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CIRCULAR

Nº 10/2004 Lisboa, 15 de Setembro de 2004

Assunto: Designação de Origem

Exmos. Senhores,

A Designação de Origem é a “menção de um nome geográfico na embalagem


ou no rótulo que lhe está ligado”, tal como está definido no artigo 4º do Regulamento
(CE) nº 1019/2002, e pode ser utilizada para Azeites Virgem Extra e Azeites Virgens.

Esta menção pode ser utilizada, a nível regional, para os produtos DOP, IGP ou
ETG, de acordo com regulamentação específica. No entanto, todas as empresas
embaladoras poderão utilizar facultativamente, caso satisfaçam determinadas
condições a seguir mencionadas, expressões do tipo “Azeite Português” ou “Azeite de
Portugal”, ou outra equivalente que faça menção a Portugal, mas não a uma
determinada região.

De facto, sempre que o azeite virgem extra ou o azeite virgem provenha de


azeitonas colhidas e laboradas em Portugal, poderão as empresas solicitar
autorização para a utilização da designação de origem.

A aprovação e uma identificação alfanumérica, obrigatórias para a utilização


das designações de origem, serão concedidas às empresas que o requeiram e que
cumpram as condições seguintes (ponto 2 do artigo 9º do Regulamento (CE) nº
1019/2002):

a) Disporem de instalações de acondicionamento;


b) Comprometerem-se a coligir e a conservar os elementos de justificação
previstos pelos Estados Membros (Portugal);
c) Disporem de um sistema de armazenagem que permita, a contento do Estado
Membro, controlar a proveniência dos azeites cuja origem é designada.
De acordo com o Decreto-Lei nº 16/2004, devem as empresas interessadas na
utilização da referida designação de origem, proceder da seguinte forma:

1. Solicitar autorização à Direcção Regional de Agricultura (DRA) da sua área, ao


abrigo do artigo 9º do Regulamento (CE) nº 1019/2002, de 13 de Junho, e do artigo
16º do Decreto-Lei nº 16/2004, de 14 de Janeiro, para utilização da designação de
origem pretendida.
2. A DRA fará uma vistoria às instalações, para verificação do cumprimento dos
requisitos acima mencionados.
3. Após esta vistoria, a DRA solicitará ao Gabinete de Planeamento de Políticas Agro
Alimentares (GPPAA) a atribuição de uma identificação alfanumérica da empresa.
4. A empresa será então notificada da decisão, e, caso cumpra os requisitos, poderá
utilizar nos rótulos a referida menção, bem como a respectiva identificação
alfanumérica que lhe for atribuída.

Convém ainda esclarecer que o Regulamento (CE) nº 1019/2002 prevê


igualmente situações mistas, em que as azeitonas provenham de outro Estado Membro
diferente daquele em que se situa o lagar em que o azeite foi obtido, ou ainda casos
de designação de origem preponderante, quando mais de 75% do azeite provenha de
uma determinada origem. Pela sua complexidade, quer em termos de utilização das
menções quer mesmo em termos dos respectivos controlos, dispensamo-nos de referir
tais situações nesta circular, mas prestaremos todo o apoio necessário caso pretendam
utilizar esta possibilidade.

Estamos à vossa inteira disposição para prestar todas as informações e


esclarecimentos adicionais que julguem necessários.

Com os melhores cumprimentos

Mariana Vilhena de Matos


Secretária Geral

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