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RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS E
TOMADA DE DECISÃO
CFHP PMPE 2021
Organizadora: CB PM Mirameles
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E TOMADA DE DECISÃO – CFHP 2021
SUMÁRIO
Apresentação ....................................................................................................................................... 03
1. Conceito e componentes de situações-problema............................................................................ 04
1.1. Conceitos pertinentes ao tomador de decisões .......................................................................... 04
1.2. Componentes associados à situações-problema........................................................................ 05
2. Diagnóstico de situações problemáticas ......................................................................................... 05
2.1 Os fatores de influência .............................................................................................................. 06
2.2 Ambiente de tomada de decisão................................................................................................. 07
3. Etapas da solução de problemas ..................................................................................................... 08
3.1 O processo de tomada de decisão ............................................................................................. 10
3.2 Condições a serem consideradas durante as etapas do processo decisório ............................... 11
4. Tomada de decisão; análise de etapas e forma de comunicação .................................................. 11
4.1 Como é o processo comunicativo em sua empresa? ................................................................ 12
4.2 Elementos intervenientes na tomada de decisão...................................................................... 14
4.3 Transformando dados em informações e informações em conhecimentos ............................... 15
4.4 Identificação de alternativas ..................................................................................................... 17
4.5 Níveis de tomada de decisão.................................................................................................... 17
4.6 Tipos de decisão ...................................................................................................................... 18
4.7 Modelos de decisão. ................................................................................................................ 19
4.8 Avaliação de alternativas ......................................................................................................... 21
4.9 Avaliação de resultados .......................................................................................................... 23
5. Discussão, planejamento e encaminhamento participativo de soluções ..................................... 26
5.1 Envolvendo as pessoas nas decisões ....................................................................................... 26
5.2 Os bloqueadores das decisões.................................................................................................. 27
6. Ferramentas de auxílio à tomada de decisão .................................................................................. 28
1) Técnica do “Brainstorming”.................................................................................................. 28
2) Quadrante de Eisenhower...........................................................................................................28
3) Árvore de Decisão ..................................................................................................................... 29
4) Modelo de Tomada de Decisão – D3A ........................................................................................ 31
Referências bibliográficas................................................................................................................... 32
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APRESENTAÇÃO
O sábio ouvirá e crescerá em conhecimento,
e o entendido adquirirá sábios conselhos para
entender os provérbios e sua interpretação,
as palavras dos sábios e as suas proposições.
O temor do Senhor é o princípio do conhecimento;
os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.
Provérbios 1:5-7
CB PM Mirameles
Instrutora da Academia Integrada de Defesa Social
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Problema: é a dificuldade que pode ser solucionada dentro do quadro de referência sugerido
por sua natureza. Para resolver um problema dentro de uma empresa ou organização, aplica-
se as diretrizes existentes. (Exemplo de problema no meio policial: “Como fazer para abordar
corretamente uma pessoa na rua?” Alternativa escolhida: o policial recorre ao procedimento
padrão da PMPE. (POP-01: “ABORDAGEM POLICIAL DE PESSOA(S)A PÉ”, estabelecido
para essa situação).
Dilema: é a dificuldade que não encontra uma alternativa dentro dos padrões pré-
estabelecidos, devendo ser reformulado para que sua solução seja aplicada. (Exemplo de
dilema no meio policial: “Como agir numa situação de confronto entre policiais em serviço x
policiais em greve?” A decisão mais provável seria recorrer às normas exigidas pelo
comandante da operação, mas este dilema só seria satisfeito com a execução de uma
alternativa não convencional).
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As situações que demandam uma atitude, ação ou escolha possuem alguns elementos
intrínsecos, que embora não sejam percebidos separadamente no momento em que ocorrem,
sempre estarão presentes:
1. O tomador de decisão – é aquele indivíduo que faz a escolha ou opção quando há alternativas
de ação.
2. O objetivo – é tudo que o tomador de decisões busca alcançar.
3. As preferências – são as alternativas que o indivíduo usa para fazer sua opção.
4. A situação - correspondem a todos os aspectos do ambiente que envolvem o indivíduo, alguns
dos quais ele pode não ter conhecimento, controle ou compreensão, e que podem afetar na sua
opção.
5. A estratégia – é o caminho através da ação, pelo qual o indivíduo busca atingir seus objetivos.
6. O resultado – é o objetivo alcançado.
Todos nós sabemos que a vida é feita de escolhas e sempre há mais de uma opção
disponível, e mesmo quando não nos decidimos por alguma alternativa, isso já é optar por uma!
Dentre as opções encontradas buscamos selecionar aquela que atenda alguma necessidade
imediata, seja de ordem física, financeira, política, ambiental, social, religiosa, pessoal ou
profissional.
De acordo com o primeiro livro da Bíblia, o Gênesis, encontramos aquela que foi a primeira
decisão crucial registrada na história por parte dos primeiros homens da terra, Adão e Eva:
“Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e
árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu
também ao marido, e ele comeu.” (Gênesis 3:6) (Grifo nosso).
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Esta emblemática escolha, no entanto, não obteve o resultado esperado, visto que as
informações recebidas para embasar aquela decisão foram propositadamente distorcidas pela
Serpente e eles não levaram em conta os riscos envolvidos. De modo semelhante, em nossa vida
cotidiana, para que o processo decisório culmine em uma decisão que atenda nossas expetativas,
devemos ter segurança na veracidade dos fatos e das informações.
Toda decisão tem consequências e envolve riscos, ainda mais no trabalho do policial militar,
onde as situações geralmente requerem atenção redobrada e habilidades técnicas que devem ser
executadas com perícia e precisão, dentre outras coisas. Por isso, uma decisão pode ser um
momento bastante estressante para os policiais e, geralmente, após ocorrências importantes
acontece um relaxamento geral nos organismos dos envolvidos naquela situação. Em algumas
pessoas, o stress provocado pelo processo decisório é marcado por claras manifestações
psicossomáticas, tais como dores de cabeça, perturbações gástricas, manifestações de euforia,
depressão ou outros sintomas físicos.
Existem alguns fatores que exercem influência direta no processo decisório. Antes de existir o
problema, já existem estes fatores e, quando o problema surge, o mesmo é inserido em um cenário
onde estes fatores estão embutidos. São eles:
a inteligência e a cultura;
o nível social;
o sexo;
a religião;
os costumes e as crenças;
a ética moral e a ética profissional;
a saúde física e a mental;
a influência familiar;
o fator emocional, na hora exata da tomada da decisão.
Nas instituições ou empresas existem os fatores de influência que lhes são inerentes:
a necessidade de produtos ou serviços com qualidade;
a necessidade de atendimento rápido e personalizado;
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Inteligência Ética
COMPORTAMENTO DO
Recursos TOMADOR DE Informação
DECISÕES
Propensão
ao risco Percepção
Competências
Os decisores operam por meio de interações diversas, quase sempre envoltas em grandes
incertezas, em ambientes turbulentos, sob grande pressão e sem tempo para levantar
informações, pois a maioria das decisões demanda soluções quase imediatas. Os administradores
têm inventado soluções práticas muito antes de surgirem as visões teóricas para explicar e validar
o processo de tomada de decisão. É sabido que existem fatores que influenciam direta ou
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motivo é que se deve estruturar a organização de modo que a decisão racional, do ponto de vista
do indivíduo que a toma, continue racional quando for avaliada de acordo com os interesses do
grupo. Simon (1974) entende que a tomada de decisão seria uma descrição de um futuro estado
das coisas. Com objetivo de organizar o processo, ele divide a tomada de decisão nas seguintes
etapas:
1. Percepção da situação - Representa a fase de diagnóstico, que possibilita a reunião da
maior quantidade de dados possíveis sobre o ambiente onde o problema está inserido
para que se possa chegar a uma decisão segura e precisa;
2. Análise e definição do problema –O problema é detectado através dos sensores que as
organizações possuem e que possibilitam aos administradores tomar conhecimento das
disfunções organizacionais que as levam a caminhos diferentes dos planejados, seja
comprometendo, assim, a consecução de suas metas;
3. Definição dos objetivos –Traçar com clareza o que se pretende alcançar com aquela
decisão;
4. Procura de alternativas de solução - Representa o estabelecimento de uma correlação
das informações coletadas com variáveis presentes no ambiente, promovendo uma
classificação e análise das informações, a fim de atribuir-lhes relevância para serem
utilizadas na solução do problema;
5. Avaliação e comparação dessas alternativas –Temos sempre que levar em
consideração o grau de risco que temos em cada alternativa e escolher a alternativa que
apresente comprovadamente o menor grau de risco. Porém, é necessário, muitas vezes,
se combinar o grau de risco com os objetivos a serem alcançados. Às vezes, o grau de
risco que se corre é muito grande, porém, o objetivo a ser alcançado, se alcançado, nos
trará benefícios maiores em relação às alternativas menos arriscadas;
6. Escolha da alternativa mais adequada - Tendo o conhecimento das vantagens,
desvantagens e riscos o decisor é capaz de identificar a alternativa que melhor solucione
seu problema;
7. Implementação da alternativa escolhida -A alternativa escolhida deverá ser
implementada e fornecerá resultados que deverão ser comparados e avaliados com as
previsões anteriores.
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Cada etapa teria influência sobre a outra, sugerindo assim o termo “processo decisório”, além
disso, o autor deixa claro que nem sempre todas elas acontecem durante uma decisão, até porque
nem todo o problema é igual. Exemplificando o processo decisório de forma mais suscinta:
O estudo da tomada de decisão é composto por várias áreas do saber, como matemática,
sociologia, filosofia, psicologia, economia, religião e ciências políticas, etc. A filosofia reflete sobre
o que uma decisão revela sobre nosso eu e nossos valores. A história descreve a decisão tomada
por líderes em momentos críticos. Já o estudo do risco e do comportamento organizacional nasce
de um desejo mais prático: ajudar o administrador a obter melhores resultados, e assim por diante.
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No ambiente da gestão, a visão dominante da decisão foi, por muito tempo, baseada no
modelo racional, no qual o gestor buscava sempre a decisão ótima. Para tal, era preciso analisar
todas as alternativas possíveis, identificá-las de acordo com sua importância e consequência,
selecionando todas as informações necessárias, e, baseados nisso, o gestor tomava a decisão
correta. Porém, devido às suas limitações, o ser humano não consegue conceber todas as
alternativas possíveis nem ter acesso a todas as informações necessárias em um dado momento
(SIMON, 1965).
Alguns autores afirmam que o modelo de decisão racional, embora possa ser descrito,
não pode ser aplicado, pois implica capacidades intelectuais e recursos de informação que o ser
humano não possui, principalmente quando tempo e dinheiro são limitados. Como consequência,
existe uma dificuldade nas decisões em valores conflitantes: não basta elencar os valores, mas
saber quando um valor é digno de ser sacrificado por outro.
Racionalidade limitada: estaria presente em todo o processo decisório pois nenhum ser
humano é capaz de levantar e analisar todas as variáveis que envolvem um problema, assim
a racionalidade da decisão envolveria apenas o que o decisor é capaz de “processar”, estando
limitada a essa amplitude;
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Relatividade das decisões: seria uma decorrência da questão anterior, como a racionalidade
é limitada à percepção do decisor, a solução não seria necessariamente ótima, mas em
relação somente ao que foi verificado. Além disso, na medida em que ações vão sendo
tomadas a realidade vai reduzindo, ampliando ou simplesmente modificando alternativas ou
cursos de ação;
Hierarquização das decisões: o processo de planejamento das ações requer pensar numa
ordem de importância para as decisões, desse modo, são discutidos, em primeiro lugar os
rumos da empresa (visão, missão, etc.) para que depois sejam elaborados e decididos os
planos (planejamento tático), as metas e os indicadores. Por fim serão decididas as ações
diárias para execução imediata;
Racionalidade administrativa: como o homem é visto como um ser administrativo, voltado para
o desempenho de uma função na organização, a ideia é que o norteador de sua racionalidade
seja a empresa que ele representa;
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Dados: são elementos brutos, sem significado, desvinculados da realidade. São símbolos e
imagens que podem suscitar dúvidas e carecem de interpretação. Eles constituem a matéria-
prima da informação.
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e usa a informação de acordo com suas características pessoais, ou seja, de acordo com seus
modelos mentais.
"A apreensão da informação é uma função cognitiva superior que se processa no âmbito
da linguagem. Sempre que quisermos apreender mais informações do contexto em que
estamos inseridos, temos que ampliar as nossas habilidades perceptivas, porque o nosso
modo de viver nos induz a um estreitamento perceptivo e a uma visão de mundo restrita
e fragmentada e que as necessidades das pessoas em relação à informação mudam
constantemente porque a percepção, além de ser individual, é contingente".
(Pereira & Fonseca. 1997, p. 226)
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Um carro BMW, último tipo, conversível, zero quilômetro, totalmente destruído em um acidente no
qual o motorista bateu em uma árvore centenária derrubando-a.
O decisor deve ter a consciência de que A maioria das informações de que nos apropriamos
desafio maior que obter os dados, as não vem da nossa percepção direta, mas por meio
informações e os conhecimentos, é a de informações sobre as percepções de outras
aceitação de que, no processo de pessoas, recebidas em segunda ou terceira mão, ou
codificação/decodificação, as distorções mais remotamente ainda, através dos canais de
ocorrem e que precisamos encontrar comunicação social, que certamente trará
formas para amenizá-las.
implicações na hora de decidir.
A Polícia Militar de Pernambuco, bem como outras organizações, cria seus próprios
repertórios de programas de ação (a exemplo dos POP’s). Esses programas de ação
visam padronizar e facilitar a tomada de decisão de modo que, tão logo uma situação
tenha sido enquadrada em determinada classe, pode imediatamente entrar em cena
o correspondente programa de ação, facilitando a interdependência entre os setores e
diminuindo a necessidade de uma comunicação continuada.
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Muitas decisões organizacionais não passam pela sequência real e lógica de um processo
de quatro estágios para alcançar uma decisão, no qual a análise do problema e a identificação das
alternativas de solução precedem uma consideração das consequências para a organização. Na
avaliação de resultados, algumas boas soluções podem ser abandonadas sem que o mérito delas
tenha sido considerado, pois, para os administradores, foram julgadas como não práticas, devido
às dificuldades encontradas.
Nem sempre o decisor formula corretamente os objetivos, por não saber qual é realmente
o problema, além disso, a preferência por uma ou outra alternativa tende a ser influenciada
por suas convicções intrínsecas.
Existem níveis diferentes de tomada de decisão para uma organização em busca de suas
metas. São os níveis estratégico, tático e operacional. Vejamos como funciona na figura a seguir:
a) Nível organizacional alto: decisões estratégicas são aquelas que determinam os objetivos
da organização seus propósitos e sua direção, sendo uma função exclusiva da alta administração.
A direção da organização tem o “quadro geral” de todos os elementos de seu negócio e precisa
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Experiências Pensamento
inconsciente
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Modelo Racional de tomada de decisão: Nesse modelo, toda decisão deve ser tomada
racionalmente, com base em informações completas sobre os objetivos da empresa,
alternativas plausíveis, prováveis resultados dessas alternativas e importância desses
resultados para a organização; pesam suas opções e calculam níveis de risco ótimo.
O tomador de
Objetivos são decisão é racional
claros e conhecidos
MODELO
RACIONAL Critérios
O problema é bem permanecem
definido e estáveis no
diagnosticado tempo
Como já visto no capítulo 3 desta apostila, esse modelo consiste basicamente em quatro etapas
que ajudam os tomadores de decisão a pesar alternativas e escolher aquela que tiver a melhor
chance de sucesso. Para a maioria das organizações, a mudança da tomada de decisão baseada
em crenças conscientes para a tomada de decisão baseada em valores já é um grande desafio.
No modelo racional todas as fases exigem informações. As informações são obtidas
internamente em diferentes setores da organização, ou seja, no modelo racional todos os tipos
de informações orgânicas produzidas podem servir para a tomada de decisão.
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Como você decide questões importantes em sua vida? É improvável que alguém tenha
consciência clara de todos os
processos que fazem uma pessoa
optar por uma ou outra alternativa
diante de um problema. Toda escolha
é influenciada pelas características
estruturais do decisor (inteligência,
status social, sexo, cultura, crenças,
motivações, auto-organização, saúde,
etc.) e por suas condições emocionais
no momento. O conhecimento e a
situação existencial do decisor no
momento em que são tomadas as
decisões são faces de uma mesma
moeda e influenciam decisivamente a
avaliação e escolha das alternativas
para a solução de um problema.
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Quando surge um bom ou um mau resultado associado a uma dada opção de resposta, o
indivíduo tem uma sensação visceral que pode ser agradável ou desagradável e essa sensação
é levada em conta na tomada de decisão. Desse modo, como o fenômeno envolve sensações
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corporais, Damásio atribuiu o termo técnico de estado somático; e, porque o estado “marca” uma
imagem, chamou-lhe marcador. A função do marcador-somático é convergir a atenção para o
resultado negativo a que a ação pode conduzir e atua como um sinal de alarme automático que
diz: “atenção ao perigo decorrente de escolher a ação que terá esse resultado.” O sinal pode fazer
com que o indivíduo rejeite imediatamente o rumo de ação negativo, levando-o a escolher outras
alternativas. O sinal automático protege-o de prejuízos futuros, sem mais hesitações, e permite-
lhe depois escolher entre um número menor de alternativas.
“Uma decisão é uma escolha entre duas ou mais alternativas ou possibilidades de ação
para resolver problemas ou aproveitar oportunidades”.
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organização que permita o uso livre e objetivo da informação. Por conseguinte, é função do
administrador induzir seus subordinados de forma que tenham interesse tanto pela operação
quanto pelas pessoas. Nesse sentido, Ribeiro (2003) supõe que todas as pessoas na organização
são sérias, dedicadas e capazes, e devem ter aptidão para resolver os problemas
correspondentes.
A adequada solução de problemas e a boa tomada de decisão são simplesmente
resultantes da eficiência e da eficácia do grupo. A tomada de decisão exige dos gestores um
tratamento mais democrático e participativo dos integrantes das organizações. Nessa proposta, já
encontramos, hoje, muitos diretores e gerentes incluindo, sempre que possível, indivíduos de
menor nível hierárquico no processo de tomada de decisão.
Desse modo, na avaliação das decisões dos grupos levamos em conta a eficácia, a
eficiência e a efetividade dos resultados. Vejamos qual a diferença entre esses conceitos:
Eficácia: diz respeito à capacidade de fazer o que deve ser feito, cumprir metas, alcançar
objetivos, obedecer a prazos e entregar resultados. Está relacionado aos fins.
Efetividade: refere-se a fazer certo as coisas certas, com qualidade. Este conceito engloba os
dois anteriores, acrescido da qualidade. Apresentar resultados globais positivos ao longo
do tempo (permanentemente).
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EFICÁCIA EFICIÊNCIA
EFETIVIDADE
O que devemos fazer para tomar melhores decisões no cotidiano do serviço policial militar?
Na hora de se escolher uma ação entre várias opções disponíveis, a melhor dica é analisar
as vantagens/desvantagens de cada uma delas, levando em conta todas as informações
e variáveis possíveis no momento. Assim, o agente responsável pela aplicação da lei
poderá se decidir, utilizando os procedimentos programados (Leis, POP’s, portarias, etc.),
a razão, a criatividade, e, claro, o feeling dos colegas mais experientes, nos momentos de
maior pressão e urgência. Durante todo esse curso de reflexão-ação é importante não
descuidar da legalidade e da ética, para que a decisão implementada seja aquela que
mais se aproxima do resultado almejado.
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Decisões tomadas por equipes heterogêneas, compostas por mulheres, homens, jovens,
idosos, tendem a resultados de maior qualidade. Pessoas com pontos de vistas e experiências
diferentes decodificam a situação de decisão também de maneira diferente. Ouvir e tentar
compreender essas visões leva ao aprimoramento das decisões. As decisões tomadas em equipes
se mostram mais sólidas que as tomadas individualmente, apesar de, normalmente, demandarem
mais tempo. Portanto, tomada de decisão que envolve um maior número de pessoas tende a
resultados mais qualificados, aumentando o conhecimento da situação de decisão, amenizando,
pela agregação de informações e conhecimentos, as distorções da visão individualizada. Quanto
mais o envolvimento avança, mas as pessoas participam da própria decisão, em vez de
simplesmente fornecerem subsídios para que outros decidam. (MAXIMIANO, 1995)
Veja abaixo uma tabela demonstrativa do envolvimento participativo de um grupo nas decisões:
I II III IV V
Não há qualquer As pessoas As pessoas são Convidam-se as A
participação ou recebem consultadas a pessoas para responsabilidade
informação, as informações respeito de formular as de analisar
decisões vêm sobre os decisões que alternativas de problemas e
prontas: problemas que estão sendo solução de um tomar decisões é
cumpra-se! estão sendo tomadas. problema, para dos próprios
enfrentados e as análise e envolvidos.
decisões que decisão alheias.
estão sendo
tomadas.
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Muitas pessoas apresentam grande dificuldade para tomar decisões. Outras não conseguem
fazê-lo de modo algum. Uma vez consumada, a decisão é uma estrada sem volta. As
consequências virão, cedo ou tarde, positivas ou negativas. Por isso a decisão exige um
compromisso efetivo com a escolha feita e suas consequências. A seguir, listamos os principais
bloqueadores de decisões:
1. Procrastinação - Adiamento indefinido da escolha;
2. Alienação – Indiferença, a maior defesa contra a ansiedade, a angustia e a frustração;
3. Resignação – a possibilidade de mudança que a decisão oferece é algo não desejado;
4. Dificuldade de estabelecer prioridades – a multiplicidade de alternativas precisa ser analisada
em prol do essencial;
5. Falta de confiança ou autoestima baixa – O decisor fica pulando de uma alternativa a outra
sem conseguir se fixar em nenhuma delas;
6. Imagem irrealística de si próprio ou auto idealização – O típico mecanismo de compensação:
se temos uma imagem irreal de nós mesmos, nossas decisões tenderão a ser inconsequentes;
7. Dependência emocional – O dependente emocional se anula em função de outros;
8. Perfeccionismo – Querer condições e decisões perfeitas, o que não existe;
9. Otimismo ingênuo – Ter sempre a falsa expectativa de que as coisas vão melhorar sem que
se faça nenhum esforço para que isso aconteça;
10. Medo – é o mais comum dos bloqueadores de decisão, o medo é paralisante;
11. “Cabra-cega” - Dificuldade de avaliar as alternativas, devido a pressão emocional, estresse ou
cansaço;
12. Pressão de tempo – A ilusão auto imposta de que não haverá tempo produz uma enorme
pressão que leva ao pânico e suas consequências;
13. Racionalização – É típico do não-decisor que usa uma autodesculpa para as frustrações;
14. Falta de criatividade, de imaginação e pobreza de ideias – Levam o decisor a escolhas
mesquinhas, está associada à preguiça e a acomodação;
15. Desorganização interna – O processo decisório mobiliza todas as faculdades humanas e a
falta de integração entre os aspectos lógicos, biológicos e psicológicos causa um evidente
transtorno emocional.
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a) Não critique;
b) Não julgue;
c) Não avalie as ideias;
d) Deixe fluir as ideias;
e) Busque a quantidade de ideias;
f) Se inspire nas ideias apresentadas.
2) Quadrante de Eisenhower
Dwight D. Eisenhower – 34º
presidente dos Estados Unidos, entre
1953 e 1961 – antes de ser
presidente, era general do Exército
dos Estados Unidos durante a
Segunda Guerra Mundial, atuando
como Comandante Supremo das
Forças Aliadas. Então, podemos
imaginar quão complicadas e difíceis
decisões ele tinha que tomar e
precisava saber organizar muito bem
seu tempo e prioridades. Para isso ele
desenvolveu um princípio simples, que ajuda a priorizar suas atividades a partir de dois fatores:
URGÊNCIA E IMPORTÂNCIA, o que auxilia bastante a tomada de decisões.
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3) Árvore de Decisão
É uma ferramenta utilizada para tomada de decisões, na qual os critérios podem ter base
quantitativa ou qualitativa. A partir de uma análise bem-feita deste diagrama, é possível que uma
pessoa ou instituição, compare os resultados e determine qual a opção que melhor satisfaz sua
necessidade. A Árvore de Decisão se inicia por apenas um nó que indica a decisão a ser tomada.
A seguir são feitas as ramificações, ligando o primeiro nó ao dos eventos aleatórios, mais uma vez
aparecem as ramificações, agora relacionadas a probabilidade dos eventos anteriores e, por fim
se chega ao resultado final de cada uma delas. O mesmo caminho é feito em todas as
ramificações, para que assim se possa fazer uma análise dos resultados obtidos e decidir qual
escolha terá o resultado desejado. O fluxograma é um modelo muito utilizado para montar a Árvore
de Decisão:
Vamos a um exemplo simples para entender como funciona: Uma pessoa deseja descobrir
se irá ou não a praia, para isso ela precisa considerar alguns fatores, sobre os quais ela não tem
o poder de mudar, como: clima, temperatura e umidade. Assim, decide construir um diagrama de
Árvore de Decisão:
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RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E TOMADA DE DECISÃO – CFHP 2021
Com essa ferramenta é possível que a pessoa decida de forma mais clara de acordo com
as condições listadas acima se irá ou não a praia. No caso acima é possível observar que as
chances de ela ir à praia são menores que não ir. O mesmo princípio pode ser aplicado em
situações simples, como no exemplo acima, ou em questões muito mais complexas, até o fato de
construir uma rota mentalmente, da saída de casa para chegar ao trabalho já se considera uma
árvore de decisão, pois estará ponderando opções de escolhas, dentre elas, caminhos curtos que
evitam trânsito e se distancia dos eventos perigosos.
Como fazer uma Árvore de Decisão: O mapa de decisões começa com um único nó que é dividido em
possíveis resultados, levando a nós adicionais que se ramificam em possibilidades. Nessa metodologia
existem três tipos de nós: probabilidade, decisão e término. Aprenda como fazer um modelo de Árvore da
Decisão em três passos simples:
1- Centralize a sua decisão principal: pense e escreva qual será a decisão principal que norteará todas
as outras.
2- Crie nós para sua árvore: a fase seguinte é dedicada à expansão da ferramenta, acrescente nós de
probabilidade que indicaram as decisões a serem tomadas e nós de decisão que mostraram quais são os
resultados incertos.
3- Chegue ao topo: quando cada linha atingir sua expansão máxima é hora do desfecho. É sinal de que
todas as considerações já foram feitas e o passo final é atribuir valor para cada resultado mencionado.
Exemplo:
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RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E TOMADA DE DECISÃO – CFHP 2021
DEFINA
D Descreva o problema, desafio ou oportunidade.
ANALISE
ATUE
AVALIE
- Que tal construir o seu próprio MTD D3A? Situação problema: Você está começando o CFHP PM nos
horários da manhã e tarde e estes horários estão impossibilitando suas aulas na faculdade.
1.
D
2.
3.
4.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BAND, W. A. Competências críticas: dez novas ideias para revolucionar a empresa. Rio de
Janeiro: Campus, 1998.
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Anais. Niterói: UFF/TEP, 1998.
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4. GOMES, Luiz Flávio A.M; ARAYA, Marcela Cecília, GARIGNANO, Cláudia. Tomada de decisão
em Cenários Complexos: introdução aos métodos Discretos do Apoio Multicritério à Decisão. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.
5. KATZ, D.; KAHN, R. Psicologia social das organizações. São Paulo: Atlas, 1978.
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