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11ºano História da Cultura e das Artes

Barroco
(séc. XVII – XVIII)
A Cultura do Palco Era rei por poder
divino (Deus concedeu)
GUERRA DOS TRINTA ANOS: Rei absoluto –
centro de toda a
1618 - 1648
atenção, única fonte
Iniciada por dissidências religiosas entre de poder e decisão
Protestantes e Católicos, crescimento da Criou em
Holanda, divisão do mundo entre Portugal e Versalhes um modo
Espanha (outros países queriam produtos sem pagar de vida em cote
impostos), peste endémica (transmissível) marcado por um
Período de centralização régia que levou à cerimonial rigoroso
instalação do ABSOLUTISMO RÉGIO RETRATO PSICOLÓGICO – vaidoso,
MONÁRQUICO e ao ANTIGO REGIME – crise presunçoso, egocêntrico, manipulador, orgulhoso.
(despesas, mortes) Narcisista, mecenas, controlador, persistente,
Política e Religião com governação egoísta, egocêntrico, sôfrego de luxo
semelhante – forte poder centralizado, censura, RETRATO POLÍTICO – narcísico, egocêntrico,
forte aparelho administrativo, governativo e de astuto, trabalhador, paciente, consciente
vigilância REI-SOL – outros membros da nobreza eram os
seus satélites que esperavam q o Rei os chamasse
ANTIGO REGIME:
Marcou o séc. XVII
O Palco
crises climáticas, económicas e políticas –
CRISE DE SUBSISTÊNCIA VERSALHES:
Permanência do senhorialismo e da
Era o modelo
sociedade de ordens (clero, nobreza, povo –
burguesia) O palco mais
Economia agrícola e mercantil (comercial importante era A
marítima) CORTE – protagonista:
Monarquia Absoluta (política) – todos os Rei com os seus cortesãos, com cerimoniais
inalteráveis para propagar a sua imagem
poderes são do Rei porque Deus assim os concedeu
(exceção Inglaterra e Holanda) A RELIGIÃO – protagonista: clero, representava
aos fiéis o espetáculo místico da mensagem de
REI LUIS XIV (Biografia): Deus – objetivo é deixá-los deslumbrados c a
Nasceu a 5 de setembro de 1638 em França riqueza (abundância) p manipular e garantir o poder
A ACADEMIA – os sábios expunham e
1643 o pai morreu e assumiu o trono
demonstravam as suas descobertas
1661 assumiu o poder
Filho do rei Luís XIII e da rainha Ana de Muitos
Áustria palcos, um
Último exemplo de corte absolutista na espetáculo
Europa – ambiente
Viveu no Palácio de Louvre e de Versalhes falso e fictício
1715 fim do seu reinado

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O TRATADO DE UTREQUE (Acontecimento): A ARTE BARROCA


Conjunto de documentos
que regulamentaram a paz ARTE E RETÓRICA:
entre todos os países
Nascida em Itália, rapidamente se propagou
intervenientes na Guerra da
Sucessão de Espanha (1701 - 1714) Arte ao serviço do rei e da igreja, portadora
Rei morreu sem descendência, então foi de forte mensagem ideológica, propagandística
instalado a oposição entre a França e os Países e doutrinal
Aliados (Ing, Holanda, Pt, Saboia, Prússia) Técnica, inteligência, imaginação misturaram
Luís XIV ficou contente, pois queria unir a as artes provocando efeitos de forte contraste
Espanha à França para obter o seu vasto - cenógrafos e encenadores de teatro – arte
império colonial (Oriente e América Latina) total, arte de síntese, de sentido cénico e teatral
Após o tratado - Luís XIV recebeu Espanha Arte clara, simples e inteligível, de caráter
com a condição de nunca se associar à França, didático, apelando à sensibilidade e ñ à Razão
a Áustria incorporou vários países, A Inglaterra Objetivo: deslumbrar com a decoração,
ficou com novas localidades, a França perdeu distraindo as pessoas para as manipular –
prestígio e territórios GRANDIOSIDADE, EXUBERÂNCIA E IMPRESSIONAR

A MÍSTICA E OS CERIMONIAIS: Arquitetura


A Igreja Católica pretendeu estimular nos Respeito pela arquitetura clássica (ordens,
fiéis a espiritualidade e o misticismo, através de: cânones, entablamentos, gosto individual do
1 – meditação e oração individual com base autor), recurso à técnica para novas formas,
na leitura da Bíblia + Sagradas Escrituras formas sinuosas e ondulantes (plantas e
2 – participação nos cerimoniais organizados coberturas), decoração variada e abundante
pela igreja (procissões, peregrinações, devoções, (horror ao vazio), preocupação com o
promessas, missas) enquadramento, acentuação da expressividade
Como era época de INQUISIÇÃO e ÍNDEX, a
ARQUITETURA RELIGIOSA (igrejas-salão):
obrigatoriedade de participar era cumprida mais
por medo do que por livre vontade Mensagem do poder – imponência e riqueza
dos interiores
REVOLUÇÃO CIENTÍFICA: Plantas irregulares - basilicais (naves laterais
Surto de desenvolvimento científico transformadas em capelas laterais, transepto não-saliente
e cabeceira reduzia a capela-mor), elípticas
derivado do espírito crítico, racionalismo e
transversais / longitudinais p fugir à regra e transmitir
experiencialismo, estes derivados então do a originalidade do autor
século XVI Paredes com avanços e recuos – côncavos e
Nos países onde a censura se fez sentir
convexos – coberturas em cúpulas
menos (Holanda), os sábios utilizando a
Interior c/ pinturas a fresco e composições
observação direta, a experimentação, a razão
(inteligência humana) e a linguagem matemática complexas – trompe-l’oeil, talha dourada
fizeram avançar então o conhecimento humano Escultura em todo o lado – relevos em
em várias áreas científicas – ciências, medicina, estuque, peças de estatuária
física, biologia, química Pavimento com mármores policromos
Houve também a introdução do método Elementos clássicos recriados (entablamentos,
científico, para o qual contribuíram os trabalhos frontões, colunas, torres sineiras)
de filósofos e cientistas da época – Francis Portal principal exageradamente decorado,
Bacon e René Descartes remetendo para a verticalidade (quebra regras
clássicas)
Música (órgãos de tubo), canto, incenso e fumo

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ARQUITETURA CIVIL (Palácios): O REAL EDIFÍCIO DE MAFRA (Caso Prático):


Mensagem - “pequeno Versalhes português”
autoridade do Papa
Desenvolvidos
horizontal c/ 2/3
pisos – piano nobile,
grande salão, biblioteca,
aposentos
Plantas em U ou H
Pátio externo,
escadarias com efeito cenográfico, decoração
interior exuberante, jardins (francês – estátuas e
desenho)
Paredes exteriores Mandado construir por D. João V, apoiado
pela exploração do Brasil (ouro)
c/avanços e recuos,
Arquiteto João Frederico Ludwig (Ludovice)
linhas sinuosas,
ornamentação – referência Palácio de Versalhes Fr e Palácio do
abundante, colunas Escorial Esp

colossais Lugar escolhido devido à localização, Mafra,


no meio de uma tapada de caça, com vista para o
mar a 25km de Lisboa
Objetivo – glorificar o poder do rei e poder
espiritual
Influências (conjunto – Basílica, Palácio, Convento
sendo este o prometido) italianas, alemãs, austríacas
e portuguesas
Igreja o lugar de Deus, rodeada
pelo palácio (poder real), respeitando
o poder de deus e do rei, mosteiro
o lugar do clero (absolutismo)
3 andares, 2 torreões frontais
(inspiração oriente), importância
biblioteca (morcegos, riqueza), jardim
francês, chão mármore e tapeçaria
Igreja em planta de cruz latina
modificada, com naves laterais em
capelas que abre em arcos de volta perfeita,
cúpula, zimbório, pórtico de 3 arcos, torres
URBANISMO: sineiras de 3 andares
2 carrilhões – maiores e melhores do mundo (92
Praças eram o elemento mais
sinos, 217 toneladas) encomendadas por D. João
importante da cidade barroca
V – forte ligação do palácio à
Planta irregular ou elíptica
música
Rodeada de edifícios de (órgãos)
fachadas cenográficas com
fontes, lagos, escultura
(tranquilidade)

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IGREJA DE SÃO FRANCISCO, PORTO:


planta de 3 CARACTERÍSTICAS:
naves, 5 tramos PATHOS = tragédia,
cada emoção e dramatismo
transepto (barroco)
saliente LOGOS = razão,
cabeceira c/ racional (renascimento)
abside simples Naturalismo / realismo
ladeada por 2 absidíolos Rigoroso domínio da
coro anatomia humana,
rosácea sobre o portal principal formas serpentinata, panejamentos volumosos
e agitados
vários retábulos de talha
Jogo de texturas e
contraste luz-sombra
IGREJA E TORRE DOS CLÉRIGOS:
Composições
linhas quebradas, concavas e convexas
complexas com
dificuldades de local, adaptação ao terreno posições de
acesso a igreja por escadaria que serve de movimento ou em
embasamento desequilíbrio
saliências e reentrâncias Sentido dramático e
frontão quebrado, tímpano decorado com teatral, emocional
medalhões, objetos litúrgicos e outros Acentuação da
nave oval coberta por uma abobada elíptica expressividade,
torre c/ 6 andares de altura procurando passar a mensagem através do
fachada simétrica movimento, emoção, sentimento e sensibilidade
Preocupação com a adequação da escultura
decoração intensificada com a altura
ao local onde ia ser colocada – sentido cénico
Arte do momento, do acontecer -
instantâneo fotográfico – composições livres e
organizadas

ESCULTURA ORNAMENTAL:
Escultura função de
ornamentação
Características do renascimento, novidade da da arquitetura e
emoção funções
Encomendadas para palácios e igrejas – estruturais
jardins, lagos, fontes Relevos,
Visão histerométrica, vulto redondo estatuas
alegóricas, muros de jardins e escadarias em
TEMAS: lagos e fontes, estatuas-colunas
Profanos (laicos) - quotidianos mitológicos e
cenas de género ESCULTURA INDEPENDENTE:
Religiosos – mártires, temas marianos, paixão mais importante
de cristo Estatuas individuais e de grupo que valiam por
Retratos – honorífico de personalidades si ou compunham monumentos comemorativos
importantes (padres, reis) e fúnebres
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APOLO E DAFNE, Bernini: Pintura


Cena em movimento de MÓVEL
sentido ascendente
posição em desequilíbrio CARACTERÍSTICAS:
Tema mitológico – Óleo sobre tela
dafne a fugir de apolo q Claro-escuro - escuridão, luz-sombra
estava apaixonado por esta
Cores fortes e escuras
Técnica de debastar e
Mensagem
polir (realismo e naturalismo)
Estereométrica Diversidade
Emoção nos gestos e Humanização das figuras sagradas
expressões (dramatismo) agilidade e originalidade
Forma livre, organizada e complexa realismo, emoção, terror
(instantâneo fotográfico) retratos, autorretratos
Efeitos luz e sombra na irregularidade e linha ascendente
modelado da peça paisagens, naturezas mortas, profanos–
Mármore branco quotidiano, religiosos, cena de género
Teatralidade e sentido cénico panejamentos
Anatomia e proporção pintura em escorço
Panejamentos “agitados” luz natural
Caravaggio,
ÊXTASE DE SANTA TERESA, Bernini: Rembrandt, Vermeer,
Transe elevação nuvem Velasquez, Rubens
Tinha visão de q levitava
Sofrimento por deus MORTE DA VIRGEM, Caravaggio:
Pessoas no varandim – mecenas uso sombras e luz artificial e rasante
Mármore, gesso (incidente sobre o objeto)
tenebrismo – tratamento peculiar cor e luz
Cor deslumbra, distrai
– luz branca incidente e o resto na sombra,
penumbra ou semipenumbra
cores terrosas e sombrias
tema religioso, humanização das figuras
naturalismo
uso de óleo
sentido diagonal
dando movimento
dor e sofrimento
dramaticidade
luz-sombra p
modelar os volumes
3 planos –
cortina , virgem e
apóstolos, maria
madalena
Morte é grande momento da vida

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RAPTO DAS FILHAS DE LEUCIPO, Rubens: Europa e o Mundo


Tema mitológico
poucas obras barrocas na europa, pois
Nu feminino
nasceu em Roma pelas mãos papa da
Cores quentes contrarreforma e expandiu p europa, católica e protestante
Jogo de luz países absolutistas e católicos – barro
acentuado pelo cortesão, grandioso e exuberante
pano vermelho PAÍSES MONÁRQUICOS E PROTESTANTES –
Movimento barroco + austero, retrato
integral, forma PAISES PROTESTANTES DE PREDOMINÂNCIA
circular, diagonal BURGUESA - Barroco naturalista/realista,
ascendente quotidiano e paisagem
Linhas curvas e contracurvas ondulante s em arquietura – palácios copiados por Versalhes,
S que ligam as personagens entre si modelo de obra de arte total, poder rei e
AUTORRETRATOS DE REMBRANDT: superioridade
escultura – dramatismo, uso da talha
Interpretação de traços psicológicos
Expressão realista das marcas do tempo LA CEREMONIE TURQUE (Caso Prático):
Pinceladas pesadas e grossas, textura + Molière Lully
quando + velho .Violinista
.Dramaturgo
Escuridão tenebrista francês, encenador, instrumental,
empresário bailarino,
(companhia de compositor italiano
teatro) que .Criou tragédias,
trabalhou para D bailados, motetos,
Luís XIV e para a sua operas
corte
.Criou comedias,
farsas, peças de
fantasia e textos
baléticos
MURAL .Ridiculariza tipos
sociais e sociedade
Papel decorativo e alegórico da arquitetura em geral
Frescos de eximia a cobrir paredes e tetos .Semelhança com
Gil Vicente
de igrejas/palácios
Temas religiosos, mitológicos, históricos, retorno do teatro para impressionar
sentido alegórico e triunfal Le Bourgeois Gentilhomme, o bom burgues
Abundante figuração, escorço, cenários Francês – chiqueza
fantasia com elementos arquitetónicos falsos Comedia-ballet, género de espetáculo,
Luz-sombra satirizando a vida do seu tempo
Composições densas e agitadas Critica os burgueses recém-nobilitados que
caem no ridículo ao tenar imitar a nobreza com
Portugal as suas manias das grandezas
azulejo O burgues é Sr. Jordão q se vê envolvido
Arquitetura – paredes. Torre dos clérigos, Palácio do Freixo num complicado enredo de amores
Escultura – figuras. Igreja de são francisco e santa clara desencontrados, é enganado, explorado e
satirizado. É convencido de q se pagar bem um
Pintura –
turco o vem para tornar nobre com uma festa.
retábulos. A corte do rei ri-se, mas de si próprio, pois os
Josefa de Óbidos
burgueses tentava ser como eles (nobres)

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