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ATIVIDADE DE CAPABILIDADES (Infográfico da questão 3)

 Baseados nesses novos conceitos, desenvolvam uma situação em que


apareçam as capabilidades e funcionamentos nas propostas abaixo:

1- Falta de condições básicas para uma vida saudável


Os entraves às condições básicas para uma vida saudável são: má nutrição, moradia precária, ausência de assistência
médica básica, falta de acesso a remédios etc. 
A má nutrição está ligada à falta de alimentos ou de educação nutricional, mas frequentemente à combinação de
ambas. O pouco ou nulo acesso a bons alimentos – seja pela questão financeira, seja pela impossibilidade de produzi-
los, como nas regiões semiáridas – culmina em uma dieta alimentar rica em calorias, mas pobre nutritivamente. A má
nutrição representa um obstáculo ao desenvolvimento da autonomia individual em vários sentidos, pois compromete a
saúde física e mental e, dessa forma, torna os indivíduos mais sujeitos a doenças. Isso, somado à precariedade da
assistência à saúde, agrava as consequências desse quadro. 

Na situação de pobreza, as diferenças individuais relativas à escolaridade, às experiências pessoais, à estrutura


Familiar, às habilidades e aos talentos, tornam-se ainda mais decisivas na administração dos poucos recursos
financeiros disponíveis e, sobretudo, na gestão da própria escassez. A eventual incapacidade de gerir uma situação de
carências depende de um contexto social complexo. A ausência de educação em sentido amplo – que envolve
orientações corretas sobre funcionamento do próprio corpo, vida sexual, nutrição, higiene pessoal – marca
profundamente a qualidade de vida das pessoas. Por outro lado, profissionais da rede pública (professores(as) de
ensino básico e médio, agentes de saúde, médicos(as) do SUS etc.), que poderiam ou deveriam prover esse tipo de
informação, muitas vezes não conseguem entender que a falta de capacitação e de educação de seu público-alvo não
se deve a uma presumida má vontade ou uma escassa inteligência das pessoas pobres, mas decorre de circunstâncias
biográficas e sociais mais amplas. O mau desempenho de uma criança na escola comumente está relacionado à sua
condição de desnutrição, assim como a desnutrição está ligada à sua condição de pobreza, ainda mais incapacitante
quando associada ao irregular ou nulo acesso à assistência médica.

2 - Acesso nulo ou instável a uma renda regular

A maioria dos(as) pobres brasileiros(as) encontra-se em situação de desemprego crônico ou quase crônico. No caso
das mulheres, a grande maioria jamais teve um emprego, pelo fato de elas casarem e terem filhos ainda muito jovens.
Com sorte, conseguem trabalhos temporários intensos e mal remunerados – por exemplo, oito horas de lavoura na
roça em troca de dez reais – que não são capazes de amenizar o quadro de incerteza contínua sobre o futuro. Em
alguns casos, os maridos viajam para outros lugares, até para outros estados em busca de trabalho – migração sazonal
para colheita da cana, para ilustrar –, e deixam suas famílias sozinhas por vários meses do ano. Em geral, essas formas
de trabalho irregular e informal não garantem renda suficiente para sustentar a família durante o ano inteiro e estão
sendo ameaçadas pela crescente automatização da agricultura. 
Também nesse caso, seria um erro culpar os próprios indivíduos pobres por essa situação. Os dados mostram, por
exemplo, que cresce o número de microempreendedores(as) individuais (MEIs) entre os(as) participantes do Programa
Bolsa Família (PBF) e que, a cada ano, cerca de 200.000 famílias conseguem sair do programa por terem superado o
limite dos 144 reais per capita. Porém, inclusive quando as pessoas têm a possibilidade de trabalhar autonomamente,
ainda que desenvolvendo a agropecuária de subsistência, vários fatores representam obstáculos ao sucesso da
atividade, como a escassez de recursos materiais, a baixa escolarização, a falta de capacidade técnica etc. 
A enorme miséria que ainda aflige amplas regiões do Brasil resulta de processos histórico-estruturais
profundos (como a concentração das terras, a escravidão e a maneira como foi gerida sua abolição, o coronelismo) e
da má distribuição econômica do país, que limita a criação de empregos não agrícolas. Por isso, a pobreza não poderá
ser resolvida sem ampla intervenção estatal em vários sentidos: não somente naquele de educar, treinar e preparar os
indivíduos para o mercado do trabalho, mas também realizando estruturas de apoio a atividades econômicas
adequadas às necessidades da maioria da população e incentivando formas de trabalho mais próximas da cultura local.
3 - Trabalho infantil e abandono escolar

Os (as) filhos(as) de núcleos familiares pobres começam a trabalhar muito jovens, às vezes ainda crianças, seja
ajudando nos afazeres de casa – cuidando dos(as) irmãos(ãs) menores, ajudando a mãe na preparação da comida, na
coleta de lenha para a cozinha, ocupando-se dos animais domésticos no quintal etc. –, seja em trabalhos fora de casa.
Quase sempre isso significava, até a implementação do PBF e de suas condicionalidades, o abandono da escola e,
portanto, a perpetuação do analfabetismo e a impossibilidade de sair da miséria por meio da educação. 
A exigência de que participantes do Bolsa Família cumpram certas condicionalidades é ponto controverso entre
estudiosos(as) das ciências humanas. Um dos principais argumentos contrários às condicionalidades é o risco de que o
acesso a garantias materiais mínimas para o exercício da cidadania fique comprometido – de acordo com os(as)
autores(as) que defendem essa tese, tais garantias deveriam ser incondicionalmente asseguradas pelo Estado. Além
disso, pode acontecer de muitos(as) participantes do programa não conseguirem cumprir com as condicionalidades
pelos mesmos fatores que os(as) relegam à pobreza: o isolamento (no caso de não haver escolas ou postos de saúde
nas proximidades), a criminalidade (crianças que não podem frequentar a escola devido à rivalidade entre facções
criminosas), a falta de infraestrutura etc. 
Por outro lado, há o contra-argumento dos(as) que veem nas condicionalidades uma via interessante que possibilita o
aumento da oferta de educação e saúde em contextos de ausência de instituições que concretizem esses direitos.
Contudo, de nada adianta oferecer escolas de péssima qualidade que contribuem com a reprodução das
desigualdades em sentido amplo: culturais, sociais, econômicas e, sobretudo, políticas. Isso coloca em questão o papel
dos poderes locais (municipais e estaduais), que são os principais responsáveis pela educação primária, embora isso
seja reiteradamente esquecido pela opinião pública. 
A educação escolar é fundamental porque possibilita o contato com outras realidades, fazendo com que as pessoas
ampliem seu horizonte vital e cognitivo. O contato continuado e exclusivo com seu núcleo familiar e com seu
contexto social mais imediato, quase sempre marcado por uma situação de carência, faz com que as crianças de
famílias pobres não consigam sequer imaginar que outra vida é possível para elas, que um dia poderão sair do próprio
ambiente ou modificá-lo profundamente. Desse ponto de vista, a tarefa dos(as) educadores(as), em primeiro lugar,
dos(as) professores(as), é fundamental e afeta não somente a visão do próprio futuro que as crianças têm, mas também
o que sua família sonha para elas.

4 - Alta natalidade
Há uma visão tradicional segundo a qual as famílias pobres têm um alto número de filhos(as) porque eles(as)
representariam, em perspectiva, fontes de renda adicionais e apoio para os pais na terceira idade. Essa visão, contudo,
mal se combina com o fato de que, ao mesmo tempo, a presença de muitos(as) filhos(as) significa um aumento dos
problemas econômicos da família e dificulta até a mera sobrevivência de seus membros. Na realidade, em nossa
pesquisa, pudemos constatar que a alta taxa de natalidade, ainda persistente nas regiões analisadas, deve-se muito
mais à desinformação. Quando a gravidez ocorre com frequência e sem programação, quase sempre é resultado do
desconhecimento sobre métodos contraceptivos, da situação familiar e das crenças religiosas. Em uma sociedade
marcada pelo machismo e pelo patriarcalismo, as mulheres estão sujeitas a perderem quase completamente sua
autonomia e o domínio sobre o próprio corpo. Contudo, há muitas mulheres que tentam se livrar dessa submissão de
várias formas, e uma delas é realizando a laqueadura. Em casos extremos, esse procedimento é feito às escondidas dos
maridos ou dos pais.

5 - Acidentes
Embora possa parecer uma coisa trivial, vale lembrar que os(as) pobres são mais suscetíveis a acidentes domésticos,
de trabalho e de trânsito. A renda inferior se reflete na escolha de materiais ou técnicas de construção menos
resistentes (como taipa, madeira e até mesmo tapume, papelão e lona, materiais ainda mais frágeis), que tornam as
casas sujeitas a desmoronamento no período das chuvas; na precariedade das instalações, em especial da fiação
elétrica; e na localização perigosa das moradias (posicionadas em encostas de morros íngremes, às margens de rios ou

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de lagoas, à beira de estradas, inclusive no próprio acostamento). Nas regiões interioranas, os sítios e as casas de
muitas famílias ficam inacessíveis em períodos de chuva, em razão de os caminhos e as estradas não serem cuidados
devidamente. Além disso, os meios de transporte são muito precários. Em várias regiões há uma quase absoluta falta
de transporte público ou, quando há, os preços das passagens são excessivamente caros para pessoas de renda baixa
ou nula (lembramos que, quase sempre no Brasil, o chamado “transporte público” é na realidade terceirizado para
empresas preocupadas mais em fazer lucro do que em oferecer um serviço essencial para a população). Por isso,
surgem formas de transporte ilegais e perigosas como os chamados paus de arara (particularmente no interior do
Nordeste) ou as lotações irregulares de muitas cidades. Entretanto, nas regiões rurais e nas periferias, na maioria dos
casos, não restam outras alternativas senão andar a pé, usar bicicletas (quase sempre sem lanternas) e até cavalos ou
burros. Os acidentes laborais também são comuns, seja no caminho, devido às condições de transporte, seja no próprio
trabalho, em que a insalubridade é presença constante, como nas carvoarias, na colheita de cana ou mesmo na
agricultura familiar.

6 - Falta de crédito

O número de brasileiras e brasileiros sem acesso a serviços bancários é ainda grande. A não inclusão bancária
constitui uma modalidade adicional às tantas exclusões as quais os(as) pobres estão submetidos(as). Contudo, ainda
mais grave é a falta de crédito que os(as) atinge não somente perante bancos e instituições, mas também frente a
particulares – donos(as) de mercados e lojas, locadores de casas etc. Muitas mulheres relatam que, somente a partir do
momento em que começaram a receber o benefício do Programa Bolsa Família, conseguiram crédito nos mercados e
nas lojas onde fazem habitualmente suas compras. Não se trata de um crédito meramente econômico, mas de
confiança e confiabilidade, que representam importantes passos na dignificação da pessoa. Isso demonstra como o
fato de receber uma renda monetária regular representa para os(as) participantes do PBF um momento fundamental,
não somente no caminho para sua inclusão econômica, mas também no seu processo de autonomização e
empoderamento: como mostrou o sociólogo e filósofo alemão Georg Simmel, no ensaio O Pobre (1939), o dinheiro
traz autonomia. O ganho de crédito e de confiabilidade é positivo, pois ser uma pessoa confiável é um valor
importante no Brasil: conforma a aquisição de mais respeitabilidade e é vivido como um aumento de autorrespeito.
Comumente, a pessoa pobre é objeto de desconfiança, manifestada nas ocasiões cotidianas mais simples como, ao
entrar em uma loja, receber o olhar atravessado do(a) dono(a) – e até mesmo ser convidada, mais ou menos
duramente, a sair da loja. A vergonha e a humilhação não são sentidas somente na hora, mas a acompanha
continuamente, solapando as bases sociais do autoapreço, sem as quais é praticamente impossível ser um sujeito
autônomo. 

O ganho desse autorrespeito ligado ao recebimento de uma renda regular (devido a um trabalho regular, mas também
devido ao PBF) se manifesta, por vezes, na satisfação ligada a aspetos miúdos da cotidianidade, que podem
surpreender quem nunca conheceu a pobreza: ser capaz de comprar um brinquedo para os(as) filhos(as) ou uma
comida diferente da habitual, itens até então caros demais e inacessíveis para as escassas economias familiares.

7 - Invisibilidade e mudez

No já mencionado ensaio, Simmel (1939) fala em “eliminação do pobre”. Ao dizer isso, o autor não se refere
simplesmente à invisibilidade dos (as) pobres, mas ao fato de eles (as) não possuírem voz nenhuma quando se trata de
tomar decisões sobre as políticas públicas que lhes concernem. Aparentemente, as coisas não mudaram muito, pois a
maioria das medidas que visam combater a pobreza são tomadas com base em dados estatísticos, quantitativos ou
macroeconômicos. O (a) pobre é, em suma, considerado(a) mero objeto de políticas públicas, não sujeito da política,
ou sujeito político propriamente dito, e isso representa uma forma de perda de autonomia. 

Nas áreas urbanas, há uma ocultação da classe baixa no panorama da cidade. Esse fenômeno ocorre, em primeiro

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lugar, pelo fato de os(as) pobres viverem geralmente em bairros longínquos e isolados, como vilas, morros e favelas,
de infraestrutura precária em todos os sentidos (transporte público, calçamento, espaço de lazer, iluminação e situação
sanitária – esgoto e água tratada). A presença deles(as) passa quase despercebida na vida cotidiana das pessoas de
classe alta, sendo apenas notados(as) em situações específicas, a saber, quando transgridem certas convenções sociais
ou a lei: então, sua “invisibilidade” se converte em “perigosa visibilidade”. 

No caso das áreas rurais, a invisibilidade é ainda maior. Os(as) pobres vivem ou em casas isoladas, ou em povoados
que normalmente se situam longe das estradas principais e até das secundárias. A distância do centro da cidade ou da
sede do município implica quase sempre na dificuldade de acesso a serviços essenciais (como assistência médica,
cartório público, escolas etc.), e as casas quase sempre são desprovidas de iluminação elétrica. Todos esses aspectos
contribuem para o aumento do isolamento, o que dificulta as trocas comunicativas e o encontro entre as pessoas, e
compromete pesadamente a qualidade de vida, a saúde e a formação da subjetividade. 

Com frequência, os (as) pobres também encontram dificuldade em serem ouvidos(as) pelas autoridades: sua “mudez”
é agravada pela “surdez” dos(as) agentes públicos(as). Os(as) representantes das instituições assumem algumas
posturas que não levam em conta a realidade cultural e material dos(as) pobres, como quando, por exemplo, enviam
cartas em estilo e linguagem estritamente burocráticos a indivíduos analfabetos. A impossibilidade de lê-las faz com
que as pessoas percam prazos importantes (como para o recadastramento no PBF). O dano causado por tais atitudes
das instituições públicas vai além do aspecto material (como a eventual perda da bolsa, para ficarmos em nosso
exemplo) e adquire forma de humilhação e desrespeito.

8 - Desigualdade interna à família


A desigualdade entre homens e mulheres, adultos (as) e crianças, jovens e velhos(as) não é uma característica
exclusiva das famílias pobres, mas nelas pode ser acentuada. Esse tipo de relação desfavorece principalmente as
mulheres, ainda que a opressão infantil pelos adultos não deva ser subestimada. Casos de violência psicológica e física
(inclusive sexual) exercida por pais e parentes, comuns em famílias de todas as classes sociais, resultam
particularmente dramáticas em famílias materialmente desestruturadas. Isso significa dizer que as desigualdades
internas podem ser agravadas pela constante pressão para obter recursos básicos à sobrevivência familiar. Ademais, a
desigualdade se aplica também ao mencionado risco de evasão escolar. Quando os pais decidem retirar as crianças da
escola para elas contribuírem com a renda familiar, eles acabam tirando delas a possibilidade de construir um futuro
diferente e melhor por meio da educação. Fica evidente, assim, a importância da condicionalidade da frequência
escolar no PBF.

Muitos(as) autores(as) já observaram que a pobreza gera sentimentos de vergonha e baixo autoapreço. Há varias
razões para isso, e a principal é a interiorização, pelo(a) pobre, da imagem negativa socialmente construída dele(a).
Esse processo advém da relação intrínseca entre trabalho e respeito – fortemente arraigada em nossa sociedade – que
reconhece e premia o mérito individual. Ora, mas se a situação de desemprego e de dependência econômica
enfrentada pelos(as) pobres – não raro sentida como motivo de vergonha – independe de suas vontades, ela não pode,
portanto, ser vista como algo merecido. A pobreza de muitas regiões do Brasil não é resultado de uma conjuntura
histórica momentânea (desemprego devido a uma crise de superprodução, para ilustrar) ou de uma preguiça de
trabalhar, como muitos(as) supõem, mas de um problema estrutural persistente (que acarreta a falta de postos de
trabalho) e só poderá ser resolvido através de amplas e massivas políticas públicas focadas em infraestrutura e
capacitação, bem como em oferecer incentivos para a iniciativa privada e para a criação de vagas de emprego formal.

9 - Vergonha
A vergonha se manifesta na atitude geral da pessoa pobre, nos gestos, no tom de voz, no olhar, na postura diante
dos(as) representantes das instituições ou até dos membros de classes superiores. O fato de sua vergonha ser o fruto de
um estigma social público faz com que ela pense ter merecido essa situação humilhante. Ela mesma interpreta sua
inferioridade econômica e social como inferioridade intelectual ou volitiva e, portanto, considera sua condição como o
resultado de um fracasso pessoal, não de um arranjo socioeconômico (ainda menos de uma injustiça social). Conforme

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alguns(as) teóricos(as), pessoas humilhadas e envergonhadas de sua situação no mundo são vulneráveis a entrarem em
colapso psicológico total e isso pode levar ao desenvolvimento de problemas psicofísicos, que vão da depressão às
doenças psicossomáticas.

10 - Cultura da resignação
Não raro, pessoas que viveram sua vida inteira em situação de pobreza ou de pobreza extrema tendem a resignar-se a
tal situação. Aceitam sua situação como uma sina inevitável ou natural, da qual só esperam subtrair seus(suas)
filhos(as) por meio da educação escolar, já que não alimentam mais esperança para si. Esse sentimento de resignação
é acompanhado da tendência a reduzir significativamente o escopo de seus desejos e de suas preferências. Tal
fenômeno reflete uma experiência comum: tendemos a desejar coisas que estão ao nosso alcance, renunciando, de
antemão, a coisas que sabemos que não poderemos alcançar.

Essa tendência, particularmente evidente entre os(as) pobres, é conhecida na literatura especializada como
“preferências adaptativas”. Nesse sentido, à privação de recursos materiais corresponde a impossibilidade de sonhar e
de desejar algo diferente de um tipo de vida limitado à satisfação das necessidades mais básicas. Isso mostra, mais
uma vez, a profunda restrição que a pobreza material impõe ao enriquecimento espiritual, pois os indivíduos
permanecem voltados principalmente para suas necessidades básicas.

11 - Exclusão da cidadania
Como já mencionado, os(as) pobres permanecem excluídos(as) da cidadania em duplo sentido, formal e
materialmente. Do ponto de vista material, a exclusão se dá pela falta de um trabalho e de uma renda regulares, que
não somente lhes impede uma plena inserção econômica, mas também os(as) isola do ponto de vista social,
obrigando-os a depender, para sua sobrevivência, da ajuda da família ou dos(as) vizinhos(as) – quando o Estado não
os(as) ajuda através de programas como o PBF. Do ponto de vista formal, a exclusão se dá porque muitos(as)
deles(as) não têm documentos atualizados; em alguns casos, não têm sequer carteira de identidade e, portanto, não
podem usufruir dos serviços que o Estado garante aos(às) cidadãos(ãs). Além disso, há a exclusão política, que foi
discutida anteriormente na unidade “Cidadania e democracia”.

Maquete do 3º Encontro Presencial – atividade em grupo:

a) Fazer uma maquete para representar as situações de capabilidade e


funcionamento;
b) Planejar a maquete e os materiais necessários para levar no 3º encontro
presencial);
c) A maquete será feita no turno da manhã do dia 03/06;
d) Ao apresentar a maquete à turma, explicar possibilidades de enfrentamento
de desigualdades presentes na maquete.

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