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Sandel: A justiça e o bem comum

Sandel busca, antes, é resgatar as virtudes perdidas da vida social: a discussão pública de
valores e divergências existenciais que permitem chegar a normas de convivência que promovam
o bem comum, segundo uma concepção substantiva do bem. Para isso, ele questiona certos
dogmas da ordem social contemporânea. A ideia de que todos os valores são relativos e
subjetivos, cabendo a cada um decidir o que é o bem para si, em que, se levada a sério, colocaria
em risco mesmo a ordem democrática do Estado de Direito; a completa separação entre a esfera
pública e concepções éticas, filosóficas e religiosas.
Uma boa sociedade pode ser ou deveria ao mesmo tempo pluralista, admitir e tolerar
visões de mundo diferentes dentro de si, isto é, serem transdisciplinares várias áreas de
conhecimentos envolvidos, e também que possam promoverem os debates públicos, fóruns
sociais das diferentes concepções para chegarem a valores partilhados que amparem as virtudes
cívicas.
O dilema da ordem social, numa concepção liberal, é como organizar a sociedade para
que cada indivíduo possa perseguir com autonomia sua própria concepção privada de bem. Para o
autor, ao contrário, o desafio é criar uma ordem que promova o bem comum.
A vida em comunidade inclui mais do que indivíduos autônomos que trocam entre si, e
sim a solidariedades, sem que haja separação de classes em que a sociedade se fortalece nessa
solidariedade. A política pode se dissociar de questões religiosas e morais? No texto o autor nos
traz exemplos dos democratas norte-americanos do mesmo partido, em épocas diferentes, apesar
de terem semelhante linha de pensamento, decidiram tratar a política de maneira divergente.
John Kennedy optou por ser neutro em relações a assuntos que envolvessem essa
polêmica. Uma forma diferente foi adotada por Barack Obama que, em sua campanha política,
resolveu incluir debates morais e religiosos. O comunitarismo disciplina que ricos e pobres
deveriam se unir, por uma questão de solidariedade. Atualmente a sociedade do século XXI se
divide: os ricos têm escolas específicas, condomínios fechados e bem seguros por sinal quase que
um lembrete que nós somos “hiper protegidos”, e os cidadãos não se misturam são a “ralé”
infelizmente.
Enquanto isso, parques públicos são abandonados, sem cuidados, devido à escassez de
subsídios para pagar custos, os ricos muitas vezes frequentam clubes fechados áreas nobres ou
em que o pobre não tem acessos, e também que ficaria fora de suas realidades, a circunstância e
que sofrem para se encaixarem nessa sociedade, há muitos julgamentos entres os indivíduos,
exclusão social. Desde modo ocorre proporcionalmente um isolamento de ambos os lados dessa
disparidade. Muitos problemas, vários estudos com soluções incríveis, mais poucas ações de
quem teria o poder para mudar essas questões.
No entanto quando você se questiona se depara com incertezas estabelecidas a vida nunca
mais será a mesma, e o extraordinário e não se acomodar com meias verdades que te imponham,
acredito que nossa missão como ser humano é evoluir aqui nessa realidade , então a educação
poderia ser o primeiro passo a ser dado em relação a virtude cívica e, é nesse sentido, que no
meu entendimento se funcionasse a solidariedade entre as pessoas como o autor propõe, isso só
favoreceria a sociedade, no sentido de que, se todos convivessem juntos, as pessoas seriam mais
integradas coletivamente.

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