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Desde o período escravocrata que a mulher brasileira tem sofrido com a questão de

inferioridade de gênero, independentemente de sua condição social o homem sempre foi visto
com autoridade sobre a mulher. As senhoras da época colonial nomeadas de "sinhás" que eram as
mulheres brancas esposas de grandes coronéis, cuidavam da casa, dos filhos, de seus maridos,
sempre obedecendo às ordens do marido.
Naquela época os casamentos eram arranjados pelos pais, e consequentemente elas não
tinham autonomia alguma, assim como as escravas as mulheres negras que sofriam condições
muito piores, tanto de seus senhores como de capatazes e de escravos homens.
Os senhores coronéis da época da colônia que eram donos das fazendas e dos escravos,
então passavam serem donos das mulheres e se elas não o obedeciam, sofriam sanções, o mesmo
acontecia para as escravas, que eram castigadas severamente. O fato é que por ser mulher e por
ser negra padeciam duplamente porque tinham que cuidar da lavoura, dos serviços domésticos,
dos seus filhos, dos filhos das sinhás e com toda a luta diária ainda eram abusadas sexualmente
pelos seus senhores coronéis e pelos homens escravos conhecidos também como reprodutores,
que tinham a função de conceber as escravas para aumentar a mão de obra assim por diante, e por
fim se resistissem a qualquer ordem eram castigadas.
Depois da abolição da escravatura, decretada pela princesa Isabel através da Lei Áurea,
então uma após abolição observamos que na atualidade praticamente não significou uma
verdadeira liberdade e nem o fim das práticas escravistas, por exemplo distinção entre mulher
negra e mulher branca, sempre esteve na história desde a época colonização do Brasil.
Enquanto a mulher branca burguesa brigava com o marido para poder trabalhar fora, a
negra sempre trabalhou, e sempre em trabalhos inferiores não desmerecendo qualquer forma de
sustento. Portanto as necessidades humanas mudam de acordo com o período em que as pessoas
se encontram, e no caso da mulher negra essas necessidades não evoluíram muito com o passar
dos anos, não porque elas não buscaram tal avanço, mas porque a cultura de que a etnia
afrodescendente é inferior, mas se propaga até os dias atuais. A luta continua para terem voz e
nós assistentes sociais caminhamos juntos com essas mulheres que são a resistência feminina no
combate a qualquer tipo descriminação que ainda esteja enraizada na sociedade atual.
Neste contexto deverá se sobressair o atendimento humanizado do assistente social que
especialmente será dirigido para a acolhida, escuta, e as demais orientações dessas vítimas com o
apoio dos profissionais envolvidos da rede de atendimento da violência contra mulher.
Encaminhar para a Rede Intersetorial onde terá o apoio dos demais profissionais;
- Conselho dos Direitos da Mulher, CREAS, CRAS e serviço de apoio jurídico.
Encaminhar a vítima para acompanhamento social e psicológico. Após a denúncia, a mulher terá
direito à - Casa Abrigo e ao - Núcleo de Atendimento às Famílias e Autores de Violência
Doméstica.

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