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Comportamento do Consumidor
Preferências do Consumidor
Restrição Orçamentária
Parte 4 Slide 2
Comportamento do Consumidor
Parte 4 Slide 3
Comportamento do Consumidor
Parte 4 Slide 4
Utilidade e Preferências: Utilidade Cardinal
Utilidade é o nível de satisfação que um
indivíduo tem ao consumir um bem ou serviço.
Se pudéssemos quantificar a utilidade, teríamos
o que se chama de utilidade cardinal.
Utilidade marginal é o acréscimo (decréscimo)
de utilidade que um indivíduo tem ao
consumir uma unidade adicional de um bem ou
serviço.
∆U dU
UMgX = =
∆X dX
Parte 4 Slide 5
Utilidade e Preferências: Utilidade Cardinal
UT
UT máx.
18
15 UT Como não podemos quantificar a
utilidade, trabalharemos com o
10 conceito de utilidade ordinal,
onde ordenamos as preferências
do consumidor.
1 2 3 Q QX
UMgX 1 = 10
A Utilidade Marginal é decrescente
UMgX 2 = 5
UMgX 3 = 3
Parte 4 Slide 6
Utilidade e Preferências: Utilidade Ordinal
Utilidade é a forma como os economistas representam as
preferências
Entre duas combinações de bens, a que possuir utilidade mais
elevada é a preferida
Se tiverem a mesma utilidade, então o consumidor é indiferente
entre as duas combinações
Parte 4 Slide 7
Preferências do Consumidor
Cestas de Mercado
A cesta de mercado é um conjunto com
quantidades específicas de uma ou mais
mercadorias.
Parte 4 Slide 8
Preferências do Consumidor
Cestas de Mercado
Suposições Básicas
1. As preferências são completas.
Parte 4 Slide 9
Preferências do Consumidor
As preferências são completas, indicando que
o consumidor sabe comparar e ordenar todas as
cestas de mercado. Portanto, dadas duas cestas,
A e B, o consumidor chegará a uma das seguintes
conclusões:
Preferência Estrita
Af B ou Bf A ou A~ B
Preferível Indiferente
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Preferências do Consumidor
As preferências são reflexivas, indicando que
qualquer cesta é certamente tão boa quanto uma
cesta idêntica.
Af A
Observe que:
Preferência Estrita: A f B ; A f B e não vale B f A
Indiferença: A ~ B ⇒ A f B e B f A
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Preferências do Consumidor
As preferências são transitivas, assegurando
a racionalidade do consumidor. Portanto:
Se A f B e B f C , necessariamente A f C
Parte 4 Slide 12
Preferências do Consumidor
Os consumidores são insaciáveis; preferem
quantidades maiores de todas as mercadorias
desejáveis. Portanto:
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Preferências do Consumidor
Cestas de Unidades Unidades
Mercado de Alimento de Vestuário
A 20 30
B 10 50
D 40 20
E 30 40
G 10 20
H 10 40
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Preferências do Consumidor
Curvas de Indiferença
Parte 4 Slide 15
Preferências do Consumidor
Vestuário Os consumidores
(unidades por semana) prefem a cesta A em
relação a todas as
50 B cestas na caixa azul,
enquanto todas as
cestas da caixa rosa
40 H E são preferíveis em
relação a cesta A.
A
30
D
20 G
10
Alimentação
10 20 30 40 (unidades por semana)
Parte 4 Slide 16
Preferências do Consumidor
A
30
D
20 U1
G
10
Alimentação
10 20 30 40 (unidades por semana)
Parte 4 Slide 17
Preferências do Consumidor
Curvas de Indiferença
Curvas de Indiferença são negativamente
inclinadas.
Se a curva de indiferença se inclinasse para
cima isso iria contra a premissa de que uma
quantidade maior de qualquer mercadoria é
melhor do que uma quantidade menor.
A substitutibilidade entre os bens só é possível
se a curva de indiferença for negativamente
inclinada.
Parte 4 Slide 18
Preferências do Consumidor
As curvas de indiferença são, de uma maneira
geral, convexas.
O consumidor atribui maior valor às mercadorias
que ele tem menos. Logo, ele deve abrir mão de
cada vez menos unidades de uma mercadoria em
troca de unidades adicionais de outra, pois de outra
forma, ele acabaria por se especializar no consumo
de um dos bens. Note como uma posição média
(diversificação de consumo) tende a proporcionar um
maior nível de utilidade ao consumidor.
Parte 4 Slide 19
Preferências do Consumidor
Dadas duas cestas, A e B:
A = (V1 ; A1 )
com A~ B
B = (V2 ; A2 )
Z f A ⇒ Z f B ∀ λ ]0,1[
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Preferências do Consumidor
A = (30 ;10 )
Com λ = 0,5 , temos
B = (10 ;30 )
V
Z = [(0,5)30 + (0,5)10; (1 − 0,5)10 + (1 − 0,5)30]
40
30
Z = ( 20;20 ) f A e B
A
Z Logo, preferências convexas
20 indicam que os indivíduos
preferem diversificação de
10 U1 consumo
B U0
10 20 30 40 A
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Preferências do Consumidor
Curvas de Indiferença
Qualquer cesta de mercado que se encontre
acima e à direita da curva de indiferença U1 é
preferível a qualquer cesta que se encontre
sobre U1.
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Preferências do Consumidor
Mapas de Indiferença
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Preferências do Consumidor
Vestuário
(unidades por semana)
Af B f D
D
B A
U3
U2
U1
Alimentação
(unidades por semana)
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Preferências do Consumidor
Curvas de Indiferença
Finalmente, curvas de indiferença não podem
se inteceptar.
Isso violaria o princípio da transitividade.
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Preferências do Consumidor
B
D
A~ B e A~ D⇒B ~ D
Alimentação
(unidades por semana)
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Preferências Bem Comportadas
Parte 4 Slide 27
Preferências do Consumidor
Taxa Marginal de Substituição
A Taxa Marginal de Substituição (TMgS) nos
mostra a taxa a qual o consumidor está disposto a
substituir um bem pelo outro, permanecendo com
o mesmo nível de utilidade ou satisfação.
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Preferências do Consumidor
Vestuário 16 A
(undades ∆V
por semana) 14 TMgSVA = -6 TMgSVA =−
12 -6 ∆A
10 B
1
8 -4
D TMgSVA = -2
6 1
-2 E
4 G
1 -1
2 1
Alimentação
1 2 3 4 5 (unidades por semana)
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Preferências do Consumidor
Taxa Marginal de Substituição
Parte 4 Slide 30
Preferências do Consumidor
Outras Preferências Representadas
Substitutos Perfeitos e Complementares Perfeitos
Dois bens são substitutos perfeitos quando a taxa marginal
de substituição de um bem pelo outro for constante.
Parte 4 Slide 31
Preferências do Consumidor
Suco de Substitutos Perfeitos U = αX + βY
Maçã
(copos) 4
Com α e β iguais a 1, temos U=X+Y ⇒ TMgs = -1
Logo o consumidor aceita substituir 1 unidade
de SM por 1 unidade de SL, sempre.
3
Suco de Laranja
0 1 2 3 4 (copos)
Parte 4 Slide 32
Preferências do Consumidor
Substitutos Perfeitos e Complementares Perfeitos
Dois bens são complementares perfeitos quando a taxa
marginal de substituição de um bem pelo outro for igual a
zero.
Complementares perfeitos são bens consumidos sempre juntos,
em proporções fixas. No exemplo a seguir, a utilidade do
consumidor só aumenta se ele recebe um novo par de sapatos.
Neste caso não há substituição de y por x, que implica em uma taxa
marginal de substituição igual a zero.
Parte 4 Slide 33
Preferências do Consumidor
A função utilidade que representa este caso é uma
função de proporções fixas (função de Leontief) do tipo:
X Y
U = min ;
α β
Ou seja, a utilidade é dada pelo menor valor entre os
que se encontram entre os parênteses, sendo alfa
e beta as relação de proporcionalidade entre os bens.
Observe que, como α e β são parâmetros,
poderíamos escrever a função utilidade como:
U = min {α X ; β Y }
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Preferências do Consumidor
Sapatos
Esquerdos Complementos Perfeitos
X Y
3
U = min ;
α β
2
Com α e β iguais a 1.
Logo, U = min { X , Y}
1
0 1 2 3 4 Sapatos Direitos
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Preferências do Consumidor
Outras Preferências Representadas
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Preferências do Consumidor
Anchovas Anchovas U1
U1 U2 U3 U2
U3
Pimentões Pimentões
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Restrições Orçamentárias
A Linha do Orçamento (Restrição Orçamentária: R.O.)
O consumidor dispõe de uma renda monetária ( I ) e
deve gastá-la, adquirindo quantidades dos bens V, A, Z,
... , aos preços PV , PA , PZ , ... . Para podermos
representar graficamente tal situação, reduzimos o
número de bens adquiridos para apenas dois.
Portanto, a Linha do Orçamento indica todas as
combinações de duas mercadorias que podem ser
adquiridas pelo consumidor de forma que ele gaste toda
sua renda.
Parte 4 Slide 38
Restrições Orçamentárias
A Linha do Orçamento pode então ser representada
por:
I = PV V + PA A
I PA
Isolando V V = − A
PV PV
Parte 4 Slide 39
Restrições Orçamentárias
Cestas de Alimentação(A) Vestuário(V) Gasto Total
Mercado PA = ($1) PV = ($2) PAA + PVV = I
A 0 40 $80
B 20 30 $80
D 40 20 $80
E 60 10 $80
G 80 0 $80
Parte 4 Slide 40
Restrições Orçamentárias
Representando graficamente:
I PA
I = PV V + PA A ⇒ V = − A
PV PV
Logo:
I
A = 0 ⇒ V =
PV
PA I I • PV I
V = 0 ⇒ A = ⇒ A = ⇒ A =
PV PV PV • PA PA
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Restrições Orçamentárias
Vestuário
(unidades PV = $2 PA = $1 I = $80
por semana)
A Linha do Orçamento V = 40 – ½A
(I/PV) = 40
B 1
30 Inclinação = ∆V/∆A = - = - PA/PV
2
10 D
20
20
E
10
G Alimentação
0 20 40 60 80 = (I/PA) (unidades por semana)
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Restrições Orçamentárias
A Linha do Orçamento
A interseção vertical (I/PV), ilustra o maior
consumo de vestuário que pode ser obtido
com a renda I, dados os preços PA e PV .
A interseção horizontal (I/PA), ilustra o maior
consumo de alimentação que pode ser obtido
com a renda I, dados os preços PA e PV .
A inclinação da R.O. é dada pela relação de
preços, que mostra quanto o consumidor deve
ceder de um bem para adquirir uma unidade do
outro bem (custo de oportunidade).
Parte 4 Slide 43
Restrições Orçamentárias
Os Efeitos das Modificações na Renda e
nos Preços
Modificações na Renda
Um aumento na renda, mantendo os preços
constantes, desloca a linha do orçamento
paralelamente para a direita, permitindo que
o consumidor aumente o consumo de ambos
os bens.
Parte 4 Slide 44
Restrições Orçamentárias
Vestuário
(unidades Um aumento na
por senama) renda desloca
80 linha do orçamento
para a direita
60
Uma diminuição na
renda desloca
40 linha do orçamento
para a esquerda
20 L3
(I = L1 L2
$40) (I = $80) (I = $160)
Alimentação
0 40 80 120 160 (unidades por senama)
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Restrições Orçamentárias
Parte 4 Slide 46
Restrições Orçamentárias
Vestuário
(unidades Um aumento no preço da
por semana) alimentação para $2.00 modi-
fica a inclinação da linha do
orçamento (L3), diminuindo
as possibilidades de
consumo de alimentação
Uma diminuição no preço
40 da alimentação para $.50
modifica a inclinação da
linhado orçamento (L2),
aumentando as possibilidades
de consumo de alimentação.
L3 L1 L2
(PA = 1) (PA = 1/2)
(PA = 2) Alimentação
40 80 120 160 (unidades por semana)
Parte 4 Slide 47
Restrições Orçamentárias
Os Efeitos das Modificações na Renda e
nos Preços
Modificação nos Preços
Um aumento nos preços de ambos os
bens, que mantenha a relação de preços
inalterada, não altera a inclinação da
restrição orçamentária. Entretanto, ela
será deslocada para a esquerda, pois
agora reduziram-se as possibilidades de
consumo de ambos os bens.
Parte 4 Slide 48
Escolha por Parte do Consumidor
Parte 4 Slide 49
Escolha por Parte do Consumidor
Parte 4 Slide 50
Escolha por Parte do Consumidor
∆V dV
TMgS(V , A) =− =−
∆A dA
Parte 4 Slide 51
Derivando a Condição Anterior
Dada uma função utilidade, tal que uma curva de
indiferença seja representada por U(X,Y) = C, onde C
é uma constante que mede o nível de utilidade, se
tomarmos a diferencial total, devemos ter:
∂U ∂U
dX + dY = 0
∂X ∂Y
Variação na utilidade total proveniente de
uma variação na quantidade do bem Y.
Variação na utilidade total proveniente de uma variação
na quantidade do bem X.
Parte 4 Slide 52
Derivando a Condição Anterior
∂U
∂U ∂U dY ∂X dY UMgX
dY = dX ⇒ =− ⇒ =− = TMgS(Y , X )
∂Y ∂X dX ∂U dX UMgY
∂Y
Parte 4 Slide 53
Escolha por Parte do Consumidor
PA
Inclinação da R.O. = −
PV
Parte 4 Slide 54
Escolha por Parte do Consumidor
-10V
20 Linha do Orçamento
C
U1
+10A
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Escolha por Parte do Consumidor
Parte 4 Slide 57
Escolha por Parte do Consumidor
Vestuário PV = $2 PA = $1 I = $80
(unidades por
semana)
40
D A cesta de mercado D,
30 assim como qualquer
outra sobre U3 , não
pode ser adquirida,
dada a R.O. atual.
20
U3
Linha do Orçamento
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Escolha por Parte do Consumidor
Vestuário PV = $2 PA = $1 I = $80
(unidades por
semana) Com a cesta de mercado A
a linha do orçamento e a
40 curva de indiferença são
tangentes e nenhum nível
mais elevado de satisfação
pode ser obtido.
30
A
20 Em A:
TMgS = PA/PV = - 0,5
U2
Linha do orçamento
0 20 40 80 Alimentação (unidades por semana)
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Escolha por Parte do Consumidor
∂U Relação de Preços
∂A PA
=
∂U PV
∂V
TMgSVA
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Um Exemplo
Suponha que a função utilidade de um consumidor possa
ser representada por:
0, 5 0, 5
U (V , A) = V A
Note que a representação acima implica que o consumidor gosta
igualmente de ambos os bens (a variação de utilidade proveniente
de uma unidade adicional de vestuário é igual a variação de
utilidade proveniente de uma unidade adicional de alimentação).
Parte 4 Slide 61
Um Exemplo
A Restrição Orçamentária
I PA 1
I = PV V + PA A ⇒ V = − ⇒ V = 40 − A
PV PV 2
V
(I/PV) 40
(I/PA)
0 80 A
Parte 4 Slide 62
Um Exemplo
A Escolha Ótima
0,5 0,5 Pode ser escrita como:
U(V , A) = V A U(V , A) = V A
∂U 1
V
dV ∂ A 2 A V 2 V V
TMgS(V , A ) =− =− =− =− ⇒ TMgS(V , A) = −
dA ∂ U 1 2 A A A
A
∂V 2 V
1
Note que, se Y = X ⇒Y '=
2 X
Parte 4 Slide 63
Um Exemplo
V 1 1 1 1
− = − ⇒ V = A ⇒ A = 40 − A ⇒ A = 40 ⇒ V = 20
A 2 2 2 2
Parte 4 Slide 64
Um Exemplo
Podemos checar o resultado, calculando a
utilidade gerada pelo consumo da cesta (20;40).
0, 5 0, 5
U (20;40) = 20 40 = 28,28
Parte 4 Slide 65
Um Exemplo
V
(I/PV) = 40
20
U0 =28,28
0 40 80 A
(I/PA)
Parte 4 Slide 66
Encontrando as Funções de Demanda
Podemos também calcular as curvas de demanda por A e V
Em equilíbrio temos:
PA V PA
TMs(V , A) = ⇒ = ⇒ PV V = PA A
PV A PV
Substituindo na R.O. ⇒ I = PA A + PA A
I I
A= . Ana log amente → V =
2 PA 2 PV
Parte 4 Slide 67
Encontrando as Funções de Demanda
I I
A= V=
2 PA 2 PV
PA PV
1 2
0,5 1
DA DV
40 80 A 20 40 V
Parte 4 Slide 68
Encontrando as Funções de Demanda:
Método Formal
Podemos calcular as funções de demanda para
todos os tipos de preferências.
As funções de demanda nos permitem calcular as
quantidades de equilíbrio dos bens para qualquer
combinação de renda monetária e preços.
Veremos como calcular as funções de demanda
para 4 casos importantes de preferências: Cobb-
Douglas, complementos perfeitos, substitutos
perfeitos e quase-linear.
Parte 4 Slide 69
Encontrando as Funções de Demanda:
Método Formal
Demandas de Uma Função Cobb-Douglas
U ( x, y ) = xα y β
Logo, o lagrangeano → ℑ = xα y β + λ ( I − Px x − Py y )
Substituindo na R .O .I .
β β I β
I = Px x + Py y ⇒ Px x + Px x = I ⇒ Px x 1 + = I ⇒ = 1+
α α Px x α
I α +β I α I β I
= ⇒ Px x = ⇒x =∗ ∗
e y =
Px x α α +β (α + β ) Px (α + β ) Py
α
αI
Se (α + β ) = 1 ⇒ x = *
Px
I I
Se α = β = 0, 5 ⇒ x =∗ ∗
; ana log amente : y = .
2 Px 2 Py
Parte 4 Slide 71
Encontrando as Funções de Demanda:
Método Formal
Observação Importante
Note que as funções de demanda por x e y, derivadas
de uma função utilidade Cobb-Douglas, são dadas por
α I β I
U( x , y ) =x y ⇒x =
α β ∗ ∗
e y =
(α + β ) Px (α + β ) Py
Sendo assim:
Proporção da renda gasta com x = α / (α + β )
Proporção da renda gasta com y = β / (α + β )
Parte 4 Slide 72
Exemplo
Exemplificando:
Suponha que 0,4 0,6
U( x, y) = x y
Logo, 40% da renda será gasta com o bem x
e 60% da renda será gasta com o bem y.
3 2
Suponha que U( x, y) = x y
Logo, 60% da renda será gasta com o bem x
e 40% da renda será gasta com o bem y.
Parte 4 Slide 73
Exemplo
Como no exemplo anterior U (V , A) = V 0,5 A0,5 :
I I Demandas
∗ ∗
V = . Ana log amente : A = Marshalianas
2 PV 2 PA por Y e X
Parte 4 Slide 76
Exemplo
a) a quantidade consumida do bem X corresponderá a 40
unidades.
b) a quantidade consumida do bem Y corresponderá a 20
unidades.
c) o dispêndio efetuado pelo consumidor com o bem X será
100.
d) o dispêndio efetuado pelo consumidor com o bem Y será
200.
e) o dispêndio efetuado pelo consumidor com cada um dos
dois bens será igual.
Parte 4 Slide 77
Exemplo
Note que 2/3 da renda é gasta com x. Como a renda é
igual a 300 (gastará 200 com x) e o preço de x é igual a 5,
o consumidor comprará 40 unidades de x.
Note que 1/3 da renda é gasta com y. Como a renda é
igual a 300 (gastará 100 com y) e o preço de y é igual a
10, o consumidor comprará 10 unidades de x.
Utilizando as funções de demanda:
∗ α I 0, 667 $300
x = = = 40
(α + β ) Px ( 0, 67 + 0,33) $5, 00
∗ β I 0,333 $300
y = = = 10
(α + β ) Py ( 0, 67 + 0,33) $10, 00
Parte 4 Slide 78
Exemplo
Logo, que o consumidor maximiza sua utilidade
comprando 40 unidades de x e 10 unidades de y.
Y
Note que o consumidor gasta toda a
sua renda ao comprar a cesta
maximizadora de utilidade.
I = Px x + Py y
$300 = $5 • 40 + $10 • 10
10
U0
40
X
Parte 4 Slide 79
Elasticidades: Cobb-Douglas
Elasticidade Preço da Demanda por X
α I α
Demanda por x x∗ = ⇒ x∗ = IPx−1
(α + β ) Px (α + β )
∂X P α −2 P
EPXX = • X
⇒ − IP
x • x
⇒ − Px Px ⇒
−1
∂PX X α + β α −1
α + β IPx
Logo, para uma função utilidade Cobb-Douglas, preço e
X
E PX = −1 quantidade variam na mesma proporção, ou seja, um aumento no
preço do bem x de 1% reduz a quantidade demandada em 1%.
∂X I α 1 I α I (α + β ) Px
X
E = • ⇒ • ⇒ • ⇒
I
∂I X α + β Px α I α + β Px αI
(α + β ) Px
Logo, para uma função utilidade Cobb-Douglas, renda e quantidade
X
E =1
I variam na mesma proporção, ou seja, um aumento na renda de 1%
aumenta a demanda por x em 1%.
Parte 4 Slide 82
Elasticidades: Cobb-Douglas
Logo, para uma função utilidade Cobb-Douglas,
as elasticidades preço e renda são unitárias e as
elasticidades cruzadas iguais a zero.
Parte 4 Slide 83
Maximização da Utilidade: Complementos Perfeitos
O consumidor maximiza a utilidade adquirindo a cesta A:
curva de indiferença mais distante da origem que toca a
restrição orçamentária (pode ser adquirida dada a renda
monetária e os preços de x e y).
y
A
y* U1
Uo
Restrição Orçamentária
x* x
Problema: como encontrar a cesta A, já que a função de
Leontief não é derivável (note que a TMgS é igual a zero).
Parte 4 Slide 84
Maximização da Utilidade: Modo Informal
No caso de uma função de mínimo ou função de
Leontief; vale o menor valor entre os que estão dentro
dos colchetes.
Portanto, se U = {2X; Y} a utilidade será maximizada
com o consumidor consumindo o dobro de unidades
de Y em relação a X. Logo, Y = 2X. Sendo I = 400,
Px = 5 e PY = 10.
I PX
Como I = PX X + PY Y ⇒ Y = − X
PY PY
Substituindo os valores:
400 5 1
2X = − X ⇒ 2X = 40 − X ⇒ 2,5X = 40 ⇒ X = 16 ⇒ Y = 32
10 10 2
Parte 4 Slide 85
Maximização da Utilidade: Modo Informal
U = {2X; Y}
y I = 400, Px = 5 e PY = 10.
I = PX X + PY Y ⇒ 5 • 16 + 10 • 32 = 400
32 U0
16 x
Parte 4 Slide 86
Maximização da Utilidade: Modo Formal
Demandas de Uma Função de Leontief
Complementares Perfeitos
β α
U ( x, y ) = min (α x, β y ) ⇒ α x = β y ⇒ x = y ou y = x
α β
β
Substituindo na R.O. ⇒ I = Px x + Py y ⇒ I = Px y + Py y
α
β I
I = Px + Py • y ⇒ y = ∗
α β
Px + Py
α
α
Substituindo na R.O. ⇒ I = Px x + Py y ⇒ I = Px x + Py x
β
α I
I = Px + Py • x ⇒ x∗ =
β α
Px + Py
β
Parte 4 Slide 87
Maximização da Utilidade: Modo Formal
Exemplo:
Seja U(x,y)=min{x,4y}, I = 8, Px=1 e Py=4.
I 8
∗
y = ⇒y = ∗
⇒ y∗ = 1
β 4Px + Py
Px + Py
α
I 8
∗
x = ⇒x = ∗
⇒ x∗ = 4
α Px + 0, 25Py
Px + Py
β
U ( y, x) = α y + β x
Caso α e β sejam iguais a um: U ( y,x) = y + x .
Note que, neste caso, como a TMgS(y,x) é igual a -1; tanto faz
possuir 10 unidades de x, 10 de y ou cinco unidades de cada um.
Logo, o consumidor gastará toda a sua renda adquirindo o bem
cujo preço é menor. Caso os preços sejam iguais, ele poderá
adquirir qualquer combinação de x e y que respeite a sua restrição
orçamentária
Parte 4 Slide 89
Maximização da Utilidade: Substitutos Perfeitos
I
se Px < Py
Px
I
se Px > Py
Py
( y , x ) ∈ R 2
/ (P x + P y = I )
x y se Px = Py
Parte 4 Slide 90
Exemplo
Suponha que: U = y + x , I = 100 , Px = 1 e Py = 2
y
I Px 1
R.O. y = − x ⇒ y = 50 − x
Py Py 2
A
50 TMgS( y , x ) = −1
U0 U1 U2
B
0 x
100
Note que a cesta B(0,100) é preferível à cesta A(50,0)
A escolha da cesta B se deve ao fato de que PX < PY.
Qual seria a escolha do consumidor se duas unidades de x
fossem equivalentes a uma unidade de y ?
Parte 4 Slide 91
Generalizando o Exemplo Anterior
Vimos anteriormente que, caso a TMgS(y,x) seja superior (em
módulo) à relação de preços (Px/Py), o consumidor escolherá
somente x.
Suponha que a função utilidade seja dada por U
( y , x) = α x + β y
Neste caso, a escolha depende de α e β, parâmetros que definem a
TMgS(y,x). ∂U
α
TMgS ( y , x ) = − ∂x = −
∂U β
Logo, ∂y
se |α/β| > |Px/Py| , o consumidor escolherá somente x.
se |α/β| < |Px/Py| , o consumidor escolherá somente y.
se |α/β| < |Px/Py| , o consumidos escolherá qualquer combinação
de x e y que respeite a restrição orçamentária
Parte 4 Slide 92
Generalizando o Exemplo Anterior
Assim, temos:
I
se | α / β | > | Px / Py |
Px
I
Demandas por x e y se | α / β | < | Px / Py |
Py
( y, x) ∈ R / ( Px x + Py y = I ) se | α / β | = | Px / Py |
2
Parte 4 Slide 93
Exemplo
15) AE ES/SEGER ES-Economia-2013
Com base na teoria clássica do consumidor e considerando que x1 e x2
representam, respectivamente, os bens 1 e 2, assinale a opção correta.
a) Se a função utilidade for U(x1 , x2) = x1 + 4x2 , então os bens serão
complementares.
b) Se a função utilidade for U(x1 , x2) = x1 + 0,25x2 e a renda do consumidor
for igual a w, com p1 = 1 e p2 = 2, em que pi é o preço do bem i, então o
consumidor irá utilizar toda a sua renda na aquisição do bem com maior
utilidade marginal, no caso, na aquisição do bem 2.
c) Se a função utilidade for U(x1 , x2) = x1 + 0,25x2 e a renda do consumidor
for igual a w, com p1 = 1 e p2 = 2, em que pi é o preço do bem i, então o
consumidor irá utilizar toda a sua renda na aquisição do bem com maior
utilidade marginal, no caso, na aquisição do bem 1.
d) Se a função utilidade for U(x1 , x2) = x1 + 4x2 , então a curva de
indiferença do consumidor assume um ângulo reto no plano (x1 , x2).
e) Se a função utilidade for U(x1 , x2) = x1 + 4x2 , então o consumidor
substituirá uma unidade do bem 1 por 4 unidades do bem 2.
Parte 4 Slide 94
Exemplo
O item a é falso. A função utilidade dada representa bens
que são substitutos perfeitos.
O item b é falso.
α 1 Px 1
U( x , x ) = α x1 + β x2 ⇒ TMgS( x , x ) = − = =4 e
1
= = 0,5
2 1 2 1
β 0,25 2
Px 2
Como TMgS > relação de preços ⇒ x1 = (I/Px) e x2 = 0.
O item c é verdadeiro.
α 1 Px 1
U( x , x ) = α x1 + β x2 ⇒ TMgS( x , x ) = − = =4 e
1
= = 0,5
2 1 2 1
β 0,25 2
Px 2
Como TMgS > relação de preços ⇒ x1 = (I/Px) e x2 = 0.
Parte 4 Slide 95
Exemplo
Os itens d e e são falsos.
x2 Se as curvas de indiferença formassem ângulos retos,
8 teríamos bens complementares perfeitos.
U1
U0
1 2 x1
Note que o consumidor aceita substituir quatro unidades de
x2 por uma unidade de x1.
Parte 4 Slide 96
Utilidade Quase-Linear
Seja a função utilidade U ( x1 , x2 ) = U ( x1 ) + x2 .
Desta forma:
Ela é quase-linear em x2
A TMgS(x2,x1) depende exclusivamente de x1
x2
TMgS ( x2 , x1 ) = U ' ( x1 )
U2
U1
U0
x1
Parte 4 Slide 97
Utilidade Quase-Linear
Suponha que a função utilidade de um consumidor seja
dada por U = ln xa + xm , com Pa = 5, Pm = 3 e M = 500 .
Como Pm xm = M − Pm ⇒ M = Pa xa + M − Pm
Pm
xa = ( Demanda Marshaliana por xa )
Pa
Parte 4 Slide 99
Utilidade Quase-Linear
Notar que uma alteração no preço do bem (a) altera o
consumo do bem (a) somente via efeito substituição, ou
seja, o efeito renda é igual a zero.