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TRABALHO AVALIATIVO
DISCIPLINA: Avaliação de Impactos Ambientais
Quando o Irmão Frei Luca Pacioli, que desenvolveu o método das partidas dobradas
(o princípio de tudo o que a empresa tem é igual a tudo o que a empresa deve), isto ainda no
século XIII 1, em plena Idade Média, ele criou a contabilidade moderna como a conhecemos, e
presumivelmente Pacioli não supôs que os objetivos das empresas (lucros e continuidade, por
exemplo) pudessem mudar ao longo do tempo. Isto quer dizer que basicamente as empresas, as
entidades contábeis servem para dar lucro aos donos ou investidores, além disto, as empresas
tem o princípio da continuidade, como a questão das empresas de família, em que mesmo com
o falecimento de um membro mais velho da família (que tocava o negócio), o negócio continua,
com um herdeiro assumindo a administração deste negócio e assim vai. Assim, diz-se que as
empresas tem que seguir, categoricamente, os princípios da entidades contábeis, e da
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Nota do estudante: (assunto: Contabilidade moderna – sua gênese e aplicabilidade) sendo que as
teorias de Pacioli prevaleceram como as únicas formas da contabilidade moderna do século “XV até o
século XVIII” (SCHMIDT, 2000 apud FERRARI, 2010, p.23).
Edson F. de Souza – Curso de Esp. em Eng. Ambiental & San. Básico – 2.º semestre: Avaliação de Impactos
Ambientais. p. 2 / 4 – Às 21:08 de 29/01/2021
continuidade – e com isto, justifica-se inteiramente as partidas dobradas, onde tudo o que a
empresa tem é igual a tudo o que ela deve, seja ela devedora a terceiros, a bancos, enfim, ou
mesmo o que a empresa deve aos donos ou investidores dela, com a distribuição de lucros e
dividendos, os valores retidos em reservas de capital e etc.
Os objetivos das entidades contábeis, ou empresas, mudam ao longo do tempo, ou
melhor ao longo dos séculos. Por exemplo, pegue-se a revolução industrial. Era uma revolução
das manufaturas contra as produções mais artesanais. Depois vem a outra revolução industrial,
das linhas de produção, e toda a questão gerencial que isto acarretou. Depois teve ainda a
terceira fase da revolução industrial, com o mundo globalizado e as expansões dos mercados,
das telecomunicações e da informática; ultimamente, fala-se da indústria 4.0, ou seja, a indústria
ligada à internet das coisas, a indústria modular, adaptável e formada por indústrias que tem
severas preocupações socioambientais e etc. (FIA, 2020).
Com alguns conceitos essenciais incialmente expostos, então, apresenta-se o estudo
dos autores Holt; Littlewood (2015), que falam da questão das empresas híbridas, ou seja,
empresas que têm preocupações socioambientais (e que nem sempre significam preocupações
com lucros) conquanto a empresa também tiver suas preocupações econômicas (isto é, empresa
atenta a suas reservas, suas contas contábeis, seus lucros e etc.). Porém estas empresas híbridas
apresentam uma gama imensa de variações e diversidade, por exemplo:
assim sobre tais análise de gestão (Hy-Map) nas empresas híbridas da África subsaariana:
“Após identificar e se envolver com as partes interessadas relevantes, sugerimos que o modelo
Hy-Map ofereça um mecanismo capaz de gerar uma visão holística de uma organização híbrida
e seus impactos potenciais em várias partes interessadas”.
Por fim, aponta-se que o estudo de Holt; Littlewood (2015) traz relevantes informações
sobre as empresas híbridas e a necessidade de readaptação que os processos empresais devem
passar; mesmo fazendo atualizações nas definições de contabilidade, e deixando claro que sim,
as empresas ainda precisam ter lucros, porém, que as empresas com ações de cunho social, ou
mesmo as empresas híbridas, com certeza, prezam sim por lucros, índices de rentabilidade dos
negócios e etc.; porém que outros valores, como valor agregado a produtos, iniciativas sociais,
programas de desenvolvimentos de comunidades, e ações de enfrentamento a pobreza, por
exemplo, são mais (ou, ao menos, tão) importantes quanto a lucratividade. Porque de fato, a
empresa atua em nichos sociais (comunidades), e de certo modo, favorecendo as próprias
comunidades, no fim das contas, são as próprias empresas que também saem favorecidas.
REFERÊNCIAS