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Revisão:

- HÉLIO;
- ACETILENO;
- ÓXIDO NITROSO;
- ENXOFRE;
- DIÓXIDO DE ENXOFRE;
- ÁCIDO SULFÚRICO.
1. HÉLIO
› Gás industrial estável, incolor, inodoro e não inflamável.

› Usado em:
 Ressonância nuclear magnética (Líquido refrigerante. Atinge
268,95 °C negativos);
 Espectroscopia de massa;
 Cromatografia gasosa (gás carreador);
 Na fabricação de fibras ópticas, chips de computador e airbags;
1. HÉLIO
› Usado em:

 Enchimento de balões (infantis, de propaganda e dirigíveis);


 Soldagem em altas temperaturas;
 Pressurização de tanques de combustível em ônibus espacial
(NASA);
 Refrigeração de equipamentos científicos de alta precisão;
 Refrigeração de reatores nucleares;
1. HÉLIO
› Usado em:

• Na produção do Laser (HeNe laser) – mistura com 15% de


Neônio;
• Misturas com oxigênio para mergulho em grandes
profundidades (TRIMIX e HELIOX);
 Trimix: mistura de hélio, oxigênio e nitrogênio;
Heliox: mistura de hélio e oxigênio. Também usada no
tratamento médico de pacientes com obstrução respiratória.
1. HÉLIO

• Concentração no ar atmosférico: 0,00052%


• Quando liberado na atmosfera, escapa para o espaço sideral.
A Terra não consegue prender seus átomos devido às
condições de temperatura e pressão ambientes;
• Encontrado em reservas presas às rochas ou junto com
reservas de gás natural;
• Gás natural: [He] = 0,4%.
1. HÉLIO

• Na natureza, o hélio é produzido a partir do decaimento


radioativo do urânio e do tório.
• Tempo de meia-vida: tempo necessário para que metade dos
átomos presentes em uma amostra radioativa se desintegre.

 Urânio 238 – tempo de meia-vida: 4,5 bilhões de anos;


 Tório 232 – tempo de meia-vida: 14,5 bilhões de anos.
1. HÉLIO
 Obtenção do hélio: liquefação fracionada do gás natural.

 Gás natural torna-se líquido a – 183,15 °C, a alta pressão;


90% do hélio (na forma de gás) se separa do gás natural
liquefeito;
Purificação do gás hélio: carvão ativado supercongelado –
adsorção dos outros gases (10%).

 Brasil não produz gás hélio.


2. Acetileno (ou etino)
› Gás industrial muito instável;
› Gás incolor com odor desagradável, quando misturado a
outras substâncias;
› Hidrocarboneto composto por 2 átomos de carbono e 2
átomos de hidrogênio;
› Encontra-se no estado líquido à -83,71 °C e no estado sólido a
-84,96 °C;
› Gás armazenado em cilindros de aço, sob pressão e dissolvido
em solução de acetona.
2. Acetileno (ou etino)

› Usado em:

 Síntese de outros compostos por polimerização (PVC e PVA,


por exemplo);
 PVC: policloreto de vinila;
PVA: poliacetato de vinila.
 Combustível na fabricação de vidro e outros produtos que
necessitam altas temperaturas;
2. Acetileno (ou etino)
› Usado em:

 Corte de metais por maçarico;


 Solda oxiacetilênica (mistura de acetileno e oxigênio – atinge
2500 a 3000 °C).
2. Acetileno (ou etino)

Figura 1: Solda oxiacetilênica


2. Acetileno (ou etino)

• Processos de produção:

 Craqueamento de alcinos gasosos de cadeia


maior ou craqueamento de gás natural:

- Presença de catalisadores e altas temperaturas;


2. Acetileno (ou etino)

• Processos de produção:

 Pirólise térmica do metano:

- Em temperaturas maiores que 2000 K;


- Produtos: Acetileno e hidrogênio (maior
quantidade) e benzeno (menor quantidade)
2. Acetileno (ou etino)
• Processos de produção:

 Obtenção a partir do carbureto (ou carbeto)


de cálcio:

 Etapa 1: Obtenção do carbureto de cálcio -


2. Acetileno (ou etino)

• Processos de produção:

 Obtenção a partir do carbureto de cálcio:

 Etapa 2: Reação do carbureto de cálcio com


água
2. Acetileno (ou etino)

• Processos de produção:

 Obtenção a partir do carbureto de cálcio:

o Subprodutos da reação do carbureto de


cálcio e água: fosfina, arsina, amônia, ácido
sulfídrico, hidrogênio, metano e dióxido de
carbono.
2. Acetileno (ou etino)
• Processos de produção:

 Obtenção a partir do carbureto de cálcio:

 Etapa 3: Purificação do acetileno

 Passagem da corrente gasosa em duas colunas


de purificação: coluna com solução de ácido
sulfúrico seguida de uma coluna com solução de
soda cáustica
2. Acetileno (ou etino)
• Processos de produção:

 Obtenção a partir do carbureto de cálcio:

 Etapa 4: Envase em cilindros (pressurizado


contendo solução de acetona).
2. Acetileno (ou etino)

Figura 2: Partes do cilindro de acetileno


2. Acetileno (ou etino)

Figura 3: Carbureto de cálcio no Mercado Livre


2. Acetileno (ou etino)

Figura 4: Carbureteira – Gerador de acetileno


3. Óxido nitroso (N2O)
› Gás incolor, com odor levemente adocicado. Não inflamável,
atóxico e pouco solúvel em água (65,6 mL em 100 g de água a
20 °C). Também conhecido como gás hilariante.

› Usado em:

 Como agente analgésico/anestésico fraco: utilizado na


medicina por mais de 150 anos;
- Agente anestésico: mistura contendo de 40 a 70% de óxido
nitroso e o restante oxigênio.
3. Óxido nitroso (N2O)
› Usado em:

 Fabricação do creme chantilly:

O creme chantilly é uma emulsão com teor gorduroso de 35 a


40%.
O creme de leite quando agitado, ar é incorporado à
estrutura, conferindo uma textura firme e uniforme. Podendo
ser adicionado, posteriormente, açúcar.
3. Óxido nitroso (N2O)
 Fabricação do creme chantilly:

O óxido nitroso é extremamente solúvel em gordura,


conferindo textura firme e uniforme.
O creme chantilly produzido com óxido nitroso é instável, e
retornará a um estado mais líquido dentro de meia hora a uma
hora.
No creme chantilly em aerossol, o óxido nitroso está dissolvido
no creme gordo até sair da lata. Quando se torna gasoso, cria
espuma.
3. Óxido nitroso (N2O)
 Fabricação do creme chantilly:

Figura 5: Cápsulas contendo 8 g de óxido nitroso


3. Óxido nitroso (N2O)
› Usado em:
 Agente de aumento de potência em motores à explosão
(combustão interna) – “carros nitro”

Figura 6: Compartimento de óxido nitroso em carro nitro


3. Óxido nitroso (N2O)
› Usado em:

 “Carros nitro”
Injeção de óxido nitroso junto com o combustível, dando um
ganho de potência de até 40%, porém aumento do consumo
de combustível (80% de aumento).

 Agente oxidante em motores de foguetes (oxida combustíveis a


altas temperaturas;
3. Óxido nitroso (N2O)
› Usado em:

 Propelente em aerossol.
O óxido nitroso é usado como propulsor em spray de cozinha (por
exemplo).
Spray de cozinha: óleos combinados com lecitina (emulsificante) e
propelente (óxido nitroso ou propano de qualidade alimentar).

Desenvolvimento de aerossóis :
https://aerosollarevista.com/2019/06/o-propelente-no-
desenvolvimento-de-produtos-no-aerossol-parte-1/
3. Óxido nitroso (N2O)
•Obtenção do óxido nitroso
 Processo de desnitrificação do solo:

 Conversão do nitrato presente no solo em gases


(óxido nitroso, óxido nítrico e nitrogênio) devido a
ação de bactérias (por exemplo, gênero
Pseudomonas).
3. Óxido nitroso (N2O)

 Processo de desnitrificação do solo:

O óxido nitroso causa sérios danos à camada de ozônio (efeito


estufa). É o terceiro mais importante gás causador deste
fenômeno, ficando atrás do dióxido de carbono e do metano.

 Seu potencial de efeito estufa é 310 vezes maior em


comparação com o dióxido de carbono e seu tempo de vida
pode ser superior a 120 anos.
3. Óxido nitroso (N2O)

 Decomposição térmica do nitrato de amônio

Aquecimento do nitrato de amônio, com


elevada pureza (99,5%), entre 200 e 260 °C
3. Óxido nitroso (N2O)

 Decomposição térmica do nitrato de amônio

Como subprodutos podem ser gerados ácido


nítrico e óxido nítrico. Para a remoção do ácido
nítrico pode-se empregar uma solução de soda
cáustica, enquanto que para remover o óxido
nítrico, pode-se empregar uma solução de
dicromato de sódio.
4. ENXOFRE
› Não metal frágil, de aparência amarelo-limão;
› Inodoro.
• O “cheiro de enxofre” vem de seus compostos voláteis
[por exemplo: ácido sulfídrico (H2S)]

Figura 1 : Aspecto do enxofre


4. ENXOFRE
› Cheiro de enxofre: Na Bíblia, associa que o cheiro do enxofre é
o cheiro do inferno.

› Cheiro de enxofre: parecido com odor de ovo podre.

 Reportagem: Cheiro de enxofre incomoda moradores de


Araucária (está disponível no MEGA)

https://www.youtube.com/watch?v=2daMRjeAirU
4. ENXOFRE
› Sólido (na temperatura ambiente);
› Insolúvel em água;
› Parcialmente solúvel em etanol;
› Solúvel em tolueno aquecido a 95 °C ( 20 g/ 100 mL de tolueno);
› Formas alotrópicas do enxofre: S2, S4, S6 e S8 ;
› Mais encontrado: S8

 Alotropia: propriedade que possuem alguns elementos de


apresentarem formas e propriedades físicas diferentes
4. ENXOFRE
• S8 : Enxofre rômbico (mais comum) e Enxofre monoclínico

Figura 2: Enxofres rômbico e monoclínico


4. ENXOFRE
• Enxofre rômbico (mais comum):

Densidade (a 20 °C): 2,07 g/cm3


Temperatura de fusão: 112,8 °C
Temperatura de ebulição: 444,6 °C

• Enxofre monoclínico:

Densidade (a 20 °C): 1,96 g/cm3


Temperatura de fusão: 119 °C
Temperatura de ebulição: 444,6 °C
4. ENXOFRE
› Usado em:

Produção da pólvora negra:

Mistura de:
 Salitre (nitrato de potássio): 74,7%;
 Carvão vegetal: 13,5%;
 Enxofre: 11,8%
4. ENXOFRE

› Usado em:

 Produção do dióxido de enxofre:

S(s) + O2(g) → SO2(g)

2 H2S(g) + 3 O2(g) → 2 SO2(g) + 2 H2O(g)


4. ENXOFRE
› Usado em:

 Produção do ácido sulfúrico:


S(s) + O2(g) → SO2(g)
Na presença de V2O5: 2 SO2(g) + O2(g) → 2 SO3(g)
SO3(g) + H2O(l) → H2SO4(l)
H2SO4(l) + SO3(g) → H2S2O7 (l) (oleum)
H2S2O7 (l) + H2O(l) → 2 H2SO4(l)
4. ENXOFRE
› Usado em:

 Produção de sulfeto ferroso:


 Aquecimento de ferro e enxofre a 500 °C.

S8(s) + 8Fe(s) → 8 FeS(s)

• Sulfeto ferroso em pó é pirofórico (inflama espontaneamente


no ar).
4. ENXOFRE
› Usado em:

 Sabonetes:
Figura 3: Sabonete de enxofre
4. ENXOFRE
Enxofre: propriedades antiinflamatórias, adstringentes e
antibacterianas.

 Benefícios do sabonete de enxofre:

 Promove a esfoliação da pele;


 Diminui a oleosidade da pele do corpo e do rosto
(prevenção à acne);
 Diminui inflamações de pele;
 Ajuda no combate à foliculite (infecção nos folículos
pilosos).
4. ENXOFRE
› Usado em:

 Sabonetes para Pets

Figura 4: Sabonete para Pets

 Indicado para a higiene de Pets;


Auxiliar no tratamento de sarnas e
micoses.
4. ENXOFRE
› Usado em:

 Polvilhos antissépticos
Figura 5: Polvilho antisséptico
4. ENXOFRE

Polvilho antisséptico: mistura de ácido


salicílico, enxofre, ácido bórico, óxido de zinco,
amido e talco.
Indicado para: assaduras, brotoejas e odores
desagradáveis da transpiração.

Figura 6: Brotoejas
4. ENXOFRE
› Usado em:
 Cremes para tratamento de acne: mistura de enxofre e
peróxido de benzoíla.

Figura 7: Creme para tratamento de acne


4. ENXOFRE
› Usado em:
 Cremes para tratamento de escabiose (sarna): mistura de
óxido de zinco e enxofre.
Figura 8: Creme para tratamento de escabiose
4. ENXOFRE
› Usado em:

 Vulcanização da borracha
 1839 – Charles Goodyear;
Aquecimento da mistura borracha natural e enxofre na
presença de catalisador (óxido de chumbo II);
o Borracha natural: quebradiça (a temperaturas baixas) e mole
e pegajosa (a temperaturas altas), por isso pouco utilizada;
o Borracha vulcanizada: resistente e estável à variações de
temperatura. Adequada para diversos produtos.
4. ENXOFRE
› Usado em:
 Vulcanização da borracha
o Borracha vulcanizada: polímero termofixo.
4. ENXOFRE
› Usado em:

 Vulcanização da borracha

o Borrachas vulcanizadas comuns: 2 a 10% de enxofre;


o Borrachas vulcanizadas usadas em pneus: 1,5 a 5% de
enxofre;
o Borrachas vulcanizadas em revestimentos protetores de
máquinas e equipamentos da indústria química: cerca de 30%
de enxofre.
4. ENXOFRE
• Processos de produção:

 Extração de reservas subterrâneas e vulcânicas

 Processo Frasch: obtenção de enxofre líquido


empregando água superaquecida (170 °C) e ar
comprimido, ambos sob pressão.
4. ENXOFRE
Figura 9: Esquema do Processo Frasch
4. ENXOFRE
• Processos de produção:

 Gaseificação do carvão mineral e posterior


oxidação do ácido sulfídrico

o Gaseificação do carvão mineral: mistura de


carvão mineral, vapor d’água e ar, aquecidos em
um reator.
4. ENXOFRE
Figura 10: Gaseificador
4. ENXOFRE
Processos de produção:

o Oxidação do ácido sulfídrico

 Processo Claus:
4. ENXOFRE

Figura 11: Forno de Claus (estrutura em marrom)


4. ENXOFRE
• Processos de produção:

 Hidrodessulfurização de óleo diesel e posterior


oxidação

o Produção de óleo diesel S10 (10% de enxofre) e


ácido sulfídrico, com o gás hidrogênio como
reagente em excesso.
4. ENXOFRE

Figura 12: Reator de


Hidrodessulfurização

Catalisador: NiMo suportado


em γ-Al2O3

Pressão: 61,2 a 78,7 kgf/cm2


Temperatura: 293 a 430 °C
4. ENXOFRE
o Oxidação da mistura de gás hidrogênio + ácido
sulfídrico

H2(g) + O2(g)→ H2O(l)


4. ENXOFRE
• Processos de produção:

 Obtenção a partir da purificação do biogás:

o Biogás: produzido a partir da digestão


anaeróbica de matéria orgânica;
o Biogás: mistura de gases metano e dióxido de
carbono (maiores quantidades) e hidrogênio,
nitrogênio e ácido sulfídrico.
4. ENXOFRE

o Purificação do biogás: Remoção do ácido


sulfídrico (gás corrosivo) e aumento do poder
calorífico do biogás.

Figura 13: Coluna de


absorção
4. ENXOFRE
Figura 14 : Exemplos de elementos de recheio
4. ENXOFRE
o Reações químicas ocorridas:

2H2S(g)→2H2S(aq)

2H2S(aq)+4Fe+3EDTA(aq)→2S(s)↓+4H(aq)++4Fe+2EDTA(aq)

O2(g)→O2(aq)

O2(aq)+4Fe+2EDTA(aq)+2H2O(l)→4Fe+3EDTA(aq)+4OH(aq)-

2H2S(g)+O2(g)→2S(s)↓+2H2O(l)
5. DIÓXIDO DE ENXOFRE (ou ANIDRIDO
SULFUROSO)
 Gás mais denso que o ar, incolor, não inflamável
e altamente tóxico, com odor picante;
 Solúvel em água;
 Dióxido de enxofre: responsável pela chuva
ácida;
 Pode ser liquefeito a 15 °C e 2 atm ou a -10 °C e
1 atm;
 Propriedades: desinfetante, antisséptico,
antibacteriano e agente branqueador.
5. DIÓXIDO DE ENXOFRE

Figura 15: Tanque pressurizado de dióxido de


enxofre liquefeito
5. DIÓXIDO DE ENXOFRE
› Usado em:

 Na produção de ácido sulfúrico (Processo de contato):


2 SO2(g) + O2(g) → 2 SO3(g)

SO3(g) + H2O(l) → H2SO4(l)

H2SO4(l) + SO3(g) → H2S2O7 (l) (oleum)

H2S2O7 (l) + H2O(l) → 2 H2SO4(l)


5. DIÓXIDO DE ENXOFRE
› Usado:

 Como conservante em vinhos (INS 220 ou conservante PV):

Concentração permitida pela Legislação brasileira: 0,03 g/ 100


mL;
No vinho: inibe/interrompe o desenvolvimento das leveduras,
detendo a fermentação alcóolica;
Introduzido no mosto como gás liquefeito ou injetado como
gás no vinho.
5. DIÓXIDO DE ENXOFRE
› Usado:

 Como agente branqueador no caldo de cana de açúcar:

Promove a clarificação do caldo de cana na produção de


açúcar cristal.
Dióxido de enxofre: produzido a partir da combustão de
enxofre nas enxofreiras.
5. DIÓXIDO DE ENXOFRE

Figura 16: Enxofreira


5. DIÓXIDO DE ENXOFRE

• Sulfitação do caldo de cana:

 Produção de dióxido de enxofre (fornalha a 250 °C);


S(s) + O2(g) → SO2(g)

Contato do dióxido de enxofre em contracorrente com caldo


de cana em uma coluna de absorção de pratos perfurados.
5. DIÓXIDO DE ENXOFRE

Figura 17: Sistema de sulfitação do caldo de cana


5. DIÓXIDO DE ENXOFRE
› Usado em:

 Na maceração de grãos de milho destinados à produção de


amido de milho
o Produção de amido de milho:
Primeira etapa: Moagem úmida (moagem seguida por
maceração).
Partes do grão de milho: embrião (gérmen), endosperma e
tegumento.
5. DIÓXIDO DE ENXOFRE

Figura 18: Partes do grão de milho


5. DIÓXIDO DE ENXOFRE
 Maceração:

o Partes do grão de milho imersos:


o Em solução aquosa de dióxido de enxofre;
o Concentração de 0,1 a 0,2%;
o Temperatura: 50 – 55 °C;
o Tempo: 24 - 48 horas.
Desenvolvimento de Lactobacillus sp e produção de
ácido láctico;
 Condições favoráveis à separação das partes do grão.
5. DIÓXIDO DE ENXOFRE
› Usado em:
 Na produção de sulfito de sódio

o Sulfito de sódio: conservante em vinhos e cervejas.


 Produção do ácido sulfuroso (coluna de absorção):
SO2(g)+H2O(l)→H2SO3(aq)
Neutralização do ácido sulfuroso com solução de hidróxido de
sódio:
H2SO3(aq)+2NaOH(aq)→Na2SO3(aq)+2H2O(l)

 Concentração e secagem do sulfito de sódio.


5. DIÓXIDO DE ENXOFRE

 Processos de produção:

• Combustão do enxofre na presença de ar ou oxigênio

S(s) + O2(g) → SO2(g)

Sem catalisador, 5% do dióxido de enxofre é convertido em


trióxido de enxofre:

2 SO2(g) + O2(g) → 2 SO3(g)


5. DIÓXIDO DE ENXOFRE

 Processos de produção:

• Ustulação de sulfetos metálicos

Ustulação: aquecimento de sulfetos metálicos na presença de


oxigênio.
o Ustulação da pirita (FeS2) – aquecimento de 600 a 1000 °C:

4 FeS2(s)+11 O2(g)→2 Fe2O3(s)+8 SO2(g)


5. DIÓXIDO DE ENXOFRE

Figura 19: Ustulação da pirita


6. ÁCIDO SULFÚRICO

› Líquido viscoso, incolor, inodoro;


› Mais denso que a água (1,84 g/cm3 a 20 °C);
› Hidroscópico;
› Solúvel em solvente polares;
› Reação altamente exotérmica quando dissolvido na água;
› Ácido forte e corrosivo;
› Concentração mais estável na armazenagem: 98 %;
› Apresenta alta condutividade elétrica;
› Baixa volatilidade (temperatura de ebulição: 338 °C);
› Oxida metais não nobres

Por exemplo:

2Al(s)+3H2SO4(l)→3H2(g)+Al2(SO4)3(s)

Mg(s)+H2SO4(l)→H2(g)+MgSO4(s)

o Metais nobres: Cu, Hg, Ag, Pd, Pt e Au.


6. ÁCIDO SULFÚRICO

› Ácido sulfúrico: agente desidratante e oxidante

 Ação do H2SO4 concentrado sobre sacarose (carbonização):

 Desidratação de polímeros (celulose e amido) (carbonização):


› Ácido sulfúrico: agente desidratante e oxidante

 Desidratação do sulfato hidratado de cobre II:

o Sulfato hidratado de cobre II: azul;


o Sulfato anidro de cobre II: branco.
› Produção de Ácido sulfúrico:

 Indicador de desenvolvimento técnico e industrial de um país.

Produção mundial de ácido sulfúrico em 1999


(Em mil toneladas)
1. Estados Unidos -
37.200 2. China -
22.500
3. Marrocos - 8.500
4.Rússia - 7.100
5. Japão - 6.900
6. Índia - 6.000
7. Tunísia - 4.900
8. Canadá - 4.800
9. Brasil - 4.700
10. México - 4.300
Produção mundial total: 159.600
FONTE: IFA / http://www.valoronline.com.br
 USOS DO ÁCIDO SULFÚRICO:
 Baterias de automóveis (baterias de chumbo)

Figura 1: Partes da bateria de chumbo


oBateria: Voltagem total: 12 V ;
o Composta por um conjunto de 6 células. Cada célula gera 2 V.

Figura 2: Conjunto de placas

Placa negativa Chumbo


Material entre as Plástico microporoso
placas

Placa positiva Chumbo revestido por óxido de chumbo


IV

Conjunto de Mergulhado em solução aquosa de H2SO4


placas (densidade: 1,28 g/cm3)
o Polo negativo: ânodo

o Polo positivo: cátodo

oReação global:

 Bateria descarregada: solução com densidade menor que 1,20


g/cm3
 USOS DO ÁCIDO SULFÚRICO:

Decapagem química na preparação de superfícies metálicas


para aplicação de revestimentos
o Revestimento: proteção anticorrosiva.

o Funções da decapagem química:


Remover oxidações, carepa (material oxidado do ferro),
crostas provenientes da fundição e pontos de solda;
Tornar a superfície do metal porosa, melhorando a aplicação
dos revestimentos.
 USOS DO ÁCIDO SULFÚRICO:

 Decapagem química:

o Aço carbono: solução de ácido sulfúrico ou ácido clorídrico


(concentração entre 10 e 20 %);
o Ferro fundido: ácidos clorídrico, sulfúrico e fosfórico diluídos +
aditivos;
o Cobre: ácido sulfúrico diluído a 6000 °C;
o Alumínio: soda cáustica diluída, ácido nítrico e ácido fluorídrico.
 USOS DO ÁCIDO SULFÚRICO:

 Na formulação de agentes saneantes industriais:

o Saneantes: produtos de limpeza, desinfecção, sanitização e tira


manchas);
o Saneantes Risco 2 (corrosivos): ácido sulfúrico, ácido nítrico e
ácido fluorídrico.
o Risco 2: pH menor ou igual a 2,0 e pH maior ou igual a 11,5.
 USOS DO ÁCIDO SULFÚRICO:

 Produção de outros ácidos:

o Ácido sulfúrico: “rei da Química Inorgânica”


 USOS DO ÁCIDO SULFÚRICO:

 Obtenção industrial do ácido fosfórico:

o Processo WPA – Wet Phosphoric Acid (Processo via úmida)


o Etapas:

A)Ataque ácido: reação do ácido sulfúrico com o concentrado de


fosfato (por exemplo, apatita);
B)Filtração do ácido fosfórico diluído: remoção de subprodutos
como fosfogesso;
C)Concentração do ácido fosfórico diluído: por evaporação, obtendo
ácido fosfórico MGA (Merchant Grade Acid) – ácido fosfórico
comercial (com 52 a 54 % de pentóxido de fósforo)
 USOS DO ÁCIDO SULFÚRICO:
 Obtenção industrial do ácido fosfórico:

Figura 3: Fluxograma de
obtenção do ácido
fosfórico
 USOS DO ÁCIDO SULFÚRICO:

 Remoção de ácido oxálico da água:


o Ácido oxálico:
 Pó branco, tóxico e corrosivo;
Usado como removedor de ferrugem, agente branqueador
para pedras e madeiras, removedor de manchas em diferentes
superfícies (pedras, tijolos, madeiras, vinil, linho e algodão) e
agente de esmirilhamento (polimento de mármores).
 USOS DO ÁCIDO SULFÚRICO:

 Desidratação intermolecular entre álcoois:

o Na presença de ácido sulfúrico concentrado e a quente


(temperatura de 140 °C): produção de éteres

o Separação do éter e da água: destilação


 USOS DO ÁCIDO SULFÚRICO:
 Desidratação intermolecular do etanol (a 140 °C):

 Separação dos produtos (destilação)

Figura 4: Pressão de
vapor em função da
temperatura
 USOS DO ÁCIDO SULFÚRICO:

 Desidratação intermolecular entre álcoois:

o Na presença de ácido sulfúrico concentrado e a quente


(temperatura de 170 °C): produção de alcenos

o x: gás (de 2 a 4 átomos de carbono) e líquido (5 a 16 átomos de


carbono)
 USOS DO ÁCIDO SULFÚRICO:

 Desidratação intermolecular do etanol (a 170 °C):

Separação do eteno (ou etileno) da água: agentes dessecantes


(adsorção da água);

Agentes dessecantes: cloreto de cálcio, montmorilonita,


dióxido de sílicio, sílica gel, zeólitas (peneira molecular).

Plástico verde: Polietileno produzido a partir do etanol


(proveniente da cana de açúcar)
 USOS DO ÁCIDO SULFÚRICO:

 Desidratação intermolecular entre ácidos carboxílicos:

o Produção de anidridos de ácidos: aquecimento e na presença


de agentes dessecantes (A.D.)

o A.D.: P2O5, H2SO4 ou H3PO4 concentrado.


 USOS DO ÁCIDO SULFÚRICO:
 Desidratação intermolecular entre ácidos carboxílicos:
 USOS DO ÁCIDO SULFÚRICO:

 Como catalisador no processo de Hock:

o Processo Hock: síntese do fenol via oxidação do cumeno;


oProcesso Hock: produz 97 % do fenol em todo o mundo.
 USOS DO ÁCIDO SULFÚRICO:

 Na produção de sulfato de amônio:

o Sulfato de amônio: fertilizante mineral simples;


o Fonte de enxofre e nitrogênio;
o Baixo custo de aplicação;
o No solo, em pH inferior a 7, não sofre volatização (conversão
do íon amônio em nitrogênio gasoso);
o Reação da amônia com ácido sulfúrico diluído:
 USOS DO ÁCIDO SULFÚRICO:

 Na produção de sulfato de amônio:

Figura 5: Produção de sulfato de amônio a partir da amônia


 USOS DO ÁCIDO SULFÚRICO:

 Produção de fertilizantes minerais simples:

o No Brasil, 60% do ácido sulfúrico produzido é destinado à


produção de ácido fosfórico e de fertilizantes.

Ácido bórico: borato de sódio ou de cálcio tratado com ácido


sulfúrico ou ácido clorídrico;
Fosfato acidulado sulfúrico: reação da rocha fosfática moída
com ácido sulfúrico;
 Produção de fertilizantes minerais simples:

Fosfato parcialmente acidulado: acidulação parcial da rocha


fosfática moída com ácido sulfúrico, ácido clorídrico ou ácido
fosfórico;
Fosfossulfato de amônio: reação da amônia anidra com uma
mistura de ácido sulfúrico e ácido fosfórico;
Multifosfato magnesiano: reação da rocha fosfática moída com
ácido sulfúrico e óxido de magnésio;
Óxido de ferro III: reação de ferro metálico com ácido sulfúrico
seguido de uma reação com soda cáustica e oxidação;
 Produção de fertilizantes minerais simples:

Sulfato de cobalto: reação do carbonato de cobalto com ácido


sulfúrico ou reação do cobalto metálico com ácido sulfúrico,
neutralizado com hidróxido de amônio;
Sulfato de cobre II: reação do óxido de cobre II com ácido
sulfúrico ou reação do cobre metálico com ácido sulfúrico;
Sulfato de magnésio : reação do óxido de magnésio com ácido
sulfúrico;
Sulfato de manganês II : reação do óxido de manganês II com
ácido sulfúrico;
 Produção de fertilizantes minerais simples:

Sulfato de potássio e magnésio: reação de sais de potássio e


sais de magnésio com ácido sulfúrico;
Sulfato de níquel II: reação do níquel metálico ou do carbonato
de níquel II com ácido sulfúrico;
Sulfato de zinco: reação do óxido de zinco ou do zinco
metálico com ácido sulfúrico;
Sulfato ferroso : reação do ferro metálico ou do carbonato de
ferro II com ácido sulfúrico;
Sulfonitrato de amônio: reação da mistura de ácido nítrico e
ácido sulfúrico com amônia anidra;
 Produção de fertilizantes minerais simples:

Sulfonitrato de amônio e magnésio: reação da mistura de


ácido nítrico e ácido sulfúrico com amônia anidra e compostos
de magnésio;
Superfosfato simples: reação da rocha fosfática moída com
com ácido sulfúrico;
Superfosfato simples amoniado: reação do superfosfato
simples em pó com amônia e ácido sulfúrico;
Superfosfato duplo : reação da rocha fosfática moída com
ácido sulfúrico e ácido fosfórico.
 Processos de produção do ácido sulfúrico

 Processo de contato (a partir do enxofre):

o Combustão do enxofre:
S(s) + O2(g) → SO2(g)

Reação ocorre em uma câmara, onde o enxofre é vaporizado


pelo próprio calor de combustão. No estado gasoso, o enxofre
reage com o oxigênio do ar, elevando a temperatura para
aproximadamente 1000 °C.
 Processo de contato:

o Oxidação catalítica do dióxido de enxofre em trióxido de


enxofre:
2 SO2(g) + O2(g) → 2 SO3(g)

Reação que ocorre na presença de catalisadores e altas


temperaturas:
 Pentóxido de vanádio: Temperaturas entre 450 e 500 °C;
Compostos de césio e pentóxido de vanádio: Temperatura
próxima a 360 °C.
o Reação do trióxido de enxofre com ácido sulfúrico:

É possível reagir o trióxido de enxofre com a água formando o


ácido sulfúrico, porém essa reação é muito exotérmica e pode
levar à vaporização do ácido sulfúrico produzido, não sendo
recomendada industrialmente.

SO3(g) + H2O(l) → H2SO4(l)

 Reação do trióxido de enxofre com ácido sulfúrico:

H2SO4(l) + SO3(g) → H2S2O7 (l) (oleum ou ácido dissulfúrico)


o Reação do trióxido de enxofre com ácido sulfúrico:

 Reação do trióxido de enxofre com ácido sulfúrico:

o Coluna de absorção recheada por elementos de recheio.


o Os recheios mais comumente usados são selas Intalox de
cerâmica (de 2 a 3 polegadas) e anéis de Raschig bipartidos de
cerâmica (de 4, 6 e 8 polegadas);
o Ácido sulfúrico alimentado no topo da coluna em
contracorrente com o gás trióxido de enxofre.
o Reação do trióxido de enxofre com ácido sulfúrico:

 Coluna de absorção recheada por elementos de recheio.

Figura 6: Selas Intalox e Aneis de Raschig bipartidos


o Hidratação do oleum:

H2S2O7 (l) + H2O(l) → 2 H2SO4(l)

 Produção de ácido sulfúrico com 98%.

 Mega: vídeos sobre a produção industrial do ácido sulfúrico;


 Vídeos: observar as instalações industriais.
 Processos de produção do ácido sulfúrico

 Oxidação do dióxido de selênio com peróxido de hidrogênio e


reação com o ácido fluorossulfúrico

Ácido selênico anidro: evaporação a vácuo (temperaturas


menores que 140 °C)

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