizar obstáculo circulação/segurança calçada/pista-agravamento 3X 246 PF ou JUR Gravíss 3X MUNICIPAL/RODOV
717-0 2 Obstaculizar a via indevidamente-agravamento 3X 246 PF ou JUR Gravíss 3X MUNICIPAL/RODOV
718-8 1 Deixar de sinalizar obstáculo circulação/segurança calçada/pista-agravamento 4X 246 PF ou JUR Gravíss 4X MUNICIPAL/RODOV
718-8 2 Obstaculizar a via indevidamente-agravamento 4X 246 PF ou JUR Gravíss 4X MUNICIPAL/RODOV
719-6 1 Deixar de sinalizar obstáculo circulação/segurança calçada/pista-agravamento 5X 246 PF ou JUR Gravíss 5X MUNICIPAL/RODOV
719-6 2 Obstaculizar a via indevidamente-agravamento 5X 246 PF ou JUR Gravíss 5X MUNICIPAL/RODOV
720-0 1 Deixar de conduzir pelo bordo pista em fila única veíc tração/propulsão humana 247 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
720-0 2 Deixar de conduzir pelo bordo da pista em fila única veículo de tração animal 247 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
721-8 0 Transportar em veíc destinado transp passageiros carga excedente desac art.109 248 Condutor 5 -Grave ESTADUAL/RODOV
722-6 1 Deixar de manter acesas à noite as luzes posição qdo o veículo estiver parado 249 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
722-6 2 Deixar de manter acesas à noite as luzes de posição veic fazendo carga/descarga 249 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
723-4 0 Em movimento, deixar de manter acesa a luz baixa durante à noite 250 * I * a Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
724-2 1 Em movimento de dia, deixar de manter acesa luz baixa túnel com iluminação públ 250 * I * b Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
724-2 2 Em movimento de dia, deixar de manter acesa luz baixa nas rodovias 250 * I * b Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
725-0 0 Em mov, deixar de manter acesa luz baixa veíc transp coletivo faixa/pista excl 250 * I * c Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 681

Código Desdob. Descrição da Infração Amparo Legal (CTB) Infrator Gravidade Órgão Competente
da
Infração
726-9 0 Em movimento, deixar de manter acesa luz baixa do ciclomotor 250 * I * d Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
727-7 0 Em mov deixar de manter acesas luzes de posição sob chuva forte/neblina/cerração 250 * II Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
728-5 0 Em movimento, deixar de manter a placa traseira iluminada à noite 250 * III Condutor 4 -Média ESTADUAL/RODOV
729-3 0 Utilizar o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações de emergência 251 * I Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
730-7 0 Utilizar luz alta e baixa intermitente, exceto quando permitido pelo CTB 251 * II Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
731-5 0 Dirigir o veículo com o braço do lado de fora 252 * I Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
732-3 1 Dirigir o veículo transport pessoas à sua esquerda ou entre os braços e pernas 252 * II Condutor 4 -Média ESTADUAL/RODOV
732-3 2 Dirigir o veículo transport animais à sua esquerda ou entre os braços e pernas 252 * II Condutor 4 -Média ESTADUAL/RODOV
732-3 3 Dirigir o veículo transport volume à sua esquerda ou entre os braços e pernas 252 * II Condutor 4 -Média ESTADUAL/RODOV
733-1 0 Dirigir o veículo com incapacidade física ou mental temporária 252 * III Condutor 4 -Média ESTADUAL/RODOV
734-0 0 Dirigir o veíc usando calçado que ñ se firme nos pés/comprometa utiliz pedais 252 * IV Condutor 4 -Média ESTADUAL/RODOV
735-8 0 Dirigir o veículo com apenas uma das mãos, exceto quando permitido pelo CTB 252 * V Condutor 4 -Média ESTADUAL/RODOV
736-6 1 Dirigir o veículo utilizando-se de fones nos ouvidos conec a aparelhagem sonora 252 * VI Condutor 4 -Média EST/MUNIC/RODOV
736-6 2 Dirigir veículo utilizando-se de telefone celular 252 * VI Condutor 4 -Média EST/MUNIC/RODOV
763-3 1 Dirigir veículo segurando telefone celular 252 * § único Condutor 7 -Gravíss EST/MUNIC/RODOV
763-3 2 Dirigir veículo manuseando telefone celular 252 * § único Condutor 7 -Gravíss EST/MUNIC/RODOV
737-4 0 Bloquear a via com veículo 253 Condutor 7 -Gravíss MUNICIPAL/RODOV
761-7 1 Usar qq veículo para, delib, interromper circulação na via sem aut do órgão 253-A Condutor 7 -Gravíss 20X MUNICIPAL/RODOV
761-7 2 Usar qq veículo para, delib, restringir circulação na via sem aut do órgão 253-A Condutor 7 -Gravíss 20X MUNICIPAL/RODOV
761-7 3 Usar qq veículo para, delib, perturbar circulação na via sem aut do órgão 253-A Condutor 7 -Gravíss 20X MUNICIPAL/RODOV
760-9 0 Organizar a conduta prevista no caput do art. 253-A 253-A, § 1º 1º PF ou PJ 7 -Gravíss 60X MUNICIPAL/RODOV
738-2 0 É proib ao pedestre permanecer/andar pista, exceto p/ cruzá-las onde permitido 254 * I Pedestre 3 -Leve 50% MUNICIPAL/RODOV
739-0 1 É proibido ao pedestre cruzar pista de rolamento de viaduto exc onde permitido 254 * II Pedestre 3 -Leve 50% MUNICIPAL/RODOV
739-0 2 É proibido ao pedestre cruzar pista de rolamento de ponte exceto onde permitido 254 * II Pedestre 3 -Leve 50% MUNICIPAL/RODOV
739-0 3 É proibido ao pedestre cruzar pista de rolamento de túneis exceto onde permitido 254 * II Pedestre 3 -Leve 50% MUNICIPAL/RODOV
682 Ordeli Savedra Gomes

Código Desdob. Descrição da Infração Amparo Legal (CTB) Infrator Gravidade Órgão Competente
da
Infração
740-4 0 É proib ao pedestre atravessar via área cruzamento exc onde permitido p/ sinaliz 254 * III Pedestre 3 -Leve 50% MUNICIPAL/RODOV
741-2 0 É proib pedestre utilizar via em agrupam que perturbe trâns/prát esporte/desfile 254 * IV Pedestre 3 -Leve 50% MUNICIPAL/RODOV
742-0 1 É proibido ao pedestre andar fora da faixa própria 254 * V Pedestre 3 -Leve 50% MUNICIPAL/RODOV
742-0 2 É proibido ao pedestre andar fora da passarela 254 * V Pedestre 3 -Leve 50% MUNICIPAL/RODOV
742-0 3 É proibido ao pedestre andar fora da passagem aérea 254 * V Pedestre 3 -Leve 50% MUNICIPAL/RODOV
742-0 4 É proibido ao pedestre andar fora da passagem subterrânea 254 * V Pedestre 3 -Leve 50% MUNICIPAL/RODOV
743-9 0 É proibido ao pedestre desobedecer a sinalização de trânsito específica 254 * VI Pedestre 3 -Leve 50% MUNICIPAL/RODOV
744-7 1 Conduzir bicicleta em passeios onde não seja permitida a circulação desta 255 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
744-7 2 Conduzir bicicleta de forma agressiva 255 Condutor 4 -Média MUNICIPAL/RODOV
748-0 1 Aprovar proj edificação pólo atrativo trânsito s/ anuência órgão/entid trânsito 93 c/c 95 *§4º Serv público -- MUNICIPAL/RODOV
748-0 2 Aprovar proj edificação pólo atrativo trâns s/ estacion/indicação vias de acesso 93 c/c 95*§ 4º Serv público -- MUNICIPAL/RODOV
749-8 0 Ñ sinalizar devida/imed obstáculo à circul/segurança veíc/pedestre pista/calçada 94 Serv público -- MUNICIPAL/RODOV
750-1 0 Utilizar ondulação transversal/sonorizador fora padrão/critério estab p/ CONTRAN 94 * § Único Serv público -- MUNICIPAL/RODOV
751-0 1 Iniciar obra perturbe/interrompa circulação/segurança veíc/pedestres s/permissão 95 PF ou JUR -- MUNICIPAL/RODOV
751-0 2 Iniciar evento perturbe/interrompa circulaç/segurança veíc/pedestres s/permissão 95 PF ou JUR -- MUNICIPAL/RODOV
752-8 1 Não sinalizar a execução ou manutenção da obra 95 * § 1º PF ou JUR -- MUNICIPAL/RODOV
752-8 2 Não sinalizar a execução ou manutenção do evento 95 * § 1º PF ou JUR -- MUNICIPAL/RODOV
753-6 0 Não avisar comunidade c/ 48h antec interdição via indicando caminho alternativo 95 * § 2º Serv público -- MUNICIPAL/RODOV
754-4 1 Falta de escrituração livro registro entrada/saída e de uso placa de experiência 330 * § 5º PF ou JUR Gravíssima ESTADUAL
754-4 2 Atraso escrituração livro registro entrada/saída e de uso placa de experiência 330 * § 5º PF ou JUR Gravíssima ESTADUAL
754-4 3 Fraude escrituração livro registro entrada/saída e de uso placa de experiência 330 * § 5º PF ou JUR Gravíssima ESTADUAL
754-4 4 Recusa da exibição do livro registro entrada/saída e de uso placa de experiência 330 * § 5º PF ou JUR Gravíssima ESTADUAL
757-9 0 Condutor que se recusar a se submeter a qq dos proc prev no art. 277 do CTB 277, § 3º c/c 165 Condutor 7 – Gravíss 10X ESTADUAL/RODOV
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 683

CÓDIGOS DAS INFRAÇÕES REFERENTES AO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PRODUTOS PERIGOSOS

A Res. 3.924, de 08.11.2012 da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, alterou o anexo da Res. 3.880, de 22.08.2012,
que estabelece os códigos e os desdobramentos para as infrações aplicáveis devido à inobservância do Regulamento para o
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos.

Resolução 3.665/11 – DOU 13.05.2011 – Considerando a Lei 10.233, de 05.06.2001 e o Dec. 96.044, de 18.05.1988,
atualiza o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos.

A Res. 3.665/11 foi atualizada pelas Res. 3.762/12 e 3.886/12.

AO TRANSPORTADOR

Amparo
Legal
Descrição da Infração Código
Res.
3.665/11
53.1.a Transportar produtos perigosos cujo deslocamento rodoviário seja proibido pela ANTT 930-00
53.1.b Transportar produtos perigosos em veículo cujo condutor não esteja devidamente habilitado em desacordo ao caput do art. 22 931-80
53.1.c Transportar produtos perigosos em veículo com características técnicas ou operacionais inadequadas 932-61
53.1.c Transportar produtos perigosos em equipamento de transporte com características técnicas ou operacionais inadequadas 932-62
53.1.d Transportar, em veiculo ou equipamento de transporte, produtos perigosos a granel que não constem no CIPP, em desacordo ao art. 7º 933-40
53.1.e Transportar produtos perigosos a granel em veículo que não atenda às disposições do art. 7º e do inciso I do caput do art. 28 934-21
53.1.e Transportar produtos perigosos a granel em equipamento de transporte que não atenda às disposições do art. 7º e do inciso I do caput do art. 28 934-22
53.1.f Transportar produtos perigosos em veículos que não atendam às condições do art. 8º 935-00
53.1.g Conduzir pessoas em veículos que transportem produtos perigosos, em desacordo ao inciso I do art. 12 936-90
53.1.h Transportar, simultaneamente, no mesmo veículo ou equipamento de transporte, diferentes produtos perigosos, em desacordo ao inciso II do art. 12 937-70
53.1.i Transportar produtos perigosos em desacordo ao inciso III do art. 12 938-50
Transportar alimentos, medicamentos ou quaisquer objetos destinados ao uso ou consumo humano ou animal em embalagens que tenham contido produtos
53.1.j 939-30
perigosos, em desacordo ao inciso IV do art. 12
53.1.k Transportar, simultaneamente, animais e produtos perigosos em veículos ou equipamentos de transporte, em desacordo ao inciso V do art. 12 940-70
684 Ordeli Savedra Gomes

Amparo
Legal
Descrição da Infração Código
Res.
3.665/11
Transportar em veículo ou equipamento de transporte já utilizados para movimentação de produtos perigosos a granel, produtos para uso ou consumo humano ou
53.1.l 941-50
animal, em desacordo ao art. 9º
53.1.m Deixar de dar apoio e prestar os esclarecimentos solicitados pelas autoridades públicas em caso de emergência, acidente ou avaria, conforme art. 33 942-30
53.1.n Manusear produtos perigosos em locais públicos e em condições de segurança inadequadas às características dos produtos e à natureza de seus riscos 943-11
53.1.n Carregar produtos perigosos em locais públicos e em condições de segurança inadequadas às características dos produtos e à natureza de seus riscos 943-12
53.1.n Descarregar produtos perigosos em locais públicos e em condições de segurança inadequadas às características dos produtos e à natureza de seus riscos 943-13
53.2.a Transportar produtos perigosos mal estivados nos veículos ou presos por meios não-apropriados, em desacordo ao art. 10 944-00
53.2.b Transportar produtos perigosos em veículo ou equipamento de transporte em estado de conservação inadequado, limpeza ou descontaminação em desacordo ao art. 6º 945-80
53.2.c Transportar produtos perigosos em veículo ou equipamento de transporte sem a devida sinalização 946-61
53.2.c Transportar produtos perigosos em veículo ou equipamento de transporte com a sinalização incorreta ou ilegível 946-62
53.2.c Transportar produtos perigosos em veículo ou equipamento de transporte com a sinalização afixada de forma inadequada 946-63
Transportar produtos perigosos em embalagens que não possuam a comprovação de sua adequação a programa de avaliação da conformidade da autoridade
53.2.d 947-40
competente, em desacordo ao art. 11
53.2.e Transportar produtos perigosos em embalagens que não possuam a identificação relativa aos produtos e seus riscos, em desacordo ao art. 11 948-20
53.2.f Transportar produtos perigosos utilizando cofre de carga que não atenda ao estabelecido no art. 13 949-00
O condutor não adotar, em caso de acidente, avaria ou outro fato que obrigue a imobilização do veículo, as providências constantes no Envelope para Transporte,
53.2.g 950-40
conforme art. 30
53.2.h Transportar produtos perigosos em veículo desprovido do conjunto de equipamentos para situações de emergência 951-21
53.2.h Transportar produtos perigosos em veículo portando qualquer um dos componentes do conjunto de situação de emergência em condições inadequadas de uso 951-22
53.2.i Transportar produtos perigosos em veículo desprovido dos conjuntos de EPIs necessários 952-01
53.2.i Transportar produtos perigosos em veículo portando qualquer um dos componentes dos conjuntos de EPIs necessários em condições inadequadas de uso 952-02
53.2.j Transportar produtos perigosos em embalagens que apresentem sinais de violação 953-91
53.2.j Transportar produtos perigosos em embalagens que apresentem sinais de deterioração ou mau estado de conservação 953-92
53.2.k Transportar produtos perigosos em via restrita pela autoridade com circunscrição sobre a via 954-71
53.2.k Estacionar ou parar em local ou período restrito pela autoridade com circunscrição sobre a via 954-72
53.2.k Realizar carga em local ou período restrito pela autoridade com circunscrição sobre a via 954-73
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 685

Amparo
Legal
Descrição da Infração Código
Res.
3.665/11
53.2.k Realizar descarga em local ou período restrito pela autoridade com circunscrição sobre a via 954-74
53.2.l Estacionar veículo contendo produtos perigosos em desacordo ao art. 20 955-50
53.2.m Abrir volumes contendo produtos perigosos durante as etapas da operação de transporte 956-31
53.2.m Fumar durante as etapas da operação de transporte 956-32
Adentrar as áreas de carga do veículo ou equipamento de transporte com dispositivos capazes de produzir ignição dos produtos, gases ou vapores durante as
53.2.m 956-33
etapas da operação de transporte
53.3.a Deixar, o condutor ou o auxiliar, de informar a imobilização do veículo à autoridade competente, conforme art. 24 957-10
53.3.b Retirar a sinalização de veículo ou de equipamento de transporte que não tenha sido descontaminado 958-01
53.3.b Retirar a Ficha de Emergência e o Envelope para Transporte de veículo que não tenha sido descontaminado 958-02
53.3.c Não retirar a sinalização dos veículos e equipamentos de transporte após as operações de limpeza e descontaminação, em desacordo ao parágrafo único do art. 3º 959-80
53.3.d Transportar produtos perigosos sem providenciar o CIV ou dispor deste ilegível 960-11
53.3.d Transportar produtos perigosos sem providenciar o CIPP ou dispor deste ilegível 960-12
53.3.d Transportar produtos perigosos desacompanhados do documento fiscal ou dispor deste ilegível 960-13
53.3.d Transportar produtos perigosos desacompanhados da Declaração do Expedidor ou dispor desta ilegível 960-14
53.3.d Transportar produtos perigosos desacompanhados da Ficha de Emergência ou Envelope para Transporte ou dispor destes ilegíveis 960-15
53.3.d Transportar produtos perigosos desacompanhados de autorização ou licença da autoridade competente ou dispor destas ilegíveis 960-16
53.3.d Transportar produtos perigosos desacompanhados de demais declarações exigidas ou dispor destas ilegíveis 960-17
53.3.e Transportar produtos perigosos em veículo cujo condutor ou auxiliar não estejam usando o traje mínimo obrigatório previsto no parágrafo único do art. 26 961-00

AO EXPEDIDOR
Amparo
Legal
Descrição da Infração Código
Res.
3.665/11
54.1.a Expedir produtos perigosos cujo deslocamento rodoviário seja proibido pela ANTT 962-80
54.1.b Expedir produtos perigosos em veículo com características técnicas ou operacionais inadequadas 963-61
54.1.b Expedir produtos perigosos em equipamento de transporte com características técnicas ou operacionais inadequadas 963-62
686 Ordeli Savedra Gomes

Amparo
Legal
Descrição da Infração Código
Res.
3.665/11
54.1.c Expedir produtos perigosos a granel que não constem no CIPP, em desacordo ao art. 7º 964-40
54.1.d Expedir produtos perigosos a granel em veículo que não atenda às disposições do art. 7º e do inciso I do caput do art. 28 965-21
54.1.d Expedir produtos perigosos a granel em equipamento de transporte que não atenda às disposições do art. 7º e do inciso I do caput do art. 28 965-22
54.1.e Expedir produtos perigosos em veículos que não atendam às condições do art. 8º 966-00
54.1.f Expedir, simultaneamente, no mesmo veículo ou equipamento de transporte, diferentes produtos perigosos, em desacordo ao inciso II do art. 12 967-90
54.1.g Expedir produtos perigosos em desacordo ao inciso III do art. 12 968-70
Expedir alimentos, medicamentos ou quaisquer objetos destinados ao uso ou consumo humano ou animal em embalagens que tenham contido produtos perigosos,
54.1.h 969-50
em desacordo ao inciso IV do art. 12
54.1.i Embarcar, simultaneamente, animais e produtos perigosos em veículos ou equipamentos de transporte, em desacordo ao inciso V do art. 12 970-90
Expedir produtos para uso ou consumo humano ou animal em veículo ou equipamento de transporte já utilizados para movimentação de produtos perigosos a
54.1.j 971-70
granel, em desacordo ao art. 9º
54.1.k Não se fazer representar por técnico ou pessoal especializado no local do acidente, quando expressamente convocado pela autoridade competente, em desacordo ao art. 31 972-50
54.1.l Embarcar produtos perigosos em veículo sem fornecer o documento fiscal ou fornecê-lo incorretamente preenchido ou ilegível 973-31
54.1.l Embarcar produtos perigosos em veículo sem fornecer a Declaração do Expedidor ou fornecê-la incorretamente preenchido ou ilegível 973-32
54.1.l Embarcar produtos perigosos em veículo sem fornecer a Ficha de Emergência e o Envelope para transporte ou fornecê-los incorretamente preenchidos ou ilegíveis 973-33
54.1.l Embarcar produtos perigosos em veículo sem fornecer a autorização ou licença da autoridade competente ou fornecê-las incorretamente preenchidas ou ilegíveis 973-34
54.1.l Embarcar produtos perigosos em veículo sem fornecer as demais declarações exigidas ou fornecê-las incorretamente preenchidas ou ilegíveis 973-35
54.1.m Expedir produtos perigosos mal estivados nos veículos ou presos por meios não apropriados, em desacordo ao art. 10 974-10
54.1.n Expedir produtos perigosos em embalagens que não possuam a marcação adequada 975-01
54.1.n Expedir produtos perigosos em embalagens que não possuam a comprovação de sua adequação a programa de avaliação da conformidade da autoridade competente 975-02
54.1.o Expedir produtos perigosos em embalagens que não possuam a identificação relativa aos produtos e seus riscos 976-81
54.1.o Expedir produtos perigosos em embalagens que possuam a identificação relativa aos produtos e seus riscos inadequada aos produtos transportados 976-82
54.1.p Expedir produtos perigosos utilizando cofre de carga que não atenda ao estabelecido no art. 13 977-60
54.1.q Expedir produtos perigosos em embalagens que apresentem sinais de violação 978-41
54.1.q Expedir produtos perigosos em embalagens que apresentem sinais de deterioração ou mau estado de conservação 978-42
54.1.r Efetuar as operações de carga de produtos perigosos em desacordo ao art. 45 979-20
54.2.a Expedir produtos perigosos em veículo ou equipamento de transporte sem a devida sinalização 980-61
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 687

Amparo
Legal
Descrição da Infração Código
Res.
3.665/11
54.2.a Expedir produtos perigosos em veículo ou equipamento de transporte com a sinalização incorreta ou ilegível 980-62
54.2.a Expedir produtos perigosos em veículo ou equipamento de transporte com a sinalização afixada de forma inadequada 980-63
54.2.b Expedir produtos perigosos em veículo desprovido do conjunto de equipamentos para situações de emergência 981-41
54.2.b Expedir produtos perigosos em veículo portando qualquer um dos componentes do equipamento para situações de emergência em condições inadequadas de uso 981-42
54.2.c Expedir produtos perigosos em veículo desprovido dos conjuntos de EPIs necessários 982-21
54.2.c Expedir produtos perigosos em veículo portando qualquer um dos componentes dos EPIs necessários em condições inadequadas de uso 982-22
54.2.d Deixar de dar apoio e prestar os esclarecimentos solicitados pelas autoridades públicas em caso de emergência, acidente ou avaria, em desacordo ao artigo 33 983-00
54.2.e Expedir produtos perigosos em veículo cujo condutor não esteja devidamente habilitado em desacordo ao caput do artigo 22 984-90
54.2.f Expedir produtos perigosos em veículo ou equipamento de transporte em estado inadequado de conservação, limpeza ou descontaminação, em desacordo ao artigo 6º 985-70

AO DESTINATÁRIO
Amparo
Legal
Descrição da Infração Código
Res.
3.665/11
55 Efetuar a operação de descarga de produtos perigosos em desacordo ao art. 45 986-50
688 Ordeli Savedra Gomes

PORTARIA 63, DE 31.03.2009


O Diretor do Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN, no uso das atribuições legais que lhe
confere o art. 19, inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e;
Considerando o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 6º e no art. 7º da Resolução 211/06, do CONTRAN;
Considerando o que consta do Processo 80001.004783/2009-76. RESOLVE:
Art. 1º. Homologar os veículos e as combina- ilustrativos, sob o título “Composições que necessi-
ções de veículos de transporte de carga e de passa- tam Autorização Especial de Trânsito” e sob o subtí-
geiros, constantes do Anexo desta Portaria, com tulo “Caminhão + Reboque”, desde que as suas
seus respectivos limites de comprimento, peso bruto unidades rebocadas tenham sido registradas até 30
total – PBT e peso bruto total combinado – PBTC. dias após a publicação desta Portaria, respeitadas as
Parágrafo único. Os Anexos ilustrativos des- restrições impostas pela autoridade com circunscri-
ta Portaria encontram-se no portal eletrônico do ção sobre a via.
DENATRAN <www.denatran.gov.br/portarias.htm>. Art. 3º. Para a solicitação, análise e conces-
Art. 2º. Excepcionalmente, será concedida são da AET de que trata o artigo anterior, aplicam-se,
AET para as Combinações de Veículos de Carga - no que couberem, os arts. 2º, 3º, 4º e 5º, da Resolu-
CVC do tipo caminhão mais reboque (Romeu e ção CONTRAN 211/06.
Julieta), com peso bruto total combinado de até 57 t Art. 4º. Esta Portaria entra em vigor na data
(cinquenta e sete toneladas) e comprimento superior de sua publicação, ficando revogada a Portaria
a 19,80 m (dezenove metros e oitenta centímetros) e DENATRAN 93, de 1º.10.2008.
inferior ou igual a 25 m (vinte e cinco metros), que Alfredo Peres da Silva
constam das figuras II32 a II44 do quadro dos anexos

ANEXOS (omissis)

PORTARIA 147, DE 02.06.2009


O Diretor do Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN, no uso das atribuições que lhe confere o
art. 19, incs. I e XVI, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, bem como
o que consta no Processo 80001.015394/2009-76. RESOLVE:
Art. 1º. Aprovar as Diretrizes Nacionais da II – numa dimensão conceitual de trânsito
Educação para o Trânsito na Pré-Escola na forma como direito de todas as pessoas e que compreende
estabelecida no Anexo I e as Diretrizes Nacionais da aspectos voltados à segurança, à mobilidade huma-
Educação para o Trânsito no Ensino Fundamental na na, à qualidade de vida e ao universo das relações
forma estabelecida no Anexo II desta Portaria. sociais no espaço público;
Art. 2º. Os Anexos desta Portaria encontram- III – nas propostas pedagógicas das institui-
se disponíveis no sítio eletrônico <www.denatran. ções de Educação Infantil, constantes nas Diretrizes
gov.br>. Curriculares Nacionais para a Educação Infantil;
Art. 3º. Esta Portaria entra em vigor na data IV – numa abordagem que priorize a educação
de sua publicação. para a paz, a partir de exemplos positivos, capazes de
Alfredo Peres da Silva desenvolver esquemas de interação com os outros e
com o meio, oferecendo condições para que as
INTRODUÇÃO crianças aprendam a ser, a estar e a conviver no
Estas diretrizes são destinadas às crianças trânsito;
em fase pré-escolar que, conforme o art. 30, da Lei V – em aprendizagens que favoreçam a aqui-
9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação sição de atitudes seguras no trânsito e reflitam o
Nacional, têm quatro a seis anos de idade. exercício da ética e da cidadania no espaço público;
Nestas diretrizes, você encontrará fundamen- VI – no reconhecimento das crianças como
tos, princípios e procedimentos ancorados: cidadãs cujos direitos devem ser preservados e
I – nas bases legais que orientam: legitimados.
a) os Sistemas de Ensino da Educação Bra- O trabalho de Educação para o Trânsito nas
sileira; pré-escolas proposto neste documento tem como
b) o Sistema Nacional de Trânsito; principais objetivos:
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 689

I – considerar as capacidades afetivas, emo- independência e autonomia, ao respeito à diversida-


cionais, sociais e cognitivas de cada criança, garan- de, à identidade de gênero, à interação, aos jogos e
tindo um ambiente saudável e prazeroso à prática de brincadeiras e aos cuidados pessoais.
experiências educativas relacionadas ao trânsito;
II – favorecer o desenvolvimento de posturas 1. BRINCADEIRAS E TRÂNSITO
e atitudes que visem a segurança individual e coleti- As crianças em fase pré-escolar vivenciam
va para a construção de um espaço público democrá- um momento de ampliação do seu universo de
tico e equitativo; informações. Um importante meio para assimilar as
III – respeitar as diversidades culturais, os di- informações recebidas e de compreender o mundo é
ferentes espaços geográficos e as relações interpes- brincar de faz-de-conta. Ao terem acesso a fantasias,
soais que neles ocorrem; fantoches, cenários e espaços diferenciados (casi-
IV – superar a concepção reducionista de que nha, cidade, sala de maquiagem, biblioteca, brinque-
educação para o trânsito é apenas a preparação do doteca, etc.) as crianças podem vivenciar atividades
futuro condutor; simbólicas importantes para interagirem e demons-
V – criar condições que favoreçam a observa- trarem sentimentos.
ção e a exploração do ambiente, a fim de que as É importante também que a escola possua
crianças percebam-se como agentes transformado- brinquedos de encaixe e outros de diversos materiais
res e valorizem atitudes que contribuam para sua como plástico, tecido, espuma, madeira. Porém, você
preservação; pode pedir às crianças que, num determinado dia,
VI – utilizar diferentes linguagens (artística, tragam um brinquedo de casa. Assim, as crianças
corporal, oral e escrita) e brincadeiras para desenvol- terão a possibilidade de contar porque escolheram
ver atividades relacionadas ao trânsito; trazer aquele brinquedo, como e com quem brincam
VII – proporcionar situações, de forma inte- com ele em casa e qual a proposta que têm para
grada, que contribuam para o desenvolvimento das brincar com o grupo.
capacidades de relação interpessoal, de ser e de Brincar é, sem dúvida, uma experiência en-
estar com os outros e de respeito e segurança no riquecedora tanto para as crianças quanto para
espaço público; você, uma vez que – por meio da observação e de
VIII – envolver a família e a comunidade nas pequenas intervenções, sobretudo em brincadeiras
ações educativas de trânsito desenvolvidas. simbólicas – terão a oportunidade de (re)conhecer
Para que o trabalho relacionado à Educação melhor as diferenças individuais. E o tema trânsito
para o Trânsito seja implementado com êxito na pré- pode despertar uma série de brincadeiras interes-
escola, é importante que você programe ações em santes nas quais as crianças podem, inclusive,
sua proposta pedagógica, inserindo as atividades demonstrar (de maneira simbólica) o comportamen-
sugeridas, assim como outras que sigam a mesma to de mães e pais no trânsito.
linha, levando em conta as fases de desenvolvimento
Sugestões de atividades
das crianças, observando-as e respeitando-as em
suas diferenças individuais. 1.1 Teatro de fantoches
Você pode dispor de vários fantoches (pai,
PRIMEIRA PARTE mãe, irmãos, avô, avó etc.) e de um cenário urbano,
I. ÂMBITO DE FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL por exemplo. O cenário, por si só, mostrará a propos-
De acordo com a legislação educacional vi- ta da brincadeira e fará pressupor papéis. As crianças
gente, o principal objetivo deste âmbito de experiên- devem escolher seus fantoches e você pode propor
cia é desenvolver a identidade ea autonomia das algumas cenas, tais como: a mãe vai levar o filho à
crianças préescolares. Tanto a identidade quanto a escola; o pai foi com a mãe ao cinema; o pai e mãe
autonomia estão intimamente relacionadas aos levaram os filhos para passear.
processos de socialização. Por isso, a pré-escola Por meio do jogo simbólico, ao assumirem
deve ser considerada como espaço de excelência papéis, as crianças se apropriam de elementos da
para que as crianças estabeleçam relações com as realidade e dão a eles novos significados. Por meio
outras crianças e com os adultos. A partir dessas da observação das crianças durante a reprodução
relações será possível reconhecer a diversidade das cenas sugeridas, você poderá perceber e identifi-
existente entre as pessoas: origens socioculturais, car o comportamento da família em determinadas
etnias, religiões, costumes, hábitos e valores. situações no trânsito, pois certamente elas reproduzi-
Neste âmbito de experiência devem ser abor- rão frases ouvidas do diálogo dos adultos, assim
dados conteúdos referentes ao nome, à imagem, à como suas ações.
690 Ordeli Savedra Gomes

No momento do faz-de-conta, saiba o momen- 2.1. A sala de aula


to certo de interferir (ou não). Entretanto, é importan- É importante que as crianças compreendam
te anotar as observações que considere relevantes que a sala de aula é um espaço comum a todos e,
para que em outro momento possa propor atividades portanto, precisa ser cuidado por todos. Assim,
significativas que proporcionem a conversa sobre o proporcione momentos que favoreçam a manifesta-
assunto. ção de opiniões sobre a melhor forma de dispor as
1.2 Brinquedos carteiras e as cadeiras de modo que todos tenham
Miniaturas de carrinhos, motos, caminhões, espaço para se locomover (sem esbarrar no outro).
bicicletas, bonecos e bonecas, posto de gasolina, As malas, mochilas, lancheiras e outros obje-
casinhas, animais, etc. atraem as crianças para tos jogados no chão atrapalham, da mesma forma, a
experimentações lúdicas voltadas ao trânsito. Após locomoção e podem gerar uma queda. Ter um lugar
brincarem livremente com estes brinquedos, propo- adequado para guardar estes objetos é uma boa
nha situações que exijam o cumprimento de determi- solução. As crianças podem decidir qual o melhor
nadas regras, como por exemplo: os carrinhos só lugar para guardá-los.
podem passar depois que os pedestres atravessa- 2.2 A escola
rem; os carrinhos só podem estacionar nos lugares Passear pela escola com as crianças e pedir
permitidos; os pedestres só podem atravessar depois para que observem a limpeza dos banheiros, do pátio,
que olharem para os dois lados da rua, etc. do refeitório ou da cantina é uma atividade importan-
As crianças também podem usar blocos e/ou te. O lixo encontrado no chão deve ser retirado e
peças de encaixe para construir uma cidade e os jogado nas lixeiras. As crianças devem perceber se a
elementos que a compõem. Você pode auxiliar para quantidade de cestos espalhados pela escola é
que lembrem das “coisas” que vêem no caminho de suficiente. Converse sobre os danos causados pelo
casa para a escola, por exemplo, e as reproduzam. lixo jogado no chão. No caso específico do trânsito, o
2. CUIDADOS PESSOAIS E TRÂNSITO lixo jogado nas ruas entope os bueiros, causando
Lavar as mãos antes de comer, dar descarga, enchentes e, consequentemente, impedindo o fluxo
se limpar, descartar o papel higiênico, etc. são normal de pessoas e de veículos.
exemplos de habilidades e de atitudes importantes Durante o passeio pela escola, é possível re-
para serem desenvolvidas com as crianças. Para conhecer pontos críticos. Por exemplo, uma escada
isso, o espaço físico da escola precisa estar limpo e perigosa, um corredor muito estreito que dificultam a
oferecer às crianças condições de higiene. Os brin- passagem, locais onde ocorrem acidentes (quedas)
quedos (escorregador, balanço, gangorra) e demais com frequência. Liste os problemas e, ao chegar à
materiais também devem ser cuidados e mantidos sala, converse com as crianças sobre cada um dos
para evitar acidentes. aspectos observados e peça para que sugiram
A sala de aula é um ambiente especial para soluções para os problemas encontrados.
encorajar novas habilidades como, por exemplo, Os passeios pela escola devem ser feitos re-
alcançar materiais. Entretanto, medidas de segurança gularmente. A cada dia, um aspecto poderá ser eleito
devem ser tomadas, a fim de evitar situações de para observação. Assim, as crianças terão a oportu-
risco. Segurança, portanto, é a palavra-chave para nidade de verdadeiramente conhecer sua escola,
desenvolver atividades de trânsito, com crianças pré- estabelecendo uma relação de cuidado e de afetivi-
escolares, sobretudo, neste conteúdo. dade para com aquele espaço.
Converse com as crianças sobre situações de Sempre que puder, durante a conversa com
risco, sobre acidentes que ocorrem nestas situações; as crianças, associe o espaço da escola à cidade
onde, quando e por que ocorreram e, especialmente, onde vivem. Quando estiverem conversando sobre o
o que podem fazer juntos para evitar que aconteçam lixo, por exemplo, estenda a conversa para o lixo que
novamente. Conversas neste sentido são fundamen- é jogado nas ruas da cidade e analise, com as crian-
tais para construir atitudes de respeito, cuidado e ças, as consequências decorrentes disso. Chame a
proteção com sua segurança e a segurança dos atenção para o fato de que atirar do veículo ou
outros. abandonar na via objetos ou substâncias é uma
As atividades devem sempre estar voltadas infração e pode resultar em multa (Artigo 172 do
ao diálogo, à análise e à reflexão, favorecendo a Código de Trânsito Brasileiro).
exposição de pensamentos, sentimentos, idéias e 2.3 Ir junto
emoções das crianças, além de suas experiências em As crianças utilizam diferentes meios de lo-
relação ao trânsito. comoção para chegar à escola: automóvel, ônibus
Sugestões de atividades condução escolar, barco, etc. Será que tomam os
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 691

cuidados necessários à sua segurança quando estão O ambiente pré-escolar deve promover brin-
no interior desses veículos? E quem vem para a cadeiras capazes de ampliar habilidades no plano
escola a pé? Quais cuidados devem ser tomados? motor. Empinar pipas, jogar bolinhas de gude, pular
Este assunto pode ser explorado ao máximo, pois faz amarelinha, dançar, jogar bola entre outras atividades
parte do cotidiano das crianças e, certamente, terão precisam ser promovidas com a finalidade de favore-
repertório suficiente para debater a questão. cer conquistas na área motora e precisão de movi-
Converse com as crianças sobre a importân- mentos. Mas é sempre bom lembrar que cada crian-
cia da utilização do cinto de segurança de veículos, ça possui uma história de vida e, por isso, demons-
mesmo no banco traseiro; explique que apenas trará diferentes níveis de dificuldade ao praticar
crianças com mais de dez anos podem sentar no atividades motoras. Cabe a você perceber tais
banco da frente. Crianças devem ser conduzidas em diferenças e procurar fazer com que cada criança
cadeirinhas (até os 4 anos) e em assentos de eleva- encontre seu equilíbrio pessoal e descubra suas
ção (dos 4 aos 7 anos), conforme legislação vigente. possibilidades de crescimento motor.
Nas conduções escolares, o cinto também deve ser Por outro lado, as práticas culturais ofereci-
usado. Quem vem para a escola de transporte coleti- das no meio em que cada criança vive também
vo deve tomar cuidados da mesma forma. favorecem o desenvolvimento de capacidades
As crianças que vêm a pé devem estar acom- motoras, assim como suas experiências relacionadas
panhadas de um adulto e ser conduzidas pelo pulso ao trânsito. Se a criança vive em uma casa cheia de
(para não ter a oportunidade de se soltarem das mãos árvores, certamente terá maior habilidade para subir
do responsável). Você pode questionar sobre os em árvores do que aquela que mora em um aparta-
cuidados que os pedestres precisam tomar ao transitar mento e não tem contato com essa experiência. Se a
nas vias públicas: não se soltar dos adultos, andar criança vive em uma grande cidade, certamente terá
longe do meio fio, atravessar na faixa (quando houver) impressões sobre o trânsito e vivências motoras
ou em linha reta até a outra calçada, olhar sempre para diferentes daquela que vive no campo ou em uma
os dois lados, entre outras regras de segurança. pequena cidade.
Peça para que as crianças que vêm a pé para Sugestões de atividades
a escola ensinem algumas normas de segurança 1.1 Recorte, colagem, pintura
àquelas que vêm de automóvel e vice-versa. Esta é Por meio do recorte e da colagem, as crianças
uma boa atividade de troca de experiências e de desenvolvem suas habilidades motoras mais sofisti-
conhecimentos. A partir daí, será possível criar cadas. E quando o assunto é trânsito, figuras em
regras de locomoção, elaborar cartazes com figuras jornais e revistas serão encontradas com facilidade.
que mostrem comportamentos adequados no trânsi- Assim, é possível pedir às crianças que procurem
to, fazer folhetos para serem distribuídos às mães, figuras de meios de locomoção (automóveis, cami-
aos pais e aos alunos de outras turmas. nhões, motocicletas, bicicletas, navios, barcos,
aviões, etc.) para produzirem um painel.
SEGUNDA PARTE É fundamental conversar sobre as figuras:
II. ÂMBITO DE CONHECIMENTO DE MUNDO perguntar, por exemplo, quem já viajou de avião ou
Neste âmbito, os objetivos principais estão quem já passeou de barco e qual o comportamento
relacionados à construção de diferentes linguagens e adequado no interior desses veículos.
às relações estabelecidas com os objetos de conhe- Você também pode separar – em revistas e
cimento. O domínio de diferentes linguagens propicia- jornais – imagens associadas ao trânsito e contorná-
rá à criança sua interação com o meio, seu interesse las com figuras geométricas para que as crianças
pela cultura e por novos conhecimentos, enriquecen- recortem na linha demarcada para montar um painel
do suas condições de inserção na sociedade. e conversar sobre o assunto.
A partir dos eixos de trabalho selecionados Além do recorte e da colagem, as crianças
para este âmbito será possível realizar diversas podem fazer pinturas com carvão, com tinta guache
atividades relacionadas ao tema trânsito. ou outra, desenhando elementos relacionados ao
1. MOVIMENTO E TRÂNSITO trânsito. É importante salientar que pintar (com lápis
Crianças em idade pré-escolar já possuem um de cor ou lápis cera) figuras já desenhadas não é a
repertório motor mais sofisticado para realizar atos melhor maneira para estimular idéias. As crianças
que exigem a coordenação de diversos segmentos são capazes de expressar-se por meio de seus
motores e o ajuste a objetos específicos, como próprios desenhos e pinturas.
recortar, colar, encaixar peças, etc.
692 Ordeli Savedra Gomes

1.2 “Cidade” no pátio peça para que as crianças coloquem o barquinho


Para construir uma pequena cidade no pátio para observá-lo flutuar. Aproveite a oportunidade para
da escola, não é necessário o uso de muitos elemen- falar sobre as hidrovias, que são vias líquidas (rios,
tos. Pintar no chão uma faixa para a travessia de mares, lagos, etc.) usadas para os transportes e as
pedestres e colocar um semáforo (que pode ser feito comunicações, além dos cuidados para se locomover
com uma caixa de papelão presa em um cabo de em um barco.
vassoura, fixado em uma lata com areia) é suficiente A partir de imagens, vídeos, brincadeiras e
para criar várias brincadeiras motoras. As crianças outros recursos pedagógicos interativos, as crianças
podem brincar de atravessar na faixa, conforme a luz serão capazes de construir conhecimentos sobre os
do semáforo. diferentes meios de locomoção e de desenvolver
É fundamental ressaltar que você deve dispo- posturas e atitudes seguras.
nibilizar diversos materiais (papéis, giz, caixas de 2. MÚSICA E TRÂNSITO
papelão, pedrinhas, etc.), propor a atividade e deixar Brincar, dançar e cantar com as crianças é
com que as crianças reproduzam a “cidade” confor- muito importante. O canto integra melodia, ritmo e
me sua visão. Neste momento, terá a oportunidade harmonia, desenvolvendo a audição. Ao cantarem, as
de observar o desenvolvimento espacial, de localiza- crianças têm condições de adquirir um variado
ção e de orientação de cada criança, assim como as repertório de informações que, mais tarde, será
interações sociais estabelecidas para realizar inter- usado em sua comunicação.
venções que provoquem reflexões e que orientem Entretanto, a seleção das músicas deve ser
práticas seguras no trânsito. bastante cautelosa. Músicas que exijam esforço
As crianças também podem realizar percursos vocal e textos muito longos e complicados, assim
dentro da escola. Por exemplo: peça para que três como gestos excessivos, comprometem essa ativi-
crianças realizem o percurso do pátio à biblioteca, da dade. Por isso, dê preferência a canções do cancio-
biblioteca à sala de aula, da sala de aula ao pátio. neiro popular infantil e músicas populares brasileiras.
Ao retornarem, pergunte por onde passaram; A escuta musical também faz parte desse conteúdo.
quem chegou antes e quem chegou depois; por que Assim, devem ser apresentadas às crianças obras
chegou antes e por que chegou depois, etc. Oriente musicais de diferentes gêneros, estilos, épocas e
as crianças para que tomem cuidado durante o culturas para que iniciem seus conhecimentos sobre
percurso: não correr, não atrapalhar as outras tur- a produção musical.
mas. Procure associar esta atividade à locomoção Os jogos e brinquedos musicais da cultura in-
das pessoas na cidade onde vivem. fantil incluem os acalantos (cantigas de ninar); as
1.3 Carros, trens, barcos e outros meios de parlendas (os brincos, as mnemônicas e as parlendas
locomoção propriamente ditas); as rondas (canções de roda); as
Você pode propor às crianças a confecção de adivinhas; os contos; os romances, etc. Os jogos
carrinhos, caminhões e outros meios de locomoção sonoro-musicais favorecem, da mesma forma, a
utilizando cartolina ou papelão (em tamanho reduzi- vivência dos sons, o silêncio e a música.
do). Assim, será possível simular situações do Na área de educação para o trânsito podem ser
trânsito urbano. Durante a brincadeira, converse encontradas algumas canções, geralmente paródias,
sobre questões de segurança e sobre a importância compostas com a finalidade de transmitir regras de
do convívio social no trânsito, baseado na coopera- trânsito. É fundamental que você ouça as canções
ção e no respeito mútuo. antes de apresentá-las às crianças e atente para seu
Uma fila de crianças pode virar um trem. Bas- conteúdo e para a mensagem transmitida, pois nem
ta que cada um segure no ombro do colega da frente. sempre as letras refletem valores éticos e de cidadania
Peça às crianças para não se soltarem e para traça- e trazem conceitos corretos sobre trânsito.
rem um determinado percurso. Então, converse sobre Sugestões de atividades
a diferença entre um veículo ferroviário e um veículo 2.1 Diferentes sons
rodoviário. Mostre figuras e conte histórias sobre a O apito do trem, o apito do navio, o ronco do
rede ferroviária brasileira. Trace comparações entre o avião, a buzina do automóvel, o apito do agente da
uso de rodovias e de ferrovias no Brasil. autoridade de trânsito são alguns exemplos de
Muitas pessoas em nosso país também se lo- características sonoras possíveis de serem transfor-
comovem de barco. Para desenvolver habilidades madas em um jogo sonoro-musical. É possível obter
motoras mais sofisticadas, proponha dobraduras de gravações com estes sons e pedir para que as
papel. A dobradura de um barquinho é simples. crianças os identifiquem. Elas também podem repro-
Depois, pegue uma bacia bem grande com água e duzir sons a partir de imagens apresentadas.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 693

2.2 Os sons do agente de trânsito Que eu já dava por perdido,


Quando precisam emitir uma mensagem, os Deixando rastro na areia,
agentes de trânsito utilizam um apito. As diferentes Foi logo reconhecido.
maneiras de apitar transmitem diferentes mensa- Montei um cavalo escuro,
gens: Trabalhei logo de espora,
• um silvo breve: siga!; Gritei a certa gente
• dois silvos breves: pare! Que meu Boi se vai embora
• um silvo longo: diminua a marcha! (Cantiga típica do folclore gaúcho)
A partir dos sons emitidos pelo agente de PEGUEI UM ITA NO NORTE
trânsito, você pode criar uma brincadeira. Basta que Peguei um Ita no Norte Pra vir Pro Rio morar
cada criança tenha um apito (bem simples, de plásti- Adeus, meu pai, minha mãe
co) para começar a brincar no pátio da escola.
Adeus, Belém do Pará
Além disso, o reconhecimento e a utilização
expressiva das diferentes características geradas Ai, ai
pelo silêncio e pelos sons: altura (grave e agudo), Ai, ai
duração (curtos e longos), intensidade (fracos e Adeus, Belém do Pará.
fortes) e timbre (característica que distingue cada (Trecho da música de Dorival Caymi)
som) são conteúdos que devem ser tratados com Estas são apenas algumas canções que po-
crianças pré-escolares quando o assunto é música e dem ser cantadas com as crianças para desenvolver
que podem ser, perfeitamente, associados ao tema atividades voltadas ao tema trânsito. Elas falam
trânsito. sobre diferentes lugares, diferentes meios de loco-
2.3 Cantar SE ESTA RUA moção.
Se esta rua, Se esta rua fosse minha, Eu Além de cantar, converse sobre as canções e
mandava, Eu mandava ladrilhar, Com pedrinhas Com proponha a elaboração de desenhos sobre elas. Peça
pedrinhas de diamantes,Só pra ver,Só pra ver meu para que as crianças reproduzam o apito do trem, o
bem passar. mugido do boi (Barroso), o relinchar do cavalo panga-
BOM BARQUEIRO ré. Explique onde ficam os lugares citados nas
Bom barqueiro, Bom barqueiro, Me deixa canções: Pernambuco, Rio de Janeiro, Belém do Pará.
passar, Passar. Converse também sobre o trabalho do maqui-
Tenho filho pequenino nista do trem, do barqueiro, do vaquejador. Encontre
Pra acabar de criar, figuras ou apresente vídeos que possam retratar os
temas das canções, criando possibilidades para inserir
De criar. o tema trânsito de forma agradável e prazerosa.
(Cantiga do folclore de SC e PR) 3. ARTE E TRÂNSITO
TREM DE FERRO
Livros de arte, revistas, visitas a exposições e a
O trem de ferro museus, filmes, peças de teatro, contato com artistas,
Quando sai de Pernambuco por meio de suas obras, são atividades fundamentais
Vem fazendo fuco-fuco para suscitar nas crianças o interesse e o gosto pela
Até chegar no Ceará. arte. O prazer despertado por estas atividades, certa-
Rebola, bola mente, será gerador do processo de criação.
Você diz que dá, que dá, Para que a criança produza arte é essencial
Você diz que dá na bola, que conheça e compreenda a diversidade da produ-
Na bola você não dá. ção artística; utilize diferentes materiais para serem
BOI BARROSO manipulados e transformados; desenvolva suas
próprias leituras a partir do que vê; realize produções
Eu mandei fazer um laço artísticas individuais e coletivas, conversando sobre
De couro de jacaré os trabalhos elaborados; valorize e respeite a ação
Pra laçar o Boi Barroso artística.
No cavalo pangaré Muitas obras artísticas podem ser relaciona-
Meu Boi Barroso, meu Boi Pitanga, das ao trânsito.
O teu lugar, ai, é lá na canga. Sugestões de atividades
Adeus menina, que eu vou me embora, 3.1 Comparando ontem e hoje
Não sou daqui, ai, sou lá de fora. Mostre às crianças obras de Johann Moritz
Meu bonito Boi Barroso Rugendas (1802-1858), Nicolas-Antoine Taunay (1755-
694 Ordeli Savedra Gomes

-1830), Jean Baptiste Debret (1768-1848) e de outros exatamente o que a criança quer dizer, procure
artistas que retrataram o Brasil do século XIX. auxiliá-la sem causar-lhe constrangimentos. Repita
Conte a história desses homens que vieram as palavras corretamente para que a criança possa
da Europa para pintar as cenas das ruas, das festas, assimilar o modo certo. Reconheça o esforço que a
das fazendas e de diversos outros lugares brasileiros, criança faz para compreender o que ouve e expres-
pois não existia máquina fotográfica. sar-se de modo coerente.
As crianças ficarão interessadas ao verem as Você também deve favorecer práticas de es-
imagens retratadas por Debret. Você pode contar crita. Nesta fase, as crianças precisam conviver em
histórias sobre as liteiras, também chamadas de um ambiente alfabetizado. Elas já são capazes de
serpentinas e cadeiras de arruar e mostrar que essas identificar o seu próprio nome e o nome de alguns
cadeiras levavam as mulheres e eram carregadas por objetos. Entretanto, o mais importante é, mais uma
dois escravos (parelhas ou andas). Essa é uma boa vez, reconhecer o esforço da criança e dar legitimida-
oportunidade para falar sobre o desrespeito aos de e significação às suas escritas iniciais, uma vez
negros ao longo de nossa história. A carruagem e o que possuem intenção comunicativa.
carro de boi eram, igualmente, meios de locomoção. Sugestões de atividades
Ainda é possível ver carroças e alguns poucos carros 4.1 Contar histórias
de boi no Brasil. É de fundamental importância que você co-
Procure figuras que retratem o transitar das nheça o conteúdo da história que vai contar, as
pessoas nos dias atuais e incentive a descrição oral relações entre as personagens, as inverdades que
sobre as diferenças entre elas. Os barcos retratados pode conter, os preconceitos que pode transmitir,
por Taunay, em 1829, são bem diferentes dos barcos uma vez que depois da história contada, não dá mais
que encontramos atualmente, por exemplo. para voltar atrás. Além disso, simplesmente ler uma
3.2 Museu de arte do trânsito história (sem ritmo e entonação) não vai motivar a
Apresente obras de arte contemporânea de atenção e despertar a admiração e o interesse das
artistas brasileiros que remetam ao tema trânsito. crianças.
Muitas outras obras (inclusive aquelas que retratam o Sendo assim, depois de escolher um bom tex-
Brasil do século XIX) podem ser ampliadas e utiliza- to e de bem contá-lo, converse com as crianças
das para compor o acervo do museu de arte do sobre o que ouviram. Provoque, instigue, pergunte.
trânsito. No entanto, as obras mais importantes serão Proponha atividades que incentivem o desenho, a
as produções das crianças. música, a brincadeira, o teatro e, por que não, o
Incentive as crianças a pintar suas obras de (re)contar histórias. As crianças podem reproduzir a
arte, retratando o transitar das pessoas em diferentes história ouvida ou contar outra história para os
tempos e espaços, utilizando materiais simples, colegas.
como papel pardo e tinta guache colorida, por exem- O mercado editorial possui diversos livros de
plo. Programe com as crianças a inauguração do literatura infantil com qualidade e que abordam o
museu com a presença de mães e pais, da comuni- tema trânsito diretamente. Outros livros, porém,
dade, dos alunos das outras turmas, dos professores trazem assuntos que podem ser, perfeitamente,
e de funcionários não docentes da escola. Mude o associados ao trânsito. Neste caso, conte as histó-
acervo sempre que possível para novas visitações. rias e converse sobre as situações apresentadas nas
4. LINGUAGEM ORAL E ESCRITA E TRÂNSITO histórias. Você também pode pedir para que as
Contar vivências, manifestar idéias, ouvir as crianças comentem o que ouviram, manifestem suas
outras pessoas, elaborar e responder perguntas, opiniões sobre determinado personagem ou situação
manifestar interesse pela leitura e pela escrita, ou, então, recontem a história ouvida.
escolher livros para ler e para apreciar são apenas As crianças também podem e devem contar
algumas das capacidades que devem ser incentiva- histórias. Para tanto, proponha situações formais
das para o desenvolvimento das linguagens oral e para que as crianças possam ser ouvidas pelas
escrita. Nesta área, falar e escutar são palavras- demais e contem uma determinada história relacio-
chaves. nada ao trânsito.
Por isso, você precisa escutar e dar atenção à 4.2 Sequência lógica
fala das crianças, aos seus gestos e às suas demais Comece a contar uma pequena história, como
ações expressivas. Escutá-las sempre, orientando-as por exemplo: Maria adora andar a pé pelo bairro onde
a escutar o outro e promovendo atividades capazes mora. As ruas são bem tranquilas e estreitas. Elas
de incentivar sua fala. Quando não compreender não são asfaltadas. São cobertas por pedras que se
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 695

chamam paralelepípedos. Então, quando um carro significado das palavras e crie situações que gerem
passa, faz mais barulho porque não está rodando no debates sobre o trânsito.
asfalto lisinho. Um dia Maria estava caminhando, A partir do trava-língua sugerido acima, você
quando ouviu um barulho muito forte. Ela levou um pode conversar com as crianças sobre a pavimenta-
susto quando viu... ção da rua onde moram: a rua é asfaltada?; tem
Então, peça para que uma criança continue a paralelepípedos?; é de terra?, etc. Pode trazer à tona
história do ponto em que parou. Cada criança deve questões relacionadas ao trânsito de veículos e de
ter, aproximadamente, trinta segundos para contar pedestres em diferentes tipos de pavimentos. Ruas
sua parte. É importante limitar o tempo para que com paralelepípedos são mais escorregadias, tanto
todas possam falar, dando continuidade à história. Os para os veículos quanto para os pedestres; é preciso
resultados são sempre surpreendentes. tomar cuidados. Também é possível falar sobre a
4.3 Histórias com figuras importância de vias bem pavimentadas (sem bura-
Selecione figuras (de jornais ou de revistas) cos) e de calçadas bem conservadas. A calçada em
com uma imagem que remeta ao tema trânsito: frente à escola está bem conservada? Os pedestres
bicicleta, motocicleta, caminhão, burro, carroça, podem transitar por ela sem medo de cair? Por que é
barco, trem, estrada, pedestres, motoristas, carrocei- necessário conservar as calçadas? Quem pode
ros, etc. e cole-as, separadamente, em uma cartolina transitar pelas calçadas?
ou papel cartão. Como é possível perceber, trânsito é um tema
Escolha, junto com a turma, uma criança para abrangente e o mais importante: faz parte da vida
ser a narradora e uma para ser a apresentadora. A cotidiana das crianças e, portanto, há repertório para
partir daí, a apresentadora mostrará a primeira figura a troca de experiências tanto em momentos formais
à narradora que deverá iniciar uma história que quanto informais.
contenha o nome do objeto mostrado. No desenrolar 5. NATUREZA E SOCIEDADE E TRÂNSITO
da narrativa, a apresentadora continuará mostrando Para trabalhar com este eixo, programe situa-
imagens e a contadora de história deverá incluí-las, ções que favoreçam a compreensão dos diferentes
rapidamente, em seu enredo. modos de vida das pessoas, assim como dos diferen-
4.4 Jogos verbais tes lugares e paisagens. Além disso, conteúdos
O conhecimento e a reprodução de jogos ver- relacionados aos objetos e sua transformação, aos
bais como trava-línguas, parlendas, adivinhas, qua- seres vivos e aos fenômenos da natureza também
drinhas e poemas são muito importantes para o devem ser abordados.
desenvolvimento da linguagem oral. Há, portanto, inúmeras possibilidades de de-
Alguns jogos podem criados por você para senvolver atividades relacionadas ao trânsito neste
desenvolver ações educativas sobre eixo. Afinal, a forma com que as pessoas se locomo-
o trânsito, tais como: vem (transitam) está diretamente relacionada ao
Adivinhas lugar onde vivem.
O tema trânsito também favorece a realização
• Quem é, quem é que anda a pé? (o pedestre);
de experiências, nas quais as crianças podem agir
• Quem é, quem é que pedala uma bicicleta?
sobre objetos com a finalidade de testar hipóteses e
(o ciclista);
de resolver problemas. As experiências têm como
• Quando estamos em pé ele está deitado, se principal função ampliar o conhecimento das crianças
estamos deitados ele está em pé? (o pé); sobre determinados fenômenos naturais e fazer com
• O que é, o que é: tem pé redondo, anda, que os relacionem à sua maneira de ver o mundo.
anda e só faz dois rastros compridos? (o carro) Sugestões de atividades
Trava-língua 5.1 Diferentes paisagens, diferentes lugares,
Disseram que na minha rua tem paralelepípe- diferentes modos de vida
do feito de paralelogramos. Apresente às crianças imagens, vídeos, figu-
Seis paralelogramos tem um paralelepípedo. ras de revistas e jornais, livros que apresentem
Mil paralelepípedos tem uma paralelepípedovia. diferentes paisagens. A partir daí, incentive a troca
Uma paralelepípedovia tem mil paralelogramos. de idéias e de opiniões, por meio de questionamen-
Então uma paralelepípedovia é uma paralelo- tos: onde fica este lugar?; quem está dentro desse
gramolândia? barco (ou desse carro, ou desse caminhão, etc.)?; o
Durante ou após os jogos verbais converse que esta pessoa vai fazer?; como é a vida dessa
com as crianças sobre o seu conteúdo, sobre o
696 Ordeli Savedra Gomes

pessoa?; onde ela mora?; o que ela come?; essa 6. MATEMÁTICA E TRÂNSITO
pessoa leva uma vida diferente da sua?; etc. São muitos os conteúdos a serem trabalhados
Trabalhe com questões do ir e vir das pessoas neste eixo: números e sistema de numeração, conta-
que moram em comunidades ribeirinhas, por exem- gem, notação e escrita numéricas, operações, gran-
plo, e explique como é a forma de vida dessas pes- dezas e medidas, espaço e forma.
soas, qual o meio de locomoção que as crianças Quando o conteúdo é espaço e forma, é pos-
dessas comunidades utilizam para ir à escola. Con- sível desenvolver uma série de atividades voltadas ao
verse sobre as diferenças existentes entre a vida dos tema trânsito, pois as crianças exploram o espaço ao
seus alunos e a vida dessas crianças. seu redor e, progressivamente, por meio da percep-
Diferentes imagens suscitarão diferentes ção e da maior coordenação de movimentos, organi-
questões que podem ser analisadas sob a ótica do zam mentalmente seus deslocamentos. Aos poucos,
transitar humano. Incentive as crianças a manifesta- também antecipam seus deslocamentos, podendo
representá-los por meio de desenhos, estabelecendo
rem suas opiniões e, quando possível, interfira
relações de contorno e vizinhança.
apresentando informações importantes para subsidiar
a conversa e trazer novos conhecimentos. Após As relações espaciais nos deslocamentos po-
dem ser trabalhadas a partir da observação de pontos
terem debatido determinado assunto, você pode
de referência que as crianças adotam, a sua noção
dividir a turma em dois grupos para um trabalho
de distância, de tempo, etc. É possível, por exemplo,
coletivo e propor, por exemplo, a montagem de um
pedir para as crianças descreverem suas experiên-
painel com recortes de figuras com elementos cias em deslocar-se diariamente de casa à escola.
pertinentes ao espaço urbano e outro com elementos
Nesse sentido, o trabalho com trânsito pode
que remetam ao espaço rural.
envolver a identificação de pontos de referência para
Neste momento, reforce a idéia de que transi- que as crianças se situem e se desloquem no espa-
tar é um direito de todas as pessoas, independente- ço. Você também pode desenvolver atividades
mente do lugar onde vivem ou do meio de locomoção relacionadas à descrição e à representação de
que utilizam. pequenos percursos e trajetos, levando em conta
5.2 Experiências (conhecimento científico) pontos de referência.
As atividades pré-escolares podem se alicer- Sugestões de atividades
çar na experimentação (relacionada à idéia de en- 6.1 Passeios
saio). A possibilidade de fazerem e refazerem uma Sair das dependências da escola exige cuida-
experiência: manipulando diferentes objetos, orali- dos. Por isso, a cada passeio programado (idas ao
zando pensamentos, estabelecendo relações sociais teatro, visitas a museus, etc.) você poderá prever ações
favorece novas possibilidades formativas, rumo a relacionadas ao trânsito: como comportar-se no interior
uma maior autonomia. do veículo em que serão transportados; ao descer da
Para desenvolver experiências relacionadas condução formar fila, não correr para a rua, etc.
ao trânsito, você pode utilizar uma folha de papel Proponha às crianças a observação do trajeto
alumínio para construir barcos e colocá-los em realizado para que na volta possam traçá-lo em um
recipiente com água para dar noção de densidade e rolo de papel pardo. Pergunte o que viram no cami-
empuxo, por exemplo. nho, se passaram por ruas largas ou estreitas, quais
Utilizando bolinhas, carrinhos e pêndulos é os pontos de referência observados. Trace compara-
possível simular choques e colisões, dando a idéia de ções entre os pontos de referência observados
movimento e impulso. Para demonstrar a mesma durante o passeio com aqueles que existem perto da
casa dos alunos.
idéia, pode ser realizada uma experiência com um
carrinho (montado com blocos, por exemplo) e um 6.2 Tangran
boneco sentado. Ao movimentar o carrinho contra O tangran é um quebra-cabeça de origem chi-
outro objeto, o boneco será arremessado. No entan- nesa que causou sensação no século XIX. Com ele as
to, se o boneco estiver preso ao carrinho (com um crianças podem montar uma infinidade de figuras.
elástico) não acontecerá o mesmo. Associe a experi- Fazer o tangran é simples. Basta recortar um quadra-
do de cartolina com 15 cm de lado, marcar as linhas
ência ao trânsito no interior dos veículos, conversan-
e recortar as diferentes peças (conforme figura
do sobre a importância do cinto de segurança em
abaixo). Quando tiver as sete peças, chamadas tans,
todos os bancos, assim como dos equipamentos de proponha combinações para criar figuras. Uma regra
retenção para as crianças (bebê conforto, cadeirinha, é importante: as sete peças sempre precisam ser
assento de elevação). usadas para compor as figuras.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 697

As crianças podem montar barquinhos, pes- faixas de travessia), pedir sempre a companhia de
soas, casas, navios e outros elementos. Junto com as um adulto (o adulto deve segurar a criança pelo
crianças, cole as figuras criadas para formar o painel de pulso), não andar nas beiradas da calçada, usar
uma cidade, por exemplo. As peças podem ter tama- roupas claras e colar na mochila adesivo com materi-
nhos variados. Existem também tangrans disponíveis al reflexivo para melhor ser visto.
para serem impressos e recortados pelas crianças. • Como ser transportado no interior dos di-
6.3 Do maior para o menor versos tipos de veículos (a importância do cinto de
Para que as crianças se relacionem com a segurança e dos equipamentos de retenção conforme
matemática, é necessário que façam todas as rela- legislação vigente, embarque e desembarque).
ções possíveis entre os objetos: é igual, é diferente, é • Cuidados ao brincar fora de casa: procurar
maior, é menor, etc. Por isso, proporcione situações local cercado, pedir sempre a companhia de um
que levem as crianças à construção de todas as adulto, não correr atrás de bolas e de outros brinque-
relações possíveis entre os objetos: agrupá-los por dos ou de cachorros.
semelhanças; fazer classificações simples e em • Comportamentos adequados no interior do
série; comparar tamanhos: maior, menor, igual etc. transporte escolar: usar cinto, não colocar braços
O § 2º, do inc. XII, do art. 29, do Código de para fora da janela, respeitar o motorista.
Trânsito Brasileiro dispõe que respeitadas as normas • Cuidados ao andar de bicicleta: usar capa-
de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, cete, roupas claras e sapatos fechados, andar apenas
em ordem decrescente, os veículos de maior porte em locais apropriados e pedir sempre a companhia
serão sempre responsáveis pela segurança dos de um adulto.
menores, os motorizados pelos não motorizados e, 2. IDENTIFICAÇÃO DE SITUAÇÕES DE RISCO
juntos, pela incolumidade dos pedestres. DE ACIDENTES DE TRÂNSITO EM AMBIENTES
Este parágrafo pode ser traduzido para as cri- PRÓXIMOS
anças por meio de jogos com diferentes meios de • Situações que podem ocorrer caso as cri-
locomoção (de brinquedo ou imagens): um caminhão, anças brinquem ou parem em entradas de garagem,
um ônibus, uma van, uma caminhonete, um automó- quintais sem cerca, estacionamentos de veículos.
vel, uma motocicleta, uma bicicleta, uma pessoa. Ao • Locais seguros para andar de bicicleta são
pedir para que as crianças coloquem os brinque- ciclovias ou ciclofaixas, parques e praças, sempre na
dos/imagens em ordem decrescente, converse sobre companhia de um adulto. Crianças devem identificar
a importância do respeito aos pedestres, uma vez os riscos de andar de bicicleta em sacadas ou perto
que todos os veículos juntos são responsáveis pela de piscinas.
sua segurança. • Situações de risco onde não haja calçada,
sinalização, passarela, acostamento ou demais locais
TERCEIRA PARTE para andar e/ou atravessar.
III. CONTEÚDOS RELACIONADOS AO TRÂNSITO • Locais com grande volume de tráfego, mui-
Diante das atividades sugeridas é possível tos veículos estacionados, vias com limites altos de
perceber que o trânsito pode fazer parte da prática velocidade estabelecidos, ausência de uma rodovia
educativa cotidiana pré-escolar. Entretanto, por se dividida e poucos dispositivos de segurança para
tratar de um assunto específico, faz-se necessária a pedestres, como passarelas e lombadas eletrônicas,
enumeração de alguns conteúdos que possam servir são fatores que aumentam a probabilidade de atrope-
de referência para seu trabalho. lamentos.
Os conteúdos da pré-escola devem abranger, IV. ORIENTAÇÕES GERAIS
para além de fatos, conceitos e princípios, também Se você quiser obter mais informações sobre
os conhecimentos relacionados a procedimentos, trânsito para compartilhar com as crianças é impor-
atitudes, valores e normas como objetos de aprendi- tante estar sempre atualizado. Atualmente há diver-
zagem. A explicitação dos conteúdos relacionados ao sos sites, livros e outros recursos direcionados ao
trânsito, a seguir enumerados, aponta para a neces- tema.
sidade de se trabalhar de forma intencional e integra- Entretanto, além da informação, você deve
da aos demais conteúdos constantes na proposta considerar a educação para o trânsito em sua propos-
pedagógica da instituição de ensino. ta pedagógica e atentar a alguns aspectos importan-
1. PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE PREVEN- tes reiterados a seguir:
ÇÃO DE ACIDENTES DE TRÂNSITO E AUTOCUIDADO
• o trabalho com o tema trânsito deve ser
• Como atravessar uma rua e andar em cal- concebido como forma de desenvolver atitudes e
çadas: atentar para a sinalização (cores do semáforo,
698 Ordeli Savedra Gomes

valores pautados no respeito, na cooperação, na III -no reconhecimento do trânsito como tema
solidariedade, entre outros fundamentais à vida em de urgência social, de abrangência nacional, que
sociedade; apresenta possibilidade de ensino e aprendizagem e
• o trabalho com o trânsito não deve se limi- que favorece a compreensão da realidade e a partici-
tar ao espaço da sala de aula, sendo necessário pação social;
explorar ambientes externos que propiciem a loco- IV -no conjunto de valores que regulam nosso
moção das crianças. Atividades como andar pela sistema de convivência e que envolvem
escola, observar o trânsito em frente à escola, o pensar e o agir de cada pessoa, respeitando
realizar passeios, são imprescindíveis para motivar sua liberdade;
debates a partir das situações observadas; V -nas fases de desenvolvimento do aluno e
• o trânsito deve ser tema trabalhado siste- nas características específicas de cada etapa de
mática e continuamente, pois realizar atividades ensino.
sobre o assunto apenas em momentos estanques ou VI -nas diversidades culturais, nos diferentes
em datas comemorativas não são suficientes para a espaços geográficos e nas relações que neles ocor-
construção de uma nova cultura de paz; rem, nas características regionais e locais da socie-
• as crianças devem ter acesso a recursos dade, da economia e da clientela.
diversificados: textos literários, imagens, vídeos, A inclusão do trânsito como tema transversal
músicas, obras de arte, enfim, tudo aquilo que tem como objetivos:
incentive as atividades sobre o tema; I -priorizar a educação para a paz a partir de
• o trânsito não deve ser abordado de modo exemplos positivos que reflitam o exercício da ética e
negativo, como um problema insolúvel. As crianças da cidadania no espaço público;
precisam compreender que ao adotarem comporta- II -desenvolver posturas e atitudes para a
mentos seguros, baseados no respeito mútuo e na construção de um espaço público democrático e
cooperação, é possível conviver de forma saudável equitativo, por meio do trabalho sistemático e contí-
no espaço público; nuo, durante toda a escolaridade, favorecendo o
• o tema trânsito não se restringe à aprendizagem de aprofundamento de questões relacionadas ao tema
regras e normas de circulação e conduta, devendo trânsito;
servir de objeto a questões voltadas ao meio ambien- III -superar o enfoque reducionista de que
te, ao patrimônio histórico, às diferenças sociais, ações educativas voltadas ao tema trânsito sejam
econômicas e culturais da população; apenas para preparar o futuro condutor;
• ao implementar a educação para o trânsito IV -envolver a família e a comunidade nas
em sua proposta pedagógica, você deve compreen- ações educativas de trânsito desenvolvidas;
der a dimensão conceitual expressa na palavra VI -contribuir para mudança do quadro de vio-
trânsito, a fim de possa criar e propor atividades lência no trânsito brasileiro que hoje se apresenta;
significativas que visem a adoção de comportamen- VII -criar condições que favoreçam a observa-
tos voltados ao bem comum no espaço público. ção e a exploração da cidade, a fim de que os alunos
percebam-se como agentes transformadores do
INTRODUÇÃO espaço onde vivem.
Estas Diretrizes Nacionais da Educação para o Para que o tema trânsito possa ser implemen-
Trânsito no Ensino Fundamental são referências e tado com êxito no Ensino Fundamental é muito
orientações pedagógicas para a inclusão do trânsito importante adotar procedimentos, considerando:
como tema transversal às áreas curriculares e anco- I -o planejamento de atividades que promo-
ram-se nos seguintes fundamentos: vam a análise, o debate e a reflexão sobre diferentes
I -nas bases legais que orientam: situações relacionadas ao transitar humano;
a) os Sistemas de Ensino da Educação Bra- II -o uso do ambiente real de circulação (a ci-
sileira; dade) como principal recurso educativo para o
b) o Sistema Nacional de Trânsito; exercício da cidadania no trânsito;
II -na dimensão conceitual de trânsito como III -a produção e a socialização de conheci-
direito de todas as pessoas e que compreende mentos relacionados ao tema a partir do incentivo à
aspectos voltados à segurança, à mobilidade huma- pesquisa, à leitura e à escrita, à criatividade, à troca
na, à qualidade de vida e ao universo das relações de idéias e de experiências;
sociais no espaço público; IV -a promoção do envolvimento da família e
da comunidade em atividades voltadas ao tema;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 699

V -a execução de ações e a utilização de re- do o Ministério da Saúde, cerca de 6 mil crianças até
cursos educativos que expressem as concepções 14 anos morrem e 140 mil são hospitalizadas anual-
adotadas nesta publicação. mente no país, representando R$ 63 milhões gastos na
É importante salientar que este documento rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
vem ao encontro dos Parâmetros Curriculares Nacio- O Estudo de Mortalidade e Hospitalização por
nais do Ensino Fundamental (PCN) ao explicitarem Acidentes com Crianças até 14 anos, coordenado
que de acordo com a realidade de cada lugar, as pela ONG Criança Segura, divulgado em 2007, revela
escolas podem eleger, se quiserem – além dos temas que dentre os acidentes com crianças de até 14
transversais estabelecidos – temas locais para serem anos, o trânsito é responsável por 40% das mortes,
trabalhados. como pode ser observado no quadro a seguir:
(...) Tomando-se como exemplo o caso do Tipo de acidente Total de mortes 0 a 14 anos
trânsito, vê-se que, embora esse seja um problema 2005 2004 2003
que atinge uma parcela significativa da população, é Acidentes de trânsito 2.364 (40,7%) 2.427
um tema que ganha significado principalmente nos (41,1%) 2.446 (41%)
centros urbanos, onde o trânsito tem sido fonte de Afogamento 1.496 (25,7%) 1.533 (26%)
intrincadas questões de natureza extremamente 1.527 (25%)
diversa. Pense-se, por exemplo, no direito ao trans- Sufocação 806 (13,9%) 791 (13,4%) 771
porte associado à qualidade de vida e à qualidade do (13%)
meio ambiente; ou o desrespeito às regras de trânsito
e a segurança de motoristas e pedestres (o trânsito Queimaduras 367 (6,3%) 387 (6,6%) 420
brasileiro é um dos que, no mundo, causa maior (7%)
número de mortes). Assim, visto de forma ampla, o Outros 317 (5,5%) 329 (5,6%) 367 (6%)
tema trânsito remete à reflexão sobre as característi- Quedas 310 (5,3%) 292 (4,9%) 289 (5%)
cas de modos de vida e relações sociais. Intoxicações (envenenamento) 108 (1,9%)
Parâmetros Curriculares Nacionais: apresen- 109 (1,8%) 121 (2%)
tação dos temas transversais, ética. Secretaria de Armas de fogo 40 (0,7%) 34 (0,6%) 52 (1%)
Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. p.35. Total 5.808 5902 5993
Além disso, ao publicar estas diretrizes, o DENA- DATASUS – Ministério da Saúde 2003/2004
TRAN acata sugestão do Conselho Nacional de Educa- Acidentes ocorridos em meio terrestre, excluin-
ção, emitida por meio do Parecer CNE/CEB n. 22/2004, do-se os meios aéreos, aquáticos e não identificados.
de 05 de agosto de 2004, homologado no Diário Oficial Importante salientar que das 2.364 crianças
da União em 04 de fevereiro de 2005 firmando que: mortas em acidentes de trânsito em 2005, 1.109
As instituições de ensino brasileiras devem eram pedestres, vítimas de atropelamentos.
considerar, na definição de seus projetos pedagógi- Os números relativos a 2005, expressos aci-
cos, a busca de comportamentos adequados no ma, denunciam a morte de, aproximadamente, 7
trânsito. (...) crianças por dia em acidentes de trânsito no Brasil,
A fim de facilitar a propagação da idéia suge- excluindo aquelas hospitalizadas e com sequelas
re-se ao DENATRAN que envide esforços no sentido temporárias ou permanentes.
de produzir material de apoio para que as escolas Estudo recente realizado pelo Departamento
possam utilizá-lo nos seus projetos de educação para
Nacional de Trânsito (DENATRAN) também aponta
o trânsito.
para a preocupante realidade dos acidentes de
Sendo assim, a inserção do trânsito como trânsito envolvendo crianças. Entre 2000 e 2007,
tema transversal às áreas curriculares é um impor- considerando os acidentes nos quais houve identifi-
tante desafio lançado aos educadores brasileiros para cação da idade das vítimas, 187.600 mil crianças, de
que seja possível a construção de um espaço público 0 a 12 anos, sofreram acidentes de trânsito, sendo
mais justo, mais humano e cidadão.
que 8.029 morreram.
1. IMPORTÂNCIA DO TEMA
Os números apresentados demonstram a ne-
De acordo com dados da Organização Mundial cessidade e a urgência da adoção de medidas, sobre-
da Saúde (OMS, 2005), 1 milhão de crianças entre 0 tudo educacionais, capazes de reverter esta situação
e 14 anos morrem em decorrência de acidentes
que, conforme o Ministério da Saúde, pode ser configu-
todos os anos ao redor do mundo e cerca de 50
rada como uma séria questão de saúde pública.
milhões ficam com sequelas permanentes.
Diante disso, a inclusão do trânsito como te-
No Brasil, os acidentes representam a principal
ma transversal às áreas curriculares torna-se impres-
causa de morte de crianças entre 0 e 14 anos. Segun-
cindível, pois o trabalho permanente nas escolas
700 Ordeli Savedra Gomes

provocará, indubitavelmente, mudanças de atitudes do conhecimento (disciplinas). O currículo está


que contribuirão para garantir a segurança das expresso em princípios e metas que devem nortear o
crianças no espaço público. projeto pedagógico da escola.
2. TRANSVERSALIDADE Em seu projeto pedagógico, a escola deve
A transversalidade refere-se à ação pedagógi- programar o que ensinar em cada área do conheci-
ca que se propõe a trabalhar com temas, considera- mento (conteúdos), mas deve se comprometer,
dos relevantes, cujos conteúdos – sobretudo atitudi- também, com o desenvolvimento de capacidades que
nais – podem estar relacionados a todas as discipli- possibilitem ao aluno intervir em sua realidade para
nas. Portanto, um tema transversal não é uma disci- transformá-la.
plina. Ele transpassa as disciplinas, tendo como Por isso, para que o trânsito seja inserido no
principais objetivos potencializar valores, fomentar currículo escolar, é indispensável que seja concebido e
comportamentos e desenvolver posturas e atitudes tratado com a finalidade de assegurar o direito de ir e
frente à realidade social. vir: a pé, de automóvel, de bicicleta, de caminhão, de
Os PCN esclarecem a proposta de transversa- barco, de trem ou com qualquer outro meio de trans-
lidade quando explanam sua diferença em relação à porte.
interdisciplinaridade: A compreensão do trânsito como parte da vida
cotidiana de todas as pessoas; sua necessidade de
A interdisciplinaridade questiona a segmenta-
locomoção no espaço, de comunicação com o espaço e,
ção entre os diferentes campos de conhecimento
sobretudo de convívio social no espaço público, favore-
produzida por uma abordagem que não leva em conta
cerá o trabalho educativo com foco em atividades nas
a inter-relação e a influência entre eles – questiona a
quais os alunos assimilem com clareza que os conflitos
visão compartimentada (disciplinar) da realidade
no trânsito só podem ser minimizados quando valores,
sobre a qual a escola, tal como é conhecida, histori-
posturas e atitudes estiverem voltados ao bem comum.
camente se constituiu. Refere-se, portanto, a uma
relação entre disciplinas. A escola, como espaço determinante à apreen-
são, à compreensão, à análise e à reflexão da reali-
A transversalidade diz respeito à possibilidade
dade torna possível a ação dos alunos como sujeitos
de se estabelecer, na prática educativa, uma relação
históricos, pois não há democracia sem participação.
entre aprender na realidade e da realidade de conhe-
E, para viver em uma sociedade verdadeiramente
cimentos teoricamente sistematizados (aprender sobre
democrática é necessário exigir os direitos conquis-
a realidade) e as questões da vida real (aprender na
tados; conhecer e respeitar as leis; agir com cons-
realidade e da realidade).
ciência e responsabilidade e acompanhar as trans-
Sendo assim, os temas transversais têm por formações do mundo, num processo de aprendiza-
objetivo trazer à tona, em sala de aula, questões gem permanente.
sociais que possibilitem a construção da democracia
A inserção do tema trânsito no currículo es-
e da cidadania.
colar requer, portanto, ações educativas permanen-
É importante esclarecer que os temas transver- tes que transcendam a aprendizagem de regras,
sais não são novas áreas ou disciplinas. Eles devem normas e leis de trânsito. É possível ensinar a uma
ser incorporados ao projeto pedagógico das escolas, criança como atravessar uma via de forma segura.
por isso têm caráter de transversalidade, sendo parte Entretanto, além deste ensinamento, podem ser
integrante das áreas e não algo estanque. criadas situações que mostrem como ajudar uma
Os temas transversais entram no ensino das pessoa portadora de deficiência a atravessar a via,
áreas para serem refletidos e analisados a partir de um por exemplo. Logo, a inserção do tema trânsito nas
trabalho compartilhado entre alunos e professores. áreas curriculares deve ir além de ensinar o que
O trânsito, compreendido de modo abrangen- fazer; deve ensinar como ser. Trabalhar em favor de
te, pode ser inserido de forma transversal em todas uma educação para a vida, que contribua para o
as disciplinas, pois se trata de um tema inerente à desenvolvimento das pessoas em sua socialização
realidade de todas as pessoas, em todos os tempos, no espaço público é o grande desafio e o compro-
em todos os lugares. misso a ser assumido pelos professores do Ensino
3. TRÂNSITO E CURRÍCULO Fundamental.
A palavra currículo pode ser entendida como 4. OBJETIVOS GERAIS DO TEMA TRÂNSITO
o conjunto das disciplinas escolares ou, ainda, como NO ENSINO FUNDAMENTAL
a exposição dos conteúdos a serem trabalhados em A inclusão do tema trânsito no currículo das
cada disciplina. Porém, a concepção do termo currí- instituições de Ensino Fundamental deve ser organi-
culo, na educação brasileira atual, vai além da sim- zada de forma a possibilitar ao aluno:
ples enumeração dos conteúdos referentes às áreas
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 701

I - conhecer a cidade onde vive, tendo oportu- Nesse sentido, os conteúdos apresentados a
nidade de observá-la e de vivenciá-la; seguir respeitarão a orientação do MEC no que diz
II - conhecer seus direitos e cumprir seus de- respeito à organização do Ensino Fundamental.
veres ao ocupar diferentes posições no trânsito: É importante salientar, também, que tais con-
pedestre, passageiro, ciclista; teúdos estão referenciados no princípio da prevalên-
III - pensar e agir em favor do bem comum no cia dos direitos humanos, um dos princípios estabe-
espaço público; lecidos na Constituição Brasileira, bem como no
IV - manifestar opiniões, idéias, sentimentos e Código de Trânsito Brasileiro.
emoções a partir de experiências pessoais no trânsito; Os conteúdos foram reunidos em seis blocos
V - analisar fatos relacionados ao trânsito, gerais, explicitados adiante, e selecionados com base
considerando preceitos da legislação vigente e nos seguintes critérios:
segundo seu próprio juízo de valor; • a possibilidade de inclusão do tema trânsito
VI - identificar as diferentes formas de deslo- no ensino dos conteúdos das áreas de conhecimento
camento humano, desconstruindo a cultura da escolar;
supervalorização do automóvel; • a necessidade do ensino e da aprendizagem
VII - compreender o trânsito como variável de conceitos, procedimentos, valores e atitudes
que intervém em questões ambientais e na qualidade como forma de reverter o quadro de violência eviden-
de vida de todas as pessoas, em todos os lugares; ciado no trânsito brasileiro;
VIII - reconhecer a importância da prevenção e • a importância da análise e da reflexão acerca
do autocuidado no trânsito para a preservação da vida; do tema trânsito como forma de preservação da vida.
IX - adotar, no dia-a-dia, atitudes de respeito 5.1 Conteúdos para os anos iniciais (1º ao 5º
às normas de trânsito e às pessoas, buscando sua anos)
plena integração ao espaço público; 5.1.1 Os lugares
X - conhecer diferentes linguagens (textual, Este bloco tem a função de promover situa-
visual, matemática, artística etc.) relacionadas ao ções que levem à observação, à exploração, à análi-
trânsito; se, ao debate e à produção de conhecimentos sobre
XI - criar soluções de compromisso para in- os lugares onde os alunos vivem e que fazem parte
tervir na realidade. de seu cotidiano: a casa, a escola, a rua de casa, a
5. CONTEÚDOS rua da escola, o bairro, o entorno.
A Lei 11.274, aprovada em fevereiro de 2006, Para trabalhar com este bloco foram eleitos
institui o ensino fundamental de nove anos de duração os seguintes conteúdos:
com a inclusão das crianças de seis anos de idade. • os diferentes tipos de moradia em função
A implementação do ensino fundamental de de condições climáticas, culturais, sociais,
nove anos tem dois objetivos principais: oferecer econômicas; as regras da casa; a organização
maiores oportunidades de aprendizagem no período do espaço físico; a forma de
da escolarização obrigatória e assegurar que, ingres- locomoção das famílias;
sando mais cedo no sistema de ensino, as crianças • a organização da sala de aula; os locais apro-
prossigam nos estudos, alcançando maior nível de priados para a realização de diferentes tipos de ativida-
escolaridade. des; as regras da escola; as regras da sala; a preserva-
A nova organização do Ensino Fundamental ção do espaço físico da escola, do seu mobiliário e de
deverá incluir dois elementos: os nove anos de todo o seu patrimônio; os pontos críticos da escola
trabalho escolar e a nova idade que integra esse (locais onde podem ocorrer acidentes e quedas); as
ensino. características do entorno da escola e do bairro onde
Para garantir uma nomenclatura comum às se localiza; os problemas no trânsito enfrentados
múltiplas possibilidades de organização desse nível de durante
ensino (séries, ciclos, outros – conforme Artigo 23 da o período de entrada e saída dos alunos;
Lei n. 9.394/96), o Ministério da Educação (MEC) • as características do trânsito em áreas rurais
sugere que o Ensino Fundamental seja assim mencio- próximas a estradas e rodovias; em bairros comerciais,
nado: residenciais e industriais; as diferentes atividades
ENSINO FUNDAMENTAL exercidas nos bairros e sua relação com o trânsito de
ANOS INICIAIS ANOS FINAIS pedestres e de veículos; a história do bairro onde se
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano 5º ano 6º ano localiza a escola; as transformações ocorridas na paisa-
7º ano 8º ano 9º ano gem natural;
702 Ordeli Savedra Gomes

5.1.2 A cidade • as diferentes formas de locomoção em dife-


Este bloco parte da cidade compreendida como rentes paisagens e regiões brasileiras;
lugar onde se pode praticar a vida, sendo o ponto de • as dificuldades de locomoção enfrentadas
partida e o principal recurso educativo para trabalhar por pessoas com deficiências físicas, motoras e
com questões relacionadas ao tema trânsito. sensoriais;
Os seguintes conteúdos podem ser abordados • a diferença entre o automóvel utilizado co-
neste bloco: mo meio de locomoção e como bem de consumo
• os aspectos da paisagem da cidade em re- e/ou símbolo de status social;
lação à cultura, ao lazer, às atividades comerciais, • a importância do direito ao transporte público
industriais, financeiras; de qualidade e da prática do transporte solidário.
• a história da cidade e as transformações da 5.2 Conteúdos para os anos finais (6º ao 9º
paisagem natural; anos)
• a influência do trânsito em aspectos ambien- 5.2.1 As linguagens do trânsito
tais e sua relação com a qualidade de vida dos habitan- A intenção deste bloco é explorar as diferen-
tes; tes linguagens utilizadas no trânsito, percebendo-as
• a importância de uma cidade acessível a como forma objetiva de traduzir mensagens funda-
todas as pessoas: guias rebaixadas, elevadores em mentais à locomoção segura das pessoas no espaço
pontos de ônibus (plataforma de elevação vertical), público.
vagas para estacionamento de veículos de pessoas No trânsito é possível encontrar, basicamente,
com deficiência física, pisos especiais para pessoas três tipos de linguagem: a visual, baseada em ícones
com deficiência visual; a necessidade de adaptação e (figuras e imagens); a sonora, em sons emitidos pelo
adequação das construções arquitetônicas para agente de trânsito, pelas buzinas dos veículos; e a
possibilitar o acesso de todas as pessoas; gestual, em gestos dos agentes de trânsito, de condu-
• a planta da cidade para a identificação de tores, pedestres, ciclistas, motociclistas e demais
vias paralelas, vias transversais, vias preferenciais, usuários das vias públicas. São estas linguagens que
pontos referenciais, localização de endereços; possibilitam a comunicação com o espaço público e no
• o transporte público: condições, itinerários, espaço público. Se as pessoas não decodificarem as
quantidade para atender a demanda de deslocamento mensagens transmitidas por meio das linguagens
da população; utilizadas no trânsito, causarão situações de conflito e
• locais apropriados para lazer, caminhadas, acidentes.
andar de bicicleta (ciclovias, ciclofaixas); Os conteúdos definidos para este bloco são:
• condições das calçadas e das vias da cida- • a sinalização de trânsito e sua importância
de para o trânsito seguro de pedestres e de veículos. para assegurar a locomoção de todas as pessoas
5.1.3 O direito de ir e vir (motorizadas ou não): sinalização horizontal, sinaliza-
Este bloco pretende oferecer elementos que ção vertical, dispositivos de sinalização auxiliar,
suscitem o debate sobre a necessidade e o direito luminosos, sonoros, gestos do agente de trânsito, do
que todas as pessoas têm de locomover-se com condutor e do pedestre;
segurança no espaço público, bem como sobre a • sinais e gestos do ciclista para transitar em
importância de conhecer e de respeitar as regras e as vias públicas;
normas sociais e legais que regem tal direito. • avanços tecnológicos dos dispositivos de
Para este bloco foram eleitos os seguintes fiscalização auxiliar: radares, fotossenssores, lomba-
conteúdos: das eletrônicas;
• as diferentes posições ocupadas pelos alu- • consequências ocasionadas ao meio ambi-
nos do ensino fundamental no trânsito (pedestre, ente em função da poluição sonora e visual dos
passageiro, ciclista); centros urbanos.
• as características das vias abertas à circu- Os conteúdos deste bloco, especialmente
lação urbana, conforme sua utilização e a compreen- aqueles relacionados à sinalização, devem ter como
são das regras para a locomoção segura em cada objetivo promover a análise e a compreensão das
uma delas (via de trânsito rápido, via arterial, via mensagens transmitidas. Compreender, neste caso,
coletora, via local); não significa repetir, memorizar ou, simplesmente,
• as diferentes formas de locomoção no decorrer obedecer aos sinais de trânsito, mas descobrir suas
dos tempos, evolução histórica dos meios de transporte; razões pelo entendimento progressivo, a partir de
vivências e de recursos educativos atraentes que
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 703

incentivem a pesquisa, a observação e o estudo sobre previsíveis, ou seja, podem ser evitados a partir da
o assunto. adoção de comportamentos seguros.
Assim, os conteúdos partirão do universo cul- Com a finalidade de orientar os alunos à ado-
tural dos alunos que, confrontado com o conhecimen- ção de valores, posturas e atitudes seguras no
to formal, promoverá uma nova leitura da realidade, trânsito, para este bloco foram selecionados os
refletindo em mudança de atitude frente ao trânsito. seguintes conteúdos:
5.2.2 Segurança no trânsito • segurança de pedestres: locais seguros pa-
Todos os conteúdos enumerados até o mo- ra atravessar vias; roupas claras para melhor ser
mento envolvem, direta ou indiretamente, a palavra- visto, uso de adesivos reflexivos em mochilas; regras
chave do trânsito: segurança. para transitar em calçadas; cuidados com locais de
Na acepção da palavra, segurança é a quali- risco (saídas de garagens, estacionamentos); impor-
dade ou condição do que é seguro, livre de risco. tância de ver e ser visto;
Sendo assim, os veículos devem ser seguros, as vias • segurança de passageiros: respeito às re-
devem ser seguras, as calçadas devem ser seguras, gras e às normas para transitar no interior de veículos
enfim o espaço público deve ser seguro, ou seja, livre (automóvel, transporte escolar, transporte coletivo) e
de risco para todas as pessoas. Garantir a segurança como passageiros em motocicletas, conforme a
neste espaço é tarefa dos órgãos públicos. idade das crianças; a importância do uso do cinto e
De acordo com o § 2º do art. 1º do CTB: demais equipamentos de segurança;
O trânsito, em condições seguras, é um direi- • segurança de ciclistas: acessórios de segu-
to de todos e dever dos órgãos e entidades compo- rança para os ciclistas (capacete, cotoveleira, luvas,
nentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes sapatos fechados, roupas claras); equipamentos de
cabendo, no âmbito das respectivas competências, segurança para as bicicletas (sinalização noturna
adotar medidas a assegurar este direito. dianteira, nos pedais, nas laterais e traseira da
Já o art. 72 dispõe que: bicicleta, espelho retrovisor do lado esquerdo e
campainha); cuidados com a bicicleta (pneus, freios);
Todo o cidadão ou entidade civil tem o direito
de solicitar, por escrito, aos órgãos e entidades do os casos em que o ciclista deve desmontar da
Sistema Nacional de Trânsito, sinalização, fiscaliza- bicicleta para transitar como pedestre; os perigos de
ção e implantação de equipamentos de segurança, pegar carona na traseira de ônibus ou caminhões;
bem como sugerir alterações em normas, legislação • órgãos e entidades do Sistema Nacional de
e outros assuntos pertinentes a este Código. Trânsito (SNT): a importância de conhecer as compe-
Como é possível constatar, de acordo com a tências estabelecidas para cada órgão e entidade que
lei, todas as pessoas podem e devem exigir o direito compõe o SNT, descritas no CTB.
de transitar com segurança. 5.2.3 Convivência social no trânsito
Entretanto, há aquelas que, em vez de recla- Como já mencionado, nenhuma atitude no trân-
marem por medidas de segurança, adotam compor- sito pode ser concebida sob o ponto de vista individual,
tamentos de risco: desrespeitam a sinalização, pois todas as pessoas se locomovem num espaço
dirigem em alta velocidade, não utilizam equipamen- público, ou seja, num espaço que pertence a toda a
tos de segurança obrigatórios, bebem e dirigem, coletividade. Neste espaço de relacionamento interpes-
entre tantas outras atitudes que deveriam ser repudi- soal podem ser criadas situações harmoniosas ou de
adas pela sociedade, mas tornaramse tão recorrentes conflito.
que, muitas vezes, são banalizadas. De acordo com o autor Eduardo Vasconcellos
Por isso, neste bloco é fundamental que os existem dois tipos de conflito no trânsito: físico e político.
alunos compreendam que nenhuma atitude no O conflito físico, mais aparente no trânsito, é
trânsito pode ser considerada sob o ponto vista caracterizado pela disputa do espaço: quando um
individual, uma vez que a adoção de comportamentos pedestre quer atravessar a via no meio dos veículos
de risco expõe, também, a vida de outras pessoas. ou quando dois veículos se aproximam ao mesmo
Portanto, a prática de ações livres de risco tempo de um cruzamento. O conflito político reflete o
(ações seguras) é o princípio básico para impedir a interesse pessoal no trânsito, de acordo com as
ocorrência de acidentes no trânsito. No caso do posições ocupadas em um determinado momento:
trânsito, o significado da palavra acidente, como quando a pessoa é pedestre, exige que os veículos
acontecimento casual, fortuito e imprevisto, perde o parem para lhe dar passagem, mas quando dirige um
sentido, pois os acidentes de trânsito são, em regra, veículo, reclama dos pedestres e não dá passagem.
704 Ordeli Savedra Gomes

É importante ressaltar que a posição das pes- alheios, como também expressa idéias, pensamentos e
soas no trânsito muda constantemente. Isso possibilita intenções de diversas naturezas. Desse modo, a
o entendimento que não existem pedestres, conduto- linguagem verbal é capaz de influenciar o outro e de
res ou passageiros como seres imutáveis. Vem daí, a estabelecer relações interpessoais anteriormente
importância de desenvolver atividades nas quais os inexistentes.
alunos assumam diferentes posições e compreendam Para desenvolver a oralidade, a escola deve
que os conflitos no trânsito só podem ser minimizados criar situações que gerem o debate, provocando a
quando suas atitudes, independentemente da posição manifestação de idéias, pensamentos, sentimentos,
ocupada, estiverem voltadas ao bem comum. opiniões, julgamentos. No caso do trânsito, uma
Assim sendo, este bloco deve enfatizar con- gama de assuntos pode ser trazida a debate: ques-
teúdos que suscitem análises, reflexões e debates tões relacionadas ao comportamento de pedestres,
sobre o comportamento das pessoas no trânsito, não condutores, ciclistas, motociclistas; consequências
para sentenciar culpas, mas para favorecer aprendi- do uso de álcool no trânsito; importância das rela-
zagens que possam ser refletidas por meio de atitu- ções estabelecidas no espaço público; necessidade
des éticas e de cidadania. de uso de equipamentos de segurança, etc.
Os conteúdos eleitos para este bloco são: O ensino da língua não pode estar limitado a
• respeito ao espaço público e ao patrimônio um tipo de texto. É fundamental que os alunos
cultural; tenham acesso às diferentes formas de expressão
• educação no trânsito: dar a vez; ceder o lu- escrita, coletadas em diversas fontes: livros, jornais,
gar; ajudar as pessoas; evitar conflitos; revistas, panfletos, folhetos, dicionários, enciclopé-
• consequências do uso de bebida alcoólica e dias, guias, gibis, etc. O trânsito pode ser trabalhado,
de substâncias psicoativas tanto para condutores especialmente, a partir da leitura, análise e interpre-
quanto para pedestres; tação de textos jornalísticos, pois é bastante comum
• o estudo da interdependência entre trânsito encontrar nos jornais matérias sobre o assunto. No
e violência; entanto, folhetos educativos, livros paradidáticos e
de literatura, crônicas, quadrinhos, entre tantos
• a reflexão sobre menores ao volante;
outros recursos podem suscitar debates e reflexões.
• a análise das causas dos acidentes de
Os alunos também devem ser incentivados a
trânsito;
produzir textos: registrar por escrito as observações do
• a responsabilidade dos condutores de veí- trânsito de sua cidade, elaborando descrições subjeti-
culos em relação aos pedestres; vas, propiciando a sequencialização das imagens
• a análise de casos reais relacionados a aci- visuais no processo da escrita. A produção de panfle-
dentes e brigas no trânsito, divulgados pela mídia. tos, de cartazes e de outros materiais de trânsito,
6. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS também promove a criatividade escrita: criar slogans
A partir de uma visão abrangente acerca do ou frases sobre os conhecimentos adquiridos estimula
tema, o trânsito pode ser inserido em todas as áreas a troca de idéias entre o grupo. Distribuir as produções
curriculares, conforme exemplos explicitados a realizadas aos demais alunos da escola e à comunida-
seguir. de é uma forma de estabelecer relações sociais.
6.1 Trânsito na Língua Portuguesa 6.2 Trânsito na Matemática
O estudo da Língua Portuguesa deve criar De acordo com os PCN:
condições para que os alunos sejam capazes de ler, Um currículo de Matemática deve procurar
interpretar e produzir a língua, de modo a compreen- contribuir, de um lado, para a valorização da pluralidade
derem e serem compreendidos. O domínio da língua sociocultural, impedindo o processo de submissão no
está diretamente relacionado à participação social, confronto com outras culturas; de outro, criar condi-
pois é por meio dela que as pessoas se comunicam, ções para que o aluno transcenda um modo de vida
têm acesso às informações, expressam e defendem restrito a um determinado espaço social e se torne
pontos de vista, partilham ou constroem visões de ativo na transformação de seu ambiente. A compreen-
mundo, produzem conhecimento. são e a tomada de decisões diante de questões políti-
A linguagem verbal possibilita a representação cas e sociais também dependem da leitura e interpre-
da realidade física e social e, desde o momento em que tação de informações complexas, muitas vezes contra-
é aprendida, conserva um vínculo muito estreito com o ditórias, que incluem dados estatísticos e índices
pensamento. Não se trata apenas da representação e divulgados pelos meios de comunicação. Ou seja, para
da regulação do pensamento e da ação, próprios e exercer a cidadania, é necessário saber calcular, medir,
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 705

raciocinar, argumentar, tratar informações estatistica- análise dos aspectos sociais envolvidos neste pro-
mente, etc. cesso histórico: meio de transporte como necessida-
Esta abordagem faz pensar na Matemática co- de e como bem de consumo.
mo instrumento indissociável da vida cotidiana de Estabelecer relações entre os antigos e o atual
todas as pessoas: comprar, pagar, receber. Por isso, a Código de Trânsito Brasileiro, contextualizando-os com
importância de ser explorada por meio de diferentes o momento social e político em que foram aprovados é,
linguagens matemáticas: gráficos, tabelas, esquemas. também, uma forma de inserir o tema nesta área
O trânsito pode ser inserido na Matemática a curricular. Para abordar os conteúdos, o a utilização de
partir de dados numéricos, representados em tabelas imagens (fotos, desenhos, figuras), de vídeos, de livros
ou gráficos, relacionados à frota veicular, ao número e demais fontes visuais é importante, uma vez que são
de acidentes, ao número de vítimas fatais e não- recursos indispensáveis para a compreensão dos
fatais, à densidade demográfica, à extensão territori- diferentes cenários que se apresentaram no decorrer
al, entre outros indicadores. dos tempos.
Estudar e debater sobre o número de aciden- A História oferece inúmeras possibilidades de
tes; estabelecer relações entre o aumento populacio- incluir o tema trânsito ao abordar seus conteúdos,
nal e o aumento da frota veicular; pesquisar as pois seu objetivo maior deve reforçar a visão de que
causas das mortes em acidentes de trânsito; identifi- são os homens e as mulheres os sujeitos históricos
car a faixa etária das vítimas do trânsito; identificar responsáveis pela construção da realidade.
os veículos que mais se envolvem em acidentes, 6.4 Trânsito na Geografia
entre outras atividades, produzirá aprendizagens Atualmente, a Geografia ocupa lugar de desta-
significativas sobre o tema. A elaboração e o levan- que na escola, sendo reconhecida como a ciência do
tamento de dados também podem sugerir a constru- espaço. Compreendendo que o espaço geográfico não
ção de gráficos, de tabelas, de esquemas, incenti- se limita aos aspectos visíveis nas paisagens, o estudo
vando a produção de linguagens matemáticas. da Geografia transcende ao nível das aparências e
A resolução de problemas também pode partir mergulha nas manifestações físicas das sociedades
de situações ocorridas no trânsito. Assim, os alunos que se desenvolvem nas diferentes paisagens.
poderão calcular valores atribuídos a multas, pontua- É possível afirmar que é a dinâmica social que
ções referentes às infrações cometidas, etc. determina as características das paisagens que são
Entretanto, o mais importante é analisar e re- observadas e não o contrário. Isto porque as neces-
fletir os dados coletados e as informações obtidas, sidades das pessoas não são sempre as mesmas em
oportunizando o debate e a manifestação de opiniões todos os lugares e em todos os tempos. E, depen-
a respeito do tema, pois não basta apenas calcular dendo de suas necessidades, as pessoas constroem,
índices, produzir gráficos e tabelas ou, ainda, efetuar por meio de seu trabalho, os lugares. O trabalho
operações matemáticas, sem emitir julgamentos humano, nos diversos momentos históricos, é o fator
sobre as situações abordadas em sala de aula. determinante da diferença entre as paisagens e da
6.3 Trânsito na História construção do espaço geográfico.
A História deve promover o estudo das obras O enfoque da Geografia recai, portanto, sobre
humanas, do presente e do passado, a fim de que os as ações das pessoas (individuais ou coletivas) no
alunos desenvolvam noções de diferença e seme- espaço e no tempo e as consequências destas ações
lhança, de continuidade e permanência, no tempo e tanto para si próprio quanto para a sociedade.
no espaço, para a formação de sua identidade social. Assim compreendida, a Geografia tem grande
É o saber histórico, acumulado durante muitas compatibilidade com o tema Trânsito, pois por meio
gerações, que propicia a produção de novos saberes, do estudo do espaço geográfico e de suas paisagens,
transformando e definindo o presente. torna-se analisar o fenômeno da urbanização e,
O trânsito, compreendido como processo his- consequentemente, a problemática que envolve o
tórico, pode ser trabalhado como objeto de conheci- trânsito, por exemplo. Além disso, o trânsito está
mento em diversos conteúdos. Reconstruir a história estreitamente relacionado ao espaço da produção
da cidade, a partir de pesquisas com pessoas mais industrial (bens de produção, bens de consumo),
velhas da comunidade, de fotos, de visitas a museus importante aspecto a ser estudado.
pode ser uma atividade interessante para estabelecer Por isso, o tema trânsito pode ser inserido a
relações entre o trânsito do passado e do presente. partir da análise de textos, imagens, filmes e outros
A pesquisa sobre a evolução dos meios de recursos educativos que promovam a descrição
transporte e de transporte coletivo conduzirá à (verbal ou escrita) de diferentes paisagens; o debate
706 Ordeli Savedra Gomes

sobre as possíveis relações existentes entre diferen- Por isso, os jogos, a dança, a ginástica e os es-
tes lugares, com diferentes paisagens; a pesquisa portes devem ser tratados como instrumentos de comu-
sobre migrações internas e sua relação com o trânsi- nicação, expressão, lazer e cultura para que os alunos
to; as relações sociais que se estabelecem no espaço reconheçam e explorem novas possibilidades corporais.
público de diferentes lugares. Esta área desempenha papel importante no de-
6.5 Trânsito nas Ciências Naturais senvolvimento mental das crianças e por isso não
O estudo da natureza e do ser humano; do ser precisa, necessariamente, restringir-se a exercícios
humano transformando a natureza; da natureza físicos. Por meio de atividades lúdicas e outras estra-
transformando as ações humanas; da relação entre a tégias que viabilizem a representação corporal, os
ciência e a tecnologia; entre a ciência e a sociedade. professores terão possibilidade de conhecer com maior
São estes os principais eixos condutores às Ciências profundidade e descobrir as necessidades de seus
Naturais que têm como palavras-chaves: ambiente, alunos.
pessoa, tecnologia. As aulas de Educação Física devem promo-
A inclusão do tema trânsito nas Ciências Natu- ver, também, a participação integral de todos os
rais propiciará pesquisas, análises, debates e produções alunos nas atividades propostas para que sejam
relacionadas a questões ambientais: poluição atmosféri- capazes de superar seus próprios limites, sem com-
ca provocada pelos veículos automotores, poluição petições negativas ou conflitos com o grupo.
sonora existente nos centros urbanos, poluição visual O tema trânsito pode ser inserido nas aulas de
provocada pela imensa quantidade de anúncios, outdo- Educação Física com a finalidade de trabalhar laterali-
ors, pichações espalhadas pelas cidades. O que os dade e espaço, imprescindíveis à locomoção. Podem
governos municipais, estaduais e federal têm feito para ser promovidas atividades corporais de deslocamento
reduzir o nível de poluição nas cidades; quais as atribui- que solicitem o domínio das noções esquerda, direita,
ções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama); para frente, para trás. Questões como brincar em locais
quais as consequências ambientais provocadas por perigosos, próximos às vias ou em saídas de garagens
veículos automotores mal conservados. Estes são também podem ser debatidas durante as aulas de
apenas alguns questionamentos que podem gerar Educação Física, assim como o uso de equipamentos
importantes discussões sobre o trânsito. de segurança para andar de bicicleta.
Quanto ao aspecto tecnológico, é possível ana- 6.7 Trânsito na Arte
lisar o avanço dos equipamentos de segurança, de O estudo da Arte desenvolve a percepção, a re-
sinalização e de fiscalização de trânsito, especialmente, flexão, a imaginação, a criatividade. Para aprender Arte
nos últimos anos. A tecnologia tem sido aliada ao é preciso conviver com as diferentes linguagens
trânsito, uma vez que atualmente existem sistemas artísticas: pintura, escultura, música, teatro, dança.
interligando todos os Departamentos Estaduais de Conhecer as produções artísticas de diferentes épocas
Trânsito. A implantação do sistema de Registro Nacio- e culturas amplia os horizontes das pessoas; expande
nal de Carteiras de Habilitação (Renach) que visa seu mundo interior. Por isso, o ensino da Arte deve
integrar as informações sobre cidadãos, condutores em estar fundamentado em dois relevantes aspectos: o
todo o território nacional; do Registro Nacional de acesso à arte e a possibilidade de manifestar-se
Veículos Automotores (RENAVAM), que tem como artisticamente.
objetivo integrar as informações sobre todos os veícu- O tema trânsito pode ser perfeitamente inserido
los da frota nacional e do Registro Nacional de Infra- na Arte a partir de diversas atividades: produções de
ções Interestaduais (Renainf) também podem ser fonte peças teatrais, desenhos, pinturas e esculturas relacio-
de discussões sobre a era tecnológica do trânsito. nadas ao tema; visitas a museus que contam histórias
Ao ser inserido na área de Ciências Naturais, sobre a evolução dos meios de transporte, por exem-
o tema trânsito favorecerá a integração dos alunos ao plo; passeios ao setor histórico da cidade; acesso a
ambiente e à cultura, oportunizando ações de respei- pinturas e esculturas que retratam cenas relacionadas
to e de preservação ao espaço público. ao trânsito em diferentes épocas.
6.6 Trânsito na Educação Física Por meio do acesso à arte os alunos poderão produzir
O objetivo da escola com relação à Educação arte e terão condições de perceber sua realidade
Física não deve se pautar na formação de profissio- cotidiana mais vivamente, reconhecendo objetos e
nais do esporte, mas no desenvolvimento das poten- formas que estão à sua volta, no exercício de uma
cialidades corporais de cada aluno por meio de observação crítica do que existe na sua cultura,
diversas atividades corporais e lúdicas. podendo criar condições para uma qualidade de vida
melhor, inclusive no trânsito.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 707

PORTARIA 391, DE 30.06.2010


O diretor do Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN, no uso das atribuições legais que lhe
confere o art. 19, inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código Nacional de Trânsito - CTB, e;
Considerando o disposto no § 2º do art. 280 do Código de Trânsito Brasileiro, que estabelece a obrigato-
riedade de regulamentação prévia de instrumento utilizado para comprovação de cometimento de infração;
Considerando o art. 2º da Resolução CONTRAN 253/07 que estabelece que o medidor de transmitância
luminosa das áreas envidraçadas de veículos deve ser aprovado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normali-
zação e Qualidade Industrial – INMETRO e homologado pelo DENATRAN;
Considerando os termos da Portaria INMETRO/DIMEL 0071, de 30.03.2010, bem como seus anexos, que
aprovou o medidor de transmitância luminosa modelo Translux II, marca RICCI ELETRÔNICA LTDA, bem como
os demais documentos partes integrantes do processo administrativo DENATRAN 80000.022521/2010-37,
Resolve:
Art. 1º. Homologar o medidor de transmitân- Endereço: Rua Cidade de Antonina n. 331
cia luminosa modelo Translux II, marca RICCI ELE- Bairro Cajuru - Curitiba PR.
TRÔNICA LTDA, com as seguintes especificações: CEP: 82960-090.
Marca: RICCI ELETRÔNICA LTDA. Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data
Modelo: Translux II de sua publicação.
Fabricante/Requerente: Ricci Eletrônica Ltda.
CNPJ: 79.561.825/0001-35. Alfredo Peres da Silva

PORTARIA 470, DE 03.08.2010


O diretor substituto do Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN, no uso das atribuições que lhe
confere o art. 19, inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, e;
Considerando o disposto no art. 2º da Resolução 351, de 14.07.2010, do Conselho Nacional de Trânsito -
CONTRAN, onde estabelece que o Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN publicará anualmente de
três a seis mensagens educativas, de âmbito nacional, compostas de no máximo seis palavras, a partir dos
temas das campanhas de trânsito estabelecidas pelo CONTRAN na forma do artigo 75 do CTB, Resolve:
Art. 1º. Publicar, na forma do Anexo desta ção, nos meios de comunicação social, de produtos
Portaria, a relação de mensagens educativas de oriundos da indústria automobilística ou afins.
trânsito a serem utilizadas, nacionalmente, em toda Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data
peça publicitária destinada à divulgação ou promo- de sua publicação.

ANEXO
MENSAGENS EDUCATIVAS DE TRÂNSITO:
1 - Respeite a sinalização de trânsito; 4 - No trânsito somos todos pedestres;
2 - Faça revisões em seu veículo regularmente; 5 - Capacete é a proteção do motociclista;
3 - Cinto de Segurança pode salvar vidas; 6 - Transporte com segurança use a cadeirinha.
ABPTRAN – Associação Brasileira de Profissionais do Trânsito
Av. Pompéia, 520, São Paulo/SP, CEP 05022-000. Tel/Fax: (011) 3255-5197
www.abptran.org

PORTARIA 588, DE 20.08.2010


O diretor do Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN, no uso das atribuições que lhe confere o
art. 19, inc. I, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e;
Considerando o disposto na Resolução 348, de 17.05.2010, do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN,
que estabelece procedimentos e requisitos para apreciação de equipamentos de trânsito e de sinalização não
previstos no CTB;
708 Ordeli Savedra Gomes

Considerando a Decisão do CONTRAN em sua 86ª Reunião Ordinária, realizada em 17.12.2009, publica-
da no Diário Oficial da União 39, de 01.03.2010, p. 114, Seção I, em que autorizou o DENATRAN a permitir o uso
do cone retrátil como equipamento alternativo de sinalização de vias de trânsito;
Considerando o que consta no Processo administrativo 80001.009354/2008-12. Resolve:
Art. 1º. Permitir o uso alternativo do cone retrátil Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data
com sistema de alinhamento e sustentação como de sua publicação.
equipamento de sinalização de emergência no trânsito Alfredo Peres da Silva
viário.

PORTARIA DETRAN/RS 284, DE 05.07.2011


O Diretor-Presidente do Departamento Estadual de Trânsito – DETRAN/RS, no uso das atribuições que
lhe são conferidas pelo art. 6º da Lei Estadual 10.847, de 20 de Agosto de 1996; e considerando os termos do
art. 22, incisos. II e X, da Lei Federal 9.503 - Código de Trânsito Brasileiro, de 23 de setembro de 1997;
Considerando a necessidade de segurança e controle dos trâmites envolvendo o envio e recebimento
dos documentos de habilitação;
Considerando o contido no SPD 76040/11. RESOLVE:
Art. 1º. O encaminhamento do documento de Art. 2º. O CFC, imediatamente após receber o
Habilitação (Carteira Nacional de Habilitação – CNH – e malote com os documentos de habilitação, deverá
Permissão Internacional para Dirigir – PID) pelos realizar a conferência com base na guia de protocolo
Centros de Formação de Condutores – CFCs – para recebida juntamente com os documentos, a qual
entrega ao usuário, é efetuado pelo sistema de malote. deverá ser encaminhada à gráfica, conferida e assi-
§ 1º Cada CFC deverá encaminhar à gráfica nada, no malote do dia seguinte.
01 (um) malote lacrado por dia, ainda que vazio. Parágrafo único. Após esta etapa, deverá ser
§ 2º É de responsabilidade do CFC o contato com feita a conferência dos documentos no protocolo do GID,
realizando o devido registro no sistema informatizado.
a Agência dos Correios – ECT de sua região, a fim de
definir o horário de entrega e de recebimento dos malo- Art. 3º. A entrega do documento de habilitação
tes. ao condutor deverá ser feita mediante assinatura do
usuário e registro da data de entrega na listagem impres-
§ 3º O recebimento e a entrega dos malotes sa.
deverão ser realizados mediante identificação e
§ 1º Após a entrega de cada documento de ha-
assinatura dos responsáveis do CFC e da ECT, res- bilitação ao condutor, o CFC deverá, imediatamente,
pectivamente. fazer o registro da entrega no sistema informatizado.
§ 4º Os malotes são fornecidos pelo DE- § 2º A listagem com os nomes dos usuários
TRAN/RS, ficando a ECT responsável pela distribui- deverá ser arquivada no CFC após a entrega de todos
ção dos mesmos. os documentos de habilitação e respectivas assinatu-
§ 5º A distribuição dos lacres para os CFCs é ras no campo adequado.
de responsabilidade da gráfica, que os encaminhará Art. 4º. Os documentos de habilitação e as
através do malote dos documentos de habilitação. respectivas listagens de entrega deverão ser mantidas
§ 6º Os lacres estarão identificados com nu- em local seguro e de acesso restrito, sob a guarda do
meração própria, a qual deverá ser registrada no Diretor-Geral ou do Diretor de Ensino do CFC.
sistema GID, pelos CFCs, bem como pela gráfica, Art. 5º. O endereço de entrega do documento
quando do envio dos malotes de habilitação será, obrigatoriamente, o Centro de
§ 7º O malote, com os documentos e a guia Formação de Condutores.
de protocolo impressa e conferida, deverá estar Art. 6º. Fica instituído o Manual de Procedi-
lacrado e à disposição do representante da ECT 10 mentos Operacionais para Envio de Equipamentos e
(dez) minutos antes do horário definido, previsto no Recebimento de CNHs/PIDs, que está disponível no
parágrafo 2º do art. 1º desta Portaria. Portal dos Credenciados/Manuais.
§ 8º O CFC deverá atestar o recebimento do Art. 7º. Revoga-se a Portaria DETRAN/RS 44/09.
malote e/ou fazer a entrega do que será enviado à Art. 8º. Esta Portaria entra em vigor na data
gráfica, assim que o representante da ECT chegar ao de sua publicação.
Centro. Alessandro Barcellos
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 709

PORTARIA DETRAN/RS 15, DE 12.01.2012


O Diretor-Presidente substituto do Departamento Estadual de Trânsito – DETRAN/RS, no uso das atri-
buições que lhe são conferidas pelo art. 6º da Lei Estadual 10.847, de 20 de agosto de 1996, e nos termos
dos incisos I e II do art. 22 e do inciso V do art. 147, todos da Lei Nacional 9.503, de 23 de setembro de
1997 (Código de Trânsito Brasileiro – CTB) e das Resoluções 39/98 e 168/04, ambas do Conselho Nacional
de Trânsito (CONTRAN) e:
Considerando o § 3º do art. 14 e art. 17, da Resolução 168/04 do CONTRAN;
Considerando os incisos I, II, III e V do art. 4º e o ANEXO II, da Resolução 39/98 do CONTRAN;
Considerando que é atribuição desta Autarquia garantir a qualificação do processo de formação de con-
dutores no Estado do Rio Grande do Sul;
Considerando que o candidato deve realizar o exame de direção em condições semelhantes às que vi-
venciou nas aulas do curso de prática de direção veicular;
Considerando a importância em se definir procedimentos para o exame de prática de direção veicular;
Considerando o contido no processo SPD 49994/11;
RESOLVE:
Art. 1º. Para o exame de direção da categoria couber, com vistas à adequação dos conteúdos e
“A” deve ser observado o seguinte: habilidades desenvolvidos às exigências do exame de
I - A área especialmente destinada aos exames prática de direção veicular, sem, no entanto restringir-
deve apresentar Pista de Treinamento tal como represen- se às mesmas, devendo, através de outros exercícios,
tado na Figura 1 do ANEXO I, cujos elementos devem possibilitar o aprimoramento de habilidades necessá-
estar de acordo com as figuras 2, 3 e 4 do mesmo rias à condução segura do veículo.
anexo. Art. 3º. As pistas de treinamento para a catego-
II - O candidato deve completar três voltas na ria A, atualmente em uso, poderão ser utilizadas na forma
pista referida no inciso anterior, sendo que: como anteriormente autorizadas pelo DETRAN/RS.
a) a 1ª e 3ª voltas devem ser desenvolvidas Art. 4º. Os casos omissos serão analisados
observando-se todos os obstáculos da pista; pela Divisão de Habilitação da Autarquia.
b) na 2ª volta devem ser desconsiderados os Art. 5º. Esta Portaria entra em vigor em 05 de
cones e a prancha, devendo o candidato passar pelo março de 2012, revogando-se a Portaria DETRAN/RS
lado direito dos mesmos, em velocidade que possibi- 235, de 16 de outubro de 2008 e demais disposições
lite avaliar o desenvolvimento da 1ª, 2ª e 3ª marchas, em contrário.
observando-se os demais obstáculos da pista.
Art. 2º. No curso de prática de direção veicular Ildo Mário Szinvelski
deve ser observado o disposto nesta Portaria, no que
710 Ordeli Savedra Gomes

ANEXO I

Figura 1 – Pista de treinamento de categoria A.


Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 711

Figura 2 – Prancha da pista treinamento de categoria A.


712 Ordeli Savedra Gomes

Figura 3 – Linha de retenção da pista de treinamento, categoria A

Figura 4 – Sonorizador da pista de treinamento, categoria A.


Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 713

PORTARIA DETRAN/RS 16, DE 12.01.2012


O Diretor-Presidente Substituto do Departamento Estadual de Trânsito – DETRAN/RS, no uso das atribui-
ções que lhe são conferidas pelo art. 6º da Lei Estadual 10.847, de 20 de agosto de 1996, e nos termos dos
incisos I e II do art. 22 e do inciso V do art. 147, todos da Lei Nacional 9.503, de 23 de setembro de 1997
(Código de Trânsito Brasileiro – CTB) e da 168/04, do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) e:
Considerando o art. 16 da Resolução 168/04 do CONTRAN;
Considerando que é atribuição desta Autarquia garantir a qualificação do processo de formação de con-
dutores no Estado do Rio Grande do Sul;
Considerando a necessidade de padronização das dimensões da vaga delimitada por balizas removíveis
nos cursos e nos exames de prática de direção veicular;
Considerando que o candidato deve realizar o exame de direção em condições semelhantes às que vi-
venciou nas aulas do curso de prática de direção veicular;
Considerando a importância de definir procedimentos para o exame de prática de direção veicular;
Considerando o resultado dos estudos técnicos realizados pela Autarquia com o objetivo de aprimorar o
processo de habilitação;
Considerando o contido no processo SPD 4.9994/11; RESOLVE:
Art. 1º. O exame de direção para as categorias damente detalhadas nas figuras 1, 2, 3, 4 e 5 do
“B”, “C”, “D” e “E” é realizado em via pública, seguin- ANEXO I, desta Portaria:
do as etapas e ordem abaixo: I – NA CATEGORIA “B” (Figuras 1 e 2 do
I – estacionar em vaga delimitada por balizas ANEXO I):
removíveis; a) comprimento igual ao comprimento total do
II – conduzir o veículo em via pública, urbana veículo mais 40% (quarenta por cento);
ou rural. b) largura: baliza interna deve ser posicionada
Art. 2º. Para a etapa prevista no inciso I do a 50 cm do meio fio e baliza externa deve ter a
art. 1º, nas categorias “B”, “C” e “D”, é exigida a distância equivalente a largura do veículo a partir do
simulação de estacionamento entre dois veículos. meio-fio mais 40% (quarenta por cento).
§ 1º Para a simulação prevista neste artigo, Parágrafo único. O limitador de parada do
devem ser observadas as dimensões constantes no veículo, para embarque do Instrutor/Examinador de
art. 5º desta Portaria. Trânsito deve ser instalado 14m adiante do par de
§ 2º Nesta simulação, o veículo deve ser po- balizas dianteiras distante 50 cm do meio-fio.
sicionado de modo que sua lateral direita diste no II – NAS CATEGORIAS “C” e “D” (Figuras 3 e
máximo 50cm do meio-fio. 4 do ANEXO I):
§ 3º Esta manobra deve ser realizada em, no a) comprimento igual ao comprimento total do
máximo, três tentativas. veículo mais 40% (quarenta por cento);
Art. 3º. Para a categoria “E” é exigida simula- b) largura: baliza interna deve ser posicionada
ção de estacionamento em garagem, em marcha à ré. a 50 cm do meio fio e baliza externa deve ter a
distância equivalente a largura do veículo a partir do
§ 1º Na simulação de estacionamento em ga-
meio-fio mais 40% (quarenta por cento).
ragem, o veículo deve ser posicionado dentro da
Parágrafo único. O limitador de parada do
vaga, sem transpor as linhas imaginárias que repre-
veículo, para embarque do Instrutor/Examinador de
sentam as laterais da garagem, linhas que unem as
Trânsito deve ser instalado a uma distância igual ao
balizas na direção longitudinal.
comprimento total do veículo mais 10m, contados a
§ 2º Esta manobra deve ser realizada em, no partir do par de balizas dianteiras e colocado a uma
máximo, três tentativas. distância de 50 cm do meio-fio
Art. 4º. O tempo máximo para a colocação do III – NA CATEGORIA “E” (Figuras 4 e 5 do
veículo em vaga delimitada por balizas, é de: ANEXO I):
I – para as categorias “B”, “C” e “D”: 4 (qua- a) comprimento igual ao comprimento total da
tro) minutos; combinação de veículos, mais 40% (quarenta por cento);
II – para a categoria “E”: 7 (sete) minutos. b) largura igual a largura da carroçaria do veí-
Art. 5º. Os espaços entre as balizas, a serem culo mais largo da combinação, mais 40% (quarenta
adotados na etapa prevista no inciso I do art. 1º, por cento), medida a partir das balizas mais próximas
devem ter as dimensões abaixo especificadas, devi- do meio-fio.
714 Ordeli Savedra Gomes

§ 1º As balizas devem ser montadas à direita circulação e conduta, parada e estacionamento, obser-
da via, não devendo a área balizada avançar total ou vância da sinalização e comunicação, observando-se o
parcialmente para o lado contramão da via. disposto nesta Portaria, no que couber, com vistas à
§ 2º O par de balizas dianteiras deve ser ins- adequação dos conteúdos e habilidades desenvolvidos,
talado a uma distância igual ao comprimento total da às exigências do exame.
combinação de veículos, mais 5m, a partir do limita- Art. 7º. Os casos omissos serão analisados
dor para alinhamento do veículo, que ficará posicio- pela Divisão de Habilitação da Autarquia.
nado na linha imaginária do meio-fio da via transver- Art. 8º. Esta Portaria entra em vigor em 05 de
sal ao balizamento. março de 2012, revogando-se as disposições em
Art. 6º. O curso de prática de direção veicular, contrário.
realizado em via pública urbana ou rural, deve promo-
ver o desenvolvimento e aprimoramento de habilidades Ildo Mário Szinvelski
necessárias à condução segura do veículo, normas de

ANEXO I
Figura 1 – Leiaute de balizas e procedimentos do exame, categoria “B”.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 715

Figura 2 – Medida das balizas, Categoria “B”.


716 Ordeli Savedra Gomes

Figura 3 – Leiaute de balizas e procedimentos do exame, categorias “C” e “D”.


Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 717

Figura 4 – Medida das balizas, categorias “C”, “D” e “E”.


718 Ordeli Savedra Gomes

Figura 5 – Leiaute de balizas e procedimentos do exame, categoria “E”.

PORTARIA 26, DE 25.01.2013


O DIRETOR SUBSTITUTO DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO – DENATRAN, no uso das atri-
buições que lhe foram conferidas pelo art. 19, incisos I e IX da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código
de Trânsito Brasileiro – CTB;
Considerando o disposto no § 2º do art. 1º da Resolução CONTRAN 429, de 05.12.2012, que trata do re-
gistro de tratores fabricados antes de 1º de janeiro de 2013;
Considerando o que consta do processo administrativo 80000.017052/2010-34; RESOLVE:
Art. 1º. Regulamentar o registro de tratores Parágrafo único. A modalidade descrita no
destinados a puxar ou arrastar maquinaria de qual- caput deste artigo possui caráter temporário e será
quer natureza ou a executar trabalhos agrícolas e de interrompida quando da disponibilização de funciona-
construção, de pavimentação ou guindastes, fabrica- lidade própria destinada ao registro de tratores no
dos até de 1º de junho de 2013, no Sistema do sistema RENAVAM.
Registro Nacional de Veículos Automotores – RENA- Art. 3º. A utilização indevida da funcionalida-
VAM, sem a necessidade de précadastro, na forma de descrita no art. 2º desta Portaria sujeita os res-
prevista no § 2º do art. 1º da Resolução CONTRAN ponsáveis à aplicação das sanções previstas em lei.
429, de 05 de dezembro de 2012. Art. 4º. Os registros dos veículos tratados
Art. 2º. Excepcionalmente, considerando a ne- nesta norma poderão ser efetuados a partir de janeiro
cessidade do desenvolvimento de funcionalidade pró- de 2013.
pria no sistema RENAVAM, destinada ao registro de Art. 5º. Esta portaria entra em vigor na data
tratores, o DENATRAN permitirá o uso da funcionalida- da sua publicação quando será revogada a Portaria
de destinada ao registro de veículos com placa de DENATRAN 11/13.
2(duas) letras, conforme Manual RENAVAM, ficando Morvam Cotrim Duarte
vedada sua utilização para qualquer outra finalidade.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 719

PORTARIA 238, DE 31.12.2014


Regulamenta o sistema eletrônico de anotação, trans-
missão e recepção dos relatórios de avaliação elabora-
dos pelos instrutores relativos às aulas de prática de di-
reção veicular ministradas aos pretendentes à obtenção
do documento de habilitação.
O DIRETOR DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO – DENATRAN, no uso das atribuições que
lhe foram conferidas pelo art. 19, incisos I, V e VI, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsi-
to Brasileiro, Considerando o disposto na Resolução CONTRAN 493, de 05.06.2014, que trata das normas e
procedimentos para a formação de condutores de veículos automotores e elétricos;
Considerando o disposto na Resolução CONTRAN 358, de 13.08.2010, que trata do credenciamento de
instituições ou entidades públicas ou privadas para o processo de formação de condutores;
Considerando o que consta na Resolução CONTRAN 168, de 14.12.2004, que estabelece normas e pro-
cedimentos para a formação de condutores de veículos automotores e elétricos, a realização dos exames, a
expedição de documentos de habilitação, os cursos de formação, especializados, de reciclagem e dá outras
providências.
Considerando o que consta do Processo Administrativo 80000.018059/2014-05, resolve:
CAPÍTULO I de aulas de prática de direção veicular, relatório
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS eletrônico de avaliação do candidato, o qual servirá
para fins de acompanhamento e evolução do proces-
Art. 1º. Regulamentar o sistema eletrônico so de aprendizagem.
de anotação, transmissão e recepção dos relatórios
de avaliação elaborados pelos instrutores relativos às Art. 4º. Do relatório de avaliação eletrônico
aulas de prática de direção veicular ministradas aos constará, obrigatoriamente:
pretendentes à obtenção do documento de habilita- I - identificação do aluno, do instrutor de trân-
ção, nos termos dos subitens 1.4.5 e 1.4.6 do Anexo sito e do Centro de Formação de Condutores;
II da Resolução CONTRAN 168/04, com a redação II - dados do veículo de aprendizagem, incluin-
dada pela Resolução CONTRAN 493/14. do quilometragem inicial e final da aula e horário de
§ 1º O sistema previsto no caput deste artigo início e término.
aplica-se aos procedimentos de obtenção da permis- III - identificação detalhada do percurso reali-
são para dirigir na categoria “B” ou mudança de ca- zado pelo aluno em cada aula, incluindo o(s) horá-
tegoria. rio(s);
§ 2º Os requisitos técnicos mínimos para IV - detalhamento do comportamento do aluno;
anotação, transmissão e recepção dos relatórios de V - avaliação do conhecimento do aluno so-
avaliação, realizados em sua forma eletrônica, são bre as normas de circulação, conduta e das infrações
aqueles definidos no Anexo desta Portaria. estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro e
§ 3º Durante a realização de cada aula prática Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito;
de direção veicular, incumbirá ao instrutor de trânsito VI - infrações de trânsito e faltas porventura
coletar e validar, a biometria digital ou facial do alu-
cometidas durante o processo de aprendizagem, com
no, sempre em consonância com as determinações
identificação precisa dos dispositivos previstos no
dos órgãos executivos de trânsito dos Estados e do
Distrito Federal. Código de Trânsito Brasileiro e na Resolução CON-
TRAN 168/04;
Art. 2º. Os órgãos executivos estaduais de
trânsito dos Estados e do Distrito Federal que esta- VII - observações adicionais, de acordo com
belecerem rotinas para a recepção eletrônica dos critérios estabelecidos pelos órgãos executivos de
relatórios elaborados pelos instrutores de trânsito, trânsito dos Estados e do Distrito Federal.
para fins de acompanhamento e evolução do proces- Parágrafo único. O descumprimento das
so de aprendizagem e expedição da carteira nacional exigências previstas no caput deste artigo impedirá
de habilitação, deverão atender ao estabelecido nes- que o candidato realize o exame de direção veicular,
ta Portaria. enquanto não sanadas as inconsistências porventura
verificadas no preenchimento do relatório eletrônico
CAPÍTULO II
de cada uma das aulas obrigatórias de prática de
DO RELATÓRIO ELETRÔNICO
direção veicular.
Art. 3º. O instrutor de prática de direção vei- Art. 5º. Os órgãos executivos de trânsito do
cular deverá elaborar, durante cada aula ou conjunto
Estado e do Distrito Federal poderão editar normas e
720 Ordeli Savedra Gomes

rotinas complementares a esta Portaria, para a so de formação de condutores, incluindo a regularida-


anotação, recepção e transmissão do relatório de de na utilização do software utilizado.
avaliação eletrônico, inclusive para interação com o § 2º Para efeito da fiscalização prevista no
sistema de coleta, transmissão e armazenamento da caput deste artigo, a(s) empresa(s) ou entidades
biometria digital ou facial dos candidatos e do corpo contratada(s) ou credenciada(s) interessada(s) no
docente, estabelecendo critérios adicionais relativos fornecimento de soluções de hardware e software
às suas peculiaridades regionais, para fins de cre- para implantação e uso do sistema eletrônico de
denciamento ou contratação da(s) entidade(s) ou anotação, recepção e transmissão do relatório de
empresa(s). avaliação eletrônico deverão integrar seu sistema
Art. 6º. As informações do relatório eletrôni- para acesso a base de dados do RENACH.
co de avaliação do candidato deverão ser obrigatori- Art. 8º. A(s) entidade(s) ou empresa(s) cre-
amente armazenadas pelos órgãos executivos de denciada(s) ou contratada(s) pelos órgãos executi-
trânsito dos Estados e do Distrito Federal ou empre- vos de trânsito do Estado ou do Distrito Federal
sa(s) ou entidades por eles contratada(s) ou creden- deverá(ão) ter acesso à base de dados do sistema
ciada(s). RENACH, para os fins exclusivamente previstos nes-
Parágrafo único. As informações previstas ta Portaria.
no caput deste artigo deverão ficar armazenadas pelo Parágrafo único. O acesso de que trata o ca-
prazo de 5 (cinco) anos. put deste artigo deverá ser solicitado ao DENATRAN,
Art. 7º. O DENATRAN fiscalizará, direta e nos termos dos normativos vigentes que estabelecem
permanentemente, o cumprimento dos requisitos e orientações e procedimentos a serem adotados na
exigências constantes desta Portaria, sem prejuízo celebração de contratos e outros instrumentos congê-
das atribuições conferidas aos órgãos ou entidades neres, que tenham por objeto o acesso às bases de
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito dados do Sistema RENACH.
Federal, no âmbito de suas circunscrições. Art. 9º. O monitoramento da prática de pilo-
§ 1º A fiscalização abrangerá a verificação da tagem de motocicleta em via pública será objeto de
regulamentação em portaria específica, dadas as
comunicação eletrônica entre os sistemas de controle
peculiaridades relacionadas com o ensino em circui-
e monitoramento do DENATRAN, mais especificamen-
to aberto e/ou fechado.
te com o sistema RENACH e dos órgãos executivos
Art. 10. Esta Portaria entra em vigor na data
estaduais de trânsito com os dos Centros de Formação
de sua publicação.
de Condutores, na condição de integrantes do proces-
Fernando Ferrazza Nardes

ANEXO
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DO SISTEMA
O Sistema deve ser concebido em duas plata- b) Deve capturar a imagem do aluno em mo-
formas distintas que se integram através da utiliza- mentos aleatórios, a partir do início da aula até o seu
ção do mesmo repositório de dados, a saber: término;
1) Camada CLIENTE: c) Deve registrar todo o trajeto e distância
Responsável pela coleta dos dados pertinen- percorrida em quilômetros de forma automática atra-
tes à realização da aula prática em tempo real, vés de dispositivo GPS (global positioning system ou
devendo ser capaz de registrar a permanência do sistema de posicionamento global) assistido (A-GPS);
candidato no veículo, o trajeto, a duração, a distância d) Deve registrar a duração de cada aula, in-
percorrida em quilômetros, as ações referentes ao cluindo data e hora inicial e final, bem como a qui-
comportamento do candidato, seu conhecimento das
lometragem total do percurso;
normas de conduta e circulação estabelecidas pelo
Código de Trânsito Brasileiro e suas eventuais faltas e) Deve ser capaz de realizar a sincronização
cometidas. dos dados coletados durante as aulas de forma au-
A Camada CLIENTE deverá ser subdividida tomática com a Camada SERVIDOR através de redes
nos módulos descritos a seguir: 3G/4G e/ou Wireless LAN;
Coleta automática de Dados via dispositivo f) Deve possuir os recursos básicos de segu-
(Tablet): rança da informação descritos a seguir:
a) Deve operar de forma autônoma, sem in- 1. Verificar a conformidade da data e hora do
tervenção humana, salvo em caso de manutenção; dispositivo com o servidor de horário oficial determi-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 721

nado pelo Órgão Executivo Estadual de Trânsito do processadas, emissão de relatórios, gerenciamento
Estado ou do Distrito Federal; e controle do acesso às informações e integração
2. Deve ser capaz de detectar tentativa de com os sistemas dos órgãos executivos de trânsito
manipulação de data e hora. Em caso de detecção de dos Estados e do Distrito Federal. A Camada SER-
discrepância entre a data e hora do dispositivo e do VIDOR deverá ser subdividida nos módulos descri-
servidor de horário oficial, deve suspender a opera- tos a seguir:
ção, impedindo, assim, o registro de aulas até que a Módulo Administração Web:
configuração de data e hora seja normalizada; a) Deve possuir funções de cadastramento de
3. Todos os dados registrados localmente no Centros de Formação de Condutores, Veículos,
dispositivo, deverão ser excluídos após a sincroniza- Instrutores e Candidatos;
ção com a b) Deve possibilitar o cadastramento de con-
Camada SERVIDOR, ficando mantidos em re- teúdos programáticos de aulas práticas para posteri-
positório protegido somente durante esse proces- or uso pelos instrutores;
so;4. Toda a comunicação de dados com a Camada c) De forma contingencial, deverá receber o
SERVIDOR deve ocorrer através de canal seguro via
relatório preenchido manualmente pelo instrutor du-
TLS (Transport Layer Security).
rante a aula de prática de direção veicular contendo,
Coleta de Dados via Instrutor: obrigatoriamente, a justificativa da não utilização on-
a) A cada início de aula deverá permitir a -line dos sistemas definidos na Camada CLIENTE;
identificação do candidato e do instrutor através dos d) Deve possuir funções de consultas das au-
seus números de CPF, bem como reconhecimento las práticas realizadas organizadas por candidato, por
facial de cada um;
instrutor, por veículo e/ou por Centro de Formação de
b) Através da interface gráfica, o instrutor Condutores:
deve informar que a aula foi iniciada e a partir de
1. Para cada aula registrada, o sistema deve-
então registrar os procedimentos do candidato, in-
rá agrupar os dados de forma que seja possível
cluindo ações referentes ao seu comportamento,
conhecimento das normas de conduta e circulação visualizar as seguintes informações:
estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro e a. Identificação do instrutor;
eventuais faltas cometidas: b. Identificação do candidato;
1. Poderá sugerir ao instrutor os conteúdos c. Identificação do veículo, contendo placa,
programáticos das aulas que poderão ser previamen- modelo, cor e ano de Fabricação/Modelo;
te cadastrados através do Módulo Administração d. Identificação do Centro de Formação de
Web da Camada SERVIDOR; Condutores;
2. Poderá ser apresentado o histórico de au- e. Data e hora de início e término da aula;
las do candidato para que o instrutor possa revisar o f. Distância percorrida em quilômetros;
que já foi ensinado e decida os próximos passos do g. Lista com data e hora e de cada evento.
aprendizado; Para cada evento registrado, deve ser possível vi-
3. O conteúdo programático das aulas deverá sualizar através do mapa, o local onde o mesmo foi
estar em conformidade com as determinações da registrado, bem como o cruzamento com os demais
Resolução CONTRAN 493/14 dados coletados naquele instante;
c) O instrutor poderá, a qualquer momento, h. Mapa contendo todo o trajeto realizado na
encerrar a aula através da interface gráfica: aula com data e hora e os apontamentos registrados
1. Caso a aula seja encerrada antes do tempo pelo instrutor referente a determinado procedimento,
regulamentar, o instrutor deverá informar o motivo. ação ou falta do candidato. Para cada evento regis-
d) A interface gráfica deverá emitir alertas trado, deve ser possível visualizar através do mapa o
sobre o término do tempo regulamentar da aula; local onde o mesmo foi registrado, bem como o
e) Não haverá repositório permanente de da- cruzamento com os demais dados coletados naquele
dos no Tablet, sendo este apenas um terminal de instante.
operação. 2. As informações coletadas durante as aulas
2) Camada SERVIDOR: não poderão ser manipuladas em hipótese alguma,
Responsável pelo processamento dos dados sendo permitida apenas sua visualização;
coletados pela Camada CLIENTE, manutenção e 3. Deve permitir a visualização da situação da
visualização dos cadastros necessários para o fun- aula, sendo possíveis as situações: “realizada” ou
cionamento do sistema, consulta das informações “não realizada”;
722 Ordeli Savedra Gomes

4. Deve permitir a geração de relatórios ge- h) Todo o acesso ao Módulo Administração


renciais com pelo menos: Lista de Centros de For- Web deve ocorrer através de canal seguro via TLS
mação de Condutores, Lista de Candidatos, Lista de (Transport Layer Security).
Instrutores, Lista de Veículos, Lista Geral de Aulas Módulo Interface:
Práticas Realizadas, Lista de Aulas Práticas Realiza- a) Responsável pela sincronização dos dados
das Pendentes e Relatório Detalhado de Aula Prática; da Camada CLIENTE com a Camada SERVIDOR e
5. Todos os relatórios devem permitir a utili- pela integração das informações com os diversos
zação de filtros em seus dados; sistemas dos órgãos executivos de trânsito dos
6. Todos os relatórios devem ser gerados em Estados e do Distrito Federal;
formato PDF. b) A integração entre os sistemas deverá ser
e) Deve possuir rotinas de exportação das in- possível através de API (Application Programming
formações registradas no sistema para outros apli- Interface) e/ou através de Webservices escritos em
cativos através de arquivos padrão de mercado (XLSx, padrões abertos que proverão o acesso a Base de
PDF e TXT); Dados central do sistema de forma controlada e segura:
f) Deverá possuir controle de acesso de todas 1. Deve possuir documentação técnica des-
crevendo a metodologia de acesso, funções, retor-
as funcionalidades através de login e senha:
nos e exemplos de uso.
1. Deve permitir a manutenção e visualização
c) Deve possuir sistema de controle de aces-
dos dados de usuários;
so aos dados através de Chaves de Segurança que
2. Deve possibilitar a criação de perfis de serão trocadas entre os sistemas;
Usuário personalizados que delimitem o acesso d) Todo o acesso ao Módulo Interface deve
apenas a determinadas funções; ocorrer através de canal seguro via TLS (Transport
3. Deve possuir ferramenta de auditoria do Layer Security).
acesso e das ações de cada usuário no sistema, ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DO HARDWARE
incluindo endereço IP utilizado pelo usuário.
A especificação técnica do hardware para
g) O Módulo Administração Web deverá ser executar o sistema ficará a cargo do fornecedor.
acessível a partir de quaisquer sistemas operacio- Deverá ser levada em conta que tal especificação
nais através dos navegadores de internet Microsoft deve permitir o uso do sistema sem lentidão ou
Internet Explorer versão 9 ou superior, Google Chro- paradas indesejadas. Todas as funcionalidades e o
me versão 23 ou superior e/ ou Mozilla Firefox ver- funcionamento adequado da solução serão aferidos
são 28 ou superior; através de processo de homologação.

PORTARIA INMETRO 544, DE 12.12.2014


O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA – Inmetro, no
uso de suas atribuições, conferidas pelo § 3º do art. 4º da Lei 5.966, de 11.12.1973, e tendo em vista o disposto
nos incs. II e III do art. 3º da Lei 9.933, de 20.12.1999, no inc. V do art. 18 da Estrutura Regimental do Inmetro,
aprovado pelo Decreto 6.275, de 28.11.2007, e pela alínea a do subitem 4.1 da Regulamentação Metrológica
aprovada pela Resolução 11, de 12.10.1988, do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial – Conmetro;
Considerando a necessidade de revisar o RTM aprovado pela Portaria Inmetro 115, de 29.06.1998, que
estabelece as condições mínimas a serem observadas no controle legal dos medidores de velocidade de veícu-
los automotores;
Considerando o avanço tecnológico que tem oferecido, no campo da medição, o desenvolvimento de
novas funcionalidades nos medidores de velocidade de veículos automotores;
Considerando que a atualização do RTM aprovado pela Portaria 115/98 vai proporcionar ao Inmetro um
controle legal mais efetivo e uma garantia metrológica mais eficaz;
Considerando que o assunto foi amplamente discutido com as partes interessadas e impactadas, RE-
SOLVE:
Art. 1º. Aprovar o Regulamento Técnico Me- tibilidade Eletromagnética, disponibilizados no sítio
trológico para Medidores de Velocidade de Veículos <www.inmetro.gov.br>.
Automotores sobre Requisitos de Software e Compa-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 723

Art. 2º. Cientificar que este Regulamento irá com base nos procedimentos estabelecidos no Re-
estabelecer as condições mínimas a serem observa- gulamento Técnico Metrológico ora aprovado, até 30
das no controle legal e na inspeção dos medidores de (trinta) meses após a entrada em vigor deste instru-
velocidade de veículos automotores. mento legal.
§ 1º As verificações dos medidores de veloci- § 1º A verificação inicial, a que se refere o ca-
dade de veículos automotores fixos deverão ser put, deverá atender aos requisitos assentados no Re-
efetuadas em seu local de instalação. gulamento Técnico Metrológico ora aprovado.
§ 2º As verificações dos medidores de veloci- § 2º Após o prazo fixado no caput, somente
dade de veículos automotores estáticos, portáteis e serão submetidos à verificação inicial os modelos
móveis deverão ser efetuadas em local acordado aprovados pelo RTM anexo.
com o Inmetro, sempre em território nacional. Art. 7º. Estabelecer que os modelos de medi-
Art. 3º. Estabelecer que os processos de dores de velocidade de veículos automotores aprova-
aprovação de modelo, bem como os de modificação dos pela Portaria Inmetro 115/98, deverão ser sub-
de modelo aprovado de medidores de velocidade de metidos à verificação subsequente, com base nos
veículos automotores, iniciados até a data de publi- procedimentos estabelecidos no Regulamento Técni-
cação da presente portaria, deverão seguir a metodo-
co Metrológico ora aprovado, até 90 (noventa) meses
logia definida no Regulamento Técnico Metrológico
após a entrada em vigor deste instrumento legal.
aprovado pela Portaria Inmetro 115/98.
§ 1º A verificação subsequente, a que se refe-
Art. 4º. Estabelecer que não serão aceitas so-
licitações de processos de aprovação de modelos de re o caput, deverá atender aos requisitos estabeleci-
medidores de velocidade de veículos automotores, dos no Regulamento Técnico Metrológico, aprovado
bem como de modificação de modelo aprovado dos pela presente portaria.
referidos instrumentos, no período entre a publicação § 2º Após o prazo fixado no caput, somente
da presente portaria e os 8 meses contados a partir serão submetidos à verificação subsequente os mo-
de então, visando a plena implementação dos proce- delos aprovados pelo RTM anexo.
dimentos de apreciação técnica de modelo, em es- Art. 8º. Cientificar que a infringência a quais-
pecial os relacionados aos requisitos de software, do quer dispositivos deste Regulamento Técnico Metro-
RTM, ora aprovado. lógico sujeitará o infrator às penalidades previstas no
Art. 5º. Determinar que a partir da entrada em art. 8º, da Lei 9.933, de 20.12.1999, alterado pela Lei
vigor da presente portaria, ou seja, a partir de 8 (oito) 12.545, de 14.12.2011.
meses da publicação deste instrumento legal, os me- Art. 9º. Revogar a Portaria Inmetro 115/98 após
didores de velocidade de veículos automotores deve- 08 (oito) meses da publicação deste instrumento le-
rão ser submetidos à aprovação de modelo com base gal no Diário Oficial da União.
no Regulamento Técnico Metrológico, ora aprovado.
Art. 10. Esta Portaria entrará em vigor após
Art. 6º. Estabelecer que os modelos de medi- 08 (oito) meses da data de sua publicação no Diário
dores de velocidade de veículos automotores que Oficial da União.
possuírem modelo aprovado pela Portaria Inmetro
115/98, deverão ser submetidos à verificação inicial, João Alziro Herz da Jornada

ANEXO
REGULAMENTO TÉCNICO METROLÓGICO A QUE SE REFERE A
PORTARIA INMETRO 544, DE 12.12.2014
(Disponível em <www.inmetro.gov.br>)

PORTARIA DETRAN/RS 549, DE 28.11.2014


O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO
SUL – DETRAN/RS, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pelo art. 6º, inciso VII da Lei Estadual
10.847, de 20.08.1996, c.c. o art. 8º da Lei Estadual 14.479, de 23.01.2014;
724 Ordeli Savedra Gomes

Considerando o contido no art. 22, inciso II, da Lei Federal 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de
Trânsito Brasileiro – CTB –, e atribuiu ao Órgão Executivo Estadual de Trânsito a realização, fiscalização e
controle do processo de habilitação de condutores;
Considerando o disposto na Lei Federal 12.217 de 17.03.2010, que acrescenta dispositivo ao art. 158 da Lei
Federal 9.503, de 23.09.1997 – Código de Trânsito Brasileiro, para tornar obrigatória a aprendizagem noturna;
Considerando o disposto na Resolução CONTRAN 493/14 que altera as Resoluções CONTRAN 168/04 e
358/10;
Considerando o disposto no art. 1º, inciso II da Portaria DETRAN/RS 378/14;
Considerando que a realização de aulas em simulador de direção veicular por candidatos com deficiência
física ainda não foi regulamentada pelo CONTRAN;
Considerando o disposto na Portaria DETRAN/RS 301/14;
Considerando, finalmente, o contido no expediente protocolado sob o SPD 146885/14.
RESOLVE:
Art. 1º. O Curso de Prática de Direção Veicu- I - Serviço de Primeira Habilitação – B: 25
lar dos processos de Mudança de Categoria – “C”, (vinte e cinco) horas-aula em veículo automotor;
“D” e “E”, abertos no Estado do Rio Grande do Sul a II - Serviço de Reinício de Processo – B: 25
partir de 1º de dezembro de 2014, terá carga horária (vinte e cinco) horas-aula em veículo automotor;
mínima de 20 (vinte) horas-aula. III - Serviço de Adição de Categoria – B: 20
Parágrafo único. A prática de direção veicu- (vinte) horas-aula em veículo automotor.
lar prevista no caput deste artigo deverá contemplar Parágrafo único. Para efeito do disposto
4 (quatro) aulas noturnas, correspondendo a 20% neste artigo considera-se impossibilitado o candidato
(vinte por cento) da carga horária mínima do curso. que, em decorrência do exame de aptidão física e
Art. 2º. Nos serviços de habilitação na cate- mental, receba Laudo Médico que indique a neces-
goria B, abertos a partir de 1º de dezembro de 2014 sidade de adaptações veiculares, ou tenha outras
em que houver comprovada impossibilidade do restrições ao uso do simulador, devidamente docu-
candidato para realizar aulas em simulador de dire- mentadas.
ção veicular, para integralização do curso prático, Art. 3º. Esta Portaria entra em vigor na data
será exigido do candidato que as realize em veículo da sua publicação.
automotor, ficando a carga horária assim constituída, Registre-se. Publique-se. Cumpra-se.
respeitado o percentual de 20% (vinte por cento) de
aulas noturnas: Leonardo Kauer

PORTARIA 6, DE 28.01.2015
O DIRETOR DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO – DENATRAN, no uso das atribuições legais
que lhe conferem os incisos I, V e XV do art. 19 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito
Brasileiro;
Considerando o disposto no § 2º do art. 74 da Lei 9.503, de 23.09.1997;
Considerando a necessidade de estabelecer modelo do Relatório de Acompanhamento Anual a ser envi-
ado pelos órgãos e entidades executivos de trânsito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, confor-
me Resolução CONTRAN 515, de 18.12.2014;
RESOLVE:
Art. 1º. Estabelecer, conforme Anexo I, mo- § 1º O Relatório de que trata o caput deste
delo de Relatório de Acompanhamento Anual do fun- artigo deverá ser enviado por meio eletrônico para
cionamento das Escolas Públicas de Trânsito a ser o respectivo endereço: <escolapublica.denatran@
enviado pelos órgãos e entidades executivos de trân- cidades.gov.br>.
sito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí- Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor na data
pios ao DENATRAN. de sua publicação.
Morvam Cotrim Duarte
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 725

ANEXO I
RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO ANUAL
1. Recursos Humanos
1.1 Corpo Docente
( ) Possui ( ) Quantidade de membros
( ) Não possui
1.1.1 Formação do Corpo Docente (Quantidade por grupo)
( ) Nível Superior
( ) Nível Médio
( ) Ensino Fundamental
( ) Cursos Especializados
1.2 Coordenação pedagógica
( ) Possui ( ) Quantidade de membros
( ) Não possui
1.2.1 Quantidade de membro por nível de escolaridade
( ) Nível Superior
( ) Nível médio/Técnico
2. Áreas de atuação da EPT por predominância de público alvo com os respectivos temas abordados:
2.1 Escolas
( ) Campanhas e palestras em escolas de ensino infantil
Tema:____________________________________________________________
( ) Campanhas e palestras em escolas de ensino fundamental
Tema:____________________________________________________________
( ) Campanhas e palestras em escolas de ensino médio
Tema:____________________________________________________________
( ) Campanhas e palestras em escolas de ensino superior
Tema:____________________________________________________________
2.1.1 Projetos
( ) Realização de projetos de educação de trânsito nas escolas
Tema:____________________________________________________________
( ) Com premiação ( ) Sem premiação
2.2 Empresas
( ) Curso para______________________________________________________
( ) EaD ( ) Presencial
( ) Palestras
Tema:____________________________________________________________
( ) Campanhas
Tema:____________________________________________________________
2.3 Outros segmentos sociais (Ciclistas, motociclistas, condutores infratores, etc)
( ) Curso para_____________________________________________________
( ) EaD ( ) Presencial
( ) Palestras
Tema:____________________________________________________________
( ) Campanhas
Tema:____________________________________________________________
2.4 CNH social
( ) Sim ( ) Não
726 Ordeli Savedra Gomes

3. Relação do conteúdo programático desenvolvido em cada curso, com o respectivo currículo do mesmo.
4. Sistemas de avaliação
4.1 Tipo de avaliação (Diagnóstica, formativa, somativa)
4.2 Instrumentos de avaliação (Teste, prova, seminário, autoavaliação, etc.)
5. Cópia do Projeto Político Pedagógico da Escola Pública
6. Relação nominal do material didático usado nos cursos
7. Relação das parcerias realizadas
8. Relação de estudos e pesquisas realizados na área de educação para o trânsito, com a metodologia adotada
e os respectivos resultados
9. Infraestrutura
9.1 Biblioteca
( ) Possui ( ) Número de exemplares ( )
( ) Não possui
9.2 Salas de aula
( ) Quantidade
( ) Não possui
9.3 Banheiros
( ) Quantidade
( ) Não possui
9.4 Outras instalações
1. _____________________________________________________________
10. Resultado tabulado das avaliações realizadas visando aferir a qualidade dos cursos, com a respectiva
metodologia adotada, considerando: número de turmas anuais, número de alunos matriculados por turma,
índice de aprovações por: aluno; turma, número de salas de aula (quando houver).
11. Registros fotográficos dos cursos, palestras, campanhas e projetos desenvolvidos.

PORTARIA 116, DE 13.11.2015


Regulamenta a realização dos exames toxicológicos pre-
vistos nos §§ 6º e 7º do art. 168 da CLT.
O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL, no uso das atribuições que lhe confe-
rem o inc. II do parágrafo único do art. 87 da Constituição Federal e os arts. 155 e 168 da Consolidação das Leis
do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 01.05.1943, resolve:
Art. 1º. Regulamentar a realização dos exa- e do transporte rodoviário de cargas, aprovado com a
mes toxicológicos previstos nos §§ 6º e 7º do art. redação constante no Anexo desta Portaria.
168 da CLT por meio do AnexoDiretrizes para realiza- Art. 2º. Esta Portaria entra em vigor em 2 de
ção de exame toxicológico em motoristas profissio- março de 2016.
nais do transporte rodoviário coletivo de passageiros Miguel Soldatelli Rossetto

ANEXO
Diretrizes para realização de exame toxicológico em motoristas profissionais do transporte rodoviário co-
letivo de passageiros e do transporte rodoviário de cargas.
1. Os motoristas profissionais do transporte a) previamente à admissão;
rodoviário coletivo de passageiros e do transporte ro- b) por ocasião do desligamento.
doviário de cargas devem ser submetidos a exame 1.2. Os exames toxicológicos devem:
toxicológico em conformidade com este Anexo. a) ter janela de detecção para consumo de subs-
1.1. Os exames toxicológicos devem ser reali- tâncias psicoativas, com análise retrospectiva míni-
zados: ma de 90 (noventa) dias;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 727

b) ser avaliados em conformidade com os pa- 4.1. Cabe ao MR emitir relatório médico, con-
râmetros estabelecidos no Quadro I. cluindo pelo uso indevido ou não de substância psi-
1.3. Os exames toxicológicos não devem: coativa.
a) ser parte integrantes do PCMSO; 4.1.1. O MR deve considerar, dentre outras si-
b) constar de atestados de saúde ocupacio- tuações, além dos níveis da substância detectada no
nal; exame, o uso de medicamento prescrito, devidamen-
c) estar vinculados à definição de aptidão do te comprovado.
trabalhador. 4.2. O MR deve possuir conhecimentos para
2. A validade do exame toxicológico será de interpretação dos resultados laboratoriais.
60 dias, a partir da data da coleta da amostra, po- 4.3. O relatório médico emitido pelo MR deve
dendo seu resultado ser utilizado neste período para conter:
todos os fins de que trata o item 1.1 deste Anexo. a) nome e CPF do trabalhador;
2.1. O exame toxicológico previsto pela Lei b) data da coleta da amostra;
9.503, de 23.09.1997 – Código de Trânsito Brasileiro, c) número de identificação do exame;
desde que realizado nos últimos 60 (sessenta) dias, d) identificação do laboratório que realizou o
poderá ser utilizado para todos os fins de que trata o exame;
item 1.1 deste Anexo. e) data da emissão do laudo laboratorial;
3. O exame toxicológico de que trata esta Por- f) data da emissão do relatório;
taria somente poderá ser realizado por laboratórios g) assinatura e CRM do Médico Revisor – MR.
acreditados pelo CAP-FDT Acreditação forense para 4.3.1. O relatório médico deve concluir pelo
exames toxicológicos de larga janela de detecção do uso indevido ou não de substância psicoativa, sem
Colégio Americano de Patologia – ou por Acreditação indicação de níveis ou tipo de substância.
concedida pelo INMETRO de acordo com a Norma
4.3.2. O trabalhador deve entregar ao empre-
ABNT NBR ISO/IEC 17025, com requisitos específi-
gador o relatório médico emitido pelo MR em até 15
cos que incluam integralmente as "Diretrizes sobre o
dias após o recebimento.
Exame de Drogas em Cabelos e Pelos: Coleta e
Análise" da Sociedade Brasileira de Toxicologia, além 5. Os exames toxicológicos devem testar, no
de requisitos adicionais de toxicologia forense reco- mínimo, a presença das seguintes substâncias:
nhecidos internacionalmente. a) maconha e derivados;
3.1. O exame toxicológico deve possuir todas b) cocaína e derivados, incluindo crack e merla;
suas etapas protegidas por cadeia de custódia, ga- c) opiáceos, incluindo codeína, morfina e he-
rantindo a rastreabilidade de todo o processo além de roína;
possuir procedimento com validade forense para to- d) anfetaminas e metanfetaminas;
das as etapas analíticas (descontaminação, extração, e) "ecstasy" (MDMA e MDA);
triagem e confirmação). f) anfepramona;
3.2. Os laboratórios devem entregar ao traba- g) femproporex;
lhador laudo laboratorial detalhado em que conste a h) mazindol.
relação de substâncias testadas, bem como seus res- 5.1. Para a realização dos exames toxicológi-
pectivos resultados. cos devem ser coletadas duas amostras, conforme
3.3. Os resultados detalhados dos exames e procedimentos de custódia indicados pelo laboratório
da cadeia de custódia devem ficar armazenados em executor, com as seguintes finalidades:
formato eletrônico pelo laboratório executor por no a) para proceder ao exame completo, com tri-
mínimo 5 (cinco) anos. agem e exame confirmatório,
3.4. É assegurado ao trabalhador: b) para armazenar no laboratório, por no mí-
a) o direito à contraprova e à confidencialida- nimo 5 (cinco) anos, a fim de se dirimirem eventuais
de dos resultados dos exames; litígios.
b)o acesso à trilha de auditoria do seu exame. 6. Os laboratórios executores de exames toxi-
4. Os laboratórios devem disponibilizar Médi- cológicos de que trata esta Portaria devem encami-
co Revisor MR para proceder a interpretação do lau- nhar, semestralmente, ao Departamento de Seguran-
do laboratorial e emissão do relatório médico, sendo ça e Saúde no Trabalho da Secretaria de Inspeção do
facultado ao empregador optar por outro Médico Re- Trabalho, dados estatísticos detalhados dos exames
visor de sua escolha. toxicológicos realizados, resguardando a confidencia-
lidade dos trabalhadores.
728 Ordeli Savedra Gomes

QUADRO I – Valores de corte ("cut-off")

ANFETAMINAS Triagem Confirmação


Anfetamina 200ng/g 200ng/g
Metanfetamina 200ng/g 200ng/g
MDMA 200ng/g 200ng/g
MDA 200ng/g 200ng/g
Anfepramona 200ng/g 200ng/g
Femproporex 200ng/g 200ng/g
Mazindol 500ng/g 500ng/g

MACONHA Triagem Confirmação


THC 50ng/g
Carboxy THC (THC-COOH) 0,2ng/g 0,2ng/g

COCAÍNA Triagem Confirmação


Cocaína 500ng/g 500ng/g
Benzoilecgonina 50ng/g 50ng/g
Cocaetileno 50ng/g 50ng/g
Norcocaína 50ng/g 50ng/g

OPIÁCEOS Triagem Confirmação


Morfina 200ng/g 200ng/g
Codeína 200ng/g 200ng/g
Heroína (metabólito) 200ng/g 200ng/g

Fonte: Aadaptado de Sociedade Brasileira de Toxicologia (SBTOX <http://www.sbtox.org.br/>);


Associação Brasileira de Provedores de Serviços Toxicológicos de Larga Janela de Detecção (ABRATOX <http://
www.abratox.org.br/>); e SoHT – Society of Hair Testing (<http://www.soht.org/>).
Nota 1: Em relação a maconha, na triagem qualquer uma das substâncias pode resultar em um presumido positivo. Na
confirmação apenas o THC-COOH é aceito.
Nota 2: Em relação a cocaína, na triagem qualquer uma das substâncias pode resultar em um presumido positivo. A
confirmação deve incluir cocaína e, pelo menos, um dos metabólitos.
Nota 3: Em relação às anfetaminas e opiáceos, todas as substâncias devem ser testadas na triagem e, quanto houver
um presumido positivo, na confirmação.

PORTARIA 94, DE 31.05.2017


O DIRETOR DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO – DENATRAN, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 19, inc. XXIII, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro.
Considerando o disposto na Resolução CONTRAN 168, de 14.12.2004;
Considerando o que consta no Processo Administrativo 80000.030646/2013-83, RESOLVE:
Art. 1º. Instituir o CURSO DE AGENTE DE sivo de trânsito ou patrulhamento nos órgãos inte-
TRÂNSITO para profissionais que executem as ativi- grantes do Sistema Nacional de Trânsito.
dades de fiscalização, operação, policiamento osten-
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 729

Art. 2º. A estrutura curricular mínima, requisi- de Trânsito – DENATRAN dar publicidade aos crité-
tos para matrícula, carga horária mínima, abordagem rios e procedimentos para autorização e credencia-
didático-pedagógica, frequência, avaliação e disposi- mento das instituições.
ções finais estão estabelecidas nos Anexos I e II des- Art. 5º. O profissional que exerce a atividade
ta Portaria. de agente da autoridade de trânsito deverá realizar
Art. 3º. O curso, na forma desta Portaria, será curso de atualização a cada 3 (três) anos, a partir da
ministrado por órgãos integrantes do Sistema Nacio- data de entrada em vigor desta Portaria.
nal de Trânsito ou por entidades e instituições por Art. 6º. Esta Portaria entrará em vigor 180
eles autorizadas e credenciadas. (cento e oitenta) dias após a data de sua publicação,
Art. 4º. Ficam reconhecidos outros cursos de revogando-se as disposições em contrário.
formação de agente de trânsito concluídos até 180
(cento e oitenta) dias após o Departamento Nacional Elmer Coelho Vicenzi

ANEXO I
Carga horária mínima, requisitos para matrí- f) 08 (oito) horas/aula ao Modulo VI (O Papel
cula, estrutura curricular mínima, abordagem didáti- Educador do Agente);
co-pedagógica, frequência, avaliação e disposições g) 08 (oito) horas/aula ao Modulo VII (Língua
finais do curso. Portuguesa);
1. Carga horária mínima h) 16 (dezesseis) horas/aula ao Modulo VIII
1.1. A carga horária mínima do curso é de (Operação e Fiscalização de Trânsito);
200 (duzentas) horas-aula, divididas em: i) 40 (quarenta) horas/aula ao Modulo IX (Prá-
a) 40 (quarenta) horas/aula destinadas ao tica Operacional).
Módulo I (Legislação de Trânsito); 1.2. Considera-se hora-aula o período de 50
b) 20 (vinte) horas/aula ao Módulo II (Noções (cinquenta) minutos.
de Engenharia de Tráfego e Sinalização de Trânsito); 1.3. A carga horária diária não poderá exce-
c) 48 (quarenta e oito) horas/aula ao Módulo der, em regime intensivo, 08 (oito) horas/aula por dia.
III (Legislação de Trânsito Aplicada); 2. Requisitos para matrícula no curso de
d) 08 (oito) horas/aula ao Modulo IV (Ética e formação
Cidadania); 2.1. Ser servidor público (celetista ou estatutá-
e) 12 (doze) horas/aula ao Modulo V (Psicolo- rio) ou policial militar, indicado pelo órgão com circuns-
gia Aplicada); crição sobre a via, no âmbito de sua competência.
3. Estrutura curricular e carga horária mínima
Carga
Módulo Conteúdo
Horária
Conceitos e Definições; Normas de Circulação e Conduta
Sistema Nacional de Trânsito; Medidas Administrativas e
MÓDULO I
Penalidades; Dados a serem observados na CNH e CLA; 40 h/a
Legislação de Trânsito
Veículos; Normas do CONTRAN e do DENATRAN
aplicadas à Fiscalização e Operação de Trânsito.
MÓDULO II
Conceito de Mobilidade e Circulação; Elementos da
Noções de Engenharia de
Engenharia de Tráfego; Sinalização Viária (vertical, 20 h/a
Tráfego e Sinalização de
horizontal e semafórica, etc.); Fiscalização Eletrônica
Trânsito
MÓDULO III
Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito 48 h/a
Legislação de Trânsito Aplicada
Conceitos e Definições
MÓDULO IV Ética geral
08 h/a
Ética e Cidadania Ética profissional
Cidadania e trânsito
Conceitos e Definições; Comunicação interpessoal;
MÓDULO V
Administração de conflitos; Diferenças individuais; 12 h/a
Psicologia Aplicada
Assertividade
730 Ordeli Savedra Gomes

Conceitos e Definições
MÓDULO VI O agente enquanto educador de trânsito (observar art. 280
08 h/a
O Papel Educador do Agente do CTB)
O auto de infração como ato vinculado
MÓDULO VII Noções Básicas de Comunicação:
08 h/a
Língua Portuguesa Oral Escrita
MÓDULO VIII Conceitos e Definições
Operação e Fiscalização de Técnicas de Abordagem; Operação; Fiscalização; 16 h/a
Trânsito Integração com a engenharia de tráfego
MÓDULO IX Técnicas de Abordagem; Prática de Fiscalização; Prática
40 h/a
Prática Operacional de Operação
TOTAL 200 h/a

4. Abordagem Didático-pedagógica do desempenho dos alunos, sendo dispensado atri-


4.1. A abordagem didático-pedagógica do cur- buição de nota ao final do curso.
so de agente da autoridade de trânsito consiste na 6. Disposições Finais
apresentação de aulas teóricas e práticas ministra- 6.1. O corpo docente do curso deverá ser for-
das de forma dinâmica, expositiva e dialógica. Para mado por no mínimo 70% (setenta por cento) de pro-
as atividades práticas podem ser utilizadas imagens, fissionais que tenham formação superior e experiên-
vídeos, estudos de caso e visitas técnicas, atividades cia na área afim aos conteúdos constantes da estru-
de fiscalização, operação, policiamento ostensivo de tura curricular do curso.
trânsito ou patrulhamento. 6.2. A comprovação da referida titulação de-
5. Avaliação da Aprendizagem verá ser apresentada junto aos órgãos integrantes do
5.1. Ao final de cada módulo será realizada Sistema Nacional de Trânsito e às entidades e ins-
prova sobre os conteúdos trabalhados pelas institui- tituições homologadas pelo Departamento Nacional
ções que ministram os cursos. de Trânsito – DENATRAN para ministrarem o curso
5.2. Será considerado aprovado no curso de objeto desta Portaria.
capacitação o aluno que obtiver aproveitamento mí- 6.3. O número máximo de participantes, por
nimo de 70% (setenta por cento) em cada módulo. turma, deverá ser de 50 (cinquenta) alunos.
5.3. O aluno reprovado ao final do módulo po- 6.4. Os certificados serão emitidos pelos ór-
derá realizar nova prova a qualquer momento, sem gãos integrantes do Sistema Nacional de Trânsito ou
prejuízo da continuidade do curso. Caso ainda não por entidades e instituições por eles autorizadas, des-
consiga resultado satisfatório deverá repetir o módulo de que homologadas pelo Departamento Nacional de
em outra edição do curso. Trânsito – DENATRAN para ministrarem o curso ob-
5.4. A frequência mínima é de 75% (setenta e jeto desta Portaria.
cinco por cento) em cada um dos módulos. Caso o 6.5. Os módulos I, II, IV, VI e VII, descritos no
aluno não atinja o mínimo de frequência estabelecido Capítulo 3, do Anexo I, desta Portaria, poderão ser
em um ou mais módulo(s), poderá repeti-lo(s) em ou- realizados na modalidade de ensino a distância.
tra turma ou edição do curso, aproveitando os módu- 6.6. O conteúdo presente na estrutura curricu-
los em que atingiu o estabelecido. lar e a carga horária poderão ser acrescidos com o
5.5. Nos cursos de atualização, a avaliação objetivo de atender as necessidades específicas do
será feita através de observação direta e constante órgão com circunscrição sobre a via.

ANEXO II
CURSO DE ATUALIZAÇÃO
O curso de atualização terá uma carga horária mínima de 32 (trinta e duas) horas/aula conforme estrutu-
ra curricular abaixo.
Carga
Módulo Conteúdo
Horária
MÓDULO I
Atualizações normativas pertinentes a área da fiscalização 12 h/a
Legislação de Trânsito Aplicada
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 731

MÓDULO II Ética profissional


04 h/a
Ética e Cidadania Cidadania e trânsito
MÓDULO III
Atualizações: Técnicas de Abordagem; Operação;
Operação e Fiscalização de 16 h/a
Fiscalização; Integração com a engenharia de tráfego
Trânsito
TOTAL 32 h/a

PORTARIA 176, DE 09.08.2017


Estabelece o modelo da Permissão Internacional para Di-
rigir (PID) e os procedimentos para a homologação de
entidades com a finalidade de expedição da PID.
O Diretor do Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN, no uso da competência que lhe confere o
art. 19, incs. VI, VIII e XX, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e,
CONSIDERANDO a necessidade de adequar a expedição da Permissão Internacional para Dirigir (PID) ao
modelo estabelecido na Convenção sobre Trânsito Viário, celebrada em Viena, em 8 de novembro de 1968, e
promulgada pelo Decreto 86.714, de 10.12.1981;
CONSIDERANDO a edição da Lei 13.258, de 08.03.2016, que altera o inc. XX do art. 19 da Lei 9.503, de
23.09.1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para dispor sobre a expedição da permissão internacional para
conduzir veículo;
CONSIDERANDO o que consta no Processo Administrativo 80000.107770/2016-97; resolve:
Art. 1º. Esta Portaria estabelece o modelo da constando dados variáveis da PID, colada sobre a
Permissão Internacional para Dirigir (PID) e os proce- primeira folha do livreto que constitui a PID.
dimentos para a homologação de entidades com a Art. 6º. No final das páginas interiores haverá
finalidade de expedição da PID. duas páginas justapostas, que se ajustarão ao mode-
Art. 2º. A PID emitida no Brasil é válida nos lo constante no Anexo I, sendo impressas em fran-
territórios das Partes Contratantes da Convenção cês. (Redação dada pela Portaria 36/18)
sobre Trânsito Viário, celebrada em Viena, em 8 de Parágrafo único. O anverso da segunda pá-
novembro de 1968, desde que seja apresentada gina da folha justaposta será composta por etiqueta
junto com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) adesiva com requisitos de segurança, conforme des-
válida. critos no Anexo II, constando dados variáveis do
Parágrafo único. A PID não é válida para condutor, colada sobre a folha justaposta do livreto
conduzir veículo no território nacional e não equivale que constitui a PID.
a documento de identidade. Art. 7º. As páginas interiores que precedem
Art. 3º. A PID será emitida em formato de li- as duas páginas referidas no artigo anterior reproduzi-
vreto A-6 (148 x 105mm), conforme modelo definido rão em português, espanhol, inglês, russo, alemão,
no Anexo 7 da Convenção sobre Trânsito Viário de árabe, chinês e japonês a primeira página da folha
1968 e em especificações contidas nos Anexos I, II e justaposta do Anexo I, nessa ordem. (Redação dada
III desta Portaria, sendo o fundo da capa de cor cinza pela Portaria 36/18)
e as páginas internas de cor branca. (Redação dada Art. 8º. A PID terá 02 (dois) números de iden-
pela Portaria 36/18) tificação nacional, que são: (Redação dada pela Por-
taria 36/18)
Art. 4º. A primeira capa trará o nome do do-
cumento, qual seja, “PERMISSÃO INTERNACIONAL I - O primeiro número de Identificação Nacio-
PARA DIRIGIR”, em português, espanhol e inglês. nal – Registro Nacional, gerado pelo sistema informa-
(Redação dada pela Portaria 36/18) tizado da Base Índice Nacional de Condutores (BIN-
CO), composto de 09 (nove) caracteres mais 02
Art. 5º. O anverso da primeira folha da PID (dois) dígitos verificadores de segurança, que será o
conterá dizeres em português e inglês. (Redação da- mesmo número de registro no sistema – RENACH, o
da pela Portaria 36/18) qual consta na CNH, aposto no campo chamado
Parágrafo único. O anverso da primeira folha "NÚMERO DA CNH/NUMBER OF DOMESTIC DRIVING
da PID será composto por etiqueta adesiva com re- PERMIT" e será impresso na 1ª página interna da PID,
quisitos de segurança, conforme descrito no Anexo II, na cor vermelha.
732 Ordeli Savedra Gomes

II - O segundo número de Identificação Nacio- I - Quanto à regularidade fiscal:


nal será o Número da PID, formado por 08 (oito) a) Cópia do Ato constitutivo, estatuto ou con-
caracteres mais 01 (um) dígito verificador de segu- trato social em vigor, devidamente registrado no ór-
rança, autorizado e controlado pelo órgão máximo gão competente, em se tratando de sociedades co-
executivo de trânsito da União, o qual identificará merciais, e, no caso de sociedades por ações, acom-
cada documento emitido da PID, e será impresso panhado de documentos de eleição de seus atuais
eletronicamente na primeira página interna do docu- administradores, atestando objeto social correlato ao
mento no campo “NÚMERO/Nº” e tipograficamente ramo de atividade pertinente;
na terceira capa do documento. b) Cópia da inscrição no Cadastro Nacional de
Art. 9º. Os dados necessários para emissão Pessoas Jurídicas (CNPJ/MF), de acordo com a
da PID serão disponibilizados pelo órgão máximo exe- Instrução Normativa SRF 1.634, de 06.05.2016;
cutivo de trânsito da União por meio de transações c) Certidões negativas de débitos perante a
específicas com a BINCO. Fazenda Municipal, Estadual e Federal;
Parágrafo único. A propriedade dos dados a d) Certidão de regularidade fiscal do FGTS.
que se refere o caput deste artigo é do órgão máximo II - Quanto à Capacidade Técnica:
executivo de trânsito da União. a) Indicação do aparelhamento e do pessoal
Art. 10. O prazo de validade da PID será de no técnico adequados à personalização e expedição da
máximo 3 (três) anos da data de sua emissão ou até PID, contendo especificação técnica das máquinas
a data de expiração da validade da CNH, o que ocor- necessárias para a personalização, rigorosamente de
rer primeiro, observado o limite máximo de 3 (três) acordo com o modelo instituído por essa Portaria;
anos.
b) Descrição completa do fluxo de personali-
Art. 11. Para requerer a PID o condutor deve- zação, sistema de segurança dos processos e da
rá possuir CNH ou Permissão Para Dirigir (PPD) segurança patrimonial da empresa interessada, in-
válidas. cluindo Circuito Fechado de TV (CFTV);
§ 1º. Não será expedida PID para condutores c) Descrição dos cofres de segurança utiliza-
com CNH suspensa, cassada, condenado por crime dos para a guarda dos insumos e das PIDs personali-
de trânsito ou por determinação judicial. zadas;
§ 2º A Autorização para Conduzir Ciclomoto- d) Comprovação de filiação à Federação In-
res (ACC) não será considerada para a emissão da ternacional Automobilística (FIA);
PID. e) Declaração assinada pelos representantes
Art. 12. Os requisitos para validação e sus- legais da empresa interessada sobre sua aptidão para
pensão da PID são os estabelecidos nos arts. 41 e 42 execução do objeto, compatível em características e
da Convenção sobre Trânsito Viário de 1968. especificações técnicas constantes nessa Portaria;
Art. 13. Compete ao órgão máximo executivo f) A empresa interessada em expedir a PID
de trânsito da União expedir a PID, o que poderá ser deverá estar localizada em território nacional;
feito diretamente e mediante delegação aos órgãos g) O vínculo empregatício pelo Regime da CLT
executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Fe- do pessoal técnico, deverá ser de, no mínimo, 6
deral ou à entidade habilitada para esse fim, pelo (seis) meses e comprovado com a apresentação de
DENATRAN, de acordo com o estabelecido nesta Por- cópias autenticadas da Ficha de Registro do empre-
taria. gado ou da Carteira de Trabalho.
Art. 14. O órgão ou entidade executivo de Art. 16. A homologação terá validade de 2
trânsito do Estado ou do Distrito Federal aplicará, (dois) anos, podendo ser revogado a qualquer tempo,
com vistas à produção e expedição da PID, o mesmo se não cumpridas as exigências descritas nesta Por-
critério de contratação adotado em relação à CNH. taria.
Parágrafo único. A contratação pelo órgão Art. 17. A homologação poderá ser renovada
ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do por igual período, sem limite de renovações, desde
Distrito Federal com a finalidade prevista no caput que atendidos os requisitos estabelecidos nesta Por-
será operacionalizada entre as empresas credencia- taria.
das pelo órgão máximo executivo de trânsito da Parágrafo único. O pedido de renovação da
União para a produção da PID. homologação deverá ser protocolado no DENATRAN
Art. 15. A homologação junto ao DENATRAN, com antecedência mínima de 90 (noventa) dias do
para a finalidade de expedição da PID, será requerido vencimento da homologação vigente, não se respon-
pela empresa interessada, mediante a apresentação sabilizando o DENATRAN por soluções de continui-
dos seguintes documentos: dade.
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 733

Art. 18. A homologação de que trata esta Art. 19. A empresa, após homologada para
Portaria equivale ao Termo de Autorização de acesso expedir a PID, receberá uma série numérica, forneci-
ao Sistema RENACH para as transações necessárias da pelo DENATRAN.
à emissão da PID. Art. 19-A. As entidades homologadas para a
§ 1º A empresa homologada nos termos des- expedição da PID deverão adquirir os insumos neces-
ta Portaria deverá realizar contrato administrativo sários para a realização desta atividade juntamente
com o Serviço Federal de Processamento de Dados às empresas credenciadas pelo DENATRAN para a
(SERPRO) no prazo máximo de 1 (um) mês após a produção do mesmo documento. (Acrescido pela Por-
data de publicação da Portaria de homologação, nos taria 36/18)
termos dispostos na Portaria DENATRAN 15, de Art. 20. Os Anexos desta Portaria encontram-
18.01.2016, e suas alterações. se disponíveis no endereço eletrônico do DENATRAN:
§ 2º O valor dos acessos e disponibilização de <www.denatran.gov.br>. *Observação do autor: ane-
dados e informações dos sistemas e subsistemas do xos alterados pela Portaria 36, de 09.03.2018.
DENATRAN deverá atender ao disposto na Portaria Art. 21. Fica revogada a Portaria DENATRAN
DENATRAN 123, de 16.06.2017, e suas alterações. 25, de 31.03.2006.
§ 3º O pagamento do valor do acesso aos da- Art. 22. Esta Portaria entra em vigor em 1º de
dos dos sistemas e subsistemas informatizados do abril de 2018, exceto quanto aos arts. 15 a 19, que
DENATRAN será feito diretamente ao SERPRO, passam a ter imediato vigor. (Redação dada pela Por-
conforme previsto na Portaria DENATRAN 15, de taria 01, de 30.01.2018)
18.01.2016, e suas alterações. Elmer Coelho Vicenzi

PORTARIA 85, DE 09.05.2018


Estabelece procedimentos para a publicação na rede
mundial de computadores (internet) dos dados sobre a
receita arrecadada com a cobrança de multas de trânsi-
to e sua destinação, nos termos do art. 320, § 2º do
Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
O DIRETOR DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO – DENATRAN, no uso das atribuições legais
que lhe conferem os incs. I e V do art. 19 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código de Trânsito Brasilei-
ro (CTB);
Considerando a necessidade de padronizar a forma a ser observada pelos órgãos e entidades integrantes
do Sistema Nacional de Trânsito (SNT) para publicação dos dados sobre a receita arrecadada com a cobrança
de multas de trânsito e sua destinação, em atenção ao art. 320, § 2º do CTB;
Considerando o que consta no processo 80000.007345/2018-61, resolve:
Art. 1º. Esta Portaria estabelece procedimen- I - arrecadação;
tos para a publicação na rede mundial de computado- II - exercício;
res (internet) dos dados sobre a receita arrecadada III - quantidade de multas arrecadadas em ca-
com a cobrança de multas de trânsito e sua destina- da mês;
ção, nos termos do art. 320, § 2º do Código de IV - valor total arrecadado em cada mês;
Trânsito Brasileiro (CTB). Art. 5º. As informações relativas às “DESPE-
Art. 2º. Os dados referentes à arrecadação SAS REALIZADAS COM RECURSOS ARRECADADOS
das multas de trânsito, bem como as despesas pagas COM MULTAS DE TRÂNSITO” deverão conter os se-
com esses recursos, deverão estar destacadas em guintes dados:
item específico, sob o título “MULTAS DE TRÂNSITO”.
I - exercício;
Art. 3º. O item “MULTAS DE TRÂNSITO” de-
II - gastos realizados em cada mês;
verá conter informações discriminadas sobre os
III - tipificação dos gastos realizados;
valores arrecadados e as despesas realizadas com
essa arrecadação. IV - repasses realizados em cumprimento a
determinações normativas ou em decorrência de
Art. 4º. As informações relativas aos “VALO-
convênio ou acordo de cooperação, de forma discri-
RES ARRECADADOS” deverão conter os seguintes
minada;
dados:
734 Ordeli Savedra Gomes

Parágrafo único. Os gastos a que se refere o Parágrafo único. As informações relativas a


inc. III devem estar em conformidade com as normas cada mês do exercício vigente devem ser informadas
do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) que até o vigésimo dia do mês subsequente.
dispõem sobre as formas de aplicação da receita Art. 7º. Esta Portaria entra em vigor na da da-
arrecadada com a cobrança das multas de trânsito, ta de sua publicação.
nos termos do art. 320, caput, do CTB. Maurício José Alves Pereira
Art. 6º. Deverão ser obrigatoriamente publi-
cadas as informações referentes aos últimos 5 (cinco)
exercícios, mês a mês e de forma consolidada.

PORTARIA 149, DE 12.07.2018


Estabelecer e normatizar os procedimentos para a arre-
cadação das multas e demais débitos relacionados a
veículos e o repasse dos valores arrecadados, para dis-
por sobre o pagamento parcelado por meio de cartão de
crédito e débito.
O DIRETOR DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO – DENATRAN, no uso das atribuições que
lhe conferem o inc. I do art. 19, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB,
o § 13 do art. 25-A e o art. 34 da Resolução CONTRAN 619, de 06.09.2016;
CONSIDERANDO o que dispõe a Resolução CONTRAN 619, de 06.09.2016, que estabelece e normatiza
os procedimentos para a aplicação das multas por infrações, a arrecadação e o repasse dos valores arrecada-
dos, nos termos do inc. VIII do art. 12 do CTB, e dá outras providências;
CONSIDERANDO a necessidade de aperfeiçoar a forma de pagamento das multas de trânsito e demais
débitos relativos ao veículo, adequando-a a métodos de pagamento mais modernos utilizados pela sociedade;
CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar os procedimentos sobre o pagamento parcelado das
multas de trânsito por meio de cartão de crédito;
CONSIDERANDO a necessidade de adotar procedimento de credenciamento junto ao Órgão Máximo
Executivo de Trânsito da União, inibindo eventuais conflitos e incompatibilidades sistêmicas entre os órgãos e
entidades integrantes do Sistema Nacional de Trânsito;
CONSIDERANDO a necessidade de estabelecer um padrão de segurança e efetividade do cumprimento
das normas estabelecidas pelo Sistema de Pagamento Brasileiro - SPB, controlado pelo Banco Central do Brasil
– BACEN.
CONSIDERANDO o constante dos autos do processo 80000.031529/2017-61, resolve:
CAPÍTULO I IV - Arranjo de Pagamento: conjunto de regras
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES e procedimentos que disciplina a prestação de
Art. 1º. Esta Portaria estabelece e normatiza determinado serviço de pagamento ao público aceito
os procedimentos para a arrecadação das multas e por mais de um recebedor, mediante acesso direto
demais débitos relacionados a veículos e o repasse dos pelos usuários finais, pagadores e recebedores; e
valores arrecadados, para dispor sobre o pagamento V - Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB):
parcelado por meio de cartão de crédito e débito. compreende as entidades, os sistemas e os procedi-
SEÇÃO I mentos relacionados com o processamento e a
Dos Conceitos liquidação de operações de transferência de fundos,
Art. 2º. Para fins desta Portaria denomina-se: de operações com moeda estrangeira ou com ativos
financeiros e valores mobiliários.
I - Adquirente: Instituição responsável pela re-
lação entre os estabelecimentos comerciais e as CAPÍTULO II
bandeiras e emissores de cartões; DAS NORMAS GERAIS PARA
II - Subadquirente: o responsável pela relação ARRECADAÇÃO DE MULTAS E DEMAIS DÉBITOS
entre alguns estabelecimentos comerciais e a as RELACIONADAS A VEÍCULOS
adquirentes; Art. 3º. O recebimento de multas e demais
III - Facilitadora de Pagamentos: é a instituição débitos relacionados a veículos, pela rede arrecada-
que de algum modo intermedia o pagamento para dora, será feito exclusivamente à vista e de for-
outros; ma integral, podendo ser realizado parcelamento, por
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 735

meio de cartão de crédito, por conta e risco de em suas instalações para que as empresas referidas
instituições integrantes do Sistema de Pagamentos no art. 5º prestem os serviços no mesmo ambiente
Brasileiro (SPB). em que ocorre o atendimento ao público.
Art. 4º. Os órgãos e entidades integrantes do Art. 8º. Os encargos e eventuais diferenças
Sistema Nacional de Trânsito deverão solicitar de valores a serem cobrados por conta do parcela-
autorização ao DENATRAN para viabilizar o pagamen- mento via cartão de crédito ficam a cargo do titular
to de multas de trânsito e demais débitos relaciona- do cartão de crédito que aderir a essa modalidade de
dos a veículos, com cartões de débito ou crédito. pagamento.
Parágrafo único. A autorização de que trata o Art. 9º. A aprovação e efetivação do parce-
caput será expedida pelo DENATRAN por meio de lamento por meio do Cartão de Crédito pela Operado-
Ofício ao dirigente máximo da entidade solicitante. ra de Cartão de Crédito, dos débitos relativos ao
Art. 5º. Os órgãos e entidades integrantes do veículo, libera o licenciamento e a respectiva emis-
Sistema Nacional de Trânsito, devidamente autoriza- são do Certificado de Registro e Licenciamento do
dos pelo DENATRAN, que optarem por implantar Veículo – CRLV e demais serviços relacionados a
sistema informatizado de gestão de arrecadação de veículos.
multas de trânsito e demais débitos, referentes a Art. 10. O pagamento parcelado de multas já
veículos, a fim de viabilizar o pagamento, sem ônus vencidas deverá ser acrescido de juros de mora
para o órgão ou entidade de trânsito, mediante o uso equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial
de cartões de débito ou crédito, somente poderão de Liquidação e de Custódia (SELIC), nos termos do §
promover a habilitação, por meio de contratação ou 4º do art. 284 do CTB, conforme disciplinado pelos
credenciamento, de empresas credenciadoras (adqui- arts. 21 e 22 da Resolução CONTRAN 619, de
rentes), subcredenciadora (subadquirentes) ou 06.09.2016.
facilitadoras para processar as operações e os Art. 11. O valor total do parcelamento, excluí-
respectivos pagamentos, com pessoas jurídicas do a taxa sobre a operação de Cartão de Crédito,
previamente credenciadas pelo DENATRAN, para deverá ser considerada como receita arrecadada,
esse fim, nos termos desta Portaria. para fins de aplicação de recurso, conforme o art.
Parágrafo único. A empresa habilitada pelo 320 do CTB, bem como para fato gerador do repasse
órgão ou entidade do Sistema Nacional de Trânsito, relativo ao Fundo Nacional de Segurança e Educação
nos termos do caput, deve disponibilizar aos proprie- de Trânsito – FUNSET.
tários dos veículos ou infratores alternativas para Art. 12. O DENATRAN é o único órgão gestor
quitar seus débitos à vista ou em parcelas mensais, que detém competência para credenciar empresas
com imediata regularização da situação do veículo. para atuarem nesse sistema de parcelamento de
Art. 6º. As pessoas jurídicas referidas no art. débitos relacionados aos veículos.
5º deverão ser autorizadas, por instituição credencia- Art. 13. O DENATRAN ficará responsável por
dora autorizada e homologada pelo Banco Central do autorizar e fiscalizar as operações dos órgãos e
Brasil, a processar pagamentos, inclusive parcelados, entidades do Sistema Nacional de Trânsito que
mediante uso de cartões de débito e crédito normal- adotarem a modalidade do uso de cartões de débito
mente aceitos no mercado, sem restrição de bandei- ou crédito para o pagamento das multas de trânsito e
ras, e apresentar ao interessado os planos de paga- demais débitos relacionados a veículos.
mento dos débitos em aberto, possibilitando ao titular Art. 14. A ferramenta sistêmica para o aten-
do cartão conhecer previamente os custos adicionais dimento ao interesse público deverá facilitar a quita-
de cada forma de pagamento e decidir pela opção ção de débitos de qualquer natureza incidentes sobre
que melhor atenda às suas necessidades. veículos, porém, mantendo o recolhimento e o
Parágrafo único. A fiscalização da execução repasse ao órgão ou entidade de trânsito na forma
dos serviços será exercida pelo DENATRAN e pelo habitual, ou seja, integralmente à vista e sem qual-
órgão ou entidade integrante do Sistema Nacional de quer ônus adicional.
Trânsito, devidamente autorizado, que tenha aderido Art. 15. As empresas credenciadas pelo DE-
a essa modalidade, a fim de verificar, se no desen- NATRAN, quais sejam: Adquirentes, Subadquirentes
volvimento das atividades, as empresas credencia- ou Facilitadoras, ao arrecadar os valores referentes
das estão cumprindo com as determinações e espe- aos débitos do veículo, devem realizar a quitação
cificações constantes em Lei, Resoluções do CON- junto à rede bancária arrecadadora.
TRAN e demais normas relacionadas à matéria. § 1º A arrecadação para os órgãos ou entida-
Art. 7º. Os órgãos e entidades integrantes do des integrantes do Sistema Nacional de Trânsito será
Sistema Nacional de Trânsito poderão ceder espaço exclusivamente à vista e de forma integral, sendo o
736 Ordeli Savedra Gomes

compromisso financeiro do infrator ou proprietário do Receita Federal e pela Procuradoria-Geral da Fazenda


veículo de responsabilidade da administradora do Nacional; e
cartão de débito ou crédito. IV - Prova de regularidade para com a Fazenda
§ 2º O parcelamento poderá englobar um ou Estadual e Municipal do domicílio ou sede do solici-
mais débitos. tante, ou outra equivalente, na forma da lei.
Art. 16. Uma vez feita a quitação junto à rede Art. 20. A documentação relativa à qualifica-
arrecadadora, o órgão ou entidade integrante do ção econômico-financeira, prevista no inc. III do art.
Sistema Nacional de Trânsito deverá promover a 17, será demonstrada por meio da apresentação de:
baixa da multa no Sistema Registro Nacional de I - apresentação de balanço patrimonial vigen-
Infrações de Trânsito - RENAINF. te, que comprove possuir Patrimônio Líquido não
CAPÍTULO III inferior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais); e
DO CREDENCIAMENTO II - Certidão negativa de pedido de falência ou
Art. 17. O credenciamento de pessoas jurídi- concordata, expedida pelo distribuidor da sede do
cas para prestação dos serviços previstos nesta licitante, com data de emissão, no máximo, de 30
portaria será feito exclusivamente pelo DENATRAN e (trinta) dias consecutivos anteriores à data do cre-
deverá ser antecedido da comprovação de: denciamento.
Art. 21. A qualificação técnica prevista no
I - habilitação jurídica;
inc. IV do art. 17 será demonstrada por meio de
II - regularidade fiscal e trabalhista; capacitação técnica comprobatória de que a empresa
III - qualificação econômico-financeira; e atenda, por meios próprios, os requisitos a seguir:
IV - qualificação técnica. I - estar autorizada como empresa facilitadora
Art. 18. A documentação relativa à habilita- por instituição credenciadora supervisionada e
ção jurídica, prevista no inc. I do art. 17, será de- homologada pelo Banco Central do Brasil, podendo
monstrada por meio da apresentação de: processar pagamentos, inclusive parcelados, median-
I - contrato, estatuto social e/ou regimento e te uso de cartões de crédito normalmente aceitos no
suas alterações, devidamente registrado; mercado financeiro;
II - ata de eleição da diretoria em exercício, II - estar em plena conformidade com ao pa-
devidamente registrada, quando couber; drões PCI-DSS (Payment Card Industry Data Security
III - ato de outorga de poderes ao representan- Standards), Padrão de Segurança de Dados da In-
te legal da empresa; dústria de Cartões de Pagamento, devendo a empre-
sa interessada no credenciamento possuir Certifica-
IV - cédula de identidade e Cadastro de Pes-
ção válida emitida por empresa de auditoria oficial
soa Física – CPF do(s) representante(s) legal(is);
credenciada pelo PCI-DSS;
V - endereço completo (logradouro, comple- III - ter aderido e estar cumprindo as regras
mento, bairro, cidade, unidade da Federação e CEP), determinadas por bandeiras de cartões, mediante
número de telefone e e-mail; e instrumento de contrato de participação nos arranjos
VI - cópia do cartão de inscrição do Cadastro de pagamento, firmado com bandeiras de cartão de
Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ. credito, cuja fatia de mercado represente a maior
Art. 19. A documentação relativa à regulari- parte dos negócios com cartões no país;
dade fiscal e trabalhista, prevista no inc. II do art. 17, IV - declarar que tem condições de confirmar
será demonstrada por meio da apresentação de: o valor presente dos débitos devidos por um veículo;
I - Certificado de Regularidade do FGTS (CRF), V - declarar que tem condições de apresentar
fornecido pela Caixa Econômica Federal, que com- os planos de pagamento dos débitos em aberto,
prove a regularidade de situação junto ao Fundo de possibilitando ao titular do cartão conhecer previa-
Garantia por Tempo de Serviço; mente os custos adicionais de cada opção de parce-
II - Certidão Negativa de Débito (CND) emitida lamento e decidir qual delas melhor atende suas
pelo órgão local competente do INSS, comprovando a necessidades;
regularidade para com as contribuições sociais VI - declarar que tem condições de quitar à
incidentes sobre a remuneração paga ou creditada vista, na própria data em que a transação com cartão
aos segurados a serviço na empresa, válida para de crédito tiver sido aprovada, em qualquer institui-
todas as suas dependências; ção da rede bancária arrecadadora, todos os débitos
III - Certidão conjunta referente aos tributos incluídos no total do pagamento; e
federais e à Dívida Ativa da União, administrados, no VII - declarar que tem condições de disponibi-
âmbito de suas competências, pela Secretaria da lizar para o pagador, imediatamente após a quitação,
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 737

o ticket da operação com cartão débito ou crédito e atendimento presencial, com operadores da empresa
os comprovantes de pagamento fornecidos pela credenciada, por meio de:
instituição arrecadadora, podendo essa disponibiliza- I - PINPAD utilizando software homologado
ção ocorrer por meio eletrônico (e-mail ou SMS). para integração entre equipamento e TEF;
Art. 22. Os requerimentos para credencia- II - POS, desde que o mesmo seja integrado
mento deverão ser feitos, preferencialmente, por ao software de captura dos débitos, sem nenhuma
meio de peticionamento eletrônico, através do site manipulação do valor de pagamento.
<http://sei.cidades.gov.br/externo>. Parágrafo único. Também será facultado às
Art. 23. O credenciamento será concedido pe- empresas credenciadas a disponibilização de solução
lo prazo máximo de 60 (sessenta) meses, admitidas que permita a realização das transações por meio de
prorrogações e poderão ser cancelados mediante site e aplicativo, via internet, sendo apenas admitido,
denúncia motivada de fato desabonador pelos órgãos neste caso, o pagamento de débitos estritamente
e entidades do Sistema Nacional de Trânsito, ou relacionados a veículos de propriedade do próprio
ainda, pela comprovada ocorrência indevida de titular do cartão utilizado para o respectivo adimple-
acesso e uso de dados e informações dos sistemas mento.
de trânsito, que vierem a ser disponibilizados. Art. 28. O serviço será prestado sem ônus pa-
Parágrafo único. O cancelamento dos cre- ra o órgão ou entidade de trânsito, não implicando
denciamentos, ajustes ou acordos previstos neste compromissos nem obrigações financeiras.
artigo implicará na desabilitação de acesso a todos Art. 29. Os equipamentos deverão estar inter-
os sistemas de trânsito. ligados com o sistema do órgão ou entidade de
Art. 24. As empresas credenciadas pelo DE- trânsito, por meio do webservice já mencionado,
NATRAN para prestação dos serviços referentes à devendo o operador ou o próprio usuário digitar a
arrecadação de multas e demais débitos relativos aos placa e CPF e/ou CNPJ do proprietário do veículo
veículos deverão solicitar acesso ao Registro Nacio- e/ou RENAVAM do veículo para obter a discrimina-
nal de Veículos Automotores – RENAVAM e ao ção dos débitos e o total a ser pago à vista ou con-
RENAINF, nos termos do normativo que estabelece forme a quantidade de parcelas disponibilizada pela
os procedimentos para acesso aos sistemas e empresa (de 1 a 12 parcelas), podendo em seguida:
subsistemas deste Departamento. I - escolher e indicar qual número e valor de
parcelas que melhor se enquadre em seu orçamento
Art. 25. Os órgãos e entidades integrantes do
mensal;
Sistema Nacional de Trânsito que adotarem essa
modalidade de arrecadação de multas e demais II - informar o número de seu telefone celular
débitos por meio de cartões de débito ou crédito ou e-mail para posteriormente receber os comprovan-
deverão permitir acesso, via webservice, sem ônus tes definitivos do pagamento; e
para a credenciada, aos seus sistemas informatiza- III - concretizar o pagamento, inserindo o car-
dos para que as empresas possam: tão e digitando a respectiva senha no leitor do cartão.
I - consultar os débitos dos veículos; Art. 30. Aprovada a transação com o cartão
de crédito, a empresa credenciada deverá disponibili-
II - confirmar ao órgão de que a transação de
zar ao usuário um comprovante provisório de quita-
cartão de crédito ou débito foi autorizada; e
ção, listando individualmente os débitos pagos, o
III - receber do órgão as informações detalha- qual poderá ser impresso em equipamento conectado
das dos boletos a serem liquidados. no computador local ou no ATM.
Parágrafo único. O canal de informação de Art. 31. A empresa credenciada deverá pagar
que trata o caput permitirá que a empresa credencia- integralmente os débitos devidos na conta corrente
da colete, em tempo real, os valores devidos de cada que mantém a instituição arrecadadora, utilizando-se
veículo para fins de quitação. das rotinas habituais do processo de arrecadação
Art. 26. As empresas credenciadas poderão para o órgão ou entidade de trânsito.
elaborar, sob a coordenação do órgão ou entidade de Art. 32. Quando aprovada a transação, em
trânsito, arte relativa aos serviços a que ser refere um tempo estimado de 30 (trinta) a 60 (sessenta)
esta Portaria para fins de comunicação visual para minutos, os comprovantes definitivos de quitação
divulgação ao público em geral. dos débitos deverão estar disponibilizados por meio
Art. 27. A empresa deverá instalar, nas loca- de mensagem eletrônica no telefone celular (via
lidades indicadas pelo órgão ou entidade de trânsito SMS) ou no e-mail indicado.
que aderirem a esse sistema, equipamentos que Art. 33. O serviço deverá estar disponível du-
permitam a realização de pagamentos via TEF para o rante o horário de funcionamento dos postos de
738 Ordeli Savedra Gomes

atendimento onde estiver instalado ou a qualquer Art. 38. Os órgãos e entidades integrantes do
hora no ATM. Sistema Nacional de Trânsito que adotarem essa
Art. 34. Os prazos estabelecidos compreen- modalidade de arrecadação de multas e demais
derão apenas os dias em que houver expediente débitos referentes a veículos, por meio de cartões de
bancário, no período preferencial de 11 horas às 16 débito ou crédito, deverão fornecer mensalmente ao
horas, sendo que para a quitação definitiva das DENATRAN relatório contendo o montante arrecada-
transações realizadas será observado o previsto no do de forma discriminada, para fins de controle dos
inc. VI do art. 21. repasses relativos ao FUNSET.
Art. 35. Os serviços consistirão nas seguintes Art. 39. Na ausência de prestação de contas
atividades, respeitadas as devidas competências e a que se refere o art. 38, o DENATRAN poderá
atribuições: suspender a autorização para que os órgãos e entida-
I - realização de ações integradas de comuni- des de trânsito admitam o pagamento parcelado ou à
cação e mídia visando informar aos interessados a vista de multas de trânsito e demais débitos relacio-
disponibilização de uma nova ferramenta para quita- nados a veículos, por meio de cartões de débito ou
ção de débitos; crédito.
II - encaminhamento diário das informações Art. 40. As operações objeto desta portaria
sobre as operações realizadas, bem como acompa- deverão ser transacionadas, exclusivamente, pelas
nhamento on-line se necessário; empresas credenciadas, sendo reservado aos órgãos
III - conhecimento mútuo das normas e pro- e entidades integrantes do Sistema Nacional de
cedimentos de ambos partícipes; e Trânsito o direito de fiscalizar e cobrar documentos
IV - informação clara aos usuários sobre o comprobatórios para tanto, inclusive os de natureza
mecanismo de funcionamento da ferramenta, bem fiscal.
como as informações relevantes de natureza financei- Art. 41. Os órgãos e entidades integrantes do
ra de cada operação, com os respectivos comprovan- Sistema Nacional de Trânsito que já implantaram
tes. seus sistemas de parcelamento de multas e demais
débitos por meio de cartão de crédito, com base na
Art. 36. Os órgãos e entidade integrantes do
Resolução CONTRAN 697, de 10.10.2017, e na
Sistema Nacional de Transito que aderirem aos
Portaria DENATRAN 53, de 23.03.2018, terão o prazo
serviços de parcelamento por meio do uso de cartões
de 90 (noventa) dias, a partir da publicação desta
de crédito, deverão disponibilizar a interface tecnoló-
Portaria, para adequação aos seus ditames, sob pena
gica junto aos bancos de dados locais, a fim de
de ter suspenso o acesso junto ao RENAINF e demais
possibilitar a plena execução dos serviços.
sanções decorrentes dos normativos em vigor.
CAPÍTULO Art. 42. Ficam revogadas:
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS I - a Portaria DENATRAN 53, de 23.03.2018; e
Art. 37. O valor a ser repassado ao FUNSET, II - a Portaria DENATRAN 91, de 17.05.2018.
nos termos do § 1º do art. 320 do Código de Trânsito
Art. 43. Esta Portaria entra em vigor na data
Brasileiro – CTB, será sobre o valor total do parcela-
de sua publicação.
mento da multa, sendo que nesse cálculo não entra a
taxa sobre a operação. Maurício José Alves Pereira

PORTARIA 573, DE 17.09.2018


Regulamenta a expedição do Certificado de Registro e
Licenciamento de Veículo Eletrônico (CRLVe).
O DIRETOR DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO (DENATRAN), no uso das atribuições que lhe
foram conferidas pelo art. 19, incs. I e VI, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasi-
leiro (CTB);
CONSIDERANDO o disposto no art. 2º da Resolução CONTRAN 720, de 07.12.2017, que autoriza a expe-
dição do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo em meio eletrônico, na forma estabelecida em
Portaria do DENATRAN;
CONSIDERANDO a necessidade de simplificação do processo de emissão do CRLVe, por meio da utiliza-
ção de novas tecnologias de autenticação do CRLVe;
Código de Trânsito Brasileiro Comentado e Legislação Complementar 739

CONSIDERANDO o constante dos autos dos processos 80000.015736/2012-63 e 80000.025517/2018-88,


resolve:
Art. 1º. Esta Portaria regulamenta a expedi- Parágrafo único. A Chave de Acesso consti-
ção do Certificado de Registro e Licenciamento de tui um item de segurança destinado a impedir o
Veículo Eletrônico (CRLVe). acesso indevido aos documentos adicionados no
Art. 2º. O CRLVe constitui a versão eletrônica aplicativo Carteira Digital de Trânsito, sobretudo em
do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo e caso de perda do aparelho de telefone celular.
possui o mesmo valor jurídico do documento impresso. Art. 7º. O CRLVe possuirá um QRCode desen-
Art. 3º. Para emissão do CRLVe, será neces- volvido pelo SERPRO, o qual poderá ser lido e valida-
sária a instalação do aplicativo denominado “Carteira do quando necessário.
Digital de Trânsito” e a realização do cadastro do Parágrafo único. O código bidimensional se-
condutor/proprietário no próprio aplicativo. rá gerado de forma automatizada e criptografada e
Art. 4º. Após a realização do cadastro, será poderá ser lido sem a necessidade de acesso à
enviado um link de ativação para o endereço eletrôni- internet, com a utilização do aplicativo “Lince”.
co cadastrado no aplicativo. Art. 8º. O CRLVe será expedido em modelo
Art. 5º. Para adicionar o documento CRLVe, único, conforme especificações constantes de
deverá ser informado o número do RENAVAM e o Resolução editada pelo CONTRAN, excetuando-se as
número de segurança constante do Certificado de especificações que sejam exclusivas para o docu-
Registro de Veículo (CRV) emitido em meio físico. mento impresso.
Art. 6º. Adotadas as providências a que se Art. 9º. Esta Portaria entra em vigor na data
refere o art. 5º, será solicitada a criação de uma de sua publicação.
“Chave de Acesso” com 4 (quatro) dígitos (PIN) para Maurício José Alves Pereira
acessar os documentos adicionados.

PORTARIA 1.657, DE 27.12.2018


O DIRETOR DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO (DENATRAN), no uso das atribuições que lhe
foram conferidas pelo art. 19, incs. I e VI, da Lei 9.503, de 23.09.1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasi-
leiro (CTB);
CONSIDERANDO o disposto no § 2º do art. 1º da Resolução CONTRAN 598, de 24.05.2016, com reda-
ção dada pela Resolução CONTRAN 684, de 25.07.2017, que autoriza a expedição do documento de habilitação
em meio eletrônico, na forma estabelecida pelo DENATRAN;
CONSIDERANDO a necessidade de simplificação do processo de emissão da CNH em meio eletrônico,
por meio da utilização de novas tecnologias de autenticação do condutor;
CONSIDERANDO o constante dos autos dos processos 80000.015736/2012-63 e 80000.023801/2017-
39, resolve:
Art. 1º. Esta norma disciplina a expedição da tos, de forma aleatória, em frente à câmera do dis-
Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em meio positivo móvel.
eletrônico, denominada CNH Digital. § 2º Durante a execução dos movimentos
Art. 2º. A CNH Digital constitui a versão ele- descritos no § 1º, o aplicativo executará um coman-
trônica da Carteira Nacional de Habilitação e possui o do automático para fotografar o condutor.
mesmo valor jurídico do documento impresso. § 3º A imagem capturada será submetida ao
Art. 3º. Para emissão da CNH Digital será ne- serviço de validação facial da Carteira Digital de
cessária a instalação de um aplicativo específico Trânsito para comparação com a foto do condutor
denominado Carteira Digital de Trânsito. existente na base de dados do DENATRAN.
Art. 4º. O aplicativo exigirá a leitura do QR Art. 6º. Na hipótese de o resultado do pro-
Code impresso no verso da CNH expedida em meio cesso de validação mencionado no § 3º do art. 5º não
físico, para conferência junto à base de dados do atender aos requisitos para liberação do acesso à
DENATRAN. CNH Digital, o condutor deverá proceder com a atua-
Art. 5º. Após a validação do QR Code, o apli- lização do seu cadastro.
cativo exigirá a validação facial do condutor. § 1º Caso o condutor possua certificado digi-
§ 1º Para a validação facial, o aplicativo soli- tal, emitido em conformidade com a Medida Provisó-
citará que o condutor realize determinados movimen- ria 2.200-2, de 24.08.2001, que instituiu a Infraestru-
740 Ordeli Savedra Gomes

tura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil, o ra digital do órgão ou entidade executivo de trânsito
cadastro poderá ser complementado no Portal de do estado ou do Distrito Federal emissor do docu-
Serviços do DENATRAN, por meio da página eletrôni- mento.
ca: <https://portalservicos.denatran.serpro.gov.br>. Parágrafo único. A autenticidade da CNH Di-
§ 2º Caso o condutor não possua certificado gital poderá ser verificada por qualquer validador de
digital, deverá dirigir-se presencialmente ao Detran assinatura digital compatível com a ICP-Brasil.
para cadastrar/atualizar seu endereço eletrônico e Art. 10. Cada órgão ou entidade executivo de
número de telefone móvel. trânsito dos estados e do Distrito Federal deverá
Art. 7º. O atendimento bem-sucedido dos possuir um certificado digital que ficará armazenado
procedimentos previstos nos arts. 4º e 5º substitui a em um Hardware Security Module (HSM) no Serviço
exigência da atualização cadastral descrita no art. 6º. Federal de Processamento de dados (SERPRO) e será
Art. 8º. O aplicativo Carteira Digital de Trânsi- utilizado para a assinatura da CNH Digital.
to gerará um QR Code específico para a CNH Digital, Art. 11. A CNH Digital será expedida em mo-
distinto do QR Code impresso na CNH física. delo único, conforme especificações constantes nos
Parágrafo único. O código bidimensional se- normativos do CONTRAN, excetuando-se as especifi-
rá gerado de forma automatizada e criptografada e cações que sejam exclusivas para o documento im-
poderá ser lido por qualquer pessoa sem a necessi- presso.
dade de acesso à internet, utilizando aplicativo móvel Art. 12. Esta Portaria entra em vigor na data
oficial disponível para download gratuito nas princi- de sua publicação.
pais lojas de aplicativos para dispositivos móveis. Art. 13. Fica revogada a Portaria DENATRAN
Art. 9º. A CNH Digital poderá ser exportada, 184, de 17.08.2017.
sendo seus dados autenticados por meio da assinatu- Maurício José Alves Pereira

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