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Síntese de O2:

No laboratório, o Oxigênio pode ser obtido de diversas maneiras, as mais conhecidas são a
partir da decomposição térmica de óxidos, como por exemplo a decomposição térmica do
cloreto de Potássio (KClO3) ou do Óxido de Mercúrio (HgO).

• 2KClO3(s) → 2KCl(s) + 3O2(g)


• 2 HgO(s) →2 Hg(l) + O2(g)

E a partir da decomposição de peróxido de Hidrogênio (H2O2) sob ação de um catalisador, este


sendo o permanganato de Potássio (KMnO4).

• 2 H2O2(l) + KMnO4(s) → MnO2(s) + O2(g)

Sendo este o método mais seguro e que foi usado para a produção do gás oxigênio no
experimento.

O método tem seu princípio baseado na alta instabilidade do peróxido de hidrogênio, que a
partir da leitura do diagrama de Frost em meio ácido é possível perceber que ele tende a se
desproporcionar em duas espécies mais estáveis, água e gás O2.

Sabendo disso, realizou-se a decomposição da água oxigenada volume 20, a qual produz a
partir de 1 litro de solução 20 L de gás O2. Essa concentração foi a utilizada porque permite
que a reação não ocorra de forma tão violenta, podendo ser facilmente controlada no
ambiente laboratorial.

Após a síntese do gás oxigênio, realizou-se a fusão de enxofre para iniciar as reações em
atmosfera de oxigênio, tomando cuidado com a espátula de ferro, que foi rapidamente lavada
após fundir o enxofre, pois o ferro reage facilmente com o mesmo, pois pelo conceito de
ácidos e bases duros e moles de Pearson, um ácido mole e uma base mole tendem a reagirem
e a formarem ligações mais facilmente, e sabendo que o ferro é um ácido mole e o enxofre
uma base mole, sabe-se que a seguinte reação é espontânea e rápida quando exposta ao
calor:

Fe(s) + S(s) → FeS(s)

Levando isso em consideração, fundiu-se e introduziu-se o enxofre derretido no tubo de


ensaio, logo após foi observado a formação de uma “névoa” branca, evidenciando a formação
de um gás, que se dispersou depois de agitar o tubo.

Sabendo que o enxofre reagiu em uma atmosfera de O2, conclui-se que o gás formado no
primeiro momento é um produto da oxidação sofrida pelo enxofre fundido, sendo este o gás
Dióxido de Enxofre (SO2).

S6(l) + 6 O2(g) → 6 SO2(aq)

Após a introdução do enxofre fundido e da formação do SO2, mediu-se o pH da solução


resultante com a fita de pH e verificou-se que a reação do dióxido de enxofre com a água
abaixou o pH da solução de 6,5 para aproximadamente 3.

Essa diminuição no pH pode ser explicada por ter ocorrido a formação de ácido sulfuroso, pois
ele é o produto resultante da reação entre SO2 e H2O, como se segue abaixo:

SO2(aq) + H2O(l) → H2SO3(aq)


Medido o pH da solução, foi adicionado à solução ácida duas gotas da solução de
permanganato de potássio e observou-se que quando o permanganato encontrava a solução
ácida, ele passava de roxo para incolor, mostrando que a o permanganato foi consumido e
reagiu com a solução ácida.

Observando melhor esse ocorrido, percebe-se que a seguinte reação é promovida quando se
adiciona KMnO4 à solução do tubo de ensaio:

2 KMnO4(s) + 5 H2SO3(aq) → 2 H2SO4 (aq)+ 2 MnSO4(aq) + K2SO4(aq)+ 3 H2O(l)

Observa-se que ocorre uma reação de oxirredução, onde o enxofre oxida, indo de +4 para +6 e
o Manganês reduz de +7 para +2.

A redução do Mn explica o porquê existiu uma diferença na coloração das soluções de branco
e ácida quando se adicionou permanganato de potássio, em meio neutro, como no caso da
solução branco, a qual tinha apenas água destilada, o Mn não sofre mudança no seu estado de
oxidação, logo ele se mantém no estado de oxidação Mn7+, o qual possui uma coloração roxa.
Entretanto, quando este é adicionado à solução ácida, o seu estado de oxidação muda para +2,
logo, temos a espécie Mn2+, qual é incolor.

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