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Quando realizamos uma escolha nós estamos a realizar uma ação de forma

voluntária ou seja tivemos a capacidade de realizar um escolha de forma


independente, mas isso não acontece com tudo pois não conseguimos alterar
tudo à nossa volta, a esta ideia chamamos livre arbítrio,esta é a nossa
capacidade de escolha. O problema filosófico do livre arbítrio remete a um
problema primitivo, será que as nossas ações vão alterar algo no futuro? Nós
conseguimos alterar o destino ou somos apenas cobaias dele? Somos
capazes de praticar ações conscientes e voluntárias ? Este problema saí de
duas crenças incompatíveis, uma diz que tudo o que acontece no universo
tem uma causa ou seja independentemente das nossas ações já está pré-
destinado o nosso destino e ações, esta é a crença determinista. A outra
crença que é incompatível com a primeira é uma ideia mais simpática que
consiste na ideia que nós temos livre arbítrio ou seja temos escolha,
conseguimos querer e fazer as nossas ações voluntariamente e de forma
consciente, somos livres. Para tentar encontrar uma solução para este
problema criaram-se duas respostas: incompatibilismo e compatibilismo. O
incompatibilismo divide-se em Determinismo radical e libertismo. O
determinismo radical consiste em que tudo está determinado, isto é, não
temos liberdade de escolha, por exemplo: independente do que façamos é
inevitável, temos o exemplo de que nós, na verdade, não tivemos escolha de
nascer ou não, ou seja, a nossa liberdade foi uma ilusão. O libertismo explica
a ideia que a liberdade não é uma ilusão e nem tudo o que acontece está
determinado, temos escolhas e nem tudo o que acontece à nossa volta já
estava destinado a acontecer por exemplo: nós conseguimos escolher em
que país podemos morar mas não podemos escolher em que nascemos, ou
seja, existem escolhas que podemos realizar, sendo assim, temos liberdade
mas existem também coisas já definidas que não conseguimos alterar. Fora
estas ideias existe a ideia compatibilista já referida anteriormente que
consiste na ideia de que a liberdade não é uma ilusão mas tudo já está
determinado, por exemplo: nós podemos cuidar bem da nossa saúde mas
independentemente do que façamos vamos morrer de qualquer forma,
tivemos escolha ao cuidar de nós assim prolongando a nossa vida mas,
inevitavelmente, morreremos um dia. Dentro destas 3 possíveis respostas
existe um problema o determinismo radical que contradiz o libertismo pois um
diz que está tudo estabelecido e a outra diz que nem tudo está definido, dito
isto escolho a ideia do compatibilismo pois esta é uma junção das duas ideias
anteriores mas alterada de forma a não causar nenhum problema
contraditório.Serei livre de apanhar o autocarro todos os dias? Temos a
escolha de todos os dias apanharmos o autocarro como também podemos
escolher não o apanhar. Somos sim livres de apanhar o meio de transporte
indicado se e só se tiver a capacidade de o fazer se tiver boa vontade. Então,
com isto podemos afirmar que, a liberdade está em primeiro lugar e que é o
poder de fazer algo que foi escolha nossa, mas que existem coisas que não
podem ser controladas não por nossa vontade, mas sim porque já estava
destinado a ser assim, ou seja, são coisas que são impossíveis de ser
controladas por nós próprios. Outro argumento : eu sou livre de escolher qual
país morar mas não sou livre de escolher qual a minha nacionalidade pois
está determinado antes do próprio nascimento da pessoa.
Com o passar do tempo e com a quantidade de vezes que se apanha
autocarro, a nossa ação, perante esta situação, deixa de ser livre, pois em
situações anteriores foi preciso escolher apanhar o transporte público todos
os dias, assim como acontece atualmente, por exemplo para ir para a escola,
deixa de ser algo que foi feito por boa vontade mas que passou a ser uma
obrigação e deixou de ser uma escolha devido a ser a única solução de
chegar ao nosso destino e, por isso, deixa de haver o efeito da ação ser livre,
neste caso esta situação continua apresentar uma ação livre e não algo que
está determinado, pois a pessoa que apanha o autocarro pode bem desviar-
se dessa "obrigação" e negar-se a ir para o seu destino desta maneira, pode
ter a escolha de ir em um tipo diferente de transporte ou ter uma outra
solução para chegar aonde deseja. Logo significa que continua a ser uma
ação totalmente livre.
Em síntese o compatibilismo tem as suas falhas mas comparando com as
outras respostas é a resposta mais aceitável pela comunidade de filósofos e
científica pois pode ser adaptada e ser corrigida. Com várias experiências
imaginárias consegue-se comprovar que temos escolhas ou seja somos
livres mas também não somos livres para escolher tudo a nossa volta

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