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Nome: Marcelo Eduardo Gomes

3 ano técnico música


Morfologia musica

Suite
O termo Suite (termo de origem francesa que significa série ou sucessão) designa um tipo
de composição musical que consiste numa sucessão de peças ou de…

Conceito de Suite
O termo Suite (termo de origem francesa que significa série ou sucessão) designa um tipo
de composição musical que consiste numa sucessão de peças ou de andamentos
instrumentais (geralmente danças), caracterizados pelo seu carácter diferente mas escritos
na mesma tonalidade. A origem deste tipo de composições situa-se nas músicas de dança da
Idade Média que associam duas danças de carácter contrastante. No século XVI estas
associações eram formadas por uma dança lenta em compasso binário e por uma dança
rápida em compasso ternário, evoluindo posteriormente para séries de três danças em que
as peças podiam ou não manter uma relação temática. A partir dos finais do século XVI e
início do século XVII começam a ser compostas suites para alaúde na mesma tonalidade
mas sem qualquer ligação temática. Em 1611, Paul Peuerl cria uma disposição constante
para as suites.
Suites a Solo Barrocas
Nos primeiros modelos, as suites escritas para um único instrumento incluíam três danças,
nomeadamente a Allemande, a Corrente e a Sarabanda, sendo geralmente destinadas ao
piano ou ao alaúde. Após a segunda metade do século XVII, o modelo da suite foi ampliado,
passando a incluir também uma Jiga no final. Além destes dois modelos, a estrutura da
Suite podia apresentar outras variantes como por exemplo a inclusão de outros andamentos
que não a dança (o prelúdio, por exemplo) ou de outras danças antes ou após a Jiga.
Com o passar do tempo, foram também ampliadas as opções instrumentais das suites a solo
como por exemplo as suites para flauta, violino e violoncelo. Para o sucesso destas suites
teve influência decisiva o célebre compositor Johann Sebastian Bach, que compôs
numerosas suites para violino e para flauta (as chamadas Partitas), para violoncelo e
também para os tradicionais piano e alaúde.
Suites Orquestrais Barrocas
Para o surgimento das suites orquestrais foi essencial a imensa popularidade do ballet
francês da segunda metade do século XVII, o qual deu origem à prática de extracção de
árias e de danças pertencentes a obras teatrais. Estas suites podiam incluir andamentos de
uma única obra ou de diversas desde que na mesma tonalidade.
A partir do último quartel do século XVII diversos compositores alemães produzem novas
composições seguindo este modelo, destacando-se o pioneiro Johann Sigismund Kusser
que inaugura o género em 1682 e Johann Sebastian Bach, autor de Aberturas-Suites (BWV
1066-1069). A partir de meados do século XVIII, e muito devido ao sucesso das sonatas, as
suites de danças desaparecem quase por completo. Apenas com a chegada dos
compositores neoclássicos a partir de meados do séc. XIX (entre os quais Tchaikovsky,
Debussy ou Stravinsky) a suite orquestral volta a recuperar algum do seu vigor.
Normalmente as suites orquestrais apresentam um estrutura que inclui uma abertura
francesa seguida de uma série de danças escolhidas livremente, mas apresentando a mesma
tonalidade, incluindo danças populares da época, como o minuete, a bourrée ou a gavota.

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